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INNOVATIONS IMPLANT JOURNAL - BIOMATERIALS AND ESTHETICS 31 Análise das características atuais de dentes artificiais empregados em prótese do tipo Overdenture e protocolo sobre implantes Resumo O sucesso das próteses implanto-suportadas (overdenture e protocolo Brånemark) tem ganho significante popularidade como opção do tratamento, devido ao desconforto gerado pela falta de retenção e estabilidade das próteses convencionais. Além do conforto, estes pacientes buscam função e a estética nos dentes artificiais que mais se aproximam dos seus dentes naturais. Através de uma técnica, do conhecimento básico, métodos, bom senso e limitações, o cirurgião-dentista foi instruído nos cursos de graduação e pós-graduação a fazer uma escolha dos dentes artificiais. Baseado na expectativa dos estudantes e profissionais, este estudo fez uma busca de revisão de literatura, buscando uma resposta quanto à seleção de dentes artificiais baseadas pelas cartas moldes (espaço ocupado pelos dentes posteriores) de diversas marcas existentes no mercado, comparando estes achados, ao apresentarem as sugestões sobre a largura, forma, tamanho dos dentes e a fidelidade contida nas cartas moldes. A comparação foi realizada através da montagem dos dentes artificiais em articuladores não ajustáveis, considerando que as informações apresentadas pelos fabricantes são imprecisas, que podem comprometer o resultado estético e funcional da confecção da prótese implanto suportada (overdenture e protocolo Brånemark). Unitermos: seleção dentes artificiais; overdenture; protocolo Brånemark. Abstract The success on implant-supported prostheses overdenture and Brånemark protocols have won a lot of preference as a treatment option, because the discomfort initiated by a lack of retention and stability of conventional lower dentures. Besides comfort, these patients look for esthetics and function on their teeth, as much as possible as their own natural. Through many ways as basic knowledge, methods, techniques, good sense and limitations, the dentists were instructed at graduate and post- graduate schools to learn how to selection artificial teeth. Based on students and professional expectations, this work consisted in a literature review looking for an answer about artificial teeth selection based at “chart molds” (on the available space on posterior teeth) from different brands around the world. Comparing these findings, we presented suggestions about teeth width, shape, size and accuracy included at “chart molds.” A comparison was performed through mounting of artificial teeth at non adjustable articulators, considering the inexact manufacturers information’s, that can compromise teeth selection and so, the esthetic and functional result for implant-supported prostheses overdenture and Brånemarck protocols construction. Keywords: selection artificial teeth; overdenture; protocols Brånemark. Analysis of the current characteristics of artificial teeth employed in prosthesis of the type Overdenture and records on implants Murilo Auler e Salles 1 ; Casiana Moleiro Alves 2 ; Wellington Cardoso Bonachela 3 ; Paulo Henrique Ortolato Rossetti 4 1. Doutorando em Reabilitação Oral FOB - USP - BAURU 2. Especialista em Prótese Dental ABCD Regional BAHIA 3. Professor Associado do Depto. de Prótese Dental FOB - USP - BAURU 4. Mestre e Doutor em Reabilitação Oral - FOB - USP - BAURU

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INNOVATIONS IMPLANT JOURNAL - BIOMATERIALS AND ESTHETICS 31

Análise das características atuais de dentes artifi ciais empregados em prótese do tipo Overdenture e

protocolo sobre implantes

Resumo

O sucesso das próteses implanto-suportadas (overdenture e protocolo Brånemark) tem ganho signifi cante popularidade como opção do tratamento, devido ao desconforto gerado pela falta de retenção e estabilidade das próteses convencionais. Além do conforto, estes pacientes buscam função e a estética nos dentes artifi ciais que mais se aproximam dos seus dentes naturais. Através de uma técnica, do conhecimento básico, métodos, bom senso e limitações, o cirurgião-dentista foi instruído nos cursos de graduação e pós-graduação a fazer uma escolha dos dentes artifi ciais. Baseado na expectativa dos estudantes e profi ssionais, este estudo fez uma busca de revisão de literatura, buscando uma resposta quanto à seleção de dentes artifi ciais baseadas pelas cartas moldes (espaço ocupado pelos dentes posteriores) de diversas marcas existentes no mercado, comparando estes achados, ao apresentarem as sugestões sobre a largura, forma, tamanho dos dentes e a fi delidade contida nas cartas moldes. A comparação foi realizada através da montagem dos dentes artifi ciais em articuladores não ajustáveis, considerando que as informações apresentadas pelos fabricantes são imprecisas, que podem comprometer o resultado estético e funcional da confecção da prótese implanto suportada (overdenture e protocolo Brånemark).

Unitermos: seleção dentes artifi ciais; overdenture; protocolo Brånemark.

Abstract

The success on implant-supported prostheses overdenture and Brånemark protocols have won a lot of preference as a treatment option, because the discomfort initiated by a lack of retention and stability of conventional lower dentures. Besides comfort, these patients look for esthetics and function on their teeth, as much as possible as their own natural. Through many ways as basic knowledge, methods, techniques, good sense and limitations, the dentists were instructed at graduate and post-graduate schools to learn how to selection artifi cial teeth. Based on students and professional expectations, this work consisted in a literature review looking for an answer about artifi cial teeth selection based at “chart molds” (on the available space on posterior teeth) from different brands around the world. Comparing these fi ndings, we presented suggestions about teeth width, shape, size and accuracy included at “chart molds.” A comparison was performed through mounting of artifi cial teeth at non adjustable articulators, considering the inexact manufacturers information’s, that can compromise teeth selection and so, the esthetic and functional result for implant-supported prostheses overdenture and Brånemarck protocols construction.

Keywords: selection artifi cial teeth; overdenture; protocols Brånemark.

Analysis of the current characteristics of artifi cial teeth employed in prosthesis of the type Overdenture and records on implants

Murilo Auler e Salles1; Casiana Moleiro Alves2; Wellington Cardoso Bonachela3; Paulo Henrique Ortolato Rossetti4

1. Doutorando em Reabilitação Oral FOB - USP - BAURU2. Especialista em Prótese Dental ABCD Regional BAHIA3. Professor Associado do Depto. de Prótese Dental FOB - USP - BAURU4. Mestre e Doutor em Reabilitação Oral - FOB - USP - BAURU

