ANTIGUIDADE ORIENTAL -‐ LISTA DE EXERCÍCIOS

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http://historiaonline.com.br ANTIGUIDADE ORIENTAL LISTA DE EXERCÍCIOS Prof. Rodolfo 1. (Ufg 2013) Leia o fragmento a seguir. Tinha o desejo de saber por que o Nilo começa a encher no solstício de Verão. De acordo com a primeira explicação, são os ventos estivais que, desviando com seu sopro as águas do Nilo, impedeas de ir para o mar, ocasionando a cheia. A segunda versão é ainda mais absurda, embora encerre qualquer coisa de maravilhoso. Dizem que o oceano envolve toda a terra, e que o Nilo está sujeito a inundações porque vem do oceano. A terceira explicação é mais falsa. Com efeito, pretender que o Nilo provém de fontes de neve equivale a não dizer nada. Como poderia ser formado por fontes de neve se vem de um clima muito quente para um país igualmente tórrido? HERÓDOTO. História. Rio de Janeiro: Jackson Inc., 1964. p. 119120. (Adaptado). No fragmento apresentado, escrito por volta de 440 a.C., Heródoto expõe diferentes visões para explicar os motivos das cheias do rio Nilo, no Egito. A forma de exposição de Heródoto expressa uma característica da pólis grega, associada a) ao apego a modelos explicativos baseados no empirismo. b) à crença na interferência de elementos míticos sobre os eventos naturais. c) à especulação filosófica como forma de transformar a realidade. d) à relativização da verdade como meio para alcançar o conhecimento. e) ao exercício do diálogo constituído por distintas opiniões sobre os acontecimentos. 2. (Unesp 2013) [Na Mesopotâmia,] todos os bens produzidos pelos próprios palácios e templos não eram suficientes para seu sustento. Assim, outros rendimentos eram buscados na exploração da população das aldeias e das cidades. As formas de exploração eram principalmente duas: os impostos e os trabalhos forçados. (Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.) Entre os trabalhos forçados a que o texto se refere, podemos mencionar a a) internação de doentes e loucos em áreas rurais, onde deviam cuidar das plantações de algodão, cevada e sésamo. b) utilização de prisioneiros de guerra como artesãos ou pastores de grandes rebanhos de gado bovino e caprino. c) escravidão definitiva dos filhos mais velhos das famílias de camponeses, o que caracterizava o sistema econômico mesopotâmico como escravista. d) servidão por dívidas, que provocava a submissão total, pelo resto da vida, dos devedores aos credores. e) obrigação de prestar serviços, devida por toda a população livre, nas obras realizadas pelo rei, como templos ou muralhas. 3. (Ufrgs 2013) Durante o reinado de Hamurábi na Babilônia (1792 1750 a.C.), foi escrita uma relação de sentenças legais que, modernamente, é conhecida pelo nome de Código de Hamurábi. O objetivo da obra era a) estabelecer uma ordem constitucional para fundar o Estado imperial mesopotâmico. b) enaltecer a pessoa do rei, associandoa ao poder, à justiça e à sabedoria. c) proporcionar aos cidadãos do império um código legal universal e aplicável a todas as situações conflituosas. d) impor a lei do Talião como norma exclusiva para a ordem constitucional mesopotâmica. e) promover a igualdade jurídica entre todos os súditos do rei. 4. (Ufsm 2013) O mapa acima indica os diversos caminhos do povo hebreu na Antiguidade, destacando a migração de Ur para a Palestina (por volta de 1900 a.C.), a ida ao Egito (1700 a.C.), o Êxodo (1200 a.C.), a deportação para a Babilônia e o regresso à Palestina (século VI a.C.). A partir desses dados, podese inferir: a) O povo hebreu realizou trocas comerciais e culturais com o Egito e a Mesopotâmia, e essas trocas influíram na sua formação cultural e religiosa. b) Como se percebiam como “povo eleito por Deus”, os hebreus recusavam qualquer influência das culturas e das religiões dos povos do Oriente Médio. c) A força política e militar dos hebreus se impôs sobre os reinos do Oriente Médio, originando uma cultura e religião dominantes na região. d) As migrações dos povos da Antiguidade eram raras, devido às péssimas condições das estradas e à precariedade dos meios de transporte. e) As migrações de povos tornaramse possíveis com as facilidades criadas pelas sociedades estatais no Egito e Mesopotâmia. 5. (Uftm 2012) Leia os excertos da obra 100 textos de História Antiga, organizada por Jaime Pinsky, de 1980. Eu sou o rei que transcende entre os reis, Minhas palavras são escolhidas,

