Uso de antibióticos em pediatria

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USO DE ANTIBIÓTICOS EM PEDIATRIA Tinai Andrade Lima Universidade Estadual de Santa Cruz Departamento de Ciências de Saúde Curso de Medicina

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USO DE ANTIBIÓTICOS EM PEDIATRIA

Tinai Andrade Lima

Universidade Estadual de Santa CruzDepartamento de Ciências de Saúde

Curso de Medicina

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PENICILINAS

Page 3: Uso de antibióticos em pediatria

PENICILINAS

História;

- Dr. Alexander Fleming, 1928;

- fungo Penicillium notatum;

- 1941, introduzida no tratamento de infecções;

- no tratamento de infecções estreptocócicas e gonocócicas.

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PENICILINAS

Mecanismo de ação:

- ação bactericida;

- inibição da síntese da parede celular;

- ativação do sistema autolítico endógeno da

bactéria;

- proteínas ligadoras de penicilinas PBPs.

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PENICILINAS

I) Penicilina G- Em uso há mais de 50 anos;- ATB de escolha para:

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PENICILINAS

- Não sensíveis a: Produtores de penicilases: Staphylococcus aureus

e Staphycoccus epidermidis; Produtores de betalactamases: N. gonorrhoeae,

H. influezae, Moraxella catarrhalis e Gram negativos anearóbio;

Pneumococo resistente à penicilina (PRP):- Projeto SIREVA, OPAS: América latina: 24,9%- Brasil: - São Paulo: 25,1%

- Recife: 18,3%- Belo Horizonte: 4,3%

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PENICILINAS

Preparações:b) P. cristalina: quando se quer efeito rápido ou alta

concentração sérica.- Pico de concentração: 30-60min- Excreção renal rápida- EV- Infecções graves, como meningite, pneumonia e

endocardite.- Dose: 100.000 a 400.000U/kg/dia, 4h/4h a 6h/6h

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PENICILINAS

Preparações:b) P. cristalina: quando se quer efeito rápido ou alta

concentração sérica.- Pico de concentração: 30-60min- Excreção renal rápida- EV- Infecções graves, como meningite, pneumonia e

endocardite.- Dose: 100.000 a 400.000U/kg/dia, 4h/4h a 6h/6h

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PENICILINAS

Preparações:b) P. cristalina: quando se quer efeito rápido ou alta

concentração sérica.- Excreção renal rápida- EV- Infecções graves, como meningite, pneumonia e

endocardite.- Dose: 100.000 a 400.000U/kg/dia, 4h/4h a 6h/6h

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PENICILINAS

Preparações:b) P. cristalina: quando se quer efeito rápido ou alta

concentração sérica.- Excreção renal rápida- EV- Infecções graves, como meningite, pneumonia e

endocardite.- Dose: 100.000 a 400.000U/kg/dia, 4h/4h a 6h/6h

Inf. SNC

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PENICILINAS

a) P. procaína:

- Concentrações bactericidas +↓ (10-30%)

- Nível máx. 4h, detectados até 24h

- + alergênica

- Inf. Leves a moderadas

- Dose: 25.000 a 50.000U/kg/dia, IM, 1-2 doses dia

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PENICILINAS

a) P. benzatina:

- Baixa concentração, 1-2%;

- No soro até 3 semanas, na urina por vários meses;

- Indicada em inf. alta/ sensíveis, em tec. bem

vascularizados;

- Tto faringite ou impetigo por estreptococo A, profilaxia

febre reumática, escolha sífilis 1ª, 2ª e latente.

- Dose: < 25kg → 50.000U/kg - 600.000U/dose IM

> 25kg → 1.200U/kg IM

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PENICILINASI. Penicilina V

- Resiste acidez gástrica → VO

- Inf. leves das amígdalas, trato respiratório e tec.

moles

- Dose: < 5 anos → 125mg

> 5 anos → 250mg

Profilaxia pneumococo ou estreptococo, ou asplenia

funcional

– Dose terapêutica: 25000-50000U/kg/dia 3-4x

12/12h

Page 14: Uso de antibióticos em pediatria

PENICILINAS

I. P. resistentes a penicilases

Meticilina, oxacilina, naficilina, cloxacilina e

dicloxacilina;

S. aureus são produtores de penicilases, anos 80 –

atualmente as resistentes a meticilina (MRSA);

Indicadas para tto de inf. estafilococicas

comunitárias;

Dose oxacilina: 100-200mg/kg/dia IV ou IM

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PENICILINAS

I. Aminopenicilinas:- Atividade contra Gram -, sem perder atividade

contra Gram +;- Mais ativas contra Listeria monoctogenes;

a) Amoxacilina: escolha para tto inf. agudas do trato respiratório superior e inferior leve a moderada.

Observar no meio H. influenzae, M catarrhalis e S.pneumoniae resistentes.

Dose: VO 40-50mg/kg/dia 2-3x

Page 16: Uso de antibióticos em pediatria

PENICILINAS

I. Aminopenicilinas:

b) Ampicilina:

Em inf. Graves na pediatria, principalmente nos 3

primeiros meses de vida, associada a outros.

Excelente ação contra estrepococos B, L. monocytogenes

e Enterococcus spp.