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INTRODUÇÃOA perda dos dentes naturais se torna dev astadora para os pacientes e sua r eposição com elementos ar tifi ciais com as próteses dentais são necessárias para a r ecuperação da estética e das funções mastigatórias. P or volta da década de 1960, houve informação sufi ciente como modalidade de tratamento viável o conceito e inicio de overdenture7.O uso de implantes em pacientes desdentados já é uma realidade a alcance na maioria dos tratamentos. O s implantes podem ser usados ou para pr ótese fi xa ou removível overdenture.Independente do tipo da pr ótese, é identifi cado que há uma necessidade de manutenção se a r estauração protética permanece completamente em função 5. E m qualquer tratamento pr otético existe a necessidade de considerar a satisfação do paciente com os r esultados da aparência natural e a função . Um aspecto ar tifi cial ou um fracasso em satisfazer as expectativas do paciente podem comprometer sua auto-estima.Para atingir estética tanto em o verdenture, quanto em Prótese Total e ou Prótese do tipo Protocolo Brånemark (Fig. 2), deve-se considerar: tomada correta da dimensão vertical, o plano oclusal pr otético, linha mediana, linha dos caninos, linha alta do sorriso, cor da gengiva artifi cial, oclusão e com r elação à seleção dos dentes ar tifi ciais a forma, o tamanho e a cor, sendo que a forma e a disposição dos dentes tornam-se fator es fundamentais para se construir um trabalho em prótese com características que mais se aproximem da condição natural.A estética dental é um assunto que envolve vários fatores que, em conjunto, pr oporcionam harmonia com o restante da face. Na seleção dos dentes artifi ciais, a escolha das larguras mesio-distais é um fator determinante para se pr omover uma r elação harmônica entr e o r osto do paciente e o seu sorriso . Frush, J.P.; Fisher, R.D. apud CASTRO Jr., HVANOV, Z.V.; FRIGÉRIO, M.L.M.A. (2000)3 abor daram brilhantemente fator es como sex o, personalidade e idade. Quanto ao sexo, mencionaram que os contornos arr edondados dos ângulos incisais, produzindo efeito esférico nos incisiv os centrais e laterais superior es, se harmonizam com o sex o feminino, enquanto que os ângulos r etos pr oduzem efeito cubóide nesses mesmos dentes que harmonizam com o sexo masculino . Pacientes de difer entes grupos étnicos apr esentam v ariações no tamanho e forma do

arco dental dos dentes em si, e o dentista dev e levar isso em consideração na fase de seleção dos dentes ar tifi ciais. Os fabricantes tendem a usar formas básicas na produção dos moldes dentais com conseqüência dos pr oblemas nos diversos grupos raciais. As formas básicas disponíveis podem ou não ser totalmente compatív eis para determinados grupos em termos de forma e tamanho. As técnicas existentes na seleção dos dentes anterior es superiores geralmente baseiam-se em dados antropométricos e r equisitos estéticos, e quanto aos posteriores (Fig. 3), requisitos da função da mastigação. Muitos err os na escolha dos seis dentes anterior es ocorrem devido ao fato de algumas car tas-moldes apresentarem a largura dos dentes descritos em r eta e outras só em cur va. Q uanto à seleção dos dentes posteriores por correspondência de modelos a par tir da seleção dos dentes anteriores superiores na carta-molde, o erro torna-se mais gritante, tendo em vista que a largura demonstra-se, muitas v ezes, incompatív el, baseado nestas discordâncias, propomo-nos a faz er uma análise criteriosa de marcas comerciais de dentes artifi ciais mais usados e disponíveis no mercado nacional

REVISÃO DE LITERATURACaracterísticas dos dentes artifi ciaisLe L AVELLE, C.L.B. (1972) 16 chamou a atenção para o fato de que a maioria dos trabalhos a r espeito de dimensões dentárias encontrados na literatura havia sido r ealizada com indivíduos brancos, não havendo informações sobr e outras raças. F rente a isso, desenvolveu um estudo com o objetiv o de comparar a largura dos dentes superior es e inferior es entr e tr ês diferentes grupos sociais. F oram selecionados modelos de gesso superiores e inferiores de 120 indivíduos, sendo 40 brancos, 40 negr os africanos e 40 mongóis, com idade de 18 e 28 anos, que possuíam pelo menos todos os dentes permanentes até primeir os molares, ausência de atrição, de cáries, de tratamento or todôntico e com relacionamento anter o-posterior de molar es normal. As dimensões dentárias foram maior es nos homens do que nas mulher es nos tr ês gr upos raciais. O s negr os apresentaram dentes mais largos que os brancos, tanto para o ar co superior quanto para o ar co inferior, e os mongóis ocuparam uma posição intermediária. As larguras médias obtidas para o incisiv o central superior

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foram: (a) negr os = 9,33mm (homens) e 9,21mm (mulheres); (b) mongóis = 8,57mm (mulher es) e (c) brancos = 8,79mm (homens) e 8,54mm (mulher es). As somatórias das larguras dos seis dentes anterior es mostraram, para homens e mulher es, respectivamente, os seguintes v alores: 50,52mm e 49,80mm no gr upo dos negros; 47,46mm e 46,72mm para os mongóis e 45,28mm e 44,20mm para os brancos. A por centagem de recobrimento do incisivo central inferior pelo incisivo central superior foi maior nos brancos (30,8% para os homens e 30,4% para as mulher es), fi cando os negr os em posição intermediária (28,6% para os homens e 27,4% para as mulheres).Em 2001, Kawauchi apud VARJÃO F .M. (2003) 21 pesquisou as mar cas comer ciais de dentes ar tifi ciais existentes no mercado nacional, para a seleção daquela mais compatív el com a r ealidade anatômica dental da população brasileira. F oram selecionados 105 indivíduos brasileir os com idade média de 28 anos, sendo 36 do sex o masculino e 69 do sex o feminino . De cada indivíduo, foi obtido um modelo de gesso da arcada superior a partir de moldagem com alginato. No modelo, foi inicialmente medida a largura em curva dos seis dentes anterior es, da face distal de um canino ao outro, utilizando-se uma r égua fl exível apoiada sobr e o ter ço apical dos dentes. A seguir , foi mensurado o comprimento do incisivo central superior esquerdo com um paquímetr o digital. O s modelos foram divididos de acor do com a forma dos dentes em tr ês gr upos: modelo com forma de dente quadrada, triangular e ovais. N a seqüência, foram calculadas as médias do comprimento dos incisiv os centrais e das larguras dos seis dentes anteriores para cada grupo e as mesmas foram comparadas às r espectivas medidas informadas pelos fabricantes das seguintes mar cas comer ciais: “ Trilux”, “SR Antaris” (Ivoclar) e “Trubyte Biotone” (Dentsply). Os dados foram subdivididos quanto à forma dos dentes (tanto ar tifi ciais como naturais) e foi analisada a correlação entre as medidas do incisiv o central e da largura dos seis anteriores (dentes naturais). A forma de dentes quadrada estev e presente em apr oximadamente 42% dos indivíduos, nos quais a largura média dos seis anteriores foi 52,9mm e comprimento do incisiv o central foi 11,8mm. E m apr oximadamente 28% dos indivíduos, ocorreu a forma de dentes triangular e os

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Figura 02.

Figura 03.

Figura 04.

