Ao longe vislumbro um vulto solitário. Caminha lento, desanimado, como um condenado. Só, em curtos...

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Ao longe vislumbro um vulto solitário. Caminha lento, desanimado, como um condenado. Só, em curtos passos, sem pressa, parece  ir a lugar nenhum, sem esperança, sem ânimo, sem  muitas expectativas.

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Caminha como quem nada espera, vai, segue, nem olha para os   lados. Na verdade, parece não ver aonde vai. Seu pensamento não está alí, está longe, muito longe. Dirige-se pela estrada coberta de neblina, sem lua, sem luz, escura. A escuridão é que o acolhe

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Esse vulto,  sem esperança, nada mais deseja, e nem mais se importa. Quer apenas isolar-se, sumir na sombra da noite e no branco da neblina que tudo oculta. Tem um único pensamento. Ultrapassar o tempo .

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Aos poucos, vai sumindo,  perde-se na escuridão do tempo e dele já nada se vê. Livre...agora ele está livre...Vai em busca de seu sonho, vai em busca do que ficou e que aqui não mais poderia encontrar. Ele sabe que depois dessa escuridão, vai encontrar a LUZ... e vai encontrar quem perdeu e não esqueceu.

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