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ANEXO 1
Programa Nacional de
Prevenção das Doenças Cardiovasculares
Despacho nº. 16415/2003 (II série) – D.R. nº. 193 de 22 de Agosto
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DIRECÇÃO-GERAL DA SAÚDE
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Introdução
O sofrimento e os custos causados pelas doenças cardiovasculares, deram-lhes uma
marcada preponderância, de tal forma que estas doenças se podem considerar, hoje,
como verdadeiras doenças sociais: doenças com génese e com repercussão sociali.
As doenças cardiovasculares, nomeadamente o acidente vascular cerebral (AVC) e a
doença coronária (DC), com o seu carácter multidimensional e as suas graves
consequências, negativas e directas, para o cidadão, para a sociedade e para o
sistema de saúde, determinam que sejam encaradas como um dos mais importantes
problemas de saúde pública, se não o mais importante, que urge minorar. Por este
facto, a abordagem destas doenças justifica uma actuação planeada e organizada ao
longo de todo o sistema de saúde, através de um Programa Nacional que tente não
apenas evitar estas doenças e reduzir as incapacidades por elas causadas como
prolongar a vida.
No entanto e decorrendo do facto dos aspectos científicos e técnicos terem
progredido, um Programa, como o que agora se apresenta, visa objectivos mais
ambiciosos, ultrapassando a preocupação em prolongar a vida, ou seja, promovendo a
saúde, prolongando a vida activa, comprimindo a morbilidade para o fim da vida e,
ainda, melhorando a qualidade de vida em todas as fases da história natural de
evolução destas doenças ii.
As doenças cardiovasculares, nomeadamente os AVC e a DC ou doença isquémica
do coração (DIC), são a principal causa de mortalidade em Portugal, tal como se
verifica em muitos países ocidentais, sendo considerada, no entanto, das mais
elevadas da Europa e do Mundo iii. Estas doenças são responsáveis por perto de 50%
das mortes ocorridas em 1999 (42 998 num total de 100 252 mortes)iv , contando-se,
também, entre as principais causas de morbilidade, invalidez e anos potenciais de vida
perdidos na população portuguesav .
Estas doenças são, assim, a principal causa de morte em Portugal em ambos os
sexos (39% de todos os óbitos observados em 1999). Observa-se, no entanto, uma
tendência decrescente a nível nacional e em todos os grupos etários, sendo que 52%
destes óbitos correspondem a doenças cerebrosvasculares e 22% a doença
isquémica do coraçãov i.
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Quadro I Mortalidade por grupo etário por Doenças do Aparelho Circulatório
(Causa de morte por 100 000)
1996 1999
Mulheres Homens Mulheres Homens
Grupo etário entre os 20 – 44 anos de idade 9,2 22,8 9,5 22,8
Grupo etário entre os 45 – 64 anos de idade 109,2 262,0 98,5 223,9
Grupo etário acima dos 64 anos de idade 2 629,5 2 851,3 2 390,7 2 585,2
Fonte: DEP, DSIA, DGS
As taxas de mortalidade por doenças cerebrovasculares têm, também, vindo a diminuir
em Portugal, mas, apesar do notável decréscimo observado, somos ainda o País da
União Europeia que apresenta a taxa de mortalidade mais elevada para esta causa de
morte. Observou-se, também, um decréscimo das taxas de mortalidade por doença
isquémica cardíaca, mas menos pronunciado do que o verificado nas doenças
cerebrosvascularesvii.
Quadro II Mortalidade por Doenças do Aparelho Circulatório
(Causa de morte por 100 000)
1996 1999
União Europeia Portugal
União Europeia Portugal
Mortalidade antes dos 65 anos de idade por
Doença Isquémi ca Cardíaca 26,9 20,5* 24,8* 18,7
Mortalidade antes dos 65 anos de idade por
Doenças Cerebrovasculares 9,5 22,9* 9,2* 19,7
Fonte: DEP, DSIA, DGS *
1988
Se tivermos em consideração que cerca de 17% da população portuguesa refere ser
hipertensaviii (± 30 % em rastreios realizados), que cerca de 19% da população com
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idade igual ou superior a 10 anos refere ser fumadora de mais de 20 cigarros por diaix
e que 50% da população portuguesa apresenta excesso de pesox, sendo Portugal o
país da União Europeia que mais consome calorias por dia e em que menos se anda a
péxi, torna-se prioritária a revisão dos normativos técnicos, emitidos pela Direcção-
Geral da Saúde em 1989, sobre a abordagem do controlo da hipertensão arterial
(HTA).
O reconhecimento das doenças cardiovasculares como a principal causa de morte no
País e o seu lugar cimeiro entre os internamentos hospitalares, confirma a hipótese de
que a prevalência da HTA é elevada e o seu controlo é insuficientexii. Para além do
objectivo principal de melhor controlo da pressão arterial, importa agora considerar,
também, a abordagem integrada de outros factores de risco de morbilidade e
mortalidade cardiovascular igualmente importantes, como o tabagismo, a dislipidémia,
a diabetes, o abuso de álcool, o sedentarismo, a obesidade ou o stress excessivo.
A elevada prevalência nacional dos factores de risco das doenças cardiovasculares
obriga a que se tenha uma especial atenção à sua efectiva prevenção, detecção e
correcção, tendo em atenção que o conceito subjacente a este termo aglutina não
apenas as acções que evitam a perda da saúde mas, também, todos os cuidados que
promovem a sua recuperação. Obriga, ainda, à adopção de medidas integradas e
complementares que potenciem, na população portuguesa, a redução dos riscos de
contrair estas doenças, a concretização do seu rápido e adequado tratamento e a
tomada de medidas de prevenção secundária que reduzam a sua recorrência.
O desenvolvimento das ciências da saúde veio demonstrar que a morte ocorrida em
idades precoces, no mundo ocidental, não se deve a uma fatalidade do destino mas a
doenças causadas, ou agravadas, pela imprevidência, ou pela ignorância, das causas
reais que a elas conduzem.
Portugal é, ainda, o País da União Europeia com mais elevada taxa de mortalidade por
AVCxiii, favorecida pela alta prevalência da HTA, insuficientemente diagnosticada e
tratada, pelo desvirtuamento da nossa tradicional dieta mediterrânica e pelo tabagismo
não controlado em homens e mulheres de meia idade e em aumento nas jovens.
Acresce a tendência de aumento do abuso de álcool e da ingestão de calorias
alimentares, que agravam o excesso de peso, favorecendo, cada vez mais, a
obesidade e a diabetes tipo 2, os quais, por sua vez, contribuem para o aumento da
morbilidade cardiovascular e mortalidade precoce.
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O somatório de comportamentos de risco é agravado pela falta de actividade física
diária, ligada ao uso exagerado de transportes e de longos períodos em frente da
televisão, que tornam o sedentarismo mais um factor de risco cardiovascular.
Por outro lado, a DIC e os enfartes do miocárdio, apesar da baixa taxa de mortalidade
observada no nosso País comparativamente a outros países europeus, devem
continuar a ser uma preocupação para o nosso sistema de saúde, dada a perspectiva
de crescimento da sua incidência, apontada internacionalmente, até ao ano 2025.
Apesar de, hoje em dia, grande parte da população ter memorizado a necessidade de
introduzir alterações nos seus comportamentos de risco, continua a recusar fazer
correcções alimentares, como reduzir o sal, as gorduras e as calorias. Continua, de
facto, a recusar deixar de fumar ou reduzir o álcool, a não controlar os níveis de
colesterol e de açúcar no sangue e continua a não se submeter a exames periódicos
de saúde, os quais são mandatórios, principalmente quando existe risco genético ou
confirmação de história familiar de doença cardiovascular ou de morte precoce.
Cabe, assim, não apenas aos serviços de saúde, sejam centros de saúde ou hospitais,
mas, por ser um imperativo de natureza ética, a todos os agentes informativos e
educativos da população, esclarecê-la da forma como pode cada pessoa escolher,
adaptar e assumir, as opções mais saudáveis e desejáveis dentro do seu próprio estilo
de vida.
Todos gostaríamos, em boa verdade, de saber evitar a doença. Todavia, temos que
aprender a lutar para vivermos com mais saúde, mais bem-estar e melhor qualidade
de vida, até ao fim. Daí decorre uma das necessidades que justifica o presente
Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Cardiovasculares , cuja
acção será potenciada se for cruzada e articulada com outros programas ou planos já
existentes.
Deve, contudo, referir-se que, numa expressão mais pura de prevenção primordial ou
primária, abrangente e integrada, multidisciplinar e intersectorial, a prevenção
cardiovascular deve ser antecedida por uma mobilização geral da sociedade, expressa
nas diversas políticas sectoriais, para uma luta pela promoção e preservação da
saúde.
Esta luta deve tentar evitar, em simultâneo, a maioria dos factores de risco comuns às
mais prevalentes doenças não transmissíveis e de evolução prolongada e
incapacitante, como é, aliás, defendido pela Organização Mundial de Saúde,
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nomeadamente através do Programa CINDI*, o qual, sem dúvida, consubstancia, ao
centrar-se na promoção da saúde, a estratégia mais rentável em termos de ganhos de
saúde.
Através de uma sensibilização permanente para a adopção de estilos de vida mais
saudáveis e para a prevenção primordial dos factores, atitudes e comportamentos de
risco cardiovascular, como, por exemplo, os erros alimentares, o uso de tabaco, o
abuso de álcool e o stress, como recomenda a filosofia CINDI, consegue-se, através
da aplicação de uma “estratégia populacional”, preservar a saúde, reduzindo a
incidência não apenas das doenças cardiovasculares, como de muitas outras doenças
crónicas.
A estratégia populacional compreende um conjunto de medidas destinadas à
população em geral, ou a grupos sociais específicos, tendo como objectivo não
apenas diminuir a prevalência de determinados factores de risco, como aumentar a
prevalência de factores de protecção. De facto, deverá ter-se presente que grande
parte dos hábitos lesivos para a saúde são adquiridos durante a adolescência e início
da idade adulta, pelo que deverá ser dada uma particular atenção a este grupo etário.
Por outro lado, quer as cidades, quer os locais de trabalho, deverão ser considerados
como espaços privilegiados de sensibilização para a adopção de estilos de vida mais
saudáveis e para a redução de comportamentos de risco.
Esta sensibilização impõe estratégias de mobilização geral da sociedade para a
promoção e preservação da saúde, através da educação, informação e formação
dirigida, em termos gerais, a todos os grupos etários e profissionais, fazendo recurso:
1. dos meios de comunicação social nacionais, regionais e locais;
2. dos líderes de opinião;
3. dos educadores;
4. dos artistas e animadores;
5. das sociedades científicas e associações profissionais;
6. das associações de doentes.
