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 Antigüidade Oriental Esse tema comumente é tratado dentro do chamado Modo de Produção Asiátic o. Falar em Modo de Produção é um tanto abstrato e conceitual, mas, na realidade, quando entendemos que Modo de Produção é a forma pela qual uma sociedade organiza seu modo de vida, com certeza torna-se mais fcil nos prendermos ao assunto! "em d#vida, ao iniciarmos o tema o primeiro interesse despertad o é em relação $ uma série de mitos em torno dessas primeiras civilizaç%es que se formaram na &ist'ria! Porém, devemos levar em consideração que um dos papéis da &ist'ria é (ustamente o de destruir os mitos -- pois, muitas vezes nos dei)amos seduzir por determinados mitos que nos impedem de realmente v*-la! E)iste uma grande preocupação do estudante no sentido de +como estudar+ e +como compreender+ as vrias civilizaç%es antigas do riente Pr')imo, nos vrios perodos de sua hist'ria! . necessrio não se apegar a detalhes - muitas vezes curiosos e interessantes - e procurar entender a ess*ncia dessas civilizaç%es dentro de uma regra geral/ O Modo de Produção Asiático, e a partir de então estudar algumas e)ceç%es ou  peculiaridades! As características gerais do Modo de Produção Asiático/ 0uando falamos que a produção econ1mica dessas civilizaç%es é predominantement e agrria, que a sociedade é estratificada e estamental, que predomina a teocracia enquanto forma de dominação poltica e que a religião é politesta, não podemos entender essas vrias realidades como partes estanques e desligadas umas das outras! Muito pelo contrrio, em razão de um Estado testa, forte, desp'tico e centralizado, toda a comunidade era levada a obedecer a esses grandes deuses que a governava! 2 situação a que esses grupos eram reduzidos, vivenciando a mais plena condição de ignor3ncia, fazia-os acredit ar que esse grande deus controlava, inclusive, os destinos da pr'pria 4atureza! 5essa forma, vimos nesse momento também a criação de mecanismos de dominação ideol'gica, além de uma mera preocupação com o controle sobre a  4atureza! Portanto, para n's o est udo sobre construç ão de pir3mides , zigurates, mu mificação, tbu as e c'digos de leis escritas apenas ganham sentido quando vistos dentro dessa perspectiva! As principais exceções/ 2 Civilização Fenícia foi uma grande e)ceção na 2ntig6ida de/ cupando uma estreita fai)a de terra do litoral do mediterr3neo até as montanhas do 7bano, o povo fencio dividiu-se politicamente, fazendo com que suas cidades possussem autonomia poltica umas frente $s outra, como cidades-Estado, não havendo portanto um Estado centralizado! 2 econ omia baseava-se no comércio, principalmente martim o,  pelo Mediterr3 neo, alcançando a Pen nsula 8bérica e possibilitando a formação de um a camada enri quecida, responsvel pelo controle poltico da cidade! Por essa razão podemos afirmar que na Fencia, como também em 9reta, houve uma alassocracia :governo +daqueles que v*m do mar+;! Em tese havia mobilidade social, pois um mercador poderia enriquecer e então passar a ter direitos polticos, o que na prtica era muito difcil! 5estaca-se a criação do primeiro alfabeto fonético e grande desenvolvimento da arte nutica, tanto em termos de construção como em termos de navegação!  4o !gito, apesar de ser considerado o modelo clssico do modo de produção asitico, encontramos um momento importante de e)ceção/ Em <=>> a!9! o fara' 2men'fis 8? implementou o culto monotesta a 2@ 4, representado pelo disco solar! Fara' e)ecutou violenta repressão aos sacerdotes, tomou terras e fechou templos, com o intuito de eliminar a grande influ*ncia do sacerd'cio sobre o povo e sobre as relaç%es s'cio econ1micas! 4a Mesopot"#ia  a principal e)ceção foi o povo assrio, originrio da região norte, montanhosa e pouco fértil, dependendo, portanto, da caça e posteriormente da guerra para sobreviverem! "ua e)pansão foi responsvel pelo domnio sobre toda região sul e pela construção de um grande 8mpério! O $#p%rio Persa começou sua e)pansão ap's a unificação com os Medos, em AAA a!9!, liderada por 9iro! 2 re ligião oficial era dualista, criada por Boroastro, que supunha uma eterna luta entre o deus do bem e o deus do mal! 4o entanto, os persas foram bastante tolerantes do ponto de vista cultural e religioso com os povos dominados! povo &e'reu caracteriza-se principalmente por ter sido o #nico povo monotesta da 2ntig6idade ! "ua hist'ria é conhecida principalmente através do 2ntigo @e stamento, que não é apenas uma obra religiosa, mas que trata de aspectos variados de sua hist'ria, como a import3ncia de patriarcas e (uizes, assim como das técnicas utilizadas na agricultura! E)istem tr*s momentos importantes que devem ser destacados/ C)odo, o 9isma e a grande 5ispora do século 88!

