Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

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Universidade Estadual de Maringá Departamento de Estatística Thiago Gentil Ramires

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Universidade Estadual de Maringá

Departamento de Estatística

Thiago Gentil Ramires

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Analise de sobrevivência em pacientes

com problemas renais.

MARINGÁ

OUTUBRO DE 2010

INSTITUTO DO RIM DE MARINGÁ

CURSO DE ESTATÍSTICA

THIAGO GENTIL RAMIRES

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RELATORIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

Relatório submetido a

Coordenação do curso de

Estatística da Universidade

Estadual de Maringá como

Requisito parcial para a

Obtenção do diploma em

Graduação em estatística

Orientadora: Prof. Daniele

Cristina Tita Granzotto

MARINGÁ

OUTUBRO DE 2010

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iv

Thiago Gentil Ramires

Analise de sobrevivência em pacientes com problemas

renais.

Relatório submetido a

Coordenação do curso de

Estatística da Universidade

Estadual de Maringá como

Requisito parcial para a

Obtenção do diploma em

Graduação em estatística

Aprovada em ___/___/_____

Banca Examinadora

_________________________________________

Profª Msc. Daniele Cristina Tita Granzotto(Orientadora)

Universidade Estadual de Maringá – UEM

_________________________________________

Profª Dra.Rosangela Getirana Santana

Universidade Estadual de Maringá – UEM

_________________________________________

Profº Dr. Carlos Aparecidos dos Santos

Universidade Estadual de Maringá – UEM

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RESUMO

Dada a relevância e o aumento de casos de Insuficiência Renal Crônica no

Brasil, faz-se necessário o estudo de ferramentas estatísticas apropriadas que

auxiliem na avaliação de fatores determinantes na incidência de morte dessa

doença. Os dados disponibilizados pelo Instituto do Rim de Maringá, no período

de 1978 à 2010. Adotou-se a metodologia de análise de sobrevivência foi feito a

fim de para modelar os tempos de vida destes pacientes e determinar quais os

fatores que mais afetam sua sobrevida. Durante a execução deste trabalho, o

modelo de regressão Weibull foi considerado e todas as técnicas necessárias

para modelagem, verificação e inferências para este modelo citado são aqui

apresentadas.

Análise de sobrevivência, com o propósito de modelar o tempo de vida dos

pacientes e assim identificar fatores determinantes com (sexo, pressão alta,

diabetes, imc). O modelo de regressão Weibull foi considerado o mais bem

ajustado, que apresentou sexo, pressão alta, cor, indicador de hepatite B entre

outras, fatores que influenciam no tempo de vida de pacientes com problemas

renais.

Palavras-chave: Diálise renal, análise de sobrevivência, análise paramétrica e

não paramétrica.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por sempre me ajudar a conquistar meus sonhos.

A minha mãe, Janet Gentil Ramires, que sempre me apoiou com meus

estudos.

Meu pai, Ademir Ramires, pessoa fundamental em nossa família.

Ao meu avô, que nos deixou esse ano, pessoa que sinto muito saudade e que

infelizmente não pode compartilhar esse momento da minha vida.

A minha avó, pessoa que sempre batalhou na vida e que ainda continua muito

forte fazendo parte da minha família.

Ao meu irmão Juliano Gentil Ramires, que sempre esta disposto a me ajudar.

A minha Prof. Rosangela, que foi um dos professores com que mais me

identifiquei na faculdade e que sempre me ajudou.

A Prof. Daniele em que me ajudou com todas as duvidas em meu trabalho.

A Andréa, orientadora do meu estagio, onde sem ela seria impossível ter

realizado este trabalho.

A todos do departamento de estatística da UEM

Aos amigos das republicas Pé de Pano e Kubanacan, que vão deixar

saudades desses 4 anos em que passamos juntos.

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Sumário

Capítulo 1 - Introdução ....................................................................................... 10

1.1- Objetivos ................................................................................................... 12

Capítulo 2 – Hemodiálise .................................................................................... 13

2.1. Historia da hemodiálise ......................................................................... 13

2.2. Insuficiência renal crônica ..................................................................... 13

2.3. Tratamento ............................................................................................. 14

Capítulo 3 – Análise de Sobrevivência ............................................................... 16

3.1. Procedimentos para Analisar Dados na Ausência de Censura ............ 18

3.2. Estimadores Não-Paramétricos ............................................................ 21

3.2.1 Estimador de Kaplan-Meier ................................................................. 22

3.2.2 O Teste de Log-Rank ........................................................................... 24

3.3 Estimadores Paramétricos ........................................................................ 24

3.3.1 Modelo Exponencial .......................................................................... 25

3.3.2 Modelo Weibull ................................................................................... 27

3.3.3 Modelo Log-Normal ............................................................................. 28

3.3.4 Modelo Gama-Generalizada ................................................................. 30

3.4. Método de Estimação ............................................................................ 31

3.5. Obtenção do Modelo Paramétrico ......................................................... 32

3.6 Comparação de modelos e seleção das covariáveis .............................. 33

3.7 Teste da razão de verossimilhanças....................................................... 34

3.8 Escolha de um modelo paramétrico ...................................................... 34

3.9 Adequação do modelo ajustado ............................................................. 35

Capítulo 4 - Resultados ....................................................................................... 37

4.1 – Análise Não-Paramétrica ........................................................................ 39

4.2 – Análise Paramétrica ................................................................................ 42

4.2.1 - Verificação do ajuste ....................................................................... 46

4.2.2 - Estimativa dos Parâmetros do Modelo Ajustado Weibull............... 49

4.2.3 - Análise de resíduos .......................................................................... 50

Capítulo 5 – Conclusão ....................................................................................... 52

Bibliografias ........................................................................................................ 54

Anexo A Programa no SAS. .......................................................................... 57

Anexo B Programa no R .................................................................................. 61

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Capítulo 1 - Introdução

No início da década de 60 a diálise era procedimento experimental e medida

heróica utilizada em casos selecionados de insuficiência renal aguda. Evoluiu,

tornando-se tratamento rotineiro capaz de manter vivos portadores de insuficiência

renal crônica terminal (IRCT).

Dada a relevância e o aumento de casos de Insuficiência Renal no Brasil,

faz-se necessário o estudo de ferramentas estatísticas apropriadas que auxiliem no

discernimento dos fatores que mais influenciam na incidência de morte dessa

doença. As técnicas de análise de sobrevivência são aqui consideradas, pois se

ajustam cada vez mais aos dados que frequentemente são encontrados em vários

tipos de estudos, especialmente, os estudos clínicos e observacionais.

Qualquer que seja o tipo de estudo com pacientes, geralmente há uma

variável de interesse, também chamada de variável dependente ou resposta. Essa

variável pode ser o número de casos de determinada doença, ou a sua incidência,

ou a sua probabilidade de ocorrência, ou outra medida que vise descrever a

freqüência com que a doença ocorre. Às vezes, a variável dependente de interesse

é o tempo decorrido até o aparecimento de algum evento, e aí se incluem os

estudos de análise de sobrevivência. Há, ainda, uma ou mais variáveis,

denominadas independentes, preditoras ou covariáveis, cujo relacionamento com a

variável dependente é o objetivo do estudo de hemodiálise, e nesse contexto, a

análise quantitativa é imprescindível, pois os modelos estatísticos expressam a

variável dependente como uma função matemática conhecida das variáveis

independentes. Há, então, o interesse em se verificar o efeito de fatores de risco ou

de fatores prognósticos (sejam eles quantitativos ou qualitativos) no tempo de

sobrevivência de um indivíduo ou de um grupo, bem como definir as probabilidades

de sobrevida em diversos momentos no seguimento do grupo. Considera-se

sobrevida, o tempo desde a entrada do indivíduo no estudo (data do começo da

hemodiálise) até a ocorrência do evento de interesse (falha) ou até a censura (perda

por tempo de observação incompleto) na observação (Kleinbaum, 1995).

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O objetivo deste trabalho é estudar as covariáveis que afetam (e como

afetam) o tempo até a ocorrência do evento de interesse. As vaiáveis do estudo

foram: Idade, Sexo, Cor, Tempo (em meses), Tipo Sanguíneo, Transplante, IMC,

AntiHBS, Diabetes, Censura e Pressão dentro dos 306 casos.

Os dados foram obtidos junto ao Instituto do Rim de Maringá, onde

observamos os pacientes inscritos no programa de hemodiálise do ano de 1978 ao

ano de 2010. Essa coleta foi obtida diariamente pelo próprio Instituto respeitando as

normas da empresa.

A principal limitação do estudo foi a perda de informação (algumas variáveis

deixaram de ser observadas ou foram perdidas), desta forma alguns pacientes foram

excluídos da análise.

Outro complicador nesta análise são as controvérsias de como tratar os óbitos

por outra causa que não a doença de interesse ou os óbitos por causa

desconhecida. Há autores que analisam estes pacientes como falha e, neste caso, a

taxa de sobrevida reflete a mortalidade geral para este grupo de pacientes

(sobrevida global). Neste estudo consideramos todos os óbitos como falha, pois

pacientes com problemas renais passam a apresentar diversos tipos de problemas

no organismo, onde a maioria deles estão diretamente relacionados devido ao mau

funcionamento dos rins.

A escolha do modelo a ser utilizado é um muito importante na análise

paramétrica em confiabilidade, uma vez que a utilização de um modelo inadequado

para um determinado conjunto de dados pode comprometer a análise estatística,

provocando viés nos resultados obtidos. Neste estudo optou-se por utilizar uma

estratégia de seleção de modelos derivada da proposta de Collett (1994). São

utilizados seis passos no processo de seleção. Descritos no capitulo 3.5.

Após a modelagem procurou-se ajustar o modelo à uma distribuição

paramétrica, onde foram utilizados métodos gráficos e testes estatístico como o

Teste da Razão de Verossimilhança. O modelo que melhor se adequou aos dados

foi um modelo Weibull.

Com a verificação do ajuste do modelo, em geral obtemos um bom ajuste

com as covariáveis selecionadas e as seguintes interpretações foram feitas para os

parâmetros:

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1.1- Objetivos

O objetivo deste trabalho é estudar os fatores que afetam (e como afetam) o

tempo até a ocorrência do óbito por insuficiência renal.

Assim, temos o interesse em identificar variáveis que estão associadas ao tempo

de vida dos pacientes, construir um modelo de sobrevivência que explique o

comportamento das variáveis no modelo e assim, estimar parâmetros, via método de

máxima verossimilhança, do modelo ajustado.

