“OPOSIÇÕES VIVEM UM DELÍRIO” Zé Eliton rebate críticas da...

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Prefeito cobra mais policiamento em Aparecida Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 ANO 31 - Nº 1.599 tribunadoplanalto.com.br PAULO JOSÉ GO I Â NIA, 1º A 7 DE OUTUBRO DE 2017 R$ 2,00 FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA Família deve estar atenta aos sinais da depressão A descoberta o quanto antes dos sintomas da depressão, especialmente entre crianças e adolescentes, é fundamental para um tratamento eficaz. A psicóloga Heloisa da Silva, especialista em neuropsicologia, explica a gravidade, causas, tratamento e preconceito existentes sobre a doença, que pode levar à morte. “OPOSIÇÕES VIVEM UM DELÍRIO” “Enquanto questionam, vamos continuar compensando cheques e realizando obras”, afirmou o vice- governador Zé Eliton durante solenidade de repasse de recursos a mais 56 prefeituras. Segundo ele, o programa “modifica a paisagem dos municípios goianos, e a população vê florescer a esperança com o volume de empreendimentos em todas as regiões do estado”. Pág. 7 Zé Eliton rebate críticas da oposição ao Goiás na Frente Em Goiás, PT aposta todas as fichas em candidatura de Lula Durante prestação de contas do 2º quadrimestre da sua gestão, na Câmara Municipal, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), revelou aos vereadores que já pagou quase R$ 170 milhões das dívidas deixadas pela gestão anterior e que somavam cerca de R$ 660 milhões em janeiro. Pág. 3 Iris já quitou R$ 166 milhões em dívidas ENTREVISTA/FERNANDO COZZETTI À frente da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra), o engenheiro civil Fernando Cozzetti tenta reestruturar a pasta responsável por praticamente todas as grandes obras da prefeitura. Ele fala sobre a retomada do serviço dos corredores do transporte coletivo, um empréstimo de 100 milhões de dólares para restauração das principais vias da cidade e afirma que, se o contrato das obras do corredor de ônibus BRT não for retomado neste mês de outubro, uma nova licitação será feita. Páginas 4 e 5 Prefeitura pode fazer nova licitação para o BRT JACKSON RODRIGUES Pág. 3 Pág. 6

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Prefeitocobra maispoliciamentoem Aparecida

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

ANO 31 - Nº 1.599

tri bu na do pla nal to.com.br

PAU

LO J

OS

É

GO I Â NIA, 1º A 7 DE OUTUBRO DE 2017 R$ 2,00

FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA

Família deveestar atentaaos sinaisda depressãoA descoberta o quanto antes dossintomas da depressão,especialmente entre crianças eadolescentes, é fundamental paraum tratamento eficaz. A psicólogaHeloisa da Silva, especialista emneuropsicologia, explica agravidade, causas, tratamento epreconceito existentes sobre adoença, que pode levar à morte.

“OPOSIÇÕES VIVEM UM DELÍRIO”

“Enquanto questionam,vamos continuarcompensando cheques erealizando obras”,afirmou o vice-governador Zé Elitondurante solenidade derepasse de recursos amais 56 prefeituras. Segundo ele, o programa“modifica a paisagem dosmunicípios goianos, e apopulação vê florescer aesperança com o volumede empreendimentos emtodas as regiões doestado”. Pág. 7

Zé Eliton rebate críticas daoposição ao Goiás na Frente

Em Goiás, PT aposta todas asfichas em candidatura de Lula

Durante prestação decontas do 2ºquadrimestre da suagestão, na CâmaraMunicipal, o prefeito deGoiânia, Iris Rezende(PMDB), revelou aosvereadores que já pagouquase R$ 170 milhõesdas dívidas deixadas pelagestão anterior e quesomavam cerca de R$660 milhões em janeiro.Pág. 3

Iris já quitou R$ 166 milhões em dívidas

ENTREVISTA/FERNANDO COZZETTI

À frente da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra), o engenheiro civil FernandoCozzetti tenta reestruturar a pasta responsável por praticamente todas as grandes obras da prefeitura. Elefala sobre a retomada do serviço dos corredores do transporte coletivo, um empréstimo de 100 milhões dedólares para restauração das principais vias da cidade e afirma que, se o contrato das obras do corredor deônibus BRT não for retomado neste mês de outubro, uma nova licitação será feita. Páginas 4 e 5

Prefeitura pode fazernova licitação para o BRT

JACKSON RODRIGUES

Pág. 3

Pág. 6

A situação política do país é sem dúvida extremamentepreocupante, não apenas no presente como essencial-mente para o futuro quanto a mudanças e recuperaçãodos princípios básicos e dos valores perdidos nos últimostempos. As incertezas podem levar a escolhas equivocadase a mais um período desperdiçado na condução do Brasila um sólido caminho para o desenvolvimento geral.

Estamos a praticamente um ano da eleição presiden-cial. Que perspectiva os brasileiros podem ter? Que lide-rança existe no cenário atual capaz de devolver ao povo aesperança de novos tempos? Estão aí postos os mesmos,sem renovação, todos desgastados, quando não envolvi-dos em escândalos. São raríssimas as exceções e mesmoestas sem um grande e confiável programa de restauraçãogeral que fascine o eleitor.

Por tudo o que tem acontecido de negativo, vemos umquadro de amplo desgaste dos políticos. Falta um líder decredibilidade e isso deixa o eleitor desorientado e revol-tado. A eleição se aproxima e a descrença aumenta. Paracompreender a real gravidade da situação é suficiente ana-lisar as pesquisas realizadas nos últimos meses, que tra-zem a avaliação pública dos nomes que estão no cenário,prontos para disputar a presidência da República. O graude desaprovação, de rejeição, é altamente negativo.

Analisando alguns nomes isoladamente é importanteconsiderar o contexto individual. Um aspecto chama aten-ção, o fato de os caciques tucanos estarem com desapro-vação bem acima dos demais, notadamente doex-presidente Lula, liderança maior do PT, que por sinalestá em explícita campanha não só em palavras como ematos e comícios recentes pelo Norte e Nordeste. Segundoas pesquisas recentes, Lula é desaprovado por dois terçosda população, enquanto um terço o vê de forma favorável,o que leva alguns analistas a considerar que em torno doex-presidente ‘ainda há uma dose de mito’.

No sentido de renovação, os tucanos até apareceramcom um nome politicamente novo – João Dória, atualprefeito de São Paulo. Todavia, rapidamente Dória estárevelando ser apenas ‘mais dos mesmos’. Deslumbrou-se

com a eleição e parece ter sido ‘picado pela mosca azul’.Em poucos meses à frente de uma prefeitura de imensaimportância política começou a pavimentar possível can-didatura presidencial, inclusive percorrendo alguns esta-dos. Esse posicionamento de Dória demonstra nãosomente afoiteza como também implícita ‘traição’ a Ge-raldo Alckmin, mentor de sua candidatura e sabidamenteum dos pré-candidatos do PSDB.

João Dória foi evidentemente recebido como uma es-perança no quadro atual por ser liderança nova, politica-mente falando, somando-se a isso certo carisma e bommarketing. Todavia, está ‘queimando o filme’, principal-mente no âmbito tucano, do qual pode vir a ser sutilmentealijado em sua pretensão para o ano que vem. Lamenta-velmente, é com um elenco desses, já prévia e significati-vamente rejeitado, desaprovado pela população, que oseleitores brasileiros terão de lidar na próxima eleição parapresidente. As opções serão niveladas por baixo, não ha-verá possibilidade de escolher o melhor, a decisão acabarárecaindo sobre o menos pior e o resultado disso será quaseque com certeza desastroso. A menos que em tão poucotempo ocorra o surgimento de um novo e adequado perfil,algo bastante improvável na política brasileira.

Resumindo, as expectativas são preocupantes, as pers-pectivas sombrias. Essa situação coloca enorme respon-sabilidade sobre os eleitores que terão de analisar muitobem os pretendentes à Presidência, pois o terreno políticocomo se apresenta é propício ao surgimento de aventurei-ros populistas, os quais ainda não são percebidos por que,hoje, estão fora do radar eleitoral. Talvez o discurso antis-sistema se transforme em uma vantagem eleitoral.

Há evidente necessidade, e as pesquisas deixam issobem claro, de reconstrução e renovação. Os brasileirosprecisam estar realmente preparados e prontos para isso.Por isso digo: pobre povo brasileiro se tiver que escolherentre Lula, Bolsonaro, Marina, Dória...

Luiz Carlos Borges da Silveira é empresário, médicoe professor. Foi ministro da Saúde e deputado federal.

2 GO I Â NIA, 1º A 7 DE OUTUBRO DE 2017

X

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITOR

MANOEL MESSIAS RODRIGUES – EDITOR EXECUTIVO

O homem DVD

O mau exemplo de gestãoque penaliza o Basileu França

A má gestão é um dos problemas crônicos na administração pública brasileira,remontando aos primórdios de nosso estado patrimonialista, nepotista e burocrá-tico. A má condução da coisa pública se mostra na ineficiência da máquina pública.Assim, não é raro procurar um serviço público e, em vez de ser atendido, recebera informação de que, por falta disso ou daquilo, o serviço não está disponível ouserá realizado daqui a tantos dias.

Um exemplo da falta de planejamento e da má gestão da coisa pública é o fe-chamento do Instituto de Artes Basileu França, em Goiânia, organismo vinculadoà Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológicoe de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED). A primeira pergunta que se faz é:qual relação teria um instituto de artes com uma secretaria que, entre tantos as-suntos, cuida da agricultura, pecuária e irrigação? Oras bolas, é preciso enxugar, épreciso reformar, diminuir o número de secretarias, para parecer moderno. Evi-dentemente,não há relação, mas por obra de uma reforma política, uniu-se arte epecuária e irrigação. Porque assim parece que estamos diminuindo o tamanho doestado.

Mas voltemos ao nosso mau exemplo administrativo.O estado de Goiás decidiu aderir à política de transferir parte da gestão de seus

órgãos e departamentos para as chamadas Organizações Sociais. Nenhum pro-blema. Afinal, isso é legal. Mas então o que ocorreu com o Basileu França, ondeestudam mais de quatro mil alunos, que, devido à incompetência dos gestores pú-blicos, estão sem aulas.