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Antigidade Oriental

Antigidade Oriental

Esse tema comumente tratado dentro do chamado Modo de Produo Asitico.

Falar em Modo de Produo um tanto abstrato e conceitual, mas, na realidade, quando entendemos que Modo de Produo a forma pela qual uma sociedade organiza seu modo de vida, com certeza torna-se mais fcil nos prendermos ao assunto.

Sem dvida, ao iniciarmos o tema o primeiro interesse despertado em relao uma srie de mitos em torno dessas primeiras civilizaes que se formaram na Histria. Porm, devemos levar em considerao que um dos papis da Histria justamente o de destruir os mitos -- pois, muitas vezes nos deixamos seduzir por determinados mitos que nos impedem de realmente v-la.

Existe uma grande preocupao do estudante no sentido de "como estudar" e "como compreender" as vrias civilizaes antigas do Oriente Prximo, nos vrios perodos de sua histria. necessrio no se apegar a detalhes - muitas vezes curiosos e interessantes - e procurar entender a essncia dessas civilizaes dentro de uma regra geral: O Modo de Produo Asitico, e a partir de ento estudar algumas excees ou peculiaridades.

As caractersticas gerais do Modo de Produo Asitico:

Quando falamos que a produo econmica dessas civilizaes predominantemente agrria, que a sociedade estratificada e estamental, que predomina a teocracia enquanto forma de dominao poltica e que a religio politesta, no podemos entender essas vrias realidades como partes estanques e desligadas umas das outras. Muito pelo contrrio, em razo de um Estado testa, forte, desptico e centralizado, toda a comunidade era levada a obedecer a esses grandes deuses que a governava. A situao a que esses grupos eram reduzidos, vivenciando a mais plena condio de ignorncia, fazia-os acreditar que esse grande deus controlava, inclusive, os destinos da prpria Natureza. Dessa forma, vimos nesse momento tambm a criao de mecanismos de dominao ideolgica, alm de uma mera preocupao com o controle sobre a Natureza. Portanto, para ns o estudo sobre construo de pirmides, zigurates, mumificao, tbuas e cdigos de leis escritas apenas ganham sentido quando vistos dentro dessa perspectiva.

As principais excees:

A Civilizao Fencia foi uma grande exceo na Antigidade: Ocupando uma estreita faixa de terra do litoral do mediterrneo at as montanhas do Lbano, o povo fencio dividiu-se politicamente, fazendo com que suas cidades possussem autonomia poltica umas frente s outra, como cidades-Estado, no havendo portanto um Estado centralizado. A economia baseava-se no comrcio, principalmente martimo, pelo Mediterrneo, alcanando a Pennsula Ibrica e possibilitando a formao de uma camada enriquecida, responsvel pelo controle poltico da cidade. Por essa razo podemos afirmar que na Fencia, como tambm em Creta, houve uma Talassocracia (governo "daqueles que vm do mar"). Em tese havia mobilidade social, pois um mercador poderia enriquecer e ento passar a ter direitos polticos, o que na prtica era muito difcil. Destaca-se a criao do primeiro alfabeto fontico e grande desenvolvimento da arte nutica, tanto em termos de construo como em termos de navegao.

