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Ano III - 16 ª edição Curso abre possibilidades no mercado de trabalho para egressos da Fundação PÁGINA 4 Fase aprova 86,8% dos jovens do Ensino Médio no Encceja Os novos profissionais formados na barbearia do Ceconp Reunião encaminha uso de videoconferência no sistema Concluída reforma da quadra esportiva no Case Santo Ângelo Fase solicita ao TRE/RS confecção de títulos nas unidades de POA Apresentada na Secretaria da Educação evolução do cronograma das escolas PÁGINA 3 PÁGINA 3 PÁGINA 6

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Ano III - 16 ª edição

PÁGINA 7

Curso abre possibilidades no mercado de trabalho para egressos da Fundação PÁGINA 4

Fase aprova 86,8% dos jovens do Ensino Médio no Encceja

Os novos profissionais formados na barbearia do Ceconp

Reunião encaminha uso de videoconferência no sistema

Concluída reforma da quadra esportiva no Case Santo Ângelo

Fase solicita ao TRE/RSconfecção de títulos nas unidades de POA

Apresentada na Secretaria da Educação evolução do cronograma das escolas

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Fundação aprova 86,8% dos jovens do Ensino Médio no Encceja

A Fundação de Atendimen-to Socioeducativo finalizou a apuração dos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Es-tudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) referentes ao resultado das provas do Exa-me Nacional de Certificação de Competências de Jovens e Adul-tos na modalidade voltada para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja PPL) realizadas pelos socioeducandos em 2018. Dos 160 adolescentes da Fase inscri-tos no Ensino Médio em todas as unidades de internação do sistema, 30 atingiram a apro-vação em caráter total e outros 107 de maneira parcial, chegan-do a 137 jovens ou 86,8% dos participantes, percentual mais elevado nesta modalidade na história da Fundação. O presidente da Fase, Robson Luis Zinn, destacou que mes-mo com o número de jovens aumentando nas unidades, há

um direcionamento de gestão para qualificar a formação es-colar do adolescente, além de um atendimento de demanda compartilhada com as direções das escolas, o que explica os re-sultados alcançados no Encceja. “Compreendendo a necessidade de um acompanhamento dife-renciado, o sistema socioedu-cativo gaúcho vem investindo R$ 10 milhões na ampliação dos espaços físicos para acomodar o maior volume de atendimen-to com a construção de oito módulos escolares distribuídos entre Porto Alegre e no interior. Conseguimos resolver também o problema dos constantes can-celamentos de aula nas escolas vinculadas à Fundação que che-garam a quase 20% e, hoje, não ultrapassam os 5%. Além disso, trabalhamos na implantação de mais um turno de atividades nas escolas e atualmente possuem o atendimento do vespertino as

Percentual é o maior já registrado na história da Fundação neste tipo de exame

Informativo produzido pela Assessoria de Comunicação Social da Fase

TEXTOS E FOTOS Marcelo Vaz, Patriane Melo, Divulgação Case Santo Ângelo, Galileu Oldenburg

Av. Padre Cacique, 1372 - Porto Alegre/RS - CEP 90810-040 Fone (51) 3218.9410 | WhatsApp de notícias: (51) 98600-9299

EXPEDIENTE

DIAGRAMAÇÃO/JORN. RESPONSÁVELMarcelo Vaz - Reg.Prof. Mtb/RS 11.258

Acesse: www.fase.rs.gov.br

unidades de Caxias do Sul, Uru-guaiana, Pelotas, Santo Ângelo, Santa Maria e Novo Hamburgo”, disse.

Ensino Médio No Ensino Médio, um total de 160 estudantes realizou as pro-vas em todo o estado. O Centro de Atendimento Socioeducativo de Novo Hamburgo (Case NH) foi o destaque entre as unidades gaúchas, com seis jovens apro-vados totalmente e outros 38 de maneira parcial. As áreas de Redação e Ciências da Natureza e suas Tecnologias estiveram em alta entre os alunos da Escola Estadual Bento Gonçalves, vin-culada ao Case NH. Em seguida, destacaram-se os jovens da Co-munidade Socioeducativa (CSE) de Porto Alegre, vinculada à Es-cola Estadual Tom Jobim, e os do Centro de Atendimento So-cioeducativo (Case) Santa Maria, ligados à Escola Escola Estadual Humberto de Campos, com 13 adolescentes cada, classificados nas modalidades total e parcial. O exame do Ensino Médio é composto por quatro provas objetivas, com 30 questões de múltipla escolha, por nível de ensino e uma redação. As áre-as avaliadas são: Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tec-nologias; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias. Quem obteve a nota mínima exigida em todas as quatro áreas de conhecimen-to e na redação recebe seu certi-ficado de conclusão emitido pela escola de origem. Aqueles que obtiveram a nota mínima ape-nas em alguma área de conheci-mento têm direito à declaração parcial de proficiência. Com ela, o participante fica liberado de repetir as provas da mesma área de conhecimento nas próximas edições do Encceja.