* CINDI - Countrywide Integrated Non Communicable Diseases Intervention Program. Programa criado pela OMS, na Europa, a partir da experiência inicial com as doenças cardiovasculares.
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I – Apresentação
O Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Cardiovasculares, que
agora se apresenta, obriga a uma abordagem nacional abrangente e integrada que
potencie na população portuguesa, tendo em consideração as especificidades ligadas
ao género, a redução dos riscos de contrair estas doenças e a concretização do seu
adequado tratamento.
O grande investimento na actuação preventiva, seja primária, secundária, terciária ou
de reabilitação, impõe um apelo especial à congregação de esforços não apenas dos
centros de saúde e hospitais, mas, também, de todos os interlocutores dos serviços de
saúde.
Nesta abrangência, principalmente dirigida às populações-alvo e aos profissionais de
saúde, através dos serviços de prestação de cuidados de saúde, não podem deixar de
estar incluídas as administrações regionais de saúde, as autarquias e todos os
parceiros que, regional ou localmente, possam contribuir para a obtenção de ganhos
em saúde cardiovascular.
O Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Cardiovasculares
pretende, assim, através de uma abordagem integrada, enfatizar quer a educação
para a saúde como a educação terapêutica, enquanto processos que visam contribuir
para que mulheres e homens sejam capazes de gerir a sua própria saúde de modo
mais informado e, quando for caso disso, sejam capazes de gerir o seu processo de
doença de forma mais autónoma.
Este Programa visa, assim, a redução global dos riscos cardiovasculares, articulando-
se sobre cinco pólos fundamentais:
1. melhorar a vigilância epidemiológica dos factores de risco e das patologias
cardiovasculares;
2. promover a prevenção cardiovascular, actuando especificamente sobre cada
um dos factores de risco;
3. encorajar o cidadão a ser responsável pela sua própria saúde;
4. melhorar a organização da prestação de cuidados, nomeadamente em relação
ao exame periódico de saúde e à abordagem da dor pré-cordial e dos
acidentes vasculares cerebrais;
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5. promover o respeito por boas práticas clínicas e terapêuticas.
Embora se estime que a maioria da população portuguesa já sabe identificar os
factores de risco que mais contribuem para o desenvolvimento das doenças
cardiovasculares, tanto a educação para a saúde, como a educação terapêutica,
compreendem, no contexto do presente Programa, um conjunto diversificado de
acções de informação, educação, comunicação e treino, que devem ser colocadas, de
forma activa, ao serviço da promoção de estilos de vida favoráveis à saúde e da luta
efectiva contra aquelas doenças.
O Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Cardiovasculares aplicar-
se-á, fundamentalmente, através da implementação de estratégias de intervenção, de
estratégias de melhoria de qualidade e de estratégias de melhoria dos sistemas de
informação, através do desenvolvimento de produtos e de acções a nível nacional, os
quais deverão sofrer replicação e adequação regional e local, através das adaptações
e da criatividade que as características particulares, em cada local, aconselharem.
Para concretizar estas estratégias a Direcção-Geral da Saúde elege, no âmbito do
presente Programa, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia como seu interlocutor
científico permanente, sem prejuízo de fazer recurso das necessárias colaborações
científicas e técnicas de outras Sociedades e Instituições, assim como de Associações
de Doentes e de Associações de Profissionais.
Estratégias de intervenção - Assentam na prevenção primária e secundária das
doenças cardiovasculares, através da complementaridade entre acções
populacionais e acções individuais. As acções populacionais compreendem o
conjunto de medidas destinadas à população em geral ou a grupos sociais
específicos, começando pela educação para a saúde e pela comunicação social,
tendo como objectivo diminuir a prevalência de factores de risco, como o
tabagismo, sedentarismo ou erros alimentares, incluindo o abuso de álcool, e
aumentar a prevalência de factores de protecção, como a actividade física e a
opção por uma alimentação saudável. As acções individuais compreendem as
especificamente dirigidas a pessoas identificadas como portadoras de factores de
risco ou de doença cardiovascular, no próprio ou na família, e as acções, de
natureza informativa, formativa e normalizadora, dirigidas aos profissionais de
saúde, visando melhorar a sua prática na área cardiovascular. As estratégias de
intervenção devem desenvolver-se num quadro de melhoria contínua de
qualidade, que compreenda as acções de natureza organizativa e de prática
profissional que visam não apenas a melhoria de todo o processo de identificação
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e acompanhamento dos portadores de factores de risco e de diagnóstico,
tratamento, recuperação e controlo dos doentes cardiovasculares, como a
melhoria dos resultados obtidos, quantificados em termos de ganhos de saúde.
Estratégias de melhoria dos sistemas de informação - Visam, para além da
melhoria da informação existente sobre a epidemiologia das doenças
cardiovasculares, a adequação e/ou criação de sistemas de informação que
permitam o acompanhamento, monitorização e avaliação do presente Programa.
A abordagem da diabetes mellitus, outro importante factor de risco cardiovascular, não
é incluída no presente Programa por já ser objecto de programa nacional específico.
Em alguns aspectos, contudo, podem e devem ter uma acção complementar.
De modo semelhante, a prevenção e controlo do tabagismo devem ser encarados, no
âmbito do presente Programa, como uma estratégia complementar da vasta acção
desenvolvida pelo Conselho de Prevenção do Tabagismo.
Porque é frequente, na mesma pessoa, a existência de patologia crónica múltipla, que
interage e se potência mutuamente, é indispensável que o Programa Nacional de
Prevenção e Controlo das Doenças Cardiovasculares, agora criado, se desenvolva e
seja aplicado numa óptica de intercepção e comunicação com programações de
serviços e de cuidados de saúde já existentes, principalmente com a reorganização
dos cuidados primários de saúde, com o Programa Nacional de Controlo da Diabetes
Mellitusxiv, com o Plano Oncológico Nacional 2001-2005xv , com o Plano Nacional de
Luta Contra a Dorxv i e com um futuro Plano Nacional de Cuidados Continuados
Integrados. O Programa CINDI constitui, neste contexto, exemplo paradigmático, a
seguir, de integração multidisciplinar e intersectorial.
Partindo da elaboração do diagnóstico actual, no País, da situação referente às
doenças cardiovasculares, o presente Programa, que conta com o aval científico da
Sociedade Portuguesa de Cardiologia e do Coordenador do Programa CINDI –
Portugal, será acompanhado através de indicadores que permitam não apenas
monitorizar todo o seu processo de desenvolvimento, como o impacto por si causado,
na população portuguesa, em termos de ganhos de saúde.
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O Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Cardiovasculares
assume-se como o polo dinamizador e aglutinador dos contributos nacionais para o
Heart Plan for Europe.
II - Horizonte Temporal
O Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Cardiovasculares, que
deverá se desenvolvido de forma sustentada e consistente, visa abranger um
horizonte temporal de 10 anos após a sua aprovação, sem prejuízo de eventuais
correcções que o desenvolvimento do mesmo, entretanto, aconselhar.
III - Finalidade
O Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Cardiovasculares visa
atingir os seguintes objectivos finais:
§ Reduzir a incidência de enfarte do miocárdio, particularmente abaixo dos 65 anos
§ Reduzir a incidência de AVC, particularmente abaixo dos 65 anos
Para serem atingidos este objectivos finais, ter-se-ão que atingir os seguintes
objectivos intermédios:
§ Aumentar a proporção de hipertensos que se encontram diagnosticados e controlados
§ Aumentar a proporção de dislipidémicos que se encontram diagnosticados e
controlados
§ Reduzir a prevalência de fumadores
§ Reduzir a prevalência de obesos
§ Aumentar a prevalência de indivíduos com hábitos regulares de exercício físico
§ Melhorar as práticas profissionais na área cardiovascular
IV - Factores de risco
Consideram-se como principais factores de risco individuais para o desenvolvimento
de doenças cardiovasculares, a combater no âmbito do presente Programa, os
seguintes:
§ Tensão arterial elevada
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§ Dislipidémia
§ Hábitos tabágicos
§ Alimentação inadequada (por ex. excesso de sal, gordura e, açúcar, ou carência de
vegetais e leite)
§ Excesso de peso / obesidade
§ Sedentarismo
§ Diabetes Mellitus
§ Stress excessivo
V - População alvo
Sem prejuízo de uma atenção mais especialmente dedicada aos portadores de
factores de risco, ou de história pessoal ou familiar de doença cardiovascular, deve
considerar-se como população-alvo, a atingir prioritariamente e ab initio no
desenvolvimento do presente Programa, a população geral.
VI – Estratégias de Intervenção
Pretende-se que o desenvolvimento do presente Programa evolua num processo de
melhoria contínua de qualidade, sendo implementados, para este efeito, ciclos de
melhoria de qualidade no controlo do risco cardiovascular.
1. Intensificar campanhas de informação dirigidas à população geral
As campanhas de informação, sobre estilos de vida saudáveis, factores de risco e
sintomas precoces de situações agudas coronárias e cerebrovasculares, devem ser
promovidas pelas estruturais centrais, regionais e locais de saúde e contar com a
colaboração de profissionais de saúde e de educação, assim como de líderes, formais
e informais, de opinião.
2. Melhorar o diagnóstico e tratamento da Hipertensão Arterial
O diagnóstico e controlo da HTA assume, em Portugal, particular importância, uma vez
que a doença cerebrovascular é a primeira causa de incapacidade e morte.
O tratamento da HTA visa, a curto prazo, obter a redução e o controlo dos valores
tensionais, de modo a evitar, a médio prazo, a progressão da doença e das suas
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repercussões nos orgãos alvo e a obter, a longo prazo, a diminuição da morbilidade e
da mortalidade cardiovascular.
Pretende-se, através desta estratégia, promover a melhoria das práticas profissionais
no que se refere à efectivação do diagnóstico, tratamento e vigilância do doente
hipertenso, aderência à terapêutica, assim como a autovigilância e o autocontrolo da
HTA e dos riscos associados.
A associação da HTA à diabetes mellitus e às dislipidémias, bem como a outros
factores de risco vascular como o tabagismo, excesso de álcool, sedentarismo e
obesidade, aumenta, de forma significativa, o risco de morbilidade e mortalidade
cardiovascular, tornando-se, assim, particularmente importante, para além do
diagnóstico e controlo adequados dos valores tensionais, dar uma atenção especial a
todos os outros riscos referidos.
Para este efeito, serão adoptadas, adaptadas ou criadas e publicadas pela Direcção-
Geral da Saúde:
§ orientações técnicas, com base em consensos internacionais adoptadas pela
comunidade científica, sobre diagnóstico e tratamento da HTA, destinadas aos
profissionais de saúde;
§ manual de auto-ajuda para vigilância e controlo da tensão arterial, destinado ao
doente hipertenso.