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                                                         Prof.  Rodolfo  

1.  (Ufg  2013)    Leia  o  fragmento  a  seguir.    Tinha  o  desejo  de  saber  por  que  o  Nilo  começa  a  encher  no  solstício  de  Verão.  De  acordo  com  a  primeira  explicação,  são  os  ventos  estivais  que,  desviando  com  seu  sopro  as  águas  do  Nilo,  impede-­‐as  de  ir  para  o  mar,  ocasionando  a  cheia.  A  segunda  versão  é  ainda  mais  absurda,  embora  encerre  qualquer  coisa  de  maravilhoso.  Dizem  que  o  oceano  envolve  toda  a  terra,  e  que  o  Nilo  está  sujeito  a  inundações  porque  vem  do  oceano.  A  terceira  explicação  é  mais  falsa.  Com  efeito,  pretender  que  o  Nilo  provém  de  fontes  de  neve  equivale  a  não  dizer  nada.  Como  poderia  ser  formado  por  fontes  de  neve  se  vem  de  um  clima  muito  quente  para  um  país  igualmente  tórrido?    HERÓDOTO.  História.  Rio  de  Janeiro:  Jackson  Inc.,  1964.  p.  

119-­‐120.  (Adaptado).    No  fragmento  apresentado,  escrito  por  volta  de  440  a.C.,  Heródoto  expõe  diferentes  visões  para  explicar  os  motivos  das  cheias  do  rio  Nilo,  no  Egito.  A  forma  de  exposição  de  Heródoto  expressa  uma  característica  da  pólis  grega,  associada    a)  ao  apego  a  modelos  explicativos  baseados  no  empirismo.        b)  à  crença  na  interferência  de  elementos  míticos  sobre  os  

eventos  naturais.        c)  à  especulação  filosófica  como  forma  de  transformar  a  

realidade.        d)  à  relativização  da  verdade  como  meio  para  alcançar  o  

conhecimento.        e)  ao  exercício  do  diálogo  constituído  por  distintas  opiniões  

sobre  os  acontecimentos.              2.  (Unesp  2013)    [Na  Mesopotâmia,]  todos  os  bens  produzidos  pelos  próprios  palácios  e  templos  não  eram  suficientes  para  seu  sustento.  Assim,  outros  rendimentos  eram  buscados  na  exploração  da  população  das  aldeias  e  das  cidades.  As  formas  de  exploração  eram  principalmente  duas:  os  impostos  e  os  trabalhos  forçados.  

(Marcelo  Rede.  A  Mesopotâmia,  2002.)      

Entre  os  trabalhos  forçados  a  que  o  texto  se  refere,  podemos  mencionar  a    a)  internação  de  doentes  e  loucos  em  áreas  rurais,  onde  

deviam  cuidar  das  plantações  de  algodão,  cevada  e  sésamo.        

b)  utilização  de  prisioneiros  de  guerra  como  artesãos  ou  pastores  de  grandes  rebanhos  de  gado  bovino  e  caprino.        

c)  escravidão  definitiva  dos  filhos  mais  velhos  das  famílias  de  camponeses,  o  que  caracterizava  o  sistema  econômico  mesopotâmico  como  escravista.        

d)  servidão  por  dívidas,  que  provocava  a  submissão  total,  pelo  resto  da  vida,  dos  devedores  aos  credores.        

e)  obrigação  de  prestar  serviços,  devida  por  toda  a  população  livre,  nas  obras  realizadas  pelo  rei,  como  templos  ou  muralhas.        

