Andando na Verdade - estudosdabiblia.net · de Judá, o Cordeiro de Deus, e lhe oferece a mesma...
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Andando na Verdade
Aonde chegamos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
ì A Serviço do ReiNossa necessidade mais profunda . . . . . . . . . 3
Seguindo Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Mais esclarecimentos sobre o discipulado . . 6
í A FamíliaA influência dos amigos . . . . . . . . . . . . . . . . 8
O lar do cristão: Como deve ser usado . . . . 10
A criação de filhos: Como ser bons pais . . . 13
î Na Casa de DeusPlanta para o crescimento do reino . . . . . . . 14
Por que os santos se congregam? . . . . . . . . 17
Buscar e pensar no quê? . . . . . . . . . . . . . 18
ï Escrito para o Nosso EnsinoComo matar um gigante . . . . . . . . . . . . . . 19
Palavras cruzadas: Levítico 10-18 . . . . . . . . 21
A falsa segurança dos tolos . . . . . . . . . . . . 22
Na imagem de Deus . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
ð O Poder de Deus para a SalvaçãoCuidado com o beijo de Judas . . . . . . . . . . 25
“Quem dizeis que eu sou?” . . . . . . . . . . . . . 26
Uma mulher sem nome . . . . . . . . . . . . . . . 27
A nossa necessidade pelo relacionamento 29
ñ Desafios e DúvidasA morte de Herodes Agripa I . . . . . . . . . . . 31
Como escutar a uma mensagem . . . . . . . . 33
Pré-milenarismo: O reino – seu começo . . . 35
A música instrumental no louvor (1) . . . . . . . 36
Palavras cruzadas: Levítico 1-9 (Respostas) . . 48
Distribuição Gratuita — Venda Proibida
3 João 4 Ano 5 Número 1 Janeiro - Março 2003
Digno de LouvorAs Escrituras nos lembram, de capa a capa, que Deus merece a glória, a
honra e o louvor. Quando João viu a cena impressionante de Deus no
seu trono celestial, ele ouviu os 24 anciãos proclamando: “Tu és digno,
Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque
todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir
e foram criadas” (Apocalipse 4:11). O capítulo seguinte introduz o Leão
de Judá, o Cordeiro de Deus, e lhe oferece a mesma adoração: “Digno
é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e
força, e honra, e glória, e louvor” (5:12). O capítulo encerra-se com a
adoração, por parte de todas as criaturas, dirigida ao Pai e ao Cordeiro.
O louvor não é para nós; é para Deus. O ponto principal do louvor,
mesmo aqui na terra, não deve ser para agradar aos homens, e sim a
Deus. Não cantamos para impressionar os homens, mulheres ou jovens
que participam do culto; cantamos para oferecer o nosso sacrifício – dos
lábios e dos corações – ao Senhor que nos criou e que nos redimiu.
Se o louvor for, de fato, oferecido a Deus, os adoradores se
preocuparão com a vontade
dele. Adoraremos conforme as
instruções dele, não conforme
as nossas próprias preferências.
E, como os servos de Deus no
céu, nosso louvor será contínuo.
Diz das criaturas mais próximas
do trono de Deus: “Não têm
descanso, nem de dia nem de
noite, proclamando: Santo
Santo, Santo é o Senhor Deus, o
Todo-Poderoso”.
Levantemos as nossas vozes
para participar do louvor eterno
do Todo-Poderoso.
Andando na Verdade é publicada
trimestralmente e distribuída gratuita-
mente a pessoas interessadas no
estudo da palavra de Deus. Alguns
dos artigos foram traduzidos por
Arthur Nogueira Campos, Heather
Allan e Megan Allan e usados com
permissão de seus autores e
redatores. Os autores retêm os
direitos ao próprio trabalho.
Redator: Dennis Allan, C.P. 60804,
São Paulo, SP, 05786-990.
E-mail: [email protected]
Estudos Bíblicos na Internet:
www.estudosdabiblia.net
Andando na Verdade 1
Aonde chegamos!
Foi um dia de profunda tristeza, o primeiro dia de desastre na história do
mundo. Eva cedeu à palavra da serpente, e Adão seguiu o erro dela. A
inocência foi perdida, o pecado consumado, o casal expulso. Não
andariam mais no paraíso terrestre. Não teriam mais acesso à árvore da
vida. Pior ainda, não estariam próximos de Deus.
Começou o reinado da morte. Gênesis 5 chama a nossa atenção pelas vidas
longas na genealogia registrada, mas o ponto principal do capítulo é outro. O
fato marcante não é que homens viveram séculos, alguns passando de 900 anos.
O ponto repetido oito vezes no capítulo, com um certo ritmo melancólico, é que
morreram. Geração após geração chega ao mesmo fim – “... e morreu”.
Mas, no meio de tanto fracasso e tristeza, aparecem raios de esperança. No dia
que o pecado contaminou o mundo, Deus falou da solução que viria – um
descendente da mulher que esmagaria a serpente (Gênesis 3:15). No meio a
tantos relatos de morte, Enoque andou com Deus e foi poupado desse fim
(Gênesis 5:24). Como a luz bruxuleante de um farol distante, esses versículos
ofereciam esperança de uma saída do desespero criado pelo pecado do homem.
Mas o navio estava longe do porto e, às vezes, a neblina de confusão envolvia os
homens pecadores de tal maneira que a esperança foi praticamente perdida.
Mesmo nos momentos em que os homens tiveram oportunidades de aproximar
de Deus, não suportaram a luz brilhante da presença divina. Nem queriam ficar
perto da montanha de Deus (Êxodo 20:18-21). Moisés subiu como representante
do povo, um mediador entre Israel e Deus, mas ele tinha suas próprias falhas.
Deus revelou, por meio de Moisés, um sistema de sacerdotes e sacrifícios. Mas
2 2003:1
homens imperfeitos oferecendo o sangue de animais não conseguiram resolver
o problema. A luz do farol ficou mais visível, talvez, mas os próprios sacerdotes
eram sujeitos ao pecado e à morte (Hebreus 7:23,27), e “o sangue de touros
e de bodes” não removeu a mancha do pecado (Hebreus 10:4).
O esquema do tabernáculo e do acampamento do povo de Israel no deserto
ilustram o problema do homem. Um mapa simples mostra como foi difícil – até
impossível – chegar a Deus. Um homem de Judá, por exemplo, teria que passar
pelos levitas e, especificamente, pelos sacerdotes, para chegar ao tabernáculo.
Os sacerdotes agiriam como representante dele, levando o incenso de suas
orações (Salmo 141:2) até o altar de incenso no Santo Lugar. O aroma do
incenso passaria pelo véu do tabernáculo para chegar ao Santo dos Santos, o
lugar que representava a presença de Deus. Apenas uma vez por ano, o Sumo
Sacerdote entraria no Santo dos Santos para levar o sangue de um sacrifício pelo
povo. A própria organização do acampamento, junto com o sistema de serviço
por intermediários, relembrou as pessoas de como era difícil chegar a Deus.
Os séculos passaram, e a situação continuou difícil. O próprio povo escolhido se
distanciou mais ainda de Deus, erigindo uma barreira de iniqüidade entre Deus
e os homens (Isaías 59:1-2). O homem era incapaz de escalar o muro alto que
o separou de Deus. Durante muitos anos, homens pecadores sentiam o mesmo
desespero que Paulo expressou quando clamou: “Desventurado homem que
sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Romanos 7:24).
A resposta à pergunta de Paulo é a resposta à necessidade do homem: “Graças
a Deus por Jesus Cristo...” (Romanos 7:25). Foi Jesus que fez seu
tabernáculo entre os homens, agindo como a escada de acesso ao céu (João
1:14,51). Ele é o intermediário – o único Mediador – entre Deus e os homens (1
Timóteo 2:5). Ele se tornou sacerdote eterno e sacrifício eficaz (Hebreus 9:12-
14,28). Tirou as barreiras e nos deu acesso a Deus!
Aonde chegamos? Não chegamos ao monte Sinai, nem ao sistema da lei
revelada a Moisés naquela montanha (Hebreus 12:18-21). Jesus nos traz a outro
lugar, muito superior. Medite bem nas bênçãos resumidas em Hebreus 12:22-24:
“Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a
Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal
assembléia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o
Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados, e a Jesus, o
Mediador da nova aliança, e ao sangue da aspersão que fala coisas
superiores ao que fala o próprio Abel.” Com os nossos pecados perdoados
pelo sacrifício de Jesus, podemos chegar a Deus!Dennis Allan
São Paulo, SP
Andando na Verdade 3
ì A Serviço
do ReiVivendo como seguidores
de Cristo
Nossa necessidade mais profunda,
nossa maior recompensa“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário
que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna
galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6).
Deus recompensa aqueles que o procuram diligentemente. Para
chegarmos a Deus, devemos acreditar nesta grande verdade. Agindo
confiantemente na fé e procurando-o com paixão, encontraremos o Deus
que fomos criados para apreciar. Ele nos prometeu que não só lhe
alcancaríamos, mas que nele encontraríamos tudo o que os nossos corações
verdadeiramente desejam. Nas horas de conforto, como também nas horas de
dor, devemos sempre buscar a Deus. Devemos procurá-lo com diligência e
determinação, e também com amor, confiando que no fim de nossa busca ele
mesmo, e somente ele, será a nossa recompensa.
Duas coisas são necessárias. Devemos observar que a nossa mais profunda
necessidade é de Deus e devemos então procurar suprir essa necessidade
somente em Deus. A primeira delas é talvez a mais difícil de se fazer.
Superficialmente, parece que desejamos tantas coisas mais visíveis e mais
4 2003:1
imediatas que é difícil enxergar como precisamos de Deus. Maior do que todos
os nossos desejos, este é o principal: nosso anseio por Deus. Desejamos Deus
porque fomos criados para ele; quando reconhecermos honesta e humildemente
a importância dessa necessidade, então estaremos prontos a buscar a Deus.
Precisamos nos devotar com todo o coração à procura dele, sendo a nossa
esperança maior a de entrar em sua presença e gozar de sua comunhão.
Tendemos a não procurar por Deus quando nossas vidas estão confortáveis. Se
nossas necessidades temporais estão sendo supridas, imaginamos que podemos
cuidar de nós mesmos e acabamos nos esquecendo de Deus. Por este motivo,
ele deixa cada um de nós sofrer alguma privação. As necessidades que não são
supridas podem ser diferentes para cada pessoa, mas cada um de nós tem o seu
coração partido de alguma maneira. Seremos ensinados a permanecer sem
algumas das coisas das quais necessitamos profundamente, para aprendermos
que fomos criados para apreciar algo que não está totalmente disponível neste
mundo. Somente Deus pode satisfazer inteiramente a nossa fome e sede, e
sempre nos levar em direção à satisfação nele. Deus está nos ensinando que, se
temos corações para aprender, ele é a única coisa sem a qual não podemos
viver.
Acima de tudo, estou convencido da necessidade irrevogável e sem fuga, de
cada coração humano, por Deus.
Não importa como tentamos escapar, ou nos perder em buscas agitadas, não
podemos nos separar da nossa origem divina.
Não há substituto para Deus. (A.J. Cronin)
–por Gary Henry
Seguindo Jesus
Otermo “cristão” é usado na Bíblia para descrever aquele que segue Cristo.
Nós ressaltamos, freqüentemente, a necessidade de seguir Jesus sem
identificar plenamente o modo como ele pretendia que o seguíssemos.
A princípio, somos tentados a dizer: “Seguir é seguir, simplesmente fazer o que
ele fez”. Esta excessiva simplificação tem aberto as portas a inconsistências
aparentes sobre coisas como o sábado, as festas judaicas, a circuncisão, os dons
miraculosos; coisas de que Jesus participou, mas os cristãos não seguem.
Andando na Verdade 5
Seguindo como discípulos
“E m Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados
cristãos” (Atos 11:26). Os cristãos são seguidores de Jesus no sentido
em que são discípulos. Discípulos são aprendizes ou alunos de um
professor. Vine diz: “Um ‘discípulo’ não era somente um aluno, mas um
partidário; por conseguinte, falava-se que eles eram imitadores do mestre”
(Dicionário Vine, 569). Portanto, somos cristãos, seguidores de Cristo, porque
fazemos o que ele nos ensinou, como seus discípulos, a fazer, e não porque
fazemos todos os atos que ele fez.
Jesus enviou seus apóstolos a todo o mundo para fazer “discípulos de todas
as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho
ordenado” (Mateus 28:19-20).
Aprender e fazer o que Jesus mandou é fundamental para se tornar e permanecer
um verdadeiro discípulo. “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois
verdadeiramente meus discípulos” (João 8:31). Como discípulos, para seguir
Jesus é preciso focalizar no que ele ensinou (e no que ele fez com que seus
apóstolos e profetas ensinassem). Como estudantes do Mestre Professor,
passamos nossas vidas tentando entender e aplicar sua vontade revelada em
nossas vidas.
Seguindo o que Jesus pretendeu
Odesafio dos discípulos não é somente a simples memorização dos textos
bíblicos. Os verdadeiros discípulos estão interessados no que foi
originalmente pretendido pelo Professor. Assim, os discípulos estudam as
Escrituras por conteúdo e significado. Eles têm que ter em consideração coisas
como o significado original das palavras, o contexto e as figuras de linguagem.