Como foi possível a paralisação repentina de um importante órgão do estado? A resposta é bem simples: fizeram um processo malfeito de contratação da or-

ganização social para administrar o Basileu, o Ministério Público, fiscal da lei, en-controu um punhado de irregularidades, verdadeiras lambanças, e recorreu àJustiça, solicitando a suspensão do contrato entre o Estado e a organização social.A Justiça, que não deve ser cega às coisas erradas, concordou com o promotor deJustiça, indicando que há mesmo irregularidade no processo de contratação, emandou parar o serviço prestado pela organização social.

Evidentemente, não podemos continuar com um estado amador, que faz ascoisas sem planejamento, sem observância das formalidades legais, as exigênciasda lei. O responsável pelo processo de escolha da organização social precisa serresponsabilizado pela incompetência de ver seu trabalho ser apontado como falho.

Assim, quem sabe, da próxima vez que for repassar obrigações do poder pú-blico para as mãos de terceiros, quem sabe os agentes públicos tomam mais cui-dado e observem atentamente as formalidades legais, para não penalizar, afinal,quem mantém o poder público e seus pomposos salários, a população goiana.

Semana passada, os goianienses sofreram com a falta de energia por longos períodos, após a (leve) chuva.Pra essa semana, duas notícias. A primeira: a Celg lançará o programa Luz Solidária, para estimular o usode eletrodomésticos eficientes por meio de descontos de até 50% na compra de equipamentos novos (geladeirae ar condicionado). A segunda notícia não é tão boa. A Agência Nacional de Energia Elétrica anunciou quea bandeira tarifária das contas de luz em outubro será a vermelha. A tarifa é a mais cara do modelo erepresenta a cobrança de taxa extra de R$ 3,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.

Jorge Antônio Monteiro de Lima

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Ele é bom de cama e de língua! Inesquecível! Jamaisuma mulher, após uma noite de amor, o esqueceu. Atlé-tico, viril, um típico macho, daqueles em extinção.

O sorriso dele, ao se olhar no espelho estufando seupeito com botões abertos mostrando um amontoado depêlos, traduz sua autoconvicção. Ele próprio se apelidoude gostoso! Conhece alguém assim?

Após o delírio de megalomania, no qual a virilidadetomou posse do espírito, quando a vida prática bate àporta, a rotina dá o ar da graça e o par de chifres torna-seimpossível de ocultar, ele talvez se perceba como alguémnão tão interessante: “Credo! Apenas mais um?! Será?”

Ele é bom de garganta porque conta muita vantagem,faz mais promessas que político. É bom de cama porqueé o famigerado “DVD - Deita, Vira e Dorme”. Mas é im-portante lembrar de suas pequenas flatulências e de seufamigerado ronco. Frustrada, sua nova companheira, olhapro teto e indaga a Deus: “O que fiz de errado? Devo terpassado roupa na tábua dos Dez Mandamentos”.

Este é o problema de sexualidade mais comum entreos homens, copiado por muitas mulheres: a falta de sin-tonia e de tesão frente a própria sexualidade em ummundo materialista, em que o coito tornou-se uma expres-são mecanicista, por falta de entrega, amor, sintonia.

Lamentavelmente, falta tesão pela vida na maior partedas pessoas, até para que haja realização no amor. Comoa vida tornou-se um agente “de plástico”, superficial, vidaem terceira pessoa, vazio e apatia comuns - como quasetudo, hoje há um kit mágico de receitas prontas –, dei-xando o ser humano ainda mais preso a uma série de es-tigmas toscos, preso a artificialidade. Tudo isso engessoua sexualidade. Mas por que tornou-se apelo de marketing?

Para completar o lodo, virou moda o exibicionismo.Não basta transar: tem de mostrar publicamente como éque se faz. Tudo agora é uma engrenagem patética, umareceita às avessas de insatisfação plena, compartilhada pormilhares de casais. E dá-lhe chifre e separação! Exagero?

O quadro piora muito quando tudo vem camuflado,travestido, na fachada de que é um casal fogoso, cheio deaventuras e satisfação mútua. Quem realmente “é” não

necessita ficar falando aos quatro ven-tos! Ao contrário: quem muito fala aqui é político.

A necessidade de justificativa social extrema, com ex-posição da intimidade acentuada, reflete a mais pura in-satisfação. É a moda do relacionamento de fachada.

Um indivíduo DVD é, em verdade, o antigo campeãode masturbação da escola, um egoísta extremo, daquelesque não se preocupam nenhum pouco em dar prazer aseu parceiro. Um dia, duas semanas, dois anos e o referidoegoísta ou DVD logo ganha a comenda “Euclídes daCunha”, o troféu de corno do ano.

Boa parte dos adultérios deve-se exclusivamente a faltade assistência ao parceiro. E isso ocorre com homens emulheres indistintamente, pois o que falta em casa, sobraa rua. Exigir cuidado de quem não se cuida direito ou deuma pessoa egoísta é falta de observação na escolha deum parceiro. Um erro comum citado invariavelmente nafrase: “um dia ele muda!”

Na prática clínica notamos que mudanças ocorrem,geralmente motivadas pelo fim de um relacionamento, ouseja, quando já é tarde demais e a relação foi para o es-paço. Egoísmo e ansiedade tiram o tesão de qualquer re-lação. Mas fica uma dúvida: por que esperar acabar parase cuidar? Por que, com tantos lares desfeitos, ainda per-siste na negação de problemas de sintonia entre casais?Por que hoje em dia usamos da projeção de culpa paracolocar a falha em nosso parceiro? Por que usamos dafuga como subterfúgio para a falta de sintonia? Por que éque, com tantos livros de auto-ajuda, com milhares deprogramas televisivos sobre o tema, o mesmo erro conti-nua comum?

A sexualidade reflete a essência humana. O egoísmomoderno reflete-se na relação íntima, torna-se uma mas-turbação coletiva, fazendo a apatia tão comum à nossavolta. Você vai ser mais um?

Jorge Antônio Monteiro de Lima, analista, pesquisa-dor em saúde mental, psicólogo clínico, músico e mestreem Antropologia Social pela UFG.

Site: www.jorgedelima.com.br Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás

CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

62 99977-6161

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Executivo

Daniela [email protected]

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione BarreiraFabiola Rodrigues [email protected] [email protected]

[email protected]

José Deusmar Rodrigues

Repórteres

FotografiaDiagramação

AGÊNCIA BRASIL

Brasileiros correm risco de ficarsem opção confiável para 2018

Luiz Carlos Borges da Silveira

A situação política do país é sem dúvida extremamentepreocupante, não apenas no presente como essencial-mente para o futuro quanto a mudanças e recuperaçãodos princípios básicos e dos valores perdidos nos últimostempos. As incertezas podem levar a escolhas equivocadase a mais um período desperdiçado na condução do Brasila um sólido caminho para o desenvolvimento geral.

Estamos a praticamente um ano da eleição presiden-cial. Que perspectiva os brasileiros podem ter? Que lide-rança existe no cenário atual capaz de devolver ao povo aesperança de novos tempos? Estão aí postos os mesmos,sem renovação, todos desgastados, quando não envolvi-dos em escândalos. São raríssimas as exceções e mesmoestas sem um grande e confiável programa de restauraçãogeral que fascine o eleitor.

Por tudo o que tem acontecido de negativo, vemos umquadro de amplo desgaste dos políticos. Falta um líder decredibilidade e isso deixa o eleitor desorientado e revol-tado. A eleição se aproxima e a descrença aumenta. Paracompreender a real gravidade da situação é suficiente ana-lisar as pesquisas realizadas nos últimos meses, que tra-zem a avaliação pública dos nomes que estão no cenário,prontos para disputar a presidência da República. O graude desaprovação, de rejeição, é altamente negativo.

Analisando alguns nomes isoladamente é importanteconsiderar o contexto individual. Um aspecto chama aten-ção, o fato de os caciques tucanos estarem com desapro-vação bem acima dos demais, notadamente doex-presidente Lula, liderança maior do PT, que por sinalestá em explícita campanha não só em palavras como ematos e comícios recentes pelo Norte e Nordeste. Segundoas pesquisas recentes, Lula é desaprovado por dois terçosda população, enquanto um terço o vê de forma favorável,o que leva alguns analistas a considerar que em torno doex-presidente ‘ainda há uma dose de mito’.

No sentido de renovação, os tucanos até apareceramcom um nome politicamente novo – João Dória, atualprefeito de São Paulo. Todavia, rapidamente Dória estárevelando ser apenas ‘mais dos mesmos’. Deslumbrou-se

com a eleição e parece ter sido ‘picado pela mosca azul’.Em poucos meses à frente de uma prefeitura de imensaimportância política começou a pavimentar possível can-didatura presidencial, inclusive percorrendo alguns esta-dos. Esse posicionamento de Dória demonstra nãosomente afoiteza como também implícita ‘traição’ a Ge-raldo Alckmin, mentor de sua candidatura e sabidamenteum dos pré-candidatos do PSDB.

João Dória foi evidentemente recebido como uma es-perança no quadro atual por ser liderança nova, politica-mente falando, somando-se a isso certo carisma e bommarketing. Todavia, está ‘queimando o filme’, principal-mente no âmbito tucano, do qual pode vir a ser sutilmentealijado em sua pretensão para o ano que vem. Lamenta-velmente, é com um elenco desses, já prévia e significati-vamente rejeitado, desaprovado pela população, que oseleitores brasileiros terão de lidar na próxima eleição parapresidente. As opções serão niveladas por baixo, não ha-verá possibilidade de escolher o melhor, a decisão acabarárecaindo sobre o menos pior e o resultado disso será quaseque com certeza desastroso. A menos que em tão poucotempo ocorra o surgimento de um novo e adequado perfil,algo bastante improvável na política brasileira.

