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f UNIVERSIDADE DE LISBOA Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação DISCIPLINA E INDISCIPLINA NA ESCOLA % PERSPECTIVAS DE ALUNOS E PROFESSORES DE UMA ESCOLA SECUNDARIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO (ANALISE E ORGANIZAÇÃO DO ENSINO) ANEXOS ISABEL MARIA PIMENTA HENRIQUES FREIRE ORIENTADORA : PROF. DOUTORA'. MARIA TERESA ESTRELA LISBOA - 199#"

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f

UNIVERSIDADE DE LISBOAFacu ldade de P s i c o l o g i a e de C i ê n c i a s da E d u ca çã o

DISCIPLINA E INDISCIPLINA NA ESCOLA%

PERSPECTIVAS DE ALUNOS E PROFESSORES DE UMA ESCOLA SECUNDARIA

DISSERTAÇÃO D E M E STR A D O E M C IÊN C IAS DA EDUCAÇÃO (A N A L IS E E ORGANIZAÇÃO DO E N S IN O )

ANEXOS

ISABEL MARIA PIMENTA HENRIQUES FREIRE

O R IE N TA D O R A : PROF. DOUTO RA'. M A R IA TERESA E STR E L A

L IS B O A - 199#"

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UNIVERSIDADE DE LISBOAFacuLdade de P s i c o l o g i a e de C i ê n c i a s da E du ca çã o

DISCIPLINA E INDISCIPLINA NA ESCOLA

PERSPECTIVAS DE ALUNOS E PROFESSORES DE UMA ESCOLA SECUNDARIA

DISSERTAÇÃO D E M E STR A D O E M C IÊN C IAS DA EDUCAÇÃO (A N Ã L IS E E ORGANIZAÇÃO D O E N S IN O )

ISABEL MARIA PIMENTA HENRIQUES FREIRE

O R IE N TA D O R A : PROF. DOUTORA . M A R IA TER E SA E STR E L A

ANEXOS

L I S B O A - 1990

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ÍNDICE

ANEXO I

Guião das Entrevistas ............ 5

ANEXO II

Protocolos das Entrevistas ................................... 8

ANEXO III

Análise de Conteúdo (12.Fase) ............................... 172

ANEXO IV

Análise de Conteúdo (2 2 .Fase) ............................... 291

ANEXO V

Pré-questionário dos alunos .................................. 300

ANEXO VI

Pré-questionário dos professores ........................... 304

ANEXO VII

Pré-questionários - Matriz dos Resultados do Bloco 1 .. 307

ANEXO VIII

Pré-questionários- Matriz dos Resultados do Bloco 2.... 308

ANEXO IX

Pré-questionários-Matrizes dos Resultados do Bloco 3... 309

ANEXO X

•Tabelas de frequência - Bloco 1 ............................. 310

ANEXO XI

Tabelas de frequência - Bloco 2 ............................. 324

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ANEXO XII

Tabelas de frequência - Bloco-3 .......... ......*......... .,330

ANEXO XIII

Validade - Bloco 1 .................... .. .........■..... ' 338

ANEXO XIV

Validade - Bloco 2 . . .f..... . 339

ANEXO XV ' ■ • ir

Validade - Bloco 3 .................. .................. . 3.40

ANEXO XVIrs

Fidelidade - Bloco 1 ............... .......... :............... 341/

ANEXO XVII

Fidelidade - Bloco 2 .................. 342

ANEXO XVIII

Fidelidade - Bloco'3 ....................'............ : v 343

ANEXO XIX

Questionário dos 'alunos ...............■.......... 344

ANEXO XX

Questionário dos professores ................................ 348

ANEXO XXI

Guião das mini-entrevistas aos’ Directores de Turma .... 351

ANEXO XXII

Informação-prestadas pelos Directores de Turma .......... 352

ANEXO XXIII

Análise em Componentes* Principais - Bloco 1/A'lunos ... . -357

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ANEXO XXIV

Análise em Componentes Principais -Bloco 1/Profe.ssores. . . . :358

ANEXO XXV

Análise em Componentes Principais-Blo.co. 2/alunos ........... .359

ANEXO XXVI

Análise em Componentes Principais-.Bloco 2/Pro.fessores ...... 360

ANEXO XXVII ■. ■ * "(! • /

Análise em Componentes Principais-B.loco 3/Aluno.Sr ...... . . v. 361

ANEXO XXVIII . -í-i: M\

Análise em Componentes Principais-Bloco 3/Prof essores,. . . ... 362V l l l

ANEXO XXIX ; •\

Questionários - Tabelas.de frequência/Bloco. I- ................j-363

ANEXO XXX . t •.

Questionários - Tabelas de frequência/Bloco 2 .............. 369

ANEXO XXXI • :

Questionários - Tabelas de fr.equ.ência/Bloc.o 3 .... .-375

ANEXO XXXII •• .

Resultados do teste do x^-72Ano-ACD/ACI.-Bloco 1-.'........... 381

A NEXO XXXIII

Resultados do teste do -72Ano-A C D / A C I - Bloco 2 ......... 382

ANEXO XXXIV

Resultados do teste x^-72Ano-ACD/ACI- t Bloco ,3. ............. 383

ANEXO XXXV

Resultados do teste do x ..-9 S A n o - A Ç . D / A C I B l o c o -1 ....... ., 384

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ANEXO XXXVI

Resultados do teste do x 2 -92Ano-ACD/ACI - Bloco 2 385

ANEXO XXXVII

Resultados .do Teste do x 2 -9 $ano-ACD /.ACI - Bloco 3 ......... . 386

A NEXO XXXVIII

Resultados do teste do x2 - 72ano/95ano - Bloco .1 . ...... 387

ANEXO XXXIXo

Resultados do-teste do x -72a no/9Sano - Bloco 2 ........... .388

ANEXO XL

: Resultados do teste.do x -79ano/92a no - Bloco 3 :........... 389j

ANEXO XLI

Resultados do te.ste do x2 -Professores/ACD- Bloco 1 ........ .390

ANEXO XLII

■ Resultados do teste do x 2 -Profes sores/ACI-Bloco .1 ...... .391

ANEXO X L I II

Resultados .do teste do x. .-Professores/ACD -Bloco 2 ....... 392

ANEXO XLIV

Resultados do teste do x -Professores/ACI-Bloco 2 ....... .^393

- ANEXO.XLV

Resultados do teste do x 2-Professores/ACD-Bloco 3 ........ 39^

ANEXO XLVI

R e s u l t a d o s d o t e s t e d o x 2 -Professores/ACI-Bloco 3 ....... 395

ANEXO XLVII

Resultados do teste do x2 - Professores/72ano-ßloco 1 .... 396

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ANEXO XLIX

2Resultados do teste do x -Professores/72ano-Bloco 2 . ....... 398I

ANEXO L

Resultados do teste do x^-Professores/92ano-Bloco 2 ........ 399

ANEXO LI ’

Resultados do teste do x^-Prdf essores/72ano-Blòco 3 / 400

ANEXO LII

* 2 * Resultados do teste do x -Proféssoresty92ano:Bloco 3 401*

ANEXO LI1I • .

Bloco 4(alunos) -Tabelas 2x2 e resultados do teste'do x^ '. 402

ANEXO L IV .• ' .

2Bloco 5(élunos) - Tabelas 2x2 e resultados’do teste do x 407

ANEXO LV ’ ’ ■ ?'

Estrutura Familiar/ Repetências-tabelas de frequência e resultados

do teste do ......................................................... 424

ANEXO L VI .,

Repetências/Tipo de Comportamento/sexo-Tabelas de frequên-2

cia e resultados do teste do x ...................................426

A NEXO L VII

Est. Fami1iar/T1 po de Comportamento/sexo-Tabelas de fre-• 2quencia de resultados>do teste do - x .................. ..... 427

A NEXO XLVIII

Resultados do teste do x^-Professdres/92ãno-Bloco 1 ...... 397

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. ANEXO I

GUIÃO DE ENTREVISTA

\

TEMA: "Estudo comparativo dos conceitos de d i seiplina/indiseiplina

em sala de aula e suas principais causas, entre alunos dos

72 e 92 anos de escolaridade".

0B3ECTIV0S GERAIS:

- Recolher dados sobre:

- conceitos de disciplina/indisciplina;

- modelos de autoridade:

- noção de regra e infracção à regra;

- condições geradoras de fenómenos de indisciplina.

- Recolher algumas pistas que concorram para a definição de

um modelo de "bom" professor.

BLOCOS OBOECTIVOS ESPECÍFICOS QUESTÕES '

-Legitimar a entrevista:

. informar sobre a n a ­tureza e objectivos do trabalho;

. informar sobre os ob jectivos da entrevis ta -

A

LEGITIMAÇÃO

DA

ENTREVISTA

-Motivar os entrevista­dos :. solicitar a sua colo

b o r a ç ã o ;. referir a importância

da entrevista para a realização do traba lho

. assegurar a confiden cialidade da entrevis t a . -Dada a maior rapidez e facilidade

na recolha de informação, i m p o r ­tam-se que a entrevista seja gra v a d a ?

-5-./

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BLOCOS

B

RECONHECIMENTO

DA

TURMA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

Recolher dados sobre:

- comportamento dos alii n o s , em g e r a l ;

- comportamento' de alij n o s •em particular;

- diversidade de r e l a ­ções co.7 os professo r e s ;

- condições de vida em sala de aula e na es c o l a .

QUESTÕES

Que pensam da vossa turma? (Gostam dela ou não?)

Comparando-a com outras turmas a que já pertenceram parece-vos que é diferente? Em quê?

Como classificam a vossa turma quanto ao comportamento?

Existem casos de alunos ou gru-:. pos de alunos com comportamentos especiais dentro da vossa turma?

A que é que atribuem esses- com-- portamentos?

Esse(s) aluno(s) são assim „era to das as disciplinas ou só em al-. gumas? ;

Pensando naquele que é para vos; o melhor professor da t u rm a,por­que razão ou razões acham que e l e "é o mèlhor? ;

Notam que há algum professor que tem particulares dificuldades em "dar aulas" à vossa turma? Por-, que é que acham que isso aconte: ce?

Numa aula há,por vezes,^ diversas actividades e é mais fácil estar -se atento numas que noutras. Em que actividades é que acham que os alunos têm mais facilidade em estar atentos?E desatentos?

Quais são os melhores aspectos da vossa vida na escola?E os pi­ores? ? ‘

CONCEITOS

DEDISCIPLINA/INDIS

CIPLINA

Recolher dados sobre:

- noção de má/boa condu ta ;

- causas de indiscipli na ;

- condições em que se gera a indisciplina.

-6 -

Que direitos e deveres atribuem aos alunos? E aos professores? ;

Quais vos parecem ser as regras fundamentais a respeitar numa sala de aula?

De um modo geral, quais são aqu£ las cuja infracção vos parece mais grave?

Como é que se devem construir as regras a respeitar numa sala de aula?

Quando é que vos parece que um aluno tem um comportamento a quepodemos chamar de indisciplina"do? .

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BLOCOS

:

OBOECTIVOS ESPECÍFICOS QUESTÕES

cCONCEITOS

DE

DISCIPLINA/INDIS

CIPLINA

- Quando alguém não cumpre uma re '

gra importante em sala de aula

como se deve proceder?

- Se um aluno é indisciplinado,

- acham que .isso se deve a quê?

D

MODELO DE

"BOM" PROFESSOR

Recolher dados sobre:

- conceito de "bom" professor

- modelo(s) de autori­dade

- processos de disci- plinaçlo

- 0 que é para vocês um "bom" pr£

fessor?

- E um "mau" professor?

> *

r

1

1 :

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ANEXO II

PROTOCOLOS DA3 ENTREVIS TAS

i

-8-

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72 ANO - TURMA CONSIDERADA DISCIPLINADA

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ENTREVISTA

Entrevista gravada com a concordância dos entrevistados, m a n i f e s ­

tada durante o período de legitimação e motivação da mésma.

Segue-se a transcrição dó registo'da gravação realizada.

O R : Então vamos começar. 0 que gostava que me dissessem em p r i m e i ­

ro lugar seria o que vocês pensam da vossa turma,' sè gostam

dela ou 'não.’ Como é que se sentem' na vossa* turma?

Pode começar a Síl . . .• diga lá?

Sil: ... (ri-se) ... gosto da turma ...

O R : E porquê? . . .

S i l : ...... ,

0 R ‘: Não quer ser a ’primeira?! Entãó diga lá outro! Quem quer ser?

Cris: Posso ser eu. Ah ... acho que realmente a nossa turma em r e ­

lação às outras é uma turma máis bem comportada que as outras,

• pr i nci pa lmen te . o 7.2C, que dizem que é a turma mais mal compor

ta da • .;. . Bom ,• mas ... mas eu.acho a nossa turma.devia ser

;m a i s ^ c o q p e r a ti v a , uns com os outros, ajudar mais uns aos o u ­

tros, acho que e isso

O R : E o Bru. , o que pensa d a :sua turma?

B r u : V ;A m e rmá coisa ... a m e ’ma coisa que a C r s . ..Acho que a

turma e m r e l a ç ã ò às turmas do 7 9 a n o - a c h ó que é a mais bem com

p o r t a d a .

OR: É a Án So ?

An.So.: Tambem! Penso o mesmo

OR: Gosta ... sente-se bem na sua turma? Gosta de pertencer a ela?

.An.So.: Não tenho .problemas.! Acho que ela é um bocado., pouco unida

... prontos, cada um age por si, depois há uns grupos assim

de um lado, outros do outro. *Ta um bocado dividido ã tujr

ma ... mas, de resto ... não tenho problemas.

-.OR : ,An ... Lu ’ ......

An Lu:. E u 1 acrescento ao que"a"CfÍs disse ... acho que ... p o r ­

tanto, em relação a turma C é m u i t o -melhor-...tambem penso

- 1 0 -

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que ..., portanto, a turma às vezes 'tá muito activa, p o r ­

tanto, é trabalhadora, portanto, faz os trabalhos c o n f o r ­

me os 'stores pedem, outras vezes, pronto, 'tá na b r i n c a ­

deira, já não liga ... já não e ... tão activos. Tambem as

vezes, não é preciso 'tar semprè muito .... Eu sei que e

preciso 'tar sempre com atenção, mas não com ... sempre mui

to ...depois também se torna muito ... chateado e assim...

chato e aborrecido.

O R : Sim, sim. E a SÍl ?

Sil: (riem-se todos) Eu sinto-me bem na turma,, mas acho a.mesma

coisa que a Cris . e a An So . . . ; a tu r,ma.e.m u i t o - s e p a r a ­

da , portanto, há vários grupos dentro da turma.

OR: Ainda sobre a vossa turma, comparando-a com outras t u r m a s . . . v o ­

cês já têm uma vida escolar de sete anos, pelo menos, caso não

tenham reprovado ... comparando com ou/tras turmas a que ja pe£

tenceram é diferente? 0 que acham em relação a outr.as turmas?

O R : Em que é que ela é diferente?

Bru: Ela é diferente no comportamento dos alunos ... -dá andei em/

muitas turmas e ... eram turmas que ... toda a gente se port£

va mal e nunca se tinha o aproveitamento que esta turma tem.

Cris: É isso! Eu também acho, porque ... no 1 2 ano era muito pior

... eu tinha uma turma que era m u i t o ’ pior, tanto no primeiro

como no segundo e ... na ... da 12 até. à 42 classea mesma coi

sa, tudo- assim ... mais mal comportado faziam muito barulho,

acho que é isso ... agora, nem tanto, acho que não fazem m u i ­

to barulho. 'Tá bem que de vez em quando, não é ... mas ...

não fa'zem tanto barulho.

O R : E a An So. ... o que pensa? ...

An.So.: Eu não ... eu sempre fiquei numa turma boa, em que o c o m ­

portamento era bom ... Não noto- muita diferença na turmã.

An.Lu.: ... se ... eu acho que ... além dessas diferenças já aqui

enumeradas, eu.também acho que ... a turma ... portanto,

pelo menos as minhas turmas em anos anteriores eram mais

unidas. Acho que conforme nós vamos, portanto, ... subindo

de n í v e l .acho que vai ficando c a d a . v e z ;mais separada. Eu

• acho assim ...... . ....

O R : Acha que sim?!

-11-

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An.Lu.:- Quer dizer também depende, às vezes, das turmas ou d o s :pró

prios alunos, mas ... eu penso que sim.

OR: E a Síl ....o que pensa, comparando com outras turmas?...

Sil: Eu acho também acho que as minhas turmas a n t e r i o r e s , acho que

eram mais unidas. Ah ... mas o aproveitamento e o comportamen

to era pior ... era pior.

An.Lu.: Pois, eu.também concordo contigo.

OR: Embora a nossa turma seja uma turma de que vocês gostam ...

acham que existe em relação ao comportamento alguns casos esp£

ciais ... alunos que fogem um bocado ao geral da turma? (riem-

-se) mesmo que, sejam voces . . .

Cris: Fogem em que aspecto?

Bru: Assim no comportamento?!

OR: Ah ... o comportamento genericamente parece ser bom ...

Bru: Sim! ... Assim brincadeiras?! ...

OR: Haverá alunos que têm atitudes menos boas ... menos d i s c i p l i ­

nadas . . . ' . . .

Todos: Sim h á :! - ( r i e m - s e ) ...........

O R : E são muitos casos ...

Todos: Não! Muitos poucos ...

An.Lu.: É raro, quando isso acontece ...!. * ‘ ' '

OR: A que atribuem esses comportamentos diferen,tes Acham que e

devido- a quê? - ' . , J HlCris: Não sei ... se calhar é devido ao ano passado, ou qualquer co_i

sa assim, ou aos anteriores ... que eles se calhar habituaram

-se muito aquele comportamento e agora não mudam. Acho que e

i s s o !

Bru: Ou mesmo dos próprios professores ... que possam, as vezes dar

mais confiança do que costumam dar e eles em v.ez de pegarem

na.mão pegam.no braço .todo.

Án.Lu.': :0u t a m b é m ’da própria pesso.a, portanto da mentalidade da pes

soa, q'ué pode -ser. mais activa : mais. -brincalhona ou ate não

. . . Isso l- também . depende .um , bocado.....

OR: Mas, vocês acham que nãd h á !casos, na"vóssá turma, de i n d i s c i ­

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p l i n a , ou haverá?

An.5o.: Não, eu acho que os casos ria nossa"turma não sãó* de ; muitá ,

muita, muita indisciplina, são mais, assim, de gozo .....

brincadeira ou qualquer coisa assim ... -

Bru: É ... brincalhões!

OR: E esses alunos são assim em todas as disciplinas ou têm a l g u ­

mas, em especial, onde se portam pior?

Bru: Há algumas ... porque há outras em que os professores dão m e ­

nos confiança, são menos brincalhões ...

An.So.: Tem algumas em que se portam pior ... Eu acho qu’e a nossa

turma não sabe ... é o que ele disse quando um' professor

dá um bocado de confiança eles querem logo tudo . . .' depois

... (riem-se todos) ....

OR: E o que a S Í T ’ p e n s a d i s t o . . . . > •

O R : Pensa o mesréo que os seus colegas?!

Sil . : Sim! ........ ..

O R : Agora ... desviando-nos um pouco dos colegas e pensando nos

professores ... gostaria que vocês pensassem naquele que é p a ­

ra cada um de vos o melhor professor da turma ...

Cris: 0 melhor professor assim ... no aspecto de ensinar?!

OR: Tudo ... portanto, o que é para vocês ... pensando no que e

para vocês um bom professor ... pensem naquele que e para v o ­

cês o melhor e ... porque razão ou razões é què acham que ele

é o melhor? -

Cris: Temos que aqui mencionar qual é o professor?'

OR: Não, não, não é preciso!

OR: Quem é que quer falar primeiro? - • \

An.Lu.: Eu acho que é a 'stora de Ciências, porque . . : 'Be nr, a 'sto-

ra alem de ser 'nova, nao ;e? ."..mas a .'stora quando, e p, ra

brincar brinca,' mas quando é .para dar-matéria nos ate d a ­

mos bastante matériã, pronto ,■ èstá- a.-dar • matéria , faz pon-

. tos,, e não temos prp b. l e m a . .... portanto, até agora não t i ­

vemos problema, durante o ano.

-13-

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C r i s . : E u acho que é a.'stora-de Matemática! •

An.So.: Eu também!

Sil : Eu também !

Cris: A 'stora de Matemática ... ela ralha com os alunos de. uma

maneira, quer d'zer, não é a ralhar, é a brincar, mas ....

põe-os, ali, disciplinados e ... explica muito bem ...

An.So.: Ela consegue 'tar a dar as aulas na brincadeira e ... c o n ­

segue . . . . • • ■ -

Cris: Conseguimos perceber muito bem.

An.So.: Ela consegue mesmo com os alunos, que têm mau a p r o v e i t a m e n ­

to .... estejam na aula ... prontos, atentos. ■,

An.Lu.: A .'stora tem uma.maneira de ensinar,, assim muito ...

An.S‘o.: Mas o- que e que eu ia dizer? Consegue que os alunos ...' < 1 '

Bru: Eu em todos os anos que tive professores de Matematica, pron-

tos desde o primeiro ate ao setimo, que eu repeti o setimo,

já fiz duas vezes, ah ... eu não sei porquê nunca gostava5'dos

professores de Matemática e este ano 'tou a gostar da professo

ra, dou-me bem com a professora.

OR: Porque razão, Bru: ? . .

Bru: Não sei ... , ela é b r i n c a l h o n a ,.gosta de brincar e ... de nos

dar matéria e ... leva tudo na brincadeira, mas consegue dar

matéria e pôr toda a gente atenta...

O R : Vocês notam algum professor que têm mais dificuldade ...Ah, a

Síl não disse qual é o melhor' professor

Sil: É a de Matemática. .

OR : E , porquê? 1

Sil: Pelas mesmas razões dos meus colegas. "•

•' OR : Mas', diga 'lá quais' são?- *

Sil: Ah ... consegue dar as aulas bem ... a matéria ... explica bem

e ... quando alguém tem ... está-se a comportar um bocadinho

p’i;or-, a s ' tora • consegue levar- tudo -na brincadeira , m a s . . .

eles ... ficam quietos : ^ . ela-consegue ...

Bru: Impõe o respeito

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An.So.: Ela consegue que as.pessoas participem na aula, mesmo m u i ­

tos que não sabem, prontos ... e ... mete toda a gente a

vontade na sala da aula.

O R : Vocês acham que há algum professor que tenha mais dificuldades

em dar aulas à vossa turma? E porque acham que'isso acontece?

Cris: Eu acho que sim.

OR : 0 que notam nesse professor?

Cris: Bom, é que no princípio do ano ... ela ... a. p r o f e s s o r a , pri£

cipalmente, deu muita confiança e agora não os consegue seg£

rar para que eles estejam disciplinados na aula e ter atenção

.., e ...eu acho que ...

An.So.: Eu acho que ... é a professora de Francês, porque ...ela

também, é o primeiro ano que ela dá aulas e,- ela não- 'tá...

prontos, ela não pode. . . ela não consegue . . .. ela .ainda é

nova... e como é o primeiro ano, ela ainda não sabe bem on- .

de é que há-de levar os alunos e então, prontos ... pensa

que .. . nem pensa . . .ela ... quer dar aos alunos ... quer

ser uma amiga, ou assim uma coisa para os alunos, só que,

pelo menos os alunos não 'tão habituados a isso ... se c a ­

lhar não 'tão habituados a receber professores novos e ...

não conseguem ... ah ... perceber ....' "

Bru:' ... percebe as intenções da s'tora . • -

OR: E ela tem dificuldades em, por vezes dar aulas?!...

Todos : T e m , tem !

O R : E que tipo de dificuldades? :

An.So.: Não consegue manter a turma quieta ...

C r i s : . . . e c a l a d a . . .

Bru: C a l a d a . .. toda a gente tem de • f a. lar.

An.Lu.: Às vezes está a dar matéria e .... .alguém. diz "ai;, eu. sei !•", e

não sei quê e depois, às vezes a 'stora também se confunde

e ... pronto, a turma não rende o desejado.

OR: Então a An .• Lu..' também . ach.a • que- é a. profes.sora de Francês que

tem maiores dificuldades. .. . e o Bru . e a An. • So;. ?! ítodos

acham que sim). Acham, então, que ela tem dificuldades em dar

aulas à vossa turma porquê? Digam lá!

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Bru: Porque acho que eles n'a' aulá de Francês . .’-.na aula de :Frán^ • •

cês ... eles não, toda a gente, toda a-gente .-em geral..-- na

aula de Francês ... a s'tora dá mais confiança e nós' a g a r r a ­

mos essa confiança e ... 'tamos sempre na brincadeira e não

... não sabemos aproveitar o que a 'stora nos dá.

OR: Então, agora, queria que começasse a Sil ... Numa aulã...

ah ... nas diversas aulas que têm ha actividades diferentes

..-. umas vezes umas -coisas, outras v.ezes outras . ... voces alij

nos e o professor também ... Ah ... a Sil-. nota que.ha acti^

vidades em que os alunos estejam mais concentrados e mais aten

tos?

Sil: ...

OR:.Quando é .que-nota que os alunos estão mais concentrados? Q u a n ­

do estão a fazer o quê? , .

Sil: ... Mais concentrados?!

OR: Mais participativos, mais . quando é que . .

An.So.: Acho que é ... nas aulas de Educação Física ... todos q u e ­

rem participar ... passam de uma turma desunida para ... to

dos querem ajudar, participar ... todos ... prontos ... To

‘da a ’ gente góstà'de ir à aula de- Ginastica.

OR: Fazem actividades de que tipo?

A n .S o .: Volei ...

OR: É tudo em grupo? •

Á n .S o . :'P o i s " ... e toda' a génté quer participar ...'toda a gente

quer entrar nas actividades ; . .

.An ; L u .: 0 jógo e e s s a s :actividadés ... acho que são actividades que

incitam ... aos alunos serem unidos mesmo, porque ... tem

de aplicar muito b,em a s • regias têm d,e ser amigos, não .

podem começar, só. porque ele. fez mal, começam "olha o burro"!

AnlSo.: Más, isso acontece

An.L.u.: Pois, mas tentamos ser mais unidos para que o jogo renda,pa^

ra que seja um jogo bom. Eu aí apoio, portanto, o que a Ana

Sofia disse.

OR : E vocês? Sil diga lá, em que actividades acha que vocês estão

mais concentrados no que estão a fazer?...

-16-

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Cris: Isso é n o s testes; isso é q u e temos que.estar mesmo.mais c o n ­

centrados (todos se. riem)

O R : E sem ser nos testes?

Bru: Nos trabalhos de grupo ...

A 1gu n s : Sim

An.Lu.: Ai, eu não acho!

Bru: Certos grupos ... certos grupos estão mais concentrados no tr^

ba lho . . ."

Cris: Ha outros que se aproveitam da situação p'ra fazer barulho ...

An.Lu.: Eu acho que, portanto os alunos estão mais ... activos no

trabalho quando estão a fazer os trabalhos sozinhos, p o r ­

que ... é como que ... como se n ã o ’ 'tivessem protegidos,

porque quando se trabalha no grupo'nos sempre estamos assim

mais ...

S i l : Eu acho que no trabalho de grupo que ... q u e ^ t a m o s mais ç o n r .

centrados ... algumas pessoas ... porque há algumas pessoas que

se aproveitam da situação de ser trabalho de grupo é nãó*fazém

nada

An.Lu.: Mas eu acho que quando é trabalho individual, às vezes, r e n ­

de mais ... porque o aluno tem de fazer me'mo aquilo e senão

depois é ele próprio que fica prejudicado.

An.So.: ... porque no trabalho de grupo ... quando qualquer còisà

corre mal " ah, eu disse p'ra ele fazer", não sei que mais

... o aluno tem sempre as costas, quent.es ' ta protegido pe

l o s c o l e g a s , e assim não.-

OR: E, a M . ' ; C r i s : ' •, quando é que- acha que os alunos, tem m a i s f a

cilidade em estar concentrados?.. .

Cris: Eu acho que é nesses trabalhos, também ... nesses trabalhos,

assim . . . H a outros que nos trabalhos de grupo se' aproveitam

me'mo da situação p 'ra brincar com os colegas, não e? Quem

... nos seus grupos, os seus amigos mais coisos e .... e apro-

veitam-se e brincam ... na aula nada fazem e depois deitam

as culpas p ' ra cima dos outros por terem, como dizia a Ana

Sofia, as costas quentes.

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OR: E, quandò é que ' tão menos atéritós?Em que activid'ades é que s u r ­

gem mais problemas de d e s c o n c e n t r á ç ã o ,’ de conversas, d e - b r i n c a ­

deiras? ...

Cris: ... a 's torá d i z :que não quer barulho, quer-tudo a' falar em

burburinho, não sei quê, passado um tempo já 'tá tudo a falar

• alto ... . . . . . . . . . .

OR: Mas estarão a"falar alto por causa do trabalho ou estarão ...

Cris: Alguns estão a falar alto por causa do trabalho, outros por

causa ...

An.So.: Ou então.quando a professora começa a escrever qualquer coi_

sa no quadro ... começa o bruburinho ...i

An.Lu.: 3a nos aconteceu também ... as vezes, portanto, as nossas

professoras têm que sair ... aconteceu agora em Português,

a professora ter de ir buscar uma prenda ao carro, que um

colega nosso fez anos e então, pronto a s'tora saiu, 'tava

la uma empregada, mas ... foi quase a mesma coisa ...

OR: Que estarem sozinhos!?

A n . L u ■ P o i s . ; . ..

ÓR: E'estavam 'com trabalho, p'ra fazer?

An.Lu.: Estavamos com teste.

OR:. E quando os professores estão a explicar, o.que acham?

Os alunos de u m m ò d o g e r a l ,:concentram-se?

Cris: Ás vezes quem sabe 'tão a pensar noutra coisa,'tão a olhar

p'ro s ’tor que 'ta a e x p l i c a r ,.mas não 'tão ... naquela ’tão• * inuma outra, 'tão noutro sítio. Depende ...

B r u :.É difícil uma pessoa ’tar cinquenta ,minutos sempre atento,des-

fde (o princípio da aula até ao fim da aula atento a tudo o que

os s'tores dizem. Os primeiros vinte ou trinta minutos uma pe^

soa ainda consegue 'tar atenta, a partir daí já não ... ja

não rende nada . ,

OR: Mas por exemplo.a aula ... o que é que acham ... eu acho que

o Bru, está a falar de estarem cinquenta minutos a ouvir o p r o ­

fessor ... É difícil estar concentrado cinquenta minutos ...

B r u : S i m , é isso

0R-: Mas, se por exemplo estiverem a ouvir o professor um bocadinho e

-18-

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depois o professor der qualquer coisa.para vocês fazerem c o n s e ­

guem.estar os.cinquenta m i n u t o s .concentrados, desde que haja di

versidade de actividades?

An.So.: Depende ... depende da disciplina ^ambém ...por exemplo nós

Bru: £ que nós até 'tamos mais atentos quando 'tamos, por'exemplo, a

escrever do que 'tar só o professor só a falar... a falar, nós

'tamos a ouvi-lo, mas já nem sabemos o que 'tamos a ouvir, às

vezes.

Cris: £ como se 'tivesse assim... por exemplo, a ouvir o que o s'tor

'tava a dizer ...a olhar p'ró s'tor, mas se 'tivesse noutro

sítio, quer dizer ...

An.Lu.: £ como nas aulas de História ...

OR: 0 que se passa nas aulas de História? . .

An.Lu.: 0 s'tor fala, fala, fala ... "

Bru: Fala durante a aula toda ...

An.Lu.: Pronto, às vezes também ... as aulas de História, na maioria

dos casos, ou assim ... costumam ser à primeira hora e, e n ­

tão ... às vezes ... ainda venho com.sono e ainda.fico pior

. . .É natural que aconteça ... mas, às vezes, até me ponho a

escrever p 'ra ver se tiro apontamentos ... p'ra ver; se eu

desperto mais para ... p'ra não • 'tar assim tão .v. torna-se

um bocado ... as. aulas tornam-se um-bocado ...

C r i s : C h a t a s ! » ■ • t *

An.Lu.: Não é chatas ... é isso, monótonas . .*. é-sempre a-mesma c o i ­

sa.

An.So.: £ muito blá, blá, blá, blá ... é sempre blá’, b l á , 61 á ,'blá ...

OR: Voces ja conhecem um bocadinho a nossa escola ... pelo mènos ja

estiveram cá um ano ... o Bru dois ... Quais consideram ser

os melhores aspectos da vossa vida na e s c o í à ? . . . Não é só na sa

la de aula ... é na escola toda.

An.Lu.: Quando eu passo de ano ... (riem-se todos)* ou quando*venho

ver as notas e vejo què 'tão boas! '

OR: E, assim, no dia a dia da escola? 0 que gostam mais ...

An.Lu.: Os intervalos (riem-se). Ou então, quando é uma centésima li

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ç ã o , t a m b é m .

An.So.: Eu gosto mais da papelaria.

An.Lu.: Na papelaria o quê?

C r i s : Ha gelados !

An . Lu . : -Ah , também !. (riem-se). Eu acho que,, prqnto . . . . E , também

quando ...

An.So.: ... quando toca p'rá saída.

An.Lu..:. E,.também, quando um .professor vem assim com um. espírito des

poritivo, como falámos há bocado no' caso s'tora de Matemática

Prontos, ... nós estamos na aula, brincamos, aprendemos e ..

pronto, é uma aula divertida. Nós 'tamos ... saimos, p o r t a n ­

to ... da auía com, assim um espírito ... a s s i m . . . como é

que eu hei-de dizer? ... assim mais, mais deleitado, mais

leve. ’ •

Bru: Saímos de lá de bom humor,- saímos de lá de bom humor

An ! So : É gíró que,às' vezes , as aulas até se tornam ... ■

An.Lu.: Pois, ha quem diga que as aulas de Matemática podem ser, a s ­

sim, mais ... mais monótonas ...

Cris: Eu nâo acho, eu não acho.

An.Lu. Eu 'este ano’'não acho. - -

OR: A An* So .'.:, o que mais gosta aqui? dá disse que é a papelaria,

porque tem os gelados e é quando toca p'rá saída ... que é o m e ­

lhor momento da sua vida (riem-se todos). E mais? ... 0 que e

* que' gosta: mais?7‘. '' ■*

An.So.: ....

Bru: A escola tem boas condições!

O R : Diga, Bru

Bru: Acho que tem boas condições ...

OR: Tem boas condições, em que aspecto?

Bru: Saías de aula ... pavilhões ... casas dé banho. Acho que iem b£

as c o n d i ç õ e s .

OR: Isso é quanto ao que é material ... E ao aspecto humano?

An.So.: Lá fora é quando se consegue, conyi.ver..mais ....

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Cris: Pronto, na aula não se pode 'tar a falar não é? (riem-se).E

nos intervalos podemos ...

Bru: Desbobinam tudo ... Na aula durante cinquenta minutos ...

OR: Diga Crisl :, o que acha ser o melhor na sua escola?

Cris: Não sei ... eu acho que ... a escola é tudo ... tudo e bom,

não é? ... Porque 1 tamos aqui é p ' r a aprénder ... Acho que

s i m ... ’ ''

Bru: As nossas amizades! . . .

OR: Comparando com outras escolas onde já esteve, o que-acha de-bom

n e s t a ? '' * * . •

Cris: A minha escola o ano passado não tinha, não tinha tão boas coin

dições como esta tem. Acho que esta tem boas condições e a i n ­

da mais que podemos utilizar o pavilhão, que e uma coisa boa.

OR: 0 que é o pavilhão?

Cris: 0 pavilhão ali- ... desportivo.

OR: Ah, g i m n o d e s p o r t iv o , está bem. Podem utilizar mesmo fora d a s . a u ­

las de Educação Física?

C r i s : S i m , sim •

OR: E a Sil , o que é bom para s i ? ........ ,

Sil: Eu gosto da escola ... sinto-me bem - . . . ..compar a-ndo -com outras

escolas q'a gente teve, embora sobre o que a Cris disse do

• pavilhão e dos campos ... a minha escola do ano passado tinha

um ... melhores condições sobre os campos ao ar livre ...• : . • - ► •• . i

OR: E o que gosta menos aqui? 0 que acha ser aqui o pi-or aspecto da

sua vida?

S i l : ■ * *

OR: Querem falar primeiro?

O R : Qual é o pior aspecto aqui da vossa vida na escola?

Cris: Fazer testes! Isso que não devíamos ... devíamos é participar,

assim, na aula ... fazer perguntas. Agora, nos testes parece

que e pior ... as pessoas ficam mais nervosas e eü acho que e

isso. ' ' v- ' ■ • • ■ V ' •

O R : E vocês o que acham-"que é: mau? ,,iv •** 5 " • *'

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An.So.: Quando 'a gente- pensa-que nào va i “• haver-" au la . e . depois." vem; o

s'tor e ... p'rá vir d a r * a á u l a ...

An.Lu.: Pois eu também 'tou de acordo com a Cris •, è m b o r a n ã o . se

ja bem no sentido negativo, porque-... os testes são p,'ra

•.nosso bem . - . se nos n ã o -os fizermos. . .ou se ... portanto,

pode.ha v e ^ p e r g u n t a s , mas,...,as perguntas também ajudam,

• mas eu acho. que.os.testes, pelo menos em certos casos, não

.:digo em. todos ... em. certos . casos, ajudam p ' rp professor sa

ber qual o nosso ., nível, que nós estamos a atingir.

Sil: Se não s e 'fizesse- testes eu tinha negativa a- tudo!

An.Lu.: Pois, ela fala muito pouco.

OR :. Diga , An So \ ■ . . .

An ; S o . : Nçs quando vamos. p'rós testes já sabemos e vamos...

Àn.Lu.: Nervosos. ‘

An.So.: Não, não e nervosos ... ah, já sabemos que vamos teir o t e s ­

te portanto, já 'tamos ... preparados para fazer o teste,

•v , ; . enquanto . que. qua ndo , a s vezes, a s'tora faz, a pergunta a gen^

te nem .'.tá à. espera ..... fica t o d o s . . . , nervosos ... e depois

An.Lu.:,0á nos aconteceu, também, uma vez a nossa professora de I n ­

glês, era assim, "vá, agora, guardem tudo", faltavam quinze

minutos p'ra sair, e entregou-nos uma ficha ... Nós não 'tá

vamos a espera ... mas foi fácil ... Foi aquela de Inglês

sobre ... sobre os graus dos adjectivos-.

OR: E o Bru“ ., :'o' qué acha que é o pior'aspecto 1 aqui -da sua vida na

escola?

Bru: £ a mesma coisa . os. teste.s .

Cris: £ ter negativas, tam'ém, não é?!

OR: Não querem dizer mais nada sobre isto? ... Sil-. e C r i s - ...

OR : Não tem. mais aspectos.- p' ra si , aqui . a. vida na escola, Sil ?.

Cris: Ah ... é isso de ...rirem lá ,p.’ r a : trás., e and.arem a fumar dro_

g a . Acho que isso ... é o pior aspecto.

-22- 1*• t

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Sil: Mesmo assim', nesta escola, não ... comparar com aquela em que

eu andava o ano passado ... esta escola não e muito ma nesse

a s p e c t o .

Cris: Também acho que não.

An.Lu.: Não é só. esta ...porque há muitas outras que ...por exemplo,

em relação a minha escola, em que eu andei o ano passado,

não se pode dizer que era uma escola ma,'èm relação ... po£

tanto, a isso ... de as pessoas andarem atrás d o s 1 pavilhões

e não sei quê ... portanto, eu acho ... não eu acho que

há escolas muito piores e ... acho que, aqui, até somos ba£

tante priviligiados nesse aspecto.

O R : Agora, deixando aqui o caso concreto da vossa turma, da vossa

escola, vamos falar de outras coisas mais genéricas ... Pode co

meçar-se pela An. Lu... . . Qúais lhe parecem'ser os-'direitos

e os deveres que os alunos têm, ca na escola? Que direitos? Que

deveres?

An . Lu . : . . . Ah . . . .

OR: Qual o principal direito? A An Lu.' * ? por ser alunã,-!de uma es

cola, qual o direito básico que deve ter na suà escolá?

A n .L u .: ...

OR: Vo.cês sabem a diferença entre direitos e deveres? Diréitò é aqu_i. • ' - - ■

lo a que nós temos direito, o que nos e devido.e dever e aquilo

que nós devemos aos outros.

An.Lu.: Agora, qual é a pergunta? \........ ..... .

OR: Quais os principais direitps que .têm os alunos numa. escola?

An.Lu.:.Ai, eu não s e i . . .

OR: Alguém tem ideia ... Alguém quer'responder primeiro? ■

OR: Que direito básico é que vocês devem ter aqui, na e s c o l a ? - -

Bru: Darem-nos aulas ... ■ '

OR: Têm direito a: receber' a u l a s , não é? Visto 'que sãó alunos-.

Cris : Sèrmòsi, também, respeitados ,'não • e ? -

Bru: Sermos respeitados.

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An.So.: Sermos respeitados por todos ... alunos, professores ...

Bru: Isso já está nos nossos deveres.

OR: Têm direito ao respeito, a s s i m c o m o , tem o dever do rèspeito

para os outros. E, mais? ...

An.So.: Eu acho que aqui na escola todos deviam pensar, prontos...

que somos todos iguais ... não há nem diferenciação, social

... prontos, de estatuto ... são todos da mesma ... são t o ­

dos iguais ... ninguém é diferente lá por ser doutra cor ou

por ter outra situação económica ...

Bru: ... de classes sociais ...’ i

OR: E deveres?

Bru: Respeitar os.outros ...

Cris: Ajudar quem é ... ajudar quem precisa. ..

An.So.: Não entrar tarde nas aulas.

Cris : Não quê? ..... . .

OR: Não entrar tarde nas aulas, portanto, ser pontual,

OR: SIL : ' ... vá lá ...

Sil: . . .

OR:. Que.deveres é.que.a Sil tem para com as outras pessoas, por

s e r a luna? . . . . . .

Sil: Aproveitar aquilo que as pessoas .me: dão de bom para ...

OR: Para? ' ' >'

Sií: Depois poder u t i l i z á - l a s .

.Cris: E devemos, também, respeitar os contínuos ... lá por eles não

serem nossos professores, ou assim ... É o que aconteceu na

aula de Português, se não me engano ... que a contina ficou

lá ... à nossa ... a tomar conta de nós e a mandar-nos calar

• e n ó s ' í - não • ; pronto . ... • • • - • :

Án.3o.: E depois ela màndõu um bèrro e 'toda ’á gehte se calou, (todos

se riem)

OR: Que direitos e que deveres é que acham quê*'têm os professores?

Em relação aos alunos, aos contínuos, etc .......... ... . :•

-2^-

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C r i s : Ensinar .,.

An.Lu.: Direitos?!, • i

Bru: Serem respeitados pelos alunos ...

O R : E deveres?

Bru: Ensinar os alunos ...

An.So.: Deveres?! Ensiná-los.

Cris: Ajudá-los nas dificuldades.

An.Lu.: Nos estamos cá p ' ra aprender e se um professor falta muito

não ... não conseguimos, talvez, dar o programa e depois po

de ser necessário ...

An.So.: ... no proximo ano.

An.Lu.: A minha irmã tem um caso desses ... ah ... acho que é em

Historia. Ela não conseguiu dar o programa todo e ,' no ano

seguinte, ela teve que levar o livro do oitavo ano ... ela

'tá no nono ... p'ra acabar a matéria ... p'ra poder c o n t i ­

nuar. E depois o nono acabou por não dar a matéria ... e de

pois vai-se acumulando cada vez mais ...

OR: E que outros deveres é que os professores devem ter ...

Sil: Ser,tambem ... Acho que o professor deve ser também um amigo

para os alunos ... “ f "

Bru: E, respeitar os alunos como os alunos o respeitam a ele:

Cris: Ajudá-los, nas dificuldades que eles tenham .. . por exemplo

um aluno que seja mau a uma coisa e ajudá-lo ... é tentar e x ­

plicar io que ele não percebe ... •• ‘ • .» •.

An.So.: E não pensar que ele é o professor e que sabe tudò. ...

Também pode dar uma vez aos alunos e .escutar a opinião deles

e ... prontos ... eles nunca sabem, prontos ... têm o seu

curso ... mas tambem pode aprender muitas coisas com os alu n o s . • . - . *... .

OR: E ... agora ... a Sil . ... Sil-' , ;pa ra uma aula funcionar é

preciso que haja regras. Quais,{lhe parecem ser as regras funda­

mentais a respeitar numa aula?

Sil: No comportamento dos alunps? ■

O R : Hum ... Hum ....

-25-

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Sil: Estarem ' atentos . 0' professor explicar bem' . ..

OR: E a Cris • i? As regras fundamentais para funcionar uma aula ...

Cris: Portanto, é serem disciplinados ... quando o s'tor mandar c a ­

lar é p'ra calar mesmo e não é p'ra continuar naquela barulhei^

ra ... Ah ... não mandar papeizinhos pelo ar como, as vezes

acontece, muitas vezes e ... e ... amandar assim papéis p'ro

' caixote :do lixo e ; às vezes", levantam-se da carteira sem pedir

autorização ... vão la, chegam', deitam tudo p'ro caixote do 1 i

xo, vão falar com um colega e sem pedir a u t o r i z a ç ã o ,tudo assim.

Eu acho que não deviam f a z e r ‘i s s ò . Acho que isso e' que era ...

-•••••são-as.principais....,

An.Lu.: 0 aluno pode contribuir para haver, - assim,"'um rendimento m e ­

lhor da aula ...

An.So.: Mas muitos colegas por já saberem ... que já sabem ... são

mais cultos ou coisa assim ... não.deixam os outros aprender

Também ... e depois, olha ...

O R : E o Bru. ... quais lhe parecem ser as regras f undameintais a obe

decer dentro de uma sala de aula?

Bru: ... As mesmas ....

OR: E a An Lu. quèr’dizér mais alguma coisa?

An.Lu.: Não ...

OR: Quais são aquelas regras, que quando não se cumprem nos parece

màis'*grave?

Sil: De comportamento.

OR: Que tipo de comportamento?

Cris:.Por exemplo, o s'tor ... por,exemplo, mandar p ’ra rua e o alu-

no vai, arruma.as coisas todas, "eu vou p'ra rua com muito pra< 4 **’ - '• . *. * '* r . ' . i , *

zer" e não sei que e vai e fecha a porta com toda a força.

Eu acho que isso é uma coisa grave.

OR: Bru. . ... parece-lhe que ... desobedecer a que regra ... é g r a ­

ve .. .

Bru: Ser malcriado p ’ros professores. » . .

An.Lu.: Ou então andar à bulha ... Isso já me aconteceu o ano pass£

do ... em Educação Física ... tinha, um^colqga que era . assim

( mais ... pronto, era mais viva e assim maluca e não sei que

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... E n t ã o . .. ela ... 'tavamos .a jogar basquete e, então ela

meteu-se com outra rapariga e ... quase que andaram ao esta

lo. Eu acho que isso também é mau, não é? Depois elà teve

de ir p ' rá rua ... -

OR: An Sc ... que outras regras lhe parece muito grave que não

cumpram?

An.So.: Quando os s'tores dizem as coisas ... os alunos esquecerem-

-se que os professores estão ali para ensinar e p'.ra ajudar

e eles esquecerem-se disso . ... os alunos ... e como .umas pes^

soas quaisquer que estejam a l i . . .

OR: E a ç il ... que regras é que lhe p a r e c e ‘;ser * bastantè-grave

que não se cumpram? ... . _ .. -

S i l : .... As m e s m a s . '

OR: Quais? ' : ■ ■ - ■ ‘

Sil: Mau comportamento na aula.

O R : Que tipo de mau comportamento?

Sil: Estarem a falar . . . - , . ........ ..........

OR:.Estarem a falar quando?

Sil: ... quando o s'tor 'tá a explicar .... nem percebem, eles.nem

percebem os outros, porque não conseguem ouvir.

OR: E acha que isso é muito grave?!

Sil: Acho, porque se não conseguimos perceber aquilo que. os ,s'tores

dizem, é um bocado mais difícil perceber a matéria.

OR: Ha uma série de regras que se devem cumprir em qualquer aula,

mas ... dentro de'cada discipíina vocês acham que se deviá f a ­

lar das regras a obedecer dentro ... da disciplina 1 :. dentro

de cada aula?

OR: Costumam fazer isso?

Alguns: Costumamos. .,4 .<■ . i .

OR: E o que acham •' disso?’ • ... »>;*

-27-- . I *

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OR: Quem é que deve ditár as r e g r a s . . . essas regras especiais?

An.So.: As regras devem ser feitas em conjunto pela turma toda ...

nem só o s'tor, nem so os alunos ... todos fazem ... todos

Cris: Pois, mas se dependesse só dos alunos, também eles punham aque

las regras assim "ai, podemos falar na aula'1, isso assim ...

An.Lu.: SÓ que ,as regras devem ser .... portanto, devem ter o mesmo

ponto de vista para os dois l a d o s , t a n t o p'ro p r o f e s s o r , c o ­

mo p'ros alunos ... Depois ... os alunos e os professores

entrarem em confronto ... eu acho que isso não era n e c e s s a -

'•rio.- ‘Acho que: ás regras devem ser • portanto-, aqui ... teri

’ tár resolver ... os'..-, as . . .- como ,'é -que eu hei-d;e dizer?

-as ‘

An.So.: ... os alunos ...

An.Lu.: Não, tentar resolver as necessidades, portanto, . . -dos dois

dos dois lados; •

An.So.: Quer dizer, "eu tenho de respeitar regras e eles podem fazer

' ' c h i q ü e i r ó , 'rião?n'Tem de haver ... corna é q u e eu hei-de expli

• ••'•'car?*:*. . *Se""e'les começam- . . : a não respeitar regras depois

riem'-... 'sei ‘lá','' nem há uma "confiança da parte do professor,

‘“ nem d a ‘parte do- aluno, porque '.tão os dois em desigualdade.

’ Tem que haver uma igualdade entre os dois- ... o professor e

o a l u n o . ’ ‘

OR: Ah : . . 'oh, "Bru : o que é para -si um aluno indisciplinado? ■■

B r u : ... (todos se riem)

OR: À.s vezes diz-se. "aquele aluno é indisciplina ...". Qual ó o seu

conceito.de aluno indisciplinado? .

Bru: Um' áluno que passa as aulas todas a ' brirrca.r, na conversa e a

distrair os outros alunos ... É mais ou menos isso.

OR:' Mas, tém de’ ser ;de 'um'iniodo geral, não-é?- As aulas todas ...•

Bru: Sim, mais ou menos de um modo géral ...0 aluno qúe seja só nu -

“ma aula ou' outra ... já não e" muitó á culpa dele, já é também

... certa parte a culpa também do professor ... 0 professor da-

- 1 he confiança dá-lhe-liberdade;,’ para' ele faze-r • o; que..qui-

• . ser..-, • . . . • ; ;

-28-

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An.So.: Ou então sente-se revoltado contra o professor e quer d e ­

monstrar isso no seu ... comportamento.* * i %

OR: Para a Cris ... o que é um aluno indisciplinado?

Cris: £ um aluno ... isso é fácil de responder, não é?'É um aluno

que se porta mal ... que 'tá sempre nas conversas, que ...

um professor explica e ele leva sempre tudo p'rá b r i n c a d e i ­

ra sei lá e ... não sei "ah ... vou p'rá rua, vou passear ...

vou p'rá ali, vou p'ra aqui"... levantado, anda na aul:a a

passear. Eu acho que isso é um aluno indisciplinado-.

O R : Para a Sil ... que é um aluno indisciplinado?* * . # . \

Sil: £ um alunoi-que-. .. como a Cris' . já disse. .... um- aluno que

se porta mal .-. . que ... não respeita .o professor, ..que ....

chega atrasado às aulas, que ... falta, as vezes, por ... m e s ­

mo por faltar, não tendo necessidade.

O R : E para a An Lu ■?

Cris: Digamos ... é o termo que os alunos usam é baldar ... às

aulas.

An.Lu.: Eu acho qué são mesmo razões ... que- levam o aluno a ser in

disciplinado ... Pode, às vezes ser mesmo já do* aluno, não

...não se interessa mesmo ... mas, às vezes, também pode

ser mesmo, portanto,’ querer demonstrar ... para,além disso,

quer demonstrar que não ... não 1 tá. interessado .minimamen­

te, portanto ... naquela disciplina.

An.So.: E até mesmo,: às vezes, quando ... eu dei isso em Moral ...•

quando o aluno ... ele, quando tem ... o seu ambiente fami-

liar, as vezes, tambem não ajuda ... e não e e v i d e n c i a d o , e

muito ... rebaixado, então tenta mostrar' que é bom, que sa

be ... tenta ... o que nãó tem em c á s a t e h t a na escola ...

então, às.vezes, exagera mui to-.-. . .. e ,. ,entã,o , torna-se- indis^

ciplinado. >

OR: Isso é ... já. estamos a .falar das causas da indisciplina. P a r e ­

ce-nos que tem a ver com a própria pessoa, como disse a Luisa,

com a família como disse a An So e que mais razões estarão

ligadas à indisciplina?

An.So.: Ou então também, às *veze.s„: .*à turma, .... ...

OR: 0 Bru também já falou dos professores ... que, as vezes, pode-

-se comportar bem numa aula e noutra não. Qual parece ser a ra-

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zão que tem mais p e s o ? ’... Sil j . . .

Sil: Talvez da própria pessoa ... em casa ...

An.Lu.: A própria pessoa, às vezes, pode modificar-se e, em casa

às vezes, os traumas são muito graves.

An.So.: Pois é isso!

Ah.Lu.: Eu acho 'que em casa é pior.

An.So.: Quando não lhe dão a atenção, o carinho ou ...aquela coisa

qüe ele précisa, eritão ele vai pedir essa atenção nas aulas

... e então,, como ninguém lhe ligá, prontos ... exagera.

OR: Cris , quando algum aluno ... já teve experiências dessas,

ao longo da sua escolaridade ... quando tem alunos mal comporta

dos, mesmo indisciplinados, na sua turma que acha que se lhe

deva'fazer? . . .

Cris: Não sei ... ah, conversar com ele ... dar-lhe bons conselhos

e ... tentar modificar, nesse aspecto ... E ajuda-lo nalgum

problema que ele tenha .. . ou assim ... não sei

An.So.i'Eu acho que.,. primeiro t e m q u e s e saber as c a u s a s . . . de ...

."porque é que o aluno é assim?" . .. "porque é. que não e?..."

Müitas- vezes- quando não.se sabem, ainda vai ferir mais o alu^

no ... por exemplo, se é por causa do ambiente familiar, i s ­

so que ... prontos, ... tem o pai separado, a mãe 'ta num

sítio qualquer ... ainda vai ferir mais o aluno,, ja que não

lhe dão.atenção em casa e também não lhe dão na escola, a i n ­

da... pode-se tornar ... prontos ... traumatizado ... dos

dois lados. Se é só, assim, p'ra chatear acho qué e ... v a ­

mos chamar a atenção ... v a , mesmo, assim, as vezes, dar o u ­

tra oportunidade ... depois ... caso não se resolva, ... d e ­

pois tem de se tomar sóluções mais drasticas...

OR : Quais?

An.So.: Sei lá ... não o deixar 'tar na aula ...

Bru: Suspensão.

A n . Lu.: As v e z e s -o castigo, é esta r.dentro da sala.

O R : 0 que é que a An Lu. ' achà?

An.Lu.: Pois, eu acho que se deva tentar falar com o aluno, fazer-lhe

Compreender que está. errado.e que ele, além de 'tar a p r e j u ­

dicar a si próprio, também 'tá a prejudicar, portanto, os

-30-

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parceiros e ... pronto, que não déva fazer aquilo. Acho

que, deva-se fazer compreender que ele 'tá e r r a d o , n ’é?

Às vezes, as pessoas agem e não pensam e então deve-se

tentar fazê-las compreender isso ...

OR: E o 8 ru , o que pensa?

Bru: ... Quando um aluno seja indisciplinado ...se for muito, m u i ­

to, muito indisciplinado ... uma suspensão ou qualquer coisa

... ir ao Conselho Directivo ou qualquer coisa assim, se for

por maldade ... Se o aluno for ... daqueles alunos, prontos,

que falam na aula ... que 'tão sempre a falar na aula, de brin

cadeira e não sei quê ... acho que,p'ra esses alunos não são

umas medidas tão drásticas ... !

An.Lu.: Eu acho que, quando é p'ra levar ao Conselho .Directivo, c o ­

mo ele disse... eu acho que se deve dar uma oportunidade ao

aluno, porque o aluno, às vezes, expressa-se de uma maneira

que ele não queria que lhe saísse assim e ...às vezes, d e v e ­

mos tentar compreender porque e que ele fez aquilo e ...

quais são as razões antecedentes que o fizeram proceder d a ­

quela maneira, a agir assim, porque se se vai - f a z e r . assim ...

depois o aluno ainda fica pior e depois - dajpróxima vez a i n ­

da faz três vezes ou trinta vezes pior do que tinha feito an

t es.

Bru: Muitas vezes o que não fazem é compreender o a l u n o .Chega - se ao

pé do aluno "porque é que fizeste isso?". Ele vai começar a e x ­

plicar ... diz qualquer còisa ... dão-lhe logo a sentença.

Cris: Ah, isso é desculpa!-

Cris: Eu acho que também se deve proceder assim e ... às vezes, s a ­

be qual o probíema dele se comportar dessa maneira nas aulas,

não é? 0 que se passou no primeiro ano... tinha um colega meu

... que andava sempre a bater e . .•. não tinha razão p'ra isso

e portava-se muito mal nas aulas.Não tinha razão nenhuma p'ra

isso, batia sem razão e tudo e ... e então a gente fizemos

queixa à directora de turma. Ela foi f a l a r c o m - o pai e o pai

disse-lhe qu'ele, realmente, ... parece que tinha um, problema

qualquer na cabeça ... e ... ele acabou por desistir das a u ­

las e foi ... com o pai p'ra casa ...Tentámos dar-lhe outra

oportunidade, mas ele nãò a soube aproveitar, quer dizer, ti-

-31-

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n hi a aquele problema ”e foi p'ra casa ... com o pai.

OR: A Sil' . ... como acha que se deva proceder com os alunos indis>

... ciplinados? ... alunos ou alunas ...

Sil: Acho que se deve falar com eles, dar-lhe outra oportunidade e

tentar fazê-los compreender que o que. eles fazem 'ta errado

OR: E quem e que deve fazer isso?.

Sil: Todos, .os alunos e os . professores ... *:

OR: Vamos então à última questão, da qual vocês já me disseram a l g u ­

mas coisas. Oque.é para si um bom pr-of e s s o r , .-Cris :?

Cris': -Explica bem,' ensina bem os alunos, tenta ajudar os alunos nos

■ ; problemas que eles têm, nas...dúvidas que eles têm.Sei la, e a s ­

sim como-a s'tora de Ma temática . Eu acho -que-a s^-t or a de M a t e ­

mática é cem por cento .... invpecável - á isso, cem por cento.

OR : :E um.mau professor, o que é? . / /

Cris: £ aquele que não explica bem, que ... não7 ajuda os alunos, não

• se.preocupa . . . v a i pelos testes ... e . . .. o que ele diz nas

a u l a s . ou isso .e-sabe que o aluno tem, por .exemplo, dif icul_

dade naquele assunto e não ajuda ... e dá-lhe . negativa e isso

assim.- Tentar -ajudá-lo acho que é ser bom professor.

OR: Diga lá.Bru:-- , o .que é p a r a . s i um .bom professor?

Bru: Üm bom professor é como a.professora de Matematica que ... leva

• V á matéria-nà brincadeira m a s Jque sabe . . .' que sabe -.. . que os

alunos respeitam-na. Leva na brincadeira, mas que os alunos S£

bem ... até onde é que hão-de ir ... ela também não deixa p a s ­

sar daí. Brinca, às vezes ... às vezes, amanda uma piada, de

■ vez em quando ...depois da matéria. £ na' brincadeira, mas eu

' ’acho qüe isso é um bom professor . . que da matéria, que faz

que os alunos sejam amigos dele. r* - .

OR: E um mau professor, Bru ? . . . • •

áru: Um mau professor é um professor que não ... que não ajüda os

alunos . . .’ quando eles precisam ...

OR: Especialmente isso ...

Bru: P o i s ,’-especialmente isso. . t

ÕR: A A n : So ‘ ', que acha que é òm 'bom'professor, para si?

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An.So.: Um bom professor é aquele que consegue por os alunos à v o n ­

tade e ... consegue que os alunos pensem ... pronto,pode ha

ver problemas, mas que ... é o que eu digo, eles são' todos1iiguais, não há ... consegue por os alunos a vontade na a u ­

la, portanto, que todos participem na aula, mesmo.não g o s ­

tando da disciplina. Um mau professor, é üm professor que

... 'tá ali de má vontade e ...i

Bru: Que desbobina a materia toda ... . . . . .

An.So.: ... que não dá direito de opinião aos alunos, que**... não é

amigo do ... aluno

OR: An .Lu V que-é para si u m b o m professor?

An. Lu.: Eu acho que ... é-mesmo o caso da professora -.de- Ma, tejnática

... a s ’tora é mesmo impecável, pronto ... Sabe.-... c o o r d e ­

nar, portanto- os movimentos dos alunos e dela'rmesma e ...

pronto acho que a s'-tora é impecável. -

An.So.: Quando a gente menos pensa que a s ' tora 'tá a ver é quando

ela 'tá a ver melhor. • f \

•-••An.Lu;: Pois, isso também tem ... têm um sexto sentido que diz tudo •

à s'tora, que a s ' t o r a 'tá sempre a ver- tudo, .que da conta

de tudo e .'. . '

An.So.: ... ela não diz "tu agora vais fàzer" não sei '“quê* ...

An.Lu.: ... ela diz no qual e, então, a pessoa não' fica' tão constraji

gida. ... isso acontece ... "ai, tu fizeste isto" e . . . a ‘pes-

soa "... fica tudo a olhar p ' ra ; pess’oa , assim .;. e a pessoa

• - f i ca mais . . . ' - < ..

Bru: Alguém ... vocês ...

An.So.: Quando vê que uma pessoa 'tá a fazer qualquer coisa, começa

assim "ah,.os alunos não devem fazer isto", ta...ta...ta

OR: E um mau professor, An. L u ; :.

An.Lu.: Acho que um mau professor é um professor que .-...que, pronto,

acho que ... um mau professor, . . . •• se .-for um mau professor

porque é ele próprio não. consegue - ...portanto ....ser m e s ­

mo um bom professor ... acho que isso, pronto, já é proble

ma dessa propria pessoa.Agora, se e um mau professor e que

... pronto, a pessoa pensa-que va i tp r a ali-.e fala e que

-os alunos ouvem . . ,(acho gu'isso.nao é 'tar a ajudar os alu

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nos, acho qu'até pelo contrário, é 'tar a fazer com que

eles fiquem piores, porque ... se o professor vai p'rá

ali ensina, eu acho que é pr'a ensinar, pr'a tentar fa­

zer com que os alunos percebam e que saiam dali, portanto,

a saber mesmo o necessário e não 'tar ali ... chega ali,

fola tudo, quem percebeu, percebeu, quem não percebeu, não

percebeu. Claro, o aluno também não pode 'tar na brinca­

deira, mas ... o professor na maioria ... não pode 'tar

sempre a espera que o aluno 'teja com atenção. Acho que

e isso um mau professor, acho que não ... pronto, se vê

que não consegue ajudar os alunos acho que é melhor não

ir p'ra professor, porque ainda faz pior ... eu penso a s ­

sim ...

OR: E a Sil ... o que é para si um bom professor, Sil . ?

Sil: Um bom professor? Eu acho que é um professor que ...explica

bem, ajuda os alunos e ... leva as aulas pr'a brincadeira ...

assim ... sei lá ... não torna as aulas monótonas, torna as

aulas divertidas, prende a atenção dos alunos.

OR: E o mau professor ...

Sil: Um mau professor, eu acho que ... é um professor que não se

interessa pelos alunos, que ... não lhes da uma oportunidade,

que ... falta às aulas, que ...

An.Lu.: ... que não ajuda o aluno.

Sil: Pois, que não ajuda o aluno.

O R : £ i s s o ? !

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72 ANO - TURMA C O N S ID ER AD A I N D I S C I P L I N A D A

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ENTREVISTA

Entrevista gravada com a concordância dos entrevistados, manifes^

tada durante o período de legitimação e motivação dâ mesma.

Segue-se a transcrição do registo da gravação realizada.

OR : Vamos começar ã nossa conversa... começaria por perguntar...

tal.vez. a o. L - .... o que pensa, de um modo geral, da sua tur

m a ? C o s t a .dela? Sente-se bem, ou não?

L .Mi :‘Sen tir-me bem, sinto. Acho que a turma em aproveitamento é

fracò, por causa do barulho que fazem nas aulas e assim e

achó que por causa d'alguns pagam os outros. Não ' tou a n o ­

mear nomes, portanto, acho que também'sou um daqueles que

' faço"inais ' baruífio e assim .... mas ... acho qúe a gente fa

lando nas aulásj écho que perturbamos os outros ... mas cá

f o r a , n o s intervalos e assim, e a'turma acho que sinto-me

a vontade, sinto-me bèm na turma.

OR : .0 Nun. ;• o que sente em relação à sua turma?

Nun: Não sei, *eu‘não gosto da minha turma!

OR: Não?!

. 'Nun: - • Nã o , a c h o . q u e . p r o n t o - , as pessoas ali não.se sentem ....* s

não' ha -a -vontade -.com os outros... eu, pelo menos, tento sen

tir-me à vontade com os ^outros ... eles não se conseguem sen

tir. É uma.razão que eu não gosto da minha turma.

OR : Porque não se sente à vontade dentro da turma!?

.Nun: Sim,.eu o ano.passado sentia-mé bem, a vontade ... porque'

era os:outros ... o s 'principais ... a sentirem-se à-vonta-

. . de e.eu alinhava com eles. Este ano não consigo fazer isso.

. .Fazíamos festas, este ano só fizemos duas:-ou três festas e n ­

tre .... seis ou sete;, acho que isso .conta muito., Acho que

devíamos fazer coisas em conjunto e não só ...em grupos s e ­

parados. Acho que existe muitas separações dentro da nossa

turma. De a p r o v e i t a m e n t o , nas aulas, 'tá péssima ... por

exempl.o, eu .na auda.de História olho p'ra trás está tudo a

conversar.,., tambem não sóu só.eu..., eu digo as piadas por

alto e os outros riem-se _e conve.rsam com. os outros lá atrás

... eu 11 ou a frente., tenho, que fazer qualquer coisa... f a -

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O R : E o L Ma . ?

L.Ma: Sinto-me bem na minha turma, gosto dela ...

O R : Porquê l_: ? Porque razão gosta, da sua turma?

L.Ma: Não sei ... Mas gosto ... (ri-se)

O R : 0 L . M i disse-me que gostava, mas porque será? .

L.Mi: Quer dizer, gosto de certos elementos da turma. Acho que há

elementos, como por exemplo o Nun , o fisgo ( L . M a . ) :e assim

. s i n t o - m e a vontade a falar com eles e assim ... agora,.há ou

tros certos elementos ... É como o Nun. disse a turma 'tá di

vidida em varios grupos ... dentro, por.exemplo, do nosso

grupo ... eu dou-me bem com as pessoas... agora, depois ....

entre os vários grupos já não há aquela convivência que d e ­

via de haver entre a turma e assim ... que as pessoas ... de

um modo geral eu dou-me bem com as pessoas da minha turma.

O R : A Rit , o que pensa da sua turma? . .

Rit: Acho que a turma não tem muito bom aprovei t a m e n to , ’ no geral

... E que, t a m b e m , ... somos mal c o m p o r t a d o s . . . .até sei que-

somos das piores turmas do sétimo ano da escola. Acho que ...

pronto, eles ja disseram tambem que há vários grupos, a t u r ­

ma 'tá dividida em vários grupos e que . . devido-a i-ssoacho

que nós não- nos damos tão bem uns-com-os outros. ‘Mas,de um

modo geral, gosto da minha turma. ■ ’ ••

OR: E porque será que gosta? 0 que leva a gostar, apesar dessas

coisas que • apontou? * = ?

Rit: • Gosto dos meus colegas! ;Acho que ...além de não n o s •darmos-to-

dos muito bem chegamos a. convive,r um pouco. Pronto, acho que

não. vamos muito além,, não .nos- damos muito, ;mas acho 'que, de

um modo. geral, pel*o menos, conhecêmo-nos -uns aos outros.

OR’: 0 Sér , ’ò que pensa da suã turma? ' ’

Ser: ... Não sei ... até gosto da turma... por um lado gosto, por

outro lado não aprecio la muito a turma........

OR: 0 que-.o leva a gostar e o que.to leva a não gostar?*-

Ser: Acho que é uma turma, p'ra ja cóm’ um nível frácó a a p r o v e i t a ­

mento ... não se ajudam uns aos outros . . ^ ‘por exemplo, se

'tão'a c u l p a r 1 um aluno de uma certa* coisa os outros, não são

zer barulho ... ' , '

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capaz de intervir ....

OR: Ainda pensando na nossa turma ... vocês ja estão no sétimò

ano, já tiveram várias turmas ao longo da vossa vida e s c o ­

lar .... comparando-a com outras turmas-a que ja pertence­

ram em que vos parece que esta é diferente?... A Rita ....

Rit: No comportamento e no aproveitamento • .

O R : Sim?! Explique melhor o que quer dizer, Rit. ... ...

Rit: Portanto, há dois anos, no primeiro e segundo ano...a minha

turma... pronto, dava-se mais e também tinha um a p r o v e i t a ­

mento' melhor- e o comportamento tambem era melhor. M a s , t a m ­

bém- eu acho que. tambem e devido a. que as pessoas . . ... no p r i ­

meiro ano somos todos muito caladinhos ... é o primeiro ano,

não sei quê ... mas depois também já se começam ... pois já

se começam a ... portanto, já se sabe como é que é e as a s ­

neiras que escapam dos professores - portanto que ... os p r o ­

fessores não dão por elas e assim com o tempo vamos fazendo

mais asneiras do que ... é costume, pronto... porque tam'ém

já paassámos por outros anos e já sabemos mais ou menos c o ­

mo é que é. Acho que tambem e um bocado devido a isso, mas...

: portant:o: . há turmas em que- o comportamento é melhor que

noutras,- mas aí já é devido aos alunos ... quer d ’zer, há vá-

/.rios.:..há vários alunos., n'é? ...... e uma pessoa quando faz

.. * .uma. turma não .sabe ... pronto, não sabe que alguns são mais

. mal comportados do. que outros. Por exemplo, quando se vem do

sçgundo ano e .se .passa para o sétimo não.sabem o comportamen-

. to e. o aproveitamento do aluno ... portanto, acho que também

.é um bocado devido a isso, porque se soubessem também como

é o comportame.nto das pessoas fariam as turmas equilibradas.

O R : Sér- , comparando com as* turmas que .ja teve acha .que esta

-turma é diferénte ... e em quê?

Ser: Acho que há um certo desenvolvimento, até a n í v e l de ... r e s ­

peito, d e ^ . não intervirèm tanto nas aulas. Me'mo há pouco

tempo fui assistir a uma aula de uma antiga professora- minha

da quarta classe e ... notei isso, que ; conforme se vai

alcançando........

O R : A n o s 1 superiores é ? ! ' . v . :• ■

L'. Mi: N í v é l ' super ior? !’ ’ '

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•. . ►

O R : Vai diminuindo ou aumentando?... Conforme vocês são mais v e ­

lhos, o Sérgio acha que ...

Ser: ... é isso conforme a idade vai ...

O R : Vai quê?

Ser: .... Vai diminuindo .... '

OR: 0 quê? 0 barulho?!

Ser: É isso !

OR: E aumento, o respeito pelos professores?! 0 Sérgio no«ta.<isso? !

Ser: Noto. Ainda há dias fui assistir a uma aula da qua'rta’"clas-

se e vi o que é que era e o que é que sou . (ri-se)' • ,!l

O R : E o que acha? Ainda não percebi bem, Sérgio. Acho que esta

melhor?

Ser: Acho que melhorei!

OR : M e l h o r o u ? !

Ser: ... anos superiores se vai diminuindo barulho ...

OR : Quem é que quer intervir agora a seguir?..;. .. .Sobre, .comparação

com outras turmas ... Diga lá L . .Mi. ....... •

L.Mi: Bom ... em relação, assim ao aproveitame’rïto das t u r m a s •...

a minha turma deste ano é muito melhor que' :a ‘m’fnh'a rturma do

ano passado . o ano passado’ era uma turma de trinta alunos,

acho que só passaram dez, oh qu'é que foi ... foi àssim uma

coisa ... passaram muitos poucòs.Em relação aò c o m p o r t a m e n ­

to ... o ano passado, p ortanto... n o 'primeiro áno portámo-nos

bem .... conhecíamos os professores e a s s i m ’. ... Este ano...

: ah ... aqueles professores .que nos dã.o,, :a,ssim, mais ' liberda­

de ... acho q u ’a gente'se comporta, assim, -mais mal.,. ..pior

e assim. Agora, aqueles que acho que impõem mais um pouco de

respeito, mandar p ’á rua e assim ... acho qu'a gente com

eles. já se comporta melhor. . .

OR : E o N u n , o que acha?- : : > . . • • ;

Nun: Eu acho que... é isso qu'ele disse . . . os professores agora

impõem-se mais ... por exemplo, eu acho que ...na. -primeira

classe ... quando uma pessoa vai p ’á primeira classe, os p r o ­

-39-

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fessores não exigem muito e chega ao primeiro ano exigem

um pouco e chegamos ao.ano em que ' tamos e começam a e x i ­

gir mais ...eu acho que é isso ... e,tambem, a cooperação

que eu tenho com colegas de outras turmas ... eu acho que

dou-me bem com outras turmas e dou-me bem com certos e l e ­

mentos da m i n h a . . . . em cooperação com os alunos ca da’ es ­

cola, eu acho que dou-me bem com alguns e 'tou bem cã. Eu

acho q u e s i m .

OR:' 0 L ■ -• Ma ? ‘

L.Ma:Eu dou-me bem com todos! (ri-se).

OR: ••• Mas. oiça . . . comparando- a sua turma deste, ano- com outra a

que- já pertencem, acha que esta é d-i f.erente? . . . E - se > e ....

.em-que;é que é diferente? • ;

L.Ma:Acho que é di-ferente -. . . o ano passado a minha- turma era o

72 A .... acho que era muito mais cooperativa, ajudávamo-nos

mais ... brincávamos muito ... agora, este ano já não muito

.... (os outros riem-se, a sucapa)

OR: Então não pode ser assim!

Rit: Estamos no ar!

OR: Isso mesmo, todos no ar ... (a brincar) ... Ah ....agora qu£

ria começar aqui pelo L Ma. ....

L . Ma : Outra, .vez !.

-OR: Se -lhe pedisse- para classificar-a sua. turma quanto ao compor

tãmen-to, como- 'é que. a classificava?

l.:Ma:Um zero à’ esquerda-! (riem-se todos)

OR: Um zero a esquerda?! Porquê?

L.Ma:É.um comportamento muito mau em relação as outras turmas.

OR: A Rit-

Rit: Acho que ... a nossá turma numa escala de um a cinco ficava

no um, porque ... Ah ... a turma é má, mas t a m b é m . . . tambem

temos que ver que ... somos maus, mas tambem temos algum

aproveitamento. Há aulas em que, se os professores i n s i s t i ­

rem muito connosco nós conseguimos estar calados, pronto e..

é conforme tam'ém .... como eu disse, nos fazemos barulho,

mas, por exemplo, a s'tora de Ciências já conseguiu que nós

numa aula não fizéssemos quase o menor barulho. Acho que se

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os professores insistirem... nós também ...e fizerem, pron-

to ... não muitas ameaças porquê nos tambem ...as ameaças ja

sabemos que geralmente eles depois não fazem o mesmo que d i ­

zem ... mas também acho que se eles insistirem mais connosco

nós também não fazemos ' tanto barulho. .

OR: 0. L. Mi, como classificava a. sua turma, quanto ao compor

tamento? . . .

L.Mi:Na escala de um a cinco dava, por exemplo, um* três,’ porque ...

tenho que ter em atenção as turmas dos anos anteriores, que

eram muito piores que esta... Mas, acho que a turma até e ma,* ^ • V • ’ * \ , K f .

tem muito fraco aproveitamento, como eu ja disse no principio*e isso assim..', portanto, sem comparar com as- t u r m a s :dos anos

anteriores, na escala de um' a cinco dava'um', mas agora' a c o m ­

parar, na escala, agora a comparar já dava p 'a i 'u m s t r e s , va...

OR: Quer ' falar,Ser ? - -

Ser: Acho qu'isso não se podia muito comparar, porque ...lá está,

conforme a idade, conforme o comportamento.

0R: Como é que .classificava esta, considerando a nossa idade?

Ser: Não sei... acho ... a turma do ano passado, em princípio d e ­

via ser mais ... mal comportada (ri-se e os outros também)

OR: E era mais mal comportada?!♦

Ser: Em princípio ... conforme a idade... Tam'ém acho que a m a n e i ­

ra dos professores darem aulas conta muito. Eu tinha por e x e m ­

plo', no primeiro' ano tive um quatro :a P o r t u g u ê s e no' segundo

ano vim parar a dois, quase um e ... em plena' aula só não 'ti-1

ve a lutar com o s ' tor. porque, não calhou, (ri.-se, os outros

também) ... Qu'era me'mo daqueles s'tores que irritavam, a s ­

sim, um bocadinho e não dava lá muito p'ra uma pessoa 'tar na

aula ... 'tar na a u l a ’mas 'tava cortado . v . ' t a v a t a p a d o , n ã o

'tava a ver nada do que ele 'tava a d'zer....ppr exemplo, o.;

meu s'tor.de História, ele no princípio do ano mandou onze ou

doze p'rá rua... mas foi logo no princípio, aquilo foi logo...

acalmou-se aí e depois ficou até ao ano todo 1 ...só qu'isso

não resulta nada ... porque ... nós m.andamos, a s s i m , uma piada

... nós acabamos de mandar a piada, a turma começa-se a rir e

o s 1 tor começa-se a rir ... ah,ah ... ah,ah... da piada toda.

Entretanto, depois de parar toda a gente de rir, ate o s'tor,

agora vai um p rá r u a . Quer dizer; ele. ri-se com as nossas p i a ­

1-

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das, depois vamos pá rua.

OR: Esse mesmo professor que pôs onze ou doze.na rua no início?!

Ser: Eoi logo no início... terceira ou quarta aula ... A minha p r i ­

meira falta no 72B foi a História ... Eu 'tive no 7 2 E , q u e era

de tarde,, pedi a transferência para o 72(3 e era o mesmo profe^

sor do 7 2 E ,; que eu levei a primeira falta ... Mas e simpático

tá sempre, a d 1 zer ... .

L . M i : E u , ’ por- exemplo, vim p'á rua ... cheguei- a aula e o s-' tor a

ditar a sumário "A lenta evolução d a ‘Paleolítico".Eu virei-me

• • p ' ó -s'1 tor "s'tor é a ;lei ou é "a 'lenta?” - *. . . "Oh, rapazi-

' nho, rua!" " ' e - e u s 1 tor o‘ que ó que eu' fiz, mas o que é que

eu fiz?!" ... "Ah, não interessa, rua, ou quer que vá chamar

a contín'a?!" ... VAh, 'tá bem .....lá por isso..."

Ser: Aqueles que inter vi r a m . . . foraiti_logo uma data deles ...

Nun: As três primeiras aulas ...

L . M i :Vinh^ eu a ir-me .embora, começou este e outro, a rir. Ele e

o Patameiras ainda, vieram p'rá. rua, nesse dia

Nun: Viemos p'á rua .... '

L .M i :Acho que 'tá mal ... o s'tor mandou-me p'á ruá só pelo que t i ­

nha feito na aula anterior, . . .' naquela aula não tinha feito

nada,, só. porque eu,não percebi o sumário, 'tava uma g'ande ba -

; r ulheira: ... . "Ruuua." e não . sei quê.

O R : Diga Nun ....

Nun: Eu, a História tive duas f a l t a s " e m 'três dias "... p o r t a n t o ,à t e r ­

ceira lição tive duas faltas.

O R : * Portanto, eoi três diás tive duas faltas?!

N u n : S i m !

O R : .Mas,.por ir p-rá rua?!.

N u n : Sim ! - •

O R : N o ;início.do ano?!

Nun: Foi logo. no.;início. .

Rit: Más, eu acho"qüe o s ' tor -aí- queria tentar -que a turma acalmas-

" se, mas-não c o n s e g u i u .. . foi cada”vez pior.'*-

Nun: Sim ..... serviu-se de mim para fazer o exemplo aos outros.Eu que

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já era repetente, da mesma turma dele do ano passado... ele

tinha a minha turma. Serviu-se de mim, pronto como um e x e m ­

plo p ' os outros.-Eu acho’ qu ' isso' •... foi um - b o c a d o : de e x a g e ­

ro- da parte, d e l e ... .. m a s ... se .ele fez assim ... se •’ el.e e n ­

tendeu que foi bem feito, foi -bem feito. , ,

Rit: Pois, mas, por exemplo*, isso foi ’no primeiro :período, porque

■ no- segundo e no t e r c e i r o , p r o n t o ... agora já quase não man-

da:-p'á rua. Ameaça a d'zer que marca falta e -não sei -quê,

mas nós. já sabemos que ele não vai fazer isso e . . . se .ele -

mandou tanta gente p'.á rua,..no princípio, p'a.fazer; exemplo,

agora acho que, .ele devia mandar p'a rua quando deve,. Senão...

fez aquilo e agora perdeu o .controle na turma . . .porqu^e., a i n ­

da é. p i o r . . . ,

Ser: Quando foram esses onze p'á rua ... ah .... •

! 'OR : Na mesma àu la? ; . - ‘.

L.Mi:Sim, na mesma! -

Ser: Quando foram os onze p'á rua a turma toda- c'oncord'où em -fazer

uma queixa ao Conselho Directivo, só que'-depois foi logo d e s ­

marcada ... foi desmarcada porque houve aí muitos .que'não , j

quiseram ...

OR: Nun., mas como é .que classificava .a sua turma? •

Nun: Ah .. assim como eles disseram uma classificação de ùm a c i n ­

co dava-lhe o q u a t r o . . . porque eu acho que nãò é^umà turma

má.

OR: Quanto ao comportamento?!:

Nun: Quanto ao comportamento?? Ou sejã, em comportamento eláv é má,

só que esse comportamento deve-se.a um exagero da parte dos

professores, ou seja eles tentam que nós sejamos uma turma p e r ­

feita, o que vai exigir de nós.Por exemplo, eu na aula de M a ­

temática é como se vê... 1 tou: ali ; • ' tou p à r a d ò ," não - faço n a ­

da ... ela 'tava ao meu lado (a Rit ) via-me, "eu fazia_al-

guma coisa? Não f a z i a " .Dava-me vontade era de brincar... não

podia nem voltar p'ra trás porque senão ia p'á rua, a s'tora

ja tinha avisado muitas vezes, a primeira que eu me voltasse

p 1 a trás . . . pi-rnba . : . .E ,é: assim-. . . ; .-A, História a .mesma çoi.-

sa ... a gente, viramos.-, p.’.a tr ás , . olhamos.-p.' a., trás . . é, só,

'tá tudo a conversar não.há hipótese^ nenhuma. Este é a dizer

b r i n c a d e i r a z in h a s , a fazer desenhos nas aulas ...

- 43 -

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L.Mi: ... mulheres mas e assim ... Eu 'tou ao lado dele ... come-

.ço-me .a ri r , e o s'tor "Vai p'à rua..."

Nun: Porquê? Porque é que de faz isso? Porque o s ' t o r . ..(tá ali

.... a dar a imatéria de Roma . . . ; uma pessoa '. . . é a -primei^

. . .. r a . a u 1 a ... ... é uma.matéria nova ...já acabamos a.out r. a... .

uma matéria nova, nós gostamos....agora, a segunda.aula,

pronto, tomamos a t e n ç ã o . À terceira aula de Roma, já s a b e ­

mos mais dos Romanos que eles próprios e então 'tamos ali.,

a.engonhar . . .. r a . . n h a ... nha . . . . E u , por acaso,'tou la a

. .. frente, gosto de. História ..... ! tou. l á ..... .

I .Mi : E u • 'tou ao lado dele ( L . M a ) ... e ele faz bonecos ... é m u ­

lheres nuas, é esfinges . ..'é não sei quê ....

Nun: Agora esté não ... uma pessoa oíha p'ra trás, á História ...

e que é tudo, não há hipótese nenhuma. A Ciências é uma tu£

ma impecável. A s'tora nunca dá quase sempre a mesma m a t é ­

ria... a s'tora 'tá sempre a dar matéria d i f e r e n t e .Consegue

dar a matéria toda que ela 'tá a pensar numa aula só.

Ser: E consegue dar ritmo a aula, para que ninguém se desinteres-

. . . se.pela matéria.

Nun: Ela diz assim ... "o 72C. tem cinco minutos p ' r a .brincar" .. .

esses cinco minutos, eles fazem no princípio da aula e depoi

estão o resto da aulà c a l a d i t o s .... ela connosco não faz i s ­

so'. . . éla dá-a auXa'-'töda ... os cinco minutos é p'ra nos

. - 'mandar calar .. Nós, por acaso, não fazemos muito barulho e...

a coisa .... Francês ... eu acho que também, é uma d i s c i p l i ­

na . boa , a s ' tora. colabora muito connosco.

Rit: - Eu.acho que há u m a :coisa-que- faz/pior no comportamento da

• turma ... é'bs professores q u e . 'tão sempre a.dizer que os ou

tros são melhores e que os outros assim e que os outros as-

sados Acho que isso é •

L.Mi: desmoraliza ’. . . . ’

Rit: ... desmoraliza uma pessoa ... porque, por exemplo, o nosso

~ s'tor da Madeiras . eu, pelo menos, achei ... nós e s t i v e ­

mos a fazer’ um trabalho' e elè dizia sempre que nós éramos

u n's 'desi n ter essados e nãò sei'quê' . . e diz "àh, ainda se

'fossem' alunos que dessem b seu melhor!"/., quer dizer, pron

to', nós "podemos' ser 'uma turma má, mas também eu' acho

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que nós damos o nosso melhor pelas aulas e os s'tores d i z e n ­

do que nÓs somos maus e não sei quê, eu acho que d e s m o r a l i ­

za um bocado a pessoa..', o que, pronto, ainda leva mai's aj

que a pessoa não faça as coisas*como deve ser e tenha- um p i ­

or compor tamento .• Estar sempre a - dizer mal de ri ó s ... ’

Nun: É i s s o ! 0 s'tor da M a d e i r a s ’ ... e isso. Outro'dia disse-nos• » 1 ■

assim "vocês são uma turma que 'tão lá não fazem nada ....

'tão aqui vão engonhar"'. Portanto, eu 'tive, eu sei . 'ti­

ve oito hòrás a Madeiras sêm fazer nada... mas' eu' tamtíém sei,

que a eles ... já 'tive um ano no sétimo ano, portántò, é

normal eu ter pouco mais prática do que eles .:. è , :tambem,

as raparigas que não vão seguir um- cursos.de .-..»Madeiras',...

marceneiro, pronto- de -carpinteiro ou que -é,. não ,vão: seguir

isso ... acho que não .é um emprego para uma rapariga, acho

que... o s'tor também tem que compreender isso ...3á viste a l ­

guma miúda a fazer móveis !!

L.Mi:3á!

Nun: Mas és tu, eu nunca vi. Eu acho que não há nenhuma rapariga

que.o seu futuro queira ser fazer móveis/ . ....

L.Mi:Tu vês a Dul , anda só vestida ... prontos, anda vestida à

rapaz ... tem atitudes de rapaz...

Nun: E quantas raparigas é que tu vês aqui na escola' a'f.azer isso?

L.Mi:Eh'pá, aqui na. escola não vejo nenhuma, m a s . . . v ê - s e ...

N u n : E h pá . . . m a s não é normal -. . . • não é normal.-üma rapariga ser

capitã ....... ■

O R : Bem, deixando isso de parte .'.'.'"eu estou a ver que nà nossa

turma há . . . a t é porque pelo que o L Mi já disse a. res

peito do - L Ma. f a z e r d e s e n h o s n a a u l a d e História ....

há pessoas que ... embora- vocês p,ossam: dizer que, de; um modo

geral, a turma é um bocadinho, mal-• -comport.ada, parece- que sim,

embora as opiniões se dividam um bocado,... há pessoas que têm

comportamento diferentes dos outros ... 0 que acham ... a que

é devido'as pessoas terem esse tipò d e 'comportamento? 1 1

L . Mi.: Ach o . que ... há pessoas, assim, por exemplo., no meu caso ....

na.aula de História ... a segunda ou terceira. . aula., assim,

da matéria não-apetece fazer nada e não ligo. nebhuma ... c o n ­

verso com ele, conversamos, baixinho,., rimos, e não sei quê ...

Mas, acho que isso aí não perturba a aula. Agora, como outros

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que falam alto é não sei quê ... o s'tor põê-se á olhar p;\-

ra mim .... agora, olha sempre p ’ra mim', p'ró Nuno, p ' ra ele

e p ' ró P a t a m e i r a s . . . é .sempre para, nós. Agora, basta a geri

te a rir um bocadinho e . n ã o s e i quê, é logo p'rá rua...Eh',

pá, os outros falam alto e assim .... pronto, o s'tor nunca

diz nada ... acho.qu'isso tam'ém 'tá m.al

'Nun: Outro dia ápanhou-se um*papel a d'zèr que o s'tor de H i s t o ­

ria era homossexual • è .*..... ’ •

L .Mi : Foi o Ser .....

- Nun:.; . Pront.o, .-o s ' t o r . -"quem fez isso?" ... .eu. acho qu'ele

não soube o' que estava a fazer ... levou isso p 1ra uma b r i n ­

cadeira ... . pronto, e o s'tor não vai compreender isso. 0

s 1 tor./teve. a. nossa idade, diz. que sabe o que é que nós somos,

: . mas é em, gerações diferentes ... prontos, eu, por acaso, n u n ­

ca chamei isso a um professor, nem faço 'tenções de o fazer,

mas acho que ... pronto ele levou isso na brincadeira, não

levou isso p'ra ofender o s'tor ... ate que ....

OR: ,0 Nun ,.!tá a dizer que a pessoa que fez isso, fez a brincar?!

.E o professor como- é que ele reagiu?

Nun: Não sabe quem-foi.-•

,0R:. -• E., como é que ele reagiu?

■ L ; M í : Mal ! •

Nun: Mal,claro.!

Or: 0 papel foi-lhe parar à- mão, -como?

Nun : Tinhã' dei tado p 1 ó lixo ... É -o que eu p e n s o .. . acho que aqui -

‘ lo que' ele-.fez estava, errado-, ;deitou o p.apel p'ó lixo.

Ser: Eu é que escrevi o papel, não mostrei o papel a ninguém ....

apenas a uma colega minha que 'tava ao lado, riu-se e ... p e ­

guei no papel e achei que aquilo não era coisa p'ra se 1 er a

ninguém, peguei no papel e deitei o papel p'ó lixo ... Só

* ' gostava * dê sabér quem lá foi buscarão papel, foi mostrar o

papel à D u l / ’ è a Dul .... não foi mostrar o papel ao s'tor

e o s'tor foi pedir satisfações a Dul . Tambem não -sei como

-, »• ...é que.a Dul --... como. é que sabia que.era a Dul. ......

OR: Voltando à questão que eu tinha coíodadõ - . esses comporta-

: ; , mentòs especiais, que vocês vêm em alguns colegas,, do.s .quais

até alguns são vocês acontecem em todas as disciplinas ....

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acontecem mais nalgumas que.noutras ....? Como e que e? . . .

E é devido a..quê?,

Rit: Eu a c h o -...por exemplo, na disciplina de História, uma p e s ­

soa tem que ouvir muito e não sei-quê ... eu, por exemplo

tenho uma mania, que enquanto u m •professor* 'ta-a falar t e ­

nho que 'tar a'riscar úm papel e .... pronto é a minha manei_

ra de ..;. como é que se diz? .... de compreender, pronto...,

'tando distraída, mas 'tar a ouvir.Depois tamõém ... as a u ­

las, como o Nun ja disse a certa altura começam a ser a b o r ­

recidas porque é sempre a mesma matéria e ... pronto, tam'

ém aborrece um- bocado • a' pessoa- . . . tèr que- arra'njar ùma c o i ­

sa .. . pá, p.' ra distrair ... E depois t a m 1 ém • por causa d i s ­

so depois tam'ém começa a haver '1 um pouco de barülKo • e r i s o ­

ta, por exemplo aquilo que o careca disse . . . que-'. .% o Luís

faz bonècos e- não sei quê ... mas, depois-, como faz-'coisas

.... como é que se diz?...’.

