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“EVOLUÇÃO DA METODOLOGIA PARA REALIZAR BALANÇOS DE EMERGIA DE PRODUTOS AGRÍCOLAS:
estudo de caso da produção de milho”
Carla Regina Lanzotti e Enrique Ortega
RESUMO
O objetivo deste artigo é mostrar como evoluiu o método de avaliação emergética de produtos agrícolas, analisando os trabalhos publicados sobre a produção de milho e sugerir uma planilha adequada para aproveitar os dados existentes na literatura brasileira sobre custos de matérias-primas agrícolas. Basicamente utilizamos para o nosso estudo as análises de Odum (1984), Odum (1987), Ulgiati e colaboradores (1994), Comar e Ortega (1996) e Pillet (1993).
Tendo em mãos essas informações, aplicamos a metodologia emergética ao estudo de um caso brasileiro usando as valiosas informações publicadas pela empresa de consultoria FNP (1996). Estes dados são bastante detalhados, porém expressos em unidades monetárias (dólar) e desconsideram os fatores ambientais e a estrutura de organização da produção.
Após comparar os resultados, elaboramos uma proposta de planilha para análise energética da produção de milho (LEIA) que usa alguns dados da FNP e incorpora os valores em falta (ambientais e outros) e que podem servir de modelo para analisar o balanço emergético de outros produtos agrícolas.
INTRODUÇÃO
Reconhecemos a importância da análise emergética desenvolvida pelo Dr. H.T. Odum e colaboradores da Universidade da Flórida (Odum, 1996), porém, para poder entendê-la, aproveitá-la e repassar estes conhecimentos aos alunos brasileiros, consideramos necessário mostrar os cálculos passo a passo, entender e explicar os diagramas de fluxo de energia e analisar e comparar os resultados obtidos.
Selecionamos o caso do milho porque foi estudado em diversas datas e locais por pesquisadores que usam a metodologia energética.
Descobrimos que a metodologia do balanço de energia do milho foi evoluindo no decorrer dos anos, sempre no sentido de representar mais fielmente a realidade e, nos casos mais recentes, aproveitando os estudos sobre o uso da energia na agricultura.
No Brasil não achamos dados sobre uso da energia na produção agrícola, porém descobrimos tabelas de custos de produção agrícola bem elaboradas pela Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), órgão do governo federal, que são compiladas, complementadas e publicadas por uma empresa de consultoria agropecuária (FNP). Todos os dados desta publicação estão expressos em dólares, devido às características de grande variação cambial da moeda brasileira.
Nosso desafio foi descobrir se esses valores monetários geram uma tabela de fluxos de energia aceitável, o que só foi possível realizar comparando nossa planilha com as planilhas mais recentes dos pesquisadores consultados.
MATERIAIS E MÉTODOS
Colocamos a seguir os diagramas de fluxos de energia, as tabelas de energia e o memorial de cálculo dos seguintes autores:
1 - Odum (1984), milho dos Estados Unidos; 2 - Odum (1987), milho dos Estados Unidos; 3 - Ulgiati e colaboradores (1994), milho dos Estados Unidos;
100
4 - Comar e Ortega (1996), milho de Botucatu (Brasil); 5 - FNP (1996), milho do Brasil; 6 - LEIA (1998), milho do Brasil; 7 - Pillet (1993), milho do México (subsistência).
Os trabalhos de Odum (1987) e Pillet (1993) mostram apenas o diagrama de fluxo de emergia, pois não possuem tabela de cálculo dos fluxos de energia. Por esses motivos não foram considerados na nossa análise comparativa, apenas foram usados os valores de transformidade e índices de energia quando disponíveis.
1 - Planilha de Odum (EUA, 1984)
Process
solo
chuva
vento
sol
plantação
fertilizantes pesticidas
sementes
combustíveis
serviços
Milho (grão) 5390 kg
Sabugo 10780 kg
4556.9
162.7 14.58
180
1
283
E13 seJ/J
Memorial de Cálculo A01. Luz solar indireta (chuva)
0 61000 10000 5000
15000 450 133
2 3. .
.m
m anox
kgm
xha
xJ
kgaguax
seJJ
EseJ
ha ano=
A02. Perda de solo no uso agrícola específico (Larson, 1983)
10 1000 004 5400 4186 63000 569 13ton
ha anox
kgton
xkgm o
solox
kcalkgm o
xJ
calx
seJJ
EseJJ.
.. .
. ..=
A03. Fertilizantes
Fósforo (P): 72 141 13 1015 13kgP
ha anox E
seJkgP
EseJ
ha ano.. .
.=
Nitrogênio (N): 128 419 12 536 13kgN
ha anox E
seJkgN
EseJ
ha ano.. .
.=
101
Potássio (K): 80 9 5 11 7 6 13kgK
ha anox E seJ
kgkE seJ
ha ano.. .
.=
Subtotal de fertilizantes: (101.5 + 53.6 + 7.6) E13 = 162.7 E13 A04. Pesticida (Pimentel e Pimentel, 1979) Valor do pesticida colocado em um hectare anualmente expresso em termos de valor energético de petróleo.
2 87 5 4186 66000 8 0 13..
.E calha ano
x Jcal
x seJJ
E seJanopetróleo
=
A05. Sementes (Pimentel e Pimentel, 1979)
5 25 5 4186 66000 145 13.(
..
.E
calha ano
x Jcal
x seJJ
E seJha ano
petróleo)petróleo
=
A06. Combustíveis (Pimentel e Pimentel, 1979)
6 53 6 4186 66000 180 13.(
. .E
calha ano
xJ
calx
seJJ
EseJ
ha anopetróleo)
petróleo=
A07. Serviços (Pimentel e Pimentel, 1979)
150 5 39 3 5 12 283 13US
ton milhox
ton milhoha ano
x EseJUS
EseJ
ha ano$
. (.
