ANÁLISE DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DA ......De acordo com o Instituto Brasileiro de...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO ANÁLISE DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DA GERAÇÃO DE VAPOR UTILIZANDO ENERGIA SOLAR PARA INJEÇÃO EM POÇOS PETROLÍFEROS Anderson Ferreira da Silva Novembro, 2018 NATAL, RN

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

    CENTRO DE TECNOLOGIA

    CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO

    ANÁLISE DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DA

    GERAÇÃO DE VAPOR UTILIZANDO ENERGIA SOLAR PARA

    INJEÇÃO EM POÇOS PETROLÍFEROS

    Anderson Ferreira da Silva

    Novembro, 2018

    NATAL, RN

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    ii Anderson Ferreira da Silva

    a

    Anderson Ferreira da Silva

    ANÁLISE DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DA GERAÇÃO DE

    VAPOR UTILIZANDO ENERGIA SOLAR PARA INJEÇÃO EM POÇOS

    PETROLÍFEROS

    Trabalho apresentado ao Curso de

    Engenharia de Petróleo da Universidade

    Federal do Rio Grande do Norte como

    requisito parcial para a obtenção do título

    de Engenheiro de Petróleo.

    Orientador: Dr. Marcos Allyson Felipe Rodrigues

    Novembro, 2018

    NATAL, RN

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    iii Anderson Ferreira da Silva

    a

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    iv Anderson Ferreira da Silva

    a

    SILVA, Anderson Ferreira da. Análise de viabilidade técnica e econômica da geração de

    vapor utilizando energia solar para injeção em poços petrolíferos. 2018. 55 f. TCC

    (Graduação) - Curso de Engenharia de Petróleo, Universidade Federal do Rio Grande do

    Norte, Natal, Brasil, 2018.

    Palavras-Chaves: Coletor solar, injeção de vapor, caldeira.

    Orientador: Prof. Dr. Marcos Allyson Felipe Rodrigues

    RESUMO

    ___________________________________________________________________________

    A maior parcela da produção de petróleo on-shore brasileira, é realizada em campos maduros.

    Para essa produção acontecer, é necessária a aplicação de métodos térmicos de recuperação que

    promovem a redução da viscosidade do óleo. A injeção de vapor é um dos métodos térmicos

    mais utilizados e, por isso, faz-se necessário o estudo do processo de geração de vapor. Foram

    estudadas situações em que se aplica a energia heliotérmica, empregando coletores lineares do

    tipo Fresnel com diferentes configurações, buscando uma economia quantitativa e

    consequentemente financeira do combustível consumido pela caldeira de modelo aquatubular.

    Foram realizadas análises em seis sistemas diferentes, cada sistema apresentando um gradiente

    de temperatura distinto. A temperatura de entrada na caldeira variou de 40 °C a 90 °C, enquanto

    que a temperatura de saída foi mantida em 288 °C. Os estudos financeiros foram baseados nos

    dados de consumo de combustível da caldeira de cada uma das situações, nos custos

    relacionados à aquisição da planta solar, assim como, nos custos da sua manutenção. Ao

    analisar os resultados de cada caso, foi possível perceber que, independentemente do

    dimensionamento da planta solar e dos custos que ela gera, os resultados econômicos mostraram

    uma excelente rentabilidade para esse projeto.

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    v Anderson Ferreira da Silva

    a

    SILVA, A. F. da. Análise de viabilidade técnica e econômica da geração de vapor utilizando

    energia solar para injeção em poços petrolíferos. 2018. 55 f. TCC (Graduação) - Curso de

    Engenharia de Petróleo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil, 2018.

    Keywords: Solar collector, steam injection, boiler.

    Tutor: Prof. Dr. Marcos Allyson Felipe Rodrigues

    ABSTRACT

    __________________________________________________________________________

    Most of Brazil's on-shore oil production is carried out in mature fields. As regards production,

    an application of recovery thermometers should be obtained which promotes a reduction in the

    viscosity of the oil. Injection of steam is one of the most used thermal media and, therefore, it

    is necessary to study the steam generation process. It has studied the situations in which a

    heliothermic energy is applied, employing linear Fresnel reflector with different configurations,

    seeking a quantitative and consequently financial economy of the fuel consumed by the

    aquatubular boiler. Analyzes were performed in six different systems, each system presenting

    a distinct temperature gradient. The inlet temperature in the boiler ranged from 40 ° C to 90 °

    C, while the outlet temperature was maintained of 288 °C. The financial studies were based on

    the fuel consumption data of the boiler of each one of the situations, in the costs related to the

    acquisition of the solar plant, as well as in the costs of its maintenance. When analyzing the

    results of each case, it was possible to perceive that, regardless of the size of the solar plant and

    the costs it generates, the economic results showed an excellent profitability for this project.

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    vi Anderson Ferreira da Silva

    a

    DEDICATÓRIA

    Dedico este trabalho aos meus pais, Kerginaldo

    Francisco da Silva e Maria Denice Ferreira da

    Silva, a minha irmã, Andressa Kelly Ferreira da

    Silva, por sempre me apoiarem e por sempre

    estarem comigo ajudando a vencer todos os

    desafios que surgiram em nossas vidas.

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    vii Anderson Ferreira da Silva

    a

    AGRADECIMENTOS

    Primeiramente, agradeço a Deus por me dá graça da vida e por sempre abençoar e

    proteger a mim e a minha família.

    Aos meus pais, a minha irmã, a minha namorada, amigos e a toda minha família que

    sempre acreditaram em mim.

    Aos meus avôs, Genival Ferreira e José Francisco da Silva (in memoriam) e as minhas

    avós Maria de Lurdes Ferreira e Maria Inês da Silva, por sempre acreditarem em mim e pelo

    carinho e confiança.

    A Brent Engenharia, por me proporcionar experiências e conhecimentos que foram de

    grande importância para me tornar a pessoa que sou hoje.

    Ao Capítulo Estudantil SPE UFRN pelas oportunidades que me concederam vivencias

    incríveis.

    Ao meu orientador Prof. Dr. Marcos Allyson Felipe Rodrigues, por todo apoio durante

    o desenvolvimento desse trabalho.

    A Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por me dar todo o suporte para

    concluir essa graduação.

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    viii Anderson Ferreira da Silva

    a

    Sumário

    1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 13

    2 ASPECTOS TEÓRICOS ................................................................................... 15

    2.1 A IMPORTÂNCIA DO PETRÓLEO .......................................................................... 15

    2.2 MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO DE PETRÓLEO ....................................................... 15

    2.2.1 Métodos térmicos ...................................................................................... 17

    2.3 INJEÇÃO CÍCLICA DE VAPOR ............................................................................... 17

    2.4 INJEÇÃO CONTÍNUA DE VAPOR ........................................................................... 18

    2.5 GERAÇÃO DE VAPOR .......................................................................................... 19

    2.5.1 Consumo e quantidade de calor requerido da caldeira ........................... 21

    2.6 ENERGIA SOLAR ................................................................................................. 21

    2.7 ENERGIA HELIOTÉRMICA ................................................................................... 23

    2.8 COLETORES SOLARES ........................................................................................ 24

    2.8.1 Coletor solar concentrado ........................................................................ 24

    Coletor cilíndrico parabólico (Parabolic trough collector - PTC) ....... 25

    Refletor disco parabólico (Parabolic dish reflector – PDR) ................ 26

    Torre de concentração (Central receiver system) ................................. 26

    Refletor linear Fresnel (Linear Fresnel reflector – LFR) ..................... 27

    2.9 ANÁLISE ECONÔMICA DE PROJETOS ................................................................... 28

    2.9.1 Valor presente líquido – VPL ................................................................... 29

    3 MATERIAS E MÉTODOS ............................................................................... 30

    3.1 DADOS DA INJEÇÃO ........................................................................................... 30

    3.2 DADOS TÉCNICOS DO COLETOR .......................................................................... 30

    3.3 DADOS TÉCNICOS DA CALDEIRA ........................................................................ 31

    3.4 ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA .............................................................. 32

    4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................... 34

    4.1 CONSUMO E CUSTO DO GERADOR DE VAPOR SEM A APLICAÇÃO DO LFR ........... 34

    4.2 SISTEMA 1 ......................................................................................................... 34

    4.3 SISTEMA 2 ......................................................................................................... 37

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    ix Anderson Ferreira da Silva

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    4.4 SISTEMA 3 ......................................................................................................... 39

    4.5 SISTEMA 4 ......................................................................................................... 41

    4.6 SISTEMA 5 ......................................................................................................... 44

    4.7 SISTEMA 6 ......................................................................................................... 46

    4.8 DETERMINAÇÃO DO VPL................................................................................... 48

    5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ........................................................ 50

    5.1 CONCLUSÕES ..................................................................................................... 50

    5.2 RECOMENDAÇÕES ............................................................................................. 50

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 52

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    x Anderson Ferreira da Silva

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    ÍNDICE DE FIGURAS

    Figura 2-1 – Processo de Recuperação de Petróleo .................................................................. 16

    Figura 2-2 – Processo de Injeção Cíclica de Vapor.................................................................. 18

    Figura 2-3 – Processo de Injeção Contínua de Vapor .............................................................. 19

    Figura 2-4 – Caldeira Flamotubular ......................................................................................... 20

    Figura 2-5 – Caldeira Aquatubular ........................................................................................... 21

    Figura 2-6 – Geometria Sol/Terra ............................................................................................ 22

    Figura 2-7 – Coletor Cilíndrico Parabólico .............................................................................. 25

    Figura 2-8 – Coletor Disco Parabólico ..................................................................................... 26

    Figura 2-9 – Torre de Concentração ......................................................................................... 27

    Figura 2-10 – Refletor Linear de Fresnel ................................................................................. 28

