Antropofagia e Oswald - Luiz Costa Lima - SOPRO 34 - Agosto_2010

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    outros nmeros resenhas dicionrio crtico(verbetes)

    seo arq uivo in format ivo contato(e colaboraes)

    Luiz Costa Lima

    Uma obra em questo

    organizado por Dau Bastos

    Rio de Janeiro: Garamond,2010

    Repensando a trajetria de Oswaldpor Luiz Costa Lima

    Nota: Este texto de Luiz Costa Lima sobre Oswald de Andrade foi escrito em fins de 2005,mas permaneceu indito at sua publicao, h poucas semanas, no livro Luiz Costa Lima.

    Uma obra em questo, organizado por Dau Bastos para a editora Garamond. Vale lembrarque Costa Lima j se detivera sobre a obra de Oswald em dois ensaios de Pensando nostrpicos (Dispersa demanda II), Antropofagia e controle do imaginrio (1989) e Oswald,

    poeta (1968, reelabora do em 1990). Alm disso, conforme o autor observa na Intr oduode seu grande estudo sobre a poesia brasileira moderna, Lira e antilira (Mrio, Drummond,Cabral), a primeira verso daquele texto inclua um captulo especfico sobre Oswald de

    Andrade, eliminado, porm, da verso publicada em 1968 (em nota 2 edio revista, de1995, Costa Lima informa que este captulo, como outro dedicado a Murilo Mendes, foramdepois perdidos).[Eduardo Sterzi]

    Primeiro tempo

    O Manifesto antropfago aparece em 1928, no primeiro nmero da efmeraRevista de Antropofagia (1928-1929), rgo da corrente mais agressiva domodernismo brasileiro, lanado em 1922. A Revista de Antropofagia era o lado

    vanguardista de um movimento que se caracterizava por sua mistura de direesideolgicas. Enquanto vanguardista, distinguia-se tanto do chamadoverdeamarelismo, de que derivaria o fascismo nacional, quanto do espiritualismocatlico, de cunho bastante conservador.

    Antes de virmos ao prprio Manifesto, ve jamos sua rpida contextual izao.

    Lembr-lo lanado em 1928 recordar que antecede de um ano o crashda Bolsade New York e, em dois anos, a adeso de Oswald ao Partido Comunista, quandoento corta a aliana com o dinheiro de sua famlia. De 1930 a 1945, quando seafasta da linha do Partido, sua produo literria ter um carter hostil ao doManifesto. A propsito de sua fase engajada, vale evocar o que William Empsonescrevia sobre a literatura proletria:

    Pode ser que para produzir uma arte de qualidade o artista deva

    estar de algum modo em contato com o trabalhador pode ser que isso que esteja errado nas artes do Ocidente pode ser que aRssia esteja a caminho de produzir uma arte muito boa, com todoo vigor de uma sociedade saudvel e dotada de um organismounificado, mas estou certo que no ser uma pura arte proletria e

    penso que se estragar a si mesma se procurar s-lo. (Proletarianliterature. In: Some versions of pastoral, 1935)

    A produo comuni sta de Oswald se estragou a si mesma. E o que pior, aoretomar seu carter anterior, perdeu anos em fora de amadurecimento. Mas,antes mesmo de encararmos o prprio Manifesto, ressaltemos o quetestemunhavam a proximidade do desastre econmico de 1929 e a opocomunista de 1930. O fim da dcada de 1920 apresentara um momento decisivona histria do Ocidente e do Brasil. Como assinalava em 1975 um importanteeconomista, Francisco de Oliveira, pouca ou nenhuma havia sido a mudana queo pas conhecera entre a poca colonial, o perodo do Imprio (1822-1889) e o dachamada Primeira Repblica (1889-1930): o pas surgira inserido no bojo daexpanso do capitalismo ocidental. Nessa condio, se especializara em suadeclarada vocao agrcola, que atingira o auge com a exportao do caf, entre1910 e 1925. A passagem da Monarquia para a Repblica se limitara, do ponto devista econmico, ao papel central que, na Repblica, vir a ter, nos termos deFrancisco de Oliveira, a intermediao comercial e financeira da agro-

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    exportao intermediao quase totalmente externa, isto , realizada porinstituies e capital estrangeiros. Da, como bem escreve o autor, a reiterao davocao agro-exportadora do pas e as formas pelas quais se financiava essavocao chegaram ao ponto de converter a libra esterlina, ento a moedainternacional por excelncia, quase em moeda interna.