Resumindo, as expectativas são preocupantes, as pers-pectivas sombrias. Essa situação coloca enorme respon-sabilidade sobre os eleitores que terão de analisar muitobem os pretendentes à Presidência, pois o terreno políticocomo se apresenta é propício ao surgimento de aventurei-ros populistas, os quais ainda não são percebidos por que,hoje, estão fora do radar eleitoral. Talvez o discurso antis-sistema se transforme em uma vantagem eleitoral.

Há evidente necessidade, e as pesquisas deixam issobem claro, de reconstrução e renovação. Os brasileirosprecisam estar realmente preparados e prontos para isso.Por isso digo: pobre povo brasileiro se tiver que escolherentre Lula, Bolsonaro, Marina, Dória...

Luiz Carlos Borges da Silveira é empresário, médicoe professor. Foi ministro da Saúde e deputado federal.

2 GO I Â NIA, 1º A 7 DE OUTUBRO DE 2017

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Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITOR

MANOEL MESSIAS RODRIGUES – EDITOR EXECUTIVO

O homem DVD

O mau exemplo de gestãoque penaliza o Basileu França

A má gestão é um dos problemas crônicos na administração pública brasileira,remontando aos primórdios de nosso estado patrimonialista, nepotista e burocrá-tico. A má condução da coisa pública se mostra na ineficiência da máquina pública.Assim, não é raro procurar um serviço público e, em vez de ser atendido, recebera informação de que, por falta disso ou daquilo, o serviço não está disponível ouserá realizado daqui a tantos dias.

Um exemplo da falta de planejamento e da má gestão da coisa pública é o fe-chamento do Instituto de Artes Basileu França, em Goiânia, organismo vinculadoà Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológicoe de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED). A primeira pergunta que se faz é:qual relação teria um instituto de artes com uma secretaria que, entre tantos as-suntos, cuida da agricultura, pecuária e irrigação? Oras bolas, é preciso enxugar, épreciso reformar, diminuir o número de secretarias, para parecer moderno. Evi-dentemente,não há relação, mas por obra de uma reforma política, uniu-se arte epecuária e irrigação. Porque assim parece que estamos diminuindo o tamanho doestado.

Mas voltemos ao nosso mau exemplo administrativo.O estado de Goiás decidiu aderir à política de transferir parte da gestão de seus

órgãos e departamentos para as chamadas Organizações Sociais. Nenhum pro-blema. Afinal, isso é legal. Mas então o que ocorreu com o Basileu França, ondeestudam mais de quatro mil alunos, que, devido à incompetência dos gestores pú-blicos, estão sem aulas.

Como foi possível a paralisação repentina de um importante órgão do estado? A resposta é bem simples: fizeram um processo malfeito de contratação da or-

ganização social para administrar o Basileu, o Ministério Público, fiscal da lei, en-controu um punhado de irregularidades, verdadeiras lambanças, e recorreu àJustiça, solicitando a suspensão do contrato entre o Estado e a organização social.A Justiça, que não deve ser cega às coisas erradas, concordou com o promotor deJustiça, indicando que há mesmo irregularidade no processo de contratação, emandou parar o serviço prestado pela organização social.

Evidentemente, não podemos continuar com um estado amador, que faz ascoisas sem planejamento, sem observância das formalidades legais, as exigênciasda lei. O responsável pelo processo de escolha da organização social precisa serresponsabilizado pela incompetência de ver seu trabalho ser apontado como falho.

Assim, quem sabe, da próxima vez que for repassar obrigações do poder pú-blico para as mãos de terceiros, quem sabe os agentes públicos tomam mais cui-dado e observem atentamente as formalidades legais, para não penalizar, afinal,quem mantém o poder público e seus pomposos salários, a população goiana.

Semana passada, os goianienses sofreram com a falta de energia por longos períodos, após a (leve) chuva.Pra essa semana, duas notícias. A primeira: a Celg lançará o programa Luz Solidária, para estimular o usode eletrodomésticos eficientes por meio de descontos de até 50% na compra de equipamentos novos (geladeirae ar condicionado). A segunda notícia não é tão boa. A Agência Nacional de Energia Elétrica anunciou quea bandeira tarifária das contas de luz em outubro será a vermelha. A tarifa é a mais cara do modelo erepresenta a cobrança de taxa extra de R$ 3,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.

Jorge Antônio Monteiro de Lima

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Ele é bom de cama e de língua! Inesquecível! Jamaisuma mulher, após uma noite de amor, o esqueceu. Atlé-tico, viril, um típico macho, daqueles em extinção.

O sorriso dele, ao se olhar no espelho estufando seupeito com botões abertos mostrando um amontoado depêlos, traduz sua autoconvicção. Ele próprio se apelidoude gostoso! Conhece alguém assim?

Após o delírio de megalomania, no qual a virilidadetomou posse do espírito, quando a vida prática bate àporta, a rotina dá o ar da graça e o par de chifres torna-seimpossível de ocultar, ele talvez se perceba como alguémnão tão interessante: “Credo! Apenas mais um?! Será?”

Ele é bom de garganta porque conta muita vantagem,faz mais promessas que político. É bom de cama porqueé o famigerado “DVD - Deita, Vira e Dorme”. Mas é im-portante lembrar de suas pequenas flatulências e de seufamigerado ronco. Frustrada, sua nova companheira, olhapro teto e indaga a Deus: “O que fiz de errado? Devo terpassado roupa na tábua dos Dez Mandamentos”.

Este é o problema de sexualidade mais comum entreos homens, copiado por muitas mulheres: a falta de sin-tonia e de tesão frente a própria sexualidade em ummundo materialista, em que o coito tornou-se uma expres-são mecanicista, por falta de entrega, amor, sintonia.

Lamentavelmente, falta tesão pela vida na maior partedas pessoas, até para que haja realização no amor. Comoa vida tornou-se um agente “de plástico”, superficial, vidaem terceira pessoa, vazio e apatia comuns - como quasetudo, hoje há um kit mágico de receitas prontas –, dei-xando o ser humano ainda mais preso a uma série de es-tigmas toscos, preso a artificialidade. Tudo isso engessoua sexualidade. Mas por que tornou-se apelo de marketing?

Para completar o lodo, virou moda o exibicionismo.Não basta transar: tem de mostrar publicamente como éque se faz. Tudo agora é uma engrenagem patética, umareceita às avessas de insatisfação plena, compartilhada pormilhares de casais. E dá-lhe chifre e separação! Exagero?

O quadro piora muito quando tudo vem camuflado,travestido, na fachada de que é um casal fogoso, cheio deaventuras e satisfação mútua. Quem realmente “é” não

necessita ficar falando aos quatro ven-tos! Ao contrário: quem muito fala aqui é político.

A necessidade de justificativa social extrema, com ex-posição da intimidade acentuada, reflete a mais pura in-satisfação. É a moda do relacionamento de fachada.

Um indivíduo DVD é, em verdade, o antigo campeãode masturbação da escola, um egoísta extremo, daquelesque não se preocupam nenhum pouco em dar prazer aseu parceiro. Um dia, duas semanas, dois anos e o referidoegoísta ou DVD logo ganha a comenda “Euclídes daCunha”, o troféu de corno do ano.

Boa parte dos adultérios deve-se exclusivamente a faltade assistência ao parceiro. E isso ocorre com homens emulheres indistintamente, pois o que falta em casa, sobraa rua. Exigir cuidado de quem não se cuida direito ou deuma pessoa egoísta é falta de observação na escolha deum parceiro. Um erro comum citado invariavelmente nafrase: “um dia ele muda!”

Na prática clínica notamos que mudanças ocorrem,geralmente motivadas pelo fim de um relacionamento, ouseja, quando já é tarde demais e a relação foi para o es-paço. Egoísmo e ansiedade tiram o tesão de qualquer re-lação. Mas fica uma dúvida: por que esperar acabar parase cuidar? Por que, com tantos lares desfeitos, ainda per-siste na negação de problemas de sintonia entre casais?Por que hoje em dia usamos da projeção de culpa paracolocar a falha em nosso parceiro? Por que usamos dafuga como subterfúgio para a falta de sintonia? Por que éque, com tantos livros de auto-ajuda, com milhares deprogramas televisivos sobre o tema, o mesmo erro conti-nua comum?

A sexualidade reflete a essência humana. O egoísmomoderno reflete-se na relação íntima, torna-se uma mas-turbação coletiva, fazendo a apatia tão comum à nossavolta. Você vai ser mais um?

Jorge Antônio Monteiro de Lima, analista, pesquisa-dor em saúde mental, psicólogo clínico, músico e mestreem Antropologia Social pela UFG.

Site: www.jorgedelima.com.br Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás

CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

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Edi to r-Executivo

Daniela [email protected]

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione BarreiraFabiola Rodrigues [email protected] [email protected]

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José Deusmar Rodrigues

Repórteres

FotografiaDiagramação

AGÊNCIA BRASIL

Brasileiros correm risco de ficarsem opção confiável para 2018

Luiz Carlos Borges da Silveira

POLÍTICA 3GOIÂNIA, 1º A 7 DE OUTUBRO DE 2017

XMarcione Barreira

[email protected] DIRETA

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Gestão de Iris quitou R$ 166 miem dívidas deixadas por Paulo