Nun: ...... eróticos......

Rit: Não! ...... mesmos pode não ser as bonecas que ele faz, mas ou

tros bonecos que façam rir e que ...o companheiro do lado ri

e depois o outro, a frente, pergunta o que é e não sei quê...

e acho que, isso, depois, também faz barulho- geral. • í

Nun: Acho que é o sentimento dele ... acho que ele exprime" aí, nes

se desenho o sentimento. Eu acho q u * é isso.(riem-se todos).

OR: E que sentimento é, L Ma ? .

L.Ma:Sei lá .... que sentimento é (ri-se)

• OR: E .... é assim em- todas- as disci,plinas?Como é que é? ( .;

L.Ma:Não .... e s e m p r e e m História; é so História.

OR : E porque é que será? :' -

ti.Ma:É como à Rit mais ou menos diz... é assim uma maneira de eu

me distrair um bocado .... sem 'tar a perturbar a aula..

L.Mi:Mas, às .tantas,s perturbo, .porque, ele mo.str.arme ,os desenhos

. e não sei quê e. depois , às tantas co.meço.-me ;a.jrir, (riem-se to-

- dos ) ., ........ ..... r; _ , ,

OR: 0 Sér còmò é Sér portã-se • pior *èm certas'aulas ou

• • ........,é em .todas? ! .... • ; s , r -

’ Ser: Ë em ‘‘todas ! Nà'àula'de'História sou... sou' impecável"... a fa

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J

zer barulho (riem-se). Na aula de Ciências, por exemplo, a

s'tora consegue controlar .....

Nun:. Isso.é mentira! Consegue controlar.a nós, não te consegue

controlar a.ti, que 'tas-sempre na conversa com a Dul. .(ri­

em-se)

Ser: Eu até nem 'tou a o p é d a ’Dul .

Nun: Não, a Dul 'tá à tua frente, 'tás à conversa comigo, 'tas

à conversa com ela; se calhar .......

OR’: Mas dêixe lá o S é r r ; pensar como é o comportamento dele e

pensar .... se é a mesma coisa numas aúlas e ’n o u t r a s !

Ser: Na aula de Ciências como a s'tora consegue controlar mais ou

menos a aula eu acho que a aula rende quase no geral ... n o ­

venta e nove vírgula nove consegue ter um comportamento a c e i ­

tável .... Acho q'isso aí, a s'tora não se deve queixar muito

..... Por e x e m p l o ,.eu.eu ... também sinto que o ano passado

não tive bases nenhumas de Português .... e .... este ano mal

percebo daquilo ... não pes ...... não percebo nada’ daquilo ...

ontem adormeci'- - esqueci-me- .... ontem, adormeci ... faltei

, r . à. aula. .de H i s t ó r i a , 'tava na aula de Português, passei a aula

de Português, a passar o que se deu na aula de.... Historia...

E.,.depois,, se as. aulas forem, muito chatas se. a pessoa não

..tiver, aquela coisa d e . ’tar a conversar,, 'tá.a ... li a fazer

desenho:s,- comq. tam'em se. tiver um espírito assim muito alegre

... se..mete- ...... ahum, ... ... não sei quê ....... a fazer uma bruta

algazarra, e ,o s ' tor.. ' tá. p.' ra...lá a, falar .9 ,que nós já d e c o r á ­

mos- há. duas ou. três. a u l a s . , ..

Rit:.-Eu acho qu ' is-so é* devido. um; bocado ao- prof e s s o r .. . se um p r o ­

fessor :mete .mais respeito, acho que .. . . . pronto,' que os alu-

. nos nã.o. ...- p r o n t o t e n t a m 'tar m a i s •a t e n t o s . Agora, os pro-

*• f.ess-.ores q u e , ....- por exemplo.-como o s.'tor. de História ....

Nun: .... que dão confiança.

Rit:.Pois, e .nã o s ó, como o s'tor de História, que começou a pôr

na. rua e- não sei quê, acho que, depois ,. também a pessoa j a . . .

não é não gostar d.o p r o f e s s o r mas, pronto, acho que ja

não tem que ligar tanto, porque... pronto, se ele pode fazer

asneiras .... é uma coisa se... sé ele pode fazer asneiras

porque e que nós não havemos' de poder? Sé’ ele pode criticar-

nós e nos pode’ andar a pôr na r u á p o r q u e " é que n'ó's nãô pode-

-48-

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mos fazer o contrário? Pronto, é certo que ele é adulto e

que .... temos que 1 tar com atenção, mas também acho qu ’. . . j

eles também devem .... devem compreender que nós também te:

mos' ' ...^. nós, pronto, somos mais pequenos e também gosta^

mos de brincar, pronto1, não é?!' E que, às vezes, é difícil

uma pessoa 1tar sempre com atenção a uma aula. E acho que

eles também devem compreender isso porque também já foram- c r i a n ç a s . - ! •

L.Mi:E depois, a gente .... as pessoas, certas pessoas-vão fazer

queixinhas aos s'tores... e depois, bacalhau. ... Eu ... eu

e o Nun dissemos uma certa coisa, a uma certa pessoa.,, e s ­

sa certa pessoa foi d'zer a s'tora e a s'tora agora '.tá mal

connosco . ' ' 1 ' " 1 *' ” ■ "

L.Ma:Tu ..... o Patameiras ........

L.Mi:Sim, a s'tora de Jexteis!.. - ... ; • j, ;

Nun: E o que é que tem a s'tora de Texteis?!

Rit:. A s'tora não 'tá mal contigo.

•L.Mi:Não, 'tá.mal contigo,, por exemplo.. Acho que— ’tá mal.

Rit: Por exemplo, ele uma vez disse na aula de' Madeiras 'qüe não

gostava' da s'tora e eu disse à s'tora' e e n t a o , f pronto'.....

eu posso ter feito mal em ter ido d'zer a s'tora..*. mas t a m ­

bém acho que a s'tora fez- mal porque mudou b comportamento

com ele. Eu acho que se uma pessoa tem uma opinião à‘ cerca

de um professor ou' o professor acerca* de um aluno acho que

não deva ir mudar'o seu comportamento devido a isso, porque

continuam a ser as mesmas pessoas ”e , d e p o i s , isso àltera um

bocado ... ele, por exemplo, fez um trabalho que eu acho que

1 tava bastante giro .... a Texteis .... e..a s'tora ’-tava a

gostar muito .... mas, a s'tora,-por exemplo-, gosta -que nós

façamos imenso trabalho em casa, e- eu acho -que não, acho que

o trabalho é p'a fazer na aula e ......ele fez o trabalho,

pronto, fez aquilo que ele achava, pronto que .... 'tava m e ­

lhor', que ele 'conseguiu dar e ... a* s'tora ao' principio d i s ­

se que 'tava mui to bom e' no' fim clisse' que' não 'tava muito

bom. Eü acho que não acho' que' ele tiriKa' úm trabalho até.

Ser: Eu, por exemplo, na aula de_ Têxteis havia outro problema ...

..ah .... que e r a . .... acho que a Rit .não se vai importar,

mas .... tenho que mencionar..... que .... chegava ao pe da

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Rita e' que v ; . portanto-, já d e v e -ter hav.ido .oonhecimentos

anteriores .... chegava ao pé dela- e- tratava toda... c o i ­

sa era.capaz de 'tar uma hora ou duas na .aula, por

exemplo,.... houve .muita _gente naquela turma .que não c o n ­

cordou .

OR: Era capaz de •' tar uma hora - ou- duas na aula . . . .como? . ... ..

A falar só 'com a Rit ?!

Rit: Pois .... Por exemplo, eu tive uns problemas com a s'tora

de Francês e 'tive a falar com ela e disse ate i s s o . .. e . ..

como é que se diz?.... também tinha um aluno que conhecia,

numa outra turma, e' que é difícil uma pessoa não ligar mais

a esse aluno, pronto, já são conhecimentos .... uma pessoa

tem tendência a ligar-se mais com essa p e s s o a .....

Nun: Está bem! Tens razão nesse aspecto, mas chamar queridinha,

na aula ... desculpa mas isso ....já é um abuso .... e tu

tam'ém deves saber qu'isso é um abuso ... chamar q u e r i d i ­

nha, na aula .... acho qu'isso ....' ;

Rit:; Eu sei,, mas .acho qu'isso é preciso a. pessoa dizer à p r o f e s ­

sora

Nun: É 'tar-te a pôr numa ....

L.M i:...... uma cadeira d'ouro e a nós numa cadeira ... no chão.

Nun:. É fazermos todos uma corrida .... tu 'tares, em primeiro l u ­

gar e nós.todos em último .... ninguém . há-de saber quem é

que..se meteu no segundo e quem é .... pronto, ficamos t o ­

dos empatados e p r o n t o t a m o s todos no final ... tu 'tás no

primeiro ... queridinha ... os outros são ... pronto, são

uma matéria que não' existe. Eu acho qu'isso 'tá mal e eu dis-

s e m e ' m o a s'tora....

L.Mi:A s'torà p'rà ti a rir de um lado p 'ó- outro e não sei quê...

A mim quando não soube virar e não sei quê'... a s'tora "ah,

: não sei quê,^ agora, já não o ensino mais vezes" e eu virei .

p.'r:a e.la "o.h s'tora, então- m a s . a s ' tora p'á Rit. passa aqui

.a ..aula..inteira- aqui , assim..;a f azer o t.rabalho da Rit. e p'ra

mim, .só, porque. eu ..não. sei. virar aqui. um ponto a s'tora já 'tá

toda- ofendida !.! " ....."Ah., ; não. sei. quê ... n.ão te interessas!"

. ... . . . -"Não me» interesso n,ã;o.> inter.essamo-nos todos o, mesmo,

acho. que- posso-me. interessar men.os que a Rita, mas, pelo m e ­

n o s ,.. t.ento, e,s-f .orço-me." .'.'Ah, n;ão se,itq.uê.. ....."Depois pôs

-50-

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' aquilo de* lado.;, tive que’ virar e.não- sei .quê, .aquilo, [fi­

cou tudo* virado' e não se-i* que.. . -r • . .... ■ ■. *

Rit: Ha umã coisa quê’ eu acho ma 1... é qüé , por exemplo,eles

depois deitavam as culpas a rriim. Acho que eles se querem

se zangar e querem deitar as culpas em alguém, vai ser' na

. professora, porque eu não tenho, culpa ...pronto, até pos- •

so gostar, lógico que uma pessoa também quando.-., ha uma

outra... pronto, não e bem principiada mas ...que da mais

atenção, acho que uma pessoa g o s t a . . . mas, tambem, se eu

me pusesse no lugar deles acho que não i.a gostar, mas tam-• ‘ . • . . -lí .

bém não gosto qu'eles me digam isso porque s'eles têm ....

acham que a s'tora 'ta a reagir mal, não é a mim que eles

vão dizer isso, acho que é à professora.

OR: Agora deixando esse assunto ... Pedia-vos agora ... -que v o ­

cês pensassem e ... é o L M.a que vai pensar..., qual

é o seu melhor professor .... p ’ra si. Não.precisa de di-• - J • ; •' : 1 . - x fc.

zer quem e! Só pensar qual e e porque é que o acha o melhor

... o que ve nele ... professor ou professora, e v i d e n t e m e n ­

te... que o leva a pensar que é o m e l h o r ’ professor 1 .’.’ -Diz* * •

l a , L Ma .... i i V' f

L . Ma : É a s'tora de Ciências, ( ri-se)..... ■ ’ * '*’

OR : Porquê? ' '*•

L.Ma:Consegue coordenar as aulas ... Acho qu ' é . . . aceita' as mi - * ■

nhas brincadeiras nas aulas ...'nunca me mandou p'a rua'com

as minhas b r i n c adeiras... cada vez que eu chego atrasado' t i ­

ra-me as faltas ... não ’ sei ... mai ’1 nada .... • ’ •

OR: E qual é p'ra si o seu pior professor? *

L.Ma:Não tenho, assim, nenhum que seja, assim p i o r ..

OR: . . . Pronto, é a- sua opinião! . . .- E -a- Rit ,- qual par.a. si ,o me-

' lhor professor e porquê?- . . - .

Rit: Talvez seja também a s'tora de Ci encia-s , porque .’, .v è ’a^unica

... não, a s'tora de Francês também é cap az cie conseguir coin

trólar ... durante um certo tempo * os* alunos -.1 .* mas, ’ acho

que a s'tora de Ciências, pronto*, consegue'controlar melhor

... sei la , é ' . . . não é mais atenciosa*, * mas ãchò 'que-'e’. ....

acho que se dedica a nós dê uma 'm a n e i ra t a l v è z * diferente dos

outros professorès’ i . . que .. VI pronto que'‘.'*.v" faTa* . W tam-

* bém" tem' aqüela coisa'de dizer* 4,a nossa 'turma .*:v. 'nâo- sei quê

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.a$, outras, são melhores" , mas tenta, também. compreender um bo­

cado. A.s'.tora -de Francês,, por exemplo., também deu-nos m u i ­

ta liberdade, ,e a,gora , por. exemplo , não, .consegue ... .

Nun': . dar’ aulas.

Rit: .... dar aulas. Talvez até as duas professorasqüe'eu gôsto

mais são essas duas, porque .... pronto.são... a s 1torá de

Frances ajuda-nos bastante e ... pronto, até, um "exemplo...

tínhamos um teste dé’ Geografia a seguir e ela dispensou uma

aula p 'a nós 1 tarmos a estudar e ajudou é assim. Pronto,tam

, ém é conforme t a m 'em òs professores se dão mais ... se d e ­

dicam mais aos alunos do que outros. E em r e l a ç ã o ‘a ter ...

o professor que eü gosto menos . . . e u acho que não tenho as-

..sim nenhum .que., na o goste tanto .... Acho, que não ... pronto,

todos tem. os seus defeitos e as. suas qua.lid.ades, mas ... acho

que são mais ou menos todos Iguais.

OR: Quando pergunto não' me refiro a gostar ou não gostar é c o n s i ­

derar aquele que é bom- professor e aquele que- não e bom pro-

- ' fess"òr, no nosso ponto’ de vista'. ’ 1

Rit: É a tal coisa, não sei bem, porque ...acho que estas duas são

as melhores ... o resto são bons professores e assim . na o'

há nenhum de que eu gosto menos do què os outros.

OR: ,0 Sér qual é para si o melhor professor e porquê?

Ser-: Talvez''se ja o professor que controla bem a aula e os alu-

nos* .-.nlo é' como um professor que havia, aqui... eu c h e g a -

' 5 ' va" dez" minutos a t r a s a d o " e agora não podes' entrar" .profes­

sores- compreensivos *e justos p ' os' alunos ... os alunos devem

• - fázèr o mesmo -só que-muitas vezes não.fazem -...

0R: Dos professores que tem ... aquele que considera ser o melhor,

que qualidades é que lhe encontra?

S e r : ... . . . .

0R: ...Que justifiquem ser o melhor?

Ser: ..."dar r i‘tmd'a ' aula , p a r a q u e a a u l a - não^ aborreça e os a l u ­

nos desintéressarem^se por -exemplo,- a professora de Fran-

' cês, acho a professora rmii-to-simpática,- gosta -imenso dos alu-

■ •' nos, mas nãof gos t o- d a-' ma nei ra :de la11’ - d^aT a ’ au la . É. ca paz de ...

' ; - nós* sai'rmos daquir e- irem * logo' d ' zer què eu' ’ tive a. cr,i-ticar

más - não' g o s t o ; ’ -na o gos t-o - da- professora- d‘ár' a * aula .Pa ra

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mim é 'das professoras niais simpáticas . . . dos professores

que eu tenho é das professoras mais simpáticas e . .. c o m ­

preende bem os alunos, faz' tudo quanto os alunos pedem ...

ela até, às vezes, escreve o sumário e diz "se nos d e s p a c h a r ­

mos damos meia hora, o resto fico a conversar com vocês"...

Nunca a ouvi dar uma palavra " meninos escrevam, que esta

palavra aqui convém ser decorada, pelo significado"..., e c a ­

paz de 'tar a falar, escreve assim um texto e mete lá, assim,

por baixo da palavra ou então 'tá a falar, diz a palavra e

depois diz o significado qu'é p ’ra quem tivesse assim com mais

atenção ... decorava .... i . • o.-.

OR: Nun- , qual é p'ra si o seu .melhor .professor e porque?, i

Nun: Em termos de melhor ensino,' eu acho qu'é o processor ‘de' M a ­

deiras ... portanto, o modo dele dar aulas, 'o' modo''como ele

nos ensinou a cerrar a madeira," á colá-la'.’. .Veu acho que 'ta

perfeito, é um.s'tor que já tem prática daquilo que. faz-,, e um

s'tor que compreende, também, .... um 'pouco, . ,o ponto de vista

... de nós, quando formos p'ró futuro, se continuarmos/sempre

em Madeiras ... ele sabe como é que nós vamos fazer uma coi-,

sa qualquer ... de madeiras... uma peça. Eu acho que é um p r o ­

fessor que dá bem a matéria e acho ... p'ra mim o professor

com mais prática de ensino, da nossa turma, eu acho que e o

professor de Madeiras . . . embora seja uma aula pratica.'' 0 p r o ­

fessor que eu gosto menos-... talvez o s'.tor de Historia e;,

assim, meio-avariado ... não gosto muito dele . .... ele . . ' tou

a falar ... 'tá me'mo à minha frente, -começa, assim, a -andar

com o livro de ponto até à página', chega lá,- marca, assim um

pontinho "quer - ir- p ' á rua?!",.eu fico, assim, :quietinho ....

fecha o livro, continua a dar matéria. Faz isso duas ou tres

vezes por aula. É, assim, me'mo maluquinho.

Ser: Houve uma vez na aula de Matematica ... em que uma rapariga

'tava à minha frente e lembrou-se de começar a rasgar p a p e l i ­

nhos ... e mandou um papel ca p ' ã trás ". . . eu apanho ò papel

e ... depois, fiquei .assim com o. papel em", cima da .mesa. e não.

1 disse nada. . • vem o segundo, eu apanho- o .papel. e. .amando o p a ­

pel lá p fa frente ,e a s ’ tora., yiur, eu.a.mandar o .papel, ,1'a' p ' a

f r e n t e , não. viu ela ámand.ar. os dois ,cá- p ' a. tr;as ... . e, ela d i s ­

se, yai assim " o Sér • v.ai .já p 'á .r u a ,: c o m -fa 1 ta .... ., ;de c o m ­

portamento -e. -eu - ...f depois < a... co 1 eg a .. que,.'tava.,a minha

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frente di-sse* " s ' tora ; fui eu a começar , . f u i-: eu -qú 'a imandei

primeiro os dois papéis " e a s ' tora disse" ah’ então,

pronto, podes cá ficar, mas a An , é An fica ca e leva

falta " . F i c o u na aula ...• não sei .... não sei se .é porque

ela se porta melhor', porque eu 'toú sempre na brincadeira

L . M i :...... e não marcou falta .... Outro d i a ‘... viro-me p'a

s',tora "Oh s'tora agora não me marca falta, tambem não m a r ­

cou à An Pat’ , agora também não marca a mim".

R i . t E u ‘ acho uma coisa .... uma .coisa que eu acho que é bom num

- • .professor eu tive.um professor lá. no ciclo que era de

- Matemática e. ele.no princípio do ano disse "quando vocês

• vão ;parar a .rua eu gostava.que no.fim da aula viessem falar

comigo e eu também falo com vocês".... p'rá .... o aluno,

por exemplo, o aluno,podia não saber porque é que tinha ido

p'á rua e os professores, as vezes, fazem uma coisa, que e

'tarem a olhar p'ró aluno e o aluno faz muitas coisas s e g u i ­

das e não o avisam e a certa altura já 'tão fartos e m a n d a ­

ram-no p 'á rua.... pronto, ò aluno fica, assim, não sabe o

que é que foi. Eu acho que é bom, no fim da aula, o p r o f e s ­

sor falar com o aluno p'ré aluno tentar modificar-se. É uma

coisa boa, pronto, porque o aluno .... o aluno pode ate s a ­

ber o que é e o professor achar que s'ele continuar ... por. . . . . . . . . , : I 1 I : '

exemplo, manda-o todos os dias p'á rua ou coisa a s s i m .....

pronto,' acho que um professor pode ter um contacto com o a l u ­

no nesse aspecto.... ou então, o aluno fica todo aborrecido,

não sei quê ... vai-se embora e não se rala em ter fal-

ta e ..... o professor, t a m ’ém, fica, assim e s p a n t a d o . i .. quer

dizer, marca falta e ele não quer justificação. Pronto, acho

que é bom um aluno, no fim da aula ir falar com o professor.

Até a s'tora de .... Ciências já fez isso. Ás vezes, um alu-

no chega tarde, não sei se e ele se qúe .... pronto, nao se

preocupam de perguntar ao professor sè levaram falta ou não...

quer d'zer, não sé ralam, pronto, isso demonstra que não têm

.... pronto, muito interesse pela disciplina. Acho que é bom

,um professor ir falar com o aluno. - • '

OR: L •, qual é para si o melhor -profeesor e porquê? »

L‘.Mi:É difícil .V. ;-;taivez como o L . e a Rit d 1 sseram ta 1 vez a-

• s 'tóra dé Ciências- '/"não ‘é q'ué 'goste "lá «muito-da s'tora...

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Rit:

OR:

L. Mi

OR:

a 'princípio um ía, assim,- muito c.om ,a . s 'tora..,. .m.as '.achq que

a s* tora tem uma maneira.de dar a.ulas que. nenhum dos ostros

s'tores tem.,... consegue dar a.- matéria toda nas. aulas,.;e. . . .

ao .princípio não ..... mas agora .já '.tá a conseguir melhor

nos controlar e. assim. Não é que eu simpa.tiz.o muito cqm a

s'tora, mas nesse ponto é a s 1 tora de Ciências .... agora a

s ' tora de Geografia ... tem, assim, umas aulas muito ....não

é que eu não gosto da s'tora, a s'tora até é simpatica e a s ­

sim, mas .... tem, assim umas aulas paradas.... as tantas ja

parece que a gente 'tamos, assim, a dormir, a ouvir a s'tora

... e assim ...' depois ás tantas a s'tora c'omëça 'a- dar' outra

vez aulas, a gente já estamos tão cansados e -assim ja nem

apetece a gente recuperar outra vez. Prontos, é"umá- s'tora

que eu não gosto muito, a dar aulas, mas áte !simpát:izov assim,....................................................I.

com a s ’tora ; '■ - , -■ ■ -

Eu acho que a s'tora de Geografia e uma s'tora que tem um m é ­

todo esquisito de dar aulas.... ela tem uma coisa, escreva no

quadro e explica e depois dita uma data de coisas para e s c r e ­

ver e a certa altura uma pessoa já 'tá farta e ela ainda vai

explicar, explicar mais e não sei quê. ”É das unicas ... e e

das únicas professoras que eu acho que', pronto 1 uma pessoa não

brinca tanto na aula .... acho que isso tam'ém é um bo.çado de

influência. Nas outras aulas,mesmo quedos professores, n^ão gos-

tem há um minutinho ou dois que sempre se 'ta a rir e,o profes■ • • • - • ' 1 ' o - • .i*;j;r."

sor também brinca, mas ela não, ela não, . sempre qúè ele ou

eu, qualquer um deles diz alguma coisa para rir, ela manda l o ­

go calar e não sei quê.Acho que t a m ’ém não motiva, no^jasppcto

da pessoa 'tar interessada na aula... não motiva muito']! porque •• . •• .oi.tam'em, depois, e um bocado cansativo uma pessoa 'tar sempre

a escrever e não poder fazer nada. dá escrever, as vezes, uma

pessoa já 'tá cansada e não, pronto, não é que não tenha i n ­

teresse, depois, quando uma pessoa sai. da aula, mas, não tem

muito interesse uma pessoa 'tar numa aula a fazer isso. Depois,

já não podemos fazer... brincar nem nada ... acho ... pronto,... j •

acho que é um bocado chato, nesse aspecto.

L Ma ----

: Ainda agora começou, por- aí! ; t . :

Pode ser .então o.L. , Mi ...... Ah na s. diverses ;a.u las que

mais têm fazem .actividades dif;erentes, umas: -v.ez.es a zem. ....

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vocês alunos .... umas ’véze-s ; fazem umas -coisas-,! outras-jf azem

outras, umas vezes estão a .ouvir so, outr.as .estão a fazer e

xercícios ou isto ou aquilo. Em que actividades é, que o L * |

Mi achava que os alunos têm mais facilidade em estar ater^

tos ?

L.Mi:... Em que 'quê, desculpe?

OR: Em que tipo de actividades? Quando ’tá a acontecer o quê na

: aula?

L.Mi:Quando 'tamos a fazer exercícios escritos . .«. por exemplo, a

. Ciências,, a. Matematica e assim, acho.que 'tamos.com muito ,mais

atenção do que quando estamos a Ceografia e a s'tora.là a dar

aquelas ... a dar aquelas ... sobre a atmosfera e isso assim,

as tantas, já parece que uma pessoa 'tá a dormir ... Na aula

de Matemática a gente 'tá a fazer aqueles exercícios ... p o d e ­

mos ' tar a fazer tudo mal, mas, pelo menos, temos de estar ali

concentrados e não sei quê... pr'a conseguir escreva. Eu acho

. f ; qu'a_. gente 'tá mais concentrados é quando é exercícios escri

, , .. t;05 .»•' ,

0 R : " 0 Nur • ... o'que acha- ... quando é que estão- mais- atento?

Nun: Quando há uma aula ... quando é matéria nova.Por exemplo, eu

'• gosto de Historia"e não gosto do professor . . . gosto mais é ■

ass-im Ceografia, Ciências e História é as que eu gosto mais...

Inglês, eu quero prestar atenção, mas o meu colega do lado não

me deixa. Eu acho que... quando uma. pessoa ' tá mais atenta é.

quando aparece uma materia nova... uma matéria em que temos

facilidade de perceber, depois s'a gente não tém atenção não

conseguimos compreender. Eu acho qu'isso é ...muito bom' a p e s ­

soa 'tar com atenção. Costo muito da maté.ria nova, é mais g i ­

ro do que 'tar a batalhar sempre no mesmo.

OR: 0 Sér ., quando é que está mais atento, ou quando é que nota

que os alunos estão mais atentos?

Ser: ..... quando há matéria nova ...quando o professor dá matéria

nova ....

OR: Não importa a maneira como é dada, o que importa é que seja

matéria nova ? !

Ser: Não 'tou a ver ... Por exemplo, a minha s ’tora de Matemática

nunca mandou um aluno ao quadro p'a d'zer que a mais b, trans

formação era b ' ... nunca foi capaz de ... ela dá a matéria ...

ao fim só se dá a trabalho, passa. ... nós passamos ... chega-

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mos a-casa, lembramo-nos do que foi.dado na aula e . .,.i 1

OR: ... e, fazem exercícios em casa e?! Não fazem na aula?!

Ser: Isso aconteceu uma boa matéria, uns bons capítulos, a Sj'tora' i- • !, 11

dava a matéria .. por exemplo, Geometria dava Geometria ...

a outra aula era resolução de e x e rcícios .1 Fez isso' a í ,;c‘om os

gráficos ... dava os gráficos ... a outra a u l a ‘‘era*'resolução, r i ■ i»

• 'IOR: 0 L Ma ... em que actividades acha que os alunos e s ­

tão mais atentos?i •> .

L . M a : N a brincadeira, (riem-se todos) ... quando estamos todos a briri

car ...

Nun: Desculpa lá! Agora, eu acho que é verdade. Estamos mais a t e n ­

tos é quando ele está na brincadeira, quando ele fala na b r i n ­

cadeira ‘tá tudo a ouvir o q u ‘ele diz.

L.Mi:Agora quando é a matéria ninguém liga.

OR: Mas, quando se trata dos conteúdos das d i s c i p l i n a s ...da m a t é ­

ria ... em que tipo de actividades ... os professores não f a ­

zem todas as aulas da mesma mane.ira, pois não?!,... . e^.quando e

q u e v o c e s mais a tentos...?

L.Ma:Também acho que e quando ha matéria, nova . ... Atamos mais a t e n ­

tos por causa dos pontos,- precisamos .d,e sa.b.er a. mat.er.ia_ que

sai e isso tudo. • » . «. •;

OR: E a Rit ... o que acha? * '... - ■ . ■ - • ' ! )

Rit: Eu acho que é quando os professores estão a falar connosco.

Por exemplo, na aula de Ciências, quando a s ‘tora ‘tá1 a falar

e isso ... também pela maneira dela de ensinar ... eu acho que

1tou mais atenta, nessa altura, quando ela ‘tá a falar do que

quando ela ‘tá a escrever no quadro.

O R : E quando é que estão mais desatentos? .

Rit: Eu acho que é quando os professores escrevem no quadro ..quan­

do estão virados de costas acho que nós começamos mais a fa­

lar e isso .

O R : 0 L , acha que estão mais desatentos quando?

L.Ma:Quando as aulas come.çam a ficar monótonas e a gente começamos

a ficar chateados e ... com as mesmas matérias começámos a

ficar desatentos.

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OR: Agora uma questão ali para o Sérgío . . ‘o que 'é' nielhor parã

si, aqui na escola? ...

Ser:- O s ’piores?...' * <••-.'

OR: ' Diga, L- ‘ M i ’*--' ... ' ' "

L.Mi:A s a i d a d a s aulas ... quando toca,p'á saída das aulas. £ os

. melhores momentos qu'a gente.pode ter... quando toca ,p ' á saí­

da das aulas.. (ri;-se)...0s piores é quando toca p ' r á entrada.

Ser: A au.la em que por. exemplo a gente 'tamos assim e. eu digo a s ­

sim .... "o que é que vamos ter?" e ele diz "Português" e eu

"fogo, nunca mais me'safo disto!". A g o r a ,'Ciências .'.’.‘"'0 "que’

é que vamos ter? " ...." Ciências" .... não d ' z e m o s n a d a ...

vamos lá, saímos da aula impecáveis ...

0R: 0 que há aqui de bom na escola? Não é so nas aulas, é na es-

• :: cola!- Nada' de bom nos acontece?! • '

L.Mi:As meninas ... as nossas namoradas (riem-se)' • '

Ser: Sei lá ... havia aquelas marcações no campo só gue estragaram

... as coisas de basquete ... estragaram os campós L.. e s t r a ­

garam tudo e mais alguma coisa. Casa de banho, ,há duas ;o u ‘

três a funcionar na escola. .. Há raparigas--mui-to giras, tam'.ém

.há. professores . bons ... há outros professores incompetentes...,

OR : E o Nun .... I

Nuh: É" vir c'á à- tarde para ver as raparigas. Acho que sim. Venho--!

■ cá-.;-, ah . .v. 'tou com os meus colegas,' 'tamos a * brincar, j o -

'gamos ping-pong venho com o Fisga", com-o Careca..', todas

as • quintas-feiras trazemos "os scotes ,: vamos- andar , andamos

* “ ■ s e m p r e • aí ' b è m . : - « • •

OR : L’ Ma , o que há de meihor aqui na escola?

L.Ma:É o bufete! .... com ,os. bolos e aquelas cç.isas todas...

0R: 0 que' há de pior ’aqui na' escola? • •

L.Ma:Não sei ... talvez o campo ....

0R : ,0 campo? ! ........

L.Ma:0 campo '..'.’hão h a j a •um-eàmpo melhor. Por exempl o , nos- d ias de

chüva não- podemos-fazer ginastica-no-campo.' Se' o campo fosse

• camuflado'*- (riem-se) ... t a p a d o -eira-m e l h o r ........

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O R : Rit , o que ha de melhor aqui na escola?' ' - • ' • rI ! » |R i t : . . . . - t ■ ( . ■ , ' ,

Ser: A escola também podia estar melhor se não hou.vesse .cer-t.os v â n ­

dalos que lembran-se de ir partir os lavatórios, arrebentar

com as fechaduras ... se por acaso, uma professora vem. dar au-

las ... e não hâ chave, amanda um pontapé na porta e a. porta

cai ... É assim ... partiram os quatro cestos de basquete....

as balizas jâ são umas três ou quatro este anò ... ' i.-

OR:; Rit , diga lá ... o que há de melhor para si, aqui 'ná‘ escola?

Rit: .... o melhor, mesmo e o campo. É o sítio onde, geralme,nte, as

pessoas que 'tão mais tensas .... 'tão a jogar futebol e assim

OR: E o que há de pior? v

Rit: Pior?! É as ovelhas andarem-cá a p a s s e a r . (r i - s e ) . .:.uma pessoa

tem que andar sempre com cuidado ... uma pessoa vai ali p'ra

trás e tem que andar sempre em bicos de pés porque senão ....

sujamo-nos t o d o s . ’ • , • ..

O R : Agora, queria pôr-nos outras questões ... Por exemplo, o Nun ...

L.Mi:0h, a seguir sou eu ... a • '.segu.i r sou eu.

O R : Quais lhe parecem ser os ’direitos e os deveres dos álu‘nos numa

escola?

Nun: Bem, eu vou d'zer., mas não é o que eu faço. Por e^xemplo, um d i ­

reito que devia ser dado aos alunos. . .5. o que eu acho. é- que d e ­

via ... há regras estabelecidas, mas as reg.ças não sã.o-, justas

... Por exemplo-, nós suponhamos que.um dia ... acontece-nos

qualquer coisa, temos ... eu não moro em Bucelas.... mas m o r a ­

va em Bucelas, demora-se meia hora a vir p'ra cá ... atrasava-

-me todos os dias na camioneta ... os meus pais iam trabalhar

atrasava-me todos os dias na camioneta. Como é*qüe eu fazia?

... Havia dias ... chegava • a- me i o • do a n o ,.m e 'mo que-, eu não. fa 1 -

• tasse todos os dias â primeira hora .... eu acho que chumbava

por faltas .... Pronto eu acho qu'isso é uma coisa que os pro-

fessores ... ha uns que facilitam outros não ... devia ser uma

■ lei que ■ devia ser mais -facilitada . ... \ à primeira hora ... sei

lá, por cinco, minutos •...'mas*-,o- que é cinco, minutos?- não

é quase nada. Tam 1 ém-=ou t ra é que ... pr.onto. o;- s-'..tpr; de,„Visual

'tá a fazer carinhos lá nas nossas fotografias e eu pego numj

-59-

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papel... não g o s t e i f a ç o : a cara do s ’tor todo . todo . *■ maleco. .’. c então "olhe, 'ta aqui .a sua fotografia s'tor"e

1 +> ele não gostou . . .: não sei que...."não quer, deita-se no l i ­

xo", mas, p a s s o u . . . . ele t a m ’em não gostou, eu tive que g os

tar. Ha*coisas que ... eu p ’a respeitar o s ‘p r o f e s s o r e s , t a m 1

ém quero que eles me. respeitem a m i m . 0 ‘ s ,:tor de Visual, um

dia,- lógo nò‘ p r i n c í p i o , e m p u r r o u - m é . . . . ’eu viro-me' p'a trás

*■ "o que é que o s'tor quer, quer levar um soco é? ! " . ; . e, en-I ■ I 11 t

tão o s ’tor diz-me assim" v a i p ’ 6 l u g a r , c o m cautela, que p ’á

outra vez podes esquivar".. 1 1t

Ser :. . . .. ,o.,s'tor já ... 1 tava; a .andar p'a t r á s n.., I I

Nun : E le não t i n h á n a d a que 'se'meteir comigo eu ' sei ándar....f

E u ;ácho; qu'* isso'... por exemplo, se eu fosse- esperto tinha

ído ao' Conselho Directivo, acho que faziá m u i t o m e l h o r ....

Eu acho que um professor pode levãr süspiensão assim ... Ah...

•' a -responsabilidade qu'a gente temos nestã escola ... prontos,

acho que'e não fazer ... vandalismos. A gente vamos p'a cima

da ’mesa de ping-pong, aquilo abana tudo ... a gente 'tamos lá

mais tempo aquilo parte-sé tudo .... Eu acho que é coisas a s ­

sim .... As portas ... nos pavilhes... ali no pavilhão A ....

uma vez a gente 'tivemos a jogar com uma bola de tenis e foi

contra os vidros .... foi contra a porta ... então eu 'tava

na baliza .... só qu'os vidros ficam la em cima, uma pessoa

falava partia o vidro ... Por acaso,a bola foi lá, não partiu,

foi sorte. Uma vez 'távamos à porta dò pavilhão A ... vai lá

um desgraçadinho qualquer ... ahm ... ahm ... ahm ... uma c h a ­

pada no vidro, parte-se aquilo tudo e só continua "ei, foram

vocês, não foram ?!'.'... "não, não fomos" ... depois queria-

-nos meter como testemunhas no Conselho Directivo... eu acho

que .... não fomos nós, o que é que temos que testemunhar c o n ­

tra os nossos colegas? Eu acho qu'isso .... eu pelo menos, não

testemunhava ... me'mo que fosse la, não testemunhava... são

meus colegas não tenho nada que testemunhar contra eles....

acho que só ia fazer .... ah, portanto, eles é que sabem da

vida deles. Se fosse comigo também não gostava que me a p r e s e n ­

tassem, ‘ euia-me'’ lá apresentar/ não' tinha ‘ p r o b l e m a s .

OR: E 'tá de acordo que se façám essas coisas?!

Nun: Pois, eu acho que ... pronto, quando é um caso sério vai-se a

tribunal, pronto, isso eu acho que sim ..J pronto .... uma pes-* 1 » . • ;1 : -

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soa rouba um carro ou qualquer coisa- ..... acho que';, vai a t r i ­

b u n a l acho que há test.emunhas , pronto .... amigos qualquer

• coisa ... Agora ... aqui, assim porque se parte um vidro ...

•eu acho.que ... 'tá bom é um vandalismo, mas, pronto, acho

qu ' essa pessoa que partiu o vidro deva-se apresentar' e não , • 1

• somos nos que vamos culpar. Acho que ha certas coisas que o

Conselho Directivo deve c o m p r eender..... as três.faltas de

comportamento ... ja devo ter ai umas vinte... pronto, o que

é que se há-de.fazer ....

OR: Quais devem ser os direitos e os deveres dos professores?

Nun: Eu acho que os direitos dos professores e os deveres ;..'èu

acho que 'tão .... eu acho que deviam respeitar um ppuco-mais

os alunos e os direitos não sei .... eu não s o u .professor ...

não sei os direitos q u ' os professores devam ter ...sei os

meus ... o que eu acho que devia ter, mas ... os deveres que

os professores tinham eram .... respeitarem os a l u n o s k de m o ­

do a que os alunos os respeitassem a eles tambem. Por e x e m ­

plo, há professores que..a gente respeitamos e eles .respeitam-

-nos a nós ... há professores que não ... :

OR : Diga l á , L .... 1

L.Mi:... uma pessoa vai p,á bicha ali assim do coiso ...do bufete

... 'tá lá uma g'anda bicha ... depois entram, metem-se aI • { *

frente.de tudo, as pessoas não sabem respeitar ... às vezes,

'tá-se lá tanto tempo p'a comer um bolo ... chegam lá à f r e n ­

te, "com licença, com licença" ... as vezes, nem vão tirar a

senha, às vezes são umas embirrantes ... ácho que deviam e s ­

perar pela vez deles ... às vezes, 'tamos meia hora á espera

....'tá bem qu'eles são adultos e trabalham aqui e não sei* • * • * • * . i í c *

quê, mas, por exemplo, com os alunos da Associação de E s t u d a n ­

tes também acontece isso ... acho qu'isso 'tá mal ... acho que

uma pessoa deve respeitar a sua vez, por exemplo na bicha ...

acho que há a bicha, para cada um respeitar a sua vez, não?!

... senão, chego ali e ponho-me a frente dos outras pessoas

e a s s i m .

OR: Portanto acha que isso é um dever dos professores, como de

qualquer pessoa, não é?! E que outros deveres os professores

devem ter?

L.Mi:Respeitar a gente!

OR : E direitos?

-61-

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-L.Mi: -l : -não nos tratar como matéria -inuti 1 .... matéria inorgâ­

nica - .. o . ' . - • . - -, .

O R : ; E d i r e i t o s ? ... -, ;

L.Mi: Direitos?! Que eles tenham p'ra nós?!

OR: ... que eles têm?! ... como pessoas . : . que direitos é - que

os professores devem ter? ,

L.Mi: ... Eu acho ... uma coisa que eu acho errada.é ..... os s ' to-

res ganham dinheiro e dizem q u 1é p ’a nos aturar, p'a dar a u ­

las ... 'tão e a gente tem de aturar os s'tores ... cinco óu

seis s'tores por dia', não recebemos nada e não fazemos grè-

•. • • • ves . .. nós devíamos receber.,o rde nado

Nun':' . .. más podes "vir a -receber -no 'futuro!'"

L.Mi: Oh ---. , . ■

Ser: ... quanto .-mais estudares a g o r a m a i s recebes.no futuro ...

Nun: . . ’. 'o qué é ó' futuro sem nós? Diz-me • lá .-..pronto, não digo

‘ 'sem'mim, porque .... uma pessoa não fáz falta nenhuma ..ago­

ra vinte escolas faz cá falta ... nãô sei ‘quantas escolas há

nesta região,’mas ... as escolas fazem faltá.Sem as escolas

' òs a l u n o s ' ... nós não podíamos estudar.'Eu acho que deviam

' respeitár-nos' . . .! é ó motivo. É claro, iim dos direitos do,

professor é ser respeitado ...

L . Mi : Ë 'dár'-se ao respeito e ser respeitado.

Nun: Isso é ... é o principal ... eu acho gue ... afinal tam'ém

a vida vai aumentand'ô’e os professores querem-mais dinheiro.

Eu acho qu'isso tam'ém é justo, eu fazia a mesma. . .,,,

OR: Rit ... Deixem agora a Rit' dar a s.u a opinião ... .

Rit: Nós temos d é v e r e s , no que respeita :ao professor...,tam'em

pronto, ter cuidàdo com a moda,- mas acho,- tam'em que os p r o ­

fessores tê'm que nos’ respeitar a nós.... Ontem eu tinha uma

roupa cor-dè-laranja . chega' o's'tor de História e diz a s ­

sim "Ai, ela hoje vem toda cor-de-la'ran ja ! " ,- eu- tarn ' ém lhe

disse assim "o . s .'tor; vinha., d.e.. branco , . a zul ..e ... vermelho .. .

"Ah, e-ntão o,'S'tor parece .a bandeira da França !.". 0 s ' tor p o ­

de não ter gostado, mas também s e - ele .quer,, qu'a gente o r e s ­

peite, a gente tam'ém quer que ele nos respeite .... Em pri£

cípio tam'ém se ele não gostou ... não é que eu não tenha

-62-

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gostado ... mas eu acho que . . . E l e disse uma coisa .nà b r i n ­

cadeira e eu disse outra na brincadeira ......... r’"

OR: Para o L Ma. .... quais lhe parecem ser os rdireitos e

os deveres dos professores?

L.Ma: Direitos?! ......

L.Mi: 'tás a gastar fita!

L.Ma: 'tou a pensar! (com riso irónico) •• ••

L.Mi: .... ma' não penses ...

OR:. E o Ser ... Vá pensando 'tá bom, L ....

Ser: .... não sei ... esse assunto de se ajudar uns aos outros

isso 'tá ligado ... como por exemplo a gente 'ta na aula e

nós temos uma dúvida porque na aula anterior não 'tivemos

por exemplo com atenção e que e uma duvida super facil, mas

basta só aquele pequeno detalhe p'ra nos estragar logo duas

ou três aulas e .... acho. que ... o aluno que tenha uma du

vida, mas a dúvida seja..muito fácil e a turma saiba, toda

que ... do que é que se trata, acho que ... o aluno pode

pensar "se eu digo, começa-me toda 3' gente ,a gozar",, ou "se

• eu digo começam logo as bocas" ou . .1. intervenção . . . p r o n ­

to, há a s s i m ; tam 1 ém. ... . há alunos que não tiram çert.as d u ­

vidas por causa dos próprios colegas, não dos professores.1 1 'I >

OR: Então L quais são os direitos e os deveres dos professo-

res? * .

L.Ma: 'tou a pensar !!! ((com riso irónico), ....

OR: Não quer dizer?! • ■ v j ;

Ser: Isso do comportamento tam'em eu devo 'tar a notar o> nosso',

comportamento' .... com a turma do 92 a n o ,. que. penso ,que ja t e ­

ve .... Devo. t'.tar .a notar.a tal . evolução k .... por exemplo, eles

podem, 'tar a fazer o que nós. es.tamos agora..a fazer e. coisa

assim,,mas tam'em são capazes de .'tar, por. outro aspecto

• m a i s .... mai.s- calmos.... .: . • .

OR: '' Deixando os- direi tos ■ e o s - d e v e r e s - . 1 L *' 'Mi--. quais lhe

^ p a r e c e m s e r a s regras'fundamentais ... as regras a respeitar

numà sala ’ de áula? • (Tiem-sè-'todos ) * -••• . • - • "

L.Mi: Eu não respeito nenhuma!"

-63-

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OR: Diga lá ..... ■ ..

L.Mi:Tudo aquilo qu'a gente não faz. Não falar nas aulas -...;nos-

.falamos, Não. ma.nd.a.r, assim, papéis pelo ar.... às vezes, pa

recem aviões... peum... peum ... peum ... de um lado p'o

outro. Não ... por exemplo, não entrar na aula sem pedir l i ­

cença .... e uma coisa o Fisga faz sèmp'e na aula dè C i ê n c i ­

as . ...

L.Ma:Eu digo P000SS0!

Nun: lá depois de 'tar sentado.

L.Mi:Há uma coisa que uma pessoa não devia poder ... e com 'a s.'to

ra de Ciências .... pega nos paus ... prromm... parte os paus

e depois dá-nos com eles na cabeça.... pleüm... pl euni ( r i - se ) .

Eu, por exemplo, tinha uma s'tora no and passado... era uma

chinesa ... lá no Olival ... que era a s'tora de Matemática,

a s'tora tinha uma apontaria com o apagador... pegava no a p a ­

gador .... puumm... p'á nossa cabeça ... era semp'e p'a t e s ­

ta ... desconfio que a s'tora ... desconfio que os apagadores

ate j a eram, assim... viciados na s'tora ... a s'tora c'os

apagadores... poomm ... na nossa testa. Depois batia sempre

com aquela parte de esponja, depois ..-., a .gente aflito, dos-;

o.lhos . . ... era metade da aula. p'a tirar aquilo. Acho q u ’as

s 1 toras., não .deviam fazer isso.. Acho que,' sei lá... p'á gente

respeitar as regras, os 5 1 tores tam'ém têm que respeita-las.

OR: Nun , quais são as regras fundamentais a respeitar na sala de

aula?

Nun: Aquela regra fundamental é ... eu acho que a gente respeitan-ï +

do 0 professor .... Eu acho que .... Respeitar o professor ’e

.... não falar nas aulas . . .- e‘ não -fazer as coisas\que 0 pro- .

fessor não gosta e isso... eu acho que p'ra mim isso é r e s p e i ­

tar o professor. Prontos.... os professores têm que respeitar

a nós, p'ra nós não fazermos isso. A disciplina tem que ser'

cumprida, mas tem que ser c u m p r i d a . por .nossa • parte ,, principal-

... mente n.o.ssa e.. tem ,.que f ser cumprida pela parte deles.

L.Mi:Quer d'zer, tem que ser cumprida simultaneamente .• •

Rit: Eu acho uma coisa .... É que não podemos fazer tudo aquilo que

0 professor não gosta ... se o professor tem imensos defeitos

e não gosta de uma data de coisas ... uma pessoa... se ele não

quisesse que a gente se mexesse tínhamos que estar sempre no

-64- . • • '

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mesmo sítio. . . acho que não é isso ... 1 :, * I , I, .

OR: •Entao o que e? .'p ( * ■(

Nun: Não 'tou a falar em certos s'tores 'tou a falar num 'profes-- :.i.l :

sor n o r m a l .• 1 . 1 . il I j 1 1

OR: Deixe la a Rit. dizer ... quais são as regras ffundameptais

a respeito numa sala de aula? ,

Rit: Não andar a falar com os companheiros do lado ... não estar

a busar com os companheiros ... ah ... respeitar o p r o f e s ­

sor ....

L.Mi:Não balançar as cadeiras.

Rit: Tentar i n t eressar-s e . Acho que é o f u n d a m e n t a l .Se uma pessoa

conseguir ter isso, acho que ... conseguisse 'tar numa aula

... Por exemplo, agora ter que fazer tudo o que o professor

acha que é correcto ... um professor, por exemplo pode ter.,

pode pensar que ha coisas que não são correctas e... não tem

mal nenhum ... ele pode pensar isso e ...uma pessoa tem que

1 'tar muito certinha senão pode ir para a rua , quer d'zer

- acho que tam'em não e bem isso.

OR : L' Ma ... diga lá ... . : _ .

L.Ma:Tam'ém é ... não ... não tirar macacos dò nariz ... (ri-se,

sarcasticamente e aponta um "macaco" em 'cima da'mesa) . :. . .

foi ele (aponta para o l.Mi.) '

L.Mi:Não fui eu .... juro ! ’* ':;i

R i t : Que porcaria !

L.Ma:Foste sim senhor!

L.Mi: Não fui não ... não fui! (ri-se, tam'ém) . ; . ,

OR: Diga l á , L. Má ....

L . Ma :Foste t u , oh ! .

l.Mi:Não fui,, não fu i ! Fui , o quê?- -..... , •

L.Ma:Foste, foste! . M a i s ’... não tirar as coisas áos outros

colegas • ...

OR: Mais ...

l.Ma:... não abusar da .... . .

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Ser: ..'. respeitar os colegas. : ' ‘ , L • 1 ' • • • ' ‘;

(fazem todos barulho, riem-se e emitem sons ..w) .

OR: Então,’ têm que’ estar calados '. senão não consigo transere

ver isto * 1

L.Ma:... rião abusar da paciência dos s 'tores ! (ri-se)

(faz-se silêncio) . . . %

OR:. Ser, • ... diga la,. - então, quais.são as. regras fundamentais

: a cumprir n u m a s a l a . de aula?

Ser: ..'. não ... nâo 'tar a gozar com coisas que a s ' t o r a f a z ou

... armarmo-nos em crianças, 'inda no princípio do ano a s'

; to'rai • de' Ci'ênciâs pegou lá num 'pauzinho qu -era como dali ao

'‘ fundo da 'porta ... e ,;toda a-’g e n t é ’começou a gòzar com ela ...

■ crianças'.' Can a s s i m j á 'com um'espírito, assim, p ’á ma-

1'ándra'gem. • • • ••• •

OR: Rit ... considerando as regras que vocês aqui apontaram c o ­

mo fundamentais ... quais lhe parece ser aqueles que não se

cumprindo isso é mais grave? ... o não ciimprimento de que re-

; :'gra . . . ' lhe parece mais grave?......... . 1 . v ’V ;

Rit: ... o respeito ... Se se tiver o respeito acho que as aulas! ;. i

'conseguem ser normais. ; .

OR: L Mq ... qual lhe parece ser, assim, uma regra que

não se cumprindo é muito grave?

L.Ma:... comportamento ... (ri-se)

OR: 0*\que ,-é isso .. ... . •

L.Ma:... se a gente não se portar bem nas aulas, os s 'tores tam'

ém não conseguem dar as aulas.

OR: Ser ... qual lhe parece se r mais grave ..... .

Ser: ...‘.-.p. çomp.ortamentp d.o aluno não. intervém .muito na m a n e i ­

ra do .5 '.tor -dar .aulas . . .• :não é sç._p..s 'tor... ... não, é a manei-! í *

ra do s ' to.r ,da -a.ulas, .como os ..alunos .reagem ... e um boca-

;■ .. do'.como os alunos, r.eagem, quando o, p r o f e s s o r .. dá a ,aula ...

mais ou. • menos ,. não é-?J. tá , quase equilibrado, ... . alunos e

professores

OR : Nun ....

-66-

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Nun: Eu acho qu'é o que eu disse há bocado .... o respeito.

OR: L Mi ...

l.Mi:Faço deles as minhas palavras ... o respeito ....o c o m p o r t a ­

mento ... os s'tores não serem malucos ... os s'toresinâo,

os s'tores e os alunos ... não andares a gozar a gente no

meio das aulas e assim ... senão,a gente, depois, temos que

gozar com os s'tores... \ >'

Ser: ... a reacção d o p r o f e s s o r tam'ém conta m u i t o ,'porque "'... .

ah ... por exemplo, o nosso s'tor de Historia . nos‘'deita-

mos-lhe uma piada ... o s'tor é o primeiro a começar-se a. .

rir e é o último a acabar a rir... Isso aí não . . .'umaH,pes-

soa vê o s'tor a rir, dá tendência de r i r 't a m b é m ... Além de

... já rir se o professor se rir, mas dá tendência a .acabar

muito mais ... muito mais tarde ... o riso. 0 professor dáI iliberdade a piada que se acabou de amandar... isso depois

estraga o aluno e estraga o professor, que não sabe se vai

p'á direita se vai p'á esquerda.

O R : As regras que se devem cumprir .em sala de a u l a ... agora é o

Nun o primeiro ... devem ser feitas por quem?Quem é que d e ­

ve fazer as regras?

Nun: Eu acho que as regras deviam ser feitas em c o n j u n t o .. .,com a

Associação de Estudantes e com o Conselho Directivo . . p o r ­

tanto, eu acho q u ' a Associação de Estudantes devia t e r , p e ­

lo menos, uma pessoa de cada idade, de cada ano.

O R : Oh Nun ... mas ... a escola deve ter regras, no geral, mas

... cada aula, com cada professor, deve ter regras próprias,

ou não? ! - . . ...

Nun: Acho que sim! • ;

OR:- Devem ser feitos por quem? • •ii.‘ • • < ’*•

Nun: Bem,essas*regras... sendo o Conselho'Directivo.,.bem, -na a u ­

la trocamos o Conselho Directivo pelo p r o f e s s o r . .. è numa a u ­

la normal, eu acho que devia ser o professor e os aíunos ...

porque acho que reunimos o que nos s’ént-imos d e n tfo “d e ‘uma a u ­

la com o seu ... Junto, com o sentir' do pro'fes'sor .' • *^ i # i •

O R : E o Sér ... como e que devem ser feitos as regras?

Ser: Sei lá ... por ... deve-se eleger um delegado de turma, que

-67-

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não' seja do 7 20 '(ri em-se todos).. J ah"’.1. .' más dev'ia:”se’r ele-

gido tanto pelos alunos da turma', como pelo director de tur

ma e pelos professores' ... que- cfão aulas a turma ... e a A s ­

sociação de Estudantes e o Conselho Directivo, conforme as

regras da escola ... As várias sociedades que há na escola..

.. secretaria e isso . . acho que d.evem contribuir, uma hora

p ':ó ano inteiro.-

Nun: Bem eu acho que ele aqui fez uma coisa mal... e e aquilo que

falámos há bocado da s'tora de têxteis.-., a "queridinha" .

não ... eu acho que o delegado é. eleito pela turma . . .' eu

acho .que essa regra., aí rtá bom ... P.o.r exemplo, se a s ’.tora,

a directora de turma vai votar, eu acho que 'tá a eleger um

aluno e os outros pensam assim ... "aquela professora gosta

mais de tal do que t a l " . . . i s s o 'tá mal.

Rit: Eu acho qu'isso não é uma razão de gostar ou deixar de g o s ­

tar, é. uma. razão de opinião de cada pessoa. Eu acho que....

um conjunto de professores numa turma... são eles que são

..mais crescidos ... conhecem melhor as p e s s o a s ... e s c o l h e r .. .

. r escolher, digamos, os professores um aluno dessa turma, pron­

to... e cada grupo de professores escolher um aluno do nono

ano ou, um aluno do sétimo ou coisa assim, pronto um aluno de

cada ano e com os professores e com o Conselho Directivo f a ­

ziam ás regras è dèpois vão tentar fazer as regras. Acho'

que dèvia ser o professor e os alunos a fazerem as regras...

cáda professor tem a sua maneira de dar a matéria ...pronto...

OR : . E .o. L. , o que pensa?

L\Ma : E u ? !.. que as regras 'tão bem feitas ... eu- acho. que devem ser

feitas pela direcção da escola.

OR: E devem se’r iguais para-todas as au'las?- ■

L.Ma:Acho que sim. • -, .

L.Mi:Eu não acho que devem ser iguais p'a todas as aulas, mas acho

, que, as r.egr.as da .escola, deviam .ser regras escritas, prontos.

Nacionalmente... em todo o país ... não devia ser só numa e s ­

cola ê assim', Acho que d e v i a m ’ ser feitos a nível nacional e

não a.nível de èscolás. Portanto, ãs tantas 'tamos numa e s c o ­

la... há um certo tipo de regras ... miidamòs' de escola, vamos

. p 'ira outra escola, chegamos lá, ' tamos, h'abi.tuados' a= u.m. tipo-..! ‘i

-68- -

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de .regras dos alunos e dos professores e isso vamos p'.a o u ­

tra escola parece que não 'tamos a vontade...os s ’toreS...

as regras são outras ... prontos ... além de não conhecermos

lá ninguém, as próprias regras ajudam muito a pessoa a saber

que ‘tá fora do seu ambiente.

Rit: E , acho uma coisa ... acima de tudo acho que as regras .devem

ser cumpridas ... que é uma coisa que nestá escola não.me p a ­

rece.que seja feito. 1 ..

Nun: ... nem nesta, nem . . .• em nenhuma ... até tu, .'pelos «vis-tos,

já descumpriste uma regra... •' !1'.. i • ■ .. V.r

Rit: Atão... penso não 'tar a cumprir regras, mas ha coisas que...

por exemplo, até os contínuos e professores devem cumprir as• . j; f . ; i

regras.

Ser: Por exemplo, esta escola aqui 'tá mal f o r m a d a . . .nos Verdes

'tive lá e só me lembro e d'ir p'á rua e a bola de ufn vizinho

meu ficar lá (ri-se)... cá, já não acontece, porque:", .'"as p e s ­

soas dos Verdes como não têm lá refeitório vêm ca comer' e e n ­

tra cá toda a gente. Há-de reparar, entra e sai e ninguém lhe

diz nada ... 'tá ali um contínuo... se 'tiver... qu'é uma

coisa que acontece, duas vezes por ano... a ler o jornal. Nos

Verdes mal entra lá o pai de um aluno é preciso justificação.

Rit: Eu andava nos Verdes ... o.meu irmão conseguia-meuma- senha e

eu vinha cá almoçar e uma vez, por exemplo, pediram-me o c a r ­

tão e eu disse que me tinha e s q u e c i d o , . . .mas, ^ e isso a c o n t e ­

cesse muitas vezes ... pronto, podiam descobrir que eu não

era nem das escolas castanhas, nem do liceu' velho, nem daqui

... Eu acho que se as regras fossem cumpridas isto n;ão .acon­

tecia . - ’

OR: Sér ... o que é p'ra si um aluno indisciplinado?

Ser: ... é o Sér* ! É o delegado de turma!

N u n : Sou e u ! *

OR: Porque ... porquê? ... eu hão disse quem é,' disse o que él...

Ser: É capaz de 'tar numa aula a brincar ... a faz.er barulho ....

'tar a dar,- assim, a dar c ’o .pezinho. na cadeira -p ’ ó ou.tro 'tar,

assim, levezinho. . . _ ,

O R : . . . p 1 ró outro 'tar?! • -v r '

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Ser: . dar uma cambalhota c ' a -câdei ra tar -amandar ponta-- 1pés nbs pés do colega ... ah... sei lá . . . o s 'tor • 'tar a

falar . . . d e um momento p ' ó outro . . .••• o s ' tor 'ta lá a d '

zer . . . P a l e o l í t i c o ... e não sei quantos ... e há u m l á

atras que se mete .... "s'tor como e«;que se chama- a roupa

interior não sei de.quem?". ... Intervir, assim, com piadas.

..: Andar na escola .... este vidro 'tá aqui mal e parte o

vidro ... abrir uma porta a pontapé e a porta cair...acho

qu;' isso.

l.Mi:Isso são filmes a mais! (ri-se)

OR: Oh-: S-é r e acha que as pessoas que têm esses comp.prtamen-

tos é devido a quê? Porque é que são assim? , , ,

Ser: ... sei lá ... as vezes, p 1 ra chamar a a t e n ç ã o . p o r q u e

não se sabem c o n t r o lar....’ ( '

OR: Nun , o que é p'ra si um alurio indisciplinado?

• . Alùnor ou Aluna

Nun: Aluno indisciplinado p'ra mim é ... acho q u e ’é aquele aluno

que ... nas aulas não faz nada, ou .i.faz túdo ... faz tudo

o que não deve fazer . . . ah ... distrai òs colegas .. diz

uma piada e todos se riem, são dois minutos de áüla perdida

... Um tipo que ria numa aula é um aluno super mal c o m p o r t a ­

do. Acho que isso conta tudo. E . ..cá fora, também ... é o

que ele disse ... só com menos imaginação ... sem partir po£

t a s .

OR: E é devido a quê Nun ... porque é que será que têm esses

• comportamentos? • > .

Nun: .... bem, eu .... o qu'eu acho dos outros, não sei ...bem d'1 ‘ • : 1 “ ■ • ' . ' ,

alguns... eu acho qu'é devido à sua infância ... a minha não

.... eu acho qu'a minha não ... a minha é m a i s ,...prontos

tentar ser .como os outros . . . não ser aquele menino mimado

qu 'anda áí ... prontos, um menino que já saiba ... mais ou

menos, o que é a vida ... e p'ra isso é preciso a p r e n d e r .Acho

qu'aprender o qu'é a vida eu acho que tenho que f a z e r a s c o i ­

sas mal ... acho qu'é mais importante do que 'tar a fazer as

coisas bem, sem saber o qu'é quê se fáz.... sempre faço a l g u ­

ma coisa. (L Ma: ri-se muitò)'

OR: EnEão ... diga lá L.Ma. o que é um aluno indisciplinado?■' ‘ ' ••• • - • •• ' • •• r; - • ..r ; :

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L.Ma:- Acho- que os seus c o m p o r t a m e n t os 'tam'ém é devido a. sua c o n ­

vivência com a família em casa ... isso tam'em tem uma cer-f „

ta influencia. Um aluno indisciplinado e um aluno que.se

porta mal. ... não só nas escolas e em sítios públicos, mas

... me'mo em casa, tam'em.I „ s

OR: Na qualidade de aluno quando e gu'acha qu'e indisciplinado?■ i

L.Ma: ... quando se porta ma) nas aulas, quando 'ta sempre a go-* i . . ' » . • l

zar com os s'tores ... quando escreve críticas em papeis e

não ... e não dizê-las em frente aos s'tores.

O R : Rit , o que é p'ra si um aluno indisciplinado?

Rit: É um aluno que não respeita os colegas, nem respeita o p r o ­

fessor.

L.Ma: 'tás a falar de ti!? (ri-se)

OR: E acha que isso é devido a quê?

Rit: Muitas vezes... por exemplo, pode não ... pode ter uns pais

que não lhe dão liberdade nenhuma em casa e aqui na escola

sente que tem alguma liberdade e .... p r o n t o , começa a asnei-

rar. Às vezes, tam'ém na aula, devido àquilo que nos ja t e ­

mos dito, que as aulas começam a ser maçadoras ... o aluno

começa a certa altura ... ou mesmo que não goste da d i s c i ­

plina ... já 'tá saturado e ... p r o n t o ,arranja uma maneira

de se distrair e começa a fazer asneiras ... tam'em e um b o ­

cado devido a isso.

OR: L . ... o que é p'ra si um aluno indisciplinado?

L.Mi: ... um aluno que faz distúrbios no meio.das aulas...não c o m ’o

Nun disse ... "é um autêntico vândalo"... Um vândalo é a q u e ­

le que parte vidros e assim ... Um aluno indisciplinado e

aquele que não respeita os colegas.e os professores não anda

p'aí a partir vidros e a partir portas, como o Sergio dizia

.... Acho que um aluno indisciplinado ... é aquele aluno que

não respeita ninguém, prontos ... mas agora, não vai ao p o n ­

to de andar.p'raí a partir coisas ... a partir portas e a

partir canecas e não sei quê ... Por exemplo, eu acho que sou

' ' um pouco indisciplinado ... mas não é com'a Rit d i s s e .....

; . a Rit disse que é por terem pouca liberdade em casa ... eu,

em casa, nem tenho pouca, nem tenho muita liberdade....

Rit: ... Eu acho que a meu ver tu tens uma educação que por mim

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não é tão correcta .

l.Mi:Nã.o é ?? ... Fui criado em casa ,; como' um- menino quequinho...

digo. fui criado, em casa, como um menino quequinho ... an­

dei desde a primária até a ... andei desde os dois anos ...

qu'ando no colégio Pica-Pau e ... andei em colégios caros e

assim, prontos aqueles colégios queques, como a gente,as v e ­

zes, costuma dizer e não sei quê e acho que não e por issoii i >que eu tenho ma educação.

Rit: Eu não me 'tou a referir a isso! É as tuas-, atitudes ,. . ati--

tudes que tu t e n s . .. .

L.Mi:Eu acho qu'isso é.um pouco da maneira;de ser das pessoas.A..

pessoa não é m a l ,comportada ou,assim ... por causa do seu-es-

tilo. Por exemplo, eu não ia chegar aí todo bem vestidinho,

de gravatinha e tal ... com aquelas roupinhas todas ...Eu

não me sentia a vontade... parece que as pessoas andavam t o ­

das a olhar p'ra mim e não sei quê. Eu gosto de andar como

sou, gosto de andar com calças dè ganga, umas camisolas t o ­

das largas e não sei quê. Eu gosto de andar como eu gosto,eu

não ando a seguir a m o d a .....

Rit:‘ Eu nã’o ' toú a d'zer isso. Eu ' tou ’ a d'' z e r , no teu aspecto de

pensarj no téu aspecto de ..... ’ 1

Nun: ... de ver as coisas ....

Rit: Não, de fazer. Éu acho que tu tens uma educação diferente..

Por exemplo, o Nun tam'ém tem ... todos nós temos maneiras

diferentes' de agir e acho'que tu. pronto tens uma maneira d i ­

ferente de agir'de mim e dele....

L.MirMas, ha coisas, que eu faço sem auerer ser notado.

Rit: Não, 'tás a ver ... há coisas que tu fazes que ... pronto, dá

o aspecto que, pronto ... que a tua educação não e tão .....

tão r i g i d á , 1tãs a'perceber?

L'.Mi:Eu , não me importo com isso. . , eu quero 'tar bem comigo mesmo,

não quero 'tar bem com os s ' t o r e s eu 'tou-me pouco.....

desculpa lá s'tora (para a o r i e n t a d o r a ) 'tou-me pouco li-

chando p'ra ti ou p'ra qualquer pessoá que ache que eu tenho

- uma- educação .aí. de.*bairr-o .ou não- -sei quê. ;-. ?o que me interes-

r .. sa -é eu. ser. como sou- . eu nãover-á capaz 'de •1 tar 'à'í todo

.. beni., a falar.como. a s'tora .de- Português- e não-sei:.'qu-ê......

I

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eu não era capaz d e ' t a r a s s i m . . . . . ,

Rit:. Isto é a minha opinião! ... . :..

L . Mi : 'tá b è m . ' * «

OR : Agora deixando essa questão ... perguntava ao L.- Ma

quando um aluno é indisciplinado, na turma, o que e que

se lhe deva fazer?

L.Ma : R U U U A ! !

OR : Mais nada

L.Ma: Mais nada!

OR : E o que é para si um bom e um maú professor?- '• >■: . '•i i •,

L.Ma:, Um bom professor é aquele... que explica aos alunos, sabe

dar as aulas assim com um ritmo .... assim logico.. .. sa be

dar, assim, as aulas, assim, qu'a gente não f i ç a m o s . . .di-

gamos, assim, chateados nem excitados, comò alguns profes-

sores que dão as aulas e aquilo torna-se muito chato. Um

mau professor é .... é o contrario.• , f

OR : E o que é esse contrário? . • .

L.Ma: 0 professor que não respeita os alunos ... que. dá. as..aulas .

de uma maneira muito chata, qu'a gente fica muito, cansados

OR: L Mi . quando um aluno é indisciplinado, na sala de

aula, o que acha que se lhe deva fazer?

L.Mi: Não é como.o L. disse, mandar p'á ruae não sei quê. Acho

que o s'tor deve falar a bem com ele,.tentar manda-lo., e n ­

tão se com isso não conseguir, manda-lo p'á rua... Acho

qu'um aluno tem que ter a compreensão do’ s ’tor.

O R : 0 que é p'ra si um bom professor?

L.Mi: Um bom professor é aquele que ,dá aulas com um certo ritmo,

consegue dar a matéria toda num dia. não desrespeita os alu

nos .... consegue manter ó respeito ... sei la tantas c o i ­

sas . . . '

OR: E um mau professor? .. .. f

L.Mi: 0 contrário deste. Aquele que não *c:on*segue dar aulas- com um

. certo .ritmo,. ..aquele, que não consegue- impor’ o respeito, aque

l.e , que . só m o s p.ô.e. p'.rá rua, .porque -ele tem 'a f áca- e o 'quei jo

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na .mão e ele .faz o que .quer .. .Tudo assim.

OR : Nuno ... âuand'o'um aluno é indisciplinado: em. sa la de aula,

o que acha que se l'he :deva fazer? . : .

Nun: ... Ah, eu acho que.... não Se deve mandar p ' á rua...deve-

-se conversar com ele ... ah... e tentar corrigi-lo, pelo

menos à primeira vez, à segunda, se ele não tentar m e l h o ­

rar aí deve-se mandar p'á rua. Uma pessoa não leva as coi^

sas à força, eu acho que uma pessóè lèva as coisas a c o n ­

versar. Ä segunda vez é que deve levar as coisas... prontos.

• *' como elas são1 exigidas. *.

OR: O q u e é para si, um bom professor?

Nun: Um bom professor acho que e aquele que da a matéria que...

'tá guardada p'âquela aula e que ... pronto,tem cinco m i n u ­

tos p'ra conversar com a nossa turma' de vez- em quando sobre

.outros -problemas. .... .a .escola e o que da nas outras turmas

e,na -nossa. Acho q u ' i s s o é um bom professor..

ÖR : E'um'mau professor? ' . |

Nun: É aquele que odeia os alunos ... que 'tá para ganha'r o dinhe_i

ro e pronto, os outros não existem :.l não interessa-o sen.-

.. timento. dos outros ............. . . . . ■ 1 ‘

Ser:'' ' tá ali a fazer'um favor p'ra ele proprio-, • • 1 r'1.'

OR : Diga Ser ... o que é para si um mau professor? I

Ser: ... é um professor que não compreende os alunos ...que esta

... que está na aula a pensar... parece que a pensar que nun

ca mais toca p'á saída ... "planiei esta aula tenho qu'a dar"

e 'tá ali a dar a aula ... ali à pressão ....

OR: E um bom professor?

Ser: Professor que compreende os alunos ... não distingue um a l u ­

no com conhecimentos anteriores, dos pais.... 0 professor

que ... gosta de ajudar os alunos ... se eles tiverem proble

mas, me'mo sem pertencerem a escola ... ajuda-los.

OR: O.que e que o Ser acha que se deva fazer a um aluno q u a n ­

do ele é indisciplinado?

Ser: Sei lá ... mais ou menos o que o Nun disse ... Acho que não

se deve mandá-lo p'á rua porque .... se nós vamos p'a rua e

não gostamos ... se nos fossemos professores ... pelo menos,

neste momento não agiria logo a mandar o aluno p'a rua....

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OR:

Rit:

OR:

Rit:

OR:

Rit:

ia conversar com e le , t en t á - lo' muda r ... o mais possível...

à segunda ou terceira vez se ele não quisesse seguir, conse

lhos é que . ..tam'ém não. concordo com aqueles professores

que mandam p'á rua so p'o aluno apanhar um sustozinho e d e ­

pois ... passado duas ou três aulas vim d'zer que ele não

levou falta e ... a segunda ou terceira vez do s'tor m a n ­

dá-lo sair ... e... depois d'zer que ele não tem f a l t a , t a m 1

ém acho qu'aí tam'ém é um erro do professor... qu'ele depois

começa a. tomar rédeas e....

Rit o que acha que se deva fazer a um aluno .quando é i n d i s ­

ciplinado em sala de aula? .

Tentar chamar-lhe a atenção ... e se ele repetir, a segunda* \ • ► * „ i J .

vez tornar a avisá-lo...

0 que é para si um bom professor? "

É um professor que ... planeia uma aula e consegue- d á - l a . ..

conseguindo, ainda,’ guardar uns minutos p 1 ra ' tar 'a c o n v e r ­

sar com o aluno ... e ter mão nos alunos.’ que o respeitem e

respeitar os alunos tam'ém.

E um mau professor., Rit ? _. . .}

É um professor que não ...não se rala' com os a l u n o s -V..que

não se rala com a disciplina que ele -lecciona, dá a matéria

e depois os alunos que estudem....e não se interessa pelo que

1 tá a f a z e r .

I ' . ■ \ ‘ .V I!

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92 ANO* - TURMA CONSIDERADA DISCIPLINADA

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ENTREVISTA ’ 1

, i

Entrevista gravada com a concordância dos entrevistados, manifestada dura^i

te o período de legitimação e motivação da mesma. •1

Segue-se a transcrição do registo da gravação realizada. ' '

OR: Queria começar por perguntar a todos,... podia começar-se pela Paula',v.

o que pensa da sua turma?... gosta dela? Ou ... 11l,

Pau: Gosto. Gosto da minha turma!

OR: E, porquê? Porque é que gosta da sua turma?

Pau: Tenho andado em turmas em que normalmente há muitas pessoas que não U

gam nenhuma ao estudo ... que não ligam mesmo nenhuma., e depois eu

também sou um bocadinho arrastada., deixo-me influenciar por eles .Es­

te ano não . Eu tenho estado a lutar por melhorar as notas e tudo ,

porque a turma obriga-me a isso . Gosto da turma por essa razão . <

OR: E, a LÍd o que sente em relação à sua turma, em geral?

Lid: Penso que.há um bom relacionamento entre nós todos.... Que quando pr£

cisamos ajuda-mo-nos uns aos outros , tanto nos estudos , como em pr<)

blemas que nós temos . Claro que. há alunos da turma que não ajudam

muito (ri-se; riso geral). Acho que/ não se pode ter tudo. , não e?!

Sim,, gosto da minha turma .

OR: E, o Ped- o que é que sente em relação à sua turma?

Ped: É uma turma boa, apesar de às vezes não haver notas muito boas ,e

tudo rapazes simpáticos ... rapazes e raparigas .

OR: E a Van< ;?

Van: Concordo com o que eles disseram. Também.gosto muito desta turma. . . ÇJa

tenho estado nos anos anteriores em turmas com problemas de comportamen­

to.’, até chegamos a ir ao Conselho Directivo e tudo . Nesta turma não;

não ha esses problemas*. Acho que todos se ajudam na turma e então ha

um bom relacionamento .

OR: E a Car . .?

Car: Eu não concordo, em parte ... Acho que a turma podia ser.mais unida ,há

montes de questões que fazem com que nos distanciemos ... E eu posso fa_

lar que ao princípio estava muito triste , porque não conhecia mais ni£

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guém senão alguns da turma do ano passado . Comecei a travar conhecimen­

to com.outros colegas meus que gostei muito de conhecê-los ... mas no­

to que ha uma parte da turma em que eu não consigo ... eu apesar de ser

delegada de turma, há uma parte restrita da turma que eu não conheçc . i'JU

Em .relação ao ano passado, ja que se falou aí de anos anteriores , o meu ^

ideal de turma acho que vai ser sempre o meu oitavo ano, a turma do ano

passado , e isto não so em relação aos alunos mas tambem a equipa de pr£

fessores.. Considero que... o nosso ambiente que nos tivemós o ano passa^

do t acho que. foi mais.;uma equipa,.... eu nunca tinha tido . Apesar de;•

gostar muito da turma deste ano. , em relação a do ano passado, não estou

tão satisfeita mas gosto da turma ... os colegas a nível de aproveita­

mento concordo com o que os meus colegas disseram ... E, estou contente

OR: 0 que é que dè fundamental distingue éstã turma da dooitavò ano parà di­

zer que gostava mais desta ultima? ' ’ : '

Car: 'Não é tão unida. e.... o ambiente, a.nível de professores, como eii já

disse ... eu fiquei muito marcada por uma professora que eu tive o ano

passado., que foi a minha professora de História , que era a minha di­

rectora de turma. , e que conseguia fazer com que nos nos dessemos bem,

não só a nível de turma, colegas , mas também, conciliar as nossas visões

com as dos ríoissos professores. . Ela própria tentou ajudar-nos 2 havia uma

ligação muito mais .professor-colega,.não só com essa professora , mas

- tambem com todas as outras e. ... talvez a turma este ano não tinha culpa

'.disso ,... mas eu sinto.que-o ano passado tinha mais gosto, vá lá, na mi-

-nha. .turma do .que este ano , apesar de., como digo , eu tenho boas amigas ,

como pelas estão aqui podem dizê-lo , gosto muito , mas aquele ambiente

de união e de ajuda, que ,nós tínhamos entre todos, não consigo senti-lo

este ano .Talvez esteja mais disperso, , porque eu própria digo senti-lo,

sinceramente. , porque, ha elementos nesta turma com os quais eu não consi­

go t" vá lá, ‘identificar-me.Y porqüe são pessoas que,vá lá, além de serem

muito diferentés. , eu julgo que o áno em que nós estamos’e com'certas res­

ponsabilidades qúe nos ja temos , eles não ...recusam, eles recusam ...

não me-sinto tãobem por isso.... . • -

OR: Sei que, de um modo geral, já afloraram a questão a comparação desta tur­

ma com outros a que.pertenceram, mas o Ped' , com a sua experiência esco­

lar, já. deve ter tido uma grande diversidade de turmas,, o que acho de bem

diferente desta turma.em relação a outras que.já tive?

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Ped:

OR:

Ped:

OR:

Lid:

OR:

Van:

OR:

Pau:

Bem diferente?! De um modo geral. , são turmas mais mal comportadas. ...

três, quatro membros que criam assim mau ambiente.... e ha assim uma

parte de divertimento nas aulas ... brincar para ali ... brincar para

acolá ...que, em parte terá sido, também, o modo de eu ter chumbado,;

ia atrás deles a brincar. . Estes rapazes aqui são novos , estão na ida­

de de brincar , mas não brincam assim ... até .... até a parte de chum

bar., não é?! , ,

Pois , pois. Não ultrapassam certos limites? ‘

Pois .... Ultrapassam às vezes. , mas isso é brincadeira da idade deles. .

. 1 ''Alguém quer dizer mais alguma coisa a respeito da comparação entre o

que vivem nesta turma e experiências vividas noutras? 1I

Ah ... Eu o .ano passado tive uma-turma que .... prontos : V ieu ,enqua­

drava-me nela. na medida em que ... prontos .... havia certos, elementos11 '1 1

que me levavam a fazer coisas de que realmente me arrependo agora e e

esse aspecto que eu acho que é verdadeiramente diferente ;porque ... não

só se distanciam um pouquinho os problemas , como tambem me procuro aju­

dar às vezes ... e a turma do ano passado levava-me a complica-los e

a fazer coisas que não fazia agora .

E a Van , em termos de experiências vividas noutras turmas?* i '

Em termos de união esta turma não e assim das mais unidas- que eu 'ja ti­

ve , mas em comparação com outras turmas que eu -ja tive ... eram uni­

dos mas era tudo para a maldade, não era assim em'termos de amizade' ;• E ,

é isso que eu gosto mais nesta -turma-.' Sempre tive turmas muito ...- as­

sim más nas companhias e tudò, ... um pouco mais crescido, com-pensamen­

tos diferentes ; Eu gosto muito desta turma. -

E a Pau , tem mais alguma coisa a dizer, comparando ...

Esta turma de agora tem elementos.mais novos. Por- um lado. não ajuda ,

porque a gente não evolui muito.,, porque, eles às vezes.sãokassim crian­

cinhas , mas por outro lado., eu ,tenho andado sempre em turmas em que ha­

via muitos repetentes ; normalmente era sempre a turma pior da.escola e

eu no meio deles era a pequenina, a. miudinha e não sei quê .... e en­

tão andava no meio ... e então tinha uma tendencia enorme pára a ti­

midez . Este ano é que eu comecei assim a falar mais com ós professores ,

mesmo a discutir assuntos na aula., porque estava sempre calada às duas

por três tinha que mé cálar , e quando abriá o bico, todos se riam e não

sei quê ... portanto , era a timidazinha da turma estava sempre ali so£

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segadinhá, não -brincava :. .nada . Nesse aspecto este ano

melhorou muito. ■ - " .

OR: Se vos pedissem para classificar a vossa türma quanto ao

comportafnento 'como é que a 'consideravam? .

Car: Acho que e uma boa turma , porque a maioria dos elementos,

apesar de eu nisso ser um bocadinho suspeita (riso geral)

... eu julgo que nós não excedemos os limites, e se fala­

mos ou brincamos é porque os professores nos dão possibil^

dades para i s s o . Nunca os.excedemos ... ou pelo menos a

maioria, quando é para trabalhar, trabalhamos , se há uma

altura para brincar, brincamos . Apèsar d e n ã o h é v é r aque-'

les elementos assim tão distintos que estão n a s a u l a s T e x -

clusivamente para divertir! os outros c o l e g a s . ’.-. . acho. que

não há isso na turma pelo merios , na minha opinião . . . mas... •. ... , 1 . . ' 1 '• '

acho que se queremos brincar conseguimos. . . . A c h o que e•• •:-•••- -• . • • > n , ' i. - ;iii. I

uma boa turma .

O R : E t a Van ., como çlassi f ica a sua turma?

V"an: Éu- concordo com o que ela disse-. Acho que sim .é.uma. boa

‘turma .'Quando é para trabalhar trabalhamos e quando os

’ ' • professores nos dão oportunidade de brincar nós brincamos ,

■ • mas ' não a g o z a r .

OR: ‘ E o Ped: '?

P.ed: ,Eu acho que é uma boa turma , ao longo do ano tem tido sem-

, pre um bom comportamento , apesar de.as vezes o pessoal se

divertiu um bocado mais , mas é uma boa turma .

OR: E a Líd - , como é que vê-a sua turma? ■

lid: Concordo perfeitamente com o que foi dito ...

Pau:.- Eu a.cho que-esta turma gosta de. ser boa comportada , a ou-

■ ... tras tinham empenho .em dizer que eram ma 1; comportadas , o n ­

de eu andava ... gostavam ’... "olhem houve um conselho dis-

• ciplinar, issq" T i n h a m •empenho. ,. parece que se tomavam

importantes na,escola,(riso geral) . E s t a . não, pçrtanto ...

uma vez portaram-se mal ,..a.gente estava na conversa numa

-.. aula, .a prq.fessora chamou-nos a atenção .e disse que a gen-

. .te. estava a, tomar-.se mal. comportadas agora nestes últimos

• .meses.', as. pqssoas calaram-se,, logo todas..., ficaram todas ar-

- repiadaS;. .... portanto, acho que há . empenho nisso, de ser

• uma turrpa ..bem comportada, ao contrário .do - que tem :aconteci -

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do ... eram sempre os b o n s -, eles faltavam.', eles ba-ldavam-

-se e aquilo para eles era im-por-tan-te , era gente impor

tante , era isso que eu notava...

OR: Dá-me ideia por algumas referências que fizeram, que existem

na turma alguns elementos que fogem um pouco ao geral, p o d e ­

remos dizer que ha elementos que têm comportamentos e s p e c i ­

ais. dentro da nossa turma?

( riso geral ) • • r* ’ l - ! : ■

OR: A que e que atribuem esses comportamentos? ^

Car: Posso falar muito especialmente em mim ... estão aJLi a,quelas

damas ... (olha para a Pau. e a Líd ; tódos , r iem )j. .., não

sei, até porque eles estão aqui e julgo que já me conhecem ,

não faço intenção( de me esconder porque o que eu mais, p r o c u ­

ro e o meu objectivo principal em toda a minha vida. ,acho que

vai ser aquele de me dar bem com os meus colegas e, os ,meus

amigos ... Acho que para mim é o que mais valioso eu tenho

é conseguir dizer "ao longo da minha vida as pessoas que eu

conheci, em geral consegui dar-me bem com elas -.e.aquelas com

quem aprofundei uma relação estou contente por ter a p r o f u n d a ­

do e que" .... eu sou algo comunicativa , geralmente eu não

gosto de esconder aquilo que penso dos outros e digo mesmo ..

■ não tenho ...não tenho assim ... muita coisa ... ou então se

falo por trás (como nós costumamos dizer), não consigo g u a r ­

dar, não consigo e então tenho de procurar* unià maneira de d i ­

zer aquela pessoa "olha eu disse isto de ti , acho que ja tens

obrigação de saber , acho que não é humilhante nós' sabermos

aquilo que somos" e ... eu gosto de-me dar bem com todos e se

houver alguma coisa ... até mesmo essa dedicação que eu tenho

porque ... das coisas que a mim me aterroriza mais e a s o l i ­

dão ; eu não me considero umã pessoa só‘ e faço tudo para1

nunca vir a sê-lo e ... a mélhor coisa que me podem-dizer e

assim "òlha eu tenho um 'problema queres-me ajudar?"-Então eu

digo que sim, porque eu a maior parte do m e u 'ser'eu dedico

às pessoas que eu conheço , porque acho que não faz sentido

a 'pessoa viver se viver só para ela •, têm'que' viver pára os

outros, e eu tento dar o meu mélhor p à r a t o d á s 'a s •pessoas

com quem eu estòu . Certas vezes"vá,' nomeadamente -na- turma

digo umas gracinhas e exagero': eni certas' coisas ( ri so gera 1 )

... Talvez para distrair,, porque'sinto' q u e •estõu còritènte

'e quero partilhar isso talvez com 'ôs níéus c o í e g á s ; :. . :é as

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■ vezes sai caro- para -ospr-ofessores (riso geral)-- .... •

Mas. , talvez-a minha situação devido às* notas- facilite um

bocado isso eü não~tenho problemas que outròs podem ter.

"Se falares d e m a i s és capaz'de baixar a n o t a " ; . .

o professor pode não gostar, ou -não sei quê .. e comigo,

não so não me importo muito.com isso. , como, na pratica,

as minhas notas me facultam isso '.

O R : Bem,;se entendi a questão da Car , parece-me,que diz que

tem comportamentos especiais, às vezes?!

Car: Sim acho ...que * s i m , pelome.nos considero, que sim.

OR: E atribui isso a certo ambiente que se cria onde tem f a c i ­

lidade de transmitir a sua alegria?!

Car : ‘Acho -que- sim, norma Invente--a minha fel-icidade não consigo

esconder ... e não me interessa sequer escondê-la ...

OR: - E, 'a'Ván? :da' analise’ qu e faz da sua turma' e apesar da t u r ­

ma ser boa; acho que há alguns que poderemos dizer que tem

• comportamentos' üm’ pouco -excepcionais em relação a maioria?

Van: Eu acho que não. Eu acho que se há um aluno que diz assim

uma graça na aula, acho que não é assim nadai intencional ,

a 'conversa proporcionou isso a pessoa disse , quer dizer,

o ambiente, a conversa ... por vezes calha nas últimas a u ­

las do dia em que nós estamos cansados , por exemplo, ja

não nos está a apetecer estar assim com tanta ateriçãó ao

trabalho ,começasse assim a formar um ambiente em que os

alunos conversam assim uns com os outros ... assim isso e

tal ... depois dizem-se essas coisas, mas acho^que.não é

nada'assim intencional, nada para perturbar a aula , é a s ­

sim coisas do momento.

OR : E o. Pe.d tem a mesma, opini.ão?

Ped: ..... : .-1

O R ’: Líd ’ . i . :

Lid : Eu ,concordo; com- o. que a. Van , disse , mas , tenho, inais, algumaI

,coi;sa a dizer • No, ambiente da turma; faço distinção entre

* dois ,grupos> .. . . prontos- ;.•.••• .há dois grupos de pessoa.s-; d i ­

ferentes -. ... \\á. .aqueles -que quando .acontece, algum,a coisa

• de mal > nos., pensarnos. qu.em. fo i . - np.s-. sa bemos,, autornatiçamen-

• : te-quem.-jfoi. não é?! Não -sei -a- que ’se -dève isso; .-. . » são. da

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nossa idade. , mas têm reacções assim um bocado pro-acrian-

çadas, mesmo de mais. . E ha outro grupo em que, não-.sei

se pela idade, se distanciam da .turma e.têm os seus .gru­

pos próprios, e ... mas há alguns que têm reacção d i f e r e n ­

tes dos outros ... sim, acho que . penso que é pela idade .

OR: Acho qúe é apenas à ’idade que se atribui essa di'ferehçà de

forma de estar?

Lid: Sim, penso que sim. n

Car: Posso? Quando a Líd estava a dizer que havia sectores ...

ela diz que se deve apenas a idade ... eu'julgo que táívez'

não seja ... é claro que . . . que em parte talvez :se ja ver- .

dade . . . • ... ) j 1

Lid: 'Pera aí... No caso do segundo grupo! Eu estou a..falar.do

Ped e da Mar. , prontos-. 4 • •

Car: Pois é isso que eu estou a dieer. Eu não noto pelo menos...

não sei se é pelo ... eu dou-me bastante-bem com .a; C a r ’ ..

Mar .... 0 Ped • está aqui--,...e dou-me bast.ante bem com

o Ped ... É uma das coisas que eu estou .muito contente é

que porque eu nunca pensei vir a dar-me tão bem , prontos,

com a Mar e mesmo com eles. . . nos falamos .não 'e àquele

tipo de relação mais profundas e não s'ei quê, mas nós damo-*. I -

-nos bem ... ao princípio ... 1 eu .ti‘nha tido 'sempre :t'ur-, Pj .

mas em que eu era das mais velhas', mas sempre -diferença de

meses ou até um ano , e coisa assim ... e digo assim"'ágora

somos capazes de nos dar mal" e eu já conhecia a Mar- I . 5

só de vista, o Ped não sei se já ... não me lembro

e ao princípio tive certas dúvidas ... e agora não julgo

que não, se eles se distanciam, eu, pronto ... dou-me mais

com outras pessoas mas quanto a eles pronto, não se sente

assim uma distanciação tão grande . A c h o q u e * v.. Damo-nos •'

bem ... E mesmo nas aulas tem reacções diferentes, não sei •

até porque já são repetentes . Sei lá, se têm menos atenção

nas aulas , eu não sei porque eu não estou a ver , mas t a l ­

vez não tenham uma notas melhores; para • falarnros"assim,acho-

que em parte pòde não ser so lá devido':a idade-;"mas

também o facto de serem repetentes' Is Eu não soú- repetente

nunca fui , mas acho que se fosse' r e p e t e n t e - e - t i v e s s e ‘que

estar um ano inteiro,- talvez até^mais do q ú e 1 um'- à nó’, 'a-re -

I petir- a mesma coisa, eu perdia o - interesse-; ... e u ;que‘ gos-

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to tanto da escola , inclino-me mesmò para isto,’' pode-se

dizer assim ... eu acho que perdia o interesse pela esco

la. . Talvez essa distanciação não sé dèva’ só a idade .'

OR : .Ped: . , estão a falar . de si. ....... (riso geral).

Ped: Em'parte ele tem razão.-. . em parte também é de eu faltar

muito. .- Sou dè manhã , moro em Odivelas , dei.to-me tarde

.‘..chego atrasado a :escola ... e em - parte isso ...

OR: A Van, queria dizer alguma coisa há bocadinho...

Van: S,im,.a. L.íd; .disse que .distinguia- dois grupos por causa

da.s idades,.e.u acho que não, porque ..na nossa turma o, Ped:• " ' J ' ■ • ; ' - * ■<>--, U

e.a.Mar são.mais velhos que nps e a,te mesmo a Cris' ' - - ‘ * ‘ •! 1 I • r •

e nós da.mo:nos muito bem .Acho que. a s , pessoas, não se de-

• vem distinguir pelas idades porque a pessoa pode ter ...■ : . . I I 1

pode .ser.muito mais velha,que a outra e no entanto a evo-■ I .• t . I

lução, como é que eu hei-de dizer, que essa pessoa faz ao'•* • ’ * 1 »• • t ,

lopgo dos anos. ser menor do que a outra pessoa faz . Ha

. ...pessoas.com a minha idade, , por exemplo, que são muito mais

. evoluídas do que pessoas.com a idade do Ped. É isso que

eu : n.oto. .

C a r : ’F a í o u Ls e ’na Car Mar. . ', no Ped. / e na Cris.- i.. Quanto a

C r i s ; • . também • já é mais velha, mais ou menos da idade da

Car-- Már.' e :do P e d - , eu' dou-me até bastante bem com ela

dou-me- bast a n te -com- ela e ... eu não noto uma diferen-

' ça ‘ tão ' grande''

O R : Dá-me ideia que a LÍd estava a falar aindà de outras p e s ­

soas ...• * . . . . . . ’

Lid: -. É. isso, .dentro do grupo da turma há ainda dois grupos que s o ­

bressaem . , Eu . penso que . se ja is.so .