Uma abordagem superficial ao seguir o que Jesus disse levará seus discípulos a
fazer coisas como cutucar os próprios olhos e lavar os pés uns dos outros. A falta
de perceber o que Jesus pretendia quando ele ensinava é fracasso para quem
quer ser seu discípulo. Uma pessoa não pode fazer o que Jesus disse se não
entender o que ele quis dizer.
Seguindo “meu” Jesus
Muitas pessoas, hoje em dia, formaram um conceito não-bíblico sobre Jesus
em vez de seguirem o que o próprio Jesus, o Professor (João 20:16),
revelou aos seus discípulos. Elas dizem: “O Jesus em quem eu creio” ou
“meu Jesus”, mas então vão adiante atribuindo a ele palavras que ele nunca
disse, atos que ele nunca aprovou e doutrinas que ele nunca ensinou. Elas
6 2003:1
descontam, ignoram ou torcem qualquer coisa de, ou sobre, Cristo, que elas não
gostem. Elas recriam-no para ajustá-lo aos seus próprios desejos, necessidades
percebidas e cultura.
Como é possível que “doutrina” (o que é ensinado) tenha sido separada nas
mentes de muitos, tanto do Professor como do estudante (discípulo)?
Infelizmente, muitos continuarão a ver-se como estudantes (discípulos) sem
estudar, seguindo um professor que não tem nenhum ensinamento (doutrina).
O próprio Jesus disse: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois
verdadeiramente meus discípulos” (João 8:31).
É preciso perguntarmos: “E se não permanecermos?”–por David Diestelkamp
12º de uma série de artigos sobre a evangelização
Mais esclarecimentos
sobre o discipulado
Embora as declarações de Jesus registradas em João 13:12-15 não contêm
a palavra “discípulo”, na verdade fazem conclusões a respeito das
responsabilidades daqueles que reconhecem que Jesus é o “Mestre”,
contribuindo, assim, com algo para o entendimento do discipulado. Jesus explica
o significado do ato de servir que ele acabou de realizar para os seus discípulos:
“Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e
dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos
lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu
vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”.
Destacam-se dois aspectos. O primeiro relaciona-se com a união dos dois títulos
– “Mestre” e “Senhor”. Jesus é o Senhor, bem como o Mestre, de seus discípulos.
Isso confere ao título “Mestre” um peso que, talvez, nem sempre se lhe associe.
Tem uma conotação um tanto parecida com “Mestre com Autoridade” – o mestre
que tem o direito de exigir obediência de seus discípulos. Mostra por que um
discípulo é mais que um aluno, no sentido de um mero ajuntador de informações,
mas é, na verdade, alguém comprometido para aceitar e seguir o ensino de seu
Mestre.
Além disso, essas declarações definem a relação do discípulo com o seu Mestre.
Ele não só aprende com o Mestre; deve também ser imbuído do espírito de seu
Mestre e imitar sua vida.
Andando na Verdade 7
Essas implicações do discipulado são confirmadas novamente em João 13:34-35,
em que Jesus disse: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos
outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.
Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns
aos outros.”
Os discípulos devem demonstrar o mesmo amor altruísta e despojado para com
o próximo, como Jesus demonstrou para eles – aquele amor que o levou a se
sacrificar na cruz. Quando as pessoas testemunham esse mesmo amor entre os
discípulos, elas farão a ligação com Jesus e serão capazes de reconhecer que
aqueles que têm tal amor devem ser seus discípulos. Assim, somos, mais uma vez,
levados a concluir que o discipulado implica estarmos imbuídos do espírito do
Mestre, seguindo-o.
Talvez alguma outra passagem de João contenha uma importante declaração
sobre o discipulado, dependendo de como seja interpretada. Mas não me sinto
seguro o bastante de ter entendido João 15:8 para comentá-lo. Então, apenas o
registro aqui para sua ponderação.
Sinto praticamente o mesmo sobre Lucas 6:40. A dificuldade acha-se em encaixar
este versículo no contexto. Mas parece dizer algo importante com respeito ao
discipulado: “O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele,
porém, que for bem instruído será como o seu mestre.”
A relação deste versículo com seu contexto merece mais reflexão do que, até
agora, eu lhe dei. Estarei bem fora para sugerir que a segunda parte do versículo
apresenta o alvo do discipulado? Arndt e Gingrich traduzem assim: “Quando ele
[o aluno] estiver completamente formado, será como seu mestre” (Léxico, 417b,
sobre katartizo).
Ainda quero fazer a pergunta para sua meditação: essa declaração não sugere algo
que pode ajudar as nossas atitudes em relação às outras pessoas? Ajudaria a evitar
muita arrogância e justiça própria se nos lembrássemos de que não somos o
mestre. Somos os discípulos. Quando estivermos aperfeiçoados, seremos como
o Mestre. Mas ainda não chegamos lá. Veja o contexto seguinte com respeito ao
argueiro e à trave. Talvez possamos ser mais eficazes em levar outras pessoas ao
conhecimento do Senhor se demonstrarmos mais humildade.
No próximo artigo, retornaremos a Mateus 28:19 para tratarmos do processo pelo
qual os discípulos são produzidos. Depois vou voltar para o livro de Atos e fazer
algumas reflexões sobre os resultados que os apóstolos conseguiram ao pôr em
prática as ordens que Jesus lhes deu.
–por L. A. Mott. Jr.
8 2003:1
í A Família
Servindo a Cristo no Lar
Desafios da juventude:
A influência dos amigos
Apressão e a influência de amigos podem ser boas! Jesus descreveu os seus
discípulos como o sal da terra e a luz do mundo (Mateus 5:14-16). Ele lhes
disse que brilhasse “também a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos
céus”. Devemos influenciar e afetar as vidas dos outros. Influenciar e ensinar não
são tarefas apenas para os santos mais velhos. Há algo especial sobre um jovem
que dá um bom exemplo.
Em 1 Timóteo 4:13, Paulo encoraja a todos os jovens que sejam bons exemplos.
Cada jovem tem a responsabilidade de dar um exemplo de piedade. Uma jovem
se recusou a usar os shorts curtos e lisos que o seu técnico lhe deu. Como
resultado de seu protesto, o uniforme da escola foi mudado. Outro jovem cristão
fez amizade com um colega de classe solitário e confuso. Como resultado da
influência do cristão, o outro jovem encontrou respostas para a sua vida em
Jesus Cristo. Jovens piedosos podem encorajar outros jovens tão bem quanto
os santos mais velhos.
Devemos tomar uma abordagem equilibrada para o nosso relacionamento com
aqueles do mundo e reconhecer o perigo que possa estar presente. Em 1
Coríntios 15:33, Paulo claramente nos fala que “as más conversações
corrompem os bons costumes”. Um dos motivos que os maus companheiros,
muitas vezes, têm uma influência que corrompe é visto em Deuteronômio 22:10.
Aí a lei proibia que lavrasse com junta de boi e de jumento. Pense nisso um
Andando na Verdade 9
pouco – um boi forte, grande, de ombros largos no mesmo jugo com um
jumento diminutivo. Isso simplesmente não seria justo ou humano. O boi tem
uma vantagem óbvia e influência superior em relação às ações do jumento. O
mesmo é verdade entre algumas pessoas. Se os nossos amigos mundanos têm
os gênios mais fortes e são mais influentes que nós, então estaríamos em jugo
desigual. Acho que você consegue ver como tal influência corromperia boas
morais.
Muitas vezes a pressão dos outros vêm por causa de sua própria culpa. Pedro fala
daqueles que “difamando-vos, estranham que não concorrais com eles
ao mesmo excesso de devassidão” (1 Pedro 4:3-4). Isso acontece porque
aqueles envolvidos com o pecado não querem que as suas práticas más sejam
expostas pelo exemplo justo de outro (veja João 3:19-21). Se puderem
corromper os justos então há uma luz justa a menos expondo a sua corrupção.
Assim as suas consciências são momentaneamente aliviadas.
A escolha de amigos é uma das decisões mais desafiadoras e importantes de um
jovem cristão. Os amigos ou encorajarão e apoiarão a espiritualidade ou
promoverão e encorajarão as coisas do mundo. Considerem, por um momento,
o exemplo de Salomão. Em 1 Reis 3:16-28, Salomão tomou tempo do seu
horário agitado de rei para ouvir a discussão de duas prostitutas. Movido pela
compaixão e preocupação com a vida de um bebê inocente, Salomão usou de
sua sabedoria para assegurar o lugar do bebê ao lado da sua verdadeira mãe.
Porém, em 1 Reis 11:7, encontramos Salomão construindo um altar para o
abominável Moloque. Este ídolo nojento tinha uma barriga que era forno e
aceitava o sacrifício de bebês vivos. O que aconteceu? O que fez com que
Salomão mudasse? 1 Reis 11:1,4 nos diz o que houve. Salomão casou com
muitas mulheres estrangeiras e quando ele ficou velho “suas mulheres lhe
perverteram o coração para seguir outros deuses”. Se um homem com
a sabedoria de Salomão pôde ter o seu coração desviado do Senhor pela
influência de amigos, certamente eu enfrento o mesmo perigo. A escolha de
amigos é uma das decisões mais importantes da vida.
Não podemos evitar a influência do mundo, mas podemos limitar e controlar os
seus efeitos em nossas vidas. Muitas vezes ouvi explicarem assim: Não podemos
evitar que os pássaros voem por cima das nossas cabeças, mas podemos evitar
que se aninhem no nosso cabelo! Ou, se você deitar com os cães não se
surpreenda se acordar com pulgas!–por John A. Smith
10 2003:1
O lar do cristão:
Como deve ser usado?Î Para colocar em prática os grandes princípios de Deus deamor familiar e devoção.
O papel da esposa: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido,
como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também
Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo.
Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres
sejam em tudo submissas ao seu marido” (Efésios 5:22-24). Apesar de
existir um clamor barulhento, nos dias atuais, para a elevação da mulher para
uma suposta igualdade na sociedade, nunca haverá melhora no relacionamento
que Deus designou para as mulheres no lar. Quando ela alegremente aceita o
seu lugar na família, ela sabe que é da sabedoria infinita de Deus.
O papel do marido: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo
amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:25). Quando
uma esposa sabe que o seu marido está disposto a sacrificar a sua vida por ela,
o seu sentimento não é de inferioridade, mas de gratidão pelo seu amor mútuo
e devoção.
O papel dos filhos: “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto
é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com
promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra”
(Efésios 6:1-3). O lar é o lugar em que é ensinado às crianças o respeito pela
autoridade devida, não só no lar, mas em todos os aspectos da sociedade. Eles
aprendem a honrar aqueles que Deus gostaria que respeitassem e honrassem.
Esta é uma responsabilidade que Deus deu ao lar – não à escola, nem ao
governo, nem principalmente à igreja.
Ï Para fornecer um lugar para criar os filhos na disciplina eadmoestação do Senhor.
“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na
disciplina e na admoestação do Senhor” (Efésios 6:4). Pode ser um local
para a leitura da Bíblia, oração, estudos diários. As crianças ficam fascinadas e
profundamente impressionadas com as maravilhosas histórias bíblicas. Uma mãe
tinha uma aula no seu lar para os seus filhos e os seus amigos da vizinhança.
Andando na Verdade 11
Como resultado destas aulas, muitos rapazes eventualmente se tornaram
evangelistas.
Ð Para fornecer um lugar para os mensageiros de Deus.
Algumas pessoas podem encarar hospedar um evangelista que está visitando
como uma inconveniência. Na realidade, pode acabar sendo uma bênção. Eu
conhecia um lar sempre aberto a fiéis evangelistas da palavra. Por um tempo, o
casal fornecia um lugar no seu lar para o evangelista local solteiro que estava
trabalhando com a sua congregação. Neste lar havia três crianças–dois meninos
e uma menina. Todos os três chegaram a conhecer um número considerável de
homens que haviam dedicados as suas vidas à pregação do evangelho de Cristo.
A associação certamente foi proveitosa, pois os dois meninos se tornaram
evangelistas, e a sua irmã permaneceu fiel pelos anos.
Quando o casal de Suném preparou um quarto para Eliseu, o profeta, foram
maravilhosamente abençoados (2 Reis 4:8-37). Sempre havia um lugar para
Jesus no lar de Maria, Marta e Lázaro. No seu relacionamento com um
personagem tão nobre eles também foram maravilhosamente abençoados
(Lucas 10:38-42, João 11:12). Paulo escreveu a Filemon para que lhe preparasse
pousada (Filemon 22).
Ñ Para fornecer um lugar para a adoração.
Áqüila e Priscila moravam em Roma e em Éfeso. Em ambas as cidades eles
forneceram um lugar de reunião para a igreja (Romanos 16:3-5; Atos 18:18-19;
1 Coríntios 16:19). Em regiões em que a distância entre as congregações é
grande, fomos abençoados em nos reunir com cristãos fiéis que forneceram um
lugar de adoração nos seus lares. Os cristãos, às vezes, alcançam os seus
vizinhos ao convidá-los aos seus lares para um estudo periódico da Bíblia.
Ò Para fornecer um lugar para reuniões sociais para cristãos esuas famílias.
A reunião de cristãos pode ser uma alegria enorme. Pode ser um tempo de
associação prazerosa, de edificação mútua, um tempo quando tanto os velhos
como os jovens podem estar juntos no mesmo ambiente. Os cristãos primitivos
se reuniam no dia-a-dia – “partindo o pão de casa em casa...” (Atos 2:46).