O prefeito de Goiânia, Iris Re-zende (PMDB), esteve na Câma-ra Municipal na sexta-feira, 29,para prestar contas do 2º quadri-mestre da sua gestão. Na oportu-nidade, revelou aos vereadoresque já pagou quase R$ 170 mi-lhões das dívidas deixadas pelagestão anterior e que somavamcerca de R$ 660 milhões em janei-ro. “Com firmeza na contençãodiária de gastos, conseguimoseconomizar e realizar o pagamen-to de R$ 166,8 milhões desta dívi-da”, disse.Iris Rezende apresentou aos

vereadores um equilibrado balan-ço fiscal das contas públicas refe-rente ao 2º quadrimestre da suagestão, com destaque para ocumprimento das metas constitu-cionais para a saúde e educação.Na área da saúde, o prefeito in-formou que foram aplicados maisde R$ 756 milhões e que para

cumprimento da exigência consti-tucional o índice alcançado foi de20,36% da Receita, quase 6% aci-ma do mínimo exigido, que é de15%.Na educação, o investimento

foi de R$ 588 milhões nos primei-ros oito meses de gestão, o que re-presentou 28,75% das receitas. Omínimo determinado para a áreaé de 25%. “Por tudo isso é que te-nho muita tranquilidade de repetirque o meu compromisso é poruma Goiânia onde o povo seja defato atendido nas suas demandase se sintam prestigiados pelo po-der público”, enfatizou Iris.Apesar dos resultados satisfa-

tórios e do pagamento de parte dadívida herdada, o prefeito ressal-tou que outras medidas para con-ter o déficit mensal de cerca de R$31 milhões, que persiste desde agestão passada, serão tomadas apartir de agora e a prioridade será

criar mecanismo para melhorar aarrecadação e diminuir despesascom o objetivo de se restabeleceresse equilíbrio financeiro. “Estamos enfrentando a crise

econômica com dedicação, criati-vidade e firmeza na contenção degastos, e com muito trabalho in-tegrado de toda equipe da prefei-tura, que está ciente do enormedesafio que temos em mãos”, sa-lientou, adiantando que entre asmedidas que a Prefeitura pretendeimplementar estão o corte de des-pesas a partir da otimização decontratos, a reestruturação previ-denciária e a realização de umaauditoria completa na folha depagamento do município.O prefeito lembrou ainda que

nesses dois quadrimestres de ges-tão, apesar de todas as dificulda-des, muitas realizações forampossíveis e citou as nomeações demais de 1,5 mil concursados da

educação e as reformas de cemescolas e Cmeis durante as seteedições dos Mutirões da Prefeitu-ra. Na pasta da saúde, Iris lem-

brou a contratação de 570 médi-cos para a rede municipal, as re-formas de mais de 20 unidades desaúde na Capital e o início daconstrução da Unidade de ProntoAtendimento do Jardim América,que deve ser entregue à popula-ção em até 180 dias. O Centro Integrado de Aten-

ção Médico Sanitária (Ciams) doUrias Magalhães também foi re-formado, assim como a unidadede saúde da Vila Redenção, quepassou por intervenções estrutu-rais. As duas unidades devemserreabertas em breve.Na área da infraestrutura, o

prefeito elencou a retomada dasobras do BRT em abril e lamen-tou que burocracias de órgãos decontroles federais paralisassemnovamente as obras.“Enfrentamos o desgaste de

uma nova paralisação como con-sequência de questionamentos re-lativos à licitação feita em 2015,com o consentimento da própriaCaixa Econômica”, disse, e com-pletou: “não vamos aceitar estasituação. Vamos retomar as obrase concluir o BRT”. Obras estrutu-rantes realizadas na Marginal Bo-tafogo e no viaduto da AvenidaH, no Jardim Goiás, além do re-capeamento asfáltico de cerca de23 km de ruas e avenidas deGoiânia, também foram citadaspelo prefeito como realizações deseu governo.

Prefeito Iris Rezende durante prestação de contas na Câmara

Prefeito disse que cidade sofre com as instalações do semi-aberto

Em prestação decontas ao Legislativo,prefeito voltouressaltar dificuldadesfinanceirasencontradas aoassumir a Capitalem janeiro. Tambémcitou medidas quepretende adotar parasanar déficit mensalde R$ 31 milhões

Em BrasíliaO secretário de Educação e Esporte de

Goiânia, Marcelo Costa, esteve no Minis-tério da Educação (MEC). Em pauta, aeducação básica em 2018 e o Fundo deManutenção e Desenvolvimento da Edu-cação Básica e Valorização dos Profissio-nais da Educação (Fundeb).

PropostaA União Nacional dos Dirigentes Mu-

nicipais de Educação (Undime) apresen-tou proposta que altera o fator de ponde-ração da pré-escola parcial, de 1,0 para1,25, e da educação de jovens e adultos(EJA) de 0,80 para 1,20. O fator de pon-deração é usado para calcular o custo poraluno em cada etapa da educação.

Vai avaliar a propostaO MEC e o Conselho Nacional de Se-

cretários de Educação (Consed) preten-diam manter os fatores aplicados no exer-cício de 2016. Mas ficou acordada a reali-zação de um estudo de impacto para si-mular ganhos e perdas no âmbito dos es-tados e municípios, a partir da propostaapresentada pela Undime.

Parceria continuadaOs presidentes da Assembleia, José Vitti

(PSDB), e da Câmara dos Deputados, Rodri-go Maia (DEM-RJ), assinaram acordo de coo-peração técnica para renovação de contrato detransmissão da programação dos sinais da re-de de emissoras da Câmara com a TV Assem-bleia. Na prática, o acordo garante a transmis-são para o Estado de Goiás com sinal digital.

No SenadoEstá aprovada a proposta de emenda à

Constituição que proíbe coligações em eleiçõesproporcionais, a partir de 2020. O texto aindaexige desempenho eleitoral mínimo para que aslegendas recebam dinheiro do Fundo Partidárioe utilizem o tempo de propaganda no rádio e natelevisão. A proposta segue para o Senado.

ReforçoO Governo de Goiás entregou 273 novos

veículos para as forças de segurança do estado.Serão 140 veículos para a Polícia Militar, 100para a Polícia Civil, além de 20 furgões para otransporte de presos e outros 13 veículos queserão utilizados para perícia oficial.

RÁPIDASA taxa de desemprego no Brasil ficou em

12,6% no trimestre encerrado em agosto desteano.

...A população desocupada caiu 4,8% em rela-

ção ao trimestre encerrado em maio e chegou a13,1 milhões.

A população ocupada chegou a 91,1 milhõesde pessoas no país, um crescimento de 1,5% (1,4milhão de pessoas).

...Os dados são da Pesquisa Nacional por

Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divul-gada pelo IBGE.

“Até quando vamos fingir acreditar que sítios,apartamentos e até o prédio do Instituto são

atribuídos a Dona Marisa?”Senador Ronaldo Caiado (DEM) em sua conta no Twitter tecendo críticas ao ex-presidente Lula

A culpa é nossaO deputado Santana Gomes (PLS) chamou

a responsabilidade para os parlamentares ao fa-zer uma reflexão sobre a segurança pública. Pa-ra ele, a insegurança que o país vive também éculpa dos deputados. “Essa insegurança e cri-minalidade só podem ser reflexo de uma socie-dade que não respeita as instituições. E começapor aqui. Tem 23 deputados registrados no pai-nel, mas não mais que dez no Plenário”, disse.

De carona no discursoNo embalo da discussão sobre o tema se-

gurança, o deputado estadual José Nelto(PMDB) elevou a culpa aos governadores e te-ceu críticas ao estatuto do desarmamento. “Épreciso revogar esse estatuto do desarmamen-to para que todos os pais de família, todos oscidadãos, possam ir a uma casa que tenha ar-ma e possa comprar a arma, ter o porte de ar-ma para se defender. Acontece isso em paísesde primeiro mundo”, declarou.

Campanha Outubro RosaDurante todo o mês de outubro, serão in-

tensificadas as atividades e mobilizações emprol do diagnóstico e tratamento do câncer demama. É a campanha Outubro Rosa. Pales-tras, mesa redonda e arrecadação de lenços fa-zem parte do cronograma de atividades. A pro-gramação é uma iniciativa da Assembleia Le-gislativa.

EsclarecimentosA vereadora Priscilla Tejota (PSD - foto)

apresentou requerimento na Câmara Munici-pal solicitando a secretária de saúde, FátimaMrué, que compareça à Casa para prestar es-clarecimentos sobre a compra de um programade computador a ser utilizado na regulação deconsultas nas unidades de saúde.

Ricardo Balestreri encerra a semana com mais prestígioA Secretaria de Segurança Pública é pasta espinhosa para se comandar aqui, ali ou

em qualquer lugar. Em Goiás, já passaram por ela nomes importantes, como do procu-rador de Justiça Demóstenes Torres, depois eleito senador, e o vice-governador José Eli-ton. Tamanho peso é capaz de triturar facilmente quem não tem competência ou malea-bilidade para os assuntos, nada agradáveis, a ela relacionados. O atual secretário de Se-gurança Pública e Administração Penitenciária, Ricardo Balestreri, foi escolhido por serconhecedor e estudioso da área e especialmente por estar distante das influências polí-ticas paroquiais, tão marcantes em nosso universo político regional. Após uma queda debraço envolvendo a recriação da Secretaria de Administração Penitenciária, que seriadesmembrada da pasta de Segurança Públi-ca, Balestreri parece estar fortalecido,tanto que entregou, na sexta-feira, dia29, 273 novos veículos para a polícia.Destaque para a presença do governa-dor Marconi Perillo e do vice-governa-dor José Eliton, que prestigiaram asolenidade. No evento, Balestreri des-tacou que os equipamentos são neces-sários para a boa atuação das forçasde segurança. “Somos um dos sete es-tados que mais reduziram os índices decriminalidade no País nos últimos oitomeses”, disse Balestreri ao ressaltar que osresultados se devem ao “trabalho heroico”das polícias. O evento marcou a conclusão darenovação da frota locada da secretaria,que atualmente conta com 2.246 veí-culos distribuídos entre as for-ças policiais.