No Egito, apesar de ser considerado o modelo clssico do modo de produo asitico, encontramos um momento importante de exceo: Em 1377 a.C. o fara Amenfis IV implementou o culto monotesta a ATON, representado pelo disco solar. O Fara executou violenta represso aos sacerdotes, tomou terras e fechou templos, com o intuito de eliminar a grande influncia do sacerdcio sobre o povo e sobre as relaes scio econmicas. Na Mesopotmia a principal exceo foi o povo assrio, originrio da regio norte, montanhosa e pouco frtil, dependendo, portanto, da caa e posteriormente da guerra para sobreviverem. Sua expanso foi responsvel pelo domnio sobre toda regio sul e pela construo de um grande Imprio.

O Imprio Persa comeou sua expanso aps a unificao com os Medos, em 555 a.C., liderada por Ciro. A religio oficial era dualista, criada por Zoroastro, que supunha uma eterna luta entre o deus do bem e o deus do mal. No entanto, os persas foram bastante tolerantes do ponto de vista cultural e religioso com os povos dominados.

O povo Hebreu caracteriza-se principalmente por ter sido o nico povo monotesta da Antigidade. Sua histria conhecida principalmente atravs do Antigo Testamento, que no apenas uma obra religiosa, mas que trata de aspectos variados de sua histria, como a importncia de patriarcas e juizes, assim como das tcnicas utilizadas na agricultura. Existem trs momentos importantes que devem ser destacados: O xodo, o Cisma e a grande Dispora do sculo II.

Egito Antigo

Religio politesta, Economia, Sociedade, pirmides, faras, cultura e cincia dos egpcios, escrita hieroglfica, Rio Nilo, histria da frica, desenvolvimento cientfico, cultura e arte

Pirmides de Giz

A civilizao egpcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C (unificao do norte e sul) a 32 a.c (domnio romano). Como a regio era desrtica, o rio Nilo ganhou uma extrema importncia para os egpcios. O rio era utilizado como via de transporte (atravs de barcos) de mercadorias e pessoas. As guas do rio Nilo tambm eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas pocas de cheias, favorecendo a agricultura.

A sociedade egpcia estava dividida em vrias camadas, sendo que o fara era a autoridade mxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsveis pela escrita) tambm ganharam importncia na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesos e pequenos comerciantes. Os escravos tambm compunham a sociedade egpcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras.Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas gua e comida.

A economia egpcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens frteis do rio Nilo. Os egpcios tambm praticavam o comrcio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo fara para prestarem algum tipo de trabalho em obras pblicas (canais de irrigao, pirmides, templos, diques).

A religio egpcia era repleta de mitos e crenas interessantes. Acreditavam na existncia de vrios deuses (muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte de animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas. As oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muito realizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores, deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas e momentos da vida. Cada cidade possua deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.Como acreditavam na vida aps a morte, mumificavam os cadveres dos faras colocando-os em pirmides, com o objetivo de preservar o corpo para a vida seguinte. Esta seria definida, segundo crenas egpcias, pelo deus Osris em seu tribunal de julgamento. O corao era pesado pelo deus da morte, que mandava para uma vida na escurido aqueles cujo rgo estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para uma outra vida boa aqueles de corao leve. Muitos animais tambm eram considerados sagrados pelos egpcios, de acordo com as caractersticas que apresentavam : chacal (esperteza noturna), gato (agilidade), carneiro (reproduo), jacar (agilidade nos rios e pntanos), serpente (poder de ataque), guia (capacidade de voar), escaravelho (ligado a ressurreio).

A escrita egpcia tambm foi algo importante para este povo, pois permitiu a divulgao de idias, comunicao e controle de impostos. Existiam duas formas de escrita: a demtica (mais simplificada) e a hieroglfica (mais complexa e formada por desenhos e smbolos). As paredes internas das pirmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do fara, rezas e mensagens para espantar possveis saqueadores. Uma espcie de papel chamada papiro que era produzida a partir de uma planta de mesmo nome tambm era utilizado para escrever.

