Anotações Para P2 de Microbiologia

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Gustavo Bednarski – ATM 2019/2 AULA VII Micologia O cheiro característico de chuva é, na verdade, um “cheiro de fungos”. As hifas dos fungos forram todo o solo. Quando a chuva cai, ela espalha todos esses microrganismos no ar. Os fungos são multicelulares. Os principais gêneros de fungos que compõe a microbiota humana são os Saccaromyces e os Candida (que é um ascomiceto). Quando dentro do organismo, os fungos se reproduzem apenas assexuadamente. Têm a característica de se reproduzirem mais lentamente que bactérias. OBS.: os fungos têm a capacidade de produzir toxinas contra bactérias que estão competindo com eles por algum ambiente. Muitos antibióticos provêm de origem fúngica. O crescimento dos fungos é feito principalmente pela formação de hifas. As hifas de fungos diferentes se encontram para que ocorra reprodução (plasmogamia e gametogamia). Características gerais dos fungos Eucariontes; Produzem esporos; Possuem parede celular; Não fotossintéticos; Nutrição absortiva; Se reproduzem tanto assexuadamente quanto sexuadamente; O glicogênio é usado como reserva energética. A parede celular fúngica é formada de quitina. Para combater um fungo necessita-se de uma terapia muito restrita, em virtude da semelhança metabólica entre fungos e organismo humano (eucarionte x eucarionte). A reprodução assexuada é dada pelos esporos. A reprodução sexuada é dada pelo encontro de hifas. Fungo hialino: transparente. Fungo demáceo: escuro (com melanina na composição). Hialo-hifomicoses: infecção por fungos hialinos. Feo-hifomicoses: infecções por fungos demáceos ou feóides (parede celular com melanina). Classificação Zigomicetos: suas hifas não são septadas (cenocíticas). Normalmente não causa infecções, apenas em pacientes imunocomprometidos. Quando há alguma infecção por zigomiceto, o prognóstico é péssimo. OBS.: apesar de dizer-se que os fungos zigomicetos não possuem septos, isso não é verdade. Esses fungos possuem septos! Usa-se essa nomenclatura apenas para fins de diagnóstico clínico.

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Gustavo Bednarski ATM 2019/2 AULA VII Micologia O cheiro caracterstico de chuva , na verdade, um cheiro de fungos. As hifas dos fungos forram todo o solo. Quando a chuva cai, ela espalha todos esses microrganismos no ar. Os fungos so multicelulares. Os principais gneros de fungos que compe a microbiota humana so os Saccaromyces e os Candida (que um ascomiceto). Quando dentro do organismo, os fungos se reproduzem apenas assexuadamente. Tm a caracterstica de se reproduzirem mais lentamente que bactrias. OBS.: os fungos tm a capacidade de produzir toxinas contra bactrias que esto competindo com eles por algum ambiente. Muitos antibiticos provm de origem fngica. O crescimento dos fungos feito principalmente pela formao de hifas. As hifas de fungos diferentes se encontram para que ocorra reproduo (plasmogamia e gametogamia).Caractersticas gerais dos fungos Eucariontes; Produzem esporos; Possuem parede celular; No fotossintticos; Nutrio absortiva; Se reproduzem tanto assexuadamente quanto sexuadamente; O glicognio usado como reserva energtica. A parede celular fngica formada de quitina. Para combater um fungo necessita-se de uma terapia muito restrita, em virtude da semelhana metablica entre fungos e organismo humano (eucarionte x eucarionte). A reproduo assexuada dada pelos esporos. A reproduo sexuada dada pelo encontro de hifas. Fungo hialino: transparente. Fungo demceo: escuro (com melanina na composio). Hialo-hifomicoses: infeco por fungos hialinos. Feo-hifomicoses: infeces por fungos demceos ou feides (parede celular com melanina). Classificao Zigomicetos: suas hifas no so septadas (cenocticas). Normalmente no causa infeces, apenas em pacientes imunocomprometidos. Quando h alguma infeco por zigomiceto, o prognstico pssimo. OBS.: apesar de dizer-se que os fungos zigomicetos no possuem septos, isso no verdade. Esses