3. Melhorar o diagnóstico e tratamento da Dislipidémia
A relação entre as hiperlipidémias e as várias manifestações clínicas da doença
aterosclerótica está cientificamente comprovada, bem como o seu agravamento
acelerado pela associação com o tabagismo, diabetes mellitus ou hipertensão arterial.
De facto, a sua redução e controlo são capazes de promover a regressão, ou pelo
menos a não progressão, das placas de aterosclerose e de contribuir para a redução
da morbilidade e da mortalidade cardiovascular nos doentes dislipidémicos, de ambos
os sexos, com ou sem DC, ou doença arterial em outras localizações (carótidas,
vertebrais, aorta, renais, penianas ou dos membros inferiores).
Pretende-se, através desta estratégia, promover a melhoria das práticas profissionais
no que se refere à efectivação do diagnóstico, tratamento e controlo do doente
portador de dislipidémia.
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Para este efeito, serão criadas ou adaptadas e publicadas pela Direcção-Geral da
Saúde:
§ orientações técnicas sobre diagnóstico, tratamento e controlo das
dislipidémias, destinadas aos profissionais de saúde.
4. Prevenir e controlar o Tabagismo
O tabagismo, considerado, na União Europeia, o factor de risco mais importante, está
implicado em cerca de 50% das causas de morte evitáveis xvii, metade das quais
devidas à aterosclerose.
Os efeitos nocivos do tabaco são cumulativos, tanto em relação ao seu consumo
diário, como ao tempo de exposição. O risco é particularmente elevado se a exposição
se inicia antes dos 15 anos de idade, com especial destaque para as mulheres, uma
vez que o tabaco reduz, significativamente, a protecção relativa aparentemente
conferida pelos estrogénios. Não se pode esquecer, também, a existência de maior
risco para a concepção, gravidez, aleitamento, com consequências no atraso de
crescimento intra-uterino, prematuridade, baixo peso à nascença e morte súbita do
recém-nascido.
O tabagismo passivo tem, também, um risco acrescido de DC aterosclerótica,
favorecendo, igualmente, a ocorrência de outras doenças, nomeadamente
osteoporose, doenças respiratórias e oncológicas, relacionadas com o tabaco.
Por outro lado, sabe-se que o ex-fumador sem DC tem um risco de ocorrência de
acidentes coronários, ao fim de 10 anos de ter deixado de fumar, semelhante ao de
um não fumador.
Pretende-se, através desta estratégia, promover não apenas a melhoria da informação
sobre os malefícios do uso do tabaco como das vantagens da ajuda específica para a
desabituação tabágica, incluindo a criação de novas consultas para cessação
tabágica. Pretende-se, ainda, promover e incentivar a adopção de estilos de vida
saudáveis e reforçar a componente antitabágica nos programas de saúde escolar e
nos locais de trabalho, de forma a conseguir-se não apenas diminuir a incidência de
novos fumadores, como aumentar a incidência de ex-fumadores.
Para este efeito, serão criadas e publicadas pela Direcção-Geral da Saúde:
§ orientações técnicas sobre conteúdos programáticos a utilizar na formação de
profissionais de saúde sobre desabituação tabágica;
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§ orientações técnicas sobre aconselhamento e acompanhamento de fumadores
em medicina geral e familiar e sobre organização e prática em consultas de
referência para desabituação tabágica, destinadas aos gestores e profissionais
de saúde;
§ informação sobre os malefícios do uso do tabaco, destinada à população jovem
e adulta.
5. Reduzir o número de pessoas com Excesso de Peso / Obesidade
A modificação dos hábitos alimentares ocorrida nas últimas décadas, com maior
consumo de carne e gordura saturadas e redução de azeite, peixe, vegetais e fruta,
favoreceu o desenvolvimento de situações que contribuem para o aumento das
doenças cardivasculares e das suas potenciais complicações.
A obesidade e o excesso ponderal estão directamente relacionados com um maior
risco cardiovascular, pelo conjunto de doenças e estados mórbidos que favorecem,
com referência especial para a diabetes mellitus tipo 2, contribuindo, também, para um
acréscimo significativo da morbilidade e mortalidade por doença aterosclerótica e para
uma diminuição da esperança de vida.
A obesidade e a sobrecarga ponderal, devido à sua tendência de aumento em todos
os grupos etários, incluindo os jovens, são problemas não negligenciáveis de saúde
pública. De facto, em Portugal existem cerca de 850 000 adultos obesosxviii e o número
de pessoas com sobrecarga ponderal atinge quase metade da populaçãoxix.
Pretende-se, através desta estratégia, promover a melhoria da informação sobre os
malefícios do excesso ponderal e das vantagens de uma alimentação e nutrição
adequadas e promotoras de saúde, necessariamente acompanhados de redução do
consumo de álcool e efectivo aumento do exercício físico.
Para este efeito, serão criadas e publicadas pela Direcção-Geral da Saúde:
§ informação sobre adequação alimentar e nutricional, destinada à população em
geral e a grupos etários específicos, como crianças, jovens e pessoas idosas;
§ programa informático inter-activo e pedagógico sobre adequação alimentar e
nutricional, destinado não apenas a crianças e jovens em período de
escolaridade obrigatória, como aos seus educadores.
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6. Aumentar a prática regular de Actividade Física
O tipo de vida e o desenvolvimento económico e social levaram a uma acentuada
redução dos níveis médios de actividade física na sociedade ocidental, da qual
Portugal não é excepção.
Aumentar a actividade física regular da população, em todos os grupos etários, é uma
das medidas de maior impacto e com melhor relação custo-benefício na redução da
incidência e da gravidade das doenças cardiovasculares.
Um estilo de vida saudável passa, sempre, pelo combate simultâneo ao sedentarismo,
através da prática regular, espontânea ou programada, de actividade física.
Pretende-se, através desta estratégia, promover a melhoria da informação sobre as
vantagens da actividade física, incentivar a prática desportiva nos jovens, estimular a
prática regular de exercício físico em todas as idades e promover a participação das
autarquias na criação de condições favoráveis à sua prática.
Para este efeito, serão criadas e publicadas pela Direcção-Geral da Saúde:
§ informação sobre os benefícios da actividade física e recomendações sobre
promoção e prática de actividade física regular, destinada à população em
geral e aos autarcas;
§ programa informático inter-activo e pedagógico sobre a prática regular de
actividade física ao longo da vida, destinado não apenas a crianças e jovens
em período de escolaridade obrigatória, como aos seus educadores;
§ conclusões e recomendações de encontros nacionais de autarcas, a realizar
como sede de reflexão conjunta sobre “Promoção da vida activa saudável nas
vilas e cidades”.
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7. Identificar portadores de factores de risco cardiovascular, através da realização do
Exame Periódico de Saúde – EPS
As doenças cardiovasculares, em particular a doença cerebrovascular e a DC, são a
principal causa de mortalidade e uma das principais causas de morbilidade, sendo
que, na sua larga maioria, podem ser evitadas através de acções preventivas activas.
Ao longo dos últimos anos a evidência científica tem demonstrado que muitas das
atitudes dos profissionais de saúde são determinantes para o sucesso de uma efectiva
prevenção cardiovascular.
Dado o carácter multifactorial destas doenças, torna-se fundamental, na prática
profissional diária, o cálculo sistemático do risco global cardiovascular, avaliando, em
cada indivíduo, o seu risco cardiovascular relativo, absoluto e projectado, de forma a,
atempadamente, poder ser induzida a modificação de um ou mais factores de risco.
Pretende-se, através desta estratégia, promover a melhoria das práticas profissionais
no que se refere à efectivação do EPS, através da sua inclusão nos critérios de
qualidade assistencial a desenvolver na prática profissional de rotina da clínica
geral/medicina familiar e medicina interna, criando, na população, o hábito pela
vigilância regular de saúde.
Deverão ser alvo particular desta estratégia, para além da população em geral, as
crianças e jovens, as mulheres com idade igual ou superior a 50 anos, os homens com
idade igual ou superior a 40 anos e todos os indivíduos com história familiar de doença
cardiovascular precoce ou morte súbita, ou factores de risco conhecidos.
Para este efeito, serão criadas e divulgadas pela Direcção-Geral da Saúde:
§ orientações técnicas sobre EPS, na área cardiovascular, destinadas aos
profissionais de saúde.
8. Melhorar o acesso ao diagnóstico e terapêutica da Doença Coronária
Sabe-se que cerca de um terço dos casos de enfarte do miocárdio têm evolução
fatalxx, sendo que cerca de 50% das mortes ocorrem na primeira hora de evolução do
enfarte, antes da chegada ao hospitalxxi.
Sabe-se, por outro lado, que a revascularização coronária farmacológica (trombólise),
ou mecânica (angioplastia), conseguiu fazer descer a mortalidade na fase aguda do
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enfarte do miocárdio, nos casos em que pode ser feita atempadamente, para menos
de 10%xxii.
No entanto, a terapêutica de reperfusão coronária, englobando a angioplastia directa,
é utilizada em Portugal em apenas 41% dos doentesxxiii, o que nos coloca abaixo dos
valores obtidos em outros países europeus.
O desenvolvimento nacional da Via Verde Coronária irá permitir a melhoria do
atendimento dos doentes em situação de doença cardíaca aguda, esperando-se que
contribua, de forma decisiva, para a diminuição da mortalidade por doença cardíaca
isquémica em Portugal.
Pretende-se, através desta estratégia, promover a melhoria do acesso do doente
vítima de dor pré-cordial à rápida confirmação diagnóstica e instituição da melhor
terapêutica, mais adequadas às síndromes coronárias agudas.
Para este efeito, serão criadas e publicadas pela Direcção-Geral da Saúde:
§ normas sobre organização de serviços, que facilitem o acesso de doentes com
risco cardiovascular aos cuidados de saúde, nomeadamente, consultas
programadas ou exames auxiliares de diagnóstico, redução dos tempos de
espera e criação de horários de atendimento compatíveis com a actividade
laboral.
Será, ainda:
§ desenvolvida e avaliada a implementação nacional da Via Verde Coronária,
coordenada pelo Instituto Nacional de Emergência Médica;
§ promovida a divulgação de informação, destinada à população em geral, sobre
a melhor forma de utilização da Via Verde Coronária;
§ promovido o mais rápido acesso possível, no máximo de uma semana, a
consulta de referência dos doentes com hipótese diagnóstica de cardiopatia
isquémica ou outra manifestação aterosclerótica, nomeadamente cerebral,
colocadas pelo Clínico Geral.
