Antibióticos

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11/21/13 Antibiótico – Wikipédia, a enciclopédia livre pt.wikipedia.org/wiki/Antibiótico 1/6 Estrutura geral das penicilinas, um grupo de antibióticos. Staphylococcus aureus. Antibiótico Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Antibiótico é nome genérico dado a uma substância que tem capacidade de interagir com micro-organismos unicelulares ou com seres pluricelulares que causam infecções no organismo. Os antibióticos interferem com os micro-organismos, matando-os ou inibindo seu metabolismo e/ou sua reprodução, permitindo ao sistema imunológico combatê-los com maior eficácia. O termo antibiótico tem sido utilizado de modo mais restrito para indicar substâncias que atingem bactérias, embora possa ser utilizado em sentido mais amplo (contra fungos, por exemplo). Ele pode ser bactericida, quando tem efeito letal sobre a bactéria ou bacteriostático, se interrompe a sua reprodução ou inibe seu metabolismo. As primeiras substâncias descobertas eram produzidas por fungos, como a penicilina. Atualmente são sintetizadas ou alterados em laboratórios farmacêuticos e têm a capacidade de impedir ou dificultar a manutenção de um certo grupo de células vivas. Índice 1 História 2 Classes de antibióticos 3 Resistência antibiótica 4 Prescrição 4.1 No Brasil 4.2 Em Portugal 5 Ver também 6 Referências 7 Ligações externas História O primeiro antibiótico identificado pelo homem foi a penicilina. Alexander Fleming, médico microbiologista do St. Mary's Hospital, de Londres, já vinha há algum tempo pesquisando substâncias capazes de matar ou impedir o crescimento de bactérias nas feridas infectadas, pesquisa justificada pela experiência adquirida na Primeira Grande Guerra 1914 - 1918, na qual muitos combatentes morreram em consequência da infecção em ferimentos e mal-tratados por falta de um tratamento adequado. Em 1928 Fleming desenvolveu pesquisas sobre estafilococos, quando descobriu a penicilina. A descoberta da penicilina deu-se em condições muito peculiares, graças a uma sequência de acontecimentos imprevistos e surpreendentes. No mês de agosto de 1928 Fleming tirou férias e, por esquecimento, deixou algumas placas com culturas de estafilococos sobre a mesa, ao invés de guardá-las na geladeira ou inutilizá-las, como seria natural. Ao retornar ao trabalho, em setembro do mesmo ano, observou que algumas das placas estavam contaminadas com mofo, fato este relativamente frequente. Colocou-as então, em uma bandeja para limpeza e esterilização com lisol. Neste exato momento entrou no laboratório um seu colega, Dr. Pryce, e lhe perguntou como iam suas pesquisas. Fleming apanhou novamente as placas para explicar alguns detalhes ao seu colega sobre as culturas de estafilococos que estava realizando, quando notou que havia, em uma das placas, um halo transparente em torno do mofo contaminante, o que parecia indicar que aquele fungo produzia uma substância bactericida. O assunto foi discutido entre ambos e Fleming decidiu fazer algumas culturas do fungo para estudo posterior. O fungo foi identificado como pertencente ao gênero Penicillium, de onde deriva o nome da penicilina dado à substância por ele produzida. Fleming passou a empregá-lo em seu laboratório para selecionar determinadas bactérias, eliminando das culturas as espécies sensíveis à sua ação. Foi o primeiro teste de reação penicilínica realizado em laboratório. Por outro lado, a descoberta de Fleming não despertou inicialmente maior interesse e não houve a preocupação em utilizá-la para fins terapêuticos em casos de infecção humana até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939. Nesse ano e em decorrência do próprio conflito, a fim de evitarem-se baixas desnecessárias, foram então ampliadas as pesquisas a respeito da penicilina e seu uso humano. Em 1940, Sir Howard Fleorey e Ernst Chain, da Universidade de Oxford, retomaram as pesquisas de Fleming e conseguiram produzir penicilina com fins terapêuticos em escala industrial, inaugurando uma nova era para a medicina denominada a era dos antibióticos. Alguns anos mais tarde, Ronald Hare, colega de trabalho de Fleming, tentou, em vão, "redescobrir" a penicilina em condições semelhantes às que envolveram a descoberta de Fleming. Após um grande número de experiências verificou-se que a descoberta da penicilina só tornou-se possível graças a uma série inacreditável de coincidências, que foram: O cogumelo que contaminou a placa, como se demonstrou posteriormente, é um dos três melhores produtores de penicilina dentre todas as espécies do gênero Penicilium; O cogumelo contaminante teria vindo pela escada do andar inferior, onde se realizavam pesquisas sobre fungos; O crescimento do cogumelo e dos estratococos se fez rapidamente, condição para se evidenciar a lise bacteriana; No mês de agosto daquele ano, em pleno verão, sobreveio uma inesperada onda de frio em Londres, que proporcionou a temperatura ideal ao crescimento lento da cultura; A providencial saída do Dr. Pryce no Laboratório permitiu que Fleming reexaminasse as placas contaminadas e observasse o halo transparente em torno do fungo, antes de sua inutilização. Apesar de todas essas felizes coincidências, se Fleming não tivesse a mente preparada e avançada não teria valorizado ou mesmo notado o halo transparente em torno do fungo e descoberto a penicilina. Classes de antibióticos Os antibióticos podem ser classificados em bactericidas e bacteriostáticos, dependendo se o fármaco causa diretamente a morte das bactérias ou se apenas inibe sua replicação, respectivamente. Na prática, esta classificação se baseia no comportamento do antibiótico in vitro e ambas as classes podem ser eficazes no tratamento de uma infeção. 1 2 3 Classes de antibióticos agrupados por estrutura [Esconder] 4 4