Gustavo cobra maispoliciamento a Balestreri

APARECIDA DE GOIÂNIA

Em reunião na Secretaria deEstado de Segurança Pública eAdministração Penitenciária(SSPAP), o prefeito GustavoMendanha cobrou, do secretá-rio Ricardo Balestreri e de repre-sentantes das forças de seguran-ça, o aumento do efetivo policialem Aparecida de Goiânia. Gus-tavo exaltou o trabalho daGuarda Civil Municipal, relatoua existência de ações integradasentre guardas e policiais nocombate à criminalidade. “Esta-mos dispostos a parcerias”, re-sumiu.“Aparecida sofre duplamen-

te com a falta de policiais e comas instalações do regime semi-aberto em nosso município.Pior: muitos policiais precisamtrabalhar na Penitenciária Ode-nir Guimarães e em outras áreasdo sistema prisional, ficando fo-ra das ruas e deixando nossosmoradores suscetíveis à açãodos bandidos”, pontuou o pre-feito.Ele aproveitou a presença da

cúpula da Segurança Públicapara reforçar o discurso compa-

rativo que tem feito nos últimosdias: “Anápolis tem 165 mil ha-bitantes a menos do que Apare-cida, mas além de ter um efetivomaior, receberá também maishomens que passaram no últi-mo concurso da PM. E a situa-ção de Aparecida se agrava por-que não recebemos, do governoestadual, nenhum tipo de con-trapartida social por abrigarmosum presídio como o do porte doantigo Cepaigo”.Dada a quantidade de de-

mandas apresentadas pelosparticipantes daquele encon-tro, o secretário Roberto Bales-treri anunciou a criação de umgrupo de trabalho, compostopor três representantes daSSPAP e outros três de Apare-cida. “Desta forma, juntos e demaneira objetiva, vamos en-contrar as soluções mais rápi-do”, pontuou. O titular daSSPAP também se comprome-teu a visitar Aparecida. O pre-feito anunciou ainda que embreve fará a instalação de 400câmeras para videomonitora-mento.

RODRIGO ESTRELA

JACKSON RODRIGUES

POLÍTICA4 GOIÂNIA, 1º A 7 DE OUTUBRO DE 2017

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ENTREVISTA / FERNANDO COZZETTI

Além desses projetos, asecretaria também trabalhapreventivamente nas estruturasviárias, grandes avenidas,pontes, viadutos… Como estáesse trabalho de prevenção?A secretaria hoje trabalha na

área de infraestrutura, que era oantigo Dermu/Compav, e tam-bém absorveu a antiga Comob.Então toda a área de constru-ção civil, manutenção, escolas,os prédios públicos, é da Secre-taria de Infraestrutura também.Portanto, concentramos tanto aárea de infraestrutura, que con-templa ruas, avenidas, obras deartes especiais (pontes, drena-gens, calçadas), quanto a ques-tão dos prédios públicos(construção de Cmeis, de cen-tros de saúde). Falando mais deobras novas, estamos contra-tando novos recursos, por meioda CAF/Banco de Desenvolvi-mento da América Latina.

Onde serão usados osrecursos?Em agosto estivemos em

Brasília participando de duasetapas para contratação dessesrecursos federais, que é a pri-meira reunião com a delegaçãobrasileira, que é do Ministérioda Fazenda, que auxilia as pre-feituras na captação desses re-cursos, e tivemos uma segundareunião, com o Banco Andinode Fomento, que é o CAF, ondeestamos contratando 100 mi-lhões de dólares para restaura-ção das principais vias dacidade. Isso significará aproxi-madamente 630 quilômetros derecuperação da malha viária,abrangendo diversas vias nossetores Bueno, Oeste, AvenidaPerimetral Norte, Castelo Bran-co, onde será feita nova sinali-zação e também corrigiremosalguns pontos de alagamentosjá conhecidos. A parte principalé a revitalização do pavimento,a sinalização e promover outrasações de melhoria.

Isso está previsto paracomeçar quando?Está previsto para lançar a

licitação do projeto este anoainda, porque o CAF exigiu, e oano que vem lançaremos a lici-tação das obras. Eu acreditoque, se tudo der certo, lá parajunho, julho estaremos com asprimeiras obras. Naturalmentecom prioridade para as vias demaior tráfego e em pior estadode conservação, já que boa par-te do asfalto de Goiânia está empéssimas condições, possuimuito tempo de uso. Além dis-so, estamos buscando recursospara a Marginal Capim Puba,que liga a Leste-Oeste à GoiásNorte, passando atrás do cemi-tério Jardim das Palmeiras, evi-tando a Praça do Trabalhador.Outra ação que pretendemos

desenvolver é o prolongamentoda Avenida Goiás Norte, queestá parada no Recanto do Bos-que. Temos um projeto para po-der prolongá-la, ligando-a àrodovia GO-070, no Jardim Pri-mavera, que é um anseio da po-pulação. Todas estas são viasestruturantes para melhorar otráfego em Goiânia. E temosainda a Avenida Noroeste, quevem da Vila Mutirão até a Ave-nida Perimetral. A nossa ideia écontinuá-la à direita, passandoapós a Perimetral até conectá-lacom a Leste-Oeste, o que seriamais uma via para aliviar tam-bém para aliviar e melhorar otráfego.

A Perimetral Norte está muitodeteriorada, precisando demelhoria…Sim, está. A revitalização in-

teira da Avenida PerimetralNorte está na programação dosrecursos do CAF. Hoje tudo de-pende de recursos federais e,sem projetos, não se conseguerecursos federais. Então esteano, que é o ano de arrumar, es-truturar a casa, a nossa meta érecuperar os recursos federais etambém fazer projetos paraobras novas, porque, com bonsprojetos, é possível ir a Brasíliacaptar recursos, que estão dis-poníveis, mas que precisam debons projetos.

Na questão da iluminação, aAvenida Perimetral Norte, porexemplo, tem áreas que estãototalmente às escuras. Quandoisso será resolvido?Já solicitamos à Celg o pro-

jeto e aguardamos o orçamentopara fazer a rede e depois insta-laremos as luminárias. A Peri-metral Norte será iluminada emtodos os trechos. Ali tem o pro-blema: é da prefeitura, é do es-tado? Então, já resolvemos,vamos fazer. Demora um pou-co, porque depende de projeto,tem que aprovar.

A prefeitura irá modernizar ailuminação de Goiânia?Tem um estudo que estamos

fazendo para passar a ilumina-ção da cidade para LED. Hojejá trocamos cerca de seis mil lu-minárias para LED, que é maiseconômica e não tem manuten-ção. A sua vida útil é muitomaior. Já trocamos a ilumina-ção da Marginal Botafogo, daAvenida Castelo Branco, de to-do o Parque Vaca Brava, alémda Avenida 10… Temos um es-tudo para colocar em toda a ci-dade essa iluminação em LED,mas como são 170 mil pontosde iluminação em Goiânia, que,se trocados, darão 170 mil lu-minárias existentes, sem utilida-de. Trocando aos poucos,podemos ir reutilizando as queestão sendo substituídas.

Daniela Martinse Manoel Messias Rodrigues

Tribuna do Planalto – Comoestá sendo a experiência detrabalhar no setor público?Fernando Cozzetti – Quan-

do eu tomei posse na Seinfra,assustei muito ao me depararcom o órgão. Desde 1998, eunão havia voltado lá mais. Pas-sei a trabalhar com a Agetop[Agência Goiana de Transportee Obras], o Denit [Departa-mento Nacional de Infraestru-tura de Transportes] e obrasprivadas. Eu me assustei muito,primeiro pela total falta de es-trutura, a secretaria estava semestrutura nenhuma. Engenhei-ros e funcionários estavam mui-to desmotivados. Estava umcaos mesmo, abandonado. Pro-curei já saber quem era quem efui me aproximando das pes-soas, a gente tem muito conhe-cimento na área, então fuiresgatando essa turma. E pro-curei melhorar o ambiente detrabalho, conseguimos doaçãoda Caixa Econômica Federal de30 computadores, da Secovi,Ademi e Sinduscon de mais seiscomputadores completos, no-vos. Antes tinha um computa-dor para seis engenheiros, salascom ar condicionado quebrado.Eu me deparei com muito equi-pamento alugado e parado nopátio. Máquinas novas de altocusto, e já desmobilizei tudo,devolvemos. Tomei essa primei-ra iniciativa. Conseguimosequilibrar o trabalho com o mí-nimo possível de equipamentospara fazer manutenção, porqueentrei no pior período, que é ode chuvas, a cidade estava cheiade buracos. Os fornecedoreshaviam abandonado por faltade pagamento. Peguei a relaçãode obras contratadas, temoshoje por volta de R$ 500 mi-lhões de recursos federais com aCaixa Econômica Federal, mastodos os contratos estavam pa-ralisados. Uns estavam parali-sados por contrapartida, outrosestavam vencidos, como é o ca-so da Marginal Cascavel, aque-le trecho que liga a Leste-Oesteaté a avenida Castelo Branco. Éuma obra de R$ 42 milhões derecursos federal e sem contra-partida, simplesmente paralisa-da por contrato vencido.Deixaram o contrato da emprei-teira vencer.

Falta de gestão?Sim. Não sei o que aconte-

ceu, mas lá estava uma terra ar-rasada. A prefeitura tem umagratificação chamada UPV[Unidade Padrão de Vencimen-to], que é por desempenho eprodutividade. E como deixa-ram a Seinfra sem nenhumagratificação, muitos profissio-nais saíram do órgão e forampara a Seplan [Secretaria de Es-tado de Gestão e Planejamen-to], Controladoria, Saúde,migraram para outros órgãos elá estava mesmo um caos.

Além da situação em particularda Seinfra, as contas daprefeitura estavam negativas...Isso dificultou ainda mais asituação?Sim, nos três primeiros me-

ses, por exemplo, o prefeito li-berou somente o recurso dafolha. Porém, eu tomei possedia 2 [de janeiro] e no dia 4 jáestávamos aplicando massa napista para tapar buraco. Cha-mei o empreiteiro, dono da em-presa de fornecimento deasfalto. Ele é de São Paulo e euo trouxe a Goiânia e o levei atéo prefeito. Como ele já haviatrabalhado na outra gestão doprefeito, o Iris tem muita credi-bilidade e mesmo a prefeituraestando com uma dívida de R$5 milhões, ele voltou a fornecero material. O prefeito acordouque pagaria à vista o que fossefornecido nesta gestão e o res-tante iria negociar posterior-mente. Montamos 20 equipespara fazer o tapa-buraco pelacidade. A malha viária de Goiâ-nia está muito velha, muito de-gastada. A malha chega a criarburaco sozinha, está muito fis-surada. Dividimos a cidade emequipes e fizemos serviços demanutenção mesmo, trabalha-mos com contenção de erosões,

limpeza de boca de lobo, tapa-buraco. Hoje, apenas para vocêter uma ideia, devemos terumas 500 mil bocas de lobo emGoiânia, a malha viária é de 6mil quilômetros asfaltada, émuito extensa. Não tinha aço etivemos que correr atrás, e fo-mos trabalhando e, com isso,conseguimos começar a manu-tenção logo no início da gestão,reestruturamos a secretaria aospoucos e partimos para a CaixaEconômica Federal para reveros contratos.

