Açªo e Uniªo - CFFAsos posicionamentos e amadurece-mos nossa forma de agir e buscar objetivos,...

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É com grande alegria que volto aescrever o nosso editorial. "Ação eUnião"!! Estas foram as palavrasque fortaleceram a nossa vitória!Abrimos uma nova gestão, novafase, que buscará equilibrar novasmetas ao que já vínhamos desenvol-vendo. Nada mais oportuno quepreservar a seqüência de um traba-lho, num país que culturalmentedesvaloriza a continuidade, parajustificar como obsoleto o que foifeito e posicionar o novo como "ocaminho certo". O custo de aban-donar iniciativas, recomeçar proje-tos maquiados e eliminar vestígiosdo que vinha sendo construído é apior forma de administrar os inte-resses de uma comunidade. É comesse espírito crítico e focado nosobjetivos essenciais ànossa profissão, que seinicia o 8º Colegiado.

Termos duas chapasconcorrentes ao CFFafoi muito importante pa-ra todos e, principal-mente, para a Fono-audiologia. Metas di-versas foram expostas edebatidas de forma de-mocrática e ética. Sem-pre achamos que o quefazemos é melhor, masquando temos pela fren-te propostas divergentes, opositorasou concorrentes, repensamos nos-sos posicionamentos e amadurece-mos nossa forma de agir e buscarobjetivos, além de nos unirmos maispelo mesmo ideal.

Competir nesta eleição foi difí-cil, doloroso, mas, sobretudo, grati-ficante. Podem estar certos que ogrupo que entra vem com a mesmagarra, batalhador, íntegro e fiel aFonoaudiologia como foi com a e-quipe anterior, o 7o Colegiado.

Nesta edição estão presentes de-poimentos de conselheiros da últi-ma gestão, a apresentação dos novose a plataforma para os próximos trêsanos. Anseio intensificar a formaçãode profissionais críticos, cidadãos epolitizados, visando uma nova era.Uma era de profissionais que res-

pondem por si, que conhecem suaprofissão nas suas diversas especia-lidades e ramificações técnicas, semmedo de dar valor ao seu próprio tra-balho, sem receio de se posicionar.Crescemos sim, mas ainda temosmuito o que aprender sobre união,consenso e respeito entre entidades.Não importa onde estamos na estra-da e em que velocidade. Importa éque estejamos na mesma direção. Asituação que vive o atual governobrasileiro tem nos trazido profun-das reflexões. Um partido que fez ahistória da oposição no nosso país,hoje é situação e essa inversão depapéis fez com que tivesse queaprender a estar e a pensar como ooutro lado, o que não foi parte carac-terística da sua história. E aí o que

parecia óbvio e imedia-to se torna difícil, peno-so e exige muito respeitoe dedicação, mas nemsempre acerto e com-preensão.

Gosto muito de citaruma frase do grande ar-tista espanhol Pablo Pi-casso:

"Todas as vezes emque eu tive algo a dizer,eu disse da maneira quesenti ser a boa. Motivosdiferentes exigem méto-

dos diferentes. Isso não implica nemevolução, nem em progresso, masnum consenso entre a idéia que sedeseja expressar e os meios deexpressá-la" , 1918.

E se o gênio Picasso se digladia-va com a comunicação das idéias,sentindo a dificuldade de se expres-sar e ser compreendido, quantas di-ficuldades temos nós, que não pode-mos sequer contar com uma peque-na fagulha da arte deste gênio mo-derno.

Por isso é que espero, sincera-mente, poder contar com vocês comosempre contamos, para que a nossaFonoaudiologia continue sensível epronta para qualquer forma de ex-pressão seja pela audição, pela voz,pela linguagem, pela motricidade,pela fala, pela fluência, pelo coletivo...

Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004 n 3

AAççããoo ee UUnniiããooE d i t o r i a l

Í n d i c e

AAss ooppiinniiõõeess eemmiittiiddaass eemm mmaattéérriiaassaassssiinnaaddaass,, bbeemm ccoommoo ooss aannúúnncciiooss,,ssããoo ddee iinntteeiirraa rreessppoonnssaabbiilliiddaaddee ddee

sseeuuss aauuttoorreess..

CCFFFFaa tteemm nnoovvoo ccoommaannddooDiretoria tomou posse dia 21 deabril.

PPáággiinnaa 1144

OO qquuee éé sseerr ccoonnsseellhheeiirrooDepoimentos dos conselheiros do

7o Colegiado. PPáággiinnaa 1188

AAlleeiittaammeennttoo MMaatteerrnnooAmamentação não é bicho-

papão. É saúde, atenção, carinho!PPáággiinnaa 1100

EEnnttrreevviissttaaHyrana Frota Cavalcante de

Vasconcelos, atual presidente doSindfono, fala sobre as conquistas

dos fonoaudiólogos.PPáággiinnaa 55

OOppiinniiããooA Fonoaudiologia tem direito ao

poder político? Para quê?Diretoria do CRFa 1a Região

PPáággiinnaa 2200

HHoommeennaaggeemmEm cena, Celeste Cabral,

fonoaudióloga de Minas Gerais.PPáággiinnaa 2255

NNaa PPrraatteelleeiirraaVeja as sugestões de livros que oCFFa traz para você.

PPáággiinnaa 2233

MARIA THEREZA MENDONÇA

C. DE REZENDE - PRESIDENTE

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4 n Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004

Como entrar em contato com o Jornal do CFFa: SRTVS Quadra 701, Edifício Palácio do Rádio II, Bloco E, Salas 624/630Cep: 70.340-902 � Brasília � DF - Fones: (0xx61) 322.3332/321.5081/321.7258 l Fax: (0xx61) 321.3946

E-mail: [email protected] l Site: www.fonoaudiologia.org.br

E X P E D I E N T E

JJUULLHHOO

33ªª CCoonnffeerrêênncciiaa NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee BBuuccaallO tema deste ano é "Acesso e qualidade, superando aexclusão social". Data: 1 a 4 de julhoInformações: http://conselho.saude.gov.br

22ªª CCoonnffeerrêênncciiaa NNaacciioonnaall ddee CCiiêênncciiaa,, TTeeccnnoollooggiiaa eeIInnoovvaaççããoo eemm SSaaúúddeeData: 25 a 28 de julho Informações: (61) 315-2151 ou 315-3298http://[email protected]

II SSiimmppóóssiioo ddee DDiissttúúrrbbiiooss ddaa LLiinngguuaaggeemmData: 24 e 25 de julho Local: Curitiba-PR Informações: (41) 3019-9571 ou [email protected]

XXVV EEnneeffoonnData: 26 a 31 de julhoLocal: Salvador-BAInformações: (71) 314-2014 ou 356-6037www.proex.uneb.br/[email protected]

AAGGOOSSTTOO

VVIIII CCoonnffeerrêênncciiaa BBrraassiilleeiirraa ddee CCoommuunniiccaaççããoo ee SSaaúúddee Data: 11 a 13 de agosto Local: Olinda-PEInformações: www.jornalexpress.com.br/[email protected]

XXII JJoorrnnaaddaa FFoonnooaauuddiioollóóggiiccaa:: PPrrooffªª.. DDrrªª.. KKaattiiaa FFlloorreess GGeennaarrooData: 25 a 28 de agosto de 2004Informações: www.fob.usp.br/[email protected]

SSEETTEEMMBBRROO

XXXXVVIIII CCoonnggrreessssoo IInntteerrnnaacciioonnaall ddee AAuuddiioollooggiiaaData: 26 a 30 de setembro Local: Phoenix - Arizona - EUAInformações: Dr. Ted [email protected]

OOUUTTUUBBRROO

XXIIII CCoonnggrreessssoo BBrraassiilleeiirroo ddee FFoonnooaauuddiioollooggiiaaData: 6 a 9 de outubro Local: Foz do Iguaçuinformações: www.sbfa.org.br

A G E N D A

DDIIRREETTOORRIIAA 88ºº CCOOLLEEGGIIAADDOO

PPrreessiiddeenntteeMaria Thereza Mendonça C. de Rezende

VViiccee--pprreessiiddeenntteeÂngela Ribas

DDiirreettoorraa sseeccrreettáárriiaaPatrícia Balata

DDiirreettoorraa tteessoouurreeiirraaGiselle de Paula Teixeira

CCOOMMPPOOSSIIÇÇÃÃOO DDOO 88ºº CCOOLLEEGGIIAADDOOCCoonnsseellhheeiirrooss EEffeettiivvooss::

Giselle de Paula TeixeiraMaria Lúcia Feitosa Goulart da Silveira

Celina Pieroni de A. RezendeMaria Thereza Mendonça C. de Rezende

Ângela RibasPatrícia Balata

Hyrana Frota CavalcanteSilvia Maria Ramos

Ana Elvira Barata FávaroNádia Maria Lopes de Lima e Silva

CCoonnsseellhheeiirrooss SSuupplleenntteess::Maria Luisa Valor Y Rey Pires

Simone Vieira Pinto BragaMarcia Regina GamaMara Susana Behlau

Bianca Simone ZeigelboimMaroli Barreto Carvalho

Maria Salete Fontenele MacêdoMarcia Regina Salomão

Denise Brandão de Oliveira BrittoZulmira Osório Martinez

CCOOMMIISSSSÕÕEESS DDOO CCFFFFaa -- 88ºº CCOOLLEEGGIIAADDOO

CCOOMMIISSSSÃÃOO DDEE ÉÉTTIICCAAPPrreessiiddeennttee

Ana Elvira Barata Fávaro

Hyrana Frota CavalcanteNádia Maria Lopes de L. e Silva

CCOOMMIISSSSÃÃOO DDEE TTOOMMAADDAA DDEE CCOONNTTAASSPPrreessiiddeennttee

Maria Lúcia Feitosa Goulart da Silveira

Celina Pieroni de A. RezendeSilvia Maria Ramos

CCOOMMIISSSSÃÃOO DDEE LLIICCIITTAAÇÇÃÃOOPPrreessiiddeennttee

Nádia Maria Lopes de L. e Silva

Ana Elvira Barata FávaroHyrana Frota Cavalcante

CCOOMMIISSSSÃÃOO DDEE SSAAÚÚDDEEPPrreessiiddeennttee

Ana Elvira Barata Fávaro

Nádia Maria Lopes de L. e SilvaMaria Lúcia Feitosa Goulart da Silveira

Hyrana Frota CavalcanteGiselle de Paula Teixeira

Maria Salete Fontenele MacêdoMárcia Regina SalomãoZulmira Osório MartinezMaroli Barreto Carvalho

Maria Luisa Valor Y Rey Pires

CCOOMMIISSSSÃÃOO DDEE EEDDUUCCAAÇÇÃÃOOPPrreessiiddeennttee

Sílvia Maria Ramos

Ângela RibasMaria Lúcia Feitosa Goulart da Silveira

Denise Brandão de Oliveira BrittoBianca Simone Zeigelboim

Márcia Regina GamaMárcia Regina Salomão

CCOOMMIISSSSÃÃOO DDEE EESSTTUUDDOOSS DDAA FFOONNOOAAUUDDIIOOLLOOGGIIAA NNOO MMEERRCCOOSSUULL

PPrreessiiddeenntteeMaria Thereza M. Carneiro de Rezende

Ângela RibasGiselle de Paula Teixeira

Patrícia Balata

CCOOMMIISSSSÃÃOO DDEE DDIIVVUULLGGAAÇÇÃÃOOPPrreessiiddeennttee

Hyrana Frota Cavalcante

Giselle de Paula TeixeiraNádia Maria Lopes de L. e Silva

Maria Thereza M. Carneiro de RezendePatrícia Balata

Maroli Barreto CarvalhoMárcia Regina Gama

Maria Salete Fontenele MacêdoMaria Luisa Valor Y Rey Pires

Zulmira Osório Martinez

CCOOMMIISSSSÃÃOO DDEE AANNÁÁLLIISSEE DDEE TTÍÍTTUULLOO DDEEEESSPPEECCIIAALLIISSTTAA EE CCUURRSSOOSS DDEE

EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOOPPrreessiiddeennttee

Celina Pieroni de A. Rezende

Sílvia Maria RamosÂngela Ribas

Maria Thereza M. Carneiro de RezendePatrícia Balata

Denise Brandão de Oliveira Britto

Márcia Regina Salomão

Maroli Barreto Carvalho

CCOOMMIISSSSÃÃOO DDEE OORRIIEENNTTAAÇÇÃÃOO EEFFIISSCCAALLIIZZAAÇÇÃÃOO EE LLEEIISS EE NNOORRMMAASS

PPrreessiiddeenntteeCelina Pieroni de A. Rezende

Ana Elvira Barata FávaroMaria Lúcia Feitosa Goulart da Silveira

EEDD CCOOMMUUNNIICCAAÇÇÃÃOO LLTTDDAA

SIA QD. 5C AE 2 EDIFÍCIO EXECUTIVO, SALA 205

EEDDIITTOORRAASS

ELIZANGELA DEZINCOURT - 1222/PA

ÉRICA DOURADO - 1198/PA

DDIIAAGGRRAAMMAAÇÇÃÃOO,, IILLUUSSTTRRAAÇÇÃÃOO EE FFOOTTOOLLIITTOO

TECHNOARTE BUREAU E FOTOLITO DIGITAL

RREEVVIISSOORRAA

LAURISE RODRIGUES BURMANN

IIMMPPRREESSSSÃÃOO

TIPOGRAFIA BRASIL E EDITORA LTDA

TTIIRRAAGGEEMM

25 MIL EXEMPLARES

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Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004 n 5

E N T R E V I S T A

Sindicatos ganham força efortalecem Fonoaudiologia

JCFFa - Qual sua visão sobre asituação dos sindicatos de Fono-audiologia no país?

