Ano VI - Unesp - Faculdade de Engenharia - Câmpus de Ilha ......árvores de eucalipto por ano. Nos...

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Jornal da UNESP Ilha Solteira [ Ano VI ] [ Edição nº 10 ] [ Abril 2008 ] Campus de 31 anos Ilha Solteira Laboratório de difração de raios-X entra em funcionamento PÁGINA 02 Alunos de Engenharia Civil da UNESP de Ilha Solteira realizam estágio no IPT PÁGINA 03 Biodiesel e oportunidades PÁGINA 06 UNESP recebe reator da BIOCOM e iniciaprodução deBiodieselem Ilha Solteira PÁGINA 07 11 de Abril: completa

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  • Jornal da UNESP Ilha Solteira [ Ano VI ] • [ Edição nº 10 ] • [ Abril 2008 ]

    Campus de

    31anosIlha Solteira Laboratório de difração de

    raios-Xentra em funcionamentoPágina 02

    Alunos de Engenharia Civil da UNESP de Ilha Solteira realizam estágio no IPTPágina 03

    Biodiesel e oportunidadesPágina 06

    UNESP recebe reator da BIOCOM e inicia produção de Biodiesel em Ilha SolteiraPágina 07

    11 de Abril:completa

  • Órgão Informativo da Faculdade de Engenharia - UNESP Campus de Ilha Solteira | Reitor: Prof. Dr. Marcos Macari | Vice-reitor: Prof. Dr. Herman Jacobus Comelis Voorwald | Diretor do Campus de Ilha Solteira: Prof. Dr. Wilson Manzoli Junior | Vice-diretor do Campus de Ilha Solteira: Prof. Dr. Marco Eustáquio de Sá | Supervisor da SAEPE: Rosemeire Cantão Paris | Diagramação: Paulo Eduardo Homem | Editoração Eletrônica e Arte-Final: Aderson Bezerra Junior | Impressão: Cria-tiva Print - Fone (67) 3524.5030 | Tiragem: 1000 exemplares | e-mail: [email protected] | Site: www.feis.unesp.br/ser-vicos/jornal-virtual/index.php | AS MATÉRIAS ASSINADAS SÃO DE RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DOS AUTORES

    Laboratório de difração de raios-X entra em funcionamento

    [+] Prof. Dr. Marcelo Ornaghi Orlandi

    A técnica de difração de raios X é uma poderosa ferramenta na caracteriza-ção de materiais, principalmente aqueles que possuem arranjos cristalinos, ou seja, materiais que cujos átomos estão arranja-dos em uma estrutura mínima (chamada de cela unitária) que se repete tridimen-sionalmente. De maneira simples, pode-mos dizer que a técnica de difração de raios X nos fornece a distância adjacen-te entre colunas atômicas, que é conhe-cido com distância interplanar (distância entre planos atômicos), e, através de cál-culos matemáticos, também podemos co-nhecer as distâncias e os ângulos entre os átomos constituintes do material. Raio X

    é um dos tipos de radiação eletromagné-tica (assim como a luz, mas com um com-primento de onda muito menor e, por isso, invisível ao nosso olho), e são pro-duzidos pela desaceleração de um feixe de elétrons de alta energia, ou pela tran-sição eletrônica envolvendo elétrons orbi-tais. O equipamento de difração de raios X gera um conjunto de raios paralelo e mo-nocromático (com o mesmo comprimen-to de onda) que incide sobre o material a ser analisado, e um detector, estrategica-mente localizado, verifica se houve inter-ferência construtiva após os raios X es-palharem (difratarem) na amostra. Existe uma Lei da Física muito conhecida, cha-mada de Lei de Bragg (presente em qual-quer livro de Física IV), que governa a con-

    dição para que as ondas eletromagnéti-cas difratadas interfiram construtivamen-te e possam ser detectadas.

    Em geral, diferentes materiais pos-suem diferentes arranjos cristalinos, de tal maneira que as distâncias entre os pla-nos atômicos presentes em cada material servem como uma impressão digital dele, e utilizando a técnica de difração de raios X podemos “ver” e comparar essas “im-pressões digitais”. Assim, podemos saber, até quantitativamente, os constituintes de um material desconhecido.

    Na última edição do jornal da FEIS foi divulgado que tivemos um projeto de pes-quisa aprovado (pela FAPESP) onde seria comprado o equipamento de difração de raios X, e agora queremos dar ampla di-

    vulgação que, desde final de janeiro de 2008, o equipamento já está instalado e operacional dentro do Laboratório de Po-límeros, do Departamento de Física e Quí-mica (DFQ). Além disso, esta infra-estru-tura conquistada possui um caráter mul-tiusuário, e está disponível aos docentes da FEIS e região.