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Antibióticos

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Estrutura geral das penicilinas, um

grupo de antibióticos.

Staphylococcus aureus.

Antibiótico

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Antibiótico é nome genérico dado a uma substância que tem capacidade de interagir com micro-organismos unicelulares ou com serespluricelulares que causam infecções no organismo. Os antibióticos interferem com os micro-organismos, matando-os ou inibindo seumetabolismo e/ou sua reprodução, permitindo ao sistema imunológico combatê-los com maior eficácia.

O termo antibiótico tem sido utilizado de modo mais restrito para indicar substâncias que atingem bactérias, embora possa ser utilizado emsentido mais amplo (contra fungos, por exemplo). Ele pode ser bactericida, quando tem efeito letal sobre a bactéria ou bacteriostático, seinterrompe a sua reprodução ou inibe seu metabolismo.

As primeiras substâncias descobertas eram produzidas por fungos, como a penicilina. Atualmente são sintetizadas ou alterados emlaboratórios farmacêuticos e têm a capacidade de impedir ou dificultar a manutenção de um certo grupo de células vivas.

Índice

1 História

2 Classes de antibióticos

3 Resistência antibiótica

4 Prescrição

4.1 No Brasil

4.2 Em Portugal5 Ver também

6 Referências7 Ligações externas

História

O primeiro antibiótico identificado pelo homem foi a penicilina. Alexander Fleming, médico microbiologista do St. Mary's Hospital, deLondres, já vinha há algum tempo pesquisando substâncias capazes de matar ou impedir o crescimento de bactérias nas feridasinfectadas, pesquisa justificada pela experiência adquirida na Primeira Grande Guerra 1914 - 1918, na qual muitos combatentesmorreram em consequência da infecção em ferimentos e mal-tratados por falta de um tratamento adequado.

Em 1928 Fleming desenvolveu pesquisas sobre estafilococos, quando descobriu a penicilina. A descoberta da penicilina deu-se emcondições muito peculiares, graças a uma sequência de acontecimentos imprevistos e surpreendentes.

No mês de agosto de 1928 Fleming tirou férias e, por esquecimento, deixou algumas placas com culturas de estafilococos sobre a mesa,ao invés de guardá-las na geladeira ou inutilizá-las, como seria natural. Ao retornar ao trabalho, em setembro do mesmo ano, observouque algumas das placas estavam contaminadas com mofo, fato este relativamente frequente. Colocou-as então, em uma bandeja paralimpeza e esterilização com lisol. Neste exato momento entrou no laboratório um seu colega, Dr. Pryce, e lhe perguntou como iam suaspesquisas. Fleming apanhou novamente as placas para explicar alguns detalhes ao seu colega sobre as culturas de estafilococos queestava realizando, quando notou que havia, em uma das placas, um halo transparente em torno do mofo contaminante, o que pareciaindicar que aquele fungo produzia uma substância bactericida. O assunto foi discutido entre ambos e Fleming decidiu fazer algumas culturas do fungo para estudo posterior.