Hyrana Frota - A situação é decrescimento. A cada ano novos sindi-catos se formam com o apoio e a expe-riência dos outros sindicatos e dos con-selhos, lutando sempre por uma classejusta e mais ativa. Hoje, contamos comoito sindicatos em todo o país, sendoos da Grande São Paulo, Baixada San-tista, Espírito Santo, Paraná, MinasGerais e Ceará os mais atuantes. Já ossindicatos do Pará e Pernambuco exis-tem, mas estão sem funcionamento.

JCFFa - O que mudou, de fato, noSindicato do Ceará, em relação aoolhar das pessoas sobre o mesmo ?

Hyrana Frota - Este ano com-pletaremos 10 anos de fundação doSindicato dos Fonoaudiólogos doEstado do Ceará - Sindfono. Nesta ca-minhada percorremos muitas fases. Nocomeço não tínhamos muito crédito,eram poucos os associados, mas comperseverança e várias conquistas nos-sa realidade, hoje, é outra. Contamoscom a adesão de mais de 40% dos fono-

audiólogos do estado. Temos um sin-dicato muito mais fortalecido, que con-quistou seu espaço e o respeito dosórgãos públicos e privados. O princi-pal é que estamos conseguindo fazercom que cada associado seja um mul-tiplicador das idéias que o Sindfonodefende e com a participação de todos,as conquistas são menos árduas.

JCFFa - O Sindfono tem conquis-tas inéditas, como foi esse processo?Como é chegar no final vitorioso?

Hyrana Frota - O ano de 2003 foimarcante para a história do Sindfono.Após dois anos de negociações con-seguimos nossa 1ª Convenção Cole-tiva de Trabalho, sendo também a 1ªdo Norte e Nordeste. Isso é muito gra-tificante, apesar de saber que estamoslonge do nosso ideal. Conseguimos arealização de concursos públicos emalgumas cidades do interior e também60 vagas para o estado. Há 16 anos nãoera realizado nenhum concurso esta-dual. Já conseguimos algumas negoci-ações públicas e privadas, com di-minuição de carga horária e sem a re-dução de salário; aumento na tabela de

AA CCAADDAA AANNOO NNOOVVOOSS

SSIINNDDIICCAATTOOSS SSEE FFOORR--MMAAMM CCOOMM OO AAPPOOIIOO EE

AA EEXXPPEERRIIÊÊNNCCIIAA DDOOSS

OOUUTTRROOSS SSIINNDDIICCAATTOOSS EE

DDOOSS CCOONNSSEELLHHOOSS,,LLUUTTAANNDDOO SSEEMMPPRREE PPOORR

UUMMAA CCLLAASSSSEE JJUUSSTTAA EE

MMAAIISS AATTIIVVAA

Afonoaudióloga Hyrana Frota Caval-cante de Vasconcelos foi eleita presi-dente do Sindfono (Sindicato dos

Fonoaudiólogos do Estado do Ceará) para otriênio 2002-2005 e é uma de suas fundadoras.Sua atuação sempre foi marcante em defesa dosinteresses profissionais dos fonoaudiólogos. Àfrente do sindicato e também como conselheirado CFFa, Hyrana sabe das dificuldades e danecessidade de ter um sindicato forte e um con-selho atuante na defesa dos fonoaudiólogos.

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honorários dos planos desaúde, convênios ou adesburocratização emoutros convênios; aber-tura de concurso públicoe abertura de portas nomercado de trabalho,com a contratação paraprestadores de serviço. Avitória maior foi a aber-tura de nossa cooperati-va. Atualmente estamosem negociações comalguns convênios e pla-nos de saúde, que não dãoreajuste em sua tabela hávários anos.

JCFFa - Como estão as diferen-ças de piso salarial no país?

Hyrana Frota - No Brasil,somente os estados de São Paulo, Riode Janeiro e Ceará conquistaram aconvenção coletiva de trabalho. Nãoexiste uma diferença grande entre ossindicatos em relação ao piso sala-rial, o que dificulta são as negocia-ções salariais feitas com as Dele-gacias Regionais do Trabalho e ossindicatos dos "patrões". Na práticavimos que o piso salarial é somenteuma referência, pois os salários estãosendo mais altos que o da ConvençãoColetiva de Trabalho.

JCFFa - O que falta para que aspessoas participem mais da vidasindical?

Hyrana Frota - Consciênciapolítica e, sobretudo, consciênciaprofissional. Em particular, nossosindicato acredita que a consciênciase adquire ao longo dos anos, princi-palmente, iniciando-se na vida estu-dantil. Por acreditar nisso, o Sindfo-no realiza palestras nos cursos deFonoaudiologia e nas especializa-ções, demonstrando a necessidade deuma classe forte e unida para o cresci-mento da nossa profissão com ética econsciência.

JCFFa - Algumas pessoas nãotêm muito clara a diferença entreconselho e sindicato. Afinal, quaissão as diferenças?

Hyrana Frota - Sindicatos sãopessoas jurídicas de direito privado,que têm como atividade primordial adefesa dos interesses dos seus afilia-dos, representando seus associadosperante as autoridades, celebrandoacordos ou Convenção Coletiva deTrabalho (piso salarial, jornada de

trabalho) e negociando a Tabela deHonorários, como determina a Cons-tituição Federal. Já os ConselhosFederal e Regionais são autarquias,cuja principal incumbência é a fisca-lização do exercício profissional. OConselho Federal tem função norma-tiva, ou seja, define as normas e atosque devem conduzir o exercício pro-fissional. Aos Conselhos Regionais,cabem zelar e fazer cumprir o dispos-to na Lei 6.965/81, nas resoluções eportarias da entidade.

JCFFa - Qual a sua expectati-va em relação às atuais e futuraslutas dos Sindicatos de Fonoau-diologia no país ?

Hyrana Frota - A proposta doConselho Federal de Fonoaudiolo-gia e de alguns conselhos regionaisé apoiar cada vez mais as ações dossindicatos para o fortalecimento na-cional. O ideal seria um sindicato emcada estado. Aidéia é criar uma fede-ração que vai unir os sindicatos e for-talecer as lutas da nossa profissão.Para que isso seja possível nosso sin-dicato realiza, a cada dois anos, umajornada internacional de Fonoau-diologia com todos os sindicatos dasaúde do estado e de Fonoaudiologiado Brasil.

JCFFa - O que faz o fonoaudió-logo precisar do sindicato?

Hyrana Frota - O fonoaudiólo-go precisa de um sindicato para de-fender a categoria nas negociaçõessalariais e nos acordos coletivos eindividuais de trabalho, como o pisosalarial, carga horária, mensalida-des, jornada de trabalho, tabela dehonorários. Os sindicatos defen-dem os interesses econômicos dossindicalizados e representam o pro-fissional judicialmente e extrajudi-cialmente.

JCFFa - Como se dá o contatoentre os sindicatos da mesma cate-goria? Em que isso favorece a clas-se como um todo?

Hyrana Frota - Sempre que pos-sível entramos em contato com osoutros sindicatos de Fonoaudiolo-gia, como também de outras profis-sões. Esta parceria nos ajuda nas ne-gociações salariais. Nosso objetivoé fortalecer todas os sindicatos comsuas experiências individuais e cole-tivas e que de um modo geral o sindi-cato acaba beneficiando a classecomo um todo.

AA IIDDÉÉIIAA ÉÉ CCRRIIAARR UUMMAA

FFEEDDEERRAAÇÇÃÃOO QQUUEE VVAAII

UUNNIIRR OOSS SSIINNDDII--CCAATTOOSS EE FFOORRTTAALLEE--CCEERR AASS LLUUTTAASS DDAA

NNOOSSSSAA PPRROOFFIISSSSÃÃOO

E N T R E V I S T A

6 n Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004

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Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004 n 7

C F F A E M A Ç Ã O

CNE tem nova diretoriaO Conselho Nacional de Educação rece-

beu 12 novos integrantes. Uma renovação de50% dos conselheiros das câmaras de educaçãobásica e superior. Entre os escolhidos estão afilósofa Marilena Chauí; o presidente da UniãoNacional dos Dirigentes Municipais deEducação (Undime), Adeum Hilário Sauer; e ovice-reitor da Uniban, Milton Linhares. Osnovos conselheiros deveriam ter sido anuncia-dos no dia 15 de março, dias após o Ministérioda Educação encaminhar ao Planalto uma listabaseada em indicações de entidades do setor. A

demora na definição de nomes implicou novaspressões e o governo acabou remanejandonomes propostos pelas entidades. O ex-secretário do Ministério da Ciência eTecnologia, Antonio César Callegari, indicadoinicialmente para a Câmara de EducaçãoSuperior acabou ficando na de ensino básico.

Para a Câmara de Educação Básica foramnomeados: Adeum Hilário Sauer (presidenteda Undime), Carlos Lejar (Academia Brasileirade Letras), Cléia Brandão Alvarenga Craveiro(Faculdade Católica de Goiânia), Maria Beatriz

Luce (Universidade Federal do Rio Grande doSul), Antonio César Callegari (ex-secretário daCiência e Tecnologia), Murilo Hingel (ex-mi-nistro de Educação). A Câmara de EducaçãoSuperior ficou com a seguinte composição:Alex Bolonha Fiuza de Mello (reitor daUniversidade do Pará), Antônio Carlos Ronca(reitor PUC de SP), Milton Linhares (vice-reitorda Uniban), Anaci Bispo Paim (vice-presidentedo Consed), Marilena de Souza Chauí (filóso-fa) e Paulo Monteiro Barone (professor federalde Juiz de Fora).

Aula Magna A presidente do CFFa, Maria Thereza, proferiu Aula Magna no curso de Fonoaudiologia, da Feevale (RS). A presidente também represen-

tou o conselho no I Encontro de Coordenadores de Curso de Fonoaudiologia do RS, ocorrido no dia 11 de março. A Feevale acredita que a trocade experiência é enriquecedora e pretende promover mais eventos deste porte. O CRFa 7a Região foi representado por Marlene Canarin Danese,que relatou a trajetória de instalação do conselho regional. A conselheira do CFFa, Nádia Maria Lopes de Lima e Silva, também esteve presente.

Congresso Gaúcho de FonoaudiologiaA conselheira do CFFa, Nádia Maria Lopes de Lima e Silva, representou o conselho no Congresso Gaúcho de Fonoaudiologia, que reuniu

130 participantes, nos dias 1, 2 e 3 de abril de 2004, em Porto Alegre (RS). A fonoaudióloga Nádia fez uma palestra de 30 minu-tos, onde abordou os novos rumos da Fonoaudiologia e esclareceu muitas dúvidas do grupo.

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CFFa garante mudança na profissão

O Conselho Federal de Fonoaudio-logia solicitou ao Ministério do Traba-lho a mudança na Classificação Brasi-leira de Ocupação e conseguiu sua a-provação. A partir da publicação, queocorrerá em julho, a Fonoaudiologiaficará em uma família exclusiva, assimcomo ocorre com outros profissionaisda área de saúde. A alegação do con-selho é que não havia profissão comocupação similar, por isso a necessida-de da exclusividade. Com a mudança,os fonoaudiólogos terão um novo nú-mero de código. Na ocupação antiga aFonoaudiologia estava na família dosprofissionais da "Fonoaudiologia, Fi-sioterapia e afins". Segundo Aline Soa-res, técnica da divisão da CBO, com anova classificação ficará claro o traba-lho do fonoaudiólogo.

Fonoaudiologia BrasilA revista Fonoaudiologia Brasil,

uma publicação científica do CFFa, vaipassar por várias inovações a partirdeste ano. O conselho quer tornar a re-vista acessível a todos, inclusive inter-nacionalmente. A comissão de divul-gação estuda a melhor possibilidade deacesso a revista virtualmente, a partirde um link exclusivo. As possibilidadessão muitas. Ao final de cada ano, asedições virtuais serão digitalizadas eenviadas aos fonoaudiólogos. É sóesperar as novidades em breve.