     

3.  (Ufrgs  2013)    Durante  o  reinado  de  Hamurábi  na  Babilônia  (1792  –  1750  a.C.),  foi  escrita  uma  relação  de  sentenças  legais  que,  modernamente,  é  conhecida  pelo  nome  de  Código  de  Hamurábi.      O  objetivo  da  obra  era    a)  estabelecer  uma  ordem  constitucional  para  fundar  o  

Estado  imperial  mesopotâmico.        b)  enaltecer  a  pessoa  do  rei,  associando-­‐a  ao  poder,  à  

justiça  e  à  sabedoria.        c)  proporcionar  aos  cidadãos  do  império  um  código  legal  

universal  e  aplicável  a  todas  as  situações  conflituosas.        d)  impor  a  lei  do  Talião  como  norma  exclusiva  para  a  ordem  

constitucional  mesopotâmica.        e)  promover  a  igualdade  jurídica  entre  todos  os  súditos  do  

rei.              4.  (Ufsm  2013)      

   O  mapa  acima  indica  os  diversos  caminhos  do  povo  hebreu  na  Antiguidade,  destacando  a  migração  de  Ur  para  a  Palestina  (por  volta  de  1900  a.C.),  a  ida  ao  Egito  (1700  a.C.),  o  Êxodo  (1200  a.C.),  a  deportação  para  a  Babilônia  e  o  regresso  à  Palestina  (século  VI  a.C.).  A  partir  desses  dados,  pode-­‐se  inferir:    a)  O  povo  hebreu  realizou  trocas  comerciais  e  culturais  com  

o  Egito  e  a  Mesopotâmia,  e  essas  trocas  influíram  na  sua  formação  cultural  e  religiosa.        

b)  Como se percebiam como “povo eleito por Deus”, os hebreus  recusavam  qualquer  influência  das  culturas  e  das  religiões  dos  povos  do  Oriente  Médio.        

c)  A  força  política  e  militar  dos  hebreus  se  impôs  sobre  os  reinos  do  Oriente  Médio,  originando  uma  cultura  e  religião  dominantes  na  região.        

d)  As  migrações  dos  povos  da  Antiguidade  eram  raras,  devido  às  péssimas  condições  das  estradas  e  à  precariedade  dos  meios  de  transporte.        

e)  As  migrações  de  povos  tornaram-­‐se  possíveis  com  as  facilidades  criadas  pelas  sociedades  estatais  no  Egito  e  Mesopotâmia.        

     5.  (Uftm  2012)    Leia  os  excertos  da  obra  100  textos  de  História  Antiga,  organizada  por  Jaime  Pinsky,  de  1980.    

Eu  sou  o  rei  que  transcende  entre  os  reis,  Minhas  palavras  são  escolhidas,  

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                                                         Prof.  Rodolfo  

Minha  inteligência  não  tem  rival.    

(Hamurábi,  1792-­‐1750  a.C.  Autopanegírico.)    O  fundamento  do  regime  democrático  é  a  liberdade  [...].  Uma  característica  da  liberdade  é  ser  governado  e  governar  por  turno  [...].  Outra  é  viver  como  se  quer;  pois  dizem  que  isto  é  resultado  da  liberdade,  já  que  o  próprio  do  escravo  é  viver  como  não  quer.    

(Aristóteles,  384-­‐322  a.C.  Política.)    A  partir  dos  textos,  pode-­‐se  afirmar  que    a)  os  fundamentos  do  poder  político  eram  os  mesmos  para  

Hamurábi  e  Aristóteles.        b)  a  democracia,  segundo  Aristóteles,  impôs  o  abandono  do  

regime  escravista.        c)  Hamurábi  considerava  que  o  governante  deveria  ser  

escolhido  entre  os  mais  sábios.        d)  expressam  diferentes  concepções  sobre  as  relações  

entre  governantes  e  governados.        e)  a  dinastia  esclarecida,  com  doses  de  despotismo  e  

liberdade,  era  defendida  por  ambos.              6.  (Ueg  2012)    Artigo  200:  Se  um  homem  arrancou  um  dente  de  um  outro  homem  livre  igual  a  ele,  arrancarão  o  seu  dente.    Artigo  201:  Se  ele  arrancou  o  dente  de  um  homem  vulgar  pagará  um  terço  de  uma  mina  de  prata.    Artigo  202:  Se  um  homem  agrediu  a  face  de  um  outro  homem  que  lhe  é  superior,  será  golpeado  sessenta  vezes  diante  da  assembleia  com  um  chicote  de  couro  de  boi.      