    Das pesquisas em andamento na FEIS, a instalação do equipamento de difração de raios X fornece suporte em vários se-guimentos, como a caracterização de ma-teriais nanoestruturados condutores e se-micondutores, influência do processamen-to na obtenção de filmes de polímeros biodegradáveis e de borracha semicon-dutoras, e a prevenção de trincas em es-truturas de concreto, entre outras.

    Jornal da UNESP

    Ilha Solteira

    Jornal da UNESP Ilha Solteira

    Edição nº 10 | Abril de 200802Faculdade de Engenharia

    Formigas Cortadeiras: Prejuízos Econômicos nas Plantações

    [+] Gustavo Luís Mamoré MartinsPós-Graduando em Agronomia - UNESP/FEIS

    Um dos principais inimigos das plan-tas cultivadas nos países tropicais são as formigas cortadeiras, sendo as-sim chamadas por cortarem folhas e ou-tras partes de diferentes vegetais a fim de garantirem a sua sobrevivência. O ma-terial cortado é introduzido em um ni-nho e fornecerá um substrato para o de-senvolvimento de um fungo que servirá de alimento para a formiga.

    Existem dois gêneros de formigas cor-tadeiras: Atta e Acromyrmex, que são representadas, respectivamente, pelas saúvas e quenquéns. Em relação ao gê-nero Atta quatro tipos são importantes na região de cerrado: Atta bisphaerica (saúva mata-pasto), Atta sexdens rubro-pilosa (saúva-limão), Atta capiguara (saú-va-parda) e Atta laevigata (saúva cabe-ça-de-vidro). Em relação às formigas do gênero Acromyrmex a espécie Acromyr-mex landolti balzani (formiga boca-de-cisco ou rapa-rapa) é uma das mais im-portantes.

    A invasão dos diversos ecossistemas naturais pelo homem para o desenvolvi-

    mento da agricultura moderna destruiu, na maioria das vezes, sistemas ecoló-gicos complexos, diversificados e está-veis. Em grandes áreas, foram extintas diversas espécies de plantas que serviam de alimento ou de abrigo para inúme-ros animais, inclusive insetos, causando desequilíbrio ecológico. Assim, com as devastações das matas e a conseqüen-te redução de competidores e inimigos naturais, aliadas à pobreza dos solos, as formigas cortadeiras, encontraram con-dições favoráveis à proliferação e esta-belecimento de suas colônias.

    De acordo com dados da Dow AgroS-cience, publicados em 2000, revelaram que o Estado de Mato Grosso do Sul os-tenta a maior concentração de formiguei-ros do mundo, que reunidos num só, co-bririam 500 km2, ou seja, uma área equi-valente à cidade de Porto Alegre. Um sau-veiro adulto de saúva mata-pasto (Atta bis-phaerica) pode provocar perda de 3,6 to-neladas de cana-de-açúcar por ano. Isto significa aproximadamente 450 kg de açú-car ou 300 litros de álcool perdidos. Su-pondo-se a ocorrência de apenas 1 formi-gueiro adulto por ha, uma usina ou uma destilaria com 5000 ha plantados, teria

    um prejuízo anual de 2.250.000 kg de açú-car ou 1.500.000 litros de álcool.

    Em pastagens, dez sauveiros adultos/ha chegam a cortar 25 kg de forragem/dia. Promovem ainda uma perda de área de cerca de 7%, devido aos montes de terra formados nos olheiros dos sauveiros. Isto reduz a capacidade de suporte em pelo menos 1,23 cabeças/há, promovendo o corte de gramíneas e leguminosas.

    Em reflorestamento, árvores de eu-caliptos morrem quando suas folhas são cortadas por 3 vezes seguidas. Um for-migueiro adulto de saúva-limão, conso-me 1 tonelada de folhas verdes por ano. Isto equivale a produção de folhas de 80 árvores de eucalipto por ano. Nos plan-tios de eucaliptos com infestação de 4 formigueiros por há, a perda chega a 14% da população de árvores adultas.

    Para o controle das formigas corta-deiras deve-se realizar o manejo inte-grado de pragas, ou seja, uma combina-ção dos diversos métodos de controle, visando minimizar e racionalizar o uso de produtos químicos. O controle quí-mico é efetuado quando as pragas es-tão causando prejuízo maior que o cus-to do controle. O sucesso do manejo

    integrado de formigas cortadeiras de-pende do conhecimento básico da bio-logia, da identificação de suas espécies e, principalmente, da escolha do méto-do de combate mais eficiente e adequa-do a cada situação.

    Muitas vezes relegado ao segundo plano, o controle das formigas cortadei-ras podem representar prejuízos signifi-cativos se feito de forma inadequada. O agricultor deve tomar consciência que eliminar formigas não é uma tarefa sim-ples. Pelo contrário, exigem uma série de conhecimentos técnicos, como estra-tégias de identificação e manejo, sem os quais o controle certamente será com-prometido.

