Ano 6 nº 22 - abril, maio e junho de...

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Ano 6 nº 22 - abril, maio e junho de 2011 O Cespe/UnB por dentro As características do modelo atual de administração de uma das principais organizadoras de concursos públicos do país. Gestão de recursos e investimentos são pautados pelo desenvolvimento de pesquisas e novas tecnologias de seleção e avaliação. GESTÃO Págs. 6, 7 e 8 pág. 10 Seleção gigante Com mais de 1,1 milhão de candidatos, concurso dos Correios foi o maior já realizado pelo Cespe/UnB. Tarefa exigiu atenção redobrada devido ao volume de inscritos e a sua abrangência nacional. CONCURSO )) A caminho da regularização Conselho Universitário da UnB aprova proposta para transformar o Cespe/UnB em uma empresa pública. Debate sobre efetivação do projeto segue no âmbito governamental. NOVOS RUMOS )) págs. 4 e 5 Campus Universitário Darcy Ribeiro | Sede do Cespe/UnB - Brasília-DF | CEP 70904-970

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Ano 6 nº 22 - abril, maio e junho de 2011

O Cespe/UnB por dentroAs características do modelo atual de administração de uma das principais organizadoras de concursos públicos do país. Gestão de recursos e investimentos são pautados pelo desenvolvimento de pesquisas e novas tecnologias de seleção e avaliação.

GESTÃO

Págs. 6, 7 e 8

pág. 10 Seleção gigante

Com mais de 1,1 milhão de candidatos, concurso dos Correios foi o maior já realizado pelo Cespe/UnB. Tarefa exigiu atenção redobrada devido ao volume de inscritos e a sua abrangência nacional.

CONCURSO))

A caminho da regularização

Conselho Universitário da UnB aprova proposta para transformar o Cespe/UnB em uma empresa pública. Debate sobre efetivação do projeto segue no âmbito governamental.

NOVOS RUMOS))

págs. 4 e 5

Campus Universitário Darcy Ribeiro | Sede do Cespe/UnB - Brasília-DF | CEP 70904-970

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ReitorJosé Geraldo de Sousa Junior

Vice-ReitorJoão Batista de Souza

Diretor-Geral Ricardo Carmona

Diretora-Executiva Rosalina Pereira

Endereço:Campus Universitário

Darcy RibeiroEdifício Sede do Cespe/UnB

Caixa Postal 0448870904-970 Brasília/DF

Telefone: (61) 3448 0100Fax: (61) 3448 0110

Site: www.cespe.unb.brE-mail: [email protected]

Assessoria de Comunicação Editora

Graziella NunesReportagem

Ciléia Pontes, Shirley de Medeiros e Wilton Castro

FotografiaRodrigo de Oliveira

Diagramação e IlustraçõesAndré Tirolês, Luciana Bastos,

Marcos BarreirosProjeto Gráfico

André Tirolês, Gabriela Alves e Rui de Paula

RevisãoElaine Oliveira

ImpressãoCidade Gráfica

Tiragem15 mil exemplares

Há alguns anos o Cespe/UnB se tornou referência nacional em processos seletivos e avaliações de grande porte. O prestígio foi conquistado com trabalho e pesquisa centrados na evolução das formas de avaliar conhecimentos e habilidades, aplicar exa-mes regionais e nacionais e selecionar profissionais dos mais dife-renciados perfis. Hoje, a instituição está no centro de debates que vão determinar novos rumos em sua gestão e diretrizes de atuação para os próximos anos. A reestruturação, discutida internamente desde 2009, ganhou repercussão nacional quando o Ministro da Educação, Fernando Haddad, manifestou, no início deste ano, in-teresse em transformar o centro de custo da Universidade de Bra-sília em uma empresa pública, responsável pelos eventos avaliati-vos e seletivos do governo. Desde então, as discussões avançaram e a proposta acabou sendo aprovada pelo Conselho Universitário da UnB no final de junho.

O assunto é um dos destaques desta edição do Jornal do Cespe/UnB. A matéria das páginas 4 e 5 traz os principais moti-

vos que levaram a UnB a revisar a condição do Centro, os modelos de soluções estudados e os passos que ainda precisam ser dados para que o projeto se torne uma realidade.

Já o modelo administrativo atual do Cespe/UnB, além de seus investimentos no aperfeiçoamento de ferramentas de se-leção e avaliação, é o foco da reportagem central, nas páginas 6 a 8. O texto mostra como funciona o vínculo com a Universi-dade, incluindo as regras de gestão do orçamento, e ainda os avanços tecnológicos implementados em diferentes tipos de serviços e atividades.

Somados aos temas ligados à gestão, também movimenta-ram o Cespe/UnB nos últimos meses os preparativos e a aplicação, no dia 15 de maio, das provas do concurso dos Correios. Essa foi a maior seleção pública já realizada pela instituição. Foram mais de 1,1 milhão de inscritos, com provas aplicadas em mais de 300 municípios. Alguns dos desafios de se organizar um evento desse tamanho são contados na matéria da página 10.

APRESENTAÇÃO

Caso você queira fazer críticas ou enviar sugestões ao Jornal do Cespe/UnB, escreva para: [email protected]

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Chegada dos malotes com materiais de prova dos concursos dos Correios ao Cespe/UnB. As provas foram aplicadas no dia 15 de maio em todas as regiões do país.

Foto da edição

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Os Desafios da Administração Pública Contemporânea

A gestão pública no Brasil é caracterizada atualmente pelo reconhe-cimento dos limites da sua atuação. Em um contexto de pós-privatização e democratização política, a gestão pública é mediada pelo poder e pela ação das empresas privadas e das organizações no âmbito da sociedade civil. Existem evidências de que os processos de desestatização e demo-cratização implementados ao longo das duas últimas décadas no país ainda não foram capazes de permitir a consolidação de uma rede de go-vernança baseada nas relações do setor público com o setor privado e o terceiro setor. A configuração dessa rede de governança pública ainda não aderiu no nível desejável aos conceitos que coadunam com o novo papel do Estado no mundo contemporâneo.

A literatura evidencia que as instituições e organizações públicas no Brasil, dispersas nos três níveis de governo: União, estados e municípios, in-teragem de forma precária entre si. O Estado brasileiro possui uma adminis-tração pública ampla e complexa, cuja ação governamental é implementada por meio de um elevado conjunto de órgãos, o que tende a dificultar a execu-ção de planos, programas e projetos, mesmo quando existe disponibilidade de recursos financeiros para implantá-los (Matias-Pereira, 2010).

