ANNO XVII SEXTA-FEIRA 1 DE SETEMBRO DE 1882 NUMERO 97...

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ANNO XVII SEXTA-FEIRA 1 DE SETEMBRO DE 1882 NUMERO 97 REMCp l ADMHAÇIO II ii a 'Sova. do Ouvidor 11. fl I 0^0t$tStSltH 010tS*tl ééi WMàUéàU ASSIGXATtlRA AÍUANTAL*'. Por anuo 15S0OÜ Por sc-mestrc SS'K)u Distribue-se ás Quartas, Sextas è Domingos ltuni lucem halictls, credite in lucem (S. João cap. 12 v. 86). Clama Uaque, clama, ne ccss.ís. (Carta Pio IX á Redação do Apóstolo.) X Imprensa catholica 6 uma verdadeira missão perpetua. (Palavras de Leão';XIII}. 0 APÓSTOLO ..i ¦ 11.. 11 ¦ æ» Rio, 1 de Setembro de 1882. Tio nosso ultimo artigo appellámos para os catholicos como elemento de força para resistir ás tendências de uma reforma anti-catholioa, que ga- nham força o ameaçam destruir o senti- mento religioso, que é ainda um dique contra essa inundação de tão apregoa- das reformas. Se os catholicos quizerem, se se re- solverem em tempo a sustentar a reli- gião que professam, o meio único é a promoção de escolas catholicas, bem dirigidas e bem íiscalisadas. assim poderá recuar a escola ma- terialista, athèa, que querem levantar entre nós o Sr. ex-ministro do império e seus companheiros, e ninguem mais do que os catholicos têm direito para essa empreza, pois além de cooperarem para a sustentação de sua crença, de- fendem igualmente a Constituição, que não admitte propaganda contra a reli- gião, quo reconhece ser a dos brazi- leiros, ainda que por tolerância não se opponha a qualquer seita na pratica de seu culto. Tolerar um culto qualquer, em casa sem fôrma de templo, não é admittir a propaganda e o ensino de doutrinas contrarias á religião do Estado, que cila reconheceu por ser a dos brazi- leiros ern sua maioria. Ora, os esforços que os catholicos fizerem ireste sentido'serão honrosos e dignos do homens que não especulam com a religião, não querendo vel-a destruída pelo erro ievantado por qual- quer escola philosophica, que venha tocada pólo espirito de novidade. FOLHETIM DO APÓSTOLO 0 "JUDEU DE VEROIÜA ou. AS SOCIEDADES SECRETAS NA ITÁLIA OBRA. HISTÓRICA. FELO PADRE ANTÔNIO BRESCIANI Os protestantes subdivididos em tantas seitas, quantas sejam as cabeças a interpretar à bíblia; o positivismo com a exclusão de Deos na sciencia, e com a religião da humanidade; o espiritismo com a sua religião de espi- ritas, são cousas repugnantes e causas de tantas desordens que perturbam as famílias e oílendcm a moral. As medidas, portanto, para neutra- lizar os perniciosos eííeitos d'essas doutrinas, devem partir dos catholicos, e outras não podem nem devem ser senão o ensino da verdadeira doutrina, que desenvolva a intelligeiicia c fe- cunde o coração. Unidos aos seus parochos estabele- çam nas suas parochias escolas para os pobres e para todos aquelles que, por falta de centros de instrucção e educação, vão procural-as nos inimigos de Deos e de sua religião. Estamos certos de que os Rvds. pa- rochos se prestarão ao cumprimento d'este dever e coadjuvarão aos que nas suas parochias promoverem o ensino e educação religiosas, e d'este modo uns ,e outros ficarão collocados em caminho solido e proveitoso. Não é possível, pois, que o indiffe- rentismo continue a matar o catho- licisrao, estagnando a torrente do verdadeiro saber. Este indirferentismo os tornará res- ponsaveis perante Deos, por não faze- rem o bem a que estão obrigados, não evitando também o mal que tolhe o progresso do Evangelho. Quando o erro invade um povo, quo tem estado com a verdade, todos tem obrigação de çombatel-o, não fázél-õ é contemporisar com elle ; é, portanto, indirectarnente propagal-o e contribuir para que se estenda. Mostrem, pois. os sinceros catholicos que querer é poder e tudo se ha de conseguir. Avante, pois, e mãos á obra. Em cada uma das parochias d'esta corte ha catholicos que podem tomar a iniciativa de tão urgente missão. Máxima, m.; S. Antonino. m.; os SS. Dio- medes, Julião. Philippe. Kutyohiano, He- sychío, Leonides, Philadolpho. Menalippo e Pantagapa, mm.; as SS. Zoiw, Concor- dio eTheodoro. mm.: os SS. Evodlo. Her- mogenes c Calixta, mm. ; S. Justo, bispo; S. Klpidio, I). *, S. Brocard. conf. Nonnoso, abb.; oíl. SECÇÃO NOTICIOSA TELEGRAMMAS Alexandria, 28 de Agosto. O baxaÇherif organisoü o gabinete egypcio, encarregando-se elle da presidência do con- selho, com a pasta dos negócios estrangeiros. O baxá Riaz licou cora a pasta do interior, e Foulli com a da guerra. Pariz, 29 de Agosto. Houve um eonílieto sério entre tropas turcas j e tropas gregas, por causa de uma questão de fronteiras. O facto deu-se nas proximidades de Larissa, na Thessalia. Travou-se um combate perto de Cassas- sone (?) entre os inglezes e as tropas de Arabi- Paxá Estas foram repellidas. perdendo 1,400 bo- meus mortos e feridos, e deixando 11 canhões O Papa k os Terceiros Francisca- nos de Peruou.—Sua Santidade que, quando Arcebispo de Perngia muito se interessara pela propagação da Ordem Terceira Franciscana, e que n'ella tam- bem se alistou, querendo dar um pe- nhor de sua particular estima a tão benemérita instituição, mandou, ulti- mamente, á Congregação dos Terceiros de Perugia um lindo quadro á óleo re- presentando o seraphico Padre S. Fran- cisco na oceasião em que recebeu as Chagas. Gapella Imperial. Foram nomea- dos Conegos os Iívins. padres Thomé Joaquim Torres e Amador P.ueno de Barros. Conferências religiosas. —Consta- nos que o Exm. Sr. Dr. Antônio Fer- reira Vianna vai abrir no salão do hospital da Veneravel Ordem Terceira em poder dos inglezes. Os inglezes soffreram fo penitencia. "ma s^'lQ de COnferen- Setembro ,W. S. Egydio. abb.; os SS. Josué e Ge- deâo, rara.; a B. Anna, prophetisa ; S. Xisto. b. m. \ s. Terenciario, b. m.; S. Amraun. diac, m.; os SS. Vicente e Leto, mm. ; S. Regulo, iri. *, o B. Lopo. b.; S. Prisco, b.; S. Constando, b.; S. Victorio, b. *, Santa Verena. v. : os SS. Prisco, b., Castrense, Tamniaro, Rocio. Heraelio, Se- cias religiosas, tendo logar a primeira no próximo domingo. perdas insignificantes. (Do Juntai do Commercio.) FOLHINHA CATHOLICA , '^ «y»***™ f- p™*w $ Brindisi.-—Apezar de tantas fadigas do seu apostolado, S. Lourenço de Brindisi pôde achar tempo para escrever obras de grande merecimento No convento de Veneza existem 12 volumes de au- tographos seus. São escriptos com abreviaçõese permeio de um alphabeto seu particular. O ministro geral da Ordem, Rvd. padre Eiridio de Cortona, e o procura- cundíno, Àdjdctor, Marcos. Augusto, Kl- dor ireral, estão tratando de imprimir pidio, Canio e Vindonio. mm.: a B. Izabel, aquellas doutíssimas obras que farão honra a Egre]a Catholica e a Itália. E' dc esperar que os Exms. Arce- v.; os SS. João, presb., e Pedro, leigo, mm.*, a II. Joanna Soderinia. virgem. . S. Estevão, rei da Hungria; Santa Sabb. que tocava do outro lado inimn rocha muito valheiros. Quantos dos nossos não ficaram j missão aos seus chefes; > não, elles não sa -levada, a qual formava com a altura quo sepultados debaixo das neve-; da avalancha.! biam òüti conf - sen glori-ficai '¦"!;!¦.) sustentava esta cella um antro profundo e: ou arrebatados de improviso pelas torrentes ipaladms de I* rança Era para rir quando, nos escuro nm mancebo, de exterior distineto, que se despenhavam como cataratas do alto cumes do Canaro. -le Lodrona. e no meio dos conservava os olhos lixos no pego o suspirava da montanha, arrastando nas suas ondas indo-; tojo* de RoGca d Anfo, emquanto aquelles como <e estivesse possuído de viva dôr.mitas troncos de arvores e pedaços de rocha cliaflahies discursavam, astorrontos vinham pOSSJL-. Alisa fez signal a seu pai. e disse-lhe:com espantoso fracasso! Pois resistimos a Veja aqúdllo rapaz como está triste! todos estes rigores, certamente que algum pezar o opprime. Ollie, i Pobres rapazes! disse repare como conserva os olhos baixos, como1 deverieis ter solírido! está pállido o tristonho! Causa-me '.Talvez Alisa, quanto não que não tenha pai, talvez seja victima miséria da Logo qne descemos das montanhas," no- vos desastres nós esperavam nas colliuas e planícies. Não tínhamos munições de guerra TOMO ii VI,—A GRUTA AZULADA (Conti nunção do n. 00) Alisa voltou-se para Luizella, o. mostram do-lhe estas col Ias suspensas por cima dós ahysinos o ninhos solitários d'H8 águias, disse- lho Com ternura: -- O' minha querida, como aquelle eremi- tt-rio respira o santo amor! como nVste si- lenclo so sente uma paz profunda que inspira pensamentos castos e eleva a alma para a vida eterna! E entretanto o mundo, que iiâo é senão tumulto, agitação, rumor do ventos e tempestades, 0 mundo invejou Aquelles tran- nuillos Holitarios a paz fio que posavam, e pobos tora d'essés rochedos, no meio dos quaes brtllmvàui aos olhos de Deos, taes como os ""'amantes e as saphiras da gruta asulatla. N'um terrado, fera do jardim de uma cella Bartolo sentio-se eommovido, o logo depoisiém conseqüência da leviandade e da impre- achou-se junto do mancebo. D. Cario tinha jvideueia dos capitães o dos fumeis. Depois ficado no claustro conversando com D. Cio- jde dez ou quinze dias de marcha, entravamos vanni sobre a maneira de cxpulsnr as codor- u'iima cidade, numa aldôa. niima villa; ni/.es, que abundam ifesta ilha no mez deI mas outros nos tinham precedido, e não en- Maio e no de Setembro, porque vão alli des- j contra vamos nem pão, nem vinho, nem sus- rançar ao atravessarem o mar.tento algum. Os furrieis julgavam fartar-nos As duas meninas, dando o braço uma ájcom os gritos de < Viva a independência da outra, seguiram Bartolo. que se tinhaappro-,Itália. ** ximado do mancebo, e que lhe perguntava so residia em Capréa. Sou caiabrez. respondeu elle, c por Mas então o que fazieis vós ? 0 que fazíamos'! Muitas vezes os aus- trincos iam distribuir nos. cm guiza de ceias hovia de cima minha desgraça fiz parte da expedição da! ej ntaros, um maná que nos c Lombarrlia. na qual fui alistado na qualidade j com bastante fartura. Cnncados das longas de voluntário pela prineeza de Befgiojoso, * marchas", com o estômago vazio, era preciso oom"muitos dos meus companheiros, qued'estc que combatêssemos muitas horas, e que nos modo interromperam os seus estudos.retirássemos de corrida, para cliegtirmes ²Km que aceOes combate?te? perguntou- antes de noite a uma ald»'a onde ás vezes se lhe Bartolo.encontrava um pedaço de pão e de polenta. (1) ²Km muitas:; percorri com os voluntários Mas era este meu tormeiito menor ainda italianos as mais altas montanhas que sepa-jdo que os gritos daquelles tagarellas que nos rara à Lombardia do Tyrol*. passei muitas ensurdòciaiu, e dos palrâdoíes do phrases noites deitado no meio dos gelos e das neves, \ em potadas e vendedores liberdade e de vestido apenas de fardeta, o não poucas vezes j igualdade em palavras me senti dormente estando de guarda ou dei «--Não ba perigo, é sempre o que elles patrulha nas extremidades daquelles abys- dizem. A foiça do soldado é a ordotu, a sub mos, omle resoam os vento-; e as tempestades que derrubam os mais antigos e robustos car- (1) A polenta são papas de milho. de súbito, è levavam comsigo barracas, apa- gavam as fogueiras, faziam saltar para o ar os ticões inflammados, rolando aos saltos dos troncos. dt>s ramos meio consumidos, o tudo isto com grande esttrpefacção dos nossos ora- flores mudos e do auditório consternado de terror, « Quantas vezes, com o meu querido Emi- lio Dandolo, nós não deplorámos o deleixo de tantos voluntários, incapazes de so dobrarem ao jugo, (pie detestavam oS capitães, porque teriam querido commaiidar os esquadrões; eram verdadeiros distribuidores de ódios e de discórdias, causadas muitas vezes por sedi- coes, alvorotos, verdadeiras insubordinações de estudante! > ²Masque faziam os bons soldados? ²Calavam-se. é o que podiam fazer ; mas preserveravam entretanto em combaterem valorosamente. Por mim. depois-do combate de Siireha, ao norte do lago de («arda, junto da linda cidade de Kiva. retirei-rne com alguns para a margem direita do Miucio. e alli me conservei acampado entre Valegnio e Goito, volteando d'este ponto para as colunas até á derrota de Curtatona em que fui ferido. ²Pobre rapaz! e foi grave a vossa fe- rida ? ²Menina, eu ficaria morto no campo da batalha se não fossem os prodígios de valor de nm estrangeiro, alistado nas legiões romã- nas. e que me salvou a vida. ²Que dizeis ? (Contim\a). i