    Sugestões para Leitura:ANJOS, N.; DELLA LUCIA, T. M. C.;

    MAYÉ-NUNES, A. J. Guia prático sobre formigas cortadeiras em reflorestamen-to. Ponte Nova, 1998. 97 p.

    DOW AGROSCIENCES. Controle de for-migas cortadeiras. Manual técnico Lakree, São Paulo, 2000, 9p.

    LIMA, C. A. DELLA LUCIA, T. M. C.; SIL-VA, N. A. Formigas cortadeiras. Viçosa: UFV, 2001, 28p.

  • [+] Prof. Dr. JeffersonNascimento de Oliveira

    Durante os meses de janeiro e feve-reiro de 2008, os alunos Thiago Gar-cia da Silva Santim (mestrando) e Elton de Lima Rosan (graduando) realizaram estágio no Centro de Tecnologias Am-bientais e Energéticas do Laboratório de Recursos Hídricos e Avaliações Am-bientais, pertencente ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT.

    O estágio teve como objetivos ava-liar por meio de SIG (Sistema de Infor-mação Geográfica), dois aspectos rele-vantes do uso e ocupação do solo, para a avaliação quantitativa dos recursos hí-dricos na região oeste paulista. O tó-pico abordado pelo trabalho de mes-trado do engenheiro civil Thiago San-tim versa sobre a mudança urbanística da cidade de Ilha Solteira e seu refle-xo na vazão drenada. Já o tema do aca-dêmico Elton Rosan aborda a expansão da área ocupada pela cana-de-açúcar na bacia hidrográfica do Rio São José dos Dourados, UGRHI-18, no período de 2003 a 2008.

    Para a realização dos estudos foram utilizados o conjunto de ferramentas

    Alunos de Engenharia Civil da UNESP de Ilha Solteira realizam estágio no IPT

    [+] Alunos da Engenharia Civil de Ilha Solteira

    Jornal da UNESP Ilha Solteira

    Edição nº 10 | Abril de 2008 03Faculdade de Engenharia

    computacionais do ARCGIS 9.0, mapas temáticos e imagens de satélite. Os re-sultados preliminares estão sendo tra-tados e quantificados para publicações

    futuras. A coordenação do trabalho ficou a cargo do professor Dr. Jefferson Nas-cimento de Oliveira da Área de Hidráu-lica e Saneamento do Departamento de

    Engenharia Civil da UNESP de Ilha Sol-teira e a supervisão geral das atividades esteve sob a responsabilidade da Geolª. Drª. Malva Andreas Mancuso (IPT).

    [+] Prof. Dr. José Paulo F. Garcia

    Dando continuidade ao evento promovi-do no ano passado, o PET-Elétrica e o gru-po Usina Ecoelétrica promoverão no ano de 2008 palestras com o tema “Fontes Susten-táveis de Energia”.

    As palestras se desenvolverão durante este ano, e a primeira delas já tem data mar-cada, será dia 10 de abril, o tema abordado será a “Energia Nuclear” e estão confirma-das a presença de um palestrante da Eletro-nuclear (estatal responsável pelo setor ) e o Greenpeace (ONG de ambientalistas con-trária a construções de usinas nucleares). A intenção do evento é que cada palestrante coloque seu ponto de vista, principalmen-te sobre a construção de novas usinas nu-cleares e utilização da energia nuclear em larga escala no Brasil, e depois que o públi-co ouvinte abra junto aos palestrantes um debate de idéias sobre o assunto.

    Vem ai! - II CPEnergia - Fontes Sustentáveis de Energia Nuclear: Palestras e Debate

    [+] Guilherme Moreira(Serviço Técnico de Informáticae Comissão Local de Informática)

    A Administração da Unidade, com o apoio da Comissão Local de Informática - CLI e o Serviço Técnico de Infor-mática - STI, vem desenvolvendo e implementando políti-cas e serviços de informática, com base na utilização de software livre. A falta de clareza da política de informática nos órgãos superiores da UNESP, juntamente com os eleva-dos custos para se licenciar software proprietário e ao tra-balho interminável de manutenções corretivas em compu-tadores infectados por vírus, “spyware” e outras “pragas”, motivaram essa Unidade a elaborar um projeto para a mi-gração de um ambiente operacional e de aplicativos Win-dows para Software Livre.

    Com a implantação deste projeto, pretende-se dissemi-nar no Campus de Ilha Solteira a cultura de utilização de software livre através da Administração, para futuramen-te, se possível, ser estendida para as áreas de Ensino, Pes-

    quisa e Extensão. Nesse momento o projeto se desenvol-ve na Administração, onde os funcionários foram treinados e estão sendo acompanhados tecnicamente na utilização de um conjunto de aplicativos para escritório, que substi-tuem os softwares tradicionais da Microsoft. Esse conjun-to é composto pelos aplicativos Firefox (navegador de In-ternet), Thunderbird (gerenciador de e-mail), BROffice (sui-te de escritório).