Constata-se, assim, que o setor público brasileiro tem enormes difi-culdades para tornar efetivas as suas ações, que em geral são morosas e inflexíveis. Isso reflete na baixa capacidade de resposta da administração pública no atendimento das demandas da população. Realizar essas ações governamentais, entretanto, não é uma tarefa fácil. Fazer cortes e reduzir despesas públicas, estimular o crescimento acelerado da economia e com-bater a inflação ao mesmo tempo, promover a desburocratização, gerar estímulos para a inovação tecnológica ou implantar adequadamente os programas sociais e promover a redução da pobreza no país, por exemplo, não se concretizam pela manifestação da vontade do governante. Isso exi-ge competência da administração pública.

É importante ressaltar que os programas e projetos com deficiên-cias de “gestão” tendem a dificultar o alcance dos objetivos das políticas públicas, além de propiciar a geração de corrupção. A boa governança pública, nesse contexto, assume uma importância cada vez maior no que se refere às questões que envolvem as relações complexas que existem entre o Estado, o setor privado e o terceiro setor. Para isso, o Estado precisa buscar continuamente o aperfeiçoamento de sua organização, para atuar de forma inteligente e ser capaz de mediar e induzir adequadamente a es-tratégia de desenvolvimento sustentável e a integração econômica.

Pode-se argumentar, por fim, que o principal desafio a ser supera-do pelo governo brasileiro, em parceria com o setor privado e o terceiro setor, é a consolidação e a institucionalização do processo de gover-nança pública no país. O cenário econômico e político atual, pressio-nado pelas exigências de mudanças internas e externas, revela-se pro-missor para se deflagrar, a partir de uma manifestação clara de vontade política do governo, o processo de construção de uma forma inovadora de governança no setor público brasileiro.

José Matias-PereiraJosé Matias-Pereira é doutor em Ciência Política pela Universidade

Complutense de Madri, e pós-doutor em Administração pela Universidade

de São Paulo (FEA/USP). É professor pesquisador associado do programa

de pós-graduação em Contabilidade da Universidade de Brasília. Autor,

entre outros, de “Manual de Gestão Pública Contemporânea”, 3. ed. São

Paulo: Atlas, 2010; “Curso de Administração Pública”, 3. ed. São Paulo:

Atlas, 2010; e, “Curso de Administração Estratégica”, São Paulo: Atlas, 2011.

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Os artigos publicados nesta seção não necessariamente refletem a opinião do Cespe/UnB e seu conteúdo é de responsabilidade exclusiva do autor.

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Em janeiro deste ano, o Ministro da Educa-ção, Fernando Haddad, divulgou a intenção do governo de criar uma empresa pública desti-nada à realização de avaliações educacionais e concursos públicos da esfera federal. Segun-do a proposta apresentada à Universidade de Brasília (UnB), a empresa usaria a estrutura e os recursos humanos do Cespe/UnB. Antes de começar a debater sobre a medida, o Conse-lho Universitário (Consuni) criou uma comissão para analisar a proposta e formular uma suges-tão que fosse mais adequada aos interesses da Universidade. O parecer dessa comissão, favo-rável à transformação do Centro em empresa pública desde que obedecidas algumas diretri-zes (veja box abaixo), foi aprovado pelo Consuni no dia 3 de junho.

A proposta foi colocada como uma solução para um problema antigo do Centro: a necessida-de de criação de aparato legal que comportasse adequadamente suas atividades, es-pecialmente no que se refere ao pa-gamento de colaboradores. A decisão também é uma resposta ao Tribunal de Contas da União (TCU), que deu prazo até o dia 30 de junho para que o Cespe/UnB reestruturasse suas ativi-dades. “Com essa decisão do Consuni, vamos apresentar ao TCU o caminho que a Universidade encontrou para cumprir as exigências do órgão”, expli-cou o Reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Junior.

Após a aprovação do Consuni, a proposta sugerida pela UnB foi encaminhada ao MEC,

que já sinalizou que poderá enviá-la ao Con-gresso Nacional para ser votada como projeto de lei ou como medida provisória. Antes disso,

as sugestões devem ser discutidas internamente pelo governo. De acor-do com o relator da comissão criada pelo Consuni, o decano de Assuntos Comunitários da UnB, Eduardo Rau-pp, as diretrizes apresentadas aos conselheiros foram aprovadas pelo Ministério. “Na votação do parecer, os conselheiros fizeram algumas mo-dificações na proposta. Agora iremos discutir com o MEC essas alterações

e propor reuniões para darmos continuidade às negociações dentro do Ministério e nos demais órgãos do governo”, esclareceu.

Diretoria do Centro, comunidade universitária e governo federal discutiram opções para adequar a atuação do Centro à legislação da administração pública

Reestruturação é prioridade

[Ciléia Pontes] Da Assessoria Técnica de Comunicação

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Condições da UnB para a criação da empresa Cespe

O Conselho Universitário da UnB aprovou a proposta de transformação do Cespe/UnB em empresa pública – que se chamaria Centro Bra-sileiro de Seleções e de Promoções de Eventos (Cespe) – com a ressalva de que sejam respeita-das as seguintes condições:

O Cespe será uma empresa financiada pela União, com a finalidade de organizar e realizar con-cursos públicos, avaliações, consultorias, certificações e capacitação de recursos humanos da administração pública.

Controle de Gestão por parte da UnB – A com-posição da diretoria exe-cutiva do Cespe e de seu Conselho de Administração fica definida no texto da lei. O Conselho terá represen-tação de 50% mais um de membros da UnB, indicados

pelo Consuni. O presidente da empresa será indicado pelo Reitor da Universidade e nomeado pelo presidente da República.

Dispensa de licitação – Para que possa cumprir seus objetivos e atender as expectativas da UnB, a em-presa poderá ser contratada com dispensa de licitação para as atividades relacio-nadas as suas finalidades.

A empresa pública será isenta do pagamento de impostos.

A empresa pública repassará à UnB o mínimo de 10% de seu faturamen-to bruto. O valor total de repasses será definido a cada ano pelo Conselho de Administração.

A empresa pública po-derá exercer o papel de fun-dação de apoio, tanto para a UnB como para outras ins-tituições federais de ensino e pesquisa.

A UnB terá preferên-cia em contratos da empre-sa pública que necessita-

rem de apoio acadêmico. O programa de tra-

balho anual será definido entre a empresa pública e a UnB.

O quadro de funcioná-rios da empresa será esco-lhido por meio de processo seletivo simplificado, onde a experiência dos candidatos na promoção de seleções e concursos será considera-da. Essa contratação será de, no máximo, 48 meses. Após esse prazo, todo qua-dro de pessoal permanente

da empresa será constitu-ído por servidores aprova-dos em concurso público, em contratos regidos pela Consolidação das Leis de Trabalho.

