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ANO I – 2013

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Anais do I Seminário Latino Americano de Políticas Públicas e Turismo

ANAIS DO I SEMINÁRIO LATINO-AMERICANO DE POLÍTICAS PÚBLICAS EM TURISMO Organizado pelo Núcleo de Políticas Públicas em Turismo do Centro de Excelência em Turismo. http://seminariolatinoturismo.wordpress.com Periodicidade: anual Divulgação eletrônica É permitida a reprodução dos artigos desde que se mencione a fonte. UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Reitor: Ivan Camargo Comissão Organizadora: Presidente da Comissão: Dr. Neio Campos Coordenação Geral: Dra. Marutschka Martini Moesch Corpo Editorial: Coordenação: Dr. Everaldo Batista Costa - UNB Ms. Alessandra Santos dos Santos - UNB Ms. Ana Rosa Domingues dos Santos - UNB Dr. André de Almeida Cunha - UNB Dra. Eloísa Pereira Barroso - UNB Dra. Iara Lucia Gomes Brasileiro - UNB Dra. Karina e Silva Dias - UNB Dra. Lana Magaly Pires - UNB Dr.Luiz Carlos Spiller Pena - UNB Dra. Maria Elenita Menezes Nascimento – UNB Dra. Marutschka Martini Moesch - UNB Dr. Neio Lucio de Oliveira Campos - UNB Dra. Neuza de Farias Araújo - UNB Endereço para correspondência do CET/UnB: Campus Universitário Darcy Ribeiro - Gleba A, Bloco E - Av. L3 Norte, Asa Norte - Brasília-DF, CEP: 70.904-970.

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SUMÁRIO

RESUMOS

A implantação do projeto turístico Rota dos Tropeiros (PR): políticas públicas e governança .............. 4

Alessandra Sahaidak

A invenção de Barra Grande: construção, transformação e conflitos de um destino turístico no litoral

do Piauí .................................................................................................................................................... 5

Daniela Caruza Gonçalves Ferreira

Circuitos turísticos mineiros: descentralização, autonomia e gestão em relação ao Turismo com base

local (finais dos anos 90 – tempo presente) ........................................................................................... 6

Rubens da Trindade

O impacto social do turismo rural no papel das mulheres campesinas ................................................. 7

Maysa Sena de Carvalho

Parques urbanos, a natureza na cidade: práticas de lazer e turismo cidadão ........................................ 8

Mariana Inocêncio Oliveira Melo

Patrimonialização e turistificação no bairro cidade velha, em Belém do Pará ....................................... 9

Cleber Augusto Trindade Castro

RESUMOS EXPANDIDOS

A relevância da relação entre saúde e turismo ..................................................................................... 10

Maria Angelica de Moraes Assumpção Pimenta; Margarita Nilda Barretto Angeli

A comunicação das políticas públicas de turismo: do jornal para o local ............................................. 12

Andrea Theorga

A inclusão da nova classe média no turismo ........................................................................................ 14

Elvio Cavaton; Gilson Zehetmeyer Borda; Donária Coelho Duarte

A necessidade de políticas públicas fomentadoras do enoturismo para o pleno desenvolvimento

sustentável sob as dimensões de Sachs ................................................................................................ 16

Thiago Gabriel Barbosa R. C. Daher

Acessibilidade na hotelaria: um estudo preliminar no município de Altamira-Pará ............................ 18

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Elias Mota Vasconcelos; Gilson Zehetmeyer Borda; Donária Coelho Duarte

Adoções de espaços públicos de lazer e turismo urbanos: do planejamento à percepção dos usuários

............................................................................................................................................................... 20

Fernanda Costa da Silva

Análise do desenvolvimento do turismo de cruzeiros no porto de Paranaguá-PR, 2011-2013 ........... 22

Gilce Zelinda Battistuz; Marino Castillo Lacay

Aporte da agricultura familiar no turismo gastronômico: o caso da feira mistura de Lima – Peru ...... 24

Alexander Malaver Copara

Campo dos Bugres, vila de Santa Teresa, Caxias do Sul: a ressonância do patrimônio cultural

municipal na sociedade caxiense .......................................................................................................... 26

Jamile Cezar de Moraes; Luiz Antônio Gloger Maroneze

Efeito das políticas públicas na organização social, espacial e turística de Tiradentes - MG ............... 28

Fabíola Torga; Hélcio Ribeiro Campos

Megaeventos esportivos: o turismo de eventos gerando impactos para a população ........................ 30

Elaine Gomes Borges da Silva

O conselho de turismo do polo Seridó/RN como ferramenta de inclusão da comunidade na gestão

turística da região .................................................................................................................................. 32

Katiane Gelly Souza

O desenvolvimento de um novo conceito de cidade ............................................................................ 34

Ana Caroline Rodrigues

O ecoturismo e a incorporação de atitudes responsáveis em sua prática: um estudo de caso de

Okinawa, Japão ..................................................................................................................................... 36

Fabiana de Melo Oliveira; Gilson Zehetmeyer Borda; Donária Coelho Duarte

O papel do turismólogo frente à elaboração, planejamento e gestão de políticas públicas................ 38

Tamara Silva Nicolau

O potencial do consumo e do turismo LGBT em Brasília ...................................................................... 40

Agatha Rita Dorotéia Tavares Guerra

O turismo responsável em cidades criativas: políticas públicas para mobilidade urbana ................... 42

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Carolina Menezes Palhares; Gilson Zehetmeyer Borda; Donária Coelho Duarte

Políticas públicas de turismo de aventura no Peru - estudo de caso sobre o caminho inca sagrado do

santuário histórico de Machupicchu ..................................................................................................... 44

João Paulo Hordones Faria; Claudio Alexandre Souza; Sérgio Domingos de Oliveira

Produção associada ao turismo: uma alternativa possível para o desenvolvimento endógeno de

Pirenópolis-GO ...................................................................................................................................... 47

Erika Kilbert

Turismo como alternativa de uso dos lagos de hidrelétricas ................................................................ 49

Lívia C. B. S. Wiesinieski

Turismo na região norte do Ceará: um início de conversa ................................................................... 51

José Osmar Fonteles

Turismo responsável em cidades patrimônio: estudo de caso cidade de Pirenópolis-GO ................... 53

Rogério Carvalho; Gilson Zehetmeyer Borda; Donária Coelho Duarte

Turismo rural no Vale do Paraíba: diagnóstico a partir dos planos municipais de desenvolvimento

rural sustentável.................................................................................................................................... 55

Cristina Fachini; Alexandre Mendes; Esdras Matheus Silva Matias

Turismo, desenvolvimento local e qualidade de vida: um estudo de caso em um município do litoral

Potiguar ................................................................................................................................................. 57

Esdras Matheus Silva Matias; Sônia Regina da Cal Seixas

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A implantação do projeto turístico Rota dos Tropeiros (PR):

políticas públicas e governança

Alessandra Sahaidak - Mestre

UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa

A abrangência do projeto turístico “Rota dos Tropeiros (PR)” estabeleceu um território que envolve dezesseis municípios dispostos na região turística dos Campos Gerais. O projeto visa desenvolver o turismo baseado na diversidade natural e cultural da região. Tem no tropeirismo sua base histórica, pois foi um ciclo que contribuiu para o desenvolvimento econômico e social do país e deixou marcas materiais e imateriais no decorrer do caminho traçado por tropeiros. A região que o projeto alcança é um exemplo de como alguns municípios retratam parte dos costumes e as heranças culturais desse período. Através da organização do projeto os visitantes encontram diferentes segmentos de atividades turísticas, com opções de roteiros de ecoturismo, turismo rural, cicloturismo, turismo cultural, entre outros. Para administrar e articular o projeto, a Agencia de Desenvolvimento do Turismo nos Campos Gerais (ADTCG), age atendendo aos municípios e à iniciativa privada. A referida instância de governança atende ao projeto principalmente na divulgação e promoção do destino, através da elaboração de materiais e representação em eventos. A estruturação via treinamentos, oficinas e palestras são disponíveis para os municípios e associados. Passados alguns anos de seu lançamento (2003), buscou-se compreender como acontece a administração do projeto via instância de governança. Todavia, para entender o comando atual, foi necessário estudar a sua organização e implantação. Estabelecido por meio de políticas públicas, o projeto, em consonância com o objetivo norteador do planejamento nacional – descentralização –, tem como viés estruturar o potencial da região, valorizando as características culturais, históricas e naturais. Desta forma, foi realizada a pesquisa para ter conhecimento de como o projeto, foi e está sendo administrado por uma instância de governança. O embasamento teórico se estruturou em conceitos de território, políticas públicas e turismo (planejamento turístico), enquanto eixo central, mas também contemplou temas mais específicos, como poder autônomo do Estado, poder local, descentralização e instâncias de governança. Palavras-chave: Território. Políticas Públicas. Governança. Rota dos Tropeiros. Campos Gerais.

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A invenção de Barra Grande: construção, transformação e conflitos

de um destino turístico no litoral do Piauí

Daniela Caruza Gonçalves Ferreira - Doutoranda

UERJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro

A constante criação de novos destinos é uma das principais características do mercado

turístico mundial. O processo de transformação de um lugar em destino turístico acarreta

mudanças sociais provocadas pela intersecção de sistemas sociais diferentes em um

determinado ambiente. Devido às diferentes lógicas, valores e práticas compartilhadas pelos

múltiplos atores que entram em convívio nesse processo, resultam situações de conflito,

rivalidades, e disputas simbólicas, mas também de associação e cooperação. No caso

específico de Barra Grande, quatro grupos principais podem ser destacados: setores que

discutem o turismo e o desenvolvimento em Barra Grande, como o Estado e ONGs;

empresários do turismo, proprietários dos grandes estabelecimentos; turistas; e moradores

locais. A proposta central deste trabalho é entender como esses grupos se relacionam entre

si e com o espaço no contexto de construção de Barra Grande como um destino turístico.

Palavras-chave: Turismo. Mudança Social. Conflitos. Barra Grande.

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Circuitos turísticos mineiros: descentralização, autonomia e gestão

em relação ao Turismo com base local (finais dos anos 90 – tempo

presente)

Rubens da Trindade - Mestre

UNB - Universidade de Brasília

Este trabalho tem como Plano de Observação o cenário de Minas Gerais e, como objeto, as políticas públicas vigentes nos Circuitos Turísticos Mineiros. Objetivou-se observar práticas adotadas em âmbito federal, estadual e municipal, tendo como eixo de problematização o entendimento de que a pesquisa indiciaria descompassos entre os discursos veiculados/representações que a eles subjazem e as práticas efetivas na gestão do turismo. Tomou-se como base empírica um corpus documental constituído de textos escritos, entrevistas e imagens. A pesquisa foi balizada temporalmente no período compreendido entre finais dos anos 90 do sec. XX – tempo presente. O diálogo interdisciplinar sugeriu as condutas teórico-metodológicas nas quais ao Turismo, como fenômeno sociocultural, político e econômico, entrecruzam-se categorias e noções tais como, gestão, autonomia, discursos/práticas/representações e dimensões do poder que as atravessam. Palavras-chave: Circuitos Turísticos Mineiros. Políticas Públicas. Descentralização. Gestão. Relações de Poder.

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O impacto social do turismo rural no papel das mulheres

campesinas

Maysa Sena de Carvalho - Mestre

UNB - Universidade de Brasília

A dissertação investiga as relações entre as práticas do turismo rural e seus impactos sociais sobre os papéis das mulheres no espaço rural. Tais papéis foram apreendidos a partir da reflexão teórica e da pesquisa de campo realizada em três roteiros turísticos, nos municípios representativos do objeto de investigação, que têm como recorte espacial unidades de produção pertencentes aos programas do Ministério do Turismo, especificamente do projeto denominado Talentos do Brasil Rural: Turismo e Agricultura Familiar a Caminho dos Mesmos Destinos. As questões de pesquisa que nortearam este trabalho foram: desvelar como estão sendo impactados os papéis das mulheres rurais pela produção associada ao turismo nas famílias participantes dos roteiros; mostrar os impactos causados nas relações familiares a partir da mudança dos papéis das mulheres no espaço rural, no processo de hospitalidade turística; e identificar as alterações nas posições de poder e na autoestima das mulheres no espaço rural inseridas nos roteiros. A perspectiva teórico-conceitual utilizada permitiu abordar o tema relacionando com as categorias de agricultura familiar, turismo rural, produção associada ao turismo, poder, autoestima, papel social, impactos sociais e culturais e habitus. O objetivo deste trabalho foi analisar se os impactos do turismo sobre os papéis sociais das mulheres no espaço rural contribuem para o seu protagonismo. E destaca a importância da abordagem de gênero para a apreensão do cotidiano das mulheres entrevistadas. Examinaram-se os discursos das mulheres representantes dos núcleos familiares mediante a aplicação de entrevistas e observações livres. A análise revelou que a inserção do trabalho feminino como protagonista do turismo rural na agricultura familiar colabora para a ampliação de sua renda no meio familiar e que esta é utilizada para seu uso pessoal e familiar. Esta nova configuração é facilitada pelo fato de as práticas do turismo no território rural assemelharem-se ou coincidirem com as tarefas domésticas – apontadas como inferiores, ou seja, desvalorizadas em relação a outras atividades exercidas predominantemente por homens. A cozinha, espaço privado, passa a ser espaço público, agora tão valorizado quanto a área de produção agrícola ou a criação de gado, pois são os quitutes, artesanalmente elaborados, os atrativos agora cobiçados pelos visitantes. São as mulheres, mães, avós, filhas, as protagonistas desta nova forma econômica e social de relação entre campo e cidade, rural e urbano, reinventando a hospitalidade e se reinventando socialmente. Palavras-chave: Impactos Sociais do Turismo. Turismo Rural. Agricultura Familiar. Projeto Talentos do Brasil Rural.

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Parques urbanos, a natureza na cidade: práticas de lazer e turismo

cidadão

Mariana Inocêncio Oliveira Melo - Mestre

UNB - Universidade de Brasília

Trata-se esta dissertação de uma pesquisa de cunho qualitativo que busca investigar as formas de apropriação estabelecidas nos parques urbanos - Farroupilha e Bosque dos Buritis – pelas práticas de lazer e turismo cidadão. Os parques urbanos são espaços públicos bastante representativos na socialização da cidade, por oferecer diversas atividades – esportivas, culturais, artísticas, educativas e ambientais - capazes de estabelecer relações sociais entre os citadinos e representam espaços com presença da natureza que propiciam a contemplação/fruição no meio urbano. Para tanto, a análise da revisão literária em torno do tema se dá por meio das discussões teórico-conceituais sobre jardim, parque urbano, natureza, lazer, paisagem e turismo cidadão. Por conseguinte, a discussão da dissertação tem o objetivo de apresentar os parques urbanos como espaços que se transformam em lugares de natureza para aqueles que os frequentam, inscrevendo/intensificando na cidade a presença da natureza e a (re)significação dessa experiência, mediante as práticas de lazer e turismo cidadão, transformando a relação do habitante com a cidade e com a vida que a anima. Palavras-chave: Parque urbano. Natureza. Lazer. Paisagem. Turismo cidadão.