O fungo foi identificado como pertencente ao gênero Penicillium, de onde deriva o nome da penicilina dado à substância por ele produzida. Fleming passou a empregá-lo em seulaboratório para selecionar determinadas bactérias, eliminando das culturas as espécies sensíveis à sua ação.

Foi o primeiro teste de reação penicilínica realizado em laboratório. Por outro lado, a descoberta de Fleming não despertou inicialmente maior interesse e não houve apreocupação em utilizá-la para fins terapêuticos em casos de infecção humana até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939. Nesse ano e em decorrência do próprioconflito, a fim de evitarem-se baixas desnecessárias, foram então ampliadas as pesquisas a respeito da penicilina e seu uso humano.

Em 1940, Sir Howard Fleorey e Ernst Chain, da Universidade de Oxford, retomaram as pesquisas de Fleming e conseguiram produzir penicilina com fins terapêuticos em escalaindustrial, inaugurando uma nova era para a medicina denominada a era dos antibióticos.

Alguns anos mais tarde, Ronald Hare, colega de trabalho de Fleming, tentou, em vão, "redescobrir" a penicilina em condições semelhantes às que envolveram a descoberta deFleming. Após um grande número de experiências verificou-se que a descoberta da penicilina só tornou-se possível graças a uma série inacreditável de coincidências, que foram:

O cogumelo que contaminou a placa, como se demonstrou posteriormente, é um dos três melhores produtores de penicilina dentre todas as espécies do gênero Penicilium;

O cogumelo contaminante teria vindo pela escada do andar inferior, onde se realizavam pesquisas sobre fungos;

O crescimento do cogumelo e dos estratococos se fez rapidamente, condição para se evidenciar a lise bacteriana;

No mês de agosto daquele ano, em pleno verão, sobreveio uma inesperada onda de frio em Londres, que proporcionou a temperatura ideal ao crescimento lento da

cultura;

A providencial saída do Dr. Pryce no Laboratório permitiu que Fleming reexaminasse as placas contaminadas e observasse o halo transparente em torno do fungo, antes de

sua inutilização.

Apesar de todas essas felizes coincidências, se Fleming não tivesse a mente preparada e avançada não teria valorizado ou mesmo notado o halo transparente em torno do fungo edescoberto a penicilina.

Classes de antibióticos

Os antibióticos podem ser classificados em bactericidas e bacteriostáticos, dependendo se o fármaco causa diretamente a morte das bactérias ou se apenas inibe sua replicação,respectivamente. Na prática, esta classificação se baseia no comportamento do antibiótico in vitro e ambas as classes podem ser eficazes no tratamento de uma infeção.

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Classes de antibióticos agrupados por estrutura [Esconder]

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Nome genérico Nomecomercial

Aplicação Possíveis efeitosadversos

Mecanismo de ação

Aminoglicosídeos

Amicacina Amikin

Infeções severas causadas por bactérias gram-negativas, comoEscherichia coli e Klebsiella.

Ototoxicidade(especialmentequando combinado adiuréticos de alça)Toxicidade do nervovestibulococlear)Nefrotoxicidade(especialmentequando combinadocom cefalosporinas)

Une-se à unidade 30S do ribossoma,provocando una alineação ereconhecimento anormal pelo ARN,inibindo assim a síntese de proteínas.

Gentamicina Garamicina

Canamicina Kantrex

Neomicina Neosporin

Netilmicina Netromicina

Estreptomicina

Tobramicina Nebcin

Paromomicina Humatin

Ansamicinas

Geldanamicina

Experimental: antineoplásico

Toxicidadegastrointestinal leveAlterações deexames laboratoriaisde sangue,compatíveis comnefro ehepatotoxicidade(reversíveis)

A geldanamicina impede aincorporação da HSP23 ao trímero90/90 - Imph; que bloqueia aformação HER-2.

HerbimicinaHerbamicinaA

Carbacefem

Loracarbefe Lorabid Infeções respiratórias e infeções urinárias.Ocasionalmentetrombocitopenia.

Inibição da parede celular bacteriana.

Carbapenem

Ertapeném Invanz

Bactericida para bactérias gram-positivas e gram-negativas,usada empiricamente devido ao seu amplo espectro de ação.(Nota: MRSA resistente a esta classe.) Imipenem é combinadocom a cilastatina para reduzir a toxidade renal. Ertapenem possuimelhor atividade contra enterobactérias.