Pau: Eu ãcho que e;stãô sempre a falar; na idade,; mas eu agora vou

d i z è r 'uma"coisa . ' N á ‘nossa t u r m a 'ha - u m •grupo -de pessoas- que

devem estar ria’nõssa -idade; , portanto devem, estar nos cator-

zè,-quinzè 'anos ; portanto são1 òs mais- novos- : é - um- grupo

■' mais- nov '0 , por acaso "até ' são rapazes , portanto é um grupo

de' r'ap'azes. .-'qUe. ' èm . relação a nós* raparigas' são muitò di-

feréntes • , são niuito mais infantis , - é: isso. què eu noto., não

sabem, portanto, não conseguem tomar atitudes^ de.-pessoas mais

responsáveis , são muito infantis , são mesmo muito infantis .

Chegam à aula todas a correr, a correr, a correr ...vão para

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trás dos pavilhões brincar a bola, e tal ...Ainda tem a q u e ­

le espírito, da brincadeira, de correr, de andar de um lado

para o outro ... e depois vão jogar ... a correr ... Então

eu noto isso, noto essa coisa ... e a gente fala com eles

um bocadinho mais'a sério' ofendem-se , porque não p e r c e b e ­

ram o que a gente lhes disse .Acontece-me isso, portanto,

eu digo uma coisa, percebem outra,, ficam todos ofendidos ,

porque...- não percebem o que a gente lhes diz. , inclusive,

portanto, eles não percebem .Portanto é isso que eu noto.E

depois a gente um dia esta mais mal disposta, e e estas c r i ­

ancices , fazem uma coisa qualquer, a gente fica chateada. *te ficam todos chateados t a m b é m . . Ë isso que eu noto‘, p o r t a n ­

to esse grupo, talvez esteja um bocado separado da turma e

a separa também . Eles andam sempre assim, portanto a jogar

a bola e tal e depois quando a gente lhes diz alguma coisa

eles sentem que a gente somos diferentes ‘ 'talvez eles^sin-

tam isso mesmo e depois ficam ofendidos e chateiam.-s'e: • eí ■ |. i : i I

arranjam conflitos , eu até já arranjei muitos conflit!os com

um desse grupo (ri-se). Portanto',' ele' e repeteVite , ja' teve

um ano uma disciplina , nós temos uma òpçãò que' e': Quimico tec -

nia , portanto ele ja teve, ele era bom aluno , ë'nos 'nò l a ­

boratório que é um sítio' que- normalmente, a gente.- traba lh;a-

em grupo arranjo chatices ', i n c l u s i v e p o r q u e ele e u m :.,man-

dão , ele sabe tudo , ele conhece o 1 abor atór io -1od;o , . de

ponta a ponta e depois eu normalmente gosto.;,va la;, eu gos^

to de mexer em qualquer coisa de ver eu própria ■ e ;iele, como

já viu e como já me disse o que tinha visto e como acha• . 'i •. i í

que eu não devo ir ver fica todoofendido. e isso eu acho que

é comportar-se como uma criança porque ao fim e ao cabo ele

não deixa aos outros, quase nós próprios pensarmos'/", ou c o ­

metermos erros. , ele não' deixa* "issô', porque começá’ logo1, d i ­

gamos, a criticar digamos.que é i sso • que- eu- noto, Portanto.,

ele sabe tudo ., manda em tudo -,. e depois ,as- raparigas., nos

somos r a p a r i g a s , isso ainda por cima,- eu sou rapariga • ele e

rapaz, ainda por cima. . Talvez não tenha sid.o educado da m a ­

neira que eu fui.., portanto ele’ pensa-se superior ...e t a m ­

bém arranja isso,' não é, ... e:depois como eu começo a d i s c u ­

tir com ele ,- porque não concordo.., arranjo conflitos , b r i ­

go mui to' com - e le ', mesmo .

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OR: Esse grupo que vocês e s t ã c a ‘ referir ',’ ’achãm qué'tem u m ' c o m ­

portamento mais agitado,' menos maduroy nalgumas disciplinas

mais do que noutras?

Lid:Não, eu penso, que em disciplinas não, mas cá fora e mais ca

fora..

Todos: Ca fora.', cá fora >.

Ped:0 que eu ãcho é quê há uma maior maturidade entre as r a p a r i ­

gas da mesma idade do quê os rapazes .

OR : Agora , vamos . distanciar rnos um pouco dos colegas e pensar nos

professores. 0 que queria pedir-vos era que pensassem n a q u e ­

le,que é para nós o melhor professor e que razão ou razões

nos levam-a..escolhê-lo como o melhor professor. Não e preci-

so que me digam qual e ... se quiserem tambem podem dizer

que.não, vou fazer uso disso ...

Car':Eu’acho que1 vou ■ da r ' um 'exemplo ‘ e • posso explicar ...■ ■ , , . i

O R : A Car quer ser a primeira a dizer qual é que acha .'

Car.: Acho-, que sem. hesitar a opinião da nossa turma 'é .'..‘(todos rj.

em) ..ç, exprimem, a sua concordância bem mas eles depois' dirão.,

.para mim é muito mais que um- professor..., ele e um amigo

,..e. ...... professor, e amigo, é essa ,a ideia ideal qüe eu tenho de

- professor.. . ;Eu.. nunca tinha conhecido assim uma pessoa, pelo

.menos até o ano p a s s a d o , , de que ja. falei, naquela 'stora de

.. História ....;Eu noto.nele, para além de uma extrema competen-

... cia .como professor com o que ele se preocupa muito,... ele

diz-nos: ele não quer só bem feito, ,. va la, ele não nos diz

isso, mas para mim é isso que ele pretende dizer não e so

bem feito, mas terò de ser realmente pensado e com . . . n ã o e

decorar ele próprio diz, não é decorar, é perceber .... e m.a -;

.. temática . ... . e : a Matemática é muito especial vá lá ... não é

apenas estar ali e aprender, , é perceber e é gostar - E u n o ­

to isso nele, ele tem conseguido transmitir, talvez i n v o l u n ­

tariamente," más julgo que".não,‘ ‘a amizade'sei la, o carinho que

• se t e m ' p'or 'uma coisa- de que se•. gosta •• e..;. e.u noto. isso. nele .

• • E' ; .'. para - além- disso . h-á imensa confiança:. com. ele .. ,., e. -o; gran-

! d'e' ‘amigo'1'1.- - Cia ro , - que não temos a que las • conversa s ..intima s / não

é..'.não tenho ,• não-tenho- isso com.. nenhum . prof,essor.r e.-dou-me

' “bem ;com todos;.eles; . m a s : mui to : e-s.pecia lment.e . c o m . ;o Sltp.r,.-de Ma-

' temát ica * e u ’ admiro-o* porque:-ele- tem., muit a; ,f a.ci lidad.e ,em se

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I ‘ 1 ' * {'dar bem com todos os elementos da turma . .. e eu acho que

. pessoas.tão diversas como estão aqui porque eu consi'dero-

-me diferente de todas elas , gosto de,todas elas , são t o ­

das elas, são todas diferentes de mim'... acho que' todas

elas disseram concordavam que érà o 'stor de Matematiça ...

ele é daquelas pessoas que conseguem agradar a diferentes

tipos , e admiro-o por isso . Ele consegue-nos ajudar .se

temos um problema ... A maneira . d e •ele falar connosco, tem

maneiras engraçadas. .. se temos um problema ... não sei

... acho que sim, acho que é um exemplo de um bom professor .

Para mim um professor deve ser muito m a i s -; além " daquela p e s ­

soa que está ali. .. e ser um professor ... sem se'saBer a

matéria , mas também ser um bom amigo e ...'ha uma coisa...

vá lá, ser muito rígido, eu nãó tolero num professor. ', ‘acho

que não tolero uma maneira a s s i m ' , prònto ..., mas éu julgo

que se um professor assumiu ser professor, éle tem 'de 'tér

a responsabilidade, a mínima responsabilidade de estar .ali.

e saber o que esta a dizer e este ano uma das coisas.que me

desiludiu mais, talvez, em relação ao ano passado e por isso

eu digo que não estou tão contente , é que' eü n o t o ’da"parte

de certos professores que vêm aqui para. marcar a'- presença ,

levar "o deles" ao fim do mês e quando chega a esta a'itura

de fazer greves, eu ponho-me a pensar que e pena que nem t o ­

dos os que fazem greves tenham realmente razões para faze-lo ,

porque há certos professores que estão aqüi e que eu ,'rião s i n ­

to da parte deles que tenham' um conhecimento' mínimo*' da m a t é ­

ria e que nós ... eu acho que . . . e' posso-lhe dar ó è'xemplo

da professora de História ... “ ' . *'« “ Tj'": * • ; • ,!‘-r

Pau: Evidentemente. . .

L i d : C l a r o . ■ r *

Car: ... portanto nós estamos ali para ’ 1er o livro. . ..' elá'- não nos

explica nada,... (todos riem)

Pau: ..... a 1er o livro, , quando fica rouca manda 1er outro .

C a r : * ... estou um bocado desiludida a nível de professores • e. . . .

júlgo que a única coisa que- nos salva-.nesse.leque.de p r o f e s s o ­

r e s -que temos este ano' ... estamos mu.ito marcados ', porque ja

tivemos quatro • professores a-' Q u i m . i c a . - ' * e isso d.e.ixou.-nos

mui to marca dos i' porque ' nenhum deles... incluindo a■«•.que', veio

agora para m i m ’’ também não é na.da de especial- -, poss.o. ;dizer

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assim /..( hão' é ' duvidar' de que' êles soru b e s s e m ; ou n ã o ): . .

que tívessèm o c u r s o . : . n ã o e duvidar- da sabedoria'','

mas é da competência qúe e l e s ’tem pára' hos transmitir; .

Acho que um professor ... e o professor de' Matématica tem

isso ... ele está' aqui por vocação, ele está mesmo por v o ­

cação p o r q u e ’ pelo” curso’ que ele disse que tirou...

Pau: £ engenheiro me.cânico. ... .

Car: engenheiro m e c â n i c o , - não ha assim tanta dificuldade

■ como isso para arranjar emprego , portanto ele esta aqui

não haja dúvida, por. vocação. , e eu admiro, is.so nele. .

P a r a :mim, va la , - è um exemplo. ..-. . ,

Van: Costa de tomar ás aulas interessantes: Eu gosto d e - p r o f e s ­

sores que’ gostem de tomar as áulás interessantes que m o t i ­

vam os alunos, e é coisa’ que' eu não noto na professora- de

História, que e como ela disse...

Car:. £ sempre., a ler no livro ..,. .

Van: ' Pois... eu já tenho tido outros prof.essor.es... a professo-

r á ' de' His tór i a que a gente tev.e antes...- e.u também não g o s ­

tava muito dela, apesar de ela, assim, expliçar e .tudo , mas

também não era .0. ,tipo de professor porque ela, chégava a a u ­

la e convivia assim com os alunos, mas era mais com um gru­

po , còmo é que eu hei-de dizer? Não dividia <a simpatia p e ­

la turma toda , era assim um grupo dali da frente, que e s t a ­

va ao pé bela, era com quem ela falava mais e c o n v e r s a v a ,os

outros não . . é ássim qué eu notèi... Por isso é que eu g o s ­

to mais do professor de Matemática porque*, ele motiva os a l u ­

nos. , ele sabe tomar as aulas interessantes .

OR: E. o Ped. 0 que é que pensa de ’"... .

Ped: Eú apesar de ter desistido, praticamente, de’ Matématica tam-

"• bém acho que se'ja 0 professor.de Matematdca 0 melhor,tanto

que.,, me,te um .certo à vontade-.nas aulas pelo .que eu vejo e

• a:cho. que-assim ele. conv.ersa. c.om os alunos..e acho que e isso

‘ o indispensável n.um professor. ... e que s^aiba o que esta a

- fazer, ,<,,tambéro. . e..acho que, o. professor de.. Ma tema t ica tem

, • i-sso.. j s . • -- • ,

OR: ' ’E:'á LÍ d : ' ' l " ' : *v -s5 • •1 ■1 - ? * > • , - * . . . . . *. * ., •, - ^ . • 1 , t • , .. -. . . •

Lid: Bem, eu acho que na minha maneira de 'encarar os professores

eu sou muito radical . Se um professor não me consegue ensi-.k * .

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nar a matéria de maneira que eu,perceba. , nem sequqr da

uma aula como deve. ser, para mim não e um professor .

(ri-se).Não consigo encará-lo como p r o f e s s o r . . Ë como a

•professora de História ppor vezes o professor de Desenho,

em que eu desligo completamente . H ã ..., ha professores

que ensinam ... encaro-os como ... um professor, mas a c a ­

bou....ouço a matéria, aprendo, mas ...passou ao lado o

resto (ri-se) e há professores que encaro como amigos,

e acho que isso é realmente um professor ,em que e c a ­

paz de ajudar o aluno. , de ouvir e de ensinar bem..a;ma-

téria Hã ... temos o professor de Matemática ... acho

que é realmente excepcional. Eu, há bom pouco t e m p o , u m a s

semanas atrás tive um ... pçsso. chamar, um grande pro-; - ' • i \ ' • »

blema com u m a . disciplina e fui falar com ele , e o,s

meus nervos estavam mesmo arrasados e eu desatei a ,cho-* • i - I •'■ r d

rar . Ele ouviu e compreendeu muito bem, e a partir dai" « , -, . I . ; » -

eu senti ...prontos ...um carinho especial por ele .Hã...

mas gosto bastante dele .Também gosto de outra pro.fesso-

* ra bastante. . . é a professora de Francês, não é a. me/sma

que a deles, só eu e a Car, e que temos. Ah.... tamb.pm

gosto bastante dela... •

OR: Que qualidades lhe encontra para gostar dela?

lid: Bem, é exactamente às sextas-feiras nesta sala porque e

pequena... nos falamos,... normalmente não damos a u 1

(riem-se todos). A semana passada falámos sobre o 25 de

Abril e outro dia falámos sobre SIDA ,e sobre sexo, hã...'! . ■ .1 ........ . * •« ' i.nprontos, temos conversas boas ’, aprendemos bastantes coi-

sas ...

OR : Em português ou em francês? . • , .

Lid: Em francês? * i >

OR: Falam em francês? Conversam sobre- essas coisas, em francês?

Lid: Não!!! Falamos' em português.(ri-se)...- Mas é óptima ié1 e x ­

cepcional. Ela também nos compreende muito bem' ,'interessa-

-se. ; eu penso'que'sim, qué ela se interessa por'nos, .Não

tenho dificuldades a Francês' e "então muitas vezes- estou a

ouvir , mas não consigo perceber, quando os outros* me dizem

que ela não explica bem , porque eu p e r c e bo Mas.. .. dou-me

.bem.com os meus professores.e ... penso que o de Matemati-

-89-

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■■■ ca ‘ e'-a de Francês > são- realmen t e - e x ce p c i o n a i s .

Car: S'tora se não se importasse eu voltava' à ' prof ess'ó'rà 'de

Francês que também tenho.Eu também gostò muito deíá ,é

uma excéíente amiga e nós falamos ... Hã'! . . quando se

diz que um professor tem de ser ámigo ... Para mim ele

tem de ser amigo, mas também t è m 'de continuar a dar a

matéria .0 unico i n c o n v e n i e n t e ... para mim não é assim

tão grandé,mas, pronto, é'inconveniente, é qüe a S'tòra

de Francês...É porque nos tèmos apenas duas'aúlas por• 1 > • • ■ - •. • . - ■ . , > i • •

semana ...Eu gosto de Francês ... mais ou menos a minha

turma gosta de Francês , não podia 'deixar o Francês'.

No entanto, nessas duas aulas nós raramente’ f a z e m o s . ..

portanto, fazemos algo dé novo!, apréndemos.!. Ha!...!

eu não tenho muitos problemas ; eu também sou boa alúna

a Francês , domino minimamente a l í n g u a . , mas julgo que

talvez os alunos estivessem mais motivados se a p r o f e s s o ­

ra... ou peio menos se na turmà se proporcionasse d e b r u ­

çarmo-nos um pouco mais sobre a língua.Eu muitas vézès

fico caiada , fico m e s m o , ‘ porque sei que a maioria dã tu£

ma manifesta: "ai,mas não vale a p e n a . . . p r o n t o , vamos

falar" .Siri), eu acho que é bom falarmos ,’ mas se é um pr_o

fessor , foi o que eu já disse... acho que tem de ser bem

intencionado. .Eu estou aqui para aprender..1, afinal faço

questão disso.

. O R P a u ... • i-t >

Paú: ?Qúãnto ao professor de Matemática concordo com eles. Tam-

• ' b é m a c h o que é o melhor-e até.é o melhor professor de Ma -

: temática que eu- ti ve a t é ‘agora Tenho tido prof essores

' q ü è ,* n o r m almente, explicamí-a-matéria ta‘1 e q u a l c o m o ele

’ explica'rá ,:r tá 1 vez . V . riias são muito não conseguem ■ ser prá

*"• t i c o s d i g á m o s assim.Ele explica-nos aquilo , mas a gente

' t a a vèr-prát'icá'da'matematica, a gente' parece que. ta a

vê-la empregada' .' Eu ‘ não notava isso1 com •os; o u t r o s •' . Eu

'“ ' notava que-matemáticá era quáse aquele -'jogo com os- números ,

andar; ós numèrozinhòs pára um; lado-,5 os: numeròzinhos pára o

‘ ' outrô è f'a ca bóú - sé'. .mas;,com ele noto“'isso. . :e‘ ela, inclusi-

’ vé; as*‘ vezes a gente diz: "más- para que-é que isto: ser-ve?" ;

é' o'professor'ãté'‘-nòs dá' exémplos. J'Põrtanto',-' acho- que isso

é impòrtanté ; 'essa preocupação de' hos ;.explicar ’ para- que ser-

•'ve.1 ; ...

-90- 'r;

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Eu também tenho uma professora de F r a n c ê s , que não e a-.mes-

ma que têm a LÍd. . e a Car ,;elas estão em anos mais adia£

tadas. E, o que eu noto na professora de Francês é que ela

dá-nos, portanto, trabalhos de grupo , faz trabalhos de gru

po e coisa ; mas o que eu acho é que eu noto,nula é aquela

preocupação de ensinar. , mas nãp é ( aquele ensino direcjto,

é um ensino sei lá... trabalho de grupo , mas, depois no

fim da aula circula uma folhinha, e nós dizemos o que^e que

fizemos e o que é que não fizemos... muito sintético .....

não sei explicar. Portanto, a gente escreve na' folhinha o 'que

é que fizemos e o que e que deixamos de f.azer , depois no oij

tro dia voltamos a fazer trabalho de grupo , ela passa, ve. .

Digamos que o Francês resume-se aos trabalhps de casa e aos

trabalhos de grupo , portanto (ri-se) Ela às vezes lá e x p l i ­

ca uma coisa no q u a d r o . . Mas, eu, para.mim, gosto de uma a u ­

la bem estruturada , que a gente chega, abre o livro... por-

tanto, abre a lição, tal e qual , escreve-se no q u a d r o , p o r ­

tanto notas importantes sobre a matéria e então depois sim,

os trabalhos de casa sobre essa matéria e isso ... Nela não

noto isso, noto mas é, que ela dá os trabalhos.de casa com

matéria nova, inclusivé, a gente lê umas páginas e depois

fazemos trabalho de grupo. E, depois o mais interessante d i s ­

to tudo é que as vezes ela passa fplhas em que a gente diz o

que e que acha que a professora deve fazer, o que e que acha

que a professora não deve fazer(ri-se) e a gente, de facto,

escreve lá o que acha... Uma das coisas que eu tambem' não gos^

to e nunca hei-de gostar, é- que esta professora é das tais

que não dizem quando é que há testes e- eu não gosto-disso ...

não gosto porque a gente as vezes t e m ■uma semana cheinha de

testes, a gente estudou para ela,„-as vezes,.... a- gente d e s ­

cuida-se ... a gente as duas .por três .já n ã o .p o d e :pegar em

todas as d i scipli nas . A . gente vai . regularmente., pronto , estuda n -

do, mas- às duas por três já- não se consegue,.isso . ... de r e ­

pente apanha-nos • ainda aquele susto, de • r e p e n t e ,"bu m b a "... .

lá vem uma bomba*... temos ponto de . Francês »vai-se.-e s t u d a n -

do nos - intervalos j depressa...Quer dizer,- as notas,não., são

assim . nenhuma maravilha... na nossa . c l a s s e .. . de vez ,.em q u a n ­

do- lá há um elevado e t a l . Depois .também não há- aquela .aula

bem preparada. . . .A !aula,está bem preparada,., a -maneira .dela,

mas -aquilo :é folhinhcxs a correr .... a pessoa .está ali, é *tra

balho de grupo, a folhinha corre, preenche e tal, não sei• i .

--91- ‘ •

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qué. • ■ : , • ............ • .,

Quanto, a professora • de História, agora falando. de;ssa ;.....

- ' essa não sabe-dar aulas;- s i m p l es m e n t e 5não e professora. Fa

z e r ,•eu fazia: aquilo que ela. f a z . A minha mãe é professora

... eu- sempre, convivi com* professoras também d o : ensin.o s e ­

cundário, a minha mãe é professora, é. professora de Inglês

. . . ‘ eu sei; bem como é que é .. Ela não . é professora ... . uma

• pessoa c h e g a r •à* a u l a ...*primeiro fazer a c h a m a d a , marcar as

faltas ,• a- seguir, abrir o livro de. História . ah, "fazer

• o sumário", nao é, como ela diz?.;, abrir -o livro, de. Histó-

*• ria e ler. . . d e vez em quando d i z e r ." s u blinhar"... 0 mais

•* . engraçado- disto tudo , .que* ainda-- pór.• címa- e caricato,, é que

- •• ela manda-nos sublinhar aquilo que está pni letras .grossas

11 e que as pessoas... já está assim em l e t r a s •pretas (todos

se riem)... e - depois é ..assim : "escrevam-no cadernò^üma, noção"

• a noção está*no livro. . . está a.verdinho, lá nb l i v r o 1a n o ­

ção. Resultado, o que é que: eu faço.naquela.aula? Vou.ser

• muito-.f ranca . Compor to-me • mal que s 1 a • fartar , vou la para

•tráse atiro papelinhos aos meus c o l e g a s-(riem-se.t o d o s ) . ••

'* -> Passo a aula toda . a atirar papelinhos. ... anoto as paginas

* que> ela'1 lê e. . . a q u e l a - aula simplesmente não existe. E, ela

' • •lê á té* ficarrouca , e- depois ... - manda aos outros para ler...

Car: Nós começamos a ler às cinco e dez, porque a ’primeira meia

hora foi parà escrever o s u m á f i ò j fazer a chamada, portanto,

à chamada é fèita umas três ou qüatro vezes (riem-se)....

Pau: ... . . é que as pessoas es tão . di s tra ida s .....

Cai*': depois* vem uma' conversa, sendo cinco e. dez, va,começa-se

• • a - l e r ; L ê - s e :parece um comboio ou aqueles aviões supersóni-

• • cos e-em sendo cinco e vinte e cinco nós saimos.... Fica t o ­

da’ a gentè; m u i t o - contente porque, deu para desanuviar .de um

• dia de aulas , mas * quanto • a. matéria ..e .agor.a. vamos ter umi

teste; Muito s i n c e r a m e h t e * estou aterrorizada com o teste...

• pronto ■, ■ chega-se alt é como;.se fosse! mater-i-a .nova . Ela não da

'• énfdse à m a t é r i a 1, ■ pronto, é como-se-estivéssemos a ler um l i ­

vro- e- passado cíinco ou., três- dias temos- qu.e- fazer um teste e

pronto: i-5 • *. ......

Pau:’ Aindà ó pior'dela Eu achò’ qòè õ pi or-’da ‘ pro fèsVora’ também

é que parèce quê ela própria não sabe o q ó e e s t a a ' dar (riem-

- se .todos).... . Eu acho que quando a r gerité r não-1 têm confiança

nos professores e pensa’:"olha este não sabe nada", ainda e

-92---’!- -

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pior ... então aí é que... Eu não sei, por tanto.,. est-a» a aula

de História.... esta a professora à f r e n t e ,. b e m , a-jprofesso-

ra é muito novinha... Eu também atribuo eJa.ser .as,sim princi

palmente por ser muito nova, portanto, ela. é mesmo, muito n o ­

va..-. deve ter aí uns vinte e três talvez, não mais do que

isso, portanto ela é muito nova. Portanto; e l a . não.» deve e s ­

tar habituada a dar aulas. Senta-se -ali ià :• frente ,. es.ta um

grupinho ao lado dela; deitam até- "piparotos" a professora,

estão ali na conversa com'ela e tal ... Lá a t r á s . -.', .depois

há aqueles que vão lá para trás, eu inclusivé que.-.vou la p a ­

ra trás... Eu costumo estar com -atenção as a u l a s , naquela aula

vou lá para trás, e s t o u •sempre na brincadeira ,*enquanto1 a q u e ­

le g r u p o d a frente, vai lendo ... v ã o - l é n d o e m voz a l:.t a . . . .

aquele grupinho. Portanto, a gente vai anotando no..cà'derno

as páginas que e l a -dá e continuamos na coh ver sa , • tud-ò bem, e

saimos. Portanto, ela não consegue mostrar nenhum .interesse.

0 ano passado tinha um professor mais velho e que era. muito

bom, que é um professor m e s m o ...•que é muito bom, .que e o

Diamantino, que é bom, eu gosto dele.. Portanto, ele chegava

à aula, portanto, era a época dos Descobrimentos .que.a gente

estava a dar e ele levava coisas, textos de receitas e isso

para a gente ver, da é p o c a ,• i s s o ... por t a n t o ,. tinha tambem

aquelas coisas d i f e r e n t e s ... Fugia um bocado à m a t e r i a , era

um facto fugia. Ele começava a falar de uma coisa e as duas

por três já estava a falar sei lá de quê, éstava muito l o n ­

ge, muito longe... estava muito longe... mas ele conseguia

fazer História, aquilo era mesmo História, a gente parecia

que envol víamo-nos n a q u i l o . Com esta professora não a gente

não está lá, a gente está noutro sítio. Inclusive,.-esta m a ­

téria que a gente está a dar agora, que eu acho q u e e m u i t o

importante, q u e - é o Nazismo; que- é--uma * mã téria • que tem m o n ­

tes de coisas par a se f a lar por.que, é- uma. -matéria’, que nunca

mais -acaba, -inclusivé ainda - há- Nazi smo Ai professora c o n ­

segue-tornar aquilo monótono! É que é um *e;spanto.l P o r t a n t o ,

ela c o n s e g u e ’tornar aquilo q u e -não -mete graça /nenhuma.;, não

tem'ponta onde.’se* lhe pegue , pronto,-5 não mete.:-graça -. Ela

não consegue dar-lhe esse interèsse. . . e o mais. engra-çado di£

so tudo é .que é uma m a t é r i a . que terá muita coisa para d i s c u ­

tir, até porque nós todos já vimos filmes sobre o assunto,

portanto é uma matéria relativamente recente e ela não c o n s e ­

gue dar isso...isso é que eu acho, como é que uma professora

-93- ; -

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' de * Histór ia não consegue dar i n t e r e s s e ; a ma tér ia não‘

■ tèm interesse ‘ n e n h u m ; . .'é ’q u e 1 é' um espanto:., eu 'espan­

to-me . F a z e r ro que'ela faz penso que -qüãlquer um de nós

' fazia . . v • podiamos 1er * pior -(ri-se) . 2 1er pior ,' mas tal^

■ véz consèg u i s s e m os .‘ •

O R : Saindo, agora um bocadinho das aulas de H i s t ó r i a ......

Vamos lá a ver se nãc> vamos lá parar outra v e z .........

Sentem, que há algum professor que tem particulares d i f i ­

culdades em dar aulas a nossa turma? <

' ■ 1 • iTodos:. A- prpf essora , de Historia (riem-se)

». •* 1 ■ iCár :' Bem ; ' á professora de' H istória1 tem- mais 'dificuldadesnou-

: tras turmas ! P ò r q u e •a c h o ;què há turmas que1 ainda' são pio■ I ! ' I ' s i —r.es. • * • .

• > "i<Lid: Era notável ha professora de Biologia quando ela*» e s t a v a '■ •

^grávida.-Ela estava mesmo ’ cansada , nem conseguia subir es^

cadas j á ....

Ped: Eu tive aulas com ela noutros anos e era bem diferente...

Pau:.Tal vez.--de Química.,,...

OR :' Está,‘'agora?!' ’ 1

Todos: Sim.

OR: Acham que isso acontece porquê?

Pau: No caso dela acho que é falta de experiência, ao fim e ao

cabo. Ela ainda está a acabar o curso de engenharia, ao

' fim e ao c a b o ■' 1 ‘

Car: Bem.eu não sei ... Porque pelo que ela me disse ... ela é

nossa directora de turma e então pôs-se o problema de ela

ser nossa .directora de turma sem nos conhecer... 0 que ela

nos disse é que já tinha dado aulas e ser directora de

turma acha que devia sair com os.alunos ... combinar

ir a um cinema, a uma d i s c o t e c a , irem à praia... irem fos­

se a onde fosse... assim ela conhecia-os não só na escola,. •; • ^ ■ ■. ■ ’ ", - . . . . 1 .

mas também fora da escola. Portanto, eu acho.que a experi-

• ência dela não deve ser tão pouca como isso .... Eu noto

. é que nós somos uma.turma em que há bastantes elementos que

exigem .dos professores e o que ela nos.diz a nós, o que ela

nos transmite não é suficiente ... ela tem uma dificuldade.,

não transmite talvez da maneira mais límpida, pronto

-9<v-

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Lid: Eu discordo contigo! Tive já vários p r o b l e m a s , não c o n s e ­

guia compreender a matéria e afinal acabei por perceb'er

porque ela explicou. Eu acho que ela explica bem: ago'ra,

o único problema dela-, a meu ver, e que ela não se esfojr

Ça... não se esforça mesmo nada.' Deve ser'bastante cK'ato

acabar o curso de engenharia que tem montes de 'côisas1'pa_

ra fazer.... Eu vou seguir Química, e acho que era b a t ­

tante humilhante acabar como p r o fessora.... nos uma camba­

da de miudos chatos... e acho que eía não está mesmò^pa^

ra se esforçar.... E, acho que esse é o problema,' por'q'ue

‘ de resto eu penso que sim... q u e e l a tem • c a p a c i d a d e s -1 p£ ’

i ra ensinar bem. Penso que seja uma professora. boa,r não.ex^

celente, mas é uma boa professora... mas podia ser ainda

melhor se ela se esforçasse mais um pouco. ..

Pau: Ainda falando desta professora, eu também acho... eu ,aqui

assim da excelência dela, pronto, não vou estar a dizer,

porque eu tambem não sei....Às vezes as pessoas fazem b l u ­

ff a dizer que já deram, que já fizeram... porque, isto e

verdade, quando a professora não tem experiência’ cai em

desgraça, é logo. Se as pessoas sabèm que é o primeiro ano

e que o professor dá aulas ha uma tendencia infalível; para

haver mau comportamento.....

Car: ... aconteceu com a S'tora de Geografia e também com a S 1to• * ' . . '

ra de Química, com esta agora...

Pau : P o i s ....

Car: Oh Pau desculpa lá, mas é sé para.... Logo na primeira

aula, em que agora se estava a dizer que houve confusão e

tudo o mais, eu notei uma coisa, é que em parte não foi sé

culpa do professor, foi culpa dos alunos, porque não se a d ­

mite que os alunos estivessem a dizer: "Oh S'tora eu não

dei esta matéria, eu não sei", quando isso não se passava,

a S'tora que tinha vindo antes desta tinha dado aquela m a ­

téria. Àinda se fosse no ano anterior, que é o qué a c o n t e ­

ce muitas vezes em Português em que a S'tora vai aos arames

porque nés dizemos que nunca demos... Depois á partir daí,

com esse problema que surgiu e que ela depois foi a propria

a fazer confusão... os alunos já diziam que não pércebiam,

ela depois já dizía... eía foi a prépria que rião ^sabia a

-95-

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formula’química dé um'elemento e'nós pëlà leitura do- p r o ­

blema íamos lá 'facilmente ...‘ prontò ,: ficou Îbgor.'ï ali,

manchada . ( riem-se todos ) '

L i d : C l a r o ! Oá falámos nisto antes... continuo a bater na me£

ma. tecla: eu acho que ninguém, dizendo que não sei quê do

cálculo estenográfico sabe que aquilo vai ser com uma r e ­

gra de três simples, não é ? !

Car:.Não.é.isso que eu.estou.a dizer! .

Lid: F o i ’ isso que eu disse no meio da aula. i'. ’

Car: Não estou a referir-me especialmente a ti..‘. ■ '

Lid: Até porque no meio .da-.aula .eu disse : S ' t.ora a.gente já-.sa-|,!

■ bia »■ i s s o . . . . j á. t í n.hamos :dado ,, ,

Pau: Foi isso, o que eú e a Car. falámos ao telefone, qué a

geritè tivemos e s t a rconversa ao telefone foi que, hoüve ele

mentos, não estou a dizer propriamente ó teu caso, que fa-

laram que' não tinham dado, mas depois de ja se ter posto o i

problema e de se ter visto o que era, e eu acho que isso .

não dá, não dá, as duas por três nãõ dá... às vezes esque

cerãm-sej é uma questão de esquecimento é as pessoas têm

que ver que’ se esquecem também, mas não ... não deram, pror^

to não deram. E' o que e que isto acontece?Isto deu origem

a que a professora agora diga que já não nos explica, por­

tanto... e a g o r a vá aparecer nos testes equação mais s i m ­

ples;' nós damos equações ' químicas , portanto. Agora á profes^

sora diz que já áparécém os' elementos todõs e não sei quê

e não sei que'n\ais... Eú acho isso errado, porque ela esta

a facilitar a vida, e um facto, mas por outro lado, nos e s ­

tamos a aprender muito pior. Em Química, o que interessa é

uma pessoa aprender e eu não gostei, de facto, de algumas\ ■ ■ ‘ ’ .....

atitudes. Houve mesmo pessoas que chegaram a afirmar coisas

absurdas; não é assim no meio da aula "não damos"!,uma cara

d e .e s p a n t o ...

.Car: Fizemos, espetáculo, .por uma coisa tão pequenina e demorou-se

uma. aula inteira para esclarecer uma coisa tão poucochinha,

, fo % sé . .. .

Pau : : Ca leu lo-:que a ;profe.ssora deve ".ferv-.f-icado ..também.com-uma- • boa

impressâo'.'Mas o que é que estes-der.am...afinal-de.i qontas? Venho

para aqui dar aulas e o que é que eu encontro?! Encontro uns

ignorantes" !

-96-

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Isto deve ter sido o que ela pensou, ao fim e ao c a b o , n ã o

é?!.Acho que isto não foi bom p a r a .n i n g u é m . Mas o que teu

noto é essa precipitação de dizer logo:"não sei ! não. apreii

di", não sei quê. A professora disse:"01hem que vocês já

aprenderam, talvez não saibam o nome". 0 nome de factó e

muito esquesito e a gente esses nomes mesmo que conhesse-

mos nunca decorávamos. Mas foi isso que eu notei... essa

precipitação: "não me lem...bro...'hum... coisas, não sei ' 1

quê... aquilo tudo..." A professora fica logol1.: pronto,

isso também não ajuda e eu acho que ...(uma prof essor’à! | go£

ta muito mais de dar aulas a pessoas interessa,das) e e u ;a,cho

que quando uma turma é interessada como a deste ano, às pro-1 . . i m . ti. i . I;l ' I

fessoras são... mesmo as piores são melhores do que as 1 do •' . Ui

ano passado. Se os alunos se interessam da muito mais.^gos-

to às professoras chegarem la e ensinarem. Agora, começar a.

haver aquelas agitações e aquilo tudo sim, portanto...., eu

acho que é errado, porque ao fim e ao cabo, ela, vai ter uma

má opinião... e quando uma professora não gosta da turma nãoj-.

se vai interessar por ela. Pode haver uma professora que se*

ja muito preguiçosa, mas se a turma e muito boa, ainda,e ca_

paz de ir aos livros saber aquilo tudo... Çu noto isso na mi_* +

nha mãe, agora falando do lado das professoras, portanto, ha

turmas, que ela se interessa muito mais em aprender, porque

as pessoas são humanas e têm preferências... por ma.is cjue se

diga que as pessoas não devem ter preferências ha sempre pr£

ferências... daí, aquelas turmas c h a t a s , em que ninguém e s t u ­

da, que toda a gente... que chegam i.íá ,para o trabalho...de g r u ­

po e não sei quê... que não acho que de....

OR: Não estimula o professor?!

Pau: Não!... E, portanto... a LÍd disse há bocado que èla não se

interessava. Talvez tenha sido a primeira i m p r e s s ã o :"como é

que uma pessoa se pode interessar por gente tão antipática?

(riem-se todos)

O R : Deixando um bocado isso... Acho que nas diversas aulas em que

vocês participam há, por vezes, a c t i v i d a d e s , "'ou méThoY os p r o ­

fessores programam a c t i vidades’em que e mais fácil os alunos

estarem atentos numas do que noutras.Em que tipo' de a c t i v i d a ­

des acham que os alunos têm màis- faci lidade em se;‘c o n c e n t r a r ,

estar atentos? Diga lá a Van • . w ;

-97-

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Van : ’■ 5 ' ■ '* ; ’ : ■ *- - ■ • * ' : ■ ï>-

OR: A Van\ está com dificuldade e m r ê s p o n d é r . ^ . P ò d è pensar em

si..., quando e que sê concentra mais..;Qúando esta a fazer

o q u ê ? . ..

Van: .... . .

Ped:.:;-.. eu pódia concentrar-me mais na Historia. Eu até-gos-

t o d e ‘ Historia.'.-;'m as... como • j á foi aqui dito, a ;professora

d e •História também não ajuda.

OR: Mas, eu estava a tentar que vòcês pensassem sobre diversas

actividades... bu *6 trabalho' de g r u p ò , ou o professor á e x ­

plicar, ou'o trabalho individual óu eu sei íá.i.'

.Lid.e. Car:. Pesquisaj-trabalhQ de pesquisa.i.

0 R : ’Issõ! Quando é que-notam que os alunos de um modo geral, se

"• '• concentram mais;e se-interessam mais?. I • ■ " . r " . . . . • , • • „ „ .Pau : N o v i d a d e s ! Quando... fugir um bocadinho a m a t e r i á ’ajuda m u i ­

to, acho êu. Oe repente, por exemplo, estou * a *pènsar* n a ’His-

tória, uma professora chegar ali com umá recèita da Idade

dia, é giro, a gente vê... usavam açucar p o r t o d o o lado....

• a q ü i lo ' é- muito engraçado realmente... Eu acho que,isso,as np

vidades ajudam muito... Acho que... não sei o nòme daquelas

,máquinas agora,.não me lembro, que é de projectar • oa. parede..

;0R: Os-retroprojectòres? ! ’ 1 1 1'•

Pau:5im. Também gosto! A gente 'tá fartos de olhar para o quadro;

aquilo ja não mete graça nenhuma. De repente, ’àssim imagens

acho que também é giro. Eu acho que principalmente as n o v i d a ­

des, quebrar o normal, a r o t i n a ... isso é o que ajuda. Hpuve

aí uma semana de Química em que eu aprendi tantas coisas que

talvez em muitas semanas eu não aprèndesse. Portanto, nós s o ­

mos todos de Química; não era a nossa p r o f e s s o r a ,% nós não t£

nhamos professor nessa altura; foi outra professora, portanto

que..nos chamou. e nós.-fomos lá. E a gente ali a conviver com.

outros anos. mais..avançados de Q u í m i c a , portanto, com outras

.pessoas .que já sabem mais ;de-Química .aprendemos muito, inclu-

, sivé, lá. em; cima hay.ia um.a parte dos computadores... portan-

. to., ...uma ..exposição ... a , gente aprendeu muita, coisa .. . aquilo da

: -, energia: nuclear..,.,. * foi .muito . bom.,., por t an.to aprendemos, muita

coisa. Em Química, principalmente ajudou-me i m e n s o , eu acho que

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aprendi muita coisa, ali aSsim... estar ali^a-ver, di'scutir

coisas com anos mais avançados, com.pessoas que ijái sabem mui

to mais do que eu, ajudou-me imenso, eu fiquei . a « sabei?, mui tas

coi... Se calhar se tivesse estado a dar ali a unateria não ti

nha tanta graça, mas assim foi a fazer experiências, ;a ver os

efeitos, comigo até dava efeitos muito geitosos (ri-se, os o u ­

tros riem-se t a m b e m )...comigo explodia^.. portanto ,. foi assim

; é que eu aprendi, eu acho que - isso foi muito • bom ! E u - ac,ho que

é isso,novidades, principalmente, a pessoa-.não pode-estar sem

pre agarrada.ali ao livro, a olhar para o quadro... Eu acho,

que as duas por três, por melhor que a aula seja dada, a p e s ­

soa, às duas por três já está cansada, já cansa. Eu noto que

até o professor de Matemática, que e muito bom professor, ele

não dá novidades, portanto, Matemática também e umà d i s c i p l i ­

na que não se presta a isso, mas, de facto eu noto qu.e agora

já para o fim já há muita galhofa... e as pessoas ■ já.. estão-se

ali a rir... claro que respeitam o professor, noto que ha um

grande resoeito por esse professor... mas ja ha g a l h o f a .....

já se riem.... já se viram para trás, viram-se para a .frente,

andam a circular pela turma (riem-se) ... noto isso.

OR: E a LÍd ... o que é que pensa? Em que- tipo de actividades é

que é mais fácil a concentração? . ■

Lid: Eu concordo com a Pau na exposição. Houve uma exposição de

Art e Design; eu fui à exposição e pensei... estava um bocado

chato, mas estava giro... e eu pensei se houvesse uma e x p o s i ­

ção de Química estava lá a semana toda e aprendia coesas e

mostrava aos outros que sou de Química e pronto que aprendo

coisas... e Química é gira..- E houveta tal exposição., na a l ­

tura ainda não tínhamos aulas e às q u á r t a s ,sextas e segundas

à tarde não há aulas, e eu ia para lá nos intervalos e nas

horas livres, fosse à hora que fosse eu estava lá c a í d a .....

Pau: Até chegámos- a sai r.d e'umas aulas.-... t ■ ' ■

Lid: Foi, foi óptimo (riem-se todos)... Não faltava às 'aulas p o r ­

que não podia. Foi óptimo, eu aprendi'mais coisas d o 5 que no

ano inteiro .' Acho ‘ que o t r a b a l h o ’de pésquisa tambem 1'è’ ' bom .. .

quando a professora nos désse ü m t e m á e nos íamos a - bibliote^

c a s ... * Naquele trabalho dé Física q u e n o s fizemos fbmos'ao

Saldanhá e fizemos pesquisa s é não sei quê,’ também ■' sê ! a p r e n ­deu mui to. -y o s , .

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Carr Os' trabalhos -de grupo...‘ e u • acho que: é íbom-.para aqueles que

se ln'te'ressam't realmente que gostam *de -fazer-um trabalho de

-pesquisã, e u ‘ falo pòr mim, portanto ’gosto muito. eu gosto

•mais ou“ menos-de tòdas as acti vidãdes,, ’ mas . •. .. a -^p.esquisa e

trabalhos de grupo gosto muito. So - teve. uma cpisa.-e c^ue nos

trabalhos, .de gr.upo noto que há- p e s s o a s . v .. não est.e^.ano, pojr

tanto nos trabalhos de gr.upo que se têm -feito este ano todos- y1 1 ' * '<1 ‘ ■ I'

os alunos..tem- par.ticipado, tem trabalho, mas ja tenho nota-

•do.em a n o s .anteriores, ou por estar noutros grupos,.e que uma

parte, muito pequena do grupo é. que trabalha, os o'utros estão

ali p a r a . mar.car o nome no .fim, o numero.e a turma... nada

mais.,- os outros fartam-se de trabalhar, estão.até às tantas

•da noite, porque têm de levar o trabalho .para entregar no

dia a seguir e, acho que é o unico inconveniente do trabalho

de grupo é que, há muitos alunos que se conseguem esquivar e

os outros também não tem outro remedio senão realmente a c a b a ­

rem o trabalho porque têm que entregá-lòi que é'para nota,têm

'* • •' que o' fãzer 1 s o z i n h o s , não têm outra alternativa.-., mas 1 de res

tõ-* acho-' que . : .• • •

Pau: Eu queria falar! É por isso que é importante uma turma bem< • r. • - t . ■ . • • ; • •: •. ; _ ,,. . ’ *

comportada e que se interessa, porque 1 quando nos estamos em

turmas mal comportadas e que não se interessam isto dos t r a ­

balhos de grupo, isto das novidades torna-se um pesadelo. Eu

calculo o que é uma turma que não se interesse ir para uma ex-

“ ’ posição, -ficam chateados, em lugar de’ estarem lá fora a brin-

. car estão ali . a explicar a. e x p o s i ç ã o , portanto é isso gue_eu

.. . r - -n.o.tò, a turma é..muito .importante também para . que a pessoa

goste disto, porque... se calhar se fosse o ano passado e eu

fosse explicar para a exposição, se calhar não era assim bem,

porque depois havia gente que estava lá chateada a explicar,

iám-se embora, iam para aqui e para acolá e não ligavam nenhu

ma. Eu acho* q u e ’ isso é muito importante é'-umá pessoa... eu

,. - também tive .casos. .:em. ,que tinha grup.os .em. que eu trab.alhava

aíi, mais umas tantas e o resto chegava ao fim} a gente.dava-

lhes a cartolina... e depois também nós ... as vezes a nossa

justiça diz-nos "ai, não deviam nem sequer assinar"... a g e n ­

te também fica • chateada , »mas acabamos • pòr "deixa -lá‘v assinar ,

conta para a nota, coi tada "(ri-se ). . . ç eles .assinam , e um

facto, e andam ali na boa vida... Portanto, acho que a turma

neste aspecto interessa muito, é fundamental.

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s .

O R : Acho que vocês já me responderam há bocadinho, mas se «quise­

rem dizer mais qualquer coisa ..•.-•Em que tipo de actividades

têm mais ,dificuldades em estar atentos?De um modo geral, o

que é que se está a fazer quando - estão mais desate,ntos, quar^

do a atenção nos foge mais? 1 -

Van:Para mim é quando os professores começam a ler as coisas na

aula, assim a ler as páginas do livro, ou então como* a ‘ profe^

sora de Geografia que começa a ditar apontamentos e*a gente,

escreve, escreve, escreve. Chega a um ponto que eu so oiço

aquilo que ela diz, mas está a entrar por um ouvido' sai pelo

outro e eu escrevo, mais nada, nãó^ fixo. Depois é m c a s a é que

estou a ler aquilo com atenção sei que aquelas aulas em que a

gente só lê ou escreve, escreve, escreve. J.' para mim estou

noutro mundo.

OR: A Van» não me disse há bocadinho quais as actividades em que

acha que as pessoas se concentram mais...

Van:Quer dizer, para mim qualquer t-ip’o de * actividade que a.gente

faça dentro de uma aula que seja assim i n t e r e s s a n t e ,que a

gente possa aprender algo de novo, concordo com. aquilo que a

Paula disse, qualquer coisa que seja uma novidade, para mim

çu estou concentrada nesse trabalho, mas assim aquilo que é

mais a rotina, que a gente já sabe aquilo que vai fazer e d i ­

zer, normalmente não presto muita atenção.• > « • . i

O R : Quando é que o Ped sente mais-dificuldade em concentrar-se?

Ped:Como ela disse... quando se passa as horas inteiras ^ ‘"escre­

ver. Acho que essas aulas são cansativas, pois, são cansativas

e os alunos desligam.... . . •■ - • • y •. :

O R : 0 Ped que já está alguns anos na escola... Tem sido sempre

nest.a? Ha quantos anos esta. nesta?

Ped:Nesta estou há cinco an.os. Andei -lá^em, cima

OR: Então', quais lhe parecem ser os melhorès aspectos'‘da súa vida

na escola?

Ped:0s meus melhores aspectos?!

OR: 0 que há .de melhor aqui,na escola1,para .si?..r , -i

Ped :.... òs melhores aspectos? ! ; .. r: : - **-*

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OR: Além da riàmor’a d a . . do tempo' que pas-s'a com ela' ...• o' que s e n ­

te dé melhor aqui na escola? ' *

Ped:0 convívio com outros rapazes e com raparigas . .,. o convívio na

.escpla... é uma forma de conviver com pessoal de todas as id£

d e s ....

OR : E, .o. que- é pi:or?. . .

Péd’:0 qüe é pi'or? Agora não" estou a ver .......

O.R : N ã o v ê n a d a de mal a qui na escola?!0 que sente que se j a mau...

Ped: . . . . .,. .-Jalvez a rotina das aulas é um aspecto mau,

. . não sei ... • . .. ;

OR: E à líd': ' , o que acha 'de melhor aqui' na escola?

No tempo' que'' tem aqui" passado o que é de m e l h o r ’. .... ,

Li.d:As aulas de laboratorio. . . . sim, as aulas de laboratório. . . .

É o unico sítio onde eu me sinto bem, porque não .temos de es

tar ali sentados e a ouvir a professora, a decorar coisas e

tentar perceber o máximo, mas.... vestimos a bata,.a s'tora

da-nos as' f o l h a s , andamos por ali, conversamos, brincamos,' f a ­

zemos coisas novas, aprendemos por nós p r ó p r i o s ...‘é uma acti

. vidade diferente, pode chamar-se isso;.... há umas pequenas ex

• . •.•■plosõe.s, às vezes... prontos, não se pode chamar rotina... é

[completamente diferente ... acho que sim que é o melhor.

*0R: E o pior? 0 que é que'é pior?

Lid:As aulas de Inglês...,(todos se riem)são a rotina, a própria

rotina. Ao princípio.do ano estava bastante motivada, agora e s ­

tou motivada para o décimo, porque eu vou. para Química e vou

fazer o que eu quero, mas,agora estou cansada, estou consada

das aulas, nunca pensei que ia sentir-me assim, mas estou....

estou.mesmo cansada, estou farta.... é rotina mesmo.

0R:.E -são as : au.las de - .1 nglês porque são-.as mais .rotineiras, aque-,

• . . la s em t.que • a.; ro t i na se sent e ; ma is? ! .

Lid:É 'a profèssòra, é a matéria.'..; é‘ tudo. Ah::.' pòr exemplo, a

s ,'torã ' ãgorá' oóri gou - nos ' a * f a zer qualqüer coisa pára a semana

de Ingles não séi se' pór' sermos poúcos,' m a s f o i uma espécie

dê ameaça '"se rião fizeres ó ' t raba l h ó -, ' ba ixo-'te 'a n o t a " ........

Ah',"eu f iquèi 1 mêsmò , ’ pr'ób tos ; V T . . ■'«

Car:Ficámos na dúvida se era a sério se era a brincar, mas levámos

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mais para o serio, realmente., deu-nos ideia que Jera para .o

sério e da parte dela acho q u e , foi muito b a i x o , nem. que

fosse a b r i n c a r ,ter-nos dito que se não fizessemos o t r a ­

balho baixava-nos a nota, eu por exemplo.... ela ja nos

tinha dito há mais tempo, mas tenho tido uma vida' bástan^

te agitada, com muitos testes, tenho tido b a s t a n t e s ' p r o ­

blemas, a doença da minha mãe, agora não- i n t e r e s s a . '

eu fiquei desmotivada para fazer o trabalho,- porque. eu

gosto muito de Inglês, só estou no terceiro ano, tenho

pena, gostava de andar num ano mais adiantado, e nesta al

tura agora fiquei desmotivada 1 quando ela! fez a- ameaça de •

que tinha tido cinco, mas se não ....baixava a inotav-.,:. . . .

porque não se faz, seja a brincar ou sej.a a sério. .Nos so­

mos sensíveis e é n e c essário. ter-se. cuidad o .... .E,.. fazer o

trabalho naquele sentido de obrigação .... porque eu acho„ . * • * . • è '

que também.... nos fazemos uma coisa, que pode não partir

de nós... mas, quando parte e é da nossa vontade o t r a b a ­

lho sai, vá lá, mais rico.

OR: Pau . , o que acha que são. os melhores aspectos da. sua vida

na escola?

Pau: É também como a L í d ' ; também quero seguir Q u í m i c a ,•q u e r e ­

mos as duas. Também acho que as 'au-las de Química: são muito

boas, principalmente ao p r i n c í p i o ,que eu não estava :nada

habituada àquilo, .... começar de. r e p e a t e , coiso agora, não

tanto. Não é pelas aulas e mais pela atitude do colega,ele

é que estraga um bocado.... Os piores momentos, ja falando

deles, é quando eu estou a discutir,‘eu nãò gosto de d i s ­

cutir, principalmente quando é com colegas e q u a n d o ......

não gosto pronto, não calha bem, não gosto de zaragatas,

não gosto de brigas, não gosto, ... não é nada mesmo c o m i ­

go e quando me acontece isso fico sempre muito chateada,

porque 'eu gosto de ;ser ' s o c i á v e l , 'gòsto- de' me dar bèm com'--

toda a gente e é muito triste para m'im: saber que -determina^

da pessoa pensa nval.de mim ou çelo menos. coiso .. . ; as vezes

também talvez, .g.ue eu a jude ,. ta 1 vez , eu . própr^.a . . ..r Eu sei

que . nem. todos os. feitios se.. dão uns com os., outros . É rara

a pessoa que . consigo-que todos., se . dem. bem. comi e.la., -ma.s e

que a mim chateia-me i s s o ,,pr o n t o , fic.o triste ,. nesse, dia

estou mais triste, ando pior, pronto, não ando tão bem co-

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J

OR: '

C a r :

mo, n o s outros .dias talvez até. as outras pe?ssoa.s que.se dão

. bem c.om-igo . dêm.Tse. pi or , p.orque eu torno-me -insuportável, so

de- pensar nisso... .mas,o s.melhore s. mome n t.o s e de . f,ac to q u a n ­

do .... .eu gosto muito de Química, de fac.to.,. .quando, a gente

esta ali em Química aquilo e .... a gente. ,' ta. .ali .assirn, não

• ' tá sent a d i nhps... . ,nãq..' t a . a 1 i . . . , a ;gen te ,. por ta n t o., pri -

me.iro, podem-nos dizer, o que ..vai .acontecer.,, .isso. depende das

f o l h a s , mas depois nós. vamos ver .com tios. nossos próp.rios olhos.

Eu sou muito curiosa- e eu acho que .as. pessoas muit.o curiosas

.precisam e ;têm muita curiosidade.... sabemos .... .."mao porque?

porquê,-.isto?," e aí assim a. Química é .que nos ajuda "porque é

que, isto acontece?o; que e que ,se passa?" a gente aí na Quími_

ca, a gente. a..trabalhar..1 1 á . a ver isso. Por exemplo, nos tam

• bém tem.os. Fisico-Quím-ica., que ,é uma disciplina de. que ainda

.não sé falou e .que também gosto muito.das aulas .de Fisico-

-Química, também gosto de ir para l á ,,porque também são m u i ­

to,boas,, a professora é cómica, ri-se, faz-nos rir, a gente

• anda ali., a rir e. a. aprender, portanto, também às v.ezesfazemos

.trabalhos práticos,,não..tanto como na outra, Química e mesmo

. só trabalhos p.ráticos, ali não, mas ela faz experiências e nós

vemos .e tal... aquilo também é giro, t a m b é m ... Eu..gosto e s p e c i -

almente das disciplinas em que a gente 'tá ali, 'tá ali, mas

• - ’tá ali .assim, portanto... coi s o ...e é quando me sinto feliz.

Cá fora, no .recreio, .é. quando '.tou com os meus amigos, como,

toda a gente. Um dia é mais feliz e tal ... nós as raparigas

gostamos assim ... temos às vezes um preferido não'é?Deita-inos

um sorriso, pronto naquele dia a gente andamos todas- malucaisí,

não é?! (riem-se todos). Mas. é ma is ,.i s s o ,. a , gente sente-se fer

liz é assim. Agora eu sinto-me infeliz é principalmente com

isso... é quando alguém que prontos, por qualquer razão não se

d á ‘ bem comigo prontp fico'toda" chateada-,' ja- ando /. .* "o que- e

•qu.e se..pass.a?"não, sei, quê ... .Às vezes são. os .problemas de ca,-

s.a’, -também.. Uma pessoa.às vezes ppde-se.,estar infeliz e não

ter. .n.ada a y e r . c o m a. escola, e. um dia estar- infeliz ..... isso

r comigo também .me- acontece, muito, facilmente-. ,

Car ’:.:V o que' 'àcha ser 'o : melhor da sua-' vida aqui na escola?

:Eu gosto muito dos meus colegas.... ah.... gosta das aulas, é

■lógico,- eu gosto muito de andar na escola, sempre gostei desde

pequenina. Quando eles falam ... o melhor aspecto em termos de

disciplinas. Éu em princípio também vou seguir Q u í m i c a ........

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OR:

Car :

OR:

Car :

-OR:

Car :

ah, eu gosto müito .... va lá-, ponho em primeiro lu’ga'r a

Fisico-Química , 'porque' é não só a Química', mas tfambém a

Fisica, e consigo a p r . . J . . julgo quê aprendo m’uito, va la,

no geraí, por'que. . . . . uma vez que eu quero seguir Química

eu quero ter Geologia', penso que'é isso que quero seguir,

vamos lá ver se nãõ acontece nada'até l á . . 'ah. . . . P o r ­

tanto, eu gosto de aprender sempre 1 tudo 0‘ qúè séjà’ alguma

coisa de novo eu gosto . . e 'julgo que para além dá' M a t e ­

mática que é a minha disciplina preferida, Matemáti"ca; 'e

Fisico-Química ... e vou seguir Química, pronto tem'‘de ser

a área A,já tive este anò etambém gosto,' gosto muito^de

Química; mas sei lá, a minha preferência vai para' Fisico-

Química, porque julgo que apesar de ser no geral' consigo

aprender muita coisa e gostei bastante da matéria' de F í s i ­

ca, este ano, e julgo que agora ao' longo dos''anbs , mesmo

no Complementar julgo que- . ...k possivelmente a-preriderei

coisas' muito interessantes' e até lá pode ser que'...', d e n ­

tro da área A....' porque realmente tenho gostos e s p e c i a l ­

mente pelos científicos.... dentro da área A . . ' é'àqu i lo

que eu quero seguir. Ah!..... em termos de d i s c i p l i n a s ’é

realmente a Fisico-Química, a Matemática..'., 'e' cá fora,

pronto alguns professores, que' eu dou-muita importância a

isso, dos professores são t á m b é m :os meus amigos e procuro

dar-me com o maior número dè pessoas p o s s í v e l ir-'

E consegue isso aqui, na escola?

: P o i s , acho que sim ! - . tj ... , , ...t. i;.

Acha que hà convívio aqui na escola?! ; f':: M -'

S i m , acho que sim !

E o que há de pior. aqui na escola? > ... ; ^

Ah. . . . pior , rião vejo assim n a d à ! de" grave.Na escoTa não vejo

assim grandes problemas é ’em termos5'dê'maú‘amb'ienté eu não

vejo .. ... não' vejo p o r q u ê ’sei l á ;...:. porque aquilo'*-que me

afeta mais são, vá' lá ás: qualidades'tânto 'q’ue'':os defeitos eu

não dou- muito por. eles , .ou. pelo menos . . ... vá ; l á ,... aquil.o que.

me interessa mais em termos de aulas e de colegas é aquilo

que têm de bom. Talvez a unica coisa, e eu este ano sinto um

pouco isso, e já tenho sentido nos outros anos, é que talvez

as pessoas olhem para mim e digam assim"aquela rapariga que

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ali está é arrogante e julga-se superior" e muitas vezes

as pessoas julgam isso devido às notas que eu tenho. Eu

tenho uma pessoa na nossa turma deste ano que me disse'a

mim, se eu achava que era superior quando recebia uma n o ­

ta elevada.... e foi uma das coisas que eu acho que nunca

vou esquecer porque é totalmente em contrario do que eu

pretendo dar, porque .... eu acho que ... p r o n t o . . . . eu

detesto que me digam assim "és arrogante, pensas que és• ' • > > • i I ’ ! I

superior aos outros". Eu tra ba lho ! . '.; tenho' feito • téstes

: e tudo,.e em/termos . de coeficientes de inteligência , > ou : • j ».

• não. sei quêj-eu-não sou nada de. e s p e c i a l , sou,, vá lá,^mé- ,t

...dio.... e aquilo, que eu consigo é com trabalho e ■ esforço

•••da minha p a r t e , .que parte. do meu gosto, pelas a u l a s .' Tal- !l'

vez. a .única' coisa, que me faça mais.... que - me entristeiçe ; 11.

mais é quando as pessoas olham para mim e dizem q u e .... ( eu

sou arrogante e armo-me em intelectual, quando elas s a ­

bem e....ao princípio, houve quem pensasse isso, que es-

■ tá ãqui V . . : e depois • me ‘dissé que • não .*V. ”Eu ■ procuro ’sa-

' tisfázer as‘ pessoas*'qúe' é isso que ‘eu qúero ..V 'agradar-

-lhes e " a grada i* á • mim “ pr épri a . • ‘..... ‘ •

OR: E a Van ' • ; ò que acha'ser o me 1 hor para si aqui' ria escola?

Van:'' A q u i f'nà' escola eu gosto muito das aulas de M a t e m a t i c a .Pa-

'ra mim é a coisa que mais 'gostò de fazer; não me importa­

va de ter Matemática todos os dias. Acho que o s'tor dá

’urt ‘à' vontade muito grande aos alunos ,- ensina bem ... e c o ­

mo èu também gostò muito dé n ú m e r o s ..'. Também vou seguir

' lima carreira'dé Matemáticas .... acho que' as aulas de M a ­

temática, p a r a m im, são o ideal... o.ambiente que o pro-

:fessor't r a n s m i t e . As aulas de Fisi co-Qüímica -, também gosto

muitò . . . .'. das aulás de Fisico-QuímicàV Acho que-'a ' professo­

ra ensina,' também'tem um sentido'de humor g r a n d e j :acho que

quandò vê que pode -brincar connosco ela brinca, e -tu-

' 'do é r rriuito simpática .‘'Eu acho q u e ■ . . . .: ,as aulaS°de Fisico-

' "-Química é dé Matemática para mim*são as melhores aulas que

pòdé ' h'ëvèi". ... 'é á melhor ’ coisa ’quê ’.•... - Ah ! . ...” fora • os

i ntervalosynão'é !?'Porque eu também sòu uma'pessoa que gosto

miiitò de a n d a r ' a n d a r J Então ’t'odÒs':o:s :ihtérvalos eu e a

Paula andamos' pela' e s c ò l a ’too'o. . : d á ‘,':'a: génté 'somos -capaz de

'V ' fázèr'máis 'de *3 tfm por d i a y ‘sé á ãndár ria escólá.; É uma co_i

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sa que nos dá prazer, prontos... andamos, vemos, comentamos

... "olha aqueles ali estão a jogar volei ... não queres ir

jogar? Ah não , eles são muito altos" e não sei quê... A gen

te fala e andamos muito a pe... Eu gosto mui'to dos interva-

los da escola; e pena e não serem maiorzinhos (todos se n e m ) .

Agora o que eu acho de mau aqui na e s c o l a .... quer dizer, a

escola em si, acho que, não tem nada de mau... a não ser a

nossa professora de História (todos se r i e m ) .....

Pau: Não, ela ;como jjessoa e boa!- . .

Van: Pois, como pessoa e boa, más e ú - e s t o ú a falar e m t è r m o s de aiJ

l a não acho graça nenhuma a â u la de Historia', por- isso..

das coisas que mais'custa ca na escola e i r ‘para-as aúlas de

História .... acho qué é tempo d e s p e r d i ç a d o ■(todós'sé riem)...

mais valia ficarmos a a vadiar p‘or áí ’ fòra . . . v sem fazer

n a d a . • • • . • .

O R : Pau. , que direitos e deveres atribui aos alunos?* * * * • . ' ' * . • « . % , , , . . . . * » J t '

í

Pau: Gosto dessa pergunta!(todos se-riem) Que direitos .os alunos

devem ter? E que às vezes não têm! Agora já não-falando em te£i

mos de professores, mas sim de empregadasi,....... t .

OR: De um modo geral, pensando na vida na escola ....

Pau: Bem, eu vou só dizer uma coisa.acerca das empregadas "trafar-

-nos como gente!" Às vezes a gente pergunta .uma coisa .insigni^

ficante, em termos simpáticos, educados e..o que eu mais dete^

to é ser toda delicadezas e virem-me com uma .par. ,de coices , e

que fico mesmo.chateada. E isso acontece ,e eu .não gosto disso.

Acho que temos o direito de sermos.tratados,de uma maneira...

como pessoas. Nós ao fim e .ao cabo, por mais pequenos ..que nos

• sejamos ..... p o r t a n t o , por andarmos vno setimo ou. por ,andar-

mos no décimo, temos todos o mesmo direito .a..ser respe.itados

e. ao fim e ao cabo a gente . ... . a ge.nte nãp, eu, acho gue n e s ­

se c a s o . elas devem-nos esse respeitp. ,Eu acho .que , respeito

devem-nos, de facto. 0 que. eu acho que nós ; temos ..que fazer e

que não fazemos.... eu acho gue a,s vezes.os alunos são muito

engraçados . . às.vezes estamos >a b r i n c a r numa aula .e. a c o n ­

tece, não digo esta turma, ma s .5no,u t r as . tu rmas . . nou t ra s t u r ­

mas q u e tive sempre turmas mal comportadas e;J eu npt.ava

que às vezes a..cp.nversa estava a,-ir muito .bem ..... ali todos

uma maravilha, . todçs..ali çalmo;s . a .ft ala.r . . . .com - a r;pr of essora . .

... às duas por três começa a haver um mal criado, depois ha

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outro mal criado , 'depois ha- outro . as-' duas. por-três é: sõ'.

ordinárices) aqüilo não portanto ,' eu • acho que é- um d e ­

ver, para nós:, •• pelo‘ menos" respei tarmos ; . . .■ não entrar com

ordinarices,pòrq'Ue a s ’vezes entra-se mui t o : facilmente, eu

noto.... não nèsta turma, más em muitas tenho notado isso,

èsse' interesse subito'èm de repente desviar a conversa e

eu acho- que isso, pronto.'. . isso e um dever que nos temos,

porque ao fim'è' ao cabo, pode-se sèr uma pessoa...-pronto,

lá fora é uma coisa, dentro das a u l a s ....', pelo menos, c a ­

lar .ou 'tar sempre-nas boas maneiras, .portanto ser-se bem

educado, pelo menos dentro das aulas. Eu também noto que

outro dever que devemos ter é interessarmo-nos. Nós p o d e ­

mos, não gostar muito de uma disciplina, pronto, vamòs para

lá chateados, mas não é chegar lá cruzar os braços' e ficar

assim ... pronto, eu acho que uma pessoa tem o dever de

prestar, pelo menos alguma atenção. Por acaso agora não a n ­

do com os meus deveres em dia mas enfim (r i - s e )Também nòto

que*é isso .... Ë também os trabalhos dé casa....Acho que é

.uma estupidez uma pessoa não fazer os trabalhos de casa sem

ter uma boa razão. Eu acho isto ...uma pèssoá não faz ós tr^

balhos de casa porque se esqueceu ou porque está-se nas ti]i

tas, que é o que as vezes acontece comigo, mas eu sei que e

errado.... é que uma pessoa ... aquilo dos trabalhos de c a ­

sa, pronto, é para se fazer,- pronto tem de se fazer-. Eu n o ­

to que as pessoas, a maior parte das vezes-, inclusive eu,

-.*.•■ chegamos aos- intervalos, vamos ter a .disciplina a seguir...

... ."emprestá-me. aí o -teu. caderno ... fizeste os trabalhos?"...

‘ copia-se. ali.à: pressa,.... tch .... tch..., tch . . . . tch . . . . . .

pronto, .chega-s.e lá com os trabalhos feitos... portanto, eu 1

• -acho, isso errado. sAcho, que . é um dever, que nós temos fazer os

’-trabalh.os. de casa, porque vai-nos ajudar, vai-nos facilitar

'•a vida imenso , portante ao.fim.e a,o.cabo e um. direito nosso,

quase, f.azer.o trabalho.de casa e outras coisas a s s i m ......

• .Eu acho- também a^h, agora* ,por .falarmos nos nossos direi-

•• tos-, ah,.,.:. ,;.a.s- profesçoras têm de ter .em. co.n.ta uma coisa ....

podem- ter. p.refer-.ências nos alunos..., eu a5credito que se deva

- ■ . ter preferências-,, porque uma p e s s o a . tem sempre preferências,

• é um -.facto, ;que. eu. gosto mais *de certas pessoas ..do que.doutras,

■ \ -idou-T.me -melhor, -com. .umas , -d.o qu.e .com o.ut.r.a s....- ?t. mas, demonstra-lo

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é que é errado. Quando u m a • professora demonstra verse que

ela está mais concentrada num,.... os ou.tros começam, a..fugir,

a andar dispersos, começam-se. a n ã o - interessar.,. ... Eu acho

que isso é muito errado, p o r t a n t o ,.-nós temos o. d i r e i t o ,. pelo

menos, de fingirem que' interessam-se por • t o d o s ,'.na mesma c o i ­

sa.... É um bocado, o que se deve. p.assar co.m o professor.,de

Matemática, portanto.... Eu não acredito que ele goste> ,de to

dos a mesma coisa.... Oh pa, e um bocado .impossível, ha s e m ­

pre uma pessoa que ... pronto..,..;. - ,. < (

Lid: Acho que todos os professores sentem isso', Pau ,

Pau: Acho que há sempre uma pessoa .... Acho que d e m o n s t r á - í o .. . fi£

gir, pelo menos pode ser... Bem, nos dizemos "fingir?!." eu

acho isso errado, verdade acima de.tudo.... mas, eu- acho que

às vezes é muito melhor para nos, portanto c o n s i d e r a r . .......

pronto, a gente pensar-mos que somos todos iguais do que v i ­

rem as preferências a tona. Eu sei que ha preferencias e nos

todos sabemos disso... há sempre .... mas, saber isso, acho

que a gente fica pior, a gente sente-se mal "olha la esta ele

com a p r e f e r i d i n h a , lá está......la foi ela mostrar os t r a b a ­

lhos de casa.... é só graxa, é só graxa... "expressões que a

gente utiliza muito. É especialmente isso ... tratarem-nos com

respeito.

OR: Só queria ainda perguntar à..Pau.‘ - quais os direitos e os d e v e ­

res dos professores? - ... -- ;

Pau.' Direitos dos professores!? Eu acho que um professor'," todo* e l e ,

tem o d i r e i t o ,'pelo menos, dê ser r e s p e i t a d o . .. ë um- passo ...

Uma pessoa não pode ser ... isso também ja falei... 'não pode

ser-se m a l c r i a d a ... . para nós é um dever para-.elés é u m d i r e i

to. Um dever de um professor? ! U m ‘professor qüe chega' sempre

atrasado à 'aula um d i a ‘unià pesVóa chega' atrasada à aula

e ele m a r c V f a l t a ; éu acho que 'é um ctéver ; ele-não mâ-rcar f a l ­

ta, nesse caso... porque e igúal a é'iéy ao fim e ao Cabo ...

portanto é isto. que' eu acho':*..- Portanto, '• é u ‘-actio^que â’eima

de tudo se'houver r e s p e i t o , 4 se' as pessoas "forem -bem ;educadas

e houver' respeito e pronto',' for ' tudo :néssa Sbás-é*. .-. .• cl-âro que

eu não digo só dever e respeito, porque- às duas 'pôr 'tres e m a ­

çador.... uma pessoa esta aíi.:. • Eu gos't o'mui to . . .-■ não1-é um

direito' d o s ’professores', m'as 'eü ^ostõ-daqueles professores que

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éstão n a a u l a a vontade, portanto, não..', êstão ' ná aula *à ‘ von

tade em vez de estarem sentindo-se constrangidos, portanto eu

acho que e isso principalmente...

O R : Líd , quais lhe parece serem os direitos e os deveres dos alu

nos?

Lid: Ah.... os deveres dos alunos? Acho qué devem fazer o que ca

estão... pronto ..... o que eles deveriam fazer aqui, ou seja,

- esforçarem-se o máximo . . . p o r q u e no fundo é para o bem deles.

' ; Sei • que'as ve;zes é "muito difícil, mas .. . . esforçarem-se ao m á ­

ximo, mesmo’, acho que e o mais importante. -Respeitar os p r o ­

fessores e os empregados, os contínuos. Um direito? Renso que

o principal e eles serem tratados como os professores e os e m ­

pregados, como pessoas que trabalham aqui dentro e que lhes

custa, porque custa. Acho que é difícil vir para aqui às oito

e meia da manhã aturar .... aturar não, m a s .

-Car: Às 'vezes é!-

Lid: ...... estudar coisas que não interessa, que ja estão c h a t e a ­

dos, aborrecidos...’ pois devem ser considerados como.pessoas

que trabalham realmente ...’ acho que é isso!

OR: E .em relação, aos professores quais lhe parecem, ser os p r i n c i ­

pais .direitos e deveres?

Lid: Ah .... um'dos deveres dos professores ... acho que, se devem

esforçar', porque um aluno... para se esforçar em vão não- vale

•‘a 'pena'-. . *. se devem esforçar para ensinar o que devem aos alu-

- n o s .4 Penso também- que devem ser respeitados, porque sem res-

's “peito mútiio' acho que' não pode- haver nada e sem esforço também • ; n ã o . ' • ;• • :. ..• - . . •

Ped: Eu concordo plenamente com tudo o que ela disse.

OR : ...Então quais, .lhe; parecem s..er .os principais deveres e.direitos

... d o s . alunos? ... - . . - . . .

Ped': Eu-'estava* a oiivir o q u e ’ elâ- disse e e s t a v a . J... :

OR: Os direitos? Qual lhe parece ser o principal direito?

Ped :. É,-isso é.^esf orç;ar-tse ......... o, que dev ia . f a ze.r. aqui .na. escola,

.. par.a 'aprende.r ,v e vi den te.men t.e.,. Ë . .i ssp., por.gue, a .escola. ,foi cri£

da para ensinar os alunos .... é isso. . .....

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OR: Portanto, o principal dever^será esforçar, trabalhar.... e os

direitos?

Qual será o principal direito de um aluno dentro da escola?

Ter direito a quê?

Ped:Respeito senão também não .....

OR: E os professores.... qual o principal dever que eles têm aqui

na escola? 1' • ; ■ ', .

Ped:Ensinar a.matéria .... com um mínimo-de entusiasmo..,., nas aulas.. i

........ e criarem assim ..... um bom ambiente entre o,s alunos e. i

p r o f e s s o r e s ......... í» . . . . .

OR: E direitos? 'v,

P e d :Direi tos? Têm de ser respeitados senão não pode haver bom a m ­

biente. 1

OR: Van ...... , ■ = '-

Van:Bom, eu acho que tanto os alunos como os professores- têm di.rei-

to a serem respeitados. Agora, quanto aos deveres, eu acho que

um aluno está na escola para aprender, portanto ele tem .o dever

de fazer os possíveis e os impossíveis para se tentar i n t e r e s ­

sar pela matéria, para a aprender. Acho que o aluno deve ser

pontual, também'.'., acho que não tem graça nenhuma,' pòir e x e m ­

plo, o professor entra e passados cinco minutos éntra úm, d e ­

pois entra outro; acho que o professor, também não deve gost-a.r.

Acho que é um direito que o professor tem ,é que .os, alunos c h e ­

guem todos a horas. Por outro iado acho que o pr.ofessor tem o

dever de não ... fazer os possíveis por não .chegar atrasado,

porque às vezes toca e os professores estão.lá .na sala de p r o ­

fessores, c o n v e r . ..sam e fa...lam e passado dez minutos é que

vêm nas cal...mas e depois eh..tram e depois não toleram que

os alunos depois entram aos bocadinhos. É que os alunos .....

chega ò toque, Os alunos esperam, cinco minutos, o p r ofessor-

não vem eles começam-se a dispersar mais, depois" o p'rofessor

chega e, e claro, eles. primeiro que. se juntem-, o,u.t-r.a> vez, vão

entrando todos, assim, aos bocadinhos. Eu acho que os p r o f e s s o ­

res deviam ser pontuais, não é?! Por exemplo, agora parece que

ficou estabelecido que os alunoS'so t:êm cinco mi nu t‘ò s ; pa ra: é n -

trar nas aulas e os professores • t!êm i . ; ; quanto" é?í-Acho que é

d e z , não é? * * ‘ °

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Car: Quer seja alunos ou professores, à primeYra' aula' tem dez minu

tos,.

Van: Pois., mas há. muitos professores que .entram, ... depois disso e

não! se estão a , p r e o c u p a r , porque conhecem a contina do p a v i ­

lhão,- fazem ami.zades com os empregados, porque conhecem o em

. ; pregado .e o empregado, conhece 9 profess.or não vai fazer uma

i coisa dessas a,o. professor.. . . . não pode marcar., falta.. Às vezes

, . os, professores, chegam até a., t.er. vinte minutos de atraso e não

.. levam fa.l.ta e os alunos ... depois o. professor entra e ,os alu

• nos que. já. se. foram emb.ora, é .que levam falta. ... . esta mal, es

tá m a l . ....... f

Pau: A respeito disso so dizer uma coisa... eu acho que nesse caso,

é nesse caso mesmo .... que os professores que chegam a t r a s a ­

dos, devem desculpar os alunos que chegam atrasados e não lhes

marcar falta, é só isso. Também há outra coisa... que é a q u i ­

lo de ... eles vêm ali .... devagarinho ... não sei que, nas

-calmas também compreendo perfeitamente porque é que eles fazem

isso. A maior parte das vèzes se chegam a horas, que e o caso

do professor de Matemática.... pontual ... está ali .... so

passado dez minutos é que começam a chegar as pessoas. P o r t a n ­

to, também é isso., porque é que eles têm de ir com a mania

das pessoas, se chegam so passado dez minutos.... assim vão

nas cal...mas. Os alunos chegam atrasados? Então os p rofesso­

res vão ali nas cal...mas! "Ah, eles chegam atrasados!" Para

que é que eles têm de estar a espera! Errado que é isso que

eu também, v e j o . .. vão ali calmos e tal, porque ... para que?

Para que é que eles têm de chegar mais cedo? Por isso é que

os alunos têm de ser pontuais para os professores serem p o n ­

tuais. É isso que eu noto... porque se os alunos não são p o n ­

tuais de que vale um professor chegar mais cedo ... tem de f i ­

car lá à espera ! ?

Van : • Eu concordo- com. aqui l;o q u e . .tu. di zes , mas , agora fos p rofesso­

res têm dez.- minutos para chegar, a sala e..não chegam nes.ses

•dez minuto.s. açho que também .está mal. A não se.r que haja....

como é* que-.hei-de dizer? ..... uma relação -especial entre p r o ­

fessor e. alunos.-. P o r , ,exemp*lo,. o. professar,.entra , -é pontual,

mas. desc.ul.pa •o;s;:alunp.s, que chegam dez mi.nutp.s ^atrasad.os , por

-.•í-.ex.emplo:. ,-Aí ,,..nés .desculpamos, o p.rpfpssqr por jsle ..chega.r. a t r a ­

sado. É o que acontece com a nossa professora de Português,

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que ela... As nossas primeiras aulas de Português é as s e ­

gundas feiras e às sextas ... nós entramos sempre às oito

e meia e a primeira aula é Português e normalmente elà ch£

ga, chegava sempre atrasada, mas nós desculpávamos a p r o ­

fessora porque ela tem uma bebe e então punha-a bebe no iri

fantário ou a bébé borrava-se e ela tinha que mudar è:'fra_l

da e depois demorava-se, mas às vezes quàndò c h e g a v a 1 muito

atrasada não dava aulas ou então não marcava- fãlta aõs aliJ

nos. Ela também é tolerante quando os - alunos chegam àtrasja

dos, porque nós também tolerámos que ela chegasse atrasada

uma ou duas’ vezes. Acho que tem que haver compreensãoVentre

os alunos e o professor. , ‘ ï*«' *

OR : Cair .... '- í.-.1 ’

Car: Eu concordo com o que eles disseram, excepto nalgumas coi-

sas... Quanto à Pau. , ela falou em preferências ... Ah...

e quanto a isso, e posso dizer que não vou falar dè animo

leve, porque, realmente, tenho pensado muito nesse assunto.

Eu já estive nessa posição de preferências e eu cheguei a

conclusão que:se os professores são pessoas, são seres h u ­

manos, pronto, têm o direito, pronto... não se pode dizer• - 1 . • ■

"não gostas e não gostas" e... tem as suas preferencias;

mas também uma coisa que eu não tolero ... prefiro que um

professor mostre as preferências do que fingir. Oulgo que

uma verdade tem de ter sempre reflexos. Agora, o que eu não

tolero, nessa altura... acho que não se deve fazer... acho

que qualquer aluno não deve tolerar... é um direito que o

aluno tem, é que o professor não seja imparcial nas notas

atendendo às preferências que tem... porque acho que uma pe£

soa pode ser.... óptimoaluno .... o professor pode embirrar

com ele e ele ser um óptimo aluno. Vamos a casos extremos,

julgo que aí não haverá tanto esse problema, mas. em alunos

médios esse problema põe-se mais, porque pode ter p r e f e r ê n ­

cias ou rião . . e aí o problema vai ser Para mim' a quë's.'

' tão prindipal do ponto d a V p r e f é r ê n c i á s é o' facto-'dos'pro-

fessorés terém que ser imparciais rias notas . isso- e - um

dever dos professores-, sejam lá 'quais' f o r e m ,,,o s “ pro-fe-s'sores

e as circunstâncias qüè- f orem . Eu • a ch‘o quedos prof essores de

vêm ser imparciais rias not‘a s ‘. Quanto ’aquela ’. W ,:aH . . ._A

' Líd. “ falou é m ’ os aíunos: serem tratados -c'omo gên-t'c •v'v-." eu 'tou. > • • • • l7 • “ -

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». completamente , de acordo c om , o que el a d i s s e . . . . ah . ...... e a

única coisa que, realmente, é importantefa l a r , e que não

se pode g e n e r a l i z a r . . . 1 ah... devia ser .generalizado, como

direitos gerais .... a l í d ....... .-.estou - perfeitamente de

acordo e a última coisa é.que.na.pratica e . pena.isso não

ser .... ah . . . . -isso não ser feito, porque geralmente paga

o:'justo pelo -pecador e e o que nos assistimos aqui na- nossa

' •’ -.'... aqui,- quando alunos que não.têm culpa de nada • e que pr£

tendem ser 'educados e -que são educados, .corno o exemplo que

a PaU • ideu,:acabam por ..acabam por levar .,., por levar

pontapés -e acho que isso :não se a d m i t e ., .Quanto a .ser p o n t u ­

al acho que -.estou de acordo .contigo .( voltandorse para a Van-

- :* • da ) . • • . •••-•:. . . . . ..

Pau: Cár mas nãõ'achas que quando um* pròf essor'tem uma preferir^

cia por um aluno esse próprio aluno é que é o prejudicado?!

Falando agora-a nível dos.outros alunos.que começam de volta

dele "pois é t e r e s essas notas o professor gosta mais de ti"

e não sei quê.

Car: Olha, Pau' èu 'toú a f a l á r nisso porque eu ...'eu sei muito

b è m o q u e ' é i s s o . Eu, pessoalmente,... é se fosse outra p e s ­

soa que estivéssè a falar... o que e ü ' dizia era isto ....,

porque nós não vamos ser toda a vida os preferidos daquele

...., vá lá, de u m ' p r o f e s s o r ... e acho que uma experiência e

pelo menos "a mim foi o que me aconteceu.... acho que essa e x ­

periência traz-nos uma coisa m u i t o ’ b o a .. ; . pode ser mau na al_

tura, mas também' jiilgò que vai ser'muito da pessoa que e pr£

ferida.).. Uma vez que nos pergiiritoú quais devem- ser os dire£

t ó s .... pessoalmente , a mim, embora os ’ direitos , prontos,,são

tódos exténcivos a tòdos os alunos .‘... quanto- a ' mim essa pa£

t e :das preferências que eu acho que é' ....vá lá', muito delic^

do, eu, pessoalmente, julgo que é p r e f e r í v e l ... claro que um

professor deve t e r : ... o ponto fundamentai é ser imparcial

nas notás ’... Claro'que-essas préferências não vão:..' há um

certos limites' .

Pau: .... que vai prejudicar o próprio preferido...

Car: .Dentro de certos., l i m i t e s , acho que os alunos que são p r e f e r i ­

dos ... ou, pelo menos, nos anos em que nos ja estamos ... ja

não falo de anos mais baixos ... mas nos nossos anos, acho

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que o aluno já tem capacidade-e ^... responsabilidade .para

dizer ... pronto, eu não sou preferido e ... eu vejo?- essa

situação, que já fui p r e f e r i d a , fui aluna preferida e;-não

sei quê e ...este ano vejo que não sou e.estou contente por

não ser e ...em muitas disciplinas ... porque eu vejo que.,

há uma altura em que nós não podemos ser sempre aquilo que

nós queremos e que gostaríamos•de ser e talvez seja melhor

...não sermos ... Ah ... acho que vale a.pena,' vale,.mesmo

para quem é preferido e que pode. serîmau y é uma experiência

que... aos- alunos que, realmente , •têm 'essa preferência pode

trazer-lhe vantagens ... vantagens mais futuramente Aos

outros alunos ... mas nos n o s s o s •c a s o s , nos -anos -em que nos

estamos, acho que... o professor desde que manifester.p r e f e ­

rências, mas que seja imparcial nas notas, eu acho que e o

essencial. . ;.x

Pau: 'tá bem, mas também ... eu quando me derigi aí nao.'tava a

falar também nos nossos casos, portanto, não ! tava--a -falar

desde agora ... so agora é que começámos a ser mais cresci-

dinhos... mesmo no meu sétimo e o i t a v o ano, posso dizer que

cresci muito este ano, noto isso ... no setimo e oitavo ano

ah .... notava, no sétimo principalmente, que eu era p r e f e ­

rida ... sempre fui...pronto era preferida mesmo, era.:....•. ,-jpronto ... e eu notava que as outras pessoas diziam . .[. que

•as pessoas as vezes me punham de parte, p r e c i s a m e n t e ,^por

causa disso ... é que eu.era rejeitada por ser preferida;

por isso é que errado ... por' isso é que eu não 'tou nada de

acórdo. Eu era rejeitada, diziam que eu me armava em b o a ,

era arrogante. . . tudo porque um professor achava-me ......

pronto, melhor, do que os outros .o u , pelo menos, mostrava mais

interesse por mim... e eu ?cho que isso .. Por isso, e que

eu acho tão errado .estas.coisas, mas.eu tambem compreendo

perfeitamente a situação e eu acho que.a C a r l a t e m , r a z ã o . . .

mas, ao fim e ao cabo, . para ..mim, foi muito triste o que me

aconteceu e não gostei nada de ser preferida, !tás.a ver?!« • * . • i .* « r * V

(ri-se olhando para a Carla)

OR: Agora deixando essa questão... e podemos começar péla Van ,

quais lhe parecem ser as regras fundamentais ã 'respei’t'ar n u ­

ma sala de aula?............ ............... ........

Van: Hão perturbar a aula ... acho que é a principal coisa numa

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numa aula é não perturbar. Quando um colega está a falar,

ou um professor, não i n t e r r o m p e r . .. Os alunos também nãò

devem escrever nas mesas... acho que 'e errado um' aluno e£

crever na mesa, porque as mesas ficam todas porcas e inun­

das .... ah.... depois um alúno ... como e que eu hei-de

dizer? .... 'tá a trabalhar, n a s a l a d e a u i a , e vai-se dis^

.traindo com as coisinhas que 'tão la escritas ... começa a

apagar ou começa a 1 er o que é que escreveram' . . .

Lid: . . ou- escrev.e mais .(riem-se) -

Van 'acha* piada "quem será aquela rapariga que. 'tá a l i ? ” e

não sei' q u ê 1 e começa B ver e tal.' Acho que ..-.-também não

se deve- fazer'. E, t a m b é m "atirar papéis 'para o- chão, acho que

também' não se 'deve: fazer -. . . se bem que na aul-a de Historia

' aquilo é uma" lixaria- (riem-se-todos) . Regras- dentro.-de. uma

sala de aula acho que essas são as fundamentais.

OR: Ped' , quais lhe parecem ser as regras' fundamentais numa s a ­

la de aula?

Ped:- Não estragar o material escolar, qualquer que seja e ...res-

. „ . pei,tar. ..... a sala de aula, não fazer barulho ... Se quiser

fazer barulho vá embora, lá para fora. Acho que e isso.

OR: - 'Líd.' .;. . . .

Lid: Acho-que teriho uma opinião’ um bocado restrita em relação a

isto; acho que ninguém concorda comigo, mas... Bom, eu acho

que nos devemos comportar de acordo com o lugar onde estamos.

Por. exemplo, no laboratório temos cértas regras e temos que

nos comportar conforme, porque pôde haver acidentes e não sei

quê ... Há aulas em que estamos calados, pòrqüe ó professor

obriga-nos a isso ... Por exemplo, na aula dê História ....* * - - * ' ' - 1 ' • . - ■ * • • — f .acho que não temos que estar calados e entao a i . '. . eu con­

cordo que devamos fazer 'todo o 'barulho p o s s í v e l ... p r o n t o s , tal_

vez ninguém concorde comigo, mas eu ácHo que. ... ah. . . 0 barulho» • • 1 . « • ' . i * * * » J f

é conforme o que o professor admite e entao o aluno a i .....

tem limites, os limites variam. Áh ... out'ra regra, acho que

é ..... cuidar do ma t eria 1 "p'orque • o ma ter i a 1 * é -.nosso - aó : fim

e a o ca b o .

OR: Páui. ■- - t 5- ; • ; .....................................................■

Pau: Concordo 'comr tudo o‘ que a'lii'd. - 1 dissé.'-li m e s m o ’ o ' que.:a..LÍd.

’ ‘ díssê; N o ‘laboratório 'a gerité 'tá-à trabalhar com r e a g e n t e s ,

às' -veze's-,' c a r o s ’e 'hós -podemos esbanjar -aquilo assim por-

A116 - ' : '

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tanto, eu acho que há que ter muito c u i d a d o ,p o r t a n t o , o m a ­

terial ... até. porque ... para o ano pode não existir esse

. material e depois nâo podemos fazer determinada experiência,

portanto, isso é i m p ortante..Acho que isso dos riscos na

carteira ... é verdade. Ou então se uma pessoa tem tanta vo£

tadinha, tem mesmo que riscar, é a lápis ... risca a lapis,

no final vai com a borracha e apaga, pronto, se ja e assim

maluqueira. Também noto isso ... acho que isto assim tudo

riscado, nem se deveria fazer, não é?! Pronto. Quanto- ao c o m ­

portamento, eu acho que uma pessoa não deve. 'tar sempre c a ­

lada, porque a gente às vezes tem -interesse em falar com a

colega. Não gosto daquelas aul.as em que a gente ...,;eu,digo

"empresta-me a borracha" e a professora está ao pé :de;.m-im

"pchiu... cala-te" ...também não,\não gosto disso, não. .gos­

to me'mo nada. Mas, também não-, gosto daquelas, aulas em .que

'tão todos a falar uns para os outros... também não: gosto.

Portanto, eu acho que ha que ter conta. Quanto a estar s e n ­

tado, há muitos professores que têm de ver com as mane,iras

como os alunos estão sentados . . .' Eu acho que desde qu.é, r te--

ja de costas direitas, uma pessoa pode estar de lado, 'mas de

costas direitas e 'tou com atenção, que é a mania que'eu t e ­

nho ... e não ... pronto, eu acho que não tem mal nenhum, .mas

há professores que embirram com isso ...o facto de estarmos

de lado já dá para embirrar. Eu acho que isso também d e p e n ­

de muito das pessoas ... da maneira de estar.Há professores

... eu já tive um que era ... pronto ... que eu 'tava ássim

a ouvir e ele ... "é impossível", não podia 'tar assim a o u ­

vir, ficava logo ... tinha que se'tar ali s e n t a d i n h o .Às v e ­

zes estas poses, estas maneiras a que a gente somos' forçados

... a gente, às duas por três já 'tá chateadas, portanto a

gente tem de 'tar ali, silência, calados, d irei t o s n ã o sei

quê.Eu não concordo nada com isso, mas também não concordo

com uma pessoa chegar .ali escreva, falar, não sei quê. Eu

acho que tem de haver limites... e isso essencialmente.

Car: 'tou de- acordo com tudo o que foi.dito!

O R : E n t ã o ? ! i

Car: 0 barulho ... é consoante aquilo que o profe s s o r •p e r m i t e . ..

não estragar.o material escolar ... material.de,laboratório .