Dia Mundial da SaúdeO dicionário nos fala: "Estado

sadio, de são. Estado habitual de equi-líbrio do organismo. Força, vigor. Es-tado de completo bem-estar físico,mental e social". Na nossa linguagem,enquanto profissionais, saúde é profis-são, amor e objetivo. Dia 7 de abril foio Dia Mundial da Saúde, mas que asreflexões se estendam por todos os diasdo ano. Muita saúde a todos! CFFa.

PL da VozO Projeto de Lei 1.128/2003, que

dispõe sobre a criação do ProgramaNacional de Saúde Vocal do Professorda Rede Pública de Ensino, foi aprova-do na Comissão de Educação da Câ-mara dos Deputados e, atualmente, en-contra-se na Comissão de SeguridadeSocial, tendo como relator o deputadoDarcísio Perondi (PMDB-RS), que jáse posicionou favorável ao projeto. Oconselho está aguardando o parecer queserá votado na comissão, para que oprojeto seja encaminhado para aComissão de Constituição Justiça eRedação.

PLS do Ato Médico Os Conselhos Federais da área da

Saúde estão se reunindo periodica-mente para discutir a redação do Projetode Lei do Senado e tentar chegar a umconsenso. O relator, senador Tião Viana(PT-AC), está aguardando o resultadodestas reuniões para emitir o parecersobre o projeto. Prova que a Fonoau-diologia está ganhando espaço.

Teste da OrelinhaO PL 3.842/1997 recebeu parecer

favorável na Comissão de Constitui-ção e Justiça e de Cidadania (CCJC).O conselho já pediu reunião com opresidente da Comissão, deputadoMaurício Rands (PT-PE), para soli-citar a inclusão do PL em pauta. As-sim que aprovado, o projeto seguirápara o Senado.

Fique de olho nos concursosO site do CFFa disponibiliza, freqüentemente, informações sobre concursos para a

área de Fonoaudiologia. Fique de olho no site www.fonoaudiologia.org.br e saiba quais osconcursos que estão acontecendo. Você também pode mandar informações sobre concur-sos que acontecerão na sua cidade ou região para divulgação. Em breve, conforme infor-mações do Conselho Regional da 1ª Região serão realizados concursos para as prefeiturasde Resende e de Piraí, no estado do Rio de Janeiro. O estado do Ceará também abriu 60vagas para fonoaudiólogos, e a prefeitura de Maracanaú, 9 vagas. Aprova é em junho.

Vários concursos estão surgindo pelo país e com aumento de vagas para fonoaudiólo-gos. No mês de maio, a Fundação Zerbini (DF) abriu inscrição para concurso público emvárias áreas da saúde. Foram 50 vagas para a Fonoaudiologia, com uma carga horária de20 horas semanais e a remuneração de R$ 1.451. É mais uma vitória da Fonoaudiologia.O Hospital Sara Kubistchek, um dos mais conceituados do país, também abriu concurso eestá realizando o treinamento de sete fonoaudiólogos. Os profissionais foram chamadosno dia 10 de maio e farão um treinamento de seis meses. Ao final, três ficarão em Brasília,os demais irão para Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro e São Luís.

Mas lembre-se que também é preciso ficar atento aos concursos e informar ao seuregional ou mesmo ao sindicato se perceber alguma irregularidade. Recentemente, oSindfono (Sindicato dos Fonoaudiólogos do Estado do Ceará) embargou um concurso dointerior do estado por causa de irregularidades.

Pela primeira vez em oitos anos, os for-mandos do ensino superior no país nãoterão de fazer o Provão. O exame, que ocor-ria tradicionalmente em junho e tinha seusresultados divulgados em dezembro,acabou de vez. Agora entra em cena oExame Nacional de Desempenho dosEstudantes (Enade). Em novembro, estu-dantes de 13 cursos (Medicina, Enfer-magem, Odontologia, Fisioterapia, Edu-cação Física, Farmácia, Serviço Social,Terapia Ocupacional, Nutrição, Fonoau-diologia, Agronomia, Zootecnia e Veteri-nária), escolhidos por sorteio, terão de fa-zer uma avaliação que integrará a nota doseu curso. Quem faltar, não recebe o diplo-ma no fim da graduação. A cada ano vaimudar o grupo de sorteados para evitar que

a instituição invista apenas em um grupo. A realização do exame ainda depende

da Câmara dos Deputados, que vai anali-sar pela segunda vez a medida provisóriade criação do Enade. A MP foi aprovadapelo Senado, mas recebeu algumas emen-das e, por isso, teve de voltar aos deputa-dos, que já haviam aprovado a medida noinício de março.

O Instituto Nacional de Estudos e Pes-quisas Educacionais (INEP), do Ministérioda Educação, solicitou ao CFFa a indicaçãode cinco nomes de professores especialistasna área de Fonoaudiologia para integrar obanco de consultores junto ao instituto, deonde serão designados os membros dascomissões que definirão as diretrizes para oprimeiro ENADE nessa área.

Sai o Provão, entra o Enade

C F F A E M A Ç Ã O

3ª Conferência Nacional deSaúde Bucal

O tema deste ano é "Acesso e quali-dade, superando a exclusão social". OCFFa está participando ativamente dosdebates. O evento foi dividido em trêsetapas: municipal - até 10 de maio de2004; estadual - até 10 de junho de 2004;e nacional - de 1 a 4 de julho de 2004. Aototal serão 1.090 delegados reunidos paradiscutir os rumos dos projetos nessa área.Esta foi mais uma oportunidade que aFonoaudiologia utilizou para se incluirnos projetos futuros que serão desen-volvidos na área de saúde. A Fonoau-diologia já deu um bom exemplo e empla-cou muitas vitórias na 12ª ConferênciaNacional de Saúde. Então, vamos man-ter o pique e continuar abrindo portas paraa profissão.Informações:http://conselho.saude.gov.br

8 n Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004

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Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004 n 9

Participação do CFFa no 19º EncontroInternacional de Audiologia

Os Conselhos Regionais e oFederal de Fonoaudiologia estive-ram representados no 19º EncontroInternacional de Audiologia (EIA),que aconteceu entre os dias 29 deabril e 02 de maio, na cidade deBauru (SP). No estande dos Con-selhos os fonoaudiólogos tiveramacesso a material de divulgação daFonoaudiologia, ao manual de ori-entação aos profissionais que atu-am na área da Audiologia e ao novoCódigo de Ética, lançado em abrilde 2004. Os conselheiros estiveramà disposição dos profissionais paraesclarecimentos e consultas referente a atuação profissional.

O Fórum dos Conselhos abordou as ações destas entidades de classe e,como proposição, ficou a necessidade de levar ao Ministério da Saúde a soli-citação de liberação de credenciamento de serviços para atendimento à Portaria432 do SUS.

C F F A E M A Ç Ã O

Um levantamento realizado mos-trou que poucos fonoaudiólogos

que terminam um curso de especializaçãonão pedem ao CFFa o título de especia-lista. O conselho é a única entidade daFonoaudiologia a conceder títulos deespecialista. Atualmente existem quatroáreas de especialização: audiologia, mo-tricidade oral, linguagem e voz. O conse-lho atribui o título de especialista nasdiversas áreas para os fonoaudiólogos quetiverem realizado um curso devidamentecredenciado pelo CFFa e sigam suas deter-minações quanto ao programa e cargahorária. Ao final do curso o aluno recebeum certificado de conclusão, que deve serenviado ao conselho para análise e con-cessão do título. Você encontra a relaçãode todos os cursos de especializaçãoaprovados pelo conselho no site www.fo-noaudiologia.org.br .

Título de especialista:peça o seu agora!

MESA DE ABERTURA COM A PARTICIPAÇÃO DE ÂNGELA

RIBAS, VICE-PRESIDENTE DO CFFA

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AAmmaammeennttaaççããoo nnããoo éé bbiicchhoo--ppaappããooÉÉ ssaaúúddee,, aatteennççããoo,, ccaarriinnhhoo!!

A L E I T A M E N T O M A T E R N O

Acreditar que o peito pode, literal-mente, ficar caído com a amamen-tação. Esse mito talvez ainda seja umdos grandes vilões contra o aleita-mento materno. Apesar de haver es-clarecimentos na mídia e em consul-tórios, muitas mulheres ainda têmmedo do que possa ocorrer com o cor-po delas. Mas esse cenário pareceestar ganhando outras cores com oincentivo à amamentação materna. Ea Fonoaudiologia vem ajudando nes-sa batalha.

Realizando um trabalho preventi-vo de alterações de linguagem e fun-ções estomatognáticas ao estimularo aleitamento materno, a Fonoau-diologia marca sua atuação em diver-sos hospitais e clínicas do país. "Nos-so trabalho é de extrema importânciae vem sendo ampliado. O reconheci-mento do nosso trabalho é conse-qüência de uma intervenção séria em-basada cientificamente que traz gran-des contribuições", ressalta BiancaVenâncio Romanini, mestranda emCiências da Saúde, atualmente avali-adora da Iniciativa Hospital Amigoda Criança, do Ministério da Saúde.

Maristela Cavalheiro Tamborin-deguy França, mestranda do progra-ma de pós-graduação em ciênciasmédicas, trabalha no Hospital NossaSenhora Conceição, em Porto Ale-gre, RS, explica que a principalmudança observada nos últimos tem-pos é que o aleitamento maternodeixou de ser visto como uma sim-ples prática, pensada como se fosseinstintiva, para ser reconhecido comoum tema científico que exige estudoe pesquisas, principalmente de baseepidemiológica.

A fonoaudióloga Susana ElenaDelgado, mestre em Saúde Coletiva,também vê de maneira promissora aFonoaudiologia nessa área. "É um

campo que tem crescido, tanto ematuação como em pesquisa. Isto sereflete no respeito que outras espe-cialidades da área da saúde têm pelotrabalho do fonoaudiólogo", ressalta.

Com o incentivo à amamentaçãomaterna no país cresce a possibili-dade de mercado de trabalho paradiversos profissionais de saúde.Mais do que isso. Nasce uma novaconscientização do que é ser mãe edo porquê ser tão essencial o ato deamamentar.

Para a fonoaudióloga AndréaLira de Lima, que trabalha na Mater-nidade Odete Valadares, MG, hospi-tal com o título Amigo da Criança,"já é comum pediatras e enfermeirosorientarem a amamentação, pro-movendo postura correta da línguae ganho de tônus adequado". Segun-do Andréa, esta conscientização nãoé algo novo. Muito se deve ao fato

de que em1990, repre-sentantes devários países,inclusive oBrasil, reuni-ram-se e fir-maram a "De-claração de I-nocenti", so-bre o apoio àamamen ta -ção. Desde

então, a Orga-nização Mun-dial de Saúde, oMinistério daSaúde do Bra-sil e o UNICEFadotaram umconjunto de me-didas com oobjetivo de mo-

bilizar os estabelecimentos de sa-úde quanto à importância da ama-mentação.

A fonoaudióloga Maria TeresaCera Sanches, doutoranda em Saú-de Pública pela Faculdade de SaúdePública da USP, atua na área de neo-natologia e aleitamento materno des-de 1991. Segundo Maria Teresa, astaxas de aleitamento materno, atra-vés de pesquisas epidemiológicasnacionais, demonstram modifica-ções favoráveis quanto à prática doaleitamento materno nas últimas trêsdécadas. Observou-se que a duraçãomediana do aleitamento maternopassou de 2,5 meses na década de 70,para 5,5 meses em 1989, comprovan-do uma melhora nesse índice, apon-tando uma duração mediana de ama-mentação de 10 meses em 1999, se-gundo o estudo realizado pelo Minis-tério da Saúde em capitais brasileirase no Distrito Federal, 1999.

Mais informações sobre o assuntono site www.fonoaudiologia.org.br

10 n Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004

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Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004 n 11

O bebê quer chupeta, e agora?

Achupeta é um dos pontos mais dis-cutidos entre fonoaudiólogos. Usar ounão, como e quando usar, todas essasquestões se tornaram pauta em diver-sos debates pelo país afora.

A fonoaudióloga Susana ElenaDelgado diz que a questão não é sercontra ou a favor da chupeta. Segundoela, a chupeta também está inserida emuma prática cultural muito arraigada.Mas defende a moderação. "Sabemosque o uso indiscriminado, contínuo eabusivo é nocivo, portanto, deve serevitado. Se o bebê mama no seio, teori-camente não precisa da chupeta. O tra-balho motor fisiológico necessário parao desenvolvimento craniofacial é rea-lizado na amamentação. "Se mesmoinformando a mãe ela decide usar chu-peta, devemos, então, orientar o tipo(ortodôntico), a freqüência de uso(mínimo) e a idade da retirada (antesdos 24 meses)", aconselha. Em relaçãoao uso terapêutico da chupeta em bebêshospitalizados, para estimulação dasucção não-nutritiva, Susana conside-ra válido, desde que criteriosamenteorientado pelo fonoaudiólogo.