9. Melhorar o acesso ao diagnóstico e terapêutica do Acidente Vascular Cerebral
O AVC constitui um problema de saúde pública, não apenas como importante causa
de morbilidade e mortalidade (é a primeira causa de morte em Portugal), como pelo
consumo de recursos e de encargos que ocasiona no sistema de saúde e, portanto, na
18
sociedade. A avaliação e o tratamento global dos doentes com AVC, de causa
isquémica (os mais frequentes) ou causa hemorrágica, passa pelo seu diagnóstico
rápido e seguro, pela elaboração de lista de problemas e definição das suas
prioridades, pela prestação de cuidados gerais e específicos e pela reabilitação
precoce, intra-hospitalar e continuada após a alta hospitalar. Isto só é possível através
de um esquema organizativo especialmente dirigido ao doente vítima de acidente
vascular cerebral, consubstanciado nas recomendações para o desenvolvimento de
Unidades de AVC, aprovadas, em Agosto de 2001, pela Direcção-Geral da Saúde e
recentemente divulgadasxxiv .
Pretende-se, através desta estratégia, promover a melhoria do acesso do doente
vítima de AVC a um rápido diagnóstico e tratamento adequado, incluindo a
precocidade e continuidade de reabilitação.
Para este efeito, serão criadas e publicadas pela Direcção-Geral da Saúde:
§ orientações técnicas sobre reabilitação no pós AVC, destinadas aos
profissionais de saúde;
§ normas sobre circuitos de referenciação para reabilitação após AVC, de forma
a ser evitada a descontinuidade no processo de reabilitação.
Será, ainda:
§ desenvolvida a implementação nacional de uma Via Verde para os AVC,
coordenada pelo Instituto Nacional de Emergência Médica;
§ promovido o acesso rápido a consulta de referência dos doentes com hipótese
diagnóstica de acidente isquémico transitório, colocada pelo Clínico Geral.
VII - Estratégias de Melhoria dos Sistemas de Informação
1. Melhorar a informação sobre a epidemiologia da Hipertensão Arterial
A HTA e a hipertensão sistólica isolada são factores de risco, para a doença
cerebrovascular, a DC, a insuficiência cardíaca e outras complicações
cardiovasculares, relativamente aos quais urge conhecer o diagnóstico actual da
situação em Portugal.
19
Pretende-se, através desta estratégia, conhecer a evolução da alta prevalência da
HTA em Portugal, assim como conhecer a prevalência da ocorrência de AVC na
população hipertensa.
Para este efeito, serão:
§ desenvolvidos estudos científicos sobre a prevalência, tratamento e controlo da
HTA em Portugal.
2. Melhorar a informação sobre a epidemiologia da Doença Coronária
A HTA e os seus factores de risco são, igualmente, factores de risco para a DC. A
baixa taxa de mortalidade por doença isquémica do coração é paradoxal relativamente
à alta mortalidade verificada por doença cerebrovascular e contrária ao verificado nos
restantes países da União Europeia.
É desconhecida em Portugal a prevalência da DC e a verdadeira incidência das
síndromes coronárias agudas, podendo as taxas de mortalidade conhecidas não
traduzirem a verdadeira dimensão do problema. A confirmarem-se os dados
actualmente existentes, a população portuguesa teria particularidades, de ordem
genética ou ambientais, diferentes de outros países europeus, sendo importante,
portanto, conhecer a verdadeira situação actual em Portugal.
Pretende-se, através desta estratégia, conhecer a prevalência da DC em Portugal,
assim como conhecer a incidência das síndromes coronárias agudas, tratamento
efectuado e suas consequências.
Para este efeito, serão:
§ desenvolvidos estudos científicos sobre a prevalência e tratamento da DC em
Portugal.
3. Melhorar a informação sobre a epidemiologia da Insuficiência Cardíaca
A HTA e a DC conduzem inexoravelmente, na ausência de AVC ou morte súbita, a
insuficiência cardíaca. Tal como em outros países europeus, a prevalência da
insuficiência cardíaca também aumenta, em Portugal, com a idade, constituindo
certamente, nos próximos anos, um grave problema de saúde pública. Torna-se,
assim, importante fazer, desde já, o diagnóstico actual da situação em Portugal.
20
Pretende-se, através desta estratégia, para além de conhecer a prevalência da
insuficiência cardíaca em Portugal e caracterizar os recursos existentes, a nível intra e
extra-hospitalar, para o seu diagnóstico e terapêutica, caracterizar as reais
necessidades de acompanhamento continuado destes doentes.
Para este efeito, serão:
§ desenvolvidos estudos científicos sobre a prevalência, tratamento e controlo da
insuficiência cardíaca em Portugal.
4. Acompanhar e avaliar o Programa
O acompanhamento do processo de execução local do Programa Nacional de
Prevenção e Controlo das Doenças Cardiovasculares, nos serviços prestadores de
cuidados de saúde, será efectuado pelos serviços dependentes das Administrações
Regionais de Saúde, através dos seguintes indicadores por sexo:
§ Prevalência de hipertensos identificados
§ Proporção de hipertensos controlados
§ Prevalência de dislipidémicos identificados
§ Proporção de dislipidémicos controlados
§ Prevalência de fumadores identificados
§ Proporção de fumadores sob tratamento anti-tabágico
§ Prevalência de doentes coronários identificados
§ Proporção de internamentos em Unidades de Cuidados Intensivos Coronários
§ Prevalência de doentes com insuficiência cardíaca identificados
§ Proporção de internamentos por insuficiência cardíaca
§ Proporção de utilizadores da Via Verde Coronária
§ Proporção de utilizadores da Via Verde para o Acidente Vascular Cerebral
§ Proporção de internamentos em Unidades de Acidente Vascular Cerebral
21
§ Eventos sentinela ** no Acidente Vascular Cerebral e Doença Isquémica do Coração
A monitorização do seu impacto nacional na obtenção de ganhos de saúde
cardiovascular será efectuada por uma Comissão Nacional de Acompanhamento, a
criar por Despacho do Alto Comissário da Saúde, através dos seguintes indicadores
por sexo:
§ Incidência de Enfarte do Miocárdio abaixo dos 65 anos
§ Incidência de Acidente Vascular Cerebral abaixo dos 65 anos
§ Mortalidade anual por DC aguda
§ Mortalidade anual por DC aguda em indivíduos com idade inferior a 65 anos
§ Mortalidade anual por AVC
§ Mortalidade anual por AVC em indivíduos com idade inferior a 65 anos
§ Número de anos perdidos por DC aguda
§ Número de anos perdidos por AVC
** Acontecimentos inadmissíveis que obriguem à determinação da sua causa
22
Referências Bibliográficas
i Pereira Miguel, José; A Decisão em Medicina Preventiva: Reflexões a partir das doenças ateroscleróticas; (Lisboa: Faculdade de Medicina de Lisboa 1994) ii Ibidem iii Rocha, Evangelista e Pereira Miguel, J.; Epidemiologia da hipertensão arterial em Portugal: Uma actualização; (Lisboa: Faculdade de Medicina de Lisboa / Instituto de Medicina Preventiva, a aguardar publicação) iv Murjal, Leonor, I. Machado e F. de Pádua; A situação de Saúde de Portugal em relação aos outros países europeus (EU 15); (Lisboa: Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva 2002) v Instituto Nacional de Estatística: Base de dados de mortalidade 1999 vi Ministério da Saúde; Ganhos de Saúde em Portugal: Ponto de Situação: Relatório do Director-Geral e Alto Comissário da Saúde (Lisboa: Direcção-Geral da Saúde 2002) vii Ibidem viii Inquérito Nacional de Saúde 1998/99 ix Ibidem x Carmo, Isabel do e al; Estudo da Prevalência da Obesidade em Portugal; (Notícias – Sociedade Portuguesa Para o Estudo da Obesidade; Janeiro/Julho 2000) xi Health and Fitness Survey; (Dublin: Institut of European Food Studies 2000) xii Rocha, Evangelista e Pereira Miguel, J.; Epidemiologia da hipertensão arterial em Portu gal: Uma actualização; (Lisboa: Faculdade de Medicina de Lisboa / Instituto de Medicina Preventiva, a aguardar publicação) xiii Murjal, Leonor, I. Machado e F. de Pádua; A situação de Saúde de Portugal em relação aos outros países europeus (EU 15); (Lisboa: Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva 2002) xiv Direcção-Geral da Saúde e Sociedade Portuguesa de Diabetologia; Dossier Diabetes: em conjunto, objectivos comuns; (Lisboa: Direcção-Geral da Saúde 1998) xv Diário da República I Série–B Nº 190 de 17/8/2001; Resolução do Conselho de Ministros Nº 129/2001: Aprova o Plano Oncológico Nacional – 2001-2005 xvi Direcção-Geral da Saúde e Associação Portuguesa Para o Estudo da Dor; Plano Nacional de Luta Contra a Dor; (Lisboa: Direcção-Geral da Saúde 2001) xvii Sociedade Portuguesa de Aterosclerose; Consensus – Recomendações portuguesas para a prevenção primária e secundária da aterosclerose; (Lisboa: Sociedade Portuguesa de Aterosclerose Dezembro 2000) xviii Inquérito Nacional de Saúde 1998/99 xix Ibidem xx Ordem dos Médicos; Prevenção Secundária do Enfarte do Miocárdio: Recomendações Terapêuticas; (Lisboa: Ordem dos Médicos 1999) 4 xxi Ibidem 4 xxii Ibidem 4 xxiii Morais, J.; Trombólise em Potugal: como influenciar a realidade nacional; (Revista Portuguesa de Cardiologia 1998 17 –5) 431 xxiv Direcção-Geral da Saúde, Direcção de Serviços de Planeamento; Unidades de AVC: recomendações para o seu desenvolvimento; (Lisboa: Direcção-Geral da Saúde 2001)
ANEXO 2
Instrumentos de colheita de Dados
PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR [2007]
1
ENTREVISTA DE LEVANTAMENTO DAS INTERVENÇÕES DESENVOLVIDAS EM
PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR _ DIRECTOR E ENF CHEFE
Esta entrevista é um instrumento de colheita de dados destinados á realização do
trabalho de pesquisa “Prevenção da Doença Cardio Vascular: estratégias
desenvolvidas pela Sub-região de Saúde do Porto e Unidade Local de Saúde de
Matosinhos”, dissertação de I Mestrado em Prevenção e Reabilitação Cardio Vascular.
Este trabalho está a ser desenvolvido pela enfermeira Mirian Rodrigues, aluna do
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, orientado pelo Professor António Rui
Leal.
Os dados que serão recolhidos são anónimos, em grupo e confidenciais e destinam-
se a determinar se estão a ser tomadas medidas a nível da Administração Regional
de Saúde do Norte, Sub-região de Saúde do Porto e da Unidade Local de Saúde de
Matosinhos com vista a reduzir factores de risco cardio vasculares presentes na
população em causa.
Esta entrevista é fundamental para a implementação deste trabalho, é constituído
por 25 questões, sendo imprescindível que se responda a todas as perguntas. Está
dividida por temas relativos aos factores de risco para a doença Cardio Vascular e
por fim aspectos organizacionais relativos á dinâmica desta Unidade de Saúde.
