ANO 11 – Nº 2150 – SÃO PAULO, 09 DE FEVEREIRO DE 2008 …

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ANO 11 – Nº 2150 SÃO PAULO, 09 DE FEVEREIRO DE 2008 R$ 2,00 www.jornalnippak.com.br Toyota do Brasil comemora 50 anos de atividades A Toyota do Brasil está comemoran- do cinqüenta anos de atividades no País. Por cinco décadas vêm fortalecendo sua presença no mercado nacional. Do primeiro Bandeirante à moderna fábrica instalada em Indaiatuba (SP), pas- sando pelo Centro de Dis- tribuição de Guaíba, na Grande Porto Alegre, a montadora conquistou uma excelente reputação entre seus clientes pela qualidade, durabilidade e confiabilidade de seus produtos e serviços pós- vendas. Em 2007, bateu seu recorde histórico de vendas no Brasil com a comercialização de 72.024 unidades, o que re- presenta crescimento de 3% no comparativo com o ano passado, quando fo- ram vendidas 69.709 uni- dades. Para marcar a data his- tórica, a Toyota adotou o tema “Ampliando Hori- zontes”. O pontapé das co- memorações aconteceu no dia 30 de janeiro, com uma cerimônia na Sala São Paulo, na capital paulista, na qual esteve presente o chairman honorário e membro do Conselho da Toyota, Shoichiro Toyoda, filho do fundador da Com- panhia, Kiichiro Toyoda. A festa contou ainda com o presidente da Re- pública Federativa do Bra- sil, Luiz Inácio Lula da Sil- va e diversas autoridades como o governador de São Paulo, José Serra; e o pre- feito da cidade de São Pau- lo, Gilberto Kassab, além de líderes da comunidade nipo-brasileira. Também estiveram presentes os principais executivos da Toyota Mercosul: o presi- dente Shozo Hasebe e os vice-presidentes seniores Luiz Carlos Andrade Junior e Tsuneo Itagaki. Os 50 anos de Toyota do Brasil também serão marcados, durante todo o ano, por shows musicais e atividades ligadas ao meio ambiente e à responsabi- lidade social. Ainda no pri- meiro semestre de 2008, a planta de Indaiatuba (SP) dará início à produção da décima geração do Co- rolla, o automóvel mais vendido no mundo em to- dos os tempos. FOTOS: DIVULGAÇÃO De pequena produção em 1958, com os primeiros Bandeirantes, à linha de montagem atual: segurança produtividade e pensamento no futuro são as marcas de sucesso da montadora japonesa no Brasil

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ANO 11 – Nº 2150 – SÃO PAULO, 09 DE FEVEREIRO DE 2008 – R$ 2,00www.jornalnippak.com.br

Toyota do Brasil comemora50 anos de atividades

AToyota do Brasilestá comemoran-do cinqüenta

anos de atividades no País.Por cinco décadas vêmfortalecendo sua presençano mercado nacional. Doprimeiro Bandeirante àmoderna fábrica instaladaem Indaiatuba (SP), pas-sando pelo Centro de Dis-tribuição de Guaíba, naGrande Porto Alegre, amontadora conquistouuma excelente reputaçãoentre seus clientes pelaqualidade, durabilidade econfiabilidade de seusprodutos e serviços pós-vendas. Em 2007, bateuseu recorde histórico devendas no Brasil com acomercialização de72.024 unidades, o que re-presenta crescimento de

3% no comparativo com oano passado, quando fo-ram vendidas 69.709 uni-dades.

Para marcar a data his-tórica, a Toyota adotou otema “Ampliando Hori-zontes”. O pontapé das co-memorações aconteceuno dia 30 de janeiro, comuma cerimônia na Sala SãoPaulo, na capital paulista,na qual esteve presente ochairman honorário emembro do Conselho daToyota, Shoichiro Toyoda,filho do fundador da Com-panhia, Kiichiro Toyoda.