..
.$ .grão)
=
A08. Milho produzido (grão)
anohaJ
Ekcal
Jx
milhokgkcal
xtonkg
xanoha
ton.
100.8418635001000.
39.5 =
A09 Sabugo
anohaJ
Ekcal
Jx
sabugokgkcal
xtonkg
xanoha
tonx
.100.16418635001000
.39.52 =
Índices Emergia total do sistema U = [(45.0 + 56.9) + (162.7+ 8.0+14.5+180.0)+(283.0)] E13 U = [(101.9)+(365.2)+(283.0)] E13] = [(101.9)+ (648.2)] E13 = 750.1 E13 Transformidades
Tr milho = UsistemaQmilho
E seJ ha anoE J ha ano
E seJJ
= =7501 13
8 0 109 4 4
. / .. / .
.
Tr sabugo = UsistemaQmilho
E seJ ha anoE J ha ano
E seJJ
= =7501 13
160 104 7 4
. / .. / .
.
Razão de Investimento Emergético (impacto ambiental) FI
EE
= =648 2 131019 13
6 36..
. ( menor que a média da agricultura EUA (7.0))
Razão de Produção Emergética (considerando só milho em grão *) YF
E J EE
EE
= = = →( . ) ( .
...
. .80 10 9 4 4)
648 2 13752 0 13648 2 13
116 2 32 (total considerando o sabugo)
Razão de Carga Ambiental ( ) ( . ) ( .
..
N FR
E EE
+=
+=
569 13 648 2 13)450 13
15 66
Porcentagem de Energia Renovável
R x RY
xEE
= = =100 10045 13752 13
5 98.
102
Sustentabilidade
ESI EYRELR
= = =11615
0 07..66
.
2 - Diagrama, Transformidade e Índice F/I de Odum (EUA, 1987)
banco
mercado
albedo
fazenda ou sítio
mão deobra
externa
sol,chuva,vento
combust.e
eletricid.
maq.
agric.
fertil. e
pestic. outrosinsumos serv.
adm. serv.gov.
produção
mão deobra
residente
empréstimos
principal e juros
subsídios
impostos
preço
colheita bens
$solo
milhosabugo
Índices
Transformidade do milho = 113 05. EseJJ
FI
= =2317158
3.65.
.23
3 - Produção de milho dos EUA, Ulgiati et al(1994) Memorial de Cálculo Contribuições Ambientais C01.Energia Solar Absorção líquida, média da radiação solar =110kcal/cm2/ano [Odum e Odum, 1987, p.97] Energia (J/ano)= (área)(média de insolação) = 4,60E+13 J/ano C02. Potencial Químico da Chuva Chuva (média dos EUA) = 0,87 m/ano [Odum e Odum, 1987, p.97] Evapotranspiração da chuva = 0,60 m/ano/ha (69 % de chuva total) Pimentel et al. (1995, p.1118) Energia = (área)(água evapotranspirada)(densidade da água) (energia livre de Gibbs por grama de água) = 2,97E+10 J/ano C03. Energia Cinética do Vento Média das 25 estações nos EUA (Swaney, 1978) Coeficiente da difusão em contracorrente: 22.3 (Janeiro) e 23.6 (Julho) m3/m/s Gradiente vertical da velocidade do vento: 6.08E-3 (Janeiro); 1.78E-3 (Julho) m/s/m
103
Altura = 1000 m. Área = 10 000 m. Densidade do Ar = 1,23E+00 kg/m3 Energia do Vento = (altura)(densidade do ar)(coeficiente de difusão)(gradiente do vento)^2 (s/ano)(área) Energia do vento no inverno = 1,60E+11J/ano Energia do vento no verão = 1,45E+10 J/ano Energia do vento na área = 8,7E+10 J/ano
Reciclagemde materiais no campo
Plantação
Sol
Chuva
CicloGeológico
Vento
Solo
InsumosNPK Calcário
Inset,Pest eHerb.
Maquin.Agríc
Água p/irrig. emcanais
Gasolina
Mão deObra
Eletricidade
Sementes
Diesel
Reciclagemde materiaisno campo
Fertilizanteslixiviados
Pesticidaslixiviados
Governo
Admin
Água
Milho = 11 E10
4.6
26.1
53.9
49.9
133.5
11.6
42.5
8.4
8.636.9
2.86.742.633.380.1
E 13 seJ/J
Secagem etransporte
C04.Ciclo Geológico(estado estacionário do levantamento balanceado pela erosão) Valor médio para os EUA calculado assumindo fluxo de calor baseado em idade, seguindo método e data de Sclater et al. (1980) Média do fluxo de calor por área 1,45E+06 J/m2.ano [Odum e Odum, 1987, p.98] Energia (J/ano) = (área)(fluxo de calor por área) = 1,45E+10 J/ano
Energia m x . E J
m .ano . E
Jano
= =10000 145 06 145 1022
Fase da Produção Agrícola C05a. Perda de Solo quando os resíduos são deixados no campo Taxa de erosão = 2 000 g/m2/ano [Pimentel e Krummel, 1987] % de material orgânico no solo = 0,04 [Pimentel et al., 1995, p.1118] Energia contida em g orgânico = 5,40 kcal/g Perda de solo líquida = (área cultivada)(taxa de erosão)
Perdadesolo m xg
m anoE
gano
líquida = =10000 2 20002
2 00 07.
.
Material orgânico consumido no solo = (massa total do solo)(% orgânico)
104
Material Orgânico E gano
x E gano
= =2 00 07 0 04 800 05. . .
Perda de Energia = (perda de material orgânico)(5.4 kcal/g)(4186 J/kcal)
Perdade Energia Eg
anox
kcalg
xJ
kcalE
Jano
= =8 00 05 5 4 4186 181 10. . .
