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ÍNDICE Agradecimentos…………………………………………………………………….………………………….……..……...3

Acrónimos e Abreviações……….………………………………………………………………………………….…..…...4

Introdução…………………………………………….…………………………………………………….………...……...5

Zoneamento dos Meios de Sustento e Metodologia Descritiva…........………....……………………….………..…... ........5

Meios de Sustento nas Zonas Rurais de Angola….………………...........……....……………………….…………..….........7

Acontecimentos Recentes que Afectam a Segurança Alimentar e os Meios de Sustento ......………..…………..…...........9

Zona Costeira de Rendimento Pesqueiro, Horticultura e Não-Agrícola (Zona de Meios de Sustento 01)….....................10

Zona de Cultivo de Transição de Banana e Ananás (Zona de Meios de Sustento 02).…………….......................................14

Zona Pastorícia, e de Massango e Massambala do Sul (Zona de Meios de Sustento 03). ………......................…..........…..17

Zona Sub-Húmida de Pastorícia e Milho (Zona de Meios de Sustento 04)…………….................................…..........….…..20

Zona Centro-Oriental de Mandioca e Floresta (Zona de Meios de Sustento 05)……. ……………………..…..........…..23

Zona de Planalto Central de Batata e Vegetais (Zona de Meios de Sustento 06)…… …………........……........…..……..26

Zona de Planalto Central de Milho e Feijão (Zona de Meios de Sustento 07)..………………......................…..…........…..29

Zona de Planícies de Transição de Milho, Mandioca e Feijão (Zona de Meios de Sustento 08)..……… ….......….….…..32

Zona de Floresta Tropical, Mandioca, Banana e Café (Zona de Meios de Sustento 09)…….........………….…......….… 35

Zona de Floresta de Savana e Mandioca Para Comércio (Zona de Meios de Sustento 10)…........................…........……...38

Zona de Floresta de Savana e Mandioca de Subsistência (Zona de Meios de Sustento 11)........................…….............…..41

Zona de Pesca, Mandioca e Comércio Transfonteiriço (Zona de Meios de Sustento 12).................…….............................44

Zona Costeira de Agro-Pecuária (Zona de Meios de Sustento 13)….......................................………………,…,,....,….…..47

Anexo 1: Zona de Meios de Sustento e Áreas Administrativas............………………….......……………,,,,….….….…...50

Anexo 2: Lista de Participantes.…….……………………………………………………………………….......……..…..62

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AGRADECIMENTOS O Workshop de Zoneamento dos Meios de Sustento e este relatório são da responsabilidade de James Acidri da

Evidência para o Desenvolvimento (EfD), com o apoio técnico de Antonio Mavie do Gabinete Nacional de Moçambique

da FEWSNET, de Phumzile Mdladla do Gabinete de Pretória-África do Sul da FEWSNET e de Gary Sawdon do Gabinete-

Sede da FEWS NET em Washington. Esta actividade foi conduzida em colaboração com os principais parceiros, o

Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MINADERP) do Governo de Angola (GoA), o Gabinete de Segurança

Alimentar (GSA) e o programa de Análise e Avaliação da Vulnerabilidade Regional da Comunidade de Desenvolvimento

da África Austral (SADC-RVAA).

Dirige-se um agradecimento especial aos funcionários do GSA, especialmente o seu Director, Sr. David Tunga, Maria da

Silva, Ermelinda Caliengue, Elsa Gaspar e Odete Rochete, assim como Masozi Kachali, Evance Chapasuka, Caarla

Monteiro e Duncan Samikwa, sem cuja contribuição este Relatório “Plus” do Zoneamento dos Meios de Sustento em

Angola não poderia ter sido realizado.

Este relatório formará parte da base de informações disponível à FEWS NET, ao Gabinete de Segurança Alimentar (GSA)

do e às actividades de monitorização da segurança alimentar em Angola no âmbito do programa de Análise e Avaliação

da Vulnerabilidade Regional da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC-RVAA).

FEWS NET Washington

[email protected]

www.fews.net

FEWS NET is a USAID-funded activity. The content of this report does not

necessarily reflect the view of the United States Agency for International

Development or the United States Government.

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ACRÓNIMOS E ABREVIAÇÕES

EfD Evidência de Desenvolvimento

FEWS NET Rede dos Sistemas de Aviso Prévio contra a Fome

G Recoleção, normalmente de alimentos ou produtos selvagens

GSA Gabinete de Segurança Alimentar

GoA Governo de Angola

HEA Abordagem de Economia Familiar

IK Pagamento de Serviços em Género

MINADERP Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural

OP Culturas de Cultivo Próprio

RVAA Programa de Análise e Avaliação de Vulnerabilidades Regionais

SADC Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral

USAID Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional

M Alimentos Comprados no Mercado

USG Governo dos Estados Unidos

UN Nações Unidas

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INTRODUÇÃO Nos últimos anos o GoA, especialmente o seu pessoal técnico e os decisores políticos do MINADERP, têm vindo a tomar

conhecimento do método e análise de meios de sustento para avaliação de populações em risco de insegurança

alimentar. O Secretariado da SADC, através do Programa RVAA, tem realizado sessões introdutórias de formação sobre

meios de Sustento e disponibilizado apoio consultivo técnico continuado.

Em Novembro de 2011 o programa SADC RVAA realizou um exercício inicial de zoneamento de meios de sustento em

parceria com o GoA, particularmente o MINADERP. Contudo, este exercício piloto apenas incidiu sobre a província do

Cuanza Sul. Foi identificado e definido um total de três zonas de meios de sustento nesta província.

Em resultado destas iniciativas, o GoA exprimiu grande interesse em obter formação adicional, bem como em alargar o

exercício de mapeamento de meios de sustento a todo o país.

A FEWS NET, enquanto parceiro técnico do programa SADC RVAA, iniciou conversações com a SADC e o GoA no sentido

de desenvolver planos para levar a cabo este projecto. Tendo em consideração a complexidade, inacessibilidade e

grandes dimensões de Angola, foi difícil fazer o zoneamento de todo o país num único workshop nacional. Deste modo,

a FEWS NET, o GoA e a SADC desenvolveram uma estratégia para realizar vários workshops regionais sobre

zoneamento de meios de sustento durante o ano de 2013. Estas actividades culminariam num produto de zoneamento

nacional de meios de sustento plus para Angola.

Em Fevereiro de 2013 realizou-se um workshop de mapa de fluxo de mercado e de zoneamento subnacional de meios

de sustento plus, que abrangeu as regiões do centro e sul de Angola, incluindo as províncias de Benguela, Huambo, Bié,

Cuando Cubango, Cunene, Namibe e Huíla. Um segundo workshop teve lugar em Setembro de 2013 com o objectivo de

completar o processo de identificação e definição de zonas de meios de sustento a nível nacional em Angola,

abrangendo a região norte, leste e partes da região central, particularmente as províncias de Luanda, Bengo, Zaire,

Cabinda, Uíje, Cuanza Norte, Malange, Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico.

Em 2013 a FEWSNET começou também a monitorizar à distância a insegurança alimentar em Angola.

ZONEAMENTO DOS MEIOS DE SUSTENTO E METODOLOGIA DE DESCRIÇÃO O produto Zoneamento dos Meios de Sustento “Plus” baseia-se na Abordagem de Economia Familiar (http://www.feg-

consulting.com/resource/practitioners-guide-to-hea/practitioners-guide-to-hea/). Inclui um componente de

zoneamento dos meios tradicionais de sustento (http://www.feg-consulting.com/resource/practitioners-guide-to-

hea/2%20Livelihood%20Zoning.pdf). Para além disso, exploram-se algumas características fundamentais do estatuto

socioeconómico através da justaposição de agregados familiares pobres e de outros relativamente mais prósperos. O

produto Zoneamento dos Meios de Sustento oferece também uma informação mínima sobre todos os meios de

sustento, tais como fontes alimentares e principais fontes de rendimento de cada grupo em cada zona. O produto

também inclui uma breve descrição das características gerais, bem como calendários sazonais e de acesso a produtos

alimentares em cada zona. Por fim, são identificadas as zonas mais vulneráveis em termos de insegurança alimentar.

A HEA define zona de sustento como uma área geográfica onde os agregados familiares satisfazem as suas

necessidades básicas de subsistência, sobretudo comida e dinheiro, de formas relativamente semelhantes. Isto significa

que normalmente também formam agrupamentos socioeconómicos semelhantes, com bases semelhantes de activos,

bem como padrões de consumo relativamente semelhantes. Estas semelhanças verificam-se quer em anos bons, quer

em anos maus, dado que as estratégias de sobrevivência em resposta a choques são também relativamente

semelhantes na mesma zona de meios de sustento.

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Para mais informação sobre os princípios e a análise da Abordagem de Economia Familiar, é favor consultar as páginas

sobre sustento em http://www.fews.net ou descarregar “Application of the Livelihood Zone Maps and Profiles for Food

Security Analysis and Early Warning.”1

Os mapas e as descrições de zonas de meios de sustento formam parte da base de conhecimentos das actividades de

monitorização da segurança alimentar da FEWS NET. Contudo, estes instrumentos não são concebidos como uma

análise abrangente da segurança alimentar, ou como um instrumento completo de monitorização, mas sim para

oferecer pontos de referência e indicar se as condições verificadas num determinado momento justificam um estudo

mais aprofundado. Os resultados apresentados neste relatório descrevem a forma como os agregados familiares

podem ser afectados por vários choques. Facultam também um contexto geográfico para a interpretação de dados de

existentes monitorização, relativos à produção, aos preços e a outros indicadores, de forma a identificar potenciais

problemas. É possível que equipas de avaliação rápida possam utilizar o zoneamento como base de amostragem nos

seus estudos.

A metodologia do Zoneamento dos Meios de Sustento ‘Plus’ consistiu em quatro fases:

Fase Um: No início deste exercício foram providenciados dados secundários para o processo de zoneamento dos meios

de sustento plus. Isto incluiu informação sobre zonas agro-ecológicas, sistemas de cultivo, densidade do gado, zonas de

meios de sustento a nível de província e informação sobre outras actividades de meios de sustento.

Fase Dois: Representantes de cada província reuniram-se em dois workshops de nível regional (Benguela e Malange)

para dividir a área sul e partes das áreas do centro, norte, oeste, leste e restantes partes de regiões centrais do país em

zonas de meios de sustento.

Fase Três: Foram redigidas descrições de cada zona de meios de sustento nos dois workshops regionais, identificando

as características fundamentais de cada zona, bem como os calendários sazonais e de consumo.

Fase Quatro: Uma versão inicial dos relatórios regionais consolidados foi entregue aos participantes para que estes

enviassem o seu comentário até à terceira semana de Outubro de 2013, o que resultou nesta versão do relatório,

publicada a 30 de Outubro de 2013.

Este relatório refere-se aos workshops consolidados de zoneamento nacional de meios do sustento plus, que tiveram

lugar em Benguela (27 de Fevereiro a 2 de Março) e Malange (9 a 12 de Setembro). O objectivo de ambos os exercícios

era criar um mapa nacional de zonas de meios de sustento com descrições para todo o país. O resultado dos workshop

descritos neste relatório é útil das seguintes formas:

1. Faculta um contexto para identificação e melhor entendimento das diferenças económicas em todas as regiões do

país e da forma como estas afectam os agregados familiares

2. Define um enquadramento apropriado da amostragem destinada a avaliação

3. Identifica indicadores apropriados e relevantes para monitorização da segurança alimentar

1 http://v4.fews.net/docs/Publications/Guidance_Application%20of%20Livelihood%20Zone%20Maps%20and%20Profiles_final_en.pdf

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MEIOS DE SUSTENTO NAS ÁREAS RURAIS DE ANGOLA

Como actividade preparatória, a FEWS NET completou uma Desk Review2 (análise documental) do contexto da

segurança alimentar em Angola que foi utilizada como base para identificação e criação de zonas de meios de sustento

em Angola.

O alto índice de crescimento económico de Angola nos últimos anos, numa média de 17% por ano entre 2004 e

2008, que decaiu para 3.9% em 2011 e cresceu para 6.8% em 2012, tem tido como impulso em grande medida os

altos preços internacionais do seu petróleo complementados pelas exportações de diamantes. Isto ajudou a

financiar a expansão económica da reconstrução pós-guerra e a reintegração de pessoas deslocadas. Também

contribuiu para o alto índice de crescimento económico e criação de emprego nos sectores agrícola e de

construção, facultando assim meios de sustento à população rural. Contudo, muito deste crescimento económico

não foi equitativamente distribuido, tal como a grande desigualdade social, visível em todo o país, torna evidente

(Gini Index de 58.6 por cento).

Mais de 85-90% das populações rurais em Angola dependem da agricultura de subsistência, que é a sua principal

fonte de subsistência, excepto na área costeira onde a irrigação é praticada por agricultores comerciais e, até certo

ponto, a produção de tubérculo nas províncias do norte. No entanto, a maior parte da agricultura rural decaiu para

o nível de subsistência, com pouco ou nenhum excedente comercializável. (WFP/VAM Angola, Junho de 2005).

Angola tem um clima tropical com estações húmicas e secas. A precipitação de chuva aumenta de sul para norte. A

precipitação média na faixa costeira, de condições semi-áridas, varia entre menos de 50-100mm em partes da

província do Namibe e mais de 800mm nas áreas costeiras das provícias do Zaire e de Cabinda. Mais para o interior

a variação é de entre 600mm no sul e mais de 1.600mm em partes das provícias do Uíge e de Lunda Norte, que

gozam de chuva durante a maior parte do ano.

O país é constituído por seis grandes zonas agro-ecológicas: (i) a zona do grande e elevado planalto interior na

parte centro-sul e central do país, caracterizada por planícies secas e de grande altitude, e incluindo o ponto mais

alto de Angola, o Morro de Môco (2.620m), com colinas e montanhas no planalto elevado. (ii) a zona climática

húmida até à região do extremo norte e nordeste. (iii) a zona sub-húmida que ocupa a maior parte das regiões

centrais, orientais e do norte, caracterizadas por florestas tropicais equatoriais e de savana. (iv) a zona semi-árida

que se estende desde o sudeste ao longo de 1.600km de costa do Namibe até Luanda, caracterizada sobretudo por

terras baixas e planícies. (v) a zona árida que se estende desde o sudoeste até à província de Luanda, e (vi)

finalmente, as áreas desertas do extremo sudoeste concentradas sobretudo na província de Namibe.

Estas diferenças regionais são o factor que mais influencia os padrões de meios de sustento, incluindo as

actividades pesqueiras e a agricultura de irrigação ao longo da costa; a criação de animais e produção de

massambala e massango no sul; a produção de milho, gado e leite nas áreas transumantes do norte do Cunene,

com transição para condições húmidas e de chuva nas regiões centrais e do norte; e as áreas de produção

predominante de mandioca, banana e café na floresta tropical de folha larga e verde, bem fornecidas de madeiras

tropicais especialmente em áreas do centro, leste e norte de Angola.

Para além dos factores agro-ecológicos que definiram padrões de subsistência na maior parte das zonas rurais de

Angola, as condições de maior acesso e melhores ligações a mercados e a oportunidades de comércio que se

seguiram a 27 anos de guerra civil continuam a influenciar os meios de sustento rural, particularmente entre o

interior, agricolamente produtivo, e os mercados de produtos alimentares costeiros, estratégicos e lucrativos em

áreas como Benguela, Lobito e Luanda. Isto tem sido encorajado pelo desenvolvimento de melhores

2 http://www.fews.net/docs/Publications/AO_DeskReview_2012_10.pdf

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infraestruturas no caso de estradas nacionais principais e pela reconstrução da linha de caminho de ferro de

Benguela, que segue as antigas rotas comerciais que passam por Benguela, Huambo e Bié.

Para além disso, a presença de recursos naturais como petróleo, diamantes, minério de ferro, fosfatos, cobre,

feldespato, ouro, bauxita e urânio, bem como o potencial hidroeléctrico e as ricas terras agrícolas provavelmente

continuarão a fazer crescer os meios de sustento por todo o país. Contudo, apesar da significativa redução dos

níveis de pobreza, actualmente o país continua pobre e importa a maior parte dos produtos alimentares

necessários ao consumo nacional.

A outra grande actividade económica que tem determinado os meios de sustento das populações rurais é a

indústria da construção em expansão, produto da economia em rápido crescimento. Projectos de construção de

casas, estradas, aeroportos, linhas de caminho de ferro e infraestruturas sociais têm aumentado as oportunidades

de trabalho em zonas rurais do país.

A informação contextual acima referida e os conhecedores juízos dos participantes relativamente a actividades de

sustento nas zonas rurais de Angola levaram à identificação de treze grandes zonas de meios de sustento:

i. Zona Costeira de Rendimento Pesqueiro, Horticultura e Não-Agrícola.

ii. Zona de Cultivo de Transição de Banana e Ananás.

iii. Zona Pastorícia, e de Massango e Massambala do Sul.

iv. Zona Sub-Húmida de Pastorícia e Milho.

v. Zona Centro-Oriental de Mandioca e Floresta.

vi. Zona de Planalto Central de Batata e Vegetais.

vii. Zona de Planalto Central de Milho e Feijão.

viii. Zona de Terras Baixas de Transição de Milho, Mandioca e Feijão.

ix. Zona de Floresta Tropical, Mandioca, Banana e Café.

x. Zona de Floresta de Savana e Mandioca Para Comércio.

xi. Zona de Floresta de Savana e Mandioca de Sustento.

xii. Zona de Pesca, Mandioca e Comércio Transfonteiriço e

xiii. Zona Costeira de Agro-Pecuária.

Em geral, o risco de insegurança alimentar é maior nas áreas em que existe um alto risco de fracasso da produção

devido às condições climáticas semi-áridas e à ocorrência frequente de desastres naturais, e onde os grupos mais

pobres têm oportunidades limitadas de obtenção de rendimento e maiores dificuldades no acesso a mercados. As

seguintes zonas são consideradas como as de maior risco de insegurança alimentar na Angola rural.

Zona Pastorícia, e de Massango e Massambala do Sul (AO03)-Esta é uma zona árida do país, onde há frequentes secas

e períodos sem chuva. Estas condições levam a uma produção de grão muito variável. A seca também pode conduzir a

falta de pasto e água de superfície, o que ocasionalmente leva a perdas significativas de gado que constitui um bem

fundamental na zona.

Zona de Planalto Central de Milho e Feijão (AO07)-Esta zona tem um número significativo de pessoas anteriormente

deslocadas. Apesar das condições favoráveis agro-climáticas, esta zona enfrenta problemas, tais como pequenas

parcelas agrícolas, devido à alta densidade populacional, à menor quantidade de bens produtivos e aos agregados

familiares relativamente pobres que não recuperaram de perdas durante a guerra civil, e ainda devido a frequentes

riscos climáticos, tais como inundações, seca e escassez de chuva. Isto torna a zona vulnerável do ponto de vista da

segurança alimentar devido a baixos níveis de resiliência dos agregados familiares, quer a desastres naturais, quer a

choques económicos.

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Zona de Floresta de Savana e Mandioca de Sustento (AO11)-Dadas as favoráveis condições climáticas e de cultivo, o

potencial desta zona é muito alto. Contudo, a produção permanence a nível de sustento, com grande dependência da

mandioca e pouca diversificação económica. É caracterizada pela inacessibilidade física devido à sua localização remota

causada pela falta de desenvolvimento de infraestruturas. Não está ligada a nenhum mercado estratégico (regional ou

nacional) que facilite o acesso regular a alimento e rendimento. Deste modo, esta é uma das zonas em maior risco de

insegurança alimentar.