Ensino Fundamental Dos 445 estudantes da Fase inscritos no Ensino Fundamen-tal, 25 atingiram a aprovação em caráter total e outros 236 de maneira parcial, chegando a 261 jovens ou 58,6% dos participan-tes. Neste segmento, o Centro de Atendimento Socioeducati-

vo de Caxias do Sul, com a Es-cola Estadual Paulo Freire, foi o destaque entre as unidades de todo o estado, com sete jovens concluindo seus estudos de ma-neira total. De modo parcial, o destaque novamente ficou com o Case Novo Hamburgo com 39 jovens figurando nesse quesito, seguido pelo Case POA 1 e a Es-cola Estadual Tom Jobim, com 32 socioeducandos e pelo Case Passo Fundo ao qual está vin-culada a Escola Estadual Paulo Freire, com 25 adolescentes.

Melhor Desempenho Após a compilação dos da-dos, a Escola Estadual Bento Gonçalves, vinculada ao Case Novo Hamburgo, destacou-se pelo número de alunos apro-vados de forma total ou parcial, levando-se em conta também a soma dos jovens aprovados nos ensinos Fundamental e Médio. A diretora da instituição de ensino, Rosana Maria Jacques Chinazzo, explicou que a montagem de sua equipe teve foco em traba-lhar as diversas áreas do conhe-cimento e que, neste projeto, a família dos jovens também está muito integrada. “Para atingir esse resultado, entre outros fa-tores, trabalhamos muito com aulas de reforço. Além disso, re-cuperamos e estudamos antigos cadernos de provas do Encceja. Todas as quartas-feiras, nós fa-zemos também uma reunião interna onde avaliamos a situa-ção de aluno por aluno. Acredito que esses sejam alguns diferen-ciais que buscamos e que expli-quem esse resultado”, explicou. Perguntada sobre o êxito nas provas de Redação, Rosana ex-plicou que “a Língua Portuguesa não é só trabalhada nas aulas es-pecíficas, mas também em todas as disciplinas, o que faz com que os alunos tenham melhor emba-samento. Outra coisa é a biblio-teca. Os alunos gostam de ler e fazem muito o uso dos livros da biblioteca”, disse. Quanto às Ciências da Natureza, Rosana lembrou do Programa Saúde na Escola (PSE), “que trabalha, na prática, e em parceria com a fa-mília dos jovens, diversos temas nesta área, trazendo a ciência para a realidade deles”, afirmou.

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As reformas na quadra esportiva do Case Santo Ângelo estão concluídas. Inicialmente, a Fundação realizou reparos no te-lhado da unidade em função de goteiras que acabavam por da-nificar o piso. Na sequência teve início o trabalho de recuperação do pavimento que recebeu con-sertos no piso de concreto e, na sequência, uma pintura em epó-xi que se caracteriza pela alta re-sistência à umidade e produtos químicos, alta durabilidade e re-sistência à abrasão. “O esporte e as atividades coletivas dos inter-nos fazem parte da socioeduca-ção e distencionam o ambiente na unidade”, destacou o diretor da unidade, Riade Mustafá. O juiz titular da Vara da Infância e Juventude de Santo Ângelo, Luis Carlos Rosa, foi convidado para dar o chute inicial no torneio in-terno que marcou a reinaugura-ção da quadra.

Concluída a reforma da quadra esportiva do Case Santo Ângelo

Juiz titular da Vara da Infância e Juventude de Santo Ângelo, Luis Carlos Rosa, passa a bola para o diretor Riade Mustafá

Fase solicita ao TRE/RS confecção de títulos de eleitor nas unidades na Capital

O presidente da Fundação de Aten-dimento Sócio-Educativo, Robson Luis Zinn, foi recebido no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS), pela vice--presidente e corregedora do órgão, desem-bargadora Marilene Bonzanini. Na ocasião foi protocolado expediente para que os títulos de eleitor dos adolescen-tes internos da Fase lotados em Porto Alegre possam ser expedidos diretamente em uma ou mais unidades da Fundação na Capital. Atualmente, há necessidade do deslocamen-to físico dos jovens até o respectivo cartório eleitoral para a confecção do documento.