IV: 100-300mg/kg/dia 4x

VO: 50-100mg/kg/dia 6h/6h

Page 17: Uso de antibióticos em pediatria

PENICILINAS

I. P. espectro ampliado (anti-pseudomonas)

a) Carboxipenicilinas:

- Pouco utilizadas pelos efeitos tóxicos(↓ atv.

plaquetária, hipocalemia e sobrecarga de sódio),

resistência e necessidade de altas doses.

- Carbenicilina 200-600mg/kg/dia 6h/6h IM/IV

- Ticarcilina 100-300mg/kg/dia 4h/4h a 6h/6h IM/IV

Page 18: Uso de antibióticos em pediatria

PENICILINAS

I. P. espectro ampliado (anti-pseudomonas)

b) Ureidopenicilinas: ação contra gram –

Boa penetração tecidual : LCR e tec. ósseo

Não disponíveis em nosso meio.

Não são de escolha.

São as meslocilina, aslocilina e piperacilina, via

parenteral

Page 19: Uso de antibióticos em pediatria

PENICILINAS

Efeitos tóxicos:

3-10% da pop. é alérgica;

Os sintomas de anafilaxia surgem em 10-20min após

administração: choque, hipotensão, urticária, edema

de laringe e broncoespasmo;

Obter sempre o histórico do paciente;

Reação alérgica cruzada em 3-5% com cefalosporinas

Page 20: Uso de antibióticos em pediatria

PENICILINAS

Efeitos tóxicos:

Outras reações: febre induzida por fármacos, doença

do soro, vasculites, nefrite intersticial, exantemas.

Além de reações locais em IM.

VO: náuseas, vômitos, diarréia, dor abdominal.

Page 21: Uso de antibióticos em pediatria

BETALACTÂMICOS

Page 22: Uso de antibióticos em pediatria

BETALACTÂMICOSI. Carbapenêmicos:

Potente ação contra Gram + e –;

1º: tienamicina, 1976, contudo muito instável

quimicamente;

2º: imipenem, 1979, sofre ação da dipeptidase renal,

levando a inativação por hidrólise;

Cilastatina;

Meropenem, 1987, maior estabilidade a ação da

dipeptidase.

Page 23: Uso de antibióticos em pediatria

BETALACTÂMICOS

1) Imipenem e Meropenem:

MA: - Amplo espectro, melhor sobre betalactamases;

- Efeito pós-antibiótico (bacteriostático).

Ação contra cocos e bacilos Gram – e +, aeróbios e

anaeróbios, infecções hopitalares;

Escolha: Acinetobacter baumannü, Pseudomonas

aeruginosa, Campylobacter e Bacteroides fragilis;

Resistentes: S. aureus meticilino ou oxacilino

resistentes.

Page 24: Uso de antibióticos em pediatria

BETALACTÂMICOS

1) Imipenem e Meropenem:

Boa difusão por tecidos e líquidos orgânicos, LCR;

Depuração renal, reajustado a cada 12h em IR;

Efeitos colaterais:- Reações gastrintestinais;- Reações alérgicas cruzadas com penicilinas (rash, prurido, febre, anafilaxia)- Alter. laboratoriais: leucopenia e plaquetopenia, eosinofilia e trombocitopenia, ↑ transaminases;- Neurotoxidade e convulsões 1%, lactentes e idosos

Page 25: Uso de antibióticos em pediatria

BETALACTÂMICOS

1) Imipenem e Meropenem:

Indicações: - Neutropênicos febris;

- Inf. hospitalares graves resistentes a outras drogas;

- Acinetobacter multirresistente.

Dose:

- Imipenem: 50mg/kg/dia 6h/6h, diluído SG/SF, 20-30m

IV/IM*

- Meropenem: 10-20 mg/kg/dia 8h/8h, em 5m ou

gotejamento em 30m, IV

Page 26: Uso de antibióticos em pediatria

BETALACTÂMICOS

I. Monobactâmicos

Amplo espectro contra Gram – e boa estabilidade

frente as betalactamases;

Representados pelo aztreonam e carumonam;

Bactericida com ação em parede celular;

Baixa afinidade PBP3 dos Gram + e anaeróbios;

Ativo contra a maioria das enterobactérias (E. coli,

Samonella, Klebsiela, Proteus,etc)

Page 27: Uso de antibióticos em pediatria

BETALACTÂMICOS

I. Monobactâmicos

Atividade inferior a cefa de 3ª e carbapenêmicos

contra P. aeruginosa;

Boa ativ. contra H. influenzae, N. meningitidis e N.

gonorrhoeae;

Boa distribuição orgânica, incluindo o líquor;

Efeito pós-biótico;

Depuração renal, com reajuste em IR

Page 28: Uso de antibióticos em pediatria

BETALACTÂMICOS

I. Monobactâmicos

Efeitos colaterais raros, isento de nefro/ototoxidade;

Indicações:- Inf. bacilos Gram -, especial/ multirresistentes e indutores de betalactamases;- Não deve ser considerada de 1ª escolha;

Dose: uso parenteral

RN: 30mg/kg 1ª sem 12/12, até 28d 8/8h, depois 6/6h

Inf. Graves: 50mg/kg/dose 6/6h

Page 29: Uso de antibióticos em pediatria

BETALACTÂMICOSI. Carbacefemas

Estruturalmente semelhantes a cefalosporinas;

Representado pelo Loracarbef;

Ação em parede celular nas PBP;

Espectro semelhantes a cefa de 1ª, > H. influenzae,

contra E. coli, Proteus, Klebsiela e gonococo e

Gram+

Indicada em inf. vias aéreas superiores e inferiores

de leve a moderadas. Ati. > para Haemophilus do

cefa de 1ª e 2 ª e amoxa+clavulonato

Page 30: Uso de antibióticos em pediatria

BETALACTÂMICOS

I. Carbacefemas

Dose: 15-30mg/kg/dia, 12/12h;

Efeitos colaterais: raros relatos de reações

grastrintestinais ou de hipersensibilidade;

Liberada pela ANVISA contudo ainda não é

comercializada no Brasil.