ACONTECIMENTOS RECENTES QUE AFECTAM A SEGURANÇA ALIMENTAR E OS MEIOS DE SUSTENTO

2013/2014 Níveis de chuva abaixo do normal e um período seco prolongado na zona sul de Angola

afectaram a produção de massango e massambala, a pastorícia e as condições das áreas de

pastagem com reduzido acesso a água para o gado. Isto elevou o risco geral de insegurança

alimentar para os agregados familiares devido à perda de colheitas próprias e de produtos

pastorícios bem como de rendimentos resultantes da venda de colheitas e de animais.

2012/2013 Chuva errática e abaixo do normal em muito do território de Angola em inícios de 2012

contribuiu para uma redução da produção agrícola, o que levou ao aumento da insegurança

alimentar e uma maior prevalência de má-nutrição aguda, especialmente no sul de Angola e

em algumas áreas centrais do país. Fonte- USAID/OFDA- Gabinete do Alimento para a Paz

(Último Boletim Informativo para Angola – Assistência Humanitária em Revisão).

2011/2012 Aumento da produção agrícola devido a boa precipitação de chuva em todo o país, incluindo

as regiões centrais e do sul, o que resultou em níveis mais elevados de oferta alimentar do

que de procura, levando a uma redução dos preços. Isto teve como resultado final a redução

dos rendimentos dos agregados familiares em algumas áreas rurais, o que causou défices

monetários, especialmente nas áreas agrícolas muito produtivas dos planaltos centrais.

2010/2011 Boa precipitação de chuva em todo o país, mas especialmente na região central, e aumento

da produção agrícola, especialmente de alimentos básicos, e melhores condições pastorícias.

Isto teve como resultado um aumento de produtos pastorícios, como leite e carne, para

consumo e para venda.

2009/2010 Chuva acima da média, causando inundações em algumas áreas, incluindo o centro e sul de

Angola. A produção geral de colheitas foi abaixo da média na maior parte das áreas,

especialmente no sul e centro de Angola. Isto afectou também as condições de pasto e de

gado devido às más condições climáticas e a surtos de doenças dos animais em algumas

áreas.

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ZONA COSTEIRA DE RENDIMENTO PESQUEIRO, HORTICULTURA E NÃO-AGRÍCOLA (ZONA DE MEIOS DE SUSTENTO 01)

Esta zona situa-se na linha da costa, estendendo-

se pelas províncias do Namibe, Benguela, Cuanza

Sul, Cuanza Norte, Zaire e Cabinda. Caracteriza-se

por condições áridas e semi-áridas no sul,

enquanto nas áreas do norte o clima é tropical

fresco, especialmente ao longo da costa das

províncias do Zaire e de Cabinda.

A topografia caracteriza-se por uma estreita

planície costeira de terras baixas com uma altitude

de 0-400 metros que se eleva abruptamente

transformando-se num planalto interior. A

vegetação é constituída sobretudo por erva e

floresta com áreas isoladas de mangais, estepe e

velhas oliveiras e palmeiras de óleo que datam do

tempo colonial.

A precipitação varia entre 50-100mm por ano na

região árida e semi-árida do sul, aumentando para

800mm na zona tropical do norte, sobretudo nas

províncias do Zaire e Cabinda. As chuvas

normalmente começam no início de Outubro e

vão até Abril com um intervalo de Maio a

Setembro. A temperatura média varia entre um

máximo de 25 a 30 o

C em Dezembro/Março e um

mínimo de 17 a 20oC entre Junho e Julho.

A área tem uma densidade populacional de

aproximadamente 5-10 habitantes por quilómetro

quadrado, com uma maior concentração de

pessoas nos centros urbanos (Censo Nacional de

População-2000).

O solo é naturalmente fértel, constituído por

barro e solos aluviais que são muito adequados à

agricultura de cultivo mas não são utilizados

eficazmente devido às condições áridas e semi-

áridas especialmente no sul. As áreas de terra

cultivada são pequenas, em média de 0.8

hectares. A maior parte do cultivo é feito à mão,

embora os grupos com mais posses empregue

trabalhadores e, por essa razão, possua maior

quantidade de terreno. Em comparação com a

parte norte desta zona, bem como com outras

regiões do país, a parte sul tem um potencial

agrícola muito baixo.

Risco de insegurança alimentar

Baixo risco de insegurança alimentar devido às opções diversificadas de meios de sustento do agregado familiar.

Principais bens produtivos

Pobres Com mais posses

Menos cabras, ovelhas, porcos e aves domésticas Equipamento de pesca (canoa de madeira, rede, linhas com anzóis- “Muzuas”) Bicicleta Terra cultivável- menos hectares.

Mais cabras, ovelhas e porcos em currais. Equipamento de pesca (barco motorizado, rede e anzol) Veículo motorizado Terra cultivável- mais hectares.

Principais alimentos consumidos e fontes

Pobres Com mais posses

Mandioca (OP/MP) Vegetais (OP) Milho (OP/MP) Peixe (G/MP) Carne (MP) Banana (MP)

Mandioca (OP) Vegetais (OP) Milho (OP/MP) Peixe (G/MP) Carne (OP/MP) Banana (OP/MP)

Principais fontes de rendimentos

Pobres Com mais posses

Venda de peixe Venda de vegetais Comércio de pequena escala Venda de trabalho não-laboral Venda de combustível doméstico Venda de sal

Venda de peixe Comércio por grosso de grande escala Emprego formal Venda de vegetais Remessas de dinheiro

Mercados principais

Os mercados alimentares estratégicos incluem Locais, Luanda e Benguela; entretanto, o trabalho é comercializado nas indústrias de serviços, formais e informais, em expansão (armazéns e fábricas de produtos de peixe).

Principais riscos e frequência aproximada

Mar bravo durante a estação das chuvas

Invasão por grande número de focas, uma praga durante a estação das chuvas

Inundações marítimas em que a água salgada inunda a água doce durante o período de Março a Abril

Principais estratégias de sustento

Migração de trabalhadores para áreas urbanas tais como Luanda Maior dependência do auto-emprego

Maior comércio de produtos manufacturados Maior dependência de remessas de dinheiro de familiares que trabalham noutros lugares

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A fonte principal de alimento das famílias desta zona provém do mercado, embora as colheitas de horticultura (tomate,

cebola, couve e espinafre) sejam cultivadas no sul da zona. A mandioca e o milho são produzidos na linha costeira do

norte, em particular pelo grupo com maiores posses. Este grupo faz criação de animais pequenos, incluindo cabras,

ovelhas, porcos e aves domésticas, principalmente para consumo familiar.

Os factores principais que determinam a riqueza são o acesso ao equipamento de pesca, a posse de animais, o tamanho

de terra cultivada e a capacidade de ter outro emprego e outras oportunidades económicas.

Os rendimentos dos agregados familiares nesta zona baseiam-se sobretudo em actividades piscatórias marítimas de

grande escala, comerciais e semi-industriais, bem como actividades piscatórias de menor escala. Os pobres e os mais

favorecidos dependem sobretudo da venda de peixe como forma de rendimento.

Contudo, o grupo pobre também depende da venda de vegetais, produção familiar de combustível (madeira, carvão

vegetal e carvão), pequeno comércio, trabalho não qualificado em armazéns, fábricas de tratamento de peixe e outros

sectores de serviços. O grupo com mais posses complementa os rendimentos com actividades de pequeno comércio e

emprego formal no sector de serviços, bem como remessas de dinheiro. Outras actividades económicas possíveis são a

mineração de sal e carvão em locais específicos ao longo da costa, principalmente nas partes central e sul da zona.

Deve ser mencionado o facto de que a infraestrutura de transportes e comunicações, relativamente desenvolvida,

(redes de estradas alcatroadas, transporte aéreo fiável com instalações de aeroporto renovadas, e linhas de caminho

de ferro funcionais) facilitou o comércio com a área de grande produção agrícola do interior de Angola. Estas

infraestruturas tornaram esta zona facilmente acessível a comerciantes e investidores de Angola e do estrangeiro.

Os mercados principais para o comércio de peixe incluem: Namibe, Tombua, Lucira, Baia-Farta, Estomba-Benguela,

Porto Amboim, Sumbe, Luanda e Cabinda. Estes mercados são complementados por mercados sazonais, tais como o

comércio do sal em Sol-Namibe e Namibe e Caponte-Benguela para a venda de vegetais. Nesta zona há também uma

nova refinaria de petróleo que está a ser desenvolvida actualmente na área costeira de Lobito. A indústria do petróleo

também tem aumentado o acesso a mercados, especialmente no que respeita aos produtos locais.

Os principais riscos e choques incluem mar bravo, que ocorre entre Novembro e Março; grande número de focas, que

são consideradas pragas, entre Setembro e Abril; inundação de água salgada que entra pela água doce entre Março e

Abril; e os derramamentos de petróleo que causam poluição ambiental ao longo da costa norte durante todo o ano.

Ambos os grupos pobres e os grupos com mais posses reagem sobretudo através de migração laboral, maior

dependência de auto-emprego e remessas de dinheiro.

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

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CALENDÁRIO SAZONAL, ZONA 01

O calendário de actividade sazonal mostra que a estação das chuvas tem lugar entre Outubro e Abril e que a estação

seca vai de Maio a Setembro. A estação de escassez segue-se à estação festiva de Dezembro e vai de Janeiro a Abril.

A produção de vegetais tem lugar todo o ano, enquanto colheitas como a mandioca e o milho, cultivadas sobretudo na

parte norte da zona, são sazonais. A estação agrícola começa com a preparação da terra em Agosto e Setembro,

seguida de plantação e sementeira em Outubro e Novembro. A monda tem lugar em Novembro e a colheita,

especialmente a do milho, entre Dezembro e Janeiro. Outras actividades, especielmente as da colheita de mandioca,

têm lugar durante todo o ano. Actividades piscatórias marinhas e fluviais também ocorrem durante todo o ano.

CALENDÁRIO DE CONSUMO PARA AGREGADOS FAMILIARES POBRES, ZONA 01

Estações

estação seca

estação húmida

estação de escassez

Cultivo

produção de vegetais

preparação da terra

plantação/sementeira

monda

colheita

Outros

pesca

Riscos

ondas marítimas gigantescas

invasão de focas

inundação de água salgada

marítima

derramamento de petróleo

Legenda p p preparação da terra s s plantação w w monda h h colheita

Set Out Nov DezJan Fev JulMar Abr Maio Jun Ag

Alimentos básicos

mandioca

sêmola de milho

Rendimento

venda de peixe

comércio de retalho

trabalho casual-fora da quinta

Despesas

educação (material escolar)

saúde (custos mais elevados)

Legenda p p propdução própriam m compra de mercadok k em géneroc c recoleção

Jan Fev Mar Abr Maio Nov DezJun Jul Ag Set Out

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

O calendário de consumo mostra que o grupo pobre nas partes norte da zona (zonas costeiras das províncias de

Cabinda e Zaire) não compra mandioca, alimento base, enquanto o grupo pobre das áreas do sul (zonas costeiras das

províncias de Namibe, Benguela, Cuanza Sul e Bengo) compra milho, alimento base, durante todo o ano.

A venda de peixe, o comércio de retalho de artigos familiares e actividades laborais casuais (armazéns e fábricas de

tratamento de peixe) também ocorrem durante todo o ano.

A escolaridade primária em Angola é actualmente gratuita. No entanto, as famílias gastam dinheiro nos materiais

escolares. Estas despesas ocorrem normalmente durante os meses de Fevereiro a Junho e de Agosto a Novembro. As

despesas com a saúde normalmente aumentam durante a estação das chuvas devido ao aumento de casos de malária.

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Zona de Cultivo de Transição de Banana e Ananás (Zona de meios de sustento 02) Esta zona situa-se na província de Benguela e na parte ocidental da província de Cuanza Sul. A topografia é sobretudo plana e caracteriza-se pela erva de savana e zonas florestais com prados, estepe e vegetação rasteira, o que a torna favorável à produção de colheitas e de animais. A área tem ainda outros recursos naturais, incluindo quartzo e águas termais e minerais. A área tem um solo de textura arenosa moderadamente fértil, o

que a torna altamente produtiva em fruta tropical (banana e

ananás). A precipitação de chuva na zona varia muito, com uma

precipitação média entre 200mm em Benguela e 900-1.200mm

em Bocoio. A zona tem um padrão de chuvas unimodal, com

duas estações distintas, a estação seca (Maio/Setembro) e

estação das chuvas (Outubro/Abril). As temperaturas variam

entre um máximo de 20o-30

oC em Março e um mínimo de 16

oC

a 20 o

C em Junho.

Esta zona é moderadamente populada, com cerca de 10-20

pessoas por quilómetro quadrado (Censo Nacional de

População-2000).

I. Os sistemas de cultivo nesta zona incluem a chuva e a

irrigação. O grupo dos pobres cultiva à mão, enquanto o grupo

com mais posses usa uma combinação de tracção animal e

práticas mecanizadas, especialmente nas grandes plantações de

banana e ananás.

A zona é conhecida pelas suas plantações comerciais de

pequena e grande escala, quer nas áreas baixas, quer nas altas,

o que resulta em rendimento em dinheiro para a população

através das vendas directas de colheitas e das oportunidades de

emprego especialmente entre os pobres.

As maiores colheitas são as de milho, mandioca, feijão,

amendoim, batata doce, vegetais e alguns citrinos. Quer os

grupos com mais posses, quer alguns agregados familiares

pobres são proprietários de pequenos grupos de animais,

incluindo gado, cabras e porcos e, para além disso, algumas

aves domésticas são mantidas para consumo doméstico.

Os principais factores que determinam a riqueza nesta zona são

o tamanho da área de terra cultivada e a posse de animais.

O grupo pobre vive sobretudo a níveis de sustento e o seu

acesso ao alimento faz-se através da sua própria produção de

culturas, pesca, compras no mercado e, em alguns casos,

assistência alimentar durante anos de pouca produção. Aqueles

que têm mais posses são quase sempre auto-suficientes e a

maior parte das suas necessidades alimentares anuais é

satisfeita pela sua própria produção de culturas. A maioria dos

Risco de insegurança alimentar

Área muito produtiva em colheitas com baixo risco de insegurança alimentar.

Principais bens produtivos

Pobres Com mais posses

Área cultivada- menos hectares Menos cabras Menos porcos Aves domésticas (galinhas e patos)

Área cultivada- mais hectares. Gado Mais cabras Mais porcos Aves domésticas (galinhas e patos )

Principais alimentos consumidos e fontes

Pobres Com mais posses

Milho (OP/MP) Peixe (G/MP) Vegetais (OP) Mandioca (OP/MP) Carne (MP) Milho e Feijão-assistência alimentar.

Milho (OP/MP) Bananas (OP/MP) Peixe (G/MP) Carne (MP/OP) Fruta (OP)

Principais fontes de rendimentos

Pobres Com mais posses

Venda de vegetais Venda de milho Venda de trabalho agrícola Venda de cabras Venda de porcos Venda de artesanato Venda de bebida local Venda de combustível doméstico

Venda de bananas Venda de milho Venda de ananás Venda de gado Venda de cabras Comércio de pequena escala, tal como água mineral

Mercados principais

Mercados principais acessíveis na zona incluem Caponte e Chapanguela. O emprego laboral local ocorre sobretudo nas plantações de banana e ananás. O emprego externo também é acessível nas áreas vizinhas peri-urbanas e nas cidades com trabalhadores migrantes ao longo da costa.

Principais riscos e frequência aproximada

Ocorrem inundações sazonais anualmente de Novembro a Dezembro Ocorrem doenças de animais de dois em dois anos de Junho a Setembro Baixos preços das colheitas durante anos de colheita abundante.

Principais estratégias de sustento

Pobres Com mais posses

Mais migração laboral Mais auto-emprego Mais remessas de dinheiro

Mais venda de gado Maiores níveis de auto-emprego

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

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habitantes locais também compra peixe capturado no rio Catumbela durante todo o ano.

As principais fontes de rendimento do grupo dos pobres é a venda de vegetais, fruta, animais, artesanato, bebida local,

combustível doméstico (lenha e carvão) e trabalho agrícola sazonal. As principais opções de rendimento para os mais

abonados são a venda de colheitas de rendimento (bananas e ananás). Para além disso, estes complementam o seu

rendimento através da venda de animais e do comércio de pequena escala, como a venda de água mineral.

Nos últimos anos o desenvolvimento de infraestruturas, tais como estradas de alcatrão e ligações ferroviárias,

melhorou o acesso físico às áreas costeiras vizinhas e ao interior de Angola, altamente produtivo. A zona está agora

acessível a mercados-chave como Gabela, Condé, Caponte, Sumbe, Porto Amboim, Wako kungo, Luanda e Chapanguela

para a venda de bananas e ananás.

Para ambos os grupos, a venda de colheitas complementa o dinheiro do agregado familiar durante períodos em que as

oportunidades de emprego local são limitadas. A migração sazonal dos pobres para áreas vizinhas urbanas e semi-rurais

é elevada durante os meses de Maio a Setembro.

Os principais riscos e choques incluem inundação sazonal, doenças de animais, períodos de seca e baixos preços das

colheitas. As estratégias de sustento comuns entre os pobres são a migração laboral, o aumento de auto-emprego e a

maior dependência de remessas de dinheiro. O grupo com mais posses aumenta sobretudo a venda de gado e

desenvolve várias formas de auto-emprego.

CALENDÁRIO SAZONAL, ZONA 02

As chuvas começam em Outubro e terminam em Abril do ano seguinte. A estação seca começa em Maio e termina em

Setembro. A estação de escassez ocorre normalmente de Setembro a Dezembro, antes das culturas verdes estarem

acessíveis para consumo em fins de Janeiro. A estação agrícola começa com a preparação da terra, sobretudo para

Estações

estação seca

estação húmida

estação de escassez

Cultivo

preparação da terra

plantação/sementeira

monda

colheita

Animais

criação de

cordeiros/cabritos/parição

extracção de leite

Riscos

inundações

doenças de animais

baixos preços das colheitas

Legenda p p preparação da terra s s plantação w w monda h h colheita

Set Out Nov DezJan Fev JulMar Abr Maio Jun Ag

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

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colheitas básicas como milho e feijão, de Maio a Agosto. Segue-se a plantação e sementeira em Setembro e Outubro.

Os meses de Novembro e Dezembro são quase sempre para monda dos campos. O consumo de verdes começa em

Janeiro e a colheita de grão de milho e feijão tem lugar de Fevereiro a Abril. Actividades relacionadas com colheitas

grandes de rendimento (ananás e banana) têm lugar durante todo o ano.

Outras actividades económicas importantes incluem a criação de cordeiros e cabritos, e parição, com produção de leite

entre Outubro e Abril do ano seguinte.