Desconfortoabdominal e diarreiaNáuseaConvulsõesCefaleiaRash e alergias

Mecanismo betalactámico: previne adivisão celular bacteriana inibindo asíntese da parede celular.

Doripeném Finibax

Imipeném/Cilastatina Primaxina

Meropeném Merrem

Cefalosporinas (de primeira geração)

Cefadroxila Duricef

Como as penicilinas, as cefalosporinas possuem um anelbetalactâmico, sendo então classificadas como antibióticosbactericidas. Cocos Gram-positivos, Escherichia coli eKlebsiella.

Desconfortoabdominal e diarreiaNáuseaReações alérgicas

Como outros beta-lactâmicos:interrompem a síntese depeptidoglicano.

Cefazolina Ancef

Cefalotina Keflin

Cefalexina Keflex

Cefradina Veracef

Cefalosporinas (de segunda geração)

Cefaclor Ceclor

Geralmente mais eficazes que a penicilina frente aos bacilosgram-negativos. Haemophilus influenzae, Enterobacter,Neisseria, Proteus, Escherichia coli e Klebsiella.

Desconfortoabdominal e diarreiaNáuseaReações alérgicas

Assim como outros beta-lactâmicos:interrompem a síntese depeptidoglicano.

Cefamandol Mandol

Cefoxitina Mefoxitin

Cefprozila Cefzil

CefuroximaCeftina,Zinnat

Cefalosporinas (de terceira geração)

Cefixima Suprax

As cefalosporinas são geralmente empregadas no tratamento deinfeções por microorganismos resistentes a outros antibióticosbetalactâmicos e também na profilaxia prévia à cirurgiasortopédicas e abdominais.

Desconfortoabdominal e diarreiaNáuseaReações alérgicas

Assim como outros beta-lactâmicos:interrompem a síntese depeptidoglicano.

Cefdinir Omnicef

Cefditoreno Meiact

Cefoperazona Cefobid

Cefotaxima Claforan

Cefpodoxima Vantin

Ceftazidima Fortaz

Ceftibuteno Cedax

Ceftizoxima Cefizox

Ceftriaxona Rocephin

Cefalosporinas (de quarta geração)

Cefepima MaxipimeMaior cobertura contra Pseudomonas e microorganismos gram-positivos.

Similar a outrascefalosporinas

Interrompem a síntese depeptidoglicano.Cefaclidina Cefclidin

Cefalosporinas (de quinta geração)

Ceftobiprol ZevteraAtividade adicional contra Staphylococcus aureus resistente àmeticilina

Similar a outrascefalosporinas

Interrompem a síntese depeptidoglicano.

Glicopeptídeos

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Teicoplanina Targocid

Pacientes em estado grave e com hipersensibilidade aantibióticos betalactâmicos

Alergia, dorNefrotoxicidadeNeutropeniaSurdez

Atuam inibindo a síntese depeptidoglicano.Alteram a permeabilidade damembrana plasmática e inibema síntese de ARN

Vancomicina Vancocina

Macrolídeos

AzitromicinaZitromax,Sumamed,Zitrocin

Infeções por estreptococo, sífilis, infeções respiratórias, infeçõespor Mycoplasma, Doença de Lyme

Náuseas, vômito, ediarreiaIcterícia Une-se à unidade ribossomal 50S

inibindo a síntese de proteínas.

Claritromicina Klaricid

Diritromicina Dynabac

EritromicinaEritocina,Eritroped

Roxitromicina Roxitrol

Troleandomicina (TAO)

Telitromicina Ketek PneumoniaTranstornos visuais,toxicidade hepática.

Espectinomicina Trobicin Antimetabólito, antineoplásico ativo contra gonococos

Monobactamas

Aztreonam Azactam

Ativo contra bactérias gram-negativas aeróbias, como asenterobactérias e Yersinia, Plesiomonas, Aeromonas eNeisseria. Inativo frente a cocos gram-positivos, anaeróbios eAcinetobacter.

Rash cutâneo, alteraçõesde funções hepáticas.Seguro para grande partedos pacientes alérgicos àpenicilina.

Igual que los otros beta lactamáticos:disrompen la síntesis depeptidoglicano, una capa de la paredecelular. Preferencia por la enzimaPBP-3 de bacterias Gram negativas.