Já os servidores da Fundação Universidade de Brasília que atuam perma-nentemente no Cespe po-derão ser cedidos por aque-la instituição. Os servidores que atuam em eventos esporádicos poderão ser contratados como ocorre atualmente.

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Auditoria feita pelo TCU em 2009 julgou ilegal a forma de contratação e pagamento dos 78 ser-vidores da FUB e 410 colaboradores que prestam regularmente serviço para o Cespe/UnB. Acórdão do julgamento do relatório dessa auditoria deter-minou que o Centro regularizasse a situação até o mês de junho de 2010. A Procuradoria Jurídica da UnB recorreu e o Tribunal estendeu o prazo para o mês de junho de 2011.

Em relação aos servidores da FUB, o princi-pal problema apontado pelo TCU é o pagamento

contínuo da chamada Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso (GECC), que deve ser eventual. O Tribunal também chamou a atenção para o limite de 240 horas anuais de prestação de serviço para o Cespe/UnB. Quanto aos servi-ços prestados por pessoas físicas, sem vínculo empregatício, o Tribunal considerou que esse tipo de contratação fere a legislação da adminis-tração pública.

Para o Coordenador de Pesquisa em Ava-liação do Cespe/UnB, professor Marcus Vinícius

Soares, o Centro chegou a essa situação por ter suprido a demanda por realização de seleção para funcionários públicos federais, que era pra-ticamente inexistente após a aprovação da Cons-tituição Federal de 1988, que tornou obrigatória a realização de concursos para o ingresso no servi-ço público. “O Estado não se preparou para essa demanda e a UnB acabou se especializando nes-sa área, o que faz do Cespe/UnB hoje uma das mais importantes organizadoras de concursos, seleções e avaliações do país”, comenta.

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Por que regularizar?

A transformação do Cespe/UnB em empre-sa pública foi uma das propostas de regulariza-ção discutidas dentro da Universidade. Há dois anos, a diretoria do Centro vinha estudando uma alternativa viável para que o órgão atue de acordo com a legislação vigente. “Desde que o acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) foi publicado, nós começamos a estudar todas as possibilidades para atender ao que determina o órgão”, informou Marcus Vinícius Soares.

De acordo com o Procurador Jurídico da UnB, Davi Diniz, não há mais possibilidade de o Ces-pe/UnB continuar funcionando da mesma forma. “O que temos certeza até agora é que mudanças ocorrerão. E qualquer que seja a solução, ela não será implantada em menos de dois anos”, disse.

Uma das propostas estudadas e apresenta-das ao TCU e aos ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e da Educação foi a alteração do Decreto n.º 6.114/2007 – que re-gulamenta o pagamento da GECC – para que o Cespe/UnB pudesse fazer o pagamento de forma contínua aos docentes e servidores que ajudam na elaboração e na aplicação de provas. Essa pro-posta, entretanto, foi rejeitada pelo Ministério do Planejamento. “Essa proposta não prosperou. O entendimento do MPOG foi de que não seria pos-

sível mudar uma lei apenas para atender às especificidades de um único órgão”, explicou Marcus Vi-nícius Soares.

Outra opção estudada foi a criação de uma fundação de apoio, de caráter privado, que da-ria suporte ao Centro, principal-mente no que se refere à contra-tação de pessoal. A proposta, no entanto, não foi aceita pela Pro-

motoria de Justiça de Tutela das Fundações e En-tidades de Interesse Social do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O órgão considerou que uma fundação de apoio deve ter interesse social e não pode atender a uma institui-ção que gere renda, como o Cespe/UnB.

Outras propostas estudadasAlguns dias após a declaração do Ministro

Fernando Haddad sobre a criação da empresa pública, a reitoria da UnB foi convidada para uma reunião com o Secretário de Ensino Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa. A intenção do governo mobilizou a Universidade e a reestruturação do Cespe/UnB foi destaque nos debates do Conse-lho Universitário da UnB desde as primeiras reu-niões deste ano.

Na primeira reunião da instância, realizada em janeiro passado, a maio-ria dos conselheiros enfatizou que, qualquer que fosse a proposta apro-vada e implantada para a solução dos problemas enfrentados pelo Centro, o órgão deveria permanecer vinculado à Universidade de Brasília. “O Ces-pe/UnB traduz a construção de uma nova função da Universidade – entre as muitas funções desta instituição – que é se-lecionar pessoas, certificar e avaliar processos educacionais. E foi dentro da Universidade que o Cespe/UnB construiu essa competência”, justifi-ca o Reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Junior.

Em razão das atividades que realiza, o Cespe/UnB se tornou o maior captador de recursos para a Universidade. Somente em 2010, a instituição recebeu R$ 35 milhões do Centro. Além da im-portância econômica, o Cespe/UnB desenvolve pesquisas de novas metodologias de aplicação e

correção de provas (veja mais na matéria das pá-ginas 6 a 8). “O trabalho realizado pelo Cespe/UnB permite a aplicação de teorias e pesquisas que são desenvolvidas na Universidade. Se não tivéssemos um centro com a estrutura que hoje tem o Cespe/UnB, a aplicação do que é estudado em vários campos ligados à seleção e avaliação não seria possível”, reforça o Reitor da UnB.

ComissãoEssas e outras informações foram

disponibilizadas aos conselheiros que decidiram pela criação de uma comis-são para analisar, de forma detalhada, a estrutura financeira, a situação das contratações de pessoal e a importân-cia acadêmica do Centro para a UnB. “Nos reunimos com o Ministério da Edu-cação, que nos apresentou a minuta de

uma medida provisória para a criação da empresa pública. Analisamos essa minuta e também outras opções em busca da melhor solução para a Univer-sidade”, comenta o relator da Comissão e Decano de Assuntos Comunitários da UnB, Eduardo Raupp.

O relatório final, com o parecer de Raupp, foi apresentado no dia 20 de maio ao Conselho Uni-versitário da UnB. Ele foi favorável à criação da em-presa pública, desde que observadas as diretrizes sugeridas para uma proposta alternativa à que foi apresentada pelo MEC.

A entrada do Consuni no debate

Consuni - Depois de três sessões de debates, conselheiros aprovaram a transformação do Cespe/UnB em empresa pública.

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Na condição de órgão da UnB, o Centro também destina, após os pagamentos com a realização dos eventos, recursos ao Fundo de Apoio Institucional (FAI). Nos últimos três anos, os valores dos repasses ao fun-do totalizaram cerca de R$ 111 milhões. “A aplicação dos recursos do FAI compreende basicamente o custeio da manutenção dos campi da UnB. O repasse do Cespe/UnB é indispensável, chegando a ser de 70% a 80% do que é arrecadado pelo fundo”, atesta o Decano de Administração e Finan-ças da UnB, Pedro Murrieta.