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ANNO XVII SEXTA-FEIRA 1 DE SETEMBRO DE 1882 NUMERO 97

REMCp l ADMHAÇIO

II ii a 'Sova. do Ouvidor 11. fl I

0^0t$tStSltH 010tS*tl ééi WMàUéàUASSIGXATtlRA AÍUANTAL*'.

Por anuo 15S0OÜ

Por sc-mestrc SS'K)u

Distribue-se ás Quartas, Sextas è Domingosltuni lucem halictls, credite in lucem (S. João cap. 12 v. 86). Clama Uaque, clama, ne ccss.ís. (Carta dê Pio IX á Redação do Apóstolo.)

X Imprensa catholica 6 uma verdadeira missão perpetua. (Palavras de Leão';XIII}.

0 APÓSTOLO..i ¦ 11.. 11 ¦ »

Rio, 1 de Setembro de 1882.

Tio nosso ultimo artigo appellámos

para os catholicos como elemento deforça para resistir ás tendências deuma reforma anti-catholioa, que ga-nham força o ameaçam destruir o senti-mento religioso, que é ainda um diquecontra essa inundação de tão apregoa-das reformas.

Se os catholicos quizerem, se se re-solverem em tempo a sustentar a reli-

gião que professam, o meio único é a

promoção de escolas catholicas, bemdirigidas e bem íiscalisadas.

Só assim poderá recuar a escola ma-terialista, athèa, que querem levantarentre nós o Sr. ex-ministro do impérioe seus companheiros, e ninguem maisdo que os catholicos têm direito paraessa empreza, pois além de cooperarem

para a sustentação de sua crença, de-fendem igualmente a Constituição, quenão admitte propaganda contra a reli-

gião, quo reconhece ser a dos brazi-leiros, ainda que por tolerância não seopponha a qualquer seita na pratica deseu culto.

Tolerar um culto qualquer, em casasem fôrma de templo, não é admittira propaganda e o ensino de doutrinascontrarias á religião do Estado, quecila reconheceu por ser a dos brazi-leiros ern sua maioria.

Ora, os esforços que os catholicosfizerem ireste sentido'serão honrosose dignos do homens que não especulamcom a religião, não querendo vel-adestruída pelo erro ievantado por qual-quer escola philosophica, que venhatocada pólo espirito de novidade.

FOLHETIM DO APÓSTOLO

0 "JUDEU

DE VEROIÜAou.

AS SOCIEDADES SECRETAS NA ITÁLIAOBRA. HISTÓRICA.

FELO

PADRE ANTÔNIO BRESCIANI

• Os protestantes subdivididos emtantas seitas, quantas sejam as cabeçasa interpretar à bíblia; o positivismocom a exclusão de Deos na sciencia,e com a religião da humanidade; oespiritismo com a sua religião de espi-ritas, são cousas repugnantes e causasde tantas desordens que perturbam asfamílias e oílendcm a moral.

As medidas, portanto, para neutra-lizar os perniciosos eííeitos d'essasdoutrinas, devem partir dos catholicos,e outras não podem nem devem sersenão o ensino da verdadeira doutrina,que desenvolva a intelligeiicia c fe-cunde o coração.

Unidos aos seus parochos estabele-çam nas suas parochias escolas paraos pobres e para todos aquelles que,por falta de centros de instrucção eeducação, vão procural-as nos inimigosde Deos e de sua religião.

Estamos certos de que os Rvds. pa-rochos se prestarão ao cumprimentod'este dever e coadjuvarão aos que nassuas parochias promoverem o ensino eeducação religiosas, e d'este modo uns,e outros ficarão collocados em caminhosolido e proveitoso.

Não é possível, pois, que o indiffe-rentismo continue a matar o catho-licisrao, estagnando a torrente doverdadeiro saber.

Este indirferentismo os tornará res-

ponsaveis perante Deos, por não faze-rem o bem a que estão obrigados, nãoevitando também o mal que tolhe o

progresso do Evangelho.Quando o erro invade um povo, quo

tem estado com a verdade, todos temobrigação de çombatel-o, não fázél-õ écontemporisar com elle ; é, portanto,

indirectarnente propagal-o e contribuirpara que se estenda.