A festa contou aindacom o presidente da Re-pública Federativa do Bra-sil, Luiz Inácio Lula da Sil-va e diversas autoridadescomo o governador de SãoPaulo, José Serra; e o pre-

feito da cidade de São Pau-lo, Gilberto Kassab, alémde líderes da comunidadenipo-brasileira. Tambémestiveram presentes osprincipais executivos daToyota Mercosul: o presi-dente Shozo Hasebe e osvice-presidentes senioresLuiz Carlos AndradeJunior e Tsuneo Itagaki.

Os 50 anos de Toyotado Brasil também serãomarcados, durante todo oano, por shows musicais eatividades ligadas ao meioambiente e à responsabi-lidade social. Ainda no pri-meiro semestre de 2008,a planta de Indaiatuba (SP)dará início à produção dadécima geração do Co-rolla, o automóvel maisvendido no mundo em to-dos os tempos.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

De pequena produção em 1958, com os primeiros Bandeirantes, à linha de montagem atual: segurança produtividade e pensamento no futuro são as marcas de sucesso da montadora japonesa no Brasil

2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 09 de fevereiro de 2008

RAIO – X

Área total – 1.776.000m²Área construída – 83.500m²Início das operações – Setem-bro de 1998Número de colaboradores –2.000Atividade – Produção do NovoCorolla e Novo Corolla FielderLocalização – Indaiatuba, SãoPaulo

Em Indaiatuba, uma parceriaque se solidifica com o tempo

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

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Inaugurada oficialmente em1998, com a produção doprimeiro Corolla brasileiro,

a unidade de Indaiatuba (SP)está completando 10 anos deuma parceria bem sucedida.Nela foram investidos 500 mi-lhões de dólares e, atualmen-te, a fábrica gera 800 empre-gos diretos. E se depender doprefeito de Indaiatuba e presi-dente do Conselho de Desen-volvimento da RMC (RegiãoMetropolitana de Campinas),José Onério da Silva (PDT), ocasamento promete durar.

“Para nós é extremamenteimportante a presença da To-yota no município. Trata-se damaior empresa geradora de ri-queza, não só em termos dearrecadação, mas também noque se refere à questão daempregabilidade”, disse JoséOnério, que cumpre seu pri-meiro mandato.

Para o prefeito, a instala-ção de uma montadora do porteda Toyota na região “é positi-va para os dois lados, comodeve ser uma parceria”. “Epara a população é extrema-mente salutar. Todos saemganhando”, explica JoséOnério. “Apesar de contarcom uma unidade no Rio Gran-de do Sul, a presença da To-yota em Indaiatuba consolidaa imagem da empresa no Paísporque a região de Campinasé hoje um importante centro deempregabilidade. Somos gra-tos pelos investimentos dos ja-poneses e esperamos mais”,

obra. Será edificado em áreapública de 22.273 m², entre asruas Irineu Rocha Ribeiro eMartinho Lutero, trecho conhe-cido como “cabo da espingar-da”, e terá, além do complexoaquático com piscina aquecidasemi-olímpica, quadras polies-portivas, campos de areia parafutebol e vôlei, bocha eplayground, totalizando 619 m²de construção.

As dependências adminis-

comemora José Onério, lem-brando que a atuação da mon-tadora em Indaiatuba não serestringe à economia.

“Também temos projetosna área social e meio ambien-te, como o plantio de árvores”.No social, o prefeito e o presi-dente da Toyota do BrasilMercosul, Shozo Hasebe as-sinaram, no final do ano pas-sado, protocolo de intenções detrês grandes obras para a co-munidade de Indaiatuba: Par-que Corolla, novo Acesso à SP75, que interligará bairro-pistana altura da planta Toyota deIndaiatuba e recapeamento daestrada de acesso à planta.

De acordo com os parcei-ros, a proposta vem sendo es-tudada há algum tempo, já quePrefeitura e Toyota objetivamdesenvolver novos projetos delazer e esportes no JardimMorada Sol.

“Desde o início do mandatobuscamos parceiros para a cons-trução de um centro esportivopara o bairro e, enfim, vamosexecutar este e muitos outrosprojetos, inclusive sociais. Lá te-remos esporte, lazer, recreaçãoe, em área bem próxima, umaunidade do Cras [Centro deReferência da Assistência So-cial]”, lembrou José Onério.