Maria Lúcia Feitosa Goulart da Sil-veira, pós-graduada em AudiologiaEducacional, conselheira efetiva doCFFa, e coordenadora do Programa deAssistência Integral à Saúde da Mulher,da Criança e do Adolescente, afirmaque vários estudos têm mostrado o im-pacto que as ações de promoção, pro-teção e apoio ao aleitamento maternovêm desempenhando no resgate da prá-tica do aleitamento materno no Brasil.

Quanto a chupeta, Maria Lúcia ex-

plica que ela é o primeiro cala boca quedizemos aos nossos filhos. "Quando elenasce ainda não conhecemos este ser,ele se comunica pelos gestos, pelo cho-ro... É preciso dar tempo e observar obebê para identificarmos as suas reaisnecessidades", afirma.

Nesta questão cultural tão arraiga-da e incentivada pela mídia, o profis-sional de saúde deve ter em mente aspolíticas públicas de saúde. Através daNorma Brasileira de Comercializaçãode Alimentos para Lactentes e Criançasde Primeira Infância, Bicos, Chupetase Mamadeiras (NBCAL), portaria 2.051e a resolução 221, o Ministério da Saú-de determinou que os fabricantes de bi-cos, chupetas e mamadeiras serão obri-gados a alertar o consumidor sobre osproblemas causados pelo uso do pro-duto. Todos os rótulos deverão ter umaadvertência dizendo: "O Ministério daSaúde informa: a criança que mama nopeito não necessita de mamadeira, bicoou chupeta. O uso da mamadeira, bicoou chupeta prejudica a amamentação eseu uso prolongado prejudica a denti-ção e a fala da criança".

Alegislação também determina queos fabricantes são proibidos de veicu-lar qualquer propaganda nos meios decomunicação e criar estratégias de pro-moções para induzir a venda de seusprodutos. Os dez passos para o sucessodo aleitamento materno, da Organiza-ção Mundial de Saúde e do UNICEF,também direcionam para o repensar depráticas comuns em nossa sociedade.

Existem estudos no Brasil que de-monstram que as chupetas geralmente

são usadas paraacalmar o bebê,sem lhes dar u-ma alimenta-ção, e bebêsque usam chu-petas podem seramamentados menos vezes ao dia.Quando a estimulação do peito e a re-moção do leite são diminuídas, a pro-dução do leite diminui, o que pode le-var ao término antecipado da amamen-tação.

Segundo o Ministério da Saúde, noBrasil, a incidência de crianças que u-sam mamadeira e chupeta é bem alta.Os números apontam para 62,8% decrianças adeptas à mamadeira e 52,9%à chupeta. Para uma correta articu-lação dos fonemas é necessário que acriança tenha uma boca normal, comdentes se encaixando em harmonia, ecom articulação correta. A chupetapode acarretar diversas alteraçõeslevando a uma fala incorreta.

Um outro agravante são as mama-deiras, que também induzem a respi-ração pela boca. Cerca de 60% dos ca-sos de crianças que não respiram pelonariz foram causados pelo uso da ma-madeira. Os maus hábitos orais alte-ram a produção de sons, comprome-tendo a fala."Isso acontece porque obebê que mama no peito desenvolveos músculos responsáveis pelos movi-mentos de sucção, deglutição e respi-ração, o que não acontece com os queusam a mamadeira, pois não realizama 'ginástica' necessária para sugar oseio", observa Maria Lúcia.

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12 n Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004

"No início, como marinheira de primeiraviagem, pensava que não poderia amamen-tar já que fiz uma plástica de redução demama na adolescência. Além disso, nãosabia como fazer o Lucas (2 anos) pegar opeito, pois imaginava que a criança mamavapelo bico do seio e eu não tenho bico. Não hásentimento igual. É a forma mais pura de

amor, carinho, entrega e doação. Mesmocom pouca idade, em momento algum mepreocupei com a questão estética. Acreditoque essa preocupação seja mais um mito e amedicina estética existe para dar suporte aesses problemas. Não existe desculpa paranão amamentar. Além do excelente desen-volvimento que a criança apresenta, tem aquestão da imunização natural que é muitoimportante. A intimidade que surge com aamamentação entre mãe e filho é inques-tionável. Infelizmente não pude curtir muitoessa fase. Com 35 dias que meu filho tinhanascido recebi de forma abrupta a notícia defalecimento de meu avô materno e a partirdeste momento meu leite nunca mais'desceu'. Tentei por muitos dias estimular oleite a descer colocando o Lucas pra mamar,mas foi em vão. Futuramente, pretendo teroutro filho e amamentá-lo por mais tempoque o primeiro".

LARISSA DOURADO TOLEDO, 26 ANOS,ZOOTECNISTA, ÁGUA BOA - MT

NNããoo eexxiissttee ddeessccuullppaa ppaarraa nnããoo aammaammeennttaarrTTrrooccaa ddee ccaarriinnhhoo

"Acho muito importante a amamen-tação por vários fatores. Seja a imuniza-ção natural, o contato físico entre mãe efilho, a troca de carinho. Confesso quesentia uma ponta de inveja quando via aLarissa amamentando. Nós colocáva-mos o Lucas sem roupas no colo dela eela tirava a blusa ficando o contato pelecom pele. Era uma cena linda. Foi commuito pesar que aceitamos que o leiteda Larissa havia realmente 'secado',apesar dela ter feito na adolescênciauma mamoplastia, ainda assim, tinhaleite em quantidade suficiente para ama-mentá-lo. O Lucas também sofreu como fim da amamentação. Durante muitotempo ele ainda procurava o peito quan-do estava no colo da Larissa."

RENATO FIGUEIREDO NETTO, ZOOTECNISTA,25 ANOS, MARIDO DE LARISSA

MITOS E VERDADES

PROJETO CANGURU

MMiittoossEntre os mitos mais comuns estão:· o arroto no peito causa ferida na mama;· se o leite cair na frigideira quente ele seca;· para aumentar a produção de leite passar pente no

peito, beber água inglesa e comer canjica;· o "leite fraco";· seios pequenos produzem pouco leite;· cerveja preta aumenta a produção de leite;· mulher que fez cesárea não tem leite.

VVeerrddaaddeess· O silicone não apresenta problemas para a ama-

mentação, sendo recomendado o mesmo cuidado de umamulher que não possui a prótese;

· Aamamentação não deixa os seios flácidos. O quecausa flacidez é o excesso de peso (o que faz distender apele) e a falta de prevenção. O controle de peso, bemcomo o uso de hidratantes, massagens e exercícios físi-cos ajudam bastante, assim como a amamentação auxi-

lia na perda de peso após o parto e no retorno do úteroevitando hemorragias. Orienta-se que a mãe use sutiã deboa sustentação nos momentos em que ela não estejaamamentando;

· A cerveja preta não aumenta a produção. Demaneira geral, o uso do álcool é contra-indicado na ama-mentação porque pode passar no leite para o bebê. A boaalimentação e hidratação, juntamente com a tranqüili-dade, aumentam a produção. Sem falar na própria esti-mulação do seio, com a sucção da criança;

· Amãe que faz cesárea pode amamentar como qual-quer outra. Pode acontecer de demorar um pouco maisno processo de descida inicial do leite;

· Não existe leite fraco. Todo leite materno é ade-quado para o desenvolvimento do bebê. Não há necessi-dade da oferta de outros alimentos, exceto sob orien-tação médica. É importante que o bebê esvazie toda amama, pois inicialmente o leite sacia a sede, por ser maislíquido. Ao final da amamentação, o leite com mais lipí-dios sacia a fome.

O Método Canguru consiste em uma sé-rie de procedimentos de assistência huma-nizada ao recém-nascido de baixo peso noqual a prioridade é a melhor qualidade devida para estes bebês muito frágeis e pe-quenos, que precisam de um tempo de in-ternação mais ou menos prolongado. Elepromove, através da posição Canguru, ocontato pele a pele entre a mãe e o bebê pre-maturo, desde que este bebê tenha condi-ções clínicas para sair da incubadora.

Aposição consiste em colocar o bebêjunto ao peito da mãe, em decúbitoprono, favorecendo o contato cor-

poral e o vínculo, a manutenção do

calor e o incentivo ao aleitamento natural.Cada vez mais, os fonoaudiólogos têm acrescentado na

sua atuação este método que já é norma nas maternidadesbrasileiras através da Portaria nº 693, de 5 julho de 2000. Aportaria prevê a atuação de equipe multidisciplinar, incluin-do o fonoaudiólogo entre os profissionais necessários para oatendimento.

Entre os benefícios que se observam neste método, alémda substituição da incubadora por uma fonte humana de ca-lor e alimento, pode-se ressaltar a maior possibilidade decomunicação entre a mãe e o bebê, a promoção da compe-tência materna nos cuidados do prematuro e a facilitação derelacionamento entre a equipe e a família. Do ponto de vistafonoaudiológico é uma ótima abordagem de intervenção comprematuros.

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Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004 n 13

FFoonnoo oonn lliinneeAAlleeiittaammeennttoo mmaatteerrnnoo nnaa wweebb

FGA MARA LIGIA C. DAHER PICCARONE

CRF: 4703/SPE-MAIL: [email protected]

Foi com grande satisfação que recebio tema deste número do jornal. Além deser um assunto relevante, temos um bomnúmero de sites brasileiros sobre o assun-to, fato inédito nessa coluna. Sabemosda importância do aleitamento para ainteração mãe - criança e para promoçãodo desenvolvimento da linguagem.Como fonoaudiólogos devemos saberas vantagens da amamentação para ori-entar os pais, fornecer-lhes materialpara leitura, esclarecer suas dúvidas,incentivar o aleitamento. Sem dúvidaas páginas da WEB podem nos aju-dar nessa empreitada. Vamos aosendereços, que espero, sejam úteis aotrabalho do fonoaudiólogo.

Na página da Sociedade Bra-sileira de Pediatria (SBP) há umaentrevista com a presidente do depar-

tamento de aleitamento materno,doutora Elsa Giugliani e informações

sobre as campanhas realizadas noBrasil: http://www.sbp.com.br/show_i-

tem2.cfm?id_catego-ria=17&id_deta-lhe=1078&tipo=D

Respostas para questões como: por queamamentar, fisiologia da amamentação,podem ser acessadas em: http://www.aleitamento.org.br/manual/ e alguns arti-gos podem ser recuperados em: http://www.aleitamento.org.br/arquivos/

No site da Unifesp há informaçõessobre o assunto, e também, sobre um

curso básico e outro de aperfei-

çoamento em aleitamento materno paraprofissionais de saúde que podem serencontradas na página do Centro de Incen-tivo e Apoio ao Aleitamento Maternohttp://www.unifesp.br/centros/ciaam/cur-so.htm

Ainda no mesmo site, resumos de dis-sertações e teses. Clique em publicaçõesou vá até: http://www.unifesp.br/cen-tros/ciaam/publica.htm

Há uma página coordenada por umpediatra, que aborda mãe canguru, lei doprematuro e traz um vídeo sobre amamen-tação: http://www.aleitamento.med.br/

AWorld Alliance tem capítulo em por-tuguês: http://www.waba.org.br/brasil/. Apágina em inglês também vale ser vista.

Textos sobre aleitamento materno elink para terminologia em aleitamento(DeCS):http://www.bvsam.fiocruz.br/html/pt/home.html

Sobre o hospital Amigos da Criança ,instituição com trabalho sério que pro-move o aleitamento materno: http://dtr2001.saude.gov.br/sps/areastecnicas/scriança/aleitamento/aleitamento.htm.Mais artigos de interesse, como o aleita-mento por mulheres infectadas pelo HIV:http://dtr2001. saude.gov.br/bvs/publica-coes/aleitamento_hiv.pdf

Um artigo sobre o processo de comu-nicação com a nutriz, que aborda algumasdificuldades que elas podem encontrar,pode ser lido em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v10n2/10520.pdf

O endereço abaixo, traz fôlder com di-cas para amamentação:

http://www.einstein.br/espacosaude/bi-

blioteca/pdf/aleitamento.pdf

Aspectos de saúde bucal: http://www.terravista.pt/bilene/2104/leite.htm

Alguns sites com artigos em inglês. Oprimeiro, da Federação Americana de dro-gas e alimentação, tem um começo muitosugestivo: muitos pais querem dar o me-lhor aos filhos... leia mais em http://www.fda.gov/fdac/features/895_brstfeed.html

Fissura e amamentação - http://www.cleft.ie/feeding.htm

Abordando a relação causal entre falae amamentação: http://www.new-vis.com/ fym/papers/p-feed8.htm

Quem quiser ler uma pesquisa sobreamamentação de bebês prematuros deveacessar http://www.neonatal-nursing.co.uk/pdf/mar01dev.pdf

Sobre o papel do fonoaudiólogo quetrabalha em unidades neonatais:

http://www.asha.org/NR/rdonlyres/7BBBE03B-A34C-4052-95A3-742B1EA B11B4/ 0/v3TRslpnicu2004. pdf

Também na home-page da ASHA, ou-tro artigo:O que o fonoaudiólogo que tra-balha em unidades neonatais deve saberhttp://www.asha.org/NR/rdonlyres/2A781C29-71A7-4AEE-A9F3-F51338223643/ 0/829Handout.doc

Há muito maisna Net, basta terpaciência e dis-posição. Até opróximo número.