Penicilinas

AmoxicilinaNovamox,Amoxil

Ampla gama de infeções, sífilis e Doença de LymeNáusea, vômito ediarreiaReações alérgicas

Atuam inibindo a síntese depeptidoglicano.

Ampicilina Unasayn

Azlocilina Securopen

Carbenicilina Pyopen

Cloxacilina Anaclosil

Dicloxacilina Dicloran

Flucloxacilina Floxapen

Mezlocilina Baypen

Meticilina Staphcillin

Nafcilina Nallpen

Oxacilina Prostafilina

Penicilina

Piperacilina Pipracil

Ticarcilina Timentin

Antibióticos polipeptídicos

Bacitracina

Infeções oculares, otológicas e urinárias. Dano renal

Inibe a síntese de componentespeptidoglicanos da parede celularbacteriana

Colistina Interage com a membrana plasmáticabacteriana, alterando suapermeabilidade.Polimixina B

Quinolonas

CiprofloxacinoCipro,Ciproxin,Ciprobay

Infeções do trato urinário, prostatites bacterianas, diarreiacausada por infeções bacterianas, infeções por micoplasma,gonorreia. Pouca atividade frente a organismos anaeróbios.

Náusea (raro), podeocasionar acúmulo deteofilina quandoadministradoconjuntamente.

Inibe a topoisomerase, ADN girase eoutras enzimas bacterianas, inibindosuas replicações e a transcrição deADN.

Enoxacino Enoxin

Gatifloxacino Tequin

Levofloxacina Tavanic

Lomefloxacino Loflox

Moxifloxacino Avelox

Norfloxacino Noroxin

Ofloxacino Ocuflox

Trovafloxacino Trovan

Sulfonamidas

Mafenida

Infeções urinárias

Náusea, vômito ediarreiaReações alérgicasCristais na urinaInsuficiência renalRedução nacontagem de

Inibição da síntese de ácido fólico,entre outras funções inibitórias dasíntese de ADN e ARN.

Sulfamidocrisoidina Prontosil

Sulfacetamida

Sulfametizol

Sulfanilamida

Sulfasalazina

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Sulfisoxazol glóbulos brancosHipersensibilidade àluz solar

Trimetoprima

Trimetoprima-Sulfametoxazol(Co-trimoxazol) (TMP-SMX)

Bactrim

Tetraciclinas

Demeclociclina

Sífilis, infeções por Chlamydia, Mycoplasma e Rickettsia.Acne.

Náusea, vômito ediarreiaHipersensibilidade àluz solarManchas dentáriasem criançasPotencialmentetóxico para mãe efeto durante agravidez

Une-se à unidade ribossomal 30Sinibindo a síntese de proteínas.

Doxiciclina Vibramicina

Minociclina Minocin

Oxitetraciclina Terramicina

Tetraciclina Sumycin

Outros

Arsfenamina Salvarsan Infeções por espiroquetas Intoxicação por arsênicoLiberação contínua do compostoRAs(OH) , especialmente tóxico aoTreponema pallidum.

Cloranfenicol ChloromycetinAtivo contra bactérias gram-positivas e gram-negativas, bemcomo grande parte de microorganismos anaeróbios

Toxicidade dose-dependente da medulaóssea podendo ocasionaranemia aplásica, que emcasos raros pode serirreversível.

Une-se de maneira reversível àunidade ribossomal 50S, inibindo asíntese de proteínas.

Clindamicina CleocinInfeções por bactérias anaeróbias, acne e profilaxia paracirurgias.

Diarreia causada porClostridium difficile,podendo ocasionar colitepseudomembranosa.

Possui ação bacteriostática porinibição da síntese de proteínas nonível ribossômico por união à unidade50S.

Lincomicina Lincocin Acne, profilaxia cirúrgicaColite, ocasionalmenteletal.

Similar aos macrolídeos, unindo-se asubunidade ribossomal bacteriana50S.

Etambutol Myambutol AntituberculosoPrincipalmente neuriteóptica]].

Inibe a formação da parede celularbacteriana.

Fosfomicina Monurol Infeções urináriasGeralmente é bemtolerado.

Inibe a formação da parede celularbacteriana.

Ácido fusídico FucidinBactérias gram-positivas como certas espécies deStaphylococcus, Streptococcus e Corynebacterium.