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Patrimonialização e turistificação no bairro cidade velha, em Belém

do Pará

Cleber Augusto Trindade Castro - Mestre

UFP - Universidade Federal do Pará

A patrimonialização e a turistificação, enquanto processos socioespaciais, têm contribuído significativamente para a produção do espaço urbano, por meio dos conflitos entre interesses exógenos às áreas, e as dinâmicas sociais locais, de modo especial nos Centros Históricos urbanos. Nesse contexto, este estudo foi norteado, de modo geral, por questionamentos sobre como os processos de patrimonialização e turistificação tem contribuído, recentemente, para a produção do espaço no bairro Cidade Velha, em Belém-PA. De maneira mais específica pergunta-se: a) Quais são os agentes dos processos de patrimonialização e de turistificação do bairro Cidade Velha, Belém-PA? b) Que estratégias de apropriação e uso do espaço são adotadas por esses agentes? A pesquisa permite compreender as consequências das políticas para o patrimônio cultural e para o desenvolvimento do turismo nos aspectos materiais e nas relações sociais e simbólicas no bairro estudado. Além disso, o trabalho permite evidenciar a diversidade de agentes e de estratégias socioespaciais contraditoriamente presentes nesses processos. Para o desenvolvimento do estudo, com abordagem qualitativa, foram realizados levantamentos e análises em bibliografias que forneceram subsídios teóricos e conceituais para o desenvolvimento da pesquisa. Realizamos trabalho de campo, participando de reuniões dos moradores do bairro, bem como entrevistas semiestruturadas com agentes representantes dos grupos sociais apontados pelo aporte teórico da pesquisa, considerando também as observações em campo. A pesquisa evidencia a atuação do Estado, com suas instituições responsáveis por políticas nos setores do patrimônio cultural e do turismo, de agentes do mercado, moradores e trabalhadores do bairro, turistas e promotores culturais como agentes dos processos estudados. O trabalho demonstra também que os processos de patrimonialização e turistificação que ocorrem no bairro Cidade Velha contribuem para a moldagem da forma, das relações sociais, dos usos e do sentido cultural desse espaço. O processo de patrimonialização, do ponto de vista de suas ações efetivas de proteção e refuncionalização de espaços, incidem sobre pontos específicos do bairro, e uma parte menor ainda recebe a visita de turistas. No entanto, há uma presença forte na psicoesfera da parte legalmente protegida do bairro das implicações do fato de essa área ser legalmente protegida. O mesmo não ocorre na área de expansão mais recente do bairro, que não é legalmente protegida, e não possui ações efetivas de patrimonialização e turistificação. Palavras-chave: Patrimônio Cultural. Turismo. Amazônia. Espaço Urbano. Centro Histórico.

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A relevância da relação entre saúde e turismo

Maria Angelica de Moraes Assumpção Pimenta - Mestranda

Instituto Federal Catarinense – Camboriú Margarita Nilda Barretto Angeli - Doutora

Universidade Regional de Blumenau

Saúde e turismo são áreas que possuem uma estreita relação e influenciam a economia e o desenvolvimento social de uma região. Os gestores devem estar cientes das consequências que o desenvolvimento do turismo pode causar a saúde da população, bem como promover o aumento de ações que podem contribuir para a qualidade dos cuidados de saúde, tanto para o turista como e, sobretudo, para a comunidade local. Este estudo teve como objetivo demonstrar a relevância da relação entre saúde e turismo no que se refere à implementação e desenvolvimento de programas e ações de saúde relacionadas com o turismo. Barretto (2010) assegura que o turismo, do mesmo modo que a saúde é uma atividade que deve ser estudada de forma interdisciplinar. A visão do turismo como um fenômeno social ainda é novo, mas, percebe-se que a sua relação com outras áreas do conhecimento existe há muito tempo. Barretto (2004) alega que o turismo desempenha e reflete os problemas da sociedade a que pertence, seja da política econômica, das políticas públicas ou, da saúde, e vai estar sujeito ao modelo econômico e político que a sociedade apresentar. Este pensamento apóia a diversidade de áreas de conhecimento que se relacionam com o turismo, entre elas a saúde. Rodriguez-Garcia (2001) em seu estudo alerta para as preocupações de viagens como uma questão de saúde pública que, a partir da globalização, gerou um grande aumento no movimento de pessoas em todo o mundo, ressaltando que, esse avanço da intensidade e quantidade de viagens favoreceu a disseminação de novas e o ressurgimento de doenças infecciosas, bem como, à morte, à incapacidade em decorrência de acidentes e violência e, das doenças crônicas, tais como as provocadas pelo abuso de substâncias como o álcool e o tabaco e por comportamentos indesejáveis. Na concepção de Hospedales e Phillippeaux (2005), "Turismo e Saúde" é entendido como o conjunto de políticas e ações selecionadas que alcançam as condições ideais para o desenvolvimento do turismo sustentável em um país e, de maneira harmônica, promover: saúde e segurança, direito ambiental, recursos naturais e culturais, proteção e segurança, recursos humanos e percepção do turismo nacional. A OMS apresenta uma série de orientações para os viajantes, no entanto, atribui-lhes a responsabilidade pela sua própria saúde e os riscos a que possam estar exposta na realização de uma viagem. A preocupação com a saúde dos turistas e da população local também deve ser discutida entre os gestores do turismo, a fim de contribuir para o planejamento e desenvolvimento do turismo. Foi realizada uma pesquisa documental a publicações da Organização Pan Americana de Saúde-OPAS. Constatou-se a existência de uma resolução que trata da relação saúde e turismo no âmbito do desenvolvimento dos países latino-americanos, apresentando uma proposta de ação conjunta sobre saúde e turismo a cada quadriênio para os países das Américas (OPAS, 2010). Assim, faz-se necessário refletir sobre as propostas de ações no tocante a saúde e turismo, em especial, na promoção de oportunidades de formação para melhorar a qualidade e a

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quantidade de profissionais capacitados em saúde e turismo. Cabe ressaltar a relevância deste estudo por corroborar com a necessidade de se pensar não apenas na saúde do turista, sobretudo, na saúde da localidade turística, dos trabalhadores do setor turístico e, de sua comunidade local. Palavras-chave: Gestão. Saúde. Turismo. Saúde e Turismo. REFERÊNCIAS

BARRETTO, Margarita. Manual de iniciação ao estudo do turismo. 19.ed. Campinas, SP: Papirus , 2010.

_____; TAMANINI, Elizabete; IVONET, Maria. Discutindo o ensino universitário de turismo. Cap. 03, pág. 81-82. Campinas, SP: Papirus, 2004.

HOSPEDALES, C.James; PHILIPPEAUX, Harry. Salud y turismo – Documento conceitual, Organización Panamericana de La Salud OMS / OPS, noviembre de 2005.

RODRIGUEZ-GARCIA, R. The health-development link: travel as a public health issue. Journal Community Health. 2001 Apr; 26(2):93-112.

OMS/OPS. Programa de Acción sobre Salud Y Turismo para Las Américas (2008-2012). Organización Panamericana de La Salud OMS / OPS, 2010. Disponível em: http://www.paho.org/saludyturismo/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=44&Itemid=45&lang=es. Acesso: 23 de outubro de 2012.

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A comunicação das políticas públicas de turismo: do jornal para o

local

Andrea Theorga - Especialista

IESB - Instituto Superior de Ensino de Brasília

Observando os esforços de construção das políticas públicas do turismo veremos em suas estratégias um movimento de inclusão social, cultural e econômica em programas e projetos de qualificação de profissionais, de atrativos, de produtos e serviços turísticos, além da promoção nacional e internacional. No entanto, e tomando como ponto de partida a Copa do Mundo de 2014, é fundamental diferenciar, conceitualmente, políticas públicas de turismo de projetos de investimentos para megaeventos - o primeiro envolve planejamento estratégico de longo prazo, enquanto o segundo, diz respeito a ações específicas e pontuais direcionadas a um objetivo de curtíssimo prazo e de interesse privado. O que este artigo propõe é um estudo sobre a comunicação das políticas públicas do turismo em comparação ao projeto de investimento para a Copa do Mundo de 2014. A questão principal é saber se as políticas públicas estabelecidas no Plano Nacional de Turismo - PNT (2013-2016) aparecem nas notícias publicadas pelos jornais Folha de São Paulo e O Globo, formando a agenda pública de debates ou se apenas as estratégias do governo voltadas para o projeto do megaevento da Copa do Mundo de 2014 é que ganham destaque nas pautas jornalísticas. Para tanto, será preciso analisar as notícias publicadas nos dois jornais, de janeiro a julho de 2013, um ano antes do megaevento acontecer no Brasil e, através da avaliação destas, descobrir: a) se as diretrizes das políticas públicas do turismo no Brasil formam a pauta desses veículos de maneira clara e integrada ao PNT (2013-2016); b) se a imprensa cumpre seu papel no debate entre Estado, Governo e Sociedade oferecendo conteúdo informativo e colaborativo; e, de que maneira os pleitos dos protestos de junho de 2013, refletem essas estratégias. Como metodologia de pesquisa foram analisadas notícias com as palavras-chave "Copa do Mundo de 2014", no período proposto, e, no mês de junho e julho de 2013, três outras palavras-chaves foram utilizadas de modo a complementar a pesquisa - "protestos", "manifestações populares", "padrão FIFA" - para que fosse possível comparar os reflexos das informações de políticas e projetos na população. Todas as notícias foram incluídas num banco de dados, formatado a partir de um protocolo de avaliação desenvolvido pela autora. A análise dos resultados foi realizada pela interpretação numérica/gráfica das notícias e a partir da leitura de quadros demonstrativos de planos e estratégias em áreas de financiamento e desenvolvimento, baseadas nas informações do Ministério do Turismo, dos Esportes, Site da FIFA e Controladoria Geral da União através do Portal da Transparência. Palavras-chave: Políticas Públicas de Turismo; Comunicação; Plano Nacional de Turismo 2013-2016; Copa do Mundo de 2014; FIFA. REFERÊNCIAS

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BRASIL. Ministério do Esporte. Garantias da União à FIFA. Brasília, DF: [s.n], 2009. Disponível em: <http://www.esporte.gov.br/arquivos/futebolDireitosTorcedor/copa2014/ garantiasGovernamentais.pdf>. Acesso em: 20 mai. 2013.

______. Grupo Executivo da Copa do Mundo FIFA 2014 GECOPA. Resolução nº 1, de 23 de setembro de 2011: Plano de Promoção do Brasil. Brasília, DF: Diário Oficial da União, nº 185, p.67, 26 set.2011. Disponível em: <http://www.copa2014.gov.br/sites/default/files/publicas/resolucao_gecopa.pdf>. Acesso em: 20 mai. 2013.

______. Decreto nº 7.783, de 7 de agosto de 2012: regulamenta a Lei n.12.663 de 5 de junho de 2012. Diário Oficial da União, 2012. n.153, pp.49-50. Disponível em: <http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=08/08/2012& jornal=1&pagina=49&totalArquivos=136>. Acesso em: 20 mai. 2013.

CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO. Portal da Transparência para a Copa de 2014. Financiamentos por tema. Disponível em: <http://www.portaltransparencia. gov.br/copa2014/financiamentos/assunto.

seam;jsessionid=741215278261156BE3F588D951082811.portalcopa?assunto =tema>. Acesso em: 20 mai. 2013.

CORREIA, João Carlos. O admirável mundo das notícias: teorias e métodos. (Estudos de Comunicação). Covilhã, UBI: LabCom Books, 2011.

DUARTE, Jorge; BARROS, Antônio. (orgs.). Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. 2.ed.6.reimp. São Paulo: Atlas, 2012.

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A inclusão da nova classe média no turismo

Elvio Cavaton - Mestrando

UNB - Universidade de Brasília Gilson Zehetmeyer BORDA

UNB - Universidade de Brasília Donária Coelho DUARTE

UNB - Universidade de Brasília

O presente trabalho tem como objetivo fazer uma reflexão teórica sobre a inclusão da nova classe média nas práticas turísticas. Para entender essa demanda, analisamos documentos oficiais do governo brasileiro e publicações científicas sobre práticas turísticas e responsabilidade turística procurando levantar as políticas públicas de turismo existentes em nível federal relativas à inclusão da nova classe média nas atividades turísticas. Nosso objetivo tem como pano de fundo um momento relevante de nossa história econômica. Presenciamos a inclusão acelerada de milhões de cidadãos no mercado de consumo. A existência de uma classe média no Brasil não é novidade. Há dez anos, ela crescia lentamente e contava aproximadamente 70 milhões de pessoas. A novidade é que, entre 2002 e 2012, mais 40 milhões de brasileiros foram a ela acrescentados e alteraram seu perfil. Trata-se de um imenso grupo de pessoas que passou a ter acesso à renda, ao crédito e a uma infinidade de produtos e serviços, um fenômeno que está sendo denominado de nova classe média (BRASIL, 2012). A integração desse enorme contingente ao mercado de turismo nacional precisa ser um objetivo do setor público, porque os trabalhadores têm direito ao lazer (BRASIL, 2003) e o turismo é uma forma de lazer. No entanto, a possibilidade de acrescentar dezenas de milhões de visitantes ao fluxo já existente em nossas destinações turísticas nos coloca de imediato, o problema de administrar os impactos decorrentes desse aumento de fluxo (BRIASSOULIS, 2002). Uma maneira de tratar esse problema é desenvolver produtos turísticos adequados, que resultem em um impacto suportável pelo conjunto dos recursos comuns disponíveis tanto aos turistas quanto à comunidade local, pois este coincide com o produto turístico (BRIASSOULIS, 2002). Para tanto, além de conhecer os limites dos recursos disponíveis, é imprescindível considerar que a nova classe média traz consigo novos valores estéticos, artísticos, culturais, hábitos, comportamentos, se desinibe e passa a frequentar lugares dos quais se achava excluída (SILVA, 2012). Ainda não está implementada uma política pública federal específica para promover a inclusão da nova classe média nas atividades turísticas e que sua elaboração pressupõe a organização de destinos e serviços disponíveis para formar produtos turísticos (TOMELIN, 2012) que atendam, ao mesmo tempo, o imaginário, as expectativas e os desejos turísticos dos integrantes da nova classe média e que tragam em si, desde sua concepção, a responsabilidade na fruição de bens comuns, em especial dos bens insubstituíveis, tais como paisagens, rios, mares, espécies animais e vegetais. Palavras-chave: Nova Classe Média. Inclusão. Turismo.

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REFERÊNCIAS

BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2003.

BRASIL, Secretária de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.: Vozes da Classe Média: Desigualdade, Heterogeneidade e Diversidade. Caderno Vozes da Classe Média, v. 2. Brasília: SAE, 2012. Disponível em: <ttp://www.sae.gov.br/site/wp-content/uploads/Vozes-da-Classe-Media-2%C2%BA-Caderno.pdf>. Acesso em: jan. 2013.

BRIASSOULIS, Helen. Soustainable tourism and the question of the commons. Annals of Tourism Research, Vol 29, n. 4, p. 1065-1085, 2002.

SILVA, Jailson de Souza e. Quando novos personagens entram em cena. In: Caderno Vozes da Classe Média. Vozes da classe média: desigualdade, heterogeneidade e diversidade. V. 2. Brasília: SAE, 2012, p. 57-58. Disponível em: <http://www.sae.gov.br/>. Acesso em: Jan. 2013.