    Com a migração realizada dos aplicativos, porém ain-da em plataforma operacional Windows, os trabalhos con-tinuam com muito estudo e discussões técnicas para a de-finição de uma distribuição de sistema operacional Linux, que deverá ser oficializada para a instalação nos computa-dores da Unidade. Concluída essa etapa do projeto, a Uni-dade terá todas as condições legais para a contínua atuali-zação dos softwares utilizados nas atividades administra-tivas, controle da propagação de “pragas” digitais, liberda-de de escolha de aplicativos em função das atividades fins, formatos e padrões abertos de documentos e uma redução de custos com licenças para uso de software.

    Software livre no Campus de Ilha Solteira

  • [+] Prof. Dr. JoséPaulo Fernandes Garcia

    Nos dias 18 a 22 de fevereiro de 2008, o grupo PET – Engenharia Elétrica da Faculdade de Engenharia de Ilha Sol-teira (UNESP – FEIS) promoveu o curso de “Automação – Controladores Lógi-cos Programáveis”.

    O curso teve como público alvo alu-nos da Escola Técnica Estadual do mu-nicípio de Ilha Solteira e estagiários do Laboratório de Automação de Proces-sos da FEIS, além dos próprios integran-tes do grupo.

    Inicialmente, foi realizada uma intro-dução aos Controladores Lógicos Progra-máveis (CLPs). Então, a linguagem Lad-der (utilizada na programação de CLPs) foi apresentada aos alunos, que puderam estudar e analisar diversos tipos de ca-

    sos e exemplos, como o controle de três bombas alternadas para esvaziamento de um tanque. A parte final do curso foi dedicada à aplicação dos conceitos vis-tos anteriormente, quando os alunos pu-deram programar os dispositivos e ob-servar o seu funcionamento.

    O curso foi ministrado pelo tutor do grupo PET, o prof. Dr.º José Paulo Fer-nandes Garcia, auxiliado por seu aluno orientado, Henrique de Santana Rangel, também integrante do grupo. Com uma carga horária de 28 horas, divididas en-tre as aulas teórico-expositivas e práti-cas, o curso teve uma ótima aceitação por parte dos alunos, uma vez que a automação é largamente aplicada nas mais variadas áreas de produção indus-trial, e, atualmente, mantém uma bus-ca por mão de obra qualificada bastan-te aquecida.

    PET-Elétrica da FEIS promove curso de Automação

    Jornal da UNESP Ilha Solteira

    Edição nº 10 | Abril de 200804Faculdade de Engenharia

    [+] Cássio Thomé de Faria

    O Grupo de Materiais e Sistemas Inteligentes do Departamen-to da Engenharia Mecânica, da UNESP - Campus de Ilha Solteira, promoveu no dia 14 de Março de 2008, das 14h as 18h na sala de seminários do bloco M3, o primeiro SIMC - Symposium on In-telligent Materials and Control. Este evento teve como objetivo incentivar a interação entre pesquisadores e estudantes que de-senvolvem pesquisas em áreas semelhantes, dando-lhes assim a oportunidade de discutir seus trabalhos, bem como realizar a tro-ca de experiências nesta área do conhecimento. Os tópicos abor-dados pelo simpósio foram:

    Grupo de Pesquisa realiza o primeiro SIMC - Symposium on Intelligent Materials and Control

    GMSINT – Grupo de Materiais e Sistemas InteligentesDepartament of Mechanical Engineering – Unesp/FEIS – Ilha Solteira - Brazilhttp://www.dem.feis.unesp.br/gmsint

    O evento contou o apoio do Con-selho de Pós-graduação em Engenha-ria Mecânica e teve 16 trabalhos apre-sentados em inglês, e a participação de discentes e docentes da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira.

    Para acessar os anais do evento e ob-ter maiores informações acesse o site: www.dem.feis.unesp.br/gmsint.

    • Controleativoderuídoevibrações;• Monitoramentodeintegridadeestrutural;• Materiaisinteligentes;• Sistemasdeidentificação;• Métodosdeotimização;• Não-linearidades:identificaçãoemodelagem;• Automação/Robótica;• Otimizaçãoestrutural

  • PET-Engenharia Mecânica realiza Projeto e Construção de uma Estufa Secadora de Papel para o Projeto Social-Ilha de Papel

    [+] Luiz Cremonez

    No município de Ilha Solteira a prefeitu-ra possui um projeto social intitulado “Ilha de Papel”, este projeto atende atual-mente cerca de 30 jovens entre crianças e adolescentes carentes que passam um pe-ríodo na escola e outro período no projeto aprendendo o ofício de fabricação de papel artesanal a partir da reciclagem.