    Figura 4-1 – VPL de todos os sistemas .................................................................................... 49

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    xi Anderson Ferreira da Silva

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 2-1 – Médias mensais de irradiação global horizontal em cada região do Brasil......... 23

    Tabela 2-2 – Tipos de Coletores ............................................................................................... 24

    Tabela 3-1 – Área dos Concentradores Lineares tipo Fresnel .................................................. 31

    Tabela 3-2 – Dados importantes para o cálculo de consumo de combustível .......................... 32

    Tabela 3-3 - Entalpia da Água para as temperaturas da Caldeira e do LFR ............................. 32

    Tabela 3-4 - Tabela de Preços .................................................................................................. 33

    Tabela 4-1 – Economia financeira (Sistema 1) ........................................................................ 37

    Tabela 4-2 – Economia financeira (Sistema 2) ........................................................................ 39

    Tabela 4-3 – Economia financeira (Sistema 3) ........................................................................ 41

    Tabela 4-4 – Economia financeira (Sistema 4) ........................................................................ 43

    Tabela 4-5 – Economia financeira (Sistema 5) ........................................................................ 46

    Tabela 4-6 – Economia financeira (Sistema 6) ........................................................................ 48

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    xii Anderson Ferreira da Silva

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    LISTA DE ABREVIATURAS E/OU SÍMBOLOS E/OU SIGLAS

    CO2 – Dióxido de carbono

    kcal/kg – quilo caloria por quilograma

    kg/h – quilograma por hora

    kg/m³ – quilograma por metro cúbico

    kgf/cm² – quilograma força por centímetro quadrado

    kJ/kg – quilo joules por quilogramas

    m² – metro quadrado

    m³/d – metro cúbico por dia

    m³/h – metro cúbico por hora

    N2 – Nitrogênio

    R$/m³ - real por metro cúbico

    R$/m²/ano – real por metro quadrado por ano

    R$/US$ – real por dólar

    R$/€ – real por euro

    ton/h – toneladas por hora

    US$/m² – dólares por metros quadrados

    W/m² – Watts por metro quadrado

    Wh/m² – Watts hora por metro quadrado

    €/m²/ano – euro por metro quadrado por ano

    °C – grau Celsius

    % – porcentagem

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    13 Anderson Ferreira da Silva

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    1 INTRODUÇÃO

    De acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis – IBP, os

    combustíveis fósseis juntos compõem cerca de 80% da energia primária mundial, então o

    petróleo ainda possui um papel muito importante na oferta mundial de energia, e esse cenário

    irá continuar por um bom tempo.

    Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, em

    2017, as reservas de petróleo encontradas no mundo atingiram 1,7 trilhões de barris de petróleo.

    No Brasil o volume das reservas é de 12,8 bilhões de barris e ocupando a 10ª posição no ranking

    de países produtores de petróleo totalizando no ano de 2017 e uma produção de 2,7 milhões de

    barris/dia.

    A busca pelo petróleo ainda é uma prioridade para a sociedade moderna, entretanto, em

    algum momento esse cenário irá mudar. A indústria de óleo e gás vê isso, e está implementando

    o uso das energias renováveis em seus processos. O uso de tecnologias, tais como a energia

    provinda dos ventos ou a energia oriunda do sol, são de excelente aplicabilidade, pois são

    energias praticamente inesgotáveis.

    A produção de petróleo demanda de alguma fonte de energia para que todos os processos

    de explotação ocorram. Os reservatórios de petróleo possuem essa energia, porém em muitos,

    casos com o tempo, essa energia é esgotada e é necessário aplicar uma energia suplementar.

    Muitos reservatórios de petróleo encontram-se em declínio produtivo, principalmente campos

    petrolíferos on-shore. São os chamados campos maduros, que são campos de petróleo que estão

    em produção há mais de 25 anos. Estes campos produzem uma quantidade muito baixa de

    hidrocarbonetos, por esse motivo a indústria busca meios de aumentar a produção.

    Na maioria das vezes, os métodos aplicados nestes reservatórios de óleo pesado que

    apresentam baixa produção são os métodos térmicos de recuperação, que buscam elevar a

    temperatura do óleo, reduzindo sua viscosidade e ajudando no seu deslocamento. O método de

    recuperação suplementar térmico é o processo que mais se destaca nos campos de petróleo

    maduros. Entre os vários métodos térmicos de recuperação existentes, destaca-se a utilização

    da injeção cíclica de vapor e a injeção contínua de vapor.

    A injeção de vapor cíclica consiste de três estágios, o primeiro trata-se de uma injeção

    por um período pré-estabelecido. O segundo estágio é caracterizado pelo fechamento do poço

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    14 Anderson Ferreira da Silva

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    para que o calor seja espalhado pela formação. O terceiro estágio consiste na mudança de um

    poço injetor para produtor e então inicia-se a produção (THOMAS, 2008).

    Na injeção continua, diferentemente da injeção cíclica, a injeção ocorre em diferentes

    poços de forma contínua, assim formando uma zona de vapor que se expande pela formação,

    causando a diminuição da viscosidade do óleo (ROSA, 2006).

    O processo de injeção de vapor, bem como, para qualquer processo industrial é

    necessário a aplicação de uma fonte energética para que o processo ocorra, nesse caso, a energia

    empregue é a térmica. O calor gerado pelas caldeiras, que são alimentadas por algum

    combustível que sofre combustão, gera calor ao sistema, assim, gerando o vapor. Para melhorar

    esse processo de geração de vapor, o aproveitamento de uma fonte energética renovável,

    apresenta uma enorme viabilidade técnica ao processo.

    O interesse por renovação e fontes alternativas de energia trouxe um impulso para a

    comunidade cientifica, a qual vem sendo explorada para desenvolver novas formas de melhor

    aproveitamento dessas fontes energéticas, buscando a redução de impactos ambientais e a

    menor dependência mundial de fontes energéticas não-renováveis (DUPONT et al., 2015).

    Dessa forma, este trabalho foi desenvolvido visando reduzir o consumo de um gerador

    de vapor, aplicando a tecnologia de coletores solares e buscando diminuir os custos desse

    gerador de vapor.

    Para tanto, foram estudados modelos de coletores solares concentrados, para ver a sua

    aplicabilidade nesse sistema de injeção de vapor. Foram realizadas seis análises financeiras,

    para seis situações, cada uma com uma configuração de temperatura de entrada e saída do

    coletor solar específica, e também diferentes temperaturas de entrada para a caldeira.

    Este trabalho foi estruturado em cinco capítulos. O capítulo 1 refere-se a uma breve

    introdução sobre o tema do trabalho. No capítulo 2, foi feita uma revisão bibliográfica de

    publicações referentes a engenharia de petróleo, à geração de vapor, à energia solar, a coletores

    solares e análise financeira, sendo apresentados diversos aspectos teóricos necessários para o

    bom entendimento deste trabalho. O capítulo 3 aborda os materiais e métodos utilizados para a

    obtenção dos resultados. O capítulo 4 aponta os resultados obtidos a partir de cálculos de

    consumo de combustível do gerador de vapor e análise financeira de projeto, promovendo uma

    análise e discussão desses resultados. O capítulo 5 apresenta as conclusões obtidas a partir dos

    resultados e as recomendações para a futura continuação deste trabalho.

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    15 Anderson Ferreira da Silva

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    2 ASPECTOS TEÓRICOS

    Nesse capítulo, serão tratadas as fundamentações teóricas utilizadas neste trabalho de

    conclusão de curso, com o intuito de explicar todos os conceitos presentes.

    2.1 A importância do petróleo

    De acordo com a ANP, o consumo de petróleo no ano de 2017, teve um incremento de

    2,7%, em relação à média de crescimento nos últimos 10 anos, ou seja, a demanda por

    combustível fóssil ainda é uma realidade para o mundo.

    O petróleo é definido do ponto de vista físico-químico como uma combinação de

    carbonos e hidrogênios, denominado hidrocarboneto, de origem orgânica, que podem ser

    encontrados nas três fases de estado, líquida, sólida ou gasosa, que vem a depender da pressão

    e temperatura em que se encontram. A formação do petróleo se dá em condições bem

    específicas, são uma sequência de eventos onde a matéria orgânica acumula-se sob pressões de

    sedimentos que são aglutinados em uma depressão presente no relevo, chamada bacia

    sedimentar, durante milhões de anos.

    O petróleo é encontrado em várias regiões do planeta com diferentes características. As

    formas de extrair esse recurso possuem custos elevados, fazendo com que a indústria busque

    meios de melhorar a produção dos campos maduros, que apresentam um óleo mais pesado.

    Onde o grande desafio é explota-los de forma eficiente apresentando um custo economicamente

    viável.

    2.2 Métodos de recuperação de petróleo

    O petróleo acumulado na bacia sedimentar não é totalmente retirado, para mudar esse

    paradigma existem métodos que buscam impulsionar ao máximo a produção. Os métodos

    convencionais de recuperação são divididos em três métodos: recuperação primária,

    recuperação secundária e os métodos convencionais e especiais de recuperação avançada.

    Para que sejam produzidos os hidrocarbonetos presentes na rocha-reservatório, é

    necessária uma energia natural do próprio reservatório, chamado processo de recuperação

    primária. Esse processo possui três mecanismos são eles: gás em solução, capa de gás e influxo

    de água (ROSA, 2006).

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    16 Anderson Ferreira da Silva

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    A energia primária vai diminuindo com o processo de produção, consequentemente a

    própria produção de fluidos também sofre decréscimo. Essa perda de energia é causada pela

    queda de pressão que ocorre no reservatório e causada também pelas forças capilares e viscosas

    do fluido. Para compensar essa perda de energia, inicia-se a recuperação secundária. A

    recuperação secundária tem a função de realizar a suplementação das pressões do reservatório

    de forma artificial, e seus objetivos são o aumento da eficiência de recuperação e um aumento

    da produção (ROSA, 2006).