Tal união, sem dúvida, os deu a força para enfrentar as perseguições severas que
logo lhes vieram (Atos 8:1-4).
Ó Para acolher estranhos.
“Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o
saber acolheram anjos” (Hebreus 13:2). Ao entreterem estranhos, Abraão
descobriu que mesmo na sua velhice ele e Sara, no processo natural do tempo
12 2003:1
se tornariam pais do seu filho prometido. A hospitalidade de Abraão também
levou à salvação do seu sobrinho Ló da destruição de Sodoma (Gênesis 18;19).
Ô Para ajudar os pobres.
“Disse também ao que o havia convidado: Quando deres um jantar ou
uma ceia, não convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem teus
parentes, nem vizinhos ricos; para não suceder que eles, por sua vez,
te convidem e sejas recompensado. Antes, ao dares um banquete,
convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás bem-
aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensar-te; a tua
recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos” (Lucas
14:12-14). O destino eterno do cristão depende em parte do que ele faz para os
menos afortunados nesta vida. O serviço que ele presta a eles será contabilizado
como se ele prestasse aquele serviço a Cristo. Leve um tempo para ler lenta e
cuidadosamente Mateus 25:34-46.
Õ Não para apoiar falsos mestres.
Apesar do cristão estar sempre disposto a estender a sua hospitalidade, ele não
pode, de forma alguma, contribuir à disseminação daquilo que é contrário à
palavra de Deus. Apenas pela verdade podemos ser libertados do pecado (João
8:32). “Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o
recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que
lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más” (2 João 1:10,11).
O lar do cristão, com as suas funções como Deus ordenou, é o lugar em que o
caráter é moldado e o bem-estar da sociedade é assegurado. O lar, como Deus
gostaria que fosse, ajuda a preparar uma entrada no lar eterno da alma.
–por Billy Norris
Edições anteriores de A ndando na VerdadeAinda temos alguns exemplares de todas as edições anteriores desta
revista trimestral, exceto a de Ano 1, Números 1 (Janeiro - Março de 1999)
e 2 (Abril - Junho de 1999).
Para receber qualquer outro número anterior (de 1999 a 2002), escreva-
nos com seu nome e endereço completo (com CEP). Seja específico sobre
qual revista você quer. Envie sua carta a:
Andando na Verdade
C. P. 60804
São Paulo – SP
05786-990
Andando na Verdade 13
Feitos à imagem de Deus: leia e responda
A criação de filhos: Como ser bons pais! Gênesis 18:19; 1 Coríntios 10:13
ì Como podemos achar encorajamento no caso de Abraão?
[Observe: Deus mostrou confiança no fato que ele conseguiria
criar sua família e guiá-la no caminho de Deus antes do
nascimento do filho da promessa.]
í A criação dos filhos é tão difícil que seria motivo de nos desanimar
e nos afastar do Senhor? [Aplique as palavras de Paulo em 1
Coríntios 10:13 às tentações enfrentadas pelos pais]
! Efésios 6:4
ì Qual erro precisa ser evitado na criação dos filhos?
í Qual ensinamento os pais devem dar aos filhos?
î O que quer dizer:
a. Disciplina?
b. Admoestação do Senhor?
! Deuteronômio 6:1-9
ì O que podemos aprender deste exemplo no Velho Testamento
sobre como ensinar nossos filhos?
! Provérbios 23:13-16
ì É certo castigar um filho desobediente?
í Qual é o propósito ou a meta deste castigo?
! Provérbios 22:6
ì A criação dos filhos no caminho do Senhor vale a pena? Explique.
– por Dennis Allan
14 2003:1
î Na Casa
de DeusA Igreja no Plano do Senhor
Planta para o crescimento do reino
Lucas descreveu o crescimento incrível da igreja no livro de Atos. Inícios
humildes deram lugar a um aumento nas linhas do povo de Deus. A primeira
pregação do evangelho resultou em 3.000 almas entregarem as suas vidas
ao Senhor (Atos 2:41). Pouco tempo depois, o número chegou a mais ou menos
5.000 homens (Atos 4:4). Lucas pára de falar de números neste ponto e, depois,
se refere as “multidões” de homens e mulheres que foram acrescentados (Atos
5:14). Numa declaração final, ele relata que o número de discípulos continuou
a crescer muito (Atos 6:7). Enquanto podemos nos distrair pelos números, não
podemos perder de vista o fato de que Lucas revela certos princípios que
estavam envolvidos em garantir o sucesso. Não vamos esquecer que os números
não são uma amostra do sucesso, a não ser que se adere a estes princípios
também, e que Deus é quem dá o aumento. Considere os seguintes pontos
principais que são necessários para o crescimento do reino.
Deus estava atrás disso
Aqueles que se desanimaram com a morte do seu líder e aqueles que a viram
como o fim do seu movimento aprenderam pela pregação de Pedro que
Cristo foi “entregue” pela presciência e desígno de Deus (Atos 2:23). Não há
nenhuma derrota em nada que tem Deus por trás. Escreveu bem o salmista, “Os
reis da terra se levantam, e os princípes conspiram contra o Senhor e
contra o seu Ungido ... Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor
zomba deles” (Salmo 2:1-4). Não seremos derrotados, e os nossos esforços
Andando na Verdade 15
prosperarão, enquanto Deus está apoiando o que fazemos em ensinar o
evangelho.
Discípulos que oram
Proclamar o Messias ressurreto era perigoso. Mesmo assim, os apóstolos
foram ousados na sua proclamação. Depois de serem presos, ameaçados
e soltos eles se uniram aos seus irmãos e oraram “Agora, Senhor, olha
para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com
toda a intrepidez a tua palavra” (Atos 4:29). Deus manifestou o seu poder
e a sua presença pegando a casa onde estavam reunidos na sua mão e a fazendo
tremer. Eles começaram a falar a palavra com coragem, e nada pôde impedir
aqueles que oravam.
Admiração contínua
Quando os apóstolos começaram a falar em línguas no Pentecostes, a
multidão estava “perplexa”, “atônita” e “admirada” (Atos 2:6-7). Conforme
ouviram as obras poderosas de Deus, continuaram admirados e muito
perplexos, dizendo, “Que quer isto dizer?” (Atos 2:11-12). O que queria dizer
era que Deus estava trabalhando em cumprir a sua promessa de derramar o seu
Espírito sobre a humanidade. Mais tarde, quando o homem coxo foi curado por
Pedro, “se encheram de admiração e assombro” (Atos 3:10). Se, algum dia,
cessarmos de admirar as obras grandiosas de Deus, a nossa fé sofrerá e os
nossos pés não irão mais levar a sua palavra aos outros.
Temor do Senhor
Ananias e Safira mentiram ao Espírito Santo e o seu julgamento e castigo
foram rápidos. Imagine os sentimentos dos jovens que enterraram o irmão
Ananias e a irmã Safira. Imagine como a notícia se espalhou pela cidade.
Um exemplo foi colocado. Deus é exigente. Não podemos ignorar ou diminuir
a importância dos mandamentos e da santidade de Deus.
Persistência no ensino
Em pé diante daqueles que haviam matado o seu Senhor, e mandados a não
ensinar, Pedro e João disseram, “não podemos deixar de falar” (Atos
4:20). Nunca podemos chegar no nosso potencial de converter os perdidos
se pararmos de falar. Devemos continuar a ensinar mesmo quando alguém
discorda de nós. Devemos continuar a ensinar mesmo quando nós estamos
magoados ou alguém ri de nós. A colheita do fazendeiro está relacionada
diretamente à quantidade de sementes que ele planta. Vamos continuar a
semear a semente do reino.
16 2003:1
Bons relacionamentos entre irmãos
Os truques na manga de Satanás incluem mais do que ameaças externas e
perseguição. Satanás tentou destruir a igreja, ainda bebê, com dificuldades
internas. Uma reclamação válida surgiu, e lidaram com a situação com
rapidez. Algumas das viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária da
comida (Atos 6:1). Todos os esforços de espalhar o evangelho se atrapalham
quando os irmãos estão tendo dificuldades. Não foi permitido que os irmãos se
preocupassem com isso ao ponto de se distrairem. Devemos resolver as
reclamações rapidamente para que possamos nos devotar ao serviço fiel.
A devoção aos ensinos dos apóstolos
Como os apóstolos ligavam as coisas ligadas no céu, o povo ficou devoto aos
seus ensinos (Atos 2:42). Esta devoção não é mal-colocada, como alguns
sugerem. Não adoramos a palavra, procuramos cumpri-la. Nenhum
esforço, não importa quanto for sincero ou devoto, atingirá o sucesso, a não ser
que Deus o tenha permitido.
Ênfase na necessidade de obedecer
Pedro disse a uma multidão compungida do coração que todos deviam se
arrepender e serem batizados (Atos 2:38). Ele os exortou a se salvarem da
sua geração perversa (Atos 2:40). Ele alertou que cada alma que não
obedecesse a Cristo, o profeta da profecia de Moisés, seria totalmente destruída
(Atos 3:23). Os apóstolos não estavam convidando as pessoas a fazerem parte
de um clube. Era um assunto de vida ou morte, rejeição ou obediência. Sumiu
hoje na mensagem de muitos a necessidade de obedecer. Temos medo de
afastar alguns se ensinarmos aquilo que é esperado? Devemos nos lembrar que
não são exigências nossas, mas de Deus.
Devemos consultar a planta muitas vezes quando construímos sobre a fundação
do Senhor. – por Karl Hennecke
Você encontrará centenas de outros estudos
de assuntos e textos bíblicos na Internet:
www.estudosdabiblia.net
Andando na Verdade 17
A edificação da igreja do Senhor
Por que os santos se congregam?
“Não deixemos de congregar-nos...” (Hebreus 10:25) é uma
afirmação clara da vontade de Deus quanto ao assunto; e alguns
“recém-nascidos” em Cristo podem “ir à igreja” compelidos pelo medo
da ira de Deus. Este é um motivo legítimo, ainda que seja menos necessário para
os cristãos mais maduros. O ato coletivo dos santos, comparecendo às reuniões,
tem por fim muito mais do que justificarem-se. Ele provém do caráter básico dos
santos e dos seus propósitos apontados por Deus.
Todos os cristãos primitivos “que creram estavam juntos, e tinham tudo em
comum” (Atos 2:44-46). Uma intimidade e singeleza de propósito como a deles
juntava-os fisicamente, assim como juntará os verdadeiros cristãos de hoje. Eles
atraíam uns aos outros pela oração como os pescadores se juntam para discutir
as iscas; eles tinham interesse e objeto de adoração comuns.
Eles amavam a verdade, e seu prazer estava na lei do Senhor (Mateus 5:6; Salmo
1:2). Quando as pessoas têm fome, não é preciso insistir com elas para que vão
aonde há comida; nem elas comem por “um senso de dever”.
Os cristãos fiéis tinham grande respeito e veneração por Jesus Cristo (1 Coríntios
11:23 em diante), portanto acolhiam com alegria a oportunidade de participarem
da ceia comemorativa. Seus corações eram aquecidos e a fé renovada quando
adoravam “em memória” de Cristo.
O cuidado de cada um com seu próprio bem estar espiritual, bem como dos
companheiros cristãos, era refletido na assembléia. Em Hebreus 10:23-25
observe como o guardar “firme a confissão da esperança, sem vacilar” é
relacionado com o congregarem.
E, porque “os discípulos, cada um conforme as suas posses, resolveram”
fazer um caixa comum, uniram-se (Atos 11:29; 1 Coríntios 16:1-3). E um fundo
comum é o meio de troca pelo qual uma pluralidade de santos age como um só
para fazer a vontade de Deus. Algumas igrejas primitivas estavam tão ansiosas
para fazer o trabalho de Deus que rogavam a Paulo que aceitasse as ofertas delas
(2 Coríntios 8:4). O próximo versículo explica esta ânsia: elas tinham-se dado ao
Senhor.
Os santos congregam-se, hoje em dia, por estas mesmas razões. Não me refiro
àqueles que “assistem” ocasionalmente ao culto; digo aqueles que adoram com
freqüência, os poucos ou muitos fiéis.
18 2003:1
Os indiferentes e os hipócritas dão desculpas; talvez até tentem algum
argumento “lógico”, como “posso adorar a Deus mesmo estando só”.
Certamente, o que se pode fazer, estando só, não é bem a questão. O hipócrita
está raramente só (isto é, há outros santos ao alcance) e estando-se só, há
pouco motivo para se acreditar que se adorará a Deus. Tais pessoas usualmente
compõem seu erro mentindo a outros, a si mesmos e a Deus.
Se você adora uma vez por semana, ou até menos, conceda-se um momento de
introspecção verdadeiramente honesta. Você acredita que alguém que ame seus
irmãos porque são irmãos, que tem prazer no estudo da Bíblia, tem profundo
respeito pela Ceia do Senhor, e está verdadeiramente interessado na obra de
Deus e em sua própria alma, faria “como você faz”?
–por Robert Turner
Buscar e pensar no quê?
Paulo disse: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo,
buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de
Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;
porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo,
em Deus” (Colossenses 3:1-3). Isto é o grande desafio para todos os cristãos.
Devemos deixar de nos preocupar com as coisas desta vida, e olhar para a vida
eterna no céu.