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CFFa tem novo comando

No dia 21 de abriltomou posse a novadiretoria do ConselhoFederal de Fonoaudio-logia. Como em timeque está ganhando nãose mexe, a maioria doscomponentes da gestãoanterior permaneceu. O8º colegiado assumiu parauma gestão de abril de2004 a abril de 2007.

A diretoria executiva tem co-mo presidente Maria TherezaMendonça C. de Rezende, ÂngelaRibas como vice-presidente, Patrí-cia Balata como diretora-secretáriae Giselle de Paula Teixeira como di-retora-tesoureira. Confira o nomedos conselheiros efetivos e suplentesna página 17.

Os conselheiros efetivos e suplen-tes estarão discutindo os interesses dosfonoaudiólogos em 11 comissões: doMercosul, de Ética, de Licitação, de To-mada de Contas, de Divulgação, de Co-municação Virtual, de Análise de Títulode Especialista e Cursos de Especializa-ção, de Orientação e Fiscalização, Leis eNormas, de Educação e de Saúde.

A posse da nova diretoria foi marcadapela entrega do novo Código de Ética, quevai nortear os profissionais da área. Afonoaudióloga Abigail Muniz Caraciki,do Rio de Janeiro, foi a convidada espe-cial das comissões de ética do ConselhoFederal e Regionais, responsáveis pelareformulação, para receber o primeirocódigo, representando os demais cole-gas de profissão. Esta foi mais uma

homenagem do conselho a Abigail, que tem o título deregistro profissional nº 0001, expedido em 16 de de-zembro de 1983 pelo conselho.

A atual diretoria ganhou a eleição com a chapa"Ação e União". "Este grupo teve o cuidado e o cari-nho em trabalhar na formação de uma plataforma quepudesse vir a ser realmente cumprida. Cada integran-te da chapa terá uma função neste projeto. O grupo édiversificado e composto por profissionais altamentecapacitados em diferentes áreas: motricidade oral,linguagem, voz e audição. Um forte diferencial dogrupo é o fato de ser formado por fonoaudiólogos degrandes centros e do interior, fazendo com que pos-samos estar mais próximos da realidade da Fonoau-diologia pelo país, e podermos fazer um trabalhomais equilibrado e descentralizado", explica MariaThereza, ao falar da composição da chapa.

Participaram da posse, em Brasília, as fonoau-diólogas Nise Mary Cardoso, presidente do CRFa 1ªRegião; Sílvia Tavares de Oliveira, presidente doCRFa 2ª Região; Maria Regina M. Alves, represen-tante do CRFa 3a Região; Ana Augusta Cordeiro, pre-sidente do CRFa 4ª Região; Auriana Motta, presi-dente do CRFa 5ª Região; Flávia U. Bretas Fernan-des, presidente do CRFa 6ª Região, e Simone Barce-los Teixeira, presidente do CRFa 7ª Região. Confiraas fotos da solenidade de posse.

8º COLEGIADO ASSUME COM PREOCUPAÇÃO EM FORTALECER

A CLASSE PROFISSIONAL EM TODO O BRASIL

14 n Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004

FOTO OFICIAL DO 8O COLEGIADO

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Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004 n 15

C o n h e ç a a s p r o p o s t a s d o 8 º C o l e g i a d o

EEnnttiiddaaddeess ddee ccllaassssee ccoomm oooobbjjeettiivvoo ddee::

1. Fortalecer as relações entreconselhos de Fonoaudiologia, vi-sando somar a força de trabalho emprol da profissão;

2. Incentivar e apoiar eventoscientíficos, debates entre conselhose outras entidades de classe;

3. Fortalecer as relações entreentidades da classe: Conselhos, As-sociações, Sociedades, Sindicatos,Cooperativas, fomentando estudosintegrados com objetivo principal deampliar a atuação do fonoaudiólogo;

4. Apoiar a criação da Federa-ção de Fonoaudiologia, por meio defortalecimento e integração entresindicatos da categoria;

5. Garantir a autonomia da ati-vidade fonoaudiológica prevista naLei 6.965/81, nas resoluções e de-mais normatizações emanadas doCFFa;

6. Opor-se à disparidade entreas profissões de saúde.

GGoovveerrnnoo ccoomm oo oobbjjeettiivvoo ddee::1. Consolidar o trabalho de

inclusão das ações fonoaudiológicas,na tabela de procedimentos do SUS,nas portarias, programas, nas cam-panhas e demais ações públicas;

2. Inclusão do profissional fo-noaudiólogo em ações coletivas desaúde em todos os níveis de atenção àsaúde principalmente em prevenção;

3. Atuar junto aos Ministériosdo Trabalho, Educação e Saúde for-

necendo subsídios sobre a atuaçãodo profissional fonoaudiólogo;

4. Conquistar a inserção da Fo-noaudiologia na Legislação que re-gulamenta os planos de saúde, man-tendo as negociações junto à AgênciaNacional de Saúde e ao CongressoNacional;

5. Estreitar as relações políti-cas com outros países co-irmãos,dando continuidade aos trabalhos defonoaudiólogos integrados no Mer-cosul e desenvolver um plano de açãoem conjunto com especialistas daprofissão e Conselhos;

6. Divulgar, apoiar e subsidiarprojetos de Lei que valorizem a Fo-noaudiologia.

CCllaassssee ffoonnooaauuddiioollóóggiiccaa ccoommoo oobbjjeettiivvoo ddee::

1. Estimular a aproximação en-tre fonoaudiólogo e conselhos, pormeio de debates sobre as condiçõesprofissionais e acadêmicas da classe;

2. Promover ações coletivasque esclareçam e fortaleçam a com-petência e os direitos legais do fono-audiólogo;

3. Estimular a consciência po-lítica dentro da Fonoaudiologia;

4. Formar o Fórum Fonoaudi-ológico Permanente nos congressos,com objetivo propositivo;

5. Incentivar a formação demultiplicadores de ações fonoaudio-lógicas junto aos órgãos públicos e àpopulação;

6. Estimular a inserção do fo-

noaudiólogo em novos campos detrabalho e, principalmente, fora dosgrandes centros;

7. Realizar mapeamento de to-das as regiões do Brasil e Mercosul,objetivando promover melhor equi-líbrio entre oferta e procura no mer-cado de trabalho.

EEdduuccaaççããoo ee ffoorrmmaaççããoo ccoomm oooobbjjeettiivvoo ddee::

1. Desenvolver ações conjun-tas entre IES e Conselhos para for-mação do profissional;

2. Dar continuidade à discus-são de especialidades em Fonoau-diologia e seus respectivos critérios;

3. Desenvolver atividades con-juntas, apoiar campanhas e eventos,estreitando a parceira com profissõesafins, visando divulgar a Fonoau-diologia e suas áreas;

4. Desenvolver trabalho de di-vulgação junto com as IES visandoatrair maior público interessado nagraduação em Fonoaudiologia.

SSoocciieeddaaddee ccoomm oo oobbjjeettiivvoo ddee::1. Divulgar a profissão junto

aos órgãos públicos e privados, vi-sando a inserção do profissional fo-noaudiólogo nas diferentes áreas deatuação, integrando esforços dosConselhos Regionais, SociedadeBrasileira e profissionais;

2. Continuar com a divulgaçãoda profissão, efetivando um forte tra-balho na mídia, nas áreas de saúde,educação e no governo federal.

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1) Quais os be-nefícios que o novocódigo traz para apopulação?

Um Código deÉtica, ou sua refor-mulação, sempretraz benefícios à po-pulação, uma vezque ele determinaregras de condutaaceitáveis entre aspessoas de um gru-po (profissão) e en-tre este grupo e a so-

ciedade, garantindo qualidadenos serviços oferecidos à popu-lação e harmonia nos relaciona-mentos intragrupo, intergrupos edos membros do grupo com asociedade. Além disso, a forma-lização destas regras de conduta(materializadas no Código de Éti-ca), oferece parâmetros para que osmembros deste grupo (no caso osfonoaudiólogos) se sintam segurossobre a maneira correta de agirem, epermite que se determine puniçõesaos infratores que porventura este-jam ferindo este equilíbrio.

2) Existe algum item relaciona-do sobre a definição de uso da in-ternet?

Entende-se que o fonoaudiólogodeve seguir os preceitos do Código deÉtica em qualquer meio, lugar ousituação em que esteja atuando, e aInternet não se diferencia disto. Noentanto, podem surgir situações es-pecíficas em decorrência do uso daInternet. Como é um assunto re-

lativamente novo em nossa sociedade e está em constantemodificação, considerando que o Código de Ética temuma durabilidade relativamente grande, após consulta àclasse fonoaudiológica, optou-se por criar o artigo 19, naseção "Dos Veículos de Comunicação", o qual lembra ofonoaudiólogo de sua obrigatoriedade em seguir todos ospreceitos determinados no código e remete as decisõesespecíficas sobre o uso da Internet à resolução do CFFa,esta sim, mais passível de modificações a curto prazo.Além disso, o art.20 permite o uso de endereço eletrônicona propaganda feita pelo fonoaudiólogo, adequando-seao meio de identificação utilizado pela Internet.

3) A quem a pessoa pode recorrer no caso do atosem ética do fonoaudiólogo? Pode e deve recorrerao CFFa?

Apessoa deve recorrer ao Conselho Regional de Fono-audiologia no caso de falta de ética de algum fonoaudió-logo ou empresa ligada à Fonoaudiologia. Este vai veri-ficar a procedência da denúncia e instaurar um processopara julgamento do caso, no qual verifica-se provas, to-ma-se depoimentos, aceita-se defesa. Todo o processonecessário para que o plenário (composto dos conse-lheiros do CRFa) possa analisar e proferir sua decisão. OConselho Federal de Fonoaudiologia é acionado emsegunda instância conforme inciso VIII, do artigo 10º daLei 6.965/81, caso uma das partes não concorde com adecisão emanada pelo Conselho Regional.

4) Quais as principais mudanças do código que afe-tam a população? Home care e outros...

As principais mudanças que afetam à população são: a) o fonoaudiólogo ao fixar seu preço de consulta pas-

sa a levar em consideração a realidade sócioeconômica docliente e da comunidade (Art. 14), refletindo a diversi-dade de realidades existentes em um Brasil tão grande;

b) o fonoaudiólogo não tem mais impedimento paraatender seu cliente fora de consultório, desde que obser-ve as condições adequadas (físicas, de higiene e éticas)no ambiente. Isso amplia a possibilidade de acesso aoserviço fonoaudiológico pela população carente que nãotinha condições (físicas, financeiras, culturais) de se

ENTREVISTA COM CELINA PIERONI DE A. REZENDE, PRESIDENTE DA COMISSÃO DE

ÉTICA DO CFFA, QUE REVISOU O NOVO CÓDIGO

16 n Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004

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QQuueemm éé qquueemm

PPoossssee ddooss RReeggiioonnaaiiss

CCoonnsseellhheeiirrooss EEffeettiivvoossAna Elvira Barata FávaroÂngela RibasCelina Pieroni de A. RezendeGiselle de Paula TeixeiraHyrana Frota CavalcanteMaria Lúcia Feitosa Goulart da SilveiraMaria Thereza Mendonça C. de RezendeNádia Maria Lopes de Lima e SilvaPatrícia BalataSílvia Maria Ramos

CCoonnsseellhheeiirrooss SSuupplleenntteessBianca Simone ZeigelboimDenise Brandão de Oliveira BrittoMara Susana BehlauMárcia Regina GamaMárcia Regina SalomãoMaria Luisa Valor Y Rey PiresMaria Salete Fontenele MacêdoMaroli Barreto CarvalhoSimone Vieira Pinto BragaZulmira Osório Martinez

55ªª RReeggiiããooA posse do 2° Colegiado do CRFa - 5ª Re-

gião ocorreu no dia 2 de abril, no KananxuêPark Hotel, em Goiânia, GO. Estavam pre-sentes na solenidade de posse a fonoaudiólo-ga Maria de Lurdes, representante do CFFa, ea fono-audióloga Maione Maria Miléo, coor-denadora de Curso de Fonoaudiologia daUniversidade Católica de Goiás.