fungos possuem septos! Usa-se essa nomenclatura apenas para fins de diagnstico clnico. Gustavo Bednarski ATM 2019/2 Ascomicetos e Basidiomicetos: ambos so ditos fungos com hifas septadas. Deuteromicetos: so fungos imperfeitos. Ainda no se sabe qual a sua forma de reproduo. Hifas septadas so geralmente de fungos infecciosos.Os fungos se reproduzem em direo trpica na direo dos nutrientes!Os septos so porosos. Quando h uma leso de hifas, o septo se oclui impedindo que todo o fungo morra. Considerando um fungo, a parte central desse microrganismo a que tem a menor atividade enzimtica (poro mais envelhecida), enquanto que a periferia concentra a maior atividade de enzimas (poro mais jovem). Para crescer, o fungo vai degradando e refazendo a parede celular nas extremidades das hifas. Micotoxinas Os organismos que produzem toxinas so: Aspergillus (aflatoxinas); Penicillinum; Fusarium;Alternaria; Claviceps. No fgado, as toxinas formam um epxido (ter cclico) e se ligam irreversivelmente guanina do DNA, causando mutao. Tambm podem se ligar glutationa. OBS.: aflatoxina o principal agente externo para cncer heptico. AULA IX Virulncia dos fungos Distrbios na regulao do sistema imune; Inibio da produo de citocinas; Diminuio de atividade fungicida de macrfagos; Dimorfismo; Capacidade de aderncia e invaso de clulas; Produo de cpsulas fngicas (geralmente de carboidratos) que impedem o reconhecimento do sistema imune; Parede fngica com presena de melanina. OBS.: toda vez que um fungo que contm melanina fagocitado, no fagolisossomo, ele captura O2 para o seu metabolismo. Micoses leveduriformes Causadas por fungos dimrficos. O dimorfismo dependente de temperatura. As morfologias fngicas so: leveduriforme e filamentosa. Gustavo Bednarski ATM 2019/2 Forma leveduriforme ou parasitria: encontrada nos tecidos. Forma filamentosa ou infectante: est presente no ambiente, solo e vegetao. Existem entre os septos das hifas vrias clulas. A funo da produo de pseudo-hifas a de invaso quando h infeco tecidual. Durante o crescimento de pseudo-hifas, o fungo libera em sua poro apical proteases, hialuronidases, etc. A formao de pseudo-hifas a partir de broto ou gmulas ocorre por conta do tropismo. Candida spp. O Candida albicans (ascomiceto) a principal espcie presente em nossa microbiota. patolgico em condies oportunistas. Possui a enzima aspartil protease secretora (SAP), que contribui para diversos fatores de virulncia, dentre eles: adeso e invaso do tecido epitelial e evaso do sistema imunolgico. A anfotericina um frmaco com grande afinidade a ergosterol e baixa afinidade ao colesterol. Em geral, atua como fungiosttico (inibe o crescimento de fungos, mas no os mata); embora, em concentraes prximas aos limites superiores de tolerncia possa ser fungicida (mata o fungo). acumulado nos rins e pode levar falncia renal. Cryptococcus spp. um fungo encapsulado. Um basidiomiceto. encontrado principalmente em solo com fezes de pombos. Cryptococcus neoformans Encapsulado; Possui a enzima fenol oxidase (lacase); Fosfolipases. o agente causador da Criptococose, uma doena do aparelho respiratrio. AULA X Micoses superficiais Causadas pelo contato direto com o agente. So as seguintes: Ptiriase versicolor; Tinha negra; Piedra negra; Piedra branca. OBS.: o Se utilizado para eliminar micoses superficiais. Gustavo Bednarski ATM 2019/2 Ptiriase versicolorO agente causador o Malassezia furfur (Pityrosporum ovale), um fungo componente da microbiota do couro cabeludo. Assintomtica esteticamente.O Malassezia furfur bastante vido por lipdios. Em virtude disso, pessoas que tm propenso a produzir lipdios metabolicamente possuem maior risco de desenvolver a patologia. Indivduos de pele seca raramente desenvolvem Malassezia como micose superficial. Esse fungo age impedindo a ao da enzima lacase no h formao de melanina! aconselhvel o uso de xampus base de sulfeto de selnio para eliminar Malassezia furfur do couro cabeludo. Tinha negra causada por Exophiala werneckii. Provoca o