É triste observar que um dos maiores impedimentos ao pensamento espiritual
vem de igrejas que alegam pertencer a Cristo. Há muito tempo, muitas igrejas
deixaram de olhar principalmente para cima, e se envolveram muito mais nas
coisas “que são aqui da terra”. Cultos são voltados mais ao entretenimento
das pessoas, sejam convertidos ou visitantes, do que ao louvor a Deus. Bandas
e músicas que animam os participantes, sem demonstrar nenhuma preocupação
em agradar a Deus, dominam as reuniões de muitos grupos. Obras sociais –
creches, programas de alfabetização, atividades para a terceira idade,
acampamentos para jovens, etc. – consomem o tempo e os recursos de igrejas
que praticamente deixam de falar sobre a escolha entre a vida eterna e o castigo
eterno. E mesmo se falar da salvação eterna, fazem muito pouco para promover
o crescimento espiritual. Outras são absorvidas em campanhas políticas e
negócios lucrativos, coisas terrestres que não têm nada a ver com a salvação
eterna.
Que Deus nos ajude a buscar as coisas lá do alto.
–por Dennis Allan
Andando na Verdade 19
ï Escrito
para o
Nosso EnsinoLições valiosas do Antigo Testamento
Como matar um gigante
Abatalha de Davi e Golias é uma das histórias mais bem-conhecidas em toda
a Bíblia. Um campeão, Golias, saía do campo dos filisteus todos os dias
durantes mais ou menos quarenta dias, desafiando o exército israelita para
mandarem um competidor digno. Este gigante filisteu tinha mais ou menos três
metros e usava pelo menos 55 kilos de armadura. Confiante na superioridade de
seu equipamento e da sua força natural ele propõe uma competição em que o
ganhador ficaria com tudo. Ninguém aceitava a proposta!
O jovem Davi foi enviado por seu pai para levar grãos tostados, pães e queijo
para os seus irmãos e o seu comandante na frente da batalha. Foi neste campo
que a vida de Davi tomou um rumo diferente, e nunca seria a mesma. O
resultado final, porém, não aconteceu por acidente. Davi fez quatro coisas que,
para sempre, instruirão os jovens e os jovens de coração.
ì Ele se aproveitou da sua oportunidade. Conhecemos Davi como um
pastor, um músico, um salmista, um lutador e um rei. Mas a porta para uma
carreira bem-sucedida como homem de Deus apareceu para ele no vale de Elá.
Ao observar de primeira-mão a intimidação e guerra psicológica de Golias, Davi
perguntou, “... aos homens que estavam consigo, dizendo: Que farão
àquele homem que ferir a este filisteu e tirar a afronta de sobre Israel?
Quem é, pois, esse incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do
Deus vivo?” (1 Samuel 17:26). Ninguém jamais consegue qualquer coisa de
20 2003:1
importância se não aproveitar de suas oportunidades. A covardia das forças
armadas israelitas, incluindo o Rei Saul, era uma porta aberta para Davi. O
mesmo menino pastor que havia matado um leão e um urso diria ao rei “este
incircunciso filisteu será como um deles...” (17:36).
í Ele não permitiu que a sua juventude o detesse. O irmão mais velho de
Davi, Eliabe, falou com desdém: “Por que desceste aqui? E a quem
deixaste aquelas poucas ovelhas no deserto? Bem conheço a tua
presunção e a tua maldade; desceste apenas para ver a peleja” (17:28).
Outros que minimizavam poderiam ter dito: “Ah, ele é jovem e inexperiente. É
apenas a exuberância da juventude.” Mesmo hoje, os jovens na igreja
naturalmente procurarão as pessoas mais velhas em posições de influência, mas
isso não quer dizer que eles não tenham nada a oferecer. Um jovem piedoso
pode fazer uma diferença!
î Ele viu a vitória antes de lutar a batalha. Não se pode perceber algum
traço de medo na voz de Davi neste episódio todo. Pelo contrário, a sua coragem
espalha. Ele informou ao rei: “Não desfaleça o coração de ninguém por
causa dele; teu servo irá e pelejará contra o filisteu” (17:32). Quando,
enfim, aconteceu a batalha, Golias deu um ataque verbal: “Sou eu algum cão,
para vires a mim com paus?” (17:43). Da mesma maneira que falar feio é
uma parte feia dos esportes modernos, era uma parte da etiqueta das batalhas
antigas. Tem-se a impressão, mesmo assim, que Golias estava genuinamente
ofendido com o jovem bonito, não ameaçador, que estava diante dele. É o
melhor que os israelitas podem oferecer? Pelo contrário, Davi ficou firme e
envolveu o gigante verbalmente, mas não se orgulhou da mortal certeza da funda
dele. “Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo; eu,
porém, vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos
exércitos de Israel, a quem tens afrontado...porque do Senhor é a
guerra, e ele vos entregará nas nossas mãos” (17:45,47).
ï Ele foi movido por um propósito maior. Davi fala ao seu oponente que a
vitória iminente tinha um objetivo maior: "e toda a terra saberá que há Deus
em Israel” (17:46). O jovem Davi foi movido pela vingança do nome de Deus
em um mundo ignorante. Você fica triste em pensar em quantos dos seus
amigos e vizinhos não conhecem a Deus? Se isso te chateia, o que você fará?
Davi não aceitaria sentar ao lado enquanto um filisteu incircunciso desafiou os
exércitos do Deus vivo! Enquanto a verdade de Deus leva uma pessoa a
indignação justa e confiança absoluta, como também preocupação pelas almas
perdidas de outras pessoas, ela não poderá mais tremer em timidez. Ao invés
disso, ela se levantará e agirá. Como Isaías, ela dirá “Aqui estou, envia-me”.
Como termina esta história? “Assim, prevaleceu Davi contra o filisteu, com
Andando na Verdade 21
uma funda e com uma pedra, e o feriu, e o matou” (17:50). O resto, como
dizem, é história.– por Mike Wilson
Palavras Cruzadas
Levítico 10 - 18
Olivro de Levítico apresenta instruções dadas aos levitas na Antiga Aliança.
Ele nos ensina sobre a santidade de Deus. Para tornar a leitura do livro
mais interessante, procure as respostas para preencher as palavras
cruzadas abaixo. As respostas se encontram nos capítulos 10 a 18, na Bíblia
Revista e Atualizada, 2ª Edição. Serão publicadas na próxima edição de
Andando na Verdade.
1
2
3 4
5
6 7 8 9
10 11
12 13
14 15
16 17
22 2003:1
Horizontal
4. Deus aparecia numa nuvem sobre o ________.
5. Filho de Arão, morreu no tabernáculo.
6. Foi proibido comer o _____ de qualquer animal.
8. Deus chamou de abominação a relação íntima de homem com ______.
12. Praga de manchas na pele.
15. Foi proibido oferecer sacrifícios aos _________.
16. Tipo de fogo que Nadabe e Abiú levaram ao tabernáculo.
17. Dia de circuncidar o menino recém-nascido.
Vertical
1. Bode enviado ao deserto.
2. Proibido para o sacerdote beber quando servia no tabernáculo.
3. Era permitido comer este inseto.
7. Pai de Misael e Elzafã.
9. Festa do 7º mes, 10º dia.
10. Animal grande e imundo.
11. Pai de Eleazar e Itamar.
13. Deus é perfeitamente ________.
14. Foi proibido o homem ter relações íntimas com uma _________.
–por Dennis Allan
A falsa segurança dos tolos
Salomão escreveu sobre um dia terrível quando “em vindo o vosso terror,
como uma tempestade, em vindo a vossa perdição como o
redemoinho”. Aqueles apanhados em tal destruição “desprezaram
toda a ... repreensão” e eram vítimas da “falsa segurança dos tolos”
(Provérbios 1:24-33, RA, NVI).
A falsa segurança dos tolos ... pense um pouco nisso! Nos tempos do Novo
Testamento a mesma classe de pessoas é descrita como aqueles que “não
suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres,
Andando na Verdade 23
segundo suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos
ouvidos” (2 Timóteo 4:3).
Se a verdade, honestamente apresentada, deixa a pessoa incomodada; estamos
errados em advertir sobre a “falsa segurança dos tolos”?
Nossos dias são de despreocupada tranqüilidade: “comer, beber e alegrar-
se”? Quando Salomão disse isso, ele falava da futilidade da vida (Eclesiastes
8:15); e quando Isaías disse isso, ele concluiu: “pois amanhã morreremos”
(Isaías 22:13).
Queremos “liberdade” para ignorar o direito, “independência” para atropelar
nossos irmãos? Mas não há nem liberdade, nem independência, em tal
procedimento. Somos criaturas, e nenhuma política de cabeça enterrada na
areia pode esconder o fato que nossa única esperança repousa em reconhecer
e servir nosso Criador.
Estamos confusos. As advertências de Deus não são condenação! Ele aponta
para nossos pecados, desafia nosso procedimento imprudente num esforço de
preparar-nos para o julgamento final. O evangelho é o poder de Deus “para a
salvação” (Romanos 1:16) não para a condenação. O Senhor não quer “que
nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro
3:9).
A tranqüilidade daqueles que ignoram sua palavra, que vão alegremente com a
maioria, com “gracejo e diversão” para todos, cega-os para a verdadeira alegria
e “paz ... que excede todo o entendimento” (Filipenses 4:7). Com “a falsa
segurança dos tolos”, nossa nação, nossos lares e nossas almas serão
destruídas.–por Robert Turner
Na imagem de Deus“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou;
homem e mulher os criou.” – Gênesis 1:27
Certamente não é uma coincidência que nós ansiamos por Deus. Este
profundo desejo não pode ser resultado de um erro maluco na operação
de forças meramente físicas. Nossa fome por justiça não é um capricho da
24 2003:1
natureza. Desejamos Deus porque fomos criados assim pelo próprio Deus, o
criador em cuja imagem fomos criados. Como nosso Princípio, ele é o único Fim
perfeito na direção que devemos caminhar.
Os seres humanos são inerentemente religiosos. "Nós sentimos e sabemos que
somos eternos" (Spinoza). Apesar de muitas vezes nos distrairmos com
preocupações menores, ainda sentimos um desejo profundamente enraizado
pela comunhão com o divino. Tendo Deus colocado a eternidade em nossos
corações (Eclesiastes 3:11), nós, por instinto, esforçamo-nos pela união com a
Origem do nosso ser.
Como criaturas feitas à imagem de Deus, desejamos um relacionamento com
outros seres pessoais. E se precisamos nos relacionar com criaturas
semelhantes, necessitamos ainda mais profundamente de um relacionamento
com o nosso Criador. Fomos planejados para algo que as escrituras chamam de
“comunhão” com Deus (1 João 1:3). Sem este envolvimento essencial, nossos
espíritos vagariam pelo vazio.
O propósito de nossa existência é muito bem descrito nesta velha tradição: “O
fim principal do homem é glorificar a Deus e apreciá-lo para sempre.”
Essas palavras descrevem perfeitamente a satisfação maior que está ao nosso
alcance, analisando o assunto da nossa perspectiva. Porém, da perspectiva de
Deus, não podemos dizer também que ele nos deu o poder de glorificá-lo e
apreciá-lo para poder mostrar sua bondade através de nós? Nós somos meios,
instrumentos através dos quais Deus pretende demonstrar, pelas nossas ações,
a sua bondade.
Se formos alienados de Deus, ele não poderá revelar plenamente a sua bondade
através de nós. Se seu propósito não está se cumprindo em nós, não podemos
sentir a alegria para a qual fomos criados. E se perdermos a alegria, tudo mais
no mundo se tornará futilidade e frustração. “Ó Deus...meu corpo te almeja,
como terra árida, exausta, sem água” (Salmo 63:1). Tendo sido criados por
Deus, nós o desejamos. Quando os nossos corações se apertam nesse mundo,
significa que estamos com saudades do lar.
Aquele que é criado à imagem de Deus
deve conhecê-lo ou ficará desolado.
(George MacDonald)
–por Gary Henry
Andando na Verdade 25
ð O Poder de
Deus para
a SalvaçãoEstudos no Novo Testamento
Cuidado com o beijo de Judas
Na escuridão da noite, ele subiu ao monte até chegar ao jardim onde Jesus
havia ido orar. Guiando uma multidão armada (Lucas 22:47-48), Judas se
aproximou do Senhor e o beijou. Sem dúvida, em muitas outras ocasiões,
Judas havia beijado o seu Mestre; era a maneira típica de cumprimentar o seu
professor ou rabino.
Este beijo era diferente. A multidão que seguia Judas pretendia prender Jesus e
o beijo de Judas o identificou para eles. Judas havia conspirado com os líderes
judeus para entregar Jesus em suas mãos e, sabendo que o jardim de Getsêmani
era o lugar favorito de Jesus, ele escolheu trair Jesus, entregando-o aos inimigos,
nesse lugar.
A perfídia de Judas não era desconhecida para Jesus. Ele havia mandado Judas
sair da última ceia com a instrução de não demorar (João 13:37). Mas até Jesus
ficou maravilhado com a ousadia de um discípulo que traiu o seu mestre com
um sinal de afeição.
Aparentemente, Judas não beijou Jesus apenas perfuntoriamente. A palavra
grega traduzida “beijo” indica que Judas o beijou calorosamente...como se ele
fosse o discípulo dedicado, talvez planejado com a intenção de avisar Jesus a
26 2003:1
respeito do grupo que o seguia. Se fosse a sua intenção, Jesus não foi
enganado, pois ele perguntou sobre o meio da traição!