TOMELIN, Carlos Alberto. Gerenciamento da cadeia de suprimentos e relacionamento nas agências de viagens. In: BENI, Mário Carlos (org.) Turismo: planejamento estratégico e capacidade de gestão – desenvolvimento regional, rede de produção e clusters. Barueri: Manole, 2012.

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A necessidade de políticas públicas fomentadoras do enoturismo

para o pleno desenvolvimento sustentável sob as dimensões de

Sachs

Thiago Gabriel Barbosa R. C. Daher – Mestrando

UNB - Universidade de Brasília

O enoturismo - turismo de vinhos - é uma proposta inovadora dentro da dinâmica já estabelecida tanto do turismo como da produção de vinhos. O enoturismo surgiu da demanda de consumidores e estudiosos de vinhos para conhecer o modo, o local da produção, a forma de vinificação e todos os outros fatores que podem influenciar no produto final (Terroir). A demanda por esse tipo de turismo já era conhecida, no entanto, a potencialidade turística ainda não era conhecida por boa parte dos produtores de vinhos. O turismo enológico vem se mostrando interessante também aos produtores de vinhos, pois configura-se como uma diversificação de renda onde não são requeridos investimentos extraordinários e tendem a gerar um desenvolvimento regional sustentável endógeno. Para um real desenvolvimento sustentável, Ignacy Sachs (2008) propõem oito dimensões ou critérios de sustentabilidade, sendo elas; social, cultural, ecológica, ambiental, territorial, econômico, política (nacional) e política (internacional). Observando o fluxograma sistêmico do enoturismo(Figura 1) pode-se notar que o enoturismo atende a todas as dimensões de sustentabilidade, no entanto apresenta fragilidade nas dimensões de políticas em âmbito nacional e internacional. Políticas essas que podem ser fortalecidas por meio de políticas públicas fomentando o enoturismo.

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Figura 1: Enoturismo sob as oito dimensões de sustentabilidade de Sachs.

Fonte: A.B.C. Agricultura de baixa emissão de carbono.

Tratando-se de um sistema interdependente é possível inferir que a fragilidade de uma variável (dimensão) influencia as demais variáveis. Levando em consideração que as políticas públicas podem fomentar uma atividade turística, cultural, produtiva e entre outras, infere-se que o fomento do enoturismo como forma de desenvolvimento sustentável regional endógeno é interessante sob o ponto de vista de formulação de novas políticas públicas, no entanto faz-se necessário, estudos que comprovem a real potencialidade e viabilidade para se obter o tão desejado desenvolvimento sustentável. Palavras-chave: Enoturismo. Políticas Públicas. Desenvolvimento Regional Sustentável. REFERÊNCIA SACHS, Ignacy: Caminhos para o desenvolvimento sustentável. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Garamond, 2008.

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Acessibilidade na hotelaria: um estudo preliminar no município de

Altamira-Pará

Elias Mota Vasconcelos - Mestrando

UNB - Universidade de Brasília Gilson Zehetmeyer Borda - Doutor

UNB - Universidade de Brasília Donária Coelho Duarte - Doutora

UNB - Universidade de Brasília

O artigo reflete sobre a acessibilidade na hotelaria de Altamira-PA com base no Projeto Capacitação Profissional de Pessoas com Deficiência no Estado do Pará, desenvolvido na cidade citada. Um dos autores participou diretamente do projeto. Este artigo tem por objetivo entender a razão da ausência de elevadores nos hotéis de Altamira e outros itens básicos para garantir a locomoção das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida - PDMR, além de sugerir meios para se mudar esse cenário e mostrar a importância desses recursos no dia a dia dos PDMRs. A metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica, história oral e a experiência das visitas realizadas nos hotéis - observação participante. O estudo sobre turismo e acessibilidade constitui-se em uma área emergente da investigação científica e segundo Devile (2011) há pouco consenso quanto à conceituação. Darcy & Buhalis apud Devile (2011) conceituam turismo acessível como uma forma de turismo que envolve um processo colaborativo entre os stakeholders, que permite às pessoas com diferentes requisitos de acesso (incluindo mobilidade, visão, audição e cognição) agir de forma independente, com equidade e dignidade. Para Duarte et al. (2012) os PMDRs “constituem um segmento turístico com grande potencial de crescimento, desde que sejam fornecidas infraestruturas públicas e equipamentos turísticos para o seu melhor atendimento”. O Programa de Ação Mundial para Pessoas Portadoras de Deficiência das Nações Unidas – ONU (1982 apud MTur 2006, p. 26) compreende que os países membros (da ONU) devem garantir que pessoas com deficiência tenham as mesmas oportunidades de desfrutar de atividades recreativas que têm os outros cidadãos, compreendendo o acesso a restaurantes, cinemas teatros e frequentar também espaços de lazer, estádios esportivos, hotéis, praias, entre outros. “Ter acessibilidade é garantir que todos exerçam seus direitos de ir e vir, de acesso ao transporte [...] ao lazer” (Mtur, 2009, p. 27). Qualquer que seja o estabelecimento turístico deve possuir adaptações que o turista com deficiência tenha independência, autonomia e dignidade de forma coletiva ou individual. Para Camisão (2006, p. 337), “às pessoas com deficiência devem ser asseguradas as mesmas oportunidades [...] possibilidade de deslocamento, escolha de locais, direito à informação, direito de viajar”. Os resultados desta pesquisa indicaram uma lacuna no que se refere à acessibilidade, o que já havia sido analisado pelo Mtur (2009, p. 26): “os receptivos turísticos no Brasil apresentam sérias lacunas na acessibilidade das instalações e no atendimento com hospitalidade da pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida”. A pesquisa avaliou seis hotéis da cidade de Altamira, sendo que em nenhum havia elevador e outros itens básicos como: rampas, pisos táteis, banheiros e Unidades Habitacionais adaptados para atender a demanda de PDMRs e

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idosos que porventura utilizam seus espaços. Acredita-se que a falta de visão do empresariado hoteleiro local quanto à questão da acessibilidade, sensibilização e informação acerca do tema seja um dos gargalos para a ausência dos meios para locomoção dos PDMRs. O dado é preocupante desde que a cidade duplicou sua população nos últimos anos em função da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e tem recebido muitos turistas e visitantes. Conclui-se que há a urgente necessidade de elevadores e outros itens básicos citados anteriormente para os PDMRs na hotelaria no município de Altamira. Sugere-se o desenvolvimento de novos estudos sobre a temática em hotéis para melhor entender a situação atual do município em relação à acessibilidade e garantir a esse público o direito de ir e vir. Palavras-chave: Deficiência. Hotelaria. Altamira-(PA). Mobilidade Reduzida. REFERÊNCIAS

ABNT. NBR 13994 Elevadores de passageiros: elevadores para transporte de pessoa portadora de deficiência. RJ, 2000.

BRASIL. MTur - Ministério do Turismo. Turismo acessível: introdução a uma viagem de inclusão. Vol 1. Brasília: Mtur, 2009.

CAMISÃO, Verônica. Turismo e acessibilidade. In: Turismo Social: diálogos do Turismo uma viagem de inclusão. RJ: IBAM, 2006.

DEVILE, Eugénia Lima. O desenvolvimento de turismo acessível na lousã: perspectivas dos agentes locais do sector do turismo. Book of proceedings vol. i – international conference on tourism & management studies – Algarve, 2011.

DUARTE, D. C.; BORDA, G. Z. ; OLIVEIRA, V. G. Turismo Acessível no Brasil: Oportunidades e desafios da hotelaria no contexto da crise econômica global. Revista Turismo & Desenvolvimento (Online), v. 4, p. 16-19, 2012.

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Adoções de espaços públicos de lazer e turismo urbanos: do

planejamento à percepção dos usuários

Fernanda Costa da Silva - Mestranda

UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Esta pesquisa insere-se na área de Planejamento Urbano e Regional e trata da percepção de usuários em relação a espaços públicos urbanos que sirvam concomitantemente ao lazer e ao turismo, em um contexto no qual se verifique parcerias público-privado do tipo Adoção. A pesquisa tem como objetivo contribuir para indicar uma tendência de percepção contemporânea da sociedade civil em relação ao papel do Estado brasileiro, levando-se em conta o crescente número de parcerias estabelecidas entre o Poder Público e o setor privado, para a gestão dos espaços urbanos de uso irrestrito. Em complemento, partindo-se do feedback dos usuários (LYNCH, 1962), objetivou-se: averiguar se as parcerias nos espaços públicos urbanos são interpretadas como necessárias ou como impróprias, sob aspectos físicos e simbólicos, no que se refere à qualificação do lazer e do turismo; e verificar se as parcerias causam interferência na avaliação de desempenho dos espaços onde ocorrem, ou se tal avaliação liga-se ao atendimento dos critérios de adequação e uso, tais como os sugeridos pela área de estudos Ambiente-comportamento (CARR et al., 2007;LANG, 1987; LYNCH, 1960; WHITE, 1988). Para tanto, realizou-se estudo comparativo em três espaços adotados, localizados em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, os quais são relevantes tanto no contexto do lazer local, como no contexto turístico. A coleta de dados realizou-se mediante levantamento de arquivo, levantamento físico, aplicação de entrevistas, de mapas mentais e de questionários. Os resultados indicam existir aceitabilidade das intervenções privadas de forma correlata à relevância atribuída a esta prática de investimento no espaço público. Também se verificou que a avaliação de desempenho não está relacionada à aceitabilidade dos investimentos privados, nos espaços em que a pesquisa foi aplicada, embora a percepção dos usuários possa ser influenciada, positiva ou negativamente, em relação a algumas das variáveis de análise do desempenho do espaço, na medida em que elas aludem a investidores privados. De forma geral, constatou-se não ser expressivo o interesse dos usuários pelo modo como os serviços são providos nos espaços públicos de lazer e turismo, contanto que o resultado final seja satisfatório ao propósito desses espaços. Verificou-se que, na percepção dos usuários, o Estado ainda é a esfera sobre a qual incide e sobre a qual deveria incidir a responsabilidade pelo amparo às áreas públicas abertas de lazer e turismo, mesmo que o setor público tenha sido avaliado como pior, comparado ao privado, no que se refere à prestação de serviços urbanos. Ainda assim, é importante destacar a expressiva parcela de respondentes que já sinalizam o setor privado como aquele que de fato investe em espaços públicos, e como aquele que deveria ter a responsabilidade por tais investimentos urbanos, percepção esta que sugere haver uma compreensão, por parte dos usuários, sobre a situação transitória do papel do Estado, indicada pela literatura pertinente ao tema (BENTO, 2003; BRAMWELL; LANE, 2000; BULT-SPIERING; DEWULF, 2007; GEDDES, 2005; URIO, 2010). Os resultados obtidos, além de adicionarem ao debate a avaliação sobre uma modalidade específica de consorciamento urbano, qual seja, a Adoção, abordada à luz

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da área Ambiente-Comportamento, agregam tratamento teórico a um segmento turístico que ainda necessita ter estudos aprofundados, qual seja, o Turismo Urbano. Palavras-chave: Planejamento urbano. Adoção de espaços públicos. Ambiente-comportamento. Lazer. Turismo. REFERÊNCIAS

BENTO, Leonardo Valles. Governança e governabilidade na reforma do Estado: entre eficiência e democratização. Barueri, SP: Manole, 2003.

BRAMWELL, Bill; LANE, Bernard.Tourism collaboration and partnerships: politics, practice and sustainability. Aspectsoftourism. N°2. GreatBritain: BiddlesLtd, 2000.

BRAMWELL, Bill; LANE, Bernard.Tourism collaboration and partnerships: politics, practice and sustainability. Aspects of tourism.N°2. Great Britain: Biddles Ltd, 2000.

BULT-SPIERING, Mirjam; DEWULF, Geert.Strategic Issues in Public-Private Partnerships: an international perspective. S/l: JOHN WILEY PROFESSIO, 2007.

CARR, Stephen; FRANCIS, Mark; RIVLIN, Leanne; STONE, Andrew.Needs in Public Sapce. In: CARMONA, Matthew; TIESDELL, Steve (Org.). Urban Design Reader. Oxford, UK, 2007.

GEDDES, Michael. Making Public Private Partnerships Work: building relationships and understanding cultures. Grã-Bretanha: Ashgate USA, 2005.

LANG, Jonny; BURNETTE, C.; MOLESKI, W.; VACHON, D. Designing for Human Behaviour: architecture and the behavioural sciences. Stroudsburg: Dowden, Hutchinson & Ross, 1987.

LYNCH, Kevin. Site planning. Cambridge, Massachusetts: The Massachusetts Institute of Technology Press, 1962.

LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. Lisboa: Edições 70, 1960.

URIO, Paolo. Public Private Partnerships: success and failure factors for in-transition countries. USA: Rowman& Littlefield, 2010.

WHITE, Wiliam. City: rediscovering the center. New York: Anchor Books. 1988.

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Análise do desenvolvimento do turismo de cruzeiros no porto de

Paranaguá-PR, 2011-2013

Gilce Zelinda Battistuz - Mestranda Universidade Estadual de Maringá

Marino Castillo Lacay - Mestre UFPR / IPARDES

O artigo apresenta a gestão institucional do turismo no Paraná para os navios turísticos cujas paradas técnicas ocorreram na cidade de Paranaguá, Região Turística do Litoral Paranaense1, no Porto D. Pedro II em Paranaguá, entre 2011 e 2013. O Porto de Paranaguá não conta com uma estação de passageiros/terminal turístico para atender a demanda de cruzeiros. Sendo assim, os cruzeiros foram atendidos no Berço 208, do cais comercial, reforçando o entendimento das autoridades portuárias de que a cidade de Paranaguá não possui caráter turístico desenvolvido (APPA, 2012). O navio Vendame, a primeira atracação de parada técnica em 2010, foi recebido como um teste pelo município, seguidos posteriormente pelo navio Aidacara. Em 2011 foi instituído um Grupo de Trabalho (GT) visandoa realização de estudos e medidas de estímulos para o fomento do Turismo Náutico no Estado do Paraná e vislumbrando atingir o mercado nacional/internacional de cruzeiros, que apresentou um crescimento acumulado acima dos 800% nos últimos dez anos no número de paradas, e movimentou mais de 4.500mil passageiros embarcados no mesmo período. Porém, o ritmo de expansão dos cruzeiros tem se ressentido pela falta de bases sólidas que comporte uma demanda adicional. (ABREMAR, 2013). A realização deste trabalho teve como elemento preponderante a pesquisa de campo,2que buscou conhecer, analisar e avaliar o perfil dos passageiros que desembarcavam do navio, identificando seus pontos de interesse e sua percepção a cerca dos locais visitados por estes. No período de estudo, o navio Aidacara transportou em média 1.230 passageiros/viagem (maioria de origem alemã). Desses 76% desembarcaram para conhecer o píer e mais de 33% adquiriram passeios em terra. Dos passageiros pesquisados, 70% viajaram em família com faixa etária de 35 a 64 anos, e 89% haviam concluído o ensino médio ou superior; 29% trabalham no setor privado, ou são aposentados (23%). Entre eles 51% expressou a intenção de voltar ao destino por levarem uma imagem positiva (94%) do local, baseada na ótima Hospitalidade de Comunidade (57,8%), dos bons Serviços de Táxi e do Comércio Local, (57%). A partir do diagnostico, que delineou o perfil dos cruzeiristas e apontou impactos, pontos fortes e fracos de sua presença nas localidades visitadas, foi traçado um roteiro de análise da região e do modelo de turismo, discutindo-se também fatores preponderantes para o apoio ao desenvolvimento. Além do perfil, foi elaborado em paralelo um diagnóstico com dados secundários da RAIS3, a respeito da força de trabalho formal do Litoral. Tal fundamentação fortaleceu a busca por

1O litoral do Paraná é formado pelos municípios de Antonina, Guaratuba, Guaraqueçaba, Matinhos, Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná e possui uma extensão de 92km de praias. 2 Por meio de amostra aleatória simples, definida pela variável dicotômica sexo, com erro de 5% e confiabilidade de 95%, realizada com os passageiros quando de retorno ao navio.Temporadas: 2011-2012e 2012-2013 (nov, dez/2011, jan, fev/2012 e nov, dez/2012). 3 Relação Anual de Informações Sociais, 2011.