66ªª RReeggiiããooA solenidade de posse ocorreu no dia 27

de março, na sede do conselho, em Belo Ho-rizonte. Compareceram os membros da antgae da nova diretoria.

77ªª RReeggiiããooAposse do 1º Colegiado do CRFa aconteceu

no dia 1º de abril, na sede do conselho, em Porto

Alegre (RS). Estiveram presentes asfonoaudiólogas e representantes de en-tidades de ensino Bárbara Niegia Gar-ciade Goulart (IES-FEEVALE), Mar-leneCanarim Danesi (IPA), Janete Pe-reiraAnnes e Maria Elisa Brusamolin(ULBRA), Márcia Keske Soares(UFSM). Também compareceram YoleBrasil da Luz, presidente do Con-selhode Nutrição, Ângela Ribas e NádiaMaria Lopes de Lima e Silva, represen-tando o CFFa.

NN..RR..Apresidente do conselho, MariaThereza, participou da posse da 2aRegiãorealizada no dia 30 de março, na CâmaraLegislativa de São Paulo. Patrícia Balata,diretora-secretária, participou da possedo colegiado da 4a Região.

deslocar a um consultório, e faz com que a participaçãoda Fonoaudiologia na sociedade se torne mais dinâmica econhecida, além de permitir ações de prevenção e pro-moção de saúde;

c) acompanhando o crescimento do uso de planosde saúde pela população, o código passa a permitir apublicação de preços e modalidades de pagamentos

em publicações fecha-das (que vão dos planosaos conveniados), facili-tando a escolha do profis-sional por parte do cliente(proíbe só em publicaçõesabertas, Art.21).

Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004 n 17

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AA ddoorr ee aa ddeellíícciiaa"Ser conselheira

foi uma escolha dodesconhecido. Nãosabia o que iria fazer,não tinha articulaçãopolítica na minha re-gião (4ª), mas queriamuito entender comoos rumos da profissãoeram discutidos e en-caminhados. Logo,

concorri ao CRFa (Nordeste) e foi umaexperiência desafiadora. Primeiramente,porque é tudo o que jamais vimos durantea nossa formação. Aprendemos a ser clíni-cos, mas nunca gestores de alguma coisaque não o próprio umbigo. O que dizer,então, da oportunidade de administrar umainstituição tida, equivocadamente, comosendo cartorial, cujos "donos" são umaclasse inteira que sabe menos do que vocêsobre o seu funcionamento? Pois bem, éassim que a coisa funciona. E funcionamuito bem, sem nenhum corporativismo.É um trabalho danado!! É dispendioso nosentido da disponibilidade do tempo quedevemos prestar ao conselho, mas é muitogratificante vermos pequenos e, por muitasvezes, grandes resultados surgirem dessasações.

Já no Conselho Federal a experiência ébem diferente, devido à magnitude do raiode ação do mesmo pela sua responsabili-dade nacional. Entendo ser uma vivênciamais "enxuta" por lidarmos com outraspossibilidades. Aqui, o nosso contato dire-to com o fonoaudiólogo é mais diluído

porque cabe ao regional tal papel, o quenos permite ter uma visão estratégicamaior do que fazer pela profissão. Pareceque ficamos menos entregues aos funda-mentais detalhes de administração diutur-na de um regional para termos uma vigíliamais generalizada. Acho que todos deve-ríamos ser estimulados a exercer tais car-gos. Disse certa vez: é importante deixar-mos de ser pedra para sermos telhado, poisé um equívoco acusar que um conselheiropouco ou nada faz, mas posso afirmar que,a despeito dessa visão estreita e errônea deum conselho e seus gestores, para mim éum prazer poder viver a dor e a delícia deser conselheira".

PATRÍCIA BALATA

CCooeerrêênncciiaa ee ddiiggnniiddaaddee"Ser conselheiro é ao mesmo tempo

um ato de exercício decidadania e de apren-dizagem. Estudando evivenciando questõesdo Conselho aprendique exercer a profissãode fonoaudióloga émais do que executarpráticas fonoaudioló-gicas: trata-se de de-senvolver ações éticase responsáveis nos âm-

bitos acadêmicos, políticos e organiza-cionais. Trata-se de manifestar anseios edemandas com caráter e autonomia, e, debrigar por nossos direitos de maneirahumilde, mas resoluta. Ser conselheiro éaprender que, mesmo sabedora das difi-culdades, com cautela e dignidade fare-mos, em equipe, uma Fonoaudiologiacoerente, responsável e digna".

ÂNGELA RIBAS

DDeevveerr ccuummpprriiddoo"Regras existem para serem respei-

tadas, questionadas emudadas, nunca paraserem infringidas.Este foi sempre o meulema desde que eramenina e vivia sob asregras da casa demeus pais. Acho queser conselheira é isto.É ter a oportunidadede questionar e mu-dar. Sou contra a críti-

ca simplesmente pela crítica, cada serhumano busca dar o melhor de si, atingir aperfeição, só que nem sempre agrada atodos, e a perfeição é meta inatingível nes-ta vida. Os que tomam a dianteira viramalvos de críticas. Alguns dos que não têmcoragem para assumir responsabilidadespassam a vida criticando os que têm.

Costumava dizer aos conselheiros daÉtica dos Conselhos Regionais que alte-raram o Código de Ética comigo: estamosfazendo uma tarefa hercúlea que é escre-ver, da melhor maneira possível, o quemais de 20 mil fonoaudiólogos pensam.No entanto, receberemos críticas destruti-vas de todos os lados, tantas quantas vi-riam caso tivéssemos escrito o que pen-samos (tarefa muito mais fácil). O impor-tante é deitar a cabeça no travesseiro edormir tranqüila, com a sensação de devercumprido. Ser conselheira também é isso,tomar decisões, assumir responsabili-dades, receber críticas, mas com a certezade que o dever foi cumprido".

CELINA PIERONI DE A. REZENDE

OObbrriiggaaddaa,, ccoolleeggaass!!"As duas experiências que carrego

como conselheira, aprimeira no CRFa 6ªRegião, em seguidano Conselho Federal,me proporcionaram aalegria de ter con-vivido com colegas,que, juntos, lapi-damos o conceito derespeito, harmonia,quiçá amizade! Juntocom essa convivên-

cia veio o crescimento pessoal. Unir essasduas faces, o pessoal e o profissional, mefaz compreender que o sabor da vida estácarregado de sentido. Obrigada, colegas!"

MARIA DO CARMO COIMBRA DE ALMEIDA

DDeesseejjoo ddee ffaazzeerr "Ser conselhei-

ro é saber o momen-to de compartilhar,de ouvir, de se colo-car a frente e deamar por completoa profissão que es-colhemos. É im-portante passar peloConselho para en-tendermos o que é anossa profissão.

Vou além... É gratificante fazer parte dahistória, sentir que podemos efetivar nos-sos sonhos, nossas esperanças e acima detudo, 'sentir na veia', a vontade que ofonoaudiólogo tem de ver sua profissãocrescer. É verdade, nem sempre alcan-çamos tudo que almejamos, porém, váriasoportunidades vão se abrindo e é bom saberque fazemos parte disso. Quando estourepresentando o Conselho e sou elogiada,fico grata e orgulhosa da minha exposição,pois consegui passar para o outro que aminha profissão é séria, é legítima. É aprofissão responsável pela comunicação

18 n Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004

O que é ser

CCoonnsseellhheeiirrooChegar ao cargo de conselheiro do

Conselho Federal de Fonoaudiologia éuma tarefa que exige disposição e muitaconfiança de todos os profissionais. Os10 conselheiros efetivos têm a missão de,juntamente com os demais membros doconselho, desenvolver ações que for-taleçam a Fonoaudiologia e direcionemos rumos da profissão para o futuro.

É uma tarefa que mistura a vontadede fazer com a inexperiência do cargo.Quem pensa que a vida de conselheiro éfácil está muito enganado. No exercíciodo mandato, o conselheiro tem direitos edeveres e sujeita-se a sanções e penalida-des, em conformidade com as disposi-ções do regimento interno.

Confira nas palavras dos conselhei-ros efetivos que participaram do 7º Cole-giado do CFFa a impressão que viven-ciaram em quatro anos de mandato.

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Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004 n 19

humana. É uma felicidade nos reunirmossempre, tanto para deliberar assuntos per-tinentes à profissão, como para nos co-nhecermos melhor e conhecer comporta-mentos regionais deste Brasil maravi-lhoso. O nosso jornal reflete um pouco des-se desejo de fazer com que o país todo seconheça e troque experiências."

MARIA THEREZA M. CARNEIRO DE REZENDE

CCoonnhheecceerr ee ccoommppaarrttiillhhaarr"Ser ou estar conselheiro é ser repre-

sentante de um Conse-lho Regional ou Fede-ral em um cenário ePlenário Nacional. Épensar, refletir, decidire agir sempre pelo cres-cimento e engrandeci-mento da Fonoaudio-logia. É saber que vocêestá a serviço de suaprofissão, defendendo-a acima de qualquer

interesse pessoal, com muita paixão erazão. É aprender e viver todo o dia o exer-cício democrático do ouvir e discutir. Éacreditar que podemos, como fonoaudió-logos, fazer a diferença para a saúde noBrasil. É uma grande responsabilidade...

É experiência e amadurecimento diá-rio. É alegria de conhecer e compartilhar.É orgulho de ver a Fonoaudiologia cres-cer, aparecer e acontecer".

GISELLE DE PAULA TEIXEIRA

DDeessaaffiiooss ee aalleeggrriiaass"Ser conselheira! Desafios, alegrias,

frustrações, lutas, ansiedades, conquis-tas, gratificações...Um exercício decompanheirismopara fazer o melhorde acordo com asnecessidades daclasse fonoaudio-lógica. Dedicaçõesincansáveis nas co-missões, opiniõesem plenárias, a es-cuta dos profissio-nais, a convivência deliciosa com fono-audiólogos das diferentes regiões e ointercâmbio de conhecimentos e cultura.

Enfim, ser conselheira para mim éuma grande responsabilidade, mas ex-tremamente gratificante".

NÁDIA MARIA LOPES DE LIMA E SILVA

DDee nnoorrttee aa ssuull"Ser conse-

lheira federal mepermitiu conhe-cer um outro la-do da Fonoau-diologia, ondelutamos pelosnossos ideais,buscando o re-conhecimento erespeito de nos-sa profissão jun-to aos diversossegmentos da sociedade. Nestes últimosseis anos de trabalho junto a esteConselho tive o privilégio de conheceras várias faces da Fonoaudiologia noBrasil, e viver seu crescimento de nortea sul, cada qual com um perfil específi-co a partir de suas necessidades, maissempre com uma característica comum"o amor à profissão". Pude ter a certezaque o fonoaudiólogo é um apaixonadopelo que faz e ávido pelos novos conhe-cimentos. Só tenho a agradecer a ma-ravilhosa oportunidade que me foi con-fiada".

CHRISTIANE CAMARGO TANIGUTE

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20 n Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004

A Fonoaudiologia é a ciência quetrata do principal alicerce de umasociedade: a comunicação humana.Sem comunicação humana não existemrelações sociais. E sem relações so-ciais, não existe sociedade.

Com esse novo olhar sociológico enão somente o centralizado e minimiza-do na restrita ótica biológica do binômiodoença-tratamento, a classe fonoaudio-lógica começa a descobrir sua enormeimportância e responsabilidade social,comprometendo-se com a saúde públi-ca como qualidade de vida para todos ecom a prevenção das desordens rela-cionadas com a comunicação e suasconseqüências na conexão indivíduo-meio.

Uma vez que saúde comunicacionalsignifica melhores condições de apren-dizado, trabalho e funções psicosso-ciais, a Fonoaudiologia contribui signi-ficativa e decisivamente para o desen-volvimento social. E, quanto mais am-

pla e abrangente se torna a função socialda Fonoaudiologia, mais complexas epresentes se tornam suas "relações depoder", em confronto com outros seg-mentos da área de saúde, que tentamrestringir as possibilidades de trabalhoe avanço fonoaudiológico.

A questão é: estamos preparadospara os enfrentamentos com esses inte-resses políticos que não só a Fonoaudio-logia, mas todos os segmentos compro-metidos com a justiça e o desenvolvi-mento social tentam combater?

No que diz respeito à Fonoaudio-logia, algumas dessas questões passampela discussão entre fonoaudiólogos eseus órgãos de classe e universidades.Outras questões, no entanto, extrapo-lam nossos espaços e alcançam dimen-sões maiores ao nível Executivo eLegislativo, onde as leis são promul-gadas a favor de uns e de outros inte-resses, mesmo que veladamente sob acapa das "melhores intenções".