Zinn destacou que já é realidade na Fundação a Central de Documentação que confecciona carteiras de identidade, CPFs, carteiras de trabalho e certificados de alis-tamento militar e que, a possibilidade de agregar o serviço também para os títulos de eleitor “ampliaria o portfolio oferecido aos adolescentes que passam pelo sistema, sen-do fundamentais na questão do resgate da cidadania”, disse. O objetivo é que, em médio prazo, o tra-balho iniciado nas unidades de Porto Alegre sirva como projeto-piloto para ampliação da iniciativa às unidades da Fase no interior.

Trabalho iniciado em Porto Alegre poderá servir como projeto-piloto para ampliação da iniciativa às unidades do interior

Concurso da DPU premia alunos da

Senador Pasqualini

Três adolescentes da Escola Estadual de Ensino Médio Senador Pasqualini aprovados no 4º Concurso de Redação da Defensoria Pública da União (DPU). O certame, este ano, teve como tema a “Promoção dos Direitos Humanos e Garantia do Acesso à Justiça”. Os jovens se inscreveram após o incentivo de professores e direção da Escola, enviando textos que abordassem o assunto e descre-vessem sua realidade e perspectiva de mu-dança durante o tempo na instituição. Pela Escola Senador Pasqualini foram 15 inscritos. Um adolescente do 8º ano ficou em primeiro lugar no concurso e recebeu um tablet como reconhecimento do seu trabalho das mãos do defensor público federal chefe da 2ª ca-tegoria da DPU em Porto Alegre, Fabio Car-boni Ceccon. Os outros dois socioeducandos receberam medalha e certificação

Jovem cuja redeação foi vencedora recebeu um tablet

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Curso de Barbeiro capacita jovens para inserção no mercado

Estão em funcionamento, no Centro de Convivência e Profis-sionalização (Ceconp), na Vila Cruzeiro, em Porto Alegre, duas turmas do Curso de Cabeleireiro que visa profissionalizar jovens da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo e objetiva sua inserção no mercado de trabalho ao término do cumprimento da medida. O empreendimento foi viabili-zado em função de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no valor de R$ 20 mil, destina-do pelo Ministério Público do Trabalho da 4ª Região, através do procurador Noedi Rodrigues da Silva para favorecimento da implantação da oficina. O pro-jeto havia sido contemplado em 2017 e, durante o ano de 2018, o espaço físico foi montado além de identificado o voluntário que iria ministrar as aulas. O presidente da Fase, Robson Luis Zinn, destacou que investir em profissionalização é garantir condições de competição em caráter de igualdade no merca-

Professor Othelo Ilha é o facilitador do curso com carga de 60 horas/aula voltado ao mundo da barbearia e beleza masculina

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do de trabalho. “É algo muito importante quando falamos em algo mais amplo que é o proces-so de ressocialização do jovem. Em conjunto com a educação em sala de aula este é um fator determinante na qualidade da entrega desse adolescente no retorno ao convívio social, disse. “Para nós a foi muito impor-tante a contemplação do projeto através do TAC. Agora, podemos oferecer aos jovens uma qua-lificação profissional onde eles poderão trabalhar inclusive por conta própria desenvolvendo o empreendedorismo. A atividade além de rentável está em moda ultimamente e tem muito a ver com o perfil jovem de nossos adolescentes contemplando também a escolaridade em que eles se encontram”, disse a dire-tora do Centro de Convivência e Profissionalização (Ceconp), Jo-siane Mônaco.

Curso Facilitador do curso do Ce-conp e ex-professor do Serviço

Nacional de Aprendizagem Co-mercial (Senac) por dois anos, Othelo Ilha, tem quase 200 alu-nos formados em seu currículo. Ele explica que ‘barbeiro’ é a ti-tulação obtida após a conclusão do curso e que tal profissional trabalha focado na beleza mas-culina, “independente se for ca-belo, sobrancelha ou barba. Ele é especialista em estética masculi-na. Por outro lado, o cabeleireiro trabalha com o cabelo feminino”. Para Ilha, o conceito de barbearia atualmente está bastante amplo. “No espaço onde eu sou pro-prietário, por exemplo, nós tra-balhamos com pé, mão, sobran-celha, barboterapia, progressiva e mechas. Tudo voltado para o público masculino”, afirmou. Sobre o projeto, o professor ressalta que sua participação no Ceconp é como voluntário. “Nós temos um projeto vinculado à Igreja Bola de Neve, lá de Pelotas, onde nós temos o colega Rami-ro que também é barbeiro e que um dia pensou em poder ajudar os jovens com uma profissão. O

projeto Nova Fase já existe lá há um ano e meio. Nos inspiramos nesta realidade”, disse.