• • . •’.-•..mesas-, tudo, tal como • el e s . di sseram . . . ,o material .é caro.i

. Respeitar o professor, e o professor..r.espeit-ar.-nos a..-nos e . . .

-117-

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quando eu digo respeitar',’ portanto . . . ’nos não temos de que

nos queixar, mas eu sei, especialmente', 'de- -um professor que

aqui está para não falar de outros ... isso para mim é das

coisas que me constrange mais é o que esse professor faz.Ele

pura e simplesmente é do mais vulgar que pode haver, desde

trazer ..V revistas da'Maria e ...' roupa que compra para a

.nomorada - para-a s : a lu nas verem sé gostam ou não-... eu acho

■ que isso quer ‘ dizer é imper . . doá vel (riem-se todos); Ah ...

mas 1 de r e s t o ' é ' o q u e e l e s disseram.- . . . a c h o q u e - é isso ....

Pau: Há alunos que vão p'ra aula, agarram num livrinho da Mar. e

p r o n t o . . . é l e i t u r a ’e pronto. Eu acho que isso é errado ...

Car:.... tem mui to a ver com os. direitos e os deveres dos. p r o f e s ­

sores ... afinal, eu acho que é o que.foi ... os alunos têm

mais que o dever, numa aula ... se não estão minimamente i n ­

teressados não vêm à aula, ninguém os obriga, se estão na e£

cola é porque querem, porque ... até hoje ò'ensino s e c u n d á ­

rio não é obrigatório... acho que é isso...

OR: ... Van ... bem isto parece estamos a fazer uma chamada,

mas.é depois para eu saber quem é que falou. Oe um modo g e ­

ral, quais lhe parecem ser as regras de sala de aula cuja i£

fracçãp é mais grave?

Van: ....

ÒR : Se fossè juiz do que se passa dentro de uma sala de aula, o

que'é que consideraria uma infracção de regra muito grave?.

Yan: A, insubordinação......

■OR:'- -0'' que- entende- por insubordinação? .

Van: 0 máu comportamento dos alunos nas jaulas ... Acho quê é a pior

coisa que pode haveir é o mau comportamento dos' alunos nas a u ­

las... por exemplo, e s t ã o d ó i s rapazes sentados numa c a r t e i ­

ra e começam a discutir alto ... c o m e ç ã m ‘a ‘ andàr a bulha mes

mo dentro da sala de aula ... lèvantam-se, sem pedir autori-

'■ zação-ao' professor e circulam pela sala’:-... vvão afiar o lápis

e depois passam e espetam o bico do.lápis,no braço .do colega

(riem-se todos),.

OR : E o Ped. . ... que regras... cuja infracção lhe parece muito

.grave?

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Ped: .Faltar ao respeito ao professor ....

O R : ' 0 q u e :chama faltar ao- respeito?

Ped: Ser malcriado, por exemplo. Acho que isso e um bocado g r a ­

ve ......

OR: E a LÍd. . o que considera uma infracção bastante grave?

Lid: Eu penso que quando há condições óptimas para q u e . o a l u n o

perceba a matéria e 'teja bem-comportado e que se sinta bem

lá dentro ... ele seja insubordinado, também . . . P o r q u e q u ­

ando a aula não está a ser bem dada... e é difícil estar

ali ....bem comportado,então, eu acho que sim . . . p r o n t o s , é

difícil e tem desculpa... mas, quando a aula está a ser bem

dada e tem todas as condições para aprender e ''tar ' cã lado ,

acho .... é grave. ' ’ ............. 1» * * ) *• J».

Pau: Eu penso o mesmo que o Ped ,.mas tenho a acrescentar uma

coisinha ... Há muitos alunos que se baldam as aulas, como

se costuma dizer. Eu acho que isso também é uma falta h o r r o ­

rosa (o Ped ri-se) ... oh Ped - eu acho. Eu acho porque os

. nossos pais, não contigo, mas com outros'.’., os nossòs pais

pensam que nos estamos ali, nas aulas, vamos as aula's, e s t a ­

mos na escola e, nò entanto, à menina não sei quantas anda

por aí a passear, não vai as aulas, vai namorar è não sei

quê, nunca está lá.Portanto, eu acho que isso é uma.falta im

perdoável ... portanto, uma pessoa mentir, aquilo.acaba por

ser uma mentira, aos pais. Portanto, uma pessoa 'tá .ali,

balda-se as aulas e tal ... acho que isso é errado, isso é

absolutamente errado. Também acho que é isso. .. é ser-sé 'mal

criado ... uma pessoa não ... e- as pessoas sabem- bem.quando

é que são malcriadas e quando é que não são, portanto eu

acho que toda a gente deve ... mesmo que lhe apeteça ser mal^

criado 'teja.a l i . assim com aquele ambiente tem que conter-

-se, não é? ... ir para dentro. Acho que e isso, essencial-

. m e n t e . . .

OR: LÍd , como acha que se devem construir-as regr.asda r e s p e i ­

tar numa sala de^aula? * o * • * ■

Lid: Oh ... (ri-se). Ah .. como é que se de v e m 'construir? ’

OR : Sim ! ' '* ’ . . - ;> - : ;'

L i d : Sei lá .......

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OR: • Alguém'tem ideia? -.;v . •• , . -

Car :• Eu tenho !

OR : . Diga .lá, .Car .. . . .

Car: Eu acho que as regras devem ser .; . feitas em função.da t u r ­

ma. Nos agora que nos conhecemos mais ...talvez, a g o r a ’é que

fosse o adequado para .construir as regras que devíamos res

peitar numa sala de aula. Há aquelas basicas, que foi as que

nos falamos aqui è julgo que ha mais ... portanto, deve ser

feito em função da turma, pòrque nos vemos isso ... e isso

que nós'... mesmo numa èscola e regras que muitas vezes fun­

cionam mal, porque isso não pode ser generalizado, pòrque ca

da pessoa .... as pessoas são diferentes, têm comportamentos

diferentes; têm situações ... encontram-se em situações m u i ­

tas vezes difíceis e que ... não lhes permite respeitarem es

sas regras, ácho que elas têm de ser feitas em função das pe£

s o a s , respeitando certas ideias base.

OR: E, por exèmplo pensando na dinâmica de uma turma'com os seus

respectivos professores ... ah ... em primeiro quem e que de -

' rvé ditar- as' regras? *»• -

Car: Acho que deve ser o cõnjüntó , os proféssores e òs alünos.

OR: E q u a n d o ....quando é que isso deve ser feito?

Car: Logo ao', princípio do ano não e correcto, mas ... Ah ... t a 1 -

r' vez começarmos pelas regras base e depois ... eu acho que sim,

■ • •• ria - nossa -idade c muito -facil nos tomarmos conhecimentos e,

- ■ pelo menos, ... especificamente no meu ca.so,.::eu acho que as

• ideias .que .eu -tinha 'acerca dos meus colegas não têm sido des^

• feitas ao ..longo do ;ano ... Por; i s s o ,. eu acho sei lá ...

mais'para . ; meio do primeiro período d e p o i s n ã o sei ,

• • mas parà a gente tem muita influencia -as notas :e, passando a

; ••• última t e m p o r a d a .de testes. ... ácho que já se podem fazer re-

• ,igras'e-os prof essores , -os .. proprios professores conhecem melhor

‘ . òs- alunos acho-que . . .^julgo que se consegue lá ir.

OR : E a Van ... que ideia tem ... ?

Van: É que se deve construir um sistema de regras para respeitar

numa sala de aula,. Eu concordo còm aquilo’ que a Car . dissè.

Acho que as regras devem ser construídas em f u n ç ã o ’...’ em ...

em conjunto, com os alun'os e o .professor'. Acho que 'só"devem

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ser construídas, realmente, quando eles.se conhecem.bem ...

não vão estar a fazer umas regras que depois poderão não ser

respeitadas por outros colegas porque não foram vista;S em

função da vida deles, não é ? ! E, acho que enquanto :essas re-i i1

gras não são construídas acho que se deva respeitar o e s s e n ­

cial , não é ? ! i

OR: Ped , quer dizer mais alguma coisa?

P e d : Acho que posso dizer muito pouca coisa. Enquanto professores

e alunos não se conhecem, as r e g r a s - b a s e s , depois vão-se ...

em reunião ou ... a falarem uns.com os outros afinam umas ...

umas regras.

lid: Eu penso-que sim, que se devem respeitar as . regras base a

princípio e se devem ir construindo as outras c o m . basé em

experiência, prontos ... coisas que acontecem e que:... se d e ­

ve ir acrescentando regras conforme as -coisas que .acontecem. . .

ah ... porque se vão criando novas opiniões; Pensov.que não

deve ser num dado momento, mas ao longo do ano

Pau: Acerca disto eu concordo com tudo o que a- Líd : .disse .;Acho que

sim senhor, que e isso mesmo. Eu acho que .as -regras base são

as fundamentais, as outras, ao.fim e ao cabo nunca se podem

dizer, porque a pessoa pode-se portar de uma maneira d i f e r e n ­

te de disciplina para disciplina ... cada disciplina' ela pode-

-se portar de maneira diferente, portanto,- há que ter. ,em :con-

ta isso ... pode ter determinadas regras numa,-que tem de cum

prir, mas noutra já pode ter outras muito dif erentes ..Tambem

acho que há que ter em conta uma coisa ... às vezes ha casos

de alunos',- qúe pronto . . . q u e são - bastante ... vá • l á ,: .vamos

dizer, que se comportam bastante mal e que ésses as .vezes os

professores tendem a pô-los num canto da sala ou .isso-e não

sei se isso estará correcto. Eu acho que,- quando há um aluno

que se porta assim bastante mal acho què á porque tem-.algum

problema ; acho que,- neste cas.o, a directora - de -turma ’..e.que d e ­

via ir lá falar ao aluno;ó que é que-.ele tem e-esse n c i a l m en ­

te a partir daí é que se deviam fazer as regras. É só isto.que

eu tenho a d i z e r .

OR: Em função da experiência que vocês têm de turmas e de colegas

diferentes que têm tido ao longo da vida, quando é que nos

parece que .um aluno, tem um compprtamento que poderiam chamar

indisciplinado?

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OR: * Pensem *la nos colegas que • têm -i-nterâorizado que eram.cole-

- - gas ind iscipiinados . - : ••••;.. . = • - •

Van: Talvez aqueles que incentivam os colegas á fazerem máldades

e a baldarem-se:as aulas e . .. agora aquilo que aconteceu

. a q u i com. a s .ta belas .de.jogar b a s q u e t e ..Deve .ter sido algum

. . rapazinho que-teve a ideia de deitar; aquilo .abaixo e depois

. fcii incentivar o.s coleguinhas e depois, durante a noite par-

. .tiram aquilo.tudo e . .esca vaca ram . Acho que isso.está mal. Acho

,g.ue um aluno insubordinado acho que é aquele que incentiva os

. co.legas ..a .f.azer a maldade ... e isso ... arrasta-nos com ela

..para o. .que não. é bom. •

0 R P o r t a n t o , mesmo que ele faça nãò o considera indisciplinado,

so o considera indisciplinado quando lèva os outros a fazer

também, é .isso ?!

V.a.n: Não, acho.que não* Acho que a maior parte das vezes é indis-

.. cipl.inad.o ... ha os que até gostam de fazer sozinhos para se

vangloriarem, foram eles que fizeram sozinhos, tsem.a ajuda de

ninguém. Acho que também se pode considerar um aluno indisc_i

plinado assim, quando actua sozinho e depois se vangloria dos

seus actos... não próprios...

OR: Actos que têm a ver com destruição de material?!

Van:; E não, so! A maneira como ele trata os colegas, a maneira c o ­

mo fala ... as asneiras ... a má educação, sei. lá.....

Car: Estou de acordo com o que a Van- disse, portanto, no que res

peita ao professor .... sei lá, haverá a ideia de que um a l u ­

no indisciplinado é um aluno que ... vá lá, se fôr um aluno

que tenha uma dada altura um determinado problema, ah'... sem

rios sabermos o que é que se passa ...acho que ... não h e s i t a ­

va em dizer assim "olha aquele aluno que destruiu isto ou que

tratou mal o professor ou que fiz ... pronto, que nos tratou

mal.a nos e um'aluno indisciplinado", mas se tivesse um d e t e r ­

minado problema e mais tarde eu viesse a saber, eu acho que...

por um descargo de consciência de mim própria, eu era a pri­

meira a dizer "olha desculpa fiz um* mau juízo de ti". Acho

que ... em'certas circunstâncias, muitas vezes* nem uma pessoa

sabe o que está a fazèr è quando se fala êm destruição e tudo

O R O - q u c nos leva a- c l a s s i f i c a r um a l u n o - c o m o = .indiscipl in ado ?

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isso...os alunos.... não há razão 1 nenhuma para isso-, .eu.,’acho

que não estão a ser parvos, porque estão a destruir o qúe.e

deles e eu acho que> ninguém faz isso, .destruir uma,coisa que

é sua e ainda mais que dá também ... que serve tambem.-aos oij

tros. Mas realmente se tivesse um problema ...

( A aluna Líd. teve de sair, por motivo inesperado) . „

Car: Um aluno indisciplinado' ... em certas ocasiões acho que se

deve saber as circunstâncias em que determinado probl'ema acon

teceu. Eu digo isso, porque aconteceu aqui um e x e m p Í o ‘na tu£

ma 92B, que nós falámos, na aula de História , com a "nossa d i ­

rectora de turma e pelo que eu sei e,sse aluno tem d e t e r m i n a ­

dos problemas e ... é um bom aluno, e que eu se não soubesse

disso ... começaria a dizer "olha é um aluno indisciplinado,

o que anda aqui a fazer?! "Acho que na ideia .essencial, estou

de acordo com a Van . ,

O R : E o Ped: > o que acha que é um aluno indisciplinado? 1 ftr». •

Ped: Que por sistema destroi, e mal educado com os colegas,.,,com os

professores e com os empregados. Acho que aí e considerado...

um aluno indisciplinado. . j - •

OR: Quando isso acontece por sistema e não, só em situações' par-1 ■ v;1*'t i c u l a r e s , n ã o ? !

Ped: Pois, é que em situações particulares podem reagir ...a aluno

ter razão, ter sido o colega ou o empregado ou o professor a

ser malcriado com ele e ela responder-lhe ... pode não ser que

ele ... não sei. ..

OR: Pau. , o que acha distò?

Pau: Acho que normalmente os alunos indisciplinados são,, n o r m a l m e n ­

te, os que têm problemas em casa e noto muito isso.Aquelas pe£

soas que em casa têm problemas são normalmente aquelas .que che

gam aqui ,e são indisciplinadas. Eu acho tambem que, como a

Vanda disse, há, de facto, pessoas que têm tendência em levar

os outros para o caminho do mal,mas. essas pessoas, n o r m a l m e n ­

te, é que têm que ser guiadas, os outros que vão atrás^delas,

ao fim e ao cabo, é que nós todos podemos um dia ter um amigo

que seja malcriado e, pronto ... e sermos., levados na conversa.

Nós é que temos que.ser suficientemente ... espertos para não

ser levados nessa onda, também nós é que temos de parar, nos

é que temos que ter força. Nós, inclusivé, é que devemos levar

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esse rapaz, que nos estava a levar para o malj para o bem.

Acho que isso é que deve ser feito. Normalmente, o que eu

noto é que são as pessoas que se comportam' piòr... sãò àque

las que têm mais dificuldades ...Ah ... às vezes quando' hà

um certo engraçadinho numa turma, ou assim, ele cá fora;

portanto, quando a gente o vê, ou assim, o conhece ca fora,

ele porta-se de uma maneira completamentè diferente, e as

vezes . porque, ou é tímido e. depois ...gosto, pronto e na

aula gosta de dar aquele, "big show" que é. para os outros,

pronto ... os outros todos repararem nele, as raparigas ou

qualquer coisa assim, às vezes acontece ... ou porque ele

não se dá suficientemente bem com as pessoas necessita daque

le "show"... acho que isso é ... Quanto ao material, eu acho

• que. isso são a.ctos d e - vandalismo mesmo. Estra.gar material

• •• isso é ... actos, de- vandalismo ...de uma pessoa, obesecada...

. eu acho que. isso é mais . . > uma pessoa' que destroi, que des-

trói por prazer, ao fim e ao cabo, não tem razão nenhuma,não

' ••• tem • razão- nenhuma . Ter problemas em casa, portar-se mal,ser

r 7malcriado,.andax .aos- nomes as pessoas, não tolerar coisas,* * , *

p r o n . t o t e r uma. agitação rebelde ... ao fim e ao cabo, pron-

• to", desculpo,- mas acho.; que são alunos que., ao fim e ao cabo,

são. indisc.iplinados,. eles s.ão, eles têm esses problemas, mas

são. -T-êm de ser mas é guiados e devia haver um sistema que

os g u i a s s e , porque senão as pessoas assim mais fracas, que

• ' eles conseguem, levar., vão a.tirás deles, isso .é que eu,noto. É

■• ••• que ha pessoas mais-fracas d.e mente e. tal-que se deixam le-

- • • var por' eles.--Acho. que. aí assim ge.ra-se.um conflito e, .as

• r'"' duas -por três temos-,um grupinho de vândalos cá na escola.É

í • • -■ isso é"que eu ^não .concordo... Mas de. qualquer, maneira, eu acho

que, um aluno indisciplinado é todo aquele que, portanto se

comporta maJL, ao fim e ao cabo, que não age como uma pessoa

deve agir.... e eles próprios sabem como são.

O R : Quando alguém não cumpre regras importantes, como aquelas que

-vocês referiram, e agora repostando-nos a sala de aula,o que

vos parece ,. .. como. é que se devia proceder ... a turma e o

professor?^ ..... .

Car::-Eu acho que. a t . u r m a devia, unir-se- e. falar, com ele ou ela ....

também po.d.e ser ela,..;.!., falar, com . sei..lá, serem s uficien­

temente sinceros e levar o aluno a perceber que ..."olha, fi­

zeste isto assim e assim", mas não daquela maneira que é....

<' -124-

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trocista, porque o aluno revolta-se, torna-se rebelde e acaba

por repetir, por querer provocar ainda mais as pessoas que f i ­

zeram ... porque o aluno sente-se mal ... acho que sim ... ta£

to os alunos como o professor devem levá-lo a compreender que

procedeu mal e que ...e que a partir daí, acho que ... e das

tais coisas ... o aluno ... acho que ... pelo menos se fizes­

sem isso comigo, se me dissessem "olha, procedeste mal"... eu

acabava por pedir desculpa, acho que é o que o aluno deve f a ­

zer desde que seja suficientemente sensível, há-de perceber,

que realmente é isso que tem a fazer. Não é qué pedindo descul^

pa se vá aumentar grande coisa, mas e que as pessoas a quem ele

ofendeu acho que toca muito e pode sarar-lhe a ferida.

OR : E a Van .*, o que acha? -, ... . ,

Van: Concordo com aquilo que a Car disse, que sim, que-um^aluno

que se porte mal a turma unir-se e tentar perceber porque e que

ele fez aquilo e levá-lo a reconsiderar a sua atitude.Acho que.. *

o que ela disse 'tá correcto, mas acho, também, que ümiàluno :•

‘ por sistema perturba as aulas e que ... assim sempre por

sistema e gosta de fazer os professores deviam p ô -lo hé" r u a ,comt

falta. Acho que ... quer dizer, a pessoa não aprende;'!-; se...

a bem, a bem, a bem-a pessoa também não aprende, mas levar as

coisas todas a mal também acho que'não. Acho que. a falta d i s ­

ciplinar acho que é um caso extremo mesmo. -Acho que, ois| alunos

que se portam mal, por sistema, deviam ser postos "na rua ......

com falta. Agora se ... eles, por exemplo... um aluno .fez a l ­

guma coisa de mal na aula, acho que se foi a-primei.ra .vez acho

que o professor deve compreender e.desculpar o aluno, por essa

vez. Mas, agora, por sistema, acho que-não,- a c h o - que o'.aluno

devia ir para a rua,- com falta, porque -'tá a. perturbar., a c l a s ­

se. •

OR: E o Ped- , o que acha? Como é que se deve agir?

Ped: Acho que assim em casos de primeira vez... primeira, pois,acho

que a falar é que a gente se entende... o professor, falava" com

ele ... a turma e chegávamos a um consenso... Agora,se for d a ­

queles que vão p'ra aula e chateia ali e chateia acolá’ ... o

professor ja deve saber e então ... toma as suas medidas. Eu

acho que . . . no meu entender . . . a aula* .- ali- é para* dar e

para impôr o respeito- dentro da" a u l a . ■ "Pront-o V ‘. . é'isso.

OR: Pau ......

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Pau: Eu acho que... portanto, nesses casos quando o-aluno compor-

ta-se.mal na aula e é a primei,ra vez.,, eu acho.que, no fim da

aula. o professor- .deve-o ..chamar, e perguntar-lhe porque é que

.ele fez. i s s o . . . portanto., esclarecer e m -se. Eu acho que depois

os proprios colegas, podem.dar uma força ao.a.luno. e cada vez

que ele se -portar bem, na aula..., ah, chegarem ça fora, d i z e ­

rem "parabéns, portaste-te bem"... portanto,, não é só dizer

para.nãô fazer, é depois e n c o r a j i - l o .a fazer precisamente o

. contrário. Eu acho que isso é que vai,ajudar isso, é o e n c o r a ­

jamento. dos colegas ... E, o próprio .professor . . . e u não acho

que da primeira vez des.culpe logo... Eu não concordo com isso,

.porque as vezes, a primeira vez é o começo, p'.ra muitos. Nor-

. malmente e .assim que começam ... o aluno, porta-se uma v e z ,g os

tou, achou muita graça e .começa-se a portar .... há sempre a

primeira vez p'ra tudo. Então acho que, nessa altura, o p r o ­

fessor deva logo tomar as medidas ... não é mandá-lo p'ra rua

.... discordo. É no fim da aula dizer-lhe "tu aí, chega aqui

e explica-me lá porque ó que fizeste isto assim, porque é que ■: *■ ’ >

Ped: Por isso é que eu disse que a falar ó que a gente se entende...

Pau: /'.-..porque é que não deixaste de fazer ... porque é que te

... . portaste assim ... sempre tens te portado bem ... não p e r c e ­

bi . .."Portanto, euacho que. isso é importante ...é, aí o alu

no ter oportunidade de desculpar-se, mesmo até pode chegar à

conclusão do professor, que se portou mal, e depois o e n c o r a ­

jamento dos colegas vai ajudar. Ah ... quando é por sistema...

é porque o professor’ deixou que acontecesse a primeira vez . . .> • r 4 ' • . s . •' . . I * • .* . . . . * , ,

portanto, eu acho que isso dò sistema nem devia chegar a esse

ponto ... clevia ser logo cortado o mal pela raiz. Eu sou siii

cera, quanto a estas coisas ... acho que isso n ã o e assim ...

OR: Quando um aluno se porta mal na aula ... o Péd ‘ ... péío que

tem observado .... acha que- -isso é -devido a quê? ;

Ped: Quando se porta mal?' ' ’ *

OR Sim?.! .

Ped: :Pode: ser’-para s'e: exibir 'p,ra se mostrar- aos- colegas- da tur-

• 'ma. . . .’ pode !ser,- também, de génio-,• do- próprio géni‘o da> pessoa

e , ! também -pode n*ão- 'tVr conténte-com-' o- prof essor ë ser ...

• assim- dësres'pe'itar os" colegàs é' o - professor' ■. .•• É*-isso.

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OR : A -que se deve . . . ? .

Van: Eu concordo com aquilo que o Ped disse .... acho que sim,

ele tem ràzão. Acho que um ãluno normalmente e ...tambem,as

vezes é levado, sei iá, a exibir-se nas aulas ou porque tem

problemas em casa . . . há' aqueles' alunos que não recebem a

atenção devida e depois ... sentem-a necessidade de fazer al_

go para que tòdos olhem p'ra eles.;. p'ra que todos falem

! deles ... aquele aluno muito .. com ... carência de qualquer

coisa, lá em casa ...ou que os colegas não lhe dão atenção...

dizem assim "oh, ele ...este é muito magro ou muito baixo

não pode ... não sabe jogar à boíá, não sei quê ... vamos dei^

xá-lo de parte, vamos nós p'ra lá e não sei quê ...'"Acho que

esse aluno sente-se posto de parte e ...e tem tendencia a fa-* i

zer algo que os outros reparem nele, p'ra chamar a atenção e

muitas vezes são levados a ...a dizer coisas no meio^das a u ­

las e a p'ortarem-se mal só para as pessoas repararem que eles

estão ali, que eles existem ... mas ... .....

OR: Acha que esse tipo de alunos geralmente porta-se mal em todasi . i.

as aulas, com todos os professores de igual modo?

Van: Não, acho que também varia, porque o aluno por ter simpatia

por um professor do que outro, pode não gostar-de determinada

aula o que, também, o leva a fazer aquilo que e l e ’faz.* Acho

que... os professores também têm influência ... as aulas ...

é i s s o .

Car: Bem, acho que segundo aquilo que eles dizem e porque..,, ou

precisam de chamar a atenção ... por aquilo eles disseram...

ou, normalmente, já estão fartos, da aula .... são coisas que

não lhes interessam, porque o professor não incentiva ou a'• • •• . • U ' •+ + *

propria materia, que, muitas vezes, não e ... nao interessa.

OR: Pau ....

Pau: Eu 'acho que é isso t a m b é m eu .acho que é p'ra chama.r a ate£

ção e é me'mo para isso. As vezes, até pode ser por outra r a ­

zão. As vezes ... isto aconteceu-me, já, a mim ... ah ... no

meu segundo ano tinha... um rapaz lá na turma que é-ra5 ’’e n g r a ç a ­

dinho ... era bom aluno, bom dispor tis ta. ...... era respeitado

por todos os o u t r o s .... o que é que.se p a s s a v a ,-neste caso? 0

' rapaz- não. era muito bonito, era mais p,'r.ó -feio,. E.u. acho que

as'damas, as damas da t u r m a q u a n d o ,é. .um. engraç.adipho*.,. . e uma

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:atitude'errada , mas que-se tem muitas ve;zes . . .' ah, parece que

começam a valorizá-lo mai-s *....'começam "oh,;não sei quantos,

não sei que mais!"., as gracinhas e aquilo ... Portanto, eu

acho que isso também tem muita influência., As vezes são as

próprias raparigas ... agora falando nestes casos' ... que l e ­

vam-nos a fazer isso, portanto ... não’ lhes ligam porque não

são ... pronto, a natureza não lhes deu aquela ... ser boni­

tos e coisa !..Nesta altura o qúe' interessa , ao fim e ao c a ­

bo, a uma rapariga é isso ...E depois o que é que acontece?

Armam-se em cavaieiros no meio da a u l a , fazem um "big show"

(riem-se todos),como eu costumo dizer. E, depois as damas

nós intervalos não d'zer "eh ... é como tu falaste a p r o f e s ­

sora de História',' e não sei quê, todas c o n t e n t l n h a s , átras

dèlè a fazer corte. Eu já vi isto muitas vezes ...

OR : Agora para terminar esta é mesmo a última e vocês vão ser s i n ­

téticos até porque ja me disseram muitas coisas sobre isto...

• 0 .que é para a Pau! . um bom professor?0 que define, fundamen­

talmente um bom professor?

Pau: Ser simpático e ensinar bem. É so isto

.OR : “Pedi -

P e d E n s i n a r bem e criar o-ambiente certo dentro da aula.

OR: Van ..... .. * . . .* * J

Van: Ah ..... eu.acho que um professor... ah... ai ... bom profes-

. sor..tem. que motivar os alunos, tentar fazer tudo para motivar

v os alunos, c r i a r .interesse pelas, aulas, ser, alem de profes-

; sor, um amigo, sempre pronto para ajudar o .aluno em qualquer

... ....circunstância e... e.... ensinar correctamente. Acho que e

isso... . . . . . .

Car: 'P a r a rmim é-assim ... ah ... . ensinar bem ,-ser .competente, ser

um ámigo. Mas não é por se ouvir dizer isto e porque^ soa bem,

que nós temos que dizer isto... realmente, eu sinto isto, e

acho que é muito importante e que é uma coisa que raramente

se vê é quando um' professor. . . . um aluno que múito s i nceramen­

te diz " s ’tor nós gostávamos que fizesse assim, que' se e s f o r ­

çasse porque nós estamos interessados"' e' já aconteceu este

ano e nós já dissemos isso .... qúe o professor tenha o bom

senso de reflectir naquilo que os alunos dissérám é que m u i ­

tas, vezes cústa muito dizer e que pense... pense bèm è ... .

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se decida e veja que talvez seja melhor fazer aquilo que os

alunos lhe pediram e tenha o bom senso de fazer.

OR: Cari ... e que é para si um mau professpr? '

Car: Ah ... principalmente um mau professoe é aquele que está aqui

por obrigação. Oulgo que ... acho que em qualquer ... p r o f i s ­

são, e eu tenho ... deparado muitas vezes com situações d e s ­

sas, nós temos que fazer uma coisa por vocação ... ou, pelo

menos, se não quisermos estar aqui que façamos tudo por tudo

para ... chegarmos ao nosso ideal. Acho que e isso ... esta

por obrigação e nao gostar de conviver com os alunos. Alem de

não gostar de dar a matéria, não gosta de estar com os alunos,

porque ... um professor que não goste de. ser.. ..*de dar . . . de

dar aulas , dar aulas, portanto a matéria, mas gosta d,e estar

com alunos, com malta nova ... ah, eu acho que isso compensa.

Agora um professor que goste d a m a t é r i a e que acha qúè tem

queda para estar no quadro e versar matéria e fazer esquemas

e não gosta dos alunos, que realmente está aqui por obrigação,

acho que isso não cabe na cabeça de ninguém. r Mi1'

OR: Vand", o que é para si um mau 'professor?

Van: Para mim um mau professor é aquele que está numa' aula e...não

sabe o que é que - está a dizer, diz só porque leu.o.programa...

1 É aquilo que tem que ensinar aos alunos. Aquele que ...s'a

gente põe uma dúvida ele não sabe, aquele que ... 'tá ali,

também como a Car. diz, por obrigação. Acho que é o tãl p r o ­

fessor .... acho que um professor .... todo o professor que

está aqui, na escola, por obrigação devia ao menos tentar f a ­

zer os possíveis por ensinar correctamente ... não é so c h e ­

gar ali e marcar a presença e ... dar matéria' porque tem que

a dar, não, os alunos precisam de algo mais, uma motivação.

Acho que um mau professor é isso, concordo, com o qu.e a :Carla

d i z .

OR: Ped.. , o que é um mau' prof e'ss'or? ’

Ped; Bem, eu acho que um mau professor é aqule que dá a matéria...

e.... não se interessa se os alunos perceberam ou não p e r c e ­

beram... se não perceberam não explica, vai sempre em frente

e não se interessa. Eu acho que deva se interessar se p e r c e ­

beram todos bem, se ... não grande parte deles ... e se lhe

pedirem a explicação, explicar bpm e.... saber o quê é que

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. . Vl.e,stá. a . f aze.r ... • .como . . .• .há casos , a , professora de..História

.que.chega à a u l a , d e s peja o ,1i v r o , a gente' não percebe m e s ­

mo. ;nada ... Acho ,que, isso qualquer pessoa sabe 1er livros!

OR : Pau:' ò que- e para* si'um mau professor?-

Pau: £ o que eles disseram.É uma pessoa que vai p ' r á ali c o n t r a ­

riada, que ... não tem noção para o ensino mas que pelas suas

circunstancias tem que ir p'ra la, é obrigada a isso, é a ú n i ­

ca maneira que ela tem de segurar um emprego, acho que é isto.

Acho.que também um mau professor é aquele, como disse o Pedro,

que não expiica, portanto, todo o professor... a pessoas que

p e r c e b e m 'logo à primeira vez, mas há pessoas que só à t e r c e i ­

ra a quarta e.que percebem, e assim, ha pessoas mais espertas

que outras; isto e um facto. Portanto, ha que ter em conta,

há que ter paciência. Um bom professor é aquele que tem p a c i ­

ência. Ah ... tive professoras ... mau comportamento, em vez

de mandarem... desatavam aos gritos, aos berros, aos gritos

aos berros, já não sabiam o que é que haviam de fazer. E x p l i ­

cavam bem, eram boas professoras, mas depois em situação de

mau comportamento desatavam aos gritos, bat-iam.com.;. o livro' , ' ■ ■ i * ». :de ponto na mesa e truz, truz, ou com o apagador .... P o r t a n ­

to, estas cenas, tambem acho que são assim um bocado ... são

forçados, não concordo absolutamente nada com estas cenas,

portanto ... Acho que também é um mau professor aquele que ...

não tem paciência nenhuma, porque uma pessoa quanda dá ensino

tem que ter em conta, logo à primeira que vai encontrar p e s ­

soas bem comportadas e mal comportadas e que ... pronto há

pessoas que ... e que, certamente, irá.deparar-se uma ocasião

em que vai ter que agir com calma. Eu acho que é preciso m u i ­

ta paciência e calma. 0 professor tem que ter calma, p a c i ê n ­

cia, tem que ser uma pessoa que saiba dar matéria bem. Não é

sé despejar ali ... defacto é ’ horroroso a gente chega lá...

às duas por três a gente nem liga à disciplina, que é o que

me acontece comigo, não ligo me'mo nenhuma. Acho que é isso!

Acho tambem que tem que ser uma pessoa que saiba... tornar as

aulas sem ser rotineiras, o que é uma qualidade um bocadinho

difícil, porque há disciplinas em que isso, às vezes, torna-

-se.... difícil. Mas é quando não é possível ... haver q u a l ­

quer coisa, uma novidade, é o que eu digo, e muito importan­

te, porque me'mo que um aluno ... um professor dê muito bem a

matéria, de-a sempre ali e tudo bem dadinho, que é o caso com

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a professora de Português ... ah-... ela portanto, às duas

poir três está ali naquela r o t i n a . Eu já sei a rotina abre

o sumário, depois vamos ver õs trabalhos de casa, lemos aqui^

lo .... fazemos ... lêmos os. trabalhos de casa e pronto ...

fazemos a ficha e .... é só aquilo. As duas por três tambem

já me chateia. Quer dizer, eu não vou p'ra lá muito contra­

riado mas ... depois é um alivio p'ra mim quando sei que t e ­

nho furo de Português. É muito melhor ter furo do que ir p'ra

lá, portanto ... isso tambem tem que se ter em conta ela e

uma boa professora, explica muito bem a matéria, da tudo mui-> *

to bem, mas não consegue, quer dizer, dar novidade naquilo.

Ela própria diz que, já há muitos anos que dá os nonos anos

e sempre a matéria dos Lusíadas, ela também já 'tá enfadada,

portanto ... é uma matéria que por si so ja e muito chata...

os alunos não gostam. Portanto, acho que. devia haver aí uma

variedade. Acho que ... eles precisam um bocadinho ... talvez

de serem .... como é que eu hei-de dizer? ... inovadores. É

isso, é o que eu 'tou a dizer criativos.

••• t ’ i- .;' :

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ANO - TURMA CONSIDERADA INDISCIPLINADA

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ENTREVISTA

Entrevista gravada com a concordância dos entrevi s t a d o s» m a n i f e s ­

tada durante o período de legitimação e motivação da mesma,

segue-se a transcrição do registo da gravação realizada.

O R : Gostaria que me dissessem, em primeiro lugar, que opinião têm

acerca da vossa turma? gostam d e l a ' ...

An Ter : Eu... eu gosto da minha turma,mas não acho que hajav I

assim tanta camaradagem como isso, mas ... a parte dis-i

so acho que é uma turma razoável ... a nível de aprovei^

tamento... comportamento é que não. 1 1

O R : Como é que a classifica?, \

An Ter : Comportamo-nos mal.

3o Mar .• s * Muito'mal , "

Milt Mal mesmo, (riem-se todos)

An Ter- *• *. : Mas ... sinto-me bem dentro da minha turma.

OR : Sente-se bem?!

An Ter : . . .

OR : A Elsa, que pensa da sua turma?

Eis : Bem, eu também acho como ela que não há assim tanta c a m a r a d a ­

gem, mas ... pronto, se o comportamento não fosse tão mau a

turma tirava mais proveito das aulas, tinha melhores notas,

mas é que ... pronto, um faz, um grupo loqo faz e depois, a s ­

sim, as aulas não funcionam. Tirando o comportamento acho que

é uma turma boa.

O R : E o 3o Mar. ... que que pensas genericamente, da sua turma?

3c Mar : A minha turma é uma turma porreira ... acho que é a s ­

sim ... há camaradagens entre uns e há camaradagens e n ­

tre outros, n'é? Acho que há assim ... há dois grupos...

Milt A turma ’tá dividida ... os tais grupos ...

3o • Marr - : Há grupos dos mais ... dos qu'a gente acha os mais

porreiros e há outros grupo dos menos porreiros, que

p'ra eles são os mais porreiros ... que são os que se

portam melhorzinho e os que se portam piorzinho .

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’■ A- nível 'de : c o m p o r tament’o e -e.-uma -turma , .‘assim ;. . : -

r e l e s ... - . . . . . .

Milt ' : :Fãla lá como deve ser ! • *'

3o. Mar : Uma turma sei lá... gosta muitó da brincadeira e ..i: .

• V-- sei. lá, mas acho que m e ’mo a s s i m .me'mo assim, com

mau comportamento e isso, acho que.os professores g o s ­

tam : de nós e i s s o . . . a c h o q u e . . .

OR: Rui, que opinião é que tem da sua turma?

Mi lt ’Não tem : -

Ru.: Ácho que é úma turma porreira. Achg que há gente que costuma

gozar, assim ... com um tipo de alunos do que com outros, n'e?

Como o 3o disse há dois grupos ... Acho que, falta de c a m a r a ­

dagem há mais é nas aulás^ A gente devia respeitar aqueles ...

por exemplo, a Matemática, a maior parte da turma já sabe que

tem nega... depois.os outros querem tentar tér a sua nota, n ’ e?

... positiva ... só que ... por exemplo, á Matematica a gente

porta-se mal... é um exemplo... De resto... acho que 'tá tudo

bem... o comportamento entré n o s ..; d e -resto; a turma é porrel-

. ,..ra •

OR: ‘Ainda 'para classificarem melhor a vossa turma, eu pedia-vos que

’comparassem . . .' já têm nove :anos • de escolaridade, pelo menos, . . .

quem nãò' reprovou ; já pertenceram, pelo menos a nove turmas...

■ como é que vocês vêm a vossa turma comparando-a com outras a que

já pertenceram? *

Milt.:-.Por mim, . falo, por mim, esta turma foi a m elhor turma que.eu

t.iye. a nível, de comportamento ... ate hoje.

OR: Porquê? Porquê Milt ?... o que é que ela tem de diferente para

a : classificar de melhor?- • •

Milt : Não sei. Penso que também vem dás pessoas terem uma certa

idade, já pensarem doutra m a n e i r a . . . Penso que há uns anos

atrás todos pensávamos doutra maneira ...aquilo era outra

coisa ... entrámos p'ró ciclo ... entrámos p'rá secundária,

íamos,a pensar de uma maneira. Acho que ás pessõas, ágòra,

já levam ... assim a escola um bocado mais a serio'.

OR: Portanto, classifica a sua turma como?' . . -- • • 'V . -.f. . • ' r. ■ •

Milt . :-r.Em relação às::;put.r.as? t ; . . , , ...

OR : Sini. Gômo ’é qué a :classificariá quanto ad • compor tamento?: Boa?

Má? i • • • t .

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Milt : Classificar quanto a o vcompor.tamento?Acho. que . ' tá muito bom

até... p'ra aquelas que eu já tive.

OR: Portanto, comparativamente, apesar de tudo, é muito boa?!

Milt : Mui to • boa ■ mesmo !

OR: E o que leva a dizer issò é o fa’cto *de haver boa camaradagem ou

é... apesar de não haver um compor tamèntó i idea 1 é melhor, d e n ­

tro da sala de aula ... com os p r ò f é s s o r e s ... d o 'que as a n t e r i ­

ores? •- • • .. .

Milt’ : Pois, não é o facto de termos mais camaradagem uns tcom os ,

outrps, mas que... é devido ao comportamento individual de

cada um. Porque, até há uns anos atrás... penso q u 1 ate e

devido ... era devido, aquele comportamento que nós tínha-

mos era de termos todos uma camaradagem uns para com ios ou-• * " • , *: •> Wr

tros. mas... de igual p rra igual e...e o que nao.acontece

este ano,... uns pensam de uma maneira outros pensam d o u ­

tra. Acho qu,isso vem influenciar o comportamento desta t u r ­

ma. ,

OR: An Ter , comparando com outras turmas... ....j

An- Ter.. .: Com outras turmas? Olhe, eu nunca tive turmas ../ que

• se: possam chamar .bem comportadas . . nunca tive, assim

numas turmas ... mas, :portanto, 'tive, assim, .sempr.e

num ambiente em que o comportamento nem . era bom , .«.nem

era mau, mais. ou menos ....Não, notei muita; diferença.

OR: A Eis .. .

El : Comparada com a minha turma do ano passado, acho qué esta tü£

ma é melhor, a nível de c o m p o rtamento... B e m , as-outras turmas

•foi sempre mau, a nível de . comportamento , ...;€S te. ano. .... como,

o ano passado chumbei tambem foi d e v i d o .ao c o m p o r t a m e n t o ... .

quer,dizer este ano ... ’tá melhor.

O R : É m e l h o r , apesar de t u d o ? ! . • , •

OR: 0 Ooão ... como é que .a compara com outras turmas a que já p e r ­

tencem?

Do» : Ah ... como é que ... só posso comparar com a do ano passado.

Além da do ano passado as outras ... tinha tudo úm c o m p o r t a ­

mento assim bonzinho... até no oitavo'ano; No'óita‘vo -ano aindà

era aquela ... .foi a »pr.im.ei r.a ,yez ;que viemos :!ç,á: p ' r.a -baixo, o,.

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sétimo fizemos lá em cima. Depois, no a no pa s s a d o . . .;qu 1 era ‘ •

assim uma turma um bocado coisa (ri-se) ... a;gente porta-

va-se me'mo ... ainda era pior que este ano. Depois, chum­

bei também por causa disso ... brincadeira, mau c omporta­

mento e e s t e ‘ano..'......

OR: Era pior em que aspectos, o ano passado?... em relação a este

ano ... . •

3o •: Eu acho que a • gente . a g o r a ,p o r t a - s e •mal * mas. ... :não somos mal

educados, nem nada ... os professores ... como ate alguns la

têm dito, acham-nos simpáticos e isso e, o ano passado não.

0 ario passado era unia turmà que eram mãl educados . . . eram' . . .

nas aulas e isso ... Era diferente ... era. um mau comportamen-

* to- diferente ... agrediam os professores .... a h , com pala­

vras

OR: V e r b a l m e n t e ? ! . - • . ,.

3o : S i m !

OR: E ••oRu:-,. com parando, còm as outras turmas... :

Ru : Comparando* còm as ou trás turmas que tive, assim*em-termos de

camaradagem e :com portamento, .acho.que ...e. a. melhor turma que

já tive até agora.As outras turmas também . . . n ã o sei se era

sé da parte dos s'tores, mas eles diziam sempre que a nossa

turma, desde... o sétimo ... desde o primeiro ano, disseram s e m ­

pre que era"das piores da escola... não séi, talvez por eles

virem, assim, dà qúartá classe ... depois havia mais meninos

b e t i n h o s ( r i e m - s e . t o d o s ) ...

OR: 0 que são bétinhos?

Ru : Sei lá ... aqueles' . . ; q u e nao gostavam de'alinhar em coisas

. novas j. n r é? • ; .-. sé aquilo . qu ' . a ge.nte...f azia n a . primaria, e q.uan-

-do fomos, lá; pr ' a eima., lá...p ' ras. galinheiras, el.es sé. queriam

fazer a-mesma c o i s a ...... coisas aind.a -de primária , n.'é? Não q u e ­

riam-experimental coisa.S' n o v a s ., Depois ,• a. camaradagem, aí era

■ tudo -em-grupos-. . .. um . grupo dosr .bétinhos.-.... o.utro.s dos que se

achavam ■mal-i:Comportados-.-. Açho qu 'e.st.a é- a. melhor, turma que ,1a

tive. até agora,..’!

OR : Dentro'* da'* vossã ' turmã ,' ácham qú‘e è^istem' casòs' de'alunos ou g r u ­

pos de alunos com comportamento que se distingue., da, maio.ria?.. . .

com .comportamentos especiais ... que vocês notem ...

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Milt : H á ,. i s s o , h á ! •. . . .. - >

3o. : Comportamentos bons ou maus?

OR: Bons ou maus ... especiais.

Milt : Vamos aos maus para depois dar as notícias b o a s .(riem-se )

... Sim, há.... isso, de facto, realça bastante na nossa

turma.É o grupo de ... assim, dos mais ... dòs mais e x c ê n ­

tricos e tal e o dos mais caladinhos, mais bem comportados.

Sou eu e ele (3 o ã o ) uns deles '...• (riem^se todos) •:

OR : Dos excêntricos?!

Milt : Sim! ... isso nota-se bastante, por acaso...... ... „

OR: 0 Milt , apesar de ser um deles excêntricos • é ;capaz -de-.se a u ­

to-analisar? A que atribui esse seu c o m p o r t a m e n t o :excêntrico?

Foi sempre assim ou é só este ano? p r;1,i

Milt : Eu sempre fui assim ... sempre fui assim. : • “

OR : E porquê? 1 .

Milt : Não sei, isso já vem désde: a primária ;..1 não-faço-á-mínir»

. ma ideia . . . não sei,. Mas este ano 'tou melhor! _ ,

OR: Como é que define esse comportamento excêntrico' que- tem?0.-. que

é? 0 que distingue dos outros?

Milt : ... . '

OR:.Em aue é que o seu comportamento se distingue. do.s.. outros, .p 1 ra

dizer que é- excêntrico? 0 que faz.de especial? M .,v

Milt : Certas coisas que ... nós fazemos que ..: é inesperado.uma

coisa inesperada nas aulas que ... •.

3o : Coisas que não são, p! r a se fazer, na a u l a . . . , •• ..

Milt .: São' coisas que não se fazem na au.la e • mui to’ menos • esperam

qüe se f a c a m V Às vezes há àqueles qu'a gente sempre .espera,

mas outras não se espera ...'eu, a gente faz- ... mas'-isso

não ... é u , pelo'menos, - . nâô'se'i , deve hãver casos, mas

eu atribuo' o meu ‘ comportamento não é ao querer-me • d:iferen-

ciar dos outrés' n’â o ' é ’o qûèirer'-me-distinguir dos o ú t r o s . . .

já é mesmo eu ser assim.Não é querer dar nas vrst-as. Faço

e .digo- as ;co-isas.. voluntar.iamen.t.e, sem. pensar as vezes,.

OR: É ex-pontâneò ! ? 1 ’ ‘‘ ;

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Milt' :• Sempre -fui:! • ~ - ;,r- . ;s:

OR: A An Ter , o que acha? Acha que existem esses tais e x c ê n ­

tricos?- dos quais :são representantes, a q u i . o Milt' . e o «•..

An Ter : Acho que sim. Acho' que existëm uns mais calmos e o u ­

tros mais agitados, mas isso. ha .em; todas ,as .turmas.

OR: Porque é que acha que eles sSo- assim- . . .' ma,is. excêntricos que

os. putros?

An Ter : Não sei ... (riem-se) : • *

3o : São m a l u c o s . • • •• v -■ • • •• • 1

Ah-'l-'T-er- ■ •': Sim ,■-talvez isso - (riem-se) ... .. -

Milt ': Somos r a p a ^ / i n h o s simpáticos (riem-se todos).

An* Ter....': Quer dizer, eu acho qu'eles ... não consigo explicar,

! . a c h o... p r o n t o s , eles dizem piadas, fazem coisas....

OR-: E- perturbam -ou não?-' • . . • • •

An Ter : Perturbar? Talvez perturbam ... a mim não di'go, mas ...

aquelas pessoas qué precisam de' 'tar com atenção nas

aulas ... ah ... talvez p e r t u r b e m .

OR : Els , o que pensa daquelas pessoas que são diferentes da media?

Els' :■ Bem eu* acho que' h á ‘ um-grupinho daqueles mais calados e ou-,

tros assim mais agitados, n'é? Mas- . .v. eu por mim gosto mais

dos mais agitados, porque a gente com os .mais agitados sem- ..

pre 'tamos mais alegres e conversamos sobre coisas que os ...

pronto os mais calados não conversam. Por isso, é que eles

não :se inserem no' nosso' grupo, - porque eles. ... pronto,, tem

‘ outras fdeías que- nós. não -.temos*'-. - não sei. Acho que. por

a gente dar-se' assim tão bem é •' qu-'a ígente somos .assim-mais

agitados ... alinhamos sempre em tudo e há aquele grupo que,.

não ... pronto.

OR:. Alinham em. tudo ....... fora, do cqntex.tq.sala .de aula?!...

Milt. Dèritrd, ás vezes' dentro (riem-se. tod.os'):- ' , .. .=

OR : Dentro?'.”.. E‘ isso, às vezês / perturba V Ôésënvqïvimerïto das a u ­

las? i v.- .. .'.-r .- ; ■ . i :

Eis : Perturba ! P ’à q u e l e s ’que querêni' * tár com atenção perturba .. .

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I • 1OR: Jo Mar ♦ o que pensa dos excêntricos ... se eles existem •

ou não? (riem-s.e todos)

Jo : Olhe, eu acho que é como eles têm dito. Ha um grupo, que, ó

... somos nós, prontos ... acho que o pessoal aqui e tudo

desse grupo ... e depois ha o grupo dos betinhos, pronto.

OR: Entlo não veio nenhum dos bétinho?.!

(Riem-se todos e respondem em coro: Não '...),

Jo" : £ assim, nós que somos os excêntricos, pronto, é o grupo que

já tem a "escola" toda.

Milt. .: £ como se costuma d'zer "já tens a escola .toda", r- •

Jo . : Exacto! E os outros ... é aqueles que' a i n d a . t ê m ; mui-to pj:apren-

der ... prontos ... é isso, a gente sei lá nas aulas e fora.

das aulas é ... sei lá .... é aquilo que se vê (riem-se todos).

Mas ... como é que eu hei-de explicar? ... quer d'zer.' nas

aulas ... é pá eu acho que não é ser mal comportado . . acho

que a gente às vezes nem faz as coisas por :mal .... mas

sei lá, depende da maneira de ser das pessoas ... de v e ^ em

quando sai qualquer c o i s a , pronto ...escapa-se

OR: Coisas assim de qUe tipo?

Jo : Sei lá !

M i l t - Tudo o que vem de conversa, a gente faz dessa conversa ou-,

tra conversa, (riem-se) ; • . « r

Jo : Não, mas ... quer d'zer ... sei' lá ... !

OR: Dão a volta ao trato ... •'

Jo : Sim, é isso! ...0 comportamento dos excêntricos é capàz-d'ir

desde 'tar a contar anedotas dentro da. sala, tfe aula ate ouvir

música, ou 1er o: Tio Patinhas ou> jogar à sardinha.- •

OR: E o Rú ... diga lá

Ru. : Acho que não há mais nada a d'zer acho que é tudo o que eles

disseram ... há o grupo dos b e t i n h o s , há outros qúe são: m a i s “

irrequietos, n'é? ... e isso. pode:.;perturbar um' bocadinho, a „au-

la ... temos.aqueles que se querem agarrar mais "à disciplina

0R: Oh Ru , e já agora que está no uso da palavra, passamos p.’ra

questão seguinte., ... isso nota-se em todas as disciplinas ou há

disciplinas em que se nota de um modo particular?

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Ru.' : Ha. /disciplinas em que. se :nota assim-, de um modo, particular

. . .- Uma delas e. q u 1.a. gente não.fez m e 'mo barulho ..... é a p r o ­

va de .concentração ... . .(riem-se todos.) .

Mi 1 1 : -Ceògraf i a ... • \

Ru. : ... há outras em que os álurios vêm que não' têm hipótese, n *e?

£ aquela disciplina em qu'a gente vê assim "pronto esta ja

tenho negativa" ... não vale a pena 'tar-se-a esforçar p.'ra

isto ... o que leva a gente mais p'á brincadeira. Depois, há

as outras, que é o normal, assim, da turma ... 'tar a mandar

umas bocas e isso.

OR: Milt ., acha que esse.s comportamentos excêntricos aparecem de

modo particular nalgumas disciplinas ... nas aulas dalgumas

disciplinas?

Milt Àh ... falando por mim comporto-me como' numa como me c o m ­

porto nas outras aulas.

,0R : ..M.as , ;de um modo .geral., a turma? , -,

Milt ’: I s s o ,' há disciplinas onde há pessoas íque !. .. há certos ca-

'* -• ,:soS' .v;. p o r t á n t o , há pessoas ;que portam-se* m e l h o r , -.outras

: ; ‘ ...' isso também vai da variante das disciplinas ;..

Ru : ... e dos professores.

Eis : Pois é i s s o .

Milt; :.Pois, depois há aquela confiança dos professores e ...di-

go-se de passagem, nós abusamos, e. de ,que m a n e i r a .. . Ah ...

assim .globalmente.... quer dizer, há uma ... não ha me'mo

hipótese,.lá ... de Geografia. 0 resto ... achò qué ..se''

há um grupo que não fala numa disciplina, o outro ... logo

a seguir na outra já fala. Há sempre, assim, um i n c o n s t a n ­

te... dentro da turma.

, -Ru .: Tentamos ver qual é o máximo do professor ... o que é que ele

. ,, aguenta, (riem-se todos), . ...

Milt ' : Tentamos sempre testar ó' professor.- - • ».

Eis .: £ avaliação contínua.

OR: An Ter ., acha, que, esses comportamentos mais excêntricos se

notam mais nalgumas disciplinas que noutras?' r • . . ... - I i -, , . • ; T-. f . ! i • . • • , i .

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An Ter ’ : “Acho ’ que" sim . 'Eu , 'par ticúlàrmente p;or 'exemplo*,’em

Ceografia... aí é que os comportamentos éxcêritricos

acabam, não se manifestam mesmo ... quer d'zer’ . ;. . .

minimamente, mas mesmo o mínimo, porque. ... enquanto,

por exemplo, em Matematica e o maximo ... e o maximo

Ru. : Matemática, idem, aspas, aspas ... . . . .

Eis : F Ísico-Química.

An Ter ;: Pois, o resto das disciplinas. Mas, acho que sim,é c o n ­

forme os professores ... ah .... que nós fazemos ou mais

barulho ou menos barulho, nas disciplinas.

OR: A Eis . . .

Eis : Eu acho ... Matemática, pronto, como o s'tor desde o princí-/* * 1

pio do ano deu-nos muita l i b e r d a d e ... nós temos tendência p'

ra abusar ... pronto, matemática, o comportamento é me'mo mau,

não há dúvida nenhuma. Depois a 'Geografia, não se pode •. mé“ mo

qu'a gente queira tentar a s'tora não dá hipótese ... . .não ppde-

mos falar que. ele corta logo.* Depois há Físico-Qúímiça que tam-

' ém é mau .... também o comportamento .e mau. Mas, em Português„ 11 > . ,

... não sei, o comportamento e mau, nem e bom. Não seii se e

por ser a directora de turma... nos temos tendencia a. ter mais

r e s p e i t o . ..é razoável. ilíi

An Ter Temos mais confiança com a !s'tora. . .*. más não ,:abusamós':

Não sei porquê, tam'ém. ’ 1

do' : £ assim na aula de Português ... primeiro.por èla ser .directo-» ‘ - * • j . * • » ; \ \

ra de turma e ter mais acesso aos pais, n'e? Mas, depois.... •’ ; . f ’ • • < ’ ' ' i » * ‘ I •

tam'em e porque nos desde o principio achamos ... pronto, a q u i ­

lo é uma professora como deve ser. Ela trata dos problemas t o ­

dos, sempre que aparece algum problema eta trata do problema,

seja com um professor, seja entre os a l u n o s .'Por tanto,° el:a *tra

ta dos problemas, todos ... acho qué ' isso' tam ' ém dá-nó's: mais

confiança e por isso.é :que nós 'tamos melhor rjessa ,aula . rJ. -E

Geografia ... às vezes, sei lá, às vezes, nem é ela não deixar

começar ... às vezes, sei lá, até inventa ... Nós ainda nem c o ­

meçámos já ela 'tá . "áh,ah' prontos.'

Ru : £ o medo q u ' a gente tem de certos professores ... do que eles

podem fazer . . .

- U I -

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OR: .Agora.,, queria., que..me diss.es.sem o .seguinte..;., pensass.em naque-

le. que é p'.ra v o e ê s o melhor professor da y.o.ssa turma . . .; não

é preciso, dizerem qual é ...... . .... , •

Eis • : Ah . . já sei '.............................. ..........

Milt : Mas em termos de capacidades....

OR: No geral ... Pensando no que é um bom professor ... quaí é o

melhor ’p ' ra vocês e porquê? ’ ' ....... .. '

An Ter : £ a nossa s'tora .de Português ...

Ru : Tam'ém acho! •.......... ■ • '

OR: E porquê,' An'- Ter ? ‘

An Ter : Não sei .. .

OR :: 0 'que se vê nela que. a leva a dizer que é a. melhor professora

;q.uè tem? . . - : -

An Ter: : Ácho que ela é muito compreensiva ... e . . .• pronto, a

maneira como ela dá aulas e ... está nas aulas, pron-

... jto p.os-nos à : vontade , s e m , ; no, entanto nos tentar-:.

’ mos abusar .... Acho qu 'ela é muito compreensiva e ...

tenta sempre ajudar-nos.

OR: São èssas as qualidades que vê nela?!

An Ter Sim, sim.

OR r. E 'a-.E.lsa?

Ëis ': Eu também é a s'tora de Português, pronto, com aquela s'tora

'a g é n t é ’ temos' um tempo p' rá brincar ë temo's niuito tempo p'ra

l " ' tar a falar a sério . .'. pronto ... ri'sei, como a Aná Teresa

'* disse’ ela tenta resolver os nossos problemas dentro da turma

e"me' mo forá’ da turnia. Prórito, ach‘o qú'e umá professora p o r ­reira. • ••••»

OR: 3 o ......

Jo : Também acho que é a professora de Portugüês.

OR: Porquê Jo Mar .?

Jo. : Acho que é uma professora ... é capaz de ter todas as q u a l i ­

dades p'ra ser uma boa professora. Acho qu'é ... num ponto de

vista de um professor competente, acho'qu"ela* é ' uma pròfesso-

*. }• ra* competente.-. Ah .-;el,a ....... sabe;,:: isso.é; c.larp; todos- os; ;

' '. ■. j ’ ' : .. í >!. • * - » r > r ■. i i * i . ; r .

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professores sabem .alguns até não, quando' e o tempo p'ra ‘

brincar e o tempo para . . . p ' r a 'tar a sério ... e . . . p o r ­

tanto dá-nos a entender isso sem ...sem se irritar. Ela. é

muito calma ... Ah ... é a nossa directora de turma (tqdos

se riem) ... pronto.

OR: Ru , qual é para si o melhor professor ou professora?

Ru : Acho, também, que é a s ’tora de Português. A maneira dela

de ensinar e de falar qu' a gente ... acho qu'é ... muito d i ­

ferente dos outros ... é uma maneira muito porreira ... o q u '

a gente ... às vezes, o qu'a gente espera, assim',- de. um pro- ;

fessor. Ela quando fala qu'a gente parece que esquece que é . .

uma professora, fala só como nossa directora de turma. Ela

não tem medo, por exemplo, de chegar lá e ... se há um p r o b l e ­

ma entre nós e um professor ... ela vai lá e não p e n s a ;só ne-'

la como professora, pensa t a m ' é m n a g e n t e ... acho que é i m ­

pecável, é uma professora impecável, ... com.o. directora de t u r ­

ma é impecável. - . , . i.

OR : E como professora,’ em sala de a u l a , que qualidades* é ‘que . . .

Ru : Acho que é muito competente. ‘ ,|

OR: Milt ... ' (

Milt : P'ra mim também é. Eles já disseram tudo ...falta referir

o aspecto em que ... portanto,' é uma professora que faz d i ­

ferença em relação aos outros professores, pelo- seguinte ••

aspecto ... é que ela preocupa-se connosco, com ... p o r t a n ­

to, é uma coisa qu'ela tem é que se preocupa connosco. As

vezes temos professores, directores de turma, que .... levam

aquilo, assim . ... não sei . . . fazem .só simp.lesmente o. t r a ­

balho deles, mas ela tem. .um ... . . parece que, ....prontos, é

um dever que ela tem para connosco, preocupa-se . .'. ’.É uma

pessoa que se preocupa connosco.

OR: E, como professora, em saía de aula? Que qualidades é que ...

Milt : Ê uma professora competente ...

Jo.. : Acho que ela é uma pessoa que tem geito p'a lidar com pesso-

'as da nossa idade.

An,.-:Ter P o i s , ; é isso...;

OR: Vocês notam- que ha: algum professor- ou professora -que -tem- p a r t i ­

culares dificuldades em dar aulas à vossa turma?

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Ru . : Todos. -,

An Ter : I n g l ê s .

Eis : 'Inglês e ’ Físico -Qu ímica'. •' ' ’ • " -

OR: Não é preciso dizer quem é o p r o f e s s o r .£ dizer ... porque r a ­

zão terá mais dificuldades?...

Milt : Matemática. A dificuldade em.da.r as aulas deve-se ao c o m ­

portamento geral da turma, não é? ... Por mais que m a n ­

dem calar e "calem-se" e não sei quê, as pessoas têm ten-

■ d ê n c i a p ' r à falar cada- vez mais e ... dàí dificuldade em-

os professores darem' a matéria-. / •

OR: Mas alguns dão!?

Ru : Alguns, d ã o . ; .,

Milt’ Eles quase todos* daó . sé que ... têm dificuldade em dá-

• " ’ * * - l a ' • " ' ' • -

OR: Mas alguns, têm mais que outros?!

Milt...: Sim,, si;m. ; muitos, têm mais . dificuldades que outros. Isso

.i .jião .impede ; de eles darem ,a matériai /, . . eles dão a matéria,

• sé que depois, isso vai-se reflectir ... nas .notas. Eles

* . dão a!;maté,ria dão,e.têm dificuldade .em ,dá.-la, mas dar dão.

OR: An : Ter ., ácha que algum professor tem particulares dificul-

' dades em' dar aulas' à vossa turma? Porque é que acha que isso

• '' : acontece? " ‘ \ •

An Ter : Eu acho que sim e ... acho que isso é devido aò nosso

« comportamento nás-aulas . . . -mais ' niimas do que noutras,-,

mas *'

OR';- Porque :s e r á ‘mais- numa's do que noutras? Achã que e so .a vòces que

: • '• é* devido? "A- ráz'ã'0 •es’tà- 'sempre-em :voc-ês?^

An Ter- ■.: A razão como?

OR: A e.xplica.ção. de

0 o " !i' A causa1 soiiios nos? . -.i: - v

An Ter. .: Não sei, isso eu não sei. Acho qué não . porque, por

exemplo, a Geografia ... ah ... dá a matéria e nos ...

pronto ...

Ru-.:*.As yez;es ;( r.iem-^e K : m ,■% .....-

An Ter .: ... às vezes ... (riem-se) pronto, ela pode dar mas não

d á .

- .1.44- :

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Milt : As vezes põe-se a falar da vida pessoal.

Ru : Vá lá ...

An Ter : Mas, prontos ... isso aí, ela tem todas as condições

p'ra dar a matéria, que nós comportamo-nos bem, n a q u e ­

la aula, enquanto que noutras não ... noutras eu. sei

que os professores sentem dificuldade ... em dar a m a ­

téria na nossa turma.

OR: 0 que a Eis acha disto?• t

Eis Bem, eu acho que numas disciplinas há aqueles professores que,i 1 •

prontos, já viram qu'a gente não consegue 'tar calados me'mo

nas aulas ... já 'tão, como se diz, na balda. Pronto,uns f a ­

lam, outros falam, os que apanham, apanham e os que não a p a ­

nham não se pode fazer nada ...mas, lá outros,- pronto’ ,.. . a 1

s'tora de .Geografia tem condição ,p'a dar aula ... pois;, tem :

condições p'ás dar, mas, ás vezes, não as aproveita .....imas,

os outros professores ... há os que não têm ... Por exemplo,

a s'tora de^Saude, ela tem condição para dar aula porque ...

tirando, assim, um g r u p i n h o , porque . não sei; como ,é uma'

s'tora muito simpática, talvez a gente vá’ máis . . . 'pronto,

com o feitio dela e não fazemos tanto barulho na aula de M a ­

temática, por exemplo. Não s e i ,talvez ' o interesse péla d i s c i ­

plina seja outro. Como é ..; é Çima disciplina qu'a .gen.te ' tá ,

a experimentar pela primeira vez ... alguns, alunos,, aqueles

que não são repetentes . . . talvez tenhamos mais int.er.esse por

essa disciplina.

OR: Acho que há particulares dificuldades com alguns professores em

dar aulas à vossa turma? E porque é que isso será?

Jo - : Há ... agora,- fazendo assim ... por disciplinas., mais. .ou. me.-

nos ... M a t e m á t i c a ,. por exemplo, tem dificul.dades a culpa

é nossa ... Na aula de Matemática aquilo ... mais de metade

da turma ... sei lá ... setenta por cento da turma não liga

nenhuma àquilo, faz barulho ... História ... a culpa * não é

nossa ... A's'tora, o que dá a sensação é que. ela,não p r e p a ­

ra as aul.as, vai p'ra lá, vai pr'ás aulas, p'ra dar a aula,

'tá a dar e v a i p a s s a n d o pela sala, depois,... 'tá na outra

ponta da sala e tem ir ver ao livró^ o que é que 'tá a falar,

esquece-se do qu ' é que 'tá a falar, tem que ir ao livro pr'a

ver se se lembra. Depois, também acontece na* àúla1 dé':Hi's’t0ri!a

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é ... o tom de voz- convoque* éla d'a as aulas qu ' a gente q u a ­

se que 'tá a dormir ....depois quando começa a falar mais

-, alto a gente acorda

An Terf • A s'.tora parece. ..... , . f .

Milt *: . .. a* vi ver a . His t o r i a ela - vi ve "Vr. : • , ^ 4

Els : Pàrece que 'tá a fazer teatrò, quando esta' a dar aiiïas.

Milt : Parece que ha uns momentos assim calmos, depois ha a gue£■ v.. . . „

ra . . . ’

Jo : Ah ... Geografia? Geografia não tem dificuldades n e n h u m a !em

dar-nos a aula, porque a gente l á ^ é - . ?

Ru : Portanto, tem até c o n d i ç ã o , á mais!

Jo : £.' Tem e não as aproveita, porque ... sei lá, por exemplo,í

" 'desde 'tar' numa àulá'Inteira a falar da vida dela e fazer

pontos sobre a matéria que não nos deu ...•e assim. Depois

... Saúde ... acho’ que em Sáúde ...:ela t e m .. condições p'ra

da'r{/a aula. Nó.svpelo facto de sermos mal comportados ... a 1 -

g u n - s n a parte do fundo da sala ... ah ... não fazemos b a ­

rulho. Lá dentro, a gente cumpre, por acharmos que a p r o f e s ­

sora é uma professora porreira p'a nós ... sei1 la, 'temos'

respeito, prontos. Somos capazes-1 de não'.'-tar *a ligar nenhu­

ma, mas estamos a falar baixinho, sé assim, entr.e nós, é o

' grüpinho lá de trás, que também sou eu, ele, esta, o ....

esses ...

Els :* Os éxcêntr i cos ' ( r i - se ) ' *

J.o- : Os excêntricos ... Não, mas há alguns excêntricos que já p a s ­

sam p'o outro lado. Acho que a prof essora ' taímbém não tem di-

* fiçu'lda descem’ dar-nos a aula e* aproVei-ta-.lsso. ..Acho .que da ;.* •

• • * muito-. bèm>,‘-dá-.'a^matéria -muito bem . ;»0,:qu-e,i h-á*-mais.-? ;. . .--Ai , In-

*//'! glêVnã-o.^tem- o mínimo d e 4 condições-,-p'*al darr ; aula.^: ...r’O.k por

nossa culpa. E os outros professores ... o rest o >.a. .me ’ ma coi-

sa... ; .. * .... .„•. ,, ■ _ . . *•

OR: Diqa lá o Ru ' , . *há pr.qfessores .qu’e.,têm particulares dificulda-,.

des em dar aulas à vossa tur.rna? E porque sera?

Ru. : Há abuso e a.cho ,que não é só\ do nosso lado ...acho que ha falta.r.* * • *. * • / • . •* ' *y - • • * ** i /i* y. * * ** * f * * * • - . * *de controle e, ass.im, de camaradagem que os professores tem qu'a

* íK » \ * • * * *gente. Se ..fizessem, assim .mais, um bocadinho de pressão, não e x a ­

gerar, como a nossa-s-'tora de Geografia .. .mas ,- assim-, so um b£

-146- ' ' J

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cadinho de pressão, as’s i m ; ..qu La>. gente ... e serem mais

assim ... às vezes, esquecerem-se que são professores,,.', f a ­

larem qu'a.-gente só-hC.omo alunos .r Acho.,qu 1 isso ajudava ba£

tante.no comportamento. .

Jo : A senhora deve ficar com uma má impressão da professora de

Geografia ... (riem-se todos)

Jo- : E não .é p ’ra menos

OR: Queria agora a vossa opinião sobre i s t o . , . .. .Voces nas. diyer£

sas disciplinas que têm, e são m u i t a s . . . dez, pelo menos ...

fazem ao longo do dia diversas actividades...

... o que eu queria saber é ... .-.c.qo.siderandq, as' div.ersas

actividades que°:fazem ...y « - . . . i. •'

An Ter : Mas dentro da.aula?! • - v - -\ # s

OR: Dentro da sala de aula ... quais são aquelasv em que’ os -alunos

de um modo geral, se concentram mais? ' ' 'f -

Jo : Nos testes !

An Ter- Ah, pois nos testes-. •... *•-. ?

Milt : Sim, nos testes. ' . . . i.

Eis : Quando há trabalhos de grupo ainda é pior.

Milt : E, quando é trabalho de grupo ainda .é pior. H á s e m p r e ;ten-

dência de juntar os tais ...• y \ . , ' •

Els : ... excêntricos. V ^Milt .:"'Venham todos ‘ p '-áqui !* E , depois os . outrosivirihanr. -Aquilo é

uma bagunceira Isso.-. p 1 á n o s s a. •. vt u r ma-.’/n ã o y.ò-a % /fia 'z e r

trabalhos de -grupo . porque então v. l. é o delírio'adentro

--'da-aula. " ■ • .s < .

Els : ••• E os professores já virám le já não -fazem.

OR: Quando é que v o c ê V sè-conce’n tram ' ma is?. 1 . ; Na! ául aJ~ - . ’em U'quê

actividades? ' ' ÍV' "*■

Milt .: Em -que acti.vidade? ‘T,irandòr os testes? :t>' 'm'-K , í v ■

Jo , : Dentr:o %d a t aula? vi ' V. r 1 « i . *•«>» V - . ->l . I

■' w -- ’ ■ ;.*> > » £ 'H * • - . -V y V V y ■- i V - V f . ■' *? .' V ■ / , , í

-1*47 - .

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3o : Nos trabalhos de grupo.

Milt' : \0s trabalhos de grupo, 'por-tanto acho que. é-uma coisa que aígente'faz à -balda Acho eú' . -

E i s . : A gente n ã o . . .

Milt : Mas espera aí ... Acho que uma coisa que a gente precisa

de uma certa concentração e uma pessoa'não repara, acho que

é a Educação Física.' Ha certas coisas que precisam de úma

certa concentração ... as-pessoas podem, n ã o r e p a r a r , mas e,-

verdade.É uma coisa que nós temos que nos concentrar, p o r ­

que senão .. .

3o : . ...às vezes podem falhar alguma coisa ... prontos ...

M i l t - : Acho que é a disciplina ... .

OR: Na*Educação Física, vocês acham que se concentram quando fazem

o quê? Que tipo de coisas? .

Milt Quando fazemos o ... pois, quando é assim, típó ginastica

desportiva ... quando é a ginástica desportiva. Ha certos

movimentos que se têm que fazer, que têm que se ter c u i d a ­

do. Acho que as pessoas aí, portanto uma preocupação que têm

é pensarem aquilo que vão fazer. Não é uma coisa que 'tão

a fazer assim a balda.

OR: Comparando com as outras aulas em que não há actividade física

Milt : Sim. a gente fazemos os trabalhos óe grupo, mas é tudo à bal

da ... é ... faz, faz ... não- fa'z’, • não. faz.

Eis : Os que não fazem na escola, acabam em casa ...por* isso, a . g e n ­

te tem aquela preocupação.

Milt :- Não. há-aquela preocupação. M a s , isso já vem de nós,nos p r e p T

. .. . - cuparmos. com nós mesmos. ..Se. 1 tivermos a . fazer um trabalho de

grupo,.,... - .a gente sabe.,. ., " o h . . . e tal . . . .aquele faz" . . .

agora em ginástica a gente sabe que poderse magoar o u . q u a l ­

quer coisa assim no género e então tem uma certa preocupação

com aquilo que vai fazer. Àcho que é a disciplina qué nós

3o : E éu também acho que ... em Desenho também'é a c h o " qüe ... sei

lá, uma pessoa por muito que não goste da-disciplina-; n e m ;. do*

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professor ... acho que não é uma pessoa fazer o possível por

fazer bem é ... uma pessoa pode não 'tar a ligar p'áquilo e

nem faz. Mas, acho que uma pessoa quando 'tá a fazer aquilo,' •

também 'tá concentrado e, pelo menos, no meu caso, considera/'

do um dos excêntricos, no caso da aula de Educação Visual,

pronto ... estou ali quieto, não faço barulho nenhum e ....

e, faço o meu trabalho ... Pois, talvez quando acaba o meu

trabalho ... pois, lá começa (ri-se)i

OR: E, em que actividades é que acha que estão mais desatentos? A

desatenção é maior quando estão a fazer o quê?• ! 1

3c : Quando a professora 1 tá de c o s t a s . • 1 *

An Ter : P o i s , é isso. ••••.-

Eis : ... a escrever no quadro.

Milt : Não ... há vários aspectos para referir isso ... há, p o r t a n ­

to ... aquilo que nós pensamos do professor ... há, sempre -

aquela embirração por um professor e n ó s b u m b a .... -‘tamos. .

sempre a marrar ... não, não e não ... e a fazer barulho e

não há atenção p'a ninguém. Mas tambem ha ... aquelas p a r ­

tes se nós gostarmos d a .disciplina ... aquelas partes da

matéria em ... a gente não gosta, não sei qüe e ... agente

fecha as portas ... começamos a falar, a falar, a falar. I s ­

so também vai do modo em como as aulas são dadas e- ...pronto,

como os professores dão as aulas.

OR: Ru , quer dizer ... Diga, 3o ...

3o : A pergunta que fez foi ... dentro de uma sala quando é que nós

estamos mais desatentos?!

OR: Sim. sim. Quer falar, 3o ?..,. ... ,

3o. : Pode ser o Ru, :

O R : Diga Ru . . . “ " ‘..... *■ ‘ *'

Ru : Eu acho que é como éles d'sseram, qüando o professor'vira cie

costás p'á gente ou quando a gente 'ta mãís :j u n t o s ," >nos t r a b a ­

lhos de grupõ. Acho qüe e' isso. Ou'’èntãó qüando • e l e ' s ’ai da aula.

(todos sè riem) * ■' •* ■ ^•> •( r “ .:

OR: E mais atentos ... mais concentrados ....j

Ru : Nos testes „ . . . .

OR': Além dos testes >.. . / •

-149-

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An Ter : Eu acho que é quando a materia nos interessa.-

OR: Não depénde da actividade? • ' *• •

An Tér : Depende do conteúdo. - • ■ ‘ .

Milt ' V Eu acho que é quando a materia c h a m a a atenção de .uma pes-

soa

An Ter : Eu acho que tam'ém há ... as opiniões ...pronto, as opi­

niões diferem, não é? Pode haver úmã coisa qué eu qoste,

por exemplo, e que ela não goste ou que ele -não ■ g o s t e .

Mas ... pronto, eu acho que é quando a.mate r. ia e interes^

sante que nós estamos mais atentos nas aulas. Acho aue

não tem assim muito a ver com as actividades.

OR: A Eis , de que opinião é?

Eis : Acho ... como ela disse .... é quando o s'tor 'tá mais virado

p'ó quadro a escrever a matéria, 'tamos-mais desatentos e :...

é nos trabalhos de grupo. Mais atentos é nos testes e quando

a matéria nos i n t e r e s s a . Mas há sempre aquele ... pronto,como

a An. Ter1 , as idéias diferem ... por isso, nunca c o n s e g u i ­

mos 'tar ... pronto, com absoluto silêncio na aula, porque uma

. f.matéria, interessa a uns, outra interessa a outros. Há sempre

a.queles que -fazem barulho.

OR: 3o ' -, : o- que quer dizer acerca disto?

3o : Acho que ... sei la ... quando 'tamos mais desatentos e nos

portamos pior é quando ... o professor se vira de costas p'ra

escrever no quadro e ... por exemplo, acho também que d e p e n ­

de da posição dos aíunos na sala ... acho que, os alunos que

'tão do lado da janela, por muito que não q u e i r a m ,d istraem-se

sempre a olhar lá p'ra fora. Por muito que não queiram há sem-. * . - . I . .

pre qualquer coisa que chama a atenção .... uma pessoa .....

prontos, dispersá-se logo. =

OR : Oh 3b qual' é o aspecto .'. . que' pode1-dizer que é a

sa que 'tá aqui na' escola p'ra si-?.

3o : Os intervalos! (riem-se todos)

OR : Porquê?

3o : É porque, quando os excêntricos se juntam ...

OR: 0. que. é, que (vqcês fazem,,. t * ....

3o' Conversarmos r i-r: ■ ■ -■>

melhor* coi-

:r : . • . ; > • . •. . i ' i f • t-150-

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Milt : Só!? - -

Eis. : Contamos anedotas. A gente andamos, sempre ale.gres! ? .■

R u ‘: Sempre a fazer críticas e tudo. Estamos sempre bem disp.ostos.

3o C o n v e r s a m o s , damos estrilho. Acho que é i.sso =. . . e ac.ho t a l ­

vez que ... sei lá ... talvez também por causa da idade, da

nossa idade o qu'a gente tem de fazer é isso ... é dar e s t r i ­

lho. fazer barulho, é ... partir ... é ... (riem-se todos)

OR : Partir, o quê?

(Riem-se todos)

O R : 0 que é que vocês partem?

3o : Ah, isso é um modo de falar!

An Ter. : Desde falar com pessoas ...

Milt : Desde cadeiras ... vidros ... e coisas assim

3o : Partir o juízo aos outros!.» ' ‘ 1 *'

OR: 0 que e pior p'ra si aqui na escola, 3o ?. ■ i

An. Ter . : As aulas! ■■ . . . ■>»i 1

3o : Não, não ... as aulas não' . .. porque eu' acho que a:,gehte se

'ta aqui na escola ... Acho que'..', um pai, por exemplo ...

isto agora também tem que se levar a. sério .... um ,pai-, p.o,r

muito que queira que um aluno estude, se um aluno chegar a

casa ... ao pai ... e disser assim "oh, pai não quero e s t u ­

dar mais, não quero nada disto", me'mo que o pai lhe diga

que ele continua na escola, o aluno se quiser chumba os anos

todos e pode não querer andar aqui e não liga nenhuma a i s ­

to, balda-se às aulas e chega a um ponto que chumba por fal-» * / * * *

tas ... Pronto, o que interessa menos na escola?!...

OR: Que aspectos é que acha que são. piores?-.. v j,

3o Eu acho que ... um. aspecto que t.odos os aluno.s gostam menos.

na escola é ... o a gente .t.er- de.se .submeter aos professores

e ... e aos contínuos. Ter que nos submeter às pessoas mais

velhas, dentro da escola ... acho que é isso.

OR: Ru , o que é melhor p'ra si aqui na sua vida na escola?

Ru : Acho que são os colegas ... o que fazemos no bar. Á gente g o s ­

ta ... eu ás vezes 'tou de férias, mas gosto de' vir 'p ' á e s c o ­

la só p'a conviver assim com malta nova ... ma.l.ta q,ue ;eu aindat - i

nao conhecia, vou conhecer e isso. Coisas qu a gentç as ve-

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An Ter : ... Eu acho que ... é o convi-vio.com . os> amigos. .. . . *e ;; ,

■ : o. que o Rui disse, conhecer pessças novas e ... pron- 1

to é isso. . Achq.que' não há .assim nada que me agrade

mais, qá dentro. Quer d'zer, e também gosto de vir as

aulas ... gosto de aprender também ... mas. p r incipal­

mente é o convívio com outras p e s s o a s .

OR: E o pior? ... o pior aspecto ...

An- Ter : Acho que não há nada assim de pior...

OR: Gosta da escola?!

An Ter ': Gosto, sinto-me bem aqui.

Milt : £ melhor 'tar aqui do que em casa. Se pudesse dormia ca.

OR: Eis. , o que há de. melhor aqui na escola?

Eis.: £ os colegas ... tanTém.acho. A gente .'tamos sempre junto,já

’ tamos habituados ... prontos, uns aos. outros. Eu acho que e

• - * s ó ■isso que há aqui -de melhor.

OR: E o ,pior?

Eis : .1. Não sei. Eu acho que não tem assim nada de pior. Pronto,

•• é’ às vezes, a' gente não góstar.daquela aula. . . . n ã o nos a p e ­

tecer ir e termos qu'ir ... .. ...

Milt .: 0 pior é à gente não ter café

Eis.: Ah. pois ... mas ... «•

O R : Ru ... pense agora nesta que é gira .. . Quais, lhe pa-r.ecem ser

os principais direitos e deveres dos alunos na escola?(riam-se

todos)

Ru. : ...----

O R : Podemos começar pelos direitos! 0 Rui, como aluno, tem basica­

mente direito a que? : . . ’áqui na éscòlá '. .'. v /

Ru- : Ser tratado . como. todos !.

■ OR :* Por igua'1 ! ? - ' • - .

Ru : Pois. Também’ . ah, tratar òs prof essor’es* còmo t o d o s . £ m e ­

lhor eles fal'ar'em- primeiro . - .

Milt : • Não se importa de fa'zer outra- vez a ' p e r g u n t a !

O R : Quais os principais direitos dòs‘ a l u n o s ? .......... .

’ Milt .: Principais direitos?! Para com quem?

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OR: Dos oütros para consigo.

Milt : Respeito ... de mim para com os outros ...dos outros para

comigo ... Ah ...il portanto, como ele disse, ser tratado

por igual ... Mais deveres? .... Mais direitos? ....

OR: An Ter , que direitos acha que tem aqui na escola?...

An Ter : Como aluna?

OR : Sim e ... como pessoa!

An Ter : Mas, ... por exemplo, em relação tam'ém aos p r o f e s s o ­

res?

OR: A toda a gente ... Como aluna da escola deve ter direito a que?

An Ter : Eu acho que devo ter direito a ser respeitada, tanto

por professores, como colegas ... contínuos ... tudo.

Que eu também os respeito. Àh .... e pronto, a ; ser t r a ­

tada de igual modo .... como os meus colegas s ã o ;-.trata-

dos, eu também quero ser/tratada da.mesma m a n e i r a .....

Acho qu'é só isso. Acho que me devo portar bem, tom'em.

OR : Os deveres?!

An. Ter : Ah, o que eu devo fazer?! Devo estudar (todos se riem)

... Ah . . . o

Milt : Deves!!! Isso .... Deves te portar bem. . > •.

An Ter : Pois ... Devo-me portar bem. .. . . . ,u :t

Milt : - Deves passar de ano. ■ : ■ ■ • ,

3o . : Deves ! ! ! ■

An Ter : Pronto, acho qu ' é isto.

OR: Eis , quais lhe parecem ser os seus deveres e os seus direitos?' • \ . - • • i H ’ . '

Eis : Bem, vamos la a ver ..... Primeiro ser tratada.de igual modo,

como os outros. E, acho que também tenho o direito ...prontos,

a que os professores ensinem a matéria' como deve ser ;. . . não

andem p'ra aqui numa balda. Deveres? É passar o a n o e s t u d a r - . . .

ter respeito pelos, professores e pelos colegas ...

OR: 3o , quais lhe parecem os seus direitos-»e deveres.? - .

3o . : Eu acho que direito é ... por exemplo, uma- pessoa .quando v.em-

p'ira escola o primeiro direito que tem é aprender .... o d i r e i ­

to de aprender ...

i .

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Mil t : Ah, isso é u m dever! - • - * • ,• ■

An- ter : : Não, "e um'diréito!- ' ' ’ ’ 1 ' ' -

3o É um direito!... Ah, outro direito ... sêr tratado de igual

modo, como os bétinhos (riem-sej.

An. Ter- I.sso é verdade. Ha professores que gostam mais,dos be-

•-tin.hos.do que dos outros.

3o- •: Ser tratados como' os bétinhos é os professores dirigirem-

--•se-a nós do mesmo ;modo .que se dirigem a eles, nâo .serem ^gres^

si vos .... Porque senão .... ele já sabem como e que nos s o ­

mos e depois nós respondemos logo .... Deveres? A gente nos

os cumpre ....

OR: Pois,, mas .aqui. não inter.essa ... quais são os deveres dos alu-

nos?, .

3 o ' : ' Ah • ... os deveres dos alunos . . . é ..‘..portar-se bem, estudar

e ... passar o ano ... passar os anos todos .... ser bem e d u c a ­

do. manter a calma ; .

Mi 11 : Ë isso !

ÒR: " E , quais 'são os direitos é os deveres dós :professores?

Milt : Ena pá!

An . - T-er‘ ‘ : Ai ......

Éls\: Issò já não sei .'. . . •

Milt :,0s direitos e os deveres dos professores?!

3o : Ë quase a mesma coisa.

Milt ■: Eles tem como direito ... serem tratados... como tal ....

Ru.: .... Como tos os outros ...

Miljt : -.Não, 5.çrem-tratados como, tal, n'.e?!Têm direito a serem tra,-

tados como ta 1. . v porque . eles nãp tratam .... sabem como e

Eis ‘Uns tratam-nos melhor - e- outros .tratam-nos* pior.- •

Milt : Um dos direitos que eles têm é serem trátadòs como tal...

Ah .... direito não 1tou assim a ver m a i 1 nenhum.

OR: E o que quer dizer com ...esse como ta 1? Como que?,

Milt : Como'ò 'tipò'‘d é :-'pèssoa q u e é . •- '• 1 •

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Eis : Difere dos professores .... , »■

Milt : É que há professores que têm problemas e depois d e s c a r r e ­

gam em cima de nós e a gente não tem culpa. Por isso» e que

eu 'tava a d'zer que devem ser tratados como tal... A h , d e ­

veres? Deveres! É os deveres para connosco?! Deveres para

c o n n o s c o ’é ... é ensinar-nos, é ... respeitar-nos, como nos

respeitamos ... ah .... compreender, de uma maneira geral,

os alunos. Acho que não tem.mai'' nada ....

OR: A An Ter .... o qué acha sobre os direitos e os deveres dos

professores? ;

Ana Teresa: Ah ... eu acho que já disse quase tudo.Mas acho que ...

o principal eles devem tentar compreender .... os a l u ­

nos ....devem tentar entender que nem todos são ... da'

mesma maneira .... e ....dentro dos possíveis, devem

tentar compreender-nos, mas eu acho que nós tamfrem de-<

vemos tentar compreendê-los .a eles ...... Acho que.#jisso

p'ra mim ..... isso é o principal. •

OR: Eis . . ’ ;

Eis : Acho que têm direito a ser. respeitados .....Deveres? Têm fo..de.-

ver de nos ensinar .... têm o dever, pronto, por mais que um

aluno se esforce tentar sempre entender ... porque e que o

aluno não consegue chegar aquela meta .... porque, n o s , p o r •

vezes queremos atingir uma meta e . . . não c o n s e g u i m o s . a(tingir

e eles têm o direito de ver... o dever, o dever .... dei ver

que nos não conseguimos atingir por qualquer motivo e ai tem

que nos ajudar.■ , ,1 |

.. . ♦ 7 t “

...... • . i ■ t : |

OR: 0 3o ......

3o : Eu acho primeiro que um professor.... quando tira u m s c ú r s o * *

p'ra ser professor, numa escola, assim cómo èstá, ri'ó?... d e ­

ve saber logo que vem p'ra cá, não vem ter muitos direitos,

n'é? (riem-se)Isso, é .a .primeica- . . ., Bem,- quer *d'zer ,vem al-

gumas isso .'....depende depois dos alunos de cada turma ....

mas acho que um professor que quer ser professor pensa logo

que ... se vem ... é .... acho que sei lá .... fazendo uma

comparação assim um b o c a d o ^ . . . ’. c o i s o ...: sèi 'la ‘-,e ' a -

me'ma coisa que um soldado ir p'a uma. g u e r r a . q u a s e ,. . . 0 p r o ­

fessor vem p'aqui, coiso .... não vem p ‘aqui p'a sofrer, n'é?...

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II

mas . . . e l e já sabe -que vem s o f r e r •.v. 'Portanto *.. mas,tem

o direito de ser respeitado ;é'isso que eles j á-'d ’ sseram ,

prontos ... Os deveres dos professores são os nossos d i r e i ­

tos. Acho qu'e isso. ! '

An Ter Oh, 3o Mar , esta foi óptima! (riem-se todos)

Milt Tens q u ’ir p'ró Parlamento.

OR: E o Rui i ...

Ru.:.,Acho q u le l e s - j á i d l;sser.am:tudo,.>.*.-Sim} .>um dever deles era t r a ­

tarem os.alunos, todos.da..mesma.maneira ... que eles,.as..vezes,

.... até parece que têm medo d ra gente, tentam domar a gente ....

. vêm, às vezes, na juventude uma nova geração desordeira, ou co-

,mo é . q u e - é : ... n ã o s e i .

Miít T: É a hierarquia!

Ru : .... uns desleixados .... e, não é bem assim, às vezes. Não

tenhó,' assim, mais nada a d'zer. • • . .

OR: ‘Ah '.•..'•penso que acreditam que tem que haver regras dentro d e :

- Líffi a ' s a 1 a d e a u 1 a . . '.

Milt Sim!

O R : Ah ... quais nos parecem ser. as regras fundamentais a respeitar

numa sala de aula?

Milt Comportamento ...

• O R : Que r regras ,é. .que acha que são básicas para uma sala de aula f u n ­

c i o n a r ? . . . Diga,-. .. .. , ,, . ,

Milt : Um comportamento de certa forma moderado ... não e ; ’tar ali

calado ...... ,

Jo. .Nós não asornos .bonecos-... .

Mill : - Ah ... acho q u ’isso é o fundamental. De r e s t o . - b a s e i a - s e

tam'ém na maneira de falar com o professor : . . f Ah . . . de .•

resto .... acho que não há assim .... o fundamental é m e s ­

mo o comportamento dentro de uma saia de aula....

An Ter« : .A • pergunta é o que.é- que. é pr.ecis.o estar numa sala de

aula, como deve ser?!

O R : Sim, que regras é necessário que existam, para que func.ion.e

uma sala de a u l a !

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zes ... no. bairro.e isso 'tamos fartos ... sempre as mesmas

caras ... Depois uma pessoa chateia-se com um e depois há um

que é mais ligado a outro. Aqui,, por acaso, assim, nâo a c o n ­

tece isso ... há convívio aqui. Não gosto de ir p'ás aulas ..

mas conviver, assim, com os colegas ... e o melhor.

OR: E o que é pior ... aqui na sua vida na escola?

Ru : ... fls vezes é ... não sei como é que hei-de explicar... as

vezes é ... s 'tores que, não olham p'á gente, assim, como ...

os alunos, ah ... tentam meter grupos diferentes . .. aqueles

que eles gostam mais e aqueles que- não gostam. Se a gente faz

alguma coisa errada ... eles tentam-nos tramar ... dóutrá m a ­

neira, não é?! Não, tudo assim pela ordem ... mas tentam' t r a ­

mar o aluno. Vão mais, assim, pelo grito do aluno ;.. pela

graxa, como se costuma dizer. Isso t a m 1ém não gosto ...l|,çÍel res

to ... "' ;í I

OR: Milt ., o que acha que é melhor aqui na sua vida na escola?