À partir do modelo construído, temos por objetivo fazer algumas estimativas

pertinentes, além de construir intervalos de confianças e teste de hipóteses para os

parâmetros selecionados

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Capítulo 2 – Hemodiálise

2.1. Historia da hemodiálise

Melhorias importantes ocorreram nos serviços de diálise do Brasil, sendo

reconhecido como programa de substituição renal no ano de 1974. Alguns

parâmetros tornaram-se regra nas unidades de diálise brasileiras, como o

tratamento da água por osmose reversa e o uso de máquinas de proporção.

Assim, na última década, várias inovações tecnológicas foram incorporadas

ao procedimento de hemodiálise, tanto quanto à automação das máquinas como

quanto aos dispositivos de segurança, medicações, dentre outros. Apesar dos

avanços tecnológicos, os registros de diálise do mundo não demonstram melhora da

sobrevida concomitante a estes avanços. Logo, não está clara a influência da

tecnologia sobre a mortalidade dos pacientes.

2.2. Insuficiência renal crônica

Uma doença que constitui um grave problema médico e de saúde pública,

caracterizada pela incapacidade dos rins em excretar substâncias tóxicas do

organismo de forma adequada (Cardozo et al. 2006). As causas da Insuficiência

Renal são muitas, algumas das quais acarretam uma diminuição rápida da função

renal, muitas vezes, com valores inferiores a 1 ou 2% do índice normal (Insuficiência

Renal Aguda). Outras causas de IR acarretam uma perda gradual e progressiva de

grande parte dos néfrons funcionantes (Insuficiência Renal Crônica).

Segundo Marques et al. (2005), os resultados finais da doença são sinais e

sintomas tais como: cefaléia, fraqueza, anorexia, náuseas, vômitos, cãibras, diarréia,

oligúria (secreção insuficiente de urina), edema, confusão mental, sede, perda do

olfato e paladar, sonolência, hipertensão arterial e tendência à hemorragia

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decorrentes da incapacidade renal, além de palidez cutânea, xerose (ressecamento

patológico da pele), dismenorréia (cólica antes ou durante a menstruação),

amenorréia (ausência de fluxo menstrual), atrofia testicular, impotência, déficit de

atenção, espasmos musculares e coma.

2.3. Tratamento

Os pacientes que, por algum motivo, perderam a função renal e

irreparavelmente atingiram a fase terminal da doença, têm hoje três métodos de

tratamento: a hemodiálise, a diálise peritoneal e o transplante renal.

De acordo com SBN (2009), a hemodiálise promove a retirada das

substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo por meio da passagem do

sangue por um filtro. Em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com

duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas

especializadas neste tratamento como mostra a Figura2.1. Para que o sangue passe

pela máquina é necessário a instalação de um cateter ou a confecção de uma fístula

(procedimento realizado mais comumente nas veias do braço), permitindo que essas

fiquem mais calibrosas e forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.

Figura 2.1: Tratamento de hemodiálise.

A diálise peritoneal funciona de maneira diferente. Ao invés de utilizar um filtro

artificial para “limpar” o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana

localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. É inserido um

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cateter flexível no abdômen, e assim, é feita a infusão de um líquido semelhante a

um soro na cavidade abdominal. Esse líquido chamado “banho de diálise”, entra em

contato com o peritônio, e por ele é feita a retirada das substâncias tóxicas do

sangue. A diálise peritoneal pode ser feita na própria casa do paciente, ou ainda no

local de trabalho, já que o processo de troca do banho de diálise é feito pelo próprio

paciente ou por algum familiar.

Segundo Santos (2005), os avanços recentes da terapia dialítica não têm se

correlacionado diretamente com a redução da mortalidade nos últimos anos, talvez

pelo fato de que os pacientes com doença renal crônica são mais idosos e

apresentam maior número de co-morbidades ao iniciarem a terapia dialítica.

Os tratamentos dialíticos não chegam a substituir integralmente a função

renal, mas fornecem condições para manter a sobrevida do paciente, permitindo que

este retornem a uma vida normal e produtiva, prevenindo até a morte precoce. O

transplante renal é o único tipo de terapia que pode oferecer uma reabilitação quase

total. Segundo Castanheira et al. (2005), a diálise não é uma cura, permitindo

apenas uma reposição da função renal normal.

Para estudar os dados relacionados à diálise, utilizaremos de técnicas de

análise de sobrevivência, a qual será aplicada para estudar o tempo até os

pacientes experimentarem o evento de interesse, neste caso, o óbito. Estas técnicas

são justificadas, uma vez que, alguns dos tempos em estudo são parcialmente

observados, ou seja, censurados. Neste caso, pacientes deixam de experimentar o

evento de interesse ou simplesmente abandonam ao tratamento.

Ainda devemos pensar: quais variáveis influenciam no tempo de vida de

pessoas com insuficiência renal; ou, qual o modelo mais adequado para descrever o

tempo de sobrevivência dos pacientes com insuficiência renal?

Há controvérsias sobre como tratar os óbitos por outra causa que não a

doença de interesse ou os óbitos por causa desconhecida. Há autores que analisam

estes pacientes como falha e, neste caso, a taxa de sobrevida reflete a mortalidade

geral para este grupo de pacientes (sobrevida global).

Há ainda, casos em que o paciente morre por outros motivos onde, a causa

principal é a insuficiência renal. Neste trabalho, qualquer que seja a causa morte,

trataremos apenas do problema de insuficiência renal.

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Capítulo 3 – Análise de Sobrevivência

Qualquer que seja o tipo de estudo com pacientes, geralmente há uma

variável de interesse, também chamada de variável dependente ou resposta. Essa

variável pode ser o número de casos de determinada doença, ou a sua incidência,

ou a sua probabilidade de ocorrência, ou outra medida que vise descrever a

freqüência com que a doença ocorre. Às vezes, a variável dependente de interesse

é o tempo decorrido até o aparecimento de algum evento, e aí se incluem os

estudos de análise de sobrevivência. Outro fator determinante para um estudo em

analise de sobrevivência é a observação parcial da resposta, ou seja, a presença de

tempos censurados.

Há, ainda, uma ou mais variáveis, denominadas independentes ou preditoras,

cujo relacionamento com a variável dependente é a influencia no tempo de

sobrevivência, e nesse contexto, a análise quantitativa é imprescindível, pois os

modelos estatísticos expressam a variável dependente como uma função

matemática conhecida das variáveis independentes. Há, então, o interesse em se

verificar o efeito de fatores de risco ou de fatores prognósticos (sejam eles

quantitativos ou qualitativos) no tempo de sobrevivência de um indivíduo ou de um

grupo, bem como definir as probabilidades de sobrevida em diversos momentos no

seguimento do grupo. Considera-se sobrevida, o tempo desde a entrada do

indivíduo no estudo (data do começo da hemodiálise) até a ocorrência do evento de

interesse (falha) ou até a censura (observação parcial da resposta) (Kleinbaum,

1995).

Em estudos de sobrevivência, as pessoas são acompanhadas por meio da

ocorrência de um evento. Esse evento pode ser, por exemplo, o diagnóstico da

doença, ou a realização de cirurgia, ou o inicio de um tratamento. Geralmente, as

pessoas são incluídas no estudo em diferentes instantes, tempos estes chamados

de zero, ou inicio do estudo. Os inícios são, portanto, truncados à esquerda, ou seja,

a observação de cada indivíduo começa a partir de determinado momento, sem

levar em conta o que aconteceu no passado (Cox & Oakes, 1984). O evento final

corresponde geralmente ao óbito ou a um determinado evento que indique a

modificação do estado inicial (cura, recorrência, retorno ao trabalho etc.) e como se

comporta esta associação.

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Este evento final, ou evento de interesse, geralmente refere-se a eventos

indesejáveis, como o aparecimento de doença ou morte (Kleinbaum, 1995). Em

estudos em que há necessidade de tempo para observar a resposta (ou

acompanhamento), pode ocorrer que alguns indivíduos não sejam observados até a

ocorrência da falha, ou seja, tenham seu tempo de observação incompleto. Esse tipo

de perda no tempo de observação é denominado censura. Isso pode ocorrer quando

os indivíduos permanecem sem mudança de estado ao término do estudo, ou

falecem por causas não relacionadas com a doença de interesse, ou abandonam o

estudo, ou fogem à observação. Por vezes, a cura e/ou recuperação também podem

ser consideradas como censura na observação. Os estudos em que existe censura

são denominados com observações incompletas. Uma suposição importante é a de

que os indivíduos censurados em determinado tempo t são representativos de todos

os indivíduos que estavam sujeitos ao risco de ter falha em t (Szklo & Nieto, 2000).

Há dois tipos de estudos que podem utilizar o tempo como variável de

interesse. Um deles é o estudo experimental (ensaios clínicos controlados

aleatorizados), indicado para avaliar formas de tratamento. Outro tipo são os

estudos de coorte observacionais, cujos dados podem ser obtidos pela coleta direta

em prontuários médicos ou em bases de dados já existentes (dados secundários).

Essas fontes de dados secundários podem ser de base hospitalar, por

exemplo (registros hospitalares de câncer) ou populacional (registros de câncer de

base populacional). Registros de base hospitalar são aqueles que se referem a

todos os casos tratados e acompanhados em uma instituição. Fornecem

informações tanto para a administração do hospital quanto para pesquisadores

interessados em informações sobre os resultados do tratamento nos diferentes

grupos e fatores de risco ou fatores prognósticos. Contribuem ainda na atenção ao

paciente individualmente, uma vez que asseguram o seguimento destes pacientes

(Young, 1991).

Na análise de sobrevivência, os parâmetros mais importantes são as

probabilidades de sobrevivência no curso de cada um dos intervalos considerados e

a probabilidade de sobrevida acumulada (tratada correntemente como taxa de

sobrevida), isto é, a probabilidade de sobreviver do tempo zero até o tempo final

considerado. Esta última equivale à probabilidade de sobreviver em todos os

intervalos anteriores ao momento considerado e, usualmente, é denominada S(t)

Função de sobrevivência. A escolha do modelo estatístico mais apropriado

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dependerá do tipo do delineamento do estudo e de seus objetivos, das variáveis

estudadas e da maneira pela qual foram coletados e categorizados os dados. A

estimativa da probabilidade de sobrevida é, com certeza, mais válida e mais precisa

para o período inicial do seguimento, no qual estão disponíveis informações sobre a

maioria dos pacientes. Nos períodos posteriores, as informações podem ficar

limitadas devido às perdas de seguimento e ao pequeno número de eventos

(Fletcher et al., 1996).