Page 31: Uso de antibióticos em pediatria

BETALACTÂMICOS

I. Inibidores de betalactamases

Inibidores suicidas;

Não têm efeito bactericida isoladamente: são

utilizados em associação:

Ác. Clavulânico + amoxicilina

Ác. Clavulânico + ticarcilina

Sulbactan + ampicilina

Tazobactam + piperacilina

Page 32: Uso de antibióticos em pediatria

BETALACTÂMICOSI. Inibidores de betalactamases

Ácido clavulânico:

- não tem ação contra germes produtores de

betalactamases meticilinorresistentes.

Sulbactam:

- menos potente que o clavulonato.

Tazobactam:

- mais ativo contras algumas enterobac-

térias

Page 33: Uso de antibióticos em pediatria

BETALACTÂMICOS

1. Ácido clavulânico + amoxicilina:

a) Indicações:

* Infecções de vias aéreas superiores e inferiores:

Ex: - Otites médias crônicas e recorrentes;

- Sinusites crônicas;

- Pneumonias.

* Nas infecções mais graves - EV

Page 34: Uso de antibióticos em pediatria

BETALACTÂMICOS

1. Ácido clavulânico + amoxicilina:

b) Efeitos colaterais:

- Distúbios gastrintestinais + comuns;

- Outros: rash, febre, neutropenia, ↑ transaminases.

c) Dose: amoxicilina é a referência (7:1)

30-50 mg/kg/dia 8h/8h, VO ou EV*

* Diluída em 50-100ml de SF 0,9% em 30min

Page 35: Uso de antibióticos em pediatria

BETALACTÂMICOS

1. Ácido clavulânico + ticarcilina:

Ação sobre gram –

a) Indicação:

- Infec. Graves: sepse, pneumonias intra-

hospitalares;

- Infec. intra-abdominais, ósseas e de partes moles

por produtores de betalactamases.

b) Dose: referência ticarcilina

200-300mg/kg/dia 6h/6h. EV, diluída e lenta.

Page 36: Uso de antibióticos em pediatria

BETALACTÂMICOS

1. Sulbactam + ampicilina:

Tem sido utilizadas em infecções intra-abdominais

com sucesso:

a) Dose: referência ampicilina

150mg/kg/dia 6h/6h a 8h/8h

Page 37: Uso de antibióticos em pediatria

BETALACTÂMICOS

1. Tazobactam + piperacilinaUso em >12 anos

a) Indicação : infecções hospitalares respiratórias,

urinárias, intra-abdominais cirúrgicas, celulites e

abcessos por germes resistentes betalactâmicos.

b) Dose:

2,5 – 4,5g 8h/8h EV lenta (30min)

Page 38: Uso de antibióticos em pediatria

AMINOGLICOSÍDEOS

Page 39: Uso de antibióticos em pediatria

AMINOGLICOSÍDEOS

- Ação bactericida e bacteriostática.

- Ação ↓ condições de anaerobiose e pH baixo –

ruim em abscessos;

- Pouca penetração em líquor;

- Indicação: infec. graves por gram - e enterococos;

- Uso tópico contra indicado devida a seleção

rápida de cepas resistentes.

Page 40: Uso de antibióticos em pediatria

AMINOGLICOSÍDEOS

1. Gentamicina:

- Atuação especial contra P. aeruginosa e Acinetobacter;

- Tem amplo espectro, atuando sobre gram +, gram - e

micobactérias;

d) Indicação:

Indicada contra os bacilos gram -, especialmente

enterobactérias e P. aeruginosa.

Pequena atvd. contra cocos gram- (meningococo e gonococo).

Page 41: Uso de antibióticos em pediatria

AMINOGLICOSÍDEOS

1. Gentamicina:

Não age contra H. influenzae.

Indicações adicionais:

1. Combinação com ampicilina, p. cristalina ou vancomicina

no tto de endocardite bacteriana por enterococo sensível

ou pelo S.viridans;

2. Combinada às penicilinas antipseudomonas no tto de infec.

graves por P.aeruginosa em localização que não trato

urinário.

Page 42: Uso de antibióticos em pediatria

AMINOGLICOSÍDEOS

1. Amicacina:

- Único ativo contra Nocardia asteroides

- Indicada:

- infec. por organismos resistentes a outros aminoglicosídeos.

- tto de infec graves por bacilos gram-negativos e, associada à

cefalotina ou à oxacilina, em graves estafilococcias.

- Nas pneumonias e septicemias estafilocócicas a terapêutica

combinada com b-lactâmico deve ser mantida nos 3 ou 5

dias iniciais, então é suspenso e mantida monoterapia com

antiestafilocócico .