CALENDÁRIO DE CONSUMO PARA AGREGADOS FAMILIARES POBRES, ZONA 02

Os padrões de consumo nesta zona indicam que o grupo pobre depende de uma combinação da própria produção de

colheitas e da compra de alimentos básicos no mercado. A produção própria é uma fonte importante de alimento de

Março a Agosto, após o que o grupo pobre depende das compras sobretudo de milho e feijão no mercado. As principais

fontes de rendimento são sobretudo sazonais, com excepção da venda de ananás. O grupo pobre vende bananas

durante os meses de Novembro a Fevereiro. Milho e feijão são consumidos e vendidos entre Maio e Junho. Outras

fontes de rendimento sazonal são o trabalho agrícola nas quintas comerciais de banana. Actualmente em Agola a

escolaridade primária é gratuita. Contudo, as famílias gastam dinheiro em material escolar. Estas despesas ocorrem

normalmente durante os meses de Fevereiro a Junho e de Agosto a Novembro. As despesas com a saúde normalmente

aumentam durante a estação das chuvas devido ao aumento de casos de malária.

Alimentos básicos

milho

feijão

Rendimento

venda de banana

venda de ananás

venda de milho e feijão

Despesas

educação (material escolar)

saúde (custos mais elevados)

Legenda p p propdução própriam m compra de mercadok k em géneroc c recoleção

Nov DezJun Jul Ag Set OutJan Fev Mar Abr Maio

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

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ZONA PASTORÍCIA, E DE MASSANGO E MASSAMBALA DO SUL (Zona de meios de sustento 03)

Esta zona situa-se sobretudo na parte sul de Angola na zona

agro-ecológica árida e semi-árida. A topografia é geralmente

terra baixa de tipo pradaria. A vegetação caracteriza-se por

deserto, erva e floresta de savana. Nesta zona os rios incluem o

Cunene que corre por uma zona que desce gradualmente para o

extremo sul e escoa-se directamente numa rede de vales,

incluindo a grande bacia seca do Etosha na Namíbia e outros

cursos de água secos. O segundo maior rio é o Okavango na

parte oriental da zona, que surge de uma área mais densamente

florestada em Kubango, dentro do planalto de Bié. Atravessa o

sudeste de Angola num curso inicialmente interrompido por

rápidos. Ao longo do seu curso junta-se-lhe o Cuito e o

Cubango, dois dos seus maiores afluentes, e depois corre ao

longo da fronteira com a Namíbia, criando canais aluviais de

planície bem adequados ao “Olanaka”, uma forma tradicional

de agricultura de terras aluviais no sudeste de Angola.

Esta zona tem um padrão de chuva unimodal, com uma

precipitação média de cerca de 200-400mm por ano. Há duas

estações, a estação das chuvas que vai de Setembro a Março, e

a estação seca de Abril a Agosto. As temperaturas anuais

médias são variáveis, aumentando do norte para o sul. A

população é muito pouco densa, com cerca de 5 pessoas por

quilómetro quadrado (Censo Nacional de População-2000). A

escassez da população, combinada com as condições áridas e o

solo arenoso, tornam esta região mais adequada à pastorícia do

que ao cultivo. O relevo suave nesta área facilita a

movimentação de animais transumantes após as inundações

sazonais de áreas como as zonas baixas do rio Cunene. Uma

sucessão de lagos e lagoas pouco profundos oferece pastagem

para o gado na estação seca. As lagoas permanentes de

Tchimporo em Kuvelai também têm um papel importante na

vida económica do povo, pois oferecem oportunidades de pesca

e pastagens de reserva durante períodos críticos.

Os dois factores principais que determinam níveis de riqueza

entre os agregados familiares são o número de animais que

estes possuem e a terra cultivada por cada agregado.

Cultiva-se principalmente o pequeno grão (massango e

massambala) com algum milho e vegetais ao longo dos

principais rios e vales. A população local também recorre à

pesca sazonal fluvial como complemento do seu regime

alimentar.

O grupo pobre subsiste por meio da sua própria produção de colheitas e alimentos silvestres. O grupo de mais posses

produz um pouco mais de alimento e todos os agregados familiares dependem de compras de bens essenciais no

mercado durante os meses de Dezembro a Maio, o que é complementado por leite e carne especialmente durante a

Risco de insegurança alimentar

Alto risco de insegurança alimentar devido às condições semi-áridas e à baixa produção de culturas.

Principais bens produtivos

Pobres Com mais posses

Menos cabras Porcos Aves domésticas Terra cultivada- menos hectares. Utensílios naturais Produtos naturais

Gado Mais cabras/ovelhas Aves domésticas Terra cultivada- mais hectares. Utensílios naturais Produtos naturais

Principais alimentos consumidos e fontes

Pobres Com mais posses

Massango (OP/MP) Massambala (OP/MP) Milho (MP) Leite (OP/IK/MP) Carne (OP/MP) Alimentos silvestres (G) Dádivas Milho e feijão (assistência alimentar)

Massango (OP) Massambala (OP) Milho (MP) Leite (OP) Carne (OP) Alimentos silvestres (G)

Principais fontes de rendimentos

Pobres Com mais posses

Venda de cabras Venda de porcos Venda de aves domésticas Venda de produtos naturais

Venda de gado Venda de produtos de gado (leite e carne) Venda de peixe

Mercados principais

Os mercados principais acessíveis nesta zona são Nguanguelas, Kwahama, Nhaneka, Humbi, Mucubais e Muimbas. O trabalho Local também é comercializado dentro e fora da zona.

Principais riscos e frequência aproximada

Condições de seca, que normalmente ocorrem aproximadamente de 10 em 10 anos Inundações sazonais ocorrem anualmente Períodos de seca ocorrem uma vez de dois em dois ou de três em três anos Doenças dos animais ocorrem anualmente

Principais estratégias de sustento

Pobres Com mais posses

Mais venda de trabalho Maior recoleção de alimentos silvestres

Mais venda de animais Mais auto-emprego

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

estação das chuvas. Esta zona é conhecida pela sua produção de leite que é consumido durante todo o ano, embora as

quantidades consumidas sejam maiores durante a estação das chuvas.

A maioria dos produtos animais consumido pelo grupo pobre é obtida por meio de pagamento em géneros recebido do

grupo com mais posses como paga pelo pastoreio de gado.

A venda de animais é a fonte de rendimentos em dinheiro mais importante, quer para o grupo pobre, quer para o de

mais posses. O grupo pobre obtém rendimento da venda de cabras e porcos, e também da venda de carvão e lenha.

O grupo com mais posses também obtém rendimento da venda de leite e outros lacticínios.

A venda de animais, produtos animais e trabalho local (pastoreio) é possível devido à procura dentro da zona e ao

acesso a mercados-chave estratégicos, tais como Nguanguelas, Kwahama, Nhaneka, Humbi, Mucubais, Muimbas e

Ondjiva/Santa Clara. Os mercados externos mais importantes incluem Lubango/Mutala nas regiões do centro-sul,

Kalueque e, para lá da fronteira, a Namíbia. O acesso físico a esses mercados é relativamente bom devido a uma rede

rodoviária razoavelmente bem distribuída por toda esta região escassamente povoada do país.

Grandes riscos e choques incluem seca, períodos secos e inundações sazonais. A estratégias comuns de sustento do

grupo pobre incluem a venda de trabalho e a recoleção de alimentos silvestres, mais venda de animais e diversificação

de opções de auto-emprego, enquanto o grupo mais abastado tende a aumentar a venda de animais e a deslocar-se

para terras mais altas em caso de inundações excessivas, especialmente ao longo da fronteira entre Angola e a

Namíbia.

CALENDÁRIO SAZONAL, ZONA 03

Estações

estação seca

estação húmida

estação de escassez

Cultivo

preparação da terra

plantação/sementeira

monda

colheita

Animais

criação de

cordeiros/cabritos/parição

extracção de leite

migração sazonal de gado

Riscos

inundações

doenças de animais

baixos preços das colheitas

Legenda p p preparação da terra s s plantação w w monda h h colheita

Set Out Nov DezJan Fev JulMar Abr Maio Jun Ag

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

As chuvas duram de Setembro até fim de Março do ano seguinte. A estação seca começa em Abril e dura até Agosto. A

estação de escassez vai normalmente de Setembro a Novembro, antes do início do aumento da produção de leite em

Dezembro e do consumo de verdes em finais de Janeiro.

A estação agrícola começa com a preparação da terra, sobretudo para colheitas básicas como massango e massambala,

de Junho a Agosto. Segue-se a plantação e a sementeira em Setembro e Outubro.

A monda faz-se entre Novembro e Janeiro. A produção de leite começa a partir de Outubro, aumentando por volta de

Dezembro e até Abril. O acesso à alimentação é complementado pelo consumo de verdes a partir de fins de Janeiro.

Outras actividades sazonais importantes incluem a criação de cordeiro e cabrito, e a parição, desde Outubro até Abril

do ano seguinte.

Os principais riscos são a inundação fluvial e as doenças dos animais, em conjunto com os baixos preços das colheitas,

especialmente durante e após a principal colheita por volta de Abril.

CALENDÁRIO DE CONSUMO PARA AGREGADOS FAMILIARES POBRES, ZONA 03

O padrão de consumo entre o grupo pobre nesta zona mosta uma maior dependência de compras de produtos básicos

no mercado do que de colheitas próprias. As colheitas próprias de massango e massambala normalmente duram entre

Junho e Novembro. Os principais alimentos básicos comprados pelo grupo pobre entre Setembro e Fevereiro são milho

e feijão. O grupo pobre também troca animais por grão durante o período de Dezembro a Maio, na altura anterior à

próxima colheita.

As principais fontes de rendimento familiar são a venda de animais, de produtos naturais e, até certo ponto, de grão de

massango e massambala imediatamente após a colheita principal (Junho a Agosto). As principais despesas incluem a

compra de material escolar necessário às crianças que frequentam a escola. As despesas de saúde normalmente

aumentam durante a estação das chuvas de Outubro a Abril.

Alimentos básicos

milho

feijão

massango e massambala

comércio de troca (animais por

grão)

assistência alimentar

Rendimento

venda de animais

venda de massango/ massambala

venda de produtos naturais

Despesas

educação (material escolar)

saúde (custos mais elevados)

Legenda p p propdução própria m m compra de mercadok k em género c c recoleção

Jan Fev Mar Abr Maio Nov DezJun Jul Ag Set Out

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

ZONA SUB-HÚMIDA DE PASTORÍCIA E MILHO (Zona de meios de sustento 04) Esta zona de meios de sustento está localizada nas

regiões centro-sul e central da parte sub-húmida de

Angola. Abrange sobretudo as provícias de Huíla e

partes do Kuando Kubango. Nesta zona a vegetação

caracteriza-se pela floresta seca decídua e pela savana.

Os principais rios sazonais e perenes da zona incluem o

Cubango, o Cuvlei e o Matala.

A zona tem um padrão de chuva unimodal com

precipitação média de cerca de 300-400mm por ano. O

solo nesta área é de barro, relativamente fértil, e a

população tem uma densidade moderada, com cerca de

5-10 pessoas por quilómetro quadrado (Censo Nacional

de População-2000).

É predominantemente ocupada pela agro-pastorícia e é

conhecida pelo seu alto potencial agrícola devido à

chuva e à irrigação agrícola. O GoA apoiou um programa

de reabilitação do sector agrícola para os canais mais

importantes por onde passa o rio Matala

(particularmente na província do Huíla). Isto beneficiou

muito a produção de milho.

Principalmente faz-se o cultivo de milho, massango,

feijão e vegetais. Outro cultivo de mais pequena escala

inclui o dos citrinos. Os animais principais são sobretudo

gado, dado a zona ser o maior produtor de leite do país,

e cabras, ovelhas e porcos. As aves domésticas são

sobretudo para consumo. Os habitantes locais também

practicam a movimentação sazonal dos animais em

busca de água e pasto.

Os dois factores principais que determinam o nível de

riqueza entre os agregados familiares são o número de

animais que cada agregado familiar possui e a

quantidade de terra cultivada.

A principal fonte de alimentação do grupo pobre advém

das suas próprias culturas, produtos animais e pesca,

complementada pela recoleção de alimentos silvestres.

O grupo pobre também depende da compra de

alimentos básicos (milho e mandioca) durante os meses

de Outubro a Fevereiro. O grupo de mais posses

depende sobretudo da sua própria produção e produtos

animais, com compras mínimas no mercado,

especialmente de bens alimentares não básicos.

As principais fontes de rendimento do grupo pobre

Risco de insegurança alimentar

Baixo risco de insegurança alimentar devido à alta produtividade agrícola.

Main productive assets

Pobres Com mais posses

Menos gado Aves domésticas Terra cultivada- menos hectares Utensílios manuais

Mais gado Cabras Ovelhas Porcos Terra cultivada- mais hectares Tracção animal

Principais alimentos consumidos e fontes

Pobres Com mais posses

Milho (OP/MP) Massango (MP) Massambala (MP) Arroz (MP) Carne (OP/MP) Peixe (G/MP) Carne (OP/MP) Mandioca (MP)

Milho (OP) Massango (MP/OP) Massambala (MP/OP) Arroz (MP) Mandioca (MP) Feijão (MP) Carne (OP) Peixe (MP)

Principais fontes de rendimentos

Pobres Com mais posses

Venda de trabalho Venda de milho Venda de peixe Venda de gado Venda de aves domésticas Venda de produtos naturais

Venda de gado Venda de produtos animais (leite e carne) Emprego formal Comércio formal/informal Minerais- i.e. Granito

Mercados principais

As principais oportunidades de emprego local existem dentro da zona e incluem trabalho agrícola, como a preparação da terra, sementeira, remoção de erva daninha e colheita, etc.

Principais riscos e frequência aproximada

Seca e períodos secos Inundações Doenças de animais Doenças e pragas de culturas Frequentes fogos florestais-para renovar as condições de pastagem Preços flutuantes de alimentos no mercado

Principais estratégias de sustento

Pobres Com mais posses

Migração laboral Maior recoleção de alimentos silvestres Mais venda de animais Migração em busca de água e pastagens

Irrigação Compra de alimentos distantes/stoques adequados. Mais venda de animais Compra de medicamentos para animais

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

incluem a venda de trabalho, grão, peixe, gado e lenha, com rendimento adicional resultante do trabalho nas minhas de

carvão. O grupo com mais posses vende animais e produtos animais (leite e carne) como principal fonte de rendimento,

o que é complementado por emprego formal, comércio e minerais como o granito.

O comércio de vários produtos é possível devido à existência de mercados importantes com boas ligações entre si, tal

como João de Almeida e Mutundo (Lubango). A maioria do trabalho agrícola é providenciado localmente dentro da

zona. Esta área também está estrategicamente situada, o que a torna acessível a mercados regionais lucrativos ao

longo das áreas costeiras e da fronteira com a Namíbia, bem como o densamente povoado planalto central do país. O

fluxo de produtos e a sua acessibilidade são determinados pelas áreas de origem, estado das estradas de acesso e

factores ambientais e de linhas ferroviárias.

Os principais riscos e choques incluem a seca e as condições secas, inundações, doenças de animais, pragas e doenças

de colheitas e preços flutuantes de produtos alimentares.

Estratégias comuns de sustento, especialmente entre os grupos pobres, incluem a migração laboral, mais recoleção de

alimentos silvestres, mais venda de animais e migração em busca de água e pastagens.

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

CALENDÁRIO SAZONAL, ZONA 04

A estação das chuvas vai de Outubro até ao fim de Abril do ano seguinte. A estação seca é entre Maio e Setembro. A

estação de escassez é normalmente de Outubro a Janeiro, antes do consumo de verdes em finais de Janeiro.

A estação agrícola começa com a preparação da terra, principalmente para o cultivo de alimentos básicos (milho, feijão

e mandioca) de Junho a Agosto. Segue-se a plantação e a sementeira em Setembro e Outubro. A monda é feita entre

Novembro e Janeiro, o que também oferece oportunidades de emprego para o grupo pobre.

Os principais riscos são a seca e as condições secas durante a estação das chuvas, inundações fluvais sazonais em

Outubro e Novembro, doenças de animais de Junho a Setembro em conjunto com baixos preços das colheitas

especialmente durante e após a colheita principal de Março a Junho.

Estações

estação seca

estação húmida

estação de escassez

Cultivo

preparação da terra

plantação/sementeira

monda

colheita

Animais

criação de

cordeiros/cabritos/parição

extracção de leite

migração sazonal de gado

Riscos

secas e períodos secos

inundações

doenças de animais

baixos preços das colheitas

Legenda p p preparação da terra s s plantação w w monda h h colheita

Set Out Nov DezJan Fev JulMar Abr Maio Jun Ag

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

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CALENDÁRIO DE CONSUMO PARA AGREGADOS FAMILIARES POBRES, ZONA 04

O calendário de consumo do grupo pobre mostra dependência quer da compra em mercado, quer da produção própria.

As colheitas básicas incluem o milho e o feijão complementado pela pesca. A colheita própria é uma importante fonte

de alimento entre Abril e Agosto. As compras em mercado, especialmente grão de milho e feijão, normalmente ocorre

entre Setembro e Março, após o que o grupo pobre pode obter produtos verdes da nova colheita. A pesca é uma

actividade de todo o ano nos rios principais da zona.

As principais fontes de rendimento em dinheiro incluem a venda de milho nos meses de Junho a Setembro. A venda de

peixe é sazonal e providencia rendimento familiar nos meses de Outubro a Abril. O carvão é vendido sobretudo entre

Junho e Setembro e a venda de trabalho (agrícola e não-agrícola) faz-se durante o ano e providencia rendimento muito

necessário ao grupo pobre.

As principais despesas incluem a compra de material escolar necessário às crianças na escola, dado que a escolaridade

primária é actualmente gratuita. As despesas de saúde normalmente aumentam durante a estação das chuvas de

Outubro a Abril.

Alimentos básicos

milho

feijão

peixe

Rendimento

venda de milho

venda de peixe

venda de carvão

venda de trabalho

Despesas

educação (material escolar)

saúde (custos mais elevados)

Legenda p p propdução própria m m compra de mercadok k em género c c recoleção

Nov DezJun Jul Ag Set OutJan Fev Mar Abr Maio

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ZONA CENTRO-ORIENTAL DE MANDIOCA E FLORESTA (Zona de meios de sustento 05) Esta zona situa-se nas regiões do centro-leste e partes do sul e

centro de Angola. A vegetação caracteriza-se por floresta

decídua e erva. Contudo, as regiões nordestinas têm recursos

naturais de floresta aberta com madeira de alto valor. Há

também rios sazonais, como o Chifumage, o Lumege e o Luena,

que correm na parte oriental da zona.

Esta área tem um padrão de chuvas unimodal com precipitação

média de cerca de 800-1.200mm por ano. A estação das chuvas

geralmente dura de Setembro a Março.

Os solo na área é sobretudo arenoso e de barro, com fertilidade

moderada a alta.

Estando entre as regiões moderamente populadas do país, esta

zona tem cerca de 5-10 pessoas por quilómetro quadrado

(Censo Nacional de População-2000). A zona contribui com

cerca de 20% das colheitas nacionais, um indicador da sua alta

produtividade agrícola comparada com zonas vizinhas.

O principal cultivo de alimentos nesta zona é o de mandioca,

milho e feijão. Outras colheitas produzidas numa escala mais

pequena incluem vegetais e citrinos.

A criação de animais não é uma característica dominante nesta

zona embora haja pequenas criações de gado e porcos. As aves

domésticas são primordialmente para consumo.

Os dois factores principais que determinam níveis de riqueza

entre os agregados familiares são o número de animais que

possuem e a terra cultivada por agregado.