C05b. Perda de Solo, quando os resíduos são colhidos Perda líquida de solo, quando os resíduos são removidos = 2 * (perda quando resíduos são deixados no campo) = 4,00E+07 g/m2/ano Material orgânico consumido no solo = 1,60E+06 g/ano
Perdade Energia Eg
anox
kcalg
xJ
kcalE
Jano
= =160 06 5 4 4186 3 62 10. . .
C06. Nitrogênio N = 138 kg/ano [TVA, 1992] Outras estimativas: 142 kg/ha (Marle e Turhollow, 1991, USA, p.1309); 135 kg/ha (DeLuchi, 1991, USA); C07. Fosfato P2O5 = 53 kg/ano [TVA, 1992] Outras estimativas: 56 kg/ha (Marle e Turhollow, 1991, USA, p.1309); 63 kg/ha (DeLuchi, 1991, USA); C08. Potássio K2O = 64 kg/ano [TVA, 1992] Outras estimativas: 71 kg/ha (Marle e Turhollow, 1991, USA, p.1309); 72 kg/ha (DeLuchi, 1991, USA); C09. Calcário Total usado = 4,26E+05 g/ano [Pimentel e Wen, 1990] Outras estimativas: Uso global de fertilizantes, no lugar dos valores dos itens 6 - 9 Total usado = 1,17E+10 J/ano [Marle e Turhollow, 1991, Tabela 2]
Total usado E gano
E gano
E gano
E gano
E Jano
= + + + =138 05 5 30 04 6 40 04 4 26 05 117 10. . . . .
C10. Inseticidas, Pesticidas e Herbicidas Total usado = 4500 g/ano [Pimentel et al., 1993] C11. Diesel Usado pelas máquinas = 60 kg/ano [Pimentel e Wen, 1990] Somente 60% do milho americano é seco. A secagem consome 200 kcal/kg de milho; assim, na média, o diesel usado para secagem é = (7,500 kg/ha)(0.60)(200 kcal/kg)(4186 J/kcal)
60 4 45 07 267 07kgdieselha ano
x EJ
kg dieselE
Jha ano.
..
=
D11b. Usado p/ secagem = 85 kg/ano Diesel total usado = 145 kg/ano Outras estimativas: 123 kg/ha, (Marle e Turhollow, 1991, USA, p.1309, incluindo todos os combustíveis); 120 kg/ha (DeLuchi, 1991, USA). Lower heating value = 4,45E+07 J/kg [Ellington et al, 1993, p. 408]
Energia kg
anoJ
kgJ
ano= = x . E07 . E09 145 4 45 6 43
105
C12. Lubrificantes Total usado = 0 kg/ano [não calculado] Lower heating value = 4,61E+07 J/kg [Ellington et al, 1993, p. 408] Energia (J/y) = (uso total)(Energia contida por kg) = 0,00E+00 J/ano C13. Gasolina Total usado = 32 kg/ano [Pimentel e Wen, 1990] Lower heating value = 4,07E+07 J/Kg [Ellington et al, 1993, p. 408]
Energiakg
anox E
Jkg
EJ
ano= =32 4 07 07 130 09. .
C14. Maquinário Agrícola (assumindo 10 anos de vida útil) Total usado = 5,50E+04 g/ano [Pimentel e Wen, 1990] C15. Eletricidade Usada na fazenda = 116 kwh/ano [Pimentel e Wen, 1990] C16. Sementes Total usado = 2,10E+04 g/ano [Pimentel e Wen, 1990] Energia contida nas sementes = 1,47E+04 J/g [Pimentel, 1980]
Energia das sementes Eg
anox E
Jg
EJ
ano= =210 04 1 47 04 3 08 08. . .
C17. Mão-de-obra Trabalho total aplicado = 10 horas/ano.hectare [Pimentel e Wen, 1990] = 1,25 dias, considerando 8 horas/dia Energia do metabolismo diária = 3 000 kcal/dia por pessoa Energia total aplicada por ano = 3,75E+03 kcal/dia= 1,57E+07 J/ano C18. Irrigação Cerca de 7 milhões de litros de água são necessários para irrigar um hectare de milho por ano. Somente 14% do milho é irrigado nos EUA, onde a chuva é menor que a média. Isto significa uma média de 980.000 litros de água por hectare por ano. Cerca de 60% de água de irrigação vem de canais e 40% vem de poço. C18a. Água de canais usada = 5,88E+05 l/ano Energia total livre na água = (volume da água)(densidade da água)(Energia livre de Gibbs por grama) = 2,90E+09 J/ano C18b. Água de poço usada = 3,92E+05 l/ano Energia total livre na água = (volume) (densidade) (Energia livre de Gibbs por grama) = 1,94E+09 J/ano Para irrigação com água de canais, a energia fóssil custa cerca de: 4,77E+03 J/l [Pimentel, 1980] Para irrigação com água com profundidade de 100m, a energia fóssil custa cerca de: 1,47E+04 J/l [Pimentel, 1980] Custo total de energia fóssil = 8,55E+09 J/ano C19. Milho Produzido Produção = 7,50E+06 g/ano [USDA, 1993] Outras estimativas: 7,47E+06 g/ano [Marle e Turhollow, 1991, USA, p.1310] 6,10E+06 g/ano [DeLuchi, 1991, USA] Energia contida nas sementes = 1,47E+04 J/g [Pimentel, 1980] Energia total do milho =1,10E+11 J/ano Índices Transformidade do milho = 4,65E+04 sej/J Razão produção por emergia = Y/F = 1,87 Razão de investimento por emergia = F/I = 1,15 Razão de carga ambiental = (N + F) /R = 3,92 Porcentagem de energia renovável = %R = 100 (R/Y) = 20.33 Sustentabilidade emergética EYR/ELR = 0,48