Page 43: Uso de antibióticos em pediatria

AMINOGLICOSÍDEOS

1. Trobamicina:

- Cepas resistentes à gentamicina também o são à

tobramicina,

- Custo mais elevado;

- Uso inalatório em pneumonia de pct com fibrose

cística, com redução da frequencia de hospitalização.

Page 44: Uso de antibióticos em pediatria

AMINOGLICOSÍDEOS

Reações adversas;

- Incomuns reações de hipersensibilidade;

- A administração direta EV pode provocar intoxicação

aguda, com bloqueio neuromuscular e risco de paralisia

respiratória, além da nefrotoxicidade aguda e depressão

miocárdica;

- Nefrotoxidade reversível;

- Ototoxidade usualmente irreversível (sons de alta

freqüência)

Page 45: Uso de antibióticos em pediatria

AMINOGLICOSÍDEOS

AMINOGLICOSÍDEO

DOSE * (mg/kg)

NÍVEL SÉRICO (m g/ml) em pico

VIA

     

Intramuscular Ou Intravenosa

Gentamicina 3 a 5 4 a 6

     

Tobramicina 3 a 5 4 a 6

     

Amicacina 15 20-30

* A cada 8 horas.

Page 46: Uso de antibióticos em pediatria

CEFALOSPORINAS

Page 47: Uso de antibióticos em pediatria

CEFALOSPORINAS

Introdução

- Assim como as penicilinas, as cefalosporinas

pertencem à família dos betalactâmico;

- Inibem a síntese da parede celular bacteriana;

- São classificadas com base na cronologia da

introdução das drogas no mercado e na sua

atividade antibacteriana.

Page 48: Uso de antibióticos em pediatria

CEFALOSPORINAS

I. Primeira geração:

- Boa atividade contra bactérias Gram+ e muito menos

expressiva contra os germes Gram-

- Exceção ao enterococo, S. aureus meticilinorresistente e S.

epidermidis;

- Grande parte dos anaeróbios encontrados na cavidade oral

é sensível, mas Bacteroides fragilis é resistente.

- A atividade contra Moraxella catarrhalis, Escherichia coli,

Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis é boa.

Page 49: Uso de antibióticos em pediatria

CEFALOSPORINAS

I. Primeira geração:

- Por via parenteral (cefalotina e cefazolina) são tão

eficazes quanto a oxacilina a estafilococos sensíveis

a oxa;

- Por via oral (cefalexina e cefadroxila) são úteis em

infec. respiratórias, dermatológicas e urinárias (não

de 1ª escolha) e na complementação do tto venoso.

Page 50: Uso de antibióticos em pediatria

CEFALOSPORINAS

I. Segunda geração:

- Concervam a eficácia das cefa de 1ªG e acrescentam

ação contra H. influenzae e Moxarella catarrhalis;

- Cefaclor e cefuroxima são de 2ª linha para otites (após

SMZ-TMP e amoxicilina);

- Para Gram-, são fortes indutoras de resistência, e não

devem ser usadas mesmo que o antibiograma

indique sensibilidade.

Page 51: Uso de antibióticos em pediatria

CEFALOSPORINAS

I. Terceira geração:

- Mais ativas para Gram- e menos eficazes para Gram+;

- Divididas em 2 grupos:

a) cefotaxima, ceftriaxona e cefodizima: com

espectro e padrão de sensibilidade semelhante e

pouco ativas contra Pseudomonas;

b) ceftazidine, cefoperazona e cefixima: ativas

contra Pseudomonas e menos ativa contra

estafilococos.

Page 52: Uso de antibióticos em pediatria

CEFALOSPORINAS

I. Terceira geração:

- Ceftazidine é considerada a cefalosporina de escolha

para Pseudomonas pela sua eficácia e por induzir

menos resistência;

- Não usar cefotaxima/ceftriaxona para tto empiírico de

infec por Gram+, se cobertura contra gram- é

desnecessária. As outras alternativas (oxacilina,

cefalotina e clindamicina) são mais eficazes, mais

baratas e mais seguras.

Page 53: Uso de antibióticos em pediatria

CEFALOSPORINAS

I. Terceira geração:

- Ceftriaxona é preferida nas meningites infantis;

- Não devem ser usadas como terapia empírica para

infecções urinárias e profilaxia pré-operatória.

- Em tto de meningite em RN deve-se associar

ampicilina para ampliar espectro para ampliar a

cobertura para estreptococo B e Listeria.

- Se a bactéria se mostrar sensível aos aminoglicosídeos

estes devem ser preferidos às cefaslosporina.

Page 54: Uso de antibióticos em pediatria

CEFALOSPORINAS

I. Quarta geração:

- Espectro aumentado de ação quando comparadas às

de terceira geração;

- Maior estabilidade diante da hidrólise mediada por

betalactamases;

- Cefepime é a única autorizada para uso em pacientes

pediátricos.

Page 55: Uso de antibióticos em pediatria

CEFALOSPORINAS

Indicações Básicas:

- Impõem-se como primeira escolha:

• meningite além do período neonatal: ceftriaxona

isoladamente. Em suspeita de S. pneumoniae penicilino

resistente, associar a vancomicina;

• infecções graves por Klebsiella, Enterobacter, Proteus,

Providencia ou Serratia: as cefalosporinas de 3ª e 4ª têm

indicação, associadas ou não a um aminoglicosídeo.