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instrumentos de gestão pública que permitissem alavancar o desenvolvimento da atividade em cidades portuárias do Litoral Paranaense, fornecendo assim subsídios para a discussão das políticas públicas de turismo. O estudo constatou que o Estado sofria com a deficiência na organização do turismo para o segmento náutico, além da baixa oferta de atrativos e roteiros turísticos. A falta de investimentos de infraestrutura de apoio e as limitadas interpretações sobre aspectos legais e jurídicos, foram fatores que dificultaram (e ainda dificultam) o desenvolvimento desse mercado. O GT promoveu a construção do Plano de Desenvolvimento do Turismo Náutico do Paraná, que sintetizou os anseios da cadeia produtiva do turismo e de sua aliança estratégica com o Porto, elemento dinamizador do turismo regional, que não por acaso é quem lidera o volume de contratação de mão de obra no Litoral. Com o resultado desse processo procurou-se sensibilizar as autoridades do Porto e do Poder Público Estadual e Municipal a, avaliar a possibilidade de evoluir para novas formas de uso da infraestrutura portuária gerando fluxos diversificados de renda e emprego na região. Palavras-chave: Turismo Náutico. Infraestrutura Turística. Políticas Públicas. Desenvolvimento Regional. REFERÊNCIAS

ABREMAR. Infraestrutura portuária no Brasil. Nov. 2010. Disponível em: <http://www.abremar.com.br/pdf/ABREMAR%20Estudos%20dos%20Portos%20FINAL_2011>. Acesso em: 15 Jan. 2013.

AMORIM, E., ANDRADE, C., CARDONA, N. MARIOTTI, V., TARLOW, P. (org.). Abordagem multidisciplinar dos cruzeiros turísticos. Textiverso. Portugal, 2012.

IPARDES. Cadeia produtiva do turismo. Curitiba, 2008.

MOESCH, R. MTUR Avaliará roteiros de cruzeiros marítimos. In: Noticias do MTUR. Disponível em: <www.turismo.gov.br>. Acesso em: 18 Fev. 2011.

NASCIMENTO, E. O impacto dos cruzeiros marítimos de cabotagem. ABREMAR. 2008. Disponível em: <http://www.viagensdenavio.com.br/images/cruzeiros.pesquisa.abremar.pdf>. Acesso em: 01 Ago. 2013.

PARANA. Secretaria de estado do turismo (SETU). Decreto 2848/2011 Criação do GT de turismo náutico do Paraná. CC. Diário Oficial Nº 8548 14/09/2011.

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Aporte da agricultura familiar no turismo gastronômico: o caso da

feira mistura de Lima – Peru

Alexander Malaver Copara

Universidade de Brasília - UnB

Ao pensar alternativas de desenvolvimento sustentável que poderiam gerar emprego, distribuição de renda e troca de conhecimentos e cultura, lembrei-me da Feira Gastronômica Mistura que se realiza anualmente, desde 2008, em Lima-Peru. O grande mérito do Mistura é a junção do tradicional e do popular de forma equilibrada e saborosa criando assim alianças estratégicas com o agricultor familiar. O Peru vivencia um “boom” gastronômico que está proporcionando uma nova proposta de turismo ao país Incaico, sendo esta o turismo gastronômico. Essas novas alianças, mais justas e includentes, permitem que o turismo seja como afirma Krippendorf (2003), mais humano, pois que procura se fundamentar em uma relação equitativa. Assim, como parte de sua dissertação de mestrado, o autor busca analisar o aporte da agricultura familiar na gastronomia peruana, analisando a dimensão social da sustentabilidade presente nas ações do Mistura. Em trabalho de pesquisa anterior, o autor havia demonstrado a presença de cinco pilares da sustentabilidade no Mistura: ambiental, cultural, social, econômico e político-institucional. Verificou-se no primeiro trabalho, a presença de turistas nacionais e internacionais no evento, mostrando a participação da Feira para o crescimento do turismo no Peru (MALAVER, 2012). Para estruturar essa análise foram delineadas a história e as características do turismo, dos eventos e da gastronomia de modo a relacioná-las à sustentabilidade em suas diferentes dimensões. Foi, também, pesquisada a evolução da Feira Mistura incluindo sua história, atrativos, e os impactos que gera sobre o Turismo. Desta feita, a dimensão social da sustentabilidade será o alvo principal da pesquisa, quando pretende-se levantar junto aos produtores rurais - agricultores familiares - quais têm sido os efetivos ganhos econômicos e, principalmente, sociais, advindos dessa aliança cozinheiro-produtor incentivada pelo Mistura. A recente história política peruana levou muitos desses pequenos produtores - em sua maior parte moradores das montanhas - a se isolar. O terrorismo e outras ameaças fizeram com que esses cidadãos se mantivessem voltados para sua própria subsistência e segurança. Os criadores do Mistura, com sua proposta de resgatar a cultura gastronômica e com a preocupação com o desenvolvimento do país, parecem estar conseguindo alcançar esses objetivos. É o que está sendo investigado no presente momento. Após o levantamento teórico relativo ao tema proposto, o trabalho de campo se realizará junto a comunidades de produtores rurais participantes do Festival Gastronômico Mistura. Em função do andamento da pesquisa, pode-se apontar, tão somente, resultados esperados quais sejam, o de que o Mistura tem sido importante ferramenta de inclusão social e consequente desenvolvimento.

Palavras-chave: Agricultura. Turismo. Gastronomia. Evento. Sustentabilidade. REFERÊNCIAS

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MALAVER, Alexander. Festival gastronômico como alternativa para o turismo - análise do Mistura de Lima/Peru. Trabalho de conclusão do curso de Pós-graduação lato sensu em Gestão de Negócios em Turismo. Centro de Excelência em Turismo. Universidade de Brasília, 2012.

KRIPPENDORF J. Sociologia do turismo. 3 ed. São Paulo: Aleph, 2003.

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Campo dos Bugres, vila de Santa Teresa, Caxias do Sul: a

ressonância do patrimônio cultural municipal na sociedade

caxiense

Jamile Cezar de Moraes - Mestranda

Universidade FEEVALE Luiz Antônio Gloger Maroneze - Doutor

Universidade FEEVALE

A presente pesquisa trata da relação entre turismo, cultura e comunidade local a partir das políticas públicas municipais de Caxias do Sul/RS. Pretende-se responder à seguinte questão: “de que forma a população caxiense interpreta os discursos das secretarias municipais da cultura e do turismo, a respeito do patrimônio cultural da cidade, presentes na legislação e nos projetos desenvolvidos por elas, a partir de sua participação em atividades realizadas no corrente ano?”. O objetivo geral é: investigar como a sociedade se relaciona com seu patrimônio cultural por meio das políticas públicas municipais da cultura e do turismo, através dos projetos atuais desenvolvidos por essas secretarias, analisando como os participantes, incluindo a imprensa, interpretam e significam essas atividades. Para detalhar a pesquisa, os objetivos específicos são: contextualizar historicamente Caxias do Sul/RS a fim de apresentar, as culturas que constituem a sociedade e que influenciaram na produção dos patrimônios culturais; desenvolver uma base teórica sobre cultura e patrimônio cultural para estabelecer relações com os projetos que farão parte da pesquisa; analisar os discursos das secretarias envolvidas e a interpretação deles, realizada pela comunidade local pela participação nos projetos selecionados; e apresentar as bases teóricas da Educação Patrimonial e da Interpretação do Patrimônio como propostas voltadas à preservação do patrimônio cultural. Optou-se por analisar dois projetos (um de cada secretaria) atuais com o tema patrimônio culturais municipal. A metodologia será composta por pesquisa bibliográfica, a partir de identidade cultural (Hall e Woodward), patrimônio cultural (CHOAY; CAMARGO), memória (CATROGA; HALBWACHS), cultura (GEERTZ; LARAIA), turismo (BARRETTO; PÉREZ) e sociologia do turismo (KRIPPENDORF; URRY). Seguida de pesquisa documental, com base na legislação municipal vigente; nos planos diretores de turismo e cultura, nas políticas estaduais e federais específicas; e também nas matérias jornalísticas e publicitárias municipais, impressas e online. Além de pesquisa de campo, como instrumento de coleta de informações da comunidade e das secretarias municipais. Os métodos utilizados serão questionário, com a aplicação de perguntas fechadas e respostas de múltipla escolha aos participantes das atividades, e entrevista estruturada, com os responsáveis pelos projetos. Como a pesquisa está em andamento, tem-se as seguintes hipóteses: de que os órgãos responsáveis pela cultura e pelo turismo não têm avaliado ou discutido o papel/a relação da comunidade caxiense enquanto sujeito no desenvolvimento de atividades na área do patrimônio cultural. Da mesma forma que a comunidade não deve se sentir parte no processo seja por desconhecimento seja por falta de estímulo do setor público.

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Palavras-chave: Administração pública. Turismo. Cultura. Sociedade caxiense. Projetos.

REFERÊNCIAS

BARRETTO, Margarita. Turismo e legado cultural. 4. Ed. Campinas: Papirus Editora, 2000.

CAMARGO, Haroldo Leitão. Patrimônio histórico cultural. São Paulo: Aleph, 2002.

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HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 10. ed. Rio de Janeiro DP&A, 2005.

KRIPPENDORF, Jost. Sociologia do turismo. Para uma nova compreensão do lazer e das viagens. São Paulo: Aleph, 2000.

LARAIA, Roque de Barros. Cultura. Um conceito antropológico. 22. Ed. Rio de Janeiro: Zahar.

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Efeito das políticas públicas na organização social, espacial e

turística de Tiradentes - MG

Fabíola Torga - Graduanda

Instituto Federal - Sudeste de Minas Gerais - Campus Barbacena Hélcio Ribeiro Campos - Mestre

IFSEMG - Instituto Federal - Sudeste de Minas Gerais - Campus Barbacena

Este estudo, feito entre set./2012 e jun./2013, identificou as políticas públicas em Tiradentes e como elas alteram a organização espacial e a infraestrutura locais. A pesquisa de campo incluiu entrevistas (prefeito, vereadores, secretários de governo) e visitas técnicas (Corpo de Bombeiros Voluntários - CBV, PM, Prefeitura Municipal de Tiradentes - PMT, secretarias de governo, IPHAN, imobiliárias), cujos resultados obtidos foram: 1) Gentrificação do Centro Histórico: valorização dos seus imóveis e atração de imigrantes, enquanto os nativos foram para a periferia (CAMPOS, 2006), aumentando a mancha urbana. Para preservar as matas deste avanço, criou-se a APA da Serra de São José, norte da cidade; 2) Preservação Patrimonial: o IPHAN dividiu Tiradentes em 9 partes (o Centro com regras mais rígidas) (CERQUEIRA, 2006, p.98). Sua proteção cabe ao CBV (subvenções de R$700/mês). Há um projeto para impedir o trânsito veicular no Centro. A PMT tem regras sobre o tamanho de propagandas, o reparo e a altura dos imóveis; 3) Segurança Pública: a polícia serve a Tiradentes e a mais 3 cidades. A PMT instalou câmeras nas ruas, reduzindo crimes contra o patrimônio e furtos (estes são frequentes nos eventos turísticos); 4) Serviços de Saúde: o Município conta com uma unidade mista de saúde no Bairro Pacu (serviço ambulatorial e atendimento médico) e com duas equipes do Programa de Saúde Familiar, além de farmácia, consultório odontológico e laboratório. Não há hospital; 5) Plano Diretor (PD): Tiradentes está produzindo seu PD, previsto pelo Estatuto da Cidade (2001) desde 2006. É a sua maior lacuna legal, dada a importância de um PD; 6) Projetos em andamento (PMT, 2012/2013): A - Usina de Triagem e Compostagem: findar o problema do lixo urbano; B - Rodoviária Nova: construí-la longe do Centro, que teria menos trânsito; C - Cidade digital: internet gratuita mais veloz; D - Calçamento dos bairros Águas Santas, Elvas, Parque das Abelhas e Mococa; E - Reativação e melhoria da Biblioteca Municipal; F - Ativação do SAMU; G - Construção de uma quadra de esportes no Bairro Mococa (hoje, há uma apenas). As Políticas Públicas abrangem o que os governos fazem (ou deixam de fazer) acerca de problemas ocorridos e que precisam de solução, envolvendo interesses diversos e a qualidade de vida na cidade, que está em ascensão, mas coexistindo com mazelas sociais. Palavras-chave: Políticas Públicas. Tiradentes. Espaço Urbano. Infraestrutura. Qualidade de Vida. REFERÊNCIAS

CAMPOS, Helcio Ribeiro. Transformações urbanas recentes em Tiradentes-MG: anos 80 e 90 do século XX. Dissertação de Mestrado, USP, 2006.

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CERQUEIRA, Letícia Mourão. Patrimônio cultural, políticas urbanas e de preservação: os casos de Diamantina e Tiradentes. Dissertação de Mestrado, UFMG, 2006.