Mostrem, pois. os sinceros catholicosque — querer é poder — e tudo se hade conseguir.

Avante, pois, e mãos á obra.Em cada uma das parochias d'esta

corte ha catholicos que podem tomar ainiciativa de tão urgente missão.

Máxima, m.; S. Antonino. m.; os SS. Dio-medes, Julião. Philippe. Kutyohiano, He-sychío, Leonides, Philadolpho. Menalippoe Pantagapa, mm.; as SS. Zoiw, Concor-dio eTheodoro. mm.: os SS. Evodlo. Her-mogenes c Calixta, mm. ; S. Justo, bispo;S. Klpidio, I). *, S.Brocard. conf.

Nonnoso, abb.; oíl.

SECÇÃO NOTICIOSA

TELEGRAMMASAlexandria, 28 de Agosto.

O baxaÇherif organisoü o gabinete egypcio,encarregando-se elle da presidência do con-selho, com a pasta dos negócios estrangeiros.

O baxá Riaz licou cora a pasta do interior,e Foulli com a da guerra.

Pariz, 29 de Agosto.

Houve um eonílieto sério entre tropas turcas

j e tropas gregas, por causa de uma questão defronteiras. O facto deu-se nas proximidadesde Larissa, na Thessalia.

— Travou-se um combate perto de Cassas-sone (?) entre os inglezes e as tropas de Arabi-Paxá

Estas foram repellidas. perdendo 1,400 bo-meus mortos e feridos, e deixando 11 canhões

O Papa k os Terceiros Francisca-nos de Peruou.—Sua Santidade que,quando Arcebispo de Perngia muito seinteressara pela propagação da OrdemTerceira Franciscana, e que n'ella tam-bem se alistou, querendo dar um pe-nhor de sua particular estima a tãobenemérita instituição, mandou, ulti-mamente, á Congregação dos Terceirosde Perugia um lindo quadro á óleo re-presentando o seraphico Padre S. Fran-cisco na oceasião em que recebeu asChagas.

Gapella Imperial. — Foram nomea-dos Conegos os Iívins. padres ThoméJoaquim Torres e Amador P.ueno deBarros.

Conferências religiosas. —Consta-nos que o Exm. Sr. Dr. Antônio Fer-reira Vianna vai abrir no salão dohospital da Veneravel Ordem Terceira

em poder dos inglezes. Os inglezes soffreram fo penitencia. "ma s^'lQ de COnferen-

Setembro

,W. S. Egydio. abb.; os SS. Josué e Ge-deâo, rara.; a B. Anna, prophetisa ; S.Xisto. b. m. \ s. Terenciario, b. m.; S.Amraun. diac, m.; os SS. Vicente e Leto,mm. ; S. Regulo, iri. *, o B. Lopo. b.; S.Prisco, b.; S. Constando, b.; S. Victorio,b. *, Santa Verena. v. : os SS. Prisco, b.,Castrense, Tamniaro, Rocio. Heraelio, Se-

cias religiosas, tendo logar a primeirano próximo domingo.

perdas insignificantes.

(Do Juntai do Commercio.)

FOLHINHA CATHOLICA , '^ «y»***™ f- p™*w $Brindisi.-—Apezar de tantas fadigas doseu apostolado, S. Lourenço de Brindisipôde achar tempo para escrever obrasde grande merecimento No conventode Veneza existem 12 volumes de au-tographos seus. São escriptos comabreviaçõese permeio de um alphabetoseu particular.

O ministro geral da Ordem, Rvd.padre Eiridio de Cortona, e o procura-

cundíno, Àdjdctor, Marcos. Augusto, Kl- dor ireral, estão tratando de imprimirpidio, Canio e Vindonio. mm.: a B. Izabel, aquellas doutíssimas obras que farão

honra a Egre]a Catholica e a Itália.E' dc esperar que os Exms. Arce-

v.; os SS. João, presb., e Pedro, leigo,mm.*, a II. Joanna Soderinia. virgem.

. S. Estevão, rei da Hungria; SantaSabb.

que tocava do outro lado inimn rocha muito valheiros. Quantos dos nossos não ficaram j missão aos seus chefes; > não, elles não sa-levada, a qual formava com a altura quo sepultados debaixo das neve-; da avalancha.! biam òüti conf - sen glori-ficai '¦"!;!¦.)

sustentava esta cella um antro profundo e: ou arrebatados de improviso pelas torrentes ipaladms de I* rança Era para rir quando, nosescuro nm mancebo, de exterior distineto, que se despenhavam como cataratas do alto cumes do Canaro. -le Lodrona. e no meio dosconservava os olhos lixos no pego o suspirava da montanha, arrastando nas suas ondas indo-; tojo* de RoGca d Anfo, emquanto aquellescomo <e estivesse possuído de viva dôr. mitas troncos de arvores e pedaços de rocha cliaflahies discursavam, astorrontos vinham

pOSSJL-.Alisa fez signal a seu pai. e disse-lhe: com espantoso fracasso! Pois resistimos a— Veja aqúdllo rapaz como está triste! todos estes rigores,

certamente que algum pezar o opprime. Ollie, i — Pobres rapazes! disserepare como conserva os olhos baixos, como1 deverieis ter solírido!está pállido o tristonho! Causa-me dò '.Talvez

Alisa, quanto não

que não tenha pai, talvez seja victimamiséria

daLogo qne descemos das montanhas," no-

vos desastres nós esperavam nas colliuas eplanícies. Não tínhamos munições de guerra

TOMO ii

VI,—A GRUTA AZULADA

(Conti nunção do n. 00)

Alisa voltou-se para Luizella, o. mostramdo-lhe estas col Ias suspensas por cima dósahysinos o ninhos solitários d'H8 águias, disse-lho Com ternura:

-- O' minha querida, como aquelle eremi-tt-rio respira o santo amor! como nVste si-lenclo so sente uma paz profunda que inspirapensamentos castos e eleva a alma para avida eterna! E entretanto o mundo, que iiâoé senão tumulto, agitação, rumor do ventos etempestades, 0 mundo invejou Aquelles tran-nuillos Holitarios a paz fio que posavam, epobos tora d'essés rochedos, no meio dos quaesbrtllmvàui aos olhos de Deos, taes como os""'amantes e as saphiras da gruta asulatla.

N'um terrado, fera do jardim de uma cella

Bartolo sentio-se eommovido, o logo depoisiém conseqüência da leviandade e da impre-achou-se junto do mancebo. D. Cario tinha jvideueia dos capitães o dos fumeis. Depoisficado no claustro conversando com D. Cio- jde dez ou quinze dias de marcha, entravamosvanni sobre a maneira de cxpulsnr as codor- u'iima cidade, numa aldôa. niima villa;ni/.es, que abundam ifesta ilha no mez deI mas outros nos tinham precedido, e não en-Maio e no de Setembro, porque vão alli des- j contra vamos nem pão, nem vinho, nem sus-rançar ao atravessarem o mar. tento algum. Os furrieis julgavam fartar-nos

As duas meninas, dando o braço uma ájcom os gritos de < Viva a independência daoutra, seguiram Bartolo. que se tinhaappro-,Itália. **ximado do mancebo, e que lhe perguntava soresidia em Capréa.

— Sou caiabrez. respondeu elle, c por

Mas então o que fazieis vós ?— 0 que fazíamos'! Muitas vezes os aus-

trincos iam distribuir nos. cm guiza de ceiashovia de cimaminha desgraça fiz parte da expedição da! ej ntaros, um maná que nos c

Lombarrlia. na qual fui alistado na qualidade j com bastante fartura. Cnncados das longasde voluntário pela prineeza de Befgiojoso, * marchas", com o estômago vazio, era precisooom"muitos dos meus companheiros, qued'estc que combatêssemos muitas horas, e que nosmodo interromperam os seus estudos. retirássemos de corrida, para cliegtirmes

Km que aceOes combate?te? perguntou- antes de noite a uma ald»'a onde ás vezes selhe Bartolo. encontrava um pedaço de pão e de polenta. (1)

Km muitas:; percorri com os voluntários — Mas era este meu tormeiito menor aindaitalianos as mais altas montanhas que sepa-jdo que os gritos daquelles tagarellas que nosrara à Lombardia do Tyrol*. passei muitas ensurdòciaiu, e dos palrâdoíes do phrasesnoites deitado no meio dos gelos e das neves, \ em potadas e vendedores dè liberdade e devestido apenas de fardeta, o não poucas vezes j igualdade em palavrasme senti dormente estando de guarda ou dei «--Não ba perigo, é sempre o que ellespatrulha nas extremidades daquelles abys- dizem. A foiça do soldado é a ordotu, a submos, omle resoam os vento-; e as tempestadesque derrubam os mais antigos e robustos car- (1) A polenta são papas de milho.

de súbito, è levavam comsigo barracas, apa-gavam as fogueiras, faziam saltar para o aros ticões inflammados, rolando aos saltos dostroncos. dt>s ramos meio consumidos, o tudoisto com grande esttrpefacção dos nossos ora-flores mudos e do auditório consternado deterror,

« Quantas vezes, com o meu querido Emi-lio Dandolo, nós não deplorámos o deleixo detantos voluntários, incapazes de so dobraremao jugo, (pie detestavam oS capitães, porqueteriam querido commaiidar os esquadrões;eram verdadeiros distribuidores de ódios e dediscórdias, causadas muitas vezes por sedi-coes, alvorotos, verdadeiras insubordinaçõesde estudante! >

Masque faziam os bons soldados?Calavam-se. é o que podiam fazer ; mas

preserveravam entretanto em combateremvalorosamente. Por mim. depois-do combatede Siireha, ao norte do lago de («arda, juntoda linda cidade de Kiva. retirei-rne comalguns para a margem direita do Miucio. ealli me conservei acampado entre Valegnio eGoito, volteando d'este ponto para as colunasaté á derrota de Curtatona em que fui ferido.