Agradecimento – O ParqueCorolla consiste na construçãode uma área de esportes elazer em que iniciativa privadasubsidia todo o material e o ór-gão público fornece a mão-de-

trativas abrigarão quadras, ves-tiários masculino e feminino,mini academia e outra novida-de para a população do bairro:uma área de eventos com pal-co para múltiplas apresenta-ções. A obra está orçada emR$ 710 mil e todos os projetosexecutados no local serão ge-ridos pela Prefeitura.

A parceria também con-templa a abertura de uma ruaque permitirá à população do

Jardim Morada do Sol o aces-so mais rápido e seguro à Ro-dovia SP 75, na altura da em-presa. Hoje, muitos trabalha-dores usam atalhos.

Para essa obra a Toyotaestá destinando uma área parapassagem desse acesso queinterligará o Jardim Moradado Sol à SP 75. Com isso, aempresa beneficia não só oscolaboradores como toda a po-pulação da região que diaria-mente usa a Rodovia no tre-cho próximo à Toyota.

A parceria com a Toyotatambém permitirá que a Admi-nistração Municipal executemais um importante projetopara o bairro Morada do Sol.Próximo ao Parque Corolla, aPrefeitura deve construir maisuma unidade do Cras, com189,95 m², orçada em R$79.852,00. “Essa Unidade de-senvolverá projetos sociais noformato do Cras do OliveiraCamargo que hoje realiza umtrabalho referência em assis-tência social no Estado, e ain-

da teremos a participação daToyota que presenteará o bair-ro com os seus projetos soci-ais”, relata José Onério.

“As obras já estão em an-damento e a previsão é deentregá-las até o final de mar-ço, isto é, se as chuvas não atra-palharem”, explica o prefeitoJosé Onério, acrescentandoque a parceria com a Toyotase estende também no esporte,através de doações de materi-ais esportivos, e na cultura, coma co-promoção de eventos ar-tísticos no município.

(Aldo Shiguti)

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Planta foi inaugurada em 1998 com a produção do Corolla. Com mais de 1 milhão de m2, hoje fábrica gera mais de 800 empregos

Prefeito José Onério com Shozo Hasebe: parceria bem-sucedida Maquete do Parque Corolla: obra está orçada em R$ 710 mil

São Paulo, 09 de fevereiro de 2008 JORNAL NIPPAK 3

Cerimônia de cinqüentenário reúneautoridades políticas e lideranças nikkeis

Centro de Guaíbarealiza ações

junto à comunidade local

Inaugurado em março de2005 com um investimentoinicial de R$ 10 mi, o Centrode Distribuição da Toyota emGuaíba, na região da Gran-de Porto Alegre (RS), é con-siderado estratégico e extre-mamente importante pelamontadora japonesa. Desdeque entrou em operação, oCentro de Distribuição per-mitiu à Toyota reduzir à me-tade o tempo de importaçãode veículos da Argentinapara o Brasil. Um veículoque via marítima levava emmédia até 30 dias para che-gar à concessionária partin-do de Zárate, na Argentina,leva hoje em torno de 15dias.

Até o final de 2004, a To-yota trazia veículos e peçasda Argentina para o Brasilpelo Porto de Vitória (ES),que continua servindo comobase para a distribuição dosautomóveis e utilitários Toyo-ta importados do Japão.

Atualmente, a Toyota doBrasil representa o primeirolugar em arrecadação deICM (Imposto sobre Circu-lação de Mercadorias) domunicípio, com 41,13% se-gundo dados da Prefeitura de

Guaíba. A unidade possui umpátio, um escritório e umgalpão industrial, onde a To-yota realiza operações nosmodelos Hilux e SW4 vindosda planta de Zárate, na Ar-gentina, para que estes seadaptem à legislação brasilei-ra. A instalação é utilizadatambém como apoio logísticona distribuição desses veícu-los para o Brasil.

Comunidade – A unidade deGuaíba realiza também açõesjunto à comunidade local. Em2006, por exemplo, patrocinoua Feira do Livro de Guaíba, omaior evento municipal emnúmero de pessoas. No mes-mo ano aconteceu o patrocí-nio da Semana Farroupilha deGuaíba, evento que faz parteda principal atração do calen-dário oficial do Estado do RioGrande do Sul, a SemanaFarroupilha.