MercadoIlha destaca que o curso ofe-recido tem duração de 60 ho-ras, “carga mínima exigida pelo mercado para validar o certifi-cado como profissional na rua”, explica. O professor diz que no Ceconp os jovens estão receben-do toda a teoria e prática que se-riam ensinados em uma grande instituição. Este curso pago de maneira particular varia entre R$ 1,8 mil a R$ 2 mil por aluno”. Questionado sobre a remu-neração de um profissional no mercado, Ilha ressalta que um iniciante está recebendo por vol-ta de R$ 350 por semana. “Tenho um profissional que trabalha comigo há algum tempo e ele está tirando mais ou menos R$ 800 por semana. No início, até formar uma carteira de clientes a coisa é um pouco mais len-ta, mas as coisas com o tempo acontecem, né?”, conclui.

Aulas são ministradas no Ceconp para adolescentes das unidades do Complexo Cruzeiro

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Uma reunião realizada no Palácio da Jus-tiça, em Porto Alegre, entre a Corregedoria--Geral da Justiça do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Fundação de Atendi-mento Sócio-Educativo e Secretaria de Jus-tiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) debateu a possibilidade de implementação de um sistema de videoconferência para a realização de audiências em estabelecimen-tos socioeducativos do Rio Grande do Sul à semelhança do que já acontece no sistema prisional gaúcho. O presidente da Fase, Robson Luis Zinn entregou ofício à Corregedora-Geral da Jus-tiça, Denise Oliveira Cezar, pleiteando tal prática com base no caráter preventivo e de segurança, visando garantir o interesse do cumprimento integral da guarda e seguran-ça de agentes e adolescentes. “Estivemos aqui em 2017 para tratar dessa demanda. É interessante novamente materializar essa disposição e, para isso, trouxemos este ofí-cio nos colocando à disposição, pois somos parceiros para fazer o investimento que ti-vermos que fazer no sentido de viabilizar o funcionamento desse sistema dentro de nossas unidades”, disse Zinn. O mecanismo não seria utilizado em todas as situações, como explica a Corregedora--Geral, mas seu emprego ficaria a critério de cada magistrado que, munido de informa-ções repassadas pela Fase, faria ou não uso das salas de videoconferência conforme seu entendimento. “Estamos em uma época em que precisamos fazer algumas quebras de paradigma e isso implica em uma mudança cultural. Estamos oferecendo os meios e im-buídos do melhor propósito de colaborar e transformar as nossas estruturas para ofere-cer para a cidadania algo de melhor”, disse

Denise. Para dar andamento à proposta, a desembargadora propôs a criação de dois grupos de trabalho, sendo um da área técni-ca propriamente dita e, outro, para tratar de questões relacionadas ao fluxo de trabalho e solicitou que tanto a Fase como a SJCDH indicassem profissionais aptos a compor tais equipes junto com membros do Judiciário.

Deslocamentos para audiências Zinn explicou que a Fundação realiza, em média, algo em torno de mil saídas por ano com adolescentes em deslocamentos para audiências e sugeriu que a iniciativa da vi-deoconferência começasse a ser implantada pela Capital. “Nossa proposta é instalar duas salas voltadas a empregar o uso de câmeras na comarca de Porto Alegre, sendo uma no Complexo da Vila Cruzeiro e outro na área da avenida Padre Cacique. Com isso, já es-tamos falando em atingir quase 50% dos adolescentes que cumprem medida no Rio Grande do Sul”, ressaltou. A Diretora-Geral da Secretaria de Jus-tiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Fernanda Bermudez, destacou que a ques-tão das novas tecnologias vem a serviço da sociedade. Considerou também importante a criação do grupo de trabalho proposto pela Corregedora-Geral da Justiça “para que possamos gradativamente começar o traba-lho por Porto Alegre, mas pensar em uma ampliação para as unidades do interior”, afirmou.

Infraestrutura O presidente da Fase disse que a video-conferência, além de reduzir o custeio do Es-tado na manutenção do sistema, traz maior robustez e segurança para toda a logística.