A Fonoaudiologia começa a con-quistar gradativamente os espaços nopoder público de saúde, mas tambémtem o direito e o dever de conquistar ossetores legislativos compromissadoscom o bem-estar social. Por esse moti-vo, apoiamos e incentivamos os fono-audiólogos, em todo o Brasil, para quetomem iniciativas de representar aFonoaudiologia e a Saúde nas câmarasmunicipais de suas cidades.

Por outro lado, nós, fonoaudiólogos,temos o dever de contribuir para que es-ses espaços sejam abertos, através dovoto legítimo em representantes de nos-sa categoria profissional. Assim, estare-mos ampliando, verdadeiramente, ocampo da Fonoaudiologia também nopoder público legislativo.

Na eleição de outubro próximotemos a obrigação de levantar a bandeiraem prol da Fonoaudiologia e votar emprofissionais de nossa área, assim comofazem outras classes profissionais.

AA FFoonnooaauuddiioollooggiiaa tteemm ddiirreeiittoo aaoo ppooddeerr ppoollííttiiccoo?? PPaarraa qquuêê??DIRETORIA DO CRFA1ª REGIÃO - RIO DE JANEIRO

O P I N I Ã O

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N o M i n i s t é r i o d a S a ú d e

A deputada Selma Schons (PT-PR),autora do Projeto de Lei n° 2.678/03 propõeque a profissão de agente comunitário desaúde seja ampliada para agente social, desaúde e meio ambiente. De acordo com adeputada, associar aspectos sociais e am-bientais da saúde e da qualidade de vida docidadão é condição básica para superarproblemas que interferem na prevenção dedoenças.

Atualmente, a Lei n° 10.507/02 esta-belece que a profissão de agente comu-nitário de saúde seja caracterizada pelo

exercício de atividade de prevenção dedoenças e promoção da saúde, por meiode ações domiciliares ou comunitárias,individuais ou coletivas, desenvolvidasconforme as diretrizes do Sistema Úni-co de Saúde (SUS). O projeto de Schonsacrescente a essas atribuições a realiza-ção de ações de controle social da qua-lidade da água para consumo humano,acesso aos serviços de saneamentoambiental e identificação de ocorrên-cias ambientais com risco potencial àsaúde pública.

Uma Comissão Especial, compostapor representantes das secretarias de Vigi-lância à Saúde, Atenção à Saúde, da Coor-denação Geral de Recursos Humanos,Fundação Nacional de Saúde, das agên-cias nacionais de Vigilância Sanitária eSaúde Suplementar, conselhos nacionaldos Secretários de Saúde (CONASS) edos Secretários Municipais de Saúde(CONASEMS), foi designada pelo Mi-nistério da Saúde para elaborar as dire-

trizes do Plano de Cargos, Carreiras eSalários no âmbito do SUS. A comissãofoi criada pela portaria 2.428, assinadapelo ministro da Saúde em 23 de dezem-bro de 2003 e republicada com correçãoem 9 de janeiro de 2004. Um levantamen-to de todos os PCCS em vigor em esta-dos e municípios brasileiros serve de ba-se para os trabalhos da Comissão, que temcomo objetivo detectar possíveis mode-los para o PCC nacional.

AAggeennttee ccoommuunniittáárriioo ddee ssaaúúddee ppooddee tteerr nnoovvaass ffuunnççõõeess

DDooaaddoorreess ddee mmeedduullaa ccaaddaassttrraaddooss

PPllaannoo ddee CCaarrggooss,, CCaarrrreeiirraass ee SSaalláárriiooss nnoo SSUUSS

O Registro Nacional de Doadoresde Medula Óssea (Redome) está cadas-trado na maior rede mundial de doa-dores - a World Marrow Donor Asso-ciation. O cadastro foi possível devidoa acordos firmados entre o Ministérioda Saúde, por meio do Instituto Na-cional do Câncer (Inca), e os registros

National Marrow Donor Program(NMDP) e Caitlin Raymond Inter-national Registry (CRIR). O Redometambém terá acesso ao New York BloodCenter, uma instituição pública que dis-põe de um dos sistemas mais modernosde congelamento de 25 mil cordõesumbilicais.

Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004 n 21

-

ATENÇÃO!O CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIO-LOGIA solicita que os coordenadores de cur-sos de Fonoaudiologia que já solicitaram o

pedido de reconhecimento junto ao Ministérioda Educação entrem em contato com o CFFa

no telefone (61) 322-3332 ou pelo e-mail:[email protected]

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22 n Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004

O Q U E É L E G A L

RREESSOOLLUUÇÇÃÃOO CCFFFFaa nnºº 330066,, DDEE 2200 DDEE AABBRRIILL DDEE 22000044Dispõe sobre o cronograma das eleições do Conselho

Regional de Fonoaudiologia da 3ª Região, para o triênio de2005/2007.

O Conselho Federal de Fonoaudiologia, no uso de suasatribuições legais e regimentais, conferidas pela Lei nº 6.965/81,

Considerando a necessidade de regulamentar as datas deeleição do Conselho Regional de Fonoaudiologia da 3ª Regiãoem relação aos demais Conselhos Regionais de Fonoaudiologia,

Considerando o disposto no Regimento Eleitoral dos Con-selhos Regionais de Fonoaudiologia, aprovado durante a 79ªSPO, realizada em 20.04.2004,

R E S O L V E :Art. 1º - Aprovar o cronograma das eleições do Conselho

Regional de Fonoaudiologia da 3ª Região, para o triênio 2005/2007, da seguinte forma:

I. Data para publicação do Edital de Convocação:01.09.2004.

II. Data limite para inscrição de chapas: 01.10.2004.

III. Data para publicação do Edital das chapas concorrentes:20.10.2004.

IV. Envio de material aos profissionais: 25.10.2004. V. Data limite para recebimento dos votos por corres-

pondência: 29.11.2004.VI. Apuração dos votos: 30.11.2004.VII. Publicação no D.O.U. do resultado do pleito:

03.12.2004.VIII. Posse da chapa vencedora: 10.01.2005.IX. Recebimento das justificativas por ausência de voto,

data limite: 15.01.2005.

Art. 3º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu-blicação no Diário Oficial da União, revogadas todas as dis-posições em contrário.

Maria Thereza Mendonça Carneiro de RezendePresidenteÂngela RibasDiretora-Secretária

LLeeii sseemm ccuummpprriimmeennttooALíngua Brasileira de Sinais (Libras), que

tem nos gestos e no sistema visual a sua formade comunicação, completa dois anos de regu-lamentação. Mas a Lei 10.436 não tem muitoo que comemorar, já que continua só no papel.A lei determina que os serviços públicos desaúde garantam "atendimento e tratamentoadequado aos portadores de necessidadesespeciais", no entanto, não os obriga a ter intér-pretes, o que impossibilita o atendimento.Serviços públicos, supermercados e bancostambém não possuem funcionários com co-nhecimento da Libras. Hoje, de acordo com alei, existe a obrigatoriedade da inclusão daLibras nos cursos de formação de EducaçãoEspecial, de Fonoaudiologia e de Magistério,em seus níveis médio e superior, mas o ensinopúblico ainda não tem estrutura suficiente paraatender a esses alunos. O Programa Nacionalde Educação de Surdos do Ministério daEducação capacita pessoas para perma-necerem nas escolas onde tenham alunos sur-dos matriculados, mas ainda não há um mo-delo de educação desejável. Esse tipo de edu-cação, atualmente, acontece de três formas.Em escolas próprias para surdos, em escolasde ensino normal com salas de aula só parasurdos ou em salas de aula normais, sem pro-

fessor mediador, em escolas que tenham uma"sala de recurso" para ajudar a tirar dúvidasdos alunos. Só para lembrar: os surdos repre-sentam 2% da população brasileira.

AAnnoo IIbbeerroo--AAmmeerriiccaannoo ddaa PPeessssooaa ccoomm DDeeffiicciiêênncciiaa

O ano de 2004 é palco do Ano Ibero-Americano da Pessoa com Deficiência.Definido, na Bolívia, em 2003, na reunião daCúpula dos Chefes de Estados dos PaísesIbero-Americanos, da qual o Brasil é mem-bro, com mais 21 países, o Ano Ibero-Americano da Pessoa com Deficiência tevesua inauguração no Brasil marcada pela assi-natura de um termo de cooperação entre aSecretaria Especial dos Direitos Humanos(SEDH) e a Infraero, em março. De acordocom o termo assinado, o Aeroporto Inter-nacional de Brasília será o primeiro do país aser modelo em acessibilidade para pessoascom deficiência e pessoas com mobilidadereduzida.

A parceria prevê, além da implementaçãode ações para melhorar a acessibilidade e oatendimento prioritário às pessoas com defi-ciência nos aeroportos, a realização de fórunsnacionais, congressos, seminários, cursosespecíficos, capacitações, vistorias técnicas e

a utilização dos aeroportos para divulgação dematerial relacionado aos direitos humanos,como o trabalho escravo e a exploração se-xual de crianças e adolescentes.

De acordo com censo realizado peloIBGE, em 2000, 14,5% da população brasi-leira apresenta algum grau de limitação oudeficiência. São cerca de 25 milhões de bra-sileiros que precisam ser inseridos na socie-dade e aceitos com suas diferenças.

OO CCFFFFaa aaggrraaddeeccee.........Convite para lançamento da Central

Brasileira de profissionais, realizado no dia15 de março, em São Paulo;

Ao Fórum dos Conselhos Federais dasProfissões Regulamentadas pelo convite paraparticipar do painel "A Necessidade de umaPolítica de Pleno Emprego no Brasil", no dia15 de abril;

...à subsecretária de Biotecnologia e Saúdeda Secretaria de Estado de DesenvolvimentoTecnológico informa à Secretaria de Saúde,aos Conselhos, Associações, Sociedades,Sindicatos e outros segmentos da área de saúdedo DF, convite para a realização do I Encontrosobre o parque de Ciência e Tecnologia do Dis-trito Federal, ocorrido em abril de 2004, noauditório do Memorial JK, em Brasília.

DDEESSTTAAQQUUEE

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Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004 n 23

Aquisição e desenvolvimen-to Infantil (0 - 12 anos): umolhar multidisciplinarAbordagem das etapas dasaquisições e do desenvolvi-mento infantil, sendo referen-ciadas as idades médias esti-madas para a expressão dascapacidades das crianças.

Organizadora: Luciana dos Santos CéliaColaboradores: Ércio Amaro de OliveiraFilho, Gilceany Almeida Ribas, Liliane

de Bem e Canto, Melissa Kunze Carraro,Sônia Azambuja Fonseca, Verônica de

Moraes AlfonsinEditora: Universitária da PUCRS -

EDIPUCRS

A Psicomotricidade na EquoterapiaO livro mostra como a Psicomotri-cidade está presente na Equoterapia.Expondo alguns conceitos sobre a psi-comotricidade e equoterapia, analisa arelação direta de uma terapia com a ou-tra. Traz a descrição de exercícios psi-comotores realizados na equoterapia eo detalhamento de um caso clínico.

Autora: Tatiana LermontovEditora: Idéias & Letras, 2004

Anais de Iniciação Científica doCurso de Fonoaudiologia do Centrode Educação Biguaçu da UNIVALI

O objetivo do livro é pro-duzir e socializar conhe-cimento pelo ensino, pes-quisa e extensão, estabele-cendo parcerias solidáriascom a comunidade, embusca de soluções coletivaspara problemas locais.

Organização: Profª. Drª. SheilaAndreoli Balen

Colaboração: Profª. Drª. Laís deToledo Pereira

Editora: Universidade do Vale do Itajaí

Distúrbios da ComunicaçãoReunião de artigos sobre os fenômenosenvolvidos na Comunicação, trazendo

um diferente número dedissertações de mestrado,teses de doutorado e ou-tros textos.

Autor: PontifíciaUniversidade

CatólicaEditora: EDUC -

Editora da PUC-SP

Colóquio: "Fonoaudiologia na Ins-tituição Educacional"Resumo de palestras e discussões sobrea atuação do fonoaudiólogo na insti-tuição educacional.

Organização: Maria TereseCavalheiro, Mariângela

Lopes Bitar, Mônica PetitMadrid, Sandra Maria

Vieira Tristão de AlmeidaEditora: Lovise

N.R.O CFFa agradece a doação da PulsoEditorial de três novos lançamentos dacoleção Cefac para a biblioteca do con-selho: emissões otoacústicas e BERA,call center e audiologia ocupacional.