Nas perguntas que na sua opinião impliquem mais do que uma possível resposta,
responda de acordo com a sua experiência nessa Unidade de Saúde ou o que
considere que melhor lhe corresponde.
Queríamos desde já agradecer-lhe pelo tempo dispensado e pelo seu contributo para
o desenvolvimento deste trabalho.
PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR [2007]
2
ENTREVISTA DE LEVANTAMENTO DAS INTERVENÇÕES DESENVOLVIDAS EM
PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR _ DIRECTOR E ENF CHEFE
A – UNIDADE DE SAÚDE:_____________________________________________________________
B – PROFISSINAL DE SAÚDE: MÉDICO ENFERMEIRO OUTRO__________
C – SEXO: MASCULINO FEMININO
D – TEMPO DE SERVIÇO NESTA UNIDADE:
<1 ANO 1 A 5 ANOS 5 A 10 ANOS 10 A 20 ANOS MAIS QUE 20 ANOS
TABACO
1. Existem dados estatísticos que retratem as percentagens de clientes desta
Unidade de Saúde com hábitos tabágicos?
SIM NÃO
1.1. SE SIM, Qual a percentagem?
<10% 10 A 25 % 25 A 50 % 50 A 75 % Outro valor:____________________
1.2. Existem mais homens ou mulheres com hábitos tabágicos?
Homens Mulheres
1.3. Qual a faixa etária com maior percentagem de utentes com hábitos
tabágicos?
0-10 anos 11- 15 anos 15 – 20 anos 20- 30 anos
30 – 40 anos 40- 50 anos 50-60 anos >60 anos
2. Existe um grupo de profissionais nesta Unidade de Saúde vocacionado para a
Desabituação Tabágica?
SIM NÃO
2.1. Se SIM, que profissionais o constitui?
Médico
Enfermeiro
Psicólogo
Outros _________________________________________________________
3. Qual o tratamento mais frequente aplicado para a desabituação tabágica nesta
Unidade de Saúde?
Nenhum Encaminhar para Psicoterapia
Sistema transdérmico Pastilhas com nicotina
Solução para aplicar no cigarro. Outro____________________________________
PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR [2007]
3
ALIMENTAÇÃO
4. Considera os hábitos alimentares como um aspecto relevante na avaliação do
estado de saúde dos utentes?
SIM NÃO
5. Na sua opinião, qual é o erro (s) a nível da alimentação mais comum na
população desta Unidade de Saúde?
Ingestão deficitária de frutas e legumes Ingestão excessiva de açúcar
Ingestão excessiva de sal Ingestão excessiva de gorduras saturadas
Não existem dados Outros:____________________________________________
6. Nesta unidade de saúde quais as medidas implementadas, visando a alteração de
hábitos alimentares nos utentes?
Nenhuma Consulta de Nutrição na Unidade;
Encaminhamento do cliente para a Nutrição a nível hospitalar;
Sessões educativas pela equipa de saúde;
Vigilância do peso do utente, somente;
Outra:_____________________________________________________________
OBESIDADE
7. Considera a avaliação da constituição física do utente relevante para o decorrer
do acompanhamento do estado de saúde?
SIM NÃO
8. Quais os critérios usualmente avaliados?
Nenhum Peso Altura IMC
Perímetro abdominal Prega cutânea tricipital Circunferência braquial
Outros. _________________________________________________________
ACTIVIDADE FÍSICA
9. Considera a avaliação da prática de actividade física um aspecto relevante no
acompanhamento do estado de saúde dos utentes?
SIM NÃO
10. Ao avaliar este aspecto que factores são relevados?
Duração do exercício Frequência do exercício/semana Tipo de exercício
Nenhum Outros. _______________________________________________________
PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR [2007]
4
ACTIVIDADE FÍSICA (CONTINUAÇÃO)
11. Usualmente salienta-se aos utentes a importância do exercício físico?
Clientes com doença cardiovascular Clientes com excesso de peso
A NENHUM TODOS Outros___________________________________
12. Os clientes são motivados a praticarem exercício físico de forma regular?
SIM NÃO
12.1. SE SIM, o que se refere?
A importância da prática do exercício físico 30 minutos por dia
Deve ser praticado pelo menos 5 dias por semana
Adequar o exercício físico ás limitações inerentes ao estado de saúde do utente
Outros _________________________________________________________
VALORES ANALÍTICOS
13. Nesta Unidade de Saúde existe material informativo para os clientes relativo aos
valores desejáveis de alguns critérios analíticos?
SIM NÃO
13.1 Se SIM, sobre qual (is)?
Colesterol total Colesterol HDL Colesterol LDL Triglicerídeos
Glicose em jejum Outros __________________________________________________
14. Face a doentes com dislipidémia quais são as intervenções habituais nesta Unidade
de Saúde?
Nenhuma
Farmacoterapia Alteração dos hábitos alimentares
Encaminhamento para Endocrinologia Sessões educativas
Encaminhamento para Nutrição
Outras:_____________________________________________________________________
FACTORES PSICOLÓGICOS
15. Na sua opinião o stress é um factor de risco para a doença cardiovascular:
Extremamente Importante Muito Importante
Bastante Importante Não Importante
FACTORES PSICOLÓGICOS (CONTINUAÇÃO)
PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR [2007]
5
16. Habitualmente é avaliado o nível de stress dos utentes desta Unidade de saúde?
SIM NÃO
16.1 Se SIM, de que forma?
Empírica
Aplicação de Depression Anxiety Stress Scale – DASS
Aplicação de Perceived Stress Scale – PSS
Aplicação de Hospital Anxiety & Depression Scale
OUTROS____________________________________________________________________________
17. Face a um utente com distúrbio psicológico associado ao stress quais as medidas
habitualmente adoptadas nesta Unidade de Saúde?
Não é relevante
O utente é encaminhado para o psicólogo da Unidade de Saúde
O utente é encaminhado para o Hospital de referência
No decorrer das consultas a equipa tenta colaborar com o utente na implementação de
medidas apropriadas para o estilo de vida do utente de forma a debelar o grau de stress.
INTERVENÇÕES PREVENTIVAS
18. Nesta tabela assinalar com uma cruz os campos relativos ás intervenções
preventivas desenvolvidas na população por esta Unidade de Saúde desde 2004,
de acordo com o tema.
INTERVENÇÕES
NA POPULAÇÃO/
TEMAS
FOLHETOS
MATERIAL
EDUCATIVO
SESSÕES
EDUCATIVAS RASTREIOS
OUTROS
QUAIS
HIPERTENSÃO
ARTERIAL
OBESIDADE
DISLIPIDÉMIA
ACTIVIDADE
FÍSICA
HÁBITOS
ALIMENTARES
SAUDÁVEIS
TABACO
GESTÃO DO
STRESS
FACTORES
PSICOLÓGICOS
OUTRO
19. Na seguinte tabela assinalar em média o número de actividades desenvolvidas
nesta Unidade de saúde, por ano:
ACTIVIDADE Nº FOLHETOS SESSÕES RASTREIOS OUTROS
PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR [2007]
6
ANO MATERIAL
EDUCATIVO
EDUCATIVAS QUAIS
2004
2005
2006
2007
20. Tem conhecimento da Circular Normativa de 18 de Abril de 2007, relativa ao
Risco Global Cardiovascular?
SIM NÃO
20.1. De acordo com essa Circular Normativa está a ser implementada a
determinação do Risco Global Cardiovascular derivada do projecto SCORE nesta
Unidade de Saúde?
SIM NÃO
20.2. Para a intervenção da equipa de saúde na Prevenção da Doença
cardiovascular, considera a tabela de determinação do Risco Global Cardiovascular
derivada do projecto SCORE:
Extremamente Importante Muito Importante
Bastante Importante Não Importante
Outra:_________________________________________________________________________
ASPECTOS ORGANIZACIONAIS
21. Quais os indicadores de Saúde cujos valores direccionam a actuação desta
Unidade de Saúde?
Taxa média de Mortalidade infantil;
Taxa média de Mortalidade neonatal;
Taxa média de Mortalidade por doenças do aparelho circulatório;
Taxa média de Mortalidade por tumores malignos;
Taxa de incidência por doenças de declaração obrigatória;
Incidência de casos novos e de retratamento por tuberculose;
Outro (s):_________________________________________________________________
22. Relativamente ao Orçamento Global desta Unidade de saúde, qual a percentagem
ou o valor empregue por ano para a Educação da População?
Valor:______ ou % _____
PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR [2007]
7
23. Quais os projectos de intervenção relacionada com a doença Cardio Vascular que
esta Unidade pretende desenvolver durante 2007 e 2008?
Projecto: _______________________________________________________________________
Projecto: _______________________________________________________________________
Projecto: _______________________________________________________________________
24. Na sua opinião, na Região Norte, actualmente há informação adequada para a
equipa de saúde visando a Prevenção Cardio Vascular na população?
SIM NÃO
25. Na sua opinião, quais as fontes de informação disponíveis actualmente para a
equipa de saúde relativa a Prevenção Cardio Vascular?
Páginas na Internet Literatura Cursos de Formação
Pós Graduação Outra: _______________________________________
OBSERVAÇÕES:
MUITO OBRIGADO PELO TEMPO DISPENSADO
PARA QUALQUER ESCLARECIMENTO:
MIRIAN RODRIGUES: 919586589
PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR [2007]
1
PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO DE PESQUISA DAS INTERVENÇÕES
DESENVOLVIDAS EM PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR
Este questionário é um instrumento de colheita de dados destinados á realização do
trabalho de pesquisa “Prevenção da Doença Cardio Vascular: estratégias desenvolvidas
pela Sub-região de Saúde do Porto e Unidade Local de Saúde de Matosinhos”, dissertação
de I Mestrado em Prevenção e Reabilitação Cardio Vascular.
Este trabalho está a ser desenvolvido pela enfermeira Mirian Rodrigues, aluna do
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, orientado pelo Professor António Rui Leal.
Os dados que serão recolhidos são anónimos, em grupo e confidenciais e destinam-se a
determinar as medidas tomadas a nível da Administração Regional de Saúde do Norte,
Sub-região de Saúde do Porto e da Unidade Local de Saúde de Matosinhos com vista a
reduzir factores de risco cardio vasculares presentes na população em causa.
O preenchimento deste questionário é fundamental para a implementação deste
trabalho, é constituído por 25 questões, sendo imprescindível que se responda a todas
as perguntas.
O questionário está dividido por temas relativos aos factores de risco para a doença
Cardio Vascular e por fim aspectos organizacionais relativos á dinâmica desta Unidade
de Saúde.