aparecimento de manchas marrons, principalmente nas regies palmares e plantares. necessrio diferenci-lo de melanoma, em virtude da semelhana aparente!! Piedra branca Causada por Trichosporon beigelii. caracterizada pela presena de ndulos claros, pouco aderentes ao pelo, localizados principalmente nos pelos escrotais e pubianos, raramente nos pelos da barba, bigode, axila e cabelos. O Trichosporon beigelii tem avidez por queratina. A infeco que se desenvolve do tipo ectotrix (ao redor do pelo). Piedra negra Seu agente causador o Piedraia hortae. H formao de ndulos de cor escura, muito duros, aderentes aos pelos e localizam-se somente nos cabelos. A infeco do tipo endotrix (no interior do pelo). Onicomicoses Se desenvolvem provocando os seguintes tipos de injria: Descolamento da borda livre: a unha descola do seu leito, geralmente iniciando pelos cantos e fica oca. Pode haver acmulo de material sob a unha. a forma mais frequente. Espessamento: as unhas aumentam de espessura, ficando endurecidas e grossas. Paronqua (unheiro): o contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado, avermelhado e, por consequncia, altera a formao da unha, que cresce ondulada e com alteraes da superfcie. Dermatofitoses Os dermatfitos tm a capacidade de transformar o material querotinoflico em material nutritivo, utilizando-o tambm para a sua implantao no hospedeiro. Todos tm afinidade por queratina. Pertencem predominantemente aos gneros: Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton Gustavo Bednarski ATM 2019/2 Dermatomicoses Tinha cruris, Tinha pedis e Tinha corporis. Micoses subcutneas Os agentes de micoses subcutneas vivem em estado saproftico no solo, nos vegetais e nos animais de vida livre, sendo parasitas acidentais do homem, que se infecta por ocasies de traumatismo na pele, com material contaminado. A contaminao provocada sempre por perfuraes da pele. A principal a lobomicose. Lobomicose Provoca leses que simulam queloides (verrugas). O agente causador o Lacazia loboi. Convm ressaltar a grande incidncia da doena no pavilho auricular, devido ao hbito de alguns indivduos, de transportar apetrechos e cargas sobre os ombros, facilitando com isso o traumatismo da regio. Tambm relaciona-se o uso de brincos e outros adornos perfurantes nas orelhas. Infeces sistmicas Sempre so adquiridas via area. As mais importantes so a histoplasmose e a paracoccidioidomicose. Histoplasmose Pode ser confundida com a sintomatologia da tuberculose. Seu agente o Histoplasma capsulatum. Paracoccidioidomicose provocado por Paracoccidioides brasiliensis. Desenvolve infeco pulmonar e pode se alastrar para causar uma infeco sistmica. AULA XI Vrus Para diagnosticar uma virose necessrio esperar que o paciente comece a resposta imunolgica contra o antgeno. Ou pode-se fazer uma cultura de clulas (+ caro). OBS.: resfriado e gripe so viroses diferentes causadas por agentes distintos. Caractersticas Contm cidos nucleicos (DNA ou RNA); Possui envoltrio proteico; So parasitos intracelulares obrigatrios. OBS.: os vrus da hepatite possuem os dois cidos nucleicos. Classificao Vrus bacterianos (bacterifagos). Vrus de plantas. Gustavo Bednarski ATM 2019/2 Vrus de animais (dermatrpicos, neurotrpicos, viscerotrpicos e pneumotrpicos). Os vrus precisam reconhecer molculas especficas para aderirem e serem internalizados. Reconhecem receptores. O vrion a partcula viral completa composta por material gentico e capsdeo (formado por capsmeros, o envoltrio nuclear). J o pr-vrus apenas o material gentico viral anexado ao material gentico do hospedeiro. Nucleocapsdeo a estrutura formada pelo capsdeo e pelo cido nucleico.Capsdeo: Protege o cido nucleico da digesto enzimtica; Contm stios para ataque da clula hospedeira; Contm protenas que auxiliam na digesto da membrana citoplasmtica do hospedeiro. Os vrus podem ser envelopados e no envelopados. O envelope uma membrana com glicoprotenas (espculas). a membrana citoplasmtica viral. As espculas no vrus envelopado esto no envelope. J