Como estava a situação daSeinfra com a CaixaEconômica?Os contratos com a Caixa,

nós tínhamos os da MarginalBotafogo, Marginal Cascavel,Corredor da Avenida T-7, quenão tinha contrapartida, pra-ças... Tínhamos obras em 16bairros paralisadas, algumascartas-consultas de recapea-mento. Então, estivemos naCaixa e apresentamos uma pro-gramação para retomar essescontratos. Muitos nós perde-mos por questões de aditivos,prazos de vigência cancelados,e contrapartida muito alta, oque não compensava. Monta-mos um plano de ação com a

Caixa e partimos para fazer no-vos projetos, reanalisar essesprojetos, refazer os orçamentose apresentar na Caixa. Hoje,desses recursos, conseguimosgarantir praticamente todos. Te-nho na Caixa os corredores dotransporte coletivo, que foramlicitados mas a CGU [Contro-ladoria Geral da União] nãoaceitou a forma de licitação,que foi o RDC [Regime Dife-renciado de Contratações Pú-blicas] integrado, que é umaforma de contratação que vocêfaz a obra junto com o projeto.São os corredores das avenidas24 de Outubro, T-9, Indepen-dência, 85 e T-63.

E como fica agora, as licitaçõesterão de ser refeitas?Já estamos fazendo o termo

de referência para a execução doprojeto, o programa permite, aCaixa Econômica já analisou, eé ela quem aprova. Então, nospróximos dias encaminharemospara a fazer a licitação do proje-to desses cinco corredores. Éuma obra que compreende des-de a revitalização do pavimento,ciclovia, ciclofaixas, ciclorrotas,novos abrigos de ônibus, umacanalização para passar rede dedutos, com cabeamento de redeótica integrada. Teremos umasemaforização nova, ondas ver-des, controle do tráfego em tem-po real. Tudo já está aprovadona Caixa e estamos agora pre-parando o termo de referênciapara licitar. O Corredor da T-7,nós já negociamos com a em-presa, e ela vai retomar. Não seipor que estava parado, já que orecurso é todo federal. Vai tercontrapartida agora porque aobra ficou paralisada muitotempo e, após um ano, a empre-sa ganha o direito a receber umreajuste, e este reajuste a CaixaEconômica não paga.

“Teremos 100 milhões dedólares para restauraçãodas vias da cidade”

A supersecretaria que não deixa Goiânia parar

“A malha viária de Goiânia estámuito velha, muito degastada. A

malha chega a criar buracosozinha, está muito fissurada”

PAU

LO J

OSÉ

Ele não é político e, talvez por isso mesmo, recebeu aincumbência de cuidar de uma das pastas mais vitais daprefeitura de Goiânia, a secretaria Municipal deInfraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra). Engenheirocivil com larga experiência na iniciativa privada,Fernando Cozzetti, apesar do contato com o prefeito IrisRezende, nunca tinha trabalhado como auxiliar dele. Masfoi convidado e aceitou a missão de comandar a Seinfra,responsável por praticamente todas as grandes obras daprefeitura, inclusive os serviços de reformas e

manutenção em todos os prédios públicos, aí incluídasmais de 360 escolas, 150 postos de saúde, todo osistema viário, com mais de seis mil quilômetrospavimentados e vias não pavimentadas, galerias deáguas, meios-fios, erosões, iluminação pública. Eleadmite: “O desafio nosso é muito grande, especialmentepor conta da crise, que atinge os governos federal,estadual e municipal. Então temos que fazer muito compouco”. Após assumir a secretaria sucateada, ele jáconseguiu por a casa em ordem e montou uma equipe

própria para elaborar projetos para captar recursos, parapavimentação urbana. Fora as grandes obras, em cadaMutirão, que engloba cerca de 30 bairros, a Seinfratrabalha com alargamento de ruas, colocação e pinturade meio-fios, construção de praças, operação de tapa-buraco nesses bairros, reforma de escolas, Cmeis, postosde saúde, construção de praças, conserto e revisão deinstalações hidráulicas, troca de iluminação pública. Detodos os grandes projetos da capital, apenas oMacambira/Anicuns não está vinculado à Seinfra.

Fernando Cozzetti:“Este ano é paraestruturar a casa,recuperar os recursosfederais e fazerprojetos para obrasnovas. Com bonsprojetos, é possível ira Brasília captarrecursos”

“Se não tiver uma definição atéoutubro, vamos licitar novamente”

ENTREVISTA / FERNANDO COZZETTI

A obra do BRT está sobresponsabilidade da Seinfra?

Em março o prefeito devol-veu o BRT para a Seinfra. No go-verno passado, ele estava sob aresponsabilidade da Semob [Se-cretaria Municipal de Obras eServiços Públicos]. Mas desde oinício do ano, fui conhecer aobra, que estava paralisada, e le-vantamos quais seriam as pen-dências. A principal pendênciaque identificamos era a contra-partida de R$ 11 milhões, quenão era paga, e o governo federalhavia retido R$ 4 milhões, totali-zando uma dívida de R$ 15 mi-lhões com o consórcio. Senteicom o prefeito e definimos umaestratégia para retomar a obra.

E o que foi definido?O prefeito determinou que

devíamos retomar, porque a obraestá cortando a cidade inteira...Diante disso, chamei o consórcioe parcelamos com eles os R$ 11milhões para retomar de imedia-to a obra. Depois de retomada aobra, que praticamente voltou nomeio de abril, a empresa desco-briu que havia um problema depreços unitários e isso remetia aoperíodo de abril e maio de 2016,quando teve uma inspeção doTCU [Tribunal de Contas daUnião], CGU e TCM [Tribunalde Contas dos Municípios]. Ostrês órgãos foram à obra e iden-tificaram alguns preços acima dopreço de referência. Mas ne-nhum órgão mandou paralisar aobra e tanto TCM como TCU fi-zeram uma compensação do queestava acima do preço e do queestava abaixo, e disseram que aobra ainda era viável para a pre-feitura. O valor final era menorque o valor de referência. No en-

tanto, a Caixa tem uma regra... Aobra é dividida em dois trechos,um trecho, relativo ao financia-mento, vai do Recanto dos Bos-ques até o Terminal Isidória. Etem o trecho relativo ao Orça-mento Geral da União (OGU),que é um repasse apenas, e com-preende o trecho do Terminal Isi-dória até o Terminal do Cruzeiro.E como a obra foi licitada comos dois trechos, misturou os re-cursos de um financiamento e deuma fonte do OGU. E a CaixaEconômica, depois de várias reu-niões, alegou que tem um convê-nio com o Ministério dasCidades que dita que quandotem recurso do OGU tem quepraticar o Decreto 7983/2013,que fala que devem ser adotadosos preços das tabelas oficiais.Então, a Caixa não paralisou osrecursos, mas quando ela pegoutudo que já estava medido e ado-tou os preços da tabela de refe-rência da OGU, a contratadateria de devolver R$ 6 milhões.

Deu uma diferença?Isso, deu uma diferença, mas

nenhum órgão de fiscalização ti-nha mandado paralisar. Mascriou um impasse, uma insegu-rança jurídica, e a empresa para-lisou. E de lá para cá, desdejunho, começamos as tratativas.O prefeito e eu estivemos no Mi-nistério das Cidades, no Tribunalde Contas da União, na presi-dência da Caixa Econômica, emBrasília, para tentar resolver esseimpasse, mas é tudo muito buro-crático. Tem TCU, CGU, e agoraestamos aguardando uma res-posta final para ver que preçopodemos praticar. Enquanto is-so, a empresa responsável pelaobra paralisou. Eu acredito que

nos próximos dias teremos umaresposta final.

Enquanto esse impasse não seresolve, como ficará o trânsito,já que a obra corta a cidade?

Eu estive com o prefeito IrisRezende, e ele determinou quenão deixássemos a cidade conti-nuar da forma que estava. Eu,através da Seinfra, não possoexecutar a obra, mas posso me-lhorar o trânsito. Por isso, desdeo último dia 18 estamos na Re-gião do Balneário Meia Pontedevolvendo a trafegabilidade àregião, e com isso vamos ameni-zar a situação para os moradorese comerciantes. Colocaremos vá-rios semáforos para devolver otráfego ali. Depois vamos para aregião do Terminal Rodoviário epara a Avenida 4ª Radial e de-sobstruir tudo. Vamos resolver is-so, até mesmo porque estamosentrando no tempo chuvoso. Eisso não pode continuar assim, jádeu no limite.

O sr. considera que aindademora para retomar a obra doBRT?

Acredito que só retorne em2018, por conta do período chu-voso.

Não é possível tocar a obra nemparcialmente?

A empresa se desmobilizou,demitiu praticamente 200 funcio-nários. Estava com dificuldadesfinanceiras por conta da faltadesse repasse, e fez acordo noMinistério do Trabalho, vai libe-rar FGTS, seguro-desemprego efazer o pagamento em dez vezes.Então, acredito que mobilizarnovamente nesse final de ano érealmente muito complicado.

Mesmo antes dessaparalisação, a obra já estavacom o cronograma atrasado?

Já. Essa obra era de doisanos, de março de 2015 a marçode 2017. Já prorrogamos o cro-nograma por mais dois anos,para março de 2019, e com essaparalisação agora, já não termi-nará nesse prazo. Isso é muitoruim, mas é uma herança querecebemos e não vamos ficarchorando... Vamos tomar atitu-de. O problema ocorreu na lici-tação, em novembro de 2014,quando esses apontamentos de-veriam ter sido feitos. Foi um er-ro tanto da gestão da prefeituraà época quanto da Caixa. Ago-ra, se não tiver uma definiçãoaté esse início de outubro, va-mos licitar novamente. Tem essapossibilidade e é grande, porqueé um vício que teve na licitação eestá difícil de contornar.

Vai ser um atraso grande, se forlicitar novamente?