106
Análise Emergética da produção de milho nos EUA (média nacional de 1994 - valores por hectare)
Transformidade Ref. Emergia Solar # Item Unid Unid/ha/ano solar p/ (E14
(sej/unid) Transf. sej/ha/ano) Contribuições Ambientais 23.73
C2 Potencial químico da chuva J 2,97E+10 1,82E+04 [2] 5,39 C4 Ciclo da Terra J 1,45E+10 3,44E+04 [2] 4,99 C5 Perda de solo J 1,81E+10 7,38E+04 [1] 13,35
Contribuições Econômicas 27.33 C6 Nitrogênio g 1,38E+05 3,80E+09 [2] 5,24 C7 Fosfato g 5,30E+04 3,90E+09 [2] 2,07 C8 Potássio g 6,40E+04 1,10E+09 [2] 0,70 C9 Calcário g 4,26E+05 1,00E+09 [2] 4,26
C10 Insetic.,pestic.e herbic. g 4,50E+03 1,48E+10 [1] 0,67 C11 Diesel J 6,43E+09 6,60E+04 [1] 4,25 C12 Lubrificantes J 0,00E+00 6,60E+04 [1] 0,00 C13 Gasolina J 1,30E+09 6,60E+04 [1] 0,86 C14 Maquinário Agrícola g 5,50E+04 6,70E+09 [1] 3,69 C15 Eletricidade J 4,19E+08 2,00E+05 [1] 0,84 C16 Sementes J 3,08E+08 8,94E+04 [3] 0,28 C17 Mão-de-obra J 1,57E+07 7,38E+06 [3] 1,16 C18 Superfície p/ irrigação J 2,90E+09 4,10E+04 [1] 1,19 C18 Irrigação por poço J 1,94E+09 1,10E+05 [1] 2,14
Emergia Total 51,06
Produção da fase Agrícola Produção Valor Calórico Energia Total
C19 Milho produzido J 7.50E+06 1.47E+07 1.10 E13
4 - Cálculo de Comar e Ortega (Botucatu , Brasil, 1996)
Process
solo
chuva
vento
sol
plantação
Sementes Calcário Fertilizantes
combustíveis
Maq.Agrícola
Milho
Eletricidade
Sabugo
107
Memorial de Cálculo D01. Chuva
0 1 06 5 1 04 3 103
2 3
2
.6.
mm ano
x E gm
x Jg
x E mha
E Jano
=
D02. Perda do solo no uso agrícola específico
10 1000 004 5400 4186 63000 569 13tonha ano
x kgton
xkgm o
solox kcal
kgm ox J
calx seJ
JE seJ
J..
. .. .
.=
D03. Sementes
5 25 5 4186 2 2 9..
..
E kcalha ano
x Jkcal
E Jha ano
=
D04. Fertilizantes
Nitrogênio = 1 5.28.
Eg
ha ano
Fosfato = 7 20 4..
E gha ano
Potássio = 8 00 4..
E gha ano
D05. Pesticidas
2 87 05 4186 119 09..
..
Ekcal
ha anox
Jkcal
EJ
ha ano=
D06. Combustíveis
6 53 06 4186 273 10..
..
E kcalha ano
x Jkcal
E Jha ano
=
D07. Mão-de-Obra 2 70 02.$
Eano
D08. Administração 5 39 02. $Eano
D09. Bens = =1158 0 5 5 79 02ha x Eano
. .$
D10. Milho
5 460 3 5 4186 1 03 8 00 10..
. .kgha ano
x kcalg
x Jkcal
x E gkg
E Jano
=
D11. Sabugo
10900 3 5 4186 1 03 160 11kg
ha anox
kcalg
xJ
kcalx E
gkg
EJ
ano.. .=
Índices Razão Produção por Emergia Y/F=1,09 Razão Investimento por Emergia F/I=10,67 Razão de Carga Ambiental (N + F)/R =28.4 Porcentagem de Energia Renovável %R = 100 (R/Y) = 3.40 Transformidade do Milho (Y)/ energia =165000 Sustentabilidade Emergética EYR/ELR = 0.03
108
Análise Emergética da produção de milho em Botucatu (1996 - valores por hectare) Ano. Item Unid Unid./ano Transformidade
sej/unidade Emergia Solar % de
Emergia CONTRIBUIÇÕES AMBIENTAIS ( I ) 1,13E+15 9%
D1 Potencial químico da chuva J 3,00E+10 1,50E+04 4,50E+14 3% D2 Perda de solo no seu uso J 1,09E+10 6,30E+04 6,84E+14 5%
CONTRIBUIÇÕES ECONÔMICAS ( F ) 1,21E+16 91%
Insumos 1,45E+14 1%
D3 Sementes J 2,20E+09 6,60E+04 1,45E+14 1%
D4 Calcário 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0% D5 Fertilizantes (NPK) ------ ------ ------ 1,63E+15 12%
Nitrogênio kg 1,28E+05 4,19E+09 5,36E+14 4%
Fosfato kg 7,20E+04 1,41E+10 1,02E+15 8%
Potassio kg 8,00E+04 9,50E+08 7,60E+13 1%
D6 Pesticidas J 1,19E+09 6,60E+04 7,87E+13 1% Operações da Lavoura ------ ------ ------ 3,44E+15 26%
D7 Combustíveis J 2,73E+10 6,60E+04 1,80E+15 14%
D8 Mão-de-obra $ 2,70E+02 6,08E+12 1,64E+15 12%
Administração 3,28E+15 25%
D9 Assessoria Técnica e Adm. $ 5,39E+02 6,08E+12 3,28E+15 25% D10 Bens $ 5,79E+02 6,08E+12 3,52E+15 27%
VALOR DA PRODUÇÃO (Y) 1.32 E+16 100%
D11 Produção de milho: Produção Valor Calórico Unit
Calor Total Emergia
Grãos kg 5,46E+03 1,47E+07 8,00E+10 6,62E+15
Sabugo kg 1,09E+04 1,47E+07 1,60E+11 1,32E+16
5 - Cálculo de FNP (1997)
plantação
Chuva
Vento
Sol
milho 6000 kg
Fertilizantes Calcáreo Sementes Pesticidas Operaçõesna lavoura
Conserv/Deprec.