    Devido à qualidade dos produtos atu-almente produzidos por estes jovens hou-ve a necessidade do aumento da produção, para tal, o responsável pelo projeto, Mar-cos Passarelli, propôs ao grupo, o projeto de uma estufa secadora de papel. Contan-do com a ajuda do Departamento de Enge-nharia Mecânica, em especial o orientador do projeto, prof. Dr. José L. Gashe e o tu-tor do grupo PET-EM, prof. Dr. Emanuel R. Woiski, o grupo PET-EM iniciou o projeto completo de uma estufa secadora de papel artesanal, contendo a descrição dos com-ponentes, cotações e até mesmo a cons-trução de alguns equipamentos pelos pró-prios membros do grupo. Para o grupo este projeto será uma ação social com influên-cia direta na comunidade carente do mu-nicípio de Ilha Solteira, além do que, dará aos integrantes do grupo capacidade e ex-periência com projetos de sistemas térmi-cos e mecânicos.

    O estudo dos processos de transferência de calor e massa dentro da engenharia me-cânica é um ramo da área de ciências térmi-cas, área essa que é capaz de descrever os fenômenos de secagem de papel, aqueci-mento de gases, entre muitos outros.

    Para se projetar uma estufa secadora de papel artesanal faz-se necessário o domí-nio destes conceitos, mas, além disto, um projeto como esse demanda a criação de uma metodologia própria que de ao pro-jetista a certeza da eficiência de seu pro-

    [+] Vista frontal do barracão e à direita espaço onde será construída a estufa

    Jornal da UNESP Ilha Solteira

    Edição nº 10 | Abril de 2008 05Faculdade de Engenharia

    jeto. Em suma, esta atividade consiste em uma pesquisa coletiva do grupo PET Enge-nharia Mecânica para que este seja capaz de projetar uma estufa secadora de papel artesanal, baseando-se em conhecimentos científicos.

    Dentre alguns dos tópicos estudados pelo grupo para a realização deste projeto destacam-se: história e processos da recicla-gem do papel, características e composição

    do papel artesanal, tipos de fornos, análise da viabilidade de diferentes combustíveis, materiais e dimensionamento dos compo-nentes estruturais para construção de es-tufas, perda de carga, transferência de ca-lor e massa em placas planas, espessura da camada limite em escoamentos em placas. Ao final desta pesquisa o grupo deve estar apto a projetar e construir os componentes mecânicos necessários para que uma estufa

    [+] Exemplo de aquecedores e trocadores de calor usados no aquecimento do ar de uma estufa

    secadora de papel artesanal entre em ope-ração, sendo esta estufa obrigatoriamente eficiente, baseada nos parâmetros pesqui-sados. O grupo ainda pode contar com a continuidade da parceria PET-EM e Ilha de papel desenvolvendo trabalhos que envol-vam os parâmetros de funcionamento da estufa, o processo de produção do papel artesanal, buscando a otimização da pro-dução de papel.

    [+] Detalhe interno da estufa, bastidores para posicionamento do papel e tubulação que distribui o ar nas placas de papel

    Ao entregar o projeto da estufa à prefei-tura, o grupo espera que esta aloque os re-cursos necessários para a construção da es-tufa e assim possa ampliar o projeto social para um número maior de jovens carentes. Um grande desafio que tornou o trabalho ainda mais envolvente foi o fato da diver-sidade dos semestres que cada membro do grupo cursa assim a troca de informações e conhecimentos foi intensa durante a ativi-dade. Os membros do grupo adquiriram um grande conhecimento na área de ciências térmicas e processos de produção do papel artesanal, este conhecimento será devida-mente apresentado em uma data oportuna ao longo do primeiro semestre de 2008 aos jovens assistidos pelo projeto bem como a toda comunidade acadêmica.

  • Docente da UNESP/FEIS recebe prêmio[+] Prof. Dr. Antonio de Pádua Lima Filho

    Docente da UNESP – Faculdade de Enge-nharia - Campus de Ilha Solteira - SP, De-partamento de Engenharia Mecânica rece-beu o PRÊMIO THARCISIO DAMY DE SOUZA SANTOS - Instituído pela Cia. Brasileira de Alumínio - CBA, destina-se à trabalhos que versem sobre metais não ferrosos.

    O docente Antonio de Pádua Lima Filho recebeu o prêmio Tharcísio Damy de Sou-za Santos durante a abertura do 62° Con-gresso Anual da ABM – Internacional (As-sociação Brasileira de Metalurgia e Mate-riais) realizado em Vitória – ES, pelo tra-balho “Estudo Experimental da Tixolami-nação de Tiras Metálicas”, apresentado no 61º Congresso Anual da ABM, pela equipe: Antonio de Pádua Lima Filho, Márcio Yuji Yamasaki, Suelen Cristina dos Santos e Le-andro Akita Ono. A premiação é concedi-da aos sócios-autores dos melhores traba-lhos na área de metais não-ferrosos apre-sentados nos eventos da ABM.