CÓDIGO  DE  HAMURÁBI.  In:  VICENTINO;  DORIGO.  História  para  o  Ensino  Médio.  São  Paulo:  Scipione,  2001.  p.  47.    

 Estes  artigos  pertencem  ao  célebre  Código  de  Hamurábi,  primeiro  registro  escrito  de  leis  de  que  se  tem  notícia.  Com  base  na  leitura  dos  exemplos  apresentados,  conclui-­‐se  que    a)  a  pena  pelo  delito  cometido  pode  variar  de  acordo  com  a  

posição  social  da  vítima  e  do  agressor.        b)  para  a  legislação  de  Hamurábi,  a  Lei  de  Talião  era  

absoluta, sempre “olho por olho, dente por dente”.        c)  Hamurábi  conseguiu  unificar  a  Babilônia  a  partir  da  

implantação  de  um  só  código  de  leis  para  todo  o  território.        

d)  os  antigos  babilônios  consideravam  que  agredir  a  face  de  um  homem  era  mais  grave  do  que  arrancar  seu  dente.        

     7.  (Uftm  2012)    Em  janeiro  de  2011,  os  jornais  noticiaram  que  os  protestos  contra  o  governo  do  Egito  poderiam  ter  um  efeito  colateral  muito  sério:  a  destruição  ou  dano  de  várias  relíquias,  obras  e  sítios  arqueológicos  da  antiga  civilização  egípcia.  De  acordo  com  as  agências  de  notícias,  houve  várias  tentativas  de  saquear  o  museu  do  Cairo.  Numa  delas,  indivíduos  quebraram  pouco  mais  de  uma  dezena  de  estátuas  e  decapitaram  duas  múmias,  recentemente  identificadas  como  avós  do  faraó  

Tutankhamon.  Alguns  saqueadores  pareciam  procurar  apenas  por  ouro.      

   Sobre  o  material  arqueológico  proveniente  do  Antigo  Egito,  é  correto  afirmar  que    a)  sua  destruição  afetaria  a  economia  do  Egito,  mas  não  

traria  consequências  sérias  para  a  ciência  e  para  a  história,  que  já  estudaram  esse  material.        

b)  grande  parte  dele  foi  destruído  pelos  próprios  egípcios  ainda  na  Antiguidade,  como  estratégia  para  proteger  os  segredos  de  sua  cultura  dos  invasores.        

c)  foi  uma  das  causas  dos  protestos  contra  o  governo,  que  pagou  grandes  somas  para  reaver  objetos  em  poder  de  países  europeus.        

d)  permitiu  compreender  a  importância  dos  rituais  fúnebres,  como  atestam  os  sarcófagos  do  Vale  dos  Reis.        

e)  tem  grande  valor  artístico  e  confirmou  o  que  já  se  sabia  dos  antigos  egípcios  por  meio  de  documentos  escritos.        

     8.  (Uftm  2011)    A  irrigação  não  pode  ser  vista  como  a  causa  do  surgimento  do  Estado  centralizado  e  da  civilização  egípcia:  pelo  contrário,  um  sistema  centralizado  de  obras  hidráulicas  para  a  agricultura  irrigada  surgiu  como  resultado  tardio  de  um  Estado  forte.    