A civilizao egpcia destacou-se muito nas reas de cincias. Desenvolveram conhecimentos importantes na rea da matemtica, usados na construo de pirmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificao, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.

MesopotmiaHistria da Mesopotmia, Povos Mesopotmicos, Assrios, Babilnios, Sumrios, Babilnia, Cdigo de Hamurabi, Escrita Cuneiforme, Zigurate, Jardins Suspensos da Babilnia, Torre de Babel, economia, arquitetura, arte, administrao

Modelo de um Zigurate

A palavra mesopotmia tem origem grega e significa " terra entre rios". Essa regio localiza-se entre os rios Tigre e Eufrates no Oriente Mdio, onde atualmente o Iraque. Esta civilizao considerada uma das mais antigas da histria. Vrios povos antigos habitaram essa regio entre os sculos V e I a.C. Entre estes povos, podemos destacar : babilnicos, assrios, sumrios, caldeus, amoritas e acdios. Vale dizer que os povos da antiguidade buscavam regies frteis, prximas a rios, para desenvolverem suas comunidades. Dentro desta perspectiva, a regio da mesopotmia era uma excelente opo, pois garantia a populao: gua para consumo, rios para pescar e via de transporte pelos rios. Outro benefcio oferecido pelos rios eram as cheias que fertilizavam as margens, garantindo um timo local para a agricultura.No geral, eram povos politestas, pois acreditavam em vrios deuses ligados natureza. No que se refere poltica, tinham uma forma de organizao baseada na centralizao de poder, onde apenas uma pessoa ( imperador ou rei ) comandava tudo. A economia destes povos era baseada na agricultura e no comrcio nmade de caravanas.

SumriosEste povo destacou-se na construo de um complexo sistema de controle da gua dos rios. Construram canais de irrigao, barragens e diques. A armazenagem da gua era de fundamental importncia para a sobrevivncia das comunidades. Uma grande contribuio dos sumrios foi o desenvolvimento da escrita cuneiforme, por volta de 4000 a.C. Usavam placas de barro, onde cunhavam esta escrita. Muito do que sabemos hoje sobre este perodo da histria, devemos as placas de argila com registros cotidianos, administrativos, econmicos e polticos da poca.Os sumrios, excelentes arquitetos e construtores, desenvolveram os zigurates. Estas construes eram em formato de pirmides e serviam como locais de armazenagem de produtos agrcolas e tambm como templos religiosos. Construram vrias cidades importantes como, por exemplo: Ur, Nipur, Lagash e Eridu.

Placa de argila com escrita cuneiforme

BabilniosEste povo construiu suas cidades nas margens do rio Eufrates. Foram responsveis por um dos primeiros cdigos de leis que temos conhecimento. Baseando-se nas Leis de Talio ( " olho por olho, dente por dente " ), o imperador de legislador Hamurabi desenvolveu um conjunto de leis para poder organizar e controlar a sociedade. De acordo com o Cdigo de Hamurabi, todo criminoso deveria ser punido de uma forma proporcional ao delito cometido.Os babilnios tambm desenvolveram um rico e preciso calendrio, cujo objetivo principal era conhecer mais sobre as cheias do rio Eufrates e tambm obter melhores condies para o desenvolvimento da agricultura. Excelentes observadores dos astros e com grande conhecimento de astronomia, desenvolveram um preciso relgio de sol.Alm de Hamurabi, um outro imperador que se tornou conhecido por sua administrao foi Nabucodonosor, responsvel pela construo dos Jardins suspensos da Babilnia ( que fez para satisfazer sua esposa) e a Torre de Babel. Sob seu comando, os babilnios chegaram a conquistar o povo hebreu e a cidade de Jerusalm.