Milt -: Na escola?! ... As miúdas (riem-se todos) ...e não só!-. . .

os amigos. É os amigos ... Aqui na escola.não há,.assim,

m a i ' nada que me impressione a não ser os amigos. Eu'gosto

mais da escola é só por causa disso ... de resto n ã o 1 há, a s ­

sim, mai' nada que me faça gostar 'd a'escola.*' r

OR: 0 que é pior p'ra si na escola? ... Que aspecto e que ...é mais

negativo? ’ • : * '* *

Milt : 0 Conselho Directivo. Ah .;. 0 Conselho Directivo p o r q u e á s

vezes na escola a gente temos que nos submeter a outras p e s ­

soas ... . ... ... , 1 ,

Ru..: ... e, ás vezes, ate a certas injustiças ... •*

Milt : ... e eu, pronto, sou uma pessoa q u e . . . g o s t o é . . . d e r e i -

; nar ... -■ . - : :

3o : Cuidado aí * v ... • . .K • * 1 » » * i t

Milt Pronto, há certas coisas que eu não gosto de me submeter e ..

pronto é por causa disso ... porque eu já tenho tido muitas

chatisses cóm o Conselho Directivo ... é s ó isso. 1

OR: E a An Ter ... o que acha que é melhor p'ra si aqui na vida

na escola? .......... ,

-157-

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An Ter . Ah ... eu acho que é também o comportamento.Ah ... mas

acho também que ... pronto, não deve ser uma regra ...

mas também deve haver um bom ente.ndimento entre profesr

sores e alunos, p'ra se poder dar uma aula como deve ser.

Ah ... pronto é isso e o comportamento, é o entendimento

entre professores e alunos ... acho que não e m a i 1 nada.

OR: Diga Eis ....

Eis : T a m b é m 1acho que é o comportamento ..;5em c o m p o r t a m e n t o •uma au-

• *"lãÍ!:'.: ' "" ’ ■ ■■i . _

OR: Está bem, mas vocês falam de comportamèntò de um módo muito vago

formas concretas . . . .; o que é que os a l u n o s • devem fazer e o

• .que os ..professores devem fazer para que uma aula funcione bem ...

Que regras?

Eis-: Devemos estar, com atenção à aula . . . p r o n t o , não ser d e s o r d e i ­

ros dentro da aula, para que o professor tenha condições para

dar.a aula ... Depois devemos respeitar o professor p'ra que

também ele nos respeite a nos .... Acho que não tém assim mai

nada ...

OR: Do., j, o que. acha ....que regras é que devem ser respeitadas?...

Do : Sé uma coisa ... mas depois não vai publicar as regras p'ra

uma aula, pois não?! (riam-se) Sei la ... regras para o bom .

funcionamento de uma aula ... sei lá ... é .... desde logo de

princípio haver um bom entendimento entre alunos e professores

e entre alunos e alunos. Ah ... sei la. não e silencio, mas

pouco barulho (riem-se) ... Ah ... o comportamento ...

' '" d e v e ' ser'u m •bom comportamento ... e devemos- ser bem educados

para com os professores ... o que, as vezes, tam'ém não a c o n ­

tece .... ,e.os professores devem ser bem educados c o n n o s c o . ..

É isso.

OR: Ru. ... quais.lhe parecem ser as regras basicas ...

Ru : Eles já disseram tudo. (todos se riem) ... Acho que o f undamen­

tal, acho que é sé ... a camaradagem que existe entré os profes-

soreb è os alürYòs Acho'que é so' isso . na minha maneira' de

v e r . ** ' ''

O R : Ah ..I a c h a m 1 que ‘devia hãver uni momento",'‘em cada disciplina, para

. f à.lar .. na s . r e g r a s : a cumprir?... E quem é que .de via ..ditar as regras?

-158-

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An Ter. : Ditar as r e g r a s ! ! ! ? "

OR: Fazer as regras.

Milt : O Conselho Directivo devia ditar as regras.

Os outros: Não, não ... professores e alunos! ,

Milt : Ah ... isso a .gente costuma fazer...até temos uma. d i s c i p l i ­

na em que a gente faz isso todos os anos ... B i o l o g i a .A s'to-

ra dita as regras ...

Eis : ... Sé qu'a gente nunca as. cumpre! v

Milt Pois, ninguém cumpre as r e g r a s , : mas ..."'pôr ’ acaso a p r o f e s ­

sora até dá uma lista de regras ...

OR: Acham isso bem, que a professora apresente uma lista dé r e g r a s . . .’ * • . ' > * * *

Milt : Acho que sim ... se é ela que é professora daquela d i s c i p l i ­

na ... ela é que deve ditar as regras que ... se devam a p l i ­

car naquela disciplina ... Ha certos cuidados a ter ... ha

certas coisas que não se devem fazer ... Acho que cada p r o ­

fessor ... cada professor na sua disciplina deve ditar as

r e g r a s . . .

OR : Estão todos de acordo? * • :t.

An Ter Acho que sim. Mas o que também deve de haver é ... é um

entendimento entre professores e alunos ... sobre as r e ­

gras. *

OR : Ha os professores que ditam as regras e os.que não . falam d e l a s ,

s e q u e r ? ! . .

An- Ter . Acho que sim, que ditem as regras, mas ..i

Milt : Acho que sim ... que, depois há sempre aqueles ...

An Ter : Acho que ditem, mas... nos peçam opinião, prònto.

Ru : Fazer um acordo com os alunos. E isso!

Milt Depois quando chega a altura dos problemas ...depois "eu d i s ­

se que era assim" e assado ...

Ru :" Eles podem d'zer uma coisa e a .gente n|p concordar,...

do : E se o professor . . . c o m o a professor a de- Biologia . . lê s e m ­

pre uma vantagem que ela tem ... se nós fazemos alguma coisa

-159-

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de mal diz l o g o ’" ah' ... as regras"! (riem-se t o d o s )...."vo­

ces estão avisados desde o princípio do ano" e não sei q u ê . ..

é sempre uma vantagem q u e -um professor tem.

OR: Em termos de funcionamento acham que isso é melhor para o funcio

namento da turma?

An Ter : Acho que não tem nada a ver.

Milt .Acho que sim . .. mas .é que é v.e.rdade ! . . . , porque há certas

. disciplinas em que, as pessoas não -sabem .os cuidados que d e -

vepi ter.. Por e x e m p l o ,. a Biologia há certas- coisas que ... há

. certos cuidados -que devemos ter., especialmente, em salas ,onde

. nós' temos.bilhas de gás Há pessoas que não se apercebem

.... .. do perigo.,que aq.uela sala tem . . .

3o ' : 0' gás n a n o s s a e s c o l a ’ 'tá cortado.

Milt : 'tá cortado ali naquela sala, mas na outra 'tá a funcionar.

Há certas coisas que as pessoas tem de ser chamadas a a t e n ­

ção, porque não ..fazem a mínima ideia do perigo que pode e s ­

tar naquela aula .

OR: Pensando nas regras básicas que se devem cumprir numa sala de

aula ... professores e alunos ... quais nos parecem ser aquelas

cuja infracção é mais grave?

Milt ' :‘É o comportamento!

Ru : Acho. que .é falta de' e d u c a ç ã o , falta de respeito.

Eis : Falta de respeito leva ao mau 1 c o m p o rtamento.

3 o * : T u " p o d e s 'portar-te mal numa aula e não seres ... não seres-mal

‘ v educado, riem 'desrespeitares um professor.

Eis : Acho que sim, acho que é o respeito e o comportamento.

Milt : Daí ... é o comportamento ... isso traduz tudo

3 o : Agor a... por exemplo ... .ia agórá dar'um exemplo. Um aluno da

mínha turma do arid'passado ... não sei o que lhe aconteceu e

dépois J . . qu 1 eie V . .' nem sei se lhe 'aconteceu alguma coisa . . .

más pôs uma’ pirofessòrã a ' chorai* i .. ‘por causá da‘ má educação

... desrespeito ... agredir v e r b a l m e n t e . . . : e , p r o n t o s pôs a

professora a chorar. Acho que isso aí é o pior que há ... .

Eis : ... por. ser uma -falta* de-.respeito,.. • • .

3o : Muito mais por ser a uma mulher ! Não ' é q ü e P e u :'ãchè que as fflUl^e-

-160- '

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res e os homens têm direitos diferentes,, mas ,, e alquilo que

se diz "é uma senhora" ... e muito mais aquela que era,

a s s i m . . . não era velha, m a s . ...

... 3a tinha.um bocado de idade.i í

3a tinha idade p ' a ser mais que nossa mãe. ' ' m

: Tinha p'ai uns quarenta e tal.

E eu acho que uma pessoa qu'a gente ve que •'ja tem'idade p-'a

ser nossa mãe ... acho ... so se -. . . e me ' mo- assini, acho que

não se devia fazer, mas às vezes acontece, a gente... so se

desrespeita um professor e so s e e mal educado p'ra ele se ele

é p'ra nós o u s e vemos que ele 'tá a cometèr uma injustiça...

Como também já me aconteceu o ano passado. Eu começar a m a n ­

dar vir com um professor e tal e depois, ir p'ra rua, i n j u s t a ­

mente. É isso ...

Milt : Coisas da vida! .

OR: Ru. , quais são as regras cuja infracção é mais grave? :

Ru : Acho que é, não respeitar o professor... acho que.é essa a mais

grave de todas. • .r

OR: A que chama não respeitar o professor?

Ru : Às vezes e ... a gente faz um acordo em dar uma aula ..., ha t e m ­

po p'ra brincar, há tempo p'ra estudar, e os alunos fazém, esse

acordo com o professor e o professor faz c'a gente ...". ha um':<acor

do e a gente não o respeita. ... Só é p'ra brincar! f ■ : .1 j

OR : A que chamam um aluno indisciplinado? 0 que é p'ra ypcêsT um al,uno

indisciplinado? Acham que os excêntricos são indisciplinados?

Milt Não. . . . , .. • ■

An Ter : Não, n ã o . . . .

Milt :. Às. vezes, é utilizado o termo à toa, .... as pessoas, não sab.em

... Mas o que é um aluno indisciplinado? Bem,.partindo do prir^

pipio... ... um.aluno indisciplinado e aquele que desrespeita t o ­

das as.regras e deveres e. ,. . . direitos dos o u t r o s ... P o i s , basta

dizer isto. ; •. ,, . . .

OR : An- Ter ■ ;

An- Ter- : Acho que sim ... é aquele que não cumpre-absolutamenté -na­

da das r e g r a s ..... . r .. - : : . * -v

Eis :

3o :

Milt

3o. :

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Ru:: Concordamos com o Milt , todos. r - . '

OR: Em que é que i s s o : se traduz1, Ter ; ? 3á- conheceu um aluno i n d i s ­

ciplinado? _ . [11

An : Ter : Sim!, (riem-se, todos) 11

OR: Porque é q u e o classifica de indisciplinado? .

Milt : E u , por exemplo, posso falar por mim, porque eu quando a n d a ­

va la em c i m a . . . p a s s e i ’pòr üma fase em'que agredia f o r m a l ­

mente bs professores e batia nos professores (os' outros riem)

e ... eu era. m è 1 mo indisciplinado, me'mo- até ao último pon -

to

Ru E os-professores não t e f az i a m n a d a <!?.'■• •

M i l t ’ ;: É b e r á muito r e g u i l à .... Ser indisciplinado parte daí ... p'e£

der o respeito ao professor e . .. agredi-lo verbalmente e f i ­

sicamente ...Acho que p 1ra"mim um aluno indisciplinado e isso

Agora 'tou regenerado!...

Eis : Nos portamo-nos mal è não somos i n d i s c i p l i n a d o s .Pelo menos, eu

•nuncá agiredi* um professor, nem ver balmente , : nem' fisicamente.

• ' * Mas Isso ...ser i n diseiplinado é isso ... Às vezes, os p r o f e s ­

sores usam essa palavra, p r o n t o ... eles dizem que nos -somos i n ­

disciplinados... eu acho que não somos ... comparados com c o l e ­

gas que já tive ... até acho que sou muito bem comportada.

OR: 3o Mar , o que é um aluno indisciplinado?

3o .: ... aluno ou aluna ... se é aluna é grave.

An -Tèr*', • ': Porquê? : *

Eis : Sempre é mais feio.

An. , Ter.. ; . mais feio porquê?

3ò :-É-mais: feio.- ‘ ' ,* •

An. Ter : Bem, nãb vamos discutir’ isso V..

3o. : Um, aluno indisciplinado.. eu acho que ...indisciplina na es-

• ...cola? ... P ’ ra .iá indisciplina na.escola é a me'ma coisa que

. indisciplina, lá . f o r a , na , sçc.iedade ...,E normalmente lá fora a

indisciplina ...o,que., come te indisciplina quando é i n d i s c i p l i

■ na -mesmo . . ; normalmente o. que ,pode, aconte.cer é ou. a polícia ir

lá ou pagar . uma, mul.ta. .ou, ser. preso : ou. qualquer coisa ... ou ser

condenado à morte...

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Milt Isso é na China! .i • • >•;. -.••••

OR: E nâo- só! Infelizmente está na ordem do dia!. * • • . . •

Milt E nos países canibais ... ,

3o : Portanto, eu acho que ... a indisciplina na escola é ... uma

coisa que ... sei lá ... é routra» coi sa que devia receber cas

■tigo, da parte do Conselho Directivo ... Há bocadinho 'tava

,a falar daquilo lá do gas ... e que houve um aluno. na; turma,

que acendeu um isqueiro e queimou outro aluno ,. . . (i

OR: Acha que isso é uma atitude de indisciplina?

Jo : Acho que não ... acho que in .. dis ... ciplin'a é quando ...

é uma coisa premeditado ou-qualquer coisa.:.. O-alunotsabe

"vou fazer isto,.qu'é. me'mo p ' ra . . . p ' r a chatear"... é quando

o aluno sabe o que 'ta a fazer. Mas agora como aconteceu à q u e ­

le aquele que queimou o outro ... (ri-se)• • * . * * .* *

Milt : Aconteceu àquele aluno ... (ri-se)'

OR: 0 3o fez o paralelo entre a indisciplina na escola e n a s o c i e ­

dade, então uma pessoa que . . ; sei lá. numa reunião de.i.amigos,

sabendo que há lá gás, acende o isqueiro e queima o parceiro,não

é um acto de indisciplina?

3o Naquele caso não era!

Els.: Ele se calhar não tinha intenção de queimar.* <, • i• ' • ; '*> •

3o ; : P'ra já eu não tinha intenção de queimar. 0 Milt 'tava daqu£

le lado e eu 'tava deste e eu pedi o isquéiró, áchó que foi' a

ela ... pedi-lhe o isqueiro e ela nem sabia ..;. Por acaso \t,ava

tudo às escuras, por causa dos acetatos e nem vi a professora

que 'tava me'mo aqui à frente. Eu pego naquilo e começo a q u e i ­

mar o Milton ... mas na brincadeira só p'ra'ele sentir'o quen-

tinho daquilo, qu'era p'ra depois eu tirar o isqueir.o.",Só que

eu via que aquilo nunca mais fazia nada ... parece que as c a l ­

ças tinham lá uma coisa qualquer ...eram elásticas ou que é ...

è aqui lo é dè repénte, deu de r e p e n t e . . . ah . ..'::iá' amandando

uma cabeçada n a ’professòrá .1. amando um salto e .;i(riem-se

todos).Ah ... tam'ém se nãò tivésse acontecido *• isso ‘ éü • sei que

ele tinha-se contido, não tinha gritado .:. era c à p a z ‘de fazer

assim qualquèr cóisa ,' más não tinha' gritado; mas 'dà' maneira c o ­

mo foi.J. Acho' que isso não foi nenhuma indisciplina ;..

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O R : Então o que foi? ;

3o. : T o l desrespéitaí uma regra . *■*«»■ .• : : * ■

OR: E um acto de indisciplina o que é?

3o; : Um acto de indisciplina é eu, por exemplo, chegar' l á ‘ aò’ pro-.1

fessor de Matematica e amandar-lhe um soco ou isso.

O R : Rü:.',’ o que é para si um aluno indisciplinado?

Ru : í aquilo que eles d ' s s e r a m . .. Ha brincadeira. n'e? ... por c a u ­

sa do' João, mas, às vezes, é aquilo que lhe disse...uma pessoa

exagera, n'é? J’. . a confiança que lhe dão, ou á confiança que

ele tem, por exemplo, nas aulas ele exagera ou então, isso t a m ­

bém que ele disse ... E é um alüno .não respeitar òs professores,

mas também os colegas ... pensar que támbem tem que pensar nos

colegas ... '• -• • ■

O R : Vocés agora pensem'nos alunos mesmo indisciplinados' .. .

Eis : Mas da nossa turma?

O R : Não só,!. ,

Milt : Eu já pensei num!

Os outros: Eu também, eu também! ' '

OR: Então, a que acham que se deve essa forma de estar na escola?

Milt : A que é que se deve? As causas? Eu posso fdlar por mim, p o r ­

que aconteceu-me,^ mim.... Portanto, isto foi ... isto acho

que vai do agrado familiar ... vai dás coisas que se passam

em casa. Nessa altura, eu não tinha assim um ambiente * famili­

ar muito famoso ... prontos, e issó vái-nos influenciar. Nós

vamos de casa com uma certa pressão e um certo nervosismo do

que se 'ta a passar e depois, acho que témos cèrtá tendên­

cia em chegar à esçola e . . .

3o : ... deitar tudo cá p'ra fora..

Milt : Pois, pôr o problema, más ..1 não é pôr o problema dê uma m a ­

neira, assim verbal... acho que é . . . acho qué . . !i a maneira

como nós pomos o problema é , assim tipó' vingativo i'. . p r o n ­

tos é de quem quer vingar, de quem quer tirar satisfações d a ­

quilo que se passa em casa. Eu ... por exemplo pronto ... metia-me

.comos professores 'távamos numa ' sá l a ; 'màs ; os p rofesso­

res a d v i r t i a m - m e , ’mas ... éu àpròvéitàvd a " o c a s i ã o 1p'ra d e s ­

pejar J..1 vinha a c o n v e r s a p ú x á v a ' d e p o i s " era'

-164-,’. : •

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OR: Isso acontecia com todos os professores . . . . . . -, ..

Milt Ah ... especialmente com o s-tor-.de M a t e m á t i c a -.. ..foi : um

dos agredidos (ri-se) ...

Ru : Coi tados ! . . . . . .

Eis : É‘ra o Pe- j? ! • ‘

Milt. : Não, era o bigodes. .'. o Hen.. Eu aproveitava s e m ­

pre aquela ocasião de me repreenderem, porque ... eu alem* ■ ■ • • . " ‘ -. • 1 : .-í • .

de ... já me sentia repreendido, assim, em casa, não assim

directamente, mas ... prontos ... com aquilo que se p a s s a ­

va em casa ... e, chegava às aulas... prontos, à mínima re-■ ■ • ■ • : ■■ .’v■ • • • . ■ .

preensao eu ... levantava-me logo e ...aquilo era um-circo, . ■ . . ‘ jí- -(ri-se) ... P o i s .

r '* •• V-) 'OR: An. Ter ... a que se deve ... . .-r.i.

I ,

Ana Teresa: Eu acho'que é ‘devido, também- ao ambiente familiar,..-, mas

também pode ser ... à maneira das pessoas serem ... há

uns que se querem evidenciar dos outros, tam'em ... Pode

ser... t a m ’ém pode ser da maneira das pessoas' s e r e m ,

mesmo ... ' /

Milt .: Isso há um caso! . - ' i-

An Ter • : Há um caso? !•••••' • ' . • •; :

Milt ; : Houve ou há ! ! ' -

An- Ter. .: Tudo bem! Mais eu acho q u 1 é isso ...

Eis : Eu acho que também é dos problemas em casa com os pais ... e

mesmo sem ser problemas com os pais ... problemas que nos arran

jamos com a escola, porque andamos chateados, vamos chumbar ou

isso ... andamos naquela depress.ão e temos a mania de d e s c a r r e ­

gar nas aulas ... Acho que é isso que leva à indisciplina...

OR: 3c

3o : Eu acho que o que leva à indisciplina ... acho que o Milton dis

se uma coisa e tem razão ... ,às vezes, devido ao agregado f a m i ­

liar, sei lá ... p o r . e x e m p l o , os meus pais são divorciados...

na.altura em que eles se divorciaram não me a c o n t e c e u (n a d a , por

que eu ainda era ... foi há quatro anos ou qu'é que foi ... ain

da era pequenina, andava, na escola lá em cima, 'tava a acabar o

. sétimo, ano ou qualquer coisa assim . . . e t ja '.. . . a s s i .......

já não.,me aconteceu.nada ... Fui c'a minha.mãe 1 á p r a ferias e

tal .... e ... até durante muito tempo não vi o mèu pai. Depois

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voltei p'a escola ... e a minha rriãé até-diz-que foi a par- ’

tir dç> ..tempo em que eles se div.orci.aram que eu me comecei

- a portar mal ... . nas (.aulas . . . e u lá em cima era.um bétinho...

OR: E o ano 'passado era mais b é t i n h o q u e este a n o . . .

3o : Não ... Se eu me portasse como o ano passado ... 0 ano p a s s a ­

do eu ... eu.vivo com a minha mãe, mas eu com a minha mãe em

cas.a, eu não posso fazer riada ... por exemploi éu gòsto de üm

estilo de música que aqui quase todos gostam, que é a Heavy

Metal ... assim pesadão ... e,eu por èxemplo, o meu pai c o s t u ­

ma-me dar pelos anos cinco contos e eu o que e que ''fui fázér?

v Cpm os’ cirico "contos comprei1 logo úm duplo álbum e a-minha mãe

...começou ali ... quase que me iá partindo o disco e não sei

quê. Eu tinha recortes d e . revistas ..que eu comprava, que a minha

irmã me dava ... que eu tenho uma irmã mais velha, que é do

casamento anterior a minha mãe ...Em casa, a minha mãe não me

deixa fazer nada, repressão em casa... não-posso discutir com

; a minha i r m ã , .não posso, .bater na minha.irmã ... às vezes, coi -

so. , custa um bocado e então lembro que o ano. passado ... que

este ano não fiz metade disso ... chamei nomes a uma p r o f e s s o ­

ra , nomes mas não foi nomes coiso ...

Milt : Não foi nomes obscenos ...

3o- : Chamei-lhe surda, mouca ou não sei.quê ...já nem me lembro.

Foi a de Francês ... foi a professora de Francês. Era um sába-

: dó e a seguir eu desabafei logo com o meu pai... aí o meu pai

‘ ‘ 'já:q ü é r i a i f a casa e d i s c ü t i r c ' a m i n h â mãe e nâo'sei quê...

■ prontos', é isso V. . o ambiente ém casa é que . . .

OR: Acha que é só isso, 3o ?!

3o : Isso também vai da maneira de ser das pessoas, não?!

Milt .: E de alguns professores, também.

0R.:: Ri*: a ,que.,atribui ... ...... , .

Eis : Façó minhas as palavras déles! (á brincar) ••

An Ter : Acho que sim! ( a brincar)

Ru : É o que eles disseram e rião é só Isso. Às vezés é'òs pais, por

exèmpió: . . estimam de- mais um -filhote depois o Afilho não vem

• “prèpárado cá p 'ta1 fora cómor os oiitros . • • . * *. ••

...... , • • . .' •••. - • • * • • • - >■' ' •- •

-166- -ï :,'..

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Milt •: Sâo chamados os bétinhos! i'.\

Ru: : Pois é isso, acontece! Lá no bairro ... por ácaso não é bem

os pais estimarem-no muito ... é que teve problemas de- asma

quando era pequeno e a niãe nãÒ o deixava vir, a r u a , . . . %ele >.

nunca podia vir à rua e agora tem dezassete anos e cada vez

que ele vem à rua ... agora por acaso nem trabalha ... os

pais nunca estão em casa ... Quando vem p'á rua nunca vem

assim p 16 pé do pessoal da idade dele ... vai sempre ter c ’

os putos. É lá que ele deve sentir-se bem ... Nunca tomou l i ­

berdade ... agora 'tá a abusar dela. Acho que é isso ...

OR: Quando alguém é indisciplinado como ,é que acham q u e . se d.e ve .

proceder ... na escola?.

Milt : Como é que se dève proceder?! ' ' ' ''•

OR: 0 que é que se lhe deve fazer? 'r . . * ' V ‘

Ru : Compreensão ... . . . • ' " « »\ t »

Àn Ter ' : Eu acho que sim que se d e v e ■c o m p r e e n d e r ..: P r i m e i r o ,

acho que ..V se deve’ v e r . . . o que . pronto p o r ­

que' é que o aluno e in .... , . . ‘ '

3o :... o que o levou à indisciplina ...

An. Ter :'É isso. Mas ... e depois ... se não tem razão ,"ÍH‘ -eu

acho que se deve aplicar as penas. 1 v.vu-f-

Milt. : Pois ... .a-pena. deve ser. aplicada depois de se av.eriguar os

i , factos... portanto, aquilo, que, o aluno anda a fazer ... Por-11

I tanto, eu era p'a ser expulso da escola ... e u , e r a « p 1a ser

expulso da escola ... mas, primeiro foram .averiguar os facl“

tos que me levaram a fazer aquele acto de indisciplina...

OR: Este ano?

Milt : Não,foi no sétimo ano. Foi convocado lá ...os meus pais e

depois tiveram ... portanto, chegaram à 'conclusão que era'-

do ambiente que se gerava .em casa e.não.sei que e .... m a n ­

daram-me ir a um ... a um psicólogo, (todos se riem)

3o : Eh pá, psicólogo é p/a malucos!

Milt ■: Eu fui,- não sei .quê, mas- ... digo. uma ;ç,oisa .a,quilonão vale

nada. não ... não ..adianta. nada;. Pto;r.ta nto4, v\a,ch.o q u e . sim , q u a n ­

do uma pessoa não tem razão, acho que sim, que deve ser apl£

cada a pena respectiva ... agora ... depois de averiguados

-167-

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‘ os factos se verificar que ò que levou a pessoa.a come-

tèr um àcto dé indisciplina foi ...devido aos problemas '

que o aluno tem ... acho que aí é de ponderar o assunto.

OR: Els'-i

Els : Acho isso que ele disse ... não tenho mai nada p'a acres­

centar. v: • ' • '*

3o : Eu acho que ... quando um aluno vai p ’á rua, eu achó que só

isso .1a é castigo suficiente ... Èu acho què um aluno ao ir

p'á rua ... um aluno não fica orgulhoso de ir p'á rua, acho

que isso é estupidez ... • ■ '•

Mi lt

Eis

3o

: Alguns!

A l g u n s !

Alguns, pois! Eu acho que ...além do ir p'á ,rua o que é que

o Conselho Directivo vai fazer? Mandar-nos um dia para casa?!

É só p'ra nos lixar ... depois fica lá no cadastro e colso ...

• depois 'tá lixado-.;; pois, é isso (riem-se).

OR: Ru , o que acha que se deve fazer a um aluno indisciplinado?...

Ru-:.Acho que de.ve .ser punido conforme os actos que fez, n'é?!Não

é .. . . não concordo lá muito com o que o 3o disse . . . que o

aluno basta ir p'á rua que já tem o castigo que merece. Não,

porque s'ele continuar a abusar...

3o : ... vai p'á rua outra vez!

Ru : Não, e volta p'ó mesmo.

3o : Chumba por faltas.

R u ... , N ã o , :a,cho que áí já. não 'tá certo, por exemplp, s'ele depois1

:-vê..que já não.pode dar mais faltas acho qu'ele se comporta m e ­

lhor ... Acho que . .... mas aí acho que.já abusou o suficiente ...

. . É is.so . eu ..não . conco.r.do . com o que o 3o disse. Acho que o Milt-

é que disse que deve ser punido conforme , os ..actos que pratica.

Acho que é isso que deve acontecer ao aluno ... indisciplinado.

O R : Agora é a última ... Ah ... Milt ... agora é p'ra resumir a l ­

gumas ideias que já.me disse ... 0 qué é p'ra si um'bom profès-

s o r e o que é p'ra si um mau professor? ... A s s i m 'esquemáticamen-

te . . .

Mi.lt... : -Llm f>bp.m . profíeiSSp,r ... -por.tanto, ..p.'r.a ..mim .um bom . pr.o f essor e um

‘V ’ professor ..que ,t. ... ..tem , ..pelo menosí,.1,as.mínima.sl. capacidades pa-

-168-

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ra ensinar, a sua disciplina....' Ah, mas ... isso só posso

dizer o que é um bom professor depois de averiguar o t r a ­

balho dele, não é ? !

OR: Sim, mas quais as qualidades que acha que deve ter um professor

para ser bom? . . .

Milt : ... Competência ... ah ... portanto ... competência ... . ah

... como é que hei-de dizer? ... portanto, compreensão... e

também uma certa preocupação naquilo que faz e no que os o u ­

tros fazem. Acho que ... acho não 'tou assim a ver mais nada.

OR : E o que é um mau professor?

Milt* : Um mau professor é o contrário. Não tem ... vão até poder-

ter competência!... Mas vamos pelo lado pior ... e um p r o ­

fessor que não tem a mínima competência para 'tar a dar a u ­

la s ... a h ... ‘ * ' ’■ ’ ■ ..v, • )

OR: Competência a que nível? . ,

Milt : Ah ...portanto, a nível do seu jtr_aba 1 ho -. . ,-ah .-...que ...

portanto, não compreende os seus alunos .... portanto, que* * \ \ * i ’ . * * / , • ' , .

... de uma certa forma não se da com os alunos, limita-se

só a dar as aulas e'"até a manhã, se Deus q u i s e r " . *A'c*ho que?

deve haver contacto com os professores . . .' achó que'não e

mai ' ' nada .

OR: An Ter , o que é para si um bom professor e um mau professor?

An. Ter :: Acho que um bom professor tem que ser compreensivo ...

Milt : ... ter paciência.

An Ter : Isso. Acho que também a.iuda muito o professor gostar d a ­

quilo que 'tá a fazer ... pronto, gostar do que''ta a

fazer, da sua profissão e ser ... prontò, compreensivo

connosco. Um mau professor é aquele que não da que

nós ... não sei.l*. um mau professor é aquele que não e

competente, pronto. ..

OR: Eis , o que é um bom professor?

Eis : Eu acho qu'eles já d'sseram tudo, mas ... deve ser c o m p a n h e i ­

ro ... acho que deve nos ajudar não só nos problemas qu'a g e n ­

te tem na escola ... mas tentar-nos ajudar em todos os nossos

problemas ... deve de ensinar bem e ter ... pronto, adequar a

maneira de e n s i n a r ‘a' maneira ' como . pronto,* a ‘maneira como

nós aprendemos ’ m e l h o r . ’0 mau professor é o contrário*, não e? !

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OR:

Oo

OR:

Oo

OR:

Oo-'

Els

Oo

Els

Oo

Els .

Oo

An

Oo

Els

An

Els

Milt

Ru :

OR:

Ru :

Oo •. . . •

: P'ra mim' um bom' prof essor é pòr' tudo- aquilo que a gente

" j á disse . . um' professor coni' á professora'de Português e

um máu pròféssòr é c o m 1 á professora de CeografiaV (riem-se

todos ) "

Diga-me lá, com mais pormenor, o que é um professor como a p r o ­

fessora de Português . . .

: Nós já dissemos, quando falámos do nosso melhor professor ...

é o' bom professor., , A .

E o mau? Não explicitou, disse só que tem condições para dar a u ­

las e não dá. Mas o que lhe falta? Que competência lhe faltam?

!

: P'ra ja dirige-se mal aos alunos.I 1 I 11

: Pois.

: Fala connosco como se nós ... ah ... sei lá ...

: ... fossemos inferiores, fossemos .filhos dela.

: Não, ela não fala aos filhos aos murros na mesa.

: Mas, ela não nos diz p'ra nós "levar dois pares de estalos"?!I I %

: Promete estalos ... promete ...

Ter. .: Promete porrada.

: Pois, promete tudo ... é castigos ... "ninguém se mete comigo,

porque eu é que ganho, eu nem 'tou aqui p'ra ganhar dinheiro,

que eu nem preciso disto p'ra nada".

: "Nem queiram medir forças".

Ter : P o i s , é isso.

: . . . e "quem quiser medir forças comigo pode medir porque eu

ganho, escusam de medir forças". Essas coisas.

: Ë tentar picar como se costuma dizer. Puxar a evolução da

conversa p ’ra depois ...

É ... picar ... obrigar-nos a ...

Ru.', o que é p'ra si um bom professor?

É úm professor que acredita naquilo que faz. Como eles já d'sse-

ram .... um professor compreensivo, c o m p e t e n t e ... que ... dá as

.aulas da maneira que os alunos compreendam melhor ....

-170-

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O R : E mau ...

Ru..: Mau professor?! É o professor que. '.tá aqui, às vezes, só p'a

ganhar dinheiro ... .daqueles que não se interessam do. que os

alunos pensam. Interessam-se ;em dar a matéria, ela 'tá dada . . .

se os alunos têm dúvidas não há problema, ele iá deu a m a t é ­

ria... Não acredita naquilo que faz ... é isso.

-171-

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ANEXO III

ANALISE DE CONTEÚDO

(15 FASE) -

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72 ANO - TURMA CONSIDERADA INDISCIPLINADA

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RÉGUAS NA SALA DE AULA/COMP.DESVIANTES

CAUSAS LA INLISCIP./PROC.DE DISCXPLINAÇÃO

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a turma em aproveitamento é fraco, por causa do barulho que f<3

zem nas aulas . . .

a gente falando nas aulas, acho que perturbamos os outros ...

a turma 'tá dividida em vários grupos ... entre os vários g r u ­

pos já nlo há aquela convivência que devia haver ...

em relação ... ao aproveitamento das turmas ... a minha turma

deste ano e muito melhor que a minha turma do ano passado

em relação ao comportamento ... no primeiro ano portarrío-nos bem

... conhecíamos os professores ... ,

este ano ... aqueles professores que dão ... mais liberdade...j '

acho q u ’a gente se comporta ... mais mal ...

(este ano) ... aqueles (professores) ... que impõem mais um po^j

co de respeito, mandar p ’á rua ... a gente com eles já se c o m ­

porta melhor.

... as turmas dos anos anteriores ... eram muito piores que e s ­

ta

a turma até é má, tem muito fraco aproveitamento

(a fazer desenhos nas aulas de História) ... mulheres nuas ...

é esfinges ...

(conversamos baixinho, rimos) acho que isso aí não perturba a

aula ... como outros que falam alto ...

(o Luis fazer desenhos nas aulas de História) ... às tantas,

perturba porque ele mostra-me os desenhos...

às tantas começo-me a rir

... certas pessoas (alunos) vão fazer queixinhas aos s'tores ...

não falar nas aulas

não mandar papéis pelo ar

(papéis pelo ar) ... às vezes parecem aviões ... peum ... pe-

um ... peum ... de um lado para o outre

não entrar na aula sem pedir licença ...

(... entrar na aula sem pedir licença) ... é uma coisa que o

Fisga faz semp'e na aula de Ciências ...

não balançar as cadeiras

(falta de respeito) ... (mau) comportamento ...

... os s'tores não serem malucos ... não andarem a gozar a g e n ­

te no meio das aulas ... se não a gente.depois temos que gozar

-175-

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com os s'tores

as regras da escola deviani' ser regrás escritas ... .: naclonalmen

té .7. em' todo ò pais ... 'tamos numa escola ... h'a um certo t^

po de reigras '. . . mudamos de e'scola '. . . parece que nãó ! 'tamos à

vontade ... os s ' tores. . . as regras são outras ... alem de não

conhecermos n i n g u é m ,' as piróprias regrás a judam muito á pessoa

a saber que 'tá fora do seu ambiente

um vândalo é aquele que parte vidros

(aluno indisciplinado é) ... um alunò que faz distúrbios no meio

das aulas ... m a s . . . não vai ao ponto de andar p'rai a partir

portas e c a r e c a s ’..',

um aluno indisciplinado é aquele que não respeita os colegas...

(um áluno indisciplinado é aquele que não respeita ...) os pro

fessores

o s'tor deve falar a bem com elè,tentar mudá-lo

(*...) se com' isso não conseguir, m a n d á - 1 0 'p'á rua ...

as,pessoas ali (na turma) não se sentem ... não ha a vontade

com os outros

acho que existe muitas separações dentro da nossa turma

de aproveitamento, nas aulas 'tá péssima (a turma)

na aula de História olho.,p'a trás está tudo a conversar

os professçres agora impõem-se mais ... quando uma pessoa vai

p'á primeira,classe os professores não exigem muito e chega o

primeiro ano exigem um pouco e chegamos ao ano em que 'tamos e

começam a exigir mais

acho que não é uma turma ma ... ou seja, em comportamento ela é

má, so, que esse comportamento deve.-se a um exagero da parte dos

professores ... eles tentam que nós, sejamos uma turma perfeita

o que vai exigir muito, de .nos

... ( n a a u l a d e Historia) a gente viramos p|a, traz...'ta tudo

a conversar . . .

(...) este é a dizer brincadeirazinhas

(...) a fazer desenhos nas aulas ...

outro dia apanhou-se um papel a d'zer que o s'tor de História

-176-

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era homossexual ... (foi o Ser ) ... ele levou isso na b r i n c a ­

deira, não levou, isso p'ra,ofender.o s ’tor ...

... o s'tor de Visual ’ t.á a fazer ca,rinhas.lá nas nossas fotogra^

fias e eu p.ego num papel ... . não gostei . . . .faço a cara do s '

tor ... todo maleco... e então "olhe, 'tá aqui a sua, fotografia

s'tor" e ele não gostou ... "não quer' deita-se no lixo" ... ele

tam'ém não gostou,, eu tive que gostar

o s'tor de Visual, um dia, logo. no princípio, empurrou-me ... eu

viro-me p'a trás " o que é que o s'tor quer, .quer levar um s o ­

co, é ? ! ... e, então o s'tor diz- assim "vai p ' 6 lugar, com c a u ­

tela, que p'á outra vez podes quinar" , , ,

a gente vamos p'a cima da mesa de ping-pong, aquilo, abana tudo

... a gente 'tamos lá mais tempo aquilo parte-se tudo^...

... ali no pavilhão A ... uma vez a gente 'tivemos,a jpgar com

uma bola de ténis e foi contra os vidros ... foi contra a porta

... os vidros ficam lá em cima, uma pessoa falhava partia o v i ­

dro ... a bola foi lá, não partiu, foi sorte

uma vez 'távamos à porta do pavilhão A . . .' vai lá um v.désgraç^

dinho qualquer ... uma chapada no vidro, parte-se aquilo( tudo e

á so contin'a "ei, foram vocês, não foram ?! "..." não(íi não f o ­

mos"... depois queria nos meter como testemunhas no Conselho D_i

rectivo ... !

não falar nas aulas

(falta de) respeito

as regras deviam ser feitas em conjunto ... com a Associação de

Estudantes e com o Conselho Directivo ... a Associação (de E s t u ­

dantes devia ter, pelo menos, uma pessoa de'cada idade,de cada

ano

(as regras) na aula trocamos o Conselho Directivo pelo professor

... e numa aula normal ... devia ser o professor e òs alunos ...

porque ... reunimos' o que nos sentimos dentro de úma aula ...

com o sentir do professor '

o aluno indisciplinado ... é aquele aluno que ...nas’äulas não

faz nada

... ou faz tu dó ..; f a z t u d ó o q u e n ã o d é v e fazer’ ..V distrai

os colégas . . . diz uma piada e todos sè rièm .......

um tipo que ria numa aula é um álurio super mal comportado

(álüno indisciplinado) ..J , cá fora'é como ele 'dissê (1^) ... só

com menos imaginação ... sem partir p o r t a s ’’

' -177-'

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é .devido à,-infância ... •

não se deve mand.ar p 1 ra ... rua... . . de ve-se., .conversar com.ele ...

e tentar .corrigi-l.o,- pelo menos, à primeira, vez ..

... a segunda -se ele não tentar--melhorar aí. deve-se mandar p'a

rua • • •. * -•

= c i

o a;no'passado a minhatiirmã ... era muito mails' cooperativa , aju

dávamo-nos mais ... brincávamos, m u i t o . .. a g o r a , este ano ja

’não muito ...

é um comportamento (da turma deste ano), muito' mau em relação

às outras turmas •

não tirar as coisas aos colegas ...

não tirar macacos do''nariz

não abusar da paciência dos s'tores' 'J:. •

(mau) comportamento ... se a gente não se portar bem' nas aulas,

os s'tores tam'em não conseguem dar'as aulas

as regras 'tão bem feitas ..: devem ser feitas pela direcção da

escola ' 1

aluno indisciplinado e aquele que se porta mal ...não só nas

escolas e era sítios públicos^ mas ... me'mo em casa ...

é devido à sua convivência com'a família em casa

'(aluno ‘indiscip'linado é) quándo escreve criticas èm papeis ...

e não dizê-las em' frente' aos s'tores

(aluno índ iscip 1 inado é )' quando 'tá sempre a gozar com os s ' t o

res' (quã ndo' um' a luno é ;i nd isci plin ado 1 . . ) RUA . . . mais nada ...

= D d -

a turma não tem muito bom aproveitamento, no geral

somos mal comportados ... somos das piores turmas do setimo

ano da escola

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- a turma 'tá dividida em vários grupos . . . :devido a isso ...

nos não nòs damos tão bem uns com os outros

- ... alem de não nos darmos 'todos muito bem chegamos 'a convi

ver um pouco . . .' conhecêmo-nos uns aos outros'

- há dois anos, no primeiro e segundo ano ... a minha turma

... dava-se mais e também tinha um aproveitamento melhor

- ... no primeiro ano somos todos muito caladinhos ... depois

... já se sabe ... as asneiras que escapam aos professores...

com o tempo vamos fazendo mais asneiras

- quando se vem do segundo ano e se passa para o sétimo não s a ­

bem o comportamento e o aproveitamento do aluno

- (...) se soubessem como é o comportamento das pessoas .fariam

as turmas equilibradas

- a turma e má, mas ...temos que ver que ... somos, m.aus, mas ...i

temos algum aproveitamento .

- há aulas em que, se os professores insistirem muito connosco

nós conseguimos e s t a m c a l a d o s

- ... começa a haver um pouco de barulho e.r.1. sota , ( ....

- ... o Luis faz bonecos . , .... , ,

- (...) e companheiro do lado ri e .•

- depois o outro à frente pergunta, o que é . . 1

- ... isso depois ... faz barulho geral ■ ■ i .

- se o professor mete mais respeito ... os alunos .. . 'tentam'}' i

'tar mais atentos . ». I

- ele uma vez disse na aula de Madeiras que não gostava ,da s ' t£

ra de Texteis e eu disse à s'tora ... ■ .

- às, vezes, um aluno chega tarde ..... não se preocupam dé pergun­

tar ao professor se levaram falta .ou não ... não se ralam ...

isso demonstra que não têm,... muito interesse pela d i s c i p l i ­

na

- ontem eu tinha uma:' roupa .côr.-de-laranja ... chega. ;o s'tor de

História e diz ... "ai, ela hoje vem toda cor de laranja!" eu

também lhe disse ... o s'tor vinha de branco, azul e ... v e r ­

melho ... "ah, então a s'tor parece a bandeira da França!" ...

ele disse uma coisa na brincadeira e eu disse outra na b r i n ­

cadeira . . .

- ... se o professor tem imensos defeitos e não gosta de uma d a ­

ta de coisas ... se ele não quisesse que a gente sè mexesse

tínhamos que estar sempre no mesmo sítio ... acho que não é

isso ...

-179-

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não andar a ,f a la r . conv, o.s companheiros, do. lado ... ,

não.estar: a gozar. com os companheiros

respeitar o professor .

tentar interessar-se .......

(falta de) respeito s

... cada grupo de p r o f e s s o r e s . escolher .um.alun.o do, nosso ano

ou um aluno do sétimo... um. aluno de.cada ano e com os p r o ­

fessores e com o Conselho. Directivo faziam;.as .regras,...i !

devia ser o professor, e: os .alunos a fazerem, as regras . . . c a ­

da professor, .tem a sua maneira de . dar.• a , maté.ri.a . 1 ...

.. . . até os contínuos e os. professor.es devem, cumprir as r e ­

gras ' '

(aluno Indisciplinado) é um ..aluno que . n ã o .respeita os c o l e ­

gas

(aluno indisciplinado é um aluno que. . . .. ) nem respeita os

professores

... pode ter uns pais que não lhe dão liberdade nenhuma em

casa e aqui-na-. escola sente.que tem • alguma liberdade e ...

começa a asneirar.

as vezes , . tarm’ém . na aula devido aquilo que nós,já.temos di-

.to, :que as.-aulas começam a.ser maçadoras ... o.aluno já ‘tá

: saturado •-.. . arranja uma .maneira de se distrair e começa a

. f a z e r ‘ a s n e i r a s ,. . .

tentar chamar-lhe a atenção. ... e se-ele repete .segunda vez

tornar a avisá-lo

-é uma turma . . .• com. um .nível f raco . a . aproveitamento ...

não se ajudam uns.iaos - outros ... se 'tão.a culpar -.um aluno

de uma'.certa coisa os.outros não sãò. capaz, de, intervir ...

há pouco tempo fui assistir a uma a.ula .de uma : an ti ga ; pr o f es -

••sor a .minha da quarta classe e.- . . . ; notei * isso , • que ,. . . ..confor

;me se .vai-.alcançando; . ..anos .superiores . se-.vaiddiminuindo e

barulho ... . . . . :....

. ... con for.me • a i.idade conforme o comportamento - :■

no p r I m e i r o •a no tive -um q u a t r o a , P o r t u g u ê s .e n o i s e g u n d o vim

-180-

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parar ao dois, quase u m e . . . em plena aula só não 'tive a

lutar com o s'tor porque não calhou... a maneira dos setores

darem as aulas conta muito • ’

- quando foram os onze p'a rua (na mesma aula) a turma- toda

concordou em fazer uma queixa ao Conselho Directivo, só que

depois foi logo desmarcada ... foi desmarcada porque- houve

aí muitos que não quiseram ...

- (faltei a aula de História) ... passei a aula de Português a

passar o que se deu na aula de . . . H i s t ó r i a ...

- se as aulas forem muito chatas, se a pessoa não tiver a q u e ­

la coisa de 'tar a conversar, ’tá a ...li a fazer desenhos,

como tam'ém se tiver um espírito assim muito alegre se mete...

a fazer uma bruta algazarra e o s'tor 'tá p'ra al:i>a falar

o que nós já decorámos há duas ou três aulas

- uma vez ... uma rapariga 1 ta va a minha frente e lembrou-se

de começar a rasgar papelinhos ... e mandou um . papèl-cá p'a

trás ... eu apanho o papel e ... fiquei com o p^apel em cima

da mesa e não disse nada ... vem ò segundo, eu apanho o p a ­

pel e amando o papel lá p'á frente . .. • *•

- ... a gente 'tar numa aula e nós temos u m a :-dúviday 'porque na

aula anterior não 'tivemos... com a t e n ç ã o ; e -que é-Uma* dúvida

super fácil, mas basta só' aquele pequeno d e t a l h e -p.'ra nos es

tragar duas ou três aulas ... o aluno pode pensar "se> eu digo

começa-me toda a gente a gozar "ou" se e u d i g o 1 começam'logo

as bocas" ... : - v* .■ I I- respeitar os colegas

- não 'tar a gozar com coisas que a s'tora faz

- ... não é só o s'tor... é um bocado como os alunos reagem...

'tá equilibrado ... alunos e professores

- deve-se chegar um delegado de turma ... mas devia ser elegido

tanto pelos alunos da turma, como pelo director da turma e

pelos professores... que dão aulas1 à' tiirma ... é a A s s o c i a ­

ção de Estudantes e o Conselho Directivo

- e s t a escola aqui 'tá mal formada ... entra cá toda a gente ...

entra é sai e ninguém diz nada '

'- (aluno indisciplinado) é capaz de 'tar na aúla a brincar ...

- (aluno indisciplinado, é capaz de 'tar na aula)'... a fazer

barulho ... »"

- (aluno indisciplinado, é capaz de ' tar na :aul'a )• • : . . a • dar c'

o pezinho na cadeira p'ó outro 'tar :. . le ve ziriho . . ... dar

-181-

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uma cambalhota c'o a cadeira ...

- (aluno indisciplinado, é capaz de 'tar na aula) ... amandar

pontapés nos pés do colega . . .

- (aluno indisciplinado é ...) o s'tor 'tar lá a d'zer ... P a ­

leolítico ... e há um lá atras que se mete ... "s'tor como

é que se chama a roupa interior não sei de quem?"... i n t e r ­

vir assim com piadas ... '

- (aluno indisciplinado é ...) andar na escola ... este vidro

'tá aqui mal e parte o vidro ... abrir uma porta ai pontapé

e a porta cair ...

- ... às vezes, p'ra chamar a atenção ...

- ... porque não se sabem controlar ...

- não se deve mandá-lo p'á rua ...

- se nós fossemos professores... ia conversar com ele, tenta-

-lo mudar o mais possível

- . . . a segunda ou terceira vez se não quisesse seguir os c o n ­

selhos é que . ..

- não concordo com aqueles professores que mandam p'a rua so

p'ó aluno apanhar um s u s t o z i n h o . .. passado duas ou tres aulas

vêm dizer que ele não teve falta . . . isso é um erro do profes^

sor

-182-

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7Q ANO - TURMA CONSIDERADA D I S C I P L I N A D A

. t

-183-

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a turma é muito separada ... ha vários grupos dentro da turma

as minhas turmas anteriores .... eram.mais unidas ...mas o a p r o ­

veitamento e o comportamento era pior ...

estarem atentos (os alunos)

o professor explicar bem . . . .

mau comportamento na aula ...

(...) estarem a f a l a r ... quando o s'tor 'tá a explicar... eles

nem. percebem os outros, porque não conseguem ouvir

(o aluno indisciplinado) ... é um aluno ... que se porta.mal ...

não respeita o professor . . . .

(...) chega atrasado as aulas

(...). falta .. . mesmo por faltar, não tendo necessidade

(a indisciplina pode- ser ...Jtalvez da própria pessoa

(...) em casa . . .

acho..que se .deve falar com eles (alunos indisciplinados), dar-

-lhe outra, oportunidade e- tentar fazê-los .cpmpreender que o

que eles fazem 'tá errado . . . . . , .

a nossa turma devia ser mais cooperativa uns com os outros, aj^j

dar mais uns aos outros

a nossa turma em relação às outras é uma turma mais bem c o m p o r ­

tada . ! .

. . .. eu tinha uma turma que era muito pior, tanto no primeiro c o ­

mo ri ó ségúndõ ano-e . d a ‘1^ até' à M 'classe 2 ...• tudo mais mal

comportado, faziam muito barulho ... agora... não fazem tanto ba

rulho

(atitudes menos disciplinadas )' ...:s e 'ca lhar é devido aos anos

anteriores ... eles ...habituaram-se muito àquele comportamento

e agora' nao mudam • • : •

os casos rta-nossa- turma n ã o s ã o d . e •‘muita, muita,muita indiscipli^

na , ' são1 mais ass:inv de>‘ gozo : . 'brincadeira . ; !•

serem disciplinados (os alunos)... quando d s'tor manda calar

é p'ra calar mesmo è não é p 1ra continuar naquela barulheira

-184- ’ ! '

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não mandar papeizinhos pelo ar

... às vezes levantam-se (os alunos) da carteira sem pedir a u t o ­

rização. . .

(...) deitam tudo p'ró caixote do lixo, vão falar cóm um colega

... eu acho que não deviam fazer isso ' 1

o s'tor ... manda p'rá rua e o aluno ... arruma as coisas t o ­

das ... "eu vou p'ra rua com muito prazer"...

e fecha a porta com toda a força

(aluno indisciplinado) e um aluno que se porta mal ... que 'ta

sempre nas conversas

(...) um professor explica e ele leva sempre tudo p'ra b r i n c a ­

deira

(...) vou p'rá rua, vou passear , . ' , J

...(...) levantado, anda na aula a passear | . (

(aluno indisciplinado ... deve-se) ... conversar com ele ...

dar-lhe bons conselhos ... tentar modificar ... a j u d á - l o | nalgum

problema que ele tenha ... i <1 i - '

no primeiro ano (ciclo preparatório) ... tinha um colega ... que

andava sempre a bater e ... não tinha razão nenhuma p"ra isso e

portava-se muito mal nas aulas

( o colega do primeiro àno do ciclo ) ... batia sem razão ... e

então a gente fizemos queixa à directora de turma ... ela foi fa

lar com o pai e o pai disse qu'ele ... tinha um probJema q u a l ­

quer na cabeça ... e ... ele acabou por desistir das aulas e foi

... com o pai p'ra casa ...

j .. '< .5 . . .

a turma, em relação às turmas do .72, ano . . . :...é aj-mais-bem compor^

ta d a ... . .. i • .

... ja andei em muitas turmas e ... eram turmas que _...... toda a

gente se. portava • mal .e nunca se tinha o .aprove.i-tame.nto.-que .esta

turma tem \ ••••• , .

(atitudes menos disciplinadas ... é devido) ... mesmo dos p.ró-

prios professores ... qu.e possam as vezes dar mais .«-confiança do

que costumam dar ; e e.les. -.em vez d e . pegarem .na . mão pegam .no. bra

ço todo ........ < ... ... •

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... há outras (disciplinas)' ém qué os professores dão menós coji

fiança, são menos brincalhões ...

a s'tora dá mais confiança e nos agarramos nessa confiançá e ...

'tamos sempre na brincadeira e ... não sabemos aproveitar o que

a s ' tora nos da

ser mal criado p'rós professores

(aluno indisciplinado) ... um aluno que passa as aulas todas a

brincar

(...) na conversa e a distrair os outros alunos ...

o aluno que seja (indisciplinado) só numa aula ou outra ... ja

não e muito a culpa dele"... é ... certa parte á culpa támbem do

professor... o professor dá-lhe confiança ... dá-lhe liberdade

para ele fazer o que quiser . . .

quando um alunoseja indisciplinado ... se for muito, muitò, m u i ­

to indisciplinado ... uma suspensão ... ir ao Conselho D i r e c t i ­

vo...' se for por maldade ...

se o aluno for ... daqueles ... que ... ’tão sempre a falar na

aula, de brincadeira ... p'ra esses alunos não são umas medidas

tão drásticas (suspensão, ir ao Conselho Directivo)

muitas vezes o que não fazem é compreender o aluno... ele vai

começar a explicar... dão-lhe logo a sentença

... ela (turma) é um bocado pouco unida ... cada um age por si

... há uns grupos ... de um lado, outres do outro

... eu sempre fiquei numa turma boa, em que o comportamento era

bom ...tem "algumas (disciplinas)' em que se portam pior ... quando um pro­

fessor dá um bocado de confiança eles querem' logó tudo ...

( a professora ) ... quer ser nossa amiga ... só que ...os a l u ­

nos não ’tão habituados ... a receber professores novos e ...

não conseguem ...perceber ... (as instruções da s'tora)

muitos colegas (por ja saberem ... são mais cultos ...) não d e i ­

xam os outros aprender ...

quando os s'tores d.izem as coisas ... os alunos esquecer em-se

que os professores estão ali para ensinar e p.'ra ajudar ... e

como .umas pessoas quaisquer que estejam ali ...

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- as regras devem ser feitas em conjunto pela turma toda ... nem

só o s'tor, nem só os alunos ... todos fazem ...

- (aluno indisciplinado só numa aula ou noutra) ... sente-se r e ­

voltado contra o professor e quer demonstrar isso no seu ... com

portamento

- quando ... o seu ambiente familiar (do aluno) ... nâo ajuda ...

não é evidenciado, é muito ... rebaixado ... tenta mostrar que

ó bom ... o que não tem em casa tenta na escola ...as vezes, exa

gera muito... e ... torna-se indisciplinado

- (a indisciplina pode ser ...)tambóm, às vezes, da turma...

- ... primeiro tem que se saber as causas ... muitas vezes quando■ i ' t •

não se sabem ainda vai ferir m a i s ^ aluno ...já que não lhe dlo

atenção em casa e tambem não lhe dão na escola ... pode-se tor^

nar ... traumatizado ... dos dois lados

- se e só p*ra chatear ... vamos chamar a'atenção ... dar ’.outra

oportunidade» r* «

- (...) caso nâo se resolva ... têm de se tomar soluções mais dra£

ticas ... não o deixar 'tar na aula

r- *v, í

: • . f f

11 i

- a turma às vezes 'tá muito activa ... é trabalhadora ... faz os

trabalhos conforme os s ’tores pedem

- (...)outras vezes 'tá na brincadeira, já não ligo (não trabalha)

- ... as minhas turmas em anos anteriores eram mais unidas . . .

conforme nós vamos subindo d e h í v e l ... vai ficando cada vez

mais separada (a turma)

- ... nas minhas turmas em anos anteriores o aproveitamento e o

comportamento era pior

- (atitudes menos disciplinadas ... e devido ...) ...tambem da pr£

pria pessoa... da mentalidade da pessoa, que pode ser mais a c t i ­

va, mais brincalhona .... .

- o aluno deve contribuir para haver ... um rendimento melhor da

aula ...

- andar à bulha ...

- o ano passado ... na aula de Educação FÍsica’ ... umà colega que

... era mais viva e assim maluca ... meteu-se com outra'rapariga

-187-

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e... quase que andaram ao estalo ...

- as regras .•• devem ter o mesmo ponto de vista para os dois la­

dos, tanto p ' r o professor, como p'ros alunos... as regras devem

... tentar resolver... as necessidades ... dos dois lados

- (a indisciplina) ... pode, às vezes, ser mesmo já do aluno ...

nào se interessa mesmo ...

- (a indisciplina) ... também pode ser mesmo... querer demonstrar

que... não 'tá interessado minimamente... naquela disciplina

- a própria pessoa ... pode modificar-se ... em casa, as vezes, os

traumas são muito graves

- (perante um aluno indisciplinado) ... as vezes o castigo é estar

dentro da 3ala- acho que se deva tentar falar com o aluno, fazer-lhe compreender

que está errado... que ... além de 'tar a prejudicar a si p r ó ­

prio, também 'tá a prejudiacr os parceiros.

- ... dève-se dar uma oportunidade ao aluno, porque o aluno, as

vezes, expressa-se de uma maneira que ele não queria...

- (... deve-se dar uma oportunidade ao aluno) ... devemos tentar

compreender ...quais as razões antecedentes que o fizeram proce^t j

der daquela maneira ...

- (levar o aluno ao Conselho Directivo ...) se se vai fazer assim• i

... depois o aluno ainda fica pior ...

-188-

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:

99 ANO - TURMAiCONSIDERADA INDISCIPLINADA

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(comport amo - n ó s ) muito mVl

é uma turma porreira... há camaradagens entre'uns e há c a m a r a ­

dagens entre outros ..."há'dois grupos''

há grupos i. . 'dos qu'a 'gente acha os mais porreiros... (que

são) os que se'portam p i o r z i n h o * ..í

há outro grupo dos menos porreiros, que p'ra eles são os mais

porreiros ... que são os' què se portam melhórzinho ...

á nível de’ comportamento 'é é uma turma, 'assim.'.‘. reles ...

uma turma ... gosta muito da brincadeirà 1..

acho que me'mo assim . . i com mau comportamento’ ...os professo­

res gostam de nós ...

além do ano'passado as outras (turmas) tinha túdo um comporta­

mento assim bonzinho .'. . até no oitavo ano'

no oitavo ario . . foi ã‘ primeira vez que viemos cá p'ra baixo,

o sétimo fizemos lá em cima' (Escola c + s) '

nò ano passado i .'. a turma... ainda era pior que' este ano

a'gerite agora por'tá-’se mal, mas ... não somos mal educados...

os professores ... acham-nos simpáticos (até alguns já nos têm

d i t o )

o ano passado era uma turma que eram mál' educados ... era um

mau comportamento diferente J’. . agrediam os professores ... com

palavras

(os mais excêntricos) ... são malucos

há um grupo que ... somos nós ... acho que o pessoal aqui é t u ­

do desse grupo ... e depois há o grupo dos bétinhos

nós ... os excêntricos... é o grupo que já tem a "escola" toda

... os outros (os bétinhos) é aqueles que ainda têm muito p'a

prender ...

... nas aulas ... não e ser' mal comportado'... ã gente as v e ­

zes nem faz as coisas por mal ... depende da maneira de ser

das pessoas ... de vez'em quando sai qualquer coisa ... escapa-

-se

o comportameVto dos excêntricos' é' c a p a z d ' i r desde 'tar a con­

tar anedotas dentro da sala de aula

até óuvir música * ‘ " ''

ou ler o Tio Patinhas ou ’jogar a sardinha ‘ ‘ -..«.r.,

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(português... comportamento razoável) primeiro por ela ser d i ­

rectora de turma e ter mais acesso aos pais ... mas ...tandem

é porque nós desde o princípio achámos ... aquilo é uma pro-i

fessora como deve ser

na aula de Matemática ... setenta por cento da turma , não, liga

nenhuma àquilo,faz barulho ...

lá dentro a gente cumpre, por acharmos que a.professora e ...

porreira pVa nós ....temos respeito.,. ..somos.capaz de não . ' tar

a ligar nenhuma, mas estamos a falar baixinho, so assim entre

nós ... ...

(nos intervalos) ... conversamos .... d a m o s 1estrilho

(se os professores são agressivos)... eles já sabem como nos

somos ... nós r e s p o n d e m o s .1ogo

desde logo de princípio haver um bom entendimento entre alunos

e professores .........

... criar bom entendimento entre alunos e alunos

não é silêncio . . . mas pouco barulho ...

o comportamento deve ser um bom comportamento ... e devemos

ser bem educados para com .os professores . , .

... e os professores devem ser bem educados para connosco

(... devemos ser bem educados para com os professores ... ) o

que,as vezes . . . não acontece . . . ..

os professores e os alunos deviam ditar as regras

se nós fazemos alguma coisa de mal. diz logo (a , pro fessora.)" ah

... as regras!"... "vocês estão avisados desde o princípio ^do

ano ..." .... é sempre uma vantagem, que um professor^ tem(1 (dita

r e g r a s ) ii ' -tu podes portar-te. mal numa aula e, não seres ... m a, 1 educado,

nem desrespeitares o professor . . ,u ^

um aluno da minha turma do ano passado ... pôs uma professora

a chorar ... por causa de má educação .... desrespeito... a g r e ­

dir verbalmente... isso aí é o pior que há

(... desrespeitar o .professor ...é o pior que ha ...) muito

mais por ser uma mulher ... e muito mais aquela que ... já t i ­

nha idade p'a ser mais que n o s s a m ã e

só se desrespeita um professor e só se é mal educado p'ra ele

se ele é p'ra nós ou se vemos que ele 'tá.a cometer uma injus

tiça . .. r

(áluno indisciplinado) ... aluno ou aluna . .. .se é aluna é gra

ve ... é mai s feio

indisciplina na escola é a me'ma coisa que indisciplina lá fo-

-191-

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r á , ná sòcièdade . . .' • * 1 ‘ •

... lá forã' ... o' ;que 'comete Indisciplina, quando'é' indiscipli-

namesmo' 6 que pode acontecer é ó‘u a polícia 'ir l á ,'ou pagar

uma multa où' ser' preso' ‘ .1 . "ou ser 'co:ndénado' a! morte . '•

a indisciplina na' escola^e' . .*i' uma''coisa • .’J que devia receber

castigo :'do ' Conselho Directivo ' 1 : 7 ’

houve um aluno na turma que acendeu um isqueiro ... e ■'

(...) queimou outr o "alOrno -. .V ' ' - «

in .'. :'di s‘J . : ciplina' é - quà'ndo . .V e unia coisa premeditado ... o

aluno sabe . . ."vou fazer isto,'-qu'é me'mo .'. . p'ra chatear"...

é quando õáluno' sabe o q u e ' 1tá a' fazer ' • ‘ ;

eu não“ tinh'a' intenção de' quelmár ;V. . éu pedi o isqueiro..-.' 'ta-

vá' tudo às escuras' por causa dos acétato's ' e riem' vi a professora

... pego naquilo e começo à ""quéimár ó M i l t V .;. mas na b r i n c a ­

deira, só p'ra ele sentir o quentinho ... aquilo nunca -mais f a ­

zia nada ... ás ‘calças .’J. eram elásticas * . .Y é' de 'repente ...

ia ama/ndándo uma cabeçada' :ma professora ... amando um salto ...

se não tivesse acontecido isso (ser queimado de repente)1 eu sei

'que *-qüe* ele tiriha-se cõntidò', mas da maneira 'comó:' foi'..-.' não

'fõi ’netihuma''indisciplina .Y. foi desrespéitar Uma1 regra'

um acto de indisciplina' é ... chegar lá ao 'professor ;de M a t e m á ­

tica e .amandar-1 he um soco

o que leva a indisciplina.;, é devido ao agregado familiar

(indisciplina)' também' vai da 'manéirá de ser das pessoas •

’ qua'ndo'um' alunò vai p'*á rua' ..'.'só' isso já é castigo s u f i c i e n ­

te . .;. um aluno ao ir p'á rua . . . não fica orgulhoso . . . isso

é estupidez

... além do' 'ir p ' à r u a ... o Conselho Directivo'..', manda-nos

um dia para casa ... e so p'ra nos lixar ... fica lá no c a d a s ­

tro . . tá’ lixado " • • • • • > • ........

(comportamo-nos) mal mesmo

;a- turma. ;'-tá. .d.ivid:i.da'-. .'. os. tai:S.-grup.osv .i. ..i; .

esta .turma, foi; a melhor .turma, que ;eu tive .ar.nível de c o m p o r t a ­

mento ... até hoje ... v ... .....

(comportamento da tur.m;a-) ..'.tá ,myito bom.....-; p/.raaquelas, que. eu

ja tive ... devido ao comportamento individual de cada. um. . . .

-192-

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... há uns anos atras ... era devido, aquele,comportamento que

nós tínhamos (pior) .era de termos, todos uma camaradagem uns pa-

ra os outros, mas... de igual -pira igua1.. . is so não acontece

este ano ... uns pensam d e . uma maneira e outros pensam doutra

... isso . . . realça • bastante na nossa turma ... .é. o grupo ...

dos mais excêntricos ... e o dos mais caladinhos, mais -bem c o m ­

portados ..... , « ■ . . i» I(comportamento excêntrico) certas .-c-oisas que nós fazemos que ..

ó inesperado ■.. . são-coi.sas que.não se fazem nas aulas e,muitoi

menos.se esperam.que s e • f a ç a m •; .. > -

(os mais excêntricos) somos rapazinhos - simpáticos

(alinhamos em tudo) ás vezes, dentro, (da sala de.aula) .... .

(tipo de mau comportamento)- tudo o que vem de c.onver.sa, a a g e n ­

te faz dessa conversa outra, conver.sa . .

há pessoas que portam-se m e l h o r , o.utr.as ... isso .... y.ai da v a ­

riant e das. disciplinas. . . -,(e dos professores)

há aquela confiança dos professores,... e. nós abusamos e,de que

maneira ... . . - s .

há uma (disciplina) ... não há. m e ’.mo hipótese ... Ce,ografia

se há um grupo que não . fala. numa disciplina ....logo .a ,se,guir

na outra já fala ... há sempre assim .um .inconstante ,. . . dentro

da turma

tentamos sempre testar o professor. • . .! , . .

por mais que (os professores )mandem calar. ... .. (as pessoas ^têm

tendência p'ra falar cada vez mais. ... daí ak;.dif icu.ldacle ;(em os

professores darem a matéria .. t < ... « . k . -r

eles (os professores) quase todos dão (a matéria.),, . s.o que ..

têm dificuldade .em- dá-la . . . d e p o i s isso vai r,ef leçttir-se nas

notas ... : . , • • *i* i ' *? r| , **y(os alunos deviam ter) um comportamento de. certa f.orma m o d e r a ­

do ... não é 'tar ali calado...

ó Conselho Directivo devia ditar as regras

temos uma disciplina em que a gente faz, isso todos os anos ...

Biologia ... a s'tora dita as regras

ninguém cumpre as regras, mas ... a professora até dá uma l i s ­

ta de regras

se é ela que é prof essora- daquela' dl sei p 1 i na • ela- e 5 que d e ­

ve ditar as r e g r a s -..'. há certos- cuidados-'a-ter .*-. .-'há certas

coisas que não se devem fazer ... - ' - - '-.i

acho que- cada* professor . na sua disciplina deve-ditar as r e ­

gras' * '' : ' ' '1 ‘ ’ ,-f 'r; - ' • • • •’ ■

- 1 9 3 -

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-..'quarvdo chega-a .altura dos problemas ... ."eu .disse que .era assimII

- um aluno indisciplinado e aquele que desrespeita todas as r e ­

gras e deveres e ...direitos dos outros

7 ser. Indisciplinado parte-daí . .. perder o respeito ao p r o f e s ­

sor e ... • ,

- (...) agredi-lo verbalmente e (...),fisicamente

•-.(a in.disciplina) ... acho.que vai do,agregado familiar ... vai

das coisas que se passam-em. c a s a . . . isso vai-nos influenciar

• ••.... vamos .-de .casa. com uma certa pr.essão e.um certo nervosismo

- do • que •’ se 1 tá'a .passar e ... .temos, uma certa tendência em ch£

• gar à escola ..e . ' . (deitar--.tudo cá. p 1 r.a fora) ... pôr o proble-

. r- .ma ..... : assim ti po vingati.vq....de-quem quer tirar satisfação d «a

quilo que se passa em casa

. - .(haver regras tem a ver.com. o funcionamento.da turma) porque

há ccttas disciplinas em que.as pessoas não sabem os cuidados

que devem ter ... especialmente em salas onde nós temos bilhas

« • d e gás»... há pessoas.que não se apercebem do perigo

-'(indisciplina também vai) dalguns professores

- .fcjuando-..um-.aluno é ... indisci pl i n a d o ) ... a pena .deve ser aplicada

depois de se averiguar os factos ... aquilo que o aluno anda a

.; fãzer....

- (quando praticou um acto de indisciplina ... mandaram ir a um

r-ipsicólogo....) aquilo não.vale nada . . . n ã o adianta nada

7 . quando uma^ p e s s o a ■(indisciplinada) não tem razão ... deve ser

aplicada a pena respectiva

;.. agora .... depois de averiguados os factos se verificar que

o que levou a pessoa a cometer um acto de indisciplina foi ...

devido-aos.problemas, que.o aluno tem ... é.de, ponderar o a s s u n ­

to

- é uma turma p o r r e i r a .................... : ■ ■••• ••

- há genté que costuma gozar j assim .'..com uni' t i p o -de alunos

mais do que com óútro ... Há dóis'grüpos^.'.'! ‘ ’

- f a i t a d e c a m á r á d á g è m h á ' m a i s e " n a s ' a ü i ' a s ' ‘‘

- a gente déviá r e s p e i t a r 'aqueies o s ’ outros (que ) ; qüerern t e n ­

tar'ter a süa nota... positiva ... só qüé:’1 .* . por! éx'empl o ; a Ma-

-19^- ;' ;'

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temática a gente porta-sé mál V. f1 a- maior parte' dá turma' já s a ­

be que tem nega ...- em termos de camaradagem é’ c o m p o r tamento1 ..: e "a mèl hòr ■ tu rma

que já ti ve .. .- as outras turmas eles (os rs ' tores) diziam s'empTe que a n o s ­

sa turma, desde ... o primeiro ano (do ciclo preparatório) ...

era das piores'da escola'..:- (a turma'era das piores da escola) ... talvez por eles virem

... da quarta clássé ;. .* havia1 mais'- meninos bétinhos- •’

- ( héti nhos ) aqueles... què 'não' gostavam de 1 a 1 i nha r • em coisas n o ­

vas só àquilo'qú'a gente fazia W ;vpr imária e quando- fomos

lá p 1 ra cima, lá p'ras ga 1 i rihéi r á s ■ ele s só :quériam fazer a m e s ­

ma coisa ... coisas "ainda'da primária ... não -queriam • experi -

mentar coisas novas- (no cicló preparatório)'a camaradagem aí ' er a 'tudò :em --- gr upos . . .

um grupo dos bétinhos. . .' outro' dos que se achavam-mal--comporta -

dos- (nesta turma) há o grupo dos bétinhos(, ha outros - que rsão mais

irrequietos( o mau comportamento) i - há disciplinas em que se' nota. . . .de

um modo particular' . ..- uma delas é q u ’a gente não faz m e ’mo b,arulho nenhum é * a p r o ­

va de concentração .. . (Geografia) >

- há outras (disciplinas) em . l . q u ' a gent e vi - -. . . pron-t o-: est a

já tenho negativa" . . . não vale ar,perià ' 'tar-se ia: esfòrçar;:- ... o

que leva a gente mais p'rá brincadeira' ■■ " ' *

- há outras (disciplinas) ' que é V normal d a •t u r m a - ...!tar a

mandar umas bocas ... •** * 1 '-- tentamos ver qual é o ‘ máximó ' do ‘pr of essor - o- que eí-que ele

aguenta- (os professores ...vêm ... na juventude uma geração desordeira

... uns desleixados) ... e não é bem assim, às vezes

- o fundamental ... é só... a camaradagem que existe entre os

professores e os alunos- os professores e os alunos deviam ditar as regras

- (os professores devem) f^zer um acordo com os alunos .... eles

. podem .di.zer uma coisa e a-.gente não concordar ... ,

- ( in formação grave,) . fa Ita d e , e ducação, falta de respeito ^

- (é grave) ... a gente fa

.. po.plra- brincar, ha. temp

açordo.com o professor e

: um ^acordo em dar uma au,

I pjra.,estudar e os òl

ha tem-

È ’ 4 /

o professor faz ■ c ' ^ vnte6lBL-|0T^A U

19 5- . Vi-. [ B! c w &

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acordo e* a gente' não -o respeita i.-. -so e •p 'ra brincar .

há- brincadeira . . . mas às' vezes . uma- pessoa exagera. .. a

confiança que lhe dão... •(acto de 1 ndisciplina ) -é *um •• aluno--não.. respeitar, os . professo-

res

(...) mas' também os .colegas pensa, que tém que pensar.nos

colegas • • • •. .. .

(indisciplina é d e v i d a : a)-. . . às vezes . os pais . estimam

• de mais um filho e depois o filho não vem- preparado cá p ’ ra

fora como os outros ...# *

-lá - no bairro : : nào: e bem. :os pais- estimarem m u i t o . . . e que

teve problemas de asma quando era pequeno e a mãè nunca o dei-

•xãvá vir à rua -...'agora tem dezassete anos ... por acaso nem

trabalha ... quando vem p'á rua nunca vem p'ó pé do pessoal da

idade d e l e .'. .-vai -sempre-ter c'os putos ..i nuncã tomou liberda-

•de.s... agora 'tá-a abusar d e l a ’ ...'

(quando um alüno é indisci p l i n a do ) •deve ser punido.conforme os

;actos- que fez' •' •

... não acho que haja assim tanta camaradagem como isso

é uma turma razoável... a nível de aproveitamento... c o m p o r t a ­

mento e que não

comportamo-nos mal

eu nunca tive turmas . . .que se possam chamar bem comportadas

... 'tive ... sempre num ambiente em que o comportamento nem

era bom, nem era mau, mais ou menos ...

acho que existem uns mais calmos e outros máis àgitàdos, mas is

so há em todas as turmas

(o s 'excêntricos) ... dizem piadas

fazem coisas ... talvez perturbem ... aquelas pessoas que p r e ­

cisam de 'tar cóm atenção nas aulas ...

em Geografia ... aí é que' os comportamentos e x c ê n t r i c o s ‘acabam

não se manifestam mesmo ...

(os comportamentos excêntricos) em Matemática e o máximo)’

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(os comportamentos excêntricos) em Físico-Q.uímica é-o.maximo

é conforme o s ' professores; ; . -que,;nós. fazemos - ou mais - barulho

ou menos barulho . «•. . .i .

(em Português) temos mais confiança com a s.1 tora ... mas «não( • 1

abusamos

deve haver um bom entendimento entre professores e ..alunos p 1

ra se poder dar uma aula como deve ser ;

os professores e os a lunos .ide viam-.ditar as • regras

deve haver um entendimento entre :prof-essores e alunos... sobre

as regras ; -

acho... que ditem as regras .(o s . p r o f essores) ... mas ...nos p e ­

çam opinião • . . . r - •

(aluno indisciplinado) é aquele, que não cumpre absolutamente

nada das regras

(a indisciplina )-é devido ao ambiente .familiar .

(a indisciplina) pode ser.(devido) ....à maneira das.pessoas

serem ... ha uns que . se • querem, evidencia r dos outros ..*s

quando um aluno é indisciplinado) ... acho que . . ., .se, deve c o m ­

preender ... se deve ver ... porque é que o aluno e indiscipli

nado

(quando um aluno é indisciplinado) ... se não tem razão... acho

que se deve aplicar as penas >

(haver regras) não tem nada a ver (com o funcionamento da t u r ­

ma )

V i' • • . . - . I • • • v . i - • i , ; ; ; •

não há assim tanta camaradagem

se o comportamento não fosse tão mau a turma tirava mais provei

to das aulas, tinha melhores notas

... um faz, um grupo logo faz e depois, assim.as aulas não f u n ­

cionam

tirando o comportamento acho que a turma é boa

... as outras turmas foi sempre mau, a nível de comportamento

... este ano 'tá melhor (a nível de comportamento)

há um grupinho daqueles mais calados e outros assim mais. agita-

d o s

eles (os mais calados) não se inserem no nosso grupo, porque

-197-

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eles ... têm outras ideias que nós não temos

acho que por a gente dar-se assim tão bem é qu'a gente somos

mais agitados ... alinhamos sempre em tudo ...

(alinhamos sempre em tudo) e há aquele grupo que não

perturba ... aqueles que querem 'tar com atenção

... Saude ... não fazemos tanto barulho ... é uma disciplina

q u ’a gente 'tá a experimentar pela primeira vez... talvez t e ­

nhamos mais interesse por essa disciplina e não fazemos tanto

barulho

(nos intervalos) ... contamos anedotas ...

devemos estar com atenção na aula

devemos respeitar o professor para que tambem ele nos r e s p e i ­

te a nós

os professores e os alunos deviam ditar as regras

(... a s'tora dita as regras) ... só que a gente nunca as cum

pre

falta de respeito leva ao mâu comportamento

(ó o pior que há...) por ser uma falta de respeito

nós portamo-nos mal e não somos indisciplinados

... ser indisciplinado ... às vezes os professores usam essa

palavra ... dizem que nós somos indisciplinados ... eu acho

que não somos ... comparados com colegas que já tive ...

(a indisciplina) é dos problemas em casa com os pais ...

(a indisciplina é dos) problemas que nós arranjamos com a es

cola, porque andamos chateados, vamos chumbar... andamos na

quela depressão e temos a mania de descarregar nas aulas

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(

95 ANO - TURiVÍA CO.NSIDKHAi)A',DISCIPLINADA

» i-

-199-

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'*Q d ~

tenho andado em turmas em que normalmente--há-.multas pessoas que

não ligam'nenhuma ao estudo. . . este ano -não , •

esta turma tem elementos:'mais .novos ... e les1-as • vezes • são .umas

criancinhas

esta turma gosta • d.e • ser bem comportada

oütras- turmas-(onde eu andava) tinham empenhe em dizer que eram

mal comportad as ....parece que :se tornavam importantes na-esco-

■ la •

:( ne-sta ' turma )' -.. . uma- vez portaram-se mal-, a gente 'tava na con

versa numa aula, a professora chamou-nos a atenção

disse (a professora) que a- gente 'tava a 'tornar-se mal compo£

-tados', agora nestes últimos meses,' as pessoas ( a lunos ) calaram-

-se logo " todos,-ficaram todos arrepiados

há um empenho nisso de ser uma turma. bem. compor.tada . •

: ( os :a lunos *mal compor tados )... gostam -. . . "olhem, houve um conse

lho •disciplinar!"' . .-'tinham- empenho, parece que se tornavam im

portantes -na^escoia * - > .

na noss-a- turma -há um grupo de -pessoas -que devem estar na nossa

idade ... é um grupo de rapazes ... em relação -a nós raparigas

são . muito-:mais- infantis: - t

•-(os*-rapazes mais. novos )• não- conseguem t o m a r atitudes, de pe£

soas mais responsáveis- /.

(os rapazes niais, novos )-che:gam a- aula todos a .correr , a- correr,a

■correr-- . . . - -

(os :r’apazes mais m o v o s ) 1 . . .. vão para trás dos pavilhões- brincar

a bola . . . . . :

‘(os rapazes- mais: novos) ainda tem aqueTe espirite de ,-brincadeira ,

d e c o r r e r , de andar -de 'um. 1-ado. para ;ô’ outro-.-. : •. . í

a gente *fala- compeles (os: rapazes, mai.s-. novos) :um. bocadinho mais

a - s/er'io 'ofendem-sé ,•• porque h'ã o - ;perce bem- o -que- a - =igen.te r-lhes dis

se

esse' grupo •• ( rapazes, mais: •; noVos ). v. talvez: esteja um -. .bocado se

parad’0 'dá : t!urmav'P *a • sepa-ra • rambem • • -n

eles (rapazes mais- novos): sentem .que^a -ge n te. somo's. diferentes. . .

e arranjam ■••conflitos:--: :j.-- . . • r • ."•

eu até já arranjei muitos conflitos -com:-um èle.ss-e' grupo-. :(r.apazes

mais novos)

- 2 0 0 -

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ele (colega) é um m a n d ã o ,...sa be tudo, ... conhece o laborato

rio todo de ponta a ponta ... » t

ele (colega) como já viu (nas aulas de laboratório) e como já

me disse o que tinha visto e como acha que eu não devo ir ver

fica todo ofendido ... ‘ ,

eu acho que é comportar-se (o colega) como uma criança . ele

não deixa aos outros, quase nós próprios p e n s a r m o s o u cometer

mos erros... começa logo a criticar

... eu sou rapariga, ele é rapaz, ainda por cima

a gente vai regularmente estudando, mas as duas por -três já não

se consegue isso (pegar em todas as disciplinas) • ; r. •

de repente apanhamos aquele susto ... "bumba" ... la vem uma

bomba ... temos ponto de Francês; ...• vai-se .estudando.*‘no-& .in­

tervalos 1 - ' 1 .....

quando uma turma é interessada, como- a deste- ano,, as p r o f e s s o ­

ras ... mesmo as piores são- melhores do- que' as do-anospassado

(na semana de Química) nos não tínhamos pr;of.essor' nessa al-tura,

foi outra professora que nos chamou e nos- fomos la • ...;. ^

(em turmas mal comportadas) ... a conversa estava a.-?ir -muito

bem ... ali todos uma m a r a v i l h a , todos a-li :calmo's; ;a fàlan,. . .

com a professora . . . começa a haver um malcriado -. depois ha

outro malcriado ,• depois há outro .-..é só. ordinarices -

no laboratório a -gente 'tá a trabalharicom r e a g e n t e s , às »vezes ,

caros ... eu acho que há que ter muito cui.dado. porque,‘para

o ano pode hão existir esse material e d e p o i s • não-■ podermos • fa

zer determinada experiência ... isso é importante' 1 !

... isto (as mesas) assim- tudo riscado,não, se' devia, f a z e r -

isso dos riscos na carteira ...se a pessoa tem tanta, vontad-inha

tem mesmo que riscar, é a lápis- ... risca ,a lápis, no...final vai

com a borracha e apaga ...

uma pessòa (um aluno} não deve 'tar sempre calada,- porque- ás ve

zes, tem interesse em- falar corri a. colega

às vezes estas frases,- estas- maneiras a que -a - gente somos ..for­

çados . . . a s duas por -três- já 'tá chateados . . . a gente- tem de

'tar ali, silêncio, calados, direitos ...

(estar em silêncio-, calados,- direitos -.. . )-.-não; concordo nada

com isso, mas também não concordo•com : uma pessoa chegar ali es

crever , falar--... tem d e - -,haver -limites ■ t •

há alunos que vão p'ra aula, agarram num livri-nho da "Maria" e

pronto isso é err-ado : -■ "* : -v- -, * ,, .

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há alunos que se baldam 'as áulas . : . ó -uma falta horrorosa...

é uma ’falta imperdoável : uma pessoa mentir aos pais.;,

é absolutamente erradò ’■

(falta grave) ser-se nialcriadcr ; »• • •;

as regras ba'se são as fundamentais

... a pessoa pode-se portar de uma maneira diferente-de d i s ­

ciplina para disciplina :V. podé ter' determinadas regras numa,

que tem de cumprir, mas noutra já pode ter -outras muito d i f e ­

rentes ' . .

há’ casós de alunos ..', que sé comportam bastante mal ...às v e ­

zes os professorès' tendem a pô-los húm canto da sala ...não

sei se issò estará’ correcto'

quando ha um aluno que se porta bastante mal acho que e

porque tem algum problema- • ■ ■ - -

neste caso ( a l u n o * bastante mal comportado) -a directora de t u r ­

ma é que 'devia ir lá falar ao aluno ò que é que ele tem . . .

e essencialmente a partir daí (diálogo directora de t u r m a / a l u ­

nos mal comportados) é que se deviam fazer as regras

os alòiVos indisciplinados são, normalmente os que têm proble-

mas em casa

há pessoas que têm tendência em levar os outros para o caminho

do rnâl, mas essas pessoas’ ... é que têm de ser guiadas . . .' nós

é que temos de parar ... nós é que devemos levar esse rapaz...

pãrã {o * 'bem "

normalmente' . . . são as- pessoas que se comportam pior . . . são

aquelas que têm mais dificuldades . . ou porque ele 'não se dá

suficientemente bem com as pessoas-necessita daquele "show"

quando.há um certo engraçadinho numa turma ... ele cá fora ...

porta-se de uma maneira completamente diferente ... porque,

ou e tímido e . . . • im

(...) na aula gosta de dar aquele "big show" que é para os o u ­

tros todos repararem nele ... as raparigas...

estragar material ísso. é ....actos de vandalismo ... de uma pe£

soa obsecada ... .uma, pessoa que destrói por prazer não tem r a ­

zão nenhuma

ter problemas em casa, portar-se mal, ser malcriado, andar aos

nomes às pessoas, não tolerar coisas ... ter uma agitação r e ­

belde ... desculpo ... mas acho que são .alunos indisciplinados

... têm esses problemas, mas são

quando o aluno comporta-se mal na aula e é a primeira vez . . .

no fim da aula o professor deve-o chamar e perguntar porque é

- 2 0 2 -

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que ele fez Isso ... esclarecerem-se. * *

os próprios colegas podem, dar uma força ao aluno (mal .compor­

tado) e cada vez que ele se portar bem. na aula ...chegarem ca

fora, dizerem "parabéns, portaste.-te bem"... não é só ;dizer p£

ra não fazer, é depois encoraja-lo a fazer precisamente o c o n ­

trario •. „• .

o ... professor ... eu não concordo.que da primeira, vez descu_l

pe logo . . . o professor deve logo tomar medidas ... náo.é m a n ­

da-lo p'rá rua ... é no fim da aula dizer-lhe "tu aí, chega

aqui e explica-me porque é. que fizeste isto assim, pprque é que

... sempre tens te portado bem ... não percebi...".

... quando é por sistema ... é porque o professor deixou que

acontecesse a primeira vez ... .. ;V .

acho que é p'ra chamar a atenção e é me'mo p'ra isso . (

no meu segundo ano tinha... um rapaz .la na turma que era .engra^

ç a d i n h o ( m a l comportado) ... era bom aluno, bom d e s p o r t i s t a . . .

era respeitado por todos ... não era bonito, era maip, p'ro

feio . -. • ,, ’ . i

as damas, as. damas da turma, quando e um engraçadinho , (no. .pon­

to de vista estético)... começam a valoriza-lo mais .... „ I i ias vezes são as próprias raparigas ... .que. -lev.am-nos. .arf azer

li'* í • 1“ ^isso (portarem-se mal)... não lhe's ligam nenhuma porque na.o sao

... bonitos . 1, .. . . . . , , ; ! I < .

(os rapazes que não são bonitos) armam-se em cavaleiros.no. meio• ’ 1.11 *.

da aula, fazem um "big s h o w " ... e. .depois a.s damas .nos inte.rva-1 .. , ’ * 1 i' * 1

los vão ... todas c o n t e ntinhas. a.t-ras deles . a4 fazer ,a corte ...„ 1.1 “•!/

eu ja vi isto muitas vezes M » t., ..."1 . 11 1

porque é pequena (a sala)... hós falamos

ha um bom relacionamento entre nós todos (alunos)

quando precisamos ajudamo-nos uns aos outros, tanto nos estudos

como em problemas que nos temos

há alunos da turma que não ajudam muito

... na turma ... ha dois grupos de pessoas' diferentes... ha aque^

les que quando acontece alguma coisa de mal nós pensamos quem

foi ... nós sabemos automaticamente quem foi ...

-203-

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(o^gfupo dif'eretite') sào da-nossa' i d a d e ,'m á s •têm reacções

um bocado pró-acriançadas

• há outro g r u p o n ã o sei- se pela idade,'-'se distanciam da

turma e têm os seus grupos próprios . • .

(o comportamento irrequieto do grupo dos rapazes mais novos)

é mais ca fòra>: . . • • .

: .'. . o barulho é conforme' o- que • o professor'admite -. . . os limi^

tes variam

no laboratório tèmos '-certas: regras e temos que nos comportar

•'conforme porquê' pode haver -acidentes- .

ha aulas em que estamos calados, p o r q u e -o professor obriga-nos

a isso ... ‘

na aula de História ... acho que não temos que estar calados

. . . a í . . . devemos fazer todo o barulho possível

‘(o alurio) deve cuidar do ' material porque o material é nosso...

quando há óptimas condições para'que o aluno perceba > a m a t é ­

r i a ’e ’ 'te j a • bem- comportado e que se sinta bem lá dentro ...ele

seja insubordinado ... é' grave ::

quando a aula não está a ser bem dada ... e ó*. difícil estar ali

. . . bem c o m p ortado... é difícil e tem desculpa

... devem-se respeitar as regras bàsê a princípio e devem-se

i r 'construindo as outras com base em e x p e r i ê n c i a s ... coisas que

acontecem ... deve-se ir acrescentando regras conforme as coi­

sas que acontecem ; . .'porque se vão criando novas opiniões

(construção das-regrais ) nãõ deve ser num dado momento mas ao

longò do ano ‘ "

é uma turma boa, apesar de as vezes, nãp. haver, notas muito b o ­

as .. t. -

ó tudo rapazes s i m p á t i c o s . .. rapazes e raparigas^

estes rapazes aqui são novos, estão na idade de brincar, mas

não brincam... até ... chumbar

(outras turmas a que pertenceu) são turmas mais mal comporta­

das ... tres, quatro membroscriam mau ambiente ... há... uma

parte de divertimento nas aulas

-?04-

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(a turma) ao longo do ano tem tido sempre um.bom - c o m p ortamen­

to . - .v /

apesar de, as vezes-, o: pessoal se di,vertir u poM co mais.;. e

uma boa turma

(repetente) ... em parte é de e u f a l t a r muito-... dei^o-me ta£

de, levanto-me tarde... chego atrasado à escola-,

ha uma maior maturidade entre as raparigas da-lme,smla- idade do

que os rapazes ,

(os alunos não devem) estragar, o m a t e r i a l . escolar ..

(os alunos devem) respeitar.... a* sala de aula, não fazer, b a r u ­

lho... se quiser fazer barulho vá embora lá para ,f.oraM :

faltar ao respeito ao professor . .

(...) ser malcriado (com o professor) •* ••• , ;

enquanto professores e alunos não se conhecem as .regras bases,

depois vão-se ...em reunião ... ou a falarem-.uns com.os outros

afinam umas . . . umas regras . .■ ; -

(aluno indisciplinado é aquele) que por sis.tema, destró.i

(aluno indisciplinado é aquele que por sistema . e.-mal e.ducado

com os colegas ■ * . A. '!.■•-• •

( . . . com os professores e *. ,j

(...) com os empregados , • - h

... em situações particulares podem reagir . . « o..aluno ter r a ­

zão, ter sido o colega, ou o empregado ou o p r ofessor,.a-ser

malcriado com ele e.ele responder-lhe... - .

em casos de primeira vez... o professor falava com .ele.-(aluno

mal comportado) ... a turma e chegávamos a um consenso. ..>

se for daqueles (alunos) que vão p ’rá rua e chateia ali e c h a ­

teia acolá ... o professor já deve saber ... toma as suas me

didas

no meu entender ... a aula... ali é para dar e para impor o

respeito dentro da aula

quando um aluno se porta mal ... pode ser p'ra exibir-se ...

p'ra se mostrar aos colegas da turma

(quando) um aluno se porta mal)... pode ser, também, de génio,

do próprio géni 6 da' pessoa.*. -i-

(quando) um aluno se porta mal) ... tambem, pode não 'tar conter^

te com o p r o f e s s o r - . . -

-205-

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quando os professores nos dão ' oportunidade de bri near., nos - briii

camos,- mas não "a g o z a r - - — ' ; : • •

se há um aluno que diz,as.sim,' uma graça na aüla... .não e . nada

'intencional-j-a conversa ‘proporcionou isso . ■» •por v e z e s , !calha (dizer a graça) nas ultimas.aulas do dia .em

que estamos mais cansados • ••»

já não nos está a -apetecer estar, assim, com tanta atenção ao

trabalho (nas últimas aulas)

começa-se,:a formar- um ambiente em-que os alunos conversam, . uns

com os outros ... dizem-se umas coisas, não e n a d a - i n t e n c i on a l ,

nada pãrã' perturbar a-aula, *é ... coisa do momento,

quando é para trabalhar t r a b a l h a m o s -' •- -

r(já tenho estado, ém -anos anteriores em turmas com problemas de

comportam e n to)../ nesta turma não, não há-esses problemas,

todos se ajudam na turma .

há um-bóm relacionamento ' (na turma )- ■ ••

em termos de união, esta turma não é das mais unidas que cu ja

• tive ' *'• ■

' (às^oútras 'turmas) eram mais unidas, mas era tudo,para a m a 1 -

-dade',' não era ém 'termos de amizade • • -

o 1 Pê' . ; e a Mar. '1 'são mais -velhos que nós- e n o s 1 damornos muito

' bem . . ,... ' •

'(quando a''professora dita apontamentos -na aula) , depois em • casa

é; que èstou 'a ' ler »aquilo com atenção

chega ’o primeiro toque, os alunos esperam cinco m i n u t o s ,o p r o ­

fessor não v è m , eles ‘começam-se-a dispersar: mais,, depois o p r o ­

c e s s o r chega 'e". . . eles primeiro que se juntem.,outra vez, vão

entrando todos, assim aos bocadinhos ..... .. . .