Pobre rapaz! e foi grave a vossa fe-rida ?

Menina, eu ficaria morto no campo dabatalha se não fossem os prodígios de valorde nm estrangeiro, alistado nas legiões romã-nas. e que me salvou a vida.

Que dizeis ?(Contim\a).

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2 SEXTA-FEIRA 1 BE SETEMBRO DE 1332

bispos e Bispos animem os Rvds. pa-dres Capuchinhos, pára que levem acabo tao útil impressão.

¦O ultimo ni.cuuso do Papa.-Ató odireito de fallar em sua própria casanem se quer mais deixar ao SummoPòntifice_

0 ultimo discurso de Sua Santidadefoi como um raio sobre a imprensa li-beral. Cada qual o conuneuta a seugeito. Alguns chamam a attenção dògoverno, prevenindo-o que a liberdadeque até.hoje se tem consentido ao Papade poder fallar pôde tornar-se peri-gosa.

< > Pungolo, de Nápoles; o Panava,de Modena; o Movimento, de Gênova;a Ri foram, de Roma; e a Gazzellade Torino, primoram em contuuieliascontra o Summo Pontifico por causa daultima allocução.

È depois dizem á boca [cheia que oPapa tem toda a liberdade.

Pelo espaço de uma hora vários ou-genheiros conversaram consecutiva-mente de uma para outra gare. foi umsimples lio tolegrapliico da linha queservio de comrauúicaéao entre os dousapparelhos telephonicos.

O segundo ensaio fez so ._ 17 de Maioentro Pariz e Bruxellas (344 kilometrosde fio) em condições particulares, uovase admiráveis. Km virtude do apertei-çoamentoque do Sr. Vau liisselberghe,director do serviço meteorológico daí.ergiea, recebeu o telephono, pódodor-nar a communicação telephonica porum fio, indiílbronteá iminência das cor-rentes electricas que passam pelos tiospróximos. Por outro lado, o Sr. VauKissell.orglie obteve o resultado assom-broso de poder fazer funecionar si mui-taticamente e no mesmo fio, um apparelho telephonicoe outro electrico.

Na experiência feita a 17 de Maiotransmittio-se um despacho do telegra-pho de Paris, pelo tolegrapho Morso!e ao mesmo tempo pelo mesmo tio o telephone transmitfcio

e trabalhos do interesse publico sobema 7.500,000 francos.

Que generosidade!!

Ainda mais iu, aspiikmi.s —Os jor-naes garibaldinos da Itália, ainda d"estavez cíiexaram-nos repletos de blas-plmmias por exemplo: a Ualia deiPopolo, do 1 do passado, entre outrassandices fazendo uma comparação en-tre Moysés, Christo e Garibaldi, diz oseguinte :

« Moysés nào deu ao mundo senãoo Decalogo; Christo não soube ensinaraos escravos senão o Evangelho da re-signaç.lo ; mas Garibaldi pòz nas mãosdos escravos a espada vingadora dosseus direitos, e foz do Decalogo e doEvangelho os dous termos de uma. epo-péa viva. »

Que rasgos de eloqüência ! Safa !

Querem mais claro ?—Um jornal li-beral de Turim, no seu numero de 11de Julho passado, diz o seguinte :

« Josó Garibaldi, o primeiro anti-cleiical da Itália, empregou toda a suavida em combater o padre. 0 maisbello monumento que se lhe possa de-dicar é combater sem tregoa o clero ;o mais bello monumento ó subtrahir aopoder theocratico a educação dc nossosfilhos; em vez de cantar louvores áMadona aprenderão a cantar o hyinno;em vez de tantos histéricos Luizes Gon-zagas teremos cidadãos fortes, robus-tos, dignos da Itália, do povo da ter-ceíra Itália. »

Fiquem, pois, sabendo os que tempulmões fracos que em vez de tomaremóleo de fígado de bacalháo aprendama cantar o hymno de Garibaldi e ficarãorobustos.

') CATIIÒI.ICISMO NA Al.LEMANU A.—Um telegraninia. publicado pela Ga-

uma mensagemIzètlede Cbloòheannuncia a reaber-oral, que era ouvida em Paris cmquan- tura do Seminário Pequeno de Pad<to funecionava o receptor do apparo-jborn, que tora fechado em virtude daslho Morse. j leis de Maio.

I'm busto de Pio IX Aim.no em Tu- Conversão.—Ultimamente ordenou-rim.—A revolução que em Roma á se de padre' om Aire, um ex-oíllcialmarteladas fez desapparecer do fròh- ingiézconyertido ao càtholicismo.tespicio do Collegio Romano o nome dé l)iz agora o Memor/nl des Pyrc-Jesus, ordenou que o busto de Pio IXUiêes, que o irmão mais moço dofosse apoado da fachada da egreja de mesmo neo-coaverso abjurou o protes-S. Segurado, em Turim, e foi obede-: {.autismo bem como suas duas irmãs.cida.

Se não se obedecesse estava já aicambada preparada a destruil-o Lutei- Estatua baVirgi-M.--Acaba de ser

collocada no cumi

Excentricidade.—Morreu ha pouco,em Londres, uni italiano que deixoutestamento muito curioso. Entre outroslegados excêntricos, deixa (5,000 fran-eos ao jornalista europeu que mais es-creva acerca do fallecido, em qualquerperiódico

ram i te. iw«íi..«u«.,h.^.,.v do monte de Mon-As 10Ó cidades da Itália regorgitamS^letvem Lacaune (França), uma esta-

de monumentos levantados a heróes!tllíl da Santíssima Virgem. A estatuade toda a casta, mas em nome da liber- h de' bronze e para esta obra çorcorre-dade não se tolera nom sequer umlramosc^ .aunoef _ -busto que lembre aos vindouros qnen'csse século corrompido e corruptorjlocadahouve um homem que amou a justiça lde três metros.de altura, domina toda

zias eireumvismhas. Esta estatua, col-sobre um pedestal de granitp

a verdade.

Cobrigexd-v. —No artigo Centenáriode S. Francisco, do nosso ultimo nu-mero. ondo lè-se—[>r inteiro centena-rio— leia-se —próximo centenário.

FlM DE ALviUNS APÓSTATAS.— A FrCWStimme, periódico allemão, publicouha pouco uma estatística do clero ve-lho enUiolico de Baden, quo mereceser conhecida. E' para alguns oceasiãode raiva e para outros lição necessária.Segundo o citado periódico, os padresvelhos calholicos do grã-ducado aca-baram do seguinte modo :

Feig, parocho de Malgberg, e Maza-nec, pnrocho de Brenden, abjuraramos seus erros á hora da morte : GregoreNitsch desappareceu e ignora-se o seuparadeiro: Keustte morreu desgraça-daniente em Sauldorf; Horemaud deConstanza morreu em um hospital dedoudos; Hampf lançou-se á água e mor-reu afogado; Klein suicidou-se no carcere, onde estava por delidos immoraes;Lang foi despedido da egrejinha peloSr. Reinkens por espancado:; Schoephvive em um convento austríaco, ex-piando as suas faltas ; e linalmenteLènthné vai casar-se com uma senhorahieuerwaldés.

Eis aqui o que são os velhos catholi-eos da Allemanha, os amigalhotes doridiculamente celebre Jacintho Loyson.De tantos só Schoeph teve perigo. Ora,estes senhores que tanto berram contraa Egreja não se convencerão finalmenteque fora da mesma Egreja não ha vida,nem sciencias, nem felicidade, nem sal-vação ? ! A seita dos velhos calholicostem uma característica que a distinguedas outras : — o ridículo. Assim é queha de morrere passará historia.

O Bispo de Vicil — Verificou-se nacathedral de Barcelona (Ilespanha),com a solemnidade própria do acto, aconsagração do Sr. Dispo de Yicli, 1).Josó Morgades y (ül. Foi consagrauteo Sr. Dispo de ..arcélona. e assistentesos Prelados de Gerona e Da Seo de Ur-gel. A' solemnidade concorreram asauetoridades ecclesiasticas, civis e mi-litares.

Foi padrinho o Sr. D. Eduardo Du-rão, e testemunhas o Deâo e vice-reitordo seminário de Harcelona.