OrçamentoAinda em cumprimento às re-

gras de gestão pública, o Cespe/UnB fixa seus gastos e investimen-tos em um orçamento, que é con-templado pela proposta orçamentá-ria anual da Fundação Universidade de Brasília. A previsão de despesas é calculada em função da arrecada-ção anual estimada.

O orçamento da FUB é subme-tido às instâncias superiores para aprovação, dentre elas o Ministério da Educação. “As informações sobre a gestão do orçamento são encaminhadas periodicamente aos órgãos de fiscalização e controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU). Os dados sobre receitas e despesas

Entre o período de inscrições, o dia da prova e a divulgação dos resul-tados, os candidatos talvez não percebam o que move as engrenagens do Cespe/UnB na realização dos certames. O Centro desenvolve metodolo-gias e tecnologias destinadas ao aperfeiçoamento dos processos de sele-ção de candidatos a uma vaga na Universidade de Brasília (UnB) e de pro-fissionais que ingressam no serviço público. E também avança em outras frentes de atuação, com inovações na área de avaliação educacional e certificações. Essas atividades são administradas por uma gestão própria, constituída no âmbito da Fundação Universidade de Brasília (FUB).

A vinculação do Cespe/UnB com a FUB ocorre tanto no aspecto aca-dêmico quanto no aspecto adminis-trativo. Como instituição pública, o gerenciamento dos recursos que o Centro arrecada é feito com base no que permite a legislação que rege a Administração Pública. Sua contra-tação pelos órgãos que realizam os concursos, assim como a contrata-ção, pelo Centro, do espaço físico e de pessoal para aplicação de provas, é feita de acordo com a Lei de Licita-ções e Contratos (Lei n.º 8.666/1993).

Para organizar os certames, o Cespe/UnB tem autonomia adminis-trativa, que foi delegada por meio do Ato da Reitoria n.º 601, de 24 de abril

de 2002. Isso permite que o Centro viabilize acordos, convênios e contratos com instituições públicas e privadas com a finalidade de realização dos certames. Contudo, a formalização desses serviços é de competência do Reitor da Universidade de Brasília, que autoriza tudo o que é contratado e executado pelo Centro.

Como em toda relação contratual, a realização dos eventos orga-nizados gera receitas e despesas. O Diretor-geral do Cespe/UnB, Ricardo

Carmona, explica que os recursos repas-sados ao Centro por contrato cobrem os custos da execução dos eventos, além da manutenção geral das instalações internas e da modernização de equipa-mentos e tecnologias. “A manutenção e os investimentos são necessários para que o Cespe/UnB continue em condições de prestar um serviço de qualidade”, acentua Carmona.

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Como integrante da FUB, o Cespe/UnB é regido pelas leis do serviço público. Gastos e investimentos visam a manutenção e o aperfeiçoamento das seleções

O modelo administrativo do Cespe/UnB

[Wilton Castro] Da Assessoria Técnica de Comunicação

PERFIL

Um novo modelo adminis-trativo para o Cespe/UnB foi aprovado, em junho, pelo Con-selho Universitário (Consuni) da Universidade de Brasília. A proposta de transformar o Centro em uma empresa pú-blica foi a solução encontra-da para regularizar suas ati-vidades – principalmente no que se refere à contratação e pagamento de pessoal – man-tendo sua vinculação com a Universidade (leia matéria das páginas 4 e 5).

Os recursos do Fundo de Apoio Institucional (FAI) são incorporados ao Or-çamento Programa-Interno da UnB, que é aprovado pelo Governo Federal e destinado a todas as unidades da instituição.

Repasses do Cespe/UnB ao FAI nos últimos quatro anos

Arrecadação total (R$) Repasses (R$)

2007 – 164 milhões 14,7 milhões

2008 – 243 milhões 34,9 milhões

2009 – 259 milhões 40,6 milhões

2010 – 228 milhões 35,3 milhões

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estão, inclusive, no Portal da Transparência do Governo Federal”, esclare-ce Ricardo Carmona.

Grande parte dos gastos para a execução dos certames que o Ces-pe/UnB organiza incide sobre o pagamento de profissionais que atuam nos processos seletivos. A contratação de pessoal ocorre em todas as fases dos eventos, desde as bancas que elaboram as provas até as equipes de aplica-ção, além dos corretores de questões discursivas e especialistas que atuam em provas práticas e perícias médicas.

Outra parte do orçamento é investida na melhoria dos processos de se-leção. Os investimentos buscam modernização estrutural e patrimonial e de-pendem de decisões administrativas e de viabilidade técnica e econômica. Um colegiado composto pela Direção-Geral e Coordenadores do Centro submete esses projetos ao Reitor da UnB, que conta com o assessoramento especial do Conselho-Técnico Consultivo do Cespe/UnB, formado por Decanos da Uni-versidade. “Essa instância funciona como uma interface da UnB para tratar de assuntos especificamente do Cespe/UnB, mas que podem ter reflexos em toda a comunidade acadêmica”, explica o Decano de Administração e Finan-ças da UnB, Pedro Murrieta, que é o presidente do Conselho.

Os investimentos estratégicos do Cespe/UnB

O Cespe/UnB produziu avanços com a adoção de metodologia própria para a realização de concursos, exames, avaliações, certificações e vesti-bulares, que traz a reboque um aparato técnico em constante aperfeiçoa-mento. As inovações têm como objetivo construir instrumentos de avaliação precisos, seja para aferir habilidades específicas de estudantes ou para se-lecionar candidatos de acordo com o perfil do cargo oferecido. Somam-se a esse objetivo a segurança e modernização dos processos seletivos.

O Coordenador de Pesquisa em Avaliação do Cespe/UnB, Marcus Vinícius Soares, justifica os investimentos na qualidade dos processos se-

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O modelo administrativo do Cespe/UnB

As atividades institucionais realizadas pelo Cespe/UnB in-cluem a elaboração e aplicação de provas objetivas e dissertati-vas, avaliação de títulos, provas práticas, teste de esforço físico, exames psicológicos, análise profissiográfica, mapeamento de competências, avaliações educacionais, cursos de formação e certificações, além da realização de cursos para aperfeiçoamento de professores do ensino médio e da organização de eventos vol-tados à comunidade escolar e pais de alunos.

Serviços

No ano de 2010, cerca de 440 mil profissionais foram con-tratados para trabalhar na aplicação de provas, em funções como chefe e fiscal de sala, coordenador de aplicação, inspetor de segurança, intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), ledor, médico e auxiliar de limpeza. A contratação de pessoal destinou-se, naquele ano, a 98 etapas de concursos públicos, além de avaliações, vestibulares e certificações.