RAIO-X

CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO TOYOTA EM

GUAÍBA (RS)

INAUGURAÇÃO: 09/03/05

INVESTIMENTO INICIAL: R$ 10

MILHÕES

TERRENO: 58 MIL M²

ÁREA CONSTRUÍDA: 2,5 MIL M²

Em 2007, a Toyota bateuseu recorde histórico de ven-das no Brasil com a comerci-alização de 72.024 unidades, oque representa crescimento de3% no comparativo com o anopassado, quando foram vendi-das 69.709 unidades. É a pri-meira vez que a montadoraatinge volume de vendas su-perior a 70 mil unidades noPaís.

“A marca histórica de ven-das representa o reflexo do tra-balho que a Toyota vem reali-zando no País e é uma provade que estamos conquistandocada vez mais a confiança dosconsumidores brasileiros”,afirma Luiz Carlos AndradeJunior, vice-presidente sêniorda Toyota Mercosul.

A Hilux impulsionou o re-sultado da Toyota em 2007.No acumulado do ano, a mar-ca comercializou 19.344 uni-dades da picape média (recor-de), um crescimento de 11%no comparativo com 2006(17.389 unidades). A Hilux élíder absoluta entre as picapesmédias equipadas com motordiesel, detendo 39% do mer-cado.

O utilitário esportivo SW4também contribuiu fortemen-te com o recorde da Toyota. Amarca vendeu, entre janeiro edezembro de 2007, 7.069 uni-dades do modelo, resultado

Toyota bate recorde históricode vendas no Brasil

14% maior do que o registra-do no mesmo período de 2006.O SW4 lidera o segmento deutilitários esportivos médios,com 35% de participação. Seconsiderados apenas os utilitá-rios esportivos equipados commotor diesel, a supremacia doveículo é significativa: 50% domercado.

O Corolla, cuja próximageração será lançada duranteo primeiro semestre de 2008,fechou seu último ano comple-to de vida na segunda coloca-ção entre os sedãs médios,com 22 de participação

“Raramente viu-se na his-tória da indústria automotiva na-

cional um veículo de tamanhosucesso como o Corolla atual,que, mesmo no final de ciclo devida da geração corrente, man-tém um excelente volume devendas, consolidando-se comoa compra mais inteligente dosegmento. E os clientes que ain-da desejam comprar o nossoCorolla nos próximos mesesfarão um grande negócio, poisse trata de um produto atual,confiável, durável, que terágrande liquidez futura e exce-lente valor de revenda”, com-pleta Andrade.

Já a Fielder atingiu vendasde 8.511 unidades, mantendoa liderança absoluta entre os

station wagon médios (51,7%de participação no mercado).

Importados – A Toyota tam-bém conta, dentro de sua linhade produtos, com os seguintesveículos importados do Japão:RAV4 (utilitário esportivo com-pacto), Camry (sedã de gran-de porte), Land Cruiser Prado(utilitário esportivo de grandeporte), além dos luxuosíssimossedãs da marca Lexus ES350e LS460L.

A soma da comercializaçãodesses modelos atingiu, em2007, 2.644 unidades, o que re-presenta crescimento de 38,2%em comparação com 2006.

Sedã Corolla completa 22 anos no Brasil e consolida-se em segundo lugar na sua categoria

DIVULGAÇÃO

ookoso Brasil niirashai mashita”.A saudação, em

japonês, foi feita pelo presiden-te Luiz Inácio Lula da Silva nodia 30 de janeiro, durante ceri-mônia de comemoração dos 50anos da Toyota no Brasil. Oevento, realizado na Sala SãoPaulo, contou com a presençado chairman honorário e mem-bro do Conselho da Toyota,Shoichiro Toyoda, filho do fun-dador da companhia, KiichiroToyoda, e os principais execu-tivos da Toyota Mercosul: opresidente Shozo Hasebe e osvice-presidentes seniores LuizCarlos Andrade Junior eTsuneo Itagaki.