    O processo de EOR (Enhanced Oil Recovery) ou método especial de recuperação

    avançada, tem a função de retirar o óleo imóvel, ou seja, é o óleo que não foi produzido pelos

    outros dois métodos, pois, se trata de um óleo que não pode ser produzido por forças viscosas

    e/ou capilares (AL-MUTAIRI E KOKAL, 2011). O processo de EOR pode ser dividido em três

    categorias: química, deslocamento miscível e térmica (SHEPHERD, 2009).

    A Figura 2-1 mostra os processos de recuperação primário, secundário e o EOR.

    Figura 2-1 – Processo de Recuperação de Petróleo

    Fonte: Adaptado do STOSUR, 2003.

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    17 Anderson Ferreira da Silva

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    2.2.1 Métodos térmicos

    Os métodos térmicos são aplicados em reservatórios que se deseja diminuir a

    viscosidade do óleo, ou seja, são aplicados em reservatórios que apresentam óleo pesado. Com

    a aplicação destes métodos, a razão de mobilidade diminui, assim como a tensão superficial,

    pois existe um incremento da temperatura no reservatório. Por causa desses fatores a

    permeabilidade do óleo aumenta, e consequentemente o deslocamento do óleo em direção aos

    poços produtores também é aumentada. (SINO, 2013).

    Em campos maduros, normalmente são aplicados os métodos térmicos, pois nesses

    campos a produção de óleo já está nos últimos anos de operação e o óleo imóvel não consegue

    fluir naturalmente até os poços, precisando ser aquecido. Os principais métodos térmicos são o

    de injeção cíclica de vapor e o de injeção contínua de vapor.

    2.3 Injeção cíclica de vapor

    A injeção cíclica de vapor ou processo de soaking trata-se de um método de injeção

    periódica de vapor, que tem como principal função transferir calor para o reservatório numa

    região próxima ao poço. Esse método tem a intenção de melhorar a mobilidade do óleo durante

    a injeção e no período de soaking, que é o período em que o poço fica fechado por determinados

    dias, logo a viscosidade do óleo também é influenciada. Após o período de injeção o poço é

    fechado de 3 a 14 dias para que ocorra o soaking, durante esse tempo é esperado que o ocorra

    a máxima transferência de calor para o reservatório. O range de recuperação da injeção cíclica

    é de 5–25 % do total de óleo in place (ALIKHLALOV, 2011).

    A Figura 2-2 a seguir mostra os três estágios que compõe basicamente a injeção cíclica

    de vapor, são eles: período de injeção, período de soaking e período de produção.

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    18 Anderson Ferreira da Silva

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    Figura 2-2 – Processo de Injeção Cíclica de Vapor

    Fonte: Adaptado de ALIKHLALOV, 2011.

    2.4 Injeção contínua de vapor

    Segundo Alikhlalov 2011, a injeção contínua de vapor é bem mais complicada se

    comparado ao processo de injeção cíclica de vapor. Nesse método, no mínimo são usados dois

    poços, um para injeção e outro para produção de óleo. O vapor injetado aquece a formação em

    torno do poço e com o tempo forma-se uma zona de vapor e essa zona vai aumentado, e

    consequentemente a saturação de óleo nessa região diminui. O óleo tem a sua viscosidade

    diminuída e sua razão de mobilidade aumentada, então o óleo é movido para a região mais fria,

    ou seja, a região onde se encontra o poço produtor.

    A Figura 2-3 a seguir ilustra o processo de injeção contínua de vapor. Durante esse

    processo o vapor injetado no reservatório sofre perdas de calor fazendo que esse vapor seja

    condensado. Esse condensado de vapor também auxilia no deslocamento do petróleo dentro do

    reservatório, empurrando o óleo, pois a água apresenta maior densidade se comparado ao óleo.

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    19 Anderson Ferreira da Silva

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    Figura 2-3 – Processo de Injeção Contínua de Vapor

    Fonte: Adaptado de HONG, 1994.

    2.5 Geração de vapor

    As Caldeiras ou Geradores de Vapor geram energia térmica através da queima de

    combustíveis que fornecem calor sensível à água até alcançar a temperatura de ebulição, mais

    o calor latente que por fim muda o estado físico da água de liquida para gasosa (ROCCO, 2012)

    A água é uma matéria prima bastante abundante no planeta e de baixo custo, por isso é

    muito utilizada para a geração de energia. O vapor que seria a fase gasosa da água, é muito

    emprega nas indústrias, pois possui alto conteúdo de energia por unidade de massa e volume.

    No século de 17 ocorreu as primeiras aplicações de vapor para a geração de energia no setor

    industrial. Uma bomba de água que utilizava vapor como força motriz teve sua patente em 1698

    e logo em seguida em 1711, foi desenvolvido a caldeira de Haycock, que também foi

    desenvolvida para bombear água (BIZZO, 2003).

    De acordo com Bizzo 2003, as caldeiras são classificadas em Caldeiras Flamotubulares

    e Caldeiras Aquatubulares. As caldeiras flamotubulares possuem tubos por onde passam os

    gases, ao redor destes tubos está a água a ser aquecida e evaporada. As caldeiras flamotubulares

    são geralmente empregadas em pequenas unidades geradoras de vapor, apresenta uma vazão

    mássica (de até 10 ton/h) e baixas pressões (até 10 kgf/cm²), chegando algumas vezes a 15 ou

    20 kgf/cm².

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    20 Anderson Ferreira da Silva

    a

    A caldeira flamotubular apresenta rendimentos baixos de acordo com as normas da

    American Society of Mechanical Engineers (ASME), a eficiência desse tipo de máquina térmica

    não supera 78% em condições boas de limpeza (ELETROBRÁS, 2005). A Figura 2-4 ilustra o

    princípio de funcionamento da caldeira flamotubular.

    Figura 2-4 – Caldeira Flamotubular

    Fonte: ELEKTRO, 2016.

    As caldeiras aquatubulares, diferentemente das caldeiras flamotubulares, têm a queima

    dos combustíveis que geram o calor para vaporizar a água fluindo externamente aos tubos, já a

    água passa pelo interior destes tubos. Estes tipos de caldeiras apresentam uma maior capacidade

    de produção de vapor por unidade de área de troca de calor (ELEKTRO, 2016). As pressões

    atingidas podem atingir valores entre 90 e 100 bar, e um range de vazão mássica de 15 a 150

    ton/h (BIZZO, 2003).

    A ASME afirma que a eficiência de uma caldeira aquatubular é bem superior ao outro

    modelo de caldeira, essa a eficiência está entre 80 % e 85 % (ELETROBRÁS, 2005). A Figura

    2-5 a seguir ilustra o princípio de funcionamento da caldeira aquatubular.

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    21 Anderson Ferreira da Silva

    a

    Figura 2-5 – Caldeira Aquatubular

    Fonte: ELEKTRO, 2016.

    2.5.1 Consumo e quantidade de calor requerido da caldeira

    O consumo de combustível de uma caldeira aquatubular pode ser calculada a partir da

    Equação 2-1 de eficiência térmica pelo método direto:

    𝜂 = �̇�𝑣∗(ℎ𝑣−ℎ𝑎)

    �̇�𝑐∗𝑃𝐶 (2-1)

    𝜂 – eficiência da caldeira

    �̇�𝑣 – vazão mássica de vapor [kg/h]

    �̇�𝑐 – vazão mássica de combustível [kg/h]

    ℎ𝑣 – entalpia do vapor produzido [kJ/kg]

    ℎ𝑎 – entalpia da água de entrada [kJ/kg]

    𝑃𝐶 – Poder Calorifico Superior do combustível [kJ/kg]

    Isolando a �̇�c, têm-se:

    �̇�𝑐 = �̇�𝑣∗(ℎ𝑣−ℎ𝑎)

    𝜂∗𝑃𝐶 (2-2)

    2.6 Energia solar

    A energia solar se trata de uma fonte energética praticamente inesgotável, diferente de

    outras fontes, pois ela é proveniente da estrela mais próxima do planeta terra, o Sol. Nas últimas

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    22 Anderson Ferreira da Silva

    a

    décadas, a aplicação dessa fonte de energia se intensificou, principalmente em residências e

    também teve sua aplicabilidade em industrias. A principal responsável pelo aumento da

    participação da energia solar na matriz energética do mundo, foi a geração fotovoltaica

    (ATLAS, 2017).

    A quantidade de energia solar que atinge a terra assim como a duração do dia, dependem

    do ciclo anual e do ciclo diário do globo terrestre respectivamente. A duração do dia é

    relacionada as estações do ano, já o ciclo anual ocorre, pois, há uma inclinação de 23,45 graus

    do eixo da Terra em relação ao plano equatorial, como é ilustrado na Figura 2-6 (ATLAS,

    2017).

    Figura 2-6 – Geometria Sol/Terra

    Fonte: ATLAS, 2017.

    A irradiância solar (W/m²) ou fluxo de radiação solar, possui as componentes direta, que

    é a irradiância que não sofre interferências dos gases presentes na atmosfera, e a difusa, que

    sofre absorção e espalhamento dos gases e partículas presentes na atmosfera. A integral da

    irradiância no tempo é definida como irradiação solar (Wh/m²) (ATLAS, 2017).

    Na Tabela 2-1 a seguir, são apresentadas as irradiações globais horizontais médias

    mensais dos totais diários em cada região do Brasil.