Nas perguntas que na sua opinião impliquem mais do que uma possível resposta,
preencha todos os campos que são efectivos de acordo com a sua experiência nessa
Unidade de Saúde ou o que considere que melhor lhe corresponde.
Queríamos desde já agradecer-lhe pelo tempo dispensado e pelo seu contributo para o
desenvolvimento deste trabalho e se fosse possível agradecíamos o reenvio no espaço
de uma semana. Enviamos o envelope com selo para reenviar os 2 questionários
preenchidos para os investigadores.
PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR [2007]
2
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA DAS INTERVENÇÕES DESENVOLVIDAS EM
PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR
A – UNIDADE DE SAÚDE:_____________________________________________________________
B – PROFISSINAL DE SAÚDE: MÉDICO ENFERMEIRO OUTRO__________
C – SEXO: MASCULINO FEMININO
D – TEMPO DE SERVIÇO NESTA UNIDADE:
<1 ANO 1 A 5 ANOS 5 A 10 ANOS 10 A 20 ANOS MAIS QUE 20 ANOS
TABACO
1. Existem dados estatísticos que retratem as percentagens de clientes desta
Unidade de Saúde com hábitos tabágicos?
SIM NÃO
1.1. SE SIM, Qual a percentagem?
<10% 10 A 25 % 25 A 50 % 50 A 75 % Outro valor:____________________
1.2. Existem mais homens ou mulheres com hábitos tabágicos?
Homens Mulheres
1.3. Qual a faixa etária com maior percentagem de utentes com hábitos
tabágicos?
0-10 anos 11- 15 anos 15 – 20 anos 20- 30 anos
30 – 40 anos 40- 50 anos 50-60 anos >60 anos
2. Existe um grupo de profissionais nesta Unidade de Saúde vocacionado para a
Desabituação Tabágica?
SIM NÃO
2.1. Se SIM, que profissionais o constitui?
Médico
Enfermeiro
Psicólogo
Outros _________________________________________________________
3. Qual o tratamento mais frequente aplicado para a desabituação tabágica nesta
Unidade de Saúde?
Nenhum Encaminhar para Psicoterapia
Sistema transdérmico Pastilhas com nicotina
Solução para aplicar no cigarro. Outro____________________________________
PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR [2007]
3
ALIMENTAÇÃO
4. Considera os hábitos alimentares como um aspecto relevante na avaliação do
estado de saúde dos utentes?
SIM NÃO
5. Na sua opinião, qual é o erro (s) a nível da alimentação mais comum na
população desta Unidade de Saúde?
Ingestão deficitária de frutas e legumes Ingestão excessiva de açúcar
Ingestão excessiva de sal Ingestão excessiva de gorduras saturadas
Não existem dados Outros:____________________________________________
6. Nesta unidade de saúde quais as medidas implementadas, visando a alteração de
hábitos alimentares nos utentes?
Nenhuma Consulta de Nutrição na Unidade;
Encaminhamento do cliente para a Nutrição a nível hospitalar;
Sessões educativas pela equipa de saúde;
Vigilância do peso do utente, somente;
Outra:_____________________________________________________________
OBESIDADE
7. Considera a avaliação da constituição física do utente relevante para o decorrer
do acompanhamento do estado de saúde?
SIM NÃO
8. Quais os critérios usualmente avaliados?
Nenhum Peso Altura IMC
Perímetro abdominal Prega cutânea tricipital Circunferência braquial
Outros. _________________________________________________________
ACTIVIDADE FÍSICA
9. Considera a avaliação da prática de actividade física um aspecto relevante no
acompanhamento do estado de saúde dos utentes?
SIM NÃO
10. Ao avaliar este aspecto que factores releva?
Duração do exercício Frequência do exercício/semana Tipo de exercício
Nenhum Outros. _______________________________________________________
ACTIVIDADE FÍSICA
PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR [2007]
4
(CONTINUAÇÃO)
11. Salienta a que utentes a importância do exercício físico?
Clientes com doença cardiovascular Clientes com excesso de peso
A NENHUM TODOS Outros___________________________________
12. Motiva os clientes a praticarem exercício físico de forma regular?
SIM NÃO
12.1. SE SIM, o que refere?
A importância da prática do exercício físico 30 minutos por dia
Deve ser praticado pelo menos 5 dias por semana
Adequar o exercício físico ás limitações inerentes ao estado de saúde do utente
Outros _________________________________________________________
VALORES ANALÍTICOS
13. Nesta Unidade de Saúde existe material informativo para os clientes relativo aos
valores desejáveis de alguns critérios analíticos?
SIM NÃO
13.1 Se SIM, sobre qual (is)?
Colesterol total Colesterol HDL Colesterol LDL Triglicerídeos
Glicose em jejum Outros __________________________________________________
14. Face a doentes com dislipidémia quais são as intervenções habituais nesta Unidade
de Saúde?
Nenhuma
Farmacoterapia Alteração dos hábitos alimentares
Encaminhamento para Endocrinologia Sessões educativas
Encaminhamento para Nutrição
Outras:_____________________________________________________________________
FACTORES PSICOLÓGICOS
15. Na sua opinião o stress é um factor de risco para a doença cardiovascular:
Extremamente Importante Muito Importante
Bastante Importante Não Importante
FACTORES PSICOLÓGICOS (CONTINUAÇÃO)
PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR [2007]
5
16. Habitualmente é avaliado o nível de stress dos utentes desta Unidade de saúde?
SIM NÃO
16.1 Se SIM, de que forma?
Empírica
Aplicação de Depression Anxiety Stress Scale – DASS
Aplicação de Perceived Stress Scale – PSS
Aplicação de Hospital Anxiety & Depression Scale
OUTROS____________________________________________________________________________
17. Face a um utente com distúrbio psicológico associado ao stress quais as medidas
habitualmente adoptadas nesta Unidade de Saúde?
Não é relevante
O utente é encaminhado para o psicólogo da Unidade de Saúde
O utente é encaminhado para o Hospital de referência
No decorrer das consultas a equipa tenta colaborar com o utente na implementação de
medidas apropriadas para o estilo de vida do utente de forma a debelar o grau de stress.
INTERVENÇÕES PREVENTIVAS
18. Nesta tabela assinale com uma cruz os campos relativos ás intervenções
preventivas desenvolvidas na população por esta Unidade de Saúde desde 2004,
de acordo com o tema.
INTERVENÇÕES
NA POPULAÇÃO/
TEMAS
FOLHETOS
MATERIAL
EDUCATIVO
SESSÕES
EDUCATIVAS RASTREIOS
OUTROS
QUAIS
HIPERTENSÃO
ARTERIAL
OBESIDADE
DISLIPIDÉMIA
ACTIVIDADE
FÍSICA
HÁBITOS
ALIMENTARES
SAUDÁVEIS
TABACO
GESTÃO DO
STRESS
FACTORES
PSICOLÓGICOS
OUTRO
19. Na seguinte tabela assinale em média o número de actividades desenvolvidas
nesta Unidade de saúde, por ano:
ACTIVIDADE
ANO
Nº FOLHETOS
MATERIAL
SESSÕES
EDUCATIVAS RASTREIOS
OUTROS
QUAIS
PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR [2007]
6
EDUCATIVO
2004
2005
2006
2007
20. Tem conhecimento da Circular Normativa de 18 de Abril de 2007, relativa ao
Risco Global Cardiovascular?
SIM NÃO
20.1. De acordo com essa Circular Normativa está a ser implementada a
determinação do Risco Global Cardiovascular derivada do projecto SCORE nesta
unidade de Saúde?
SIM NÃO
20.2. Para a intervenção da equipa de saúde na Prevenção da Doença
cardiovascular, considera a tabela de determinação do Risco Global Cardiovascular
derivada do projecto SCORE:
Extremamente Importante Muito Importante
Bastante Importante Não Importante
Outra:_________________________________________________________________________
ASPECTOS ORGANIZACIONAIS
21. Quais os indicadores de Saúde cujos valores direccionam a actuação desta
Unidade de Saúde?
Taxa média de Mortalidade infantil;
Taxa média de Mortalidade neonatal;
Taxa média de Mortalidade por doenças do aparelho circulatório;
Taxa média de Mortalidade por tumores malignos;
Taxa de incidência por doenças de declaração obrigatória;
Incidência de casos novos e de retratamento por tuberculose;
Outro (s):_________________________________________________________________
22. Relativamente ao Orçamento Global desta Unidade de saúde, qual a percentagem
ou o valor empregue por ano para a Educação da População?
Valor:______ ou % _____
PREVENÇÃO CARDIO VASCULAR [2007]
7
23. Quais os projectos de intervenção relacionada com a doença Cardio Vascular que
esta Unidade pretende desenvolver durante 2007 e 2008?
Projecto: _______________________________________________________________________
Projecto: _______________________________________________________________________
Projecto: _______________________________________________________________________
24. Na sua opinião, na Região Norte, actualmente há informação adequada para a
equipa de saúde visando a Prevenção Cardio Vascular na população?
SIM NÃO
25. Na sua opinião, quais as fontes de informação disponíveis actualmente para a
equipa de saúde relativa a Prevenção Cardio Vascular?
Páginas na Internet Literatura Cursos de Formação
Pós Graduação Outra: _______________________________________
MUITO OBRIGADO PELO TEMPO DISPENDIDO
Vila Nova de Gaia, de de 2007
PARA QUALQUER ESCLARECIMENTO
MIRIAN RODRIGUES: 919586589
Rua do Espinheiro, 223, rc Tras. Canidelo, 4400-450 Vila Nova de Gaia.
ANEXO 3
Centros de Saúde e
Extensões
CENTRO DE
SAÚDE,
Sub Região de
Saúde do Porto
EXTENSÕES INSTRUMENTO
COLHEITA DE
DADOS
Aldoar
Aldoar I, Aldoar II, Carvalhido, USF
Ramalde, USF Serpa Pinto, Centro
Atendimento Jovens (CAJ)
QUESTIONÁRI
O
Amarante Amarante cujas Extensões de
Saúde são: Jazente, Figueiró,
Várzea, Vila Caiz , Vila Meã.
QUESTIONÁRI
O
Arcozelo Grijó (Saúde Pública), Gulpilhares,
Serzedo, Unidade de Saúde da
Aguda (RRE), Unidade de Saúde de
Canelas (RRE), Unidade de Saúde
de S. Félix da Marinha (RRE).
QUESTIONÁRI
O
Baião Eiriz, Frende, Gestaçô, St.ª Cruz do
Douro, St.ª Marinha do Zêzere,
Teixeira.
QUESTIONÁRI
O
Barão do Corvo Afurada, Medicina em
Concorrência, Centro Diagnóstico
Pneumológico.