Somente nas décadas de 1950 e de 1960 apareceram as primeiras

propostas de estimadores das probabilidades de sobrevivência que incorporavam a

censura, modelos para observações incompletas.

3.1. Procedimentos para Analisar Dados na Ausência de Censura

Seja T uma variável aleatória continua e positiva, normalmente caracterizada

pelo tempo até a ocorrência de determinado evento de interesse. A função

densidade de probabilidade f(t) é dada por:

Esta função pode ser interpretada como a probabilidade do indivíduo experimentar

um evento de interesse, ou falha, em um intervalo instantâneo de tempo.

Na ausência de censura, (todos os pacientes experimentaram o evento antes

do fim do estudo), a função f(t) pode ser estimada a partir de tabelas de distribuição

de freqüência. Nestas tabelas os valores observados de T são distribuídos em

classes e, para cada classe x, calcula-se f(t):

A função de sobrevivência, ou seja, a probabilidade de um indivíduo

sobreviver por mais de um determinado t, é dada por:

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19

Uma relação importante a ser observada, é a função acumulada que pode ser

escrita em termos da função de sobrevivência, sendo

onde

Como estamos considerando dados não censurados, a função de

sobrevivência pode ser estimada por:

onde tinf é o limite inferior do intervalo de tempo considerado x.

Há ainda a fórmula da função de riscos (hazard function), ou λ(t), também

conhecida como força instantânea de mortalidade ou taxa instantânea de falha em

um período curto de tempo, dado que um indivíduo estava vivo até o instante t-1. A

função λ(t) é dada por:

que é inversamente proporcional à função de sobrevivência, ou seja, quando o risco

aumenta a probabilidade de sobrevivência diminui e vice-versa.

Um estimador para a função de risco com dados não censurados pode ser

dado por:

classeaatéfalharamnãoquen

xclassenasocorrênciantX

_____º

)(__º)(ˆ

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20

número de eventos observados no intervalo de classe x divididos pelo número de

pacientes em risco no inicio do intervalo x e amplitude de x.

A função de risco pode ter diversos formatos, podendo ser constante,

crescente, decrescente ou ainda assumir outros formatos como, uma forma de

banheira, sino etc. A Figura seguir exemplifica alguns destes casos.

Figura 3.1 – Alguns tipos de comportamento da função de risco

Podemos também encontrar a função de risco acumulada Λ(t), onde mede o

risco de ocorrência no intervalo de tempo, no qual também é uma taxa, mas não

esta restrita ao intervalo [0;1]. A função de risco acumulada é dada por:

onde seu estimador para dados não censurados é escrito como:

Page 19: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

21

A partir das funções e relações mostradas a cima é possível encontrar

algumas relações fundamentais que podem ajudar no estudo. As principais relações

são dadas por:

Se considerarmos uma análise de dados sem censura e também com

censura, técnicas de análise estatística descritiva podem ser realizadas usando-se

medidas de dispersão (média, mediana, amplitude, desvio-padrão e freqüência),

além das formulações apresentadas anteriormente.

3.2. Estimadores Não-Paramétricos

As principais técnicas é o estimador atuarial e o estimador do produto-limite

de Kaplan-Meier. O método atuarial para dados incompletos (Lee, 1992; Selvin,

1996) calcula as probabilidades de sobrevida em intervalos fixados previamente, e o

número dos expostos a risco corresponde aos pacientes vivos ao início de cada

intervalo x. O número de expostos (lx), é ajustado de acordo com o número de

censuras que ocorreram neste período, sob a suposição de que as censuras

ocorreram uniformemente durante o período x e que, a experiência subseqüente dos

casos censurados é a mesma daqueles que permanecem em observação (Kahn &

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Sempos,1989). Neste trabalho, utilizaremos apenas do estimador de Kaplan-Meier,

como apresentado aseguir.

3.2.1 Estimador de Kaplan-Meier

Na análise de sobrevida pelo método de Kaplan-Meier (Kaplan & Meier, 1958;

Lee, 1992; Kleinbaum, 1995) os intervalos de tempo não são fixos, mas

determinados pelo aparecimento de uma falha (por exemplo, o óbito). Nessa

situação, o número de óbitos em cada intervalo deve ser um. Esse é um método não

paramétrico, ou seja, que independe da distribuição de probabilidade (Colton, 1979),

e para calcular os estimadores, primeiramente, deve-se ordenar os tempos de

sobrevida em ordem crescente. Os sobreviventes ao tempo t (lt) são ajustados pela

censura, ou seja, os pacientes censurados entram no cálculo da função de

probabilidade de sobrevida acumulada até o momento de serem considerados como

perda, o que propicia o uso mais eficiente das informações disponíveis (Szklo &

Nieto, 2000).

Define-se a função S(t) por um estimador conhecido como estimador produto

limite de Kaplan-Meier, pois é o limite do produto dos termos até o tempo t:

e lj = numero de expostos ao risco no inicio do período.

Tendo que a função de risco acumulada é dada por:

pode-se estimar qualquer das funções através das relações fundamentais(GIOLO,

S. R).

Métodos de cálculo para estimar a variância e os intervalos de confiança da

probabilidade de sobrevivência estão disponíveis e são bem descritos por Kleinbaum

(1995), Lee (1992), Parkin & Hakulinen (1991), Selvin (1996), e Szklo & Nieto

(2000). Esta estimativa enfatiza o tamanho do efeito e indica a faixa de valores

Page 21: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

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plausíveis para a sobrevida. A variância do estimador de Kaplan-Meier, na qual é

dada pelo estimador de Greenwood é dada por:

onde dj é o numero de falhas em determinado tj, e nj é o numero de quantos não

falharam em determinado tj (exclusive).

Se formos construir um intervalo de confiança para o estimador de Kaplan-

Meier os limites seriam calculados pela seguinte expressão:

entretanto esse intervalo permite valores negativos e maiores que 1, o que é

incompatível com a definição de sobrevivência. Para evitar esse problema basta

construir um intervalo simétrico para o risco aplicando ln assim a expressão fica:

onde os limites são dados por:

e o desvio padrão dado por:

Page 22: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

24

3.2.2 O Teste de Log-Rank

A aplicação desses modelos permite comparar o conjunto de curvas de

sobrevida das diversas categorias de uma única variável independente. Para

comparar as curvas de sobrevida acumulada entre diferentes categorias de uma

mesma variável, recomenda-se utilizar o teste log-rank (Cox & Oakes, 1984;

Kleinbaum, 1995), que se baseia no confronto entre o evento de interesse

observados nos dois grupos e aqueles esperados. A diferença entre o evento de

interesse observados e esperados é avaliada por meio do teste do Qui-quadrado.

Com a estatística de log-rank podemos testar as hipótese de que as curvas

de sobrevivências são iguais para os dois grupos ou o oposto. A estatística é dada

por:

onde N1= total de eventos observados no estrato 1 e E1= total de eventos esperados

no estrato 1. O calculo da variância é obtido por:

A aplicabilidade deste teste será vista nos resultados desta pesquisa.

3.3 Estimadores Paramétricos

Para determinarmos as variáveis que serão usadas no modelo, foi utilizado

previamente a distribuição gama-generalizada, pois assume diversos formatos na

função de risco e de sobrevivência facilitando a modelagem e também engloba as

distribuições de probabilidade: Exponencial, Weibull e a Log-Normal. Estas

distribuições são apresentadas a seguir.

Page 23: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

25

3.3.1 Modelo Exponencial

A distribuição exponencial tem uma característica importante a ser utilizada

em analise de sobrevivência, pois ela possui a taxa de risco constante, propriedade

de falta de memória. Sua função densidade de probabilidade é dada por:

e sua função de sobrevivência dada por:

Como já dito, a sua taxa de falha é constante, o que pode ser claramente

visualizado dividindo a função densidade de probabilidade pela função de

sobrevivência (“relações fundamentais“) o que resulta na função de risco que é dada

por:

Nas Figuras 3.2 e 3.3 estão presentes algumas formas que a função de

sobrevivência e a função de risco da distribuição exponencial podem assumir,

quando variamos os valores de seu parâmetro.

Page 24: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

26

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

t

S(t

)

0,5

1,0

1,5

3,0

Figura 3.2: Função de sobrevivência da exponencial

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

t

h(t

)

0,5

1,0

1,5

3,0

Figura 3.3: Função de risco da exponencial

Page 25: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

27

3.3.2 Modelo Weibull

Proposto por Weibull (1954), este modelo representa uma generalização da

distribuição exponencial e, de acordo com Lawless (1982), é bastante utilizada no

ajuste de dados de confiabilidade nas diversas áreas do conhecimento, entre elas a

medicina e engenharia. Na engenharia, a distribuição Weibull é a principal função de

confiabilidade, sendo utilizada para modelar a distribuição da vida útil e taxa de risco

em produtos industriais.

Uma característica desta distribuição é que, se γ=1, a distribuição weibull é

equivalente à distribuição exponencial. Sua função densidade de probabilidade é

dada por:

,

onde α representa o 63º percentil. A função de sobrevivência e de risco será:

e

É muito importante salientar que o modelo Weibull é muito utilizado na prática

por apresentar uma grande variedade na forma da função de risco sendo:

Crescente para γ>1

Decrescente para γ<1

Constante para γ=1 (modelo Exponencial)

Alguns dos diversos comportamentos da função de sobrevivência e da função

de risco são mostrados nas Figuras 3.4 e 3.5:

Page 26: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

28

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

t

h(t

)

0,5

1,0

1,5

3,0

1,5

Figura 3.4: Função de sobrevivência da Weibull

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

t

S(t

)

0,5

1,0

1,5

3,0

1,5

Figura 3.5: Função de risco da Weibull

3.3.3 Modelo Log-Normal

A distribuição log-normal é muito usada para ajustar dados referentes a

confiabilidade, assim como a distribuição Weibull. De acordo com Nelson (1990),

existem diversas aplicações deste modelo em testes para o tempo de falha de

Page 27: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

29

produtos. Uma discussão detalhada sobre este modelo pode ser encontrada em

Crow e Shimizu (1988). Essa distribuição é também muito utilizada neste tipo de

análise, pois o logaritmo do tempo possui uma distribuição normal com média μ e

desvio-padrão σ, ou seja, os parâmetros estimados desta distribuição é de fácil

interpretação. A função densidade de probabilidade da distribuição log-normal é

dada por:

A função taxa de falha da distribuição log-normal não tem uma forma fechada.