ServiçosPúblicos
sabugo, folhas, raízes
Adminis-tração11.26 6.84 42.1
37.7
41.2
1.1
31.1
E13 sej/ha.ano
1.1
109
Memorial de Cálculo Insumos
E01. Sementes 3300 210 6 93 01..
.$
.$
.kg
ha anox
USkg
EUS
ha ano=
E02. Calcário 0 75 15 00 113 01..
. $ . $.
tha ano
x USt
E USha ano
=
E03. Fertilizante 4-30-16+Zn 0 35 332 00 116 02..
.$
.$
.ton
ha anox
USton
EUS
ha ano=
E04. Sulfato de Amônia 0 30 230 00 6 90 01..
.$
.$
.ton
ha anox
USton
EUS
ha ano=
E05. Herbicida - Roundup 4 9 00 3 60 01tonha ano
x USton
E USha ano.
. $ . $.
=
E06. Inseticida para tratamento de sementes
0 44 2273 100 01..
. $ . $.
tonha ano
x USton
E USha ano
=
E07. Inseticida - Lorsbon 0 60 8 50 510..
.$
.$
.ton
ha anox
USton
USha ano
=
Operações na Lavoura (US$/ha)
E08. Plantio
0 6090 4 2 12
2383 143 01.. . .
. $ . $horaTp cv x plant prec lin
x USHM
E USha
−+
=máquina
E09. Cobertura/Cultivo
0 2361 4 2
8 79 202./
.$
.$HM
Tp cv x cult adubx
USHM
USha+
=
E10. Pulverização Herbicida (2 X)
01961 4 2 600
9 72 185..
.$
.$HM
Tp cv x pulv Ix
USHM
USha
=
E11. Pulverização Inseticida (2X)
0 3861 4 2 600
9 72 3 69..
. $ .$Hm
Tp cv x pulv Ix US
HMUSha+
=
E12. Transporte Interno
13061 4 2 2
8 67 113 01.)
. $ . $HMTp cv x carreta t
x USHM
E USha+
=
E13. Colheita
100 2403 2 40 01. .$
.$HM
Automotrizx
USHm
EUSha
=
E14. Operações Manuais
0 60 810 4 86. hom . $ . $ensdia
x USdia
USano
=
Custos diretos
Custo de Operação Direta = Insumos Agrícolas + Operações = 3.56 E02US$ano
na Lavoura
110
Administração
E15. Viagens 6% 6% 3 56 02 214 01custos E E USano
= =( . ) . $
E16. Assistência Técnica 1% 1% 3 56 02 3 56 01( ) ( . ) .$
custos E EUSano
= =
E17. Mão-de-Obra Administrativa
2 5% 25% 3 56 02 8 90 01. ( ) . ( . ) . $custos E E USano
= =
E18. Contabilidade/Escritório
15 15% 3 56 02 5 34 01. % ( ) . ( . ) .$
custos E EUSano
= =
E19. Conservação/Depreciação de Bens
0 5% 0 5% 3 56 02 178. ( ) . ( . ) . $custos E USano
= =
E20. Comercialização 2% 2% 610) 122 01( ( .$
receita) EUSano
= =
E21. Impostos 3% 3% 610) 183 01( ( . $receita) E USano
= =
E22. Produção de milho
6000 3 5 4186 1 03 8 79 10kg
ha anox
kcalg
xJ
kcalx E
gkg
EJ
ha ano.. .
.=
Avaliação Emergética do Sistema de Produção de Milho, Brasil, 1997
Anot. Item Unid. Unidade/ano Transformidade sej/unidade
Emergia Solar % de Emergia
Total Insumos ------ ------ ------ 1,93E+15 70%
E1 Sementes $ 6,93E+01 6,08E+12 4,21E+14 15%
E2 Calcário $ 1,13E+01 6,08E+12 6,84E+13 2%
E3 Fertilizante 4-30-16+Zn: $ 1,16E+02 6,08E+12 7,06E+14 26%
E4 Sulfato de Amônia $ 6,90E+01 6,08E+12 4,20E+14 15%
E5 Herbicida - Roundup $ 3,60E+01 6,08E+12 2,19E+14 8%
E6 Inseticida trat. sem. $ 1,00E+01 6,08E+12 6,08E+13 2%
E7 Inseticida - Lorsban $ 5,10E+00 6,08E+12 3,10E+13 1%
Operações na Lavoura ------ ------ ------ 3,77E+14 14%
E8 Plantio $ 1,43E+01 6,08E+12 8,69E+13 3%
E9 Cobertura/Cultivo $ 2,02E+00 6,08E+12 1,23E+13 0%
E10 Pulv.Herbicida (2x) $ 1,85E+00 6,08E+12 1,12E+13 0%
E11 Pulv. Inseticida $ 3,69E+00 6,08E+12 2,25E+13 1%
E12 Transporte Interno $ 1,13E+01 6,08E+12 6,85E+13 3%
E13 Colheita $ 2,40E+01 6,08E+12 1,46E+14 5%
E14 Operações Manuais $ 4,86E+00 6,08E+12 2,95E+13 1%
Administração ------ ------ ------ 4,34E+14 16%
E15 Viagens $ 2,14E+01 6,08E+12 1,30E+14 5%
E16 Assistência Técnica $ 3,56E+00 6,08E+12 2,16E+13 1%
E17 Mão-de-obra Administrativa $ 8,90E+00 6,08E+12 5,41E+13 2%
E18 Contabilidade/Escritório $ 5,34E+00 6,08E+12 3,25E+13 1%
E19 Conservação/Depreciação de Bens
$ 1,78E+00 6,08E+12 1,08E+13 0%
E20 Comercialização $ 1,22E+01 6,08E+12 7,42E+13 3%
111
E21 Impostos $ 1,83E+01 6,08E+12 1,11E+14 4% VALOR DA PRODUÇÃO (Y) 2,74E+15 100%
E22 Produção de milho: Produção anual
Val. Cal. (J/kg) Calor Total Emergia
kg 6,00E+03 1,47E+07 8,79E+10 2,74E+15
Índices
Razão Produção por Emergia Y/F = 1,00 Razão Investimento por Emergia F/I = não é possível calcular Transformidade do Milho (Y)/ energia = 31171 (mínimo sem contribuição ambiental) 6 - Cálculo do LEIA (1998)
banco
mercado
albedo
fazenda ou sítio
mão deobra
externa
sol,chuva,
vento
Sementesfertil. e
pestic. outrosinsumos serv.