ENTREVISTA
Boa Nova Madalena QUESTIONÁRI
O
Bonfim/ Batalha Fisioterapia e Santos Pousada. QUESTIONÁRI
O
Campanhã Unidade de Saúde do Ilhéu e
Unidade de Saúde de Azevedo de
Campanhã
QUESTIONÁRI
O
Carvalhos Crestuma, Lever, Olival, Perosinho
e Sandim.
QUESTIONÁRI
O
Carvalhosa/ Foz do
Douro
Foz do Douro (Sede), Lordelo do
Ouro, Aníbal Cunha:e Carvalhosa.
QUESTIONÁRI
O
Castelo da Maia Moreira da Maia. QUESTIONÁRI
O
Felgueiras Barrosas, Jugueiros, Lixa, Longra,
Marco de Simães, Regilde,
Serrinha, Jorge da Várzea
QUESTIONÁRI
O
Gondomar/ Foz do
Sousa
Centro Diagnóstico Pneumológico,
Sete Caminhos, Valbom e Covelo,
Lomba, Medas e Melres.
ENTREVISTA
Lousada Caide, Meinedo e Lustosa. QUESTIONÁRI
O
Maia/ Águas Santas Gueifães, Milheirós, Nogueira e
Vermoim
QUESTIONÁRI
O
Marco de
Canaveses
Alpendurada, Feira Nova, Livração,
Penhalonga, Solhães, Tabuado e
Vila Boa de Quires.
QUESTIONÁRI
O
CENTRO DE
SAÚDE,
Sub Região de
Saúde do Porto
EXTENSÕES
(Continuação)
INSTRUMENTO
COLHEITA DE
DADOS
Negrelos São Martinho do Campo e Vila das
Aves.
QUESTIONÁRI
O
Paços de Ferreira Freamunde QUESTIONÁRI
O
Paranhos Barrocas ENTREVISTA
Paredes/
Rebordosa
Baltar, Sobreira, Cristelo, Gandra e
Lordelo
ENTREVISTA
Penafiel/Termas de
S. Vicente
Abragão, CDP, Galegos, Paço de
Sousa, Penafiel II e Recesinhos
QUESTIONÁRI
O
Póvoa de Varzim Aguçadoura, Amorim, Aver-o-Mar,
CDP, Pescadores e S. Pedro de
Rates
QUESTIONÁRI
O
Rio Tinto/ S. Pedro
da Cova
Brás - Oleiro, Fânzeres e Rio Tinto
2
QUESTIONÁRI
O
Soares dos Reis/
Oliveira do Douro
Camélias e Vilar de Andorinho e
Avintes
QUESTIONÁRI
O
Santo Tirso Caldas da Saúde, Monte Córdova e
Veiga de Leça.
QUESTIONÁRI
O
Trofa S. Romão de Coronado e
Alvarelhos
QUESTIONÁRI
O
Valongo/
Ermesinde
Campo, Sobrado e Alfena QUESTIONÁRI
O
Vila do
Conde/Modivas
Caxines, Junqueira, Labruge,
Malta, Modivas e Vairão
QUESTIONÁRI
O
Tabela 31 – Centros de Saúde da SRS Porto referenciados no
estudo.
Tabela 32 – Centros de Saúde da ULSM referenciados no
estudo.
CENTROS DE SAÚDE,
Unidade Local de
Saúde de
Matosinhos
EXTENSÕES INSTRUMENTO
DE COLHEITA
DE DADOS
Leça da Palmeira Angeiras, Cabanelas,
Perafita e Santa Cruz
do Bispo
ENTREVISTA
Matosinhos Cabanelas, CDP,
Familiar "Horizonte",
Familar "Oceanos",
Familiar "Atlântida",
Familiar "Sede"
ENTREVISTA
Senhora da Hora Clínica da Senhora da
Hora (Clínica 1),
Clínica 2 e Clínica 3
QUESTIONÁRIO
S. Mamede de Infesta ---- QUESTIONÁRIO
CENTRO DE SAÚDE,
Sub Região de Saúde do
Porto
EXTENSÕES
INSTRUMENTO DE
COLHEITA DE
DADOS
Aldoar
Aldoar I, Aldoar II, Carvalhido, USF Ramalde, USF Serpa Pinto, Centro
Atendimento Jovens (CAJ)
QUESTIONÁRIO
Amarante
Amarante cujas Extensões de Saúde são: Jazente, Figueiró, Várzea,
Vila Caiz , Vila Meã.
QUESTIONÁRIO
Arcozelo
Grijó (Saúde Pública), Gulpilhares, Serzedo, Unidade de Saúde da
Aguda (RRE), Unidade de Saúde de Canelas (RRE), Unidade de Saúde
de S. Félix da Marinha (RRE).
QUESTIONÁRIO
Baião
Eiriz, Frende, Gestaçô, St.ª Cruz do Douro, St.ª Marinha do Zêzere,
Teixeira.
QUESTIONÁRIO
Barão do Corvo
Afurada, Medicina em Concorrência, Centro Diagnóstico
Pneumológico.
ENTREVISTA
Boa Nova Madalena QUESTIONÁRIO
Bonfim/ Batalha Fisioterapia e Santos Pousada. QUESTIONÁRIO
Campanhã
Unidade de Saúde do Ilhéu e Unidade de Saúde de Azevedo de
Campanhã
QUESTIONÁRIO
Carvalhos Crestuma, Lever, Olival, Perosinho e Sandim. QUESTIONÁRIO
Carvalhosa/ Foz do Douro Foz do Douro (Sede), Lordelo do Ouro, Aníbal Cunha:e Carvalhosa. QUESTIONÁRIO
Castelo da Maia Moreira da Maia. QUESTIONÁRIO
Felgueiras
Barrosas, Jugueiros, Lixa, Longra, Marco de Simães, Regilde, Serrinha,
Jorge da Várzea
QUESTIONÁRIO
Gondomar/ Foz do Sousa
Centro Diagnóstico Pneumológico, Sete Caminhos, Valbom e Covelo,
Lomba, Medas e Melres.
ENTREVISTA
CENTRO DE SAÚDE,
Sub Região de Saúde do
Porto
EXTENSÕES
INSTRUMENTO DE
COLHEITA DE
DADOS
Lousada Caide, Meinedo e Lustosa. QUESTIONÁRIO
Maia/ Águas Santas Gueifães, Milheirós, Nogueira e Vermoim QUESTIONÁRIO
Marco de Canaveses
Alpendurada, Feira Nova, Livração, Penhalonga, Solhães, Tabuado e
Vila Boa de Quires.
QUESTIONÁRIO
Negrelos São Martinho do Campo e Vila das Aves. QUESTIONÁRIO
Paços de Ferreira Freamunde QUESTIONÁRIO
Paranhos Barrocas ENTREVISTA
Paredes/ Rebordosa Baltar, Sobreira, Cristelo, Gandra e Lordelo ENTREVISTA
Penafiel/Termas de S.
Vicente
Abragão, CDP, Galegos, Paço de Sousa, Penafiel II e Recesinhos
QUESTIONÁRIO
Póvoa de Varzim
Aguçadoura, Amorim, Aver-o-Mar, CDP, Pescadores e S. Pedro de
Rates
QUESTIONÁRIO
Rio Tinto/ S. Pedro da
Cova
Brás - Oleiro, Fânzeres e Rio Tinto 2
QUESTIONÁRIO
Soares dos Reis/ Oliveira
do Douro
Camélias e Vilar de Andorinho e Avintes
QUESTIONÁRIO
Santo Tirso Caldas da Saúde, Monte Córdova e Veiga de Leça. QUESTIONÁRIO
Trofa S. Romão de Coronado e Alvarelhos QUESTIONÁRIO
Valongo/ Ermesinde Campo, Sobrado e Alfena QUESTIONÁRIO
Vila do Conde/Modivas Caxines, Junqueira, Labruge, Malta, Modivas e Vairão QUESTIONÁRIO
CENTRO DE SAÚDE,
Unidade Local de Saúde de
Matosinhos
EXTENSÕES
INSTRUMENTO DE
COLHEITA DE DADOS
Leça da Palmeira Angeiras, Cabanelas,
Perafita e Santa Cruz do
Bispo
ENTREVISTA
Matosinhos Cabanelas, CDP, Familiar
"Horizonte", Familar
"Oceanos", Familiar
"Atlântida", Familiar "Sede"
ENTREVISTA
Senhora da Hora Clínica da Senhora da Hora
(Clínica 1), Clínica 2 e
Clínica 3
QUESTIONÁRIO
S. Mamede de Infesta QUESTIONÁRIO
ANEXO 4
Ofício de autorização do
Conselho Directivo da ARS Norte, I. P.
ANEXO 5
Despacho de autorização do
Conselho de Administração da ULSM
Na sequência do E-mail de V. Exa., de 07 de Março de 2007, a solicitar autorização para realizar uma
recolha de dados para um estudo de investigação intitulado "Prevenção da Doença Cardio Vascular",
encarrega-me a Chefe de Secção do Departamento Gestão Recursos Humanos e Gestão Documental,
D. Lúcia Barbosa de informar que por despacho do Sr. Vogal Executivo do Conselho de Administração,
de 04 de Julho de 2007, informa-se que o estudo está autorizado desde que cumpridas as indicações da
Comissão de Ética as quais se transcrevem: "Reavaliado o projecto após já completo, decidiu-se nada opor à sua realização." Com os melhores cumprimentos, Ana Andrade Departamento de Gestão de Recursos Humanos e Gestão Documental Hospital Pedro Hispano Unidade Local de Saúde Matosinhos, EPE
ANEXO 6
Panfleto proposto relativo
À prevenção da dislipidémia
Ce
ntr
o d
e S
aú
de
X
Triglicerídeos
e Colesterol
HDL Antes de ir fazer a col-
heita de sangue para
testar os triglicerídeos
é necessário jejum
de 10 a 12 horas antes
da colheita, podendo
beber água e tomar a
medicação.
ALGUNS CUIDADOS...
FACTORES ASSOCIADOS AO
ESTILO DE VIDA COM EFEITO NOS
TRIGLICERÍDEOS E NO
COLESTEROL HDL
Excesso de peso/Obesidade;
Vida sedentária;
Diabetes mal controlada;
Tabaco (diminui o HDL);
História familiar (factor genético), pode
ter influencia nos triglicerideos
elevados e no Colesterol HDL baixo
TRIGLICERÍDEOS
IDEAL (mg/dl)
Valor inferior a 150
COLESTEROL HDL
IDEAL (mg/dl)
Valor superior a 60
DE ACORDO COM
AS ÚLTIMAS
ANÁLISES OS MEUS VALORES
SÃO:
TRIGLICERÍDEOS: mg/dl
COLESTEROL HDL: mg/dl
EXEMPLOS DE ACTIVIDADE
FÍSICA MODERADA PARA
ADULTOS SAUDÁVEIS:
Caminhada durante 30 a 40
minutos;
Nadar durante 20 minutos;
Andar de bicicleta por
prazer 5 kms em 30
minutos;
Dança de salão durante 30
minutos.