Ela não é monótona, como o caso da distribuição Weibull. Ela cresce, atinge um

valor máximo, e depois decresce, ou seja, o risco de falha instantânea diminui com o

tempo. O comportamento da função de sobrevivência e função de risco são

mostrados nas Figuras 3.6 e 3.7 para alguns valores de μ e σ.

0 2 4 6 8 10

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

t

S(t

)

0,5

1,0

1,5

3,0

1,5

Figura 3.6: Função de sobrevivência da log-normal

σ>0, μ>0

Page 28: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

30

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

t

h(t

)

0,5

1,0

1,5

3,0

1,5

Figura 3.7: Função de risco da log-normal

3.3.4 Modelo Gama-Generalizada

A distribuição Gama-Generalizada, tem uma grande utilidade em análise de

sobrevivência, por englobar as três distribuições citadas anteriormente, desta forma

facilmente podemos construir um modelo através desta distribuição e em um

segundo momento, inferir para um modelo mais simples. Sua função densidade é

dada por:

A função de sobrevivência será:

onde

α>0

k= inteiro positivo

Page 29: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

31

3.4. Método de Estimação

Afim de estimar os parâmetros do modelo, utilizaremos o método de máxima

verossimilhança, que trata o problema de estimação da seguinte forma: baseado nos

resultados obtidos pela amostra, qual é a distribuição entre todas aquelas definidas

pelos possíveis valores de seus parâmetros, com maior possibilidade de ter gerado

tal amostra? Em outras palavras, se por exemplo a distribuição de falha é a Weibull,

para cada combinação diferente de α e β tem-se diferentes distribuições de Weibull.

O estimador de máxima verossimilhança escolhe aquele par de α e β que melhor

explique a amostra observada (Colosimo, 1995).

Suponha uma amostra de observações t1, t2, ..., tn de uma certa população de

interesse. Considere inicialmente que todas as observações são não-censuradas. A

população é caracterizada pela sua função de densidade de probabilidade. Por

exemplo, se f(t)=αexp(-tα), significa que as observações vem de uma distribuição

exponencial com parâmetro a ser estimado. A função de verossimilhança para um

parâmetro genérico θ é:

A dependência de f em θ é preciso agora ser mostrada pois L é função de θ .

Nesta expressão, θ pode estar representando um único parâmetro ou um vetor de

parâmetros. Por exemplo, no modelo log-normal, θ =(μ,σ). A tradução em termos

matemáticos para a frase “a distribuição que melhor explique a amostra observada”

é achar o valor de θ que maximize a função L(θ). Isto é, achar o valor de θ que

maximiza a probabilidade da amostra observada ter ocorrido.

A função de verossimilhança L(θ) mostra que a contribuição de cada

observação não-censurada é sua função de densidade. A observação parcial da

resposta somente nos informam que o tempo de falha é maior que o tempo de

censura observado e portanto, que a sua contribuição para L(θ) é a sua função de

sobrevivência S(t). As observações podem então ser divididas em dois conjuntos, as

r primeiras são as não-censuras (1,2, ..., r) e as n-r seguintes, são as censuradas

Page 30: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

32

(r+1, r+2, ..., n). Assim a função de máxima verossimilhança assume a seguinte

forma:

Entretanto, se o modelo selecionado for usado inadequadamente para certo

conjunto de dados, toda a análise estatística fica comprometida e

consequentemente, as inferências à partir do modelo, ficam destorcidas.

3.5. Obtenção do Modelo Paramétrico

A escolha do modelo a ser utilizado é muito importante na análise

paramétrica, uma vez que a utilização de um modelo inadequado para um

determinado conjunto de dados pode comprometer a análise estatística, provocando

viés nos resultados obtidos. Existem diversas maneiras de se verificar a adequação

de um modelo para dados de sobrevivência. Há casos em que a utilização de um

modelo é definida por sua simplicidade computacional como, segundo Nelson

(1990), e Souza (2001), é o caso do modelo exponencial que, por apresentar

resultados simples e bastante conhecidos é muitas vezes utilizados de forma

indevida. Cain (2002) apresenta simulações de Monte Carlo para distinguir entre a

distribuição log-normal e Weibull.

Neste estudo optou-se por utilizar uma estratégia de seleção de modelos

derivada da proposta de Collett (1994). São utilizados seis passos no processo de

seleção.

Passo 1 – ajustar todos os modelos contendo uma única covariável. Incluir todas as

covariáveis que forem significativas ao nível de 0,10. É aconselhável utilizar o teste

da razão de verossimilhanças neste passo.

Passo 2 – as covariáveis significativas no passo 1 são, então, ajustadas

conjuntamente. Na presença de certas covariáveis, outras podem deixar de ser

Page 31: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

33

significativas. Consequentemente, ajusta-se modelos reduzidos, excluindo uma

única covariável de cada vez. Verificam-se as covariáveis que provocam um

aumento estatisticamente significativo na estatística da razão de verossimilhanças.

Somente aquelas que atingirem a significância permanecem no modelo.

Passo 3 – ajusta-se um novo modelo com as covariáveis retiradas no passo 2. Neste

passo, as covariáveis excluídas no passo 2 retornam ao modelo para confirmar que

elas não são estatisticamente significativas.

Passo 4 – as eventuais covariáveis significativas no passo 3 são incluídas ao

modelo juntamente com aquelas do passo 2. Neste passo, retorna-se com as

covariáveis excluídas no passo 1 para confirmar que elas não são estatisticamente

significativas.

Passo 5 – ajusta-se um modelo incluindo-se as covariáveis significativas no passo 4.

Neste passo é testado se alguma delas pode ser retirada do modelo.

Passo 6 – utilizando as covariáveis que sobreviveram ao passo 5, ajusta-se o

modelo final para os efeitos principais. Para completar a modelagem, deve-se

verificar a possibilidade de inclusão de termos de interação dupla entre as

covariáveis incluídas no modelo. O modelo final fica determinado pelos efeitos

principais identificados no passo 5 e os termos de interação significativos

identificados neste passo.

Em cada passo do processo de seleção de covariáveis, a estatística de teste,

apresentada, foi obtida utilizando-se o teste da razão de verossimilhanças com uma

distribuição qui-quadrado de referência com graus de liberdade igual ao número de

termos excluídos (diferença entre o número de parâmetros dos dois modelos a

serem comparados).

3.6 Comparação de modelos e seleção das covariáveis

Page 32: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

34

Ao efetuar os passos de escolha das covariáveis “modelagem estatística”, é

utilizado o teste da Razão de Verossimilhança (TRV), comparado com os modelos

nulos ou completos segundo Collett (1994), assim decidindo quais serão as

covariáveis do modelo.

Uma vez escolhido o conjunto de covariáveis prognósticas, o interesse se

concentra agora em investigar a utilização dos modelos mais simples (casos

especiais da gama generalizada), mas não menos adequado aos dados. O teste da

razão de verossimilhança também é utilizado neste caso.

3.7 Teste da razão de verossimilhanças

Este teste é baseado na função de verossimilhança e envolve a comparação

dos valores do logaritmo da função de verossimilhança maximizada sem restrição e

sob a hipótese nula de que os modelos são adequados. A estatística para esse teste

tem uma distribuição qui-quadrado é dada por:

3.8 Escolha de um modelo paramétrico

A escolha do modelo a ser utilizado é muito importante na análise

paramétrica, uma vez que a utilização de um modelo inadequado para um

determinado conjunto de dados pode comprometer a análise estatística, provocando

viés nos resultados obtidos. Existem diversas maneiras de se verificar a adequação

de um modelo para dados de sobrevivência. Há casos em que a utilização de um

modelo é definida por sua simplicidade computacional, como segundo Nelson

(1990), e Souza (2001), é o caso do modelo exponencial que, por apresentar

resultados simples e bastante conhecidos, é muitas vezes utilizados de forma

indevida. Cain (2002) apresenta simulações de Monte Carlo para distinguir entre a

distribuição log-normal e Weibull.

Page 33: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

35

O ajuste do “melhor” modelo a ser usado para um conjunto de dados pode ser

verificado, neste artigo, de duas formas: numericamente ou graficamente. A análise

numérica é feita com base na estatística de máxima verossimilhança, a qual

determina como melhor modelo aquele que apresentar o menor valor em módulo, do

log do estimador de máxima verossimilhança (Cavalcanti et al., 2002).

O método gráfico utilizado comparação de modelos ajustados é através da

linearização da função de sobrevivência (Bolfarine et al., 1991). Consiste em fazer

gráficos nos quais o modelo apropriado seja aproximadamente linear. A não

linearidade pode ser percebida visualmente. Neste caso, o gráfico utilizado é de uma

transformação que lineariza a função de sobrevivência do modelo proposto.

Por exemplo, se o modelo exponencial for apropriado aos dados, o gráfico (–

logS(t) vs t) irá resultar em uma linha reta, passando pela origem (0).

A função de sobrevivência de uma distribuição log-normal pode ser

linearizada na forma:

onde Φ -1 são os percentis da normal padrão. Isso significa que o gráfico de Φ-1 (Sˆ(

t)) vs log(t) deve ser linear se o modelo log-normal for adequado. Caso estamos

interessados em linearizar o modelo Weibull, o gráfico log[-log(S(t))] vs. log(t) irá

resultar em uma linha reta, passando pela origem (0); para a adequação do modelo

log-logístico o gráfico log[(1-S(t)/S(t)] vs. log (t).

3.9 Adequação do modelo ajustado

Uma avaliação da adequação do modelo ajustado é parte fundamental da

análise dos dados. No modelo de regressão linear usual, uma análise gráfica dos

resíduos é usada para esta finalidade. Diversos resíduos têm sido propostos na

literatura para avaliar o ajuste do modelo apresentado (Lawless, 1982, Klein e

Moeschberger, 1997, Therneau e Grambsch, 2000).