Numerosíssima e distineta concur-rendia apinhava a cathedral.

O novo Bispo recebeu inequívocasprovas de apreço e reverencia da mui-tidão.

aquella região.__.' sabido que o monte de Montalet

.em uma elevação de 1,256 metrosacima do nivel do mar. I']' assim quo.os bons francezes sabem responder aosataques brutaes da republica contra aReligião. Determina-se a expropriaçàoda basílica de Montmartre, e os çathp-licos vão erigindo mais piedosos monu-mentos para atíestarein em todo otempo que ainda em França lia homensdc crenças puras e dedicados.

_,—_,dos séculos— o culto de Deos e o amoraorei.

« A pátria espera do chefe da casade França uma resurreição necessária

« A flora pertence a Deos, disse ,irei. Temos a convicção qne Deos farásoai' a hora brevemente, o quo a Fran-ea, para livrar-se do oataclismo finalpedirá ao rei que a salve. »

Em todos os banquetes so proium-ciaram eloqüentes e enthusinstioosbrindes.

Matriz de SantWnn a.— NVsta ma-triz continua o ensine do cathecismoaos domingos, ao meio-dia, pura osmeninos, e ás 5 horas da farde para asmeninas; e em seguida rezar-se-ha oterço, que linalisará com benção doSantíssimo Sacramento.

Também ós tieis encontrarão todosos dias, na matriz, sacerdotes muitointelligentes e caritativos para ouvir deconfissão a todos os fieis que se quei-ram reconciliar cora Deos.

Continuarão também o cathecismoe as confissões na capella de SanloChristo dos Milagres, ás quintas-feiras,que não forem santiiieadas, desde aso' horas da manhã.

Uma flor monstro. — Está expostaha alguns dias uo Museu do Jardim bo-tanico de Pariz a maior do. todas asilo-res que existem sobre a terra. E' aRafjlesia Arnoldi, ou flor gigante deSumatra.

Quando está aberta, esta ílòr medetrês metros de circumforencia c um me-tro de diâmetro, e pesa nada menos desete kilograrnmas.

Só se encontra o náo muito vulgar-monto om .luva c Sumatra.

lista flor cÒllòssal ó vermelha rajadade branco. A Rafflésiá Arnoldi cons-titue um verdadeiro reservat-rio deágua para o viajante que no caminhonão encontrar nenhuma nascente deágua onde possa saciar a sede. O necia-rio ou coucavo do calix do. uma d'estastiòres gigantes contém até dez litros deágua.

O hospital de Alexandria.—O jornalparisiense La Soir dá a noticia de queo hospital europeu de Alexandria esca-pou ao perigo que parecia inevitável.Nem doentes, nem irmãs, tiveram quesoíTrer com o incêndio nem com a pi-lhagem. Em terra de musulmanos res-peitam se as irmãs de caridade, entrenós cobrem-nas com as maiores inju-rias e insultos, que ó possível dizer-se.

Telepiione. — Conseguio-se ligar re-centemente por telephone, de um lado,Berlim e Hamburgo (288 kilometros defio), e do outro Veneza e Milão (282 ki-lometrosdefio.)

0 primeiro dos dous resultados prin-cipaes obtidos notou-se na linha de lesteentre a gare de Pariz e a de Nancy(345 kilometros de fio.)

Juiult-U episcopal. — O Cardeal Se-mor, príncipe, Arcebispo de Grau, Pri'maz da Hungria, acaba de celebrar oseu .lubileu episcopal. (.) Cabido man-dou cunhar uma medalha de ouro, e oPrelado mandou fazer á sua custa umamagnifica estatua do seu predecessor,Pedro Pazman, fundador do celebre col-legio Pazmaneum, cm Vienna, desti-nado á educação do clero húngaro. Só opedaço de mármore para a estatua eus-tou 10,000 francos.

O Cardeal deu mais 250,000 francosa um asylo de orphãos e outros 250.0..0francos ao Cabido deTyrnau.

As despezas que ha de quinze annoseste Prelado tem feito com a instrucção

Silo. — Teve ultimamente logar nacidade de Sião, uma exposição das ar-tes e industrias, organizada debaixo daprotecçao do irmão mais novo do rei, opríncipe Crom Krun Putareta.

Começou por uma ceremonia religio-sa e depois foi inaugurada pelo rei.

Dizem que merecem especiaes elogiosos moveis de laça, os crysfaes, armas eesculpturas de marfim.

Banquetes realistas em Pariz.—Nodia 15 de Julho, de manhã, reuniram-se os legitimistas de Pariz nas princi-paes Egrejas d'aquella capital a tini decelebrar o santo do nome do Sr. Condede Chambord, ouvindo missa.

A' noite celebraram-se em Pariz setebanquetes, aos quaes assistiram maisde mil pessoas de todas as classes econdições.

N'estes banquetes assiguou-se umamensagem ao Sr. Conde de Chambord,cujos principaes períodos são os se-guintes:

« Se alguma vez a nação franceza,cuja gloriosa historia foi feita pelosseus reis, ha de sentir a necessidade derefugiar-se ao abrigo das tradições se-culares que asseguraram sua grandeza,ó evidentemente no triste período quen'estes momentos atravessamos.

« O herdeiro d'estas tradições quesegue com tanta anciedadee solicitudeas phases diárias da vida d'este povo,sobre o qual deve e quer reinar, sabeque a França está caminhando maisque nunca para a ruina, impollida peloshomens que confundem cm sua sanhaa religião e a monarchia, e querem des-terrar da alma da nação as grandesvirtudes que a tem sustentado átravéz

Tremor de terra. —- Üm tremor deterra sacudio a Suécia e Finlândia,muito principalmente'' as cidades deIlaparanda, Pitea, e Luleo. Na pri-meira d'estas cidades os abalos dura-ram um minuto, c eram tão f.mtes.queos habitantes mal se podiam conservarde pó !

Em Pitea, os moveis nas casas foramdeitados por terra.

Na Finlândia, foi sobretudo na cidadede Bragestad (pie o tremor de terra seseutio com alguma intensidade.

A não ser algumas casas derrocadasnão se conta viciimás. No emtanto o pa-nico invadio grandemente iodos os ha-bitantes que, máo grado seu, se viramobrigados a cambalear.

Rússia. — As noticias recebidas deS. Petcrsbur. o representam a situaçãodebaixo de mais sombrio aspecto. Se-gundo se diz, o czar deu ordem parase pôr em segurança, no estrangeiro,toda a sua fortuna mobiliária e da suafamília.

Accresccnta-se que a aristocracia,fazendo valera excitarão que reina nasprovíncias e a pouca confiança quoinspira a altitude do exercito e da ma-rinha, conseguio decidir o governo aapressar a coroação. Parece que emsegredo vão fazendo preparativos paraesta ceremonia, que deve ter logar nacathedral de Kasan, em S. Petersburgoou na capella particular do castello doPelerhof. Assevera-se que o impera-dor, a corte, a magistratnra e o gover-no estão espantados com as propor-ções enormes que vai tomando a pro-pagauda nihilista.

Procedeu-se novamente á prisão dovários oíliciaes da marinha, e reconhe-ceu-se além d'isto que um grande nu-mero dos membros da Liga Santa sãonih distas.

Decuplicaram-se as medidas de pre-caução tomadas em Peterho.. Os ni-

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SEXTA-FEIRA 1 DE SETEMBRO DjE 1882 3

« distas mandaram urna sentença do

monte ao grão aüqwe Wladiniiro. _o imperador da Allcmanha dtngm ainceza Polosselski, irmà do fallocido

priucj,,,,nera] Skoheleíí, um telegramma con-;.(,bido nestes termos:

^ Estou profundamente contrisiadocom o falleeimento repentino de vossoirmão.

\ perda que esta morte causou aoexercito r.usso serádiílicil de roparar,q è para !£0 lastimar o mais pos-sivel. . .

15' doloroso perder; homens tao úteise tão dedicados ao cumprimento da suamissão. >* o-

Kktkato non ri.NCKI, insuspkito. —

Um periódico impio, /> flfoí (lOrdre,pinta assim o desgraçadissimo ox-car-molha, que um dia sé chamou o padreJacintho, e a quem hoje chamam papáL&ysoh ' . .

« Vi o Sr. Loyson no que elle chamao púlpito da sua ègrèja, que nem éegreja nem púlpito. Cuidava em ar-redondar a sua phrasq c em tornarmagestoso o seu ademan, sendo visívelo sou convencimento de que o audito

<> TÚMULO DO 1'AÜRR JÜNIPBRO SERRA.—Procedendo-se a exeavações em Mon-tery (Estados-Unidps) fez-se casual-monte descoberta do túmulo de umapóstolo do século passado, do íun-dadôr do todas as missões da Califor-Inia. do Padre Junipcro Serra.

Na página do seu boletim mortuarioj(20 de Agosto do 1781) encontra-se in-tornecedores dotalhes dos seus últimosmomentos. Superior a Iodos os seussoffri ..culos, o padre Serra qui/ ir re-ceher -» Sagrado Viatico á egreja,onde estavam reunidos todos os halii-tantos. Quando se entoava o Tantumergo,'] tintou a, sua voz á do povo.