Pessoal

letivos afirmando que “as provas devem ser adequadas para selecionar os candidatos que tenham o perfil que o cargo requer, conforme os parâme-tros definidos em edital. Nos concursos é necessário um grande grau de precisão nos instrumentos de avaliação. O resultado deles pode decidir a entrada na carreira pública por uma diferença de centésimos de pontos”, pondera ele.

Marcus Vinícius Soares acrescenta que investir em segurança também é um dos pilares estratégicos do Cespe/UnB, até para garantir tratamento isonômico a todos os candidatos. “Os candidatos devem alcançar as vagas por mérito”, reforça.

O Decano Pedro Murrieta, presidente do Conselho Técnico-Consultivo do Cespe/UnB, salienta que tribunais, ministérios e empresas públicas buscam os serviços do Centro pelo avanço de sua expertise. “Isso é impor-tante até para o Brasil, tendo em vista que muitos dos quadros do serviço público são preenchidos por meio de seleções realizadas pelo Cespe/UnB. Não creio que há outra instituição igual no país”, salienta Murrieta.

AvaliaçãoNo campo das avaliações educacionais, existem outros vértices de

investimentos desenvolvidos pelo Cespe/UnB. Uma espécie de patrimô-nio criado pelo Centro nessa área é o banco de itens utilizados nos exa-mes de desempenho de estudantes dos ensinos fundamental e médio. “Dada a diversidade de matrizes de avaliação, a construção de um banco de itens robusto e completo não é tarefa simples, mas é algo que almeja-mos”, explica o Coordenador de Pesquisa em Avaliação.

Os conceitos de avaliação educacional estudados pelos especialis-tas do Cespe/UnB abrangem teorias das áreas de Estatística e Psicome-tria. A evolução desses estudos possibilitou, por exemplo, que a aplica-ção dos testes de forma tradicional em papel fosse ultrapassada. Provas de conhecimento, como as de proficiência em Língua Inglesa da UnB, são realizadas por meio de computador (veja as inovações metodológi-cas e tecnológicas criadas pelo Cespe/UnB no quadro da próxima página).

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PERFIL

Avanço tecnológico

O Cespe/UnB desenvolveu uma série de metodologias e até sistemas computa-cionais presentes na elaboração, segurança, aplicação e correção das provas de concursos, vestibulares e avaliações educacionais. Confira como.

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Elaboração de provas

• Estudos técnicos indicam os tipos de itens/questões das provas que, segundo suas carac-terísticas, podem medir as competências do candidato requeridas para o cargo.

• O embaralhamento de itens, sistema implemen-tado no ambiente de edição de provas, cria dife-rentes tipos de ordem das questões.

• O banco de itens de avaliação educacional con-tém itens novos e itens pré-testados, analisados e calibrados.

Aplicação

• A logística de aplicação de uma prova conta com um sistema de distribuição de candidatos por sa-las, conforme o cargo e os tipos de prova. Essa tecnologia foi desenvolvida pela Coordenadoria de Tecnologia do Cespe/UnB.

• As provas são personalizadas e em uma sala po-de-se encontrar candidatos a cargos diferentes e com prova diferentes, o que impossibilita a cola.

• As provas em computador são aplicadas com o uso do CAT, sigla em inglês para Teste Adaptativo Computadorizado. A Coordena-ção de Pesquisa em Avaliação desenvolveu uma prova com essa metodologia para os tes-tes de proficiência em Inglês da UnB, que se adapta ao desempenho do candidato, apre-sentando questões com diferentes graus de dificuldades conforme as respostas dele. O resultado é informado imediatamente após o término da aplicação.

Segurança

• O Cespe/UnB adota uma política de seguran-ça que envolve técnicas de trabalho durante a elaboração e aplicação das provas. As medidas contra a cola eletrônica, por exemplo, incluem, nos locais de prova, o uso de detectores de me-tais e a varredura de sinais de contato externo com o candidato.

• A desidentificação das folhas de respostas é um know-how próprio do Cespe/UnB. Após o preen-chimento das respostas, a identificação do can-didato é retirada das folhas a fim de que a folha de respostas do candidato não seja identificada no processo de correção.

Recursos

• Com a divulgação dos gabaritos oficiais prelimina-res das provas objetivas de concursos e processos seletivos, os candidatos podem realizar a interposi-ção de recursos contra o item ou questão por um sistema de categorização. Assim, o candidato in-dica o que quer contestar (“itens/questões fora do conteúdo”, “discordância do gabarito”, “erro de lín-gua portuguesa” e “problema na divulgação do ga-barito”), o caderno, a questão e a opção assinalada. Por fim, o candidato escreve sua argumentação.

Correção

• As folhas de respostas são lidas digitalmente e transformadas em imagens que levam apenas o código de barras. Qualquer identificação do candidato nas folhas de respostas das provas objetivas ou discursivas o elimina do certame.

• As provas discursivas e as redações são corrigi-das por meio de planilha digital. Os corretores são cadastrados e têm acesso ao banco de provas por meio de um sistema fechado e seguro, mantido e monitorado constantemente pelo Cespe/UnB.

• Após a correção da prova discursiva, a nota atri-buída ao texto é associada novamente ao can-didato autor da resposta, passando a integrar um banco de dados.

Resultados

• O Cespe/UnB disponibiliza por 15 dias para to-dos os candidatos as imagens das folhas de respostas após a divulgação do resultado final do concurso.

• As avaliações educacionais produzem relatórios com análises dos resultados dos instrumentos de avaliação aplicados (prova, questionários etc.) sendo esses apresentados, por meio de uma au-tomação de documentos, por escola.

Perfil

• O Cespe/UnB oferece os serviços de análise pro-fissiográfica e mapeamento de competências para que os órgãos possam conhecer e aprimo-rar o perfil do profissional mais adequado para o exercício das tarefas de um determinado cargo (veja matéria da página 12).