- . . ; não perturbar a ''aula- . . • . = ' ; . - • ...

. . . q u a n d o um colega esta a falar

... quando um professor* (éstá ‘a falar)-não interromper •

os álúnos não-devem ’escrever nasniesas ••'. . ficam todas.porcas

e ímúndãsí:.'. i depois um'âluno ;* . .' • ' t á - a 'traba lhar . . . e vai-se

dis trai ndo com as'coisinhas que ' tão ■' lá ' escr i t as ••.- i . - começa

â'pagar'du ‘começa :-ã‘::lér--o ' qiie • é-que ’-escre veram

-206-

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- (os alunos não devem) atirar papéis para o chão

- ... na aula de História aquilo é uma lixaria (atiram papéis

para o chão)- ... insubordinação ... e o mau comportamento dos alunos nas

aulas ... por exemplo, estão dois rapazes sentados numa c a r t e i ­

ra e-começam a discutir alto ~

- (...) começam a andar à bülha mesmo dentro.da sala de.aúla ...

- (... insubordinação -....- por exemplo). ... levantam-se,, se,m p e ­

dir autorização ao professor .-e. circulam pel.a sala ^vão a f i ­

ar o lápis e depois passam e espetam o bico :do lápi,s vno braço

do colega - • . •-

- ... deve-se construir um sistema de regras.para re.sp.eitar n u ­

ma sala de aula ^

- as regras devem ser construídas em função . . . ,em ,co.nju.nt.o,- com

os alunos e o professor '

- (as regras) só devem ser .construídas ... quando el-esj ■( prof es-

sor e alunos) se conhecem bem . ..A, ,.;Ul

- ... -não vão estar-a fazer umas . re.gras . que depois - poderão., não

ser respeitadas por outros colegas, porque, não .for.am,,"vistas

em função da vida deles » . •: * '-tV-p

- ... aqueles que incentivam os colegas .a fazerem maldà-d.es.

-•(...) e a baldarem-se às aulas „ .‘j l-

- ... aquilo que aconteceu aqui (na escola) com' as tabel<as^de

basquete ... deve-ter sido algum r a p a z i n h o . que teve, a. ideia de

deitar aquilo abaixo e depois foi. incentivar os coleguinhas e

depois durante a noite partiram aquilo tudo e. escavacaram ..

- um aluno insubordinado... é aquele que incentiva os colegas a

fazer a maldade... arrasta-os com ele para -.o que. não,é bom,

- ... há os que gostam de. fazer sozinhos ( m aldades) , para -.os van

gloriarem, foram eles-que fizeram-sozinhos, s e m a ajuda de ni£

guém- ...- acho --que-também se- pode. considerar, um- aluno-.in d i sei pl_i

- nado... quando actua sozinho e depois <se . vangloria ..dos. seus a c ­

tos ... não próprios ... "• . ...

- ... (actos não próprios ... que .têm.: a-* ver com). ... destruição

de ma ter i a 1 • • 1 • • • . . s .• .- (...) a. maneira como ele .trata os.iColegas.,

- (.*..) a m a n e i r a . c o m o . fala...-.a s.. asneiras. ...>.. ..a ,.má, e d u ç a ç ã o . . .

- ... a turma unir-se ,e, tentar perceber; porque, é q u e ’.ele .fez aqu^i

l o e l e v á - l o a reconsiderar-a, sua atitude v . ;í

- os alunos . que .se portam .m a l , .por-.si.s;tema , -.deviam s.er, postos na

rua ... com falta ... porque 'tá a perturbar a classe

-207-

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ã f a i t a ‘disciplinãr’ éum 'cáso' extremo •me'smo" '

... um aluno fez^algüma' coisá mal'na aula 1 .•. se fol a p r i ­

meira vez, acho que o professor deve compreender e desculpar0 aluno, p o í e s s à vez * • • • • “ .- •

as vezes,' um aluno é -lêvadó':a-exibir-se "'nas 'aulas ;':.porqüe

tem problemas em casa... há aqueles alunos que não- recebem a

atenção dévidá'

(...) e depois ...•s e n t é m -a n è c e s s i d à d e d e fazer*algo para que1 * .todos o l h é m p ,ra'elès'..;todos falem deles

(ás vezes, um aluno é levado a exibir-se nas a u l a s ...■ porque)

. . . o s c o l e g a s não lhe dão atenção dizem a s s i m " O h . . ; e s ­

te é ‘multo 'maçjrd o ü 'muito baixo não pode . . ;não sabe jogar à

bolai., vamos deixá-lo de parte ..."

esse aluno sente-sé ;pòsto de parte e.*. . . tem tendência á fazer

algo que os outros reparem nele'... muitas vezes são levados a ..

.;. d'izér coisas "no meio' dás 'áulas è a' portarem-se mal', só p a ­

ra as pessoas repararem que eles estão ali,' que* eles existem

. . . o aluno por ter mais simpatia por um :professor do' que outro,

pode não gostar de determinada aula'o qué ... Ò leva a fazer

aquilo que e’Ie ' faz (portar-se mal ) ' ' •

se falamos ou brincamos e porque os professores nos dão p o s s i ­

bilidades para isso

a maioria da turma m a n i f e s t a :" a i , mas não vale a pena ... pron

to, vamos falar"

a turma podia ser mais unida

ha montes de questões que fazem com que nos distanciemos

aquele ambiente de união e de ajuda, que nós tínhamos entre t o ­

dos (o ano passado) não consigo senti-lo este ano

julgo que nós não excedemos os limites

quando .e. para .trabalhar trabalhamos, se .há uma altura, de. brin

ca r , brincamos

apesar de não haver aqueles elementos. .... que estão nas aulas

exclusivamente- para. divertir, os outros, colegas . . . se queremos

brincar conseguimos

i -208-

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certas vezes, na turma, digo. umas., graci nhas exagero, em _ c.er.tas

coisas ... talvez-para distrair, porque sinto que estou cont-eji

te equero partilhar isso . . . c o m os.meus colegas

(digo umas g r a c i n h a s ...)e às vezes, sai caro aos professores .

mesmo nas.aulas têm reacções diferentes,,... até porque ja são

repetentes

talvez não tenham notas melhores ... em parte devido a idade,

mas também ao facto de serem, repetentes . .

nós somos uma turma em que haj bastantes.elemen.tos que,.exigem

dos professores ,

... os alunos ... a dizer "oh s ’tora eu não dei esta matéria

..." quando ... a s'tora que tinha vindo.antes desta tinha da-

do aquela matéria . .. ,

fizemos espetáculos por uma,coisa,tão .pequenina e .demprou-se

uma aula inteira para esclarecer uma coisa tão p o u c o c h i c h a . . .

o barulho ... é . c o n s o a n t e .aquilo que o professor permite,

(o aluno não deve) estragar, o material escolar ...^material

de laboratório ... mesas, tudo... o material é caro

respeitar o p r o f e s s o r . . . . ., . ,, .

(...) o professor respeitar-nos a.nós . ..i ....

as regras devem ser ... feitas em função da turma.. ..

agora que nos conhecemos mais ... talvez ... fosse o adequado

para construir as regras que devíamos respeitar numa sala de

aula 1

... numa escola ... regras que muitas vezes funcionam mal, por

que isso não pode ser generalizado ... as pessoas são d i f e r e n ­

tes, têm comportamentos diferentes ... encontram-se em s i t u a ­

ções muitas vezes difíceis e que... não lhes permite r e s p e i ­

tar essas regras 1 . ■

elas (regras) têm de ser feitas em função das pessoas, r e s p e i ­

tando certas ideias base

(a construção das regras) deve ser o conjunto, os professores

e os alunos

mais para ... meio do primeiro período ... acho que já se p o ­

dem fazer regras ...os próprios professores conhecem melhor os

alunos ...

não hesitava em dizer assim"olha aquele aluno que destruiu i s ­

to

ou que tratou mal o professor ' .

òu ... que nos tratou mal a nós é um aluno ' indisciplinado . ..

- 209-

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- ... se tivesse um determinado problema e mais tarde eu viesse

a saber ... eu era a primeira a dizer "olha fiz um mau juizo

de ti" ... em certas circunstâncias ... nem uma pessoa sabe o

que se está a fazer . . .- acho que se deve saber as circunstâncias em que determinado

problema (de disciplina) aconteceu

- ... a turma devia unir-se e falar com ele ou ela ...tambem p o ­

de ser ela ... serem suficientemente sinceros e levar o aluno

a perceber ... que procedeu mal ...

- (a turma ... falar com ele ...) mas não daquela maneira que e

trocista, porque o aluno revolta-se, torna-se rebelde e acaba

por repetir, por querer provocar ainda mais as pessoas ... poir

que o aluno sente-se mal ...

- tanto os alunos como o professor devem levá-lo a compreender

que procedeu mal

- segundo aquilo que eles dizem é porque . . . precisam de chamar

a atenção ... por aquilo que eles disseram

- normalmente, já estão fartos da aula ... são coisas que não

lhes interessam, porque o professor não incentiva ou a própria

matéria

- 2 1 0 -

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BOM PROFESSOR

- 2 1 1 -

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75 ‘ANO - TURMA CONSIDERADA INDISCIPLINADA

- 2 1 2 - - r -

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I

- consegue dar a matéria toda nas aulas ...

- dá as aulas com um certo ritmo

- não desrespeita os alunos

- ... consegue manter o respeito

B i

- a Ciências é uma turma impecável, a s'tora nunca dá quase sempre

a mesma matéria ... a s ’tora 'tá sempre a dar matéria diferente

- (a s 't o r a ) consegue dar a matéria toda que ela 'tá a pensar numa

aula só- ela diz assim ... "o 7^C (outra turma) tem cinco minutos p'ra brin

car" ... esses cinco minutos eles fazem no princípio da aula e de

pois estão o resto da aula caladitos ... ela connosco não faz isso

... ela dá a aula toda ... ela dá a aula toda ... os cinco minutos

é p'ra nos mandar calar ... nos, por acaso, não fazemos muito b a ­

rulho

- a s'tora colabora muito connosco

- o modo como ele nos ensinou a cerrar a madeira, a cola-la |M . .. eu

acho que 'tá perfeito ... , c u

- é um s'tor que já tem prática daquilo que faz ... é o professor

com mais prática de ensino da nossa turma ...

- é um s'tor que compreende, também, ... um pouco, o ponto de vista

... de nós, quando formos p'ró futuro, se continuarmos sempre em

Madeiras- ele sabe como é que nós vamos fazer uma coisa qualquer ... de M a ­

deiras ...uma peça- dá a matéria que ... 'tá guardada p'áquela aula e que ... tem c i n ­

co minutos p'ra conversar com a nossa turma sobre outros problemas

. . ■. a escola e o que dá nas outras turmas e na nossa

-213-

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- consegue dar ritmo à aula, para que ninguém;se> desinteresse pela

•matéria ' ’

- na aula de Ciências ... a s 1 tora consegue;coiitrolar . nvai-s ou.'(ne

nos a aula ... a- aula rende quase no geral . . noventa- e- nove' ví r ­

gula nove consegue ter um comportamento a c e i t á v e l ... .

- é o professor que controla • bem-a ' aula e os.alunos ...

- professores‘compreensivos ‘ p ,!és -a lunos • . . . •

- (professores) justos (p'és alunos)

- ... dar ritmo a aula para que a aula não aborreça e os alunos d e ­

sinteressarem-se

- acho a professora (de Francês) muito simpática, gosta imenso dos

alunos ...

- compreende os alunos

- não distingue um aluno com conhecimentos a n t e r i o r e s ,dos pais

- gosta de ajudar os alunos ... se eles tiverem problemas, me'mo sem

.pertencerem à e s c o l a . . . , ajudá-los

-214-

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- consegue coordenar as aulas -

- aceita as minhas brincadeiras nas aulas ... nunca me mandou p.'ra

rua com as minhas, brincadeiras ...

- cada v e z q u e eu chego atrasado tira-me as faltas ......

- explica aos.alunos

- sabe dar as aulas . . . c o m um ritmo-... lógico ...

- sabe dar ... as aulas ...qu'a gente não ficamoS'...chateados,ou

excitados

= Dd .

- a s'tora de Ciências já conseguiu qiie nós numa aula não fízesse-

mos quase o menor barulho

- ... eles devem ... compreender que nós ... somos pequenos e t a m ­

bém gostamos de brincar... as vezes é difícil uma pessoa 'tar sem

pre com atenção a uma aula

- é capaz de conseguir controlar durante um certo tempo os alunos...

- acho que se dedica a nós de uma maneira talvez diferente dos o u ­

tros professores

- ajuda-nos bastante ... tínhamos um teste de Geografia a seguir e

ela dispensou uma aula p'a nos 'tarmos a estudar ...

- ele no princípio do ano disse "quando vocês vão parar à rua g o s t a ­

va que no fim da aula viessem falar comigo e eu tambem falo com

vocês" ... é bom o professor ... falar com o aluno p'ró aluno ten^

tar modificar-se

- planeia uma aula e consegue da-la ... conseguindo, ainda, ganhar,

uns minutos p'ra 'tar a conversar com o aluno ...

- t e r ;mão nos alunos, que o respeitem ...

- respeitar os alunos, também

-215-

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i + • -•

• . . ' •. . . ' . i

. . . .•• í '

72 ANO - TURMA CONSIDERADA DISCIPLINADA

-216-

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consegue dar as aulas bem ... a matéria ... explica bem ...

quando alguém esta-se a comportar um bocadinho pior a s'tora

leva tudo na brincadeira, mas ... eles ...ficam quietos ...

explica bem

ajuda os alunos

leva as aulas p'ra brincadeira ... não torna as aulas monótonas

torna as aulas divertidas, prende a atenção dos alunos

explica muito bem . . . conseguimos perceber muito bem

ela ralha com os alunos de uma maneira ... não é ralhar, é a

brincar, mas põe-os ali disciplinados ...

explica bem, ensina bem os alunos^ i * *

tenta ajudar os alunos nos problemas que eles tem, nas duvidas

que eles têm

•i i ■ii < ■

11 ■

■ i ■

.1

... nunca gostava das professoras de Matemática e este ano 'tou

a gostar da professora, dou-me bem com a professora

ela é brincalhona, gosta de brincar e ... de nos dar matéria ..

leva tudo na brincadeira, mas consegue dar matéria e pôr toda a

gente atenta

impõe o respeito

leva a matéria na brincadeira

sabe ...

os alunos respeitam-na

os alunos sabem ... até onde é que hão-de ir ...ela ... não dei > ‘x a (passar daí

brinca, às vezes ... depois dá matéria-217-

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faz que os alunos sejam amigos deles

ela consegue 'tar a dar as aulas na brincadeira ...

,ela consegue, mesmo com os alunos que têm mau aprov.eitamento ...

estejam na aula ... atentos

ela consegue que as pessoas participem na aula, mesmo muitos que

não'-sabem ...

mét.e toda a gente a vontade na sala de aula

é -aquele que consegue pôr os alunos à vontade

(ê aquele que ...) consegue que os alunos pensem ...

(é aquele-que consegue) que todos participem na aula, mesmo não

gostando da disciplina

.quando a .gente menos pensa que a s'tora 'ta a ver é quando ela

1 ta a ver'melhor -

quanào v.ê que uma pessoa 'tá a fazer qualquer coisa começa assim

" ... os alunos nãò devem fazer "isto" . . .

a ,s '.tora além' -de ser' nova .... quando é p'ra brincar brinca, mas

• quando' é para dar matéria nós até damos bastante matéria . . .

'faz pontos e não; temos problema ...

sabe coordenar ... os- movimentos dos-alunos e dela mesma ...

... têm um sexto sen‘tido que diz tudo a s11 tora , que a s 1 tora ’tá

sempre a ver tudó-, que dá conta de tudo ...

. ...(repreensão) v elva'diz ... no geral e ... a pessoa não fica

tão constràngida ...

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- ■*> ■- t'

9 ° ANO - TURMA CONSIDERADA INDISCIPLINADA-

-.21*9-

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L 1

ela trata dos problemas todos ... se'ja com um professor, seja e n ­tre os alunos - • r...

é uma professora competente

ela ... s a b e . . . quando é o tempo p'ra brincar e o tempo \ .. p'ra

'tar a sério ...

(tempo p'ra brincar e o tenipo ... p‘'ra 1 tar a sério) ... dá-nos

a entender isso sem ... se irritar “ '

ela é muito calma ^

é á nossa directora de turma . .". ’ (

èla e uma professora que tem geito p'á lidar com pessoas' da nossa

idade

( a professora é ... porreira) ... há alguns excêntricos que p a s ­

sam p'o outro lado

dá muito bem a matéria

- ela preocupa-se connosco... parece que ... é um dever que ela tem

para connosco, preocupar-se

- é uma professora competente

é. um professor que. tem, pelo menos, as mínimas capacidades para

ensinar a sua disciplina

- (deve ter) ... compreensão •

- (deve ter). uma certa preocupação naquilo .que faz e no que os

outros fazem

- (um bom professor tem qüe)... ter paciência

- 2 2 0 -

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- a mai neira. dala de ensinar ..,, é muito diferente, dos „outros ...

- (a maneira dela) de falar qu'a gente é muito diferente dos outros

- (a maneira dela de ensinar e de ..falar qu'a gente)...é ... muito

porreira ... o qu'a gente espera ... de um professorN

- elá quando fala q u ' a . gente parece que .se esquece, que e uma profe^

sora fala sá como nossa directora de turma

- ela não tem medo ...se há um problema entre nós e um professor ...

não pensa só nela como professora ... pensa, t a m 'em na .gente ... •

- ó impecável, é uma professora impecável .... como directora de tur

ma é impecável

- é multo competente ..

- esquecerem-se que são professores, falarem q u ’a. gente so c.omo alu

nos

- é um professor que acredita naquilo que faz

- (é) um professor compreensivo

- (é um professor) competente ... que dá as aulas da maneira que os

alunos compreendam melhor

- ela é muito compreensiva ... e tenta sempré ajudar-nos

- a maneira como ela dá aulas ... está nas à u l a s L . . p ô s - n ó s ‘à ’ vònt£

de, sem,no entanto, nós tentarmos abusar ? - •• .....

- um bom professor tem que ser compreensivo ...

- ajuda muito o professor gostar daquilo que 'tá a fa‘z'er, da sua pro

fissão; • '.....

I

- 2 2 1 -

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I

- com aquela s'tora a gente temos um tempo p'ra brincar e temos um

tempo p'ra falar a sério

- ela tenta resolver os nossos problemas dentro da turma e me'mo

fora da turma

- é uma professora porreira

.1 I-

l . l .

tl I. I

,• I I

- 2 2 2 -

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9^ ANO - TURMA CONSIDERADA DISCIPLINADA

-223-

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- .ele explica-no.s ..aquilo ... a( ge.nte 'tá a ver a prática da Materna

tica ... 'tá a vê-la empregada

- às vezes a gente diz "mas para que é que.isto s e r v e ? ” e o profes­

sor da-;nos exemplos

- é importante essa preocupação de nos explicar para que serve

- ele levava coisas,; textos de receitas e isso para a gente ver, da

época (dos Descobrimentos) ... tinha ... aquelas coisas diferen­

tes

-...fugia u m tbocado à matéria ....começava a falar de uma coisa e as

duas por três já .estava. .... muito longe ... mas ele conseguia

fazer. História .... parecia que envolvíamo-nos naquilo

- há um grande respeito po.r esse professor

- ... a professora é cómica, ri-se, faz-nos rir, a gente anda ali a

rir e a aprender. .....

- ... também, às vezes, fazemos trabalhos práticos ... ela (profes­

sora faz experiências e nós vemos ... aquilo também'é giro ...

- eu gosto daqueles professores que estão na aula a vontade... em

vez de estarem sentindo-se constrangidos ...

- é o caso do professor de Matemática ... pontual ...

- ser simpático

- ensinar bem

- é quele que tem paciência ... há pessoas que percebem logo a p r i ­

meira vez, mas há pessoas que só à terceira ou quarta é que p e r ­

cebem

- é aquele que tem que ter calma

- tem que ser uma pessoa que saiba ... tornar as aulás sem ser r o ­

tineiras

- eles precisam ... de ser i n o v a d o r e s . . . c r i a t i v o s

i

-224-

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I

R;

- há professores que encaro como amigos ... isso é realmente um prc>

fessor

- é capaz de ajudar o aluno

- (é capaz) de ouvir (o aluno)

- (é capaz) de ensinar bem a matéria

- ... (tive um ... grande problema com uma d i s c i p l i n a ) fui falar com' . . 'i ■ ■ ‘

ele ... e eu desatei a chorar ... ele ouviu e compreendeu muito-

bem. • •'1' •. - •

- (também gosto bastante de' outra ' prof éssora ... pórqué :a s'al’a e p e_i.; ..j •

quena) ... nos falamos ... normalmente não damos aula

- a semana passada falamos sobre o 25 de A b r i l ’e outro dia sobré SI

DA e sobre sexo ... temos conversas boas, aprendemos bastantes

coisas

- ela também nos compreende muito bem ... interessa-se por nos

- mete um certo à vontade nas aulas

- ele conversa com os alunos ... é isso o indispensável num profe^

sor

- (é indispensável) que saiba o que está a fazer* • i * * ' V * • '. •. . " •

- ensinar bem

- criar o ambiente certo dentro da.aula •••

- (o professor) deve se interessar se perceberam todos bem, se ...

nlo grande parte deles ...

- explicar bem (se pedirem explicação)

- saber o que é que está a fazer

-225-

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1

AU

r . I i : • »

'' I '}

gosta de tornar as aulas-interessantes

ele motiva -os alunos . • -

ele sabe tornar as aulas interessantes

o s'tor dà um à vontade muito- grande aos aluno.s

• (o s •' tor )-• ensi na».bem . . .

as aulas de Matemática para mim são o ideal ... o ambiente que

o "professor transmit'e. •

a professora ensina

: (a professora) tem-.um sentido, de humor, grande

(a professora) quando vê que pode brincar.connosco ela brinca ...

é muito simpática

o professor*.entra, é pontual, mas. desculpa os alunos que chegam

dez minutos a t r a s a d o s ... aí nós desculpamos o professor por ele

chegar atrasado ...

... ela ... e tolerante quando os alunos.chegam atrasados, por -

• que n:ós tolerámos que. ela chegasse atrasada uma ou duas vezes.

... tem de haver compreensão entre alunos e professores

tem que motivar os alunos, tentar fazer tudo para motivar, criar

interesse pelas aulas

ser, além de professor, um amigo, sempre pronto a ajudar o aluno

:-em qualquer circunstância - ,

"ènsinar- correctamente ~ ••• • • **• ■ - *

(professora de História/Directora de Turma) conseguia fazer com

que nós nos dessemos bem, não so a nível de turma, colegas, mas,

também, conciliar as nossas visões com as dos nossos professores

ela própria (professora de História / Directora de Turma) tentou

ajudar-nos

havia^ uma ligação muito mais professor-colega ...

para mim é muito mais que um professor ... ele e um amigo 1 < ,

professor e amigo e essa a ideia ideal que eu tenho de professor

-226-

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- eu noto nele uma extrema competência, como -professor

- com o que ele sc preocupa muito (extrema competência)

- ele não quer só bem feito ... tem que ser realmente pensado ...

não é decorar ... é perceber ... e é gostar

- ele tem conseguido transmitir . . . a amizade ••

- (ele tem conseguido transmitir o carinho que se tem.por uma coisa

d e q u e s e g o s t a r- ■

- ha imensa confiança com ele, e o grande- amigo

- não temos aquelas conversas íntimas ... não- tenho-isso< com nenhum -

professor ' ' ‘ • . •«

- eu admiro-o porque ele tem muita facilidade e m . se" dar -bem- com t o -

dósi os elementos da turma ; *' <■' j

- ele é daquelas pessoas que conseguem agradar a diferentes- tipos

- ele' consegue-nos ajudar se temos algum problema ;

- a maneira de ele falar connosco... tem maneiras- engraçadas

- para mim ser um professor deve ser muito mais do que aquela, pessoa

que está ali . .. sem ser saber a - matéria, nias também ser. -.um bom

amigo •• ' *

- ele está aqui por vocação

-*é uma excelente amiga ...’ e nos falamos. .

- ele (professor) tem de' ser amigo, mas também tem de continuar- a

dar a matéria • • / : ••

- ensinar bem '• '

- ser competente

- ser um-amigo •"

- quando ... um aluno que muito sinceramente diz " s ’tor; nos g o s t á ­

vamos que fizesse assim, que se e s f orçasse, que- nós- estamos -inte­

ressados" ... que o professor tenha o bom senso de reflectir n a ­

quilo que os alunos disseram ... e tenha o bom senso de fazer

- um professor que não goste de ser ... de dar aulas ... portanto

a matéria, mas gosta de estar com os alunos, com malta n o v a . ...

isso compensa

-227-

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!' 11

< i

I

MAU PROFESSOR

-228-

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79 ANO - TURMA CONSIDERADA INDISCIPLINADA

!

-229-

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... cheguei à aula e o s ’tor' a ditar o sumário. "A lenta e v o l u ­

ção do Paleolítico" ... eu virei-me p ’ó s'tor ... "s'tor é' a lei

ou é a l e n t a ? " ..." O h , pazinho, rua!" e eu "s'tor o que é que eu

fiz, mas o que é que eu fiz?!"... "Ah, não interessa, rua, ou quer

que vá chamar a contfn'a?! "..."Ah, 'tá bem ... lá por isso ..."

vinha eu a ir-me embora, começou este e outro a rir ... ele e o

Patanelras vieram p'rá rua, nesse dia

... o s'tor mandou-me p'á rua só pelo que tinha feito na aula a n ­

terior ... naquela aula não tinha feito nada, só porque eu não

percebi o sumário, 'tava uma g'ande barulheira ..."Ruuua" . . .

... eu 'tou ao lado dele ...(do aluno que faz desenho de mulheres

nuas nas aulas de Historia) começo-me a rir e o s'tor "vai p.'á ruaM

o s.'tor põe-se a olhar p'ra mim p'ró Nun , p'ra ele e p'ro Patanei_

ras .... é sempre p ’ra nós ... basta a gente rir, um bocadinho ...

é logo p 'rá rua ... os outros falam alto ...o s'tor nunca diz na­

da . . . ,a s'to.ra p'ra ti a rir ... a mim quando não soube virar ... "...

agora já não ensino mais vezes" e eu virei-me p'ra ela "oh s'tora,

então a.s'tora p'á Rit passa aqui a aula inteira aqui assim a fa

zer o trabalho da. Rit e p'ra mim só porque não sei virar aqui um

ponto a .s'tora já 'tá toda ofendida!!" ... "Ah ... não te interes­

ses!" .... "Não me interesso não ...posso-me interessar menos que

a Rita, mas, tpelo menos, tento, esforço-me" ... pôs aquilo de la-

dò, . . . .tive que virar . . . ficou tudo mal virado . . .

a.,te e simpatica ... mas ... t e m , assim umas aulas paradas ... as

tantas :já. p.arece que a gente 'tamos ... a dormir a. ouvir a s'tora

...... depois às tantas .a s'tora começa a dar outra vez aulas, à geri

te já estamos tão cansados ... já nem apetece recuperar outra vez

... a s'tora ... pega nos paus ... prromm ... parte* os paus e d e ­

pois dá-nos -com eles ;na cabeça . . . p l e u m . . . pleum (ri-se)

... tinha uma s ’tora no ano passado ... era uma chinesa . ;.la no

Olival ... que era a s'tora de m a t e m á t i c a ,. a s'tora tinha uma apo£

taria com o apagador ... pegava no apagador ...puumm ... p'a n o s ­

sa cabeça ... era semp'e p'á testa ...desconfio que os apagadores

até já eram ... viciados na s'tora ... depois batia sempre com

aquela parte da esponja ... a gente aflito dos olhos ... era meta-

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de da aula p'a tirar aquilo

- não consegue dar aulas com um certo ritmo

- não consegue impôr o respeito

- aquele que só nos põe p'ra rua, porque ele tem a faça e o queijo

na mão e ele faz o que quer

- ... serviu-se de mim para fazer o exemplo aos outros

- ... não podia nem voltar p'ra trás porque se não ia p'á'‘ruá, á

s'tora já tinha avisado muitas vezes, a primeira que eu me v o l ­

tasse p'a trás ... pimba ...

- . . •. o s'tor 'tá ali ... a dar a matéria de Roma ... é a primeira

aula* ... é uma matéria nova ... nós gostamos ... a segunda aula ...

tomamos atenção ... a terceira aula de Roma já sabemos mais dos'. • i •

romanos que eles próprios . . . 'tamos ali ... a éngonhar

- outro dia disse-nos assim "vocês são uma turma que 'tão lá não fa-í • ( , i . . . ,

zem nada ... 'tão aqui vão engonhar" ... (isso desmoraliza) *

- ... chamar queridinha na aula (a uma aluna )*... isso . é üm abu-r V • ' ' . . . 1- r , • • •• .

so ... e 'tar-te a por ... (numa cadeira de ouro e a nos 'v.. no« I . . .

chão) ... e fazermos todos uma corrida ... tu 'tares em pri’meiro

lugar e nós todos em ultimo ... ninguém ha-de sãber’quem é se m e ­

teu em segundo ... ficamos todos empatados ... no final . . *. tu

queridinha... os outros são ... uma matéria que não existe 1

- é assim meio avariado... 'tou a falar 'tá me'm'o'à minh‘a fren­

te, começa assim a andar com o livro de ponto' até à pagina' chega

lá, marca assim um pontinho "quer ir p'á rua?", eu fico, assim,

quietinho ... fecha o livro, 'continua' a dar matéria . . . faz isso

duas ou três vezes por a u l a . . .

- é a q u e l e q u e o d e i a o s a i u n o s . . .

- (para ele) ... os outros não existem . não interessá ò sentimer^

to dos outros ...

- 'tá para ganhar o dinheiro e‘ pronto *' ’

- 2 3 1 -

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não respeitados al.unos ... . . , • • . .

da as aulas de.uma maneira .. .multo chata,, qu'a gente fica muito

c a n s a d o s ... . .. - . . . . . . . .

... rião‘”’muitas ãméaçás, * pòrque "nós . jásabenibs qüe geralmente

eles (professores) d e p o i s n ã ó fazem mesmo 'o‘q ú e ’dizem

(ao mandar os alunos para a rua) eu acho què o s'tor aí queria

tentar que a turma acalmasse, mas nãò conseguiu . . . f o i cada vez

pior ' ‘ ‘ ' * * '

(mandar os alunos' párá 'a irua) 'isso foi n ó -primeiro período, p o r ­

que no segundo e no terceiro . . agira j á ’quasé ' não mândã p ' a ‘. i ., ■«. i ’

rua

ameaça a d'zer quer marca falta ... mas nós já sabemos que ele não

vai fazer isso

se ele mandou tanta gente p'á rua, no princípio, p'a fazer e x e m ­

plo, agora acho que devia mandar p'á rua quando deve.

ele faz aquilo (mandar muitos alunos para a rua, no início do ano)

e agora .perdeu o controlo na turma ... =porque ainda e ,pior

.há uma coisa ;que .f:az pior no comportamento da turma ... e os p r o ­

fessores que tão. - sempre a dizer que os outros (os alunos de o u ­

tras turmas),- são melhores ...... -uma pessoa desmoraliza ....

ele dizia sempre que nós éramos uns desinteressados... "ah, a i n ­

da se fossem alunos.L.que • d.essem o seu melhor!",...

as..aulas começam a . se,r.. aborrecidas porque é sempre .a mesma m a t é ­

ria; . . .- - • • • •- : . . ; ■

como o s'tor de História, que começou a pôr na rua ... não. é não

. gostar.-dO' prof e.ssor ... . (a p e s s o a ) ..já não t, em que ligar tanto, po£

que . . . s e el.e pode, ...fazer a s n e i r a s ,. .porque, é que nós não h a v e ­

mos -de poder.? .. .1. . ' •>, a s'tora. fez m.a,l porque mudou -o c.ompo.r-ta mento ç.om. ele (apostj/lhe

terem feito queixa do aluno).. . .

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a s'tora (de Texteis) gosta que nós façamos imenso trabalho em

casa e eu acho que ...o trabalho é p'ra fazer na aula ...

a s'tora ao princípio disse que 'tava muito bem (o trabalho de

um aluno) e no fim disse que não 'tava muito bom

deu-nos muita liberdade e agora ..: não consegue... dar aulas

os professores, às vezes, fazem uma coisa, que é 'tarem a olhar

p'ro aluno e o aluno faz muitas coisas seguidas e não o avisam

e a certa altura já estão fartos e mandam-no p'á rua ... o a l u ­

no ...não sabe o que é que foi

tem um método esquisito de dar aulas ... escreve no quadro e e x ­

plica e depois dita uma data de coisas para escrever e a certa

altura uma pessoa já 'tá farta e ela ainda vai explicar, e x p l i ­

ca r ma i s ...

nas outras aulas.... há.um, minutinho ou dois q u e :sempre se 'ta

a rir e o professor também brinca, mas.ela n ã o ........ . ,

não motiva, no aspecto da pessoa 'tar .interessada na aula ...

não se rala com os alunos . , . .

não se rala com a disciplina que ele lecciona

da a matéria e depois os alunos que estudem ,

não se interessa pelo que 'tá a fazer .. ... . . .,u

- . . ' • ! /.' v ■

era me'mo daqueles s'tores que irritavam '... ' ta va ;na aCila mas

'tava . . . t a p a d o , não 'tava a ver nàda do que elé 'tava'a d ' zer

ele no princípio do ano,' mandou onze ou doze p'rá rua ' . . : más

foi logo no princípio ... acalmou-sé aí ... só que issd nãõ r e ­

sulta nada ;

... nós mandamos Orna ;piada . . á turma começasse a rir e o s'tor

começa-se a rir ... depois de parar toda a gente de rir; até o

s'tor, agora vai um p'a rua ... ele ri-se com as nossas piadas,

depois vamos p'á rua :i' * ■..

. . . chegava ao pé da Rit •. . ." 'já deve ter 'haVido' 'conhecimentos

anteriores .;. era ca'paz de ’tar uma : hora ou’* d ü a s

(é simpática) mas não gosta da maneira dela ensin-ar ;.. nunca a

ouvt dar úma palavra '"meni-nos escrevam que ■ esta palavra- aqui con

vém ser decorada, pelo significado" ‘ ‘ ' '

- 2 3 3 -

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- a s'tora viu eu amandar um papel lá p'á frente, não viu ela

(a colega) amandar os dois ca p'a trás ... e ela disse . .•.

11 o Ser vai já p'á rua com falta ... de comportamento"

... a colega que 1tava á minha frente disse Ms'tora fui eu a

começar, fui eu qu ' a mandei primeiro os dois papeis" e a s'-

tora disse ... "então ... podes cá ficar, mas a Ana fica ca e

leva falta" ... ficou na aula ... não sei se e porque ela se

porta melhor .. .

- a minha s 1 tora de Matemática nunca mandou um aluno ao quadro

- 'tá ali a fazer um favor para ele próprio

- não compreende os alunos

- está na aula a pensar ... parece que a pensar que nunca mais

toca p 1á saída

- "planeei esta aula e tenho que a dar" e 'ta ali a dar a aula

... ali á pressão . . .

- 2 3 4 -

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79 ANO - TURMA CONSIDERADA DISCIPLINADA

- 2 3 5 -

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- não se interessa pelos alunos

- não lhes dá (aos alunos) uma oportunidade

- falta às aulas

- não ajuda o aluno .

- no principio do ano ... deu muita confiança e agora não os c o n ­

segue segurar para que estejam disciplinados na aula e ter ateji

ção ...

-••(não consegue manter a turma ...) calada.

- não explica bem

- - .não a j.uda os a l u no.s , não se preocupa . . . .

- ... vai pelos testes

- saber que o aluno tem ....dificuldade num assunto e . .não ajuda

... e dá-lhe negativa ...

- (não consegue manter a turma ...) calada ... toda a gente tem

de falar

- não ajuda os alunos ...quando eles precisam ...

- (é aquele) que desbobina a matéria toda ...

- 2 3 6 -

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d

é o primeiro ano que ela dá aulas ... ela ainda e nova ... ela

não sabe bem onde é que há-de levar os alunos

não consegue manter a turma quieta ...

é um professor que ... 'tá ali de má vontade ...

(é um professor) ... que não da direito da opinião aos alunos

(é um professor) ... que ... não e amigo do ... aluno

- .. Jd

também se :confunde e -... esta a dar m a t é r i a . . . a s v e z e s .

a t u r m a Qnlo rende o desejado

chegà ali, fala tudo, -quem percebeu, percebèu-,- q u e m :não percea

beu, não percebeu : '• - • •

pensa que vai p'ra ali e fala e que os-alunos* ouvem

não ajuda o aluno ! •

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ge ANO - TURMA CONSIDERADA INDISCIPLINADA

- 2 3 8 -1

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1>1 = , -•I. . I

- Geografia ... às vezes ... nem é ela não deixar começar (a fa­

lar) ... às vezes até inventa ... nós ainda nem começamos ja

ela 'tá ... "ah , ah ..."

- o que dá a sensação é que ela não prepara as aulas

- 'tá a dar a aula e vai passeando pela sala ... ’tá na outra por»

ta da sala e tem de ir ver ao livro o que é que rtá a falar

- esquece-se do que é que 'tá a falar, tem que ir ao livro p'ra

ver se se lembra

- o tom de voz com que ela dá as aulas, qu'a gente quase que 'ta

a dormir ... depois quando começa a falar mais alto a gente acor

da

- desde 'tar uma aula inteira a falár da vida dela

- (desde) fazer pontos sobre matéria que não nos deu

- ... dirige-se mal aos alunos... fala connosco como se nos ...

(fossemos filhos dela)... ela não fala aos filhos aos murros na

mesa

- promete estalos ...

- promete tudo ... é castigos ... "ninguém se mete comigo, p o r ­

que eu é que ganho; eu nem 'tou aqui p'ra ganhar dinheiro, que

eu nem preciso disto p'ra nada"

- ... às vezes põe-se a falar da vida pessoal

- parece que há uns momentos assim calmos, depois ha a guerra...

- há professores que têm problemas e ... descarregam em cima de

nós e a gente não tem culpa

- ... até pode ter competência ...

- ... pelo lado pior ... é um professor que não tem a mínima c o m ­

petência para 'tar a dar aulas ...

- não compreende os seus alunos ...

- ... não se dá com os alunos, limita-se so a dar as aulas e "ate

amanhã, se Deus quiser"

- 2 3 9 -

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tenta picar ... puxar a evolução da conversa, p'ra depois

_ (Ceogr a f i a ) '. i . é o medo' qu'a*gente têm de certos professores

... do que eles podenv fazer . .*. * '

- ha falta de controle e ... de camaradagem que os professores

têm q u 'a gente ;

- eles tentám-nos 'tramar ... tudo ... péla ordem .. .-mas • tentam

tramar o aluno

- vão mais... pelo geito do aluno ... pela graxa...

- eles, às vezes, até parece que têm medo d'a gente, tentam d o ­

mar a gente ... vêm ... na juventude uma geração desordeira . . .

uns desleixados ...

- é o professor que 'tá aqui ... só p'a ganhar dinheiro

- (é o professor) ... daqueles que não se interessam do que os

alunos pensam

- interessam-se em dar a matéria, ela 'ta dada ...se os alunos tem

dúvidas não há problema, ele já deu a matéria ...

- (é um professor que) ... não acredita naquilo que faz

- ela pode dar (a matéria) mas não da ...

- há professores que gostam mais dos bétinhos do que dos outros

- é aquele que não e competente

- promete porrada

- ? A 0 -

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há aqueles professores que ... 'tão ... na balda ... uns (alu­

nos) falam, outros falam,os que apanham, apanham e os que não

apanham não se pode fazer nada ...

Geografia ... tem condição p'a dar aula ... mas ... não as

aproveita . . .

parece que 'tá a falar teatro, quando está a dar aulas

(fala connosco como se nos) ... fossemos i n f e r i o r e s f o s s e m o s

filhos dela • .

... diz p'ra nós "levas dois pares de estalos"

(diz) . . . " n e m queiram medir forças comi g o " ..."quem quiser m e ­

dir forças comigo pode medir porque eu ganho escusam de medir

forças" . -

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99; .ANO - TURMA .CONSIDERADA DISCIPLINADA

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tenho tido professores... que não conseguem ser práticos* 1

eu noto nela aquela preocupação de ensinar, mas não é quele

ensino directo, é um ensino ... trabalho de grupo

no fim da aula circula uma folhinha e nós dizemos o que é que

fizemos e o que e que não fizemos ... muito sintético ■ • • |

a gente escreve na folhinha o que e que fizemos e o que é que

deixamos de fazer, pois no outro dia voltamos a fazer o t r a b a ­

lho de grupo, ela passa, ve.

o Francês resume-se aos trabalhos de casa e aos trabalhos de

grupo

ela, às vezes, lá explica uma coisa no quadro

nela não noto isso (aula bem estruturada)

ela dá trabalho de casa com matéria nova

esta professora é das tais que não dizem quando é que ha :testes

não há aquela aula bem preparada... está bem preparada à m a n e i ­

ra dela, mas aquilo é folhinhas a correr ... é trabalho de g r u ­

po ... a folhinha corre, preenche e tal

... chegar a aula ... primeiro faz er a chamada, marcar as f a 1 -

ta!s ... " fazer o sumário " ... abrir o livro ... e ler ... de

vez em quando dizer "sublinhar"

o mais engraçado ... caricato, é que ela manda-nos sublinhar a -

guilo que está ém letras grossas*... e depois é assim: " e s c r e ­

vam no caderno uma noção" ... a noção esta no livro ... esta a

verdinhoaquela aula simplesmente não existe ... ela le ate ficar rouca

e depois ... manda aos outros para ler

... o pior dela ... é que parece que ela própria não sabe o que

está a darquando a gente não tem confiança nos professores e pensa "olha

este não sabe nada ainda é pior

atribuo ela ser assim principalmente por ser muito nova

ela não deve estar abituada a dar aulas

senta-se ali à frente, está um grupinho ao lado dela ... ha aque^

les que vão lá para trás ... enquanto aquele grupo da frente vai

lendo ... vão lendo em voz alta

ela não consegue mostrar nenhum interesse

com esta professora não (nos nos envolvemos), a gente não esta

lá, a gente está noutro sitio

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h , :

il|:

i -

esta matéria que a gente esta a dar ... o nazismo, que é uma ma

téria que tem montes de coisas para se falar... a professora

consegue tornar aquilo-monotono' é que-é um e s p a n t o ! -

fazer ò que ela faz penso que' qufa l q u e r ‘um de nos fazia... podía^

mos 1er pior ... mas talvez-conseguíssemos

a professora de Química ' (tem'dificuldades em dar aulas à turma)

por falta de experiência ... ela ainda está a acabar o curso de

engenharia ...

... a professora agora diga que já não nos explica ... agora vá

aparecer nos testes equações mais simples ... ela esta a facili­

tar a vida ... mas, por outro lado nós estamos a aprender muito

pior

quando uma. professora demonstra (preferências) ... vê-se que ela

está mais concentrada num (aluno) ... os outros começam a fugir,

a andar d i s p e r s o s ,, começam-se a não interessar ...

não gosto daquelas aulas em que ... eu digo . "empresta-me uma bor^

racha" e a professora, está ao pé de mim " p s c h i u ... ca la-te" ...

não gosto me'mo nada h - ! ' • i i-... não gosto daquelas, aulas em que 'tap.todos a f a l a r (uns p a ­

ra os outros . . . também não gosto......................

há professores professores que têm de ver com as maneiras,como os

alunos estão sentados ... o facto de estarmos de lado,já dá para

embirrar

uma pessoa que vai p 'ra ali contrariada ... que não tem vocação

para ò ensino ... mas ... que é a unica maneira de segurar um

emprego .

aquele .,.1. . não explica .... .

tive professoras ... mau comportamento ... desatavam aos gritos,

aos berros, aos berros aos gritos, já não sabiam o. que é que ha

viam de. fazer , ,

explicavam .bem .... mas em situação de mau comportamento d e s a t a ­

vam.ao s. .gritos, batiam c o m . . . o livro de ponto na mesa e truz,

truz ourçom, o. apagador ... .

aquele que não tem paciência nenhuma

m e ’.mo que um professor dê. muito-bem. a matéria ,...,está ali n a q u e ­la rotina ... abre o sumário ... depois vamos ver os trabalhos

de casa .... lemos os trabalhos de casa ... fazemos a ficha ...

é só aquilo ... já.chateia

- 2 4 4 -

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= E 9 =

- ela explica bem ... o único problema dela ... . é que ela nãç>- se

esforça ... não se esforça mesmo.nada

- a s'tora agora obriga-nos a fazer qualquer, coisa para a semana

de Inglês ... foi uma esp.ecie de ameaça "se não fizeres ,o t r a ­

balho, baixo-te a n o t a ” .

- eu podia concentrar-me mais na História ... eu até gosto v ..’.más

a professora não ajuda

- é aquele que dá a matéria ... e ... não se interessa se os a l u ­

nos perceberam ou não percéberam ...

- (é quele que) se ( os alunos ) não perceberam não explica,' vai

sempre em frente e não se interessa ' 1 ’

- ... a professora de História ... chega à aula, despeja o livro, *

a gente não percebe mesmo nada

- não gostava muito dela, apesar de ela ... explicar

- ela chegava à aula e xonvivia, assim, cóm os a l u n o s ; 'ma(s era ‘

mais com um grupo 1 •. (.

- não dividia a simpatia pela turma tòda ‘ ‘ |;

- era mais com um grupo dali da frente, que estava ao pé ’dela, era

com quem ela falava maik e 'conversava os o u t r o s r i ã o * ' 1 '

- às vezes toca e òs professores estão lá ná s a l a 'de p r o f e s s o r e s ,

conver . . .sam, f a ... Iam e passado dez minutos' é que" v ê m n a s cal...

.. .mas e depois en. . .tram . . . * ■ ‘ •

- (os proféssõres que chegam atrasados) depois rião'toleram qúé os

alunos ... entrem aos bocadinhos

- às vezes, os professores chegam até a ter vinte minutòs de a t r a ­

so e não levam falta e os alunos ... que já sé foram embora é

que levam f a l t a ...

- 2 4 5 -

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está numa aula .e não sabe o que é que.está a dizer, diz so p o r ­

que leu e..porque... é aquilo que tem que ensinar aos alunos

aquele que ... s ' a agente põe., um a.duvida ele.não sabe

aquele que ... 'tá ali ..... por obrigação

eu noto da parte de certos professores que vêm aqui para marcar

a presença, para levar "o deles" ao fim do mês

há certos professores ... que eu não sinto da parte deles que te

nham um conhecimento mínimo da matéria

nós estamos ali para ler o livro ... ela (professora) não nos ex

plica nada

ser muito rígido, não tolero num professori

nós raramente fazemos ... algo de novo

(nós raramente') aprendemos

talvez os alunos estivessem mais motivados se a professora... ou

pelo menos, se na turma se proporcionasse debruçarmo-nos um pouco

mais sobre a língua

(a aula de História) é sempre a ler no ’livro'

nos começamos a ler as cinco e dez, porque a primeira meia hora

foi para escrever o sumario, fazer a chamada... a chamada e feita

umas;três ou quatro vezes

lê-se parece um comboio ou aqueles aviões supersônicos e em sendo

cinco e vinte e cinco nós saímos

...chega-se alf (ao teste) é como se fosse matéria nova

ela não dá ênfase à matéria, é como se estivéssemos a ler um

livro e passado cinco ou três dias temos que fazer um teste

ela tem uma dificuldade... não transmite da maneira mais límpida

o que ela nos diz a nos, o que ela nos transmite, não é suficieii

teela foi a própria que não sabia a fórmula química de um elemento

e nós pela leitura do problema íamos lá facilmente... ficou l o ­

go... ma nchada... da parte dela acho que foi muito baixo... ter-nos dito que

se não fizéssemos o trabalho (para a semana de Inglês) baixava-

- nos a nota

- 2 4 6 -

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...ele... é do mais vulgar que pode haver, desde trazer... revis

tas da "Maria" e ...roupa que compra para a namòradá para a s a l u

nas verem se gostam ou não... isso... é impei*... dòavel

é aquele que está aqui por obrigação

(é aquele) que não gosta de conviver com os alunos

além de não gostar de dar a matéria, não gostar de estar com os

alunos

um professor que goste da matéria e que acha que tem queda para

estar no quadro e versar matéria e fazer esquemas e não gosta

dos alunos

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ACTIVIDADES CONCENTRAÇÃO NA SALA DE AULA

- 2 4 3 -

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I

'!'

72 ANO - TURMA CONSIDERADA INDISCIPLINADA

- 2 4 9 -

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= A . =. 1

. Actividades qúe proporcionam maior concentração

- quando 'tamos a fazer exercício escritos ... podemos 'tar

a fazer tudo mal, mas .pelo menos temos de estar ali c o n c e n ­

trados ... p ' a conseguir escrever

. Actividades que proporcionam menor concentração

- quando estamos a Geografia e a s 'tora la' a dar aquelas... a

dar aquelas ... .so.bre a ...atmosfera ... às tantas .até parece

que uma pessoa ’tá a dormir . . . . .

= B. =i

Actividades que proporcionam maior concentração

- quando é matéria nova ...uma matéria em que temos facilida­

de de perceber ...

= C.=i

. Actividades que proporcionam maior concentração

- quando estamos todos a brincar...

- quando há matéria nova

- ’tamos mais atentos por causa dos pontos, precisamos de s a ­

ber a matéria que sai ...

Actividades que proporcionam menor concentração

- quando as aulas começam a ficar monétomas... com as mesmas

matérias .. .

- 2 5 0 -

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. Actividades que proporcionam menor concentração

- quando os professores escrevem no quadro ... quando estão

virados de costas

. Actividades que proporcionam maior concentração

- quando os professores estão a falar connosco

Actividadès que proporcionam maior concentração

- quando há matéria nova

- 2 5 1 -

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19 ANO - TURMA CONSIDERADA DISCIPLINADA

- 2 5 2 -

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. Actividades que proporcionam maior concentração

- no trabalho de grupo estamos mais concentrados ... ajlgumas

pessoas ...

. Actividades que proporcionam menor concentração

- ha algumas pessoas que se aproveitam da situação de ser t r a ­

balho de grupo e não fazem nada

. Actividades que proporcionam maior concentração

- (maior concentração) isso é nos testes ... é que nós temos

que estar mesmo concentrados

- (maior concentração) nos trabalhos de grupo ...

. Actividades que proporcionam menor concentração

- há outros (alunos) que se aproveitam da situação (trabalho

de grupo) p'ra fazer barulho

- ('tar só o professor a falar)... ó como se 'tivesse a ouvir

o s'tor ... a olhar p'ró s'tor, mas se 'tivesse noutro sítio

= H.=iActividades que proporcionam maior concentração

- (maior concentração)nos trabalhos de grupo ... certos g r u ­

pos estão mais concentrados no trabalho ...

- nós até 'tamos mais atentos quando 'tamos ... a escrever do

que 'tar so o professor a falar ...t

. Actividades que proporcionam menòr concentração'

- é difícil uma pessoa 'tar cinquenta minutos sempre atento ...

a tudo o que os s'tores dizem ... os primeiros vinte ou t r i n ­

ta minutos uma pessoa ainda consegue 'tar atenta, a partir

daí ... já não rende nada

- ('tar só o professor) ... a falar, nós 'tamos a ouvi-lo,mas

já nem sabemos o que 'tamos a ouvir, às vezes

- 2 5 3 -

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= I d =

Actividades que proporcionam maior concentração- nas aulas de Educação Física ... todos querem participar ...

passam de uma turma desunida para ...todos querem ajudar,par

ticipar

Actividades que' proporcionam menor concentração

- no trabalho de grupo ... quando qualquer coisa corre mal ...

o aluno tem sempre as costas quentes ... 'ta' protegido pelos

colegas ...- quando a professora começa a escrever qualquer coisa no qua-

dro ... começa o burburinho ...

Actividades que proporcionam maior concentração

o jogo ... são actividades que incitam ... aos alunos

unidos ... tem de aplicar muito bem as regras ...tem de ser

. o s ^ a l u n o s e s t ã o mais activos no trabalho quando estão a fa­

zer os trabalhos sózinhos, porque e ... como se nao estives

semos protegidos ... e- quando ê trabalho individual, as vezes rende mais ... porqu

« . . . « . . .que fica prejudicado

Actividades que proporcionam menor concentraçãó

. (quando os professores estão a explicar), às vezes a pensar

noutra coisa, 'tão a olhar p'ró s'tor ... mas nao tao ...

naquela 'tão numa outra, noutro sítio ...- o s ' tpr fala, fala, fala... as aulas tornam-se um bocado ...

monótonas... ó sempre a mesma coisa

-254-

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ANO - TURMA CONSIDERADA INDISCIPLINADA

- 2 5 5 -

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Actividades que propocionam maior concentração

- (concentram-se mais) nos testes

- (concentram-se mais) nos trabalhos d e g r u p o

- ... ém Desenho-.;.-uma pessoa.-quando 'ta a. faz.er aqui lo ,.t a m -

bém 'tá concentrado- • s :

Actividades que propocionam menor . concentração

1 (ès.tãò* mais' desatentos)- quando a- pro-fessora .'tá.de costas

- quando 'tamos mais desatentos e nos portamos pior é.quando...

o professor se vira de cos.tas p 'r a •escrever no q u a d r o . . .

- os alunos que 'tão do lado da janela ...distraem-se. sempre

- a o l h a r 'lá p 'ra fora

Actividades que propocionam maior concentração

-• .(.concentramrse. mais) nos testes

- uma coisa que a gente precisa de certa concentração e uma

pessoa nem repara ... é a Educação Física

- (em ginástica desportiva) há certos movimentos que se têm

que fazer, que tem que se ter cuidado ... as pessoas aí...

uma preocupação que têm é pensarem"ãquilo que vão fazer...

não é uma coisa que 'tão a fazer á balda

- (concentração em Educação Física) isso ... vem de nos nos

preocuparmos com nós mesmos ... se 'tivermos a fazer um tra­

balho de grupo ... "aquele faz"'.:, agora ’em ginástica a :gente

sabe que pode-se magoar ... è então tém uma’ cérta preocupa­

ção com aquilo que vai fazer

- (estão mais concentrados) quando á' ma téri a' c h a m a ’a 1 a tenção

d e u m a p e s s o a ’ '

Actividades q u e .propocionam menor concentração

- quando há tra ba lhos . de . grupo ainda e pior... há sempre tèn-

. dênci.a ;d.e.. juntar os tais... aquilo é uma bagunceira'. p ' á

.nossa .tu r.m.a ..não,da......faze r. trabalhos de grupo... é o d e l í ­

rio -dentf.o da .aula-

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- os trabalhos de grupo acho que é uma coisa que a gente faz

à b a 1 d a

Actividades que propocionam m a i ò r ! con-centração

- (estão mais concentrados) nos testes -

•Actividades que propocionam. menor concentração

- (estão mais desatentos) quando o- professor vira. a.s co.sta.s p

gente *- (estão mais d e s a t e n t o s )' quando a gente- -’tá mai.S'juntos, nos

trabalhos de- grupo ‘ •- (estão mais desatentos) quando ele (professor)- sai. da aula

Actividades que propocionam maior concentração

- (concentram-se mais) nos testes- (estão mais concentrados) quando a matéria nos -interessa-. . .

não tem assim muito a ver com as actividades

A c t i v i d a d e s . q u e p r o p o c i o n a m menor.concentração ^

- (estão mais d e s a t e n t o s ): q u a n d o .a professora 'ta de cos as

.1

Actividades gue propocionam maior . concentração.......

- (mais atentos) é nos testes . ... ■ ,- (mais atentos) e quando a matéria nos interessa, mas . ..

.nunca conseguiipos absoluto silêncio na au^a, porquç uma m a ­

téria interessa a uns, outra a outros ... ha sempre aqueles

que fazem barulho

Actividades que propocionam menor cdricéntraçaó

- quando há trabalhos de grupo âinda e 'pior ' * ' “

.V (nos trabalhos de'grupo)’ òs qué riãd f azem'‘ná : escolá ,'acabam

em casa, por isso'a "gente nãó tem aquela ' preocupação . ...

- (estão mais desatentos) quando a professorá -1 tá a 'escrever, \

quadro

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92 ANO - TURMA CONSIDERADA DISCIPLINADA

- 2 5 8 - '

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. Actividades que propocionam maior concentração

- de repente ... uma professora chegar ali com uma receita da

Idade Media é giro, a gente vê... as novidades ajudam muito

- ... aquelas máquinas ...que é de projectar na parede... de

repente, assim, imagens acho que t a m ’em e giro

- principalmente as novidades, quebrar o normal, a rotina ...

isso é o que ajuda

- houve aí uma semana de Química, em que aprendi tantas coisas

que talvez em muitas semanas eu não aprendesse

- (na semana de Química) a gente ali a conviver com outros anos

mais avançados de Química... com outras pessoas que ja sabem

mais de Química aprendemos muito

- (na semana de Química) lá em cima havia uma parte de c o m p u t a ­

dores ... uma exposição ... a gente aprendeu muita coisa...

foi muito bom ...

- (na semana de Química)... foi a fazer experiências, a ver os

efeitos ... foi assim queeu aprendi ... isso foi muito bom!

Actividades que propocionam menor concentração

- a gente 'tá fartos de olhar para o quadro ... aquilo ja nao

mete graça nenhuma . • . -- a pessoa não pode estar sempre agarrada ali ao livro, a olhar

para o quadro ...por melhor que a aula seja dada ... já cansa

- ele (professor) não dá novidades... noto que agora... há uma

grande galhofa ... já se riem, já se viram para trás, viram-

-se para a frente, andam a circular pela turma ...

- ... tinha grupos em que eu trabalhava... mais umas tantas e o

resto chegava ao fim a gente dava-lhes a cartolina ... e eles

assinam ... e andam ali na boa vida ...- quando nós estamos em turmas mal comportadas e que não se i n ­

teressam, isto de trabalhos de grupo torna-se um pesadelo

- 2 5 9 -

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. Actividades..que..propocionam maior concentração

- iho.uve uma. exposição de..Art e Design .... pensei se houvesse uma

exposição..de rQuímiça estava lá ,a semana ttoda .e aprendia coi -

sas ... .. , .

- (na semana de Química) eu ia para lá nos intervalos e nas h o ­

ras livres, f o s s é a h o r a q u e - f o s s e eu estava lá caída.

-' não' faltava às aulas porque -não- podia (para; ir ,à exposição

de Qúímica) • -

- (na semana de' Q u í m i c a ) 'foi ó p t i m o ,• eu- a prendi mais coisas do

quê no ano inteiro

- o trabalho de pesquisa também é bom ... quando a professora

nos desse um tema e nós íamos a bibliotecas... tambem se apre£

de muito.

Actividades q u e propocionam menor concentração

- quando se passa as horas a escrever ... essas aulas são can-

sativas ... e os alunos desligam

= Td

Actividades que propocionam maior concentração

. ... qualquer tipo de actividade que a gente f a ç a . ..que se,a

interessante .

. ... ..... aprende. .1,. de «... ... “ 1..

novidade... estou concentrada

Actividades que propocionam menor concentração

- quando os professores começam a ler as coisas... a ler as

páginas do livro- ... como a professora de Geografia que começa a ditar a p o n ­

tamentos e a gente escreve, escreve, escreve ...

- (quando a professora dita apontamentos) ... eu so oiço a q u i ­

lo que ela diz, mas está a entrar por um ouvido sai pelo o u ­

tro e eu só escrevo, mais nada, não fixo- aquilo que é mais a rotina, que a gente ja sabe aquilo que vai

fazer e dizer, normalmente não presto muita atenção

- 2 6 0 -

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= u d -

Actividades que propocionam maior concentração

- os trabalhos de grupo. .'. e bom para'aqueles que' se interes

sam realmente,' qué gostam dé fazer* um ‘trabalho* de pesquisa

- nos trabalhos de grupo qué se têm' feito e s t e -a n o •t o d o s ’os

alunos têm participado têm trabalhado

Actividades que propocionam m e n o r •co n c e n t r a ç ã o .

- (nos trabalhos.de grupo); já tenho notado • que ■ uma., par.te

muito pequena do grupo é que trabalha, os o u t r o s ,estão .ali

para marcar o nome no fim, o n u m e r o -e.- a turma.,..;. .. .• _ ,

- ? 6 1-

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D I R E I T O S E D E V E R E S DOS ALUNOS E

DOS PROFESSORES

-261-

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72 ANO - TURMA C O N S I D E R A D A INDISCIPLINADA '

- 2 6 2 - " *

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- DIREITOS DOS ALUNOS- os s 1 tores ganham dinheiro e dizem qu'e p ' a nos a t u r a r ,p 1 a dar

aulas ... a tão e a gente tem de aturar os s'tores ... cinco ou

seis s'tores por dia, não recebemos nada e não fazemos greves

... nós devíamos receber ordenado...

- DIREITOS DOS ALUNOS... devia ser uma lei que devia ser mais facilitada ...a p r i ­

meira hora (a entrada nas aulas mais tarde) ...

- eu p'a respeitar os professores, t a m ’ém quero que eles me r e s ­

peitem a mim

- ... o que é o futuro sem nos? ... deviam respeitar-nos ... e o

mo ti vo

- DEVERES DOS ALUNOS

- a responsabilidade qu'a gente temos nesta escola ... acho que

é não fazer ... vandalismos

- ... são meus colegas não tenho nada que testemunhar montra

eles ... eles é que sabem da vida deles ... essa pessoa que

partiu o vidro deve-se apresentar (ao Conselho Directivo)

- a disciplina tem que ser cumprida ... por nossa parte... prin-. icipalmente nossa ...

- DEVERES DOS ALUNOS

- ter cuidado com a escola

- 2 6 3 -

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- DIREITOS DOS ALUNOS

- há alunos que não tiram certas dúvidas.-( super-fáceis) por cau

sa dos colegas, não dos professores

- DIREITOS DOS PROFESSORES

- ser respeitado

- DEVERES DOS PROFESSORES

- (na bicha do bufete) ... deviam esperar pela vez deles ...

- respeitar a gente ... não nos tratar como matéria inutil...

matéria inorgânica ...

- ... dar-se ao respeito

- p'á gente respeitar as regras, os s'tores tam'em tem que res

peitá-las

= B. =i

- DIREITOS DOS PROFESSORES

- há professores que nós respeitamos e eles respeitam-nos a nós

- ser respeitado

- ... a vida vai aumentando e os professores querem mais d i n h e i ­

ro ... acho que isso tam'ém é justo

- DEVERES DOS PROFESSORES

- deviam respeitar um pouco mais os alunos

- ...respeitarem os alunos de modo a que os alunos os respeitas­

sem a eles também

- a disciplina tem que ser cumprida pela parte deles

- 2 6 4 -

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= Dd --

DEVERES DOS PROFESSORES

- os professores tem que rios respeitar a nos

- 2 6 5 -

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75 ANO - TURMA C O N S IDERADA D I S C I P L I N A D A

- 2 6 6 -

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- DEVERES DOS ALUNOS

- aproveitar aquilo que as pessoas me dão de bom para ...depois

poder utiliza-las

- DIREITOS DOS ALUNOS

- sermos respeitados

- DEVERES DOS ALUNOS

- ajudar ... quem precisa

- devemos ... respeitar os contínos

- DIREITOS DOS ALUNOS

- darem-nos aulas

- sermos respeitados

- DEVERES DOS ALUNOS

- respeitar os outros

- DIREITOS DOS ALUNOS

- sermos respeitados por todos ... alunos, professores ...

- DEVERES DOS ALUNOS

- aqui na escola todos deviam pensar .. . que somos todos iguais

... não há diferenciação social ... de estatuto ... são todos

iguais... ninguém é diferente lá por ser doutra cor ou por ter

outra situação economica

- não entrar tarde nas aulas ...

- 2 6 7 - -

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- DIREITOS DOS ALUNOS

- nós estamos ‘cá p ' rã aprender

- DEVERES DOS PROFESSORES

- um professor deve ser um amigo para os alunos ...

- DEVERES DOS PROFESSORES

- ensinar ...

- ajuda-los (aos alunos) nas dificuldades ... tentar explicar o

que ele (aluno) não percebe

= H . s.i

- DIREITOS DOS PROFESSORES

- serem respeitados pelos alunos ...

- DEVERES DOS PROFESSORES

- ensinar os alunos . . .

- respeitar os alunos como os alunos o respeitam a ele

- DEVERES DOS PROFESSORES

- ensina-loS (aos alunos)

- não pensar que ele é o professor e sabe tudo ...dar voz aos

alunos e escutar a opinião deles ... têm o seu curso, mas t a m ­

bém podem aprender muitas coisas com os alunos

- 2 6 3 -

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= 3 d -

DEVERES DOS PROFESSORES

- ... se um professor falta muito,,... não conseguimos dar o pro

grama . . .

<’■ :y

-s: : • .1

- 2 6 9 -

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99 A N O - TURMA C O N S I D E R A D A INDISCIPLINADA

- 2 7 0 . -

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1 DIREITOS DOS ALUNOS

- uma pessoa quando vem p ’rá escola o primeiro direito que tem

é aprender ...

- ser tratado de igual modo como os bétinhos ... os professores

dirigirem-se a nos do mesmo modo que se dirigem a eles, não

virem agressivos ...

- DEVERES DOS ALUNOS

-'portar-se bem

- estudar

- passar o ano ... passar os anos todos ...

- ser bem educado, manter a calma

- DIREITOS DOS ALUNOS

- (respeito) ... dos outros para comigo ...

- ser tratado por igual

- DEVERES DOS ALUNOS

- respeito ... de mim para com os outros •

- deves passar de ano M-' i

- DIREITOS DOS ALUNOS

- (direito) a ser tratado como todos

- DIREITOS DOS ALUNOS

- devo ter direito a ser respeitada, tanto por professores, c o ­

mo colegas ...contínuos ... tudo

- ser tratada de igual modo ... como os meus colegas são t r a t a ­

dos

-2 7 1 '- '

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- DEVERES DOS ALUNOS

- eu também respeito? 1 » ' 1 * .

- acho que me devo portar bem

- devo estudar

- devemos tentar compreendê-los a eles (professores)

- DIREITOS DOS ALUNOS 1

- ser tratada de igual modo, como os outros

- tenho o direito ... a que os professores ensinem a matéria c o ­

mo deve ser ... não andem p'áqui na balda.- •:

- DEVERES DOS ALUNOS

- passar de ano

- estudar

- ter respeito pelos professores e pelos colegas ...

- DIREITOS DOS PROFESSORES

- tem b direito de ser respeitado

I

- ,rDEVERES.;pOS .PROFESS.ORES . . . . . . . .

. -.ps deveres,.dos professores . são . os nossos direitos

- DIREITOS DOS PROFESSORES

- ele têm como direito ... serem tratados ... como tal ... c o ­

mei o tipo de pessoa que é

- DEVERES DOS PROFESSORES

- deveres para connosco ... e ensinar-nos

- (deveres para connosco) é ... respeitar-nos ... como nos os

respeitamos

- (deveres para connosco) compreender ... os alunos

- 2 7 2 -

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- DIREITOS DOS PROFESSORES i . * • • * . ,- (serem tratados) ... como todos os outros ...

- DEVERES DOS PROFESSORES

- um dever deles era tratarem os alunos todos da mesma maneira...

- DEVERES DOS PROFESSORES ... . ,

- eles devem tentar compreender ... os alunos . . . devem tentar

entender que nem todos são ... da mesma maneira . . .

- DIREITOS DOS PROFESSORES

- têm o direito a ser respeitados

- DEVERES DOS PROFESSORES - =-. .v :

- têm o dever de nos ensinar

- têm o dever ... tentar sempre entender ... porque é que o a l u ­

no não consegue chegar àquela meta . de* ver *que nós 'não con-

seguimos atingir por qualquer motivo e ai tem que nos ajudar

- 2 7 3 -

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i • .

99 A N O - TURMA CONSIDERADA DISCIPLINADA

-27/1-

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- DIREITOS DOS ALUNOS

- temos o direito de sermos tratados ... como pessoas

- por mais pequenos que nós sejamos ... por andarmos no setimo

ou por andarmos no décimo temos todos o mesmo direito a ser

respei tados

- elas (as empregadas) devem-nos esse respeito

- nós temos o direito, pelo menos de fingirem (os professores)

que interessam-se por todos

- DEVERES DOS ALUNOS

- é um dever para nós ... respeitarmos ... não entrarmos em or-

' dinarices

- la fora e uma coisa, dentro das aulas ... calar ou ’tar sempreI- !

nas boas maneiras ... ser-se bem educado' ii ’

- outro dever que devemos ter e interessarmo-nos ... nos podemos* +

não gostar de uma disciplina ... mas não e chegar la e cruzar

os braços ... uma pessoa tem o dever de prestar pelo menos, a l ­

guma atenção

- é uma estupidez uma pessoa não fazer os trabalhos de casa sem

ter uma boa razão ... aquilo ... e para se fazer ... tem de

se fazer ... é um dever que nós temos fazer os trabalhos de

casa, porque vai-nos ajudar, vai-nos facilitar a vida imenso

...ao fim e ao cabo é um dir.eito nosso ...

- os alunos têm de ser pontuais para os professores serem p o n t u ­

ais ... porque se os alunos não são pontuais de que vale um pro

fessor chegar mais cedo... tem de ficar lá a espera?!

- DIREITOS DOS ALUNOS

(direitos dos alunos) o principal e eles serem tratados como

os professores e os empregados, como pessoas que trabalham aqui

dentro e que lhes custa, porque custa

- DEVERES DOS ALUNOS- (os alunos) ... deveriam ... esforçarem-se o máximo ... porque

no fundo é para o bem deles

- (os alunos ... deveriam) ... respeitar os professores e os e m ­

pregados, os contínuos

- 2 7 5 -

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DIREITOS DOS ALUNOS \ ; * ■' " • ' '- ('o principal- direito de- um aluno) ■. . respeito.-. . . •

DEVERES DOS ALUNOS

- ( o' que devia fazer aqui na escola ) ... é esforçar-se ... p a ­

ra aprender ... porque a escola foi criada para ensinar os alu

nos ...

DIREITOS DOS ALUNOS

- (os alunos) têm direito a serem respeitados

DEVERES DOS ALUNOSum aluno e s t á ;na escola para aprender, portanto ele tem o

dever de fazer os possíveis e os i m p o s s í v e i s . para s.e tentar

interessar pela matéria, para a aprender

- o aluno deve ser pontual ... não tem graça nenhuma . .. o pr.o-

•••'fessorchega e passad os '-cinco mi nu to s e n t r a ■ um (aluno),, depois

outro-... acho que um professor também não deve gostar

DIREITOS DOS ALUNOS

- qualquer aluno não deve tolerar ... é um.'direito que o aluno

' tem, é 'que o 'professor não seja * imparcial . nas notas, atenden-

do às preferências- os alunos serem tratados como gente ... devia ser generaliza­

do, como direitos gerais ... 1 ’ * •

DEVERES DOS ALÜNOS

- (o aluno deve) ser pontual- os alunos têm mais que o dever ... se não estão minimamèrite i n ­

teressados não vêm à aula, ninguém 'os o b r i g a ,' se estaó na e s c o ­

la é porque querem . . .

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- DIREITOS DOS PROFESSORES

- um p r o f e s s o r ,'todo ele, trem o direito,1 pelo menos,: de ser r e s ­

peitado ... é um passo ...

t - • V

- DEVERES DOS PROFESSORES

- os professores têm de ter em conta uma coisa ... podem ter

preferência nos alunos ...mas, demonstra-lo e que é errado

- um professor chega sempre atrasado a aula ... um dia uma pes^

soa (um aluno) chega atrasada à aula... é um dever ele não mar

car falta

- DIREITOS DOS PROFESSORES - • .... -

- devem ser respeitados,- porque, sem respeito mutuo ach.o .que não

pode haver nada v *ft ,

- DEVERES DOS PROFESSORES . • - • -

- acho que se devem esforçar, porque um aluno para -sé• e s f o r -

çar em vão não vale a pena ... se devem esforçar para- ensinar

o que devem aos alunos ... sem esforço mútuo não pode haver

nada

- DIREITOS DOS PROFESSORES - • . • • •! i ^

- (os professores) tem de ser . respeitados • se.não não L.pode haver

bom ambiente : 1 • • ; i

- DEVERES DOS PROFESSORES ... . . . . . . . (

- (os professores devem...) ensinar a matéria..... com. um mínimo

de entusiasmo ... . . . . . . . . .- (os professores d e v e m . . . ) criar... um bom ambiente entre os

alunos e professores .

- 2 7 7 -

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- DIREITOS DOS PROFESSORES

- (os professores) têm direito a serem respeitados

- é um direito que um professor tem e que os alunos<:cheguem t o ­

dos a horas

- DEVERES DOS PROFESSORES

- o professor tem o dever de ... fazer os possíveis por não c h e ­

gar atrasado ... os professores deviam ser pontuais

- DIREITOS DOS PROFESSORES

- se os professores são pessoas, são seres humanos ...tem o d i ­

reito ... têm as suas preferências

- DEVERES DOS PROFESSORES

- (a questão principal do ponto das preferências) e ... os p r o ­

fessores terem que ser imparciais nas notas ... isso e um d e ­

ver dos professores sejam la quais forem os professores e as

circunstâncias que forem

- 2 7 8 -

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* i '■

IMAGEM DA ESCOLA

- 2 7 9 -

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.79 ANO - TURMA CONSIDERADA IN D IS C IP L IN A D A

-280-

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Aspectos positivos- a saída das aulas ... quando toca p'rá saída das aulas...

- as meninas ... as nossas namoradas ...

Aspectos negativos

- quando toca p'rá entrada

- B. - 1

Aspectos positivos

- é vir cá à tarde para ver as raparigas

- venho cá (a tarde) ... 'tou com os meus colegas, ’tamos a

brincar, jogamos ping-pong... venho com o Fisga, com o Care

ca ... todas as quintas-feiras, trazemos os scates,vamos an

dar, andamos sempre aí bem

Aspectos positivos

- o melhor mesmo é o campo... é o.sítio onde ... as pessoas

que 'tão mais tensas ...'tão a jogar futebol ...

' iAspectos positivos- "o que é que vamos ter Ciências" . . vamos lá, saimos

da aula impecáveis ...

- há raparigas muito giras

- há professores bons...

Aspectos negativos

- "o que é que vamos ter?" e ele (colega) diz "Português" e

eu "fogo, nunca mais me safo disto!"

- ha ... professores incompetentes ...

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79 ANO - TURMA CONSIDERADA'DISC'IPL'INADA

-282-

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- i?d -

Aspectos Positivos- eu gosto da escola ... comparando com outras escolas q'a g e n ­

te teve ...

. Aspectos Negativos

- (fumar droga) ... comparar com aquela em que eu andava o ano

passado ... esta escola não e muito má nesse aspecto

. Aspectos Positivos

- nas aulas não se pode *tar a falar e nos intervalos podemos ...

- é tudo ... tudo é bom ... porque 'tamos aqui é p'ra aprender...

- tem boas condições e ainda mais que podemos utilizar o pavilhao

(desportivo)

. Aspectos Negativos

- fazer testes ... isso não devíamos ... devíamos e participar

... na aula ... fazer perguntas ... nos testes parece que ...

as pessoas ficam mais nervosas

- é ter negativas- irem lá p'.ra trás e andarem - a fumar droga ... é o pior a s ­

pecto

. Aspectos Positivos

- as escolas tem boas condições ... salas de aula ... pavilhões

. . . casas de banho

- as nossas amizades

. Aspectos Negativos

- é os testes

- 2 8 3 -

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. Aspectos Positivos

- eu gosto mais da papelaria ... (ha gelados)- ... quando toca p'rá saída ... lá fora é quando se consegue

conviver mais

. Aspectos Negativos- (é mau) quando a gente pensa que não vai haver aula e depois

vem o 5 'tor ... p'ra vir dar aula ...

. Aspectos Positivos

- (aspecto positivo) quando eu passo de ano ... ou quando venho

ver as notas e vejo que 'tão boas

- os intervalos

- quando é uma centesima lição

- quando um professor vem assim com um espírito desportivo ...

nós estamos na aula, brincamos, aprendemos ... e uma aula di

vertida ... saímos ... da aula ... com ... um e s p í r i t o . . .

mais deleitado ... mais leve

. Aspectos Negativos

- (é mau) fazer testes, mas ... em certos casos ajudam pr'o

professor saber o nosso nível, que nós estamos a atingir

- 2 8 4 -

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95 ANO - TURMA CONSIDERADA INDISCIPLINADA

-2^5-

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- L. -1

Aspectos Positivos "* “ * ' "■ "

( o melhor na escola ) » - > *-

- ós- intervalos- ... porque;., é aquando-., os,-- excêntricos se .juntam

Aspectos Negativos■' -<4** * . • ■

- Um aspecto que todos os alunos gostam menos. na escola e. . . ^

o a gente ter de se submeter aos professores e ...aos contí

nuos ... ter que se submeter 'as pessoas mais velhas dentro

da escola

v

- -

Aspectos Positivos

. ( O melhor da escola,)... as miúdas ... e não só .... os ami-

. aqui. na,escola não há ... "ai' nada .que me impressione a não

ser os amigos . . •

Aspectos Negativos

- (0 pior da escola é) o Conselho Directivo, porque às vezes

na escola temos que nos submeter a certas pessoas ...

- N. - :i

Aspectos Positivos

- (o melhor da escola) são os colegas ... conviver ... com os

colegas é o melhor ... há convívio aqui ...

Aspectos Negativos

- Não gosto de ir p'as aulas

- ( O Pior na escola ) ... os s'tores que ... tentam meter

grupos diferentes ... aqueles que e l e s gostam mais e aque

les que não gostam

- 28 6-

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- °d - Aspectos Negativos

- ( o pior da escola ) as aulas

- acho que não há‘ nãda • assim.: de. pior-*-. . . sinto-me- bem aqui

Aspectos Positivos

- (o melhor da escola) ... é o convívio com os amigos ... conhe cer pessoas novas ... . . . . . . . . .

- gosto de vir as aulas . . . go'sto 'de aprender . . . ■

. a gente 'tamos sempre

uns com os outros ... e

- P. -i

Aspectos Positivos

- (o melhor da escola) é os colegas

juntos ••• J3 'tamos habituados

só isso que há aqui de melhor 'v .

. Aspectos Negativos

- n ã o tem assim.nada -d e . p i o r . . .

- (o pior da escola) é, às vezes, a gente n à o g o s t a r daquela

aula ... nao nos apetecer ir e termos qu'ir ...

- 287-

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go. .ANO.TURMA .CONSIDERADA DISCIPLINADA

- 088-

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Qd '. Aspectos Positivos < ■

- os melhores momentos é ... quando a gente ’tá ali em Química

a gente ... não ’tá ali sentadinhos ...primeiro podem-nos

dizer o que vai acontecer ... mas depois nós vamos ver com os

nossos próprios olhos... no recreio e quando 'tou com os meus amigos

- ... (no recreio) ... nós as raparigas... temos às vezes, um

preferido ... deita-nos um sorriso ... naquele dia andamos

todas malucas ... a gente sente-se feliz

. Aspectos Negativos

- os piores momentos ... é quando eu estou a discutir ... prin_

cipalmente quando e com os colegas

-- «a =. Aspectos Positivos

- as aulas de laboratório ...é o unico sítio onde eu me sinto

bem, porque não temos de estar ali sentados e a ouvir a p r o ­

fessora, a decorar coisas e a tentar perceber o máximo ...

- (as aulas de laboratório, porque) ... vestimos a bata, a s 'to

ra dá-nos as folhas, andamos por ali, conversamos, brincamos,

fazemos coisas novas, aprendemos por nós proprios ...

. Aspectos Negativos

- as aulas de Inglês ... são a rotina', a própria rotina

- acho que é difícil vir para aqui ás oito e meia da manhã a t u ­

rar ... aturar não, mas ... estudar coisas que não interessa,

que já estão chateados, aborrecidos ...

. Aspectos Positivos

- o convívio com outros rapazes e com raparigas ... e uma forma

de conviver com pessoal de todas as idades

. Aspectos Negativos

- a rotina das aulas ... é um aspecto mau

- 209-

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. Aspectos Positivos

- aqui na escola eu gosto muito das .aulas de Matematica

- as aulas de FÍsico-Química também gosto muito

- todos os intervalos eu e a. P a u l a .andamos pela escola tooo...da,

a gente somos capaz de fazer 3 Km por dia so a andar na escola

... é uma coisa que nos dá prazer

- ... andamos, vemos, comentamos ... eu gosto muito dos i n t e r v a ­

los da escola ... é pena não serem maiorzinhos.

Aspectos Negativos- a escola em si não tem nada de mau... a não ser a nossa p r o ­

fessora de História... uma das coisas que mais custa cá na

escola é ir para as aulas de História ... acho que é tempo

desperdiçado ...

-= U. = u. Aspectos Positivos

eu gosto de aprender ... tudo ° d ue s e i a alguma coisa de novo

Aspectos Negativos

- em termos de mau ambiente eu não vejo ...

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ANEXO IV

ANÁLISE DE CONTEÚDO (25 FASE)

- 2 9 1 -

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TEMA; Regras em sala òe ■ n T C 1 7 ;TCÜ 9 T CI 9 ICO

aulaX i 8i ci Dd C 1 Fd cd H 1 ]d 3d L1 M 1 NJ °d pi °d Rd Sd T

dU

CATECORIAS

Indicadores ,

© £5 £ < .u. <o£

“• u.- o£

. Mio abusar da paciên­

cia do professor- Nêo Interromper o discu£

so do professor _

- Respeitar o professor

• Ser bem educado para con

os professores

- Obedecer ao professor

• Não gozar co» o prof.\

-

X

X

X

X

X

X

X

- -

X X

X

X

X

>

i- Criar um bom clima rela

clona)• Respeitar os alunos• Ser bem educado para os alunos

total: - - 1 1 1 1 - - - 3 - 1 1 2 • * - 1

_l<

<

.JwCE

• Criar' um bom clima rela clonal 1

. Não Interromper o dlscur so de*m colega

-Não- roubar objectos dos colegas -

• Respeitar os colegas- Mão gozar ca» os colegas• Permitir oue os coleoas aprendam

X

X

X

X

X

X

TOTAL - - 1 1 - - - - ■ 1 * 1 - - - - 1

_f<S Lü

O «o— LJ < 5 ® £ S l t 2o O o

• Poder falar ca» a», cole ga. guando necessário

- fazer pouco barulho• Mão falar com os colegas- Mão fazer barulho• Mão atirar papéis pelo ’ ar

X

X

X X

X

X X

X

í1 X X

TOTAL 2 1 - .1 - - 1 • - - 1 1 '• : - - 1 - 1 1

■ -3.Cr<!êtf|

- Não balançar as cadeiras, quando sentado

- Poder movlmentar-se- Não circular (passear) pela sala de aula sem ra zão

X

X

X

TOTAL 1 - • - - 1 1 - * -

MATE

RIAL

ESCOLAR

- Não estragar o material escolar

- Prevenir acidentes (no laboratório)

- Poupar os reagentes (no laboratório)

X

X

X

X

X X

TOTAL - 1 - * - 2 1 1 1

ss1

• Estar com atenção nas . aulas

- Tentar lnteressar-se •

- Contrlbuirío aluno) para um melhor rendimento da aula

X

X

X

X

TOTAL - 1 - r - - - 1 - - - • ] - - - *

v>

<

V!ÜJO

tf'

o

- Não atirar papéis para o chão

- Não tirar "macacos" do nariz

- Mão entrar na sala de a. sem pedir licença

- Definir limites de tole râncla

- Não levantar da cadeira se» pedir autorização-

X

X

X

X

TOTAL - - - - 1 - - - - - - - - 1 * - 1

TOTAL aOQAL u 1 • «t 2 i R 1 5 2 2 i 3 5 1 2 5

-292-

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IF.ItA: 'Cp»porta»ento.desvl,trte;.

CAíCCO-RIAS

«U. PROr./ /AI.IRO

RCL. ALIRO/ /Al. IRO

I I I D t C A O O n C S

Ortncar Cf» o <»ue •> prof. e*PlJ.CA

Caricaturar a figura *i prof. Agredir verbal»ent.e <* prof. Agredir Mslcwente o prof, faltar ao respeito 40 prof.

•tOTAlObstruir a aprendltage» do* co leqasfaier guel*a r*o» colega* Quelaar «• colega (ccw ip Is­queiro)Dater nos colegas r*lt4r 40 respeito «os eoleqes niscutlr 4lto ee» '» eolega.na selo de 4«I<P)c»f «■ colega Incentivar os colegas 40 »«u coãportaoeoto

. Gnrar co* os colega*

. |neent|v»r os eolegas a f*lt4riás *ulss

lOtAl

C.O.C.

EnisiRACçflcs

itnvlll I

lyAn

maiiiiIAI I vn . An

1RAISA-no

rorryi nçfli.sVICIAI

mi,. o h h í i r iO / A M S I )

Conversor nos sulai Dlstrslr os colegas Orlncsr nas anlaa fl)r ruas 4ti|4s faicr banjlho nos aulas Conter anedotas Ouvir «oislcaLer Banda Desenhada ou oaitr».« RevistasAtirar papéis pele ar Faier desenhos obscenos Mostrar desenhos obscenos aos colega*3ogar a sardinha Olirr piarias

IOIAI

. thtslrulr/eslragar «atnrlal es colar. Ir para clwi das aesas <!e * plng.plng*

. .topar à bola.no átrio de <•» pavl lliSo

. Oar ta soco tio vidro de taaa |wr I a

IOIAJ

. theg-ar atrasado às aul-ss

. filiar às aulas se» ratio

. 14o trabalhar nas aulas '

. farer eeerr.fclo* de otilra clpllna

. Dornlr na aulaIOIAI.

dl s

Circular pela sala, se» auto- rIlaçloOlier’palavrbes *Oeoonstrar prater r» ser e«r*'.so da aala de aulaAtirar papéis para o ehloCnlrar na sala de aula se» |*ed'r autorltaçloferhar a porta sla s- de a. crmforçaAcender ■» Isiptelro na s. de

fnlrar na s.de correr

IOIAI.

Sor »al edsicada coo os contí­nuos

IOIAI.

IOIAI. ft.OflAI

9 ICO

°d "d Sd

±

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-294-

TEMA:

Causas da In d is c ip lin a ,

1 TCI 7 TCD 9 TCI 9 TCD

Ai \ Ci Dd Ei Fd *CdH.

*d Jd Li Ni °d Pi Pd Rd Sd Td Ud

as8

au>

8 - ,

. grau de ex igência desade- quado

. ' f a l i a de motivação

. f a l ta de firmeza

. mau ensino

. provoca revo lta

. fa lta de d isc ip lin ação atempada

. c o n f l ito de geraç3es

.n ã o esp ec ificado ;

X

. X

! X

X

X

X

i

X

X

X

X

X

iX

X

X ,

X

X X

•' x •'

TOTAL 1 ; i - 2 2 - ■ - 1 1 1 I ' 2 1 1 - 1 r 1 I 1

FAM

ÍLIA

. problemas de in fân cia

. estrutura fam ilia r

. fa lta de atenção*

. fa l ta de estímulo

. superprotecção dos pais

. tip o de convívio

. n3o esp ec ificado

X

X

-

i

X

X

X

X

. X

X

X X X

X '

TOTAL - 1 - - - 1 - 1 1 1 1 1 1 1 1 I - 1 -

iw 2

§ 8

. má con stitu ição de turmas

. d i f í c i l transição de n ív e is de escolaridade

:X

X

X

X

:

g a TOTAL - - . - - 2 - - r ” - 1 - - ■- 1 - ' - - - ' - ; -

CA

RA

CTE

RÍS

TIC

AS

PESS

OAI

S

. tim idez

. . f a l t a de autocontrolo

. fa lta de motivação

. fa lta de autonomia

. necessidade de afirmação

. insucesso esco lar

. t ip o de personalidade

. d ificu ld ad e de inserção no '• grupo

. pato logia

. não espec ificado

- X

X

X

X

X

X

X

X

X

X *

X

X

X

X

X

X

X

•v

X

. X

X

TOTAL - - - 1 2 1 2 - - 2 1 1 1 1 4 - 2 • ? 2

â.53

. fa lta de atenção (desva­lo r iza çã o )

Xu o iOIAL

" " — • - - - - - - - - - - - 1 -

T O T A L 1 2 - 5 4 2 2 2 3 4 3 41

3 3 2 6 - 3 4 3

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TEMA: Bom ProfessorT TCI ■ 7 TCD 9 TCI 9 TCD

. Categorias Ai Bi ci Dd Ei Fd Gd Jd Jd 4 Hi Ni °d , P1 % Rd Sd Td Ud

1

. explica bem

. sabe o que ensina

. motiva

. ajuda

. cumpre planif.

x

X

XX

X

2x

2xX

x

2x

2x

X

2x

X

X

Ax

X

-

X 2x

3x

2x 2x 2x

2x

2x

2x

o TOTAL 2 5 3 1 2 3 3 1 A - 1 - 1 - - 5 1 2 A A

COMO

DISCIPLINA

. controla a turma

. premeia bom comportamento

. dialoga sobre os castigos aplicados

. cria clima de à vontade e entendimento . . . .

. repreende no geral >

. define e cumpre limites de tolerância

. está sempre vigilante

X2x

x

2x

2x

2xx

X

X

X

XJ

1

2x X

TOTAL - 1 - 3 2 T - ; 2' A 2 - - , - 1 - - - 2 1 -

CARACTERÍSTICAS

PESSOAIS

. respeitador

. próximo

. sem favoritos

. experiente

. tolerante

. simpático

. com sentido de humor

. calmo . ’

. pacientè

. seguro de sí

. pontual -

. conciliador * - - -• -

. relaciona-se bem c/adolescen- tes

. gosta da profissão

. respeitado

X

X

• X

X

X

2x

Xx

2x

X

Ax

X

2x X

i

X

3x

2x

X X X

2xX

X

2x 3x

X

X

>

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Ax X X

2xX

X

X

9xX

X

X

2x

TOTAL 2 3 2 5 5 2 1, 6 11 5 2 A 2 3 7 A 1 6 IA

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TEMA: Mau Professor

7 TC r 7 TCD 9 TCI 9 TCD

Categorias 4i B. ci Dd E.i *d h H. J d Li M.1 Ni °d p.1 ^d Rd sd Td Ud

. não explica/não explica bem X X x X 2x X X 8x X 3x

. não sabe o que ensina X 2x 2x X 2x

. não ajüda . X X X 2x . lx • * 2x X X 2x - • Xz\_1 . não motiva 2x . 2x X 4x ■5x 2xto . não planifica X - i- . Xã . . . não.avalia de acordo com o . . .g que ensina ' x : i • 2xoo . dirige-se só au mg ru po de i , r ■

alunos : 3x I .

| TOTAL ,3 2 1 ' 6 2 2 3 2 r 3 6 - 1 1 2 19 - 3 , 1 ’ 10

. castiga injustamente’ 6x ' 2x ! 2x . 2x • , . .* . ameaça 2x ■ X X X : Xê ..agride fisicamente 2x 1 , . *M,J . não controla a turma X X X X X ■ ■ ,CL,M . inconsistente X Xuto .:brando• X X XMa ..rígido ’ ; , • 2x 2x X

Q .estimula o mau comportamento X X

so . atemoriza ■ , • X X X

TOTAL 9 3 - , 7. 2 - :1 1 1 3 -1 3 ,1 3 3 - - - 2

. distante 2x X X 2x 2x X 2x !to . tem favoritos X X X 2x X

' 3- " .'não tem sentido de humor X

to .'inexperiente ‘ X 2x8 . descontrolado X X 2xa. . impaciente X

1

% . vulgar X /Dw . gestos e tom de voz desa-HCO deqüados ,x XVH . . não gosta da profissão X 2x 2x X 2x X X 2xB . não sabe relacionar-se comã adolescentes X X

ri . não é pontual ou assíduo X XCJ . inconstante *

j TOTAL - 4 4 3 1 - - 4 - 3 4 3 1 3 8 - - 3 5

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-297-

í

TEUA: Actividades e concentração na sala de aula 7 TCI 7 TC D 9 TCI 9 TCD

CATEGORIAS A i Dd E i F d «d H i % Jd L i M i N i °d p i Q d Rd Sd Td Ud

Actividades que propor­cionam maior

. "Novidades"

. Utilização de audio-vi- suais

X X X X X X 2x

2x

X

concentra­ção

. "Semana" da disciplina

. Trabalhos práticos

. Trabalhos de pesquisa bibliogr.