O grupo pobre depende sobretudo das suas colheitas e do peixe

para o consumo diário, complementados pela compra em

mercado de milho, arroz, peixe seco e óleo de cozinha. O grupo

com mais posses tem alguma maior auto-suficiência em termos

da sua própria produção e é menos dependente de compras no

mercado.

A venda de colheitas (mandioca e milho) é a principal fonte de

rendimentos para ambos os grupos, especialmente durante os

anos de excedente. O grupo pobre também complementa o seu

rendimento com a venda de produtos naturais (carvão, lenha,

areia e pedras). O grupo mais abastado maximiza os seus

rendimentos vendendo animais e produtos de madeira. Outros

produtos florestais explorados por ambos os grupos incluem a

recoleção e venda de mel de alta qualidade.

Risco de insegurança alimentar

Baixo risco de insegurança alimentar devido à diversificação de colheitas e produtividade agrícola.

Principais bens produtivos

Pobres Com mais posses

Menos gado Menos porcos Aves domésticas Terra cultivada- menos hectares Tractores Motociclo

Mais gado Cabras Mais porcos Aves domésticas Terra cultivada- mais hectares Bicicletas Utensílios manuais

Principais alimentos consumidos e fontes

Pobres Com mais posses

Mandioca (OP) Milho (OP/MP) Feijão (OP/MP) Peixe seco (MP) Óleo de cozinha (MP) Milho e feijão (Assistência alimentar)

Mandioca (OP) Milho (OP/MP) Feijão (OP) Arroz (MP) Peixe seco (MP) Óleo de cozinha (MP)

Principais fontes de rendimentos

Pobres Com mais posses

Venda de colheitas Venda de lenha e carvão Venda de areia/pedras Venda de alimentos silvestres

Venda de colheitas Venda de gado Venda de peixe Venda de madeira

Mercados principais

Os principais mercados estratégicos nesta zona são Chitembo, Cuemba, Rivungo, Nancova e Mavinga. A maior parte do trabalho é sazonal e tem lugar na zona entre Novembro e Fevereiro.

Principais riscos e frequência aproximada

Pragas e doenças das culturas ocorrem durante a estação das chuvas A doença nos animais ocorre durante a estação seca e a estação das chuvas O conflito entre pessoas e animais selvagens ocorre durante os meses de Fevereiro a Abril Preços flutuantes das colheitas de alimentos quando a colheita é boa.

Principais estratégias de sustento

Pobres Com mais posses

Venda de aves domésticas Mais recoleção de alimentos silvestres Mais venda de lenha e carvão Migração laboral Monda dos campos de outras proprietários.

Mais venda de animais

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A venda de produtos locais nesta zona é possível devido ao acesso a mercados como os de Menongue, Rivungo, Mavinga, Nancova, Cuito, Chitembo, Nancova e Mavinga e Kuemba. O emprego laboral local também está acessível nos mesmos mercados. A maioria das oportunidades de emprego laboral é sazonal e está disponível de Novembro a Fevereiro. O acesso físico a estes mercados é bastante bom, embora por vezes limitado pelas más condições das estradas durante a estação das chuvas. Os principais choques e riscos incluem as pragas e doenças das culturas durante a estação das chuvas, as doenças dos animais durante a estação de seca e de chuvas, conflito entre pessoas e animais selvagens durante os meses de Fevereiro a Abril, e preços flutuantes das colheitas de alimentos quando a colheita é boa. As estratégias comuns de sustento, especialmente entre o grupo pobre, incluem a venda de aves domésticas, mais

recoleção de alimentos silvestres, mais venda de lenha e carvão, migração laboral e monda dos campos pertencentes a

outros. O grupo com mais posses sobrevive sobretudo através de mais venda de animais.

CALENDÁRIO SAZONAL, ZONA 05

A estação das chuvas vai de Setembro até ao fim de Março do ano seguinte. A estação seca vai de Abril a Agosto. A

estação de escassez vai de Dezembro a Fevereiro, antes do consumo das colheitas de verdes começar em inícios de

Março.

A estação agrícola começa com a preparação da terra, principalmente para culturas básicas como mandioca, milho e

feijão de Junho a Agosto. Segue-se a plantação e a sementeira de Setembro a Novembro. O período de Dezembro a

Janeiro é ocupado sobretudo pela monda das colheitas, que também providencia oportunidade de emprego ao grupo

pobre.

Estações

estação seca

estação húmida

estação de escassez

Cultivo

preparação da terra

plantação/sementeira

monda

colheita

Animais

criação de

cordeiros/cabritos/parição

extracção de leite

Riscos

pragas e doenças das culturas

doenças de animais

conflito entre pessoas e animais

selvagens

baixo preço das colheitas

Legenda p p preparação da terra s s plantação w w monda h h colheita

Set Out Nov DezJan Fev JulMar Abr Maio Jun Ag

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

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Os principais riscos incluem pragas e doenças das culturas com início em Setembro e até Março, doenças de animais

que não são sazonais, conflito entre pessoas e animais selvagens de Fevereiro a Abril, e baixos preços de animais

durante a estação das colheitas em Maio e Junho.

CALENDÁRIO DE CONSUMO PARA AGREGADOS FAMILIARES POBRES, ZONA 05

O grupo pobre é mais dependente das suas próprias culturas do que de compras de mercado. As culturas básicas

incluem mandioca, milho e feijão. As suas próprias colheitas, especialmente mandioca, são consumidas durante o ano,

enquanto a de milho é apenas de Março a Agosto. A compra de milho no mercado ocorre normalmente de Setembro a

Fevereiro; a colheita de milho verde está acessível a partir de Março. A pesca faz-se nos rios principais e é uma

actvidade de todo o ano.

As principais fontes de rendimento em dinheiro incluem a venda de animais nos meses de Novembro a Fevereiro, a

venda de peixe de Junho a Fevereiro e a venda de carvão de Junho a Setembro. A venda de milho ocorre normalmente

entre Setembro e Outubro quando os preços são mais elevados.

Os artigos principais em que o agregado familiar gasta dinheiro são a compra de artigos escolares necessários às

crianças que frequentam a escola, dado que a escolaridade primária é gratuita. As despesas de saúde normalmente

aumentam durante a estação das chuvas de Outubro a Abril.

Alimentos básicos

milho

mandioca

peixe

Rendimento

venda de milho

venda de peixe

venda de animais

venda de carvão

Despesas

educação (material escolar)

saúde (custos mais elevados)

Legenda p p propdução própria m m compra de mercadok k em género c c recoleção

Jan Fev Mar Abr Maio Nov DezJun Jul Ag Set Out

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

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ZONA DE PLANALTO CENTRAL DE BATATA E VEGETAIS (Zona de meios de sustento 06) Esta zona de meios de sustento situa-se nas áreas altas

centrais das províncias de Huambo e Bié, localizadas

sobretudo na parte sudoeste do “Planalto Central”, que

tem a maior altitude do país. A topgrafia é ondulante,

coberta por vegetação de savana com bolsas de floresta

decídua (natural e artificial), de onde alguns habitantes

locais obtêm madeira e mel. A pesca tem lugar nos rios.

A zona tem um padrão de chuvas unimodal com

precipitação de cerca de 800-1.200mm por ano. As duas

estações agrícolas principais são os períodos de chuva de

Outubro-Maio e os meses secos de Maio-Setembro.

As condições climáticas são tropicais e temperadas, com

períodos alternados húmidos e secos e uma temperatura

média anula de cerca de 19-20°Celsius. Esta zona tem

uma densidade populacional relativamente alta, com

cerca de 20-30 pessoas por quilómetro quadrado (Censo

Nacional de População-2000), em parte devido à

presença de grandes cidades como Huambo e Cuito. Isto

significa que a terra para produção agrícola é limitada. O

grupo pobre trabalha a terra com utensílios manuais, e os

que têm mais posses usam tractores e tracção animal.

A principal fonte de sustento é a agricultura de água da

chuva. As principais culturas são as da batata e vegetais

com pequenas quantidades de milho, feijão, mandioca,

amendoim e fruta, como o abacate. Contudo, a

diversificação e a produtividade agrícolas são limitadas

devido às pequenas parcelas de terra cultivadas pelas

maior parte das famílias. Esta zona não tem números

significativos de animais; contudo, existe algum gado

para tracção animal. Também há algumas cabras e

galinhas que o grupo pobre utiliza sobretudo para

consumo local.

Os dois principais factores que determinam a riqueza na

zona são o tamanho da terra cultivada e a posse de

animais por agregado familiar.

Os que têm mais posses são quase totalmente auto-

suficientes em alimentos embora completem o seu

regime alimentar com a compra de outros alimentos

básicos, como milho, arroz e mandioca.

Os pobres também são auto-suficientes durante a maior

parte do ano e normalmente compram batatas apenas

Risco de insegurança alimentar

Baixo risco de insegurança alimentar devido à alta produtividade agrícola.

Principais bens produtivos

Pobres Com mais posses

Menos cabras Aves domésticas (galinhas e patos) Terra cultivada- menos hectares. Bicicleta Utensílios manuais (enxada, machado e panga)

Gado Mais cabras Porcos Aves domésticas (galinhas e patos) Terra cultivada- mais hectares. Veículo motorizado Tractor Tracção animal

Principais alimentos consumidos e fontes

Pobres Com mais posses

Batata (OP/MP) Vegetais (OP) Milho (MP) Arroz (MP) Feijão (MP) Mandioca (MP)

Batata (OP) Vegetais (OP) Milho (MP) Arroz (MP) Feijão (OP/MP) Mandioca (MP)

Principais fontes de rendimentos

Pobres Com mais posses

Venda de batata Venda de trabalho Venda de produtos naturais (carvão e lenha) Venda de peixe Venda de artesanato Venda de alimentos silvestres

Venda de batata Venda de gado Emprego formal Comércio

Mercados principais

Os mercados principais para compra e venda de produtos locais, incluindo o trabalho, localizam-se dentro da zona de meios de sustento. Os períodos de maior emprego local vão de Novembro a Dezembro e de Maio a Junho.

Principais riscos e frequência aproximada

Pragas e doenças de culturas ocorrem de Setembro a Março. As doenças de animais ocorrem todo o ano. O conflito entre pessoas e animais selvagens ocorre durante o período das colheitas (Fevereiro-Abril) Baixo preço das colheitas ocorre imediatamente após a colheita principal ( Maio a Junho)

Principais estratégias de sustento

Pobres Com mais posses

Migração laboral Maior procura de emprego Mais recoleção de alimentos silvestres

Maior dependência de remessas de dinheiro Mais venda de gado

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

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durante dois meses no ano, entre Janeiro e Fevereiro.

Em anos de grande precipitação, o grupo de mais posses produz excendentes de batata para venda e desenvolve outras

actividades económicas, incluindo a venda de gado, o emprego formal e o comércio. As principais fontes de rendimento

entre o grupo pobre incluem a venda de batata, trabalho agrícola, carvão e lenha. Sazonalmente, numa escala mais

pequena, também vendem artesanato manual e alimentos silvestres.

O comércio e a comercialização de produtos locais é possível dentro e fora da zona. Isto deve-se a melhoramentos da

infraestrutura rodoviária e ferroviária, que liga a zona a mercados costeiros e regionais, incluindo Luanda.

A zona também é acessível a alguns mercados informais, incluindo Calenga, Chinguar, Ecunha e Alemanha, bem como

outros pontos de crescimento ao longo das redes ferroviárias e rodoviárias. São estes pontos de crescimento que

oferecem à população algum mercado para as suas culturas. Contudo, o acesso físico a estradas principais e

secundárias é bastante limitado durante a estação das chuvas.

Os riscos mais frequentes são as pragas e doenças das culturas, doenças dos animais, conflito entre pessoas e animais

selvagens e baixos preços das colheitas. As estratégias comuns de sustento entre o grupo pobre são a migração laboral,

a maior procura de emprego e mais recoleção de alimentos silvestres. Os que têm mais posses normalmente

aumentam a sua dependência de remessas de dinheiro e mais venda de gado.

CALENDÁRIO SAZONAL, ZONA 06

A estação das chuvas decorre de Setembro a fins de Março do ano seguinte. A estação seca começa em Abril e vai até a Agosto. A estação de escassez decorre normalmente de Dezembro a Fevereiro, antes do consumo de verdes em inícios de Março.

Estações

estação seca

estação húmida

estação de escassez

Cultivo

preparação da terra

plantação/sementeira

monda

colheita

Animais

criação de

cordeiros/cabritos/parição

extracção de leite

Riscos

pragas e doenças das culturas

doenças de animais

conflito entre pessoas e animais

selvagens

baixo preço das colheitas

Legenda p p preparação da terra s s plantação w w monda h h colheita

Set Out Nov DezJan Fev JulMar Abr Maio Jun Ag

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

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A estação agrícola começa com a preparação da terra, principalmente para culturas básicas como batata e vegetais,

bem como milho e feijão em Junho e Agosto. Segue-se a plantação e a sementeira de Setembro a Novembro, e depois a

monda, de Dezembro a Janeiro, que também providencia oportunidade de emprego ao grupo pobre.

Os principais riscos incluem pragas e doenças das culturas, doenças dos animais, conflito entre pessoas e animais

selvagens sobretudo de Fevereiro a Abril, e baixos preços de animais durante a estação das colheitas em Maio e Junho.

CALENDÁRIO DE CONSUMO PARA AGREGADOS FAMILIARES POBRES, ZONA 06

O calendário de consumo mostra que o grupo pobre depende sobretudo das suas próprias culturas, especialmente a

batata doce, que satisfaz a maior parte das necessidades alimentares anuais, com uma dependência limitada da troca

comercial por batata durante os meses de escassez de Dezembro a Fevereiro. O consumo de culturas verdes começa

em Março. As fontes principais de rendimento em dinheiro incluem a venda de batata doce nos meses de Março a

Dezembro, a venda de milho em Janeiro e Fevereiro, a venda de animais em Novembro e Dezembro, quando os preços

estão em alta durante a estação festiva, e a venda de carvão de Junho a Setembro.

As principais despesas incluem a compra de material escolar necessário às crianças que frequentam a escola, dado que

a escolaridade primária é actualmente gratuita. As despesas de saúde normalmente aumentam durante a estação das

chuvas de Outubro a Abril.

Alimentos básicos

Batata doce

comércio de troca

Rendimento

venda de batata

venda de milho

venda de animais

venda de carvão

Despesas

educação (material escolar)

saúde (custos mais elevados)

Legenda p p propdução própria m m compra de mercadok k em género c c recoleção

Nov DezJun Jul Ag Set OutJan Fev Mar Abr Maio

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

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ZONA DE PLANALTO CENTRAL DE MILHO E FEIJÃO (Zona de meios de sustento 07) Esta zona situa-se nas províncias de Huambo, Cuanza Sul, Bié e

algumas partes da província de Huíla, situadas no Planalto

Central. A vegetação é maioritariamente de savana aberta e

prados arbustivos com cobertura de floresta decídua constituída

por árvores de tamanho médio e plantações de, por ex.,

eucalipto e cedro. Esta área tem recursos naturais como água,

pedras e diamantes.

A zona tem um padrão de chuva unimodal com precipitação

média de cerca de 900-1.200mm por ano. As condições

climáticas são tropicais e temperadas, com temperaturas

máximas de 25-27°Celcius e mínimas de 11-13°Celcius. A

estação das chuvas vai de Setembro a Março e a estação seca

de Abril a Agosto.

O solo é moderamente fértil, sendo relativamente mais fértil no

sul.

Há cerca de 30 habitantes por quilómetro quadrado (Censo

Nacional de População-2000). O tamanho médio das

propriedades por agregado familiar é relativamente pequeno.

Isto deve-se à alta densidade populacional, à perda de bens

produtivos durante a guerra civil que não foram substituídos, e

a riscos climáticos frequentes. Recentemente houve um

aumento significativo da utilização de tracção animal no arado,

especialmente entre o grupo com mais posses. Também são

utilizados bois para transporte de produtos agrícolas para os

mercados das proximidades.

O principal sistema de cultivo é a agricutura irrigada pela chuva

com sistemas de irrigação de pequena escala. As principais

culturas são milho e feijão e, numa escala mais pequena, batata

doce e mandioca, especialmente entre os pobres. A maioria do

cultivo tem lugar nos sopés e nos vales – sobretudo em parcelas

pequenas e fragmentadas, conhecidas localmente como

“gongo”, com escoamento para pequenos rios do planalto

central através de canais baixos designados de “ombanda”.

Estas parcelas permitem aos agricultores fazer cultivo entre as

colheitas principais. A criação de animais inclui gado, cabras e

porcos.

O principal determinante local de riqueza entre os agregados

familiares é o tamanho das terras cultivadas, que depende do

acesso de cada agregado à força de tracção e a animais.

Quer o grupo pobre, quer o de mais posses subsistem das suas

próprias culturas, peixe e alimentos silvestres, bem como algum

leite. O grupo pobre depende da compra de milho no mercado

entre Janeiro e Fevereiro, quando a sua própria colheita já foi gasta.

Risco de insegurança alimentar

Alto risco de insegurança alimentar devido à alta densidade populacional e ao tamanho relativamente pequeno de terra cultivável.

Principais bens produtivos

Pobres Com mais posses

Terra cultivada- menos hectares. Menos cabras Menos porcos Utensílios manuais (enxada, machado e panga). Bicicleta

Terra cultivada- mais hectares. Gado Mais cabras Mais porcos Equipamento de tracção animal Motociclo

Principais alimentos consumidos e fontes

Pobres Com mais posses

Milho (OP/MP) Feijão (OP/MP) Vegetais (OP) Peixe fresco e seco (G/MP) Alimentos silvestres (G)

Milho (OP) Feijão (OP) Vegetais (OP) Peixe fresco e seco (G/MP) Alimentos silvestres (G)

Principais fontes de rendimentos

Pobres Com mais posses

Venda de cabras Venda de trabalho Venda de carvão Venda de produtos florestais, i.e. bagas silvestres, cogumelos, mel etc.

Venda de colheitas Venda de gado Venda de cabras Venda de porcos Comércio

Mercados principais

Existem possibilidades de trabalho informal na zona, sobretudo facultados pelo grupo com mais posses. Estas incluem o trabalho agrícola e actividades de rendimento não-agrícola. A maioria dos trabalhadores são pagos em dinheiro no final de um contrato específico.

Principais riscos e frequência aproximada

Inundações que afectam as culturas devido a chuva excessiva em finais de Setembro e inícios de Outubro nas zonas baixas de escoamento da zona de meios de sustento. Por vezes também se verificam condições de seca.

Principais estratégias de sustento

Pobres Com mais posses

Maior procura de trabalho casual. Mais venda de produtos locais, por ex. lenha, carvão e mudança para uma alimentação mais barata

Maior volume de negócios. Maior procura de emprego formal Venda de animais

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

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As famílias com mais posses obtêm o seu rendimento da venda de culturas, animais e comércio. As oportunidades de

auferir rendimentos entre o grupo pobre são mais diversas embora menos rentáveis. Incluem o trabalho agrícola e

casual, a venda de cabras, carvão, bagas silvestres, cogumelos e mel.

A maior parte do trabalho casual tem lugar na zona, excepto durante períodos de crise, quando o grupo pobre migra

para zonas vizinhas em busca de emprego.

Tal como as zonas vizinhas, esta zona recentemente adquiriu acesso a uma infraestrutura rodoviária e ferroviária bem

desenvolvida, assim como a transporte aéreo fiável nas cidades de Huambo e Cuito.