Nas seções que se seguem, os seguintes resíduos são descritos

Page 34: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

36

Resíduos de Cox-Snell (1968) e resíduos padronizados, úteis para examinar

o ajuste global do modelo

Resíduos Martingale, úteis para determinar a forma funcional (linear,

quadrática etc.) de uma covariável, em geral contínua, sendo incluída no

modelo de regressão.

Resíduos Deviance, que auxiliam a examinar a acurácia do modelo para cada

indivíduo sob estudo.

Page 35: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

37

Capítulo 4 - Resultados

Dentre os 306 pacientes observados, diversas variáveis foram inclusas no

estudo, e apenas as que poderiam ter relação direta ou indireta com o tempo de

sobrevida do paciente permaneceram.

A inclusão ou exclusão preliminar das variáveis levou em consideração

estudos pré-realizados em hemodiálise e a opinião de pesquisadores da área, e

assim, utilizamos para este estudo as variáveis da Tabela 4.1 (a altura e peso “em

metros” foram transformados em uma nova variável, IMC).

Tabela 4.1: Variáveis em estudo

Variável Descrição Classificação

Idade Idade em que iniciou o tratamento Contínua

Sexo Masculino ou Feminino Categorica

Cor Amarela, Branca, Negra ou Parda Categorica

Tempo Meses em que o paciente permaneceu no estudo Contínua

Sangue A, B, AB ou O Categorica

FatorRH Positivo ou Negativo Categorica

Transplante Indicador de transplante, Falso ou Verdade Categorica

IMC Indice de massa corporica Contínua

AntiHBS Indicador de vacina de hepatite B, Falso ou Verdade Categorica

Censura 0 = Censurado e 1= Falha Categorica

No estudo foram considerados 122 mulheres e 184 homens, onde 42

homens apresentavam problemas de pressão alta enquanto as mulheres

apenas 24 apresentavam problemas de pressão alta. A respeito do problema

de Diabetes o sexo masculino também obteve uma maior freqüência, em um

total de 57 homens enquanto o sexo feminino apresentou apenas 33

mulheres com problemas de Diabetes.

Page 36: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

38

Considerando todos os pacientes a média de idade foi de

aproximadamente 61 anos de idade, onde 76% dos pacientes eram de cor

branca. Outra informação relevante é que apenas 56 dos 306 pacientes

conseguiram uma doação de rim. Além disso os tipos sanguíneo mais

apresentados no estudo foram O, com 148 casos seguido de A com 115

casos, levando em conta que o tipo sanguíneo AB obteve apenas 11 casos no

estudo.

Inicialmente, uma análise preliminar do tempo pode ser feita e

visualizada à partir da tabela 4.2.

Tabela 4.2: Medidas descritivas dos tempos

Média 49,82026

Variância 2953,768

Coeficiente de Variação 1,090893

Mediana 29

Primeiro Quartil 12

Terceiro Quartil 68

Mínimo 1

Máximo 306

Assim o tempo médio observado foi de aproximadamente 50 meses, com

desvio padrão de 54,4 meses. Podemos visualizar a assimetria e dispersão dos

tempos à partir da Figura 4.1 que segue.

Page 37: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

39

Var 1

-50

0

50

100

150

200

250

300

350

Figura 4.1: Boxplot dos tempos observados

Inicialmente, realizaremos uma análise não-paramétrica afim de verificarmos

o comportamento dos tempos até que os pacientes experimentem o evento de

interesse (óbito).

4.1 – Análise Não-Paramétrica

O primeiro passo para analisar um conjunto de dados em sobrevivência é realizar

uma análise descritiva das variáveis através do Estimador Produto-Limite ou Kaplan-

Meier (Kaplan e Meier, 1958). Uma análise não paramétrica dos tempos é

apresentada afim de verificar o comportamento desses tempos. Além do

comportamento, temos o interesse em analisar as curvas de sobrevivência empírica

na presença de covariáveis. Para isto aplicando o Testes Log-Rank é aplicado com

o intuito de verificar as possíveis covariáveis do modelo de regressão.

Para todas as variáveis classificas como categóricas foram construídas as curvas

de sobrevivência, (Sexo, Cor, Sangue, FatorRH, Transplante, AntiHBS Diabetes e

Pressão).

Page 38: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

40

0 50 100 150 200 250 300

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

Tempo (meses)

S(t

)

MasculinoFeminino

0 50 100 150 200 250 300

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

Tempo (meses)

S(t

)

COR como causa da insuficiência renal

Amarela

Branca

Negra

Parda

(a) (b)

0 50 100 150 200 250 300

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

Tempo (meses)

S(t

)

Negativo

Positivo

0 50 100 150 200 250 300

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

Tempo (meses)

S(t

)

Não

Sim

(c) (d)

0 50 100 150 200 250 300

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

Tempo (meses)

S(t

)

Sim

Não

0 50 100 150 200 250 300

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

Tempo (meses)

S(t

)

Sim

Não

Page 39: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

41

(e) (f)

0 50 100 150 200 250 300

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

Tempo (meses)

S(t

)

Sim

Não

0 50 100 150 200 250 300

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

Tempo (meses)

S(t

)

SANGUE como causa da insuficiência renal

AABBO

(g) (h)

Figura 4.2: Sobrevivências estimadas, via estimador de Kaplan-Meier, para

as covariáveis: (a) Sexo; (b) Cor; (c) FatorRh; (d) Transplante; (e) AntiHBS;

(f) Diabetes; (g) Pressão; (h) Tipo Sanguíneo.

Através das figuras apresentadas em (Figura 4.2 a-h), podemos verificar os

comportamentos das funções de sobrevivência, ponderadas pelas covariáveis em

estudo, covariáveis estas, categóricas.

Nota-se para estas figuras que, visualmente, as curvas de Kaplan-Meier para as

covariáveis Sexo, Cor, Transplante, AntiHBS, Diabetes e Pressão, se mostram

distantes, o que pré-indica que os tempos de sobrevivência se comportam de forma

diferenciadas para os distintos níveis destas covariáveis..

À partir destas figuras, utilizamos do teste de log-rank para verificar, de forma

quantitativa, o quanto as curvas de sobrevivência se comportam de forma distinta,

ou não, para os níveis das covariáveis. O critério utilizado neste trabalho foi o de

manter as covariáveis que apresentarem valores p inferiores a 0,25 (ou 25%), no

teste log-rank. Esta proposta em escolher um nível relativamente modesto de

significância é baseada em recomendações de Bendel e Afifi (1997) para regressão

linear, de Constanza e Afifi (1979) para análise discriminante e de Mickey e

Greenland (1989) para mudanças nos coeficientes do modelo de regressão logística,

Colosimo (2006). As estatísticas são apresentadas na Tabela 4.3.

Page 40: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

42

Tabela 4.3: Resultados do teste de log-rank

Covariáveis Valor p

Idade 0,001

Sexo 0,008

Cor 0,01

Sangue 0,99

Fator RH 0,29

Transplante 0,001

IMC 0,001

AntHBS 0,001

Diabets 0,001

Pressão 0,006

Estatística de

teste Log-rank

419,43

6,86

11,16

0,033

1,1

7,53

15,96

800,76

30,92

20,77

Os testes indicaram que apenas as covariáveis Tipo Sanguíneo e FatorRH não apresentaram diferença nas curvas de sobrevivência. Portanto, as covariáveis Sexo, Cor, Transplante, IMC, AntiHBS, Diabetes e Pressão devem ser incluídas no modelo, uma vez que estas apresentam diferença significativa no comportamento dos tempos de vida dos pacientes em estudo

4.2 – Análise Paramétrica

A próxima etapa é definir qual distribuição de probabilidade melhor de ajusta ao

tempo de sobrevida estudado. Para isto, partiu da distribuição Gama Generalizada.

Foram, então, construídos os testes da razão de verossimilhança para indicar quais

variáveis deveram continuar no modelo. Os testes são apresentados na Tabela 4.4.

Page 41: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

43

Tabela 4.4: Resultado dos testes da Razão de

verossimilhança

Estatistica de

Passos Modelo -2logL(θ) teste (TRV) Valor p

Passo 1 nulo 629,96 - -

idade (id) 594,08 35,880 0,000

sexo (sx) 626,02 3,940 0,047

cor (cr) 613,28 16,680 0,000

transplante (tr) 603,46 26,500 0,000

imc (im) 628,5 1,460 0,227

antihbs (na) 598,5 31,460 0,000

diabetes (di) 613,5 16,460 0,000

pressao (pr) 622,44 7,520 0,006

Passo 2 id+sx+cr+tr+na+di+pr 533,12 - 0,000

sx+cr+tr+na+di+pr 555,46 22,34 0,000

id+cr+tr+na+di+pr 539,92 6,8 0,009

id+sx+tr+na+di+pr 541,66 8,54 0,003

id+sx+cr+an+di+pr 535,78 2,66 0,103

id+sx+cr+tr+im+di+pr 550,88 17,76 0,000

id+sx+cr+tr+na+pr 533,3 0,18 0,671

id+sx+cr+tr+na+di 544,68 11,56 0,001

Passo 3 id+sx+cr+na+pr 535,92 - -

id+sx+cr+na+pr+tr 533,3 2,62 0,106

id+sx+cr+na+pr+di 535,78 0,14 0,708

Passo 4 id+sx+cr+na+pr 535,92 - -

id+sx+cr+na+pr+im 535,5 0,42 0,517

Passo 5 id+sx+cr+na+pr 535,92 - -

sx+cr+na+pr 571,84 35,92 0,000

id+cr+na+pr 544,36 8,44 0,004

id+sx+na+pr 546,4 10,48 0,001

id+sx+cr+pr 557,88 21,96 0,000

id+sx+cr+na 549,42 13,5 0,000

Para análise, utilizamos Software SAS para obter as estimativas, e o Software

R para a construção dos gráficos. Os resultados da Tabela 4.4 indicam que as

covariáveis Idade, Sexo, Cor, AntiHBS e Pressão são estatisticamente

significativas para o modelo.

A fim de verificar o ajuste destas covariáveis, foram plotados os seus ajustes

versos as curvas empíricas de Kaplan-Meier

Primeiramente analisamos qual distribuição se ajusta melhor com as curvas

de sobrevivência, não levando em conta as covariáveis. Os gráficos do tempo de

sobrevida com o ajuste paramétrico para as distribuições exponencial, weibull e

log-normal estão dispostos na Figura 4.3.