. Trabalnos de grupo

. Testes de avaliação

.'Trabalhos individuais

. Registos escritos

X

X

X XX

X

X

X

N3 X X X

XX

3x

X X X X

2xx

Ax

X

2x

, TOTAL 1 1 ' 2 - -1' 1; 2 2 1 -3 . -3 3 1 . 2 •2 ■ 7 5 - • 1 ’ 2

Actividades que propor­cionam menoi

. Aulas-centradas no prof.: * . discurso monótono . professor escreve no

‘" 2x•

X

-- ' X ' ’ 2x , 2x

•• : ■ ^tx X X

concentra­ção

quadro . Trabalho de grupo : Aulas sempre a escrevér (o alúno).

X

- •X X

X

X

2x2x

X

X

X X

2x X

X 2x

X

TOTAL 2 — 1 1_ 1

1 2 : 2 2 *2 2 2 2 1 3- 5 - 2 3 1

r

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-298-

TEMA: Direitos e deveres dos alunos 7 TCI 7 TCD ' c TCI 9 TCD

A.1 B.j. C.1 Dd E..i. Fd: Gd H.1 vL.1 M.: 1 N.; 1 °d P.1 Sd Rd sd Td ud

DeveresdosAlunos

! Estudar. Respeitar os outros . Ser•fiel aos colegas . Cumprir as regras ' •

X2x X

; •

X

2x

XX ;

X x :

X

2x • x

2x’x

2x

x • x

X

i

X

X

X

X

' TOTAL’. . . - . 3 - 11 \" ■ - - 3 *2 : - 3 ■3 5 2 1 2 2

DeveresdosProfesso­res

. Ensinar

. Respeitar os outros

. Compreender/ser amigo dos alunos

. Ser imparcial

. Cumprir as regras

X

2x *

X

X

X

X

2x XX

2x

X

xX

XX

X

2x

X

X .X

2xX

TOTAL 3 2 .1 - 1 2 2 2 1 - 3 1 ‘ 1 2 1 1 3 - 1

Direitosdos

Alunos

. Ser respeitado

. Aprender

. Igualdade de tratamento

XX i X

X

X

X X

X

X'■ X X

3x

x ’ „ X

X X

2x

' 'TOTAL " 1 - ■ - 1 • ■- - -• ’ 2 2 1 2 . 2 4 'i■ 1 ' 1 I 2

Direitosdos

Professo­

. Ser respeitado

. Actualização salarial

. Igualdade de tratamento

X 2x !X

X X

X

x 1 X X ‘ X X

resTOTAL 1 3 •- - • - • 1 - - 1 - 1 - 1 1 1 - 1 1 -

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TEMA: Imagem da Escola (aspectos mais positivos)

Categorias Indicadores7 TCI 7 TCD 9 TCI 9 TCD

Ai Bi Ci Dd Bí Fd Gd Hi rd Jd Li h Ni °d pi Sd Rd Sd Td ud

Escola como ambiente de trabalho

. Ter aulas d is c ip l i . fa - v o r ita Aprender

. T ran s ita r de ano

XX

2 x

X

X X 2 x 3xX

TOTAL - - - - 1 - 1 - - 3 - - - 1 - 1 2 - ; 3 1

Escola como ambiente ’ re lac iona i

. Toque para a saída

. Conviver com colegas

. P ra t ica r desporto

. Conviver com pessoas do sexo oposto

. Passear pela esco la

XX

X2 xX

XX

X X 3x 2 x X X X X • X

X

TOTAL 2 2‘

1 - - 3 1 1 1 1 A 2 1 1 2 -2 -

r-o ,

^ TEMA: Imagem da Escola (aspectosiriais nega tivos )

Categorias , Indicadores7 TCI 7 TCD 9 TCI 9 TCD

j ,Ai Bi Ci Dd Ei Fd % ü i Jd Jd Li Mi Ni °d pi íd Rd Sd Td ud

Escola como ambiente de trabaiho

. ’ I r 'às aulas Fazer te s tes de a v a lia ­ção '

. Ter maus pro fessores

. Estudar o que não in teressa

. .Ter negativos

’x

.'2x

1

X

X

x

X

X'

' X X X

X

X

X

x ‘

TOTAL 1 :- - 2 - 2 1 1 1 - - 1 1 1 - 2 l- 1

E sc o la c o ­ro fnbifnte .• re lac iona l.

. D iscu tir com os colegas

. Consuno de droga 1

. Submissão dos alunos aos p ro fs - , C .D ire c t ivo e contínuos

. P ro fessores que têm fa ­v o r ito s ;

.

u

x X

; * X X

X

X

-

TOTAL - - - : -■ - 1 1 - - - 1 1 - - L - - - -

r

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ANEXO V

QIJKSTIONÁRIO

O presente q u e s t io n á r io deve s e r respondido anonimamente.D est in a-se a r e c o lh e r a o p in ião ' 'dos a lu nos a c e rc a de a lguns asp ectos da r e la ç a o pedagógica .

A. DAÜOS PE IDENTIFICACAO

: Ma.*c.‘ r i "CONSTITUIÇXO DO SEXO ; rr T AGREGA CO FAjIIL IA R

! Fem:. □

IDAPE :

ANO DE ESCOL.n.

N: DE REFETÊNCIAS [ _ ' j

Pa i n Híe n Iraaoa CAvos r -* j— .Outros [ [ ] Quantos ?|___ |

Parer.tesco ?

B. 1 . Considerando o .g r a u de grav id ade que tem para s i cada um do3 com­portamentos / a t i t u d e s de alunos em s a l a de a u la que a s e g u i r se referem , u t i l i z e a ESCÀLA marcando' uma cruz (x ) naque.le que lhe parece mais adequado.

í.i

1.2.

1.3.

1.4.

1.5.

l.S'.

1.7.

1.11.

1.12.

•1.13.

1.14.

i.-iS.

i . 16.

1.17.

• > • • (XM?CRrrAMãKTCS / ATITUDES

Ccnvíçsar ccu o co lega do lado.

Fazer barulho (coo abadei r i , as canetas, a régua, e t c . ) .

Entrar na sa la cie aula a c c rre r .

In cen tiva r os co legas ao mau cGoportajr.ení-j.

Aseaçar o profesí-or.

Nao d e ix ; r que ca co legas ponh&a dúvidas ao p ro fe sso r .

K ep e tir ba ixo tudo o que o p ro fe sso r d iz . u •

Ir.sult&r o p ro feascr.

Interromper o p ro fesso r com que3 toes fo ra .do assunto da au la.

C ircu la r p e la sn la de au la. \ /

Fazer desenhos obscenos,

r ic a r iva c o lega com na o b je c to .

F a lta r às au las seu razac.

C estru lr / es traga r m ateria l e sco lh r (® e 3 às . v id re s , m a teria l d esp o rt ivo , e t c . ) .

Assacar um co lega .

Hao e s ta r a ten to e p ed ir continuamente ao r r o fe s s o r parb r e p e t ir .

Hao traba lh ar r.as au las.

NadaQrave

E S C A L A

P o m : o

Cru v uC l'HVU Mu« L<.

Cruvu

- 3 0 0 - . . . /

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1 -3 Deaonstrar prar.er era s e r expu lso da sa la de au la.

1.19.' Ri»*.

1 . 2 0 .' DÍ2 « r " pa lavrões " .

1.21. A t ira r papéis para o chão.

1 22 A gred ir f isic/imente os p ro fe ss o re s .

1 23. D iscu tir a l t o coo ua c o le g a .

1 24. Contar anedotas ao c o le g a do lado.

1 25. Balançar-se continuamente na cad e ira .

1.26. Estudar para outra d is c ip l in a . ’ •

1.27. D oroir.

1 28. Chegar atrasado as au las .

1 29. Fazer r i r os c o le g a s . '

1 30. Jogar a ’’sard inha" ou ou tros jo gú 3 .

I 3 1 . Nao tra ze r o m a te r ia l e s c o la r n ecessário .

1 32 Entrar na sa la de au la sera p ed ir au torizacao .

1 . 3 3 . C o o e r .

1 . 3 4 . A t ira r papéis (ou o u tro s o b je c to s ) pelo ar.

1.35. Ler Banda Desenhada, ou ou tras r e v is U s .

1.36. In su lta r um c c le g o .

• i . 3 7 . Recusar-se a obedecer as in stru ções do p ro fe sso r.

1.33. S a ir da sa la sem r e d ir au to rização .

Z

A .

Z

A>

Z

, 3.

~Z

Z

3.

Z

Z .

z

V

' c

~a7'

■ 3

A

3.J-~A

Z

Z

2 Indique, u t i l i z a n d o "a ESCALA, a im portância .que a t r i b u i a cada^ ura r in s a sp e cto s que se mencionaiQ, como .ca u sa do fenomeno _ da m c i s - idos a sp e cto s que p l in a na e s c o la .

CAUSAS

2 .1 . Fa lta de p a rt ic ip a ção dos p a is na v ida e sco la r .

2 .2 . Fa lta de firm eza doa p ro fe s s o re s .

2 .3 . Fa lta de cu ltu ra dos p a is .

2 .4 . Mã organização das tu roas.

2 . 5 . Necessidade de a u to a firo a ção dos alunos.

2 .6 . Fa lta de us p ro je c to d e v i d a dos alunos.

2 .7 . F a lta de apoio aos alunos quando mudam de esco la .

2 .8 . F a lta de preparação pedagógica doa p ro fe sso res .

2 .9 . Insucesso e sco la r dos alunos [m uitas r e p e tè n c ia s ).

2.10. Fa lta de resp on sab ilização dos p a is para cora os f i lh o 3 .

2.11. Perturbações p s ic o ló g ic a s dos alunos.

2.12. Fa lta de re sp e ito dos p ro fe sso re s lo lo s alunos.

2.13. Fa lta de d iá lo go dos p a is coo os f i lh o s .

2 .14. Mas condições de traba lh o nas e sco la s .

2.15. Fa lta de resp on sab ilização dos alunos p e lo s p ro fesso res .

ESCALA

Nada ' Pouco 1«portante Muitoimportante iaportante importante

1

A ò A

11

z 3 • A

1

3 , 3 • *1

•Z 2. Az ~ ~ l A

i :

1z 3 A

1z 3 A

z 3 A

•1

z 3 Ai :

z 3 A•f

1

£~ ~ 3 A

1

1

z 3 A

1 z 9 ' A

( z - 3 A

1 À ■

- 3 0 1 - •/

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- 3 -

3 Indique,'* u t i l i z a n d o a ESCALA,- o .g ra u de e f i c á c i a que a t r i b u i a cada das a t i t u d e s do p r o f e s s o r que ^ se g u ir se. descrevem , com v i s t a a

N a d a

. i H c i z

vima v~w - - * • - .criacao de um ambiente de disciplina em sala de aula:

ATITUDES / COHTCRTAMENTCS

3 .1 . D ize r, o u ito claramente, aos alunos ccoo deven coop crta r-se .

3.2. Dar llc o ^ s de oo ra l e boo comportamento.

3 .3 . Repreender directamente um aluno que se p o rte mal.

3 .4 . Repreender no g e ra l [sen in d ica r quwi e ] os alunos que se portem

m al.

3.5. Ameaçar, cco uo castigo.

3 .6 . Mandar s a ir os alunos da sa la de au la quando perturbam.

3 .7 . Mudar de lugar os alunos que perturbam.

3 .8 . Olhar fixam ente os alur.es que-se portam mal.

3 .9 . Conversar coa os alunos perturbadores no f in a l da au la .-

3 .10. Ccnversar coo o D irector de Turma coa frequ5r.cia .

3 .11. Conversar coo o D irector de Turma acerca dos alunos perturbadores.

3 .12. Enviar os alunos perturbadores ao Conselho D ire c t iv o .

3 .13. Contactar directamente os pa is dos alunos qoe « Partam mal (r o rca rta , p e lo te le fc n e . . . . ) .

3.14. Fazer o» alunos reparar- os actos cometidos (limpar uma mesa q sujou, etc...>•

3.15. Elogiar um aluno quando melhora o seu comportamento.

3.16. Conversar com os alunos acerca do comportamento.

3.17. Baixar a nota aos alunos que se porta* mal.

3.1B. Dizer » turma para ajudar os alunos .que se portam mal a melhorarseu comportamento.

3.19. Dar a entender aos alunos que que* manda é o professor.

3.20. Variar a maneira de ensinar.

E S C A L A

P o u c ò ' E f i c a z f l u i t o

e f i c a z e f i c a z* \ • .*" t ,

1 4 , 3 - 4i

• f " 4 3 ■' 4

i A 3 ~A

- i X

^ A j d

À - t ò A

1 ^■ 3 4

1 Aa

4 4 / 3

i « * . 3 A

1 ~ ~ 4 . 3

1 * *3

1 * ú 3

e ; 5 _________ !

t 3 A

1 A 3 A

1 A 3 4

1 * 3 A

o ; ! Id a 3

1 a 3 4

1 4 » '3 4

4. Considera-se um aluno:

i— iBem comportado L |

<— I

Mal comportado i j

(coloque um X no quadrado que escolher)

- 3 0 2 -

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- 4

Marque com uma cruz (X) os tr®s aspectos -.que- .considera •positivos na sua vida escolar:

5.1. 0 convívio co» os colegas/aaigos fora das aulas.

5.2. Aprender qualquer coisa interessante nuna aula.

5.3. 0 toque para a saída das'aulas.

5.4. Praticar desporto no caapo de jogos/pavilh3o detportivo.

3.5. Participar nuaa aula interessante.

5.6. Transitar de ano/ter boas notas.

5.7. Preparar o futuro para ter uma profissão que goste.

5.6. Ir isaulas da áinha disciplina favorita.

,5.9. Passear pelo recreio durante os intervalos.

- 5.10. Conviver coa pessoas do sexo oposto.

n

Utilizando a ESCALA responda:

6.1. Acha que ser 8EM COMPORTADO na escola é:

Nada Pouco Iaportante Muitoimportante iaportante iaportante

6.2. Acha que ser MAL COMPORTADO na escola é:

Nada Pouco Grave Muitograve grave grave

Muito obrigado pela sua colaboração

mais

- 3 0 3 -

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ANEXO VI

QUESTIONÁRIO

O presente questionário deve ser respondido anonimamente. Destina-se a recolher a opiniSo dos pro-fessores a.cerca de alguns aspectos da relaçáo pedagógica.

A. DADOS DÊ 1DÊNTIFICAÇ&O

" ru' « : n

Se* o ' '

Fe«. H

IDAOE i

B . 1 . L V - n - i ic ie r a n d ù o é r a u d e j f . r a v i d a d e q u e t e m p a r a s i

p o r t & a e n t o s / a t • . s e õ .U vm ú h em s a i a d e . a u l a

. . r e f e r e c i , u t i l i z e -a ílí iC A íu A m a c e a n c ic . vcua c r u a .

c a d a um d o u '-•.'•ni­

q u e a s z & v . i - : ' u *

n a q u e l e q u e i n e

V S î fe '- e m a i s a d e q u a d o .ESCALA

CaiWFrTAÍlZHTOS / ATITUDESNada Fouco grave grave

Grave nui to gra ve

1.1. Conversar coa o c o l t g í do lado.\ i B ■*»

1 .3. Entrar na sa la de au la a 'c o r r e r .1 X J +t

1 à +

1.5. Ar.eacaro p ro fe sso r. - - • -i: O: i ;

3 \

I ■<• ò A

1.7. Rep-»tlr Kair.o tudo c 'que ' 6 p ro fesser d l : .<: ±

I' J j

i i

i i

i i

i 1

i 1

■ i

■ ■

i 1

i 1

> |

-0-

1 l

1 1

: )

■ i

! 1

■ i

1 .9 . Ir .te rrcs te r o p ro fesso r cc-o questees ic r a do assur.to da au la .I *

■ i

! 1 i t i

.. u

'■ i 1 ■ i i i i i i

•• ^

1 .10. C ircu la r pela sa la de au la .1 J . 3 A

1.11. Fazer desenhos obsrer.es. \ + J \

1 . 1 2 . ? lca r ca co lega c o i t a o b je c te . 1 * i .«

1.13. Fa ltar às aulas ses razao. 13 A

1.14. [e s t ru ír / ; es tra ga r o a t e r ia i e s c c la r (n e s a s . v id r e s , o a t e r la l d esportivo , e t c . ) .

1.15.Assacar in c o le g a . . . .

A -?

••t11111111«

3 S.

à A

1 x à A

1.17.' [j4' 0 trabalhar nas au las. i •*

1 x

i i

i . ■

i

i i

i i

i1

i1

i

t I

1 1

1 1

1 ■

1 1

1 1

1 1

1 1

1 ■

a-

I

CATEGORIA FDOFI^SIONAL:

AjÍOS ÙZ 'S c ã V IÇ O :______'

DISCIPLINA QUE LEÇCIONAi

- 3 0 4 - •/

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- 2.-

1-1-3. Demonstrar Frazer em ser expulso da sala de aula.

1.19. Rir-

1.20. D iz e r '" pa lavrões

1.21. A tira r-p a p é is para o chão.

1 22. Agredir fisicem entesos professores.

1.23. D iscutir a ito com uo colega.

I 24. Contar anedotas ao c o le g a do lado.

1 25. Balancar-se continuamente na cad e ira .

1.26. Estudar para ou tra d is c ip l in a .

1.27. Dormir.

1 28 Chegar atrasado as au las .

1.29. Fazer r i r os c o le ga s .

1 30. Jogar a "sardinha'' ou ou tros jo g o s .

1 3 1 Não tra ze r o m a te r ia l e s c o la r n ecessário .

1.32. Entrar na sa la de au la sem p ed ir au torizacao .

1.33. Comer.

; . 3 4 . A t ira r papéi3 (ou ou tro s o b je c to s ) p elo ar.

1.35. te r Banda Diaenhada ou ou tras re v is ta s .

1.36. In su lta r um c c le g a .

1 3 7 . Recusar-se a obedecer as in struções do p ro fe sso r .

• 1.33. Sa ir da sa la sem p ed ir au to rização .

x

X

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J.

j .

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X

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X

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3

2. In d iq u e , u t i l i z a n d o a ESCALA, -a .im portância que a t r i b u i - a cada um dos a sp e c to s que se mencionam, como C&iisa-do fenomeno - da m d ia c i p l in a na e s c o la . ' ' •

CAUSAS

2.1. Fa lta de p a rtic ip ação dos p a is na v ida e s c o la r .

2.2. Fa lta de firm eza do.s p ro fe ss o re s .

2.3. Fa lta de cu ltu ra dos p a is . ,

2.4 . Ma organização das turmas.

2 . 5 . Necessidade de au toa fira ação dos alunos.

2.6. Fa lta de um p ro je c to d e v i d a dos alunos.

2.7. Fa lta de apoio aos alunos quando mudam de escc la .

2.8. Fa lta de preparação pedagógica doa p ro fe sso res .

2^9. Insucesso e sco la r dos alunos [m u itas r e p e tè n c ia s ].

2.10. Fa lta de resp on sab ilização dos p a is para coo os f i lh o s .

2.11. Perturbações p s ic o ló g ic a s dos alunos.

2.12. Fa lta de re sp e ito dos p ro fe s s o re s p e lo s alunos.

2.13. Fa lta de d ia lo go dos p a is coo os f i lh o s .

2.14.- Mas condicoés de traba lh o nas e sco la s .

2.15. Fa lta de resp on sab ilização dos alunos p e lo s p ro fessores.

ESCALA

Nada Pouco Inportant# H u itoiap ortan te isp o rtan te . im portante

X

X .

3

' .»•

Jy 3 ' A

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X

X

X

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7

- .3 0 5 -•/

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- 3 -

3.1.

'3 .2 .

3.3 .

3 .4 .

3.5.

3 .6 .

3.7 .

3.8.

3 .9 .

3.10.

3.11.

3.12.

3.13.

3.14.

3.15

3.16

3. 17

3.18

3. 19

3.20

3. Os items que se s e g u e m referera-se a algumas p o s s í v e i s a t i t u ­

d e s / c o m p o r t a me n t o s do p r o f e s s o r para a c r i a ç ã o de ura a m b i e n ­

te de d i s c i p l i n a em sala de aula. U t ilizando a E S C A L A indi­

que a fre'quencia com que u t i l i z a cada um deles.ESCALA

ATITJDES / OCKFORTAÍiENTCS

D izer, ou1to c la raaen te , toa a lu n o# 'ecoo devea coo p c r ta r -s e .

Dar lle oea de oo ra l e bca comportamento.

Repreender directamente ca aluno que se p o r te o a l .

Repreender no g e ra l [s ea ir.d icar quem e ) oa alunoa que ae na 1. '

Aaeacar cea ua. c a a t i*o .

Mandar aa ir oa alunoa da aa la de au la quando pertu rbas.

Mudar de lugar os.alur.ca que pertu rbes. .

Olhar flxaaen te os aluncs qv:e se p ortaa a a l.

Conversar cco oa alunoa perturbadores no í i r .a l da au la .

Ccnvers&r coo o D irector de Turaa coo frequ er.c ia .

Conversar coa o D irector de Turma ecsrca doa alunoa perturbadores.

Enviar oa alunoa perturbadores ao Conselho D ir e c t iv o ., 1

Cor.tactar d lrectaoer.te os p e ls dos a icn cs que se p ortas =a l iporcarta , pelo te le fo n e . . . . ) . , i \

Fazer os alunos reparar* . oa actos c o * e t id o s ( l ia p a r usa «esa que:sujou, e t c . . .> . 1

Coofrequência

Muitasvezes

1 3, 4

i ' - l - $ “ •f

portas ; ; * 1 J , *

3

3 ~ 4

J.Jj

j ,

Am k-3,

J/

Jj

3

~ò~

V *

~ ò

3

Eloqlar ua aluno quando.oelhora o seu comportamento.

Conversar co« os alunos acerca do comportamento.

Baixar 4 nota aos alunos que se portam'mal.

Dizer á.turaa para ajudar os alunos que , s e portão oal a melhorar o. seu comportamento.

Dar a entender aos alunos que que» «anda é o 'professor.

Variar a maneira de ensinar.

1 ■L. ■ 3 A*

1 3 M

10.J. *3 '

\ X J •4

~~-L,, ............

f X 3 4

Muito obrigado p e l a sua c o l a b o r a ç ã o

- 3 0 6 -

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-Aoe-

A NEXO VII

PRÉ-QUESTIOHARIO HAtftlZ OO 8LOCO 1

* lífliS IND°S

10 11 12 13 14 15 14 17 18 11 20 22 23 24 25 24 27 28 21 30 31 32 34 35 34 3? 38 IOIAI

MOS í RA

A

245 4 10

1301231141141 2 /

AHOSIRA

12131415 14 1/ 18 11 20

1051 2?121

12594134121123131

AHOSIRA

C

13011412/113 103 122 121114lÍ0

3.9 2.1 3.8 2.1 3.7 3.4 2:9 3.9 3.2 2.9 2.3 3.8 3.?

AHOSIRA A - AHOSIRA S - AHOSIRA £ -

unos do /o ano unos do 9$ ano ofcssorcs do 73 e/ou 93 ano

* Os núieros qu faltai corres­pondei a questionários ial pre­enchidos (não considerados).

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• ANEXO V I I I

PRÉ-GUESTIONÀRIO

MATRIZ DO BLOCO 2

|t ITEKSIjlNDOB 1 1 í

1 2 3 4 5 h 7 8 9 10 11 12 13 14 15 !• 1

TOTAL!

11 1 2 3 ,4 4 3 4 7, ■■1 7 4' .4 3 3 50.2 | 4 4 •3 4 4 ■4 4 4 4 4 4- 4 4 4 59

33 4 3 4 4 4 4 4 3 3 4 7 ■4 4 50-

AMOSTRA 6 4 T i 3 2 - 3 3 £ 4 4 ■4 ò7 4?

A 7 | 4 4 4 .4 4 4 3 4 3 4 4 4- 4 4 4 38B ! 4 4 4 4 4 3 4 4 4 4 4 4 4 4 58>9 ' 7 3 ■2 n

L*. \ 3 3 5 4 4. 4 3 4 47*j

“ i4 4 3 3 4 4 3 4 4 4 4 4 4 3 3 55

I . n 2 3 nL 3 3 4 4 3 4' 3 4 3 4 2- •3 47 I12 4- 4 4 3 3 4 3 4- *

*» 4 4 4 3 56i3; 3 3 ni 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 53 114 * 4 3 3 4 4 •3 4 4 4 7 4 55 I

AMOSTRA 15 O 3 2 t. 2 \ 3 7 nL 4 4 3 : 3 4 ■ 44 !

‘ B 16 ’ 3 2 3 4 2 2 3 7 * 3 2 .3 41 1IV ‘V 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 57 j1B 7 3 4 3 4 4 4 3 7 4 4 3 4 54

1 19 4 4 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 59

! ■ ; -20 7 “ 4 2 4 4 3 4 7

■j 4 4 4 4 4 52

* 21 3 4 £ 3 7 5 nb 4 3 4 7( 3 3 3 3 46

22 4 3 2 7 4 3 3 4 3 4 4 3 7 3 50 j23 4 4 3 3 4 4 4 4 4 4 4 3 57

Iamostra 24 1 4 4 4 3 4 4 3 4 4 3 3 53c 26 3 .j 3 3 3 3 4 3 7 4 4 s 4 51

i27 2 1 4 4 4 4 4 3 4 ? 4 52 |29' 4 3 4- 3 4 3 4: 3 4' 4 3 3 3 5130 T

L 3 2 • 3 2 4 3 70 3 2 4 4 3 345

X 3.3 3,4 2.7 7 7 3 .4 3,6 3.3 7 7O i / 3.5 3.7 3.7 3 ,9 3 .8 3 .3 3 .5

■ o 4 4 3 3 3 4 3 4 4 4 4 4 4 3 4

1 . 3 4 3 3 4 4 3 4 4 4 4 4 3 4

AMOSTRA A - Alunos do 79 anoAMOSTRA B. - Alunos do 99 anoAMOSTRA Ç - Professores do 79

e/ou 99 áno

I Os ndieros que faltai corres­pondei a questionários ial pre­enchidos (nSo considerados).

- 3 0 8 -

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ANEXO IX

PRé-OUESTIONARIO MATRIZ DO BLOCO 3 - ALUNOS

AMOSTRA A - Alunos do 79 ano AMOSTRA -8 - Alunos do 99 ano

t Os núieros que falta* corres­pondei a-questionários lal pre­

enchidos (não considerados).

PRé-QUESTIONARIO MATRIZ DO BLOCO 3 - PROFESSORES

e/ou 99 ano

- 3 0 9 -

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Fí^: — Q U E S T . I O N A R I O

B l O C O 1

ANEXO X

- 3 1 0 - ; ;

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NÍVEIS { 79 ano 1 99 a n o j P R O F E S S O R E Sda :

ESCALA ACD AC1 TOTAL ACD ACI TOTAL PROF. N.PROF. TOTAL

1 - - - - 1 i - i 1

2 2 2 4 - 3 1 ' 1 L

3 1 4 5 1 k 3 3 b

4 - 2 2 - - - 1 - 1

TOTAL 5 5 10 5 5 10 • 5 ' 5 10

X 2 .6 3.0 2 .8 3.0 2 .0 2.5 j 3.0 2.4 2.7

1 • •3 2/4 2/3 3 2 3 o> 3 A

1 B " 3 3 3 .3 L A 3 A1 1

NÍVEIS 79 ano 99 ano PROFESSORES j

ESCALA ACD ACI TOTAL ACD ACI TOTAL PROF. N.PROF. TOTAL

1 - - - - - - - 1 I ]

2 2 - 2 - 2 2 2 1 3

3 2 3 5 4 3 7 2 13 1

4 1 2 3 1 - i 1 2 3

TOTAL 5 5 10 5 5 10 5 5 10

X 2.8 2.4 3.1 3.2 2.6 2.9 2.8 2.8 2.8•o 2/3 3 3 3 3 3 2/3 4 2/3/4

3 3 3 3■ 5 3

3 i

- 3 1 1 -

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NÍVEIS • ’ ‘ 79 ano 99 ano PROFESSORES.

ESCALA' ACD'v ' A c r TOTAL- ACD" ACI :TOTAL PROF... N.PROF. . TOTAL

1 - - - - - - - -

2 - - - - - - - - -

3 1 2 3 - 1 1 - 2 2

4 4 3 7 3 4 ? 5 3 8....

■ TOTAL 5 5 10 3 • 5 10 ' 5 5 . 10

X

I.

CDr*-> 3.6 3.744

4

4

3.84

3.944

4.0. 3.6 4 .

3.844

-----

NÍVEIS’ 79 ano 99 ano PROFESSORES

1 ESCALA ' ACD' 1 ACf ' TOTAL ACD ACI TOTAL PROF. N.PROF. TOTAL

1 - - - - - - - - -

2 - - - - - - - -

,3 - - - 1 - í - ‘ 1 1

4 5 5 10 5 9 5 4 ' 9

TOTAL 5 5 10 5 5 10 5 5 • • 10

X

i.i*

4.04'4

4.044

4.04

4

3.9 4.0

4 1

3.944

4.044

3.844 ■

3.944

NIVEI5 DA

' ESCALA'

79 ano 99 ano PROFESSORES

'ACD ‘ ACI ' TOTAL ACD’ ’ ACI TOTAL RR0F./ N.PROF. ' TOTAL

1 - - - - - • - , - • -

2 ' - - - 1 ' 1 - - , -

■3 . 4 • 3 . 7 %í 3 ■ 5 . i 2 4 6

4 1 ' 2 .3, 3 1 ' 4 2 ' .3

TOTAL • 5 5 10 3 • 5 .10 ! : 4 5 : ' .9

X

■ o

.» •>:V « L

. 73

3.433

3.333

3.6

■2 .6

3

•3.3

3

’ e'3/4 ■ 4

3.233 .

31 333

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U f l L Z

1TEH B

1TEH 9

NÍVEISDA

ESCALA

78 ano • ]• ’• 92 ano PROFESSORES-

•ACD. ACI - TOTAL flCD ACI . ■ TOTAL. PROF.. N.PROF. -TOTAL

1 1 - I | - - ■ - -

2 1 -1 !

2 2 1 1 ?

3 ■ 2 7 5 j 2 •j 5 3 2 5

4 i 2 3 I 35 1

. 2 3

TOTAL 5 5 10 J 5 5 *10 j 5 5 1 0

x 2,6 i 0 | 3

3.4•)

3.0 1 3,6- 3 I 4Ã ir 4 ' *

2.633

3 I 3

’ í 1 3

3.2 3/4 _

3.1i

■* j

NfVEISDA

ESCALA

79 ano - 99 ano PROFESSORES

! flCD . ACI TOTAL ACD ACI.:.-: TOTAL, PROF.. N.PROF. ,TOTAL

1 - - - - - - -

2 - ' I - . - - 2 2 4 '

3 3 3 6 2 "V ò" 3 '3 . 6

4 2 1 3 3 i ■ 4 - * - . t -

TOTAL 5 5 10 • 5 . 5 10 5 ! 5 ■ . 10

X 3.4 3.0 3.2 3,6 3.2 3.4 2 .6 2.6’ 2 .6 j■ o 3 7

■J .3 4 ■ 3 3 3 3 3 I1 . 3 3 3 4 3 3 7

0 3- — i

- 3 1 3 -

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1TEH 10

ITEM 11

N Í V E I S

D A

E S C A L A

7 9 a n o 9 9 a n o P R O F E S S O R E S

A C D - : A C I ' ’ T O T A L A C O ' A C I - * T O T A L * P R 0 F : . ' - N . P R Q F . T O T A L

1 - - • - - - - - -

2 2 I 3 - í 2 1 - 1

3 2 3 5 2 3 ' 5 . 3 \ 4 7

'4 1 1 2 3 - ‘ i 3 I 1 2

T O T A L 5 S 1 0 5 5 1 0 5 5 ' 1 0

X 2 . 8 3 . 0 2 . 9 3 . 6 2 . 6 3 . 1 3 . 0 3 . 2 3 . 1

l o 2 / 3 3 3 4 3 3 3 3 3

1 . 3 3 ' 3 3 3 ■j 3 •>

NÍVEISDA

escala"

79 ano 99 ano PROFESSORES

‘ ACD: ACÍ ‘ TOTAL ACD- ACI ' TOTAL PRDF.. N.PR0F. ■TOTAL

1 - - - - - -• - -

2 1 1 2 - 2 2 - - -

3 3 4 7 1 2 ■ 3 2 3 • 5

4 i - • 1 4 5 3 2 5

TOTAL 5 5 10 5 5 10 5 5 - 10

X

■oI.

CO 2.833

2.833

3.84

2.0'2/33

3.3 3.6 4 4 3.5 4

3.433 ■

3.5 3/43.5

-----

- 3 1 4 - .

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NiVEIS 79 ano 99 ano PROFESSORES 1

ESCALA - ACD ■ ACI TÜTAL-- ACD ACI ’ TOTAL; PROF. ;N.PROF. .TOTAL ]------

1 - - - - - - - ■ - -

2 1 - í - 1 - 1 ' - - . -

3 1 5 6 3 .3 ~6 . 1 . 2 3

4 ' 3 3 2 . 3 ‘ 4 . 3 ' 1

TOTAL 5 ■ 5 10 5 5 . ■io ■ 5 ’ 5 - 10

x - 3.4 4 - 4

3.0 ' 3 3

3.233

3.4.33 .

3.0

3

■3.2 3’ •

3

" -3.8 4

:4

3.644

3.744

- 3 1 5 - :

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NÍVEIS DA .

ESCALA'

79 ano* 99 ano PROFESSORES

• • \

"ACO"5 ACT ■'' TOTAL ACD:' ACÍ'! ■ TOTAL: profC N.PROF, ‘TOTAL

1 ! - - - - - - -

2 - -- •

3 3 ■ - - • ■ i

3 4 . 3 7 4 2 . 6. 4 ' 5 9

4, 1 2 3 1 ■1 ' 1 1

I TOTAL 5 • $ 10 5 5 10 1 5 5 "

1 x 3.2 ' 3.4 •3.3 ’ 2 V • *. 2.4 2.8 ■ 3.2 3.0 3.11 *» 7 3 7 . 7 n

L1 3 7

3 3 . 7 3 2 ■ 3 3 3 .31 -

NÍVEIS . DA. ESCALA '

79 ano 99 ano PROFESSORES

ACD" AC1 TOTAL ACD•

ac r TOTAL ; PRDF. •N.PROF. TOTAL

1 - - - -..- - •-

2 - - - - t , ■ 1 - 1 • 1

3 1 ■ 5 b 3 ; í - 4 - 4 n 7

4 • 4 • 4 2 .3 5 1 "1L

TOTAL 5 ' 5 .10 5 10 5 5 • 10

X 3.8 3.0 3.4 3.4 3,4 3.4 3.2 3.0 3.1■e 3 - 7 4 4 3 3 - \

1. 4 3 3 3 4 * 3 3 3- •

-NÍVEISDA

ESCALA

79 ano 99 ano PROFESSORES 1

“ ACD ACI ' TOTAL' ACD' ACI - TOTÃL1 PROF.‘-N.PROF. -TOTAL

1 - - - - - ' -

2 - - . - - - • 1 ’ - - -

3 1 I 2 4 ■ 4 - 1>

4 ■ 2 4 6 3 1 ! i 4 5 *■ 9

TOTAL ' 3 5 . 8 5 v 5 10 ; 5 • 5 1 ' 10

Xi.i.

3.7 4 . 4

3.8 • . 4 , 4

3.8 . 4 4

■ 4 ' 4 4

3.2 3 '

• 3

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79 ano 99 ano PROFESSORES

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ITEM 25NÍVEISDA

ESCALA

79 ano 99 ano ** PROFESSORES

' ACD ACI : TOTAL' ACD ‘ ACI- TOTAL PROF. 'N.PROF. ■TOTAL1

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79 ano 99 ano *«£ PROFESSORES. -

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79 ano 99 ano PROFESSORES ,

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79 ano 99 ano PROFESSORES.■

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• 79 ano 99 ano PROFESSORES

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ANEXO XI

R é — Q U E S T I O I M / íkFR X O

B I — O C O Z2.

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ESCALA

72 ano 92 ano PROFESSORES

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1 - - - - - - - - -

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NÍVEISDA

ESCALA

72 ano 92 ano PROFESSORES

ACD ACI TOTAL ACD ACI TOTAL PROF. N.PROF. TOTAL

1 - - - - - - - - -

2 - - - - - - - 1 1

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NÍVEISDA

ESCALA

72 ano 92 ano PROFESSORES

ACD ACI TOTAL' ACD ACI TOTAL PROF. N.PROF. TOTAL j

1 - - - - 2 2 1 2

2 - - - 3 - 3 2 3

3 2 4 6 1 2 3 - 3 3

4 31 4 1 1 2 1 - í

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X 3.6 3.2 3.4 2.6 2.4 2.5 2.3 2.4 2.3■ o 4 3 3 2 1/3 2/3 2 3 2/31. 4 3 3 2 3 2.5 2 3 2 I

- 3 2 5 -

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NiVÉISDA

'ESCALA

72 ano :■ 92 ano PROFESSORES"'

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'ESCALA

72 ano 92 ano PROFESSORES-

'ACD* 'ACI TOTAL ACD ■ ACI ' TOTAL PROF.- N.PROF. TOTAL

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i • • 72 ano 92 ano PROFESSORES

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1 - - - - - - - -

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1TEH 9

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ESCALA ACD ACI TOTAL ACD - ACI TOTAL PROF. N.PROF. TOTAL

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79 ano 99 ano PROFESSORES

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X 3.6 3.8 3.7 3.4' . ' 3.6 3.5 4.0 3.4 3 .7

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NIVEIS 79 ano 99 ano PROFESSORESDA

ESCALA, ACD ACI. TOTAL ACD . ACI • •■TOTAL'

PROF. N.PROF. TOTAL

1 - - ‘ ' - - - . -

2 - - - - 1 i 2 - -

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- 3 2 7 -

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ITEM 10níveisda

'ESCALA

79 ano 99 ano PROFESSORES

'' ACD ' AC I ’ total' ACD AC I TOTAL PROF/-

N.PROF.- -TOTAL

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- -

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79 ano 99 ano PROFESSORES

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- -

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ESCALA'

79 ano 99 ano PROFESSORES

' ACD ' ACI TOTAL ACD ■' AC I ' ' TOTAL PROF'. N.PROF. TOTAL

1 - - - - - - - - - -

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. . -

- 328 -

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1TEN 13

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1TEN 15

NÍVEISDA

ESCALA

72 ano 92 ano PROFESSORES

ACD- ACI TOTAL ACD. ACI TOTAL PROF. N.PROF. TOTAL

1 - - - - - - - -

2 - - - - ‘ ■ - . -

5 - 3 3 - i 1,

4 j

4 5 L 7 3 4 9 2 4 6

TOTAL 5 5 10 5 5 10 5 5 10

X 4.0 3.4 .3.7 4.0 ■ '3.8 3.í" ’ 3.4 3.3 3.4 |4 3 4 4 4 3 4 4

«• 4 3 4 4 4 4 3 4 4

NÍVEISDA

72 ano 92 ano PROFESSORES

ESCALA' ACD ACI TOTAL ACD ACI TOTAL PROF. N.PROF. TOTAL .

1 - - - - - - - -

2 - - - 1. 2 - - 1

3 2 1 3 2 • 3 3 4 - 7

4 3 3 6 2 3 3 2 - • 2

TOTAL 5 4 9 5 5 10 * 5 5 ‘lO

X 3.6 3.8 3.7 -3.2 ; 3.4 3.3 3.4 2.8 3.1i. 4 4 3/4 4 ‘ 4 3 3 3

a. 4 4 4 ■ 3 4 - 3.5 7 3

NÍVEISDA

ESCALA

72 ano 92 ano ; PROFESSORES

ACD ACI , TOTAL . ACD ACI- TOTAL. ■ PROF.. N.PROF. TOTAL

1 - - - - - - - - -

2 - - - . - - -

3 2 1 3 2 ' 1 3 4 9

4 3 ~ 4 . 7 3" 4 7 *i 1

TOTAL 5 5 10 ‘ 5 10 ■ 5 " 5 ’. - 10

X 3.6 3.8 3.7 3.6 3.0 3.7 ' 3.0 3*2 ’* '3.1■ 0 4 4 4 4 4 4 3 3 3a. . 4 4 4 4 4 4 3 3 ,3

.... _ !

- 3 2 9 -

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F»FR eê:

.. .ANEXO. XXI

Q U E S T I O N Á R

B L O C O 3

».

[ O

- 3 3 0 -

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U ü i

ITEN 2

ITEN 3

NÍVEISDA

ESCALA

79 ano 99 ano PROFESSORES

ACD ACI TOTAL ACD ACI TOTAL PROF. N.PROF. TOTAL

1 - - - - 1 1 - - -

2 2 - 2 2 í 4 ‘ 1 1 2

3 3 2 5 - L 2 3 3 6

4 - 3 ■3 2 - 2 1 1 2

TOTAL 5 5 10 4 5 '9 5 5 10

X 2.6 3.6 3.1 3,0 2.2 2.6 3.0 3.0 3.0i. 3 4 \ 2/4 2/3 2 3 3 v'i. 3 4

5 52 2 3 3

-----

NÍVEISDA

ESCALA

79 ano 99 ano PROFESSORES

ACD ACI TOTAL ACD ACI TOTAL PROF. N.PROF. TOTAL

1 - - 2 2 - - -

2 3 - 3 3 3V ,

6 ' 2 2 4

3 2 3 5 2 - 2 •J c 5

4 - 2 L - - - 1 1

TOTAL 5 5 10 5 5 10 5 5 10

X 2.4 3.4 2.9 2.4 1.6 2.0 2.6 2.8 2.7•° 2 7 3 2 2 2 2 2/3 3*• L 3 3 2 2 ■2 3 3 3

NÍVEISDA

ESCALA

79 ano 99 ano PROFESSORES

ACD ACI TOTAL ACD ACI TOTAL PROF. N.PROF. TOTAL

1 - - - - - - - - -

2 1 1 2 2 3 5 - L 2

3 2 3 5 2 2 4 5 2 7

4 2 1 3 1 - 1 - i i

TOTAL 5 5 10 5 5 10 5 10 j

x . 3.2 3.0 3.1 2.8 2.4 2.6 3.0 2,0 2.1 j■ o 3/4 3 7 2/3 n

L 2 2/3 > i« • 3 3 3 3 1 2. S 3

5 1

- 3 3 1 -

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ITEH 4

ITEH 5

ITEH 6

NÍVEIS' DA

ESCALA

79 ano ; V 99 ano PROFESSORES ■'

: ACD ‘ ' ACI TOTAL1 ACD ' ■ ACI - TOTAL :; PROF: N.PROF. ■ TOTAL

1 1 1 2 I - 1 ’ - - -

2 2 2 •1 2 3 ■1 1 . 2

3 2 1 3 3 3 6 ■ 4 - 4 8

4 2 1 3 - - - ‘ - - -

TOTAL 5 5 10 ■5 5 ■ 10 5 5 ■' - 10

X ■ 3.0 2.4 2.7 2.4 2.6 2.5 ■ 2.8 2.8 2.83/4 ,2 3/4 3 3 7 3 3 •! • 3

J2 v* •3 3 } 3 3 - 3

NÍVEISDA

’ESCALA

79 ano -• 99 ano PROFESSORES

' ACD 7 'ACI TOTAL ACD :1 ACI TOTAL' PROF." N.PROF; TOTAL

1 - - - 1 3 i - -

2 2 2 4 2 2 '4 4’ 2 6

3 3 í 4 2 ■ - ■2 ' í 3 4

4 - 2 2 - - - - - -

TOTAL 5 5 10 5 5 10 5 5 10

X

fl.

2.633

3.02/43

2.82/3

2.22/32

1.411

3.61/22

2.222

2.633 -

2.422

NÍVEISDA

’ESCALA'

79 ano 99 ano PROFESSORES

' ;’acd ■ ACI ’ 'total ACD - AC I ' "TOTAL - prof: N.PROF. TOTAL

1 - - - - - -

2 2 n . •L 3 2 5' .5 5 10

3 3 3 6 '1 3 ,4 - - -

4 - • 2 •23 .

,1 - - -

TOTAL 5 •5 10 ■ 5 5 ío - 5 5 ■ 10...

■e1.

2.6' 3

3

3.43 ■3

3.0103 '

2,6'2.2

2,6 ■37

2.6' ■ ■2 ’ 2.3

2.022

2.0 ‘2 2 *

2.022

' 3 3 2 -

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ITEM 7

ITEM 8

ITEM 9

NÍVEISDA

ESCALA

79 ano 99 ano PROFESSORES

ACD ■ ACI .-TOTAL ACD •.. ACI .■TOTAL ,PROF. N.PROF.- TOTAL

1 - - - - 1 - - -■

2 3 2 5 2 3 - 3 '4 7

3 2 ■ 2 4 n 3 5 L r ■ 3

4 1 1 1 - 1 - - -

TOTAL s '5 10 5 5 10 5 - 5 -■.•10

X

• o

2.42n4

2.92/33

2.6 ■ 22.5

2.92/3J

2.4

3

. 2.6: 3

3

2.422 .

2.2■ 2

2

T Tt.i

2

. 2

NÍVEISDA

ESCALA

79 ano 99 ano PROFESSORES _ ■;

ACD - ; ACI ■ TOTAL . ACD ACI. TOTAL- PROF "i N.PROF.’ ■TOTAL

1 1 2 ? i - 1 '

2 2 2 4 nL 3 "'l 1 2,

3 1 - L ■2 1 3 2 3 ' 5

4 - 3 3 1 - ■i ■ .1 ‘ 1 “ 2

TOTAL 5 ' 5 10 4 5 9 5 5 ,’•10

X

•o1.

2.2’2/32

3.2 . 4 4

2.722.5

3.0 ‘33

1,81/22

2,32/32

2:h33

■ 3.03■3

. 2.8 3 3

NIVEISDA

ESCALA

79 ano 99 ano PROFESSORES.• f

. ACD , ACI- TOTAL ACD ACI,.- TOTAL PROF. N.PROF. TOTAL

1 - . 1 •- - - 1 * 1

2 . - l" ■ ‘ . -1 :I

3 3 4 L 2 ’4 4 2 6

4 ■1 2 .3” 2 2 4 - -

TOTAL 5 4 - 9\ 5 ,5 10 ,5

5 !•» .10

X

a»3.033

3.04

3.5

3.03

■ 3

3.23/4

3

3.23/4•3

3.2.3/43 r

2 .83 : 3 . ;

' 2.22/32 "

2.5 , 3

3

- 3 3 3 -

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I

1TEH 10

1TEH 11

ITEli 12

NÍVEIS 79 ano r. 99 ano PROFESSORES ■

ÊSCALÂ - ACD :‘ACI : TOTAL ACD '■ AC I - ■TOTAL • PROF.. N.PROF. TOTAL

1 - - - - - - - - ■ -

2 2 7 2 - 2 - 3 •5

3 2 1 3 2 4 6 5 2 * 7

I 2 2 4 1 1 2 - - -

TOTAL 5 5 10 5 5 10 5 5 - . 1 0

x • ■ 3.2 ■ 3.0 3.1

COrg 3>2 3.0 , 3.0 2.4 2.7■3/4 2/4 2/3 3 3 3 2 .3

l. 3 3 * 3 3 3 2 .- 3.

NÍVEIS 1 DA

ESCALA

79 ano 99 ano PROFESSORES.

ACD • ACI TOTAL ACD ■ ACI TOTAL •-PR0F.- N.PROF. TOTAL

1 - - - - - - - -

2 - 1 1 1 2 3 - 3 3

3 3 2 5 3 t 4 1 5

4 2 1 3 - - - - ■ 1

TOTAL 5 4 9 5 5 10 5 5 10

X

■ o

1 .

■3', 433

3.0

-3

3.23ô

2 .833

2 .6.33

2.7 3 '3

T•J . L

33

2 .2•yL

2 .

2.73

■ 3

NÍVEIS ■ DA ESCALÃ’

79 ano 99 ano i. • PROFESSORES.

■ ACD ' AC I; 'TOTAL- ACD - •■ ACI: TOTAL PROF." N.PROF. TOTAL

1 - - - 1 ■ 1 2 3 2 5

2- - 1 1 1 3 2 . 3 5

3 2 2 4 2 2 4 - - -

4 3 2 5 - 1 I - - -

TOTAL 3 5 1Q 5 5 10 ■ 5 5 . ■ 10

X 3.4 ’ 3.2 ' 3.4 2.2 ' 2 .6 ■ 2,4 1.4 1 .6 1.5l o - 3/4 4 2/3 • 3 • 2 . 1/2

4 3 3.5 2 3 2.5 2 . 1.5" *.* *„ * - • - • .. 1

- 3 3 4 -

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1TEH 13NÍVEISDA

ESCALA-

79 ano 99 ano PROFESSORES

ACD AC I -TOTAL ACD - AC I , .TOTAL -.PROF. N.PROF. TOTAL

1 - - - 1 1 2 3 1 4

2 - - 4 2 4 I 2 3

3 3 2 5 2 2 4 1 2 3

4 ? 3 5 - - - - - -

TOTAL 5 3 10 5 5 10 *5 5 -10

X ' 3.4 3.6 3.5 2.2 2.2 2.2 ■ 1.6 2.2 1.9■ o 3 .4 3/4 2/3 . 2/3 2/3 2/3 2/3«• .3 4 3.5 2 2 * 1 2 2

NÍVEISDA

ESCALA

79 ano 99 ano PROFESSORES ‘ j

ACD ■ACI TOTAL ACD - ACI TOTAL PROF.- N.PROF. TOTAL

1 - -- -

- - - -

2 - 1 1 - i 1 - 2 T

3 3 2 5 4 4 9 ’ 4 h

4 i 2 4 1 - 1 1 ,1 2

TOTAL 5 5 10 5 5 19 . 5 5 ...... .

X 3.4 3.2 3.3 3.2 2.6 3.0 3.2 . 2.8 . 3.03 3/4 3 3 Ã 3 3 2/3 3

i. 3 3 3 3 33 3

3 3

NÍVEIS 79 ano 99 ano - PROFESSORES .DA

ESCALA ACD . ACI-‘ TOTAL ACD- , ACI'; ■TOTAL PROF. N.PROF. TOTAL

1 - - . -

2 1 1 7 1 - - 1 - 1 ' 1

3 3 1 4 1 3 4 2 * 5

• 4 1 3 4 2 - 1 3 2 . L 4 j

TOTAL 5 5 10 4 . .4 8 5 '5 10

X 3,0 3.4 3.2 . 3.3 •. 3.3 • 3.3 3.4 . ' 3.2 3.3■ o -3 . 4 3/4 4 3 . ~ 3/4 3

3 43

3.5 33 5

A 3

- 3 3 5 -

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1TEH 16HJVEIS 1 DA

ESCALA'

79 ano 99 ano PROFESSORES:

ACD ‘ ACI ■■ TOTAL ACD ACI -TOTAL PROF. -N.PROF. •-.TOTAL

1 - - - - - - - - -

2 2 - 2 1 - 1 - - -

3 2 3 5 1 2 3 5 L 5 7

* ! i 2 j 2 1 3 7 - 3

TÒTAL • 5 10 5 4 9 5 5 ■ 10

X

. i »

i .

2.92/33

3.433

3.133

3.23/43

3.333

3.2

3

■ 3.6 '

4

3.033

3.333

NfVEIS DA

ESCALA'

.79 ano

.99 ano -

PROFESSORES'

ACD ’ ' ACI ■ TOTAL ACD - ACI ' TOTAL ’. PROF. N.PROF. TOTAL

1 2 - 2 1 1 2 1 4 5

2 í, 2 3 ó 3 2 1 3

3 2 2 4 1 - 1 2 - 2

4 1 - 1 1 - - -

TOTAL 5 10 5 5 i - 10 ' 5 10

X 2.0 2.8 2.4 2.0 2.2 2.1 2.2 1.2 1.7Ío 1/3 2/3 3 2 2 2 2/3 - íI. 2 3 2.5 2 2 2 2 1.5. “

ITEM 19NÍVEISDA

E5CALA

79 ano 99 ano PROFESSORES

ACD ACI TOTAL ACD ACI TOTAL PROF. N.PROF. TOTAL

1 - - - - - 1 - 1

2 2 1 3 - 1 1 1 - í

3 1 1 Tt 3 3 * 2 4 6

4 ? 3 5 2 1 3 1 1 2

TOTAL 5 5 10 5 5 10 5 5 10

X 3.0 3.4 3.2 3.4 3.0 3.2 2.6 3.2 2.9i. 2/4 4 4 3 3 3 3 3 3

3 4 3.5 3 0 3 3 ,\

- 3 3 6 -

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NÍVEIS 79 ano 96 ano PROFESSORE5I

ESCALA ■ ACD ■ AGI TOTAL ACD ■ AGI TOTAL PROF. N.PROF. TOTAL

1 - - - - - - 1 1 2

2 2 1 3 - 1 1 ' 4 ■ 1 5

3 1 1 2 3 3 " 6 - 3 3

4 2 3 5 2 1 - - -

TOTAL 5 5 ID 5 5 *10 " 5 5 10

X 3.0 3.4 3.2 3.4 3.0 ’ 3.2 ' i . a 2.4 2.12/4 4- 3 3 3 2 3 2

I . 3 3.5 3 3 • 3 2 2

NÍVEIS■ DA-

ESCALA

79 ano 99 ano PROFESSORES.

ACD ‘ AGI TOTAL ACD AGI TOTAL PROF. ,N.PROF-. TOTAL

1 1 - 1 - - - - - -

2 - 2 2 í - t - 1 1

3 3 1 4 i1 2 4 4. 4 : 8

4 - 2 2 2 3 5 ï - 1 .

TOTAL « 5 9 5 5 10 5 5 u'

X 2.5 • 3.0 2.8 3.2 3,6 3.4 -3.2 ‘ 2.6 3.0

■o 3 2/4 3 3/4 Ã 7 3

3 3 3 3 3.5 •>

- 3 3 7 -

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ANEXO XIII

Validade '/ Blócò-1 - Ais. + Profs

rl= 0,2082

r2= 0,1384

r3= 0,1712

r4 0,2372

r5- 0,0015 • / ' .

r6 = 0,3463

r7= 0,3780 Há correlação positiva ao n /s :' =' 0,10

r8= 0,3592 Há correlação positiva ao -N.S. = 0,10

r9= 0,3573 Há correlação positiva ao N.S. = 0,10

r10= 0,5439 Há correlação positiva ao N.S. = 0,01

rll- 0,4621 Há correlação positiva áo n .s :' = 0,05

r12- 0,3240

r13- 0,6334 Há correlação positiva. ao N.S. - 0,01

r14= 0,0083

r15= 0,1134 i

r16= 0,4248 Há correlação positiva ao N.S. • = 0,05

r17= 0,4498 Há correlação positiva ao N.S. - 0,05

r18- 0,4273 Há correlação positiva ao N.S. - 0,05

r19= 0,4459 Há correlação positiva ao N.S. = 0,05

r20= 0,2392

r21= 0,4462 Há correlação positiva ao N.S. = 0,05

r22- 0,0234

r23= 0,0168

r24= 0,7599 Há correlação positiva ao N.S. = 0,01

r25- 0,5706 Há correlação positiva ao N.S. = 0,01

r26= 0,3497

r27= 0,5299 Há correlação positiva ao N.S. 0,01

r28- 0,6649 Há correlação positiva ao N.S. - 0,001

r29= 0,6647 Há correlação positiva ao N.S. = 0,001

r30- 0,6630 Há correlação positiva ao N.S. = 0,001

r31= 0,5149 Há correlação positiva ao N.S. = 0,05

r32- 0,38166 Há correlação positiva ao N.S. = 0,10

r33 = 0,4173 Há correlação positiva ao N.S. = 0,05

r34- 0,4109 Há correlação positiva ao N.S. = 0,10

r35= 0,8266 Há correlação positiva ao N.S. = 0,001

r36= 0,4075 Há correlação positiva ao N.S. = 0,10

r37- 0,0679

r38- 0,6954 Há correlação positiva ao N.S. = 0,001

3 3 8 -

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VALIDADE / BLOCO 2 - PROFs + ALs

• = • ■ ANEXO XIV 1

1 _ = 0,1447

2- 0,5086 Ha correlação ao N.S. = 0,01

3 = 0,3520 Ha' correlação a o N.S.. = 0, 10

4= 0,6208 Ha' correlação ao N.S. - 0,001

5- 0,7649 Ha' correlação ao N.S.' - 0,001

6 = 0,6083 Há correlação ao N.S. = 0,01

7 - 0,5658 Há correlação ao N.S. = 0,01

8 = 0,5507 Há correlação 'aó N.S. - Ó‘,01

9 = 0,6078 Há correlação ao N.S. = 0,01

10 = 0,3997 Há correlação. ao N.S.' - 0,05

11- 0,5069 Há correlação ao N.S. - 0,01

12- 0,5654 Há correlação ao N.S. = 0,01

13= 0,4326 Há correlação ao N.S. = 0,05

14= 0,5597 Há correlação ao n .s : := Ò‘,01

15- 0,3624 Há correlação ao N.S. - 0,10

-V . •

> ■

- 3 3 9 -

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ANEXO XV ' ' ' : ■

VALIDADE'/ B L O C O '3"(ALUNOS)" ’

r s l - 0,682 Há correlação positiva ao N‘. S .•

rS2= 0,7138 M (1 II ao n :S\

rS3= 0,5236 M M II */ ao N ; S-.

rs4= 0,5298 H ,tl M • ao N í S .

rS5 .= 0 , 5084' M * H II ao N.S.

rS6= 0,1608

rs7 = 0,1698 .

rs8- 0, 5644 Há correlação positiva ao ■N.S.

rs9 ,

r s 10

0,0008'

0,0169-

rSll

rs12

0,3093

0,2142-

rs13- 0,1507

rs14 = 0,2124

rsl 5= 0,5138 Há correlação.jposi ti va ao N.S.

rS16- 0,0542

rs17= 0,1556

r S 18- 0,2933 . -

rs19= 0,2951

r s 20= 0,1947

VALIDADE / BLOCO 3 (PROFs)

r5l- 0,215 Não há correlação positiva

r s 2 = 0,385 M ii ,ii •1

rs3 ~ 0,309 o ii ii it

r S 4- 0,042 ii o ii d

r s 5 = 0,394 ii ii ii ii

rs6- 0,724 M M ii n ■

r s 7 - 0,421 • 1 ii ii 'ii

rs80,494 II ii ■I "

rS9- 0,245 II ii ti .ii

r S 10= 0,342 II ii . n n

rSll= 0, 185 II ii .o 'ii

rs12

r^13

r S 14

=

0,155

0,439

0,330

II

II

II

ii

ii

ii

, . ii

ii

ii

ii

ii

ii

rs15- 0,039 II ii d n •

r S 16- 0,252 • I ii D * ii

rs 17 = 0,409 II ti ii 1 ii

rS18- 0,427 II d ii ii

rs19 = 0,030 II ii o ii

r S 20- 0,006 II ii ii ! ii

- 3 4 0 - " - .

= 0 ,01

■ = 0,01

= 0,03-

'= 0,05

=,0,05

■ i i

= .0,05

= 0,0 5

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ANE XO XVI .

FI DF.L.I OAOE D O .O U C S l: /fll.OCO 1

OUESTIOHXniO 2 , - o u E S i J O N Á n i o i1 f t.NO

-3 - 2 -1 0 4l ♦3

1 . 1 - J - 5 2 - -

1 . 2 - 1 3 3 2 • -

1 .3 - • 3 <i 1 1 -

1 <♦ - 1 3 3 2 - -

1.5 - - 2 6 I - -

1 . 6 - - 2 5 2 -

1 . 7 - - 1 6 1 1 - ’

1 . 8 - - 2 7 - - -

1 . 9 - - 2 6 1 - • '

1 . 1 0 - 1 8 - -

4

1 .11 1 2 5 1 - -

1 . 1 2 - - 3 5 1 - -

1 . 1 3 - 1 6 - -

l . U - 1 8 - - -

1 . 1 5 - 1 2 5 -

1 . 1 6 - - 7 2 - -

1 . 1 7 - - 6 5 - -

i : i õ - * t» n 1 - -

1 . 1 9 - - .1. 7 1 - -

1 . 2 0 - - 1 7 1 - -

1 .2 1 - 1 - 8 - •• *

1 . 2 2 - - 1 5 3 - -

1 . 2 3 - - (i <» : r -

1.2*1 - - í» 3 2 - -

1 . 2 5 - - 2 7 - - -

1 . 2 6 - - 6 1 - -

1 . 2 7 - - 2 5 2 - -

61,3% «1.15 resp o s ta s m antlvcram -sc.

‘ 3«i,6% rins resp o s ta s variaram l In te rv a lo

dn e s c a la { +1 ou - I )

*»,1% das resp ostas variaram 2 in te r v a lo s

dn e sc a la ( +2 ou -2 )

25,5% «las re sp o s ta s .variaram cm sen tid o

dec re s c e n te *

13,2% das resp o s ta s variaram em sen tid o

c res c en te

1

- 3 4 1 -

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ANEXO XVII

FIDELIDADE DO QUEST. / BLOCO 2

ITENS QUESTIONÁRIO 2 - QUESTIONÁRIO .1

- 3 -2 -1 0 + 1 + 2 + 3

2.1 - - 2 3 4 - -

2 . 2 - - 8 1 -

2.3 - 4 2 ■ - Z

, 2.4 . - 9 - - -

2.5 - - - 9 - - “ i

2.6 - - 2 6 1 - -

2 . 7 - - 3 4 1 1 -

2 . 8 - ' "2 6 x - i

2.9 - - 1 6 1 - -

2. 10 - - 4 4 1 - -

2.11 - - 2 5 2 - - :

2.12 - - 2 6 1 -

2.13 - - 3 5 1 - -

2.14 - - - 8 1 - -

2.15 - - - 7 2 - -

6 1 , 1 % das respostas mantiveram-se)

•30,1% das respostas variaram 1 -in

tervalo da escala

0,7% das respostas variaram 2 in

tervalos da escala

1,3% das respostas variaram 3 i-n tervalos da escala

15,8% das respostas variaram em sentido decrescente

16,5% das respostas variaram em sentido crescente

- 3 4 2 -

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ANEXO XVIII

FIDELIDADE DO QUEST./ BLOCO 3

QUESTIONÁRIO 2 - QUESTIONÁRIO 1

-3 -2 -1 0 + 1 + 2 + 3

3.1 - - 3 A 1 1

-3:2 - - 1 7 r - -

3.3 - 2 5 i - -

3.A - 1 - 7 i1

i -I-

3.5 - 1 . .5 2 1 -

3.6 - 2 1 6 - - -

3.7 . - - - A 5 -

3.8 - - - 1 . 7 1 - -

3.9 - - 1 6 1 1 -

3.10 - - 2 3 A - -

3 .11 - - 3 6 -•

3. 12 - - 3 5 1 - -

3.13 ‘ - - 2 A 2 ■ 1 - •

3 . 1A - • - A 3 2 - -

3.15 - - - 9 - - - .

3.16 - 1 2 6 - - -

3.17 - - 3 5 I - -

3. 18 - 1 1 7 - - -

3.19 - - 2 3 * _ _

59,7% das respostas mantiveram-se

3A,5% das respostas variaram 1-,'in

tervalo

'5,8% das respostas variaram 2 in tervalos da escala

22,2% das1,respostas variaram emi > 1 ' ii

sentido decrescente ' ' í i : n

18,.1% das re.spost.as yári^r^m em sentido crescente

) I

i .<

- 3 4 3 -

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F.ACULDADE DE PSICOLOGIA E C. DA EDUCAÇÃO

QUESTIONÁRIO

ANEXO XIX

O presente questionário deve ser respondido anonimamente.

Destina-se a recolher a opinião dos alunos acerca de ai

guns aspectos da relação pedagógica.

A. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

M a s c . Q ]

Sexo

CONSTITUIÇÃO DO

AGREGADO FAMILIAR

F e m . □

Pai Q

Mãe

I r m ã o s ^ ] Quantos?

Avós !

Outros □ Ouantos?

Parentesco? ■'

B. 1

7 2 □

AMO DE ESCOL.

92 Q

N2 d e REPETÊNCIAS □

Apresenta-se, de seguida, uma lista de comportamentos de alu

nos em saía de a u l a . Assinale com um círculo o grau de gra -

vidade que atribui a cada um dos comportamentos listados.

NC- nada grave; PG- pouco grave; G- Grave; MG- muito grave.

Exemplo: NC fPcT) G MG .

1.1. Não deixar que os colegas ponham duvidas ao p r o ­

fessor.

MG PG G MG

1.2. Repetir baixo tudo o que o professor diz. MC PG C MC '

1.3. Circular, pela sala de aula. NC PG G MC '

1.4. Fazer desenhos obscenos. NC PG C MC

1.5.

1.6.

Picar um colega com um objecto.

Interromper o professor com questões fora do

NC PG G ’ M C '

assunto da aula. MG PC G M G :

1.7. Insultar.o professor. NC PC C M C ’

1.8. Faltar às aulas sem razão NC PC G MC '

- 3 4 4 -

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1.9. Não estar atento e pedir continuamente ao

professor para repetir.

MC ' PC' - , c'■ 1 I

MC

1 . 10 Não trabalhar nas aulas. NC PC 'c MC

1.11 Demonstrar satisfação ao ser expulso da sala

de a u l a .

NC PC ci r

MC

1.12 Atirar papéis para o chão. NC PC' ' c MC

1.13 Contar anedotas ao colega do lado. NC PC ' c MC

1. 14 Balançar-se continuamente na cadeira. NC PC c MC

1.15 Estudar para outra disciplina.’ NC p c ' c MC

1.16 Chegar atrasado as aulas. MC PC c MC

1.17 Rir. NC PC c MC

1 . 18 Não trazer o material escolar necessário. MC PC c MC

1.19 Comer. NC PC c MC

1.20 Entrar na sala de .aula sem pedir autorização. NC PC ' c MC

1.21 Fazer rir os colegas. NC PC c MC

1.22 Atirar papéis (ou outros objectos) pelo ar. NC PC c MC

1.23 Dormi r . NC PC c MC

1.24 Oogar"à sardinha" ou outros jogos. NC PC c MC

1.25 Insultar um colega. - NC .,.PC ' c MC

1 . 26 Ler Banda Desenhada ou outras revistas. NC P C ; c MC

1.27 Sair da sala de aula sem pedir autorização. NC PC c MC

2. Assinale com um circulo a importância que atribui a cada um dos

aspectos que a seguir se mencionam, como causa do fenomeno da in ' >

disciplina na escola.

NI- nada importante; PI- pouco importante; I - i m p o r t a n t e ;MI-muito

importante. , ](i

2.1 Falta de participação dos pais na vida escolar.

2.2 Falta.de firmeza dos professores.

2.3 Falta de instrução dos pais.

2.,4 Ma organização das turmas.< !• t

2.5 Necessidade de autoafirmação dos alunos.

2.6 Falta de um projecto de vida dos alunos.

2.7 Falta de apoio aos alunos quando mudam de escola.

2 .,8 Falta de preparação pedagógica dos professores.

2.9( Insucesso escolar dos alunos.

2.10 Falta de responsabilização dos pais para com os

filhos .

2.11 Perturbações psicológicas dos alunos. NI PI 1 MI

NI PI MI

NI P i " MI

MI PÍ MI

MI PI MI

MI ' PI MI

MI PI' MI

MJ PI MI

MI ’ PI MI

MI PI' MI

MI Pi'' MI

- 3 4 5 - /

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\ I.

2.12 Falta de respeito dos professores pelos alunos- NI "PIihiL .‘MI

2.13 Falta de diálogo dos pais com os filhos. NI PI n I .'MI

2.14 Mas condições de trabalho nas escolas. NI PI-.I MI

2.15 Falta de responsabi1 ização dos alunos pelós NI PI , I MI

professores.

3. Assinale com um circulo o grau de e f icacia.. que'a t r i bui a cada um

dos comportamentos do professor, que a seguir se apresentam, com

vista à criação de um ambiente de disciplina em sala de aula.

NE- nada eficaz; PE- pouco eficaz; E- eficaz; ME- muito eficaz

.1 Dizer, muito claramente aos alunos como.devem NE PE E ME

comportar-se..

.2 Mudar de lugar os alunos.que perturbam. . NE PE E ME

.3 Conversar com os alunos acerca do comportamento. ' NE PE E ME

.4 Dar a entender aos.alunos que quem manda e.o pro- NE PE E ME

f essor . .. . ..5 Olhar fixamente os alunos que se portam mal. NE PE E ME

.6 Dar lições de moral e bom comportamento.' NE PE E ME

.7 Repreender directamente um aluno que se porte mal. NE PE E ME

.8 Baixar a nota aos alunos que se portem mal. NE PE E ME

.9 Ameaçar com um castigo. NE PE E ME

.10 Conversar com os alunos perturbadores no final NE PE E MEi

da a u l a .

.11 Variar a maneira de ensinar. NE PE - E MEi

.12 Enviar os alunos perturbadores ao Conselho

Directivo.

NE PE E ME

.13 Conversar com o Director de Turma acerca dos NE PE E ME

alunos perturbadores.

.14 Repreender no geral (sem indicar quem e) os NE PE E ME

alunos que se portam mal.

.15 Mandar sair os alunos da sala de aula, quando NE PE E ME

perturbam.

.16 Contactar directamente os pais dos alunos que se

portam mal (por carta, pelo telefone, etc.).

NE PE E ME

.17 Dizer à turma para ajudar os alunos que se portam NE PE E ME

mal a melhorar o seu comportamento.

.18 Fazer os alunos reparar os actos cometidos NE PE E ME

(limpar uma mesa que sujou, etc.).

.19 Elogiar um aluno quando melhora o seu comporta- NE PE E ME

m e n t o .

- 3 4 6 -

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- em geral, bem comportado O

- bem comportado numas disciplinas, mal comportado

noutras

- às vezes mal comportado

- em geral,' mal comportado

Assinale a sua opção com uma (,x). . ,i.í

4. Considera-se um aluno: . . .

□□□

Marque com uma cruz (x) os três aspectos que considera mais po

sitivos na sua vida escolar:

5.1. 0 convívio com os co leg a s /amigos fora das aulas; d l

5.2. Aprender qualquer coisa interessante numa aulá. ■ ld l

5.3. 0 toque para a saída das aulas. " Q

5.4. Praticar desporto no campo de jogos/'pavi 1 hão

desportivo.

5.5. Transitar de ano/ter boas notas.

5.6. Preparar o futuro para ter' uma profissão que

g o s t e .5.7. Jr às aulas da minha disciplina favorita.

5.8. Passear pelo recreio durante os intervalos.

5.9. Conviver com pessoas do sexo 'oposto.

□□

□□□

Muito obrigado pela sua'colaboração-

- 3 4 7 -

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FACULDADE DE PSICOLOGIA E C.. DA EDUCAÇÃO .. -

QU E S T I O N Á R I O .

ANEXO XX

‘ '.O presente questionário, deve. ser respondido

'anonimamente. Destina-se a recolher a opini^

âo dos professores acerca de alguns aspectos

da relação pedagógica. .______

A. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

M a s c . r 1

F e m . I ISEXO

CATEGORIA PROFISSIONAL

ANOS DE SERVIÇO:

IDADE :GRUPO PEDAGÓGICO A QUE'

PERTENCE:

B.1. Ãprèsèntà-se, de seguida, uma lista de comportamentos de"

alunos em sala de a u l a . Assinale com um círculo o grau

de gravidade que atribui a cada um dos comportamentos lis

tados.

NC-nada grave; PC- pouco grave; G- grave; MG- muito grave

Exemplo:’ NG (p c ) -G MG ;

1.1. Nâo deixar que os colegas ponham dúvidas ao

professor .

■ NG PG G. MC

1.2. Repetir baixo tudo o que o professor diz. NG PG C MG

1.3. Circular pela sala de aula. NG PG G MC

1.4. Fazer desenhos obscenos.-'. NC PG G. MG

1.5. Picar um colega com um., objecto. NG PG G MG

1.6. Interromper o. professor com quest.ões . fora

do assunto da aula. :

NG PG G MC'

1.7. Insultar o professor. NG PG G MG

1.8. Faltar às aulas sem razão. NG PG G MG

1.9. Não estar atento e pedir. continuamente ao NG PG G MG

professor para repetir.

- 3 4 3 -

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1 . 1 0 . Não trabalhar nas aulas. * MC PC c MC1 . 1 1 . Demonstrar satisfação ao ser expulso da sala

de aula.NC PC c MC

1 . 1 2 . Atirar papeis para o chão. NC PC c MC1 . 1 3 . Contar anedotas ao colega do lado. NC PC c MC1 . 1 4 . Balançar-se continuamente na cadeira. NC PC c MC1 . 1 5 . Estudar para outra disciplina. NC PC c MC1 . 1 6 . Chegar atrasado as aulas. MC PC c MC1 . 1 7 . Rir. • • NC PC c MC

1 . 1 8 . Não trazer o material escolar necessário. - NC PC c MC

1 . 1 9 . Come r . NC PC c MC1 . 2 0 . Entrar na sala de aula sem pedir autorização. NC PC c MC

1 . 2 1 . Fazer rir os colegas. ’ NC PC: c MC

1 . 2 2 . Atirar papéis(ou outros objectos) pelo ar. NC PC c MC

1 . 2 3 . Dormi r . NC PC1 c MC1 . 2 4 . Oogar "a sardinha" ou outros jogos. NC PC

, 1 c MC

1 . 2 5 . Insultar um colèga. { NC pç c MC

1 . 2 6 . Ler Banda Desenhada ou. outras revistas. NC PC c MC

1 . 2 7 . Sair da sala de aula sem .pedir autorização. NC- PC:1 1 c MCI •

I I ' • t •,2. Assinale com um circulo a importância que atribui a cada;..um dos

aspectos que a seguir se mencionam, como causa do fenome.no da

indisciplina na escola. ‘ ,

NI- nada importante; PI- pouco importante; I-impor tante ; MI-' mui_

to importante.

2.1. Falta de participação dos pais na vida escolar* MI pi MI

2.2. Falta de firmeza dos professores-. NI PI . MI

IS) Falta de instrução dos pais. NI PI MI

2.4. Ma organização das turmas. NI PI ' MI

2.5. Necessidade de autoafirmação dos alunos. MI PI MI

2.6. Falta de um projecto de vida dos alunos. MI PI MI

2.7. Falta de apoio aos alunos quando mudam de escola. NI PI' MI

2.8. Falta de p r e p a r a ç ã o ‘pedagógica dos professores. Niv PI MI

2.9. Insucesso escolar dos alunos. NI ' PI ' MI

2:iO. Falta de responsabilização dos pais para c'om os

filhos.MI PI MI

2.11. Perturbações psicológicas dos alunos. NI PI MI

2. 12. Falta de respeito dos professores pelos alunos. NI PI MI

- 3 4 9-

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2 . 1 3 .

2. l<f.

2 . 1 5 .

3.

3 . 1 .

3 . 2 .

3 . 3 .

3- í f .

3 . 5 .

3 . 6 .

3 . 7 .

3 . 8 .

3 . 9 .

3. 10.

3 . 1 1 .

3 . 1 2 .

3 . 1 3 .

3.1^.

3 . 1 5 .

3 . 1 6 .

3 . 1 7 .

3 . 1 8 .

3. 19.

MI PI I MI

NI PI I MI

NI PI I MI

Falta de dialogo dos pais com os filhos.

Mas condições de trabalho nas escolas.

Falta dc responsabi1 izaçâo dos alunos pelos

professores.

Assinale com um círculo a frequencia com que utiliza os comporta

mentos, que a seguir se discriminam, com vista a criação de um

ambiente de disciplina em sala de aula.

N- nunca; R- raramente; CF- com frequência; MV- muitas vezes..

Dizer, muito claramente aos alunos como devem

com po r ta r - s e .

N R CF MV

Mudar de lugar os alunos que perturbam.' N R CF MV

Conversar com, os alunos acerca do comportamento. N R CF MV

Dar-a entender aos alunos que quem manda.e.o pro­

fessor .

M R CF MV

Olhar fixamente os alunos que se portam mal. M R CF MV

Dar lições de moral e bom comportamento. N R CF MV

Repreender directamente um aluno que,se porte • -

mal..

' N R ■■ . MV

Baixar a nota'aos alunos-que se portem mal. N R CF MV

Ameaçar com um castigo. N R CF MV

Conversar com os alunos perturbadores no final-

da a u l a . ,

N R CF MV

Variar a maneira de ensinar. N R CF MV

Enviar os alunos perturbadores ao Conselho1

Di rectivo.

N R CFí

MV

Conversar com o Director de Turma acerca dos

alunos perturbadores.

N R CF • MV

Repreender no geral (sem indicar quem é) os a l u ­

nos que se portam mal.

N R CF MV

Mandar sair os alunos da sala de aula, quando

perturbam.

N R CF MV

Contactar directamente os pais dos alunos que se

portam mal (por carta, pelo telefone, etc.).

M R CF M V

Dizer à turma para ajudar os alunos que se p o r ­

tam mal a melhorar o seu compor tamen t ç>.

M R CF MV

Fazer os alunos reparar os actos cometidos. H R CF MV

Elogiar um aluno quando melhora o seu comporta­

mento.

M R CF MV

Muito obrigado pela sua colaboração

- 3 5 0 -

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■ > • f

' J

GUIÃO DAS MINI-ENTREVISTAS AOS DIRECTORES DE TURMA

ANEXO XXI

OBJECTIVOS:

1 - Recolher dados que permitam classificar a turma

quanto ao comportamento.

2 - O b t e r •informação que permitam identificar os'alu-

nos considerados' indisciplinados em cada turma.

PARA UM FORMULÁRIO DE PERGUNTAS': • ;

1 - Pedir ao D. de Turma para fazer, uma .apreciação ge-

ral da turma.

2 - Solicitar-lhe que, com a ajuda de uma escala c l a s ­

sifique a turma em termos de disciplina.* V

3 - Sugerir-lhe que fale sobre os alunos que considera

com relação mais difícil com os professores e/ ou

com os c o l e g a s .

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ANEXO XXII

7 2 1

Alunos muito novos.

Fraco aproveitamento.

Os alunos relacionam-se bem uns com os outros

Bom relacionamento com os professores.

TURMA DISCIPLINADA

m d Mt

72 2

- Comportamento fora do normal.

- Ambiente familiar que não deve ser o melhor, h a ­

bilitações literarias baixas; meio rural'. Muitos

pais ausentes.' •

- São miúdos agitados, falta de concentração, muita

b r i n c a d e i r a .

- TURMA MEDIANAMENTE DISCIPLINADA "

- Turma um pouco indisciplinada (melhor que o 72B e o

72 C) tem vfindo a melhorar.

- Irrequietos / sinal de infantilidade.

-MMuitas dificuldades de raciocínio.

- Não há malcriação, não há insolência.

- Pais: estratos com instrução muito baixa.

rtp M t

- 3 5 2 -

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7 2 5

i • . i •

i i.

7 2 6

- Turma um p o u c o .d i f í c i 1 de .controlar.

- Não são mal educados, são muito agitados. .

- Problemas com uma professora muito permissiva.

- Elevado número de participações disciplinares.

- Elevado número de repetentes (13/1*0

- TURMA UM POUCO INDISCIPLINADA

i----------- 1-----•----- fno mi

9 2 1

- Turma boa, sem problemas de comportamento.

Bom aproveitamento.

- TURMA DISCIPLINADA.»i ■ • . .

- - - .1--------- ----,------------- 1M O M C

Turma com bom comportamento.

TURMA RAZOAVELMENTE DISCIPLINADA

- 3 5 3 -

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92 2 (

- Tiirma muito passiva , 'pouco participativa, pouco

responsável'

- Rendimento relativamente baixo.

- Não são desrespeitadorés, são simpáticos. •

- Muito faladores, perturbadores, não são indisciplinados.

- NÃO É UMA TURMA INDISCIPLINADA.

I------------ 1------ — »M]> «I

92 ,3

- Turma muito agitada.- Bem educados, adolescentes "incríveis”,, muito vivos, brin

. calhões muito simpáticos

- Relação difícil com uma professora de certo modo, volúvel.

- Os alunos são muito unidos. .

- TURMA MEDIANAMENTE DISCIPLINADA

I----------- — ------------- 1

9 2 4

- Turmá barulhenta; conversadores.

- Instabilidade própria dos 15/16 anos. •

- Aproveitamento: apáticos, desinteressados, muito fracos

_ TURMA MEDIANAMENTE DISCIPLINADA.i

| 1I Mn

- 3 5 4 -

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92 6

- Alunos muito faladores.

- Faltam muito e chegam atrasados as aulas .

- Pais, de um modo geral, bastante .permissivos. •

- Alunos com grande dificuldade de concentração.

- Turma difícil . : •>- Crande heterogeneidade quanto.as idades.

- Alunos instáveis. ,

" só estudam na vespera dos • t e s t e s .

- Mais participativos nas actividades que os impliquem

di r e c t a m e n t e .

- TURMA TNDTSCTPI T N A D A .S

■ i ■«9

i i irix

9 2 7

- Turma pouco t r a b a l h a d o r a , demasiado faladores.

- TURMA MEDIANAMENTF DISCIPLINADA.

sI-------------1—

rtj>

.9 2 8 ...................................................

- Turma irrequieta.., ; • .

- Relação p r o b l e m á t i c a ;com.a .professora de Inglês. .

- TURMA MEDIANAMENTE DISCIPLINADA. ■

I-------- 1----- ;------- 1rtD At

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9 2 9

- Turma extremamente irrequieta, imatura, (desenvolvimento

psicológico idêntico ao dos alunos do 72 e 8 9 anos)

- Aproveitamento razoável.

- Problemas de relação com um professor inexperiente.

- Por vezes, uma certa confrontação com os adultos, reagem

negativamente sempre que alguém os contraria (mesmo com os*

c o l e g a s ). -

- A maioria é oriunda de meios rurais.

- São muito solidários.

- Estão numa situação de charneira, podem "descambar" para o

disparate,- se não.forem seguidos com prudência.

- T U R M A UM POUCO INDISCIPLINADA.

s

- 3 5 6 -

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.ANEXO XXIII

ANÁLISE EM COMPONENTES PRINCIPAIS - Bloco 1 /Alunos

("UNROTATEO LOADINCS")

ITEMS FAC 1 . - F.AÇ 2

21 . 667 -.18513 .640 -.43524 .621 .12222 .616 -.03 810 . 610 -.04419 .607 .1904 .596' - ■. . 3 0 026 .0169 .561 -.0268 .576 -.15414 .571 -.37 225' . 1- 6 S - - .11615 . 563 -.27320 . 560 -.03623 .558 .1713 .139 .08227 .525 .49917 . 521 -.42411 .520 .31512 .1-0 9 - • 2 ÓM18 .495 -.2015 .479 .22016 .477 -.394

7 .542 .54 51 .327 .464

. 315 .307

6 .470 -.135

EIGENVALUES 8.11c 2.124

FAC 3 FAC 4 FAC 5 .FAC. 6

-.090 .045 .010 -.166,- ..060 . -. Cl 6 .121 .127-.422' .061 -.166 ' .006-.279 .04 2 -.0 33 .-131.202 -.264 -.163 .323

-.182 .017 -.058 -.073.039 ■ ■ .012 -.294 ' 152

- . 32 2 .25 7 -.123 .015. 007 ' -.396 -.114 ‘ 171. 331 -.121 .075 -.199

- . 0S1 -.010 .277 . 279-.175 -. 0 0 4- -.197 . 0 *c 5.200 .111 -.144 .133

-.000 .219 -.135 -.247-.213 -.045 -.326 -.034. 14 6 .199 • o 9c -.313

- . 077 -.177 -.044 -.2 28-.059 .234 .053 .097.292 -.303 -.024 .248

-.190 .-.120' .287 • 14c.275 -.046 -.310 .122

-.206 -.133 .470 .135.312 .081 -.191 -.018

. 2.9 7 -.120 .0 99 .005

. 193 .355 -.170 .271

.306 .611 .096 .118

.352 .001 .117 -.438

1.459 1.165 1.130 1 . 032

- 3 5 7 -

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ANEXO XXIV

ANALISE EM COMPONENTES PRINCIPAIS - Bloco 1/ Professores("UNROTATED L O A D I N G S " )

ITÉMS rAC 1 z r ->- /A L. F A - 2

15 .747 - . 2o 2 .15513 .714 -.315 - . 13524 .713 - . 1 5 C - .1412u_ .054 .0_7 - .-5713 . 5 1 o -.0-7 .3703 . i 3 1 .101 .05 413 • í ó í . 3 J 2 . - . 12717 • 3 63 - . 5 v 5 * • ** ! j *4 . i 4 w .2312 . ~ 9 - .308 . C 7 5lo . ; 1 • '.27 1 .02 4ij .iOT _ -} ' z • ’ 5 ■9 .2 04 .058 .42 21* .49 5 .352 - . 16327 .49 3 .07 4 - . 2631 J • 44 _ _ *** \ 1 « ** r* **

9 . . ,7 7 -.528 -.1505 .40 4 .517 .15722 .29ü ■ . 4 j 6 • T ‘4

• V — 4

6 .0_2 • • • ♦3 .-53 .054 .487

23 . -92 .07 C - .35 014 .43 0 -.035 .1201 .,04 ,0_,7 .424

O V . *t 4 o -v • r• w ✓ V -.163

7 . -2 0 . 2 4 . 4 .

20 . _ 9 .23 5 .02,

:G2.\v a - L c S 7.^0- 2.2 JO 2.37:

"AC 4 rAC 5 FAC 6 r AC 7. FAC o

.017 -.091 -. 026 .175 -..77-.123 .100 .1-35 .081 • V ’J —-.313 .0.1 7 , - .015 .059 .ú?--.353 -.002 .ICO . .Oi. 0 55 3 -.031 '-.436 - .2CG .'.23.131 -.103 .210 -.224 - • 41 _.143 .224 - .345 .216 .153

.2 0 2 ' - .031 -.151 • v 1 .-.174 .062 -.015 - .2*9. ^ 1

.323 -.072 .453 -. 172 - .05-

.12 3 -.252 - .337 .264 -..•45- '9.4 -.031 - . 2 55 -.271 - , . h. lcl .127 ? 9 c - .428 /• - , w

-.003 -.21-3 t .176 - .4C1. • *?

.241 -.400 .194 - .057 -.005-l♦ - j • j -.270 . 12- .-.37

-.00 3 .312 .136 -.055-.273 .244 - .038 .27 5 , , • - . i-.014 .4 49 - . 0 93. .-.284 -.-30

-.172 .413 .21? .223 • V P w-.003 -.353 -.008 .164 • n • /

-.550 .102 - .017 • 0 2 ó • v* 7 .524 .245 .135 .361 -..27

-.434 -.213 .290 .12 6 - . ü ‘7 5

-.001 ■ -.613 .0 38 .074 " • V u i

.143 .009 .422 .123 .vO:

.254 .239 - . 107 .325 .42.

1.619 i . 2 “ 5 . 1.422 1.333 i . v 9 c

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ANEXO XXV

ANÁLISE EM COMPONENTES PRINCIPAIS - Bloco 2/ Alunos

("UNROTATED LOADINCS")

ITEMS . Fa C 1 F AC 2 FAC 3 FAC 4

13 .005 ' --.100 -.133 -.04 610 • b b 'ú - .21 0 . 170 -.14912 . 647 -. 1‘ 1 6 .10 9 - • 0 1 17 . o20 .003 -.437 .122y . 611 .140 ■ -.305 -.1908 . .501 .26 6 .175 .09911 r .> • . i 0 1 t• — ü , -.3736 • 3 i 1 .344 - . 204 -.0261 .56 0 -.402 . 339 -.12215 . 553 - . C ■ -) 5 . 249 -. 3S 44 . 551 ' -.04 7 .029 ’ .4 56''} . j a ^ -.206 -.069 .400

5 • 191 .303 . 211 .004

14 .470 -.075 -.436 -.0 24

2 • 40o .0 64 *

.371 .506

Ü E N V ALUES 4.245 1.202 • 1 . 1 1 1 1.0 3.4

- 3 5 9 -

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ANEXO XXVI

ANALISE EM COMPONENTES PRINCIPAIS - Bloco 2/Professores

Itens 1 o li

71J

li15-I3

9

4

56

1**

eiGUN*/ALUfcS

("UNROTATED LOADINGS")

FAC 1 FAC 2 FAC j

• u6_- . i v o• o 3 *» - . o u £ • 0 4 1• o 3 0 .370 * - . 34 7. SO j - . 1 : A - . C F G• ~ * • *T .9-6 -.42 4i J 0 . A o A .-34

• VI C: .3-5 • 4 2 4.337 • . 3 o 7 .451• *t 0 C -.0-4 ** • V * —.457 - .3<t9 .299

- . 5 Ç - . 34 1

.40- - . A O 5 .515

.141 .5J5 .051

.311 -.1-3 - .206♦

• ‘tww -.371 .0 25

h . 2^1 1 _C 1.448

r A C 4 FAC 5 FAC 6

- • 1 3 0 • L i 1 '-.230-.425 -.416 ..051.071 -.114 -.051

- . U T -.330 .031.05" .433 • 226.053 -.147 ' .242

-.2 20 — .140 -.349.151 . 159 .156

- . 3 _ 1 .100 .003- .166 .100 - .001

.4,10 -.056 - . 212

' .020 .177 - .078

.564 . 0 73 ■ . 0 74' .517 -.252 - .453

.210 -.153 .676

r.270 1.014 1.034

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ANEXO XXVII

ANALISE EM COMPONENTES PRINCIPAIS - Bloco 3/Alunos

. wv.\ ( "UNROT ATED LOADINGS'!)

Itens FAC I FAC 2 FAC 2 FAC 4- FAC 5'

13 ' .671 ' .027 .241 -.144 -.114A ■ .645 -.116 - . 199 ‘.173 - . 19 67 »621. ~ • 0 c- 3 - .031 . 195 -.2335 .600 -.163 - .109 .076 -.3712 . 5 7 9 ’ .262 -.235 .144 .06216 .566 -'.337 . 204 - . 20 6 .2391 .5 4 c .301 - . 4 3 2 1 -. Oc 1 . 1.196 .521 .000 '-.424 -.007 -.08115 ' . .513 -.010 •> C *■> -.223 -.10912 .466 -.421 .333 -.300 -.034

17 .232 .ú2c .049 -.077 • 4 j o3 .334 .536 - .130 .23 9 .07210 .278 .533 .353 .282 -.126

11 -.017 .251 , .57 6' .114 -.258iy -.017 . 4 i 4

-0.438 .044 .105.

13 -• ' .392 .138 -.094 -.5 41 -.0199 .467 -.344 .104 .501 .23214 .. 278 .170 .059 -.361' .2 31

8 .330 -.459 . 113 .24 0 .575

G E N VALUES 4.121 2.102 ' 1.538 1.192 1.066

- 3 6 1 -

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ANEXO XXVIII

ANÁLISE EM COMPONENTES PRINCIPAIS - Bloco 3/ Professores

("UNROTATED L O A D I N G S ” )

lI t ens FA'v i FAC 2 FAC . FAC A FíC 5 FAC 6

17

11

EI GEN VALUES

1* •-6-ltí

13 5 ‘lo .- 81.