adm. serv.gov.
produção
mão deobra
residente
empréstimos
principal e juros
subsídios
impostos
preço
colheita bens
$solo
milhosabugo
CicloGeológico
4.5
3.4
2.0 9.6 3.33.5
3.7
E 13 seJ/ ha.ano
Calcário
6.8
F01. Potencial Químico da Chuva
0 6 1 6 5 1 4 3 00 103
2 3
2
..
..
mm ano
x Eg
mx
Jg
x Emha
EJ
ha ano=
F02. Perda de Solo
12 1000 0 04 5400 4186 109 10tonano
xkgton
xkgm o
kgx
kcalkgm o
xJ
kcalE
Jano
.. .
. ..=
F03. Ciclo Geológico
Áreas estáveis = 1 10 10 04 1 1062
2
xJ
m anox E
mha
xEJ
ha ano..
.=
Insumos F04. Sementes
21 147 7 3 09 8kg
ha anox E
Jkg
EJ
ha ano.. .
.=
F05. Calcário 0 75 15 00 113 01..
. $ . $.
tha ano
x USt
E USha ano
=
112
F06. Fertilizantes
Nitrogênio = 128 kgha ano.
Fosfato = 72kg
ha ano.
Potássio (KOH) = 80 kgha ano.
F07. Pesticidas
6 04 9 00 5 44 1..
$ . .$kg
ha anox R E
ano=
F08. Operações na Lavoura Plantio
0 6090 4 2 12
2383 143 1.. .
. $ . $HoraTp cv x plant prec lin
x USano
E USano
−+
=máquina
Cobertura/Cultivo
0 2361 4 2
8 79 2 02..
. $ . $HoraTp cv x cult adubo
x USano
USano
−+
=máquina
Pulverização Herbicida (2X)
01961 4 2 600
972 185. .$
.$Hora
Tp cv x pulv Ix
USano
USano
−+
=máquina
Pulverização Inseticida (2X)
0 3861 4 2
9 72 3 69..
. $ . $HoraTp cv x cult adubo
x USano
USano
−+
=máquina
Transporte Interno
13061 4 2 2
9 72 113 1. . $ . $HoraTp cv x carreta ton
x USano
E USano
−+
=máquina
Colheita
100 2403 2 1. .$
.40$Hora
automotrizx
USano
EUSano
−=
máquina
Operações Manuais
0 60 810 4 86. hom . $. . $ensdia
x US dia US=
Gastos Gerais
Soma de todas as operações = 6 1.20$
EUSano
F09. Administração
15% custos diretos da planilha anexada 5 68 1. $E USano
F10. Eletricidade Bomba de poço - uso doméstico
10 736
5 8 64 1cv xcv
xhorasdia
xUSkWh
EUSano
. $.
$=
Casa e dependências
100 24 3601
1000010 8 64 1Watts x hrs x dias
anox
kWW
x RkWh
E USano
. $ . $=
F11. Bens
Casa do proprietário 200 150
50 401500
22
m xRm
ha anosR
ha ano
$
..
$.
=
113
Barracão e armazém 120 150
50 409 00
22
m xRm
ha anosR
ha ano
$
..
$.
=
F12. Produção de milho
Grãos: 5460 35 4186 1 3 8 00 10kg
ha anox
kcalg
xJ
kcalE
gkg
EJ
ha ano.. .