Page 42: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

44

0 50 100 150 200 250 300

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

Tempos

S(t

)

Kaplan-Meier

exponencial

0 50 100 150 200 250 300

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

Tempos

S(t

)Kaplan-Meier

Weibull

0 50 100 150 200 250 300

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

Tempos

S(t

)

Kaplan-Meier

Log-normal

Figura 4.3: Curvas de sobrevivência com os ajustes da

Exponencial, weibull e log-normal

Para tentar obter um melhor ajuste paramétrico graficamente, também

utilizamos a linearização da função de sobrevivência da função exponencial,

weibull e log-normal respectivamente mostrados na Figura 4.4 e 4.5.

Page 43: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

45

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

S(t): Kaplan-Meier

S(t

): E

xponencia

l

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

S(t): Kaplan-Meier

S(t

): W

eib

ull

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

S(t): Kaplan-Meier

S(t

): L

og-N

orm

al

Figura 4.4: Gráficos das sobrevivências estimadas por Kaplan-Meier versus

as sobrevivências estimadas pelos modelos exponencial, de Weibull e log-

normal, respectivamente.

0 50 100 200 300

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

Tempos

-Log(S

(t))

0 1 2 3 4 5

-5-4

-3-2

-10

1

log(tempos)

log(-

log(S

(t))

)

0 1 2 3 4 5

-10

12

log(tempos)

1S

t

Figura 4.5: Gráficos da linearização para os modelos exponencial, weibull e

log-normal respectivamente.

Page 44: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

46

Após análise gráfica os três modelos foram comparados através do valor da

log verossimilhança. O valor das estatísticas estão na Tabela 4.5.

Tabela 4.5: Resultados dos testes da razão de verossimilhança.

Modelo Log-verossimilhança

Exponencial 274,29

Weibull 268,21

Log-Normal 278,26

O modelo que mais se adequa aos tempos em estudo é o que apresenta

menor valor em módulo do log da verossimilhança, sendo assim, consideramos

para este estudo o ajuste através do modelo Weibull.

4.2.1 - Verificação do ajuste

Para verificar o ajuste foi construído as curvas estimatimadas de Kaplan-

Meier versos o ajuste do modelo para cada um dos parâmetros. Assim os ajustes

foram:

0 50 100 150 200 250 300

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

t

S(t

)

Masculino

Feminino

Figura 4.6: Gráficos das sobrevivências estimadas por Kaplan-Meier

Versus o ajuste do modelo Weibull para o fator sexo.

Page 45: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

47

Para o fator sexo, percebemos um bom ajuste a partir do modelo Weibull, isso

significa que o modelo está prevendo bem os dados comparando com as

estimativas de Kaplan-Meier. A análise indica que os homens com problemas

renais possuem uma estimativa maior do tempo de vida comparado ao sexo

feminino com problemas renais.

0 50 100 150 200 250 300

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

t

S(t

)

False

True

Figura 4.7: Gráficos das sobrevivências estimadas por Kaplan-Meier

Versus o ajuste do modelo Weibull para a variável pressão.

Para o fator Pressão o modelo ajustado Weibull também obteve uma boa

precisão mesmo que a calda não esteja bem ajustada. A interpretação para esse

gráfico é que os pacientes com problemas renais que possuem pressão alta

possuem uma estimativa do tempo de vida menor que os pacientes com

problemas renais que não têm problemas com pressão alta.

Page 46: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

48

0 50 100 150 200 250 300

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

t

S(t

)

False

True

Figura 4.8: Gráficos das sobrevivências estimadas por Kaplan-Meier

Versus o ajuste do modelo Weibull para o fator AntiHBS.

O fator AntiHBS mostra-se bem ajustada ao modelo paramétrico Weibull,

onde pode-se interpretar que pacientes com problemas renais que tomaram

vacina de hepatite B possuem uma estimativa maior do tempo de vida do que os

pacientes com problemas renais não vacinados.

Por fim, a Figura 4.9 apresenta o ajuste para a covariável cor do paciente.

0 50 100 150 200 250 300

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

t

S(t

)

Amarela

BrancaNegraparda

Figura 4.9: Gráficos das sobrevivências estimadas por Kaplan-Meier

Versus o ajuste do modelo weibull para o fator cor.

Page 47: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

49

4.2.2 - Estimativa dos Parâmetros do Modelo Ajustado Weibull

Considere o modelo Weibull ajustado dado por: S(t)= exp[ -[ t/μ(x)]γ ] onde

μ(x)= 77

^

66

^

55

^

44

^

33

^

22

^

11

^

0

^

exp( xxxxxxx )

e X1=idade, X2=sexo, X3=cor amarela, X4=cor branca, X5=cor negra, X6=AntiHBS e X7=Pressão. Assim as estimativas dos parâmetros são apresentadas na Tabela 4.6 que segue.

Tabela 4.6: Estimativas dos parâmetros

Parametros Estimativa Estatística Teste P-valor

Intercepto 74,537 187,7 <,0001

Idade -0,03115 35,54 <,0001

Sexo -0,394 8,2 0,0042

Cor1 -0,8138 2,11 0,1467

Cor2 -0,9706 5,69 0,0171

Cor3 -0,6358 2,01 0,1561

AntiHBS -0,7175 24,51 <,0001

Pressão 0,6696 15,86 <,0001

Scale 0,7876

Shape 12,697 onde sexo é o indicador do sexo feminino; cor1 cor2 e cor3 indicadores das raças amarela, branca e negra respectivamente; AntiHBS e Pressão indicador de falso da covariável.

Para a interpretação das variáveis dicotômicas e contínuas foi aplicado o

exponencial dos betas estimados na Tabela 4.5 e foram tomadas as seguintes

conclusões:

Idade: ao aumento de um ano de idade do inicio do tratamento, ou seja, a

cada ano que o paciente passa sem problemas renais o tempo de morte

devido a fatalidade cai em 3%.

Sexo: O tempo mediano de vida de pacientes homens com problemas renais

é 1,5 vezes maior que o tempo das mulheres que apresentam problemas

renais.

Page 48: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

50

Cor: O tempo mediano de vida dos pacientes com problemas renais de cor

parda é 2,2, 2,6 e 1,9 vezes maior do que pacientes de cor amarela, branca e

negra respectivamente.

AntiHBS: Pacientes que tomaram a vacina contra hepatite B e apresentam

problemas renais tem o tempo mediano de vida 2 vezes maior que os

pacientes que não tomaram vacina contra hepatite B e tem problemas renais.

Pressão: Pacientes que fazem tratamento renal e não possuem problemas de

pressão alta tem aproximadamente o dobro do tempo mediano de vida.

4.2.3 - Análise de resíduos

0 50 100 150 200 250 300

-2-1

01

Index

res.m

art

Figura 4.10: Resíduos Martingale

Page 49: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

51

0 50 100 150 200 250 300

-10

12

3

Index

res.d

evi

Figura 4.11: Resíduos Deviance

0 1 2 3

01

23

4

r.surv1$time

-lo

g(r

.su

rv1

$su

rv)

Figura 4.12: Resíduos Cox-Snell

Page 50: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

52

Capítulo 5 – Conclusão

Evidenciou-se a importância dos estudos de sobrevivência nessa população

de pacientes renais crônicos para elucidar muitas questões ainda obscuras,

especialmente, pela escassez de estudos dessa natureza em nosso meio.

Recomenda-se um preenchimento mais cuidadoso dos prontuários por parte

de médicos e demais profissionais envolvidos no contato direto com os pacientes.

Com o modelo ajustado, é possível fazer previsões aos pacientes de

hemodiálise do hospital Instituto do Rim de Maringá, lembrando que um modelo

deve estar sempre sendo reajustado, com novas observações, uma vez que pelo

fato da população estar sempre em constante desenvolvimento, os modelos vão

perdendo seus ajustes.

Informações importantes puderam ser observadas, como as que o sexo

feminino, pressão alta, vacina contra hepatite B e pacientes de cor branca são

fatores em potencial para diminuir o tempo de vida de pacientes com problemas

renais, sendo os fatores pressão e AntiHBS os mais significativos, pois diminuem o

dobro do tempo de vida dos pacientes.

Um cuidado especial deve ser tomado com crianças que apresentam

problemas renais, pois a cada idade ganha sem problemas o tempo devido a

fatalidade cai em 3%.

Analise de resíduos não é feita em dados de sobrevivência, pelo fato da

ausência de normalidade dos resíduos. Existem já estudos para tal problema, onde

devem ser concluídos para tal analise.

Page 51: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

53

Page 52: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

54

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Page 55: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

57

Anexo A Programa no SAS.

PROC IMPORT OUT= WORK.TCCc DATAFILE= "C:\Documents and Settings\13\Desktop\Estagio\Thia go Estatistica\analise de sobrevivencia2.xls" DBMS=EXCEL REPLACE; SHEET="dados$"; GETNAMES=YES; MIXED=NO; SCANTEXT=YES; USEDATE=YES; SCANTIME=YES; RUN; data rim; set tccc; run; /* variaveis Idade SEXO COR Tempo SANGUE FATORRH TRANSPLANTE IMC ANTIHBS DIABETES censura pres */ /* Testes de Log-Ranck e Wilcoxon para todas as covariaveis */ proc lifetest data = rim;/* idade */ time tempo*censura(0); strata idade ; run; proc lifetest data = rim;/* sexo */ time tempo*censura(0); strata sexo cor; run; proc lifetest data = rim;/* cor */ time tempo*censura(0); strata cor; run; proc lifetest data = rim;/* sangue */ time tempo*censura(0); strata sangue; run; proc lifetest data = rim;/* fatorrh */ time tempo*censura(0); strata fatorrh; run; proc lifetest data = rim;/* transplante */ time tempo*censura(0); strata transplante; run; proc lifetest data = rim;/* imc */ time tempo*censura(0);

Page 56: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

58

strata imc; run; proc lifetest data = rim;/* antihbs */ time tempo*censura(0); strata antihbs; run; proc lifetest data = rim;/* diabetes */ time tempo*censura(0); strata diabetes; run; proc lifetest data = rim;/* pressao */ time tempo*censura(0); strata pres; run; /* tipo sanguinio e fator RH nao entraram nos modelos */ /* idade sexo cor transplante imc antihbs diabetes pres */ /* Ajuste de modelos gamma*/ proc lifereg data = rim;/*nulo primeira etapa*/ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*idade */ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*sexo */ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = sexo / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*cor */ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = cor / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*transplante*/ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = transplante/ dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/* imc*/ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = imc/ dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*antihbs */ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = antihbs/ dist=gamma; run;