14 •-70

12 • 1 -c‘ 0

o94 .QUO -.040 .03-6 -.371 .013.176 .024 -.244 .113 -.072

-.290 - . 52«< -.043 -.247 .0234-7 .222 -.253 .0 25 . 1 03

.ÍS4 -.218 -.242 -.120 .337 .3351 .327 .038 -.414 .032 .387 -.3259 ' ‘._07 ‘ -. 4 - 2 ' ‘ -.31.7 -.129 .112 -.21219 .430 .467 .073 . .019 -.031 -.0574 . .434 -.302 -*09Z < . 366 -. 261 . 223

.„37 .637 - . 055 . 322 -. 037 -. 099S _ 4 .06. . 200 .914 -. 339

.332 .510 .321 .147 ,.403 -.159

.340 -.411 .365 -.277 .246 -.033

.304 .130 -.556 -.469 .143 .137-.19V- .vO; . 4 ;• 2 .102 -.166

.27. .020 .477 -.520 -.129 .037

.490 .136 -.284 • .509 .069 .183

.13 2 -.:2 j -.l'-9 -.676 -.134

-.970 .231 .247 .057 .702

4.147 2.159 1.816 1.606 1.261 1.137

- 3 6 2 -

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79 ANO . (N*132) 99 ANO. (N=158)

ESCALA 1 2 3 4 1 2 3 ■ . 4

ITENS fo Z.,' fo ï fo Z fo Z fo Z fo Z fo Z fo Z

1 10- 14.1 13 10.2 50139.1 47 36.7 5 3.2 13 8.3 71 45.5 67 42.9

2 32 25.0 37 28.9 28 21.9 31 24.2 17 10Í9 W . 31.4 62 39.7 28 17.9

3 12 9.2 18 13.8 59 45.4 41 31.5 17 10.8 36 22.9 78 49.7 26' 16.6

4 10 7.8 20 15.6 44 34.4 54 52.2 15 9.6 23 14.6 62 39.5 57 36.3

5 16 12. B 22 17.6 4.5 36.0 42 33.6 12 7.8 '29 19.8 .70 45.5 43 27.9----------

6 2 1.6 28 21.7 55 42.6 44 34.1 14 8.9 57 36.3 73 46.5 13 8.3

7 14 10.8 7 5.4 23 17J 86 66.2 6 3.8 9 5.7 28 17.7 115 72.8

8 10 7.7 19 14.6 55 42.3 46 35.4 23 14.6 46 29.1 61 30.6 28 17.7

9 'll 8.3 27 20.5 73 55.3 21 15.9 6 3.8 41 25.9 95 60.1 16 10.1

10 5 3.8 14 10.6 66 50.0 *7 35.6 6 3.8 35 22.2 74 46.8 43 27.2

' 11 14 10.8 13 10.0 45 34.6 50 44.6 12 7.6 17 10.8 47 29.9 81 51.6

■ 12. 13 ■10.0 42 32.3 55 42.3 20 15.4 16 10.1 63 39.9 63 39.9 16 10.1

13 19 14.6 37 28.5 50 38.5 24 18.5 32. 20.3 63 39.9 51 32.3 12 7.6

14 29 22.1 48 36.6 43 32.8 11 8.4 50 31.6 67 42.4 *37 23.4 4 2.5

■ 15 ■37 28.0 43 32.6 37 29.0 15 11.4 43 27.4 69 43.9 42 26.8 3 1.9

- 16 17 12.9 54 40.9 51 36.6 V) 7.6 20 12.7 79 50,3 53 33,8 5 3.2

17 38 29.2 46 35,4 37 28.5 9 6.9 67 42.7 64 40.9 23' 14.6 3 1,9

18 7 5.3 35 26.5 62 47.0 28 21.2 14 8.9 5? 37.3 80 50.6 5 3.2

19 24 18.5 28 21.5 52 40.0 26 20.0 21 13.3 32 20.3 70 49.4 27 17.1

20 13 9.9 38 29.0 57 43.5 23 17.6 17 10.9 60 38.5 68 43.6 11 7.1

21 24 18.5 35 26.9 49 36.9 23 17-. 7 32' 20.4 64 40.8 53 33.8 8 5.1

'22 6 4.6 37 28.5 57 43.0 30 23.1 10 6.3 33 20.9 93 58.9 22 13.9

23 2-1 16.0 11 8.4 37 20.2 62 47.3 21 13.3 14 8.9 46 29'. 1 77 48.7

24 11 8.4 29 22.1 52 39.7 39. 29.0 1.0 6.3 30 19.0 74 46.8 44 27.0

25 13 9.9 19 14.5 57 43.5 ■ 42 32.1 9 5.1 •1*4Ll 13.9 00 50.6 48 30.4

26 17 13.0 18 13.7 -.51 38.9 45 34.4 10 6.4 42 26.9 78 49.7 27 17.2

' 27 9 6.9 20 15.4 41 31.5 60 46.2 8 5.1 9 5.7 ■ 66 41.0 75. 47.5---

- 3 6 4 -

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79 ANO - ACD (N=U6) ■ '79 ANO !ACI (N=16) j

ESCALA 1 2 ' 3 4 1 2 3 4

ITEMS Io X ' lo I lo X lo X- 1

lo X ■’ lo ' X lo ■ X , lo X I

1 16 14.2 12 10.6 44 38.9 41 36.3 2 13.3 ; 1 6.7 6 37.5 6 37.5

2 28 24.8 34 30.1 26 23.0 25 22.1 4 25.0 ' 3 18.0 2 12.5 6 37.5

3. 10 8.6 15 13.2 52 45.6 37 32.5 2 12.5 ■ 3* 18.0 7 43.8 4 25.0

4 6 5.4 17 15.2 40 35.7 49 43.8 4 25.0 ■ '3 18.8 4 25.0 5 31.3

5 14 12.7 19 17.3 '39 35.5 38 34.5 2 13.3 3 20.0 . 6 40.0 . 4 26.7

6 1 0.9 27 23.7 49 43.0 37 32.5 1 6.7 1 6.7 ■6 40.0 7 46.7

7 12 10.5 7 6.1 19 16.7 76 66.7 2 12.5 - - ■4 25.0 10 62.5

8 7--6.1 17 14,9 49 43.0 41 36.0 3 18.0 ? 12.5 6 37.5 5 31.3

9 7 6.0 23 19.8 .66 56.9 20 17.2 4 25.0 4 25.0 7 43.8 • i ■6.3

10 4 3.4 12 10.3 56 48.3 44 37.7 1 6,3 2" 12.5 10 62.5 3 -19.8

U 15 11-, 4 11 ’ 9.6 39 34.2 51 44.7 1 6.3 L 12'5 6 37.5 7 .43.0

12 9 7.9 38 33.3 48 42.1 ■ 19 16.7 4 25.0 4 25.0 7 43.8 1 6.3!

13 17 14.9 Y\ 28.9 42 36.8 n ■>Ll 19.3 Z 12.5 4 '25.0 ■8 50.0 2 ■12.5

• 14 21 18.3 43 37.4 41 35.7 10 8,7 E 30.0 5 .31,3 ■ 2 12.5 1 6.3

15 30 25.9 38 32.8 34 29.3 14 12.1 7 43.9 5- 31.5 • 3 18.0 i\

16 15 12.9 48 41.4 43 -37.1 10 8.6 2 12" .'5 6 37.5 8 50.0 -

17 32 28.1 38 33,3 35 30.7 0 7.9 6 37.5 8 50.0 2 12.5

! 187 6.0 29 25.0 57 49.1 23 19.8 -• 6 37.5 5 31.3 5-,31.3

19 20 17.4 26 22.6 45 39.1 24 20.9 4 25.0 2 12.5 ' 7 43.8 12.5

20 10 0.7 34 29.6 52' 45.2 19 16,5 3 '18,8 4 25.0 5 31.3 4; 25. oj

21 18 15.8 30 26.3 43' 37.7 23 20.2 6 37.5 5' 31.3 5 31.3 'j

22 4 3.5 32 28.1 5i 44.7 27 23.7 2 12.5 5 31.3 6 37.5 3 18.0

23 17 14.9 11 9.6 28 24.3 59 51.3 •4 25.0 • - - 9 56.3 3‘ 10.0

24 7 6.1 29 25.2 46 40.0 33 28.7 ’4 25.0 - - 6 37.5 6‘ 37.5

25 8 7.0 16 13.9 53 46.1 38 33.0 5 31.3 ' 3 18.0 ■ 4 25.0 4 25.0

26 14 12.2 13 11.3 46 40.0 42 36.5 3 18.8 5 31.3 5 3h 3 .% 18.9

27 8 7.0 17 14.9 35 30.7 54 47.4 1 6.3 3 18.8 . 6 37.5 6, 37.5

- 3 6 5 -

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99 ANO - ACD (N=134) \ 99 ANO -- A C I (N-24)

ESCALA 1 2 ■ 3 • 4 1 ' . 2 - 3 ■ 4

ITENS fo Z • lo ' Z -■ lo Z lo I : fo Z . fo Z fo Z ■ ‘fo Z

I 4 ' 3.0 9 6 .8 62 47.0 57- 4-3,2 1 4.2 ' 4 16.7 ? 37.5 10 49.7

2 14 10.6 43 32.6 50 -37.9 .25 18.9 3 12.5 6 .25.0 12 50.0 3 12,51

3 ‘ 10 7.5 33- 24.8 65 48.9 25 18.8 7 29.2 3 12,5 13 54.2 . 1 4.2

4 12 9.0 18 13.5 53 39.6 50 37.6 3 12.5 - 5 20 ,0 9 37.5 ' 7 29.2

' 5 9 6.9 ■24 18.5 60 46,2 37 28.5 3 12.5 '5 2 0 .8 10 41.7 ' 6 25.0

6 10 7.5 48' 36.1 62 46.6 13 9.8 4 16,7 . 9 37; 5 U 45.8 -

1 5 3.7 4 3.0 26 19.4 99 73.9 1 '4.2 5 2 0 .8 2 0.3 16 66.7

8 17 12.7 39 29.1 52 38.8 26 19.4 6 25.0 7 29.2 9 37.5 2 .0.3

9 4 3.0 34 25.4 81 60.4 15 11,2 2 8.3 7 29.2 14 58.3 1 4.21

10 •5 3,7 29 2 1 .6 61 45.5 39 29.1 1 4.2 6 25.0 13 54.2 4 16.7

11 7 5.2 14 10.4 41 30.6 ■72 53.7 5 21.7 3 13.0 6 26.1 9 39.il

' 12 .13 9.7 ■55 41.0 52 38.8 14 10.4 ■3 12.-5 8 33.3 11 45.8 2 8.3

13 27 20.1 56 41.8 40 29.9 11 8 .2 5 2 0 .8 7 29.2 11 45.8 1 4.2

- 14 41 30.6 57 42.5 33 24.6 3 2 .2 9 37; 5 10 41.7 4 16.7 1 4.2

15 ■ 38 28.4 55 41.0 38 28.4 3 2 ,2 5 21.7 14 60.9 4 17.4 -

16 17 12.8 65 48.9 46 34.6 5 3.8 3 12.5 14 58.3 7 29.2 - -

17 • 54 40.6 57 42.9 19 14.3 3 2,3 13 54.2 7 29.2 4 16.7 - -

10 11 8 .2 48 35.8 70 52.2 5 .3.7 3 12.5 .11 45.8 10 41.7 - -

19 16 11.9 29 2 1 .6 67 50.0 22 16.4 5 2 0 .8 3 12.5 11 45.8 5 2 0 .8

20 15 11.4 ■51 ■38.6 56 42.4 10 7.6 1 ■ 8.3 9- 37.5 12 50.0 1

21 25 18.8 55 41.4 45 33.3 8 6 .0 7 29.2 ■ ? 37.5 S 33.3 -

j 22 B 6.4 29 2 1 .6 79 59.0 18 13.4 n 8.3 4 16.7 14 ■58.3 4 16.7

23 16 11.9 12 9 i 0 39- 29.1 67 50.0 5 20 .8 2 0.3 7 29.2 10 41.7

24 10 7.5 24 17.9 63 47.0 37 27.6 - - 6 25.0 : 11 45.0 7 29.2

25 6' .4.5 18 13.4 70 52.2 40 29.9 2 8.3 4 16.7 10 41.7 8 33.3

26 9 6 .8 .36 27.1 65 48.9 23 17.3 1 4.2 6 25.0 13 54.2 4 14.7

27 ‘ 6 ■ 4.5 ï 5.2 61 45.5 .60 44:3 2 B.3 2 ■8.3 - 5 20 .0 15 62.5

- 3 6 6 -

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1 ■ - ACD (N=250> ACfw (N=40) !

ESCALA 1 2 3 4 1 2 3 4

ITEMS lo Z. . lo X lo X fo Z fo Z fo . Z fo Z fo Z ■

1 20 8.2 21 8.6 106 43.3 98 40.0 3 7.7 5 12,5 15 37.5 16 40.0

2 42 17.1 77 31.4 76 31.0 50 20.4 7 17.9 9.- 23.1 14 35.9 ■ 9 23.1

3 20 9.1 49 19.4 117 47.4 62 25.1 , 22.5 6' 15.0 20 50.0 5 12.5

4 18 7.3 35 14.3 93 38.0 99 40.4 7 17.5 0 20.0 13 32.5 12 30.0

5 23 9.6 43 17.9 99 41.3 75 31.3 5 12.8 8' 20.0 16 40.0 .10 25.6

6 U4.5 75 30.4 111 44.9 50 20.-2 5 :12.8 10 25.6 17 43.6 7 17.9

7 17 6.9 11 4.4 45 19.1 175 70.6 3 7.5 5- 12.5 ■6 15.0 26 65.0

8 24 9.7 56 22.6 101 40.7 67 27.0 ? 22.5 7 22.5 15 37.5 "7 17.5

? 11 4.4 57 22.8 147 58.0 3.3 14.0 A 15.0 11 27.5 21 52.5 2 5.0]

10 9 3.6 41 ■16.4 117 46.8 83 33,2 2 5.0 8. 20.0 ■23 57.5 7 17.51

11 20 8.1 25 10.1 80 32.3 123 49.6 6 15.4 5. 12.8 12 30.8 16 41.0

12 22' 8,9 93 37.5 100 40.3 33 13..il 7 17.5 12 30.0 18 4-5.0 31

7.5

13 44 17.7 99 35.9 82 -33.1 33 13.3 7 17.5 11 27.5 1? 47; 5 * .3 7.5

14 62 24.9 100 40.2 74 29.7 13 5.2 17 42.5 15 37.5 6 15.0 2 ■5.0

15 68 27.2 93 37.2 72 28.3 17 6.9 12 30.8 1?.-49.7 ■7 17.9 . 1

16 32 12.9 113 45.4 89 35.7 15 6.05■12.5 20 50.0 15 37.5 -

17 86 34.8 95 38.5 54 21.9 12 4,9 19 47.5 •13 37.5 6. 15.0 . -

18 19 ; 7.2 77 30.8 127 50.8 28 11.2 3- 7.5 17_ 42.5 *15 37.5 ï 12,5

1? 36 14.5 55 22.1 112 45.0 18.5! 9 23.1 '■ 5-- 12.8 18 46.2 7 '17.9

20 25 10.1 85 34.4 109 43.7 2? 11.7 5 12 ; 5V

13 32.5 -17 42.'5 5 '12.5

21 43 17.4 85 34.4 80 35.6 31 12.6 13- 32.5 > 35.0 13 32,5 . -..

22 12 4.9 61 24.6 130 52.4 45 18.1 4 10.0 ' .9- 22.'5 20. 50.0 7 17.5

23 33 13.3 23 9.2 :67 26.9 126 50.6 ? 22.5 2 -'5.0 16 40.0 13 32.5|

24 17 -6.8 '53 21.3 109 43.8 70 20.1 ' 4 10.0 6- 15.0 17 42.5 Í3" "í

25 14 5.6 34 13.7 123 49.4 78 31.3 7 17,5 7 17.5 14 35.0 12 30.0

1 26 23 9,3 49 19. B 111- 44;8 65 26.2 4 10.0 11 27.5 18 45.0 , 7 17.5

27 14 5.6 24 .9.7 96- 38.7 114 46.0 3 7.5 5- 12.5 11 27.5 21 52.5

- 3 6 7 -

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ESCALA

PROFESSORES

1 2 3 4

ITEMS fo 7. f o 7. fo 7. fo 7.

1 - - 5 9. 1 33 60.0 17 30.9

2 5 8.8 21 36.8 24 42. 1 7 12.3

3 3 5.3 12 21 . 1 31 54 . 4 11 19. 3

4 1 i . 7 9 15. 5 19 32.8 29 50.0

5 2 3.4 12 20. 7 31 53. 4 13 22.4

6 1 1.7 22 37.9 33 56.9 2 3.4

7 - - - - 10 17.2 48 82.8

B 1 1.8 5 8.8 39 68.4 12 21 . 1

9 - - 7 12.1 40 69.0 11 19.0

10 - - 4 6.9 42 72. 4 12 20.7

11 1 1 . 7 2 3.4 16 27 .6 39 67.2

12 - - 11 19.0 ‘38 65. 5 9 15.5

13 2 3.4 17 29 . 3 34' 58.6 5 8.6

14 6 10. 5 28 49. 1 22 38.6' 1 1.8

15 2 3.5 17 29.8 35 61 . 4 3 5.3

16 1 1.7 21 36.2 36 62. 1- - -

17 20 35. 1 27 47 . 4 9 15.8 1 1.8

18 1 1.7 7 12.1 45 77.6 5 8.6

19 3 5.3 21 36.8 29 50.9 4 7.0

20 2 3.4 28 48.3 26 . 44.8 2 3.4

21 4 6.9 26 44 . 8 27 46.6 1 1 . 7

22 - - 2 3.4 40 69.0 16 27.6

23 2 3.5 5 8.8 31 54 . 4 19 33.3

24 - - 5 8.6 32 55. 2 21 36.2

25 - - 4 6.9 18 31 .0 36 62. 1

26 - - 7 12. 1 40 69.0 11 19.0

27 - - 3 5.2 20 34. 5 35 60.3

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ANEXO XXX

Tabelas de frequência dos itens do Bloco 2

- 3 6 9 - ,

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ESCALA

79 ANO (N=132) 99 ANO (N=15B)

1 2 3 4 ‘l 1 ' 3 4

ITENS. fo . Z fo ï fo Z fo Z fo Z fo Z fo Z fo Z

1 14 10.6 15 11.4 36 27.3 67 50.8 21 13.3 28 '17.7 72 45.6 37 23.4

2 15 11.5 16 12.2 40 30.5 60 45.5 10' 6.3 30 19.0 63 39.9 55 34.0

3 15 11.5 14 10.7 33 25.2 69 52.7 24 15.2 31 19.6 53 33.5 50 31.6

4 10 7.6 12 9.1 45 34.1 65 49.2 13 CO N) 18 11.4 63 39.9 64 40.5

5 24 18.5 26 20.0 44 33.8 36 27.7 7 4.5 21 13.5 75 48.1 53 34.0

]b '6 4.5 14 10.6 58 43.9 54 40.9 10 6.4 15 9.6 57 36.3 75 47.8

1 6 4.5 12 9.1 39 29.5 75 56.8 13 0.2 8 5.1 51 32.3 86 54.4

B 10. 7.6 11 8.4 44 33.6 66 50.4 7' 4.5 11 7.0 54 34.4 86 54.8

. 9 10 .7.6 7 5.3 50 38.2 64 48.9 11 7.0 13 8.3 43 27.4 90 57.3

10 6 4.6 3 2.3 30 22.9 92 70.2 8 5.1 6 3.8 46 29.3 97 61.8

11 . 12. 9.2 13 9.9 38 29.0 68 51.9 7 4.4 6 3.8 19 12.0 126 79.7

. 12 .4 .4.5 7 .5.3 18 13.6 101 76.5 4 2.5 7 4.4 48 30.4 -o -O 62.7

. 13 10 7.6 4 3.0 27 20.5 91 68.9 5 3.2 9 5.7 '51 32.3 93 50.9

14 4 3.0 6 . 4.5 41 31.1 81 61.4 6 3.8 ■ 6 3.8 61 38.6 85 53.8

15 13 9.9 11 8.4 .39 29.8 .68 51.9 13 0.2 20 12.7 76 48.1 49 31.0

- 370 _

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79 ANO - ACD (N=U6) ; 79 ANO - AC I N=16)

ESCALA 1 2 ’ 3 4 • 1 2 3 - 4 ■

ITENS To X : To X To X To X ' To" X To X To --X To X

1 ' 10 8.6 14' 12.1 ■j-j 28.4 59 50.9 " 4 25". 0 1 6;3 - 3 18.8 8 50.0

2 12 10.4 15 13.0 36 31.3 52 45.2 3" 18.8 1 6.3 4 25.0 8- 50.0

3 13 '11.3 i? 11.3 28 24.3 61 53.0 2 12.5 r 6."5 '5 31.-3 3 50.0

4 9 7.8 11 . 9.5 41 35.3 55 47.4 ■1 .6.3 1 6.3 ' 4 25.0 10 62.5

5 22 19.1 2i :18.3 41 35.7 31 27.0 2 1-3.3 5“33.3 '3‘.20.0 - 5 33.3

6 5 4.3 12 10.3 54 46.6 45 38.8 L 6.3 2 12.5 4 25.0 9 56.3

7 6 5.2 9 7.8 33 28.4 68 58.6 - - 3 10.B ■6 37.5 43.0

e 8 7.0 11 9.6 39 33.9 57 '49.6 2 12.5 - • - •5 31.5 Q 56.5

? 10 8.7 4 3.5 46 40.0 55 47.8 - - 3 18.8 4 25.0 .9 56.3

10 6 5.2 3 2.6 25 21.7 81 70.4 - - -• - 5 31.3 11 6 8 ,8"

il 11 9.6 12 10.4 29 25.2 63 54.8 1 6 ."3 ■1 6.-3 ‘■9 56.3 -• 5- 31.5

12 5 4.3 5 4.3 17 14.7 8? 76.7 1 6.-3 2 12.5 : 1 6.3 12 75.0

13 8 6.9 7■1 2 .6 24 20.7 81 69.8 " 2 12.5 1- 6.3 '■ -3 18.0 10 62.5

14 4 3.4 5 4.-3. 36 31.0 71 61.2 . - [ 1 6;3 5 31.3- 10 62.5

15 11 9.6 9 7.8 -36 31.3 59- 51:3 2 12.5 2 12.5 • 3 18.8 - 91

* 1

- 3 7 1 -

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99 ANO --ACD |N=134) 99 ANO - ACI (N=24).

ESCALA 1 . 2 3 4 1 » 2 ■ 3 4

ITEMS ' "ï fo X lo X fo X fo Z fo X fo Z ' fo Z

1 19 14,2 '26 19.4 60 44.8 ■ 29. 21.6 ■ 2 8.3 - 2- CD -12 50.0 ■ 8 33.3

. . 2 . ■■ 9 -6.-7 ■ 28 20.9 ■48 35.8 4? -36.6 -1 4.2 2 8.3 45 62.5 . 6 25.0

. 3 19 14.2 27 20.1 46 34.3 42 31.3 5 20.8 4 16.7 '7 29,2 8 33.3

" 4 13 9.7 13 9.7 55 41.0 •53. 39.6 - 5 20.-8 ■9 33.3 11 45.8

: 5 7 5.-3 15 11.4 66 50.0 ■44 33.3 - - - 6 25.0 37.5 9 37.5------

6 10 7.5 11 9.5 52 39.1 60 45.1 - - 1 16.7 5 20.0 15 62.5

7 '11 8.2 '5 3.7 42 31.3 76 56.7 2 8.3 3 12.5 '9 37.5 .10 41.7

...g.’ 7 5.-2 10 7.5 43 35'. 8 4?. 51 ; 5 - 1 4i2 6 25.-0 17 70.8

- 9 - ÍO 7.5 12 -9.0 34 25-4 79 58.2 - 1 4.5 1 .4.3 9 39.1 12 52.2

10 . 0 6.0 4 3.0 40 30.1 31: 60.7 - - 2_ 8.3 6 25.0 16 66.7

■ il: 7 5.2 5 3.7 14 10.4 108 80.6 -• 1 4.2 5 20.8 18 75.0]

-•’12 ' 4 3.0 ■7 5.2 44 32.8 ■79' 59.0 ' - -■ - • .4 16.7 ■20 33.3

13 ■ tt'

3.0 -7 ■ 5.2 4.4 32.8 79 57.-0 ■ 1 •4.2 2 ■6.3 . 7 29,2 14 -59.3

I H4 3.0 4 ' 3.0 52 38!8 74 55.2 2 8.3 2 8.3 .?■ 37.5 11 45.6

15 13 9.7 17 12.7 61 '45.5 43 32.1 - - 3 12.5 15 62,5 ■6 25.8

“ 3 7 2 -

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ACD (N = 250) ACI (N » AO)

ITEMS

1 2 3 A 1 2 3 A

f0

% f0

% f0 % f0 % f0 % fo % f0 % f0 %

1 29 11.6 AO 16.0 93 37.2 88 35.2 6 15.0 3 7.5 15 37.5 16 AO.O

2 21 8.A A3 17.3 8A 33.7 101 AO.6 A 10.0 3 7.5 19 A7.5 IA 35.0

3 32 12.9 AO 16.1 .7 A 29.7 103 Al.A ,7 17.5- - 5 12.5 12 30.0 16 AO.O

A 22 8.8 2A 9.6 96 38.A 108 A3.2- 1 2.5 6 15.0 12 30.Ó 21 52.5

5 29 11.7 36 1A.6 107 A3.3 75 30.A 2 5.1 11 28.2 12 30.8 IA 35.9

6 15 6.0 23 9.2 106 A2.6 105 A2.2 r 2.5 6 15.0 9 22.: 5 2A 60.0

7 IA 5.6 22 :8.8 75 30.0 139 55.6 2 5.0. 6 15.0 15 37.5 17 A2.5

8 19 7.6 16 6.A 81 32.5 133 53.A 2 5.0 1 2.5 11 27.5 26 65.0

9 17 6.8 IA 5.6 9A 37.8 12A A9.8. .1. 2.6 A 10.3 13 33.3 21 53.8

10 16 6.A 15 6.0 59 •23.7 159 63.9 - - - •2 5.0 U 27.5 27 67. 5

U 19 7.7 16 6.5 69 27.8 1AA 58.1 .1 2.5 2 5.0 IA 35.0 23 57.5

12 12 A.8 10 A.O 31 12.A 197 78.8 1 2.5 2 5.Ò 5' 12.5, 32 80.0

13 12 A.8 10 A.O 68 27.2 160 6A.0 3 7.5 3 7.5 10 25.0 2A 60.0

IA 8 3.2 9 3.6 88 35.2 1A5 58.0 2 5.0 3 7.5 IA 35.0' 21 52.5

15•

2A 9.6 26 10.A 97 39-0 102 Al .0 2 5.0 5 L2.5 18 A5.0 15 37.5

“ 3 7 3 -

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PROFESSORES (^ = 3*3)

1 2 3 4

ITEMS f0 % • fo % f0 % f0 %

X 1 1 . 7 1 1.7 25 43.1 31 53.4

2 - - 2 3 . 4 21 36.2 35 60.3

3 13 22.4 15 25.9 22 37.9 8 13.8

4 - - 4 6.9 35 60.3 19 32.8

5 • - - 7 12.1 36 62.1 15 25.9

6 1 1.7 - • 21 36. 2 35 60.3

’ 7 " - 14 24. 1 34 58.6 10 17.2

6 - - 1 1.7 24 41.4 33 56.9

S - - 4 6.9 27 46.6 27 46.6

10 - - - - 28 48.3 30 51.7

11 2 3.4 8 13.8 20 34.5 28 48. 3

12 - - 5 8.6 21 36.2 32 55.2

13 - - - - 15 25.9 43 74. 1

14 - - 3 5. 2 26 44.8 29 50.0

15 - - 5 8.6 26 44.8 27 46.6

- 3 7 4 -

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Tabelas de frequência dos itens do Bloco 3

a n e x o XXXI ,

- 3 7 5 -

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79 ANO' (N-132) | 98 ANO (N=i50)

ESCALA S 1 2 3 '' 4 } 1í

. 2 ' 3 ! -4 ■]

ITENS 1 f0 X To ï1

f0 X fo X j fo X fo X fo X fo■ í

1 j 13 11.4 23 17.4...54 40.9 40 30.-ï! 28

■ 1 17,7 54 34,2 61 38.6 15

2 1 13 íll.4 1 ••

ix 17.4 54 40.9 40 30.5 27- 17.1 59-

37.3 50 31.6 22 13. ?| --- i

1 3 j '9 1 ' !

6.1 17 13.0 54 41.2 52 59.ï| 11 7.0 2? ! 18.5175- 47.8 42 24.3

í------ 1--- 14 32 24.2 2? 22.0 3a 28.8 ~>A 25.0 47 29.? 59 jò7.6 34 21.7 17 1*0,8|

5 b !

23.7 32 24.4 39 29.9 2?' 22.1 49 30.4 72 *45.6 .....___ 1

35 22.2 - i.?

6 1 9

30.0 22 16.9 51 39.2 18 15.8 67 42.4 u 40.5 20 12.7 T/ 4.4

• 7 22 16.7 23 18.9 53 40.2 32 24,2 » 12.75 3

3Ï.8 61 38.9 23 14.6|

B 1 4 534,? 33 27.1 23 21.7 21

16' Í 7 3

49,4 36 22.5 2 : 15.9 19 1-2, oj

9 § 48 36.9 42 32.3 25 19.2 1 : 1 11.5j 63 40.1 33‘ 36,9 31 17.7 5

M

1°. 1 ? 7.Í 16 12.6 52 40.9 50 39.4 6 318 í4.

9,? 71 45.2 66 í;,ííS1

11 S 20i

13.4 1? 14,651

39.2 40 ■30.8 9 ?

5.7 14 0.7

51.0

59

55

37.3

22.6

76

■22

49.í:

»■,'!12 f jj 4? |37.4ií 2 ' 1 '

"7.

24.4 u 27.5 ■J 10.50 3 2.3 48

#

i - 13 » 11.5 31 23.7 44 33.6 41 i-31.il 151 - 59.5 46 29.1 ?4

• 46.9 •> ■*

t-— :— ! 14 •32 24.4 26 19.8 48 36.6 25 jí9.l| 29' 19.5 45 j25.7 63 40. í ’20 7 Ï1 J./k

! .15. 26 21.2 34 23.8 49 37. í 21' li?.?! 25- "! ji

15.91íi •!2S.? 1

50 36.9 2? 18,5 Ü Î

jj 16 ! 32 ü í

24,6 24 18.5 36 27.7 591 n ??.’Ü 7A■ \ "

22.3| 54 !21.5 : ! í

50 36.7 30 i - 4 ---■»

1------ R—17 16

í 512.2 20 15.3 51 33.9 44 33.á! 16 ílO.l! 51 I19.6

! t í -i54 34.2 57 3 4 . i |

cr*

CD 14 . 4 26 19,7 4? 37.1 33 28.9| 20 12,7 20 1 7 , 7 73 49.4 \ 7

r ' ?

1 1 9 l i :

9,2 15 11.5 3? 29.8 65 49.6 4 2.5 .10 6 . 3 56 35,4 80 1*5 ? . 7 ; 1 —

- 3 7 6 -

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79 ANO r ACD ( N = 1 1 6 ) . .79 ANO - ACI (N=161 ■ j

ESCALA 1 2 3 4 1 2 3 4

ITENS f© Z To Z To Z To Z To Z To Z To Z To Z ,

1 11 9 . 5 21 18.1 48 41 . 4 36 3 1 . 0 4 2 5 . 0 ' 2 Í 2 ; 5 6 3 7 . 5 4 2 5 . 0

2 12 10 . 3 21 18 . 1 49 4 2 . 2 34 2 9 . 3 3 18 . 0 2 12 . 5 5 3 1 . 3 6 3 7 . 5

3 6 5 . 2 14 1 2 . 2 48 4 1 . 7 47 40 . 9 2 12 . 5 3 18 . 3 6 3 7 . 5 5 3 1 . 3

4 26 2 2 . 4 27 2 3 . 3 34 2 9 . 3 ' 29 2 5 . 0 6 37' . 5 2 12 . 5 4 2 5 . 0 4 2 5 . 0

5 25 2 1 . 7 28_ 2 4 . 3 34 2 9 . 6 28 24 . 3 6 3 7 . 5 4 25 . 0 5 3 1 . 3 1M

6 34 2 9 . 8 20 17 . 5 42 3 6 . 8 18 15. S 5 ' 3 1 . 3 2 12 . 5 9 5 6 . 3 - -

! 717 14 . 7 24 2 0 . 7 47 4 0 , 5 20 24 . 1 5 31 . 3 í 6 . 3 6 3 7 . 5 4 2 5 . 0

I

8 40 3 5 . 4 32 2 8 . 3 21 1 8 . 6 20 17 . 7 5 3 1 . 3 3 18 . 8 7 4 3 . 8 1 6 . 3

9 42 3 6 . 5 37 3 2 . 2 23 2 0 . 0 13 11 . 3 6 40 . 0 5 3 3 . 3 2 1 3 . 3 ■2 13. '3

10 7 6 . 3 16 1 4 . 3 43 3 8 . 4 46 41 . 1 2 13 . 3 - - 9 6 0 . 0 4 2 6 : 7

11 16 13 . 9 16 13 . 9 47 4 0 . 9 36 3 1 . 3 4 26 . 7 3 2 0 . 0 4 2 6 . 7 4 2 6 . 7

12 42 3 6 . 5 28 2 4 . 3 32 2 7 . 8 13 11 . 3 t 4 3 . 3 4 2 5 . 0 4 2 5 . 0 1 6 . >|

13 10 8 . 7 27 2 3 . 5 40 3 4 . 3 38 3 3 . 0 5 3 1 . 3 4 2 5 . 0 4 2 5 . 0 3 1 3 . 8

14 29 2 5 . 2 23 2 0 . 0 44 3 8 . 3 19 16 . 5 3 1878 , 7 1 8 . 8 4 2 5 . 0 6 3 7 . 5

15 24 2 0 . 7 31 26 . 7 43 3 7 . 1 18 1 5 . 5 4 25' . 0. 3 10 . 0 , 6 37 . ‘ 5 ‘ '3 1 8 . 0 !

16 29 2 5 . 4 21 18 . 4 30 2 6 . 3 34 2 9 . 8 3 . i s ; s 3 18 . 0 6 3 7 . 5 4 25.-0

.17 14 1 2 . 2 18 15 . 7 44 3 8 , 3 39 3 3 . 9 L 12 . 5 ' 2 12 . 5 ■ 7 4 3 . 8 •5 31.-3

18 16 1 3 . 8 20 17 . 2 44 3 7 . 9 36 3 1 . 0 3 1 8 . 8 6 ' 3 7 . 5í

5 31 ; 3 1 2 . 5

19 9 7 . 8 13 11 . 2 36 3 1 , 0 50 50 . 0 3 20 .0 L 13 . 3 ' 3 2 0 .0 7 4 6 . 7 j

- 3 7 7 -

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99 ANO .-'ACD (N=134) 99 ANO.- AC I (N-24)

ESCALA 1 2 3 4 1 2 3 4 ■ ■

ITEMS fo Z . fo Z fo Z fo1

.0 z fo Z fo Z fo Z

1 21 ,15.7 43 32.1 56 ■41.8 14 10.4 7 29.2 ■11 45.8 5 20 .0 1 4.2

2 23 17.2 49 36.6 43 32.1 19 14.2 4 16.7 10 41.7 7 29.2 3 12.5

3 9 6 .0 25 1B.8 66 49.6 33 24.8 2 8.3 : * 16.7 9 37.5 ? 37,5

' 4 34 25.6 53 39.8 32 24.1 14 10.5 13 54.2 6 25.0 ,2 8.3 3 12.5

5 40 29.7 61 45.5 30 22.4 3 2 .2 8 33.3 11 45.8 5 20 .8 - -

■ 6 53 39.6 57 42.5 19 14.2 5 3.7 14 50.3 7 29.2 1 4.2 2 8.3

7 16 12 .0 44 33.1 55 41.4 13 13,5 4 16.7 9 37.5 6 25.0 3 20.3

8 66 49.3 31 23.1 22 16.4 15 n . n 50.0 5 20 .8 3 12.5 4 16.7

9 54 40.6 48 36.1 26 ■19.5 5 3,3 9 37.5 1 0 .41.7 5 20 .8 -

10 5 3.8 . 13 9.8 60 45.1 55 4.1.4 í 4.2 1 4.2 11 45.0 11 45.0

11 /. 5.2 11 8 .2 57 42.5 59 44.0 2 8.5 3 12.5 2. 8.3 17 70.8

12 ■ 41 31.1 42 31.8 33 25.0 16 12.1 9 39.1 6 26.1 2 0.7 6 26.1

13 13 9.7 35 26.1 65 48.5 21 15,7I 2 8,3 11 45.B 9 37.5 2 ■8.3

14 22 .16.5 38 28.6 55 41.4 18 ■13. öl 7 27.2 7 29.2 8 33.3 2 8.3

.15 22 16.4 39 29.1 4? 36.6 24 17.9 3 13.0 6 26.1 9 39.1 5 21.7

: 16 27 20.1 30 22.4 51 38.1 26 19.4 9 37.5 .4 16.7 7 29.2 4 16.7

17 15 11,2 26 19.4 45 33.6 48- 35.8 1 4.2 5 20.8 9 37.5 9 37.. 5

18 17 12.7 20 14.9 67 50.0 50- 22.4 3 12,5 8 33.3 11 45.8 2 8.3

19 4 3.0 . 6 4.5 51 38.1 73 54 . 5 - - 4 16.7 5 20.8 15 62 , s i

- 3 7 8 -

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ESCALA

ACD ' (N=250) j ■ ACI (N=40)

* ' . 2 3 4 1 2 3 4

ITEMS ■ f© Z ío ï • fo Z fo Z -j fo Z fo Z fo Z * fo z-

* 32 12.8 64 25.6 104 41,6 50 20.Os 11 27.5 1.3 32.5 11 -27.5 5 Í2.5|

35 14.0 70 28.0 92 36.8 53 21.2 7 17.5 12 ■30.0 12 30.0 9 22.5

15 6.0 39 15.7 114 46.0 80 3 2.3J 4 i o . o 1 17.5 15 37.5 14 35.0

4 60 24.1 80 32.1 66 26.5 43 17.íj 19 47.5 8 20.0 6 15.0 7 17.5

5 65 26.1 89- 35.7 64 25,7 31 12.4Í 14 35.0 15 37.5 10 25.0 1 2.5

6.

97 35.1 77 31.0 61 24.6 ? V 9.3 19 47.5 -9 22.5 10 25,0 2 5,0|\. .. ....

7 33 •13.3 68 27.3 102 41.0 46 19.5 9 22.5 10 25.0 12 30.0 9 22.5

106 42.9 63 25.5 43 17.4 35 14.2 17 42.5 ■ 8 20.0 10 25.0 5 12.5

9 96 38.7 85 34.3 4? 19.8 19 7.3 15' 39.5 15 38.5 7 17.9 ? 5.1

10 12 4.9 29 11.0 103 42.0 101 41.2 3 7,7 1 ■2.6 20 51.3 15 38.5

11 23 9.2 27 10.8 104 41.9 95 38,2 6 ■15.4 6 15.4 6 15.4 21 53'. 8

12 83 33.6 70 28.3 65 26.3 2? 11.71 ió- 41.0 10 25.6 6 15.4 7 17.9

13 23 9.2 62 24.9 105 42.2 59' 23.7 i 17.3 15 37.5 13 32.5 5 Í2-. 5

14 51 2 0 .6 61 24.6 99 39.9 37 14.9 10 25.0 10 25,0 12. 30.0 8 20 .0

15 46 18.4 70 28.0 92 36.8 42- 16.6 7 17.9 9 23.1 15 38.5 8 20.5

16 52 22 .6 51 2 0 .6 81 32.7 60 24.2 12' 30.0 7 17,5 13 32.5 ‘ 8 2 0 .0

17 29 11 .6 44 17.7 89 35.7 87 34.9 3 7.5 V 17.5 .16 40.0 ■ 14 35.0

IB 33 13.2 40 16.0 111 44.4 66 26.4 ' 6 15.0 14 35.0 16 40.0 4 10.0

19 13 5.2 19 7.6 87 34.8 13,1 52.,3 ‘

7.7 6- 15.4 8 20.5 22 56.4

- 3 7 9 »

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-/

PROFESSORES

ESCALA 1 2 3 4

ITEMS • fo */. f O ; •/. fo 7. f o 7.

' 1 1 1 .8 11' ' 19.3 26 45.6 19 33.3

2 1 1 . 7 27 46.6 25 43. 1 5 8.6

3 - - .4 6.9 37 63.8 17 29.3

4 10 17.5 35 61 . 4 11 19.3 1 1 . 7

5 * 3 5.2 15 25.9 28 48.3 12 20.7

6 6 10.3 33 56.9 16 27.6 3 5.2

7 - B 13.8 29 50.0 21 36.2

8 30 51 .7 22 37.9 6 10.3 - -

9 17.2 32 55.2 16 27.6 - -

10 • - - 10 19.3 24 42. 1 22 38.6

11 2 3.5 12 21 . 1 34 59.6 9 15.8

12 42 72.4 1.6 27.6 - - - -

13 ' 1 1.7 12 20.7 36 63-. 2 8 14.0

14 6 10.3 22 37.9 24 41 . 4 6 10.3

15- ; , 7 12.1 44 75 . 9 7 12. 1 - -

■ ■ 16 26 46.4 21 37 . 5 8 14-. 3 1 1.8

17 2 3.4 19 ‘32.8 33 56.9 4 6.9

18 1 1 . 7 1.0, 17.2 39 67 . 2 8 13.8

19 - - 3 5 . 3 30 52.6 24 42.1

- 3 8 o -

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1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

ANEXO XXXII

7.2 ANO - ACD/ ACI - BLOCO 1

Valor x

0 . 264-

2.799

0.786

8.015 '

0.378

5.447'

1.620

. 3.144

7.760

2.375

0.507

• 5.405

1 .115

5.562

2.593

2.042

4.424

3.167

1.714

. 2.737

7.096

2.823

10.652

9.451

10.406'

6 . 1 0 2

0.648

N.S.

N.S.

N.S. -

Signif para p < 0 . 0 5

N.S.

N.S.

N.S.

N.S.

■N -s - ;N.S.

N.S.

N.S.

N.S.

N.S.

N.S.

U.S.

N.S.

N.S.

N.S.

N.S. i' *

N.S. -

N..S.

Signif: para p < 0 . 0 5

" para p c 0 . 0 1

" para p ( 0 . 0 5

N.S.

N.S.

- 3 8 1 -

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I LI

1

2

3

4

5

6

1

8

9

10

11

12

13

14

15

ANÈXO XXXIII

1 S ANO ÄCD / AC! - BLOCO 2

Valor X 2

4. 47 N . S ..

1.632 N.S.

0.644 N .S ..

1.295 N.S.

2.904 N.S.

2.712 N.S.

3.633 N.S.

2.250 N.S.

8.554 Signif p C O . 05

1.813 * N.S.

6.578 N.S.

2.629 N.S.

1.341 N.S.

0.672 N.S..

1.297 - N.S.

- 3 3 2 -

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, ANEXO . XXXIV

72 Ano - ACD / ACI -..Bloco 3

2Items Valor x

'l - • 3.453 N.S

2 - ' 1.854 N.S

3 - - * 2.0 77 N.S

4 - 2.154 N.S

5 - 3.568 N.S

6 - 4.094 N.S

7 - 3.907 N.S

6 - 5.760 N.S

9 - - 0.403 . N.S

10 - 5.285 • N.S

11 -■ 2.514 N.S

12 - ■ 0.575 ■ N.S

13 - 7.571. N.S

14 - 4.165 N.S

15 - 0.563 N.S

16 - 1.001 N.S

17 - 0.231 N.S

18 - 5.017 N.S

19 - 2.798 N.S

-383-

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ANEXO XXXV.

9 2 ANO - :ACD/ACI - : BUOCO 1

12

3

4

5

6

7

8 9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

ITEMS Valor x

2.856

1 .'658

12.885

1.423

1.046

4. 268

12.946

3:536

2.654

1:596

8.072

0.803

2.867

1.156

3.467

1.442

2.431

2.314

2.355

0. 780

2.592

0.575

1.510

2.354

1.281

0.368

5.260

N.S.

N.S.

si gni f . pã

N.S.

NiS.

N.S.

s i g n i f . pâ

N.S.

N.S.

N.S.

signif. pâ

N.S.

N.S.

n :s .

N.S.

N.S.

N.S.

N.S.

N.S.

N.S.

N.S.

N.S.

N.S.

N.S.

N.S.

N.S.

N.S.

- 3 8 4 -

p < 0 .0 1 ,

II

p < 0 . 0 1

p < 0.05

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ANEXO XXXVI

12

3

4

5

6

-7

8 ' 9

10i11

12

13

14.

15

ITEMS

95 ANO - A'CD/AGI - BLOCO 2

Valor x 2

3.241 N.S

6.317 N.S

0.907 N.S

5.044 N.S

4.842 N.S

6.459 N.S

4.177 N.S

3.668 N.S

2.256 N.S

3.714. N.S

3.170 . N.S

0.522 . N.S

0.522 N.S

3.409. N.S

3.879 N.S

- 3 8 5 -

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2Items Valor x

1 ■ - ■ 6.378 .. N.S. .

2 - 0.241 . N.S.

3 - 1.970 N.S.

if - 9.144 Signif. p3 p < 0 . 0 5

5 -- 0.64.1 N.S.

6 * 5.177 N.S.

7 : 2.600 . N.S.

8 - 0.754 N.S.

9 - 1.139, N.S.

10 - 0.825 N.S.

1 1 - 10.186 Signif. p5 p 40.02

1 2 - 5.600 N.S. _

13 ■ ' - 4.037 , N.S. ,

14 • - 2.515 N.S. .

15 - 0.393 . . N.S. .

16 ■! ; 3.518 N.S.

17 ■ ■ - 1.12-1-.. N.S.

18 - 5.949- N.S.

19 ; • - 7.434 N.S.

ANEXO XXXVII

95 Ano - ACD / ACI - Bloco 3

- 3 8 6 -

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ITE

1

2

3

4

3

6

7

89

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

ANEXO XXXVÍII

72 ANO / 92 ANO - BLOCO 1

Valor x 2

- 11.856 S i g n i f . P9 p < 0 . 0 1

- 16.665 ii II p < 0 . 0 0 1

- 10.407 ■ M II p <0.05

- 1.407 N.S.

- 4.008 N.S.

- 35.888 Signif. P9 p < 0 . 0 0 1

- 5. 454:; N.S.

- 18.478 Signif. P “ p < 0 . 0 0 1

- 5.624' N.S.

- ' 7.455' N.S.

- • 2.014 ' ■ N.S.

- : ’ 2.801 N.S.

- 11.470 S i g n i f . P9 p < 0 . 0 1

- 1 0 . 0 0 2 Tl ii p < 0.05

- 12.735 II ii p < 0 . 0 1

- 4.519 N.S.

- • • 14.813 Signif. P- p < 0 . 0 1

- 24.640- o ii p < 0 . 0 0 1

- 2.992 ' - N.S.

- 8.563 : Signif. P9 p < 0.05

- 14.734 II H p < 0 . 0 1- 8.457 II II p £ 0 . 0 5

- 0.436 N.S.

- 1.699 N.S.

- 3.177 N.S.

- 19.377 S i g n i f . P 9 p < 0 . 0 0 1- 9. 103 M •I p < 0 . 0 5

- 3 8 7 -

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ANEXO .XXX-IX-;

•75 Ano /.• 92 Ano - Bloco 2

2Items Valor' x

6 , . - 23.845 - — — — Si gni f . P § p < 0 . 0 0 1

( 0 . - . 8.163 — _ - - ~ II IV p < 0.05-

- 13.782 . If II p ( 0 . 0 1

4 . - 2.286 N.S.

- . 18.971 — ' S i g n ! f . P 5 p < 0 . 0 0 1

6 - 2.316. N.S.

7. - 1.080 N.S.

8 - 3.790 N.S.

9 - 1.225 N.S.

1 0 - 7.107.. . . N.S.

■ ■- . 8.422 --- — S i g n l f . P ã p <0.05

1/1 2 - 1.273 N.S.

1/3- . . 8.735. S l g n i f . P § p <0.05r »14 - 2.104 . N.S.

0 5 - 15.213 \ S l g n i f . P 3 p < 0 . 0 1

- 3 8 3 -

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A N E X O 'XL-

*72 Ano ■/• 92 ■ Ano - Dl oco 3

2Items Valor x

1 - 26.079 Slgnif. p2 p <0.001

2 - 22.463 " " p <0.001

3 * 5.786 N.S.

4 - 16.378 Signif. p* p <0.001

5 - 38. 195 11 p <0.001

6 - 43.977 " p <0.001

7 - 10.094 ' " " p <0.02

8 - 6.271 ' N.S.

9 - 7.759 N.S.

10 - 1.419' N.S.

11 14.095 Signif. pã p < 0 . 0 1 '

12 - 3.009 N.S.

13 - 13 . 204 Signif. p 2 p <0.01'

14 - 5.512 N.S.

15 ' ' - 1.588 N.S.

16 - 5.378 N.S.

17 - 1.623 N.S.

18 - 4.945 N.S.

19 - 9.056 Signif. p3 p < 0 . 0 5

- 3 8 9 -

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ANEXO XLI-

1

2

3

4

5

6

1

8 '

9

10

1 1

1 2

13

Í4- ‘ ,

15- ’ ’

16

17

1'8

19

20

21 ■ ’

22

23

24

25 •-> ■

■26

27

ITEMS

PROFS •■/ ACD -• BLOCO -1, :

Valor x

8.187

5.834

1.671

3.778

5.119

10.928

7. 529

16.394

6.739

13.370

8.188

16.680

15.905

7. 586

26.456

17.827

2. 784

14.686

11.217

7.990

11.502

17.436

17.116

10.324

20.424

13.473

6 . 572

Signif

N.S.

N.S.

N.S.

N.S.

Signif

N.S.

Signif

N.S.

Signif

p® p £0.05

N.S.

SignifVI

N.S.

Signif

pã p < 0 . 0 5

p^ p < 0 . 0 1

p^ p < 0 . 0 1

" p < 0 . 0 5

" p < 0 . 0 1

" p < 0 . 0 1

p 5 p < 0 . 0 1

11 p < 0 . 0 1 .

p^ p < 0 . 0 1

" p < 0 . 0 5

11 p < 0 .0 5 .

” p < 0 . 0 1

" p < 0 . 01.

" p < 0 . 0 1

" p < 0 . 0 5

" p < 0 . 0 1

" p < 0 . 01

N.S.

- 3 9 0 -

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ANEXO XLII

1

2

3

4

5

6

7

8 ' ‘

9

10, 11 '

12

13 ■

^ ! 15' ■

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

ITEMS

P R O F S / /• ACI - BLOCO 1 -

Valor x2

7.267 N.S.

4.809 N.S.

6.854 N.S.

9.756 ■ ■ Signif. p £ 0.05

3.684 - N.S.

11.795 Signif. p^ p < 0 . 0 1

12.662 " " p £ 0 . 0 1

17.070 " " P £ 0.01

12.325 " " P < 0*01

7.138 N.S. =

11.777 Signif. p^ p £0.0'1

14.365 " " P <0.01

5.695 N.S.16.185 Signif. pâ p <0.01

124.404 " - P £0.01

3.538 N.S.

2.141 N.S. -

17.442 ' Signif. pã p < 0 . 0 1

13.333 . " - " p < 0 . 0 1

6.869 ' N.S.

11.341 Signif. pâ p < 0 . 0 1

15.872 " " p <0.01

8.948 " " P £ 0.0 5

7.512 • ‘ ' N.S.

17.606 Signif. p^ p <0.01

11.194 " - " P £ 0 ..0 5

6.527 '■ N.S.

- 3 9 1 -

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ANEXO XLIII

PROFS / AGD - BLOCO. 2 - - :

IT EM S Valor X^

1 - 19.407'j Si gni f . P ~ P < 0 . 0 1

2 ■ - 15'. 2 6 2 ii ii P /*•«. o o i—<

3 - 116.361. o ii P

i—Hoosy

4 - I 12.058' ii ii P

OO

5 - 10.863-1ii ti P ^ 0 . 0 5

6 - ’ 10.107"\ ii ii P ^ 0 . 0 5

7 - 37.939 ii ii P

Oo

8 - 7.486 N.S.

9 - 5.115 ' N.S.

10' - 1 8 .3 76 — — S i g n i f . P- P < 0 . 0 1

11 ■ - 5 . 964 I N.S.

12 - 2 4 . 1 8 7 ’---— S i g n i f . P ã P

oosy

13 - 5.869 N.S. - '

14 - 3 .867' N.S.

15 _ 6.499 N.S.

- 3 9 ? -

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ANEXO XL IV'

PROFS /• AC-1 - BLOCO 2

ITEMS Valor X 2

1 - 8.851 Si g n l f . P- p <0.05

2 10.343 ii ii p < 0.05

3 - 9.419 o ii p < 0.05

4 - 9.779 ii ii p <0.05

5 - 11.649. ii ii p < 0 . 0 1

6 - 10.184 it ii p <0.05

7 - 11 .463 it it p < 0 . 0 1

8 - ' 4. 505 N.S.

9 - 3.045. N.S.

10 - 6.4.81 S i g n i f . P~ p <0.05

1 1 2. 252 N.S.

1 2 - 9.134 S i g n i f . P- p <0.05

13 - 9.399 ii ii p <0.05

14 - 3 .699 N.S.

15 _ 3.702 N.S.

- 3 9 3 -

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I te

1

2

3

4

5

6

1

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

{

X

ANEXO- XLV

Profs*./-A C 0 ‘ - Bl oc o 3

Valor x 2

- 9.871 Signi f . P < 0.02

- 15.662 it ii P < 0.01

- 9. 271 ii ii P < 0 . 0 5

- . 20. 170 ii ii P < 0.001

- • 20.940 i t • I P < 0.001

- 19.298 ii P < 0.001

_ . 18.837 ii •I P < 0.001

- 13.097 ii ii P r«. o o i—<

- 17.189 ii ii P < 0 . 0 0 1

- 4.067 . N.S.

- - 15.770 Signif. P- P < 0.01

- 39.345 ii ii P /V o o o >—•

- 10 006 ii ii P < 0 . 0 2

- 6.442 N.S.

- 48.936 S i g n i f . P- P < 0 . 0 0 1

- • 33.420 ii ii P tO.OOl

- 26.128 ii ii P

ooo

- - 13.819 it ii P

ooV

- 8.165 ii • I P < 0 . 0 5

- 3 9 / ! -

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A N E X O , XL VI

Profs. / ACI . B l o c o •3

2Items Valor x

1 - 20.395 S i g n i f . pi p < 0 . 0 0 1

2 - 13.116 If " 'p (.0 . 0 1

3 - 1 1 . 498 11 " p 4 0 . 0 1

4 - 23.458 II " ■ p < 0 . 0 0 1

5 - 22.401 " P 4 0.001

6 - 19.408 " p c 0 . 0 0 1

7 ! - 18.385 fl " p < 0 . 0 0 1

8 • 13.271 " ■ p < 0 . 0 1

9 - 9. 306 " p 4 0.05

10 - 9.308 " p 4 0 .05

1 1 - 25.937 " P C 0 . 0 0 1

12 - “ ' 23.209 If " 'p 4 0 . 0 0 1

13 - 13.765 " 'p c 0 . 0 1

14 • 6.706 N.5.

15 - ■ ■ 31.510 'S i g n i f . pi p C 0 . 001

16 16.587 ■ ii " p 4 0 . 0 0 11

17 - 14.371 ii " p c 0 . 0 1

18 ' - 12.298 • ii " p 4 0 . 0 1

19 - 13.939 ii " p 4 0.01

- 3 9 5 -

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ANEXO XLVII

PROFS. / 7° ANO - BLOCO 1

ITEMS Valor x 2

1 - 1 1 . 8 6 8 S i g n i f . p3 p C O . 01

2 - 14.464 . II " p c 0 . 0 1

3 - 4.862 N.S.

4 - 3.788 N.S.

5 - 8.280 Signif. p 2 p <,0.05

6 .. - 20.966 1 ii " p < 0 . 0 1 .

7 - 10.925 n " p C 0 . 0 5

8 - . 11.429 n " p ( 0 . 0 1

9 - - 7.905 . ii " p < 0.0 5

10 = - 9.231 . ii " p <0.05

1 1 * - 10.860 ii " P C 0.05

12 - 12.700 n " p c 0 . 0 1

13-' 10.653 . ii " p ( 0 . 0 5

14 - - - - 7.535 , N.S.

15 ; - 24.890 Signif. p 5 p < 0 . 0 1

16 : - 14.744 . n " p £ 0 . 0 1

17 - 6.462 N.S. 1

18 - 15.415 Signif. p 2 p L 0 . 0 1

19 - 13.568 ii " p 60.01

20 - 12.464 ii 11 p c 0 . 0 1

211 - 16.507 ii " p c o . 0 1 ,1

22 - 2 0 . 0 1 1 ii " p ( 0 . 0 1 ,

23 : 5 - _ . . . 14.407- n " p < 0 . 0 1 ,

24 - 11.645 n " p < 0 . 0 1 .

25 - . .18.016 M " p < 0 . 0 1

26 ; - 18.355- ii " p < 0 . 0 1

27 9. 140 n " p < 0.05 .

- 3 9 6 -

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1

2

3

4

'5

6'7

'8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

ANEXO XLVIII

PROFS. / 99 ANO - BLOCO 1

Valor X 2

5.002 N.S.

1.431 N.S.

1.814 N.S.

6.006 N.S.

2.328 N.S.

5.518 N.S.

19.932 Signif . p3 p i 0.01

21.7.13 " " p CO.OI

9 .5 £|-4 " " p 4 0.05-:

13.550 " " p < 0.01 1

7.002 ' ' N.S.

18.319 Signif. p9 p cO . O l

16.428 " " P i 0.01 •

11.227 " " P < 0.01 ■:

29.048 " " P i 0.01 ,

17.122 " " p-<0.01-

1.063 N.S.

20.034' Signif. p9 p < 0 . 0 1 ;

10.060- " " p i 0.05-.

4.551 ■ N.S. -

7.780 N.S.

16.837 Signif. p3 p <0.01*;

13.443 " - " P i O . Q U

8.071 " " p i 0.0 5".

19. 224 - " 11 P C 0.01

10.645 - " " P i 0.05-,

4.905 N.S.

- 3 9 7 -

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ANEXO XLIX

ITEMS Valor X 2

1 - 11.675 Slgnif. p« p t o . 01

2 - 11:977 " p < 0 . 0 1 '

3 - 26.455 " " p <0.01 '

4 - 13.697 " " p <0.01

5 - 19 .702 11 p <0.01

6 - 10.913 " " p < 0.05

7 - 32.277 " ” p <0.01

8 - 8.251 ' " p <0.05

9 - 5.332 N.S.

10 - 14. 552 Slgnif. pS p < 0 . 0 1 -

1 1 - 2.809 ■ N.S.

12 - 15.961 Slgnif. pü p <0.01

13 - 6.839 N.S.

14 - 4.856 ' N.S.

15 -- 8 . 638 Slgnif. pü p < 0 . 0 5

P R O F S .:/ 72 ANO - BLOCO' 2

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ANEXO L

PROFS. / 9? ANO - BLOCO 2

ITEMS Valor X

1

23

4

5

6

7

8

9

10

1112

13

14

15

25.871

17.371

7. 339

10.196.

5. 13.7

5.137

28.807

6 . 169

4.308

16.360

10.171

23.590

7. 284

2.918

8.378

Slgnif. p3 p < 0

" p < 0

N.S.

Signi f . p3 p < 0

N.S.

N.S.

Slgnif. pz p < 0

N.S.

N.S.

Slgnif . p 3 p < 0

" p < 0

" p <0

N.S.

N.S.

Signif . ,p3 p < 0

- 3 9 9 -

01

01

05

01

01 . j

05

■ 01 -

.05

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ANEXO LI

Profs. / 7 2 ’Ano - Oloco 3

2Items Valor x

1 - 4.745 N.S.

2 - 25.482 Slgnif. p3 p < 0 . 0 0 1

3 - 10.321 " " P 4 0 . 0 2

4 - 32.425 " " p <0.001

5 - 11.597 " " p < 0 . 0 1

6 - 32.606 " " P < 0 . 0 0 1

7' - 11.093 ; " " P < 0.02

8 - 16.642 : ” " P < 0.001

9 - 18.339 " " p < 0.001

10 ' - 4.759 N.S.

11 - 12.768 Slgnif. pã p < 0 . 0 1

1 2 - 32.529 " " p <0.001

13' ” ‘ - 17.208 M M P < 0.001

14 - 11-251 " M p I 0.02

15 - 44. 277 " " p c. 0.001

16 ' ' ' 28.870 " " p < 0 . 0 0 1

17 ' - 23.400 " " p < 0.001

18 - 17.908 " " p < 0.001

19 - . 16.213 " M p < 0.01

- 4 0 0 -

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AN EX O LII

Profs./ 92 Ano - Bloco 3

Items Valor

1 - . 2 6 . 547 S i g n i f . P* p < 0.001

2 - 11.189 n 11 p £ 0 . 0 2

3 - 9.949 n 11 p £ 0 . 0 5

4 - 12.018 • 1 11 p £ 0.01

5 - 47.008 ( • 11 p £ 0.001

6 - 21.164 1 1 n p < 0 . 0 0 1

7 - 24.213 •• 11 p £ 0.001

8 - 11.534 11 11 p < 0.01

9 - 12.934 11 it p £ 0.01

10 5.195 . N.S.

11 21.421 Signif. P a p £ 0 . 0 0 1

12 . - 37.246 II H p £ 0.001

13. - 6. 570 N.S.

- 3.103 . N.S.

15 - 42.597 . Signif. P a p £ 0.001

16 - 27.272 11 11 p £ 0 . 0 0 1

17 - 23.662 11 11 p £ 0.001

18 - 8.681 11 11 p £ 0.05

19 _ 6.101 N.S.

- 4 0 1 -

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A N 01X0 LIII

Bloco 4 - Te».belas 2x2

O p ç a o 1 : ' ' C o n . s i d e r r - . - s e e m g e r a l b e m c o m p o r t a d o "

a ) A l u n o s d o 7 ° a n o

N

MAO

0 .SIM ,

1 . T0IAL

1 . 2 .

448

7 2 : 6 ■ :

1161 / A O

DI S C IP IfIDI S

TOTAL• • •52

• • •80 :

• • • • •152

MAO.•0

S'IH1 • T D T A L

1 . 2 .

TOTAL'

3 7.9 50.0

t « • • •‘39.4

62 . 1 5 0.0

• • • • ♦ •ò 0 .6

• «

116 1 0

• ■4 • • • •132 .

DISCIPINLUS

CHI-SG “■ «353 SIG. = .354 0 F = 1CORK. CHI-O G = .4-27 2 2G. = .514

b) Alunos do 9- ano •

N

MAO

0 .SIM

1 . TOTAL

1 . 2 .

. 3 4 16 '

60 : 8 :

134 2 4 -

o i s c i pIN SIS

1

* TUTAL• • •70

« • •SC :

• • • • •153

MAO: SI 1; 0 . 1 . TOTAL

1 .

2.

TOTAL

40.3 55.7 : 1 34 Dl SC I P6 6.7 • • • • •

33.3 : • ♦ • « • •

24 • • • • » • •

m•?

44. 3 55.7 : 1 5 S

>Sft = 5.735 S G • - .017 DF-su = 4.716 2 1 G . = . 0 2 C

- 4 0 2 - •

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O p ç ã o : " C o n s i d e r a - s e b e m c o i i o r t R â o n u m a s d i s c i p l i n e s ,

m e l c o m p o r t a d o n o u t r a s . "

a ) A l u n o s d o 7 5 a n o

NAO5 IM

N 0 . 1

1 . 92 242 . 9 7

• • • • • ♦ ♦TUTAL 1 0 1 31

TÜTAL

116 ÜI6CÎP16 INOIS

R

NAOSIM

0 . t o t a l

1 .

2.

TUTAL

79.3 •20.7 : 116 DISC I P56.3 43.3 : 16 I ND I S• • • • •

7 6.5 2 3.? : 1 2

CHI-SQ = 4.161CORR. CHI-Sg = 2.977

■J X \J

SIG.041 DF = 1 .034

b) Alunos do Q9 £no

N

NAO

0 .L 1 M

1 . TOTAL

1 . 104 30 : 1342 . 14 lü : 24

TCTAL• é • »118

• « • •40 :

• • • • •158

R%

1 .

NAO

o.

77.0

SIM1 .

22.42 . 58.3 41.7 :

TüTAL '• ••••'74.7

• ••••♦•25.3

• •

CHI -SQ = 4.001 S I G .CORR. CHI -SQ « 3.046 SIG.

uISCIPINÜIS

TOTAL

*> /.^ èr

• « • • •1 c o X J V

oi: cipIHDIS

. 045

.081DF = 1

- 4 0 3 “

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c) Alunos do sexo masculino

C H 1 — o Q — 3.8*9 C O K R . CHI-SQ = 4.694

NAO: 3 Ili

n;r% 0 .

1 . 32 2477.4 2 2 . 6 •

2 . 14 1 23 3.3 4 ó . 2 •

• •••••TCTAL 96 36

7-2. 7 27 .3

iW.IG . = ' 016 DF = 15IC. = .030

TOTAL

106 . D15CIP

36 INDIS

d) Alunos dc sexo f eminino

CHI-SQ = 1.633C O R K . CHI-SQ .339

NAO1 S 1 M

n ; r % 0 . 1• •

1 . 114 30 :79.2 2 0 . 8 :

2 . '9 5 :Ó 4 . 3 35.7 :

• • • • • • • • « • •TOTAL 123 35 :

77.8 2 2 . 2 :

SIG. = • ' .201 OF = 13 I G . ~ • 3 4 6

TOTAL

144 DISC IP

- 4 0 4 -

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Opção 3.:- "Considera-se às vezes mal comoortado ’!.

a ) A l u n o s d o 7 2 a n o

MAU: s i m

N 0. 1 . TOTAL

1 . 96. 20 ' : 116 DI S LI P2 .

T ü Ta L

13• ê • «109

3 : • • • ♦23 :

16 • • • • •

132

IN DI S

NAO

R %

1 . 2 .

TOTAL

8 2 « 8 31.3• • é •

82.6

SIMU. 1 .

17.2 18.8 • • • •

17.4

TOTAL

11C ' DISCIP16 ’ INDIS

CHI-SQ = .022 SIG. = .881CORR. CHI-SQ = .000 SIG. = 1.000

DF = 1

A l u n o s d o 9 3 a n o

N A O

: SIMN 0 . 1 . T L l i A L

1 . 1 1 2 22 : 124 OISCIP2 . 18 6 : 24 I M.D rs

T O T A L

• ♦ * •

130• ♦ • •

28 :• + # ♦ •

158

N A 0l SIM

R % 0 1 . T O T A L

1 . 8 3 . o 16.4. J 1 3 ‘V DISCIP2 . 75.0 2 5.0 J 24 INDIS

TOTAL 32.3

CHI-SQ =CORR. CHI-SQ =

17.7

1 .0 2 c!'.324

158

S I G . = S I G . =

.311

. 469DF =

- 4 0 5 .-

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Opçao 4 : "Considera-se em geral mal comportado"

a ) A l u n o s d o 7 2 a n ò

NNA 0

o' . T U T A L

1 .2 .

H 6 : 1 6 :

l l ó1 6 -

O I S C I P I N O I S

T O T A L• • « •1 0 2 :

• • • • •1 3 2

• RX

NAO0 . T Ü T A L

1 .

2 .

1 0 0 . 0

1 0 0 . 0* 1 1 6 D 1 . 5 C I r

1 6 I N D I S

v..T O T A L

• « • • • •

1 0 0 . 0

• ♦ • • • « •

1 3 2

b ) A l u n o s d o 9 2 a n o

N ' ■

NA U

0 .

S I M 1 . T O T A L

1 .2 .

1 3 22 4

2 : 0 :

1 3 4 D I 3 C I P 2 4 I N O I S

T O T A L

• • • •

1 5 6

« • • •-y J ;

• • • * ♦

1 5 S

R %

N A O "

0

S I Mí . T C T A L

1 . 2 .

T O T A L

9 8 * 5 1 0 0 . 0

• • • • •9 8 . 7

1 . 5 '. 0

. . . . . .

1 . 3

1 3 - . O I S C I P 1 2 4 I N C I S

* : 1 5 8

C H I - S Q =

C O R R . C H I - S Q =

. 3 6 3

. 0 0 0

S I G . = * 3 4 7 DF

S I G . = 1 - 0 0 0

-406-

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ANEXO L.T.V

Bloco 5 - Tabelas êx2

Opção 1 :• "0 convívio co'*..os colegas/amigos f o r a d-s aul

a) Alunos i do 7 2 ano

N

NAO ’: s i m 0. 1 . TOTAL

*

1 . 4 8 ò o : llu D 1 2 C IP2. 8 8 1 i 6 I í J DIS '

TO TAL« • 1 • t t56 76

• • m « •: . 132

NAO . • •

R % 0.SIM

1 • TO TAL

1 . 4 1.4 53.6 : ll-ó .DISC I P

2 . 50.0 50.0 : 16 INDIS

TOTAL ^2.4 57.5 : 1 J w---

c h i -sa = .4 2$ SIG. = ■ .513 D F = iCO RR'. cHi-ia : .143. SIG. = - .-701 .

b) Alunos do 9 2 ano

NAO

N

1 . 2.

TOTAL

SIM0 . 1 .

43 ~ 861 1 13 :« • • • • •59 99 :

TOTAL

1341 M

• • • • •15o

D I SC I PIM D : s

R%

1 .

TOTAL

NAO

0.

3 5 . Ö 45. Ö ( ♦

27.3

CHI-SQ = CURR. CHI-SU =

SU*1 .

6 4 « 2 54.2

......62.7

.372

.497

TOTAL

' -134 24 ■

158

SIG. = S1G. =

DISC I P INDIS

3 50 481

DF = 1

- 4 0 7 - .

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c) Alunòs do sexo m a s c u l i n o

NA 0

n; RS

1 .

2.

TOTAL

0 .

5047.2

1 4

5 3 • 8 > • • • •

6 H4 8 . 5

5 o52.2

1 2 ' •

4 6 . 2 •

cS51.5

CHI-Ó.Q = CÜRR. CHI-SO =

TOTAL

10

26

3 1 o . =SIC. =

DISCIP

IMDIS

.342

.695DF = 1

d) Alunosndo sexo feminino

NAü

NíRS

1 .

2.

0 .

4o31.9

535.7

S IM

98 66 . 1

96 4 . 3

TOTAL 51 10722.3 67.7

CHI-SU = .063C O R K . C H I-2 O = .000

T L 7 A L

144

• 158

3 1G . =I T f =

DISCIP

1 N DIS

.7731 . 000

DF = 1

-408-

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Onçao 2 : " Aprender qualquer coisa interessrnte numa

aula".

a) Alunos do 7 9 ano

MA 0

!N: SIM0 . I . TOTAL

1 .2 .

86 3Co . 8

• . 1 c.. : 16

D 16 L I } •’ INDIS

TOTAL• • • • •94 38

♦ .♦••••: 132

RX

NA 0

0 .SIM

1m • TOTAL

1 .. 2 .

74.150.0

25.9 : 5 0.0 :

lló16

DI3CIPINDIS

TOTAL• ••«••71.2 20. 8 :

*••••••132

CORR.'CHI-SpCHI-S.U

.=- . -3.99Ó = 2.905

SIG." =S x C . = •

046 * DF 038

b) Alunos do 9- ano

N

NAO

‘ 0.IM1. TOTAL

-

1 .12 .

9220

4 2 : .134 4 : 2'(

D-SCIPi k j i s

■ TOTAL• • • • •1 1 2

• • • ♦ • • •46 : 153

1

■ R %

NAO

0 .SIM

1 . TU1ÂL

1 . 2 .

68.783.3

31.3 : 16.7 :

13424

DISCIPINDIS

TOTAL 70.9t • • • ♦29.1 :

• • • • » m •

■158

; C O K R .

CHI-50 CHI-SQ

= 2.124 = 1.473

SIG, - SIG. =

145 ’ DF 2 25

= 1

s 1

- 4 0 9 -

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-c) Alunos do sexo m a s c u l ino'

NAQ: SIM

n ;rs 0 . 1 . -TOTAL

i . 7772.6

29 : 27.4 :

106

2 . 1869.2

8 : 30.3

•*> •

TOTAL• • • • • •

9372.0

♦ ♦ • » • «

37 : 2S .0 :

« • • • • • ♦

13 2

CORR .CHI-SQCHI-5Q

. 1 2 0

. 0 1 1S I G . = S I G . =

d) Alunos do sexo feminino

n ;rsí

MAü

0 .

S I M1 . TOTAL

1 . 1 0 170.1

43 : 29.9 :

144

O4. • 1071.4

4 : 2 o • 3 :

14

TOTAL• • « • • •

1 1 170.3

• • • • • •

. 47 : 29.7 :

138

CORR.'"CHI-SQCHI-SQ

. 0 1 0 = .0 00

S I G . =

SIG. =

d : s c i p

I Nü I S'

INDI S

- 4 1 0 -

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OíDção 3 :• " O' toque; pars, a s d í d a - da.s aulas 11

a) Âlunos do 7 9 ano

NAOS IM

1 H 0 . 1 . TOTAL

1 . 107 9 : 116

2 . 1 1 5 : 16, • • • • • • • • • • • ♦ •

1 TUTAL 118 14 : 132

NAO; SIM

|K% 0 . i .

1 - 92.2 7 -8 • .

i 2 . 6 8 . 8 31.3 ■

• • * . . . ...... •

TOTAL 89.4 1 0 . 6 •

Dl SCIP IH 0 1 S

CHI-SQ = 8.184CORR. CHI-SQ = 5-694

b) Alunos do 9~

Cl AL

1 1 Ó 16

. • • • •122

U 1 <J * -SIC. =

DISC IP I HD IS

004015

N A 0SIM

N 0 . 1. TOTA

1 . 1 2 1 13 : 1342 . 2 1 3 : 2-4

TOTAL.....142

.... ....16 : 158

,R%

NAG

0.S. IM

1 .

11 . 90.3 9.7 :2 . 87.5 12.5 :

TOTAL1 .... ■89.9

.. • .. .1 0 . 1 :

, CHI-SQ .175

CORR • CHI-SQ = • 0 G ú

DISCIP IN û IS

TGTAL

13424

. . . . . . .

153

SIG. = SIG. =

DISCIP I HD 1 S'

.676

. 959.

DF = 1

OF * 1

- 4 1 1 -

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Opção 4 : Pratic a r - d e s po r t o no c'-moo'de .jogos/pavilhão

d e s p o r t i v o . ".

a ) A l u n o s d o 7 9 a n o

N

NAO: S I M0 . 1 . T O T A L

1 .

2 .

9 21 2

2 4 : 1 1 6 D I S C I P 4 : 1 6 I N D I S

T U T A L

• • • • ♦

1 0 *

. . . . . . . .

2 8 ' 1 3 2 .

R %

NAO

0 .S I M - •-

1 . T O T A L

1 .'tU •

7 9 . 37 5 . 0

2 ü . 7 : 1 1 6 2 5 . 0 : 1 6

T U T A L

• • • • • •

7 8 . 3 2 1 . 2 : 1 3 2

C Ü F U UC H I - S QC H I - S Q

. 1 5 6 S I G . =

= . 0 0 5 2 I G . - •

b ) A l u n o s d o 9 - a n o

. N

NAO

0 .

l i h

1 . T O T A L

i1 .2 .

1 1 6

2 1

1 0 : 1 3 4 D I S C I 1

3 : 2 4 I N D I S

T O T A L

• • ♦ •1 3 7

. . . . . . . . .

2 1 : 1 5 8

R %

NAO

0

S 1 M

1 . T O T A L

1 .2 .

8 6 . 68 7 . 5

1 3 . 4 : 1 3 41 2 . 5 : 2 4

T O T A L• • • ♦ •

8 6 . 7• • • • • • • •

1 3 . 3 : 1 5 3

C O R R .C H I - S QC H I - S Q

• 0 1 5 S I G . = - . . 0 0 0 S I G . = 1 .

D I S C I P

I MD I 3

d i s c :ii-j d i :

901

- 4 1 2 -

DF = 1

DF = 1

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c ). Alunos do sexo, masculino

H ‘,R%

NAO

Ü.SIM

1 . TGTAL

1 . 3277.4

24 :2 2 . 6

1 0 c DI5CIP ■

2 . 2180.8

5 : 19.2 :

2'6 INDIS

TOTAL• •••••

103 76.0 •

29 : 2 2 . 0 :

132

CORR.CHI-SQ = C HI - 3»j =

.142

. 0 1 2SIC. = Leu. =

.707 DF

.911

d) Alunos do sexo f e m i nino

n ;rss

NAO

U.SIM

1 . TOTAL

1 . 126 8 7.3

13 : 12.5 :

144 DISC IP

2 . 1 285.7

14.3 :14 INDIS ’

TOTAL• • « • • •

138 3 7.3

• • • • • •

2 0 : 12.7 :

158

CORR.CHI-SQ = CHI-SQ =

.037

. 000SIG. -= SIC. =

.843 DF 1 . 0 0 0

- 4 1 3 -

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G p ç a o 5 : 11 T r a n s i t a r d e a n o / t e r b o a s n o t a s

a ) A l u n o s . d o 7 Q n n o

N i R S .

NAO

0.l i i

1 . T U T A L

1 . 26 22. 4

90 : 7 7.6 :

l l ó .

2 . Ö50.0

6 : 5 0.0 :

16

T U T A L

• • • » # • •

3425. a

• é « • «

93 Î 74.2 :

♦ • • • • • «

132'

C O R R .C H I - S . ^ =

C H I - S O =5 . 5 9 6 4 .246

2 I G • = S I C . =

b ) A l u n o s d o 9 g! a n o

N i R S

MAU

0.S I M

1 . T C T A

1 . 30 22. 4

104 : 77.6 :

1 3 4

OU • 625.0

13; : 75.0 '

24

T U T A L• ♦ • • • • ■

3622.8

122 : 77.2 :

• • • • • •153

C O R R .C H I - S U =

C H I - S W . =.079.000

S I G . =

S I G . -

D I S C I P

I N D I S

012 OF 0 3 9

DISC IP

I N D I S

. 7 7 9 DF

• 9o7

- 4 1 4 -

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c ) A l u n o s d o s e x o m a s c u l i n o

NA 0

S I Mn ; r s o. T O T A L -

1 . 32 30. 2

74 : 69.3 ;

106 DISC If

2 . 330.3

13 : 69.2 :

26 I MD I S

TüTAL• ••••<

4030.3

-»••••9 2 •

69.7 :

• ♦ ♦ • ♦ • •132

CüRR.CHI-SQCHI-SQ

.003 = ■ . 000

SIG. '= SIC-. =

■ .954 DF 1 . 0 0 0

d) Alunos do .sexo feminino

N ; RS

NA Ü

0 .SIM

1 . TOTAL

1 . 2416.7

1 20 : -33.2 :

144 D IS C IP

2 . - 6. 42.9

V *57.1 :

14 INDIS

TUTAL 3019.0

123 : 31/. 0

CGRR .CHI-SQCHI-SQ

= 5.390 . = 4.115

SIG. =. SIG. "

.017 DF

- 4 1 5 -

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Ûpçao 6 : " P reparar o futuro p.-re ter uma orofissão de

q\ue goste

a) Alunos do 7 2 ano

N ; r %

MAO

0.SIM

1 . TOTAL'

1 . . . 3ò 31.0.

80 : 69.0 :

'116 DISC IP

2 . 850.0

'3 : 30.0 :

16 IMDIS "

TOTAL 4433.3

88 : 66.7 :

13.2

CORK.CHI-5Q = CHI-SQ =

2 • 27u 1.502

SIG. = SIG. =

.131 DF

. 220

b) Alunos do 9 9 ano

N,*RS

N AO

0 .SIM

1 . TOTAL

1 . 4533.6

89 : 66.4 1

134 DISC IP

2 . 1041.7

14 : 58.3 :

24 .INDIS

TOTAL• •••••

5534.8

103 : 65.2 :

-, e o

CCKR .CHI-SU = CHI-8Ü =

.5 36

.2 84SIG. = LIC. =

.444 DF

. 5 94

- 4 1 6 -

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c) Alunos do sexo masculino

n ; R%

NAO

0S 1 1-:

l. TUTAL

1 . 3936.8

67 : 63.2 :

106 DISCIP

2 . 1330.0

13 : 50.0 :

26 INDI S

TüTAL 5239.4

50 :ò 0 • 6 •

1 3 2

CORR.CHI-SQCHI-SQ

= 1.525 = 1 . 0 2 2

2 IC. = SIG. =

.217 DF

. 312

d) Alunos do sexo feminino

n ; r."

NAO

0 .S 1 f-í

1 . TüTAL

1 . 4229.2

1 02 : 70.S :

144 DISCIP .

■> 535.7 J ;

14" IHÜIS

TÜTAL• •••«#

4729.7

1 1 1 :7 0.2 :

• ♦ • • • « •158

CO RR .CHI-SQCHI-SQ

.2o 2 ~ . 0 4 í.

SIG. = SIG. =

.609 DF * C 37

= 1

- 4 1 7 -

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O p ção 7 : " I r à s a u l a s d a m in h a d i s c i p l i n a f a v o r i t a

a) Alunos do 7 :2 ano

NAO: SIM

N i RX' . 0. i . Tl T AL

1* 113 3 : 1169 7.4 3.6 :

.2- 14' 2 : 168 7.5 12.5.- :

• •TüTAL 127 5 : 1 3 2

96.2 j.S :

CHI-Sü = 3.792 SIG. =CüRR. CHI-Sg = 1.5 l 0 SIG. =

b) Alunos do 9 9 ano

NiR?

NAO

0.SI li

1 . TOTAL

1 . 12492.5

10 : 7.5. :

134

2. 2395.8

1 : 4 . 2 :

24

TOTAL 14793.0

• •••#• •

11 :7.0 :

15 £

CHI-SQ • = . J*»l SIG. =CGRR. CHI-SQ = .022 5IG. =

CISCIP-

INDIS

'*052 DF = 1'i * *

• DISC IP

INDIS

. 5 5 9 0 F = 1

. 8S2

- 4 1 8 -

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c) Alunos do sexo m a s c u lino

NAÜ: SIM

N í R!K 0. 1 . TOTAL .

1 . 100 9 4.3

t •5.7 :

106 DIGXIP

2. 23Stí.5

3 : 11.5

26 INDIS

TOTAL• •••••

12393.2

9 : 6.8 :

132

CORR.CHI-SQ = CHI-SQ *

1.135.399

SIG. = SIG. =

*. 287 . DF .528

d) A l u n o s do sexo f o mini no.

N AO; SIM

n; r % 0. 1. TuT AL

1. 137 7 J 144 u : s c : p95. 1 4.9 •

' 2. 14 0 J 14 INDIS .10 0.0. .0 • ,

TOTAL 151 7 • 1 5.895.6 4.4 •

CHI-SQ = .712 SIG. = .399 DFCORR. CHI-SQ = .027 SIG. = . 870

- 4 1 9 -

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O n ç a o 8 : " P a s s e a r o e l o r e c r e i o d u r a n t e o s i n t e r v a l o s * M

a) Alunos do 7 Q ano

M ; R £

NAQ

■ 0.SIM

1.

1. 11195.7 4.3 :

2. 1593.8

1 : <_. 3 ;

TOTAL• ••••»

12695.5

• •••••6 :

4.5 :

CORR •CHI-SQCMI-Sü

.122

.000

b) Alunos do 9- ano ‘

N ; R%

NA 0

0,SIM

1.

1. 131 97 . 8

32.2

*2- 2291.7

28.3

TÜTÀL• • • • •

15396.8

• •••••♦5

'*. 2 '

CORR'.CHI-SÜ CHI-3.U -

= 2.467 .079

T U T A L

l U D15C I r

16 INDIS

132

GI G . = .727 ■ OF = 1SIG. = 1.000

T Ü T A L

124 DI3CIP

24 IMU1G

158

SIG. ■= .116 DF - 1210. = .342

- 4 2 0 -

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c) Alunos do sexo m a s culino

NAO

n ; v. % 0.SIM

1 . T Ü A L

i . 10b99.1

1 : .9 :

106 DISC IP

2. 2596-2

1 : w . O •

26 IN 0X5

TOTAL 13098.3

2 :1.5

• • • • • • •132

CORP..CHI-SQ = CHI-SQ =

1.179.0 26

SIG. = SIG. =

.270 DF

. C49

d) A l u n o s do sexo feminino

n ; r %

NAO

0.SIM

1. T ü T A L

i . 13795.1

7 • . 4.9 :

144 üISÇ IP

2. 1285.7

2 : 14.3 :

14. INOIS

TOTAL• •••♦«

149 94. 3

9 : 5.7 :

153.

CQRR.CHI-SQ = CHI-SQ =

2.110.720

SÍG- • = * SIG. =3 *■

.146 OF

. 396

- 4 2 1 -

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Opçao 9 • " C onviver com 'pessoas do sexo oposto ".

a) Alunos do 7 - ano

NAO: :ii;

n; r % 0 . 1 . TOTAL

i . 77 39 1 116 DISC IP6 6.4. 33.6 ’

2 . 7 9 I 16 ' INDIS43.8 56.3

• • • • • » • •••••TÜTAL 84 4 3 12 2

ó 3. 6 36 ■ 4 •

CHI-SW = 3.112 oIG . = .0 7.'; D

;o r r . CHI-5U = 2.210 SIC. = .137

b ) A l u n o s d o 9 - a n o '

NAO: SIM

N ; k ? U. ' 1 . TOTAL

1. 101 33 : 134 DISC I ?75.4. 24.6 :

2. 10 14, : 24 INDIS41.7 58.3 :

TOTAL 111 47 : 1.5 S70.3 25.7 :

CHI-Sw = 11.066 SIC. = . -*001 DP = 1CORK. CHI-SQ = 5.512 SIC. =. .002*

- 4 2 2 -

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c) Alunos do sexo masculino

NAO: S I M

h ;r % ü. 1.

1. 60 4 5 :5 6.6- 4 3 . 4 s l

2. B 13' :3 0.8 • ó 9 . 2 :

TOTAL ó 8 64 :51.5 45.5 :

TOTAL

106 DISCI?

26

132

INDIS

CHI-Su = 5.579 5IGCORR. C H I - S. V ~ 4 » 3 9 _ 1G

. 018

.032DF

d ) A l u n o s d o s e x o f e m i n i n o

NAO• SIM

N ; RX 0. 1 . TOTAL

l. 118 26 J 1 n 4 o i : c i8 1 . 9 1 8 . 1 :

2 . 9 5 ; 14 INDIS6 4 . 3 35 . 7 *

TOTAL• •••••

127• ••♦•»

31 • -• • ♦ • • • •

15 8j-.oCO 1 9 . 6 •

CHI-Sti = 2 . 6 2 j SIG. = . 1 1 2CORR. CHI-SQ. = 1.527 SIG. = -• . 216

- 4 2 3 -

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ANEXO L V

E 3 TlU TU ti A •EÂiVi ILI Ad / -síEPETSNC IAS

».)■ A l u n o s d o I o- a n o

P A I M A EP A I

« « • •

• «

MA L

M I K L Ê SN 1 . %

L. • Cf • 4 . T u T A L

0 . 3 3 1 6 0 : 6 01 . 3. 9 ü u 1 : 4 42 . 1 4 0 2 : 1 83 • 7 0 3 1 0

• • • # • t • 4 • • • • • • • • • • « ♦ •T Ü I A L 1 1 3 1 1 4 4 : 1 2 2

R%

PAIMAE•••••

1 .

PAI

•>

MAE

ú •NT f ! ES

4 • TLTAL

0. 88. 3 1.7 10.0 .0 6*01 . 88.6 .0 9.1 ■“> 7 • 442. 7 7.8. .0 11.1 11.1 : 133.- 7 0.0 .0 2 0.0 10.0 : 10

TüTAL G 5. ó • 8 19. 6 3.0 :««••••#

* 132

CHI-SQ = 10.048 ClG. = .347 DF = 9

- 4 2 4 -

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b) Alunos do ano.

P AIM A E

N

••

••

••

1 .

PAI

. 2.

MAE

3 .

NIKLE54. TOTAL

0. 54 0 6 ^ « 611 . 43 0 1. 0 : 1 22. 24 4 0 1 : 293. 13 1 0 1 13

TUTAL• • • •

139• ♦ • •

i,# ♦ • •

11• • • ♦

7 • •

t • • t «

— ï 6

PAIMAE•••«•♦

PAIMAE

N I K L ER 2 1 . nw • 3. 4

0. 38.5 .0 9.2 1 .61 . 90.ó .0 9.4 . 02. 82.8 12.2 .0 2 . 4

3. 86. 7 6.7 .0 -ó. 7

TOTAL 83.0 3 . »1 7.0 1.9

TOTAL

61 53 29 15

• • « • • 153

CHI-SQ = 22.119 SIC. = .009 DP = 9

- 4 2 5 -

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UE P E T Ê N C I A S / T I P O D E C O M P O R T A M E N T O / S E X O

ANEXO LVI

a) ACD do 7 Q è do 9- ano (N=250)

CHI-SQ = 8.470 o IO. = .037

N ;r %

MA SC

1.F EM'

TOTAL.

0. 3733.9

72 : óó • 1 .*

105

1 . ' 4 3 3 4.2

38 J 45 . 6 :

33

2. 17 44.. 7

21 : 55.3 :

3 3

3 • 735 . 0

13 1 6 5.0

* - -V- u

TOTAL• • • • • •

106 4 2 . H

• »

144 :57 . 5 :

• • ♦ « • •

250-

b) A C I do 75 e do 9- ano (N=40)

CMI-SQ -= 4.511 SI,C. = .211

N ; k%

MA SC

1.FEM

2. TOTAL

0 . 54.1 . 7

7 :5 3.3 : ..

12

1 . 1173. 6

3 : 21.4 :

14

2, 666 . 7

3 : 33.3 :

9

3. 480.0

1 : 20.0 :

5

TQTAL 2665.0

14 : 35.0 :

40

DF = 3

DF = 3

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A N S X O L V / I I

i C S T R U T U R A P A M I L I A . î / T I P O D E C O r Ü P ’O R T À M E N T O / S E X O

a ) A l u n o s d o 7 3 a n o

PAIMAL: p a ï

N

••

»•

1. 2.

F,AL .

•J •IIÏKLES

4. TOTAL

1 - 99 ' 1 i z 4 ! 116 DI3CIP2. 14 0 c ' 0 : ' 16 INDIS

TOTAL• • • •

113• • • •

1• • • •

14t • • •

4 :+ • • • •

132

PAIMAEPAI

R %

••••

1 . •

ü 1

1 K L L 3

4 . T O T A L

1 . 3 3 . 3 . 9 1 Û . 3 3 . 4 : 1 1 6 O ï S C Ï P2 . 8 7 . 3 . 0 ’ - 2 . 5 . , . 0 . : , ; 1 6 I /■! 0 1 S

T O T A L 3 5 . 6 . 0 1 0 . 6 3 . û : 1 3 2

CH I - 5 w - . 7 5 9 1 I G . = ' - . 8 : 9 D F = 2

- 4 2 7 -

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b) Alunos do ano

PAIMAE : PAI

•: : MA E

N

••1. •)4m • •

n i k l l :■ 4. TOTAL

1. 121 4 6 3 • 134 0I5CIP2. ' 18 1 c; 0 : 24 .IMO 12

TOTAL• • « •139

• • • •5

• • • •li

« « « •. 3 :

• • ♦ « •1 * <íi ✓ O

•PAIMAÜ: PAI

R2

••••

1 .

: MAE-

2. 2.NI K L if 5

4 . TOTAL

1 . 2.

90.375.0

J . C 4 . 3 4.2 20.3

«*. • Ù .0

: 134 : 24

CÏSCIP I M DIS

TOTAL 5 8.0 3.2 7.0 1 * 9 : 153

CHI-Stí = C. 990 SIC. = .029 DF = 3

\

- 4 2 8 -

lo n

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c) Alunos do sexo masculino

PAIMAE; PAI: : MAE; : : r-ilKLEj

n ; R% 1. 2. 3. '4 . TCTAL

i . 9337.7

A5.3

5A . 7

A3.3

106 CISC-IP

2. 2492.3

0.0 7.7 .

C . 0

' ~s <•2. O

• •••••«

i ííd : s

TOTAL 117 8 8.o

A3.0

75.3

H3.0

132

CHI-SQ = 2.360(* *• sj —C. = 501 ■ DF - n— ^

d) Alunos do se-xo feminino

- •CHI-SQ = 13.399 SIG. — •003 ' DF = 3

n ; R%

PAIMAE: PA••••1. 2 •

MAE13.

•í i k l e :A. TCTAL

1. 12738.2

1.7

139.0 2 . 1

144 DISCIP

2 . 857.1

17.1

535.7

0 . G

14 IM DI S

TÜTAL 135 3 5 .4

*>1.3

18 11.A

i>1 . 5

1 o

/| í - B I B L I O T E C A

£ CE

- 4 2 9 -