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seguintes valores foram obtidos para a largura dos seis anteriores e comprimento incisiv o central: 52,9mm e 10,4mm, r espectivamente. A forma de dentes o val mostrou-se pr esente também em apr oximadamente 28% dos casos. A largura dos seis anteriores foi 53,8mm e o comprimento do incisiv o central foi 10,5mm. E m relação à medida da largura dos seis dentes anterior es, a marca comercial que mais se apr oximou dos dentes dos indivíduos estudados foi a “ Trubyte B iotone” (principalmente o modelo 3P), por ém ela apr esentou dentes de dimensões menores que as dos dentes naturais. Quanto ao comprimento do inciso central, na forma quadrada, o dente ar tifi cial que mais se apr oximou dos naturais foi da mar ca “SR Antaris” (modelo A69) que, no entanto, na distância inter caninos foi menor que as demais marcas. Na forma triangular, a marca que mais se apr oximou foi a “ Trilux” (modelo F4) e, na o val, duas marcas apresentaram o comprimento do incisiv o coincidente com a média dos dentes naturais: “Trubyte Biotone” (modelo 3P) e “Trilux” (modelo E4).OKAWA, M.S. (2005) 18 avaliou o tamanho de dentes naturais anterior es e posterior es superior es de 119 pacientes através da aferição da largura e da altura dos dentes em modelos de gesso das ar cadas superior es, utilizando um paquímetr o digital. As medidas obtidas foram comparadas às dimensões dos dentes ar tifi ciais mais utilizados no mer cado brasileiro. Observando-se, aproximadamente 48% dos incisivos centrais superiores naturais possuem largura maior que 9,0mm. E m contrapartida, somente 14,28% dos incisiv os centrais superiores artifi ciais analisados possuíam essa dimensão. Aproximadamente 64%dos indivíduos da pesquisa possuíam o dente 14 com largura maior que 7,0mm. Nas cartelas de dentes aferidas, encontrou-se apenas um modelo com a dimensão mesiodistal superior a 7,0mm, largura menor que a da média da população (7,28mm). Aproximadamente 74% dos primeir os molar es superiores naturais possuíam comprimento menor que 7,0mm. Somente um modelo ar tifi cial apresentou comprimento menor que 7,0mm. A adequação das dimensões dos dentes ar tifi ciais facilitaria a montagem dos dentes e traria a estética almejada ao por tador de reabilitações protéticas.ESAN, T.A.; OL USILE, A.O.; AKEREDOL U, P .A (2006)6 reportam que vários fatores como idade, sexo, e

cor da pele têm sido propostos como auxílio na seleção de dentes ar tifi ciais, e numer osos métodos têm sido dispostos na av aliação de fator es estéticos confi áveis para a seleção de dentes em pacientes desdentados, especialmente em brancos. As informações são bastante limitadas especialmente na r elação entr e seleção de dentes artifi ciais, idade, sexo e cor da pele em negros.FUEKI et al. 10 em 2007 determinaram que o númer o de estudos numa r evisão de literatura em per formance mastigatória tem sido conduzido em pacientes com vários númer os de planejamentos de pr ótese r etida ou supor tada por implantes, numa evidência de alto nív el de v antagens limitadas pela per formance mastigatória das pr óteses r etidas ou supor tadas por implantes sobr e as pr óteses totais conv encionais. O objetivo do benefício na per formance mastigatória das próteses r etidas ou supor tadas por implantes sobr e as próteses totais conv encionais tem sido fundamental para mandíbulas com pr ótese retida ou supor tada por implantes em pacientes edêntulos com mandíbulas reabsorvidas e/ou difi culdade de adaptação das próteses totais convencionais. Teorias e técnicas de seleçãoFRUSH E FISCHER (1955) 9 foram fundador es da Academia D ental S uíça, que tinha como objetiv o desenvolver estudos sobr e a estética em pr ótese total. Esta escola, denominada Dentogênica, enfatizava que as regras de estética fossem utilizadas apenas como guias, pois era essencial a individualização e adequação das mesmas quanto à idade, personalidade e ao sexo, e que a idade avançada do paciente deveria ser apropriadamente incorporada atrav és da cuidadosa seleção dos dentes quanto à forma, cor e caracterização. Segundo o critério dos autor es, a pr ótese só era considerada dentogênica caso obedecesse aos seguintes critérios: o usuário da prótese deveria ter plena sensação de bem-estar ao usá-la; obser vando-se a pr ótese na boca do paciente, esta deveria estar completamente integrada a sua face, de forma que seu sorriso incorporasse sua personalidade. O profi ssional que confeccionasse a prótese deveria sentir-se completamente satisfeito após a instalação no paciente.LA VERE et al. (1994) 15 compararam as dimensões mésio-distais dos seis dentes anterior es superior es naturais de estudantes de odontologia com as larguras

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de dentes ar tifi ciais para pr óteses pr oduzidos por seis diferentes fabricantes. P articiparam do estudo 488 indivíduos, sendo 60% brancos, 35% descendentes de asiáticos e 5% de outras etnias (espanhóis, negr os e índios americanos). Os dentes anteriores foram medidos pela super fície v estibular, tendo como r eferência os pontos mais distais dos caninos, utilizando-se, para isso, uma r égua fl exível. O s v alores obtidos foram então comparados com os fornecidos pelos fabricantes, adicionando-se de 4 a 7mm às mar cas comerciais cujas dimensões dos dentes eram fornecidas em linha reta, para adequá-las às mensurações realizadas em curva. A largura média obtida para os seis dentes anterior es naturais foi 53,5mm para os homens (v alores limites entr e 35 e 69mm) e 51,4mm para as mulher es (valores limites entre 33 e 60mm) (F ig. 4), enquanto a largura média obtida para os dentes artifi ciais dos diferentes fabricantes foi 49,4mm (mínimo de 40 e máximo de 61mm). Ficou demonstrado que os modelos dos seis dentes anterior es artifi ciais disponíveis são predominantemente menores em tamanho do que os dentes naturais da população . A maioria dos modelos apr esentou tamanho de dentes que corr esponderam apenas a 22,5% dos dentes da população estudada.De acordo com BASSO, M.F .M.; NOGUEIRA, S.S.; LOFFREDO, L.C. (2005)1 a seleção dos dentes artifi ciais para próteses totais pode ser dividida em: seleção dos dentes artifi ciais anteriores e seleção dos dentes artifi ciais posteriores (F ig.5). A seleção dos dentes anterior es está primariamente associada a r equisitos estéticos e a seleção dos posteriores a requisitos da mastigação. Para a seleção dos dentes artifi ciais anteriores, dentes naturais remanescentes e r egistros pr é-extração (tais como modelos de gesso e fotografi as), são as fontes primárias de informação para uma r eabilitação pr otética que se aproxime das características naturais do paciente.Na ausência dos dentes naturais e de r egistros pr é-extração, a seleção dos dentes anteriores para prótese total torna-se um pr ocedimento complexo, o qual apr esenta considerações psicológicas e dentais que são infl uenciadas pelos valores sociais, de saúde e juventude. Com o objetiv o de v erifi car a aplicação da técnica proposta por Schiff man (1964), TAMAKI (1965) 20, estudou 20 indivíduos brancos desdentados totais com idade média de 44 anos (9 homens e 11 mulher es), a