Além do presidente Lula,Shozo Hasebe recebeu mais de1000 convidados, entre autori-dades, concessionários, empre-sários e representantes da co-munidade japonesa. Tam-bém estiveram presenteso governador de SãoPaulo, José Serra, o pre-feito de São Paulo, Gil-berto Kassab, e a gover-nadora do Rio Grande doSul, Yeda Crusius.

A noite de gala, queteve como tema “Ampli-ando Horizontes”, foiabrilhantada com apre-sentações de Toquinho,que executou ao vivo ohino nacional brasileiroantes dos discursos; Mil-ton Nascimento eRoberta Sá. O serviçode buffet ficou por con-ta do Fasano e do orien-tal Takô. O mestre decerimônias foi o apre-sentador da Rede Globo,Márcio Gomes.

Em seu discurso,Shoichiro Toyoda desta-cou que “é um grandeorgulho participar dacerimônia de 50 Anos daToyota do Brasil”.“Quando nos instalamosaqui, em 1958, a Toyotado Japão era uma pe-quena montadora de au-tomóveis. E hoje fico fe-liz em ver o desenvolvi-mento da Toyota nomundo e observar que oBrasil acompanhou essecrescimento”, disse opresidente da ToyotaMotor Corporation.

Já Shozo Hasebelembrou que há doisanos foi nomeado presi-dente da Toyota do Mer-cosul. “Ao chegar aqui,fiquei surpreso e encan-

tado em encontrar pessoasmotivadas e felizes em esta-rem na empresa. Por isso, éuma grande honra participardeste evento”, ressaltou.

Para o governador paulis-ta, “os 50 anos da Toyota emSão Paulo, os 50 anos da To-yota no Brasil expressam mui-to bem a confiança históricaque ela deposita em nosso paíse nos brasileiros”. “Represen-ta também o aporte de tecno-logia, criação de oportunidadede trabalhos e geração de ri-queza”, disse o governador du-rante a celebração.

Serra, que associou a pre-sença da Toyota no Brasil àscomemoração dos 100 anos daimigração japonesa no País,disse que a empresa represen-ta sorte para o Brasil. “A To-yota é associada à boa sorte,

porque chegou ao País em1958, ano em que o Brasil ga-nhou a Copa do Mundo pelaprimeira vez”.

Em japonês – Diferentemen-te da solenidade que abriu ofi-cialmente o Ano do Intercâm-bio Brasil-Japão, realizado noPalácio Itamaraty, duas sema-nas antes, quando participou doevento, mas não discursou,Lula saudou os executivos daToyota com uma frase em ja-ponês: “Yookoso Brasil niirasshai mashita” (“Bem-vin-do ao Brasil”).

Em seu discurso, o presi-dente ressaltou a importânciade estreitar as relações entreo Brasil e o Japão. “Está nahora de estreitarmos as rela-ções de maneira mais sólida.O povo mostra que a distância

entre os dois países não é mo-tivo para que não exista umarelação mais calorosa”, afir-mou o presidente.

Lula lembrou que, na déca-da de 60, o Japão foi um dosgrandes investidores no Brasil.E enquanto os dois países seafastaram em termos de mer-cado, os povos se aproximaram:“Os brasileiros começaram afazer um colorido especial nasruas de Tóquio e Nagoya.”

O biocombustível foi cita-do no discurso pelo presiden-te, ao afirmar que a introdu-ção, sobretudo do etanol, noJapão pode iniciar uma parce-ria: “Penso que o Japão, já queo Protocolo de Kyoto foi assi-nado lá, não pode deixar de daressa contribuição ao planeta,construindo essa parceria”.

O presidente afirmou ain-da que a Toyota terá que fa-zer muitos investimentos paraatender à demanda de consu-mo do Brasil e citou o aumen-to de crédito no país. “Estamosbatendo um recorde de vendade carros no país. Se quiseremcrescer mais, todas as empre-sas terão que fazer investimen-tos ou fazer um terceiro turnopara que consigamos atenderà demanda. O crédito no anopassado foi de 34% do PIB[Produto Interno Bruto]”, des-tacou o presidente, lembrandoque “fiz minha primeira viagemao Japão, em 1978, a convitedos trabalhadores da Toyota,e hoje me sinto identificadocom a cultura japonesa”. “Te-nho certeza que, se a Toyotavendeu mais de 72 mil carrosno Brasil em 2007, vai vendermais em 2008 e mais em2009”, destacou Lula.