Icterícia, urina de corescura, ambas reversíveisquando suspenso otratamento.

Inibição da síntese de proteínas.

Furazolidona FuroxoneDiarreia e enterite causadas por bactérias ou por protozoários,cólera e giardiose.

Trastornos gastrointestinais interferência no ADN bacteriano.

Isoniazida Laniazid Antituberculoso Inúmeros efeitos adversosBloqueio da biosíntese de ácidosgraxos

Linezolida ZyvoxidInfeções por bactérias gram-positivas resistentes a outrosantibióticos.

Geralmente bem toleradaem tratamentos de curtoprazo.

Inibição da síntese de proteínas.

Metronidazol Flagyl

Protozoários e microorganismos anaeróbios incluindoBacteroides fragilis, Fusobacterium, Veillonella, Clostridiumdifficile e C. perfringens, Eubacterium, Peptococcus, Giardiae Peptostreptococcus.

Alteração da cor da urina.O uso prolongado podecausar neuropatiaperiférica.

Atua nas proteínas que transportamelétrons na cadeia respiratória dasbactérias anaeróbias.

Mupirocina BactrobanBacteriostático em baixas concentrações e bactericida emconcentrações elevadas.

Frequente resistênciabacteriana.

Inibição da síntese de proteínas.

NitrofurantoínaMacrodantina,Macrobido

Infeções urinárias. Náusea, vômito. Dano ao ADN bacteriano.

Platensimicina Droga experimental DesconhecidosInibição da biosíntese de ácidosgraxos.

Pirazinamida Antituberculoso Artralgia.Inibição da biosíntese de ácidosgraxos.

Quinupristina/Dalfopristina SynercidEstafilococos e Enterococcus faecium resistentes avancomicina.

Artralgia, mialgia, náusea,vômito, cefaleia.

Inibição da síntese de proteínas.

Rifampicina Rifaldin Bactérias gram-positivas e micobactériaAlterações de cor do suor,lágrimas e urina.

Une-se à subunidade β da ARN-polimerase.

Tinidazol Uretrite e vaginiteTontura, cefaleia,sonolência.

Produção de radicais livres tóxicospara os microorganismos.

Nome genéricoNome

comercialAplicação

Possíveis efeitosadversos

Mecanismo de ação

Resistência antibiótica

A resistência antibiótica é a capacidade dos microrganismos de resistir aos efeitos de um antibiótico ou antimicrobiano. O uso inadequado de antibióticos (na terapia humana e nautilização como promotor de crescimento em animais que fazem parte da alimentação humana) conduz ao aparecimento de resistências, tornando os agentes antimicrobianosmenos eficazes. A resistência pode ser adquirida via: transformação, conjugação, transdução e mutação.

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Prescrição

Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 50 por cento dos antibióticos são prescritos de forma inadequada , o que vem causando resistência à ação dosmedicamentos. Em um encontro de especialistas, realizado em março de 2012 na Dinamarca, a diretora- geral da OMS, Margaret Chan alertou para o desafio que isso representapara os países em desenvolvimento, que são os principais afetados por diversas enfermidades. "Muitos países estão incapacitados pela falta de infra-estrutura, incluindolaboratórios, diagnósticos, confirmação de qualidade, capacidade de regulação, monitoramento e controle sobre a obtenção e a utilização de antibióticos", diz Chan .

No Brasil

Para evitar o uso indiscriminado de antibiótico pela população e conter o avanço dos casos de contaminação por superbactérias começaram a valer novas regras a partir de 28 denovembro de 2010 para a venda de antibióticos nas farmácias e drogarias brasileiras (resolução RDC 44 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ). Os medicamentos sópodem ser vendidos com a apresentação de duas vias da receita médica, sendo que uma delas ficará com o estabelecimento e outra com o consumidor. A regra vale atualmentepara 93 tipos de substâncias antimicrobianas que compõem todos os antibióticos registrados no Brasil. Estão de fora da lista os antibióticos usados exclusivamente em hospitais.

Em Portugal

Em Portugal, os antibióticos são classificados como medicamentos sujeitos a receita médica (MSRM). Orgão regulador e fiscalizador é o instituto público Infarmed. Alegislação portuguesa prevê penalidades semelhantes às leis brasileiras, entre outras definidas no Decreto-Lei nº 48547 de 1968 que regulamenta o exercício da atividadefarmacêutica — mesmo assim, a venda ilegal de antibióticos sem receita médica é, como no Brasil, problemática.