serem r eabilitados com pr ótese totais. F oram obtidos os modelos funcionais e r espectivas bases de pr ova, em cujos planos de cera foram assinaladas a linha mediana do rosto, a linha alta do sorriso e as linhas dos caninos, sem, no entanto, ser descrita a técnica. O s modelos e os planos de orientação foram duplicados, obtendo-se réplicas de ambos. S obre as r éplicas dos planos, foram montados os dentes ar tifi ciais e confeccionadas as próteses. E m cada r éplica dos modelos, foi assinalada à lápis a papila incisiv a e, do ponto central da mesma, traçada uma linha transversal, paralela à linha mediana do arco dental, prolongando-se além do sulco gêngivo-labial de ambos os lados. A base de pr ova com o plano de orientação original foi posicionada sobr e a r éplica do modelo, e a linha transv ersal traçada nele foi transposta para ambos os lados do plano de orientação, paralelamente à linha dos caninos já mar cada. E m seguida, duas matrizes de celulóide foram adaptadas na conformação vestibular do plano de cera (uma de cada vez), recortadas na altura das marcações e posteriormente colocadas sobr e uma placa de vidr o para que fossem medidas a distância compr eendida entre as linhas dos caninos e a distância compr eendida entre as linhas da papila, utilizando-se, para isso, um paquímetr o. Para a análise dos resultados, os rebordos foram classifi cados em quadrado, ovóide e triangulares. Nos rebordos de forma quadrada, a difer ença entre a distância, entr e as linhas dos caninos e a distância entre as linhas da papila foi de 3,71 mm. Nos rebordos ovóides, a diferença foi de 4,8 mm e, nos triangular es, 9,93 mm. Considerando-se o tamanho da amostra, para que fosse possível a obtenção da porcentagem de casos aplicáveis, foram selecionados ao acaso mais 181 modelos desdentados totais, os quais foram classifi cados de acor do com a forma do rebordo alveolar. Foram encontrados 63 modelos com forma de r ebordo triangular (34,8%), 65 com forma quadrada (35,91%) e 53 com forma o vóide (29,28%). A somatória das por centagens dos ar cos quadrados e ovóides resultou em aproximadamente 65%. Com isso, a autora concluiu que o método de seleção dos dentes artifi ciais anteriores baseado na papila incisiv a somente pode ser aplicável em nosso meio para ar cos quadrados e ovóides, ou em 65% dos casos, não sendo aconselhada a aplicação da técnica em arcos triangulares.Segundo VARJÃO, F.M. (2003)21 o fato dos métodos

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de seleção dos dentes ar tifi ciais ser em largamente baseados em gr upos de indivíduos brancos é objeto de crítica na literatura. O bservando-se a composição da sociedade brasileira atual, depr eende-se claramente que as conclusões dos trabalhos r elativos aos métodos de seleção de dentes ar tifi ciais para pr óteses totais, constantes na literatura não podem ser entendidas como válidas para a totalidade da população de nosso país, a qual é constituída por raças puras e também miscigenadas. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2001, r ealizada pelo IBGE, a população brasileira está constituída de 53,4% de brancos, 40% de par dos ( mulatos, cafuz os, caboclos, mamelucos e mestiços de negr os com pessoas de outras raças), 5,6% de negr os e 0,6% de outras etnias. Mediante este quadro, realizou-se trabalho para av aliar em indivíduos per tencentes a tr ês gr upos raciais da população brasileira - brancos, negr os e par dos, o comportamento dos seguintes métodos utilizados para a seleção da largura dos dentes ar tifi ciais anteriores superiores em pr ótese total: M étodo da largura nasal; Método da projeção das comissuras bucais; Método do centro da papila incisiva e Método da margem posterior da papila incisiv a. Conclui-se que: M étodo da largura nasal: a) a largura nasal apr esenta uma baixa correlação com a distância intercuspídea dos caninos em indivíduos brancos, pardos e negr os; b) a aplicação deste método leva, em média, à seleção de dentes ar tifi ciais maiores que os naturais em indivíduos brancos, pardos e negros; c) o tamanho dos dentes anterior es indicado pelo método da largura nasal suger e que este método pode trazer algumas informações que auxiliem no pr ocesso de seleção dos dentes ar tifi ciais para brancos, por ém é totalmente inadequado para indivíduos par dos ou negros. Método da projeção das comissuras bucais: a) a distância em curva entre as comissuras bucais apresenta uma baixa corr elação com a distância em cur va entr e as distais dos caninos em indivíduos brancos, par dos e negros; b) a aplicação deste método lev a, em média, à seleção de dentes artifi ciais menores que os naturais em indivíduos brancos, pardos e negros; c) o tamanho dos dentes anteriores indicado pelo método das comissuras bucais suger e que este método é inadequado para indivíduos brancos, pardos e negros.Método do centro da papila incisiva: a) a aplicação deste

método leva, em média, à seleção de dentes ar tifi ciais maiores que os naturais em indivíduos brancos, par dos e negros; b) o tamanho dos dentes anterior es indicado pelo método do centr o da papila incisiv a suger e que este método apr esenta melhor compor tamento para indivíduos brancos, pardos e negros. Método da margem posterior da papila incisiva: a) a aplicação deste método leva, em média, à seleção de dentes artifi ciais maiores que os naturais em indivíduos brancos, par dos e negros; b) o tamanho dos dentes anteriores indicado pelo método da margem posterior da papila incisiv a sugere que este método é inadequado para indivíduos brancos, par dos e negros, porém pode traz er algumas informações que podem ser úteis no processo de seleção. BASSO, M.F .M.; NOGUEIRA, S.S.; L OFFREDO, L.C. (2005)1 o sucesso da escolha dos dentes ar tifi ciais anteriores baseia-se em fator es inter dependentes, tais como os conhecimentos científi cos do cirurgião-dentista, as aspirações do paciente, as limitações dos pr odutos existentes no mercado, entre outros. Tendo em vista os fabricantes serem diretamente responsáveis pelos dentes artifi ciais em oferta no mercado, não se pode deixar de levar em consideração o relevante papel desempenhado por eles. A confi abilidade das informações dos fabricantes a respeito de seus produtos apresenta-se como uma das condições básicas para o corr eto desenv olvimento do processo de seleção. No que se diz respeito ao tamanho e à forma dos dentes ar tifi ciais, as informações são fornecidas em tabelas de modelos, sendo que, via de regra, cada mar ca comercial possui modelos de dentes com tamanhos e formas únicos e característicos, criados pelos fabricantes e identifi cados pelos mesmos de acordo com sua própria conveniência comercial, não existindo em princípio, modelos idênticos em tamanho, forma e denominação entr e difer entes mar cas comer ciais. Contrariando esta característica, a obser vação das tabelas de modelos de dentes ar tifi ciais anterior es das macas Trubyte Biotone (Dentsply Indústria e Comércio Ltda., Petrópolis, RJ) e Vipi Dent (Dental Vipi Ltda., Indústria e Comér cio de M aterial O dontológico, Pirassununga, SP) possuem quatorze modelos similares de dentes anterior es superior es. D iante deste fato, realizou-se o estudo que tev e como objetiv os: Verifi car para as marcas comerciais em questão se o tamanho dos incisivos centrais superiores produzidos corresponde ao