as espculas dos vrus no envelopados esto no capsdeo. Vantagens x desvantagens dos vrus envelopados: VANTAGENS: Camuflagem do sistema imunolgico; Auxlio ao infectar novas clulas. DESVANTAGENS: Facilmente danificveis pelas adversidades ambientais. o de temperatura; oCongelamento e descongelamento; opH 6 ou 8; oSolventes lipdicos e com cloro; oPerxido de hidrognio; oFenol. OBS.: a capacidade de produzir toxinas pela bactria da difteria (Corinebacterium difteridae) explicada pelo fato de que em algum momento essa bactria foi infectada por um vrus que deu essa capacidade. Vrus de DNA: Condiloma; Hepatite B;Herpes; Mononucleose infecciosa; Varicela (catapora). Gustavo Bednarski ATM 2019/2 Vrus de RNA: AIDS; Caxumba; Dengue; Febre amarela; Hepatites A, C e D; Poliomielite; Raiva; Resfriado comum;Rubola; Sarampo. OBS.: o interferon minimiza os receptores de reconhecimento de vrus. Minimiza a expresso de vrus. H crescimento exacerbado das clulas somticas do hospedeiro sobre ao do interferon, pois no possvel que a clula possa ser sensibilizada pelas clulas vizinhas. Sistema de classificao de Baltimore Todos os vrus necessitam produzir um RNAm +. Para sintetiz-lo, tambm preciso produzir uma RNAm - para servir como molde. I)As duas fitas do DNA se dissociam em DNA + e DNA -. O DNA - vai dar origem ao RNAm +. II)DNA + se junta a outra fica de DNA -. Acontece o passo I. III)Forma-se diretamente RNAm +, a partir da fita de RNA -. IV)RNA + origina RNA -, que origina RNAm +. V)RNA - d origem diretamente RNAm +. VI)RNA + forma DNA -, que vira DNA +/- para depois ocorrer o passo I. Gustavo Bednarski ATM 2019/2 Ciclo lisognico o DNA viral se insere ao DNA do hospedeiro. No h lise. A clula continua a se reproduzir. Ciclo ltico produo de novos vrus a partir do DNA do hospedeiro e do viral. Acontece lise da clula. Vrus da imunodeficincia humana (HIV) um vrus envelopado e de RNA fita dupla +. Esse vrus em especial contm: transcriptase reversa, integrase e proteases. Ataca as seguintes clulas do sistema imune: linfcitos T helper, macrfagos e clulas dendrticas. As clulas do hospedeiro apresentam co-receptores que do estabilidade entre a ligao vrus-clula, os CCR5 e CXCR4. Os vrus, por sua vez, apresentam receptores (glicoprotenas) que so a gp120 e gp41. Unidos, esses ltimos receptores formam o complexo gp161. OBS.: sem os co-receptores o vrus no consegue se ligar s clulas do hospedeiro. Inibidores da fuso dos retrovrus Maraviroc (Pfizer) inibidor do co-receptor CCR5. Enfuvertide (Fuzeon). Mecanismo de ao O RNA viral entra na clula do hospedeiro. A transcriptase reversa, ento, faz a transcrio de um DNA viral a partir do RNA do vrus. Esse DNA viral segue para o ncleo onde se liga ao DNA do hospedeiro sob o auxlio da enzima integrase. A partir desse momento, o DNA viral comea a produzir RNAm para a produo de novos vrus. Quando o nucleocapsdeo produzido j est pronto h expulso do vrus juntamente com parte da membrana citoplasmtica do hospedeiro. Nessa membrana se expressaro as espculas (vrus encapsulado). No caso dos vrus no encapsulados h apenas exocitose do material viral produzido. OBS.: quando o vrus est ntegro (vrion) ele menos ativo. Quando est desmontado (pr-vrus) mais ativo. Inibidores da transcriptase reversa nucleosdeo (NRTI) substituem os cidos nucleicos na fita de RNAm viral. Inibidores da transcriptase reversa no nucleosdeo (NNRTI) se ligam transcriptase reversa e evitam a formao do DNA viral. Estado virnico o momento em que o vrus est na forma de vrion, est inativo. Burst time o tempo contado a partir da entrada do vrus na clula do hospedeiro at que o primeiro vrus seja produzido. Gustavo Bednarski ATM 2019/2 AULAS PRTICAS Urina Urina com turbidez um indicativo de presena de protenas. As infeces urinrias podem ser causadas por bactrias, fungos e vrus! 70% das infeces urinrias so causadas por E. coli (BGN). A uretra tem microbiota. Todo o sistema anterior uretra estril. Infeces urinrias Via ascendente contaminao atravs da regio perianal. Via