    Meu respaldo nesses dados de histria econmica visa apenas evidenciar o climade dilema e impasse sob o qual surgiu o Manifesto antropfago. Ao jovemintelectual brasileiro (ou europeu) do fim da dcada de 1920 o mundo se mostrava beira do abismo. A diversidade de correntes que o modernismo abrigava era aconsequncia desse sentimento. A direo assumida por Oswald se distinguia porpreferir o lado do abismo que no ameaava repetir a histria j conhecida. Masde que instrumentos intelectuais Oswald dispunha? Qual a disposio que daria aseu Manifesto? Como se distinguia da reflexo europeia realizadaproximamente? A ltima pergunta nos levar a tratar do Collge de Sociologie,iniciativa de Georges Bataille, Roger Caillois e Michel Leiris, que duraria entrenovembro de 1937 e julho de 1939. Antes ainda verifiquemos como o Manifestose dispunha. Em vez de composto por um texto compacto, que exigisse disciplinareflexiva, mediante ou um desenvolvimento cerrado ou a discusso de posiescontrapostas, era ele formado por cinquenta fragmentos, quase todosextremamente curtos, escritos como frases de humor. Tratava-se, contudo, de umtom witzig singular: menos agudo que impregnado de esprito cmico e, o que mais surpreendente, movido por um otimismo contagiante. Ora, considerando-se oclima de crise do Ocidente, h de se indagar: otimismo com qu? A resposta nodeixa de ser curiosa: otimismo com que os sculos de colonizao no teriamdestrudo a alegria e o sentimento positivo de vida que os europeus encontraramnos trpicos. De onde adviria esse sentimento positivo seno das populaesnativas, em breve dizimadas, escravizadas ou, quando nada, obrigadas a migrarpara terras distantes? O Manifesto, entretanto, parte do pressuposto que esseesprito autctone teria a possibilidade de ser reanimado pelo intensodesenvolvimento tecnolgico do mundo. A tcnica como que forneceria de novoum corpo de que se apossaria o esprito errante das populaes originrias. Da overdadeiro lema do Manifesto, Tupy or not tupy, that is the question, amiscigenao da frase shakespeariana com a designao genrica das tribosnativas oferea o mote a ser desdobrado em fragmentos como

    Contra todas as catequeses. E contra a me dos Gracos.

    Contra as sublimaes antagnicas. Trazidas nas caravelas.

    Estamos fatigados de todos os maridos catlicos suspeitosospostos em drama. (...)

    Nunca fomos catequizados. Vivemos atravs de um direitosonmbulo. Fizemos Cristo nascer na Bahia. Ou em Belm do Par.

    J tnhamos o comunismo. J tnhamos a lngua surrealista.

    A i dade de ouro. (...)

    Antes dos portugu eses descobrirem o Brasil , o Brasil tinhadescoberto a felicidade.

    Mas nunca admitimos o nascimento da lgica entre ns.

    Dos fragmentos escolhidos s o ltimo tem alguma relao com os postulados doCollge de Sociologie. Em ambos os casos, a lgica, enquanto instrumento da

    razo, a ferramenta do mal-estar. Mesmo essa equivalncia, contudo, emergiade ambientes no superponveis. Ao passo que no Brasil o Manifesto tomavaposio contra o autoritarismo rotineiro e improdutivo da Primeira Repblica, aexperincia do Collge resultava da insatisfao com a democracia burguesa ecom a emergncia do fascismo. Da a diferena de disposio nos textos doManifesto e dos que constituram o acervo do Collge. Em relao ao primeiro,acentue-se que sua agressividade canibalstica temperada por uma dissipaobem-humorada e otimista de energias. J nos textos do Collge aquela alegrebeligerncia se transforma em algo bem diverso. Esses textos, sobretudo osassinados por Bataille, secretam outro vitalismo. Ele do tipo agnico eparoxstico, como na passagem de LApprenti sorcier, de 1938, em que sedenuncia o carter da opinio nas democracias europeias: Esta multido exigecom efeito que uma vida segura s dependa do clculo e da deciso apropriadas(Bataille). E antepunha ao conformismo dominante um vitalismo alimentado pelorisco da paixo e da morte:

    Mas esta vida que se mede somente pela morte escapa quelesque perdem o gosto de incendiar-se, como fazem os amantes e os

    jogadore s, pela s chamas da esperana e do pavor. O destinohumano quer o que o acaso prope o que a razo substitui ricavegetao dos acasos no mais uma aventura a viver seno quea soluo vazia e correta das dificuldades da existncia.