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Megaeventos esportivos: o turismo de eventos gerando impactos

para a população

Elaine Gomes Borges da Silva - Mestranda UNB - Universidade de Brasília

O segmento de negócio e eventos é oportunidade para incrementar o turismo, gerando economia dos destinos. Entre os diversos tipos de eventos, os megaeventos esportivos promovem ações e obras de adequação, reorganização, mobilidade e instalações esportivas que ficam como herança para a população. Estes excedem um milhão de visitantes, orçados em pelo menos U$ 500 milhões e considerados “imperdíveis”. A Copa do Mundo e as Olimpíadas são voltados para o mercado turístico internacional e podem ser caracterizados pelo termo “mega” por conta de sua “grandiosidade ou significado” no que compreende ao público, mercado-alvo, grau de envolvimento financeiro do setor público, efeitos políticos, extensão de cobertura televisiva, construções de instalações para sua realização e efeito causado no sistema econômico e social da comunidade anfitriã. “cuja magnitude afeta economias inteiras e repercute na mídia global” (GETZ, 1997). A partir da década de 1980, os governos e o setor corporativo começaram a reconhecer o valor econômico e promocional dos eventos especiais, e as empresas estatais de eventos um novo nível de suporte financeiro, perfil e profissionalismo. São eventos com larga escala de importância, impacto e com contínua expansão e participação corporativa emergindo como uma nova indústria em expansão, capaz de gerar benefícios econômicos e empregos. E estes afetam tanto as comunidades em que ocorrem como os atores sociais envolvidos. O gerente precisa identificar e prever esses impactos para “administrá-los de forma a atingir o melhor resultado para todas as partes, a fim de que, no final, o impacto do evento como um todo seja positivo” (ALLEN et al., 2003). Com base em Hall (1989), os autores afirmam que podem estar na esfera social e cultural, física e ambiental, política, de turismo e econômica. A vivência compartilhada; revitalização de tradições; fortalecimento do orgulho comunitário; legitimação de grupos comunitários; aumento da participação da comunidade; apresentação de ideias novas e desafiadoras e expansão de perspectivas culturais são alguns dos impactos positivos. DaCosta (2008) cita Preuss para explicar que os jogos são importante catalisador de melhorias da qualidade de vida e podem apressar o processo regenerativo da cidade sede na habitação, transporte, segurança, convivência, educação, sucesso econômico, disponibilizando heranças “tangíveis e intangíveis”. Deve-se compreender que os megaeventos esportivos ao necessitar de instalações específicas ao esporte, também propicia oportunidade de projetos de “esporte para todos”. E conforme Trigueiro, (2003), a questão ambiental passou a ser uma das prioridades do Comitê Olímpico Internacional a partir do ano de 1994, no Congresso Olímpico que aconteceu em Paris, onde se estabeleceu que após o esporte e a cultura, o movimento deveria visar o estímulo à conscientização sobre o ambiente e o desenvolvimento sustentável. Porém, desde o planejamento e a organização cabe ao gerente/ gestor viabilizar estratégia de ações que impactem positivamente, mitigue os impactos negativos e garantam legado para a população.

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Palavras-chave: Megaeventos Esportivos. Planejamento e Organização. Impactos. REFERÊNCIAS

ALLEN, Johnny; O’TOOLE, William; MCDONNEL, Ian; HARRIS, Robert. Organização e gestão de eventos. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

DACOSTA, Lamartine Pereira. Legados de megaeventos esportivos. Brasília: Ministério do Esporte, 2008.

GETZ, Donald; Event management and event tourism. New York Cognizant Communication Corp; 2 edition, 2005.

TRIGUEIRO, A. Meio ambiente no século 21. Rio de Janeiro: Sextante, 2003

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O conselho de turismo do polo Seridó/RN como ferramenta de

inclusão da comunidade na gestão turística da região

Katiane Gelly Souza - Mestranda

UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte

O presente trabalho tem por objetivo discutir o papel do Polo de Turismo Seridó frente às políticas públicas estabelecidas pelo Governo Federal, especialmente os Programas instituídos pelo Ministério do Turismo. Dentro deste contexto, será discutido também o significado do Conselho de Turismo do Polo Seridó como instrumento de participação social. Reconhecendo os efeitos positivos e/ou negativos causados ou intensificados pelo turismo, torna-se relevante destacar a importância da participação dos órgãos governamentais na elaboração de programas de gestão pública, aonde haja a presença da iniciativa privada e da sociedade, estreitando o relacionamento entre os agentes, possibilitando priorizar as ações voltadas ao desenvolvimento nas esferas humana, sociocultural, ambiental e econômica. Para que os processos ocorram de forma democratizada e partindo das necessidades existentes nas localidades, o planejamento participativo foi absorvido nas políticas públicas brasileiras, incluindo os atores e agentes locais nos processos de planejamento e aplicação de recursos financeiros. Relacionado ao tema, Demo (2001), Dias (2008) e Beni (2006) têm escrito que o espaço de democracia e de participação é possível especialmente em cidades e regiões, pois os processos de participação social são importantes para que o público compreenda a sua corresponsabilidade para com o todo. O Governo Federal possibilita essa inclusão através de planos aonde a participação dos atores locais é prioritária, como nos orçamentos participativos, elaboração de planos diretores participativos, entre outros, alternando o rumo dos processos de gestão, adaptando-se às demandas da sociedade, fazendo-se presente a cidadania participativa (TEIXEIRA, 2002). A Região Seridó, localizada no sertão do Estado do Rio Grande do Norte, desponta como uma localidade com vocação turística devido à singularidade de seus atrativos e destaca-se pelo modelo de gestão participativa, baseado na metodologia proposta pelos programas federais de incentivo ao turismo e do envolvimento dos atores e agentes do turismo locais no processo de sensibilização e planejamento da atividade turística, ampliando a democracia através da participação cidadã e do reconhecimento de seu lugar de origem. O Conselho de Turismo do Polo Seridó foi institucionalizado como instância de governança local em 2008 e apresenta caráter consultivo, sendo composto por 30 entidades, das quais 15 são do poder público, 05 da iniciativa privada e 10 do terceiro setor. As reuniões ocorrem bimestralmente, de forma itinerante entre os municípios da região, sendo toda a comunidade convidada a participar. Em 2009, a região evoluiu no planejamento da atividade turística ao ser contemplada com recursos oriundos do PRODETUR, sendo necessário para tanto, a elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS), que na região do Seridó teve sua primeira apresentação no ano de 2009, sendo aprovado somente em 2011, devido à atuação do conselho nas exigências e discordâncias em relação às propostas do Plano. Neste mesmo ano, o referido conselho ganhou assento, a partir da solicitação dos seus membros, no Conselho Estadual de Turismo do Estado do RN – CONETUR, fortalecendo seu poder de

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atuação. Diante do exposto, observa-se que o Polo Seridó, embora com a ansiedade natural em ver a realidade turística acontecer, não se restringe ao imediatismo, demonstrando preocupação com o planejamento de médio e longo prazo, alicerçado na sustentabilidade e preservação de valores, crenças e saberes oriundos da cultura popular. O conselho de turismo emerge como fórum permanente de discussões acerca das necessidades e anseios dos residentes, possuindo a experiência da formulação e votação do PDITS, aonde a sociedade, através dos membros do conselho, pôde optar e elencar suas prioridades. Além disso, há relatos de conselheiros que admitem não almejar ver em suas cidades um fluxo acentuado de ônibus e pessoas apressadas impossibilitadas de manter contato com os residentes, mas sim um turismo que inclua a comunidade em suas ações, reconhecendo neste ponto a complexidade do fenômeno turístico objetivando o desenvolvimento e inclusão social, possível a partir da inserção da comunidade nas políticas de planejamento turístico, estreitando o relacionamento dos gestores públicos com os demais representantes da sociedade, concebendo uma reflexão permanente do planejamento e desenvolvimento turístico da região. Palavras-chave: Planejamento participativo. Conselho de Turismo. Seridó. REFERÊNCIAS

BENI, Mário Carlos. Política e planejamento de turismo no Brasil. São Paulo: Aleph, 2006.

DEMO, Pedro. Participação é conquista. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

DIAS, Reinaldo. Planejamento do turismo: política e desenvolvimento do turismo no Brasil. São Paulo: Atlas, 2008.

TEIXEIRA, E. C. O local e o global: limites e desafios de participação cidadã. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2002.

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O desenvolvimento de um novo conceito de cidade

Ana Caroline Rodrigues - Mestranda

PUC- Pontifícia Universidade Católica de Goiás

A economia da criatividade, baseada muito mais na informação e conhecimento, deu origem a uma nova classe: a “Classe Criativa”, que possui características econômicas, sociais e comportamentais singulares. Dentro deste processo de mudança e novas descobertas, buscamos relacionar a classe criativa com a criação de um novo conceito de cidade, sendo ela o chamariz para se desenvolver uma cidade mais integrada, multidisciplinar e singular. O processo de revisão literária, através de autores renomados dentro dos assuntos de economia criativa, classe criativa e cidades criativas, se deram no intuito de nos atentar a esse novo modelo de cidade e de gestão urbana capaz de trazer competitividade e singularidade ao local. Estabelecido sobre oito pilares – arquitetura, design, artes, moda, cinema, audiovisual, literatura e artes cênicas –, segundo o conceito original do inglês John Howkins (2001), a economia criativa pode ser definido como uma forma de transformar criatividade em resultado e, mais que isso, de pensar as relações em comunidade. Richard Florida (2002) ao adotar o conceito da “Economia Criativa”, discorre sobre aspectos educacionais e sócio culturais que contribuem para atrair talentos relacionados à “Economia Criativa”. A partir de seus estudos Florida caracterizou o lugar ideal para atrair a classe criativa, em que a localização e estética do local são importantes, como a autenticidade; a abertura a emigrantes e à diversidade; atividades físicas, atividades ao ar livre e exercício físico; vida noturna variada e vibrante; espaços externos; atividades culturais estimulantes. Surge então, o termo “cidade criativa”, justamente na eclosão dos debates sobre economia criativa, principalmente na busca de um modelo de organização urbana coeso com um modelo socioeconômico que o mundo estava passando, de industrial para uma economia caracterizada pelo setor secundário. As cidades, então estariam buscando cada vez mais identificar, alimentar, promover, apoiar, orquestrar e mobilizar seus recursos criativos, a fim de se tornarem mais atrativas para seus moradores, turistas e empresas. A cidade da classe criativa estimula a inserção de uma cultura de criatividade, no modo como se participa da cidade. Essa cidade vai muito além de edifícios, ruas ou saneamento, precisa incluir: força de trabalho altamente capacitada e flexível; pensadores, criadores e executores arrojados; infraestrutura intelectual; ser capaz de dar vazão a personalidades diferentes, a questão da tolerância; comunicação e redes fortes, bem como uma cultura geral de empreendedorismo, seja para fins sociais ou econômicos. Palavras-chave: Classe Criativa; criatividade; competitividade; cidades criativas.

REFERÊNCIAS

FLORIDA, R. (2002), The Rise of the Creative Class, New York: Basic Books.

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FLORIDA, R. (2011), A ascensão da classe criativa: e seu papel na transformação do trabalho, do lazer, da comunidade e do cotidiano. Porto Alegre, RS: L&PM.

HOWKINS, John. The creative economy. How people make money from ideas. London: Penguin Press, 2001. 264p.

UNCTAD. Creative Economy Report 2010 .New York: UNDP/UNCTAD, 2010. Disponível em http://www.unctad.org/creative-economy.

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O ecoturismo e a incorporação de atitudes responsáveis em sua

prática: um estudo de caso de Okinawa, Japão

Fabiana de Melo Oliveira - Mestranda UNB - Universidade de Brasília

Gilson Zehetmeyer Borda - Doutor UNB - Universidade de Brasília

Donária Coelho Duarte - Doutora UNB - Universidade de Brasília

O trabalho tem por objetivo realizar uma breve descrição de boas práticas relacionadas ao ecoturismo identificadas em Okinawa, no Japão, sob a concepção de turismo relacionada às atitudes responsáveis deste fenômeno social. O ecoturismo envolve compromissos com a natureza e uma responsabilidade social, isto quer dizer que relaciona-se com a conservação do meio ambiente e a distribuição de seus benefícios para as comunidades locais que vivem nos espaços onde ele se desenvolve (WESTERN, 2002). Tal perspectiva contribuiu para que o ecoturismo se destaque como um dos segmentos turísticos capazes de contribuir para a conservação dos ecossistemas e para a preservação do patrimônio natural de determinadas localidades, além de proporcionar a interação do visitante com o ambiente de forma sustentável. Emergiu a partir do final dos anos oitenta, e se converteu em um fenômeno a partir dos anos noventa, consolidando-se como uma forma de turismo sustentável. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (2004), o ecoturismo teve um rápido crescimento nas últimas décadas. Ecoturismo pode ser conceituado como "el viaje responsable a las áreas naturales para conservar el medio ambiente y mejorar el bienestar de las personas locales”4 (TIES, 1990). O conceito tem três focos: a conservação dos recursos naturais e culturais, a preocupação com os impactos ambientais e culturais e a contribuição da atividade para a economia local. Destaca a prática do turismo com responsabilidade social, ambiental, econômica e cultural (PIRES, 2002). O método foi qualitativo. A pesquisa foi bibliográfica e observação participante, com participação em curso no Japão - de setembro a novembro de 2012 - onde a coleta de informações sobre o tema foi realizada. A pesquisa de campo realizada em Okinawa, no Japão, possibilitou identificar as seguintes práticas responsáveis relacionadas à prática do ecoturismo: 1) responsabilidade social e política: um conjunto de atores cumpre o importante papel de alcançar o desenvolvimento do ecoturismo no Japão, sendo eles: a) governo municipal e federal e ONGs; b) comunidade local e guias de ecoturismo; c) agências e operadoras de turismo; d) pesquisadores; e) turistas. Esta cadeia é responsável pela formação de guias de ecoturismo, a constituição de base de dados dos recursos naturais e culturais disponíveis, criação de material educativo e difusão da informação para alcançar a satisfação do turista e a conservação do meio ambiente; 2) responsabilidade social: as ONGs cumprem um papel fundamental no desenvolvimento do ecoturismo no Japão, a exemplo da Sociedade Japonesa de Ecoturismo (JES), que tem dentre suas funções a difusão do ecoturismo, realização de estudos e

4 Extraído de www.ecotourism.org. Acesso em: 05 ago. 2013.

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pesquisas, apoio a municípios e setor privado no planejamento do ecoturismo, geração de uma rede de comunicação com organismos nacionais e internacionais, focadas em: criação de eco sistemas para reciclagem de papéis e resíduos alimentares; estimular a consciência ecológica, por meio de oficinas e educação ambiental; e criação de uma sociedade civil ecológica, apoiando o trabalho de ONGs; 3) Responsabilidade cultural: Em Kuta, a comunidade é regularmente envolvida na escolha e conservação dos principais atrativos culturais bem como na elaboração de guias turísticos para promoção dos produtos. Constatou-se que o turismo no Japão tem um foco diferente de outros países: a educação é o objetivo central dos programas formatados. Verificou-se uma forte presença de instituições de ensino e da comunidade no desenvolvimento dos programas de ecoturismo. Conclui-se que no Japão há um pacto social para o desenvolvimento de um turismo responsável focado na natureza – ecoturismo – com o qual os atores do sistema turismo estão profundamente comprometidos. Estimula-se ampliação da pesquisa sobre o ecoturismo no Japão como referência. Palavras-chave: Ecoturismo. Turismo Responsável. Boas Práticas.

REFERÊNCIAS

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO. Desenvolvimento sustentável do ecoturismo: uma compilação de boas práticas. São Paulo: Roca, 2004.

PIRES, Paulo dos Santos. Dimensões do Ecoturismo. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2002.

WESTERN, David. In: LINDBERG, KERG; HAWKING, Donald (orgs.). Ecoturismo: e4 ed, São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2002.