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    23 Anderson Ferreira da Silva

    a

    Tabela 2-1 – Médias mensais de irradiação global horizontal em cada região do Brasil

    Região

    r

    Viés

    (Wh/m²)

    Viés

    (%)

    REQM

    (Wh/m²)

    REQM

    (%)

    Irradiação Global

    Horizontal Média

    Observada

    (Wh/m²)

    Norte 0,81 30 0,6% 467 9,7% 4825

    Nordeste 0,87 12 0,2% 456 8,3% 5483

    Centro-Oeste 0,86 23 0,5% 421 8,3% 5082

    Sudeste 0,91 4 0,1% 416 8,4% 4951

    Sul 0,98 -4 -0,1% 395 8,9% 4444

    Médio 0,89 12 0,2% 421 8,2% 5153

    Fonte: Adaptado de ATLAS, 2017.

    2.7 Energia heliotérmica

    A energia heliotérmica ou energia solar térmica concentrada (Concentrated Solar Power

    - CSP), é uma tecnologia de geração de energia limpa, ela funciona como uma usina

    termelétrica, porém a fonte de energia é proveniente dos raios solares. O princípio básico é a

    utilização da concentração dos raios solares diretos que aquecem um fluido (normalmente é

    aplicado a água), logo após converte-o para a fase gasosa através do calor que fora gerado pelo

    Sol e em seguida a energia térmica é transformada em energia mecânica movimentando turbinas

    e gerando energia elétrica (LAMPKOWSKI, 2017).

    Além disso, a energia heliotérmica pode ser aplicada em outras industrias, pois não

    necessariamente o fluido que é aquecido deve ser aplicado para a geração de energia elétrica.

    A indústria petrolífera é um exemplo, como foi explicado anteriormente nessa indústria ocorre

    a injeção de vapor e/ou água quente em reservatórios de petróleo, e esse processo ocorre por

    meio de geradores de vapor que utilizam combustíveis como fonte energética que acarreta na

    geração de gases nocivos ao meio-ambiente.

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    24 Anderson Ferreira da Silva

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    2.8 Coletores solares

    Coletores solares são essencialmente trocadores de calor, pois transferem o calor gerado

    pela radiação oriunda do sol para um fluido. São divididos basicamente em coletor solar

    concentrado e não-concentrado. O coletor concentrado possui regiões refletoras côncavas que

    recebem a radiação solar e a concentram em uma área menor, já o coletor não-concentrado

    possui mesma área para receber e absorver a radiação. Na Tabela 2-2, têm-se alguns tipos de

    coletores solares que existem no mercado (TYAGI et al., 2012).

    Tabela 2-2 – Tipos de Coletores

    Movimento Tipo de Coletor Tipo de

    Concentração

    Taxa de

    Concentração

    Range de

    Temperatura

    (°C)

    Estacionáro

    Flat plate collector (FPC) Plano 1 30-80

    Evacueted tube collector (ETC) Plano 1 50-200

    Compound parabolic collector

    (CPC) Tubular 1-5 60-20

    Rastreador

    de Um Eixo

    Linear Fresnel reflector (LFR) Tubular 10-40 60-250

    Parabolic trough collector (PTC) Tubular 15-45 60-300

    Cylindrical through collector

    (CTC) Tubular 10-50 60-300

    Rastreador

    de Dois

    Eixos

    Parabolic dish reflector (PDR) Pontual 100-1000 100-500

    Parabolic dish reflector (PDR) Pontual 100-1500 150-2000

    Fonte: Adaptado de TYAGI et al., 2012

    2.8.1 Coletor solar concentrado

    Os coletores de concentração solar são muito aplicados em processos de produção de

    energia elétrica. A grande vantagem dos coletores concentrados é a capacidade de gerar

    temperaturas muito altas, pois os raios solares são concentrados em uma única região, então a

    energia é concentrada nesse ponto opticamente, e logo após esta energia é transferida para o

    fluido (LAMPKOWSKI, 2017).

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    25 Anderson Ferreira da Silva

    a

    As seções seguintes apresentam alguns modelos de coletores solares concentrados.

    Coletor cilíndrico parabólico (Parabolic trough collector - PTC)

    Esse modelo de coletor é capaz de fornecer temperaturas altas e com uma eficiência boa,

    a temperatura é em torno de 50 à 400 °C. Coletores cilíndricos parabólicos são formados por

    materiais refletores em formato de parábola, um tubo receptor feito de metal preto, coberto por

    outro tubo, porém esse é feito de vidro com a função de diminuir as perdas de calor para o

    ambiente. Toda a radiação que atinge a parábola é refletida para este receptor, assim

    transferindo calor para o fluido que circular através dele. Uma vantagem desse modelo de

    coletor é a possibilidade de rastrear o sol, nos sentidos Norte-Sul ou Leste-Oeste

    (KALOGIROU, 2014).

    O receptor presente na calha parabólica é linear e seu tamanho depender das condições

    de fabricação da calha e da área que será refletida do sol. O material que reveste a calha, além

    de possuir uma boa reflexão também deve possuir alta absorção de radiação solar e baixa

    emissão de radiação térmica (KALOGIROU, 2014). Uma representação da composição do

    coletor cilíndrico é apresentada na Figura 2-7.

    Figura 2-7 – Coletor Cilíndrico Parabólico

    Fonte: Adaptado de TYAGI et al., 2012.

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    26 Anderson Ferreira da Silva

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    Refletor disco parabólico (Parabolic dish reflector – PDR)

    O projeto do concentrador disco parabólico é esquematicamente desenvolvido para

    direcionar a radiação solar que atinge o disco para um único ponto focalizado. A estrutura do

    disco permite o rastreamento do sol em dois eixos, permitindo que o equipamento esteja

    posicionado da melhor forma para obter a radiação solar (TYAGI et al., 2012). Uma

    representação do coletor disco parabólico é apresentada na Figura 2-8.

    Figura 2-8 – Coletor Disco Parabólico

    Fonte: Adaptado de TYAGI et al., 2012.

    O receptor presente no coletor absorve a radiação solar e a converte em energia térmica

    por meio de um fluido, então essa energia térmica gerada pode ser aplicada para a geração de

    energia elétrica. Os sistemas de coletores disco parabólicos são capazes de alcançar

    temperaturas acima dos 1500 °C (KALOGIROU, 2014).

    Torre de concentração (Central receiver system)

    A torre de concentração solar, que também é conhecida por campo de heliostato, contém

    vários espelhos levemente côncavos que direcionam a radiação solar para um único ponto, que

    seria a o receptor instalado no topo da torre, como pode ser observado a seguir na Figura 2-9

    (KALOGIROU, 2014).

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    27 Anderson Ferreira da Silva

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    Figura 2-9 – Torre de Concentração

    Fonte: Adaptado de KALOGIROU, 2014.

    Segundo Kalogirou (2014), o calor acumulado no receptor, assim como nos outros

    modelos de coletores solares concentrados, é transferido para o fluido de transferência de calor,

    e essa energia térmica pode ser transformada energia elétrica através de turbinas geradoras. Os

    heliostatos possuem uma área superficial refletora variando entre 50 e 150 m².

    Refletor linear Fresnel (Linear Fresnel reflector – LFR)

    O concentrador linear do tipo Fresnel consiste basicamente de campo de espelhos,

    receptores e sistema de rastreamento. A radiação solar direta é refletida pelos espelhos

    montados paralelamente em direção a um receptor linear fixo (LIN et al., 2013). A Figura 2-10

    ilustra a composição básica de um LFR.

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    28 Anderson Ferreira da Silva

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    Figura 2-10 – Refletor Linear de Fresnel

    Fonte: Adaptado de LIN et al., 2013.

    O LFR é bem semelhante ao coletor cilíndrico parabólico, porém os espelhos são planos

    ou com uma pequena curvatura, que são grandes vantagens pois são espelhos mais baratos

    quando comparado com o espelho cilíndrico parabólico. Essa tecnologia apresenta algumas

    dificuldades em relação ao sombreamento e ao bloqueio que ocorrem pelos próprios refletores,

    devido ao espaçamento entre cada refletor, e isto que causa diminuição na eficiência do coletor

    (KALOGIROU, 2014).

    2.9 Análise econômica de projetos

    Na tomada de decisões de investimento, as análises de viabilidade econômica devem

    ser realizadas com medidas e critérios que sejam avaliados cautelosamente, visando obter dados

    consistentes sobre o retorno dos investimentos e os possíveis riscos a serem assumidos. Entre

    os vários métodos existentes para identificar a geração de valor, os mais utilizados são o Valor

    Presente Líquido (VPL), Payback simples, Payback descontado e Taxa Interna de Retorno

    (TIR) (HOJI, 2014).

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    29 Anderson Ferreira da Silva

    a

    2.9.1 Valor presente líquido – VPL

    Em uma análise de investimentos de projeto, o critério mais aplicado é o valor presente

    líquido (VPL), o intuito dessa análise é quantificar o ganho financeiro que teria na realização

    de um investimento a uma determinada taxa de juros.

    O VPL determina em valores monetários do investimento, através da diferença entre o

    valor presente na entrada do caixa e o valor presente na saída do caixa, a uma determinada taxa

    de desconto (REBELATTO, 2004).