Page 9: Ano 6 nº 22 - abril, maio e junho de 2011blogdofernandomesquita.com.br/wp-content/.../JornalCespeAno6-n22.pdf · Em janeiro deste ano, o Ministro da Educa-ção, Fernando Haddad,

Desde a criação do Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília (PAS/UnB), há 15 anos, uma Comissão Especial de Acompanhamento cui-da para que o desenvolvimento do Programa seja pautado pelos pressupostos definidos em sua con-cepção. No último mês de março, foi definida a nova composição dessa instância, que tem em sua forma-ção um membro e um suplente das seguintes insti-tuições: Coordenadoria Acadêmica do Cespe/UnB, Gerência de Interação Educacional do Cespe/UnB, Decanato de Ensino e Graduação da Universidade de Brasília (UnB), representante de escola pública e representante de escola particular da rede de ensino do Distrito Federal. O presidente da Comissão é o Coordenador Acadêmico do Centro, Paulo Portela. Ele disse que a comissão já se reuniu para discutir e atualizar o papel que desempenhará com a nova

UNIVERSIDADEComissão de Acompanhamento do PAS/UnB tem nova formação

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Curtas

A agenda de cursos do Fórum Permanente de Pro-fessores apresenta esse ano uma novidade: a partir de agora, a carga horária desses cursos será de, no mínimo, 180 horas. De acordo com a gerente de In-teração Educacional do Cespe/UnB, Vilma Corrêa, com essa carga horária, espera-se que os cursos ofereçam uma fundamentação teórica mais consis-tente ao trabalho dos professores dos ensinos fun-damental e médio do Distrito Federal e cidades do entorno. “Além disso, esperamos que eles agreguem valor a sua carreira”, completa. Para 2011, foram ofe-recidas mais de 600 vagas, divididas em 14 cursos de aperfeiçoamento. Os cursos promovem a interação entre o ensino básico e a universidade, prevista pelo Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília (PAS/UnB). Outra novidade é que este ano todos os cursos são semipresenciais. “Pensando na dificuldade de tempo livre dos docentes, as aulas foram montadas com aulas presenciais, atividades práticas e também atividades para serem desenvol-vidas a distância”, diz Vilma Corrêa. Ela antecipa que o Centro pretende expandir a oferta dos cursos para docentes de outros estados. “Como os cursos esta-rão disponíveis em ambiente virtual, poderemos con-tribuir para a formação de professores em regiões onde houver demanda para eles”, destaca. Mais informações sobre os cursos podem ser acessadas na página www.gie.cespe.unb.br.

APERFEIÇOAMENTOCursos para professores da educação básica passam a ter carga horária de 180 horas

composição. “O acompanhamento dos pressupos-tos do Programa é contínuo e não muda, mas va-mos definir o regimento e a forma como vamos atu-ar”, explica ele. O PAS/UnB é uma modalidade de acesso aos cursos de graduação da Universidade que busca a integração entre os sistemas de educa-ção básica e superior. A seleção é realizada em três etapas, com provas aplicadas sempre ao término de cada uma das séries do ensino médio.

VESTIBULAR E PASMudanças valorizam habilidades em elaboração de texto

A Universidade de Brasília anunciou mudanças no vestibular semestral e no Programa de Avaliação Seriada (PAS). As novas regras valem para quem participará da 1ª etapa do Subprograma 2011-2013 do PAS/UnB ou vai concorrer às vagas ofe-recidas no 1º vestibular de 2012. De acordo com o Coordenador Acadêmico do Cespe/UnB, Paulo Portela, “as mudanças buscam, principalmente, aprimorar os critérios de avaliação no que se re-fere ao desenvolvimento da habilidade dos candi-datos na elaboração de textos”. São elas:

As provas terão, no mínimo, quatro questões do tipo D (de respostas construídas pelos próprios candidatos, entre diagramas, gráficos, desenhos e textos) em cada uma das etapas do PAS/UnB e em cada dia de prova do vestibular.

Questões do tipo D terão nota de corte. Os candidatos deverão atingir ao menos 20% da pontuação máxima possível no conjunto de ques-tões aplicadas nos dois dias de prova do vestibu-lar e nas três etapas do PAS/UnB.

Em pelo menos 50% das questões do tipo D será avaliado o desenvolvimento da habilidade de elaboração de texto em língua portuguesa.

A nota da redação, além de eliminatória, pas-sará a ser classificatória.

No PAS/UnB, a prova de redação passará a ser

aplicada em cada uma das três etapas e não ape-nas na terceira etapa, como ocorria anteriormente.

Haverá fase de recursos para contestação da nota da redação por parte dos candidatos, assim como já ocorre na fase de provas objetivas, após divulgação dos gabaritos preliminares.

Os critérios de eliminação do PAS/UnB serão os mesmos adotados no vestibular no que se refere às provas objetivas: para não serem eliminados, os candidatos terão de atingir nota maior que zero.

Os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Direi-to, Administração, Ciências Contábeis e Ciências Farmacêuticas, oferecidos no diurno e no notur-no, terão classificação unificada para o conjunto de vagas nos dois turnos (essa é a única mudan-ça já aplicada no vestibular do meio do ano, cujas provas ocorreram em junho).

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Foi um domingo histórico para os mais de 1,1 milhão de inscritos nos concursos da Empresa Bra-sileira de Correios e Telégrafos (ECT). O maior cer-tame realizado pelo Cespe/UnB reuniu as expec-tativas de quem concorria a uma vaga no serviço público e o empenho de cerca de 70 mil profissio-nais que participaram da aplicação. A organiza-ção, em pouco mais de 40 dias, desafiou os planos de logística e elaboração das provas.

A dimensão do certame mereceu as meto-dologias de segurança utilizadas em processos seletivos aplicados pelo Cespe/UnB. No entanto, o volume de inscrições, a abrangência nacional do concurso e o alto número de profissionais tra-balhando durante a aplicação exigiu atenção re-dobrada. “Foi uma verdadeira façanha aplicar um concurso de tamanha grandeza no curto período que dispúnhamos”, acrescenta o Diretor-Geral do

Cespe/UnB, Ricardo Carmona. A segurança foi fundamental

para garantir o sigilo de um evento tão importante para o órgão reali-zador. “Durante toda a preparação dos cadernos de prova, houve vi-gilância constante de delegados aposentados, membros da Asso-ciação dos Delegados da Polícia Federal”, assinala Carmona.

O diretor-geral do Cespe/UnB também afirmou que a ECT solicitou o máximo de esforço

para agilizar a realização do certame. “O con-curso deveria ter ocorrido no ano passado. A empresa tem uma forte demanda em relação aos seus serviços e precisa de pessoal capaci-tado para os cargos oferecidos”, enfatiza.

LogísticaDe acordo com o quadro de localidades

onde há vagas e formação do cadastro de reser-va dos concursos, todas as cinco regiões do país estiveram envolvidas na aplicação das provas. As provas foram aplicadas em 310 municípios, incluindo as capitais. A distribuição dos candi-datos foi realizada conforme os cargos nos 2.032 locais de prova disponibilizados pelo Cespe/UnB.