Page 56: Uso de antibióticos em pediatria

CEFALOSPORINAS

Indicações Básicas:

- Impõem-se como primeira escolha:

• infecções por anaeróbios: cefoxitina associada a

outros ATB.

• terapia antimicrobiana para pacientes

neutropênicos: cefalosporina 3ª G + aminoglicosídeo.

Page 57: Uso de antibióticos em pediatria

CEFALOSPORINAS

Indicações Básicas:

- Impõem-se como segunda linha:

• faringoamigdalite estreptocócica do grupo A:

penicilina;

• otite média aguda: amocixilina;

• meningite no período neonatal: recomenda-se o uso

de ampicilina associada à gentamicina.

Page 58: Uso de antibióticos em pediatria

CEFALOSPORINAS

Efeitos Colaterais:

As reações de hipersensibilidade são mais comuns;

Reação cruzada com as penicilinas;

Outras:

• hemólise;

• depressão da medula óssea, com granulocitopenia;

• nefrotoxicidade;

• diarréia, mais associada ao uso da cefoperazona;

• sangramento grave por hipoprotrombinemia, trombocitopenia e/ou

disfunção plaquetária.

Page 59: Uso de antibióticos em pediatria

CEFALOSPORINAS

Geração DrogaDose em

mg/kg/dia

Intervalodas doses(horas)

Vias de administração*

1a

Cefalexina CefadroxilaCefalotinaCefazolina

25-503080-15025-100

6124 a 68

VOVOIVIV,IM

2a

CefaclorCefoxitinaCefuroximaCefuroxima axetila

20-4080-16075-15020-30

8 a 124 a 8812

VOIV, IMIV, IMVO

3a CefotaximaCeftriaxonaCeftazidima

75-30050-10075-150

6 a 812 a 248

VI, IMVI, IMVI, IM

4a Cefepima 50 12 IV,IM

Page 60: Uso de antibióticos em pediatria

MACROLÍDEOS

Page 61: Uso de antibióticos em pediatria

MACROLÍDEOS

Introdução:

- Inibem síntese protéica – bacteriostáticos;

- Atividade contra bactérias Gram+, cocos Gram- e

contra os anaeróbios;

Page 62: Uso de antibióticos em pediatria

MACROLÍDEOS

1. Eritromicina:

b) Indicações:

- Primeira opção: coqueluche, da difteria, das

legioneloses e infecções pelo Mycoplasma;

- Excelente eficácia tto das infecções genitais e

pélvicas por Chlamydia trachomatis e

Ureaplasma;

- Escolha em pacientes com hipersensibilidade à

penicilina.

Page 63: Uso de antibióticos em pediatria

MACROLÍDEOS

1. Eritromicina:

b) Interações e efeitos colaterais:

Os efeitos colaterais gastrintestinais são os mais

freqüentes, principalmente em adultos, por via

oral, menos referidos em crianças;

Icterícia colestática e elevação das enzimas hepáticas

mais freqüentemente em adultos.

Page 64: Uso de antibióticos em pediatria

MACROLÍDEOS

1. Eritromicina:

b) Dose:

30-50mg/kg/dia 3-4x/dia (max 500mg)

Necessário ajuste de dose na insuficiência hepática.

Page 65: Uso de antibióticos em pediatria

MACROLÍDEOS

1. Azitromicina:

b) Indicação:

- Infecções respiratórias e dermatológicas por Streptococcus,

Staphylococcus, Pneumococcus, H. influenzae, Moraxella,

Bordetella pertussis, Chlamydia, Mycoplasma e Legionella;

- É eficaz contra patógenos que causam doenças sexualmente

transmissíveis como Treponema, Ureaplasma e Gardnerella.

Page 66: Uso de antibióticos em pediatria

MACROLÍDEOS

1. Azitromicina:

b) Interações e efeitos colaterais:

- Não devem ser administrados associados a

antiácidos;

- Efeitos gastrintestinais são os mais relatados,

contudo é uma droga bem tolerada.

Page 67: Uso de antibióticos em pediatria

MACROLÍDEOS

1. Azitromicina:

b) Dose:

10 mg/kg, por via oral, de 24/24 horas, por 3-5 dias

Não é necessário ajuste em insuficiência renal ou

hepática.

Page 68: Uso de antibióticos em pediatria

MACROLÍDEOS

1. Claritromicina:

b) Indicação:

- Nas infecções das vias aéreas superiores e inferiores,

por Streptococcus, Pneumococcus e H. influenzae;

- Indicação especial em infec pulmonares causadas por

Mycoplasma pneumoniae, Legionella e Chlamydia;

Page 69: Uso de antibióticos em pediatria

MACROLÍDEOS

1. Claritromicina:

b) Reações adversas:

- Alterações gastrintestinais são menos comuns da que

com a eritromicina;

- Existem alguns relatos de hepatite colestática e

alterações das enzimas hepáticas;

- Os pacientes imunodeprimidos podem ter mais

efeitos tóxicos , com exantema e alterações

hematológicas.

Page 70: Uso de antibióticos em pediatria

MACROLÍDEOS

1. Claritromicina:

b) Dose:

- 15/mg/kg/dia, fracionada de 12/12 horas, por via oral, de

7-10 dias.

- nos casos graves pode ser utilizada por via intravenosa.