Cuidado com o beijo de Judas. É um carinho fingido que esconde os motivos
verdadeiros da pessoa que o oferece. Judas pode ter dado a aparência de
carinho para um observador comum, mas a verdade é que Satanás havia entrado
em seu coração e nas suas trevas ele havia vendido o seu Mestre por trinta
moedinhas de prata.
Há pessoas hoje que usam o beijo de Judas para ganhar vantagem ou porque
não têm a coragem de mostrar os seus verdadeiros sentimentos. Em algumas
culturas, não se usa mais o beijo, como é comum no Oriente Médio. Nestes
lugares, o aperto de mão, sorriso caloroso e cumprimento amigável que usam,
contudo, nem sempre refletem os verdadeiros sentimentos da pessoa que os
oferece.
Pedro escreveu: “Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência
à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de
coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pedro 1:22). O fato que Pedro
menciona “amor não fingido” dos irmãos sugere a possibilidade de amor
insincero ou fingido entre irmãos. Devemos ser cautelosos para não usarmos a
“afeição” que temos um pelo outro como uma máscara pela malícia ou ódio que
na realidade sentimos. A malícia e o ódio são errados, mas cobrir-los com
sentimentos fingidos não é uma solução!
Melhor que o meu amigo me fira me contando a verdade a respeito de mim
mesmo para que eu possa mudar do que o meu inimigo me beije, desejando o
meu fracasso o tempo inteiro (Provérbios 27:6). João disse que o nosso amor
deve ser em verdade e ação, não apenas em palavra (1 João 3:18)!
–por Allen Dvorak
Momentos na vida de Cristo
“Quem dizeis que eu sou?”
Jesus fez essa pergunta do título em Mateus 16:15. Pedro respondeu de
forma correta: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Talvez
responderíamos o mesmo. Mas crer em Jesus acarreta conseqüências
importantes.
Andando na Verdade 27
Seis versículos depois de Pedro confessar sua crença de que Jesus era o Filho
de Deus, ele repreendeu a Jesus, dizendo: “Tem compaixão de ti, Senhor;
isso de modo algum te acontecerá”. Jesus replicou: “Arreda, Satanás!”.
Se Jesus era o Filho de Deus, Pedro não tinha nenhum direito de discutir com
ele. Mas também, hoje, muitos tentam fugir do que Jesus disse na Bíblia. Eles
discutem, tentam usar de subterfúgios ou simplesmente recusam-se a aceitar o
que Jesus claramente afirmou. Se Jesus é Filho de Deus, então cada um de nós
deve humilde e submissamente aceitar o que ele diz, quer gostemos, quer não,
e quer nos faça sentido, quer não.
Dois versículos mais adiante, Jesus disse: “Então, disse Jesus a seus
discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome
a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-
la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á. Pois que
aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”
(Mateus 16:24-26). Se Jesus é o Filho de Deus, então cada um deve ser
completamente fiel e comprometido com ele. Se Jesus é o Cristo, devemos
considerar o nosso relacionamento com ele mais importante que todo o mundo.
Se Jesus é o Senhor, as oportunidades de ouvir a sua palavra, de falar com ele
em oração, de adorá-lo e de obedecer-lhe são momentos preciosos. É evidente
que quem esquece do estudo, da oração, da adoração e da obediência não sabe
realmente que Jesus é o Filho de Deus. Quem você diz que Jesus é?
– por Gary Fisher
Uma mulher sem nomeque jamais esqueceremos
Oensinamento de Jesus sobre perdão tem sido pouco entendido em nossos
tempos. A graça de Deus tem sido ampla e entusiasticamente pregada,
mas freqüentemente com tal irrelevante presunção que seu custo a Deus
e sua demanda de nós de um profundo sentimento da necessidade de perdão
e uma profunda gratidão por isso são pouco tratados. Jesus aborda esta matéria
crítica na parábola dos Dois Devedores (Lucas 7:36-50).
Na parábola do Servo Impiedoso Jesus ilustra como a incrível misericórdia de
Deus para conosco deverá transformar nossa atitude para com outros. Na
parábola dos Dois Devedores, ele abre o segredo daqueles que amam a Deus
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de uma maneira insuperável e, assim fazendo, revela a razão pela qual alguns
homens e mulheres, eles mesmos em grande necessidade de misericórdia, são
tão insensíveis, judiciosos e implacáveis.
A história que dá origem a esta parábola é uma muito poderosa, tanto que a
parábola repousa em sua sombra, uma simples ilustração que serve para explicar
a comovedora cena que acaba de ser representada. Não sabemos, com
exatidão, o tempo ou lugar do ensinamento da parábola dos Dois Devedores,
mas deve ter sido em uma das cidades da Galiléia e provavelmente no segundo
ano do ensinamento público do Senhor. Lucas coloca-a num tempo em sua
narrativa que faria dela uma das primeiras parábolas de Jesus, mas não se pode
saber com certeza se realmente ocorreu ou se foi inserida para ilustrar porque
Jesus, como seus detratores gostavam de repetir, tinha uma reputação de amigo
de pecadores. O fato que o Senhor ainda está recebendo convites para jantar
com fariseus e a atmosfera geralmente quieta deste jantar sugerem um tempo
antes das amargas confrontações do final do ano quando seu último encontro
com um fariseu explodiu numa poderosa denúncia da hipocrisia deles (Lucas
11:37-44).
Jesus, aberto aos grandes e aos pequenos, respondeu ao convite de um fariseu
chamado Simão para jantar. Os motivos de Simão são difíceis de aquilatar.
Talvez fosse curiosidade sobre um mestre religioso popular ou o desejo de exibir
uma “celebridade” à sua mesa de jantar. Ele sabe que Jesus é visto por muitos
como um profeta, mas sua maneira de tratá-lo parece ser mais protetoramente
polida do que solícita e respeitosa.
Dentro deste cenário, de outro modo ordinário, chega subitamente uma mulher
de reputação notória que cai aos pés estendidos de Jesus sem nenhuma palavra
e os cobre de beijos ardentes. O Senhor, também sem falar, continua
quietamente sua refeição, nem se recolhendo do toque dela nem reprovando a
sua desenvoltura. Simão, também, está sem fala, demasiado surpreso para dizer
palavras, não porém para alguns pensamentos muito acusadores contra a
mulher e contra Jesus. “Se Jesus não sabe que qualidade de mulher é esta,” ele
raciocina, “ele não pode ser um profeta, e se ele sabe e não a rejeita, não pode
ser verdadeiramente bom.” Para Simão, apenas o toque de tal mulher era
poluente (versículo 39).
Tal comportamento por parte de uma mulher de má fama em casa de um
proeminente fariseu era capaz de causar sensação. Ela era, primeiramente, não
comum, e em segundo lugar, ela não observou da periferia como aos estranhos
não convidados era evidentemente permitido fazer pelo costume no mundo
antigo, mas veio diretamente a Jesus. Dadas a reputação dela e a mentalidade
Andando na Verdade 29
de Simão, não é surpreendente a suspeita dele de que os beijos ferventes dela
fossem de um tipo diferente do que realmente eram. Ele tirou uma rápida
conclusão que era inverídica como se fosse “lógica” e, em sua pressa, foi
cruelmente injusto com ambos – com a mulher e com Jesus.
Ela veio a ele. O ambiente desta mulher “pecadora” está amortalhado em silêncio.
Não há a mais leve evidência que ela fosse ou Maria de Betânia (uma honrada
mulher de uma casa bem respeitada) ou Maria Madalena (de quem Jesus expulsou
sete demônios, o que nunca era um sinal de perversidade). Podemos somente
especular que ela tinha, como milhares de outras, ouvido o gracioso convite de
Jesus para os sobrecarregados pecadores para viessem a ele por descanso e,
crendo, tinha vindo ao Senhor em penitência e alegre gratidão (versículo 50). A
mulher veio a Jesus, não impulsivamente, mas resolutamente e preparada, seu
coração completamente fixo no Filho de Deus; ela estava completamente
inconsciente de como seu comportamento estava afetando os outros.
Ela chorou. A única coisa não planejada nos atos desta mulher pecadora foi o
súbito fluxo de lágrimas que seu coração, partido mas agradecido, enviou
cascateando abaixo para os pés de Jesus. Apressadamente ela enxuga as gotas
ofensivas com suas tranças soltas, e agora se aproxima, beija seus pés em
gratidão e homenagem. É provável que somente depois de se compor ela
derrama sobre ele o frasco de alabastro de óleo aromático que ela tinha trazido
em honra a ele.
Fora a crucificação, não há uma cena mais comovente na Bíblia e, por causa
dela, Jesus nos deu a parábola dos Dois Devedores.–por Paul Earnhart
A nossa necessidade
pelo relacionamento“O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para
que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa
comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.” –1 João 1:3
Uma necessidade por um rico relacionamento pessoal é
profundamente enraizada na natureza criada em nós. Nós devemos
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a nossa existência, não às forças impessoais, e sim a um Criador pessoal. Foi o
próprio Criador que disse: “Não é bom que o homem esteja só” (Gênesis
2:18). Somos seres pessoais, pessoas planejadas para relacionamentos plenos
e vibrantes.
Contudo, o pecado destrói o relacionamento. Ele nos separa de Deus e dos
outros, afastando-nos daquilo que é necessário à nossa natureza. Então talvez
não haja nenhum sintoma do pecado mais óbvio que a profunda e latejante dor
do isolamento. E, no pecado, não há gemido mais desesperado do que aquele
que pede a libertação da nossa solidão.
Mas independente de quanto geralmente precisamos do relacionamento, a nossa
necessidade mais vital, a única sem a qual não podemos sobreviver, é a de ter
uma relação com Deus. ?Em cada homem há solidão, um local interno de vida
peculiar no qual somente Deus pode entrar” (George MacDonald). Nosso desejo
por Deus é uma dependência criada em nós de propósito. É a profunda
necessidade pelo relacionamento perfeito, e tentar suprir essa necessidade com
nossa falha ligação a outros seres humanos não é apenas errado, mas também
desesperançoso.
Se falharmos em deixar Deus suprir a nossa necessidade pelo amor – se não é
nele que encontramos a solução a nossa solidão – então forçaremos um
mandado impossível com aqueles que nos cercam. Exigiremos dos outros uma
satisfação que são incapazaes de nos fornecer neste mundo quebrado. Somente
o Deus infinito pode se identificar conosco perfeitamente. E mesmo com Deus,
o que podemos ter nesta vida é apenas uma amostra da união perfeita que será
providenciada no céu.
Quando descobrimos que nem os nossos companheiros mais íntimos na terra
podem nos dar a profundidade de relacionamento pelo qual fomos criados, a
amargura pode ser a reação tentadora. Porém, há uma resposta mais saudável.
Podemos enxergar as imperfeições em nossos próprios relacionamentos como
um lembrete que nos desperta. Somente em Deus devemos procurar pela vida
e amor que não falham. Esquecer-se disso é perder o caminho que nos leva de
volta para a casa.
Me deste esta solidão sem saída
para que fosse mais fácil eu te dar tudo?
(Dag Hammarskjold)
–por Gary Henry
Andando na Verdade 31
?? ñ Desafios
e DúvidasCrescendo em conhecimento e fé
Evidências:
A morte de Herodes Agripa IN
o capítulo 12 do livro de Atos nos é dito que um certo Herodes – que é
conhecido dos historiadores seculares como Herodes Agripa I – mandou
matar o apóstolo Tiago, e quis fazer o mesmo com Pedro, mas um anjo
apareceu e libertou Pedro da prisão. Então, próximo do fim do capítulo, Lucas
nos dá este relato:
“Herodes, tendo-o procurado e não o achando, submetendo as
sentinelas a inquérito, ordenou que fossem justiçadas. E,
descendo da Judéia para Cesaréia, Herodes passou ali algum
tempo. Ora, havia séria divergência entre Herodes e os
habitantes de Tiro e de Sidom; porém estes, de comum acordo,
se apresentaram a ele e, depois de alcançar o favor de Blasto,
camarista do rei, pediram reconciliação, porque a sua terra se
abastecia do país do rei. Em dia designado, Herodes, vestido de
trajo real, assentado no trono, dirigiu-lhes a palavra; e o povo
clamava: É voz de um deus e não de homem! No mesmo instante,
um anjo do Senhor o feriu, por ele não haver dado glória a Deus;
e, comido de vermes, expirou” (Atos 12:19-23).
Naturalmente, esta é o próprio tipo de história que os céticos dizem que prova
que a Bíblia não é historicamente acurada. É muito forçada, eles dizem, para ser
verdade.