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informado na tabela de modelos, e v erifi car se existe igualdade da largura em linha reta dos dentes anteriores superiores, r epresentada pelo somatório das larguras médias dos dentes em questão, entr e os modelos de mesma denominação, produzidos pelas marcas Trubyte Biotone e Vipi D ent. O s dentes foram obtidos no mercado e um paquímetr o digital foi usado para as mensurações (em mm). N o experimento 1, para cada marca, altura e largura dos incisiv os centrais superiores foram mensurados e os dados de cada dimensão comparados pelo teste t de S tudent ( α= 0,05), com o v alor informado pelo fabricante. N o experimento 2, a largura dos modelos com mesma denominação de ambos os fabricantes (modelos 2D, 3D, 133, 3M, 2N, 3N, 2P, 3P, A23, A25, A26, 263, 264, 266) foram também mensuradas e os dados comparados pelo teste t. A partir dos resultados obtidos, conclui-se que apesar dos modelos das marcas comerciais estudadas indicarem o mesmo tamanho para modelos com denominação igual os dentes da Vipi D ent são menor es que os da Trubyte Biotone.SELLEN, PHIL E JAGGER (1998)19 descreveram um método de análise estética atrav és de um pr ograma de computador que considera a forma da face, a forma do ar co, o contorno palatal e a forma dos dentes e determinam, atrav és destes quatr o fator es, as r elações existentes entr e dentes, ar co, face e contorno palatal. Os autor es encontraram 22% de corr espondência entre forma da face e forma dos dentes, 28% de correspondência entre forma de ar co e a face, 24% de correspondência entre forma de arco e a de dente e 32% de correlação entre a forma do ar co e a do dente. E les concluíram que a corr elação entre as formas de dente, face e ar co são estatisticamente insignifi cantes. Através da aplicação de alta tecnologia deste método de análise, não foi melhorada a técnica para determinar a forma e o tamanho dos dentes de pacientes edêntulos. Na intenção de av aliar a v eracidade do sistema de seleção de dentes artifi ciais Trubyte Tooth Indicator, LA VERE et al. (1992a) 13 realizaram um estudo com 488 estudantes de odontologia onde compararam o v alor do incisiv o central superior atrav és de medições em modelo de gesso com uso de paquímetro. Os resultados mostraram que o uso deste apar elho na maioria dos casos resultava na seleção de um tipo de dente ar tifi cial

maior que o dente natural do individuo . E ntretanto, os autor es afi rmavam que era sempr e melhor optar por um dente ar tifi cial maior ao inv és de um modelo com dimensões menor es, isto por que esta era o dente mais proeminente do arco quando visto frontalmente, e portanto, o uso do aparelho associado a outros métodos de seleção era válido. No mesmo ano, LA VERE et al. (1992b)14 relacionaram a largura e comprimento do incisiv o central superior com a largura e comprimento da face de 488 estudantes. As medições dos dentes foram r ealizadas em modelos de gesso dos ar cos de cada indivíduo e as medições faciais obtidas através do uso do sistema Trubyte Tooth Indicator. O s r esultados mostraram que o uso do sistema em questão resultava na escolha de um modelo de dente ar tifi cial 1mm maior tanto em largura como em comprimento em relação ao dente natural. MIRAGLIA, S. S.; FREIT AS, K.B.; P INTO, J.H.N. (2002)17 no que diz r espeito às teorias existentes para a seleção de dentes ar tifi ciais, reportam que Williams, no início do século, apr esentou uma no va forma de classifi cação das formas dentais e um no vo sistema de dentes ar tifi ciais. Associava as formas da face à forma dos dentes, classifi cando-os nas “formas fundamentais”: quadrado, triangular e ovóide. Considerando ainda que pudesse haver variações dessas formas devido à mistura racial, deixando a cargo do cirurgião dentista a tarefa de tentar harmonizá-las, durante o tratamento protético. KIAUSINIS MD et al (2006)11 reportam que pacientes de diferentes grupos étnicos e raciais apresentam variações no tamanho e formato do arco dental e dos dentes em si, e o dentista deve levar isso em consideração na hora da seleção dos dentes ar tifi ciais da prótese. Os fabricantes tendem a usar formas básicas na pr odução dos moldes dentais e isso v em causando pr oblemas nos div ersos grupos raciais. As formas básicas disponív eis podem ou não ser totalmente compatív eis para determinados grupos em termos de forma e tamanho . Além disso, as marcas comer ciais de dentes ar tifi ciais disponív eis no Brasil se baseiam na corr elação face-forma do dente para produzir os seus modelos, o que, segundo alguns pesquisadores, pode ser v álido para pacientes eur opeus e americanos, mas que no nosso caso torna-se imprópria devido à miscigenação racial em nosso país, que traz modifi cações mar cantes no po vo brasileir o, sobr etudo

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em sua formação física e sociocultural. FROSSARD, M. et al. (1998) 8 consideram o conceito de estética amplo, às v ezes, subjetivo, e que o dentista não é totalmente livr e para criar , dev endo pois respeitar os limites impostos pela natur eza. Os autores buscaram o estabelecimento de normas de estética, bem fundamentadas, para a análise correta dos fatores a serem incorporados, sem, entretanto, inibir os aspectos próprios de per cepção tão necessários ao pr ofi ssional. Para determinar a largura dos dentes ânter o-superiores na seleção dos dentes ar tifi ciais, estudou-se 120 indivíduos, metade dentados e os demais por tadores de dentaduras completas, entr e outras características, a largura do nariz em r epouso e sua r elação com a distância intercaninos, medida de cúspide a cúspide, em linha reta. Com base nos resultados, conclui-se que não é adequado estabelecer a corr elação entre a largura do nariz em repouso e a distância intercaninos, medida de cúspide a cúspide em linha r eta. Existem dentados nos quais a largura dos seis dentes ântero-superiores é maior que a medida máxima dos dentes ar tifi ciais disponíveis no mercado. KIAUSINIS, MD (2005) 12 estudou a largura dos seis dentes anterior es superiores de 121 estudantes de odontologia para determinar quais modelos e qual marca de dentes ar tifi ciais seriam os mais adequados. As ar cadas dentais completas foram pr eviamente moldadas com alginato e vazadas com gesso especial na parte oclusal e gesso pedra na base. Para a realização das medições foi utilizado um paquímetro digital da marca Whitworth da seguinte forma: para determinar a largura individual dos dentes (dimensão mésio-distal), os pontos de contato foram usados como ponto de r eferência. Já o comprimento dos dentes (dimensão cér vico-oclusal), foi av aliado usando como r eferência a distância entr e a margem gengiv al e o ponto mais evidente da incisal da coroa dental. A largura total linear dos seis dentes anteriores superior es foi determinada atrav és da soma da medida individual de cada um dos dentes. F oram avaliadas os modelos das seguintes mar cas: Trubyte Biotone (D entsplay) modelos 2D, 3D, 2N, 2P , A23, A25,A26, 3M, 3N, 3P , 263, 264, 266; Trilux ( VIPI) modelos E1, E2, E3, E4, E5, F3, F4, G3, H3, H4; Biolux (VIPI) modelos V12, V13,V14,V15, V17, V21, V22, V4B,V32,V36,V66,V68 e Ar tiplus (D entsplay)