A Coordenadora de Logística do Cespe/UnB, Jaqueline Marques, ressalta que o desafio de re-

[Wilton Castro] Da Assessoria Técnica de Comunicação

Contemplar as diversidades regionais dos candidatos e a padronização da aplicação foram alguns desafios enfrentados

Sucesso na aplicação das provas dos Correios

CONCURSO

alizar um concurso em vários municípios espalha-dos pelo país é manter o padrão de aplicação em todos os locais de prova. “O cuidado que tivemos foi orientar bem o pessoal que esteve em todas as cidades envolvidas na aplicação. Isso foi feito por meio de treinamento pelas equipes de coordena-ção regionais em cada estado”, detalhou ela.

Para o controle, acompanhamento e validação de dados do pessoal contratado para trabalhar nas cidades onde houve provas entrou em ação um sistema de cadastro semelhante ao utilizado pelo Centro durante a organização do Exame Nacional do Ensino Médio em 2010. “O maior trabalho foi manter pontos de controle para conferência de toda programação, desde a contratação de pes-soal à reserva do espaço físico e de transporte”, lembra Jaqueline Marques.

Segundo a Coordenadora de Logística do Ces-pe/UnB, a preocupação com o treinamento dos aplicadores, que atuam como chefes e fiscais de sala, foi importante para a padronização da aplica-ção em todos os municípios envolvidos. “O desafio foi repassar as informações e regras de aplicação para as cidades do interior e para as capitais. Por isso fizemos reuniões e treinamentos com todas as equipes de coordenação para detalharmos os pro-cedimentos”, lembrou Jaqueline Marques.

Provas Selecionar candidatos de cidades distintas

também foi uma tarefa singular do concurso em relação à elaboração das provas. As 9.190 vagas oferecidas, além da formação do cadastro de re-serva, compreendem diversos cargos e são de níveis médio e superior. “A necessidade, princi-palmente para o nível médio, era de contemplar a diversidade dos candidatos dos municípios onde as vagas serão preenchidas”, explica Paulo Porte-la, Coordenador Acadêmico do Cespe/UnB.

A abrangência dos concursos e as caracte-rísticas das regiões onde habitam os candidatos foram consideradas na formatação das questões. Além disso, Paulo Portela inclui nesse contexto o fato de o quantitativo de inscritos ser extraor-dinário para a organizadora. “As provas para um milhão de pessoas têm que ser precisas por uma questão acadêmica importante que é a seleção dos melhores candidatos”, completa Portela.

Os concursos da ECT foram desti-nados ao preenchimento de 8.346 vagas para o cargo de Agente de Correios (nível médio) e 844 vagas de cargos nível médio técnico e nível superior. Confira os núme-ros da aplicação das provas para mais de

um milhão de inscritos nos certames.

Cidades de prova: 310

Aplicadores: 70 mil profissionais, dentre chefes e fiscais de sala, coordenadores (lo-cais e regionais), inspetores de segurança, delegados, médicos e auxiliares de limpeza.

Salas de prova: 27.716

Atendimentos Especiais: 921

O Coordenador Acadêmico destacou, ainda, a segurança no processo de elaboração, impressão e revisão interna do material de aplicação. As pro-vas foram empacotadas e lacradas nos malotes em uma sala cofre contendo circuito interno de câme-ras. “A supervisão desses locais de acesso restrito com câmeras e pontos de leitura biométrica é extre-mamente eficaz”, conclui ele.

O maior concurso realizado pelo Cespe/UnB

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O tempo de resolução de uma prova – seja em uma avaliação educacional, seleção ou em um concurso público – é calculado de acordo com a estimativa de um tempo médio que deve ser uti-lizado por um candidato padrão para responder a cada item ou questão dessa prova. Para calcular o tempo médio são considerados dois fatores: a complexidade da prova e os tipos de questões que serão cobradas. A complexidade está ligada aos conhecimentos que serão exigidos levando-se em conta os cargos e o órgão para o qual o concurso está sendo realizado. Isso significa que questões mais complexas demandam um tempo maior para resolução. Os tipos de provas se referem a provas do tipo certo ou errado e a de questões de múltipla escolha. Em geral, um item do tipo certo ou erra-

do leva de um minuto e meio a dois minutos para ser resolvido. Já uma questão de múltipla esco-lha pode demandar uma resposta em um tempo que varia de dois minutos e meio a três minutos. Também se considera o tempo médio para preen-chimento da folha de respostas. Além disso, nos concursos em que há prova de redação ou discur-siva, considera-se ainda o tempo médio necessá-rio para o candidato desenvolver uma resposta e transcrevê-la para a folha de texto definitivo. So-mando-se esses tempos, chega-se ao tempo total que o candidato terá para resolver a prova.

Paulo Henrique PortelaCoordenador Acadêmico do Cespe/UnB

Como o tempo de prova é calculado?

Saiba mais

11?“Gostaria de saber se o certificado de con-clusão do curso é suficiente para concor-rer a um cargo de nível superior? Acabei de solicitar meu diploma e não há previsão de quando irei receber o mesmo.”

Clidério BastosSalvador - BA

Para se inscrever em um concurso, o can-didato não precisa comprovar escolaridade. No entanto, no ato de nomeação, se o edital de abertura do certame prevê a apresentação de diploma ou outro documento que compro-ve a escolaridade exigida, o candidato deve apresentá-lo. Sobre a substituição do diploma pelo certificado, somente o órgão contratan-te, no momento da nomeação, poderá dizer se tal documento é suficiente para comprovar o requisito exigido.

A pergunta é

05 de JulhoResultado final das provas objetivas dos concursos de níveis médio e superior da Empresa Brasileira de Cor-reios e Telégrafos.

08 de JulhoResultado final da avaliação de títulos e do concurso para o cargo de Analista Judiciá-rio nas especialidades Direi-to e Taquigrafia do Tribunal de Justiça do Espírito Santo.

12 de JulhoResultado Final da 1ª Certifi-cação em Habilidade Especí-fica de 2011 da Universidade de Brasília.

13 de JulhoResultado provisório da pe-rícia médica dos candidatos que se declararam portado-res de deficiência do concur-so para Analista em Ciência e Tecnologia Júnior do Con-selho Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnoló-gico (CNPq).

19 de JulhoDivulgação da relação de candidatos aprovados em 1ª chamada no vestibular da Universidade de Brasília exclusivo para estudantes indígenas.

19 de JulhoDivulgação da relação de candidatos aprovados em 1ª chamada no 2º Vestibular de 2011 da Universidade de Brasília.

19 de JulhoDivulgação da relação dos candidatos aprovados em 1ª chamada no vestibular da Universidade de Brasília para o curso de Licenciatura em Educação do Campo.

25 de JulhoResultado final da perícia médica dos candidatos que se declararam portadores de deficiência do concurso para Analista em Ciência e Tec-nologia Júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimen-to Científico e Tecnológico (CNPq).