Acontece, contudo, que a morte de Herodes Agripa é contada também pelo
historiador judeu do primeiro século, Josefo. Sua narrativa diz:
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“Então, quando Agripa tinha reinado durante três anos sobre toda a
Judéia, ele veio à cidade de Cesaréia, que antes era chamada Torre de
Strato, e ali ele apresentou espetáculos em honra a César, ao ser
informado que ali havia um festival celebrado para se fazerem votos
pela sua segurança. Em cujo festival uma grande multidão de pessoas
principais se tinha reunido, as quais eram de dignidade através de sua
província. No segundo dia dos quais espetáculos ele vestiu um traje
feito totalmente de prata, e de uma contextura verdadeiramente
maravilhosa, e veio para o teatro de manhã cedo; ao tempo em que a
prata de seu traje sendo iluminada pelo fresco reflexo dos raios do sol
sobre ela, brilhou de uma maneira surpreendente, e ficou tão
resplendente que espalhou horror entre aqueles que olhavam
firmemente para ele; e no momento seus bajuladores gritaram, um de
um lugar, outro de outro lugar, (ainda que não para o bem dele) que ele
era um deus; e acrescentavam: ‘Sê misericordioso conosco, pois ainda
que até agora te tenhamos reverenciado somente como um homem,
contudo doravante te teremos como superior à natureza mortal’. Quanto
a isto o rei não os repreendeu, nem rejeitou sua ímpia bajulação. Mas,
estando ele presente, e depois olhou para cima, viu uma coruja pousada
numa corda sobre sua cabeça, e imediatamente entendeu que este
pássaro era o mensageiro de más notícias, como tinha sido antes
mensageiro de boas notícias; e caiu na mais profunda tristeza. Uma dor
severa também apareceu no seu abdome e começou de maneira muito
violenta. Ele portanto olhou para seus amigos e disse: ‘Eu, a quem
chamais deus, estou presentemente chamado a partir desta vida;
enquanto a Providência assim reprova as palavras mentirosas que vós
agora mesmo me disseram; e eu, que por vós fui chamado imortal,
tenho que ser imediatamente afastado depressa para a morte...’ Quando
ele acabou de dizer isto, sua dor se tornou violenta. Desse modo, ele foi
carregado para dentro do palácio; e o rumor espalhou-se por toda parte,
que ele certamente morreria dentro de pouco tempo... E quando ele
tinha se esgotado muito pela dor no seu abdome durante cinco dias, ele
partiu desta vida” (Antiguidades, XIX, 7.2).
Josefo é muito mais prolixo do que Lucas, mas a concordância entre as duas
histórias é tocante. Os relatos são bastante diferentes, para que nenhum pudesse
sido copiado do outro. E são bastante semelhantes para atestar um ao outro a
autenticidade, ainda que Josefo pareça acrescentar alguns promenores até
fantasiosos.
Andando na Verdade 33
Este é um exemplo de como as fontes antigas, não cristãs, dão testemunho da
exatidão histórica da Bíblia. E é uma de muitas. Naturalmente, isto coloca os
incrédulos numa posição bem desconfortável. Se a Bíblia é consistentemente
acurada em retratar tais eventos como a morte de Herodes, então não temos
razão sólida para duvidar dos seus registros de milagres. Não há razão sólida
para duvidar da ressurreição de Jesus. Não há evidência sólida de que estas
coisas não aconteceram. Mas na Bíblia temos testemunhas oculares de escritores
que, ponto por ponto, têm provado a si mesmos como confiáveis. Mais ainda,
por meio de outros estudos vemos que é completamente razoável concluir que
Deus existe, meramente pelo exame do funcionamento do universo físico. E
certamente o Deus que criou o universo é capaz de executar os milagres
descritos nas Escrituras. Portanto, vemos novamente que a evidência é toda a
favor de aceitar a Bíblia no que ele declara ser – a palavra de Deus.
– por Jim Robson
Os desafios na vida do novo cristão (15)
Como escutar a uma mensagem“E
scutar” significa “aplicar o ouvido com atenção para perceber ou ouvir”
(Aurélio). Escutar requer concentração. O que quer que eu esteja
escutando, preciso aprender a me desligar de outras distrações e
concentrar a minha atenção para o que está sendo dito. Ao escutar um sermão,
preciso ocupar a minha mente com o que está sendo dito, sem me distrair com
o que me cerca.
Mas como posso aprender a não dar importância para o que está ao meu redor
e me concentrar na pregação? O único jeito de conseguir isso é tendo a atitude
correta para com a mensagem. Observe a postura do salmista para com a
mensagem de Deus: “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo
o dia! ... Abro a boca e aspiro, porque anelo os teus mandamentos”
(Salmo 119:97,131). Mas como posso conseguir chegar a essa postura? A
resposta acha-se nas próprias palavras do salmista: “Lâmpada para os meus
pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.... A revelação das
tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples.... Grande paz
têm os que amam a tua lei; para eles não há tropeço” (Salmo 119:105,
130,165). A mensagem é o que orienta os meus passos, dando-me
compreensão do certo e do errado, assim me mantendo livre de tropeçar e me
garantindo a salvação no céu. Quando reconheço que o meu destino depende
do meu conhecimento dessa mensagem, eu escutarei com atenção, sabendo
que o destino da minha alma está em questão.
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Há, entretanto, algumas advertências que devem ser expressas no que diz
respeito ao ato de escutar. Em primeiro lugar, o simples fato de alguém afirmar
que prega a palavra de Deus não necessariamente significa que o faça na
verdade. Essa pessoa pode ser um “lobo vestido de ovelha”. É assim que Jesus
descreveu os falsos mestres que pareciam ser uma coisa, mas na verdade eram
algo bem diferente (Mateus 7:15-20). Alguém pode estar ensinando enganos
intencionalmente, como fazem o diabo e os seus seguidores (2 Coríntios 11:13-
15). Ou pode ser que esteja ensinando erros sem saber, como foi o caso de
Apolo (Atos 18:24-28).
Também devemos tomar cuidado com a pregação que gasta mais tempo em
histórias pessoais ou engraçadas, citando sábios ou grandes homens do
passado, ou usando um vocabulário que ninguém compreende. Embora isso
possa entreter e impressionar, não é uma pregação bíblica. Paulo levou os
coríntios a se lembrar do modo em que ele lhes ensinou: “Não ... com
ostentação de linguagem ou de sabedoria” nem “em linguagem
persuasiva de sabedoria” (1 Coríntios 2:1-5). O objetivo de sua mensagem
era, antes, levar os seus ouvintes à fé em “Jesus Cristo e este crucificado”.
Somente esse tipo de pregação salvará a sua alma.
Devemos tomar cuidado com respeito à nossa atitude em relação aos
pregadores. Pode acontecer de um pregador ter sido o responsável pela sua
conversão. Naturalmente, haverá um sentimento especial para com ele. Mas
você não deve acreditar em tudo o que diz só porque foi ele quem disse. Você
é um seguidor de Cristo, não um seguidor do mestre que o levou à conversão.
Aos coríntios que estavam inclinando-se a seguir os pregadores, Paulo perguntou:
“Acaso Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós ou
fostes, porventura, batizados em nome de Paulo?” (1 Coríntios 1:13).
Além do mais, não devemos permitir que a falta de eloqüência, os gestos
desajeitados, o português ruim ou qualquer outra limitação física do pregador
prejudique a sua postura em relação à mensagem. O único pregador
apresentado em toda a palavra de Deus como eloqüente foi Apolo. Pedro e João
eram homens cujo discurso demonstrava a falta de instrução (Atos 4:13). Mas
veja o quanto eles fizeram de bom. Ainda que haja algo no pregador que nos
faça distrair, devemo-nos perguntar: “Ele está ensinando o evangelho de
Cristo?”. Se estiver, não dê importância para o que não compromete a
mensagem ou para a falta de eloqüência, concentrando-se na mensagem.
Uma exortação final deve ser dada a “examinar as Escrituras”. Não importa
quem pregue ou quão coerente e capaz de prender a atenção ele seja. Qualquer
pessoa pode se enganar. As pessoas de Beréia, “eram mais nobres que os
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de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez,
examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de
fato, assim” (Atos 17:11). Você deve verificar se o que está sendo dito é de
acordo com a verdade da palavra de Deus. Nunca aceite a validade das coisas
sem nenhum questionamento. É a sua alma que está em risco. Lembre-se: é
uma questão de vida ou morte espiritual.–por Adonis Bailey
Pré-milenarismo (4º de uma série de artigos)
O reino – seu começoE
m 2 Samuel 7:12 Deus fez uma promessa a Davi. Ele disse, “Quando teus
dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei
levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e
estabelecerei o seu reino”. Em cumprimento a essa promessa o anjo Gabriel
disse a Maria, “Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem
chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do
Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai” (Lucas 1:31-
32). Mateus 1:1 diz, “Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi,
filho de Abraão”. Em Mateus 3:1-2, depois de relatar o nascimento de Jesus, o
texto diz, “Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da
Judéia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”.
Próximo significa em breve ou logo. Em Lucas 3:1-3, o relato diz, “No décimo
quinto ano do reinado de Tibério César... veio a palavra de Deus a
João.... Ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão”. Observe que
João veio durante o reinado de Tibério César, um governador romano.
Em Daniel, Nabucodonosor teve um sonho que Daniel interpretou que
representava quatro reinos. O primeiro era a Babilônia, o próximo o Medo-Persa,
o terceiro Macedônia, o quarto foi a Roma. Em Daniel 2:44, Daniel disse, “Mas,
nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será
jamais destruído”. Como vimos em Lucas, João Batista veio nos dias de um
governo romano, e ele disse que o reino dos céus estava próximo. Então, o reino
que fora prometido a Davi foi estabelecido nos dias do governo romano.
Além disso, Jesus disse a alguns dos seus discípulos, “Em verdade vos afirmo
que, dos que aqui se encontram, alguns há que, de maneira nenhuma,
passarão pela morte até que vejam ter chegado com poder o reino de
Deus” (Marcos 9:1).
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A argumentação dos pré-milenaristas é que o reino foi oferecido aos judeus, mas
que eles rejeitaram a oferta, e Jesus adiou o estabelecimento do reino até a
segunda vinda de Cristo. Isso tem algumas conseqüências sérias. Jesus disse
que o reino viria durante a vida na terra dos seus discípulos que estavam com ele.
Se não era para ser estabelecido no tempo que ele disse, ele se enganou a
respeito. Jesus enganou-se a respeito de qualquer coisa? Também leva a
conclusão absurda de que alguns dos que estavam vivos enquanto Jesus estava
na terra estão com cerca de 2.000 anos! Também levanta a pergunta: A oferta
do reino aos judeus foi uma oferta sincera? Se foi, Jesus enganou-se a seu
respeito. Como pode ser? Também levanta a pergunta: O que teria acontecido
se os judeus aceitassem a oferta? A igreja não teria se estabelecido.
Os pré-milenaristas também argumentam que o reino, como profetizado por
Daniel, um dia se estabelecerá. Daniel, no entanto, disse que seria nos dias do
governo romano. Pré-milenaristas argumentam que o governo será restaurado
e então o reino se estabelecerá. A profecia de Daniel era a respeito de um
governo romano após um governo macedônio, este antecedido de um governo
medo-persa, antecedido por um governo babilônico. Todos esses reinos terão
que ser restaurados? Isso vai além da credulidade! Seria bem melhor aceitar a
verdade de que o reino foi estabelecido, e isso ocorreu nos dias dos apóstolos.
–por Hiram Hutto
Parte 1 de 2
A música instrumental no louvor:
Uma abordagem bíblica/histórica
Pretendo colocar diante de vocês as bases principais de por que eu acredito
que a música instrumental não deva ser utilizada no louvor da igreja. O
argumento que eu apresento aqui vem da minha própria leitura da Bíblia,
especialmente do Velho Testamento. Aprendi dos outros, é claro, mas o
argumento veio a mim principalmente através da minha própria leitura das
Escrituras; e acho que algumas palavras de como cheguei nele sejam devidas.
Meu passado em relação à música no louvor
Cresci entre e sempre tinha as minhas associações religiosas com cristãos
que não utilizavam instrumentos mecânicos no louvor. Não posso falar por
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cada indivíduo, porém como uma comunidade, estes cristãos acreditavam que
a música instrumental no louvor era errada. Não por uma questão de
conveniência nem de preferência pessoal, mas como uma questão de princípio
e convicção, eles contestaram a utilização da música instrumental no louvor.
Então, eu mais ou menos herdei esta posição. Ficava emocionado com as
histórias de pessoas de fé examinando as Escrituras para voltar à ordem antiga.
Ficava cativado pela idéia de restaurar o cristianismo apostólico. Pensava que os
nossos antepassados já tinham, há muito tempo, estudado todos os assuntos
que importavam e que tinham praticamente descoberto a verdade em todos eles.
Há muito tempo, abandonei qualquer pensamento de que os meus colegas
religiosos estavam certos em tudo. Não é isso que nos une. É um compromisso
fundamental ao domínio de Cristo que nós compartilhamos. Uma atitude básica
para com o Senhor Jesus é o que nos une.
Eu concordo inteiramente e aprecio o ponto de Robert Turner de que nunca se
pode falar da restauração no passado. É um processo contínuo, sem fim. Nunca
devemos considerar qualquer posição que tenhamos como se fosse uma vaca
sagrada na qual não se pode tocar, ou que não está sujeita ao questionamento
ou a examinação.
Direi, contudo, quando vem à questão da música, que o meu próprio estudo das
Escrituras e a re-examinação me trouxe à convicção profundamente enraizada
que os meus colegas que têm contrariado a música instrumental no louvor não
chegaram à sua posição sem pensamento e estudo sério das Escrituras. Eles
tinham motivos bons pela sua posição – razões que estavam totalmente
baseadas na revelação que Deus fez de si mesmo e da sua vontade.
Não é uma nova descoberta
De fato, algumas pessoas podem se surpreender que a nossa posição em
relação à música não foi uma que se originou conosco. Hoje, somos uma
pequena minoria em relação a este assunto e esta prática. Mas não fomos
os primeiros a chegar a essa conclusão sobre o louvor. João Calvino se opôs a
música instrumental no louvor. Assim fizeram Martinho Lutero, João Wesley e
muitos outros reformadores. Estes homens se expressaram de maneira tão firme
a respeito do assunto que duvido que conseguiriam louvar junto com a maioria
dos seus descendentes espirituais modernos. João Calvino provavelmente não
conseguiria louvar com a maioria dos calvinistas modernos. Lutero
provavelmente não conseguiria louvar com os luteranos. Wesley provavelmente
não louvaria com os wesleyanos.