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O papel do turismólogo frente à elaboração, planejamento e gestão

de políticas públicas

Tamara Silva Nicolau - Mestranda

UNB - Universidade de Brasília

Neste artigo será tratado sobre a atuação do turismólogo na elaboração e execução de políticas públicas. O objetivo principal é identificar de que forma e onde este profissional atua no que diz respeito ao setor público. Para se avaliar melhor sobre a atuação do turismólogo, inicialmente serão apresentadas algumas definições deste termo e o contexto em que foram criadas. Também serão abordados aspectos da formação acadêmica do turismólogo, apresentando a discussão de algumas estruturas curriculares com propostas diferentes. Evidenciando neste caso que mesmo após mais de 40 anos da existência dos primeiros cursos voltados ao turismo, ainda não há uma suficiente clareza a respeito das atividades, funções e da importância social que caracteriza esta profissão. Com o intuito de esclarecer um pouco sobre o amplo campo de atuação do turismólogo, serão apontadas algumas das atividades listadas na Lei 12.591 de 2012 que traz o reconhecimento da profissão de turismólogo. Além das atividades trazidas na lei, serão trazidas também algumas atividades e papéis desempenhados pelo turismólogo, que são apresentados por Mário Carlos Beni em seu Sistema de Turismo – SISTUR. O turismo, desde que iniciou como área de formação vem incorporando ao seu currículo disciplinas de diversos campos do conhecimento como Administração, Economia, Geografia, entre outros. Assim, ainda encontra-se em construção do seu campo teórico ou epistemologia própria. Na sua formação, o turismólogo carrega uma interdisciplinaridade de temas e áreas abordados que, no entanto, muitas vezes não conversam entre si. E esta falta de diálogo entre as disciplinas abordadas irá refletir diretamente na maneira como atua este profissional. Para que haja um planejamento eficiente e responsável nas questões públicas do turismo, acredita-se que a forma de estudo interdisciplinar, com uma integração dos saberes, é a mais positiva e adequada para a preparação de um profissional capacitado com qualidade e consciência do papel que terá a desenvolver com o conhecimento e habilidades adquiridos. No final serão expostos alguns dos impactos positivos e negativos que podem ser causados pela atuação do turismólogo junto às políticas públicas, de acordo com suas práticas escolhidas durante a trajetória profissional. Escolhas que estão permeadas pelo conhecimento apreendido na vida acadêmica e pela forma como este conhecimento foi transmitido. Palavras-chave: Turismólogo. Políticas Públicas. Interdisciplinaridade. REFERÊNCIAS

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BENI, Mário Carlos. O profissional de turismo na sociedade pós-industrial. Carta aberta aos estudantes, futuros profissionais. In: GASTAL, Susana (Org.) et al. Turismo e Investigação Crítica. São Paulo: Contexto, 2002.

BRASIL, Lei n. 12.591, de 18 de janeiro de 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12591.htm> Acesso em: 14 Jul. 2013.

Mensagem n. 10, de 18 de janeiro de 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2012/Msg/VEP-010.htm> Acesso em: 14 Jul. 2013

MOESCH, Marutschka M. Para além das disciplinas: o desafio do próximo século. In: GASTAL, Susana (Org.) et al. Turismo e Investigação Crítica. São Paulo: Contexto, 2002.

SANTOS FILHO, João dos. Revista Espaço Acadêmico. Ano II, n. 20. jan. 2003. Turismólogo: festejar ou organizar? Disponível em: <http://www.espacoacademico.com.br/020/20jsf.htm> Acesso em: 15 jul. 2013.

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O potencial do consumo e do turismo LGBT em Brasília

Agatha Rita Dorotéia Tavares Guerra - Mestranda UNB - Universidade de Brasília

O consumo e o turismo para o segmento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transsexuais e Transgêneros (LGBT) já movimenta o mercado de Brasília e se mostra em franca ascensão. O interesse tanto de empresários quanto do Governo local com o segmento tem crescido em virtude da maior exposição do tema da diversidade nos últimos anos e a possibilidade de obtenção de lucros. A visibilidade do movimento LGBT em Brasília oportunizou investimentos no setor de consumo de bens, viagens, lazer, serviços etc., visando satisfazer e atrair a clientela do segmento local e externo. Atentos ao potencial desses consumidores o governo e empresários do Distrito Federal se mostraram dispostos a investir em treinamento especializado para atender esse público. Conforme informaram Vasconcelos e Amorim (2012, p.18) "Projetos em elaboração, com foco, sobre tudo no atendimento ao cliente, buscam evitar que a comunidade de gays e lésbicas enfrente casos de preconceitos em lojas, bares, restaurantes e eventos na capital do país". É um negócio atual e oportuno, pois, esse público demanda uma participação expressiva ano após ano no mercado brasileiro e mundial, tanto em serviços turísticos especializados (hotéis, cruzeiros, agências de viagens) quanto em lazer, entretenimento (bares, restaurantes, baladas, saunas) e consumo de bens materiais (lojas de roupas, móveis). Trata-se de um público com um nível de escolaridade e remuneração mais elevado que a média em geral, que consome bastante, é muito exigente, bem informado, gosta de praticidade, quase sempre, não se importa em pagar mais para alcançar qualidade e a maior parte não possui filhos, o que torna seus gastos fixos bem menores se comparados aos de casais heterossexuais. O Grupo LGBT de Brasília juntamente com a Secretaria de Cultura traçou um perfil do segmento a partir da amostragem de 600 pessoas entrevistadas, conforme Lacerda e Bernardes (2013, p. 23), a comunidade LGBT do Distrito Federal é integrada por 59,7% de gays, 29,2% de lésbicas, 5,5% de bissexuais femininas, 5,5% de bissexuais masculinos, 0,8% de travestis, 0,5% de transgêneros e 0,2% de transexuais. Na mesma pesquisa constataram que 37,8% tinham 18 a 23 anos, 32, 3 % 24 a 29 anos, 14,5% 30 a 35 anos, 5,8% 36 a 41 anos, 5% menos de 18 anos e 4,5% acima de 41 anos. Quanto a classe econômica desse grupo 57% pertenciam a classe “B”, 26% a classe “C”, 14,7% a classe “A”, 2,2% a classe “D” e 0,2% a classe “E”. No quesito escolaridade 27,7% tinham ensino médio completo, 21,8% ensino superior incompleto, 19% ensino superior completo, 13,5% pós-graduação, 9% ensino médio incompleto, 7,2% ensino fundamental completo e 1,8% ensino fundamental incompleto. Na capital da república esse público é majoritariamente formado por pessoas de poder aquisitivo e escolaridade superior a média dos demais habitantes, ávidos por cultura, turismo e consumo em geral. São bem informados, vivem conectados às redes sociais, são interessados nos avanços políticos do segmento, nas questões culturais, sociais e ambientais. Segundo os jornalistas do Correio Braziliense Vasconcelos e Amorim (2012, p. 29), cerca de 70% da população gay do Distrito Federal pertencem às classes A e B. Eles, também, informam que:

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Segundo a Pesquisa Mosaico Brasil, realizada pela Universidade de São Paulo (USP), 10,8% dos homens e 5,1% das mulheres acima dos 17 anos declararam-se homossexuais no Distrito Federal. Mas os percentuais certamente são ainda maiores, pois o levantamento – o mais atualizado sobre o tema – foi realizado em 2008.

A diversão é uma das prioridades da comunidade homossexual. Em Brasília o perfil desses consumidores é de alto poder aquisitivo. É uma cidade que demonstra ter um enorme potencial para atender o segmento. É considerada bastante receptiva e nos últimos anos tem se mostrado atenta para a capacidade de consumo dessa clientela e por isso vem aumentando a oferta de atrativos para satisfazer o segmento tanto interno quanto de turistas externos. Palavras-chave: Turismo LGBT. Consumo LGBT. Entretenimento LGBT.

REFERÊNCIAS

BONFANTI, Cristiane. Gays fazem a economia girar. Correio Braziliense, Caderno negócios, 27 de março de 2011.

LACERDA, Maryna; BERNARDES, Adriana. Diversão em todas as cores. Correio Braziliense, Caderno Cidades + política e economia no DF, 09 de junho de 2013.

VASCONCELOS, Bárbara; AMORIM, Diego. A força do consumo gay. Correio Braziliense, Caderno Cidades, 25 novembro 2012.

VASCONCELOS, Bárbara; AMORIM, Diego. Atenção especial ao mercado gay. Correio Braziliense, Caderno Economia no DF, 26 novembro 2012.

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O turismo responsável em cidades criativas: políticas públicas para

mobilidade urbana

Carolina Menezes Palhares - Mestranda

UNB - Universidade de Brasília Gilson Zehetmeyer Borda - Doutor

UNB - Universidade de Brasília Donária Coelho Duarte - Doutora

UNB - Universidade de Brasília

O artigo tem como objetivo de estudo as políticas públicas de mobilidade urbana e o papel do Ministério das Cidades na implementação destas e, identificar conexões entre tais ações e o Turismo Responsável em Cidades Criativas. Reis (2011) pesquisou conceitos do tema e chegou à seguinte definição para Cidades Criativas:

Cidades que se caracterizam por processos criativos contínuos de inovação, das mais diversas ordens. Estas se baseiam em conexões (de ideias, pessoas, regiões, intra e extraurbanas, com o mundo, entre público e privado, entre áreas de saber) e têm na cultura (identidade, fluxo de produção, circulação e consumo, infraestrutura, ambiente) grande fonte de criatividade e diferencial social, econômico e urbano (REIS, 2011, p.70).

Para Borja & Castells (2002) a qualidade da nova cidade metropolitana dependerá da capacidade de integrar população e território mediante um adequado sistema de mobilidade. Para Carreras (2005, p. 28), a vida cotidiana da maioria dos cidadãos transcorre em itinerários que impedem a compreensão da cidade como um todo; assim como os visitantes e turistas cujo desconhecimento facilita a confecção de uma ideia geral e generalizante. Para Santos (2007, p. 141), a localização das pessoas no território é, muitas vezes, produto de uma combinação entre forças de mercado e decisões de governo, independente da vontade dos indivíduos atingidos, o que contribui para aumentar a pobreza. O que clama pela ampla participação social na formulação de políticas públicas. A Declaração da Cidade do Cabo foi redigida na Conferência da Cidade do Cabo sobre Turismo Responsável nos Destinos (2002), estabelece pontos importantes para o novo fazer do turismo como: proporcionar experiências mais agradáveis para os turistas através de conexões mais significativas com a população local; fornecer acesso para pessoas com deficiência física; assegurar benefícios à comunidade através do turismo; contribuir para a redução da pobreza; esforçar-se para tornar o turismo uma experiência social inclusiva. O trabalho, de caráter qualitativo, foi realizado através de uma pesquisa bibliográfica, permeando um estudo exploratório para fornecer a base teórica necessária. A coleta de dados ocorreu em setembro de 2013. Os resultados foram: O Ministério das Cidades, criado em 2001, conta com uma Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana (SEMOB) e três departamentos subordinados. O Conselho das Cidades (ConCidades) criado em 2004 é constituído por 49 representantes da sociedade civil e 37 dos poderes públicos federal, estadual e municipal. Não há representação do Turismo através da sociedade civil. A 5ª

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edição da Conferência Nacional das Cidades divulgou enquete com 1640 votos que identificou como tema de maior interesse nas conferências municipais a Mobilidade Urbana (27,38%). Estrutura própria e aplicação de recursos não foram eficientes na solução do problema. Para isso foi lançado em maio de 2013 os editais PAC 2 Mobilidade para Médias e Grande Cidades. Concluiu-se que é essencial que os atores do setor turístico desenvolvam sensibilidade para respeitar a cidade e seus moradores e contribuir na busca de soluções inovadoras para a melhoria da vida urbana, deixando de tratar o lugar apenas como uma cidade-mercadoria. Inclui-se nessas prioridades a participação na elaboração e acompanhamento de políticas públicas para a mobilidade e acessibilidade que visem a prática do Turismo Responsável para o desenvolvimento de Cidades Criativas. Palavras-chave: Cidade Criativa. Mobilidade. Turismo Responsável. Políticas Públicas. REFERÊNCIAS

BORJA, Jordi; CASTELLS, Manuel. Local y global: lagestion de lasciudadesenla era de lainformación. Barcelona: Taurus Pensamiento, 2002.

BRASIL. Ministério das Cidades. Disponível em: <http://www.cidades.gov.br>. Acesso em: 05 set. 2013.

CARRERAS, Carles. Da cidade industrial à cidade dos consumidores: reflexões teóricas para debater. In: CARLOS, Ana Fani A; CARRERAS, Carles. (orgs.). Urbanização e mundialização: estudos sobre a metrópole. São Paulo: Contexto, 2005.

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RESPONSÁVEL NOS DESTINOS (2002). A Declaração da Cidade do Cabo, Cape Town. Disponível em: <http://www.responsibletourismpartnership.org/CapeTown.html>. Acesso em: 05 set. 2013.

REIS, Ana Carla Fonseca. Cidades Criativas: análise de um conceito em formação e da pertinência de sua aplicação à cidade de São Paulo. 2011. 297 f. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, 2011.

SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. (de Os Pactos Territoriais às Conclusões). São Paulo: Edusp, 2007.

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Políticas públicas de turismo de aventura no Peru - estudo de caso

sobre o caminho inca sagrado do santuário histórico de

Machupicchu

João Paulo Hordones Faria - Bacharel em Turismo

UNESP - Universidade Estadual Paulista –Campus de Rosana Claudio Alexandre Souza - Doutorando

UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná Sérgio Domingos de Oliveira - Doutor

UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

O turismo de aventura no Peru é desenvolvido especialmente em áreas naturais protegidas e seus seculares caminhos (LOVÓN,2009; MATIENZO, 1936), ambientes estes com grande potencialidade turística. Dessa forma, se faz necessário conhecer modelos, experiências e realidades diferentes para que as atividades sejam operadas de forma segura e consolidada em tais áreas, pois a necessidade do uso de políticas públicas para o turismo de aventura se faz pertinente (FARAH, 2005) como já se percebe em países latino-americanos, europeus entre outros (BRASIL, 2005). No presente estudo, buscou-se, como objetivo principal, analisar as políticas públicas de turismo de aventura adotadas no uso público do Camiño Inca Sagrado (CIS, clásico/tradicional, ruta 1 – km 82) do Santuario Histórico de Machupicchu (SHM), complementado, pelos seguintes objetivos específicos: observar in loco a realidade estudada; estabelecer um diálogo com responsável sobre o tema e; buscar em websites afins, o estabelecimento de outras políticas relacionadas, não encontradas nas saídas a campo. Utilizou-se da pesquisa exploratória, composta de revisão bibliográfica, atrelada a uma entrevista semiestruturada com o gestor da área, por meio de um diálogo sobre as políticas adotadas, além de saídas a campo (GIL, 2002) e observação participante (CHIZZOTTI, 2005) onde, ao final, se reuniu e se organizou todos os subsídios, para posterior análise e interpretação (LAKATOS & MARCONI, 2009). Os resultados apontam que, o uso turístico do CIS é tratado de modo legal, com adoção de leis a fim de regular a atividade e ordenar o processo operativo (INSTITUTO NACIONAL DE CULTURA & INSTITUTO NACIONAL DE RECURSOS NATURALES, marzo, 2004), com o destacado uso de quatro decretos supremos (PERÚ, 2005a; CUSCO, 2009; PERÚ, 2009; PERÚ, 2010; PERÚ, 2011) e uma resolução exclusiva no uso turístico dos caminhos do SHM para regulamentar a atividade (PERÚ, 2005b). Ainda, encontrou-se, uma norma exclusiva de segurança para o turismo de aventura (PERÚ, 2012), porém, não usada no CIS. Com base nestes dados é possível inferir que o país possui boa base de regulamentação do turismo de aventura estabelecida. Palavras Chaves: Áreas Naturais Protegidas; Camiño Inca Sagrado; Políticas Públicas; Turismo de Aventura.