modelos L23, L51, L81, L99, A47, A58, A85, P26, P33, P40. As medidas fornecidas pelo fabricante através da car ta molde foram descar tadas. O s dentes artifi ciais de cada fabricante foram medidos da seguinte forma: para determinar a largura de cada dente, tomou-se como r eferência a maior distância mésio-distal da coroa dental e para determinar o seu comprimento foi usada a medida entr e o limite esmalte-dentina e o ponto mais evidente do bor do incisal do mesmo . Para que não houv esse inter ferências durante as medições com o paquímetro, cada dente a ser medido era retirado da car tela original e fi xado individualmente em uma cartela vazia, de forma que fi casse sozinho e com as faces a ser em medidas livr es. A largura total linear dos seis dentes anteriores foi obtida somando-se os v alores das larguras individuais de cada um dos dentes anterior es. A par tir da comparação entr e os v alores dentais dos indivíduos da amostra com os v alores dentais dos modelos de dentes ar tifi ciais de cada fabricante, baseou-se este estudo que também determinou para cada modelo ar tifi cial ser considerado compatív el com determinado gr upo de indivíduo; ele dev eria possuir um valor que variasse entre - 0,5 = x = + 0, 5, sendo x correspondente ao v alor do gr upo em questão . Foram realizados testes também para saber se a largura média dos seis dentes anterior es era igual ou difer ente entr e homens e mulheres e se haviam difer enças na largura e comprimento dos dentes número 11 e 21, 12 e 22 e, 13 e 23. O teste detectou não existir diferença entre sexos da largura média linear dos seis dentes superiores anteriores. Dentro da metodologia empr egada na pesquisa dos resultados obtidos, concluiu-se que: 1) as dimensões dentais são muito similar es quando comparadas aos hemi-arcos para ambos os sex os; 2) a largura linear total dos seis dentes naturais anterior es superior es é equivalente entre os sexos masculino e feminino; 3) os dentes artifi ciais são fabricados predominantemente em tamanhos pequenos enquanto que os dentes naturais são pr edominantemente mais largos; 4) as opções de dentes artifi ciais para pacientes que r equerem modelos largos são extremamente limitadas e em alguns casos até mesmo inexistentes; 5) nenhuma das mar cas de dentes artifi ciais analisadas no estudo se mostr ou compatív el com as necessidades r eais dos indivíduos brasileir os em r elação à largura dos dentes anterior es superior es;

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6) devido à falta de opção do mer cado os cir urgiões-dentistas tendem a selecionar dentes menor es que os naturais para os por tadores de pr ótese total, tanto no sexo masculino como no feminino, o que pelo menos em parte, é r esponsável pela apar ência artifi cial da pr ótese total; 7) existe a necessidade de se conscientizar , tanto os técnicos de laboratório como os cirurgiões-dentistas, da importância da correta seleção dos dentes anteriores superiores ar tifi ciais para pr ótese total no sentido de selecionar um modelo adequado para cada indivíduo e ao mesmo tempo, pr essionar os fabricantes para criar ou adaptar um maior númer o de dentes ar tifi ciais ao padrão brasileiro. Devido à impor tância das car tas-moldes na seleção dos dentes ar tifi ciais, CASTRO Jr., O.V.; FRIGÉRIO, M.L.M.A (2005) 4 desenv olveram um estudo para avaliar a pr ecisão das medidas de larguras em car tas-moldes, tendo em vista que na seleção dos dentes artifi ciais, a escolha das larguras mesiodistais é um fator determinante para se promover uma relação harmônica entre o rosto do paciente e o seu sorriso . Os seis dentes anteriores maxilar es, devido à sua maior visibilidade durante o sorriso, são os mais importantes nesta seleção, pois, por meio da sua largura, as cartas-moldes indicam as larguras dos outr os dentes corr espondentes. N a confecção dos dentes ar tifi ciais, a pr ecisão da matriz, contração de polimerização e a r emoção de ex cessos podem alterar as larguras mesiodistais dos dentes, quando comparadas com as larguras fornecidas nas cartas-moldes dos fabricantes. Desta forma, analisaram-se três marcas de dentes artifi ciais bastante utilizadas no mercado brasileir o (B iotone, Trilux, Ivoclar). A car ta-molde da mar ca Biotone apresenta os v alores dos seis dentes anteriores maxilares em curva, mas não menciona que curva é esta e nem tampouco indica a largura dos dentes em reta. Já as marcas Ivoclar e Trilux apresentam somente os v alores em r eta. O objetiv o desse estudo foi o de conferir a pr ecisão das medidas das larguras dos dentes anteriores em reta, mencionadas nas car tas-moldes da Ivoclar e Trilux, e de determinar as larguras dos dentes anteriores em reta da carta-molde da Biotone, comparando-as com as medidas mencionadas em curva. Através de mensurações individuais com paquímetr o digital, os v alores obtidos da largura dos modelos anteriores da marca Trilux e Ivoclar foram comparados

com as car tas-moldes r espectivas. F oi analisada a porcentagem ocupada pelos 6 dentes anterior es em relação à largura do 1º molar ao 1º molar . Somou-se a largura de cada modelo anterior com a largura do modelo posterior correspondente, indicado pela carta-molde do fabricante (no caso do Biotone, para um mesmo modelo anterior, às v ezes indica-se dois modelos posterior es; nesses casos, por ém, calcula-se as duas possibilidades), resultando em 32 combinações para o Biotone, 10 para o Trilux e 32 para o I voclar. Foram feitas as análises descritivas da por centagem da largura ocupada pelos 6 dentes anterior es em r elação à largura dos 12 dentes (do primeir o molar ao primeir o molar). A seguir , para verifi car diferenças entre os tr ês grupos, utilizou-se o teste Kr uskal-Wallis. Q uando foram detectadas diferenças, utilizou-se o teste de comparações múltiplas de Dunn. O nível de signifi cância foi de 5% e os pacotes estatísticos utilizados foram da ST ATISTICA 5.0 for Windows. As larguras dos dentes da mar ca comer cial Ivoclar, apresentadas na sua carta-molde, demonstraram uma grande fi delidade quando comparadas às larguras mensuradas dos dentes artifi ciais, sendo que as diferenças encontradas não foram clinicamente signifi cantes. Porém, as car tas-moldes das mar cas B iotone e Trilux apresentaram v ariações que podem compr ometer clinicamente a estética, necessitando mais pr ecisão em suas informações. A car ta-molde da I voclar indica dentes posterior es corr espondentes com o modelo anterior selecionado, sendo mais largos do que o das outras marcas estudadas.