À Fundação caberia a cedência do espaço físico para a instalação de salas de video-conferência, responsabilizando-se por sua limpeza, segurança e conservação. Ao Judi-ciário, em linhas gerais, caberia a instalação do sistema de informática específico que fizesse a comunicação com o Tribunal de Justiça. Zinn lembrou que, com a construção de oito escolas em unidades de internação da Fase em Porto Alegre e interior, os locais onde funcionam as salas de aula atualmente poderiam dar lugar aos espaços destinados às salas de audiência. Além disso, colocou à disposição toda a estrutura de rede de fibra ótica recentemente implementada pela Fun-dação em quase todo o estado, excetuando--se inicialmente apenas Santa Maria e Uru-guaiana que, por questões técnicas, ainda não estão com o processo de cabeamento 100% concluídos.

Desdobramentos Os participantes definiram como meta, durante o encontro, a organização futura de 7 salas de videoconferência em unida-des de internação de todo o Rio Grande do Sul, além das duas já citadas para a Capi-tal gaúcha. A partir do ofício apresentado à Corregedoria-Geral da Justiça será feito um expediente para formalizar um termo de co-operação entre todas as partes que deverá ser assinado em breve. A expectativa é que o novo sistema entre em funcionamento ain-da em 2019. Também participaram da reu-nião a Juíza-Corregedora Coordenadora da Infância e Juventude, Nara Cano Saraiva, o diretor Administrativo da SJCDH, Lucas Fuhr, e o diretor Socioeducativo da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo, André Seve-ro.

A expectativa é que o novo sistema entre em funcionamento ainda em 2019

Reunião encaminha uso de videoconferência para internos da Fase

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O presidente da Fundação de Atendi-mento Sócio-Educativo, Robson Luis Zinn, foi recebido na Secretaria Estadual da Edu-cação, pelo titular da Pasta, Faisal Karam, e pelo diretor de Recursos Humanos da Se-cretaria da Educação, José Adilson. O objetivo do encontro foi a apresenta-ção da evolução do cronograma das obras nas escolas estaduais situadas nas unida-des da Fase em todo o Rio Grande do Sul e de um breve panorama avaliativo sobre a educação dentro sistema e sua importân-cia no processo de ressocialização. Zinn destacou a evolução da qualida-de do ensino na Fundação de Atendimen-to Sócio-Educativo, nos últimos anos, no sentido de qualificar a formação escolar do adolescente, além de atender deman-das compartilhadas com as direções das escolas e ressaltou a “redução significa-tiva dos constantes cancelamentos de aula nas escolas vinculadas à Fundação que chegaram a quase 20% e, hoje, não ultrapassam os 5%”. Falou ainda sobre o êxito do Exame Nacional de Certificação de Competências de Jovens e Adultos na modalidade voltada para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja PPL) realizadas pe-los socioeducandos em 2018, onde os jo-vens do Ensino Médio da Fase atingiram a aprovação em caráter total ou parcial de 86,8%, percentual mais elevado nes-ta modalidade na história da Fundação.

Convênio A Fundação de Atendimento Sócio-Edu-cativo, ainda no ano de 2017, assinou con-vênio convênio com a Secretaria da Edu-cação, no valor de R$ 10 milhões, para a construção de unidades escolares autôno-mas e um ginásio poliesportivo em diver-sas unidades de internação do Rio Grande do Sul, nos municípios de Porto Alegre (4), Caxias do Sul (1), Pelotas (1), Uruguaiana (1), Santo Ângelo (1) e Santa Maria (1), esta última com verba resultante de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Todas as novas estruturas de ensino a serem finalizadas terão como modelo o projeto arquitetônico da Escola Estadual Humberto de Campos, situada no Centro de Atendimento Socioeducativo de Santa Maria, incluindo salas de aula e laboratório, biblioteca multimídia, sala de direção, sala de professores e secretaria. A construção desses espaços, que em sua maioria de-verão estar concluídos ainda no primeiro semestre de 2019, permitirá, além da me-lhoria da qualidade do ensino, a ampliação dos locais existentes na unidade para reali-zação de cursos e oficinas onde hoje estão localizadas as atuais salas de aula.

Através do curso, os adolescentes encontram oportunidade de inserção no mercado de trabalho

Fase apresenta evolução das novas unidades escolares à Secretaria da Educação

Centro de Internação Provisória Carlos Santos Centro de Atendimento Socioeducativo de Pelotas

Centro de Atendimento Socioeducativo de Caxias do Sul