25 de JulhoResultado final da perícia médica dos candidatos que se declararam portadores de deficiência e resultado final do concurso para os cargos de nível superior do Tribunal de Justiça de Roraima.

28 de JulhoResultado final da prova ob-jetiva seletiva e convocação para as provas escritas sele-tivas do concurso para Juiz Substituto do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba.

Agenda

* As datas são prováveis. Informações no site do Cespe/UnB: www.cespe.unb.br

Você também pode encaminhar suas dúvidas! Nosso e-mail: [email protected]

Fique por dentro

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Duas ferramentas de planejamento organi-zacional diretamente vinculadas à seleção de profissionais para postos de traba-lho estão ganhando espaço en-tre as atividades do Cespe/UnB: a análise profissiográfica e o mapeamento de competências (veja boxes). Elas são oferecidas para empresas e órgãos públi-cos interessados em identificar e melhorar o perfil do profissional mais adequado para ocupar um determinado cargo ou função.

“Os métodos podem ser aplicados nas ins-tituições tanto para a criação de novos cargos quanto para realocação do quadro de pessoal ou

seleção de novos candidatos”, afirma o Coordenador de Provas Práticas do

Cespe/UnB, Professor Luiz Mário Couto. Segundo ele, a tendência para o futuro é que o uso dessas metodologias anteceda a realização de um concur-so público nas organiza-ções. “O que vai colabo-rar para que a seleção dos candidatos seja ain-da mais eficaz”, ressalta.

ParticularidadesUma das psicólogas da equipe responsá-

vel pelas metodologias no Cespe/UnB, Cristiane Faiad, explica que os resultados das análises são individualizados para cada instituição e variam de acordo com características como tipo de atividade, localização e contexto atual da organização. Ela usa como exemplo des-sa particularização, as últimas ações da Polícia Militar do Rio de Janeiro. “A recen-te instalação das Unidades Pacificadoras nas comunidades pela PM exige agora um perfil de policial diferente daquele de al-guns anos atrás”.

Cristiane ressalta ainda que, mesmo dentro das organizações, os perfis são dis-

A análise profissiográfica e o mapeamento de competências permitem conhecer o perfil do profissional mais adequado para exercer determinados cargos

Cespe/UnB investe em novos serviços de seleção profissional

[Shirley de Medeiros] Da Assessoria Técnica de Comunicação

TRABALHO

tintos para cada área, cargo ou função. “O profis-sional que se compatibiliza ao cargo de agente

de polícia pode não ter, por exem-plo, o perfil para exercer o cargo de delegado dentro da mesma corporação”, lembra. O processo de levantamento de dados nas metodologias inclui a análise da estrutura organizacional do órgão e o desenvolvimento de ativida-des junto aos profissionais da ins-tituição. “Para isso, são aplicados questionários, realizados grupos

focais, entrevistas e reuniões com ocupantes do cargo e gestores da instituição”, enumera.

ParceriaA atuação do Cespe/UnB nessa área começou

em 2008, quando a primeira parceria foi fechada com a Polícia Federal (PF) para a realização do per-fil profissiográfico e do mapeamento de competên-cias de cinco cargos policiais.

Alguns dos resultados desse trabalho foram percebidos já no concurso de 2009 do órgão. De acordo com a Coordenadora de Recrutamento e Se-leção da PF, Delegada Valquíria Teixeira de Andrade, os relatórios gerados a partir da etapa do curso de formação, demonstraram que o perfil traçado na avaliação psicológica do concurso estava “no cami-nho certo”. “Os relatórios sinalizaram desempenhos positivos dos candidatos e os resultados serão usa-dos para subsidiar também os critérios das próxi-mas seleções”, ressalta.

A parceria entre a PF e o Cespe/UnB conti-nua e, desde o ano passado, está sendo reali-

zado o mapeamento de com-petências dos cargos policiais e das funções gerenciais, téc-nicas e de suporte. A ação irá subsidiar a implantação da ges-tão por competências no órgão. “Buscamos sempre aprimorar as atividades do servidor, con-tribuindo para que ele trabalhe com satisfação e estimulado”, diz Valquíria Andrade.

A delegada também explica que, em função do dinamismo do processo de trabalho da Polícia Federal, a atualização do perfil dos cargos precisa ser feita periodicamente. “Um exemplo foi o surgi-mento da prática de crimes pela internet, que de-mandou a necessidade de competências técnicas e comportamentais diferenciadas para operar os equipamentos utilizados na investigação e extrair os dados necessários e até imprescindíveis ao êxi-to do trabalho”, lembra.

Nova demandaAlém da Polícia Federal, outras instituições

também estão se preparando para realizar as aná-lises em parceria com o Cespe/UnB, como a Polícia Civil do Espírito Santo e outros órgãos do governo federal. Segundo Anelise Salazar, psicóloga que também integra a equipe do Cespe/UnB, a publicação do Decreto n.º 7.308, de 22 de setembro de 2010, que obriga a publicação em edital dos requisitos psico-lógicos exigidos dos candidatos na etapa de avaliação psicoló-gica de um concurso público, está fazendo com que a demanda por esse tipo de serviço au-mente. “A avaliação psicológica consiste em aferir a compatibilidade entre os requisitos psicológicos do candidato e as exigências do cargo”, explica.

De acordo com o professor Luiz Mário, o Ces-pe/UnB está preparado para aceitar mais esse de-safio e responder às demandas da sociedade. “O Centro é capaz não somente de atender ao cha-mado do mercado, mas também de oferecer solu-ções diferenciadas”, diz.

Metodologia aplicada com o objeti-vo de realizar uma análise detalha-da das características e necessida-des de um determinado cargo. São levantadas informações inerentes ao cargo como atribuições, respon-sabilidades, atividades realizadas, requisitos psicológicos e caracterís-ticas impeditivas para a função.

Análise Profissiográfica

O método identifica conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para o desempenho competente de um cargo. Permite a elaboração e a descrição do perfil de competências profissionais técnicas e comporta-mentais exigidas para as ativida-des. Pode abranger toda a empresa ou focar apenas determinada área, função ou cargo.

Mapeamento de Competências

Decreto n.º 7.308

De acordo com o decreto/2010, os requisitos devem ser levantados por meio de estudo científico das atribuições e responsabilidades dos cargos, descrição detalhada das atividades e tarefas, identifi-cação dos conhecimentos, habili-dades e características pessoais necessárias para sua execução e identificação de características res-tritivas ou impeditivas para o cargo.

As psicólogas Cristiane Faiad (E) e Anelise Salazar (D) fazem parte da equipe técnica que desenvolve as ações de profis-siografia e mapeamento no Cespe/UnB.