Análise econômica da terminação de bovinos de corte em confinamentosno estado de Minas Gerais:...

7/26/2019 Anlise econmica da terminao de bovinos de corte em confinamentos no estado de Minas Gerais: estudo de caso (2013)

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Universidade Federal do TocantinsCurso de Medicina VeterinriaAdministrao RuralAlunas: Juliana Rabelo

Rayane Carla S. FProf Ana Cludia Gomes

Anlise econmica da terminao de bovinos de corte emconfinamentos

no estado de Minas Gerais: estudo de caso (2013)Marcos Aurlio Lopes, Angelo Dias Brito Ribeiro, Tatiane Mendona Nogueira, Andria Alves

Demeu, Fabiano Alvim Barbosa

Araguana TO

Maro 2016


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Com a atual circunstncia de globalizao, em que se encontra a sociedad

Mudanas frequentes vem ocorrendo, na perspectiva de adaptao


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Mas para isso preciso que o produtor rural veja sua propried

como empresa. Maior produtividade e rentabilidades para sua empresa

Deve se ater importncia : boa administrao e anlise econmica

necessrio que o mbito doagronegcio se insira nesse novo

contexto


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A atividade dosetor agrcola,

seja qual for, deveser continuamente

avaliada sob ombito

econmico.

fatoresimprescindveis

para o sucesso dequalquer sistema

de produo:

o conhecimentodos custos deproduo da

atividade;

a lucratividadeobtida e a

rentabilidade docapital investido.


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Segundo Lopes & Carvalho (2002), os dados obtidos na apurao doscustos de produo tm sido utilizado:

Custo de rentabilidade da atividade; reduo dos custos controlveis;

planejamento e controle das operaes do sistema deproduo;

Identificao e determinao da rentabilidade do produto

Identificao do ponto de equilbrio do sistema de produo einstrumento de apoio ao produtor no processo de tomada dedecises seguras e corretas.


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Os pecuaristas se preocupam em intensificar os ganhos nsistemas de produo.

melhorias no manejo e alimentao dos animais.

bens existentes na propriedade: haver uma reduocusto de produo.


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Alguns pesquisadores tem-se atentado em estimar o custo de produoe a viabilidade econmica da produo de carne bovina nos variadossistemas de produo (Cezar e Euclides Filho, 1996; Alves et al., 1999;Potter et al., 2000;Aguiar et al., 2001; Bueno et al., 2004).

?quais fatores influenciaram o custo e quaiscomponentes exerceram maior influncia


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Objetivou-se atravs do seguinte trabalho:

avaliar a rentabilidade da pecuria de corte em regime d

confinamento.

identificar os componentes doscustos total;

e operacional efetivo.


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Material e mtodos

O perodo de coleta de dados: janeiro a dezembro (2009);

dois sistemas de produo, que desenvolviam a atividade determinao de bovinos de corte em confinamento

1 confinamento (municpio de sete lagoas-MG), Terminao de junho asetembro. No entanto, houve entrada e sada de animais, em perodosdiferentes ( 76 dias)


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Material e mtodos

O rebanho era constitudo : 662 garrotes e vacas Nelore , e 95 garrotes (Angus x Nelore),

adquiridos de rebanhos comerciais.

O confinamento 2,localizado em Carmo de Minas, MG,realizou a terminao de julho a outubro de 2009 (4

meses). O rebanho foi constitudo 227por novilhos e 49 vacas de composio racial 5/8 Holands 3/8

Gir, adquiridos tambm de rebanho comercial.


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Material e mtodos

Considerou-se duas etapas:

Primeira (questionrio e caderneta de campo) foi realizado o inventriocompleto dos bens dos sistemas de produo estudados, apurados e valor evida til de cada ativo.

Alocados em um dos seguintes grupos:

Benfeitorias, mquinas, veculos, rebanimais de trao, equipamento

implementos e ferramentas


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Material e mtodos

Nas situaes, nas quais opecuarista no dispunha deinformaes referentes ao

valor e data de aquisio,para a estimativa dos valoresatuais.

foi adotado o critrioproposto por Lopes et al.

(2004a).


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Material e mtodos

Para as benfeitorias = estado de conservao

Em funo da rea, do estado de conservao e do padro deacabamento, estimou-se um valor por m2 de construo.

Na segunda etapa, os sistemas de produo foram visitados paracoleta de dados referentes s despesas realizadas e s receitasapuradas.

A coleta deu-se em cadernetas de campo preparadas especificamentepara esse fim. Esses dados foram cadastrados no software Cu$toBovino Corte(Lopes et al., 2003),


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Esse aplicativo contempla as duas estruturas de custo de produo custo totproduo, que envolve o custo fixo (depreciao; impostos considerados fixocomo IPVA e ITR; remunerao da terra; remunerao do capital investido; eremunerao do empresrio) e varivel (desembolsos com mo de obra,alimentao e demais insumos; e remunerao

do capital de giro), e custo operacional total, que composto pela soma do referente depreciao, mo de obra familiar e custo operacional efetivo (representa os desembolsos

com mo de obra, alimentao e demais insumos

utilizados no processo produtivo).


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Como indicadores derentabilidade,consideraram-se a

margem bruta (receita menoscusto operacional efetivo (COE)),

margem lquida (receitamenoscusto operacional total (COT))

(Matsunaga etal.,1976) e oresultado (receita menos custototal) (Barros,1948).