Os assistentes'ficaram entap mudosde commooào ouvindo cantar esle mo-rihuudo, e o padre acabou sósinho ohymno sagrado.

Depois ajoelhou-se, recebeu a sagra-da Hóstia, e recitou cm voz alta asorações de accào de graças.

A memória do padre Serra íicoii cmprofunda veneração entre os descendentes dos indios. Legendas encanta-doras em prosa o em verso | opularisa-ram durante muito tempo o nomedo Padre ; a descoberta do seu túmulo deu

, | logar a sceuas tocantes o fez saltar derio fazia tão pouco caso das suas dou- alegria 0s co rações de todos os catholi-trinas como da sua figura^ J (;os da diocPse do Monlcroy.

« Aquillo nao era sermão nem func-cão religiosa ; era uma representaçãocômica e dramática, e afigurava-se ao] Um notável caso de catalepsia.—publico qne a interpretarão do actor No hospital de Besujon, cm Pariz,ora defeituosa e fastidiosa a récitaçao, acha-se ha mais de setenta dias umaooinprehendendo-o também assim o rapariga de 'S) annos, prostrada peloSr. Loyson, que por isso redobrava os \ somno cataleptico ! Dizem ps médicos,

mando singularmente a attencão oíaoto de haverem Jratomisado OS ila-lianos e os francezes, ató um extre-mo poucas vezes visto, nos últimostempos.

Um telegramma. dirigido de Viennaa um jornal de Berlim faz constar queO governo austríaco segue com vivointeresse todos os detalhes desta ma-infestação, como expressão, até agoraa mais completa, da alliancaqueexisteentre os radicaes francezes e os repüblicahos italianos.

A morte de Garibaldi, que n'estesúltimos tempos ora adversário decidi-do da Franca, fez desápparecer, segundo diz o Frcmclenblalt, o únicoobstáculo que se oppunha á alliançados radicaes do Franca e de Itália.

seus inúteis esforços. quo o caso ó dos mais completos e mais« Que ditierença das conferências da bem caracterisados que até hoje se tem

Sove Danie, o que differença do audi- visto.iorio! Lá se foram as grandes syn- Não se sabe quem é a cataleptica,tneses, as apósfrppbes eloqüentíssimas :por

que foi encontrada a 12 de Maio,de outro tempo! Frio, iusipido, las- ;i 1 hora da noite, deitada em um bancotidioso—fastidioso sobre tudo—é pre- n'uma das ruas de Pari/., profunda-ciso confessar que o Sr. Loyson ha pas-

'mente adormecida. Não obstante os

sado, por assim dizer, da co media fran- signaes que os jornaes tèm publicado,coza'para a barraca de feira. Per mo- ainda nào appareceu ninguém a rccla-mentos chegou até a fazei-me lastima, mal a.emquanto que ello, pobre cômico das' Ocaso tornou-se ainda mais oxtraor-dúzias, se exaltava, deixando o publico dinàrio, porque a pobre rapariga estácada vez mais frio diante d'aquella de- grávida e o Pr. Millard diz que omonstra</io do impotência. parto está próximo, o quo deveras o

Transcrevendo esla noticia, o nosso preoccupa,collega de Madrid. La Fe, aceres-jcenta: . Piíukürin.uv.o. — Cònsfituio-se em

« Eis aqui comopmtam oSr. Loyson Roma uma jim(a de damag h ho_os amigos que o foram procurar. Jus-

^ ^ (]q ^.^ ^ senhoi,,s de Matissimo castigo. >> Idrid

que fazem parte da peregrinaçãoaquella cidade.

O vaticano e a íwmt — Confirma-; Q'esta cidade a Roma são, apenas,soa noticia, que já demos aos leitores1 duas horas de viagem em caminhon'um dos números passados, relativa- de ferro.mente ao accordo entre o Sr. conde; O Arcebispo de Toledo couleno aTolstov oo Sr. õiers, ministros do presidência á marqueza do Vitelleschi,czar sobre a questão religiosa. Tele-I filha do marquez de Gregorio, um dosgrammas transmitfidos de S. Peters-Iprimeiros qué organisou o exercito deburgo aos jornaes de Vienna e Praga j Pio IX ; e á esposa do marquez de Vi-asseguram nutorisadamento que por; telleschi ; que tem um cargo impor-parte da Rússia se fizeram novas pro-1 tanto no Vaticano,postas snmmamenle conciliadoras,j Uma das emprozas do caminho deao Vaticano e que as negociações ferro concede abatimento de preços aseguem activãmente seu curso

're- todos os peregrinos, pormittindo lhes orrUlar j irem em comboyos ordinários, que não°

Comniontandoestas noticias, escreve conduzirão, porém, mais de cento eo Journal de Rornc cincoenta.

.;„„„,,„„ mnfiiro íio : Trata-se também de obter que pos-«Nunca acreditamos na ruptura,ae • , \ L. . ; V(1i.,olin ,, 0 pi0 sam ir por mar os que o desejem, pornegociações entre o Vaticano e a Ln>- i.

Ponte sobre o canal da mancha. —Ao mesmo tempo que se trabalha naconstrucção do túnel da Mancha, nãose abandona a idéa de cruzar o estreitopor outro meio distineto.'

Um engenheiro francez,Mr.Verards,insiste no seu projecto apresentadojá por outras vezes, o de um caminhode ferro entre França e Inglaterra, pormeio de. uma ponto que una os dousterritórios.

Para assentar os pilares da ponteconta-se com o fundo do estreito, que.segundo opinião dos geólogos, é muitofirme, e com dous bancos, um junto ácosta ingleza e outro em meio doPasso de Calais, que quasi emergem dangua.

A ponte terá (se se construir) de 35

sia, porque o interesse ao governo gosto, e economia, ou para se livrarem

polaca. A nomeação <i« condo Toistov »!'s*'" f

«»*•« ™?cn fretal'»"?. na"I "¦'»*¦• " "p «', ¦ ,,:,-, rtiin 1ííi'í\ ilfrniic r,rti«nrrpj rtoS (lirOC-

US UADIOAKS FRANCEZES E OS RÈPUBLr-canos de Itália. — As tentativas de

despertou grandes temores porque pa- -u que ieve alguns peregreciahavor adoptoclo as predoupaçoÉs «te d,! Bafcellona a Cmtta-Veeomodo de ver dò partido patriota, icllia-que não quer ouvir fallar de reconci-liação com a Polônia.

«Estes temores quehrantavam nossa irobusta fé. Âünunciou-se que um sa-; união entre os radicaes francezes e oscerdote catholico da'diocese de Wilna, | republicanos italianos tem chamado aque não tinha querido capitular comi attencão da Europa politica.a sua consciência, foi desterrado para Seguem-se com cuidado todas asa Sibéria, esse túmulo histórico da Po-|phases, todas as manifestações d'esteiònià. Se esse facto *'- verdadeiro, es- movimento.tranhamos. sobremaneira que o govor-j üfts deploram-o porque obriga o go-no russo queira <axiuir a submissão veroò italiano a entregar-se nos bra-do clero catholico ás prescripeões, ícos da Allemanha; outros declaram ser<iue está disposto a modificar ou a isto um novo obstáculo para o accordoabolir. da França o da Itália.

As noticias de S P.>torsburgo que' A festa que se celebrou em Tunis,publica a Germanm dè Berlim, con- em honra do tristemente celebre guer-'irniam os toWrainmas da capital da rilheiro Canbaldi, causou particular

Uma d'ellas, protestante, chegou adizer :

« Quem são os miseráveis que que-rem tirar ás pobres enfermas o em-blema da dòr ? >

Outras choravam, e outras, linal-mento, pediram alta.

Venceu a violência, e a imagem deJesus Cruciíicado foi banida da casadas dores e dos gemidos.

tím Langres houve uma impo-nenle peregrinação de penitencia, emhonra de Santa Philomena com a ap-provação do Prelado Diocesano e ben-ção do Summo Pontífice.

Conta o Courrier de lá Sommeque um impio paralvilhò de Ignau-court, por ódio á religião disparou aespingarda sobre uma imagem de Je-sus-Christo.

Para commemorar o dia 14 deJulho, o Diaire de Limoges trocou 0nome de Avènüe du Cr ucifi.v pelo deArenue Garibaldi.

A snbscripçâo aberta pelo Fi-(/aro, em favor das escolas livres, pro-duzio a importante somma de 1,055,382francos.