Estes melhoramentos ajudaram a ligar a zona a mercados alimentares estratégicos e mais lucrativos, como Lobito e

Luanda, na costa. Outros mercados locais onde a população vende os seus produtos incluem Cuito, Kamacupa,

Catabola, Nhareia, Andulo, Cunhinga, Huambo, Chipindo, Caluquembe, Caconda e Chicomba.

Os riscos mais frequentes são as inundações, secas e condições de seca. O grupo pobre normalmente subsiste através

de mais trabalho casual e mais venda de produtos locais, enquanto o de mais posses usa estratégias como mais

comércio, emprego formal e venda de animais.

CALENDÁRIO SAZONAL, ZONA 07

A estação das chuvas decorre de Setembro até ao fim de Março. A estação seca decorre de Abril a Agosto. A estação de

escassez decorre normalmente de Dezembro a Fevereiro, antes do início do consumo de verdes em inícios de Março.

A preparação da terra tem lugar de Março a Maio e de Agosto a Setembro, principalmente milho e feijão, as culturas

básicas nesta zona. Segue-se a plantação e a sementeira em Junho e Julho, e Outubro e Novembro. A monda tem lugar

de Dezembro a Janeiro e dá emprego ao grupo pobre.

Estações

estação seca

estação húmida

estação de escassez

Cultivo

preparação da terra

plantação/sementeira

monda

colheita

Animais

criação de

cordeiros/cabritos/parição

extracção de leite

Riscos

inundações

condições de seca

Legenda p p preparação da terra s s plantação w w monda h h colheita

Set Out Nov DezJan Fev JulMar Abr Maio Jun Ag

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

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Os principais riscos incluem inundações sazonais durante a estação das chuvas em Setembro e Outubro e por vezes

condições de seca de Setembro a Fevereiro.

CALENDÁRIO DE CONSUMO PARA AGREGADOS FAMILIARES POBRES, ZONA 07

O grupo pobre depende sobretudo de milho e feijão em termos de segurança alimentar, com algum comércio de troca

de outros produtos alimentares durante os meses de escassez de Dezembro a Fevereiro. A compra de milho e feijão no

mercado tem lugar em Janeiro e Fevereiro, após o que o consumo de culturas verdes começa em Março.

As fontes principais de rendimento em dinheiro incluem a venda de animais durante todo o ano, a venda de cogumelos

de Novembro a Fevereiro, e de mel em Agosto e Setembro. O carvão também é vendido, sobretudo de Junho a

Setembro.

As principais despesas incluem a compra de material escolar necessário às crianças que frequentam a escola. As

despesas de saúde normalmente aumentam durante a estação das chuvas de Outubro a Abril.

Alimentos básicos

milho e feijão

comércio de troca

Rendimento

venda de animais

venda de cogumelos

venda de mel

venda de carvão

Despesas

educação (material escolar)

saúde (custos mais elevados)

Legenda p p propdução própria m m compra de mercadok k em género c c recoleção

Jan Fev Mar Abr Maio Nov DezJun Jul Ag Set Out

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

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ZONA DE PLANÍCIES DE TRANSIÇÃO DE MILHO, MANDIOCA E FEIJÃO (Zona de meios de sustento 08)

Esta zona situa-se nas províncias de Bengo e Zaire, nas áreas de

transição das planícies costeiras de Luanda, e no interior de

altitude relativamente elevada. A sua topografia caracteriza-se

pelas terras altas no norte, colinas ondulantes no centro e

maioritariamente terras baixas no sul. A vegetação é de floresta

e prado. Outros recursos naturais são os diamantes, o

manganês e o ferro nas áreas do norte e centro. Na parte sul

desta zona encontram-se os produtos de madeira e a pesca

fluvial.

Tem um padrão de chuva unimodal com precipitação média de

cerca de 200-400mm por ano. Há duas estações distintas: a

estação das chuvas de Setembro a Abril e uma curta estação

seca de Maio a Agosto. As temperaturas atingem um máximo de

cerca de 30-35° Celsius e um mínimo de 20-25° Celsius. O solo

varia, sendo mais fértil no norte e moderadamente fértil no sul

da zona.

A densidade populacional é de cerca de 5 a 10 habitantes por

quilómetro quadrado (Censo Nacional de População-2000). A

área média de terra cultivada por agregado familiar é de cerca

de 0.8 hectares; o grupo com mais posses cultiva um pouco

mais de terra dado ter melhor acesso à força de tracção.

A agricultura é a principal actividade económica. A agricultura

mista é praticada com utilização mínima de força de tracção ou

tecnologia mecanizada. A criação de animais não é significativa.

A zona é uma área de transição entre a economia urbana e não-

agrícola e a economia rural maioritariamente agrícola.

As principais culturas são milho, mandioca, batata doce,

amendoim, feijão, banana e vegetais; cultiva-se o citrino em

menor escala. Os animais são sobretudo cabras e algumas aves

domésticas. Não possuem muito gado, mesmo o grupo com

mais posses.

Os três factores principais que determinam a riqueza incluem:

tamanho da terra cultivada, posse de animais e accesso a bens

produtivos, tais como equipamento de agricultura e pesca.

Num ano normal, todos os grupos de riqueza dependem

sobretudo da sua própria produção de culturas complementada

pela pesca. Os pobres também dependem de compras de

alimentos básicos no mercado. O grupo com mais posses pode contratar trabalhadores, cultivar mais terra e produzir

excedente. Também há a ter em conta os alimentos silvestres especialmente no final da estação das chuvas. Estes

alimentos são recolhidos e consumidos, quer pelos que têm melhores circunstâncias financeiras, quer pelos pobres.

Risco de insegurança alimentar

Baixo risco de insegurança alimentar devido ao padrão de plantação de culturas diversificadas na zona.

Principais bens produtivos

Pobres Com mais posses

Terra cultivada- menos hectares Menos cabras Bicicleta Utensílios manuais (enxada, panga e machado) Aves domésticas (galinhas e patos)

Terra cultivada- mais hectares Gado Mais cabras Veículo motorizado Bicicleta Equipamento de pesca Utensílios manuais (enxada, panga e machado) Aves domésticas (galinhas e patos)

Principais alimentos consumidos e fontes

Pobres Com mais posses

Mandioca (MP/OP) Milho (MP/OP) Batata doce (OP) Peixe (G)

Mandioca (OP) Milho (OP/MP) Batata doce (OP) Peixe (G)

Principais fontes de rendimentos

Pobres Com mais posses

Venda de milho Venda de cabras Venda de peixe Venda de trabalho Comércio a retalho

Venda de milho Venda de mandioca Venda de batata doce Venda de peixe Venda de cabras Comércio a retalho

Mercados principais

Os mercados principais acessíveis nesta zona são Saurimo, Luena e Chitato.

Principais riscos e frequência aproximada

Tempestades de granizo que ocorrem durante a estação das chuvas Conflitos entre pessoas e animais selvagens ocorrem durante a estação das colheitas.

Principais estratégias de sustento

Pobres Com mais posses

Mais recoleção de alimentos silvestres Mais migração laboral Mais venda de animais.

Mais venda de animais.

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

A fonte principal de rendimento em dinheiro para o grupo com mais posses é a venda de culturas excedentes, como

milho, mandioca e batata, seguidas de peixe e, ocasionalmente, cabras. Também se pode obter rendimento adicional

da venda de produtos domésticos dentro da zona. O grupo pobre obtém rendimento em dinheiro do trabalho casual,

da venda de peixe, do pequeno comércio e, ocasionalmente, da venda de uma cabra.

Fontes de rendimento suplementar incluem a caça e a pesca sazonal no rio Congo, na fronteira norte da província do

Zaire, bem como nos estuários costeiros. A zona também tem locais importantes de biodiversidade de água doce, que

dão emprego devido às actividades de hospitalidade e turismo.

Devido às condições climáticas as colheitas são geralmente pobres e a alimentação básica é importada das zonas

vizinhas. Os mercados principais para venda de produtos locais e trabalho não qualificado são Saurima, Luena e Chitato,

cidades costeiras vizinhas e áreas peri-urbanas. O comércio de longa distância com Luanda aumenta durante a estação

das chuvas, que coincide com a estação festiva de Dezembro.

Os principais riscos nesta zona são as tempestades de granizo, as secas e os períodos secos, e ainda o conflito entre

pessoas e animais selvagens. A estratégia de sustento comum ao grupos pobre e ao grupo com mais posses é o

aumento da venda de animais. Os pobres também recolectam mais alimentos silvestres e migram em busca de

trabalho.

CALENDÁRIO SAZONAL, ZONA 08

A estação das chuvas vai de Setembro até ao fim de Abril. A estação seca vai de Maio a Agosto. A estação de escassez

vai normalmente de Dezembro a Fevereiro, antes do consumo de verdes começar em inícios de Março.

Estações

estação seca

estação húmida

estação de escassez

Cultivo

preparação da terra

plantação/sementeira

monda

colheita

Animais

criação de

cordeiros/cabritos/parição

extracção de leite

vacinação

Riscos

tempestades de granizo

seca e períodos secos

conflito entre pessoas e animais

selvagens

Legenda p p preparação da terra s s plantação w w monda h h colheita

Set Out Nov DezJan Fev JulMar Abr Maio Jun Ag

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

A estação agrícola começa com a preparação da terra de Agosto a Outubro, seguida de plantação e sementeira

(sobretudo milho, feijão e batata doce) em Outubro e Novembro. A monda tem lugar em Dezembro e Janeiro, e dá

emprego ao grupo pobre. As culturas de verdes são consumidas de Janeiro até à principal colheita de milho em Março.

Aa actividades relacionadas com a produção de mandioca têm lugar durante todo o ano.

Os principais riscos incluem tempestades de granizo na estação das chuvas, seca e períodos secos, especialmente

durante a meia estação, e o conflito entre pessoas e animais selvagens durante a estação das colheitas.

CALENDÁRIO DE CONSUMO PARA AGREGADOS FAMILIARES POBRES, ZONA 08

O grupo pobre consome sobretudo a sua própria mandioca e milho, e compra milho durante os meses de Outubro a

Março, período que inclui a estação de escassez. As culturas verdes são consumidas de fins de Fevereiro a Março.

As fontes principais de rendimento em dinheiro incluem o trabalho agrícola durante toda a estação das chuvas, seguido

do comércio a retalho, levado a cabo durante quase todo o ano.

As principais despesas incluem a compra de material escolar necessário às crianças que frequentam a escola. As

despesas de saúde normalmente aumentam durante a estação das chuvas de Outubro a Abril.

Alimentos básicos

mandioca

milho

Rendimento

trabalho agrícola

comércio de retalho

Despesas

educação (material escolar)

saúde (custos mais elevados)

Legenda p p propdução própria m m compra de mercadok k em género c c recoleção

Nov DezJun Jul Ag Set OutJan Fev Mar Abr Maio

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

ZONA DE FLORESTA TROPICAL, MANDIOCA, BANANA E CAFÉ (Zona de meios de sustento 09)

Esta zona de meios de sustento situa-se no planalto

de grande altitude na fronteira norte de Angola com a

República Democrática do Congo (RDC). A vegetação

é de folha larga e floresta de madeira dura (a área

inclui a grande floresta tropical de Maiombe na

província de Cabinda). Para além da floresta natural

há também plantações de eucalipto, pinheiro e

cipestre. A precipitação é de cerca de 1.00-1.400mm

por ano. As chuvas normalmente começam em

Outubro e duram até Abril, havendo uma estação

seca de Maio a Agosto. As temperaturas médias

variam de um mínimo de 20° Celsius a um máximo de

32° Celsius.

O solo é uma mistura de solo arenoso com textura de

barro e a fertilidade varia de moderada a alta. A

maioria do cultivo é feito manualmente e as áreas

cultivadas são bastante pequenas, numa média de 0.6

a 1.2 hectares. O grupo com mais posses contrata

trabalhadores e tractores e pode assim cultivar áreas

maiores.

A densidade populacional é de aproximadamente 10-

20 pessoas por quilómetro quadrado (Censo Nacional

de População-2000). A agricultura de sequeira é

realizada com práticas únicas de interculturas de

mandioca, banana e café, o que fez aumentar a

produção de banana e café. A produção de café foi re-

introduzida recentemente na zona através de

incentivos financeiros do GoA. Espera-se que venha a

tornar-se uma actividade económica importante para

pequenos proprietários e também para agricultores

comerciais de grande escala. Outras culturas incluem

milho, feijão e vegetais.

A criação de animais inclui gado, cabras e aves

domésticas, que se destinam ao consumo.

Os principais factores determinantes de riqueza são o

tamanho da terra cultivada e os tipos de culturas.

Outros factores incluem o acesso a bens produtivos e

a emprego pago.

O grupo mais pobre subsiste das suas próprias

culturas e do seu trabalho, complementado pela caça

e alimentos silvestres. Fontes adicionais de alimento

são a pesca e a compra no mercado de feijão e outros

Risco de insegurança alimentar

Baixo risco de insegurança alimentar devido à alta produtividade agrícola.

Principais bens produtivos

Pobres Com mais posses

Terra cultivada- menos hectares Aves domésticas (galinhas e patos) Bicicleta Utensílios manuais (enxada, panga e machado)

Terra cultivada- mais hectares Gado, cabras e porcos Aves domésticas (galinhas e patos) Motociclo Serras motorizadas Bombas a motor

Principais alimentos consumidos e fontes

Pobres Com mais posses

Mandioca (OP) Banana (OP/MP) Feijão (MP) Feijão nhemba (OP/MP) Vegetais (OP/MP) Carne (MP/OP) Peixe (G/MP) Óleo de cozinha (MP) Alimentos silvestres (G)

Mandioca (OP) Banana (OP) Feijão (MP) Feijão nhemba (OP) Vegetais (OP) Carne (MP/OP) Peixe (G/MP) Óleo de cozinha ( MP)

Principais fontes de rendimentos

Pobres Com mais posses

Venda de mandioca Venda de produtos naturais (carvão e lenha) Venda de trabalho Venda de artesanato Venda de peixe

Venda de mandioca Venda de banana Venda de café Venda de madeira Venda de cabras Venda de peixe

Mercados principais

Os mercados principais na zona incluem Malanje, Ndalatando, Uíge e Cabinda. A maioria destes mercados tem ligação com Luanda.

Principais riscos e frequência aproximada

As chuvas excessivas e as inundações ocorrem durante a estação das chuvas Ventos fortes e tempestades ocorrem durante a estação seca O conflito entre as pessoas e os animais selvagens ocorrem durante a estação seca Pragas e doenças das culturas, como o mosaico da mandioca e a banana murcha, ocorrem anualmente durante o ano. Baixos preços das culturas, especialmente do café, durante a estação das colheitas.

Principais estratégias de sustento

Mais recoleção de alimentos silvestres Mais venda de artesanato local

Mais venda de animais Maior dependência de auto-emprego tal como o comércio

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

alimentos não-básicos. O grupo com mais posses é, em grande medida, auto-suficiente e tem excedentes vendáveis na

maior parte dos anos.

As fontes principais de rendimento em dinheiro entre o grupo pobre incluem a venda de trabalho agrícola, o emprego

na indústria da madeira, a venda de colheitas excedentes, e a venda de carvão e lenha. O grupo com mais posses

depende sobretudo da venda de peixe, madeira e trabalho qualificado na indústria comercial da madeira.

A compra e venda de produtos locais, incluindo o trabalho, tem lugar sobretudo dentro da zona. Contudo, também há

comércio com Luanda, com os mercados costeiros de Catumbo, Barra-do-Dande, Cacuaco e Cabinda, e com a República

Democrática do Congo. O principal obstáculo ao acesso aos mercados são as inundações sazonais.

Os principais riscos são a chuva excessiva, as inundações, os fortes ventos e as tempestades, o conflito entre as pessoas

e os animais selvagens, as pragas e doenças das culturas, como o mosaico da mandioca, e os baixos preços das culturas,

especialmente o café.

Contudo, a produção de mandioca é vista com um seguro contra a insegurança alimentar durante os anos de perda

geral das colheitas.

CALENDÁRIO SAZONAL, ZONA 09

A estação das chuvas dura de Outubro até ao fim de Abril. A estação seca dura de Maio a Setembro. A estação de

escassez vai de Janeiro a Fevereiro antes do início do consumo de verdes em Fevereiro.

A preparação da terra tem lugar de Junho a Setembro. Segue-se a plantação e a sementeira em Outubro e Novembro. A

monda tem lugar de Dezembro a Janeiro e oferece oportunidade de emprego para os pobres. O consumo de verdes

Estações

estação seca

estação húmida

estação de escassez

Cultivo

preparação da terra

plantação/sementeira

monda

colheita

Animais

criação de

cordeiros/cabritos/parição

extracção de leite

vacinação

Riscos

inundações

pragas e doenças das colheitas

conflito entre pessoas e animais

selvagens

Legenda p p preparação da terra s s plantação w w monda h h colheita

Set Out Nov DezJan Fev JulMar Abr Maio Jun Ag

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

começa em Fevereiro e a principal colheita de cereais ocorre em Junho. As actividades relacionadas com a produção de

mandioca têm lugar durante todo o ano.

Os principais riscos incluem tempestades de granizo durante a estação das chuvas, a seca e períodos de seca, e o

conflito entre pessoas e animais selvagens durante a estação das colheitas.

CALENDÁRIO DE CONSUMO PARA AGREGADOS FAMILIARES POBRES, ZONA 09

O grupo pobre consome as suas próprias culturas (mandioca e banana) durante o ano, incluindo os meses de escassez.

O rendimento em dinheiro entre o grupo pobre advém sobretudo da venda de mandioca e bananas. Outras fontes de

rendimento que não constam do calendário de consumo incluem o emprego na indústria da madeira e o trabalho

agrícola.

As principais despesas incluem a compra de material escolar necessário às crianças que frequentam a escola. As

despesas de saúde normalmente aumentam durante a estação das chuvas de Outubro a Abril.

Alimentos básicos

mandioca

banana

Rendimento

venda de mandioca

venda de banana

Despesas

educação (material escolar)

saúde (custos mais elevados)

Legenda p p propdução própria m m compra de mercadok k em género c c recoleção

Jan Fev Mar Abr Maio Nov DezJun Jul Ag Set Out

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

ZONA DE FLORESTA DE SAVANA E MANDIOCA PARA COMÉRCIO (Zona de meios de sustento 10) Esta zona de meios de sustento situa-se nas terras

planas da província de Malanje, partes de Cuanza

Norte e a parte ocidental de Lunda Norte. A maior

parte da zona está coberta por pastagens de savana e

arbusto baixo com bolsas de floresta decídua.

A precipitação é de cerca de 800-1.200mm por ano. As

chuvas decorre de Outubro a Abril e a estação seca

decorre de Maio a Agosto. As temperaturas ambientes

variam de um mínimo de 16° Celsius a um máximo de

32° Celsius.

O solo é misto, moderadamente fértil, sobretudo

barro. A maioria do cultivo é manual e as áreas

cultivadas são pequenas, em média de 0.5-1 hectar por

agregado familiar no grupo mais pobre. Tal como em

outras zonas, os grupos com mais posses podem

contractar trabalhadores e tractores, pelo que as suas

propriedades são muito maiores.