    Dezesseis (16) contribuições técnicas receberam o Prêmio de Reconhecimento Técnico, por serem os melhores trabalhos apresentados nos eventos da ABM em 2006, quando foram apresentadas 745 contribui-ções técnicas. A seleção dos premiados en-volve um longo processo de análise e sele-ção por comissões técnicas, formadas por profissionais altamente especializados, veja www.abmbrasil.com.br.

    [+] Docente com a premiação, ao lado, detalhe do prêmio

    Jornal da UNESP Ilha Solteira

    Edição nº 10 | Abril de 200806Faculdade de Engenharia

    [+] Prof. Dr. Aparecido Carlos Gonçalves

    As conseqüências e efeitos da utili-zação do bio-diesel são mais im-portantes que a sua própria fabricação. Com a notoriedade que o bio-diesel vem ganhando nos últimos anos, vem se abrindo linhas de pesquisas antes não existentes. Isto torna possível o plei-to de recursos para a capacitação e/ou para complementação de capacidade de Laboratórios destinados ou capaci-tados aos estudos do bio-diesel.

    O Laboratório de Tribologia do De-partamento de Engenharia Mecânica da FEIS, iniciado através de um Projeto FI-NEP (Convênio: 23.01.0418.00 UNESP-FINEP) intitulado “Desenvolvimento de um Laboratório de Manutenção Predi-tiva Utilizando as Técnicas de Análise de Partículas de Desgastes” coordena-

    do pelo Prof. Dr. Aparecido Car-los Gonçalves, com valor de R$ 118.795,00 aprovado em 2002 e liberado somente em 2003, pos-sibilitou a habilitação do mesmo neste tipo de pesquisa.

    No final de 2007 dois proje-tos de Pesquisa coordenados, também, pelo Prof. Dr. Apa-recido Carlos Gonçalves inse-riram de vez o Laboratório de Tribologia nestas novas linhas de pesquisas pro-porcionadas pelo cres-cente interesse pelo bio-diesel.

    No projeto de Pesquisa FAPESP (Proc. 2006/07033-8), aprovado em agosto de 2007 e intitulado “Con-

    solidação do Laboratório de Manutenção Preditiva através da Análise de Óleo”, R$ 38.370,00 foram aloca-dos para aquisição de novos equipamentos ao Laborató-rio já montado.

    No Projeto de Pesquisa CNPq-Universal Faixa C (

    Proc. 470.117/2007-9), intitulado “ Manuten-

    ção Preditiva de Re-dutores de Velocida-

    des e de Motores de Combustão Inter-

    na, à Diesel e à Biodiesel, atra-vés da Análise do Óleo”, R$ 7 9 . 9 2 0 , 0 0 foram libe-rados em fe-

    vereiro de 2008 para montagem de ban-cos de ensaios e compra de equipa-mentos. Como objetivos destes proje-tos serão comparados os desgastes em motores de combustão interna, a die-sel e bio-diesel, assim como a influên-cia da sua utilização na vida e no con-sumo destes motores.

    A possível contaminação dos lubri-ficantes com o bio-diesel ainda merece estudos no tocante a modificação do poder de lubrificação ou alteração das propriedades do óleo utilizado.

    Pode-se concluir que, além da pró-pria fabricação, os efeitos de sua utiliza-ção nas partes dos motores e no lubrifi-cante, além do desenvolvimento de pe-ças ou mesmo de novos materiais apro-priados ao seu uso, são campos promis-sores de pesquisa deixados pela “onda” bio-diesel que devem ser alvos de con-centração dos pesquisadores.

    Biodiesel e oportunidades

  • UNESP recebe reator da BIOCOM e inicia produção de Biodiesel em Ilha Solteira

    [+] Prof. Dr. Ricardo Alan Verdú Ramos

    No dia 21 de janeiro deste ano, a UNESP de Ilha Solteira recebeu oficialmente da Empresa BIOCOM Biocombustível S.A. de Campo Grande (MS) um Reator e um Kit para produção de Biodiesel através do processo de transesterificação utilizando a rota metílica e com capacidade de pro-dução de 100 litros por batelada.