.=
Índices Razão Produção por Emergia Y/F =1,68 Razão Investimento por Emergia F/I = 1,46 Transformidade do Milho (I+F)emergia /(Y)energia = 45.515 Razão de carga ambiental (N + F)/R = 3.58 Porcentagem de energia renovável %R = 100 (R/Y) = 21.8 Sustentabilidade Emergética EYR/ELR = 0.46 Avaliação Emergética do Sistema de Produção de Milho Anot. Item Unid Unid./ano Transformidade
sej/unidade Emergia
Solar % Emergia
Total CONTRIBUIÇÃO AMBIENTAL ( I ) 1,48E+15 41%
F1 Potencial químico da chuva J 3,00E+10 1,50E+04 4,50E+14 12%
F2 Perda de solo no seu uso J 1,09E+10 6,30E+04 6,84E+14 19% F3 Ciclo Geológico J 1,00E+10 3,44E+04 3,44E+14 9%
CONTRIBUIÇÃO ECONÔMICA (F) 2,16E+15 59%
Insumos ------ ------ ------ 8,88E+13 2%
F4 Sementes J 3,09E+08 6,60E+04 2,04E+13 1%
F5 Calcário $ 1,13E+01 6,08E+12 6,84E+13 2% F6 Fertilizantes (NPK) ------ ------ ------ 8,55E+14 23%
Nitrogênio kg 1,28E+02 3,80E+12 4,86E+14 13%
Fosfato kg 7,20E+01 3,90E+12 2,81E+14 8%
Potássio kg 8,00E+01 1,10E+12 8,80E+13 2%
F7 Pesticidas $ 5,44E+01 6,08E+12 3,31E+14 9% F8 Operações da Lavoura ------ ------ ------ 3,77E+14 10%
Gastos Totais $ 6,20E+01 6,08E+12 3,77E+14 10%
F9 Administração $ 5,68E+01 6,08E+12 3,46E+14 9%
F10 Eletricidade $ 2,19E+02 6,08E+12 2,04E+13 1%
F11 Bens $ 2,40E+01 6,08E+12 1,46E+14 4% VALOR DA PRODUÇÃO (Y) 3,64E+15 100%
F12 Produção de milho: Produção V.Calor. unitário Calor Total Emergia
Grãos kg 5,46E+03 1,47E+07 8,00E+10 3,64E+15
114
7 - Milho Rústico Mexicano (Pillet, 1993)
ferramentas
Trabalho
Sol,Chuva
760
Sementes
763
E20 emJ/ano
Milho
3
venda nomercadoregional
ConsumoLocal Aldeia
Neste exemplo temos uma agricultura de subsistência. O único gasto na produção é a compra de algumas ferramentas. O trabalho, adubo e sementes não são considerados. Índices Razão Produção por Emergia (Y/F) = 254 Razão Investimento por Emergia (F/I) = 0.004 8 - Cálculo do milho (Pardinho, Brasil, 1998) Avaliação Emergética do Sistema de Produção de Milho Anot. Item Unid. Unid./ano Transformidade
sej/unidade Emergia Solar % de
Emergia Total CONTRIBUIÇÃO AMBIENTAL ( I ) 2,04E+15 21%
H1 Potencial químico da chuva J 6,00E+10 1,50E+04 9,00E+14 9%
H2 Perda de solo no seu uso J 1,27E+10 6,30E+04 7,97E+14 8%
H3 Ciclo Geológico J 1,00E+10 3,44E+04 3,44E+14 4%
CONTRIBUIÇÃO ECONÔMICA (F) 7,67E+15 79%
Insumos ------ ------ ------ 1,64E+15 17%
H4 Sementes kg 6,00E+01 6,60E+04 3,96E+06 0%
H5 Calcário $ 3,00E+01 6,08E+12 1,82E+14 2%
H6 Fertilizante 4-30-16+Zn: $ 1,02E+02 6,08E+12 6,18E+14 6%
H7 Sulfato de Amônia $ 8,00E+01 6,08E+12 4,86E+14 5%
H8 Herbicida $ 5,80E+01 6,08E+12 3,53E+14 4%
H9 Operações na Lavoura ------ ------ ------ 3,63E+15 37%
Aração $ 6,00E+01 6,08E+12 3,65E+14 4%
Gradagem Pesada $ 4,00E+01 6,08E+12 2,43E+14 3%
Plantio $ 1,50E+01 6,08E+12 9,12E+13 1%
Cobertura/Cultivo $ 1,00E+01 6,08E+12 6,08E+13 1%
Pulv.Herbicida (2x) $ 1,20E+01 6,08E+12 7,30E+13 1%
Transporte Interno $ 3,90E+02 6,08E+12 2,37E+15 24%
Colheita $ 4,00E+01 6,08E+12 2,43E+14 3%
Operações Manuais $ 3,00E+01 6,08E+12 1,82E+14 2%
115
H10 Administração ------ ------ ------ 1,84E+15 19%
Administração $ 3,00E+01 6,08E+12 1,82E+14 2%
Secagem $ 6,50E+01 6,08E+12 3,95E+14 4%
Armazenagem $ 2,08E+02 6,08E+12 1,26E+15 13%
H11 Eletricidade ------ ------ ------ 5,25E+14 5%
Casa e Dependências $ 8,64E+01 6,08E+12 5,25E+14 5% H12 Bens ------ ------ ------ 3,65E+13 0%
Casa do Proprietário $ 5,00E+00 6,08E+12 3,04E+13 0%
Barracão e Armazém $ 1,00E+00 6,08E+12 6,08E+12 0%
VALOR DA PRODUÇÃO (Y) 9,72E+15 100%
H13 Produção de milho: Produção anual
V Calor unit.(J/kg) Calor Total Emergia
kg 5,46E+03 1,47E+07 8,00E+10 7,77E+26
Índices: Razão Produção por Emergia Y/F = 1,27 Razão Investimento por Emergia F/I = 3,76 Transformidade do Milho (I+F)emergia /(Y)energia = 121000 Razão de Carga Ambiental (N + F)/R = 6.81 Porcentagem de Energia Renovável %R = 100 (R/Y) = 12.8 Sustentabilidade Emergética EYR/ELR = 0.18 9 - Milho de Subsistência Mexicano (LEIA) Neste exemplo temos outra agricultura de subsistência. O trabalho do homem da casa só é possível devido à manutenção da estrutura familiar, portanto consideram-se as despesas energéticas de toda a família que se estimam em 0,01 da despesa da família americana (5 x E08 J/dia). Avaliação Emergética da Produção de Milho, México (1951) Anot
. Item Unid Fluxos
Unid./ano Transformidade
sej/unidade Emergia
Solar E4
% de Emergia
Total CONTRIBUIÇÕES AMBIENTAIS ( I )
I1 Chuva J 5,0E+10 15444 7,7 14,4 I2 Perda de solo (consumo + erosão) J 6,8E+09 65000 4,4 8,2 I3 Ciclo geológico (região montanhosa) J 3,0E+10 29000 8,7 16,3