Esta zona tem uma população escassa de

aproximadamente 5-10 pessoas por quilómetro

quadrado (Censo Nacional de População-2000).

Os meios de sustento nesta zona dependem sobretudo

da produção agrícola com animais de menor

importância. O sector dos animais, especialmente

gado, foi muito afectada por infestações da mosca

tsetse e tripanossomías. As redes de transportes são

boas e as culturas de excedente são comercializadas

em Luanda e outras grandes cidades.

As principais culturas para alimentação e rendimento

são a mandioca, o feijão, os vegetais e os citrinos.

Outras culturas incluem milho, bananas e outros frutos

tropicais cultivados ao longo dos rios principais. Frutos

selvagens como o baobá também se encontram na

zona.

A produção de animais em pequena escala tem lugar em toda a zona (gado, cabras, porcos e algumas ovelhas). Também há criação de aves domésticas, mas em pequeno número, e sobretudo para consumo doméstico. A recoleção de alimentos silvestres é uma fonte de alimentação adicional para os pobres, particularmente durante a estação de escassez.

Os principais factores determinantes de riqueza são a

área de terra cultivada e a posse de animais. Ambos os

Risco de insegurança alimentar

Baixo risco de insegurança alimentar devido à alta produtividade agrícola.

Principais bens produtivos

Pobres Com mais posses

Terra cultivada- menos hectares Menos cabras Porcos Aves domésticas (galinhas e patos) Bicicleta Utensílios manuais (enxada, panga e machado)

Terra cultivada- mais hectares Gado Mais cabras Ovelhas Aves domésticas (galinhas e patos) Motociclo Serra motorizada Bomba a motor.

Principais alimentos consumidos e fontes

Pobres Com mais posses

Mandioca (OP) Feijão (OP) Peixe (G/MP) Vegetais (OP/MP) Aves domésticas (OP/MP) Óleo de cozinha(MP) Alimentos silvestres (G)

Mandioca (OP) Feijão (OP) Carne ( MP/OP) Peixe (G/MP) Amendoim (OP/MP) Vegetais(OP/MP) Óleo de cozinha(MP)

Principais fontes de rendimentos

Pobres Com mais posses

Venda de mandioca Venda de trabalho agrícola e outro Venda de artesanato manual Venda de bebida local Venda de produtos naturais (carvão e lenha)

Venda de mandioca Venda de vegetais Venda de madeira Venda de gado Venda de cabras Comércio

Mercados principais

Os mercados principais na zona incluem Malanje, Ndalatando, Uíge e Cabinda. A maioria destes mercados tem ligação com Luanda, o principal mercado externo acessível aos habitantes da zona.

Principais riscos e frequência aproximada

Chuva excessiva e inundações ocorrem durante a estação das chuvas Ventos fortes e tempestades ocorrem durante a estação seca Conflitos entre pessoas e animais selvagens ocorrem entre Fevereiro e Abril e durante a estação seca Pragas e doenças das culturas, como o mosaico da mandioca e as bananas murchas, ocorrem anualmente durante o ano.

Principais estratégias de sustento

Mais recoleção de alimentos silvestres Mais venda de artesanato local Maior dependência de remessas de dinheiro

Mais venda de animais Maior dependência de auto-emprego, como o comércio

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

grupos, o de pobres de o de pessoas com mais posses, têm excedentes vendáveis, especialmente de mandioca, que é

comercializada para outras regiões do país. Com as redes rodoviárias melhoradas, isto traz segurança alimentar a

outras regiões do país, especialmente as principais áreas urbanas, incluindo Luanda.

As principais fontes de rendimento para os pobres incluem venda de mandioca, venda de lenha e carvão, e trabalho

casual. O grupo com mais posses depende sobretudo da venda de colheitas excedentes, produtos de madeira, animais,

e pequeno comércio em pequena escala.

Os principais mercados incluem Malanje, Luanda e outros centros urbanos ao longo da costa. O acesso a mercados é

relativamente bom devido à melhoria das infraestruturas rodoviárias.

Os principais riscos são a chuva excessiva, as inundações, os ventos fortes e as tempestades, o conflito entre pessoas e

animais selvagens, as pragas e doenças das culturas, como o mosaico da mandioca, e os baixos preços de culturas,

especialmente da mandioca. Contudo, a cultura da mandioca continuou a constituir um seguro eficaz em caso de perda

de outras colheitas.

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

CALENDÁRIO SAZONAL, ZONA 10

A estação das chuvas vai de Outubro até ao fim de Abril. A estação seca começa em Maio e vai até Setembro. A estação

de escassez vai de Janeiro a Fevereiro, antes do início do consumo de verdes em Fevereiro. A preparação das terras

para a banana, feijão, milho e vegetais vai de Junho a Setembro. Segue-se a plantação e a sementeira em Outubro e

Novembro. A monda tem lugar de Dezembro a Janeiro e oferece oportunidade de emprego para os pobres. O consumo

de verduras começa em Fevereiro; a colheita do milho tem lugar em Junho. As actividades relacionadas com a

produção de mandioca têm lugar durante todo o ano.

Estações

estação seca

estação húmida

estação de escassez

Cultivo

preparação da terra

plantação/sementeira

monda

colheita

Animais

criação de

cordeiros/cabritos/parição

extracção de leite

vacinação

Riscos

inundações

pragas e doenças das colheitas

conflito entre pessoas e animais

selvagens

Legenda p p preparação da terra s s plantação w w monda h h colheita

Set Out Nov DezJan Fev JulMar Abr Maio Jun Ag

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

CALENDÁRIO DE CONSUMO PARA AGREGADOS FAMILIARES POBRES, ZONA 10

O grupo pobre consome a sua própria mandioca durante o ano. Durante a estação de escassez (Setembro a Janeiro)

compram feijão.

As fontes principais de rendimento em dinheiro incluem a venda de mandioca (durante o ano) e o trabalho agrícola que

tem lugar sobretudo durante a estação húmida. Fontes complementares de rendimento não constam do calendário de

consumo.

As principais despesas incluem a compra de material escolar necessário às crianças que frequentam a escola. As

despesas de saúde normalmente aumentam durante a estação das chuvas de Outubro a Abril.

Alimentos básicos

mandioca

feijão

Rendimento

venda de mandioca

venda de trabalho

Despesas

educação (material escolar)

saúde (custos mais elevados)

Legenda p p propdução própria m m compra de mercadok k em género c c recoleção

Nov DezJun Jul Ag Set OutJan Fev Mar Abr Maio

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

ZONA DE FLORESTA DE SAVANA E MANDIOCA DE SUBSISTÊNCIA (Zona de meios de sustento 11)

Esta zona de meios de sustento situa-se na região leste de

Angola com fronteira com a RDC e a Zâmbia. Abrange as

províncias de Lunda Norte, Lunda Sul e partes do Moxico. A

vegetação é pastagem de savana misturada com floresta

decídua de folha larga (madeira de panda e arbustos); floresta

de folha perene cobre a fronteira com a RDC.

A zona também tem ricos depósitos de minerais como

diamantes, manganês e ferro. Encontram-se altas

concentrações nas areas do norte e centro.

Esta zona tem o índice de precipitação mais elevado em Angola.

Tem um padrão de chuva unimodal com uma precipitação

média de 1.200-1.600mm por ano. As chuvas normalmente

duram de Setembro a Abril, sendo a estação seca de Maio a

Agosto. As temperaturas médias variam de um mínimo de 9-15°

Celsius a um máximo de 30-35° Celsius. O solo nesta zona é

sobretudo ferralítico, psamo-ferralítico, psamo-hidromórfico e

litossólico, com fertilidade moderada na parte sul e maior

fertilidade na parte norte da zona. A maioria dos agricultores,

quer pobres, quer os que têm mais posses, utilizam utensílios

manuais na preparação da terra.

Uma área pouco povoada, a zona tem aproximadamente 5-10

pessoas por quilómetro quadrado (Censo Nacional de

População-2000). O cultivo é feito em pequenas parcelas, em

média de 0.5-1.5 hectares por agregado familiar. Contudo, nos

últimos anos a área plantada tem vindo a aumentar um pouco.

A capacidade de aumentar o tamanho da terra cultivada

depende da possibilidade de trabalho do agregado familiar na

preparação da terra e na monda.

Pratica-se a agricultura de subsistência de sequeiro, sendo a

mandioca a cultura principal. A zona é relativamente remota,

com más redes de transportes e comunicações e mau acesso a

mercados, particularmente na parte nordeste da zona.

Geralmente a produção continua a fazer-se ao nível da

subsistência.

As culturas mais importantes são mandioca, milho, feijão,

batata doce, vegetais e citrinos. Outras culturas cultivadas em

escala mais pequena incluem milho, bananas e outros frutos

tropicais (mangos, laranjas, goiaba e papaia). A produção de

fruta tem lugar em volta dos domicílios. Frutos selvagens como

o baobá também são abundantes em alguns locais.

Risco de insegurança alimentar

Risco moderado de insegurança alimentar devido ao nível de sustento da produção.

Principais bens produtivos

Pobres Com mais posses

Terra cultivada- menos hectares. Menos cabras Aves domésticas (Galinhas e patos) Bicicleta Utensílios manuais (enxada, machado e panga)

Terra cultivada- mais hectares. Gado Mais cabras Aves domésticas (Galinhas e patos) Motociclo Bicicleta Utensílios manuais (enxada, machado e panga)

Principais alimentos consumidos e fontes

Pobres Com mais posses

Mandioca (OP/MP) Milho (MP) Batata doce(OP/MP) Peixe (G/MP) Carne (OP/MP) Vegetais (OP/MP) Frutos citrinos (OP/MP) Alimentos silvestres (G)

Mandioca (OP) Milho (OP/MP) Batata doce (OP) Peixe (MP) Carne (OP/MP) Vegetais (OP/MP) Frutos citrinos (OP/MP) Alimentos silvestres (G)

Principais fontes de rendimentos

Pobres Com mais posses

Venda de mandioca Venda de carvão Venda de bebida local Venda de trabalho

Venda de mandioca Venda de gado e cabras Venda de carvão Comércio

Mercados principais

Os principais mercados internos na zona são Saurima, Luena e Chitato, com ligações a mercados externos na RDC e na Zâmbia.

Principais riscos e frequência aproximada

Aumento do preço dos alimentos ocorre durante a estação de escassez Conflito entre pessoas e animais selvagens ocorre durante a estação seca (período das colheitas) Tempestades de granizo ocorrem durante a estação das chuvas

Principais estratégias de sustento

Mais venda de animais Mais migração laboral Mais venda de alimentos silvestres Mais auto-emprego

Mais venda de animais

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

A criação de animais tem lugar em pequena escala. Gado e cabras são criadas com fins de pequeno comércio e

consumo. Galinhas e patos são criados apenas para consumo. Os principais factores determinantes de riqueza nesta

zona são o tamanho da terra cultivada e a posse de animais.

O grupo pobre subsiste através da sua própria produção de culturas complementada pela compra adicional em

mercado de alimentos básicos, e também pesca, caça e recoleção (cogumelo e mel selvagem). O grupo com mais

posses é, em grande medida, auto-suficiente em alimento, com excedente vendável em anos de muita chuva.

A venda de colheitas (mandioca) constitui a principal fonte de rendimento para pobres e para os que têm mais posses.

Actividades económicas suplementares incluem a venda de carvão, bebidas locais e trabalho agrícola e casual. A venda

de fruta também faculta algum rendimento adicional para o grupo pobre. O grupo com mais posses ganha rendimento

em dinheiro com a venda de colheitas, comércio de pequena escala e, durante a estação de escassez, a venda de gado

ou cabras.

Na maioria das regiões do país o desenvolvimento de infraestructuras levou a condições de mercados muito

melhoradas. Contudo, esta zona ainda não está completamente ligada aos principais mercados de província e regionais,

e o acesso a mercados externos e ao comércio continua a ser limitado. A produção de excedentes é vendida localmente

dentro da zona, sobretudo para centros urbanos como Saurima, Luena e Chitato.

Os principais riscos incluem aumentos dos preços dos alimentos durante a estação de escassez, o conflito entre pessoas

e animais selvagens durante a estação seca (período de colheitas) e tempestades de granizo durante a estação das

chuvas. O grupo com mais posses subsiste através do aumento da venda de animais. Os pobres aumentam a sua

migração laboral através da fronteira com a Zâmbia e a RDC. Aumentam também a venda de alimentos silvestres e, em

alguns casos, intensificam as actividades de auto-emprego. O cultivo da mandioca ajuda a providenciar segurança no

caso de situações de segurança alimentar muito adversas.

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

CALENDÁRIO SAZONAL, ZONA 11

A estação das chuvas vai de Outubro ao fim de Abril. A estação seca vai de Maio a Setembro. A estação de escassez vai

de Outubro a Fevereiro. A preparação da terra vai de Maio a Agosto, sobretudo para batata doce, feijão e milho, e é

seguida de plantação e sementeira de Outubro a Dezembro. A monda tem lugar de Novembro a Dezembro e dá

emprego aos pobres. O consumo de verdes começa em Fevereiro e o milho e outros cereais são colhidos em Junho. As

actividades relacionadas com a produção de mandioca têm lugar durante todo o ano.

CALENDÁRIO DE CONSUMO PARA AGREGADOS FAMILIARES POBRES, ZONA 11

Estações

estação seca

estação húmida

estação de escassez

Cultivo

preparação da terra

plantação/sementeira

monda

colheita

Animais

criação de

cordeiros/cabritos/parição

extracção de leite

vacinação

Riscos

conflito entre pessoas e animais

selvagens

tempestades de granizo

aumento do preço dos alimentos

Legenda p p preparação da terra s s plantação w w monda h h colheita

Set Out Nov DezJan Fev JulMar Abr Maio Jun Ag

Alimentos básicos

mandioca

batata doce

Rendimento

venda de mandioca

trabalho agrícola

Despesas

educação (material escolar)

saúde (custos mais elevados)

Legenda p p propdução própria m m compra de mercadok k em género c c recoleção

Jan Fev Mar Abr Maio Nov DezJun Jul Ag Set Out

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

O grupo pobre depende sobretudo das suas próprias culturas como a mandioca e a batata doce. A batata doce é

comprada entre Março e Abril e entre Julho e Dezembro, abrangendo parte da estação de escassez. O consumo de

verdes começa em Janeiro.

As fontes principais de rendimento em dinheiro incluem a venda de mandioca dentro da zona e o trabalho agrícola que

pode ser feito durante a maior parte da estação das chuvas. Outras fontes complementares de rendimento (como a

venda de carvão) não constam no calendário de consumo.

As principais despesas incluem a compra de material escolar necessário às crianças que frequentam a escola. As

despesas de saúde normalmente aumentam durante a estação das chuvas de Outubro a Abril.

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

ZONA DE PESCA, MANDIOCA E COMÉRCIO TRANSFONTEIRIÇO (Zona de meios de sustento 12) Esta zona de meios de sustento situa-se ao longo da fronteira

do extremo oriental de Angola com a Zâmbia e situa-se

inteiramente na província de Moxico. A sua topografia é

sobretudo de planície com vales e chanas de terras baixas. A

vegetação é sobretudo de pastagem de savana com florestas

decíduas.

Grandes rios correm para lagos, lagoas, deltas interiores e

pântanos. Outros recursos naturais incluem produtos florestais

e de mato, nomeadamente madeira, caça, peixe, cogumelos,

mel e minerals.

A zona tem um padrão de chuvas unimodal. A precipitação

média é de cerca de 1.000-1.400mm por ano. As chuvas

começam em Setembro e terminam em Maio. A estação seca

vai de Junho a Agosto. As temperaturas médias variam de um

mínimo de 15° Celsius em Junho e um máximo de 30° Celsius

em Outubro.

Devido a frequentes inundações, o solo nesta zona é sobretudo

de barro de baixa fertilidade ao longo dos pântanos e margens

do rio Zambezi.

Uma área pouco povoada, esta zona tem apenas cerca de 5

pessoas por quilómetro quadrado (Censo Nacional de

População-2000). A maioria dos agricultores usam utensílios

manuais na preparação das terras. A terra cultivada é em média

pequena, de 0.5-1.5 hectar por família.

Os meios de sustento envolvem sobretudo a pesca, a

agricultura, a caça e a recoleção de alimentos selvagens. A

pesca concentra-se ao longo dos cursos de água e deltas

interiores. É uma actividade de todo o ano e uma fonte principal

de alimento e rendimento para os pobres e para os que têm

mais posses.

A agricultura é inteiramente de sequeira e as culturas principais

são a mandioca, o milho, o feijão e a batata doce. Outras

culturas cultivadas em menor escala são o tomate, a cebola, a

couve e a abóbora. Os principais animais são as cabras, as aves

domésticas e algum gado que pertence ao grupo com mais

posses.

A riqueza nesta zona é definida pelo acesso a, e posse de,

equipamento de pesca (barcos, canoas, redes, linhas, lanças e

anzóis, etc.) em conjunto com a terra cultivada e o tipo e número de animais.

Risco de insegurança alimentar

Baixo risco de insegurança alimentar devido às actividades de sustento diversificada.

Principais bens produtivos

Pobres Com mais posses

Equipamento de pesca (redes, anzol e cestos) Menos cabras Aves domésticas (galinhas e patos) Utensílios manuais (enxada, machado e panga) Equipmento- bebida local

Equipamento de pesca (canoas e barcos) Gado Mais cabras Aves domésticas (galinhas e patos) Utensílios manuais (enxada, machado e panga) Bicicletas

Principais alimentos consumidos e fontes

Pobres Com mais posses

Mandioca (OP/MP) Peixe (G/MP) Vegetais (OP/MP) Óleo de cozinha(MP) Alimentos silvestres (G)

Mandioca (OP/MP) Peixe ( G/MP) Cabras carne ( OP/MP) Vegetais ( OP/MP) Óleo de cozinha(MP) Alimentos silvestres (G)

Principais fontes de rendimentos

Pobres Com mais posses

Venda de vinho de mel Venda de alimentos silvestres Venda de peixe Venda de bebida local

Venda de peixe Venda de mandioca Venda de mel

Mercados principais

Os principais mercados internos da zona são Luacano, Luena, Lumeje, Luau e Cazombe. Estes mercados têm ligações com mercados externos como Lumbalaguembo na Zâmbia e a RDC.

Principais riscos e frequência aproximada

Inundações ocorrem durante a estação das chuvas. Baixos preços para culturas como a mandioca, que ocorrem durante a estação seca.

Principais estratégias de sustento

Movimentação sazonal de terras baixas para altas durante a estação das chuvas. Aumento da migração laboral na estação seca

Movimentação sazonal de terras baixas para altas durante a estação das chuvas. Mais venda de animais Diversificação de actividades de rendimento, especialmente pequenos negócios

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

As principais fontes de alimento para consumo dos pobres são a mandioca, os vegetais, o peixe e o óleo de cozinha. Isto

é complemetado pela recoleção de alimentos silvestres. As famílias mais pobres também dependem da compra de

mandioca de Maio a Setembro. Em anos de pouca chuva o grupo intensifica as actividades de pesca. As famílias com

mais posses dependem sobretudo da sua própria produção, peixe, produtos animais e algumas compras de mercado de

alimentos básicos e não-básicos.