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    Tal nfase no risco e na morte bem dissonante da agressividade irreverente doManifesto. E essa diferena acentuada pelas funes distintas que Oswald eBataille conferem ao mito. Em Bataille, o abismo entre sua proposta e a vida socialpresente resulta da dissipao de um mito vivo. A convocao para e pelo mitoaparece-lhe como a soluo contra o amorfismo e a insensibilidade coletivos quecorroam a democracia burguesa. Em Oswald, parecemos estar em outro planeta:o mito uma fico que pretende assinalar que a colonizao de sculos, apenasiniciada pelos portugueses, no domara uma energia primitiva. Em suma, pode-sepensar que, enquanto a nfase de Bataille na aceitao mtica da paixo e damorte proclamava seu prprioAngel us novus , em Oswald o canibalismo jovial e afuno pragmtica do mito encaminhavam para o cubismo construtivo de seusromances experimentais, o Joo Miramar (1924) e o Serafim Ponte Grande(1933). A diferena no era s de contedos como de trajetos: Bataille tinha umprojeto scio-filosfico, Oswald, o de uma prosa experimental.

    Embora assim de extenses bastante desiguais, em ambos era o racionalismoocidental o alvo da crtica. Depois da Segunda Grande Guerra, na Dialektik der

    Aufklrun g (1944) de Adorno e Horkheimer, essa crtica viria a ser radicalmentefundamentada. Para quem conhea o livro, ser fcil compreender por que, apartir de parmetros to diversos, o francs e o brasileiro ressaltavam anecessidade de estabelecer-se uma descontinuidade com a tradio. Aqui, noentanto, interrompemos a comparao. evidente que as expectativas europeias,na dcada de 1930, s longinquamente se relacionavam com as latino-americanas. Interessa-nos, por isso, nos concentrarmos na jovialidade otimista doManifesto. Ao exp-la, dizamos que, em Oswald, o mito era uma fico que sepretendia crtica. Cabe ento perguntar: em que medida a pretenso crtica eraprocedente? De imediato, recordemos que a imagem da Amrica como viso deuma terra paradisaca se afirmara como um topos desde o dirio da primeiraviagem de Colombo, que declarava em 16 de outubro de 1492:

    Ella es isla muy verde y llana e fertilssima, y no pongo duda quetodo el ao siembran panizo y cogen, y as todas otras cosas. Yvide muchos rboles muy diformes de los nuestros, dellos muchosque tenan los ramos de muchas maneras y todo en un pie, y unramito es de una manera y otro de otra y tan diforme, que es lamayor maravilla del mundo cunta es la diversidad de la unamanera a la otra. (...) Crean Vuestras Altezas que es esta tierra lamejor y temperada y llana que aya en el mundo.

    O carter paradisaco do continente recm-descoberto se incorporou aosprimeiros topoi dos que o descreviam. Oswald teria sido to ingnuo a ponto de

    repetir o clich colombino? No, a concluso seria falsa. Entre a viso paradisacado descobridor e sua reutilizao, durante a crise da dcada de 1920, sedesenvolvera, sobretudo a partir do sculo XIX, a afirmao da antropologiabiolgica, de cunho evolucionista: havendo sido colonizada pelo trabalho dendios e negros, a Amrica se misturara com o sangue e a descendncia de raasinferiores e seu futuro era nulo. Oswald, que nunca fora um pensador, tinha porarma contra o estigma as tiradas humorsticas: Nunca fomos catequizados.Fizemos foi Carnaval. O ndio vestido de senador do Imprio. Fingindo de Pitt.Seus fragmentos s tinham eficcia se seu tom cmico fosse convincente. Elasestavam longe de apresentar uma opo poltico-filosfica. Em seu horizontetemporal imediato no apareciam seno frases espirituosas de um clown. Oprprio Oswald as abandonaria ao filiar-se ao Partido Comunista.

    Segundo tempo

    Se compararmos as frases cmico-libertrias do Manifesto com a histria efetivado pas entre 1930, quando a revoluo de Vargas encerra a Repblica Velha, e1964, quando um golpe militar acaba com uma sociedade fragilmentedemocrtica, compreenderemos por que Oswald ento se havia tornado um nomeignorado. Compreenderemos tambm por que as obras completas de Oswald de

    Andrade comeam a ser reedi tadas em 1970. Sucede que seus romancesexperimentais, o Manifesto antropfago, uma de suas peas, O rei da vela,passavam a circular a partir de uma clara motivao poltica: eram atos contra aditadura instalada em 1964. No eram os seus romances engajados os favoritosdos leitores, mas aquela parte de sua obra pela qual ele havia se considerado a simesmo um palhao da burguesia. Oswald se punha agora em contato com opblico que o ignorara em vida e nas dcadas prximas sua morte. Mas cabeindagar: quem era seu pblico? Que, em sua obra, tal pblico encontrava? A

    resposta h de ser dupla. Eram historiadores do modernismo, como Mrio da SilvaBrito, crticos celebrados, como Antonio Candido, pensadores, como BeneditoNunes, e poetas-ensastas, como Haroldo de Campos, que, assinando osprefcios de suas diversas obras, ao mesmo tempo manifestavam seu dbito aoautor e assinalavam o repdio de cada um arbitrariedade da ditadura. Eram, poroutro lado, sobretudo jovens, que, sem a erudio dos mestres, aprendiam, com airreverncia de Oswald, lies de vitalidade e cidadania. Mas, precisamente, que