Shozo Hasebe, presidente da Toyota Mercosul durante discurso Shoichiro Toyoda, presidente honorário da Toyota Motor

IDÁRIO CAFÉ

“Y

Presidente Lula enalteceu força de montadora

NIKKEY SHIMBUN

4 JORNAL NIPPAK São Paulo, 09 de fevereiro de 2008

De pequena produção a líderde segmentos no Brasil em 50 anos

Quando um novo veícu-lo sai de fábrica eganha as concessioná-

rias em qualquer parte do mun-do, o burburinho é tamanho queas montadoras sentem instan-taneamente o “clima” provo-cado frente aos consumidores.Pois se agora um lançamentomexe com o mercado, há 50anos quando um carro novoganhava as ruas era pratica-mente impossível passar desa-percebido.

Foi assim com o primeiromodelo fabricado pela Toyotano Brasil, o Bandeirante. Cons-truído para durar longos anosproduzindo lucros para seu pro-prietário – era assim descritono seu manual de proprietário,não chegou a ser desmentidapelos donos do carro, que tinhafama de poder rodar 1 milhãode quilômetros sem abrir o mo-tor. Seu nome indicava que “erapau pra toda obra” e “que nadae ninguém podia deter o utilitá-rio”.

“Lembro-me bem quandomeu pai adquiriu o Toyota Ban-deirante. Todos achavam umaverdadeira ‘máquina’ na rua,era impressionante”, relembrao comerciante Oswaldo Kijiro,hoje com 75 anos e um dos quese considera “toyoteiro” deplantão. “Por ter essa carac-terística marcante é que nun-ca abandonei meus Bandei-rantes. Eu mesmo tive cinco.Agora, tenho só um, que cuidocomo se fosse meu filho”,complementa.

Diferentemente do imagi-nado, ainda é possível ver Ban-deirantes rodando pelas ruasdo Brasil. Especialmente nointerior dos Estados, pois é láque ele mostra todo seu vigorpara subir e descer estradas de

terra, bem como transportarcargas rurais. Kijiro, que é pro-dutor rural no interior de SãoPaulo, confirma a fama de va-lentão do Bandeirante. “O meué 1979 e meu eterno compa-nheiro de serviço, de lazer, paratodas as ocasiões. Não trocomeu ‘azulão’ [apelido dado aoBandeirante de cor azul] pornada. Até minha mulher àsvezes tem ciúmes dele”, brin-ca.

Lançado justamente parase adaptar ao solo brasileiro, oToyota era um jipe de 3,83metros de comprimento, 2,28metros entreeixos e 1.450 kgde peso. Podia acomodar seispessoas em dois assentosinteiriços, enquanto dois ban-cos traseiros laterais aumen-tavam a capacidade para setea nove pessoas.

Devoção - Para entender omotivo para tamanha devoçãoao utilitário da Toyota – embusca na Internet ou em sitesde relacionamentos é possívelencontrar desde jipeiros a co-lecionadores do Bandeirante,

sem contar site especializadosem compra e venda, além deoficinas especializadas somen-te no modelo – é preciso co-nhecer a própria história domodelo, que se funde com ada própria montadora no País.

Antes de desembarcar noBrasil, o jipe já era conhecido,pois os primeiros chegaram noinício dos anos 50, importados.Em 1958, a Toyota do Brasil

assumiu a montagem dos LandCruiser, nome pelo qual seus ji-pes eram conhecidos no mun-do. Naquela fase, o motor eraum seis-cilindros a gasolina,substituído três anos depois pelodiesel Mercedes-Benz OM-324. Em maio de 1962, já bati-zado como Bandeirante, passoua ser fabricado no Brasil.