Page 57: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

59

proc lifereg data = rim;/*diabetes */ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = diabetes / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*pres */ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = pres / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*completo segunda etapa sem a var IMC*/ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade sexo cor transplante antihbs diabetes pres / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*idade */ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = sexo cor transplante antihbs diabetes pres / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*sexo */ class cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade cor transplante antihbs diabetes pres / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*cor */ class sexo transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade sexo transplante antihbs diabetes pres / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*transplante */ class sexo cor antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade sexo cor antihbs diabetes pres / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*antihbs*/ class sexo cor transplante diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade sexo cor transplante diabetes pres / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*diabets */ class sexo cor transplante antihbs pres; model tempo*censura(0) = idade sexo cor transplante antihbs pres / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*pres */ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade sexo cor transplante antihbs diabetes / dist=gamma;

Page 58: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

60

run; proc lifereg data = rim;/*completo terceira etapa sem transplante e diabetes add uma por vez*/ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade sexo cor antihbs pres / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*transplante*/ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade sexo cor transplante antihbs pres / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*diabetes */ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade sexo cor antihbs diabetes pres / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*completo quarta etapa colocar as q sairao na fase 1 IMC*/ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade sexo cor antihbs pres / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/* IMC*/ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade sexo cor antihbs pres imc / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*completo quinta etapa tirar um a um*/ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade sexo cor antihbs pres / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*idade*/ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = sexo cor antihbs pres / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/* sexo*/ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade cor antihbs pres / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*cor*/ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade sexo antihbs pres / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*antihbs*/ class sexo cor transplante diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade sexo cor pres / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim;/*pres*/

Page 59: Analise de sobrevivência pacientes renais Ramires, T.G 2010

61

class sexo cor transplante antihbs pres; model tempo*censura(0) = idade sexo cor antihbs / dist=gamma; run; /* Ajuste a um modelo parametrico */ proc lifereg data = rim; /*Gamma */ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade sexo cor antihbs pres idade*antihbs idade*pres idade*cor cor*pres sexo*cor cor*antihbs / dist=gamma; run; proc lifereg data = rim; /*exponencial */ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade sexo cor antihbs pres idade*antihbs idade*pres idade*cor cor*pres sexo*cor cor*antihbs/ dist=exponential; run; proc lifereg data = rim; /*weibull */ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade sexo cor antihbs pres idade*antihbs idade*pres idade*cor cor*pres sexo*cor cor*antihbs; run; proc lifereg data = rim; /*log-normal */ class sexo cor transplante antihbs diabetes pres; model tempo*censura(0) = idade sexo cor antihbs pres idade*antihbs idade*pres idade*cor cor*pres sexo*cor cor*antihbs/covb dist=lognormal; output out=wa cdf=f; run;

Anexo B Programa no R dialise<-read.table("C:/Documents and Settings/13/Desktop/Estagio/Thiago Estatistica/ddd.csv",sep=";",h=T) dialise attach(dialise) require(survival) ekm<-survfit(Surv(Tempo,censura)~FATORRH) summary(ekm) survdiff(Surv(Tempo,censura)~FATORRH,rho=0) plot(ekm,lty=c(1,4),mark.time=F,xlab="Tempo (meses)",ylab="S(t)") text(150.5,0.93,c("FatorRH como causa da insuficiência renal"),bty="n",cex=1.2) legend(230.5,0.85,lty=c(4),c("Negativo"),bty="n",cex=1.0) legend(230.5,0.8,lty=c(1),c("Positivo"),bty="n",cex=1.0) ekm<-survfit(Surv(Tempo,censura)~TRANSPLANTE) summary(ekm) survdiff(Surv(Tempo,censura)~TRANSPLANTE,rho=0) plot(ekm,lty=c(1,4),mark.time=F,xlab="Tempo (meses)",ylab="S(t)") text(150.5,0.93,c("TRANSPLANTE como causa da insuficiência renal"),bty="n",cex=1.2)

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legend(260.5,0.9,lty=c(4),c("Não"),bty="n",cex=1.0) legend(260.5,0.8,lty=c(1),c("Sim"),bty="n",cex=1.0) ekm<-survfit(Surv(Tempo,censura)~IMC) # categorizar summary(ekm) survdiff(Surv(Tempo,censura)~IMC,rho=0) plot(ekm,lty=c(1,4),mark.time=F,xlab="Tempo (meses)",ylab="S(t)") text(150.5,0.93,c("IMC como causa da insuficiência renal"),bty="n",cex=1.2) legend(260.5,0.9,lty=c(4),c("Não"),bty="n",cex=1.0) legend(260.5,0.8,lty=c(1),c("Sim"),bty="n",cex=1.0) ekm<-survfit(Surv(Tempo,censura)~ANTIHBS) summary(ekm) survdiff(Surv(Tempo,censura)~ANTIHBS,rho=0) plot(ekm,lty=c(1,4),mark.time=F,xlab="Tempo (meses)",ylab="S(t)") text(150.5,0.93,c("ANTIHBS Ccomo causa da insuficiência renal"),bty="n",cex=1.2) legend(260.5,0.9,lty=c(4),c("Sim"),bty="n",cex=1.0) legend(260.5,0.8,lty=c(1),c("Não"),bty="n",cex=1.0) ekm<-survfit(Surv(Tempo,censura)~DIABETES) summary(ekm) survdiff(Surv(Tempo,censura)~DIABETES,rho=0) plot(ekm,lty=c(1,4),mark.time=F,xlab="Tempo (meses)",ylab="S(t)") text(150.5,0.93,c("DIABETES como causa da insuficiência renal"),bty="n",cex=1.2) legend(260.5,0.85,lty=c(4),c("Sim"),bty="n",cex=1.0) legend(260.5,0.8,lty=c(1),c("Não"),bty="n",cex=1.0) ekm<-survfit(Surv(Tempo,censura)~pres) summary(ekm) survdiff(Surv(Tempo,censura)~pres,rho=0) plot(ekm,lty=c(1,4),mark.time=F,xlab="Tempo (meses)",ylab="S(t)") text(150.5,0.93,c("Pressão como causa da insuficiência renal"),bty="n",cex=1.2) legend(260.5,0.85,lty=c(4),c("Sim"),bty="n",cex=1.0) legend(260.5,0.8,lty=c(1),c("Não"),bty="n",cex=1.0) #Distribuiçoes TEMPO = sort(tempo) hist(tempo,prob=T,nclass=20) lines(sort(tempo),dweibull(tempo,scale=111.0023,shape=0.9977)) lines(sort(tempo),dexp(tempo,0.0089)) lines(sort(tempo),dlnorm(tempo,4.2424,1.3609)) attach(dialise) require(survival) ajust1<-survreg(Surv(Tempo,censura)~1,dist='exponential') ajust1 alpha<-exp(ajust1$coefficients[1]) alpha ajuajust2<-survreg(Surv(Tempo,censura)~1,dist='weibull') ajust2 alpha<-exp(ajust2$coefficients[1]) gama<-1/ajust2$scale cbind(gama, alpha) ajust3<-survreg(Surv(Tempo,censura)~1,dist='lognorm')

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ajust3 ekm<-survfit(Surv(Tempo,censura)~1) time<-ekm$time st<-ekm$surv ste<-exp(-time/111.3628) stw<-exp(-(time/111.3628)^0.9976646) stln<- pnorm((-log(time)+4.242415)/1.360902) cbind(time,st,ste,stw,stln) par(mfrow=c(1,3)) plot(st,ste,pch=16, ylim=range(c(0.0,1)), xlim=range(c(0,1)), xlab="S(t): Kaplan-Meier", ylab="S(t): Exponencial") lines(c(0,1), c(0,1), lty=1) plot(st,stw,pch=16, ylim=range(c(0,0,1)), xlim=range(c(0,1)), xlab="S(t): Kaplan-Meier", ylab="S(t): Weibull") lines(c(0,1), c(0,1), lty=1) plot(st,stln,pch=16, ylim=range(c(0,0,1)), xlim=range(c(0,1)), xlab="S(t): Kaplan-Meier", ylab="S(t): Log-Normal") lines(c(0,1), c(0,1), lty=1) par(mfrow=c(1,3)) invst<-qnorm(st) plot(time, -log(st), pch=16, xlab="Tempos", ylab="-Log(S(t))") plot(log(time), log(-log(st)),pch=16,xlab="log(tempos)", ylab="log(-log(S(t)))") plot(log(time),invst,pch=16,xlab="log(tempos)",ylab=expression(Phi^-1*(S(t)))) par(mfrow=c(1,3)) plot(ekm, conf.int=F, xlab="Tempos", ylab="S(t)") lines(c(0,time),c(1,ste),lty=2) legend(18,0.5,lty=c(1,2),c("Kaplan-Meier", "exponencial"), bty="n", cex=0.8) plot(ekm, conf.int=F, xlab="Tempos", ylab="S(t)") lines(c(0,time),c(1,stw),lty=2) legend(18,0.5,lty=c(1,2),c("Kaplan-Meier", "Weibull"), bty="n", cex=0.8) plot(ekm, conf.int=F, xlab="Tempos", ylab="S(t)") lines(c(0,time),c(1,stln), lty=2) legend(18,0.5, lty=c(1,2),c("Kaplan-Meier", "Log-normal"), bty="n", cex=0.8) ajust1$loglik[2] ajust2$loglik[2] ajust3$loglik[2] dialise fit<-coxph(Surv(Tempo,censura)~Idade+SEXO+COR+ANTIHBS+pres,data=dialise, x=T,method="breslow") summary(fit) fit$loglik dialisee<-read.table("C:/Documents and Settings/13/Desktop/Estagio/Thiago Estatistica/dddcat.csv",sep=";",h=T) dialisee attach(dialisee) require(survival) #Sexo