Page 71: Uso de antibióticos em pediatria

GLICOPEPTÍDEOS

Page 72: Uso de antibióticos em pediatria

GLICOPEPTÍDEOS

Introdução:

- Bacteriostáticos;

- Os mais utilizados são a vancomicina e a

teicoplamina

Page 73: Uso de antibióticos em pediatria

GLICOPEPTÍDEOS

1. Vancomicina:

b) Espectro de ação:

- Age sobre microrganismos Gram-positivos, gonococos

e alguns anaeróbios;

- Especificamente indicada como opção de tratamento

de infecções estafilocócicas resistentes aos

betalactâmicos e demais antimicrobianos com

atividade antiestafilocócica.

Page 74: Uso de antibióticos em pediatria

GLICOPEPTÍDEOS

1. Vancomicina:

b) Indicação:

- As principais indicações são infecções estafilocócicas

graves em pacientes alérgicos a penicilinas e

cefalosporinas, e infecções causadas por estafilococos

resistentes a drogas antiestafilocócicas existentes.

Portanto, infecções pneumônicas, osteomielites,

septicemias, celulites, abcessos, meningoencefalites e

endocardites estafilocócicas são as mais preconizadas.

Page 75: Uso de antibióticos em pediatria

GLICOPEPTÍDEOS

1. Vancomicina:

b) Indicação:

- Em doentes com endocardites estafilocócicas com

próteses intracardíacas, em endocardites por S.

viridans ou outras doenças de evolução bastante

grave recomenda-se a associação de vancomicina

com rifampicina e aminoglicosídeos.

Page 76: Uso de antibióticos em pediatria

GLICOPEPTÍDEOS

1. Vancomicina:

b) Indicação:

- Em pacientes granulocitopênicos febris, recomenda-se

a vancomicina em associação com cefalosporinas

antipseudômonas e aminoglicosídeos.

OBS: não atinge concentração no líquor em pct sem

meningite.

Page 77: Uso de antibióticos em pediatria

GLICOPEPTÍDEOS

1. Vancomicina:

b) Dose:

- 30-40 mg/kg/dia, fracionada de 6/6 horas, durante 14 a 21 dias,

IV, diluida em 50-100ml SF ou SG5%, gotejando por 1h;

- RN dose máxima é de 30 mg/kg/dia, de 12/12 horas, IV;

- Nas meningoencefalites, em crianças maiores, pode-se atingir a

dose de 60 mg/kg.

OBS: a administração conjunta de hidrocortisona ajuda a reduzir

os efeitos colaterais sistêmicos e locais.

Contra-indicada em hepatopatas.

Page 78: Uso de antibióticos em pediatria

GLICOPEPTÍDEOS

1. Vancomicina:

b) Efeitos colaterais:

- IM produz irritação e dor no local da aplicação;

- Não se deve infundi-la rapidamente, pois pode provocar febre,

calafrios e sensação de formigamento;

- Sínd. do homem (ou pescoço) vermelho: surgimento de prurido,

eritema, congestão e angioedema do pescoço e tórax e,

raramente, choque;

- Os efeitos mais importantes são a nefro e a ototoxicidade, que

podem levar à insuficiência renal e à surdez permanente

Page 79: Uso de antibióticos em pediatria

Eritema no dorso do paciente.

Máculas na perna.

Page 80: Uso de antibióticos em pediatria

GLICOPEPTÍDEOS

1. Teicoplamina:

b) Espectro de ação:

- Mesmo espectro de ação da vancomicina;

- É mais ativas que a vancomicina contra S. faecalis e

C. difficile.

Page 81: Uso de antibióticos em pediatria

GLICOPEPTÍDEOS

1. Teicoplamina:

b) Indicação:

- São as mesmas indicações da vancomicina, exceto nas

infecções meníngeas, onde a teicoplanina não é

indicada por não atravessar a barreira

hematoencefálica.

Page 82: Uso de antibióticos em pediatria

GLICOPEPTÍDEOS

1. Teicoplamina:

b) Dose:

- >12 anos: dose inicial de 12 mg/kg/dia IV 12/12 h, por 2-4 dias, e

manutenção 6 mg/kg 24/24 h, IM ou IV;

- <12anos e RN: dose inicial 10 mg/kg 12/12 h, por 2-4 dias, e

manutenção de 6-10 mg/kg, 1x/dia;

- Em crianças granulocitopênicas, manutenção com 12 mg/kg/dia;

- Endocardites estafilocócicas: dose inicial 18 mg/kg/dia 12/12 h,

manutenção 12 mg/kg/dia 12/12 h, pode associar a

rifampicina.

Page 83: Uso de antibióticos em pediatria

GLICOPEPTÍDEOS

1. Teicoplamina:

b) Efeitos adverso:

- Menos tóxica que a vancomicina;

- Raras: de leucopenia transitória, febre, prurido,

erupção maculopapular transitória;

Page 84: Uso de antibióticos em pediatria

TETRACICLINAS

Page 85: Uso de antibióticos em pediatria

TETRACICLINAS

Introdução:

- ATB de largo espectro;

- Na prática terapêutica, utilizam-se as tetraciclinas convencionais de curta duração (tetraciclina, oxitetraciclinas) e as tetraciclinas de longa duração (doxiciclina, minociclina);

- Bacteriostáticos.