AssriosEste povo destacou-se pela organizao e desenvolvimento de uma cultura militar. Encaravam a guerra como uma das principais formas de conquistar poder e desenvolver a sociedade. Eram extremamente cruis com os povos inimigos que conquistavam. Impunham aos vencidos, castigos e crueldades como uma forma de manter respeito e espalhar o medo entre os outros povos. Com estas atitudes, tiveram que enfrentar uma srie de revoltas populares nas regies que conquistavam.

Hebreus, Persas e FenciosA histria dos hebreus , Histria dos Persas e Histria dos Fencios, Religio hebraica (judasmo), religio e cultura dos persas e fencios, Zoroastrismo, economia e poltica.

Povo hebreuA Bblia a referncia para entendermos a histria deste povo. De acordo com as escrituras sagradas, por volta de 1800 AC, Abrao recebeu uma sinal de Deus para abandonar o politesmo e para viver em Cana ( atual Palestina). Isaque, filho de Abrao, tem um filho chamado Jac. Este luta , num certo dia, com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para Israel.

Os doze filhos de Jac do origem as doze tribos que formavam o povo hebreu. Por volta de 1700 aC, o povo hebreu migra para o Egito, porm so escravizados pelos faras por aproximadamente 400 anos. A libertao do povo hebreu ocorreu por volta de 1300 AC. A fuga do Egito foi comandada por Moiss, que recebeu as tbuas dos Dez Mandamentos no monte Sinai. Durante 40 anos ficaram peregrinando pelo deserto, at receberem um sinal de Deus para voltarem para a terra prometida, Cana.

Moiss recebendo as tbuas dos Dez Mandamentos

Jerusalm transformada num centro religioso pelo rei Davi. Aps o reinado de Salomo, filho de Davi, as tribos dividem-se em dois reinos : Reino de Israel e Reino de Jud. Neste momento de separao, aparece a crena da vinda de um messias que iria juntar o povo de Israel e restaurar o poder de Deus sobre o mundo.Em 721 comea a dispora judaica com a invaso babilnica. O imperador da Babilnia, aps invadir o reino de Israel, destri o templo de Jerusalm e deporta grande parte da populao judaica.

No sculo I, os romanos invadem a Palestina e destroem o templo de Jerusalm. No sculo seguinte, destroem a cidade de Jerusalm, provocando a segunda dispora judaica. Aps estes episdios, os hebreus espalham-se pelo mundo, mantendo a cultura e a religio. Em 1948, o povo hebreu retoma o carter de unidade aps a criao do estado de Israel.

PersasOs persas, importante povo da antiguidade oriental, ocuparam a regio da Prsia ( atual Ir ). Este povo dedicou-se muito ao comrcio, fazendo desta atividade sua principal fonte econmica. A poltica era toda dominada e feita pelo imperador, soberano absoluto que mandava em tudo e em todos. O rei era considerado um deus, desta forma, o poder era de direito divino.

Ciro, o grande, foi o mais importante imperador dos medos e persas. Durante seu governo ( 560 a.C - 529 a.C ), os persas conquistaram vrios territrios, quase sempre atravs de guerras. Em 539 a.C, conquistou a Babilnia, levando o imprio de Helesponto at as fronteiras da ndia.

Ciro, o grande : imperador Persa

A religio persa era dualista e tinha o nome de Zoroastrismo ou Masdesmo, criada em homenagem a Zoroastro ou Zaratrusta, o profeta e lder espiritual criador da religio.

FenciosA civilizao fencia desenvolveu-se na Fencia, territrio do atual Lbano. No aspecto econmico, este povo dedicou-se e obteve muito sucesso no comrcio martimo. Mantinha contatos comerciais com vrios povos da regio do Oriente. As cidades fencias que mais de desenvolveram na antiguidade foram Biblos, Tiro e Sidon.

relevo de um barco fencio

A religio fencia era politesta e antropomrfica, sendo que cada cidade possua seu deus ( baal = senhor ). Acreditavam que atravs do sacrifcio de animais e de seres humanos podiam diminuir a ira dos deuses. Por isso, praticavam esses rituais com certa freqncia, principalmente antes de momentos importantes.