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Um dos pontos mais impressionantes feito pelo presbiteriano John Girardeau
(em Instrumental Music in Public Worship) é que a música instrumental entrou
em praticamente todas as denominações como uma inovação, e quase sempre
havia um elemento que lutava para mantê-la fora. Foi forçada, apesar das
objeções dos oponentes, e, em muitos casos, o resultado foi a divisão.
Você conhece o termo a capella? É um termo técnico para a música vocal que
não é acompanhada por instrumentos mecânicos. Suponho que a maioria das
pessoas compreende isso. Mas você também compreende que o termo vem do
italiano antigo e literalmente significa na maneira da capela ou da igreja? A
música vocal, cânticos sem acompanhamento mecânico, era o estilo da igreja.
A música instrumental não era o estilo da igreja, mas uma perversão da música
típica da igreja e uma inovação. A música que é mais freqüentemente utilizada
nas igrejas hoje pode ser do estilo do antigo judaísmo; pode ser do estilo de um
ritual pagão; pode até mesmo lembrar o estilo do teatro, da danceteria ou do
show de rock. Não é o estilo da igreja. É uma perversão.
Então a maioria daqueles que hoje utilizam a música instrumental no louvor não
estão sendo fiéis aos seus antepassados espirituais. Com certeza, a questão mais
importante é se estão também indo contra a autoridade da Bíblia; e é esta a
questão que pretendo discutir. Calvino não foi nem apóstolo nem profeta. Nem
foi Lutero, Wesley ou Campbell. As suas práticas não estabelecem precedentes
para aqueles que vieram depois. Mas estes homens foram contra a música
instrumental no louvor porque compreenderam que era contrária ao desejo
revelado de Deus. Estavam certos ou errados? Certamente ninguém que
seriamente quer agradar ao Senhor pode ver esta questão com indiferença. De
qualquer forma, estando em tal companhia, não espero ser tratado como
dissidente ou esquisito quando falo deste assunto.
Histórico em relação a este trabalho
Não alego que a minha apresentação seja o produto de pesquisa estudiosa.
É o fruto de ler o Velho Testamento em dois anos consecutivos, com
atenção especial às referências ao louvor e à música. É uma abordagem
Bíblica e histórica ao assunto. Simplesmente tentei esboçar a história da música
no louvor até onde se têm preservado a história na Bíblia.
Se alguém perguntasse porque não utilizamos música instrumental no louvor,
a maioria dos discípulos que tivessem um bom entendimento provavelmente
responderia mais ou menos assim: Nós somos discípulos de Jesus Cristo, e o
nosso Mestre não nos ensinou a utilizar a música instrumental no louvor. Jesus
Andando na Verdade 39
não a autorizou, nem pessoalmente, nem pelos seus apóstolos escolhidos. O
Novo Testamento é silencioso em relação à utilização de música instrumental no
louvor da igreja. Entenda bem, o Novo Testamento não é silencioso em relação
à música. A igreja apostólica tinha música – música vocal, ou cânticos. Mas o
Novo Testamento não dá exemplo nenhum de cristãos louvando utilizando
música instrumental. Nem há evidência de que os cristãos foram ensinados pelos
apóstolos a utilizarem a música instrumental no louvor.
Esta é uma afirmação justa do caso. A música instrumental é uma inovação
humana. É comparável ao “fogo estranho” que Nadabe e Abiú ofereceram no
altar (Levítico 10:1). É um daqueles casos nos quais igrejas não seguiram a
direção do cabeça da igreja, mas tomaram as decisões próprias.
Agora muitas pessoas se vêem obrigadas a conceder que há sim silêncio no
Novo Testamento a respeito. Mas pensam que este silêncio não seja importante.
Não tomam este silêncio por uma indicação de que a música instrumental no
louvor fosse estranha à vontade de Cristo. Podem até discutir que não foi
necessário mencioná-la especificamente, pois os judeus haviam se acostumado
a utilizar a música instrumental no louvor e simplesmente continuaram fazendo
o que faziam. Podem alegar que somos obrigados a provar que a sua utilização
foi descontinuada ao invés de chamá-los para justificar a sua utilização.
Acredito que o silêncio do Novo Testamento seja significante. Porém, o meu
argumento não se baseia meramente no silêncio das Escrituras. É fundada não
somente no que a Bíblia não diz, mas também no que diz. O que a Bíblia diz é
o que torna o silêncio do Novo Testamento significante. Vou defender que o
silêncio do Novo Testamento deve ser avaliado ao lado da história bíblica,
levando ao período do Novo Testamento. Defenderei, mais ainda, que o silêncio
do Novo Testamento deve ser julgado na luz dos ensinamentos positivos do
Novo Testamento sobre o louvor. Concluirei que o silêncio do Novo Testamento,
quando visto na frente deste contexto e ambiente, provê fortes evidências de que
Deus não queria que a música instrumental fosse utilizada no louvor da igreja;
que a música instrumental é estranha à mente e ao propósito de Deus com
referência ao louvor da igreja; que enquanto pode se encaixar bem na época em
que Deus lidava com crianças, não é adequada para a época em que ele lida
com filhos adultos em Cristo (Gálatas 4:1-7). Resumindo, é este contexto e
ambiente que tornam o silêncio do Novo Testamento tão notável.
Com estas introduções explanatórias diante de nós, devemos iniciar
considerando as evidências do Velho Testamento em relação à música no louvor.
Incidentalmente, estes versículos podem nos ajudar a compreender a natureza1
das profecias mencionadas em 1 Coríntios 11:4; confere 14:15.
International Standard Bible Encyclopedia, III, 2095.2
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A música antes de Davi
Nada de real significância em relação à música no louvor é encontrada no
Velho Testamento até a época de Davi. Jubal foi chamado “o pai de todos
os que tocam harpa e flauta” (Gênesis 4:21), que, ao menos, indica que a
música mecânica é de origem muito antiga. Labão expressou o remorso a Jacó,
que havia saído de repente em segredo de Harã, que ele não teve oportunidade
de despedi-lo “com alegria, e com cânticos, e com tamboril, e com harpa”
(Gênesis 31:27). O cruzamento triunfante do Mar Vermelho foi comemorado
com uma canção de louvor a Jeová, que é chamado de “minha força e o meu
cântico” (Êxodo 15:2). “A profetisa Miriã, irmã de Arão, tomou um tamborim, e
todas as mulheres saíram atrás dela com tamborins e com danças” (Êxodo
15:20). Miriã respondeu às mulheres com uma chamada a cantar a Jeová (v. 21).
O som de uma trombeta foi ouvido no Monte Sinai (Êxodo 19:13,16,19; 20:18).
O som do canto foi ouvido por Moisés ligado ao incidente do bezerro de ouro
(Êxodo 32:18). Israel cantou um cântico no deserto sobre um poço que Jeová
lhes providenciara (Números 21:17). Por ordem de Jeová, Moisés ensinou a Israel
um cântico que serviria como testemunha de Jeová contra Israel no evento da
sua apostasia futura (Deuteronômio 31:19 - 32:47).
Débora comemorou a vitória sobre os cananéus com um canto de louvor a
Jeová (Juízes 5:1,3,12). A filha de Jefté o cumprimentou na sua volta da batalha
“com adufes e com danças” (Juízes 11:3). Depois de ser ungido por Samuel,
Saul foi ao encontro de um bando de profetas, que estariam profetizando, que
deve ter sido uma espécie de canto ou salmodia, já que foi feito com “saltérios,
e tambores, e flautas, e harpas” (1 Samuel 10:5; confere 1 Crônicas 25:1). 1
Isso nos traz a Davi. Não parece ter tido qualquer utilização organizada da música
no louvor antes de Davi. James Millar faz uma observação que parece concordar
com a minha própria leitura do Velho Testamento: “De longe a evidência mais
importante do valor dado à música pelos hebreus é concedida pelo lugar dela no
serviço divino. É verdade que nada é dito dela no Pentateuco relacionado com
a consagração do tabernáculo, ou a instituição dos vários sacrifícios ou festivais.”
Millar pensou, contudo, que esta omissão “não prova nada. ...Em dias mais
tardios, em todos os eventos, a música formava uma parte essencial do louvor
nacional de Jeová, e arranjos elaborados foram feitos para a sua apresentação
correta e impressionante.”2
Tanto na primeira tentativa fracassada (2 Samuel 6:5; 1 Crônicas 13:8) como na3
segunda tentativa bem-sucedida (1 Crônicas 15).
Andando na Verdade 41
Na última parte Millar está se referindo aos arranjos pelo louvor organizado a
partir dos dias de Davi.
Davi, o músico
Desde quase o nosso primeiro encontro com Davi o conhecemos como
músico. Quando o “espírito maligno de Jeová” começou a incomodar o
Rei Saul, os seus conselheiros sugeriram que ele buscasse “um homem
que saiba tocar harpa” que pudesse contrariar os efeitos do espírito maligno com
a sua música (1 Samuel 16:16). Desta maneira, Davi, que já havia sido ungido
secretamente como o substituto de Saul, veio à coorte de Saul como um “que
sabe tocar” a harpa (versículos 18 e 23; confira 18:10). Mas Davi também era
“forte e valente, homem de guerra” (16:18), e depois da derrota de Golias,
chamou a atenção da nação como líder do exército de Saul. A música também
foi mencionada nesta ligação, pois “as mulheres de todas as cidades de Israel
saíram ao encontro do rei Saul, cantando e dançando, com tambores, com
júbilo e com instrumentos de música” (18:6). Mas os seus cantos louvaram a
Davi mais do que a Saul, e levou a queda de Davi do favor e da sua perseguição
por parte de Saul.
O serviço do templo organizado por Davi
Amúsica se tornou cada vez mais importante no reinado de Davi. Depois da
conquista de Jerusalém, trazer a arca da aliança a Jerusalém foi
comemorado com cânticos e todos os tipos de instrumentos musicais,
tocados por Davi e todo Israel. Depois que a arca foi trazida a Jerusalém, Davi3
estabeleceu uma organização elaborada dos levitas para “dirigir o canto na Casa
do SENHOR ... Ministravam diante do tabernáculo da tenda da congregação
com cânticos, até que Salomão edificou a Casa do SENHOR em Jerusalém” (1
Crônicas 6:31-48; confere 9:33; 16:4-43).
Deus não permitiu que Davi construísse o templo como ele desejava. Mas foi Davi
quem organizou os sacerdotes e os levitas em grupos para o serviço do templo (1
Crônicas 23-26), e esta organização foi observada depois da construção do templo
por Salomão. Entre estes arranjos feitos por Davi quando ele era “já velho e farto
de dias” (1 Crônicas 23:1) houve uma organização elaborada dos levitas para o
serviço de canto ligado ao templo (1 Crônicas 25; confere 23:5). Preste atenção
em algumas das afirmações que descrevem esta função.
42 2003:1
“Quatro mil para louvarem o SENHOR” com instrumentos feitos por Davi com
este propósito (1 Crônicas 23:5). Certos levitas foram separados para
“profetizarem com harpas, alaúdes e címbalos” (1 Crônicas 25:1). Os filhos de
Asafe foram colocados “sob a direção deste, que exercia o seu ministério debaixo
das ordens do rei” (25:2). Os filhos de Jedutum foram colocados “sob a direção
de Jedutum, seu pai, que profetizava com harpas, em ações de graças e louvores
ao SENHOR” (25:3). Os filhos (e, aparentemente, as filhas também) de Hemã
estavam envolvidos: “Todos estes estavam sob a direção respectivamente de
seus pais, para o canto da Casa do SENHOR, com címbalos, alaúdes e harpas,
para o ministério da Casa de Deus, estando Asafe, Jedutum e Hemã debaixo das
ordens do rei” (25:4-6). As pessoas eram treinadas com este propósito: “O
número deles, juntamente com seus irmãos instruídos no canto do SENHOR,
todos eles mestres, era de duzentos e oitenta e oito” (25:7).
A construção do templo foi deixada para Salomão. Mas 1 Crônicas, capítulos 21-
29, não nos deixa dúvida de quanto Davi tinha o templo e sua organização no
coração. O molde para o templo foi revelado a Davi, que o entregou a Salomão,
junto com várias exortações a respeito deste projeto que lhe seria confiado. Davi
colecionava materiais a serem utilizados na construção do templo. E foi Davi que
havia organizado os sacerdotes e os levitas para o serviço do templo. Mas pelos
nossos propósitos hoje, é mais importante reparar que a utilização sistemática
da música no louvor, incluindo a música instrumental, teve a sua origem no
período final do reinado de Davi. Não há evidência de uma utilização sistemática
da música ligada ao louvor no Velho Testamento até que Davi organizou os
levitas para o serviço de canto ligado primeiro ao tabernáculo e depois ao
templo. Como veremos, as referências posteriores à música no louvor também
a ligarão a Davi.