Mas como já perdemos esseano, por conta da chuva, euacredito que esse período seriamuito bom para fazer uma rea-dequação e, inclusive, vamos li-citar em trechos menores. Nãolicitaremos o contrato todo, des-ta forma. A ideia é licitar do Re-canto do Bosque até a Praça doTrabalhador, depois da Praça doTrabalhador até o Terminal Isi-dória, e do Isidória até o Termi-

nal do Cruzeiro. Dividimos emmais trechos para evitar exata-mente o que aconteceu.

Quanto do contrato do BRTfoi executado até agora?

Hoje o contrato do BRT estácom 20% executado.

É muito pouco...Muito pouco, e é mais no

trecho norte. Precisaríamos demais um ano, um ano e meio,para concluir.

O prefeito declarourecentemente que revisaria aquestão do traçado do BRT naAvenida Goiás, no Centro,temendo os possíveis impactosnegativos no trânsito. Essaquestão evoluiu?

Evoluiu. Aprofundamos noprojeto, apresentamos pra ele oprojeto da Avenida Goiás, trou-xemos o projetista, que é de SãoPaulo, do grupo Oficina, elemostrou para o prefeito Iris Re-zende que ali na Avenida Goiásteria uma série de integraçõescom outras linhas. Portanto, oBRT teria realmente que passarna Avenida Goiás. Foi um proje-to feito junto com o Iphan [Ins-tituto do Patrimônio Histórico eArtístico Nacional], o canteirocentral será mexido somente on-de tem as estações de embarquee desembarque, as calçadas nãoserão afetadas, a drenagem será

melhorada. E o BRT tem trêspassagens de nível que melho-ram o trânsito de Goiânia. Aprimeira é na Avenida Perime-tral Norte, onde o BRT entranuma trincheira e passa por ci-ma da Avenida Perimetral. A se-gunda é no cruzamento da Rua90 com a Avenida 136, sendoque o BRT vem na Rua 90 emergulha sob a 136, acabandocom aquele sinal ali. A terceira éno encontro da Avenida Tapajóscom a Avenida Rio Verde, nosfundos dos Correios, na VilaBrasília, já em Aparecida deGoiânia, onde também haveráuma passagem por baixo docruzamento.

“Com as chuvas, o principal problemasão as moradias próximo de córregos”O início do período de chuvassempre é uma preocupaçãodevido aos transtornos,alagamentos, falta dedrenagem… A prefeitura tem sepreparado para enfrentar essesproblemas?

Temos uma gerência que é decombate a erosões, que está tra-balhando desde o início do ano.Já tem mais de 12 pontos em queestamos fazendo recuperação deerosões. Goiânia cresceu muito,juntou com Aparecida, SenadorCanedo, Trindade e o maior pro-blema que identificamos, no iní-cio deste ano, são das moradiasque ficam junto às áreas de córre-gos, como a Vila Roriz e o BairroCaiçara, onde há moradias juntoa área de córrego, fundo de vale.Muitas vezes não está numa árearegularizada, está numa área in-vadida. O maior problema é esse.

Quando chove aparecem muitosproblemas também na MarginalBotafogo...

Sim, também tivemos umproblema sério na Marginal Bo-tafogo, que tem mais de 30 anosde construção. E foram cons-truindo ali, impermeabilizando osolo, então a água não permeiano terreno. É assim no JardimGoiás, Alto da Glória... E hojevocê tem um problema muito sé-rio porque a Marginal Botafogonão comporta a água que é desti-nada a ela. É insuficiente a drena-gem da Marginal Botafogo, e tema questão da estrutura dela, quenunca foi feita uma manutençãopreventiva, só corretiva. Só de-pois que rompe, vão lá e arru-mam. Esse caso, que nósarrumamos em julho, que tive-mos de interditar, foi justamenteum problema que poderia fazercom que a pista cedesse. Arruma-mos aquele ponto, mas tem di-versos pontos ali que o fundo docanal abriu.

Vão ter novas intervenções naMarginal Botafogo?

Fizemos e apresentamos ao

Ministério da Integração Nacio-nal um plano de trabalho e pedi-mos verba para essa situaçãoemergencial, no valor de R$ 35milhões, para fazer a recuperaçãonesse trecho, que é o mais antigo,do Cepal até a Avenida Indepen-dência. Então fizemos um planode trabalho para fazer a recupe-ração tanto dessa parte da estru-tura da canalização quantotambém para poder segurar aágua dentro do córrego. Assimpodemos fazer uma represa, pró-ximo do Cepal, para reter a forçada água que cai intensamente daschuvas, para evitar o transborda-mento. O projeto também prevêo alargamento de pontos no leitopara que a água corra natural-mente, evitando alagamentos. Etambém possibilitará levantar aaltura da parede do canal do cór-rego, para poder melhorar a dre-nagem.

E as grandes obras viárias paramelhorar o trânsito?

Temos muitas ambições paraesse governo, como a continuida-de e ampliação da Avenida Leste-Oeste. Queremos continuar oprolongamento da Marginal Bo-tafogo, que é a principal via de li-gação norte-sul, até a Avenida 2ªRadial e também vamos fazer umprojeto para ver se ela alcança atéa 3ª Radial, próximo do JardimBotânico, no Setor Pedro Ludo-vico. Temos a Marginal Cascavel,para ligar a Avenida CasteloBranco até a Avenida Leste-Oes-te, obra que já está licitada, masteremos de relicitá-la, porque ocontrato, de R$ 40 milhões, seperdeu. Temos a continuação daAvenida Leste-Oeste no tramooeste, já que ela chega até a Ave-nida Castelo Branco e ali para.Vamos duplicar aquele pedaço aliaté a Rua da Alegria, na região doBairro Goiá, num total de 2 milmetros, o que possibilitará aces-sar a região do Conjunto VeraCruz e Trindade. E conseguimoscom o Codese [Conselho de De-senvolvimento Econômico, Sus-

tentável e Estratégico de Goiânia]a doação do projeto de continui-dade da Avenida Leste-Oeste notramo leste, que são 8,5 quilôme-tros, saindo da Praça do Traba-lhador, onde está a Câmara deVereadores; o projeto vai revitali-zar a Praça do Trabalhador, quehoje está uma loucura, projetomuito bacana doado pela prefei-tura pela Associação dos Lojistasda Rua 44.

Como seria feita a continuaçãoda Avenida Leste-Oeste?

A Avenida Leste-Oeste naparte leste seguirá passando porcima da Marginal Botafogo, con-tinua, passa pela Pecuária, pas-sando por baixo da Avenida quedesce para o aeroporto, na VilaNova, passa em frente à Emegê,seguindo na antiga linha férrea,chega ao Bairro Feliz, passa de-baixo da BR e vamos até a rotató-ria da Avenida Buenos Aires, noJardim Novo Mundo, que ali jáestá duplicado para Senador Ca-nedo. Esse projeto custou R$1,400 milhão, já está contratadopelo Codese. Esse projeto é divi-dido em quatro fases: a concep-ção, ou masterplan, ligando todaa Leste-Oeste de Senador Cane-do até Trindade; o projeto execu-tivo em si desses 8,5 quilômetros;o projeto da Praça do Trabalha-dor; e a quarta, que é o estudo detráfego da região. Tudo isso cus-tou R$ 1,4 milhão, que foi custea-do pelo Codese, que doará oprojeto para a prefeitura, o quedeve ocorrer oficialmente nospróximos dias. E com esse proje-to temos um convênio a ser fir-mado com o governo do Estado,em que cada um entraria com R$35 milhões para desenvolver asobras da Leste-Oeste.

A efetivação dessas obrasdepende de verba federal?

Não, por enquanto é umaparceria apenas com o governodo Estado, que já daria para pra-ticamente executar todo o projetoda Leste-Oeste.

Obras do BRT devem ser retomadassomente em 2018

“A MarginalBotafogo nãocomporta aágua que é

destinada a ela,não temdrenagemsuficiente”

“Vamos devolver a trafegabilidade às regiões emque há obra do BRT, até porque estamos entrandono tempo chuvoso e isso não pode continar assim.

Já deu no limite”

PAULO JOSÉ

POLÍTICA 5GOIÂNIA, 1º A 7 DE OUTUBRO DE 2017

X

“Se não tiver uma definição atéoutubro, vamos licitar novamente”

ENTREVISTA / FERNANDO COZZETTI

A obra do BRT está sobresponsabilidade da Seinfra?

Em março o prefeito devol-veu o BRT para a Seinfra. No go-verno passado, ele estava sob aresponsabilidade da Semob [Se-cretaria Municipal de Obras eServiços Públicos]. Mas desde oinício do ano, fui conhecer aobra, que estava paralisada, e le-vantamos quais seriam as pen-dências. A principal pendênciaque identificamos era a contra-partida de R$ 11 milhões, quenão era paga, e o governo federalhavia retido R$ 4 milhões, totali-zando uma dívida de R$ 15 mi-lhões com o consórcio. Senteicom o prefeito e definimos umaestratégia para retomar a obra.

E o que foi definido?O prefeito determinou que

devíamos retomar, porque a obraestá cortando a cidade inteira...Diante disso, chamei o consórcioe parcelamos com eles os R$ 11milhões para retomar de imedia-to a obra. Depois de retomada aobra, que praticamente voltou nomeio de abril, a empresa desco-briu que havia um problema depreços unitários e isso remetia aoperíodo de abril e maio de 2016,quando teve uma inspeção doTCU [Tribunal de Contas daUnião], CGU e TCM [Tribunalde Contas dos Municípios]. Ostrês órgãos foram à obra e iden-tificaram alguns preços acima dopreço de referência. Mas ne-nhum órgão mandou paralisar aobra e tanto TCM como TCU fi-zeram uma compensação do queestava acima do preço e do queestava abaixo, e disseram que aobra ainda era viável para a pre-feitura. O valor final era menorque o valor de referência. No en-

tanto, a Caixa tem uma regra... Aobra é dividida em dois trechos,um trecho, relativo ao financia-mento, vai do Recanto dos Bos-ques até o Terminal Isidória. Etem o trecho relativo ao Orça-mento Geral da União (OGU),que é um repasse apenas, e com-preende o trecho do Terminal Isi-dória até o Terminal do Cruzeiro.E como a obra foi licitada comos dois trechos, misturou os re-cursos de um financiamento e deuma fonte do OGU. E a CaixaEconômica, depois de várias reu-niões, alegou que tem um convê-nio com o Ministério dasCidades que dita que quandotem recurso do OGU tem quepraticar o Decreto 7983/2013,que fala que devem ser adotadosos preços das tabelas oficiais.Então, a Caixa não paralisou osrecursos, mas quando ela pegoutudo que já estava medido e ado-tou os preços da tabela de refe-rência da OGU, a contratadateria de devolver R$ 6 milhões.