    A promessa de doação desse reator foi feita durante o 3º Simpósio de Água e Energia do Oeste Paulista, realizado em Araçatuba nos dias 20 e 21/09/2007 pela COOPERHIDRO (Cooperativa do Pólo Hi-droviário de Araçatuba - Agência de De-senvolvimento Regional) sob a coordena-ção de seu presidente Carlos Antônio Fa-rias de Souza. Naquela oportunidade o Prof. Dr. Ricardo Alan Verdú Ramos do De-partamento de Engenharia Mecânica da UNESP de Ilha Solteira esteve presente ministrando uma palestra sobre pesqui-sas até então existentes na área de Bio-diesel na UNESP, destacando o potencial para produção e as possíveis contribuições da UNESP de Ilha Solteira para o desen-volvimento do biodiesel no oeste paulis-ta. Depois foram discutidas as linhas de financiamentos e incentivos para a produ-ção, juntamente com representantes de

    empresas produtoras de Biodiesel, dentre elas a BIOCOM, de Campo Grande (MS), a PETROBIO, de Piracicaba (SP) e o Frigorífi-co BERTIN, de Lins (SP), bem como repre-sentantes do SEBRAE e da CATI, entre ou-tros. Ao final do evento, o diretor da BIO-COM, Michel Chaim Junior, fez o anúncio da doação de um reator para a UNESP de Ilha Solteira para incrementar as pesqui-sas na área de biodiesel, até então ainda pouco desenvolvidas.

    Quatro meses depois, no ato da en-trega do reator, foi assinado um termo de doação, por parte da BIOCOM, atra-vés do seu Diretor Michel Chaim Júnior, e recebimento com compromisso de uso, por parte da UNESP, através do seu Dire-tor Wilson Manzoli Junior, enquanto tra-mita uma proposta Convênio de Coope-ração Acadêmica, Científica e Tecnológica entre a BIOCOM e a UNESP, sendo que no primeiro termo aditivo do referido convê-nio se refere ao teste do Biodiesel produ-zido em motores de combustão interna. Na seqüência foi proferida uma palestra pelo Diretor da BIOCOM, Engenheiro Mi-chel Chaim Junior, abordando aspectos re-lacionados a empresa, a produção de bio-diesel e o cenário atual do mercado. De-pois foi apresentado o princípio de fun-cionamento do reator e foi feita uma de-

    [+] Diretores da BIOCOM e da UNESP/Ilha Solteira e Coordenador do NUPLEN ao lado reator doado

    Jornal da UNESP Ilha Solteira

    Edição nº 10 | Abril de 2008 07Faculdade de Engenharia

    monstração de produção na Oficina do Departamento de Engenharia Mecânica, onde o mesmo foi instalado provisoria-mente. Foi utilizado óleo de soja dego-mado (bruto, sem refino) e o biodiesel obtido foi de boa qualidade.

    O equipamento deverá ser utilizado por docentes e alunos integrantes do NU-PLEN (Núcleo de Planejamento Energéti-co, Geração e Cogeração de Energia), Co-ordenado pelo Prof. Dr. Ricardo Alan Ver-dú Ramos e/ou do Grupo de Pesquisa do CNPq “Fontes Renováveis e Aproveitamen-to de Energia”, coordenado pelo Prof. Dr.

    Dionízio Paschoareli Júnior, bem como por todos aqueles que tenham interesse em desenvolver pesquisa e desenvolvimento tecnológico na área de processo de pro-dução e utilização de Biodiesel.

    Acredita-se que certamente as pesqui-sas a serem desenvolvidas com o decor-rer do tempo, que culminarão na monta-gem e otimização de uma planta comple-ta com maior capacidade de produção, trarão benefícios para o desenvolvimen-to da produção e utilização de biodiesel em pequena escala nas regiões oeste pau-lista e sulmatogrossense.

    A Unesp e o centenário da imigração japonesa

    [+] Prof. Dr. Mário Susumu Haga

    Propostos e organizados por di-ferentes entidades e órgãos ofi-ciais espalhados pelo nosso país, te-mos mais de uma centena de even-tos agendados para a comemoração do Centenário da Imigração Japonesa para o Brasil. O evento “Centenário da Imigração Japonesa Simpósio Brasil – Japão: Contribuição ao Agronegócio” é um destes eventos e, no Brasil, está marcado para acontecer entre os dias 08 e 10 de junho de 2008 no Memorial da América Latina em auditório com capacidade para 400 participantes e, a edição japonesa está marcada para o

    em geral, a serem desenvolvidos pelas universidades brasileiras e japonesas. Assim, será de suma importância a par-ticipação de especialistas e pesquisa-dores das referidas áreas no Simpósio para inserir também Ilha Solteira e re-gião nas proposições gerais.

    Serão abertas inscrições eletrôni-cas, em data futura (a divulgação deve-rá ser feita através da mídia para o pú-blico em geral e, por correio eletrôni-co para as comunidades acadêmicas). O critério para o preenchimento das 400 vagas não foi ainda estabelecido, mas acreditamos que seja mais justo se for por ordem de inscrição. A pro-gramação para o simpósio no Brasil está sendo finalizada e deverá ser di-vulgada em breve pela lista de e-mail institucional de docentes.

    período de 17 a 19 de setembro de 2008, no auditório da Tokyo University of Agri-culture and Technology - TUAT.