O reinado de Salomão
Aprimeira metade do reinado de Salomão deve ter sido praticamente
devotada à construção do templo (1 Reis 6-9). 2 Crônicas 5:11-14 descreve
os arranjos musicais na dedicação do templo. Mas para os nossos
propósitos, 2 Crônicas 7:6 é de importância especial: “Os sacerdotes estavam
nos seus devidos lugares, como também os levitas com os instrumentos músicos
do SENHOR, que o rei Davi tinha feito para deles se utilizar nas ações de graças
ao SENHOR ... Os sacerdotes que tocavam as trombetas estavam defronte deles,
e todo o Israel se mantinha em pé.”
Então repare em 2 Crônicas 8:14: “Segundo a ordem de Davi, seu pai, dispôs os
turnos dos sacerdotes nos seus ministérios, como também os dos levitas para
Andando na Verdade 43
os seus cargos, para louvarem a Deus e servirem diante dos sacerdotes, segundo
o dever de cada dia, e os porteiros pelos seus turnos a cada porta; porque tal era
a ordem de Davi, o homem de Deus. Não se desviaram do que ordenara o rei
aos sacerdotes e levitas, em coisa nenhuma, nem acerca dos tesouros”.
Finalmente, 2 Crônicas 9:11 diz que Salomão “fez...harpas e alaúdes para os
cantores.” Mas não pode haver dúvida a respeito disso. O serviço de canto do
reinado de Salomão foi o que Davi havia estabelecido.
Reis posteriores: Três movimentos de reforma
Em relação aos reis posteriores, 2 Crônicas 20 dá algumas referências aos
arranjos musicais no reinado de Josafá (versículos 19,21,22,28). Mas estes
não dão nenhuma evidência que aponte para um lado ou para o outro.
Contudo, três reformas que ocorreram em Judá depois dos períodos de
apostasia são de interesse especial.
! A reforma de Joiada após a usurpação de Atalia
A primeira vem depois da usurpação de Atalia, a filha do rei israelita Acabe. Atalia
foi expulsa pelo sumo sacerdote Joiada, e há duas afirmações em relação a
música. O primeiro vem ao proclamar a revolta contra Atalia: “ ... e todo o povo
da terra se alegrava, e se tocavam trombetas. Também os cantores com os
instrumentos músicos dirigiam o canto de louvores” (2 Crônicas 23:13). Mas a
segunda afirmação é o mais significante: Como Joiada estava limpando o lugar
e restaurando o louvor verdadeiro, 2 Crônicas 23:18 diz: “Entregou Joiada a
superintendência da Casa do SENHOR nas mãos dos sacerdotes levitas, a quem
Davi designara para o encargo da Casa do SENHOR, para oferecerem os
holocaustos do SENHOR, como está escrito na Lei de Moisés, com alegria e com
canto, segundo a instituição de Davi.”
Então este ponto não pode ser esquecido. Depois de sete anos da usurpação de
Atalia, a reforma e a restauração é cumprida pelo apelo a duas fontes. As
instruções de como oferecer as ofertas queimadas são encontradas na lei de
Moisés. Mas a restauração do serviço musical é baseada na ordem de Davi.
Você encontrará centenas de outros estudos
de assuntos e textos bíblicos na Internet:
www.estudosdabiblia.net44 2003:1
! A reforma de Ezequias
O serviço do templo foi corrompido novamente pelo Rei Acaz. Mas um
movimento de reforma foi liderado pelo seu filho Ezequias. Novamente temos
evidência em relação a restauração do serviço musical. Ezequias, de acordo com
que nos é dito em 2 Crônicas 29:25-28, “estabeleceu os levitas na Casa do
SENHOR com címbalos, alaúdes e harpas, segundo mandado de Davi e de
Gade, o vidente do rei, e do profeta Natã; porque este mandado veio do
SENHOR, por intermédio de seus profetas. Estavam, pois, os levitas em pé com
os instrumentos de Davi, e os sacerdotes, com as trombetas. Deu ordem
Ezequias que oferecessem o holocausto sobre o altar. Em começando o
holocausto, começou também o cântico ao SENHOR com as trombetas, ao som
dos instrumentos de Davi, rei de Israel. Toda a congregação se prostrou,
quando se entoava o cântico, e as trombetas soavam....” O versículo 30
acrescenta mais uma afirmação significativa: “Então, o rei Ezequias e os
príncipes ordenaram aos levitas que louvassem o SENHOR com as palavras de
Davi e de Asafe, o vidente. Eles o fizeram com alegria...”
Reparei em mais duas referências à música durante o reinado de Ezequias (2
Crônicas 30:21; 31:2), mas estas não acrescentam algo significante aos nossos
propósitos.
! A reforma de Josias
A descrição da restauração do serviço do templo em relação a reforma de Josias
concorda com a evidência já apresentada. Encontramos quatro referências:
Entre os levitas supervisionando as restaurações no templo estavam “Todos os
levitas peritos em instrumentos músicos” (2 Crônicas 34:13).
As instruções que Josias deu “aos levitas que ensinavam a todo o Israel” incluiu
este comentário, “...Preparai-vos segundo as vossas famílias, segundo os vossos
turnos, segundo a prescrição de Davi, rei de Israel, e a de Salomão, seu filho”
(2 Crônicas 35:3-4).
2 Crônicas 35:15 contêm evidências importantes: “Os cantores, filhos de Asafe,
estavam nos seus lugares, segundo o mandado de Davi, e de Asafe, e de
Hemã, e de Jedutum, vidente do rei ...”
Finalmente, 2 Crônicas 35:25 diz que a memória de Josias foi preservada em
canto após a sua morte, mas não fornece nada em relação ao ponto.
O ponto é este: O serviço musical foi instituído por Davi. Quando várias
apostasias corromperam o serviço do templo, os reis reformadores que limparam
Andando na Verdade 45
a bagunça não instituíram um novo sistema. Eles simplesmente restauraram o
serviço instituído por Davi.
O período da restauração
Finalmente Judá se tornou tão corrupto que a única maneira de Deus salvar
a nação foi levando-a pelo castigo severo no exílio. Judá teve que passar por
um cativeiro de setenta anos na Babilônia. Mas eventualmente a nação
voltou à terra.
Enquanto isso, tudo havia sido desorganizado. Jerusalém e seu templo haviam
sido deixados em ruínas. O sistema inteiro estava em desordem. Os sacrifícios,
as festas religiosas, o serviço do templo – todos haviam sido descontinuados.
Quando as pessoas voltaram a terra natal, o templo teve que ser reconstruído e
o sistema inteiro teve que ser restaurado. O que descobrimos ser verdadeiro em
relação aos movimentos de reforma que ocorrem anteriormente ao exílio
babilônico também foi verdadeiro em relação ao movimento de restauração após
o exílio. Os livros de Esdras e Neemias são muito claros em relação a este ponto.
Devemos considerar o testemunho destes dois livros em relação a restauração
da música do templo.
Esdras 2:41 e 70 mencionam “os cantores” entre aqueles que voltaram do
cativeiro. Esdras 3:10 dá testemunho em relação à restauração do serviço de
cânticos: “Quando os edificadores lançaram os alicerces do templo do SENHOR,
apresentaram-se os sacerdotes, paramentados e com trombetas, e os levitas,
filhos de Asafe, com címbalos, para louvarem o SENHOR, segundo as
determinações de Davi, rei de Israel. Cantavam alternadamente, louvando e
rendendo graças ao SENHOR...”.
Esdras 8:20 fala do mesmo ponto: entre aqueles trazidos da Babilônia para o
serviço do templo estavam duzentos e vinte “servidores do templo, que Davi e
os príncipes deram para o ministério dos levitas”.
Neemias 12:24 menciona, entre aqueles que voltaram à terra com Zorobabel e
Jesua, vários levitas “para louvarem e darem graças, segundo o mandado de
Davi” [ou “de acordo com as instruções deixadas pelo rei Davi” (NTLH)]. O livro
de Neemias trata da reconstrução do muro que cercava Jerusalém. Em Neemias
12:35-36, certos filhos dos sacerdotes são descritos como participantes na
dedicação do muro reconstruído “com os instrumentos músicos de Davi,
homem de Deus”.
Então, Neemias 12:44 menciona homens responsáveis pelas ofertas feitas para
os sacerdotes e levitas. São descritos como “as porções designadas pela Lei para
Depois de ler o meu trabalho, Homer Hailey acrescentou um quinto ponto a qual a4
música instrumental foi ligada no Velho Testamento – o sacrifício das ofertasqueimadas (2 Crônicas 29:27 em diante).
46 2003:1
os sacerdotes e para os levitas; pois Judá estava alegre, porque os sacerdotes e
os levitas ministravam ali”. A passagem continua nos versículos 45 e 46: “e
executavam o serviço do seu Deus e o da purificação; como também os cantores
e porteiros, segundo o mandado de Davi e de seu filho Salomão. Pois já
outrora, nos dias de Davi e de Asafe, havia chefes dos cantores, cânticos de
louvor e ações de graças a Deus”.
Não há como perdermos o foco. Como em períodos anteriores de reforma e
restauração, depois do cativeiro babilônico houve um retorno a dois padrões ou
modelos. Um foi a lei de Moisés; o outro foi o serviço sistemático do templo,
estabelecido por Davi. Em relação a música, os líderes de Israel no período
depois do cativeiro não inventaram um novo sistema. Simplesmente restauraram
o plano que fora estabelecido por Davi.
Resumo final do Velho Testamento
Chegamos ao fim do período do Velho Testamento. Está na hora de resumir
as nossas descobertas. Tentei esboçar o desenvolvimento histórico da
música no louvor. Aqui está o que encontrei:
Não havia utilização organizada ou sistemática da música no louvor até a época
de Davi, na qual um sistema elaboradamente organizado foi estabelecido. A
ordem estabelecida por Davi foi, então, aceita pelos reis posteriores. Períodos de
apostasia freqüentemente desordenaram e corromperam o louvor de Israel. Mas
quando reis reformadores vieram ao trono, um retorno sempre ocorreu ao
sistema estabelecido por Davi. A destruição babilônica de Jerusalém e o cativeiro
que seguiu foi a maior desorganização de todas. Mas quando as pessoas
voltaram à terra, novamente o precedente para o serviço musical foi encontrado
no sistema de Davi.
Então devemos observar vários pontos significativos em relação ao serviço de
canto do Velho Testamento que envolvia a música instrumental. Primeiro, o
padrão para este serviço de canto volta a Davi. Segundo, foi ligado a Jerusalém.
Terceiro, foi ligado ao templo construído por Salomão e então restaurado depois
do cativeiro por Jesua e Zorobabel. Quarto, foi ligado aos levitas.4
Andando na Verdade 47
Este é o pano de fundo contra o qual o ensino do Novo Testamento deve ser
avaliado. O silêncio do Novo Testamento em relação a música instrumental no
louvor se contrasta muito contra este pano de fundo. Mas quero sugerir que o
Novo Testamento não é totalmente silencioso em relação ao louvor. Entrarei
neste assunto mais extensamente da próxima vez. Mas tendo entrado tão
profundamente nas evidências do Velho Testamento, gostaria de colocar, ao
lado destas evidências, pelo menos uma sugestão do rumo que o nosso
raciocínio deve tomar.
Por enquanto, considere apenas o testemunho de Jesus em João 4:19-24. Na
sua conversa com a mulher no poço, Jesus aponta que Jerusalém, com seu
templo, não teria mais o significado que uma vez tinha. O Pai seria louvado, nem
no Monte Gerizim, como fizeram os samaritanos, nem em Jerusalém, como
fizeram os judeus. Os verdadeiros adoradores louvariam ao Pai em espírito e em
verdade, e o lugar seria insignificante.
Os adoradores do Novo Testamento, portanto, não voltam a Davi para um
padrão de louvor, como fizeram os reis reformadores e como fizeram os judeus
da restauração. Então até onde a significância espiritual está envolvida,
Jerusalém não existe mais; o templo não existe mais; os levitas não existem mais;
o sistema davídico não existe mais. Assim uma pessoa não pode presumir que
já que a música instrumental foi utilizada no sistema davídico que deveria estar
no louvor do Novo Testamento. Além disso, a obrigação de apresentar provas
certamente fica com aquele que defende ou incentiva a utilização da música
instrumental no louvor da igreja. Ele deve provar que é isso que o Senhor da
igreja quer. O sistema inteiro que incluía a utilização da música instrumental já
não existe mais. Se fracassamos em aprender o que aconteceu na cruz,
certamente não perderemos a mensagem de 70 d.C., quando Jerusalém foi
destruída e o templo foi reduzido a ruínas tais que nenhuma pedra foi deixada
sobre outra (confira Mateus 24:2).
Já que o sistema que incluía a música instrumental acabou, então certamente
o peso das provas repousa naqueles que pensam que a música que pertencia ao
sistema obsoleto permanece. O peso das provas não está em mim. Tenho
provado que o sistema que incluía a música instrumental já não existe. Se
alguém pensar que a música instrumental permanece, deve prová-lo citando
evidências do Novo Testamento. Este é o peso que ele deve carregar.
Realmente o peso é maior que isso. Mas é um ponto a ser desenvolvido na Parte
Dois.–por L. A. Mott, Jr.
48 2003:1
Palavras Cruzadas; Respostas
Levítico 1 - 9Confira aqui as suas respostas para as Palavras Cruzadas da última edição de
Andando na Verdade.
P
A B O M I N Á V E L
C M A
Í C H I F R E S
F S G T Ã A
C I N Z A S O R O N
C C I G N O R Â N C I A G
O E D U
R E S T I T U I Ç Ã O E
D E R C
O T A T U M I M
T E M L O
E F E R M E N T O I
S L O S A L
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