Reflexo acerca do tema

Enquanto Egito e Mesopotmia colocam-se como grandes imprios que se fundam na Antigidade, tendemos a nos esquecer de outros povos que hoje, talvez, suas permanncias sejam muito mais presentes na nossa prpria vida. A Fencia, cujo territrio hoje corresponde ao Lbano, deixou-nos o alfabeto fontico, criado por volta do ano 1.000 a.C., como grande herana. A importncia desse alfabeto reside justamente no fato de se constituir na base dos alfabetos grego e, posteriormente, o latino. Outro fato que convm lembrarmos que no se trata apenas de um alfabeto, mas de idioma possvel de ser aprendido e pronunciado por outros povos.

O perodo de apogeu dos fencios, povo descendente dos cananeus, foi entre 1.200 a.C. at 800 a C., quando fundaram vrias cidades-Estado, entre as quais Arad, Biblos, Ugarit, Sidon e Tiro esta, muito citada no Antigo Testamento da Bblia. Aps esse perodo entraram em declnio e no sculo VI a.C. caram sob domnio dos persas. Notabilizaram-se pela produo de um artesanato de luxo - jias, estatuetas, caixas de marfim etc. - vinculado ao seu comrcio, alis, sua principal atividade econmica.O ltimo baluarte fencio, Cartago, caiu sob o domnio de Roma, vitoriosa nas Guerras Pnicas.

Outro povo ainda presente nos dias atuais, so os hebreus (judeus ou israelitas). No h como ignorarmos todo o atual conflito no Oriente e no qual o Estado de Israel est diretamente envolvido. Israel o primeiro nome dado ao Estado fundado por volta do sculo XII a.C., pelos hebreus, povo de origem semita. O termo significa provavelmente "aquele que lutou com Deus", em clara referncia ao ancestral Jac. A histria desse povo assinalada por uma srie, quase que infindvel, de conflitos e divises internas, alm das vrias anexaes pelas quais passaram ao longo do tempo. Porm, o que nos chama a ateno a presena de uma religio monotesta que sempre manteve a unidade poltica desse povo e, atualmente, se coloca como um dos fatores que envolvem o conflito com os demais povos da Palestina e Oriente. Tambm pertinente lembrarmos que a ortodoxia na religio hebraica e a insistncia na criao de um Estado para os hebreus so causas de divisionismos internos, haja vista, a polmica entre os hebreus a partir do movimento sionista iniciado em 1897 por Theodor Herzl que redundou na criao do Estado de Israel em 1948.

A Prsia antiga uma das civilizaes de carter marcadamente militarista. Geralmente, atribumos essa caracterstica aos assrios, como se esses fossem os nicos a usar da guerra como meio de constituir um imprio. Considerando a histria desse povo, desde o incio ela se constri via conquistas militares. Ciro, Aquemnida, um dos grandes exemplos dessa perspectiva militarista, ao unificar o Planalto Iraniano com a conquista e anexao dos medos. testa do Estado, manteve essa poltica, ampliando os domnios do Imprio ao englobar a Ldia, a Babilnia, Fencia, Sria, Palestina e Oriente, criando fronteiras que iam at a ndia.

Alis, a dinastia Aquemnida marca-se pelo expansionismo e o prprio apogeu de sua histria identifica-se com o apogeu das conquistas militares. Sem dvida, um outro grande momento o reinado de Dario I que, aps reorganizar o exrcito, se lana sobre o Mundo Grego iniciando as Guerras Mdicas, responsveis pela decadncia persa, aps o Tratado de Susa. Se as conquistas militares so importantes, devemos acrescentar, tambm as reformas de Dario I, ao criar um sistema de estradas interligando o imprio, ao qual estava vinculado um correio que mantinha o imperador sempre bem informado; a arrecadao de impostos e a criao de uma moeda-padro cunhada a ouro, o drico. A sustentao de toda essa estrutura militar e da suntuosidade da corte acabaram tornando-se os responsveis pela derrocada do Imprio que, para mant-las, espoliava os povos vencidos e anexados que, obviamente, revoltavam-se no aceitando passivamente a dominao.