(Ciro  F.  Cardoso.  O  Egito  Antigo,  1982.)    A  partir  do  texto  conclui-­‐se  que,  no  Egito  Antigo,    a)  as  cheias  do  Nilo,  irregulares  e  responsáveis  por  

inundações  que  destruíam  tudo  o  que  havia  nas  margens,  não  favoreceram  o  processo  de  sedentarização.        

b)  o  poder  do  Faraó  era  simbólico,  uma  vez  que  o  soberano  não  dispunha  de  exércitos  nem  de  burocracia  para  fazer  valer  sua  vontade.        

c)  a  concentração  do  poder  nas  mãos  de  uma  dinastia  centralizadora  não  pode  ser  explicada  a  partir  das  necessidades  agrícolas.        

d)  dependia-­‐se  do  comércio  externo  para  alimentar  a  população,  uma  vez  que  a  produção  agrícola  era  muito  limitada.        

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                                                         Prof.  Rodolfo  

e)  o  sistema  político  em  vigor  resultava  de  necessidades  impostas  pelas  características  geográficas  da  região.        

     9.  (Ufsm  2011)      

   A  ilustração  sintetiza  a  sociedade  egípcia.  A  partir  das  informações  que  ela  contém,  é  possível  afirmar:    I.  Na  base  da  sociedade,  encontrava-­‐se  o  rio  Nilo,  cujas  

águas  podiam  ser  aproveitadas  para  o  cultivo  sem  necessidade  de  técnicas  específicas  nem  aprimoramento  de  organização  social.  

II.  O  ecossistema  do  Nilo  tinha  como  um  dos  elementos  o  sol,  o  qual  está  representado  na  figura  de  um  deus,  com  disco  solar  sobre  a  cabeça,  transmitindo  a  ideia  de  que  ele  ilumina  e  aquece  o  rio,  a  terra  e  os  homens.  

III.  As  árvores  frutíferas  e  as  cenas  de  plantio  e  colheita  ocupam  o  centro  da  pintura,  indicando  a  importância  tanto  das  águas  do  rio  quanto  da  luz  da  divindade  solar  para  o  ecossistema.  

IV.  A  pintura  é  uma  representação  alegórica  e  não  realista,  não  indicando  informação  sobre  a  estrutura  política  e  administrativa  (o  faraó  e  seus  funcionários),  por  isso  não  serve  como  fonte  para  o  estudo  da  história  e  sociedade  egípcias.  

 Está(ão)  correta(s)    a)  apenas  I  e  II.        b)  apenas  II  e  III.        c)  apenas  III.        d)  apenas  III  e  IV.        e)  apenas  IV.              10.  (Pucpr  2010)    Na  Antiguidade  muitos  povos  consideravam  que  as  doenças  eram  enviadas  pelos  deuses.  No  final  do  século  VIII  a.C.,  quando  os  assírios  sitiaram  a  cidade  de  Jerusalém  e  ameaçaram  invadi-­‐la,  uma  epidemia  virulenta  acometeu  o  acampamento  matando  muitos  

soldados.  Nessa  ocasião,  Ezequias,  rei  de  Judá,  considerou  essa  epidemia  uma  bênção  de  Deus.  Nesse  contexto,  marque  a  alternativa  INCORRETA  sobre  a  religião  dos  hebreus:    a)  Os  hebreus  consideravam  Deus  como  soberano  absoluto,  

fonte  de  todo  o  Universo  e  dono  de  uma  vontade  suprema.        

b)  O  Deus  hebreu  era  transcendente,  não  se  identificava  com  nenhuma  força  natural;  estava  acima  da  natureza.        

c)  Os  hebreus  consideravam  Deus  bom  e  que  fazia  exigências  éticas  ao  seu  povo.  Ao  contrário  dos  deuses  do  Oriente  Próximo,  Deus  não  era  atraído  pela  luxúria  ou  impelido  pelo  mal.        

d)  Deus  para  os  hebreus  era  uno,  soberano,  transcendente  e  bom.        

e)  Para  os  hebreus  o  poder  de  Deus  vinha  de  um  poder  preexistente,  habitava  a  natureza  e  fazia  parte  dela.        