    O valor presente líquido é determinado pela Equação 2-3 a seguir:

    𝑉𝑃𝐿 = ∑𝐹𝑡

    (1+𝑖)𝑡𝑛𝑡=0 − 𝐼0 (2-3)

    Onde:

    VPL – valor presente líquido descontado a uma taxa i [R$]

    Ft = cada um dos diversos valores envolvidos no fluxo de caixa e que ocorrem em t. É

    definido como a diferença entre a receita gerada e os dispêndios do período t [R$]

    t – período genérico (t=0 a t=n), percorrendo todo fluxo de caixa [anos]

    i – Taxa Mínima de Atratividade (TMA) ou ainda, neste caso, taxa de desconto [%]

    𝐼0 – investimento inicial do projeto [R$]

    n – número de períodos do fluxo [anos]

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    30 Anderson Ferreira da Silva

    a

    3 MATERIAS E MÉTODOS

    O Capitulo 3 inicia-se apresentando as informações e parâmetros de um coletor genérico

    de concentração solar linear tipo Fresnel. São apresentados os dados referentes ao sistema de

    aquecimento solar e ao sistema de aquecimento gerado através da caldeira aquatubular, a serem

    inseridos no sistema de geração de vapor em estudo. Os dados para os cálculos econômicos

    também serão tratados nesse capitulo, incluindo o VPL.

    3.1 Dados da injeção

    Será realizado o dimensionamento do sistema de aquecimento por meio do coletor solar,

    além de cálculos de consumo de combustível da caldeira aquatubular, comparando situações

    diferentes onde ocorre uma variação de temperatura de entrada na caldeira. No processo de

    geração de vapor, a temperatura inicial da água é de 30 °C e a temperatura final do vapor que

    será injetado é de 288 °C.

    3.2 Dados técnicos do coletor

    Para uma melhor otimização do projeto, foi escolhido o modelo de coletor linear do tipo

    Fresnel, pois esse apresenta boas vantagens, seja ela econômica ou técnica, e é bastante eficaz

    para o seu propósito. O projeto foi definido em 6 sistemas diferentes, para cada sistema existe

    uma configuração de temperatura diferente. A temperatura de saída do coletor varia de 40° à

    90 °C, portanto, para cada uma das situações é incrementado uma temperatura de 10 °C

    (TORRES, 2018).

    Para esse projeto, o consumo de água considerado foi de 500 toneladas por dia, e

    considerando uma eficiência de 0,8, a vazão mássica de vapor gerado e injetado será de 400 t/d.

    O tempo útil de Sol é de 8 horas por dia, a massa total que passa pelo concentrador nesse

    intervalo de tempo é de 133333 quilogramas e a vazão mássica será de 16666,7 kg/h (TORRES,

    2018). Não foram considerados perdas de temperatura

    A Tabela 3-1 apresenta as áreas determinadas nos estudos realizados por Torres, 2018.

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    31 Anderson Ferreira da Silva

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    Tabela 3-1 – Área dos Concentradores Lineares tipo Fresnel

    SISTEMA ÁREA (m²)

    1 471,27

    2 942,53

    3 1413,8

    4 1885,07

    5 2356,33

    6 2827,6

    Fonte: Adaptado de TORRES,2018.

    3.3 Dados técnicos da caldeira

    Os parâmetros apresentados a nessa seção foram utilizados para determinar o consumo

    de combustível da caldeira nas condições especificas de cada situação, tendo como base a

    aplicação desse projeto por um tempo total de 25 anos, baseando-se no tempo de vida de um

    campo de petróleo. Em cada situação foi determinado a quantidade de combustível por hora,

    esses gastos com combustível foram empregados nos cálculos de viabilidade econômica.

    O combustível comumente utilizado no processo é o óleo diesel, com um poder calorifico

    superior de 10954 kcal/kg (BIZZO, 2003). O diesel possui uma massa específica variando de

    815 a 865 kg/m³, a massa específica do óleo diesel considerada para esse trabalho foi de 825

    kg/m³ (PETROBRAS, 2014).

    Durante às 16 horas restantes do dia, a temperatura de entrada da caldeira será de 30 °C,

    portanto o consumo de combustível total da caldeira será a soma entre o consumo sem a

    aplicação coletor LFR e o consumo com a aplicação do coletor LFR.

    A eficiência de uma caldeira aquatubular varia de 80% a 85 %, para esse projeto

    consideramos a eficiência de 85% (ELETROBRÁS, 2005).

    A Tabela 3-2 a seguir resume todos os dados técnicos do gerador de vapor.

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    32 Anderson Ferreira da Silva

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    Tabela 3-2 – Dados importantes para o cálculo de consumo de combustível

    PROPRIEDADE QUANTIDADE

    Vazão mássica total de água 500 t/d

    Vazão mássica total de vapor 400 t/d

    Título do vapor 0,8

    Eficiência da Caldeira 85%

    Temperatura da entrada da caldeira (sem coletor) 30 °C

    Vazão mássica de vapor 16666,667 kg/h

    Massa específica do diesel 825 kg/m³

    Poder calorífico do óleo diesel 10954 kcal/kg

    Fonte: Autor, 2018.

    As entalpias referentes às temperaturas de entrada e saída da caldeira aquatubular e

    também referentes às temperaturas de entrada e saída do LFR, são apresentadas na Tabela 3-3:

    Tabela 3-3 - Entalpia da Água para as temperaturas da Caldeira e do LFR

    ENTALPIA (30 °C) 125,79 kJ/kg

    ENTALPIA (40 °C) 167,57 kJ/kg

    ENTALPIA (50 °C) 209,33 kJ/kg

    ENTALPIA (60 °C) 251,13 kJ/kg

    ENTALPIA (70 °C) 293 kJ/kg

    ENTALPIA (80 °C) 334,91 kJ/kg

    ENTALPIA (90 °C) 376,92 kJ/kg

    ENTALPIA (287,777 °C) 2769,35666 kJ/kg

    Fonte: Adaptado de KEENAN et al., 1969.

    3.4 Análise de viabilidade econômica

    Baseando-se em parâmetros financeiros da caldeira aquatubular e do LFR, foi realizada

    uma análise técnica e econômica dos sistemas, através disso, determinar a viabilidade

    econômica para cada sistema.

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    33 Anderson Ferreira da Silva

    a

    Como premissa, foi avaliado o custo total das plantas solares de cada sistema. O custo

    do coletor linear de Fresnel é de US$ 166,67/m² (NISHITH, 2014). Para toda a estimativa

    econômica, foi considerado o US$ custando R$ 3,70 (INVESTING, 2018).

    Tomando como base os custos com manutenções das plantas solares de CSP de torre de

    concentração central que variam de 8 €/m²/ano até 25 €/m²/ano (LAMPKOWSKI, 2017). Foi

    determinado um valor de 15 €/m²/ano para o LFR, com uma conversão considerando o €

    custando R$ 4,2738 (INVESTING, 2018).

    Após determinar estes valores, calculou-se as despesas referentes ao consumo realizado

    pelo gerador de vapor, estes custos foram: o consumo do coletor sem o uso da energia

    heliotérmica, o gasto com o combustível com a aplicação das plantas solares (soma entre o

    consumo durante as 16 horas em que o coletor não se aplica e o consumo durante as 8 horas em

    que ocorre o aproveitamento da energia solar). Através destes dados, foi possível determinar a

    economia anual de óleo diesel.

    Considerou-se um custo para a aquisição da área da planta solar para cada sistema, o

    custo para a compra do terreno foi de 150 R$/m².

    Todos os valores relevantes para os cálculos da estimativa econômica dos sistemas se

    encontram na Tabela 3-4.

    Tabela 3-4 - Tabela de Preços

    DADOS VALORES

    Preço do concentrador linear de Fresnel 166,67 US$/m²

    Conversão Dólar/Real R$ 3,70

    Custo do terreno 150 R$/m²

    Preço do óleo diesel 3.445,40 R$/m³

    Fonte: Autor, 2018.

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    34 Anderson Ferreira da Silva

    a

    4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

    Nesse capitulo, serão apresentados os resultados do consumo de combustível e das

    análises financeiras para cada uma das 6 situações.

    Serão apresentados os consumos de óleo diesel, os valores em reais apresentados por

    estes consumos de combustível e os resultados do VPL.

    4.1 Consumo e custo do gerador de vapor sem a aplicação do LFR

    Os gastos de diesel do gerador de vapor foram calculados utilizando um ΔT que variou

    de 30 °C à 288 °C, a vazão mássica é de 16666,7 kg/h, valor que permanece o mesmo para

    todas as análises desse trabalho. Então, através da Equação 2, a vazão mássica é determinada.

    Têm-se:

    �̇�𝑐𝑠𝑒𝑚 𝐿𝐹𝑅 = 16666,667 ∗ (2769,3567 − 125,79)

    0,85 ∗ (10954

    0,239006) → �̇�𝑐𝑠𝑒𝑚 𝐿𝐹𝑅 = 1130,983208 𝑘𝑔/ℎ

    �̇�𝑐𝑠𝑒𝑚 𝐿𝐹𝑅 = 1,370889 𝑚³/ℎ

    �̇�𝑐𝑠𝑒𝑚 𝐿𝐹𝑅 = 32,901330 𝑚³/𝑑

    Logo, os valores gastos com a alimentação da caldeira durante um ano foi de:

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑒𝑠𝑒𝑙𝑠𝑒𝑚 𝐿𝐹𝑅 = (32,901330 𝑚3

    𝑑 𝑥 30

    𝑑𝑖𝑎𝑠

    𝑚ê𝑠 𝑥 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 𝑥 3445,40

    𝑅$

    𝑚³ )

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑒𝑠𝑒𝑙𝑠𝑒𝑚 𝐿𝐹𝑅 = 40.808.966,87 𝑅$/𝑎𝑛𝑜

    4.2 Sistema 1

    No primeiro sistema de geração de vapor para injeção em poços de petróleo, foi

    utilizada uma planta de coletores solares concentrados lineares do tipo Fresnel com um

    ΔT variando de 30 °C à 40 °C.

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    35 Anderson Ferreira da Silva

    a

    O consumo de combustível para o sistema 1 durante o período onde ocorre a incidência

    solar é dado pela Equação 2. A entalpia do vapor à uma temperatura de 288 °C e a entalpia da

    água à uma temperatura de 40 °C, são 2769,3567 kJ/kg e 167,56 kJ/kg, respectivamente.