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Material e mtodos

A finalidade de se utilizar as duas metodologias de custode produo:

custo operacional total e custo total

Deve- se a importncia:

margem bruta, margem lquida (estimados pela metodologia docusto operacional)

e resultado (estimado pela metodologia do custo total)


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Estimaram-se, ainda, a lucratividade 1, quefoi calculada como sendo o resultado

dividido pela receita total (Lucratividade 1

(%) = Resultado/Receita total); arentabilidade 1, obtida pela diviso doresultado pelo total imobilizado mais o

custo operacional efetivo (Rentabilidade 1(%) = Resultado/(Total imobilizado + Custo

operacional efetivo). Como lucratividade 2,considerou-se a diviso da margem lquidapela receita total (Lucratividade 2 (%) =Margem lquida/Receita total); e, como

rentabilidade 2, considerou-se a diviso damargem lquida pelo total imobilizado maiso custo operacional efetivo (Rentabilidade 2(%) = Margem lquida/(Total imobilizado +

Custo operacional efetivo)).


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Resultados e discusso

Na anlise de rentabilidade da atividade pecuria decorte, nos dois confinamentos estudados (Tabela 2), asreceitas foram oriundas principalmente da venda de todosos animais dos sistemas de produo, e pela produo deesterco, que foi comercializado confinamentos 1 e 2,

respectivamente.

R lt d di


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O confinamento 1 utilizou o esterco produzido paraproduo de volumoso

despesas na manuteno das capineiras

O confinamento 2 adquire alimentao de terceiros


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O confinamento 2 apresentou melhor ganho de pesomdio dirio (GPMD), de 1,263kg, quando comparado aoconfinamento 1, cujo ganho foi de 1,164kg.


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Resultado e discusso

O valor de venda das arrobas variou entre os dois confinamentos,interferindo negativamente no resultado do confinamento 1. Nemmesmo a maior produo de arrobas favoreceu o confinamento 1. Oconfinamento 2 pode ter levado uma vantagem por ter feito contratode venda com o frigorfico, garantindo assim um melhor valor naarroba.


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O custo operacional total, que foi composto apenas pela soma docusto operacional efetivo e depreciao (sem participao de mo deobra familiar), foi diferente entre os dois confinamentos (Tabela 2).

O custo operacional efetivo, que representa o desembolso mdio noperodo, feito por cada empresrio, para custear a atividade, foimaior no confinamento 1 por causa da maior quantidade de animaisconfinados



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Os valores, em percentagem, da depreciao de 1,8 e0,82% para os confinamentos 1 e 2, respectivamente, sejustifica pelo fato de o confinamento 1 incluir mquinas,equipamentos, caminho e fbrica de rao, enquanto oconfinamento 2 no os inclui, j que compra toda suaalimentao de terceiros e aluga tratores para o servio, oque pode ser um alternativa para os confinamentos.


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O item com maior representatividade foi aquisio deanimais, nos dois confinamentos, seguidos daalimentao, mo de obra no confinamento 1 e despesasdiversas (manuteno de benfeitorias, fretes e aluguel detrator, principalmente) no 2.


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A maior representatividade da mo de obra noconfinamento 1 pode ser explicada pela menor relaoanimal/homem (2,5 vezes menor) quando comparada coma do confinamento 2


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O item com maior representatividade foi a depreciao,seguido da remunerao do capital investido, para os doisconfinamentos.

R lt d di


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Ao se analisar a influncia do CF no CT, quando seconsidera a aquisio de animais, tem-se 3,37% para oconfinamento 1 e 1,63% para o confinamento 2.



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Concluso

Dentre os sistemas de produo analisados, o confinamento 1 no apresentouviabilidade econmica, mas tem possibilidade de se manter no curto e mdio prazos,por apresentar margens bruta e lquida positivas. Por outro lado, o confinamento 2apresentou viabilidade econmica possibilidade de se manter no curto, mdio e longoprazos, com possibilidade de expanso.

Os itens componentes do CT que apresentaram maiores representatividades foram,

em ordem decrescente, aquisio de animais, alimentao, mo de obra edepreciao; e aquisio de animais, alimentao, despesas diversas e depreciao,

para os confinamentos 1 e 2, respectivamente. Em relao ao COE foram, em ordemdecrescente, aquisio de animais, alimentao, mo de obra e energia; e aquisiode animais, alimentao, despesas diversas e mo de obra, para os confinamentos 1 e2, respectivamente..


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Referncias

Aguiar AP, Almeida BHPJF, Amaral GC, Datena JLF, Younes RJ, Costa RO, Mota J &Vivan WSO (2001) Viabilidade econmica da produo de carne em sistemas

intensivos de pastagens na regio do cerrado. In: 38a Reunio Anual da sociedadeBrasileira de Zootecnia, Piracicaba. Anais, SBZ. CD ROM.

Alves JB, Tarsitano MAA, Bergamaschine AF & Bastos JFP (1999) Desempenhoeconmico do confinamento de bovinos de diferentes grupos genticos. In: 36aReunio Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia, Porto Alegre. Anais, SBZ. CDROM.

Barros H (1948) Economia Agrria. Lisboa, Livraria S da Costa. 348p.

Berg RT& Butterfield RM (1976) New concepts of cattle growth. Sidney, SidneyUniversity. 240p.

Bueno PRB, Rorato PRN, Drr JW & Krug EEB (2004) Valor econmico paracomponentes do leite no Estado do Rio Grande do Sul. Revista da SociedadeBrasileira de Zootecnia 33:2256- 2265.

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