REFERÊNCIAS

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BRASIL. MTur. (2005). Regulamentação, normalização e certificação em turismo de aventura (Relatório diagnóstico), Brasília, DF: Ministério do Turismo.

CHIZZOTTI, A. (2005). Pesquisa em ciências humanas e sociais (7ª ed.). São Paulo: Cortez.

CUSCO. DIRCETUR. [2009]. Compendio de reglamentación turística. Cusco: Gobierno Regional Cusco. Direción Regional de Comercio Exterior y Turismo Cusco.

FARAH, S. D. (2005). Políticas de incentivo ao turismo de aventura no Brasil – O papel do Ministério do Turismo. In: R. R., UVINHA (Org.). Turismo de aventura: reflexões e tendências (Sério Turismo, p. 25-42) São Paulo: Aleph.

GIL, A. C. (2002). Como elaborar projetos de Pesquisa (4ª ed.). São Paulo: Atlas.

INSTITUTO NACIONAL DE CULTURA, INC., &INSTITUTO NACIONAL DE RECURSOS NATURALES, INRENA. (marzo 2004, agosto 2005). Plan maestro del Santuario histórico de Machupicchu. Cusco: INC/INRENA.

LAKATOS, E. M., & MARCONI, M. A. (2009). Fundamentos da metodologia científica (6ª ed., 7.reimpr.) São Paulo: Atlas.

LOVÓN, A. V. (2009). Rutas turísticas del Cusco. Cusco: JL Editores.

MATIENZO, A. R. (1936). Los caminos del inca en el antiguo Perú. Lima: Instituto Nacional de Cultura.

PERU. Decreto Supremo n. 011-2005-TR, de 05 de outubro de 2005 (2005, Octubre 06, p. 301-729). Aprueban reglamento de La Ley n. 27607. Ley Del porteador. El Peruano. Poder Ejecutivo, Lima. (a)

PERU. Resolución Jefatural n. 259-2005-INRENA, de 02 de noviembre de 2005 (2005, Diciembre 03, p. 305-482). Aprueban el Reglamento de Uso Turístico de La Red de Caminos Inca del Santuario Histórico de Machupicchu y su Zona de Amortiguamiento. El Peruano, Lima. (b)

PERU. Decreto Supremo n. 018-2009-MINAM, de 07 de setembro de 2009 (2009, Setiembre 08, p. 402174). Aprueban Reglamento de Uso Turístico en Áreas Naturales Protegidas. El Peruano. Poder Ejecutivo, Lima.

PERU. Decreto Supremo n. 004-2010-MINCETUR, de 15 de Janeiro de 2010 (2010, Enero 16, p. 411-315). Aprueban Reglamento de La Ley Del Guíadel Turismo. El Peruano. Poder Ejecutivo, Lima.

PERU. Ministerio Del Ambiente. SERNANP. (2011). Disposiciones complementarias al reglamento de uso turístico de áreas naturales protegidas. Resolución Presidencial n. 120, de 22 de junio de 2011. Lima: SERNANP. Disponível em: <http://www.legislacionanp.org.pe/index.php?option=com_content&task=view&id=594&Itemid=94>. Acesso em: 7 Abr. 2012.

PERU. Presidencia del Consejo de Ministros. INDECOPI. (2012). Catálogo especializado de normas técnicas peruanas. Lima: INDECOPI. Disponível em: <http://www.indecopi.gob.pe/repositorioaps/0/14/jer/normas_tecnicas_peruanas_pymes/03_080mar12.pdf>. Acesso em: 19 Abr. 2012.

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Produção associada ao turismo: uma alternativa possível para o

desenvolvimento endógeno de Pirenópolis-GO

Erika Kilbert – Mestranda

UNB - Universidade de Brasília

O avanço das políticas públicas de turismo no Brasil ocorre com maior relevância a partir da criação do Ministério do Turismo em 2003 e da elaboração do Plano Nacional de Turismo. O Plano já em sua primeira edição contempla a Produção Associada ao Turismo¹ através de seu “Programa de Estruturação da Produção Associada ao Turismo” (integrante do Macroprograma de Regionalização do Turismo), que tem como objetivos: o fomento a esse tipo de produção, agregando valor á oferta turística, potencializando a competitividade dos produtos turísticos; e, a potencialização dos benefícios da atividade turística para as comunidades locais, propiciando a inclusão social por meio da geração de trabalho e renda (PNT, 2007). A produção agropecuária e o artesanato são exemplos de atividades que geram produtos que podem ser também associados ao turismo. Considerando o desenvolvimento do território brasileiro, que se deu através de atividades principalmente da agropecuária, como no caso de núcleos rurais que se transformam em núcleos urbanos, essas atividades promoveram e ainda promovem um desenvolvimento (muitas vezes de forma insustentável) dessas localidades – desenvolvidas em maior escala – mas que poderiam, e podem propiciar um desenvolvimento endógeno quando realizadas em menor escala e respeitando os saberes e fazeres que lhes são intrínsecos a cada localidade. Pirenópolis tem ao longo de sua estória, não só a atividade mineradora enquanto propulsora de seu desenvolvimento - o ouro, especificamente, que é responsável pela origem da cidade, e, atualmente a extração de quartzito micáceo - mas também seu desenvolvimento se deve a atividade agropecuária - com destaque para a agricultura extrativista, familiar e orgânica, atualmente - e atividades artesanais como cestaria, tecelagem, jóias em prata e cerâmica. Embora tenha estado por um extenso período em um ostracismo econômico (1880-1930), é nesse período que essas atividades artesanais, bem como atividades culturais se desenvolvem de forma mais intensa e graças a elas que a cidade sobrevive ao isolamento. Entendendo desenvolvimento enquanto um “processo cujo resultado seja a elevação do bem estar geral de todos os seres humanos, com compromisso ético e moral perante todo o meio ambiente natural”. (Souza, p.128), sendo a economia um dos pilares do desenvolvimento - e não o único e nem o mais importante - para que o desenvolvimento endógeno em localidades turísticas ocorra, é visceral a compreensão de que essas atividades (artesanato, agropecuária, entre outras) devam ser de fato “associadas ao turismo”- entendendo turismo enquanto um fenômeno de uma prática social - e não “apropriadas” pelo sistema capitalístico denominado “indústria do turismo”, uma vez que essa apropriação causa uma dependência exclusiva da atividade turística. Igualmente, a promoção da diversificação de atividades econômicas em localidades turísticas é essencial para se evitar o que Krippendorf (2009) denominou de “monocultura turística”, ou seja, evitar que o turismo enquanto atividade econômica, tenha maior relevância em detrimento das demais atividades que são desenvolvidas na localidade, haja visto que toda monocultura não apenas é nefasta e perigosa, mas também insustentável.

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Palavras-chave: Desenvolvimento Endógeno. Políticas Públicas. Turismo.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Plano Nacional de Turismo: macroprograma de regionalização do turismo. Disponível em: <www.turismo.gov.br/export/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/plano_nacional_turismo_2007_2010.pdf.> Acesso em: 16 Set. 2013. JAYME, Jarbas. Esboço Histórico de Pirenópolis. Pirenópolis, 1971. KRIPPENDORF, Jost. Sociologia do turismo. 3 ed. São Paulo: Ed. Aleph, 2009. RANGEL, Ignácio. Questão agrária, industrialização e crise urbana no Brasil. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2004. SOUZA, José Dalmo Silva de. Do capital social ao espaço econômico: o salto necessário. In: BARQUERO, Marcello; CREMONESE, Dejalma (Org.). Capital social: teoria e prática. Ijuí: INIJUÍ, 2006.

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Turismo como alternativa de uso dos lagos de hidrelétricas

Lívia C. B. S. Wiesinieski - Mestranda

UNB - Universidade de Brasília

O ideal desenvolvimentista é frequentemente utilizado como muletas para amparar a construção de grandes empreendimentos. Nas décadas de 1960 e 1970 essa estratégia foi utilizada pelos governos de Juscelino Kubitscheck e dos militares objetivando o crescimento econômico do Brasil. De certa forma tiveram bastante êxito se considerarmos o "milagre econômico" de 1969 – 1973. Contudo, essas ações terminaram por também ampliar a desigualdade social, permitindo a concentração de renda. A efetividade dessa estratégia vista estritamente do ponto de vista econômico, ainda hoje torna frequente sua utilização pelo poder público e alguns seguimentos do setor privado que aproveitam desse contexto para justificar a construção de grandes empreendimentos em regiões de baixa ocupação demográfica. Esse é o caso das usinas hidrelétricas de grande porte ou das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) que, independente do seu tamanho apresentam características semelhantes e desenvolvem programas e projetos que pretendem promover a melhoria da qualidade de vida da comunidade atingida pelos lagos a partir da criação de novas oportunidades de emprego e renda. Essa plataforma tem sido utilizada por praticamente todos os consórcios e comitês responsáveis pela implementação dos projetos de construção de pequenas, médias e grandes barragens que atendem a grupos distribuidores de energia. O uso desses equipamentos pelo turismo aparentemente tem colhido frutos ao permitir a prática de atividades aquáticas e ao mesmo tempo despertar novas demandas como hospedagem, alimentação e serviços de locação de equipamentos. Considerando as políticas públicas existentes para a construção de barragens, em 2002 foi criada a resolução CONAMA 302 que regulamenta e torna obrigatória a elaboração do Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório Artificial – PACUERA o qual estabelece os parâmetros e ações que poderão ser adotados para o uso e ocupação do entorno. Nesse documento formaliza-se o uso pelo turismo. A Usina Hidrelétrica Corumbá IV, localizada em Luziania, Goiás e, com reservatório abrangendo outros municípios do estado, teve seu Plano aprovado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, em outubro de 2012 por se tratar de um empreendimento recente em outubro de 2012 teve seu plano aprovado pelo IBAMA. No primeiro semestre de 2009 durante trabalho de campo, Silva (2009) observou que nenhuma estratégia ou planejamento para o cumprimento do PACUERA no que se refere ao uso turístico do lago formado pela barragem estava em andamento e que a comunidade ainda se sentia excluída do processo. Literatura sobre Corumbá IV consultada recentemente não faz referência a mudanças nesse cenário. Assim, cabe refletir sobre a utilização de instrumentos legais para mobilização sem o cuidado prévio de que as comunidades absorvam a essência da proposta. Faz-se necessário ter como prioridade inicial o envolvimento dos diretamente atingidos pelo projeto para, desta forma, compreender e promover a melhoria da qualidade de vida dos locais. Os responsáveis pela gestão da Usina Corumbá IV promoveram, no último ano, pesquisas direcionadas à comunidade e dela obtiveram a diretriz prioritária para o uso turístico do lago, desde que

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trabalhado em sintonia com a piscicultura, recreação e navegação, pois a implantação de qualquer das atividades de forma isolada poderá comprometer o trabalho das demais uma vez que o uso irracional do espaço levará à poluição da água (RIBAS, 2013). Cabe ressaltar, no entanto, que para a pesquisa relatada não foi considerada a possível relação entre o turismo e as práticas recreativas. Palavras-chave: Turismo. Barragens. Comunidades Atingidas. REFERÊNCIAS

BRASIL. Resolução CONAMA nº 302, de 20 de março de 2002.

RIBAS, José Roberto; ARAUJO, Marconi Melquíades de; SEVERO, Juliana Grenitte Ribas. Uso múltiplos de reservatórios de energia elétrica – Avaliação Muilticritério na UHE Corumbá IV. In: Seminário Nacional de grande Barragens, 23, 2013, Porto de Galinhas. Disponível em: <http://dataevent.azurewebsites.net/anaisxxixsngb/files/Tema110/A%2022%20-%20Jos%C3%A9%20Roberto%20Ribas.pdf>. Acesso em: 10 de ago. 2013.

SILVA, Lívia Cristina Barros da. Turismo sustentável – uma proposta para minimizar os impactos das hidrelétricas. Brasília: Universidade de Brasília, 2009. 57 f. Monografia de especialização – Especialização em Gestão de Negócios em Turismo, Brasília, 2009.

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Turismo na região norte do Ceará: um início de conversa

José Osmar Fonteles - Mestre

UVA - Universidade Estadual Vale do Acaraú

O turismo, fenômeno crescente em larga escala, em nível local, regional e global, desperta interesse de vários segmentos econômicos, sociais e políticos, na busca de alternativas de desenvolvimento, haja vista o patrimônio cultural e ambiental, capaz de propiciar geração de renda e inclusão social. Este contexto nos estimula a refletir sobre o turismo enquanto fenômeno inter e transdisciplinar em “[...] contínua simbiose com quatro amplos e complexos cenários conectados à base de um conjunto de relações ecológicas, sociais, econômicas e culturais”, (BENI, 2012, p.XXXI), articuladas em políticas púbicas. Esta reflexão possibilitou a realização desta pesquisa, ainda em andamento, cujo objetivo é analisar a gestão do turismo nos Municípios da Região Norte do Ceará, situados no litoral, serra e sertão, a partir de fundamentos sociológicos e discussões sobre gestão de política pública para o turismo. Estudantes da disciplina Sociologia do Lazer e do Turismo, do Curso de Ciências Sociais da UVA, foram a campo na busca de compreender o fenômeno turístico, a partir do seu Município, utilizando um roteiro com os seguintes aspectos, relacionados à estrutura e gestão do turismo: Equipe técnica, instalações, orçamento, Conselho Municipal, planejamento estratégico, plano de marketing, INVTUR – inventário da oferta turística, tipos de turismo, atrativos, estrutura dos atrativos, meios de hospedagem e restaurantes. Nesta análise priorizamos os Municípios que estão em rotas turísticas, levando-se em conta a sua localização geográfica, nesta classificação: Litoral: Camocim (inserido na Rota das Emoções5) e Itarema; Serra: Guaraciaba do Norte, Ipu, São Benedito, Tianguá, Ubajara (Serra da Ibiapaba), Itapajé (Serra da Uruburetama) e Meruoca (Serra da Meruoca); Sertão: Sobral. Nos Municípios analisados, existe instância gestora do turismo, mas apenas três tem secretaria específica; nos outros existem secretaria, mas agregando outras áreas, tais como: Cultura, Esporte, Juventude, Meio Ambiente e Empreendedorismo. Seis possuem Secretário e corpo técnico na área; três têm orçamento próprio; um tem Conselho Municipal; um tem planejamento estratégico e outro em elaboração; um está elaborando o plano de marketing; nenhum tem INVTUR. As informações coletadas revelam fragilidades na política pública do turismo nos Municípios, haja vista a ausência de instrumentos de gestão - planejamento estratégico e plano de marketing, podendo trazer sérios problemas para o setor. Entendo política pública de turismo na perspectiva de Lohmann e Panosso Neto (2012, p. 127), direcionada pelo “Governo Federal, estadual, municipal ou regional para o desenvolvimento da atividade turística”. É necessário estimular os gestores públicos a pensar o turismo como política pública, haja vista o potencial existente nos Municípios e a possibilidade de geração de emprego, renda e inclusão socioambiental, sem perda de identidade, promovendo sentimentos de pertença sobre o seu lugar (FONTELES, 2004). Concordando com Moesch (2012, p. 206-207):

5 Roteiro turístico integrado, contemplando Parque Nacional de Jericoacoara – CE, Área de proteção Ambiental do Delta do Parnaíba – PI e Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses - MA

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O poder municipal deve ampliar a integração das políticas públicas de cultura, esporte, lazer, turismo e meio ambiente, buscando um planejamento partilhado que resultará na melhoria da qualidade de vida da população, [...] e, consequentemente, uma dinâmica cultural e social instigante para visitação.