    �̇�𝑐8ℎ = 16666,667 ∗ (2769,3567 − 167,57)

    0,85 ∗ (10954

    0,239006) → �̇�𝑐8ℎ = 1113,108691 𝑘𝑔/ℎ

    �̇�𝑐8ℎ = 1,349223 𝑚³/ℎ

    O consumo de óleo diesel durante as 16 horas em que não se aplica o coletor LFR no

    processo, à temperatura de entrada na caldeira é de 30 °C, é de:

    �̇�𝑐16ℎ = 16666,667 ∗ (2769,3567 − 125,79)

    0,85 ∗ (10954

    0,239006) → �̇�𝑐16ℎ = 1130,983208 𝑘𝑔/ℎ

    �̇�𝑐16ℎ = 1,370888 𝑚³/ℎ

    Portanto, o consumo total diário para o sistema 1 é determinado a seguir:

    �̇�𝑐𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (1,349223 𝑚3

    ℎ 𝑥

    8ℎ

    𝑑) + ( 1,370888

    𝑚3

    ℎ𝑥

    16ℎ

    𝑑 )

    �̇�𝑐𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 32,728001 𝑚3/𝑑

    Esse consumo de combustível calculado na Equação 6 será aplicada para todos os outros

    sistemas, pois, em todos eles a aplicação da energia heliotérmica se dá apenas durantes as 8

    horas em que ocorre a insolação.

    Com base no custo da aquisição da área para aplicação da planta solar contido na Tabela

    3-4, o valor é determinado a seguir:

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 1 = 150 𝑅$

    𝑚2 𝑥 471,27 𝑚2

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    36 Anderson Ferreira da Silva

    a

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 1 = 𝑅$ 70.689,88

    Considerando os dados da Tabela 3-1, o valor do projeto da planta solar é determinado

    a seguir:

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 1 = 166,67 𝑈𝑆$

    𝑚2 𝑥 3,70

    𝑅$

    𝑈𝑆$ 𝑥 471,27 𝑚2

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 1 = 𝑅$ 290.619,75

    Valores gastos com a manutenção da planta solar foram determinados pela equação

    abaixo:

    𝑀𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 1 = 64,107 𝑅$

    𝑚²𝑎𝑛𝑜

    𝑥 471,265843 𝑚2

    𝑀𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 1 = 30.211,44𝑅$

    𝑎𝑛𝑜

    O custo com a alimentação de combustível da caldeira durante um ano foi de:

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑒𝑠𝑒𝑙𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 1 = (32,728001 𝑚3

    𝑑 𝑥 30

    𝑑𝑖𝑎𝑠

    𝑚ê𝑠 𝑥 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 𝑥 3445,40

    𝑅$

    𝑚³ )

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑒𝑠𝑒𝑙𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 1 = 𝑅$ 40.593.979,72

    A Tabela 4-1 apresenta os resultados financeiros relacionados a este sistema. Inclui

    todos os valores de custos anuais com a aplicação do coletor e sem a aplicação do coletor.

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    37 Anderson Ferreira da Silva

    a

    Tabela 4-1 – Economia financeira (Sistema 1)

    COM O

    COLETOR

    CONSUMO TOTAL DE COMBUSTIVEL EM 1

    ANO DE ATIVIDADE

    11.782,08037 m³/ano

    CUSTO ANUAL DO COMBUSTIVEL R$ 40.593.979,72

    SEM O

    COLETOR

    CONSUMO TOTAL DE COMBUSTIVEL EM 1

    ANO DE ATIVIDADE

    11.844,47869 m³/ano

    CUSTO ANUAL DO COMBUSTIVEL R$ 40.808.966,87

    DIFERENÇA SEM COLETOR X COM COLETOR

    (ECONOMIA ANUAL)

    R$ 214.987,16

    CUSTO DA AQUISIÇÃO DO TERRENO R$ 70.689,88

    CUSTO DO COLETOR R$ 290.619,75

    CUSTO DA MANUTENÇÃO ANUAL DA PLANTA SOLAR R$ 30.211,44

    Fonte: Autor, 2018.

    4.3 Sistema 2

    No sistema 2 de geração de vapor, no qual foi considerado um ΔT do coletor solar

    variando de 30 °C à 50 °C, possui o mesmo intervalo de tempo de insolação entre outros

    parâmetros do sistema 1. O objetivo dessa configuração é diminuir o consumo de combustível

    e consequentemente diminuir os gastos econômicos que o combustível gera, assim como é a

    intenção dos próximos sistemas.

    O consumo de óleo diesel para o sistema 2 foi determinado pela Equação 2-2.

    �̇�𝑐8ℎ = 16666,667 ∗ (2769,3567 − 209,33)

    0,85 ∗ (10954

    0,239006) → �̇�𝑐8ℎ = 1095,242730 𝑘𝑔/ℎ

    �̇�𝑐8ℎ = 1,327567 𝑚³/ℎ

    O consumo de óleo diesel durante às 16 horas em que não se aplica o coletor LFR no

    processo possui uma temperatura de entrada na caldeira de 30 °C. A quantidade de combustível

    durante esse período será a mesma do sistema 1.

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    38 Anderson Ferreira da Silva

    a

    Logo,

    �̇�𝑐16ℎ = 1,370888 𝑚³/ℎ

    Portanto, o consumo total diário para o sistema 2 é dado pela equação a seguir:

    �̇�𝑐𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (1,327567𝑚3

    ℎ 𝑥

    8ℎ

    𝑑) + (1,370888

    𝑚³

    ℎ 𝑥

    16ℎ

    𝑑 )

    �̇�𝑐𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 32,554755 𝑚3/𝑑

    Com base no custo da aquisição da área para aplicação da planta solar contido na Tabela

    3-4, esse valor é determinado a seguir:

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 2 = 150 𝑅$

    𝑚2 𝑥 942,53 𝑚2

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 2 = 𝑅$ 141.379,75

    Considerando os dados da Tabela 3-1, custo da planta solar é determinado a seguir:

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 2 = 166,67 𝑈𝑆$

    𝑚2 𝑥 3,70

    𝑅$

    𝑈𝑆$ 𝑥 942,53 𝑚2

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 2 = 𝑅$ 581.239,50

    Valores gastos com a manutenção da planta solar foi determinado pela equação abaixo:

    𝑀𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 2 = 64,107 𝑅$𝑚²

    𝑎𝑛𝑜

    𝑥 942,531686 𝑚2

    𝑀𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 2 = 60.422,88 𝑅$

    𝑎𝑛𝑜

    Os valores gastos com a alimentação da caldeira durante um ano foi de:

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    39 Anderson Ferreira da Silva

    a

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑒𝑠𝑒𝑙𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 2 = ( 32,554755 𝑚3

    𝑑 𝑥 30

    𝑑𝑖𝑎𝑠

    𝑚ê𝑠 𝑥 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 𝑥 3445,40

    𝑅$

    𝑚³ )

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑒𝑠𝑒𝑙𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 2 = 𝑅$ 40.379.095,47

    A Tabela 4-2 apresenta os resultados financeiros relacionados a este sistema. Inclui

    todos os valores de custos anuais com a aplicação do coletor e sem a aplicação do coletor.

    Tabela 4-2 – Economia financeira (Sistema 2)

    COM O

    COLETOR

    CONSUMO TOTAL DE COMBUSTIVEL EM 1

    ANO DE ATIVIDADE

    11719,71193 m³/ano

    CUSTO ANUAL DO COMBUSTIVEL R$ 40.379.095,47

    SEM O

    COLETOR

    CONSUMO TOTAL DE COMBUSTIVEL EM 1

    ANO DE ATIVIDADE

    11.844,47869 m³/ano

    CUSTO ANUAL DO COMBUSTIVEL R$ 40.808.966,87

    DIFERENÇA SEM COLETOR X COM COLETOR

    (ECONOMIA ANUAL)

    R$ 429.871,40

    CUSTO DA AQUISIÇÃO DO TERRENO R$ 141.379,75

    CUSTO DO COLETOR R$ 581.239,50

    CUSTO ANUAL DA MANUTENÇÃO DA PLANTA SOLAR R$ 60.422,88

    Fonte: Autor, 2018.

    4.4 Sistema 3

    No sistema 3 de geração de vapor, no qual foi considerado um ΔT variando de 30 °C à

    60 °C, possui o mesmo intervalo de tempo de insolação que os outros sistemas.

    O consumo de óleo diesel para o sistema 3 foi determinado através da Equação 2-2.

    �̇�𝑐8ℎ = 16666,667 ∗ (2769,3567 − 251,13)

    0,85 ∗ (10954

    0,239006) → �̇�𝑐8ℎ = 1077,359656 𝑘𝑔/ℎ

    �̇�𝑐8ℎ = 1,305891 𝑚³/ℎ

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    40 Anderson Ferreira da Silva

    a

    A quantidade de combustível consumido durante o período de 16 horas em que não se

    aplica o coletor LFR será a mesma do sistema 1 e sistema 2.