hematognica atravs de infeces sistmicas. At 103 UFC/mL diz-se que h contaminao. Acima de 105 UFC/mL diagnostica-se infeco. Urocultura Para realiz-la necessrio coletar a primeira urina da manh. A coleta deve ser feita em jato mdio. So utilizados dois meios de cultura: gar nutriente e gar MacConkey. O gar nutriente um meio de cultura no seletivo. O gar MacConkey um meio de cultura seletivo. Possui sais biliares (que eliminam bactrias gram +), NaCl e cristal violeta. OBS.: os CGN geralmente so exigentes, necessitam de sangue para crescer. BGN + GLI+ ENTEROBACTRIA OBS.: GLI+ = fermentador de glicose. BGN No fermentador Enterobactria p.ex.: pseudomonas, acinetobacter.LAC+ LAC- p.ex.: E. colip.ex.: Salmonella No MacConkey pH apresenta cor vermelha. pH apresenta cor ocre, nude. Conceito de espcie em microbiologia: indivduos com a mesma composio bioqumica. Diferena gentica em relao presena de enzimas. Gustavo Bednarski ATM 2019/2 Os carboidratos so os nutrientes mais biodisponveis, at mais que as protenas. Os monossacardeos so os mais biodisponveis dentro dos carboidratos. Enterobactria: BGN, consome glicose (fermentador). Toda bactria metaboliza protenas! Tripe Sugar Iron gar (TSI) Esse meio contm em 1000 mL: 20g de peptonas; 1g de glicose; 10g de lactose; 10g de sacarose; 0,2g de citrato de ferro amoniacal; 5g de NaCl; 0,3g de tiossulfeto de sdio; 0,029 de vermelho de fenol (indicador de pH!); 135g de gar. Vermelho de fenol pH apresenta cor amarela; pH apresenta cor vermelha; pHn apresenta cor laranja; Cistenase e cistinase so enzimas utilizadas para a produo de cistina a partir de aminocidos cistena. A cistina nada mais do que duas cistenas ligadas atravs de ponte de sulfeto. Na reao ocorre a liberao de H2S. CISTENA + CISTENA CISTINA + H2S O H2S formado direcionado para outra reao... Algumas bactrias possuem a capacidade de utilizar o nion tiossulfeto como um aceptor de eltrons, reduzindo-o sulfeto ferroso. H2S + Fe2+ [FeS] H2 O H2 utilizado proveniente do metabolismo de carboidratos. O sulfeto ferroso ([FeS]) formado apresenta-se como um precipitado enegrecido no TSI. Gustavo Bednarski ATM 2019/2 Amostra A/A (cido/cido) Neste caso tanto a base quanto o pice apresentaram cor amarela. Isso indica que houve fermentao de glicose e utilizao da lactose (pH). A E. coli um exemplo de bactria A/A, uma vez que GLI+ e LAC+. Amostra K/A (bsico/cido) Nessa amostra, a bactria utilizou a glicose (dando a colorao amarela na base) e as peptonas (causando a cor vermelha no pice). O pH, em geral, apresenta-se bsico na base. A Salmonella um exemplo de bactria do tipo K/A, em virtude de que GLI+, LAC- e SAC-. OBS.: se utilizar-se uma bactria semeada no MacConkey em nude (LAC-) e seme-la em TSI, a amostra pode ficar tanto A/A quanto K/A. Isso ocorre, pois no MacConkey no se testa se a bactria SAC+ ou SAC-. Se ela for SAC+ fica A/A, se for SAC- fica K/A. Amostra K/K (bsico/bsico) Aqui, toda a amostra apresenta-se na cor vermelha. indicativo de que a bactria utilizou apenas as peptonas. Um exemplo de bactria K/K so as pseudomonas. OBS.: se houver uma amostra totalmente ENEGRECIDA sabe-se que a bactria uma enterobactria (GLI+, LAC-), SAC+ e cistenase/cistinase+.Sulfeto Indol Motilidade (SIM) Fenilalanina Triptofano + piruvato+NH3Tirosina +dimetilaminobenzaldeido (reagente de cor)[INDOL] Gustavo Bednarski ATM 2019/2 O anel benznico fica no meio aps os aminocidos terem sido utilizados. OBS.: o [indol] um complexo de cor vermelha! Citrato O meio de cultura composto apenas por citrato. Ao utilizar esse composto, a bactria deixa o meio pH bsico. Ao no utilizar o citrato o meio permanece verde. Quando utilizado o meio fica azul. Lisina LISINA PIRUVATO + NH2 + CO2 lisina descarboxilase pH apresenta a cor amarela. pH apresenta a cor roxa. Da amostra I para a amostra II a bactria fermentou glicose que havia disponvel no meio, provocando um pH . Na passagem da amostra II para a III, a bactria iniciou a utilizao de lisina, fazendo com que o pH se elevasse.