Mande sua sugestão para:[email protected]

N A P R A T E L E I R A

Page 24: Açªo e Uniªo - CFFAsos posicionamentos e amadurece-mos nossa forma de agir e buscar objetivos, alØm de nos unirmos mais pelo mesmo ideal. Competir nesta eleiçªo foi difí - cil,

No período de 12 a 16 de abril osfonoaudiólogos de todo o Brasil par-ticiparam da Semana da Voz. Comações de atendimento e orientação àpopulação, o evento foi um sucesso,despertando o interesse sobre a im-portância da Fonoaudiologia no dia-a-dia.

Este ano, uma parceria do Conse-lho Federal de Fonoaudiologia e daSociedade Brasileira de Fonoaudio-logia (SBFa), com apoio do Conse-lho Regional de Fonoaudiologia - 2ªRegião/SP, propiciou o lançamentoda campanha "Voz educada - saúdecuidada". A campanha tem o objeti-vo de conclamar a população paraações educativas voltadas para aconscientização vocal e suas impli-

cações na comunicação, na saúde ena cultura. A Sociedade e o CFFapatrocinaram a logomarca que estásendo utilizada na campanha e queserá utilizada para qualquer eventorelacionado à voz. Confira outrasiniciativas Brasil afora.

UUnniiffoonnoo ccoonnsseegguuee iinncclluussããoo nnooccaalleennddáárriioo ooffiicciiaall ddee RRiioo CCllaarroo

A Cooperativa de Trabalho deFonoaudiologia de Rio Claro e Re-gião (Unifono) realizou a III Sema-na da Voz de acordo com a lei muni-cipal que instituiu o evento no calen-dário oficial de Rio Claro.

DDeebbaatteess ee ddeeppooiimmeennttoossO comitê de Voz da SBFa com

apoio da Pontifícia UniversidadeCatólica de São Paulo comemorou adata com uma homenagem póstumaao mestre Pedro Bloch, assim comoo lançamento da logomarca "Ami-gos da Voz".

SShhoowwss nnaa cciiddaaddee mmaarraavviillhhoossaaAs fonoaudiólogas da prefeitura

do Rio de Janeiro promoveram noDia de Atenção à Voz no shoppingVia Parque com shows da cantoraIngrid Gaudiero, do grupo vocalBombando e do cantor João Batista,

ex-participante do programa Fama.

DDiiaa MMuunnddiiaall ddaa VVoozzEm Vitória (ES) foram realizadas

palestras nas escolas da rede muni-cipal organizadas pelo curso deFonoaudiologia da FAESA. Tam-bém foi ministrada oficina de vozpara os professores.

CCoommeemmoorraaççõõeess eemmTTooccaannttiinnss

Os fonoaudiólogos de Tocantins,através da Associação dos Fono-audiólogos do Estado (Afeto) de-senvolveram diversas atividades emPalmas e nos municípios de Aragua-ína, Dianópolis, Guaraí, Gurupi ePorto Nacional com a participaçãode fonoaudiólogos.

FFeessttaa ttaammbbéémm nnoo RRSSO curso de Fonoaudiologia da

Rede Metodista (IPA) realizou umplantão de orientações durante um diainteiro para professores e alunos dosdiversos cursos da Rede Metodista.

UUnniivvaallii O Curso de Fonoaudiologia da

UNIVALI - Campus Itajaí realizouinúmeras ações, contando com a co-laboração dos docentes e estagiários.

24 n Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004

Campanha da Voz 2004

"VOZ EDUCADA, SAÚDE CUIDADA"

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Natural de Alvinópolis, MinasGerais, Celeste mudou-se para o Riode Janeiro quando tinha 8 anos. Lá,cresceu e começou a dar os primeirospassos na carreira que abraçaria maistarde. Em 1960, ela começou a traba-lhar com alfabetização de alunos ca-rentes que apresentavam diversas difi-culdades em sua aprendizagem esco-lar. A professora primária de escolasmunicipais do Rio de Janeiro se empe-nhava em resolver os problemas dosalunos. "Foi nesta busca que descobri aFonoaudiologia (na época Logopedia,Ortofonia ou Terapia da Palavra),profissão, naquela ocasião, pouco co-nhecida no Brasil. Quando resolviprestar o vestibular para o curso deLogopedia do Hospital Escola SãoFrancisco de Assis, da UFRJ, o meuobjetivo era adquirir novos conheci-mentos para melhorar o meu desempe-nho como professora", explica.

Com o curso realizado e a certeza

de que estava no caminho certo, Celestetinha alcançado o seu objetivo princi-pal: aprimorar-se. Após algum tempo,a fonoaudióloga foi convidada para tra-balhar em uma Unidade de Atendi-mento Preventivo que atendia a cri-anças de escolas da rede municipal doRio de Janeiro. "Trabalhei nesta uni-dade durante 4 anos. Após esse tempopassei a ser fonoaudióloga da EquipeTécnica de Educação Especial (ETE-SP)de um Distrito Educacional, continuan-do com o trabalho preventivo, de umaforma mais ampla, nas escolas daregião", relembra Celeste.

Em 1980, Celeste desembarcou emBelo Horizonte. Montou consultório,mas continuou trabalhando em clínicas eescolas. Hoje, Celeste atua na área de lin-guagem e reabilitação de pacienteslaringectomizados, sendo preceptora ecoordenadora executiva da Clínica-esco-la do Curso de Fonoaudiologia doUnicentro Izabela Hendrix.

H O M E N A G E M

Celeste Cabral

A FONOAUDIÓLOGA CELESTECABRAL É SINÔNIMO DE DEDI-CAÇÃO E AMOR À FONOAUDIO-LOGIA. DESDE MUITO CEDO, APREN-DEU A VALORIZAR E A DIG-NIFICAR A NOSSA PROFISSÃO.

CARGOSEntre os cargos e funções exerci-

dos por Celeste estão: coordenadorade Unidade de Fonoaudiologia daSecretaria de Educação do Rio deJaneiro, presidente do CRFA 6a

Região ( 1º Colegiado ) e preceptorae coordenadora executiva da Clínica-Escola de Fonoaudiologia do CentroUniversitário Metodista IzabelaHendrix.

FONOAUDIOLOGIA E ACIÊNCIA

"É visível o crescimento e apri-moramento científico da Fonoau-diologia nos últimos tempos. Ébom lembrar que isto não aconte-ceu num passe de mágica: por trásdesta evolução estão os profissio-nais dedicados e empenhados emaprofundar seus conhecimentos,que investem em estudos que noslevam a novos caminhos. Acreditoque muitas outras portas hão de seabrir nesse cenário, mas para issotemos que nos unir".

A PROFISSÃOEm minha vida profissional o

principal instrumento foi o amor. Emtodas as situações que vivi, foi ele queme deu as energias necessárias, queme impulsionou na busca de novassoluções. Revendo a minha trajetóriacomo fonoaudióloga e tentando sin-tetizar o resultado desse trabalho, sin-to que cada missão recebida, cadapaciente, cada instituição onde tra-balhei foram se transformando, sesolidificando em minha mente numalembrança bonita, suave e que me dámuito prazer. Acho que a sensaçãode dever cumprido é responsável porisso.

CONSELHO" Mantenha o seu coração aber-

to. Quando o nosso coração estáaberto o universo direciona o nos-so caminho."

Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004 n 25

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26 n Jornal do CFFa � Abril/Maio/Junho 2004

PPAARRAABBÉÉNNSSVimos parabenizar este Colegia-

do pela conquista de mais estemandato junto ao Conselho Federalde Fonoaudiologia. Desejamos queesta gestão seja repleta de conquis-tas para a nossa profissão.

FRANCISCO PLETSCH, presidente do CRFa 3ª Região,CLÁUDIA MARIA FÉLIX,

vice-presidente do CRFa 3ªRegião,

MARIA HELENA MENDES,diretora-tesoureira

JOZÉLIA D. B. P. RIBAS,diretora-secretária

PPAARRAABBÉÉNNSS IIIIO Sindicato dos Fonoaudiólogos

do Estado de São Paulo parabenizaa diretoria eleita e desejamos suces-so nos novos trabalhos.

JUCIMARA FERREIRACARDOSO, presidente

DDIIAA MMUUNNDDIIAALL DDAA VVOOZZO Poder Legislativo Douradense,

de acordo com as normas regimen-tais, apresenta através da vereadoraMargarida Gaigher (PT), Moção deCongratulações ao fonoaudiólogoAdemir Garcia Baena, ao ConselhoFederal de Fonoaudiologia e aSociedade Brasileira de Fonoau-diologia, extensiva a todos os profis-sionais da área, pelas comemoraçõesdo Dia Mundial da Voz, ocorrido nodia 16 de abril.

Parabenizemos a esses profis-sionais que se envolvem todos os anosem campanhas objetivando a consci-entização da população ao uso cor-reto da voz, objetivando a prevençãode problemas de disfonias vocaiscausadas pelo uso incorreto da voz.

O trabalho e o empenho dessesprofissionais deve ser reconhecido eenaltecido pelas pessoas e o PoderLegislativo não poderia deixar decongratular e agradecer a todos pelosucesso da campanha e principal-mente pelo benefício que ela trará àpopulação douradense. Recebem osnossos parabéns.

PLENÁRIO WEIMAR TORRES, Dourado, MS

JOSÉ CARLOS CIMATTIPEREIRA, presidente,

MARGARIDA GAIGHER,vereadora

CCÓÓDDIIGGOO DDEE ÉÉTTIICCAAParabéns pelo novo código de éti-

ca. Achei-o mais simples, objetivo ede fácil manuseio. Acredito que o seuentendimento será facilitado. Quemsabe no site do CFFa poderia apare-cer uma chamada especial para queos fonoaudiólogos fossem convida-

dos a conhecê-lo. Sou profes-sora e já estouiniciando umtrabalho comos alunos nonovo código.Vamos conti-nuar nos es-forçando parao seu cumpri-mento.

ANDREAWANDERLEY DIAS GATTONI,

fonoaudióloga, MG

NN..RR.. Durante a elaboração donovo Código de Ética da Fonoau-diologia houve sempre a preocu-pação em redigi-lo de maneira afacilitar a sua compreensão, além de,obviamente, adequá-lo às peculiari-dades atuais do exercício da Fonoau-diologia. Ficamos satisfeitos por ter-mos atingido tal objetivo. A chama-da para o Código no site do CFFa jáfoi colocada, agradecemos a su-gestão.

CCÓÓDDIIGGOO DDEE ÉÉTTIICCAA IIParabéns pelo trabalho que tive-

ram em reelaborar o código de ética.Ministro aula nesta disciplina e voucomeçar a abordar o mesmo.

ANGÉLICA FERRARI,fonoaudióloga

PPRROOVVÃÃOOMuito me estranhou o silêncio do

grupo em torno da reportagem daVeja que indica o curso de Fonoau-diologia em primeiro lugar na médiageral dos cursos de graduação.

Também acho muito bom o resultadodemonstrar que temos nichos deexcelência em várias partes do país.Juntamente com a Odontologia esta-mos enfrentando uma recessão graveem termos de procura de nossas va-gas na universidade com o fechamen-to de vários cursos e a dispensa demuitos professores.

Hoje, tendo saído de SP e moran-do numa cidade a 40 minutos da ca-pital, tenho certeza que o mercadoquem faz somos nós. Parabéns aFonoaudiologia e a todos os docen-tes que suaram a camisa para estaconquista.

MÁRCIA GAMA, fonoaudióloga, SP

NNAA PPRRAATTEELLEEIIRRAAGostaria de agradecer a notinha

que saiu no Jornal do CFFa sobre olivro "Tratado de Queimaduras", noqual escrevi um capítulo juntamentecom dois colegas. Obrigada peladivulgação.

ROSEMARY PONTES,fonoaudióloga

CCOONNGGRREESSSSOO GGAAÚÚCCHHOO DDEEFFOONNOOAAUUDDIIOOLLOOGGIIAA

Gostaríamos de agradecer aoCFFa a representatividade em nossoevento "Congresso Gaúcho de Fono-audiologia�. A fonoaudióloga Nádiade Lima e Silva muito nos honrou comsua presença representando nossoórgão máximo. Foi realmente umavaliosa contribuição. Muito obriga-da ao Conselho pelo serviço queprestam a nossa classe e pela gen-tileza em atender ao nosso pedidoestando presente no evento.

SILMARA BARCELLOS,fonoaudióloga, diretora do Centrode Especialização e Pesquisas em

Fonoaudiologia (CEPEF)

E R R A T A

Na edição nº 20, na matéria sobre aConferência Nacional de Saúde, faltouincluir o nome da fonoaudióloga AnaCristina da Silvia Laura Marques, comorepresentante do CRFa 1ª Região. Elaconquistou a vaga como delegada noConselho Municipal do Rio de Janeiro.

V o z d o L e i t o r

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