A principal fonte de rendimento de dinheiro, quer entre os pobres, quer entre o grupo com mais posses, é a venda de

peixe. Os pobres também vendem carvão, lenha e alimentos silvestres, fazem trabalho agrícola e migram para áreas

urbanas para trabalho casual. Para além da pesca semi-comercial, o grupo com mais posses vende o seu excedente de

mandioca e desenvolve o comércio de madeira e retalho especialmente com a Zâmbia. O rio Zambezi fornece peixe

grande para os mercados da Zâmbia.

Devido às más condições das redes rodoviárias, esta zona tem acesso limitado a outros mercados regionais,

especialmente os mercados lucrativos da costa de Angola. Tal como a Zona de Sustento da Mandioca, está em

desvantagem pela distância e pela sua situação remota na região oriental, onde a infraestructura rodoviária ainda não

foi desenvolvida. Contudo, a zona tem acesso exclusivo a mercados lucrativos transfronteiriços na Zâmbia,

particularmente na Cintura do Cobre.

Os principais riscos são as inundações que limitam as actividades piscatórias e reduzem a produção de culturas, a

criação de animais e o alimento selvagem. As principais estratégias de subsistência entre os pobres incluem a

deslocação da terras baixas para terras altas e a migração laboral, enquanto o grupo com mais posses normalmente

aumenta a venda de animais e faz negócio de pequena escala.

CALENDÁRIO SAZONAL, ZONA 12

Estações

estação seca

estação húmida

estação de escassez

Cultivo

preparação da terra

plantação/sementeira

monda

colheita

Animais

criação de

cordeiros/cabritos/parição

extracção de leite

vacinação

Outros

pesca

Riscos

inundações fluviais

Legenda p p preparação da terra s s plantação w w monda h h colheita

Set Out Nov DezJan Fev JulMar Abr Maio Jun Ag

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

A estação das chuvas vai de Outubro ao fim de Abril. A estação seca vai de Maio a Setembro. A estação de escassez vai

normalmente de Dezembro a Fevereiro, antes do início do consumo de verdes em Fevereiro.

A preparação das terras tem lugar de Julho a Setembro, sobretudo para a batata doce, o feijão, o milho e os vegetais, e

é seguida de plantação e sementeira de Outubro a Novembro. A monda tem lugar de Novembro a Dezembro e dá

emprego ao grupo pobre. O consumo de milho verde começa em Janeiro. A colheita da cultura de milho e de outros

cereais é em Junho. As actividades relacionadas com a produção da mandioca têm lugar durante o ano. Outras

actividades incluem a criação de cordeiro e cabrito e a parição, durante a estação das chuvas, e a vacinação de animais

de Junho a Setembro.

CALENDÁRIO DE CONSUMO PARA AGREGADOS FAMILIARES POBRES, ZONA 12

O grupo pobre depende sobretudo da sua própria mandioca e peixe. Compram alguma mandioca de Maio a Setembro.

A mandioca verde é consumida a partir de Outubro.

As suas principais fontes de rendimento em dinheiro incluem a venda de peixe e o trabalho agrícola durante a estação

das chuvas. A mandioca não é muito vendida nesta zona devido ao acesso limitado a mercados. As principais despesas

incluem a compra de material escolar necessário às crianças que frequentam a escola. As despesas de saúde

normalmente aumentam durante a estação das chuvas de Outubro a Abril.

Alimentos básicos

mandioca

peixe

Rendimento

venda de peixe

trabalho agrícola

Despesas

educação (material escolar)

saúde (custos mais elevados)

Legenda p p propdução própria m m compra de mercadok k em género c c recoleção

Nov DezJun Jul Ag Set OutJan Fev Mar Abr Maio

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

ZONA COSTEIRA DE AGRO-PECUÁRIA (Zona de meios de sustento 13)

Esta zona de meios de sustento situa-se ao longo da planície

costeira. Está concentrada nas partes rurais da província de

Luanda e estende-se pela Reserva Natural do Ilhéu dos

Pássaros, uma área coberta por mangais e um habitat para

pássaros marinhos. É dominada por planícies com áreas baixas.

A principal vegetação é a pastagem de savana e os arbustos

baixos, adequada à criação de animais. O rio Cuanza e os seus

afluentes, como o Luando e o Luasso, correm através da

reserva. Outros recursos naturais incluem a erva, o peixe e as

reservas de petróleo do interior.

A precipitação é unimodal, com precipitação média de

aproximadamente 300mm por ano. As temperaturas variam de

um mínimo de 18° Celsius em Agosto a um máximo de 32°

Celsius de Janeiro a Fevereiro. Há duas estações agrícolas, com

uma estação das chuvas de Outubro a Abril e uma estação seca

de Maio a Setembro.

O solo é moderadamente fértil com uma mistura de solos

arenosos mais próximo da costa e solos de barro nas fronteiras

exteriores. Comparada com zonas vizinhas, como a de cultivo de

banana e ananás em Benguela e partes do Cuanza Sul, este solo

é menos fértil. A zona é, no entanto, muito adequada à criação

de animais.

Esta é uma zona moderadamente populada devido à presença

de fazendas de gado e à influência de áreas urbanas. A

densidade populacional é de cerca de 10-20 pessoas por

quilómetro quadrado (Censo Nacional de População-2000). O

grupo com mais posses tem propriedades de cerca de 2

hectares; estes são geralmente habitantes locais que vivem fora

das fazendas comerciais. Os pobres têm propriedades de cerca

de 0.5 hectares e são sobretudo trabalhadores em quintas

comerciais com acesso limitado a terra em fazendas comerciais.

A lavragem manual é o meio principal de preparação das terras

entre o grupo pobre, embora a produção mecanizada e irrigada

de culturas também seja feita por proprietários das fazendas

comerciais de animais.

As principais culturas são o milho e os vegetais. Isto é possível

devido ao acesso a água providenciado pelos proprietários das

fazendas comerciais. Só os que são muito ricos podem criar

animais, primordialmente com propósitos comerciais. Os

principais animais criados são o gado, as cabras e, em menor

quantidade, porcos.

Risco de insegurança alimentar

Risco moderado de insegurança alimentar devido a menor produção de colheitas.

Principais bens produtivos

Pobres Com mais posses

Menos cabras Menos porcos Menos aves domésticas (galinhas e patos) Ocupantes sem títulos de propriedade de terra. Utensílios manuais (enxada, panga e machado) Bicicleta

Mais cabras Mais porcos Mais aves domésticas (galinhas e patos) Ocupantes com títulos de propriedade de terra. Máquinas agrícolas (imersão de gado etc.) Veículo motorizado

Principais alimentos consumidos e fontes

Pobres Com mais posses

Arroz (MP) Milho (MP/OP) Feijão (OP/MP) Peixe (G/MP) Vegetais (OP/MP) Leite (IK/MP)

Arroz (MP) Milho (OP/MP) Feijão (OP/MP) Carne (OP/MP) Peixe (G/MP) Leite (IK/MP) Vegetais (OP/MP) Fruta (OP/MP)

Principais fontes de rendimentos

Pobres Com mais posses

Salários de emprego agrícola Venda de cultura vegetal própria Venda de artigos domésticos

Salários de emprego não qualificado e não-agrícola Venda de materiais de construção, como areia e pedra. Venda de artigos domésticos.

Mercados principais

O principal mercado, que regula a economia local, é a cidade de Luanda

Riscos principais e frequência aproximada

O principal risco nesta zona são as condições de seca e doenças de animais, tal como dermatite, anthrax, sarna e tripanossomíase, que normalmente afectam o gado e as cabras nas fazendas comerciais. Ocorre durante o ano.

Principais estratégias de sustento

Diversificação de opções de rendimento. Migração de trabalho em áreas peri-urbanas e urbanas

Aquisição de serviços veterinários e medicamentos para animais

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

Os factores locais determinantes de riqueza entre os agregados familiares desta zona são o tamanho da terra cultivada

e o acesso a actividades económicas lucrativas.

Quer o grupo pobre, quer o grupo com mais posses consomem as suas próprias colheitas, peixe, alimentos silvestres e algum leite de quintas comerciais e do mercado. Dependem em grande medida da compra de alimentos básicos no mercado durante mais de metade do ano. As oportunidades de rendimento para o grupo pobre são muito limitadas e incluem salários resultantes de emprego em

quintas comerciais, venda de vegetais e comércio a retalho (produtos domésticos). O grupo com mais posses depende

de emprego semi-qualificado não-agrícola em áreas urbanas como Luanda, da venda de materiais de construção (areia

e pedras) e, em menor grau, do comércio de retalho (produtos domésticos).

Comparada com as zonas vizinhas, esta área tem muito bom acesso a mercados lucrativos (Luanda e outras áreas

costeiras), especialmente para produtos locais como vegetais, materiais de construção e trabalho não qualificado.

Os principais riscos nesta zona são as doenças dos animais, tais como dermatite, anthrax, sarna e tripanossomias, em conjunto com a seca e as condições atmosféricas secas. Em anos de pouca chuva os pobres maximizam o acesso à alimentação por meio de trabalho migratório para obter rendimentos que lhes permitam comprar alimentos de primeira necessidade; o grupo com mais posses normalmente usa o rendimento na compra de medicamentos para os animais.

CALENDÁRIO SAZONAL, ZONA 13

A estação das chuvas vai de Outubro ao fim de Abril. A estação seca começa em Maio e continua até Setembro. A

estação de escassez vai normalmente de Dezembro a Fevereiro, antes do início do consumo de verdes em Fevereiro.

A estação agrícola começa com a preparação da terra de Julho a Setembro. Isto é sobretudo para milho e vegetais.

Segue-se a plantação e a sementeira de Novembro a Dezembro. A monda tem lugar de Novembro a Dezembro e dá

Estações

estação seca

estação húmida

estação de escassez

Cultivo

preparação da terra

plantação/sementeira

monda

colheita

Animais

criação de

cordeiros/cabritos/parição

extracção de leite

vacinação

Outros

Riscos

doenças de animais

Legenda p p preparação da terra s s plantação w w monda h h colheita

Set Out Nov DezJan Fev JulMar Abr Maio Jun Ag

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

oportunidades de emprego para os pobres. O consumo de verdes começa em Janeiro. A principal colheita de milho e

outros cereais tem lugar em Junho. Outras actividades incluem a criação de cordeiros, cabritos, e a parição durante a

estação das chuvas e a vacinação dos animais nos meses de Junho a Setembro.

CALENDÁRIO DE CONSUMO PARA AGREGADOS FAMILIARES POBRES, ZONA 13

O grupo pobre depende sobretudo do mercado para o milho de Agosto a Abril. A sua própria cultura de milho vai de

Fevereiro a Julho, começando com o milho verde no início de Fevereiro. Consomem vegetais durante todo o ano, em

parte cultivados com irrigação. As principais fontes de rendimento em dinheiro incluem a venda de materiais de

construção e o trabalho agrícola. As principais despesas incluem a compra de material escolar necessário às crianças

que frequentam a escola. As despesas de saúde normalmente aumentam durante a estação das chuvas de Outubro a

Abril.

Alimentos básicos

milho

vegetais

Rendimento

venda de areia e pedras

venda de trabalho agrícola

Despesas

educação (material escolar)

saúde (custos mais elevados)

Legenda p p propdução própria m m compra de mercadok k em género c c recoleção

Jan Fev Mar Abr Maio Nov DezJun Jul Ag Set Out

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

ANNEX 1: LIVELIHOOD ZONES AND ADMINISTRATIVE AREAS

LIVELIHOODS ZONA1: COASTAL FISHING, HORTICULTURE AND NON FARM INCOME Communes Municipality Province

Ambriz Ambriz Bengo

Baia Farta Baia Farta Benguela

Barra do Dande Dande Bengo

Benguela Benguela Benguela

Bentiaba Namibe Namibe

Biopio Lobito Benguela

Cabinda Cabinda Cabinda

Cacongo Cacongo Cabinda

Calohanga Baia Farta Benguela

Canata Lobito Benguela

Canjala Lobito Benguela

Catumbela Lobito Benguela

Dombe Grande Baia Farta Benguela

Egipto Praia Lobito Benguela

Equimina Baia Farta Benguela

Gungo Sumbe Kuanza Sul

Kapolo Porto Amboim Kuanza Sul

Kelo Soyo Zaire

Kicombo Sumbe Kuanza Sul

Kinzau Tomboco Zaire

Lobito Lobito Benguela

Lucira Namibe Namibe

Malembo Cabinda Cabinda

Massabi Cacongo Cabinda

Musserra Nzeto Zaire

Namibe Namibe Namibe

Ngangula Sumbe Kuanza Sul

Nzeto Nzeto Zaire

Porto Amboim Porto Amboim Kuanza Sul

Soyo Soyo Zaire

Sumbe Sumbe Kuanza Sul

Tabi Ambriz Bengo

LIVELIHOODS ZONA2: TRANSITIONAL BANANA AND ANANÁS FARMING Communes Municipality Province

Assango Amboim Kuanza Sul

Atome Cassongue Kuanza Sul

Babaera Ganda Benguela

Balombo Balombo Benguela

Bocoio Bocoio Benguela

Botera Seles Kuanza Sul

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

Caimbambo Caimbambo Benguela

Canhamela Caimbambo Benguela

Capupa Cubal Benguela

Casseque Ganda Benguela

Catengue Caimbambo Benguela

Cayave Caimbambo Benguela

Chicuma Ganda Benguela

Chila Bocoio Benguela

Chindumbo Balombo Benguela

Chingongo Balombo Benguela

Conda Conda Kuanza Sul

Conde Ebo Kuanza Sul

Cubal Cubal Benguela

Cubal do Lumbo Bocoio Benguela

Cunjo Conda Kuanza Sul

Ebanga Ganda Benguela

Ebo Ebo Kuanza Sul

Gabela Amboim Kuanza Sul

Ganda Ganda Benguela

Iambala Cubal Benguela

Kirimbo Quilenda Kuanza Sul

Monte Belo Bocoio Benguela

Passe Bocoio Benguela

Quilenda Quilenda Kuanza Sul

Tumbulo Cubal Benguela

Uku Seles Seles Kuanza Sul

Uya Ngombe Caimbambo Benguela

LIVELIHOODS ZONA3: SOUTHERN ANIMAIS, MILLET AND SORGHUM ZONA Communes Municipality Province

Baia dos Tigres Tombua Namibe

Bibala Bibala Namibe

Bolonguera Chongoroi Benguela

Bondo Cuangar Kuando Kubango

Cafima Cuanhama Cunene

Cahama Cahama Cunene

Cahinde Virei Namibe

Caitou Bibala Namibe

Calai Calai Kuando Kubango

Camucuio Camucuio Namibe

Chingo Camucuio Namibe

Chinquite Camucuio Namibe

Chitato Curoca Cunene

Chongoroi Chongoroi Benguela

Cuamato Ombandja Cunene

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

Cuangar Cuangar Kuando Kubango

Cubati Cuvelai Cunene

Cuvelai Cuvelai Cunene

Dinde Quilengues Huila

Dirico Dirico Kuando Kubango

Evale Cuanhama Cunene

Humbe Ombandja Cunene

Humpata Humpata Huila

Impulo Quilengues Huila

Lola Bibala Namibe

Luiana Rivungo Kuando Kubango

Maue Calai Kuando Kubango

Melunga Namacunde Cunene

Mongua Cuanhama Cunene

Mucope Ombandja Cunene

Mucusso Dirico Kuando Kubango

Munhino Bibala Namibe

Mupa Cuvelai Cunene

Namacunde Namacunde Cunene

Nampala Cuvelai Cunene

Naulila Ombandja Cunene

Oncocua Curoca Cunene

Ondjiva Cuanhama Cunene

Otchinjau Cahama Cunene

Quilengues Quilengues Huila

Savate Cuangar Kuando Kubango

Tchimporo Cuanhama Cunene

Tombua Tombua Namibe

Virei Virei Namibe

Xamavera Dirico Kuando Kubango

Xangongo Ombandja Cunene

LIVELIHOODS ZONA4: SUB HUMID ANIMAIS AND MILHO Communes Municipality Province

Cacula Lubango Huila

Caiundo Menongue Kuando Kubango

Capunda Cavilongo Chibia Huila

Cassinga Jamba Huila

Chiange Gambos Huila

Chibia Chibia Huila

Chinguanja Cuchi Kuando Kubango

Cuchi Cuchi Kuando Kubango

Cueio Menongue Kuando Kubango

Cutato II Cuchi Kuando Kubango

Dongo Jamba Huila

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

Folgares Matala Huila

Hoque Lubango Huila

Huila Lubango Huila

Jamba Jamba Huila

Jau Chibia Huila

Kuvango Kuvango Huila

Lubango Lubango Huila

Matala Matala Huila

Menongue Menongue Kuando Kubango

Mulondo Matala Huila

Quihita Chibia Huila

Quipungo Quipungo Huila

Tchibemba Gambos Huila

LIVELIHOODS ZONA5: MID EASTERN CASSAVA AND SAVANNAH FOREST Communes Municipality Province

Baixo Longa Cuito Cuanavale Kuando Kubango

Cangombe Luchazes Moxico

Cassamba Luchazes Moxico

Catuile Mavinga Kuando Kubango

Chiume Lumbala Nguimbo Moxico

Cuemba Cuemba Bie

Cuito Cuanavale Cuito Cuanavale Kuando Kubango

Cunjamba Mavinga Kuando Kubango

Longa Cuito Cuanavale Kuando Kubango

Luchazes Luchazes Moxico

Luengue Mavinga Kuando Kubango

Lumbala Nguimbo Lumbala Nguimbo Moxico

Lupire Cuito Cuanavale Kuando Kubango

Lutembo Lumbala Nguimbo Moxico

Luvuei Lumbala Nguimbo Moxico

Mavinga Mavinga Kuando Kubango

Muie Luchazes Moxico

Munhango Cuemba Bie

Mussuma Lumbala Nguimbo Moxico

Mutumbo Chitembo Bie

Nancova Nancova Kuando Kubango

Neriquinha Rivungo Kuando Kubango

Ninda Lumbala Nguimbo Moxico

Rito Nancova Kuando Kubango

Rivungo Rivungo Kuando Kubango

Sachinemuna Cuemba Bie

Sessa Lumbala Nguimbo Moxico

Soma Cuanza Chitembo Bie

Tempue Luchazes Moxico

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

Umpulo Camacupa Bie

LIVELIHOODS ZONA6: CENTRAL HIGHLANDS POTATO AND VEGETABLES

Communes Municipality Province

Caala Caala Huambo

Calenga Caala Huambo

Cangote Chinguar Bie

Catata Caala Huambo

Chinguar Chinguar Bie

Cutato Chinguar Bie

Ekunha Ekunha Huambo

Kuima Caala Huambo

Quipeio Ekunha Huambo

LIVELIHOODS ZONA7: CENTRAL HIGHLANDS MILHO AND FEIJÃO Communes Municipality Province