     11.  (Ufc  2009)    Aos  egípcios  devemos  uma  herança  rica  em  cultura,  ciência  e  religiosidade:  eram  habilidosos  cirurgiões  e  sabiam  relacionar  as  doenças  com  as  causas  naturais;  criaram  as  operações  aritméticas  e  inventaram  o  sistema  decimal  e  o  ábaco.      Sobre  os  egípcios  é  correto  afirmar  também  que:    a)  Foram  conhecidos  pelas  construções  de  navios,  que  os  

levaram  a  conquistar  as  rotas  comerciais  para  o  Ocidente,  devido  à  sua  posição  geográfica,  perto  do  mar  Mediterrâneo.        

b)  Deixaram,  além  dos  hieróglifos,  outros  dois  sistemas  de  escrita:  o  hierático,  empregado  para  fins  práticos,  e  o  demótico,  uma  forma  simplificada  e  popular  do  hierático.        

c)  Praticaram  o  sacrifício  humano  como  forma  de  obter  chuvas  e  boas  colheitas,  haja  vista  o  território  onde  se  desenvolveram  ser  desértico.        

d)  Fizeram  uso  da  escrita  cuneiforme,  que  inicialmente  foi  utilizada  para  designar  objetos  concretos  e  depois  ganhou  maior  complexidade.        

e)  Usaram  as  pirâmides  para  fins  práticos,  como,  por  exemplo,  a  observação  astronômica.        

     12.  (Enem  2009)    O  Egito  é  visitado  anualmente  por  milhões  de  turistas  de  todos  os  quadrantes  do  planeta,  desejosos  de  ver  com  os  próprios  olhos  a  grandiosidade  do  poder  esculpida  em  pedra  há  milênios:  as  pirâmides  de  Gizeh,  as  tumbas  do  Vale  dos  Reis  e  os  numerosos  templos  construídos  ao  longo  do  Nilo.  O  que  hoje  se  transformou  em  atração  turística  era,  no  passado,  interpretado  de  forma  muito  diferente,  pois    a)  significava,  entre  outros  aspectos,  o  poder  que  os  faraós  

tinham  para  escravizar  grandes  contingentes  populacionais  que  trabalhavam  nesses  monumentos.        

b)  representava  para  as  populações  do  alto  Egito  a  possibilidade  de  migrar  para  o  sul  e  encontrar  trabalho  nos  canteiros  faraônicos.        

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c)  significava  a  solução  para  os  problemas  econômicos,  uma  vez  que  os  faraós  sacrificavam  aos  deuses  suas  riquezas,  construindo  templos.        

d)  representava  a  possibilidade  de  o  faraó  ordenar  a  sociedade,  obrigando  os  desocupados  a  trabalharem  em  obras  públicas,  que  engrandeceram  o  próprio  Egito.        

e)  significava  um  peso  para  a  população  egípcia,  que  condenava  o  luxo  faraônico  e  a  religião  baseada  em  crenças  e  superstições.        

     