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ekm = survfit(Surv(tempo,censura)~sexo,type="kaplan-meier") masculino=0 feminino=1 sort(tempo) mu = 0.9897 gama= 1.0104 beta0= 4.892 beta1= -0.4462 S1 = exp(-(tempo/(exp(beta0+beta1*masculino)))^gama) S2 = exp(-(tempo/(exp(beta0+beta1*feminino)))^gama) plot(ekm,lty=c(1,4),xlab="t",ylab="S(t)") lines(tempo,S1,type="l",lty=2,col="blue") lines(tempo,S2,type="l",lty=2,col="red") legend(250,0.8, lty=c(1,2),c("Masculino", "Feminino"), bty="n", cex=0.8) text(150.5,0.93,c("Ajuste da variavel Sexo"),bty="n",cex=1.2) AntiHBS ekm = survfit(Surv(tempo,censura)~anthbs,type="kaplan-meier") false=1 true=0 sort(tempo) mu = 0.8951 gama= 1.1172 beta0= 5.1288 beta1= -0.9557 S1 = exp(-(tempo/(exp(beta0+beta1*false)))^gama) S2 = exp(-(tempo/(exp(beta0+beta1*true)))^gama) plot(ekm,lty=c(1,4),xlab="t",ylab="S(t)") lines(tempo,S1,type="l",lty=2,col="blue") lines(tempo,S2,type="l",lty=2,col="red") legend(250,0.8, lty=c(1,2),c("False", "True"), bty="n", cex=0.8) text(150.5,0.93,c("Ajuste da variavel AntiHBS"),bty="n",cex=1.2) Pressão ekm = survfit(Surv(tempo,censura)~pres,type="kaplan-meier") false=1 true=0 sort(tempo) mu = 0.9781 gama= 1.0224 beta0= 4.2038 beta1= 0.6054 S1 = exp(-(tempo/(exp(beta0+beta1*false)))^gama) S2 = exp(-(tempo/(exp(beta0+beta1*true)))^gama) plot(ekm,lty=c(1,4),xlab="t",ylab="S(t)") lines(tempo,S1,type="l",lty=2,col="blue") lines(tempo,S2,type="l",lty=2,col="red") legend(250,0.8, lty=c(1,2),c("False", "True"), bty="n", cex=0.8) text(150.5,0.93,c("Ajuste da variavel Pressão"),bty="n",cex=1.2)

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Cor ekm = survfit(Surv(tempo,censura)~cor,type="kaplan-meier") amarela=1 branca=1 negra=1 sort(tempo) mu = 0.9951 gama= 1.0050 beta0= 5.9623 beta1= -1.1069 beta2= -1.3950 beta3= -1.0080 S1 = exp(-(tempo/(exp(beta0+beta1*amarela)))^gama) S2 = exp(-(tempo/(exp(beta0+beta2*branca)))^gama) S3 = exp(-(tempo/(exp(beta0+beta3*negra)))^gama) S4 = exp(-(tempo/(exp(beta0)))^gama) plot(ekm,lty=c(1,2,3,4),xlab="t",ylab="S(t)") lines(tempo,S1,type="l",lty=2,col="blue") lines(tempo,S2,type="l",lty=2,col="red") lines(tempo,S3,type="l",lty=2,col="black") lines(tempo,S4,type="l",lty=2,col="green") legend(250,0.8, lty=c(1,2,3,4),c("Amarela", "Branca","Negra","parda"), bty="n", cex=0.8) text(150.5,0.93,c("Ajuste da variavel Cor"),bty="n",cex=1.2) #Analise de residuos # ajuste geral dialisee<-read.table("C:/Documents and Settings/13/Desktop/Estagio/Thiago Estatistica/dddcat.csv",sep=";",h=T) dialisee attach(dialisee) require(survival) ajust1<-survreg(Surv(tempo,censura)~idade+sexo+cor+pres+anthbs, dist='weibull') ajust1 summary(ajust1) mod1<- coxph(Surv(tempo,censura)~idade+sexo+cor+pres+anthbs) residuo.sch<-cox.zph(mod1) par(mfrow=c(2,4)) plot(residuo.sch) abline(h=0,lty=2) res.mart <- resid(mod1,type="martingale") res.nulo<- plot(res.mart) res.esco<- resid(mod1,type="dfbetas") plot(res.esco) res.devi<-resid(mod1,type="deviance")

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plot(res.devi) # exponencial sobrevivencia e risco dev.off() pdf(file="C:\Documents and Settings\13\Desktop\Estagio\tcc\exp-survival.pdf") t<- seq(0,3,0.1) Survival <- function(t,mu) { exp(-(t/mu)) } mu <- 0.5 S <- Survival(t,mu) plot(t,S,type="l",ylim=c(0,1),xlim=c(0,3),lty=1,font=7, font.axis=3,font.lab=3,lwd=2,ylab="S(t)") mu <- 1 S <- Survival(t,mu) lines(t,S,lty=3,lwd=2) mu <- 1.5 S <- Survival(t,mu) lines(t,S,lty=4,lwd=2) mu <- 3.0 S <- Survival(t,mu) lines(t,S,lty=5,lwd=2) legend(2,0.95,col=c("black","black","black","black"), bty="n",lty=c(1,3,4,5),lwd=2,c(expression(mu=="0,5"), expression(mu=="1,0"),expression(mu=="1,5"), expression(mu=="3,0"))) dev.off() dev.off() pdf(file="C:\\graficos\\exp-risco.pdf") plot(0:3,0:3,type="n",xlab="t", ylab = "h(t)") lines(0:3,rep(0.5,4),type="l",lty=1,lwd=2) lines(0:3,rep(1,4),lty=3,lwd=2) lines(0:3,rep(1.5,4),lty=4,lwd=2) lines(0:3,rep(3,4),lty=5,lwd=2) legend(2,2.8,col=c("black","black","black","black"), bty="n",lty=c(1,3,4,5),lwd=2,c(expression(mu=="0,5"), expression(mu=="1,0"),expression(mu=="1,5"), expression(mu=="3,0"))) dev.off() # weibull sobrevivencia e risco dev.off() pdf(file="C:\Documents and Settings\13\Desktop\Estagio\tcc\exp-survival.pdf\weibull-risco.pdf") t<- seq(0.01,3,0.01) Survival <- function(t,mu,beta) {

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(beta/mu)*(t/mu)**(beta-1) } mu <- 1.5 beta <- 0.5 S <- Survival(t,mu,beta) plot(t,S,type="l",ylim=c(0,3),xlim=c(0,3),lty=1,font=7,font.axis=3,font.lab=3,lwd=2,ylab="h(t)", xlab="t") beta <- 1 S <- Survival(t,mu,beta) lines(t,S,lty=3,lwd=2) beta <- 1.5 S <- Survival(t,mu,beta) lines(t,S,lty=4,lwd=2) beta <- 3.0 S <- Survival(t,mu,beta) lines(t,S,lty=5,lwd=2) legend(1.8,2.6,col=c("black","black","black","black"),bty="n",lty=c(1,3,4,5),lwd=2,c(expression(lambda=="0,5"), expression(lambda=="1,0"),expression(lambda=="1,5"),expression(lambda=="3,0"))) legend(2.5,2.4,col="black",bty="n",expression(mu=="1,5")) dev.off() dev.off() pdf(file="C:\Documents and Settings\13\Desktop\Estagio\tcc\exp-survival.pdf\weibull-survival.pdf") t<- seq(0.01,3,0.01) Survival <- function(t,mu,beta) { exp(-(t/mu)**beta) } mu <- 1.5 beta <- 0.5 S <- Survival(t,mu,beta) plot(t,S,type="l",ylim=c(0,1),xlim=c(0,2.5),lty=1,font=7,font.axis=3,font.lab=3,lwd=2,ylab="S(t)", xlab="t") beta <- 1 S <- Survival(t,mu,beta) lines(t,S,lty=3,lwd=2) beta <- 1.5 S <- Survival(t,mu,beta) lines(t,S,lty=4,lwd=2) beta <- 3.0 S <- Survival(t,mu,beta) lines(t,S,lty=5,lwd=2) legend(1.3,0.83,col=c("black","black","black","black"),bty="n",lty=c(1,3,4,5),lwd=2,c(expression(lambda=="0,5"), expression(lambda=="1,0"),expression(lambda=="1,5"),expression(lambda=="3,0"))) legend(2,0.78,col="black",bty="n",expression(mu=="1,5")) dev.off() # log normal sobrevivencia e risco

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dev.off() pdf(file="C:\Documents and Settings\13\Desktop\Estagio\tcc\graficos\\lnorm-risco.pdf") t<- seq(0.01,3,0.01) Survival <- function(t,mu,beta) { dlnorm(t,mu,beta)/(1-pnorm((log(t)-mu)/beta)) } mu <- 1.5 sigma <- 0.5 S <- Survival(t,mu,sigma) plot(t,S,type="l",ylim=c(0,1),xlim=c(0,2.5),lty=1,font=7,font.axis=3,font.lab=3,lwd=2,ylab="h(t)", xlab="t") sigma <- 1 S <- Survival(t,mu,sigma) lines(t,S,lty=3,lwd=2) sigma <- 1.5 S <- Survival(t,mu,sigma) lines(t,S,lty=4,lwd=2) sigma <- 3.0 S <- Survival(t,mu,sigma) lines(t,S,lty=5,lwd=2) legend(1,1,col=c("black","black","black","black"),bty="n",lty=c(1,3,4,5),lwd=2,c(expression(sigma=="0,5"), xpression(sigma=="1,0"),expression(sigma=="1,5"),expression(sigma=="3,0"))) legend(1.7,0.95,col="black",bty="n",expression(mu=="1,5")) dev.off() dev.off() pdf(file="C:\Documents and Settings\13\Desktop\Estagio\tcc\graficos\\lnorm-survival.pdf") t<- seq(0.01,10,0.01) Survival <- function(t,mu,beta) { (1-pnorm((log(t)-mu)/beta)) } mu <- 1.5 sigma <- 0.5 S <- Survival(t,mu,sigma) plot(t,S,type="l",ylim=c(0,1),xlim=c(0,10),lty=1,font=7,font.axis=3,font.lab=3,lwd=2,ylab="S(t)", xlab="t") sigma <- 1 S <- Survival(t,mu,sigma) lines(t,S,lty=3,lwd=2) sigma <- 1.5 S <- Survival(t,mu,sigma) lines(t,S,lty=4,lwd=2) sigma <- 3.0 S <- Survival(t,mu,sigma)

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lines(t,S,lty=5,lwd=2) legend(6,1,col=c("black","black","black","black"),bty="n",lty=c(1,3,4,5),lwd=2,c(expression(sigma=="0,5"), expression(sigma=="1,0"),expression(sigma=="1,5"),expression(sigma=="3,0"))) legend(8,0.93,col="black",bty="n",expression(mu=="1,5")) dev.off()