    O Simpósio Brasil-Japão de Agricultu-ra está sendo organizado a partir de um acordo entre os governos brasileiro e japo-nês. No Brasil é patrocinado pelo MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento e no Japão pelo MAFF - Minis-try of Agriculture, Forestry and Fishiries. Para a sua realização, estão envolvidas as principais universidades do Japão e do Bra-sil que mantêm Faculdade de Agronomia. Por este motivo, a UNESP está representa-da na comissão organizadora pelos qua-tro “campi”, ou seja, Ilha Solteira, Jaboti-cabal, Botucatu e Registro.

    A Secretaria Executiva da Comissão Or-ganizadora do Simpósio no Brasil está se-diada na Reitoria da UNESP sob a coorde-nação da Profª Drª. Elisabeth Urbinati da AREX – Assessoria de Relações Externas, e no Japão, na Universidade de Tóquio sob coordenação do Prof. Masaaki Yama-da da TUAT.

    O Simpósio está sendo programado tendo como temas centrais, “Colaboração Internacional entre o Japão e o Brasil na Área de Agricultura”, “Centenário da Imi-gração Japonesa” e “Perspectiva do Futu-ro”. Na realidade, tem como objetivo prin-cipal a proposição de projetos de parceria entre Brasil e Japão, em agricultura, em ciências agronômicas e em agronegócios

  • UNATI inicia atividades de 2008[+] Por Maria Aparecida da Costa Paz

    A Universidade Aberta à Terceira Idade UNATI/UNESP – Campus de Ilha Solteira, foi institucionalizada em dezembro de 2002, tendo como objetivo principal contribuir para a melhoria da quali-dade de vida das pessoas em fase da “melhor idade”. E a UNESP de Ilha Solteira se propõe a promover ações, para que todos possam ocupar seu tempo, de forma agradável e ao mesmo tempo útil, com estímulos à socialização, à cultura e ao prolongamento da saúde fí-sica, emocional e mental para uma melhor qualidade de vida.

    Neste ano de 2008 a UNATI - Universidade Aberta à Terceira Ida-de do Campus de Ilha Solteira, iniciou as suas atividades nos dias 10 e 11 de março, quando foram recebidas as inscrições para os cursos de Artesanato, Contador de História, Espanhol, Francês, Jar-dinagem, Informática Básico e Módulo I, Inglês, Introdução à Foto-grafia Digital, Matemática Financeira, Pintura em Tela, Teatro e Tai Chi Chuan. Os cursos da UNATI são destinados há pessoas acima de 45 anos, sendo que em alguns cursos a prioridade é para alu-nos que nunca cursaram nenhuma atividade relacionada ao mes-mo. Todos os cursos foram bastante procurados, havendo a neces-sidade de elaboração de lista de espera.

    As aulas tiveram inicio no dia 17 de março, nas dependências da UNESP e se estenderão até o final do ano de 2008.

    V Conferência de Desenvolvimento Profissional acontece em maio

    [+] Maria Luiza Sarubi Barreto

    Com o intuito de promover à comunidade unespiana a inte-gração entre os três segmentos (servidores docentes e téc-nico-administrativos e discentes), oportunidades de adquirir novos conhecimentos e, principalmente, a capacitação profis-sional e pessoal, a ED – Equipe de Desenvolvimento de Re-cursos Humanos deste Campus está trabalhando na organi-zação da 5ª edição da Conferência de Desenvolvimento Pro-fissional que, a partir deste ano, será realizada bianualmen-te e sempre no primeiro semestre.

    A programação para 2008 é a seguinte: 19.05.2008, com início às 19h - Recebimento do material e Palestra de aber-tura “Planejamento e Administração do Tempo”, a ser mi-nistrada pelo Professor Doutor Waldemar Álvaro Di Giáco-mo, da FCL/Araraquara.

    20.05.2008, com início às 08h (carga horária 08 horas) - Mini-curso “Programação da Neurolinguística Aplicada à Comunicação e Relacionamentos”, com os seguintes mó-dulos: Módulo I – Relação Interpessoal; Módulo II - Co-municação; Módulo III – Metas de Sucesso

    As inscrições serão recebidas antecipadamente e se-rão disponibilizadas vagas prioritárias para os servidores técnico-administrativos que apontaram necessidades desses treinamentos no ADP – Acompanhamento e Desenvolvimento Profissional de 2006. Maiores in-formações serão divulgadas posteriormente. Fique de olho!

    Jornal da UNESP Ilha Solteira

    Edição nº 10 | Abril de 200808Faculdade de Engenharia