A Direção-Geral da Saúde do Ministério da Saúde considera a resistência aos antibióticos "uma das maiores ameaças à Saúde Pública" atuais. Portugal é um dos países daEuropa com taxas elevadas de resistência aos antibióticos. O Programa Nacional de Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos (PNPRA), introduzido no âmbito doPlano Nacional de Saúde 2004-2010 e concretizado em novembro de 2009 prevê diminuir até 2015, a nível nacional, as resistências aos antibimicrobianos estimulando o usoracional dos antibióticos e monitorizando as resistências atravês da implementação de um sistema informático de vigilância, entre outros.

Ver também

Sistema imunitário

Referências

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Inc., New York, U.S.A. pp. 478-479.4. ↑ For common Uses and possible side effects reference is: Robert Berkow (ed.) The Merck Manual of Medical Information. Pocket (setembro de 1999), ISBN 0-671-02727-1.5. ↑ SUPKO JG, HICKMAN RL, GREVER MR Y MALSPEIS L.. (1995). "Preclinical pharmacologic evaluation of geldanamycin as an antitumor agent

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(http://www3.interscience.wiley.com/cgi-bin/fulltext/104524899/PDFSTART). Am J Hematol. 2003 May;73(1):41-3.7. ↑ Townsend 2005, p. 2748. ↑ FDA restringe uso de antibiótico telitromicina (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/fda-restringe-uso-de-antibiotico-telitromicina). ALERT Life Sciences Computing.

Página visitada em 8 de julho de 2011.9. ↑ E Navas Elorza (2002). [Tetraciclinas, fenicoles, lincosamidas, polimixinas, espectinomicina, fosfomicina]. Medicine. Volume 08 - Número 70 p. 3763 - 3770.

10. ↑ Celaya Rodriguez M, Moreno Navarrete J. Estudio bacteriológico y determinación de la sensibilidad a 21 antibióticos, en una población de pacientes atendidos en el Hospital Generalde México durante el año 1999 (http://www.medigraphic.com/pdfs/micro/ei-2001/ei014d.pdf). ENF INFEC Y MICRO 2001: 21(4): 129-144

11. ↑ K. John Stone and Jack L. Strominger Mechanism of Action of Bacitracin: Complexation with Metal Ion and C55-Isoprenyl Pyrophosphate(http://www.pnas.org/cgi/content/abstract/68/12/3223) PNAS 1971 vol. 68 no. 12 pg. 3223-3227. Página visitada em 30 de abril de 2011

12. ↑ Doxycycline (http://www.life-extension-drugs.com/doxycycline.html) Life-Extension-Drugs.com Página acessada em 30 de abril de 2011.

13. ↑ RICH M, RITTERHOFF R, HOFFMANN R. (dezembro 1950). "A fatal case of aplastic anemia following chloramphenicol (chloromycetin) therapy.". Ann Intern Med 33 (6): 1459–67.14790529.

14. ↑ Lincosamides, Oxazolidinones, and Streptogramins (http://www.merck.com/mmpe/print/sec14/ch170/ch170g.html). Merck Manual of Diagnosis and Therapy. Página visitada em 30de abril de 2011.

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Ligações externas

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11/21/13 Antibiótico – Wikipédia, a enciclopédia livre

pt.wikipedia.org/wiki/Antibiótico 6/6

"Antibióticos - Classificação quanto o espectro de ação" material do curso de Medicina da Universidade Federal Fluminense (http://medmap.uff.br/index.php?

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"Antibióticos - Cefalosporinas de 1a. geração" material do curso de Medicina da Universidade Federal Fluminense (http://medmap.uff.br/index.php?option=com_content&task=view&id=281&Itemid=134)

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European Surveillance of Antimicrobial Consumption (ESAC) - Projecto sobre consumo de antibióticos na Europa (http://www.esac.ua.ac.be/)Sítio da Anvisa (http://www.anvisa.gov.br/)

"Resolução RDC Nº44 de 26 de outubro de 2010, que dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos"

(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0044_26_10_2010.html)"Resolução RDC Nº61 de 17 de dezembro de 2010, que altera o anexo da RDC nº 44, de 26 de outubro de 2010" (http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?

data=22/12/2010&jornal=1&pagina=94&totalArquivos=168)

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