A produção da carroceria,terceirizada, era feita na

Brasinca, até 1968. O teto delona era opcional, assim comoa capota de aço, vendida apartir de 1963, semelhante à domodelo acima, um Bandeiran-te 1979 que estava à venda nomês de abril na Jardineira, tra-dicional loja paulista especi-alizada em veículos antigos.Também em 1963 foi iniciadaa produção da versão picape.

O modelo impressionavapelo porte maior que o do jipeWillys e pela austeridade de suaslinhas. Na prova de aceleração,parte do teste publicado na edi-ção de setembro de 1978 darevista Quatro Rodas, a primei-ra marcha foi descartada aolongo dos 29,7 segundos gastospara sair da imobilidade e atin-gir os 100 km/h. A velocidademáxima manteve a coerênciae não passou dos 107 km/h.

Certas características, ina-ceitáveis em outras categori-as, não chegam a tirar pontosdo Bandeirante. Depois de es-calada a cabina e acionado omotor, os ocupantes eram re-cebidos com “aquela” vibra-

Modelo Bandeirante era distribuído em várias cidades do Brasil e tinha fama de força e durabilidade

DIVULGAÇÃO

‘Meu Bandeirante’: primeiro veículo da Toyota no Brasil ainda possui fiéis seguidores

Contar a história de umamontadora não é tare-fa das mais simples.

Especialmente quando falamosda Toyota, empresa japonesaque, ao longo do tempo, gal-gou posições no mercado ecravou definitivamente seunome dentre as grandes mon-tadoras mundiais.

No Brasil, a história da To-yota começa exatamente em23 de janeiro de 1958. Ou seja,há 50 anos, quando a monta-dora iniciou sua produção,após a instalação de um escri-tório no centro de São Paulo.Em dezembro do mesmo ano,era chegada a hora de inaugu-rar a primeira linha de produ-ção. Após cinco meses, a To-yota lançou o primeiro veículoLand Cruiser, na modalidadeCKD (Complete Knock-Down). O nome também fazmuitos relembrarem épocas davida e momentos que marca-ram: Bandeirante.

Em 1961, a Toyota adquiriuum terreno em São Bernardodo Campo (SP), onde instaloua primeira unidade industrial daToyota fora do Japão. E, a par-tir de 1962, passou a fabricar omodelo Bandeirante nacional,que durante 40 anos seposicionou como referência nomercado de utilitários.

Evolução - Com a compra deum novo terreno de 1,5 milhãode metros quadrados na cida-de de Indaiatuba, no interior doEstado de São Paulo, e com oposterior investimento de US$150 milhões, a Toyota do Bra-sil iniciou, em 1996, a constru-ção das instalações de suaprincipal fábrica no País, des-tinada à produção do Corolla,modelo que até hoje é referên-cia dentro de seu segmento.

Desta forma, em setembrode 1998, com a produção do

primeiro Corolla brasileiro,inaugurou-se oficialmente aunidade de Indaiatuba (SP).Dois anos mais tarde foram

investidos US$ 300 milhõespara a modernização e ampli-ação estrutural da fábrica.Este novo aporte marcou o iní-

cio da produção do NovoCorolla, a partir de junho de2002. No mês de janeiro de2003, como resultado do êxitoabsoluto do Novo Corolla, aToyota do Brasil iniciou o se-gundo turno de produção nasinstalações de Indaiatuba (SP),que elevou o volume de pro-dução em 120%. Em janeirode 2004, a planta de Indaiatu-ba alcançou a produção de 100mil unidades do Corolla.

A consolidação do NovoCorolla fez com que a Toyotado Brasil decidisse lançar umnovo modelo derivado do sedã:o Fielder, veículo que redefiniuo segmento de station wagons.Com a injeção de US$ 15 mi-lhões, a fábrica de Indaiatubacomeçou em maio de 2004 aproduzir o Fielder, que imedia-tamente assumiu a posição de

liderança, conseguindo reavi-var esse segmento no merca-do automotivo nacional.