    Logo,

    �̇�𝑐16ℎ = 1,370888 𝑚³/ℎ

    Portanto, o consumo total diário para o sistema 3 é calculado a seguir:

    �̇�𝑐𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (1,305891𝑚3

    ℎ 𝑥

    8ℎ

    𝑑) + (1,370888

    𝑚³

    ℎ 𝑥

    16ℎ

    𝑑 )

    �̇�𝑐𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 32,381344 𝑚3/𝑑

    Com base no custo da aquisição da área para aplicação da planta solar para o sistema 3

    contido na Tabela 3-4, esse valor é determinado a seguir:

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 2 = 150 𝑅$

    𝑚2 𝑥 1413,8 𝑚2

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 2 = 𝑅$ 212.069,63

    Considerando os dados da Tabela 3-1, custo da planta solar é determinado a seguir:

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 3 = 166,67 𝑈𝑆$

    𝑚2 𝑥 3,70

    𝑅$

    𝑈𝑆$ 𝑥 1413,8 𝑚2

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 3 = 𝑅$ 871.859,25

    Valores gastos com a manutenção da planta solar foi determinado pela equação abaixo:

    𝑀𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 3 = 64,107 𝑅$

    𝑚²𝑎𝑛𝑜

    𝑥 1413,797529 𝑚2

    𝑀𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 3 = 90.634,32 𝑅$

    𝑎𝑛𝑜

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    41 Anderson Ferreira da Silva

    a

    Os valores gastos com a alimentação de combustível da caldeira durante o período de

    um ano foi de:

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑒𝑠𝑒𝑙𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 3 = ( 32,381344 𝑚3

    𝑑 𝑥 30

    𝑑𝑖𝑎𝑠

    𝑚ê𝑠 𝑥 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 𝑥 3445,40

    𝑅$

    𝑚³ )

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑒𝑠𝑒𝑙𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 3 = 𝑅$ 40.164.005,40

    A Tabela 4-3 apresenta os resultados financeiros relacionados a este sistema. Inclui

    todos os valores de custos anuais com a aplicação do coletor e sem a aplicação do coletor.

    Tabela 4-3 – Economia financeira (Sistema 3)

    COM O

    COLETOR

    CONSUMO TOTAL DE COMBUSTIVEL EM 1

    ANO DE ATIVIDADE

    11.657,28374 m³/ano

    CUSTO ANUAL DO COMBUSTIVEL R$ 40.164.005,40

    SEM O

    COLETOR

    CONSUMO TOTAL DE COMBUSTIVEL EM 1

    ANO DE ATIVIDADE

    11.844,47869 m³/ano

    CUSTO ANUAL DO COMBUSTIVEL R$ 40.808.966,87

    DIFERENÇA SEM COLETOR X COM COLETOR

    (ECONOMIA ANUAL)

    R$ 644.961,47

    CUSTO DA AQUISIÇÃO DO TERRENO R$ 212.069,63

    CUSTO DO COLETOR R$ 871.859,25

    CUSTO ANUAL DA MANUTENÇÃO DA PLANTA SOLAR R$ 90.634,32

    Fonte: Autor, 2018.

    4.5 Sistema 4

    Para o sistema 4 de geração de vapor, o coletor LFR vai trabalhar com um ΔT variando

    de 30 °C a 70 °C, a massa de água é a mesma para essa configuração, entre outros parâmetros

    que também são os mesmos, como é para todos os seis sistemas.

    O consumo de óleo diesel para o sistema 4 também foi determinado pela Equação 2-2.

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    42 Anderson Ferreira da Silva

    a

    �̇�𝑐8ℎ = 16666,667 ∗ (2769,3567 − 292,98)

    0,85 ∗ (10954

    0,239006) → �̇�𝑐8ℎ = 1059,455191 𝑔/ℎ

    �̇�𝑐8ℎ = 1,284188 𝑚³/ℎ

    O consumo de óleo diesel durante às 16 horas em que não se aplica o coletor LFR no

    processo possui a temperatura de entrada na caldeira de 30 °C. A quantidade de combustível

    consumido durante esse período também será a mesma.

    Logo,

    �̇�𝑐16ℎ = 1,370888 𝑚³/ℎ

    Portanto, o consumo total diário para o sistema 4 é dado pela equação a seguir:

    �̇�𝑐𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (1,284188𝑚3

    ℎ 𝑥

    8ℎ

    𝑑) + (1,370888

    𝑚³

    ℎ 𝑥

    16ℎ

    𝑑 )

    �̇�𝑐𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 32,207725 𝑚3/𝑑

    Com base no custo da aquisição da área para aplicação da planta solar para o sistema 4

    contido na Tabela 3-4, esse valor é determinado a seguir:

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 2 = 150 𝑅$

    𝑚2 𝑥 1885,07 𝑚2

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 2 = 𝑅$ 282.759,51

    Considerando os dados da Tabela 3-1, custo da planta solar é determinado a seguir:

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 4 = 166,67 𝑈𝑆$

    𝑚2 𝑥 3,70

    𝑅$

    𝑈𝑆$ 𝑥 1885,07 𝑚2

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 4 = 𝑅$ 1.162.479,00

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    43 Anderson Ferreira da Silva

    a

    Valores gastos com a manutenção da planta solar foi determinado pela equação abaixo:

    𝑀𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 4 = 64,107 𝑅$

    𝑚²𝑎𝑛𝑜

    𝑥 1885,07 𝑚2

    𝑀𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 4 = 120.845,76 𝑅$

    𝑎𝑛𝑜

    O valor anual gasto com a alimentação da caldeira foi de:

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑒𝑠𝑒𝑙𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 4 = ( 32,207725 𝑚3

    𝑑 𝑥 30

    𝑑𝑖𝑎𝑠

    𝑚ê𝑠 𝑥 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 𝑥 3445,40

    𝑅$

    𝑚³ )

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑒𝑠𝑒𝑙𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 4 = 𝑅$ 39.948.658,05

    A Tabela 4-4 a seguir apresenta os resultados financeiros relacionados a este sistema.

    Inclui todos os valores de custos anuais com a aplicação do coletor e sem a aplicação do coletor.

    Tabela 4-4 – Economia financeira (Sistema 4)

    COM O

    COLETOR

    CONSUMO TOTAL DE COMBUSTIVEL EM 1

    ANO DE ATIVIDADE

    11.594,780880 m³/ano

    CUSTO ANUAL DO COMBUSTIVEL R$ 39.948.658,05

    SEM O

    COLETOR

    CONSUMO TOTAL DE COMBUSTIVEL EM 1

    ANO DE ATIVIDADE

    11.844,47869 m³/ano

    CUSTO ANUAL DO COMBUSTIVEL R$ 40.808.966,87

    DIFERENÇA SEM COLETOR X COM COLETOR

    (ECONOMIA ANUAL)

    R$ 860.308,82

    CUSTO DA AQUISIÇÃO DO TERRENO R$ 282.759,51

    CUSTO DO COLETOR R$ 1.162.479,00

    CUSTO ANUAL DA MANUTENÇÃO DA PLANTA SOLAR R$ 120.845,76

    Fonte: Autor, 2018.

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    44 Anderson Ferreira da Silva

    a

    4.6 Sistema 5

    Para o sistema 5 de geração de vapor, o coletor LFR vai trabalhar com um ΔT variando

    de 30 °C a 80 °C, os outros parâmetros permanecem os mesmos, como é para todos os seis

    sistemas.

    O consumo de óleo diesel para o sistema 5 foi calculado através da Equação 2-2.

    �̇�𝑐8ℎ = 16666,667 ∗ (2769,3567 − 334,91)

    0,85 ∗ (10954

    0,239006) → �̇�𝑐8ℎ = 1041,516499 𝑘𝑔/ℎ

    �̇�𝑐8ℎ = 1,262444 𝑚³/ℎ

    O consumo de óleo diesel durante às 16 horas em que não se aplica o coletor LFR no

    processo, possui a temperatura de entrada na caldeira de 30 °C. A quantidade de combustível

    consumido durante esse período também será a mesma.

    Logo,

    �̇�𝑐16ℎ = 1,370888 𝑚³/ℎ

    Portanto, o consumo total diário para o sistema 4 é dado pela equação a seguir:

    �̇�𝑐𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (1,262444𝑚3

    ℎ 𝑥

    8ℎ

    𝑑) + (1,370888

    𝑚³

    ℎ 𝑥

    16ℎ

    𝑑 )

    �̇�𝑐𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 32,033774 𝑚3/𝑑

    Com base no custo da aquisição da área para aplicação da planta solar para o sistema 5

    contido na Tabela 3-4, esse valor é determinado a seguir:

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 2 = 150 𝑅$

    𝑚2 𝑥 2356,33 𝑚2

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 2 = 𝑅$ 353.449,3

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    45 Anderson Ferreira da Silva

    a

    Considerando os dados da Tabela 3-1, custo da planta solar é determinado a seguir:

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 5 = 166,67 𝑈𝑆$

    𝑚2 𝑥 3,70

    𝑅$

    𝑈𝑆$ 𝑥 2356,33 𝑚2

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 5 = 𝑅$ 1.453.098,74

    Valores gastos com a manutenção da planta solar desse sistema LFR foi determinado

    pela equação abaixo:

    𝑀𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 5 = 64,107 𝑅$

    𝑚²𝑎𝑛𝑜

    𝑥 2356,33 𝑚2

    𝑀𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 5 = 151.057,20 𝑅$

    𝑎𝑛𝑜

    O valor anual gasto com a alimentação de combustível da caldeira foi de:

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑒𝑠𝑒𝑙𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 5 = ( 32,033774 𝑚3

    𝑑 𝑥 30

    𝑑𝑖𝑎𝑠

    𝑚ê𝑠 𝑥 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 𝑥 3445,40

    𝑅$

    𝑚³ )

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑒𝑠𝑒𝑙𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 5 = 𝑅$ 39.732.899,04

    A Tabela 4-5 apresenta os resultados financeiros relacionados a este sistema. Inclui

    todos os valores de custos anuais com a aplicação do coletor e sem a aplicação do coletor.