Produtos da mata remanescente: 1,5E+10 41000 6,2 11,5 CONTRIBUIÇÕES ECONÔMICAS (F )
I4 Sementes compradas J 1,5E+08 100000 0,1 0,3 I5 Ferramentas compradas J 6,9E+07 1,00E+07 6,9 13,0 I6 Tração animal J 2,0E+01 1,86E+13 3,7 7,0 I7 Trabalho Humano(Bens de consumo da família) J 1,8E+10 86000 15,7 29,3 I8 Produção de milho kg 2,9E+10 182626 53,5 100
Índices Razão de produção por emergia Y/F = 2,02 Razão de investimento por energia F/I = 0,98 Razão de carga (impacto) ambiental (N+F)/R = 1,37 Porcentagem de energia renovável (R/Y)100 = 42,24 Transformidade do Milho Tr = 182626 Sustentabilidade Emergética EYR/ELR = 1,47
116
117
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Mostraremos a seguir duas tabelas que resumem os valores por hectare e por ano encontrados. Fontes EUA
1984 Odum
(E14 sej)
EUA 1994 Ulgiati
(E14 sej)
Brasil 1996 Comar
(E14 sej)
Brasil 1997 FNP
(E14 sej)
Brasil 1998 LEIA
(E14 sej)
Brasil 1998
Pardinho (E14 sej)
México 1951
(E14 sej)
Chuva 4.5 5.4 4.5 ----- 4.5 9.0 7.7 Perda de solo 5.7 13.4 6.8 ----- 6.8 7.9 4.4 Mata remanescente ----- ----- ----- ----- ----- ----- 6.2 Ciclo geológico ----- 4.9 ----- ----- 3.4 3.4 8.7 Sementes 1.5 0.3 1.5 4.2 0.2 0.0 0.1 Calcário ----- 4.3 ----- 0.7 0.7 1.8 ----- Fertilizantes 16.4 8.0 16.3 11.2 8.5 11.4 ----- Pesticidas 0.8 0.7 0.8 3.1 3.3 3.5 ----- Combustíveis 18.0 5.1 18.0 ----- ----- ----- ----- Máquinas agrícolas ----- 3.7 ----- ----- ----- ----- 6.9 Tração animal ----- ----- ----- ----- ----- ----- 3.7 M.O + Adm. + O. L. 28.3 1.2 49.2 8.1 7.3 54.6 15.7 Eletricidade ----- 0.8 ----- ----- 2.0 5.3 ----- Irrigação ----- 3.3 ----- ----- ----- ----- ----- Outros Bens ----- ----- 35.2 ----- 1.5 0.4 ----- Total 75.2 51.1 132.3 27.3 38.2 97.3 53.4 Produto (kg/ha.ano) 5390 7500 5460 6000 5460 5460 1944 Energia do produto 8.0 E10 1.10E11 8.0 E10 8.79 E10 8.0 E10 8 E10 2.9 E10 Transformidade (seJ/J) 94000 46500 165000 31000 45515 121000 183000 EIR = F/I 6.36 1.15 10.67 1.46 3.76 0.98 EYR = Y/F 1.16 1.87 1.09 1.68 1.27 2.02 ELR = (N+F)/R 15.66 3.92 28.4 3.58 6.8 1.37 ESI = EYR/ELR 0.07 0.48 0.03 0.46 0.18 1.47 R = R/Y 5.98 20.33 3.4 21.8 12.8 42.2
118
CONCLUSÕES
Os dados de composição de custo na produção de matérias-primas agrícolas da EMATER publicados pelo FNP (1997), podem ser usados para fazer o balanço emergético dos produtos agrícolas brasileiros e calcular suas transformidades, pois a diferença com outros procedimentos de cálculo é pequena.
No entanto, descobrimos muita variação entre os resultados do balanço emergético do milho realizados por diversos pesquisadores no mundo e o que merece maior atenção em pesquisas futuras é apresentar os mesmos itens de avaliação.
Contribuições Ambientais
1. Chuva;
2. Ciclo geológico;
3. Contribuição das matas remanescentes;
4. Consumo de solo;
5. Perda de solo.
Contribuições Econômicas
6. Sementes e mudas;
7. Calcário;
8. Esterco, compostos e fertilizantes;
9. Herbicidas e pesticidas;
10. Água de irrigação;
11. Operações na Lavoura:
(a) mão-de-obra direta (salário ou equivalente);
(b) operação de máquinas agrícolas (salário);
12. Tração animal;
13. Administração;
14. Combustíveis;
15. Eletricidade
16. Depreciação;
17. Amortização;
18. Subsídios;
19. Impostos;
20. Outros.
Também devem ser uniformizados os valores de transformidade utilizados nos cálculos.
Um cuidado especial, inclusive pesquisas específicas a respeito, deve ser considerado em relação aos itens relativos a mão-de-obra, administração, amortização e impostos que são responsáveis pelas maiores diferenças nos cálculos existentes.
O gráfico da transformidade em função da taxa de investimento (F/I) mostra um comportamento interessante que precisa ser confirmado com novas pesquisas.
119
Transformidade versus F/I
020000400006000080000
100000120000140000160000180000200000
0 2 4 6 8 10 12
F/I
Tra
nsf
orm
idad
e
Interpretando este comportamento, poderíamos dizer que os sistemas com alta contribuição da natureza possuem uma transformidade alta , assim com os sistemas intensivos baseados em insumos derivados da economia (F) baseada na energia do petróleo. Um comportamento um pouco diferente daquele previsto por ODUM (1996), que considera apenas uma tendência crescente da transformidade em relação às taxas crescentes de investimento energético. BIBLIOGRAFIA BROWN M.T. & ARDING J. Transformity Working Paper. Center for Wetlands, University of
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