DIOCESE DE ANGRA 1)0 OOISMOFosta religiosa cm Villa NovaLè-se no Catholico:No domingo 18 do co-rente, realisou-

se em Villá Nova, a festa da'consagra-cão e a benção da Imagem de NossaSenhora tia Conceição, olferecida aquellaÉgrejá pelo benemérito lilho d'aquella,,.,,; ., v, jj„i'-«i '«.nu iwjütímeriu' uniu u.iuueia 36kiíometros de^compnmento, eus- fg W q ^ Jm ^^^ Jarâ uns4QQ milhões de francos e & residente no Rio de Janeiro,rajecto far-se-ha em. 3 quartos de Nada fallou para que CSta festa emhora. Hoje o vapor mais rápido gasta tudo fosse sumpfnosa.iioiaemeia.. gm

primeiro logar o admirável con-0 engennetro Verards remetteu {q dc ^jj^ e encau[os a for_seu-prqjecto^as sociedades scientificas mosissima ImagQm Compendia. E' umde Lrança, as câmaras syndicaes caos iinor com Ieto< Attrahe irresistível-conselhos geraes, que o approvaram \lh,nie. aúe a doVÜC;lo e. avir.completamente. 4 ujeEstava collocada em elegante pea-

nha sob uma formosa cupola, e circum-da Ia de. bem dispostos ornatos, entreos quaes sobresahiam as duas serpenti-nas e sacras oíferecidas pelo menino1'aphael Paulo,.filho do Sr. Azera.

0 templo pouco antes tão insuííicien-te, tão acanhado, está agora tão com-pletámente trausform,ado, bello, sum-ptuoso, um dos melhores dos nossoscampos ; e ostentava-se vestido de les-ta, ornado com gosto e esmero.

A missa foi de pontificai.0 Exm. Prelado, que na véspera che-

gára á freguezia onde fora recebido no- Em Dollay, preparavam-se grau- m':io M ^nsportes

da mais viva ale-des festejos para o ciia 4 do passado, |

".ría Iinr todo ° I)0V0' parecmter t^sone-anniversario da morte do venerava •cldo os setts incommoâos de saúde, e

NOTICIAS ESTRANGEIRAS

França

Na câmara municipal de Pariz houveuma renhida e tumultuosa sessão pro-vocada pelo projecto de trocar-se. onome da rua Bonaparte pelo de ruaGaribaldi.

— Querendo festejar o oitavario dafesta de 1,4 de Julho, o inqire de Hien-nes mandou arrombar as portas daegreja para illuminar a torre.

Vianney, Cura d'Ar durante todo o pontificai esteve com vi-gor muito animador, resultado, sem du-

tvU£sia, que acima dam ' >v impressão nos circulos de Vienna, cha-

A maioria da câmara municipal |vida. das puras delicias que aquellede Vigan votou a secnlansação das'acto lhe estava proporcionando,escolas publicas e a suppressão da con- Tomaram parte no pontificai osgrita dos dous coadjutores da parochia. j i>Vms. Srs. : Conegos Albertino e Ma-

Do dia 7 até o dia 11 do passado chado, ouvidor da Praia, Vigários dasdevia ter tido logar o congresso annual j Lag«*s. Agualva, Quatro Ribeiras, edas sociedades catholicas de operários, 1 Santa Barbara, e Curas de Villa Nova eem Autun, sob a presidência do Exm. Quatro Ribeiras

Servio de mestre de ceremotiias o;Rvd. Sr. secretario deS. Ex. Rvma.

Dispo d'aquella diocese— Falleceu, ultimamente, em Loi-

ret, 0 Sr. Serenuc, antigo construetor, j Manoel Maria da Costa, e assistiramo legou toda a sua fortuna calculadatS55»!S* sol,rePe,1Z0S' af,>ra os dousem dous milhões, á cidade de Orleans, |cujas rondas serão appliçadas om uni''

| acolytos.Foi orador da festa o nosso particular

asylo de>rphà">qu.- >ieveráser üri.rebomamigooüvd; Antônio Maria Fer-gidoporum sacerdote da escolha do |rclra' q»e< apresentou, como costuma,Bispo Diocesano. uma ^ag^nca oração, em que transiu-

T. '., ., . zia a sua viva tf cum vivo enthusiasmohoram muito concorridos os fu- religioso, do qual não se podia perderUm único pensa-

tudo escolhido, bel-neraes dohx.11, Sr. 1 tspo de Saint- mna udca lavraHrienc. ultimamente fallecido Presidio mcnt0) \c

— ta ceremoma o Lxm. Sr. Arcebispo de ]o c arrehatador..Mines, o asfB|.ram os hxnis. Srs A mi|si(.a do canto „ instrunlenta, foí

Í162 nt h ' r i ' - a",0S' dèsempenhàBamagistralmente

pela cjt-Soissons ejwrppol s, A nraeio fuu|- pèlla dè ue édireeforo nosso amigobre 101 proferida pelo Sr. lhspo de }5 dr0 de ..(lcan<ara.Assistio o Exm. chefe do districto eVannes.

— No hospital de Nimes deu-se um outros cavalheiros de representação,facto escandalosissimo. O administra- O povo era immenso.dor quiz arrancar por força o Crucifixo O vasto templo estava apinhado, bemque estava na enfermaria das mulhe-jeomo os logares que a procissão tinhares, e estas amotinaram-se e oppu-j de percorrer. Parece que de toda a ilhazeram-se a semelhante arbitrariedade, alli aílluio gente.

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4 SEXTA-FEIRA 1 DE SETEMBRO I)E 1882

Os caminhos estavam enthusiastica-mente enfeitados, havendo a espaçosreguiares mastros embandeirados liga-dos por um grande cordão de bandeirasquo se prolongava até a praça onde ter-minaria a procissão. Sahio esta depoisdo acto da con sagração feito pelo Rvm.Vigário, quo em breves mas eloqüentesphrases, se congratulou com o seupovo, expandindo a alegria quo lhe iana alma.

Uma philarmonica acompanhou aprocissão.

Deve estar satisfeitíssimo o digno Vi-gario d'aquella freguezia o \l\\\. LuizCoelho Barcellos.

Foi S. S. quem despertou no Sr. Aze-ra a idéa de enriquecer a sua Egrejanatal com urna Imagem de Nossa Se-nhora.

O Sr. Azera dando expansão á suasolida piedade foi muito além do que oRvd. Vigário podia esperar. Não só lheresponde euviaodo-lhe um primor dearte na melhor imagem da Conceiçãoque a ilha Terceira fica possuindo, masjuntamente dinheiro para se erigir urnacapella própria c alguns outros objectospara o culto.

O Rvd. Vigário exultando de júbiloemprehende uma collossal obra, des-portada por estas offertas, e resolvetransformar a sua Egreja ! Põe mãos áobra. Põe em acção o seu zelo e illus-tração e em tão boa hora que hoje tema sua Egreja completamente transfor-mada, bella e esbelta, em tudo dignado culto catholico, tendo razão para ex-clamar no intimo regosijo da sua alma:Nunc dimittis servum tuumDomina.

Associamo nos ao seu justo regosijoe d'aqui lhe endereçamos os mais sin-ceros e cordiaes parabéns.

Igualmente felicitamos o Sr. Azera,não só pelos sentimentos de verdadeirapiedade que lhe fizeram acolher a sup-plica do seu digno Parocho, mas aindapela felicidade e magnificência omque correspondeu á essa supplica.

Procedimento tal enobrece, distin-gue immenso quem o tem.

A'quelle monumento de fé c encantosfica ligado o nome do Sr. Azera comoum exemplo a imitar, como uma provaeloqüentíssima (leque a fé solidamenteillustrada não se perde em parte ne-nhuma, por mais fortes que sejam oslaços que contra ella se armem.

Oxalá quo os nossos conterrâneosresidentes no Brazil aprendam do Sr.Azera exemplo tão nobre, tão eloquen-te,tão próprio das almas, bem formadas.

Louvores, mil louvores a S. S. e aoseu digníssimo Parocho.

S. Ex. Rvma. retirou-se para a ci-dade depois de recolhida a procissão,deixando no meio d'aquelle bom povoas mais vivas saudades.

Durante a sua estada n'aquella fre-guezia foi hospedado na bella casa doRvm. Vigário, a qual se achava des-lumbrantemente preparada para rece-ber tão illustre hospede.

Consta-nos, que o Exm. Prelado dei-xára nas mãos do Rvm. Vigário a es-mola dè 3Òg [.ara auxiliar as obras darecdificaçào da egreja, além de outraspequenas esmolas para os pobresd'aquella freguezia.

POESIAS

Mysterio e crença

On ! n'este momentoSe esvai o tormentoEm doce lamento,Em car mes de dor;A aragem murmuraAlém, na espessura,Trazendo ventura,Conforto no odor!

O meigo pa pinhoTrinando, sosinho,Em brando raminhoBemdiz o Senhor;Exulta! Que encantoOuvindo este canto,Sublime e tão santo,D infiudo louvor 1

Minh'alma se agitaiDe gôso palpitaN'est'hora hemditaQue a terra reluz!As auras perpassam,As plantas se abraçamAs flores so enlaçamAos pés de uma cruz!

Na praia arenosaA onda amorosa.D'encantos saudosa,Vai triste morrer;Seu éco desperta,Na areia deserta.0 nau ta que, alerta,Foi lá fenecer!...

Que hora tão magaE' esta. quo apaga0 pranto que alagaA fronte pendida!...A crença me guiaNa.triste agonia,Sorrindo m'enviaDocuras na vida 1

«S

Ai! como minh'almaAo tôl-à se acalma,Pedindo uma palmaDo throno de Deos !Eu creio nas floresNos gratos odores,Nos divos primores,Na terra, nos céos!