Page 86: Uso de antibióticos em pediatria

TETRACICLINAS

Indicações:- Na terapêutica das riquetsioses e nas infecções

por Mycoplasma pneumoniae em adultos. São usadas nas infecções por Chlamydia (psitacose, linfogranuloma venéreo, tracoma).

- As tetraciclinas em geral, especialmente a doxiciclina e a minociclina, têm sido utilizadas no tratamento da acne, pois apresentam ótima ação sobre Corynebacterium acnes.

Page 87: Uso de antibióticos em pediatria

TETRACICLINAS

Dose:- Em maiores 8 anos;

- As tetraciclinas, as clortetraciclinas e as oxitetraciclinas:) 20-40 mg/kg/dia 6/6h, VO.

- Doxiciclina: 4 mg/kg no primeiro dia, e, a seguir de 2 mg/kg em dose única, VO.

Page 88: Uso de antibióticos em pediatria

TETRACICLINAS

Efeitos Colaterais:- Reações gastrintestinais (até 10% dos pacientes);

- Reações cutâneas de hipersensibilidade, como lesões eritematosas e maculopapalares e fotossensibilidade;

- É desaconselhável o uso em crianças menores de 8 anos por provocar escurecimentos nos dentes, podendo ser associado à hipoplasia do esmalte.

Page 89: Uso de antibióticos em pediatria

QUINOLONAS

Page 90: Uso de antibióticos em pediatria

QUINOLONAS

Introdução:- Ação contra bactérias Gram -;

- As únicas quinolonas disponíveis no Brasil em apresentações para uso pediátrico, são o ácido nalidíxico e o ácido pipemídico;

- Possuem ação bactericida;

- Ativas contra enterobactérias, neissérias (gonococo e meningococo) e hemófilos, excetuando as 1ªg, Pseudomonas aeruginosa.

Page 91: Uso de antibióticos em pediatria

QUINOLONAS

Potenciais Indicações:- Infecções recorrentes ou crônicas por Pseudomonas

aeruginosa → Cipro- ITU por germes multirresistentes → Norfloxacino;- Otite média crônica supurativa >6sem, provável P.

aeruginosa- Infec. SNC, como ventriculites e meningites por bacilos

Gram-;- Imunocomprometidos granulocitopênicos;- Infec neonatal, nas situações de falência terapêutica

em infecções graves por bacilos Gram-; - Infecções gastrintestinais por cepas multirresistentes.

Page 92: Uso de antibióticos em pediatria

QUINOLONAS

Efeitos Colaterais:- Trato gastrintestinal: náuseas, vômitos, diarréia e dor

abdominal;

- Trato urinário: disúria, nefrite intersticial, cristalúria e aumento da creatinina sérica;

- Trato cardiovascular: taquicardia, hipotensão;

- Pele: fotossensibilidade, rash cutâneo, urticária;

- SNC: sonolência, ansiedade, convulsões;

- Alterações hepáticas: aumento de transaminases.

Page 93: Uso de antibióticos em pediatria

QUINOLONAS

Doses:

- Ácido nalidíxico, na dose de 30 a 50 mg/kg/dia, a cada 6 horas.

- Ácido pipemídico, na dose de 15 a 40 mg/kg/dia, a cada 12 horas.

- Ciprofloxacina, na dose de 20 a 30 mg/kg/dia, a cada 12 horas.

Page 94: Uso de antibióticos em pediatria

SULFONAMIDAS

Page 95: Uso de antibióticos em pediatria

SULFONAMIDAS

Introdução:

- Interferem na síntese de ácidos nucléicos dos microrganismos, dependente da biossíntese do ácido folínico a partir do ácido fólico;

- Efeito bacteriostático, e em alguns casos, efeito bactericida;

Page 96: Uso de antibióticos em pediatria

SULFONAMIDAS

Pirimetamina:

- Indicada na toxoplamose e infecções pelo Plasmódio;

- Atravessa a barreira hematoencefálica;

- Devido à sua ação no metabolismo do ácido folínico, pode causar efeito tóxico medular,se manifestando como anemia megaloblástica.

Page 97: Uso de antibióticos em pediatria

SULFONAMIDAS

Sulfadiazina:- Ação curta;

- Em associação a pirimetamina para tto da toxoplasmose;

- Esquema:sulfadiazina 80-130 mg/Kg/dia 2x/dia pirimetamina 1-2 mg/Kg/dia 1 a 2 doses dia

ácido folínico 1 mg/Kg/dia, 3x/semana.

Page 98: Uso de antibióticos em pediatria

SULFONAMIDAS

Co-trimoxazol (sulfametoxazol+trimetoprim):

- Infecções bacterianas, protozooses e micoses; - Ativa contra bactérias Gram+ e Gram-, ação sobre

os anaeróbios é pobre;- Primeira linha no tto de infecções leves a

moderadas de vias aéreas superiores, como otites agudas e sinusites;

- Não deve ser usada no tratamento da amigdalite bacteriana, descritas freqüentes falhas na erradicação do Streptococos pyogenes.

Page 99: Uso de antibióticos em pediatria

SULFONAMIDAS

Co-trimoxazol (sulfametoxazol+trimetoprim):

- Droga alternativa para pacientes alérgicos aos beta lactâmicos, apresentando atividade contra Haemoplilus influenzae e pneumococos;

- A dose: 10mg/Kg/dia de trimetoprim40 a 50mg/Kg/dia de sulfametoxazol.