Em 2007, a Toyota passoua fabricar em Indaiatuba, comnovo investimento de US$ 15milhões, a linha Corolla Flex,composta pelo sedã Corolla epela Fielder. A tecnologia demotores que aceitam a utiliza-ção de álcool e gasolina purosou misturados em qualquerproporção foi um trabalho con-junto das engenharias da To-yota do Brasil e do Japão, sen-do esta a primeira vez que aToyota Motor Corporation(TMC) desenvolveu uma tec-nologia exclusivamente volta-da ao mercado brasileiro.

Para atender à crescentedemanda pelos seus veículos,a Toyota do Brasil tambémampliou sua rede de distribui-ção, passando de 90 concessi-onárias, em dezembro de 2004,para 120 em 2007.Produção inicial era tímida. Com o tempo, linha de montagem foi

ganhando mais modelos

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Linha de produtos:A linha de produtos da Toyota no Brasil é composta, atualmen-te, pelo Corolla e Fielder, produzidos em Indaiatuba (SP), pelaHilux e SW4, fabricados na unidade industrial da Toyota Ar-gentina em Zárate, e pelos modelos importados do Japão: osutilitários esportivos Land Cruiser Prado e RAV4, o sedã Camry,além dos luxuosos sedãs da marca Lexus, o ES350 e LS460L.

Assistência técnica há algumas décadas: dedicação aos carros

Land Cruiser chamava atenção pelas linhas retas e robustez

Mas qual o se-gredo de tamanhosucesso? Poucasmudanças, dirão al-guns. O câmbio, porexemplo, foi alteradoem 1980. Com umasegunda mais longa,a primeira passou aser incorporada nouso urbano do utili-tário.

Em 1994, o Ban-deirante volta às ori-gens e recebe um motor impor-tado. Mais potente que oMercedes-Benz , a mudança não

Poucas mudanças e fiéis seguidores eram marcas registradas de modelo

chegou a ser aprovada por todos;muitos trocariam de bom grado os6 cavalos a mais e a maior suavi-

dade de funcionamento pela du-rabilidade e facilidade de manu-tenção do velho MB, que conta-va com o apoio da rede de con-cessionárias da marca. Isso semfalar no torque abundante em bai-xa rotação do motor nacional.

40 anos depois de ter sua pro-dução iniciada foram marcadas porpoucas mudanças nas caracterís-ticas. Conservador demais? Podeaté ser, mas isso de forma algumatirava o brilho do Bandeirante. Pelocontrário, pois pretendentes che-gavam a enfrentar meses de fila.

No início de 2000 a Toyota ini-ciava estudos para substituí-lo por

um propulsor mais atual, talvezum turbodiesel de menorcilindrada, a exemplo do LandRover e do JPX. Mas as opçõesdisponíveis se mostravaminviáveis. Sendo assim, depois demais de quatro décadas com umimportante papel no desenvolvi-mento do País e sendo sinônimode robustez a toda prova, a últi-ma unidade do Bandeirante – umjipe curto com capota de aço –deixava a linha de produção.

Foram 103.750 unidades pro-duzidas, que sobem para 104.621se somados os Land Cruisersmontados em CKD.

Final de produção causou comoção

DIVULGAÇÃO

ção pelo diesel. A folga na di-reção vinha de “série”, ao con-trário do isolamento acústico:passageiros sacolejavam invo-luntariamente ao ritmo da ba-tida tecno do motor. Mas nin-guém podia reclamar. Que nãose esperassem mesuras dele:bastava olhar sua cara paraentender seu caráter.

“A sensação, na primeiravez que peguei no volante deum Bandeirante, foi a de pilo-tar um caminhão mesmo. Eraum barulho alto, porém agradá-vel, comandos simples e, o prin-cipal: conforto. Tudo isso cha-mava muito a atenção. Princi-palmente entre as moças.Quem quisesse arrumar umanamorada, era só ter um Ban-deirante”, brinca Kijiro. Elemesmo, na época em que na-morava sua mulher, Sayuri, le-vou-a para passeios românticoscom o jipe de seu pai. “Mas,como éramos de famílias japo-nesas e super conservadoras,só íamos até o cinema e voltá-vamos antes das 20 horas.”

(Rodrigo Meikaru)

São Paulo, 09 de fevereiro de 2008 JORNAL NIPPAK 5