Alto Hama Londuimbali Huambo

Amboiva Seles Kuanza Sul

Andulo Andulo Bie

Bailundo Bailundo Huambo

Bambi Chipindo Huila

Bimbe Bailundo Huambo

Cachingues Chitembo Bie

Caconda Caconda Huila

Caiei Nharea Bie

Caiuera Catabola Bie

Calepi Caluquembe Huila

Calima Huambo Huambo

Calucinga Andulo Bie

Calulo Libolo Kuanza Sul

Caluquembe Caluquembe Huila

Camacupa Camacupa Bie

Cambandua Kuito Bie

Cassongue Cassongue Kuanza Sul

Cassumbe Andulo Bie

Catabola Catabola Bie

Cela Waku Kungo Kuanza Sul

Chicala Kuito Bie

Chicomba Chicomba Huila

Chilata Longonjo Huambo

Chipeta Catabola Bie

Chipindo Chipindo Huila

Chipipa Huambo Huambo

Chitembo Chitembo Bie

Chiuca Catabola Bie

Chivaulo Andulo Bie

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

Cuanza Camacupa Bie

Cunhinga Cunhinga Bie

Cusse Caconda Huila

Cutenda Chicomba Huila

Dando Nharea Bie

Dumbi Cassongue Kuanza Sul

Galanga Londuimbali Huambo

Galangue Kuvango Huila

Gamba Nharea Bie

Gungue Caconda Huila

Hengue Bailundo Huambo

Huambo Huambo Huambo

Hungulo Tchikala Tcholohanga Huambo

Kabuta Libolo Kuanza Sul

Kakoma Ukuma Huambo

Kambuengo Mungo Huambo

Kariango Quibala Kuanza Sul

Katavola Longonjo Huambo

Katchiungo Katchiungo Huambo

Kienha Mussende Kuanza Sul

Kissange Ebo Kuanza Sul

Kissongo Libolo Kuanza Sul

Kuito Kuito Bie

Kumbila Londuimbali Huambo

Lepi Longonjo Huambo

Londuimbali Londuimbali Huambo

Longonjo Longonjo Huambo

Lonhe Quibala Kuanza Sul

Lubia Nharea Bie

Lunge Bailundo Huambo

Luvemba Bailundo Huambo

Malengue Chitembo Bie

Mbave Tchikala Tcholohanga Huambo

Muinha Camacupa Bie

Mumbue Chitembo Bie

Mundundo Ukuma Huambo

Munenga Libolo Kuanza Sul

Mungo Mungo Huambo

Mussende Mussende Kuanza Sul

Ndala Cachibo Quibala Kuanza Sul

Negola Caluquembe Huila

Nharea Nharea Bie

Pambangala Cassongue Kuanza Sul

Quibala Quibala Kuanza Sul

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

Ringoma Camacupa Bie

S. Lucas Mussende Kuanza Sul

Sambo Tchikala Tcholohanga Huambo

Sanga Waku Kungo Kuanza Sul

Tchiaka Tchinjenje Huambo

Tchikala Tcholohanga Tchikala Tcholohanga Huambo

Tchinhama Katchiungo Huambo

Tchinjenje Tchinjenje Huambo

Tchiumbu Katchiungo Huambo

Trumba Kuito Bie

Uaba Caconda Huila

Ukuma Ukuma Huambo

Ussoke Londuimbali Huambo

Vicungo Kuvango Huila

Waku Kungo Waku Kungo Kuanza Sul

LIVELIHOODS ZONA8: TRANSITIONAL MILHO, CASSAVA AND FEIJÃO FARMING Communes Municipality Province

Bela Vista Ambriz Bengo

Caxito Dande Bengo

Cazua Pango Aluquem Bengo

Dondo Cambambe Kuanza Norte

Mabubas Dande Bengo

Quicabo Dande Bengo

Quixinge Quissama Bengo

Ucua Dande Bengo

Zenza do Itombe Cambambe Kuanza Norte

LIVELIHOODS ZONA9: TROPICAL FOREST, CASSAVA, BANANA AND COFFEE Communes Municipality Province

Alfandega Sanza Pombo Uige

Alto Zaza Quimbele Uige

Belize Belize Cabinda

Bembe Bembe Uige

Bengo Cangola Uige

Beu Maquela do Zombo Uige

Bindo Camabatela Kuanza Norte

Bolongongo Bolongongo Kuanza Norte

Buco Zau Buco Zau Cabinda

Buela Cuimba Zaire

Bula Atumba Bula Atumba Bengo

Bungo Bungo Uige

Cage Nambuangongo Bengo

Caiongo Cangola Uige

Camabatela Camabatela Kuanza Norte

Cambambe Quitexe Uige

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

Camboso Nova Esperanþa Uige

Canacassala Nambuangongo Bengo

Cangola Cangola Uige

Cuango Quimbele Uige

Cuilo Pombo Sanza Pombo Uige

Damba Damba Uige

Dimuca Negage Uige

Dinge Cacongo Cabinda

Gombe Nambuangongo Bengo

Icoca Quimbele Uige

Inhuca Buco Zau Cabinda

Kibocolu Maquela do Zombo Uige

Kiende Mbanza Congo Zaire

Kihuhu Massango Malanje

Kindege Nzeto Zaire

Kingombe Tomboco Zaire

Kinvuenga Songo Uige

Kisseke Negage Uige

Koxe Dembos Bengo

Kuilu Futa Maquela do Zombo Uige

Lemboa Damba Uige

Luali Belize Cabinda

Lucunga Bembe Uige

Lufico Noqui Zaire

Luinga Camabatela Kuanza Norte

Luvo Mbanza Congo Zaire

Mabaia Bembe Uige

Macocola Santa Cruz Uige

Macolo Santa Cruz Uige

Madimba Mbanza Congo Zaire

Maquela do Zombo Maquela do Zombo Uige

Massango Massango Malanje

Massau Santa Cruz Uige

Maua Camabatela Kuanza Norte

Mbanza Congo Mbanza Congo Zaire

Miconge Belize Cabinda

Mpala Noqui Zaire

Muxiluando Nambuangongo Bengo

Necuto Buco Zau Cabinda

Negage Negage Uige

Nkama Ntambu Damba Uige

Nkuso Damba Uige

Noqui Noqui Zaire

Nova Caipemba Ambuila Uige

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

Nova Esperanþa Nova Esperanþa Uige

Nsoso Damba Uige

Pango Aluquem Pango Aluquem Bengo

Paredes Dembos Bengo

Pedra de Feitico Soyo Zaire

Piri Dembos Bengo

Puri Puri Uige

Quiage Bula Atumba Bengo

Quibala Norte Nzeto Zaire

Quibaxe Dembos Bengo

Quicunzo Nambuangongo Bengo

Quifuafua Quitexe Uige

Quimbele Quimbele Uige

Quimbianda Nova Esperanþa Uige

Quinzala Mucaba Uige

Quipedro Ambuila Uige

Quiquiemba Bolongongo Kuanza Norte

Quitende Quitexe Uige

Quitexe Quitexe Uige

Quixico Nambuangongo Bengo

Quiximba Tomboco Zaire

Sakandika Maquela do Zombo Uige

Santa Cruz Santa Cruz Uige

Sanza Pombo Sanza Pombo Uige

Serra da Kanda Cuimba Zaire

Songo Songo Uige

Sumba Soyo Zaire

Tando Zinze Cabinda Cabinda

Tango Camabatela Kuanza Norte

Terreiro Bolongongo Kuanza Norte

Tomboco Tomboco Zaire

Uamba Sanza Pombo Uige

Uando Mucaba Uige

Uige Uige Uige

Zala Nambuangongo Bengo

LIVELIHOODS ZONA10: SAVANNAH FOREST AND MARKET ORIENTED CASSAVA Communes Municipality Province

Aldeia Nova Banga Kuanza Norte

Banga Banga Kuanza Norte

Bange Angola Cahombo Malanje

Caculo Ndalatando Kuanza Norte

Caculo Cabaþa Banga Kuanza Norte

Cacuso Cacuso Malanje

Cahombo Cahombo Malanje

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

Calandula Calandula Malanje

Camame Ngonguembo Kuanza Norte

Cambaxe Malanje Malanje

Cambo Cahombo Malanje

Cambondo Golungo Alto Kuanza Norte

Cambondo Malanje Malanje

Cambundi Catembo Cambundi Catembo Malanje

Cangandala Cangandala Malanje

Capenda Camulemba Capenda Camulemba Lunda Norte

Cariamba Banga Kuanza Norte

Caribo Cangandala Malanje

Catala Mucari Malanje

Caxinga Mucari Malanje

Cerca Golungo Alto Kuanza Norte

Cuango Cuango Lunda Norte

Dala Samba Marimba Malanje

Dange Ia Menha Cambambe Kuanza Norte

Dombo Luquembo Malanje

Dumba Kabango Cambundi Catembo Malanje

Golungo Alto Golungo Alto Kuanza Norte

Kangando Malanje Malanje

Kapunda Luquembo Malanje

Kassanji Xa Muteba Lunda Norte

Kateco Kangola Calandula Malanje

Kiangombe Lucala Kuanza Norte

Kiluanje Golungo Alto Kuanza Norte

Kimbamba Malanje Malanje

Kimbango Luquembo Malanje

Kinge Calandula Malanje

Kinguengue Massango Malanje

Kiwaba Nzoji Kiwaba Nzoji Malanje

Kizenga Cacuso Malanje

Kota Calandula Malanje

Kuale Calandula Malanje

Kulamagia Cangandala Malanje

Kunda Dia Baze Kunda Dia Baze Malanje

Lemba Kunda Dia Baze Malanje

Lombe Cacuso Malanje

Longo Xa Muteba Lunda Norte

Luando Cuemba Bie

Lucala Lucala Kuanza Norte

Luquembo Luquembo Malanje

Luremo Cuango Lunda Norte

Malanje Malanje Malanje

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

Mangano Marimba Malanje

Marimba Marimba Malanje

Mbembo Cangandala Malanje

Mikanda Cahombo Malanje

Milando Kunda Dia Baze Malanje

Moma Quela Malanje

Mucari Mucari Malanje

Mufuma Kiwaba Nzoji Malanje

Muquixi Mucari Malanje

Ndalatando Ndalatando Kuanza Norte

Ngola Luije Malanje Malanje

Pungo Andongo Cacuso Malanje

Quela Quela Malanje

Quiculungo Quiculungo Kuanza Norte

Quilombo dos Dembos Ngonguembo Kuanza Norte

Quirima Quirima Malanje

Quitapa Xa Muteba Lunda Norte

S. Pedro da Quilemba Cambambe Kuanza Norte

Samba Caju Samba Caju Kuanza Norte

Samba Lucala Samba Caju Kuanza Norte

Sautari Quirima Malanje

Tala Mungongo Cambundi Catembo Malanje

Xa Muteba Xa Muteba Lunda Norte

Xandele Quela Malanje

Xinge Capenda Camulemba Lunda Norte

LIVELIHOODS ZONA11: SAVANNAH FOREST AND SUBSISTENCE CASSAVA Communes Municipality Province

Alto Chicapa Cacolo Lunda Sul

Cachimo Cambulo Lunda Norte

Cacolo Cacolo Lunda Sul

Caluango Cuilo Lunda Norte

Camanongue Camanongue Moxico

Camaxilo Caungula Lunda Norte

Cambulo Cambulo Lunda Norte

Camissombo Lucapa Lunda Norte

Cangumbe Luena Moxico

Canzar Cambulo Lunda Norte

Capaia Lucapa Lunda Norte

Cassai Sul Muconda Lunda Sul

Caungula Caungula Lunda Norte

Cazage Dala Lunda Sul

Chiluage Muconda Lunda Sul

Chitato II Chitato Lunda Norte

Cucumbi Cacolo Lunda Sul

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

Cuilo Cuilo Lunda Norte

Dala Dala Lunda Sul

Leua Leua Moxico

Liangongo Leua Moxico

Lovua Chitato Lunda Norte

Luachimo Chitato Lunda Norte

Luangue Lubalo Lunda Norte

Luau Luau Moxico

Lubalo Lubalo Lunda Norte

Lucapa Lucapa Lunda Norte

Lucusse Luena Moxico

Luena Luena Moxico

Luia Cambulo Lunda Norte

Luma Cassai Dala Lunda Sul

Lutuai Luena Moxico

Mona Quimbundo Saurimo Lunda Sul

Muconda Muconda Lunda Sul

Muriege Muconda Lunda Sul

Muvulage Lubalo Lunda Norte

Saurimo Saurimo Lunda Sul

Sombo Saurimo Lunda Sul

Xa Cassau Lucapa Lunda Norte

Xassengue Cacolo Lunda Sul

LIVELIHOODS ZONA12: FISHING, CASSAVA AND CROSSBORDER TRADE Communes Municipality Province

Caianda Alto Zambeze Moxico

Calunda Alto Zambeze Moxico

Cameia Cameia Moxico

Cazombo Alto Zambeze Moxico

Kavungo Alto Zambeze Moxico

Lago Dilolo Luacano Moxico

Lovua Alto Zambeze Moxico

Luacano Luacano Moxico

Lumbala Alto Zambeze Moxico

Lumbala Kaquengue Alto Zambeze Moxico

Mucondo Alto Zambeze Moxico

LIVELIHOODS ZONA13: COASTAL ANIMAIS RANCHING Communes Municipality Province Barra do Kuanza Viana Luanda

Bom Jesus Icolo e Bengo Bengo

Cabiri Icolo e Bengo Bengo

Cacuaco Cacuaco Luanda

Calomboloca Icolo e Bengo Bengo

Calumbo Viana Luanda

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

Catete Icolo e Bengo Bengo

Dembo Chio Quissama Bengo

Luanda Luanda Luanda

Mumbondo Quissama Bengo

Muxima Quissama Bengo

Viana Viana Luanda

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

ANNEX 2: LIST OF PARTICIPANTS

Benguela Regional Workshop

No. Names of participants Function or Post Institution

1. Gabriel Martinho Chefe Depart. Agricultura-Benguela

Department of Agriculture-Benguela Province

2. Lucas Pinto DPADR-Benguela Province Benguela Province

3. Fernando André Ministry of Agriculture (MINAGRI)- Luanda

4. Alves Victor Ministry of Agriculture (MINAGRI)- Luanda

5. Dulce Rebeca Sakala TIDA Namibe Province

6. João Luiz Abel DPADR Namibe Province

7. Martinho Wimbu Directorate of Health-Benguela Province

8. Antonio F. Canjo EDA Lobito- Huila Province

9. Lourenço J. Matanda Ministry of Agriculture (MINAGRI)- Luanda

10. Jõao Vicente Ministry of Agriculture (MINAGRI)- Luanda

11. Julieta M.F. da Cunha Chief of Education Benguela Province

12. Manuel Chitumba EDA Ganda Commune

13. Julia Maria Mussungo Director of Education Namibe Province

14. Lidia Nataniel Director of Education Cunene Province

15. Dilson M. F. Velho Director of Education Cuando Cubango Province

16. Antonio F. dos Santos Ministry of Agriculture (MINAGRI)

17. Domingos Raimundo Ngonga

IDA Cuando Cubango Province

18. Joao I. Sousa Director of Agriculture Namibe Province

19. Justino Xili Director of Education Cunene Province

20. Adriano Moso

Supervisor for Nutrition

21. Santos Félix Pedro Ministry of Agriculture (MINAGRI)- Luanda

22. Manuel Pinto José Chief of Department Luanda Province

23. Euclides José Director of Education Huila Province

24. João C. Muluta GEPE Benguela Province

25. Valdemar Simões Morais Chief of Department Ministry of Agriculture Luanda

26. Odete Rochete Ministry of Agriculture- Luanda

27. Arlete Alzira Director of Health Bie Province

28. Celestino E. Quididi GEP Cuando Cubango Province

29. Jose Faustino IDA Huambo Province

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

30. Miguel Dambi Ministry of Agriculture (MINAGRI/GSA)

31. Paula Tunga Ministry of Agriculture (MINAGRI/GSA)

32. Pinto Basilio DPA Huambo Province

33. Ermelinda Caliengue Ministry of Agriculture (MINAGRI/GSA)

34. Elsa Gaspar Ministry of Agriculture (MINAGRI/GSA)

35. Jorge Manuel Eli Sanjala Director for Planning Bie Province

36. Jose Solino Joel Director for Planning Huambo Province

37. José Felisberto Kalomo GEP Cunene Province

38. João Gonçalves Directorate of Agriculture Benguela Province

39. Jose Niangassa Zeca Directorate of Agriculture Cunene Province

40. Agostinho Pedro Independent Consultant -

40. Claire Bea Chemonics Associate- Southern Africa

FEWS NET Head Office/Washing ton

41. Phumzile Mdladla, FEWSNET Regional Office- Pretoria, South Africa

42. Antonio Mavie Deputy Technical Manager FEWS NET- Mozambique

43. Masozi Kachali Technical Advisor SADC-RVAA Programme

44. James Acidri Livelihood Consultant Evidence for Development

Malanje Regional Workshop

No. Names Institution Telephone E-mail Address

1. Ambrosio Joaquim

João

GEPE Malange 946839210 [email protected]

2. Ermelida Caliengue GSA Luanda 921110567 [email protected]

3. Odete Rochete GSA Luanda 936137097 [email protected]

4. Andrade dos santos GSA Luanda 923306631 [email protected]

5. Hermenegildo Barbosa GEPE Lunda Norte 923696805 [email protected]

6. Carla Monteiro SADC Consultora

7 Evance Chapasuka SADC RVAC Programa [email protected]

8. James Acidri FEWS NET [email protected]

9. Masozi Kachale SADC RVAC Programa [email protected]

10. Gary Sawdon FEWS NET [email protected]

11. Duncan Samikwa SADC RVAC Programa [email protected]

12. Antonio Mavie FEWS NET [email protected]

13. João Manuel DPA- Malanje

14. Catembue Camunaga IDA Lunda Norte 932906167

15. Nsimba Domingos

Quianelundo

Secretaria Geral (DIII) 924677661 [email protected]

16. Paulo Bungo IDA Lunda Norte 923714661 paulobungo18yahoo.com.br

17. David Tunga Director GSA 923402290 [email protected]

18. José Alves Tradutor 924518027 [email protected]

19. Maria Eugenia da Silva GSA RVAC

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ANGOLA Zonas e Descrições de Meios de Sustento Novembro 2013

d

20. Honorato Bartolomeu GGTA/MINAGRI 923626411 [email protected]

21. João José Chefe Depat. INCER 946839210 [email protected]

22. Fernanda D.S Guerra GEPE Zaire 923823631

23. Pedro Makunde Direcção provincial

Zaire

922895731

24. Tomais Manuel Inacio MINAGRI Moxico

25. José pereira Brito

paulo

DPA Bengo 927137933 [email protected]

26. Jorge pina IDA Zaire 936483363

27. Brigitte Caferro GEPE Lunda Sul 947222010 [email protected]

28. Moises maquiniche DPA Lunda Sul 936683146

29. Jose Mateus DPA Lunda Norte 925217097

30. Santos Felix Pedro GSA Luanda 918078499 [email protected]

31. Isidro Jorge Tomais IDA MOXICO 923864736

32. Campos Zenga dos

Santos

IDA Uige 923229334 [email protected]

33. Domingos Muaiuma IDA Lunda Sul 923482594 [email protected]

34. Manuel Gomes IDA Cabinda 923667168 [email protected]

35. Antonio Mieze

Quicosa

IDA Luanda 923770535

36. Jose Leão Chiquito DPA 933167870

37. Joy Francisco Alberto

Mulemba

GEPE Luanda 935712681 [email protected]

38. Pascoal Manuel Castro DPA Luanda 925144362 [email protected]

39. Inacio Chindongo

Pedro

DPA Malange 936793824 [email protected]

40. Isaac Bernardo

Delgado

IDA Malange 9244015584

41. Joaqui Pedro DPA Uige 924831278 [email protected]

42. Eduardo Gomes IDA Uige 925408038