MATERIAIS E MÉTODOA par tir da r evisão literária a r espeito da ev olução, características e técnicas de seleção dos dentes artifi ciais, obteve-se subsídios para avaliar informações nas cartas-moldes sobre o espaço ocupado pelos dentes posteriores de marcas existentes no mercado brasileiro, e comparar estes achados à montagem de dentes ar tifi ciais em curva, em pequenos ar ticuladores, já que informações imprecisas sobre os seus tamanhos podem comprometer o resultado estético e funcional fi nal.

Materiais1. Car tas-moldes das mar cas comer ciais Trilux® (Ruthibras Imp. Exp. e Com. de Prod. Odontológicos),

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Artiplus® (D entisplay I ndústria e Comér cio Ltda, Petrópolis-RJ), SR O rthosit P E® (I voclar/Vivadent Ltda,Liechtenstein), G nathostar® (I voclar/Vivadent Ltda,Liechtenstein), B iolux® (D ental Vipi Ltda. I nd. Com. De Prod. Odontológicos, Pirassununga-SP);2.Um paquímetro manual;3.Dentes artifi ciais posteriores correspondentes às marcas comerciais das car tas-moldes citadas anteriormente montados em pequenos articuladores. Sendo:• Um modelo Trilux (M5)(fi gura 6);• Um modelo Artiplus (O36 /U36) (fi gura 7);• Um modelo SR Orthosit PE (T4) (fi gura 8);• Um modelo Gnathostar (D88) (fi gura 9);• Um modelo Biolux (P4) (fi gura 10).

MétodoAs mensurações dos dentes ar tifi ciais posteriores montados em pequenos articuladores foram realizadas apoiando-se o paquímetr o manual na face mesial e distal mais pr oeminente (obser vando-se o dente por oclusal). Três mensurações foram r ealizadas e as duas menores desprezadas. Os valores obtidos da largura dos dentes em polegadas foram convertidos em milímetros (1 pol. (n.i) = 25,4mm). Somou-se a largura individual de cada dente artifi cial por modelo e, o valor obtido a partir da montagem em cur va, foi comparado com os valores das medidas (mm) corr espondentes ao espaço ocupado pelos dentes posteriores em linha, observados nas r espectivas car tas-moldes. O s dados obtidos (Tabelas 1 -10) foram comparados e analisados através do Microsoft Offi ce Excel.

RESULTADOSForam feitas análises descritiv as e comparativ as da porcentagem do espaço ocupado pelos dentes posteriores em linha fornecida pela carta-molde e do espaço ocupado pelos dentes posteriores na montagem em curva, através de gráfi cos (Gráfi cos 1 –10), para facilitar a visualização e comparação entre estes valores.

DISCUSSÃOA literatura mundial mostra-se extr emamente pobr e em pesquisas de análise das cartas-moldes. Sabe-se que, a escolha corr eta das larguras mesiodistais é um fator determinante para se promover uma relação harmônica

Figura 07. Modelo Artiplus (O36/U36).

Figura 10. Modelo Biolux (P4).

Figura 09. Modelo Gnathostar (D88).

Figura 08. Modelo SR Orthosit PE (T4).

Figura 06. Modelo Trilux (M5).

Revista Inovation Dezembro_2007.indd 40Revista Inovation Dezembro_2007.indd 40 11.08.08 20:30:2711.08.08 20:30:27

INNOVATIONS IMPLANT JOURNAL - BIOMATERIALS AND ESTHETICS 41

entre o rosto do paciente e o seu sorriso. As cartas-moldes sugerem, por meio da largura dos dentes anterior es, a largura dos dentes posteriores correspondentes. Os dentes artifi ciais pr esentes no mer cado brasileir o apr esentam menos modelos de dentes posteriores, no que se r efere à largura, do que dos dentes anteriores o que vem a permitir que um único modelo de dente posterior seja indicado para vários modelos de dentes anterior es. A grande variedade das formas de rebordos residuais, principalmente em um país de grande miscigenação como nosso, os difer entes alinhamentos r esultantes de montagens de dentes em diferentes formas de rebordo, ocupam espaços diferentes, o que pôde ser constatado no simples estudo r ealizado: pequenas variações do espaço a ser ocupado pelos dentes artifi ciais podem acarretar prejuízos funcionais e estéticos. BONACHELA e R OSSETTI2 em 2003 afi rmaram que existem difer entes formas oclusais disponív eis no mercado. P orém a maioria dos esquemas oclusais em próteses totais foi abandonada ou desacreditada devido à grande variabilidade e subjetividade dos testes realizados, os quais sendo inconclusivos em relação à melhor forma oclusal cabível. E ainda, também, pode-se acr escentar a essa condição de uso, no qual se gera um amassamento da resina e este amassamento ainda decorr e também da ação de deformação do acrílico pela condição do próprio peso, denominado fl uxo frio . O fato dos métodos de seleção dos dentes ar tifi ciais serem largamente baseados em gr upos de indivíduos brancos é objeto de crítica na literatura.Observando-se a composição da sociedade brasileira atual, depreende-se claramente que as conclusões dos trabalhos relativos aos métodos de seleção de dentes ar tifi ciais, constantes na literatura, não podem ser entendidas como válidas para a totalidade da população de nosso país, a qual é constituída por raças puras e também miscigenadas.As cartas-moldes devem conter informações precisas dos tamanhos dos dentes, sendo a fi delidade destes dados de extrema importância, pois as grandes v ariações podem levar a alterações na corr eta escolha de suas larguras. Nenhuma das car tas-moldes av aliadas apr esenta a medida da largura mésiodistais individuais dos dentes posteriores. Apenas informam o espaço ocupado pelo conjunto posterior superior ou inferior. As cartas-moldes das marcas Gnathostar, Artiplus, Biolux não apresentam a largura v estíbulo-lingual dos dentes posterior es, ao contrário, das marcas Trilux e SR Orthosit PE.

CONCLUSÃO1. U ma seleção incorr eta de dentes ar tifi ciais pode resultar na r ejeição de pr óteses além de pr ejuízos funcionais e estéticos. A confi abilidade nas informações dos fabricantes a respeito de seus produtos, a fi delidade das informações contidas nas cartas-moldes, representam condições básicas para o corr eto desenv olvimento do processo de seleção;2. Houve incoerências e discor dâncias de todas as car tas-moldes em r elação às medidas r ealizadas sobre os dentes artifi ciais selecionadas realizadas com paquímetro manual.