MEXA-SE!!!!
Triglicerídeos são gorduras que se
encontram no sangue. São afecta-
dos pelo peso, estilo de vida, dieta
e história familiar da pessoa.
MENOS É MELHOR.
Colesterol HDL é o chamado “bom
colesterol” porque os valores altos
deste tipo de cholesterol podem
ajudar a prevenir uma doença do
coração. MAIS ALTO É MELHOR.
PORQUE SÃO IMPORTANTES?
Triglicerídeos elevados e baixo
Colesterol HDL aumentam o risco
para doença do coração.
Este panfleto mostra-lhe como pode
reduzir o risco de doença cardiac,
reduzindo os Triglicerídeos e au-
mentando o Colesterol HDL.
O que são Triglicerídeos e Colesterol HDL? NUTRIÇÃO
COMO REDUZIR OS TRIGLICERÍDEOS?
Reduza ao consumo de açúcar;
Coma mais frutas e vegetais frescos;
Prefira produtos integrais, com fibras;
Prefira gorduras insaturadas: azeite e
óleo de amendoim.
EVITE
Gorduras saturadas: gorduras animais,
óleo de coco, óleo de palma e gorduras
trans (as que são usadas por algumas
pastelarias e em algumas margarinas);
Ingestão de bebidas alcoólicas.
ACRESCENTE
Ácidos gordos Omega 3 _ 2 a 3 vezes
por semana coma peixe de água fria _
salmão, atum;
Nozes, cápsulas de óleo de peixe.
CONSULTE O SEU MÉDICO!
O SEU GUIA PARA REDUZIR OS
TRGILICERÍDEOS E AUMENTAR
O SEU COLESTEROL HDL
DATA:
PROFISSIONAL DE SAÚDE:
_________________________________
METAS NUTRICIONAIS:
_________________________________
_________________________________
_________________________________
METAS EM ACTIVIDADE FÍSICA:
_________________________________
_________________________________
_________________________________
MEDICAÇÃO PRESCRITA:
_________________________________
_________________________________
_________________________________
MÉDICO RESPONSÁVEL:
_________________________________
ANEXO 7
Circular Normativa de 18 de Abril de 2007
Ministério da Saúde Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa
Assunto: Risco Global Cardiovascular Nº: 06/DSPCS DATA: 18/04/07
Para: Serviços Prestadores de Cuidados de Saúde do Serviço Nacional de Saúde
Contacto na DGS: Direcção de Serviços de Prestação de Cuidados de Saúde/Divisão da Qualidade
De forma a dar enquadramento à estratégia de intervenção de identificação dos portadores de factores de risco cardiovascular, através da realização do exame periódico de saúde, prevista no Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Cardiovasculares e sob proposta da Coordenação Nacional do mencionado Programa, sedeada no Alto Comissariado da Saúde, a Direcção-Geral da Saúde, no uso das suas competências técnico-normativas, emite a presente Norma de melhoria das práticas profissionais.
I – NORMA
A Direcção-Geral da Saúde determina que:
a. Seja calculado o risco global cardiovascular, em função do perfil de factores de risco presentes, em todos os indivíduos em risco cardiovascular, sem antecedentes conhecidos de doença clínica evidente.
b. Seja considerada como prioritária a avaliação do risco global cardiovascular em todos os indivíduos assintomáticos com um risco cardiovascular elevado, como resultado da presença de múltiplos factores de risco (ou de níveis extremamente elevados de um único factor de risco) ou de antecedentes familiares de 1º grau com história precoce de doença cardiovascular aterosclerótica (ou com factores de risco individuais elevados).
c. Na determinação do risco global cardiovascular seja utilizada a tabela1 derivada do projecto SCORE (Systematic Coronary Risk Evaluation).
II- OPERACIONALIZAÇÃO DA NORMA
Para a determinação do risco global cardiovascular deve ser utilizada a tabela derivada do projecto SCORE, desenvolvida por um conjunto de Sociedades Científicas congéneres
1 Adaptação para versão Portuguesa elaborada por peritos da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Fundação Portuguesa de Cardiologia, Sociedade Portuguesa de Aterosclerose, Sociedade Portuguesa de Hipertensão, Sociedade Portuguesa de Endocrinologia e Metabolismo, Sociedade Portuguesa de Diabetologia e Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral.
Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa
2
Europeias, que se anexa à presente Circular e cuja versão electrónica também se encontra disponível em www.escardio.org/knowledge/decision_tools.
Para o cálculo do risco global cardiovascular deve ser considerado que:
a. A estimativa de risco baseia-se no sexo, idade, tabagismo, pressão arterial sistólica, colesterol total ou rácio colesterol total/HDL-colesterol.
b. Este risco é classificado em sete categorias diferentes de risco (desde < 1% a = 15%), cada uma com uma cor correspondente. Com base no risco de morte cardiovascular aos 10 anos, considera-se como categoria de alto risco, susceptível de medidas eficazes de prevenção farmacológica, um risco absoluto maior ou igual a 5%.
c. Existem situações potenciadoras de um risco global cardiovascular superior ao indicado na tabela, quando o indivíduo:
i. Se aproxima da categoria etária seguinte;
ii. Aparenta um grau significativo de disfunção renal;
iii. Assintomático, evidencia aterosclerose subclínica, frequentemente após o recurso a imagiologia diagnóstica;
iv. Tem antecedentes familiares de doença cardiovascular prematura, geralmente definida como a que surge antes dos 55 anos no sexo masculino e dos 65 anos no sexo feminino;
v. É obeso e sedentário, especialmente quando é evidente a presença de síndrome cardiometabólico;
vi. Tem baixos níveis de colesterol-HDL, hipertrigliceridemia, tolerância diminuída à glucose, com elevados níveis de proteína C-reactiva, fibrinogénio, homocisteína, apolipoproteína B e Lp(a);
vii. Tem diabetes
§ nestes casos devem-se aplicar coeficientes correctores ao valor calculado no SCORE, multiplicando por 2 o risco calculado, nos homens e por 4 nas mulheres;
viii. Tem doença cerebrovascular
§ nestes casos deve-se aplicar coeficiente corrector ao valor calculado no SCORE, multiplicando por 1.5 o risco calculado.
Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa
3
d. Para ultrapassar as dificuldades derivadas da variação temporal do risco (a longo prazo) e reconhecer o peso peculiar da idade no risco absoluto cardiovascular2 pode-se recorrer ao cálculo do risco projectado aos 60 anos, na estratificação do risco em adultos jovens e confirmar o risco atribuível ou excesso de risco, relacionado com o risco relativo respectivo, de modo a sentir o peso de determinado factor de risco num indivíduo de idade mais avançada.
e. Há necessidade de se diferenciar o risco absoluto determinado, habitualmente, na prática clínica, como elemento útil na decisão terapêutica do baixo risco (logicamente dependente do ponto de corte definido para cada uma das variáveis) e do risco relativo, particularmente nos indivíduos de grupos populacionais ou étnicos diversos e nas pessoas idosas.
III – FUNDAMENTAÇÃO
A doença aterosclerótica tem uma natureza multifactorial. Como resultado da multiplicidade de factores intervenientes (ambientais, dietéticos, metabólicos, hemodinâmicos, inflamatórios e genéticos) e do longo processo evolutivo, as possíveis relações causais entre os diversos elementos patogénicos e a doença aterosclerótica encerram, em si mesmo, um certo grau de incerteza que, por definição, são de tipo probabilístico (risco). Assim, entende esta Direcção-Geral como:
§ risco absoluto a probabilidade de ocorrência de um evento cardiovascular num determinado período de tempo;
§ risco relativo o quociente entre o risco absoluto de um indivíduo determinado e os indivíduos de baixo risco;
§ risco atribuível ou excesso de risco a diferença entre os riscos absolutos de um indivíduo e o do grupo de baixo risco, do mesmo sexo e idade;
§ baixo risco o grupo de indivíduos, de sexo e idade determinada, que têm um perfil de risco mais favorável.
A possibilidade de complicações cardiovasculares não depende de um qualquer elemento em particular, mas sim da presença concomitante de características individuais capazes de incrementar esta eventualidade (factores de risco) e/ou da afectação – sintomática ou não – dos órgãos alvo e das complicações clínicas associadas. O efeito dos diferentes factores de risco é sinérgico e multiplicativo, amplificando, de forma considerável, o risco cardiovascular.
O cálculo do risco global cardiovascular, como estimativa do sinergismo derivado da presença simultânea dos diversos factores de risco individuais, permite não só identificar os doentes com um risco elevado assim como modelar a intensidade de intervenção terapêutica no controlo 2 A idade pode, de alguma forma, condicionar a deslocação das intervenções terapêuticas para os indivíduos de idade mais avançada, em prejuízo das populações mais jovens ou das mulheres.
Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa
4
efectivo dos factores de risco, motivar os doentes numa estratégia de intervenção com o pleno cumprimento das medidas modificadoras de estilos de vida e farmacológicas, realçando o grau de risco e os ganhos potenciais das intervenções propostas e valorizar devidamente a necessidade e a efectividade de alguns tratamentos.
As habituais tabelas de estimativa do risco global cardiovascular só são ajustáveis a doentes sem manifestações clínicas evidentes de doença aterosclerótica. De facto, todos os doentes com antecedentes conhecidos de doença cardiovascular têm um risco cardiovascular elevado e devem ser tratados de acordo com as estratégias enunciadas.
Os métodos utilizados para estimar o risco cardiovascular baseiam-se em estudos epidemiológicos de coortes, onde a presença dos factores de risco foi relacionada com a incidência posterior de eventos cardio-cerebrovasculares. Desta forma, foi possível calcular a probabilidade de ocorrência de um episódio em função do número e da intensidade dos factores de risco presentes num indivíduo. Esta probabilidade é, normalmente, expressa numa percentagem, que indica a proporção de doentes, com as mesmas características, em que é esperada a ocorrência de um evento, num determinado período de tempo.
O DIRECTOR-GERAL DA SAÚDE
Francisco George
Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa
5
Tabela de Alto Risco Cardiovascular3
3 Terceiro Grupo de Trabalho de Sociedades Europeias e outras Sociedades para a Prevenção da Doença Cardiovascular na Prática Clínica (2003). Recomendações para a Prevenção da Doença Cardiovascular na Prática Clínica.
Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa
6
Tabela de Baixo Risco Cardiovascular4
4 Terceiro Grupo de Trabalho de Sociedades Europeias e outras Sociedades para a Prevenção da Doença Cardiovascular na Prática Clínica (2003). Recomendações para a Prevenção da Doença Cardiovascular na Prática Clínica.