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    46 Anderson Ferreira da Silva

    a

    Tabela 4-5 – Economia financeira (Sistema 5)

    COM O

    COLETOR

    CONSUMO TOTAL DE COMBUSTIVEL EM 1

    ANO DE ATIVIDADE

    11.532,15854 m³/ano

    CUSTO ANUAL DO COMBUSTIVEL R$ 39.732.899,04

    SEM O

    COLETOR

    CONSUMO TOTAL DE COMBUSTIVEL EM 1

    ANO DE ATIVIDADE

    11.844,47869 m³/ano

    CUSTO ANUAL DO COMBUSTIVEL R$ 40.808.966,87

    DIFERENÇA SEM COLETOR X COM COLETOR

    (ECONOMIA ANUAL)

    R$ 1.076.067,83

    CUSTO DA AQUISIÇÃO DO TERRENO R$ 353.449,38

    CUSTO DO COLETOR R$ 1.453.098,74

    CUSTO ANUAL DA MANUTENÇÃO DA PLANTA SOLAR R$ 151.057,20

    Fonte: Autor, 2018.

    4.7 Sistema 6

    Para o sistema 6 de geração de vapor, o coletor LFR vai trabalhar com um ΔT variando

    de 30 °C a 90 °C, os outros parâmetros permanecem os mesmos, como é para todos os seis

    sistemas.

    O consumo de óleo diesel para o sistema 6 foi calculado através da Equação 2-2.

    �̇�𝑐8ℎ = 16666,667 ∗ (2769,3567 − 376,92)

    0,85 ∗ (10954

    0,239006) → �̇�𝑐8ℎ = 1023,543582 𝑘𝑔/ℎ

    �̇�𝑐8ℎ = 1,240659 𝑚³/ℎ

    O consumo de óleo diesel durante às 16 horas em que não se aplica o coletor LFR no

    processo, possui a temperatura de entrada na caldeira de 30 °C. O consumo é o mesmo, assim

    como foi em todos os sistemas anteriores.

    Logo,

    �̇�𝑐16ℎ = 1,370888 𝑚³/ℎ

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    47 Anderson Ferreira da Silva

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    Portanto, o consumo total diário para o sistema 4 é dado pela equação a seguir:

    �̇�𝑐𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (1,240659 𝑚3

    ℎ 𝑥

    8ℎ

    𝑑) + (1,370888

    𝑚³

    ℎ 𝑥

    16ℎ

    𝑑 )

    �̇�𝑐𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 31,859491 𝑚3/𝑑

    Com base no custo da aquisição da área para aplicação da planta solar para o sistema 6

    contido na Tabela 3-4, esse valor é determinado a seguir:

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 2 = 150 𝑅$

    𝑚2 𝑥 2827,6 𝑚2

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 2 = 𝑅$ 424.139,26

    Considerando os dados da Tabela 3-1, custo da planta solar é determinado a seguir:

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 6 = 166,67 𝑈𝑆$

    𝑚2 𝑥 3,70

    𝑅$

    𝑈𝑆$ 𝑥 2827,6 𝑚2

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 6 = 𝑅$ 1.743.718,49

    Valores gastos com a manutenção da planta solar desse sistema LFR foi determinado

    pela equação abaixo:

    𝑀𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 6 = 64,107 𝑅$

    𝑚²𝑎𝑛𝑜

    𝑥 2827,6 𝑚2

    𝑀𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 6 = 181.268,64 𝑅$

    𝑎𝑛𝑜

    O valor anual gasto com a alimentação de combustível da caldeira foi de:

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    48 Anderson Ferreira da Silva

    a

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑒𝑠𝑒𝑙𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 6 = ( 31,859491 𝑚3

    𝑑 𝑥 30

    𝑑𝑖𝑎𝑠

    𝑚ê𝑠 𝑥 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 𝑥 3445,40

    𝑅$

    𝑚³ )

    𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑒𝑠𝑒𝑙𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 6 = 𝑅$ 39.516.728,37

    A Tabela 4-6 apresenta os resultados financeiros relacionados a este sistema. Inclui

    todos os valores de custos anuais com a aplicação do coletor e sem a aplicação do coletor.

    Tabela 4-6 – Economia financeira (Sistema 6)

    COM O

    COLETOR

    CONSUMO TOTAL DE COMBUSTIVEL EM

    1 ANO DE ATIVIDADE

    11469,41672 m³/ano

    CUSTO ANUAL DO COMBUSTIVEL R$ 39.516.728,37

    SEM O

    COLETOR

    CONSUMO TOTAL DE COMBUSTIVEL EM

    1 ANO DE ATIVIDADE

    11.844,47869 m³/ano

    CUSTO ANUAL DO COMBUSTIVEL R$ 40.808.966,87

    DIFERENÇA SEM COLETOR X COM COLETOR

    (ECONOMIA ANUAL)

    R$ 1.292.238,50

    CUSTO DA AQUISIÇÃO DO TERRENO R$ 424.139,26

    CUSTO DO COLETOR R$ 1.743.718,49

    CUSTO ANUAL DA MANUTENÇÃO DA PLANTA SOLAR R$ 181.268,64

    Fonte: Autor, 2018.

    4.8 Determinação do VPL

    Os parâmetros incluídos para a determinação do VPL, foram os dados de entrada e de

    saída do caixa, tendo como gasto inicial o capital investido para a aplicação da planta de

    coletores solares que ocorre no ano 0. A partir do segundo ano, iniciaram bons resultados

    financeiros gerados pela implementação dos LFR no processo de geração de vapor.

    A Figura 4-1 a seguir demonstra os resultados do VPL de todos os sistemas. Nota-se

    que os valores do VPL dos dois primeiros anos de todos os sistemas foram negativos, pois,

    trata-se dos custos de manutenção da planta solar e a aquisição do terreno.

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    49 Anderson Ferreira da Silva

    a

    Figura 4-1 – VPL de todos os sistemas

    Fonte: Autor, 2018.

    Observando-se as cursas do gráfico, percebe-se uma viabilidade econômica

    independente do sistema a ser escolhido. Além de que, em todas as curvas mostraram a

    viabilidade técnica da aplicação do LFR, tendo em vista que o gasto com o óleo diesel será

    diminuído.

    Realizando uma análise mais detalhada para as curvas dos dois extremos, que seria o

    sistema 6 e o sistema 1, nota-se que o sistema 6 teve uma curva bastante acentuada, mostrando

    que apesar de possuir um investimento inicial mais elevado, o retorno financeiro foi muito alto.

    O sistema 1 apesar de apresentar uma curva VPL quase que linear, ainda assim, existe uma

    economia financeira bastante significativa, e claro, uma economia de combustível considerável,

    que implica na diminuição da emissão de gases poluentes a atmosfera.

    (R$1.500.000,00)

    (R$500.000,00)

    R$500.000,00

    R$1.500.000,00

    R$2.500.000,00

    R$3.500.000,00

    R$4.500.000,00

    R$5.500.000,00

    R$6.500.000,00

    R$7.500.000,00

    R$8.500.000,00

    0 5 10 15 20 25

    VPL

    PERÍODO (ANOS)

    VALOR PRESENTE LÍQUIDO

    Sistema 1 Sistema 2 Sistema 3 Sistema 4 Sistema 5 Sistema 6

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    50 Anderson Ferreira da Silva

    a

    5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

    Neste capítulo, serão apresentadas as conclusões referentes aos resultados obtidos, bem

    como recomendações para trabalhos futuros.

    5.1 Conclusões

    Essa pesquisa contribuiu para mostrar que a aplicação de energias renováveis em

    processos de geração de vapor é uma ótima ferramenta para melhorar o processo de recuperação

    de óleo em campos maduros, tanto economicamente como tecnicamente. Além de contribuir

    para a diminuição de gases nocivos que são gerados pelas maquinas térmicas movidas a

    combustíveis fósseis.

    Em todos os modelos de sistemas apresentados nesse trabalho, pôde-se observar que a

    aplicação da tecnologia heliotérmica, apesar de ainda ser uma tecnologia que em âmbito

    nacional está em desenvolvimento, é muito importante para ajudar no incentivo de novos

    estudos abrangendo essa tecnologia para indústrias globalmente consolidadas.

    As metodologias utilizadas nesse trabalho foram primeiramente o estudo da geração de

    vapor através de parâmetros semelhantes aos aplicados nos casos reais, tendo em vista

    relacionamento entre uma fonte energética renovável e a fonte energética oriunda da queima de

    combustíveis fosseis. Dimensionando todo o consumo e fazendo o comparativo entre sistemas

    diferentes, com temperaturas de entrada e saída distintas.

    O valor presente líquido dos seis sistemas foram diretamente proporcionais as áreas dos

    coletores, portanto, quanto maior foi o gradiente de temperatura que buscou atingir para o LFR,

    maior foi a área do coletor, consequentemente maior foi o investimento inicial, em contra

    partida, os valores economizados de combustível paras os sistema que tinham áreas maiores

    foram bem significativos, mostrando que o projeto é um possível bom investimento para se

    aplicar na geração de vapor para injeção em reservatórios de petróleo.

    5.2 Recomendações

    Recomenda-se um estudo mais aprofundado da viabilidade técnica e econômica para

    projetos de geração de vapor utilizando tecnologia heliotérmica, baseando os estudos em casos

    reais de plantas de injeção de vapor em campos maduros de petróleo. Levantando dados in loco

    do consumo das caldeiras, os volumes de vapor injetados, perdas de eficiência da caldeira,

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    51 Anderson Ferreira da Silva

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    perdas de calor para o reservatório, e assim, ter um embasamento melhor para a realização do

    estudo.

    Indica-se um estudo para a injeção de água quente utilizando apenas o coletor solar,

    criando um comparativo entre a tecnologia aplicada atualmente com a energia heliotérmica.

    Sugere-se um estudo de aplicabilidade de coletores solares para a geração de energia

    elétrica em instalações da indústria petrolífera.

  • Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.2

    52 Anderson Ferreira da Silva

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