Page 100: Uso de antibióticos em pediatria

SULFONAMIDAS

Co-trimoxazol (sulfametoxazol+trimetoprim):

- Droga alternativa para pacientes alérgicos aos beta lactâmicos, apresentando atividade contra Haemoplilus influenzae e pneumococos;

- A dose: 10mg/Kg/dia de trimetoprim40 a 50mg/Kg/dia de sulfametoxazol.

Page 101: Uso de antibióticos em pediatria

LICOSAMINAS CLINDAMICINA

Page 102: Uso de antibióticos em pediatria

LICOSAMINA /CLINDAMICINA

Introdução

- Espectro e mecanismo de ação similares aos macrolídeos;

- Importante no tto de infecções intra-abdominais e pélvicas por bactérias anaeróbicas, constituindo-se também uma alternativa para pacientes alérgicos à penicilina;

- Ação geralmente é bacteriostática.

Page 103: Uso de antibióticos em pediatria

LICOSAMINA /CLINDAMICINA

Clindamicina

- Ativa contra anaeróbios e Gram+;- Alternativa terapêutica:

Infecções por B. fragillis: é a segunda droga de escolha no tto de infecções gastrintestinais por este germe, após o metronidazol;Alternativa terapêutica em pacientes alérgicos a penicilina e cefalosporinas;OsteomielitePneumonia aspirativa grave ou abscesso pulmonar

Page 104: Uso de antibióticos em pediatria

LICOSAMINA /CLINDAMICINA

Via e doses usuais:

a. Oral: 10-30mg/kg/dia (palmitato) a cada 6-8 horas. Em infecções mais graves: 30-40mg/kg/dia, 6h/6h.

b. Parenteral: >1mês: 20-40 mg/kg/dia (fosfato) a cada 6-8h.

Em neonatos: 0-7 dias com <2kg - 10mg/kg/dia de 12/12h. 0-7 dias com >2kg - 15mg/kg/dia de 8/8h 8-30 dias com <2kg - 15mg/kg/dia de 8/8h 8-30 dias com >2kg - 20mg/kg/dia de 6/6h

Page 105: Uso de antibióticos em pediatria

METRONIDAZOL

Page 106: Uso de antibióticos em pediatria

METRONIDAZOL Anaeróbios gram-negativos (incluindo

Bacteroides) e muitas espécies de clostridium;

Também ativo contra vários protozoários e parasitas: Trichomonas vaginalis, Giardia lamblia e Entamoeba histolytica;

Metronidazol oral é o tratamento preferido para colite pseudomembranosa

Page 107: Uso de antibióticos em pediatria

METRONIDAZOL É o único antibiótico que não pode ser

administrado com alcool (nem ritonavir –tem alcool na dissolução);

Não deve ser usado na lactação;

Tinidazol é derivado 16 vezes mais potente contra Trichomonas vaginalis

Dose: 20-30mg/kg/dose 2-3x/dia(máx 400mg) EV/VO;Amebíase: 35-50mg/kg/dia 5-10 dias

Page 108: Uso de antibióticos em pediatria

QUESTÕES

Page 109: Uso de antibióticos em pediatria

1) Criança de 2 anos é internada por quadro de PNM bilateral

grave com hemoculturas positivas para S. pneumoniae. O

antibiograma revelou sensibilidade para todos os ATB testados,

incluindo a penicilina, a oxacilina e a vancomicina. Pela

gravidade da infecção, a melhor opção é:

•Vancomicina

•Penicilina

•Vancomicina + penicilina ou Vancomicina + oxacilina

•Vancomicina + penicilina + oxacilina

•Vancomicina, utilizando o dobro da dose usual

Page 110: Uso de antibióticos em pediatria

1) Criança de 2 anos é internada por quadro de PNM bilateral

grave com hemoculturas positivas para S. pneumoniae. O

antibiograma revelou sensibilidade para todos os ATB testados,

incluindo a penicilina, a oxacilina e a vancomicina. Pela

gravidade da infecção, a melhor opção é:

•Vancomicina

•Penicilina

•Vancomicina + penicilina ou Vancomicina + oxacilina

•Vancomicina + penicilina + oxacilina

•Vancomicina, utilizando o dobro da dose usual

Page 111: Uso de antibióticos em pediatria

(UFRJ 2004)

2) RN com peso de nascimentode1500g,Ballard =30s. Nasceu de

parto vaginal,com tempo de bolsa rota de 48h. Na vigência de de

sinais clínicos e laboratoriais de sepse neonatal precoce, o

melhor esquema de antibiótico inicial a ser usado é:

d)Cefepime + Amicacina

e)Oxacilina + Cefotaxime

f)Ampicilina + Gentamicina

g)Vancomicina + Penicilina cristalina

Page 112: Uso de antibióticos em pediatria

(UFRJ 2004)

2) RN com peso de nascimentode1500g,Ballard =30s. Nasceu de

parto vaginal,com tempo de bolsa rota de 48h. Na vigência de de

sinais clínicos e laboratoriais de sepse neonatal precoce, o

melhor esquema de antibiótico inicial a ser usado é:

•Cefepime + Amicacina

•Oxacilina + Cefotaxime

•Ampicilina + Gentamicina

•Vancomicina + Penicilina cristalina

Page 113: Uso de antibióticos em pediatria

FIM!