Promover o turismo é importante para a região, preparando a população para entender o fenômeno, nas suas várias dimensões, como quer trabalhar com ele e que modalidade quer desenvolver. Desta forma, é possível preparar uma determinada comunidade para receber visitantes, transformando-a em destino turístico suave (KRIPPENDORF, 2009), propiciando qualidade de vida para moradores e turistas. Palavras-chave: Turismo. Política Pública. Gestão. REFERÊNCIAS

BENI, Mario Carlos (org.). Turismo: planejamento estratégico e capacidade de gestão – desenvolvimento regional, rede de produção e clusters. Barueri, SP: Manole, 2012.

FONTELES, José Osmar. Turismo e impactos soicioambientais. São Paulo: Aleph, 2004

LOHMANN, Guilherme, PANOSSO NETO, Alexandre. Teoria do Turismo: conceitos, modelos e sistemas. 2. ed. ampli. E atual. São Paulo: Aleph, 2012

KRIPPENDORF, Jost. Sociologia do turismo: para uma nova compreensão do lazer das viagens. 3. ed. rev. e ampli. São Paulo: Aleph, 2009.

MOESCH, Marutschka. Dimensão Social. In: BENI, Mario Carlos (org.). Turismo: planejamento estratégico e capacidade de gestão – desenvolvimento regional, rede de produção e clusters. Barueri, SP: Manole, 2012.

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Turismo responsável em cidades patrimônio: estudo de caso

cidade de Pirenópolis-GO

Rogério Carvalho - Mestrando UNB - Universidade de Brasília

Gilson Zehetmeyer Borda - Doutor UNB - Universidade de Brasília

Donária Coelho Duarte - Doutora UNB - Universidade de Brasília

O presente resumo tem como objetivo debater o turismo responsável em cidades tombadas pelo patrimônio mundial, analisando a importância da participação da comunidade receptora na fomentação da atividade turística e a preocupação dos gestores públicos assim como dos representantes do trade turístico com a acessibilidade para pessoas portadoras com necessidades especiais. A cidade de Pirenópolis foi tombada como patrimônio histórico mundial no ano de 1988. Hoje com sua população de pouco mais de 23 mil habitantes, segundo o Censo de 2010, a cidade em período festivo chega receber mais que o dobro de sua população (IBGE, 2010 apud pirenópolis.tur.br ). A cidade em sua grande parte recebe visitantes nos finais de semana. O movimento dos turistas começa na sexta feira e estende-se até o domingo (pirenópolis.tur.br 2013). Em visita de campo realizada em maio de 2013 foi verificada a falta de rampas e de banheiros adaptados em hotéis, pousadas e restaurantes sem contar com os banheiros em prédios públicos como museus, igrejas e casarões históricos. A falta de acessibilidade restringe a liberdade de cidadãos de ir e vir quando a gestão pública das ditas cidades patrimônio não se preocupa com o acesso para todos. De acordo com o Ministério do Turismo (2012) “as ações de qualificação profissional para o atendimento às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida podem ser o primeiro passo para o mercado incluir em sua carteira de clientes uma demanda significativa de consumidores. Adaptar estas instalações e adquirir alguns equipamentos específicos são os passos complementares que darão ao empreendedor novas oportunidades comerciais”. A pesquisa foi bibliográfica e de campo, sendo que a metodologia utilizada foi qualitativa. Concluiu-se que com a falta de políticas públicas, relacionadas a projetos de acessibilidade e associadas as questões da conservação das cidades patrimônio pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAM), fica uma reflexão para um debate a adaptação da cidade para o atendimento deste publico que necessita de uma atenção especial, pois uma cidade que recebe muitos turistas, cercada de três grandes pólos econômicos; como as cidades de Brasília, Goiânia e Anápolis deve estar preocupada com a qualidade dos serviços para todos os turistas. Sugere-se o desenvolvimento de estratégia de sensibilização dos atores da cadeia produtiva do turismo de Pirenópolis - GO em relação à acessibilidade. Palavras-chave: Empreendedorismo. Turismo Responsável. Cidades Patrimônio. Desenvolvimento Sustentável. Acessibilidade.

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REFERÊNCIAS

BORDA, G. Z.; NASCIMENTO, E. P. Organizational social capital: trustand social value (Portuguese), Polêmica, 2011. vol. 10, pp. 103–114.

BRASIL. Turismo acessível bem atender no turismo acessível, volume III. Brasília: Ministério do turismo, 2009.

CANCLINI, N. G. A globalização imaginada. São Paulo: Iluminaturas, 2003.

COSTA, E & ESCARLATO, F, C. Patrimônio da humanidade: Universalismo de um apoderamento territorial soberano. In: COSTA, E B; BRUSANDIN, L; PIRES, M. (orgs). Valor patrimonial e turismo: limar entre história, território e poder. São Paulo: Outras Expressões, 2012.

DEVILE, E. L. O desenvolvimento do turismo acessível: dos argumentos sociais aos argumentos de mercado. Journal of Tourism and Development , 2009. Nº. 11, p. 39-46.

SALAZAR, Sérgio. Turismo responsável – Manual para Políticas Locais. Brasília: WWF Brasil, 2004. Disponível em: <http://www.pirenopolis.tur.br>. Acesso em: 11 Set. 2013.

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Turismo rural no Vale do Paraíba: diagnóstico a partir dos planos

municipais de desenvolvimento rural sustentável

Cristina Fachini - Doutoranda

UNICAMP - Universidade de Campinas Alexandre Mendes - Mestrando

UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos Esdras Matheus Silva Matias - Doutorando

UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas

Dentre as atividades rurais não agrícolas, muitos estudos apontam o turismo rural como fonte alternativa de renda, principalmente da agricultura familiar no Brasil (SCHNEIDER, 2006). Em São Paulo o turismo rural também se desponta como alternativa econômica entre os produtores rurais. Um levantamento realizado pelo Projeto LUPA - Levantamento Censitário de Unidades de Produção Agropecuária (CATI, 2013), 250 municípios do Estado apresentaram pelo menos uma propriedade rural desenvolvendo atividades de turismo, sendo que em 281 municípios registrou-se a presença de estabelecimentos que ofereciam meios de hospedagem. Em 2010 foi firmada uma parceria entre órgãos da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, a Coordenadora de Assistência Técnica Integral (CATI), Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios - APTA Regional e Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (CODEAGRO) para, com um trabalho em conjunto, prospectar demandas tecnológicas e catalisar ações que culminassem em programas e projetos para desenvolvimento rural sustentável. Entendendo desenvolvimento sustentável em todas as suas facetas (cultural, social, ambiental, econômica e política) (SACHS, 1993), reforçando especialmente as questões ambientais com o social, uma vez que o público a ser atendido é em sua maioria de produtores rurais familiares. Para identificar as cadeias produtivas com potencial para o desenvolvimento rural sustentável, foram realizados painéis estruturados em sete regiões do Estado de São Paulo, utilizando-se a abordagem de prospecção Technological Foresight (GODET, 2000). Os painéis foram preparados com base nos Planos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável, desenvolvidos pelos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável (SÃO PAULO, 1992). O Turismo Rural foi eleito na região do Vale do Paraíba (Escritórios de Desenvolvimento Rural - EDR de Bragança Paulista, Guaratinguetá, Mogi Mirim, Pindamonhangaba e Polos Regionais do Vale do Paraíba e Leste Paulista) como atividade prioritária para o Desenvolvimento Rural Sustentável. Nesse trabalho apresentam-se os principais temas debatidos nessa ocasião. A primeira questão apresentada foi a da legalização dos produtos alimentícios artesanais vendidos nas propriedades rurais que possuem turismo receptivo e vendem a produção no comércio local. Técnicos da Defesa Agropecuária da SAA um pesquisador especialista em Agregação de Valor de produtos agrícolas reforçaram a importância da participação desses órgãos no acompanhamento do desenvolvimento dos produtos e na legalização dos estabelecimentos mesmo que em nível municipal. A questão principal é que a legalização colabora para a visibilidade e melhoria na qualidade dos produtos. O SENAR e SEBRAE poderiam ser instituições parceiras para sensibilização de multiplicadores quanto ao

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assunto. Outro ponto debatido foi a importância da articulação dos Conselhos Municipais de Turismo (COMTUR) da região do Vale do Paraíba com Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural para o tema do turismo rural, que possui intersecção nesses dois fóruns de debate, o que fortaleceria as reinvindicações dos proprietários rurais junto às instâncias públicas. Por último ressaltou-se a importância da divulgação da Lei Geral do Turismo para os estabelecimentos com turismo rural na região. Palavras-chave: Turismo Rural. Políticas Públicas. Desenvolvimento Sustentável.

REFERÊNCIAS

CATI. Levantamento cadastral das unidades de produção agropecuária do Estado de São Paulo - LUPA. Disponível em: http://www.cati.sp.gov.br/projetolupa. Acesso em: 01/09/2013.

GODET, M. A. Caixa de ferramentas da prospectiva tecnológica. Centro de Estudos de Prospectiva e Estratégia – CEPES, Lisboa, 2000.

SACHS, I. Estratégias de transição para o século XXI – desenvolvimento e meio ambiente. São Paulo: Studio Nobel/Fundap, 1993.

SÃO PAULO (Estado). Lei Nº 7.774, de 6 de abril de 1992. Institui o Conselho de Desenvolvimento Rural do Estado de São Paulo e dá outras providências. Repositório de legislação da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

SCHNEIDER, S. Turismo em comunidades rurais: inclusão social por meio de atividades não-agrícolas. In: Ministério do Turismo. Diálogos do Turismo: Uma Viagem de Inclusão. Brasília, 2006.

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Turismo, desenvolvimento local e qualidade de vida: um estudo de

caso em um município do litoral Potiguar

Esdras Matheus Silva Matias – Doutorando6

UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas Sônia Regina da Cal Seixas - Doutora7

UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas

A sustentabilidade do turismo é um grande desafio face à própria característica da atividade. Além do viés econômico, “as práticas turísticas tem intensa interferência sobre o modo de vida das comunidades” (BARTHOLO et al ,2005, p.20). A “Dualização social que marca a região” (LOPES JR, 2001, p.131), “expulsão das populações nativas dos seus locais de origem” (MARCELINO, 2001, p.179) e “especulação das terras para o lazer” (CORIOLANO, 2009, p.281) são algumas questões relevantes de discussão quando tratamos do turismo no litoral nordestino. O papel do turismo no bem estar das localidades está intimamente associado às políticas públicas, qualidade de vida, cooperação e desenvolvimento local. O objetivo geral desta pesquisa é investigar a relação turismo, desenvolvimento local, qualidade de vida e ambiente. Partindo da ideia de que “o turismo é uma prática social importante, centrada no sujeito que realiza a viagem e na comunidade que o recebe” (SUAREZ, et al 2010, p.141), o trabalho se propôs a entender como os membros da comunidade (moradores, associações comunitárias, esfera pública e privada) percebem o turismo no seu espaço de vivência e as influências socioambientais da atividade num município do litoral norte potiguar.Esse artigo é o resultado preliminar de pesquisa de campo realizada como parte de tese em andamento no Doutorado em Ambiente & Sociedade (NEPAM-IFCH-UNICAMP/SP). Três empreendedores locais foram escolhidos aleatoriamente, como sujeitos da pesquisa, inspirado no modelo do questionário de percepção da atividade turística de Soares (2009). Optou-se por um roteiro de entrevista semi estruturado. Como resultado obteve-se: A alta estação ocorre de agosto até novembro e cerca de 80% são estrangeiros (suíços, franceses, alemães, australianos e italianos). A tipologia dos visitantes foi classificada principalmente como praticantes de esportes náuticos. O principal motor do turismo local são as belezas naturais relacionadas ao mar e ao vento. Para Hannigan (2009, p.67) esses “cenários naturais não estragados, que criam um significado especial” que reforçam a vivência ao ar livre, própria do turista de natureza. Dois grupos são comuns: Pessoas com mais de 30 anos (através de pacotes de agências de turismo) e mochileiros na faixa de 25 a 30 anos. Afirmou-se que os gestores públicos locais não entendem a dimensão da atividade para a cidade, que fomenta pequenos negócios e a própria pesca, além da produção de abacaxi. Através da associação é que os membros tentam definir prioridades para gerir o turismo na cidade. Defendeu-se que as compras

6 Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM). IFCH/Unicamp. 7 Pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM/Unicamp). Professora do Doutorado em Ambiente &

Sociedade (NEPAM-IFCH-UNICAMP). Bolsista de Produtividade CNPq.

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feitas pelos turistas de produtos da região ajudam nas tradições culturais, na gastronomia e no artesanato. “Há um aumento da qualidade de vida sim porque o turismo trouxe emprego e tirou muitas pessoas da linha de miséria” (entrevista). Para os atores, qualidade de vida depende de investimentos públicos em infraestrutura, cuidados com questões ambientais e segurança. A intervenção pública e privada seria uma maneira de evitar a degradação do meio ambiente. Embora um dos pesquisados tenha afirmado que a massificação do turismo é inevitável. Como resultado preliminar, percebe-se descompasso das políticas públicas municipais de turismo. Como continuidade da pesquisa ressalta-se que serão realizadas entrevistas futuras com outros atores, como membros da associação, pescadores e as labirinteiras (senhoras que produzem o artesanato usando uma peneira fina de fios para realizar o bordado). Palavras-chave: Turismo. Desenvolvimento Local. Qualidade de Vida.

REFERÊNCIAS

BARTHOLO, R.; DELAMARO, M.; BADIN, L. (Orgs.). Turismo e sustentabilidade no Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Garamond/FAPERJ, 2005.

CORIOLANO, L. N. O turismo comunitário no nordeste brasileiro. In. BARTHOLO, R; SANSOLO, D. G; BURSZTYN, I. (Orgs.) Turismo de base comunitária: diversidade de olhares e experiências brasileiras. Brasília: Letra & Imagem, 2009.

HANNIGAN, J. Sociologia ambiental. Petrópolis: Vozes, 2009.

LOPES JR, E. Sombras sobre o reino tropical de Dionísio: população, meio ambiente e urbanização turística no litoral do Rio Grande do Norte. In.: SERRANO, C; BRUHNS, H. T.; LUCHIARI, M.T. (orgs.). Olhares contemporâneos sobre o turismo. Campinas: Papirus, 2001.

MARCELINO, A. M. T. Turismo e sua influencia na ocupação do espaço litorâneo. In.: RODRIGUES, A. B. (org.) Turismo e geografia: reflexões teóricas e enfoques regionais. 3ed. São Paulo: Hucitec, 2001.

SOARES, C. de S. Qualidade de vida, realidades e conflitos do turismo na paisagem