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ANTIGUIDADE  ORIENTAL  -­‐  LISTA  DE  EXERCÍCIOS    

                                                         Prof.  Rodolfo  

Gabarito:        Resposta  da  questão  1:    [E]    O  diálogo  sempre  teve  papel  de  importância  na  cultura  ateniense.  Um  dos  maiores  representantes  da  cidade  grega,  Sócrates,  era,  também,  um  dos  maiores  defensores  da  importância  do  diálogo.  Segundo  ele,  o  diálogo  desperta  o  interesse  pela  busca  do  saber,  e,  na  prática,  ajuda  a  se  chegar  a  esse  saber,  muito  mais  do  que  a  escrita.          Resposta  da  questão  2:    [E]    Na  região  da  Mesopotâmia  viveram  diferentes  povos  durante  a  antiguidade,  que,  de  uma  forma  geral,  são  estudados  superficialmente  a  partir  de  características  gerais, classificadas dentro do “modo de produ<=o asi>tico” no  qual  predominavam  as  relações  de  servidão  coletiva  de  trabalho;  ou  seja,  as  comunidades  camponesas  deviam  tributos  ao  Estado,  normalmente  parte  de  sua  produção  e,  em  menor  grau,  o  trabalho  em  obras.        Resposta  da  questão  3:    [B]    O  Código  de  Hamurabi  é  atualmente  considerado  não  somente  uma  coleção  de  leis  que  deveriam  ser  aplicadas  universalmente  nos  domínios  do  rei,  como  também  como  uma  composição  literária  que  visava  enaltecer  o  seu  poder  e  suas  qualidades  como  justo  e  promotor  da  ordem.  Servia  como  um  paradigma,  como  exemplo  do  que  leva  a  ser  justo  e  a  justiça  no  reino  de  Hamurabi.  Tendo  como  centro  o  enaltecimento  da  pessoa  sagrada  do  monarca,  seu  sentido  é  ir  ao  encontro  da  justificação  do  poder  do  rei.  Portanto,  conceitos  como o de “cidad=o”, “ordem constitucional” e “igualdade jur@dica” s=o completamente estranhos Aquele tipo  de  sociedade.        Resposta  da  questão  4:    [A]    A  alternativa  [A]  apresenta  informações  corretas  sobre  o  povo  hebreu,  no  entanto,  não  tem  relação  direta  com  os  deslocamentos  apresentados  no  texto,  muitos  deles  realizados  por  imposição  de  outros  povos  ou  fugas  de  situações  adversas.        Resposta  da  questão  5:    [D]    O  texto  do  Rei  Hamurábi,  da  Babilônia  (antiga  Mesopotâmia,  hoje  Iraque),  revela  um  governo  autoritário,  no  qual  a  última  palavra  é  a  do  governante,  que  deve  ser  obedecido  sem  questionamentos.  O  texto  do  filósofo  grego  Aristóteles  fala  de  democracia  e  liberdade,  que  levariam  os  

cidad=os a viver “como se quer”, n=o se submetendo a um governo  despótico.        Resposta  da  questão  6:    [A]    O CDdigo de Hamurabi, sintetizado na frase “olho por olho, dente por dente”, tratava agressor e agredido de formas diferentes,  considerando  a  classe  social  a  que  pertenciam.        Resposta  da  questão  7:    [D]    A  arqueologia  é  uma  ciência  que  conheceu  grande  desenvolvimento  no  século  XX  e  possibilitou  o  conhecimento  sobre  a  história  de  diversas  civilizações  antigas.  Na  maior  parte  dos  casos,  a  arqueologia  é  decisiva  para  entendimento  de  sociedades  que  deixaram  poucos  –  ou  nenhum  –  documentos  escritos.  No  caso  do  Egito,  as  descobertas  da  região  do  Vale  dos  Reis  foram  fundamentais  para  o  conhecimento  da  importância  da  cultura  religiosa  dos  antigos  egípcios.        Resposta  da  questão  8:    [C]      Apenas  a  alternativa  [C]  pode  ser  considerada  correta  porque  o  enunciado  pede  para  que  a  resposta  seja  resultado  da  interpretação  do  texto.  Ciro  Flamarion  afirma  que “A irriga<=o NIO pode ser vista como causa do surgimento do Estado (...)”, ent=o a agricultura n=o seria o motivo  da  centralização  egípcia.        Resposta  da  questão  9:    [B]    Podemos dizer que na base da “economia” encontrava-­‐se  o  Nilo  e  o  aproveitamento  de  suas  águas  exigiu  o  desenvolvimento  técnico.  A  pintura,  como  expressão  artística  no  Egito,  foi  caracterizada  pelo  realismo,  pela  preocupação  de  retratar  a  vida  cotidiana  e  suas  crenças  na  vida  após  a  morte.        Resposta  da  questão  10:    [E]    Os  hebreus,  diferentemente  dos  demais  povos  do  Oriente  Antigo,  eram  monoteístas  e  de  acordo  com  suas  tradições,  consideravam  Deus  (Iiavé  ou  Javé)  o  criador  supremo  do  Universo,  descaracterizando-­‐se  a  afirmação  de  que  o  poder  de  Deus  vinha  de  um  poder  preexistente.  Alguns  estudiosos,  no  entanto,  crêem  que  Iavé  trata-­‐se  de  uma  divindade  tribal,  que  apenas  posteriormente  será  elevada  ao  status  de  Deus  único.