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    Prximo texto:"Misturar desejo com histria"

    por Flvia Cera

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    extraam do Manifesto antropfago? Quanto ao primeiro grupo, o prefcio que,em 1972, assina Benedito Nunes bastante sintomtico. Nossos antropfagosviram, a caminho da Utopia, a poltica em funo da distribuio dos bens sociaise integraram o Poder, j desvestido de autoritarismo, sociedade. A utopia,continua Benedito Nunes, abarcara mesmo sua fase comunista: Seu socialismo

    jamais deixou de ser, fundamentalmente, o da rebeldia do indivduo contra oEstado, mais interessado numa sociedade nova, cuja vida passava pela morte daorganizao estatal, do que no fortalecimento de uma ditadura do proletariado. Equanto aos jovens? Como convivia com muitos deles, posso dar meu testemunho.Oswald fazia com que confundssemos a cessao do pesadelo com o incio deum outro tempo, em que deixaramos de estar na contramo da histria. A criaodo mito de uma disposio nativa que teria tornado ociosa toda catequese tinhaum efeito apenas compensatrio: nela no se acreditava, mas servia para que secresse que a arrogncia dos militares logo estaria dissipada.

    Terceiro tempo

    Rapidamente, nos perguntemos: e agora, qual o intercmbio com a obra deOswald de Andrade? A resposta no animadora. Seus livros retornaram aoesquecimento. Seu experimentalismo ficou reservado a uns poucos. O ensaio Amarcha das utopias (1966), que deveria representar o estgio maduro de umpensamento renovador, esbarraria contra a fisionomia do mundo contemporneo.Passamos a ver com clareza que a desconfiana de Oswald contra a razo aconfundia com uma espcie sua, a razo instrumental. E essa no favorece ospovos que se mantiveram em atraso. Ao contrrio, j agora sem distinguir, nas

    correntes polticas, as de direita e as de esquerda, a razo instrumental serve-sede todas. A seu imprio corresponde o ttulo de um dos livros de Odo Marquard:

    Abschied vom Prinzi piel len [Adeus aos princpios]. O termo cultura ou se tornauma palavra ignorada ou sinnimo de folclore, quando ento se converte emuma sucursal da indstria da cultura. Ao passo que, nos pases de instituiespoltico-econmicas estveis, os tropeos do sculo XXI no impedem asobrevivncia de ilhas por onde circulam as pesquisas sem finalidadeimediatamente instrumental, no Brasil e em seus vizinhos, tudo que no responde razo instrumental encarado como perda de tempo ou atividade intil. Oswald,ento, lembrado nos raros momentos de comemorao. Se chegarmos perto desua sombra, veremos que seu cemitrio hoje abriga muitas outras tumbas. Os alienterrados no tero humor, no sentiro leveza e desconhecero o otimismo.Mas, com ele, tero em comum saberem que as solues econmicas no sosuficientes para as carncias de uma sociedade que se queira humana. Diante dainsistncia monocorde em supervit primrio e aumento das exportaes, ao

    passo que as universidades e instituies de pesquisa sobrevivem em situao demisria e os poucos centros de intercmbio com outros pases fecham as portas, otom humorstico de Oswald j no provoca nosso riso transformou-se em tommacabro. No cemitrio que o seu, no esto apenas os mortos. Muitos delesfalam, escrevem e, o que pior, comandam.

    O sumrio e as pginas iniciais de Luiz Costa Lima. Uma obra em questo, no qual o textoacima foi publicado, podem ser lidos em http://www.garamond.com.br/arquivo/411.pdf

    um panfleto poltico-cultural, publicado pela editora Cultura e Barbrie:h ttp: //www.culturaebarbarie.orgDe periodicidade quinzenal, est na rede desde janeiro de 2009.Editores: Alexandre Nodari e Flvia Cera.

    http://www.sitemeter.com/stats.asp?site=s18soprohttp://www.culturaebarbarie.org/http://www.garamond.com.br/arquivo/411.pdfhttp://culturaebarbarie.org/sopro/n34.pdfhttp://culturaebarbarie.org/sopro/n34.htmlhttp://culturaebarbarie.org/sopro/resenhas/umafome.html