Joaquim Pestana..

tinuou a desenvolver-se sem intervémcão da enfermidade.

Depois dc varias experiências d'estaordem, durante mais de seis mezes, osparasitas foram introduzidos na circn-laeão de animaes sãos, de distinetasespécies; em todos os casos absoluta-mente a inoculacão foi seguida da re-producção do parasita e a sua dege-neração da enfermidade originaria. ^o Dr. Kock praticou também a in-jecçào em três coelhos; em um, nohumor aquóso com sangue humano; osoutros dous foram inoculados de igualmodo, mas com sangue que continhaparasitas originários de um pulmãoenfermo, recreados artificialmente du-rante 90 dias.

Pas-ados 28 dias mataram-se oscoelhos, vendo-se que o primeiro es-tava inteiramente são, e que os ou-tn s dous tinham os pulmões cheiosde tuberculos.

A temperatura a que podem desen-volver-sé os parasitas tuberculosos,segundo o celebre medico allemão, é de8G° Farenheita 101°.

Taes são as importantes observa-ções do Dr. Kock que podem conside-rar-se como um principio de um trium-pho sobre a terrível enfermidade quetanta morte causa.

VARIEDADES

Origem da tysica

0 afamado Dr. Kock, de Berlin, temrealizado ultimamente trabalhos scien-tificos de grande alcance, destinados ademonstrar que a tysica é devida a ani-malculos que pairam em actividade SO'

TRANSCIUPGÃO

Os jesuitas, as sciencias e asartes

Foi Francisco Lana-Terzi, jesuita,quem inventou os aerostatos, e expli-cou no seu livro Mágisterium naluraeet artis e no Podromo di alcune in-venzioni únouc, o segredo : quem en-si nou a transformação dos metaes;quem inventou o semeador de que Tullem 17.'13sedeu por inventor, e que hojese usa com grande proveito em toda abre os órgãos pulmonares; e deu conta ,, ., , ,

d'esscs trabalhos em um importante íLurüPa; W*& inventou o methodo dediscurso que o seu collciça John Lian- ensinar a fallar e escrever os surdos-

mudos dc nascenca, e que fez muitosoutros descobrimentos imporlantissi-

igadali resurnio no Times. '

0 distineto clinico, que pelos seusconstantes estudos e acertados traba-j mí}?\ T, .. _ _lixos, soube tornar-se notável em pouco F,01 Bartholomeu Uisrnao jesuíta,tempo e elevar-se dc medico rural a fa- *?#«©$§ W? mn ^r nem ter conhe-cultàtivo do governo na direcção dalcim?n^.^ obras dc Lana-Terzi, in-hygiene publica de Berlin, explanou oi ventou também os aerostatos, servm-tíiema dc geral e grande interesse : dP:sc dc processos muito diflerentes aos4 Causas e origens da tuberculose. „já inventados, e lançou o primeiro aoCom estes novos dados a medicina pòdcl **-r coin feliz cxito.emprchender uma verdadeira cruzada! ?W.Gastoa .Pardies' Jesuita' <\™mcontra essa doença, o mais terrível ria-1 Pnincir,° ^tí(i ninguém estudou a appli-gello da humanidade ca?a0 "a 'Qocnamca aos navios, pres-

Segundo o Dr. Koch a causa do con- {*ná? por isso importantíssimos servi-jtagio d'essá enfermidade estriba-se'(-'°^a.nTau , a;,TT . . ..'principalmente

na transmissibilidade,! , l*oi Paulo L Hoste, jesuíta, professor1 até por meio daexpectoraeão, do para- d<3 mathematica na escola real de Tou-sita, que tem uma fôrma redonda eilan' ^\cm P°2 cm Prahca as theorias

! chata, que infesta os tuberculos e que é c °Ti arcncs.perfeitamente perceptível com o micros-

'I , lomú FonvW c Peschalès, quem

copio, em todos os casos. jderam f. Primeiras noções sobre hy-Diz o illustre medico drographia e navegação, demonstra-

.... ,¦-.":. das por princípios.h «Se a gravidade de urna moléstia Nicoláu z-cllj féfófá predador elodeve estabelecer-se pelo numero dc vi- qiientissimo, mathomatico illustre e as-etimas que produz, as maiores pragas. tron0lim (oi quem aperfeiçoou o tolos-dahumamdade,jiaoexceptuando a co-;CODÍO) morccOM(lo p0P i^o" ser cantadolera e a peste sao secundarias, compa- pe]() sabiü Ca^ini g mui(os sabios h;iradas com a tysica. | quc lho alttibúem o invento do telesco-Assegurou que a sétima parte;das pio.catápcfiço.

pessoas que morrem sao victimas da; líircher, que foi respeitado por todosenfermidade tuberculosa e que, em re- pelo seu talento phenomenal, que tra-gra geral, orna terça parte dos que fal-j baínou em diversos ramos das sciencia,leçem na juventude, desapparecem porje inventou o processo para se escrevercausa de tão implacável moléstia.

Disseque quanto allirmava eraresultado dc experiências prévias do inocu-

de forma que todos pudessem ler nasua lingua. era jesuita.

Foi RiCcipli, jesuita. que depois delação c de outras que o levaram a longo e aturado trabalho, descobrio ecrear o parasita por meio de processos designou por nomes as diflerentes man-artiíiciaes, para demonstrar o c nta-gio da enfermidade e rebater a opiniãodos que dizem que ella se produz poralgum vírus que o órgão arlectado cn-gendra.

Com a expec to ração de um homernque tinha tuberculos no pulmão inje-ctou elle uma substancia muito cuida-dosamente preparada, para proporcio-nar alimento ao parasita, o que lhedeu occasião de os ver crescer e mulíiplicar. Da geração oblida collocou umexemplar em matéria sã que não tar-dou a apresentar o contagio, com aparticularidade dc que o parasita con-

chás da lua ; que de camaradagem comGriinaldi. jesuitatámüera-, augmentouquinhentas e cinco estrèllas ao cata-logo de Kepler ; e que estudou c expli-cou a diítVacção e as cores dá lua.

Kiecatti, jesuíta, creou a álgebratranscendente.

Scheiner, jesuita, observou muitoantes de Galiléo as manchas do sol.

Vieira, portuguez; Segueri e Borda-lono, principes da eloqüência sagrada,eram jesuitas. Os sabios Petavio, To-leuo, Sálmèróri. Soares, A. Lapide emuitos outros escriptores cujas obrasbastariam para opnlcntar uma biblio-

theca, eram jesuitas. Mabillone Pape-brotk, fundadores da diplomacia, eramjesuitas.

Entre outros, Fernando KriinerShmiut, «Toso d'\lbert, Jacqués WieVtner e Domingos Morriel, que fizeramdar um passo agigantado e firme á his-toriae á sciencia, eram jesuitas.

Briet, Gordòn, JaçqueYMeiebranchee outros, jesuitas, estudaram e expli-carain chronologia. Chamillar, PauloXavier, ('11111101, Eckel, e muitos ou-tros jesuitas, dedicaram-se á numisrna-tica.

Jacques Courtois, José Valeriano,Dandini, André Pozzo, Castigniolli, Da-niel Seghers e muitos outros fizeramprodígios em pintura.

Fiaminieri, csculptor afamndo ; VA-mond Massé, Francisco de Ratit e os ir-mãos Matlange, arçhitectos de grandemerecimento; Ventavon, relojoeiro dis-tineto; Erasmo Marotta, musico ceie-bre; Christophe Matter, medico abali-sado, o outros muitos, eram josuitas.

Houve finalmente na Companhia deJesus historiadores irreprehensivcis,analystas, lexicographos,pintores, poe-tas, litteratos, cstylistas, jurisconsul-tos, metallurgistas. metaphisicos, agro-pomos, inventores e aperfeiçoadoresque escreveram obras que quasi seriaimpossível enumerar, sobre tudo e arespeito de tudo,e que cada vez mais seauetorisam.

Foram verdadeiramente os jesuitasquem construíram o templo da .-ciência,templo que ha de permanecer com todaa sua belleza emquanto o mundo fòrmundo. E' em frente d'este templo ma-gestoso que todos os sabios curvamrespeitosamente a fronte. E' d'elle queirradia a luz que nos illumina e instruoa todos.

E" um monumento bem maravilhosoeste!!

Eeis a razão porque o jesuíta não es-q ii eco nem pôde ser esquecido em tem-po algum.

ANNUNCIOS

RICARDO RANGEL DOS SANTOSQÃLFAIATE

165 RUA DO HOSPÍCIO 165

TYPOGRAPHIAMffMMM

Possuindo duas cxccl-lentes machinas c variadacollecção dc typos, cucar-rega-se de qualquer traba-lho typographico, comoseja cartões de visita e com-merciacs. cireulares, cartasde convite, dc participaçãoc de enterro, avulsos, fac-tu ras, preços correntes,tabellas, catálogos, memo-riaes, compromissos, thc-ses, relatórios, folhetos,etc, etc.

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