Dente Largura mésio-

distal em montagem

(n.i)

Largura mésio-

distal em montagem

(mm)

Largura mésio-

distal na carta-molde

Espaço ocupado

pelos dentes posteriores em linha na carta-molde

(mm)

Espaço ocu-pado pelos

dentes posteriores

em montagem (mm)

1PM 0.212 7,7216 - 30,3 30,2768

2PM 0.216 7,5438 -

1M 0.459 12,446 -

2M 0.305 9,9568 -

Dente Largura mésio-

distal em montagem

(n.i)

Largura mésio-

distal em montagem

(mm)

Largura mésio-

distal na carta-molde

Espaço ocupado

pelos dentes posteriores em linha na carta-molde

(mm)

Espaço ocu-pado pelos

dentes posteriores

em montagem (mm)

1PM 0.203 5,1562 - 33,5 34,3408

2PM 0.289 7,3406 -

1M 0.481 12,2174 -

2M 0.379 9,6266 -

Dente Largura mésio-

distal em montagem

(n.i)

Largura mésio-

distal em montagem

(mm)

Largura mésio-

distal na carta-molde

Espaço ocupado

pelos dentes posteriores em linha na carta-molde

(mm)

Espaço ocu-pado pelos

dentes posteriores

em montagem (mm)

1PM 0.282 7,1628 - 33,5 32,131

2PM 0.279 7,0866 -

1M 0.398 10,1092 -

2M 0.306 7,7724 -

Tabela 2 - Dentes inferiores ORTHOSIT

Tabela 3 - Dentes Superiores TRILUX

Tabela 1 - Dentes Superiores ORTHOSIT

Revista Inovation Dezembro_2007.indd 41Revista Inovation Dezembro_2007.indd 41 11.08.08 20:30:3111.08.08 20:30:31

42 Volume 02 - Número 04 - Dezembro/2007

Dente Largura mésio-

distal em montagem

(n.i)

Largura mésio-

distal em montagem

(mm)

Largura mésio-

distal na carta-molde

Espaço ocupado

pelos dentes posteriores em linha na carta-molde

(mm)

Espaço ocu-pado pelos

dentes posteriores

em montagem (mm)

1PM 0.286 7,2644 - 35,3 38,4556

2PM 0.329 8,3566 -

1M 0.494 12,5476 -

2M 0.405 10,287 -

Tabela 4 - Dentes Inferiores TRILUX

Dente Largura mésio-

distal em montagem

(n.i)

Largura mésio-

distal em montagem

(mm)

Largura mésio-

distal na carta-molde

Espaço ocupado

pelos dentes posteriores em linha na carta-molde

(mm)

Espaço ocu-pado pelos

dentes posteriores

em montagem (mm)

1PM 0.289 7,3406 - 35 36,3474

2PM 0.322 8,1788 -

1M 0.437 11,0998 -

2M 0.383 9,7282 -

Dente Largura mésio-

distal em montagem

(n.i)

Largura mésio-

distal em montagem

(mm)

Largura mésio-

distal na carta-molde

Espaço ocupado

pelos dentes posteriores em linha na carta-molde

(mm)

Espaço ocu-pado pelos

dentes posteriores

em montagem (mm)

1PM 0.295 7,493 - 36 39,1922

2PM 0.34 8,636 -

1M 0.472 11,9888 -

2M 0.436 11,0744 -

Dente Largura mésio-

distal em montagem

(n.i)

Largura mésio-

distal em montagem

(mm)

Largura mésio-

distal na carta-molde

Espaço ocupado

pelos dentes posteriores em linha na carta-molde

(mm)

Espaço ocu-pado pelos

dentes posteriores

em montagem (mm)

1PM 0.304 7,7216 - 33,5 37,6682

2PM 0.297 7,5438 -

1M 0.490 12,446 -

2M 0.392 9,9568 -

Dente Largura mésio-

distal em montagem

(n.i)

Largura mésio-

distal em montagem

(mm)

Largura mésio-

distal na carta-molde

Espaço ocupado

pelos dentes posteriores em linha na carta-molde

(mm)

Espaço ocu-pado pelos

dentes posteriores

em montagem (mm)

1PM 0.345 8,763 - 35,6 39,4716

2PM 0.276 7,0104 -

1M 0.49 12,446 -

2M 0.443 11,2522 -

Tabela 6 - Dentes Inferiores ARTIPLUS

Tabela 7 - Dentes superiores GNATHOSTAR

Tabela 8 - Dentes inferiores GNATHOSTAR

Tabela 5 - Dentes Superiores ARTIPLUS

Dente Largura mésio-

distal em montagem

(n.i)

Largura mésio-

distal em montagem

(mm)

Largura mésio-

distal na carta-molde

Espaço ocupado

pelos dentes posteriores em linha na carta-molde

(mm)

Espaço ocu-pado pelos

dentes posteriores

em montagem (mm)

1PM 0.295 7,493 - 32 33,6042

2PM 0.291 7,3914 -

1M 0.436 11,0744 -

2M 0.301 7,6454 -

Dente Largura mésio-

distal em montagem

(n.i)

Largura mésio-

distal em montagem

(mm)

Largura mésio-

distal na carta-molde

Espaço ocupado

pelos dentes posteriores em linha na carta-molde

(mm)

Espaço ocu-pado pelos

dentes posteriores

em montagem (mm)

1PM 0.292 7,4168 - 35,2 39,6494

2PM 0.343 8,7122 -

1M 0.49 12,446 -

2M 0.436 11,0744 -

Tabela 10 - Dentes inferiores BIOLUX

Tabela 9 - Dentes superiores BIOLUX

Gráfi co 1 - Dentes superiores ORTHOSIT

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em linha na carta molde (mm)

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em montagem (mm)50%

50%

Revista Inovation Dezembro_2007.indd 42Revista Inovation Dezembro_2007.indd 42 11.08.08 20:30:3311.08.08 20:30:33

INNOVATIONS IMPLANT JOURNAL - BIOMATERIALS AND ESTHETICS 43

Gráfi co 3 - Dentes superiores TRILUX

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em linha na carta molde (mm)

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em montagem (mm)51%

49%

Gráfi co 5 - Dentes superiores ARTIPLUS

51%

49% Espaço ocupado pelos dentes posteriores em linha na carta molde (mm)

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em montagem (mm)

Gráfi co 6 - Dentes Inferiores ARTIPLUS

52%

48% Espaço ocupado pelos dentes posteriores em linha na carta molde (mm)

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em montagem (mm)

Gráfi co 4 - Dentes inferiores TRILUX

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em linha na carta molde (mm)

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em montagem (mm)52%

48%

Gráfi co 7 - Dentes superiores GNATHOSTAR

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em linha na carta molde (mm)

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em montagem (mm)53%

47%

Gráfi co 8 - Dentes inferiores GNATHOSTAR

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em linha na carta molde (mm)

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em montagem (mm)53%

47%

Gráfi co 10 - Dentes inferiores BIOLUX

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em linha na carta molde (mm)

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em montagem (mm)53%

47%

Gráfi co 9 - Dentes superiores BIOLUX

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em linha na carta molde (mm)

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em montagem (mm)51%

49%

Gráfi co 2 - Dentes inferiores ORTHOSIT

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em linha na carta molde (mm)

Espaço ocupado pelos dentes posteriores em montagem (mm)51%

49%

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44 Volume 02 - Número 04 - Dezembro/2007

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Endereço para correspondência:

Murilo Auler E. Salles Rua Saint Martin, 28-50 - Ed. Caiapós, apto.12 - Jardim Aeroporto CEP: 17012-433 - Bauru - [email protected] - [email protected]

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