Deu uma diferença?Isso, deu uma diferença, mas

nenhum órgão de fiscalização ti-nha mandado paralisar. Mascriou um impasse, uma insegu-rança jurídica, e a empresa para-lisou. E de lá para cá, desdejunho, começamos as tratativas.O prefeito e eu estivemos no Mi-nistério das Cidades, no Tribunalde Contas da União, na presi-dência da Caixa Econômica, emBrasília, para tentar resolver esseimpasse, mas é tudo muito buro-crático. Tem TCU, CGU, e agoraestamos aguardando uma res-posta final para ver que preçopodemos praticar. Enquanto is-so, a empresa responsável pelaobra paralisou. Eu acredito que

nos próximos dias teremos umaresposta final.

Enquanto esse impasse não seresolve, como ficará o trânsito,já que a obra corta a cidade?

Eu estive com o prefeito IrisRezende, e ele determinou quenão deixássemos a cidade conti-nuar da forma que estava. Eu,através da Seinfra, não possoexecutar a obra, mas posso me-lhorar o trânsito. Por isso, desdeo último dia 18 estamos na Re-gião do Balneário Meia Pontedevolvendo a trafegabilidade àregião, e com isso vamos ameni-zar a situação para os moradorese comerciantes. Colocaremos vá-rios semáforos para devolver otráfego ali. Depois vamos para aregião do Terminal Rodoviário epara a Avenida 4ª Radial e de-sobstruir tudo. Vamos resolver is-so, até mesmo porque estamosentrando no tempo chuvoso. Eisso não pode continuar assim, jádeu no limite.

O sr. considera que aindademora para retomar a obra doBRT?

Acredito que só retorne em2018, por conta do período chu-voso.

Não é possível tocar a obra nemparcialmente?

A empresa se desmobilizou,demitiu praticamente 200 funcio-nários. Estava com dificuldadesfinanceiras por conta da faltadesse repasse, e fez acordo noMinistério do Trabalho, vai libe-rar FGTS, seguro-desemprego efazer o pagamento em dez vezes.Então, acredito que mobilizarnovamente nesse final de ano érealmente muito complicado.

Mesmo antes dessaparalisação, a obra já estavacom o cronograma atrasado?

Já. Essa obra era de doisanos, de março de 2015 a marçode 2017. Já prorrogamos o cro-nograma por mais dois anos,para março de 2019, e com essaparalisação agora, já não termi-nará nesse prazo. Isso é muitoruim, mas é uma herança querecebemos e não vamos ficarchorando... Vamos tomar atitu-de. O problema ocorreu na lici-tação, em novembro de 2014,quando esses apontamentos de-veriam ter sido feitos. Foi um er-ro tanto da gestão da prefeituraà época quanto da Caixa. Ago-ra, se não tiver uma definiçãoaté esse início de outubro, va-mos licitar novamente. Tem essapossibilidade e é grande, porqueé um vício que teve na licitação eestá difícil de contornar.

Vai ser um atraso grande, se forlicitar novamente?

Mas como já perdemos esseano, por conta da chuva, euacredito que esse período seriamuito bom para fazer uma rea-dequação e, inclusive, vamos li-citar em trechos menores. Nãolicitaremos o contrato todo, des-ta forma. A ideia é licitar do Re-canto do Bosque até a Praça doTrabalhador, depois da Praça doTrabalhador até o Terminal Isi-dória, e do Isidória até o Termi-

nal do Cruzeiro. Dividimos emmais trechos para evitar exata-mente o que aconteceu.

Quanto do contrato do BRTfoi executado até agora?

Hoje o contrato do BRT estácom 20% executado.

É muito pouco...Muito pouco, e é mais no

trecho norte. Precisaríamos demais um ano, um ano e meio,para concluir.

O prefeito declarourecentemente que revisaria aquestão do traçado do BRT naAvenida Goiás, no Centro,temendo os possíveis impactosnegativos no trânsito. Essaquestão evoluiu?

Evoluiu. Aprofundamos noprojeto, apresentamos pra ele oprojeto da Avenida Goiás, trou-xemos o projetista, que é de SãoPaulo, do grupo Oficina, elemostrou para o prefeito Iris Re-zende que ali na Avenida Goiásteria uma série de integraçõescom outras linhas. Portanto, oBRT teria realmente que passarna Avenida Goiás. Foi um proje-to feito junto com o Iphan [Ins-tituto do Patrimônio Histórico eArtístico Nacional], o canteirocentral será mexido somente on-de tem as estações de embarquee desembarque, as calçadas nãoserão afetadas, a drenagem será

melhorada. E o BRT tem trêspassagens de nível que melho-ram o trânsito de Goiânia. Aprimeira é na Avenida Perime-tral Norte, onde o BRT entranuma trincheira e passa por ci-ma da Avenida Perimetral. A se-gunda é no cruzamento da Rua90 com a Avenida 136, sendoque o BRT vem na Rua 90 emergulha sob a 136, acabandocom aquele sinal ali. A terceira éno encontro da Avenida Tapajóscom a Avenida Rio Verde, nosfundos dos Correios, na VilaBrasília, já em Aparecida deGoiânia, onde também haveráuma passagem por baixo docruzamento.

“Com as chuvas, o principal problemasão as moradias próximo de córregos”O início do período de chuvassempre é uma preocupaçãodevido aos transtornos,alagamentos, falta dedrenagem… A prefeitura tem sepreparado para enfrentar essesproblemas?

Temos uma gerência que é decombate a erosões, que está tra-balhando desde o início do ano.Já tem mais de 12 pontos em queestamos fazendo recuperação deerosões. Goiânia cresceu muito,juntou com Aparecida, SenadorCanedo, Trindade e o maior pro-blema que identificamos, no iní-cio deste ano, são das moradiasque ficam junto às áreas de córre-gos, como a Vila Roriz e o BairroCaiçara, onde há moradias juntoa área de córrego, fundo de vale.Muitas vezes não está numa árearegularizada, está numa área in-vadida. O maior problema é esse.

Quando chove aparecem muitosproblemas também na MarginalBotafogo...

Sim, também tivemos umproblema sério na Marginal Bo-tafogo, que tem mais de 30 anosde construção. E foram cons-truindo ali, impermeabilizando osolo, então a água não permeiano terreno. É assim no JardimGoiás, Alto da Glória... E hojevocê tem um problema muito sé-rio porque a Marginal Botafogonão comporta a água que é desti-nada a ela. É insuficiente a drena-gem da Marginal Botafogo, e tema questão da estrutura dela, quenunca foi feita uma manutençãopreventiva, só corretiva. Só de-pois que rompe, vão lá e arru-mam. Esse caso, que nósarrumamos em julho, que tive-mos de interditar, foi justamenteum problema que poderia fazercom que a pista cedesse. Arruma-mos aquele ponto, mas tem di-versos pontos ali que o fundo docanal abriu.

Vão ter novas intervenções naMarginal Botafogo?

Fizemos e apresentamos ao

Ministério da Integração Nacio-nal um plano de trabalho e pedi-mos verba para essa situaçãoemergencial, no valor de R$ 35milhões, para fazer a recuperaçãonesse trecho, que é o mais antigo,do Cepal até a Avenida Indepen-dência. Então fizemos um planode trabalho para fazer a recupe-ração tanto dessa parte da estru-tura da canalização quantotambém para poder segurar aágua dentro do córrego. Assimpodemos fazer uma represa, pró-ximo do Cepal, para reter a forçada água que cai intensamente daschuvas, para evitar o transborda-mento. O projeto também prevêo alargamento de pontos no leitopara que a água corra natural-mente, evitando alagamentos. Etambém possibilitará levantar aaltura da parede do canal do cór-rego, para poder melhorar a dre-nagem.

E as grandes obras viárias paramelhorar o trânsito?

Temos muitas ambições paraesse governo, como a continuida-de e ampliação da Avenida Leste-Oeste. Queremos continuar oprolongamento da Marginal Bo-tafogo, que é a principal via de li-gação norte-sul, até a Avenida 2ªRadial e também vamos fazer umprojeto para ver se ela alcança atéa 3ª Radial, próximo do JardimBotânico, no Setor Pedro Ludo-vico. Temos a Marginal Cascavel,para ligar a Avenida CasteloBranco até a Avenida Leste-Oes-te, obra que já está licitada, masteremos de relicitá-la, porque ocontrato, de R$ 40 milhões, seperdeu. Temos a continuação daAvenida Leste-Oeste no tramooeste, já que ela chega até a Ave-nida Castelo Branco e ali para.Vamos duplicar aquele pedaço aliaté a Rua da Alegria, na região doBairro Goiá, num total de 2 milmetros, o que possibilitará aces-sar a região do Conjunto VeraCruz e Trindade. E conseguimoscom o Codese [Conselho de De-senvolvimento Econômico, Sus-

tentável e Estratégico de Goiânia]a doação do projeto de continui-dade da Avenida Leste-Oeste notramo leste, que são 8,5 quilôme-tros, saindo da Praça do Traba-lhador, onde está a Câmara deVereadores; o projeto vai revitali-zar a Praça do Trabalhador, quehoje está uma loucura, projetomuito bacana doado pela prefei-tura pela Associação dos Lojistasda Rua 44.

Como seria feita a continuaçãoda Avenida Leste-Oeste?

A Avenida Leste-Oeste naparte leste seguirá passando porcima da Marginal Botafogo, con-tinua, passa pela Pecuária, pas-sando por baixo da Avenida quedesce para o aeroporto, na VilaNova, passa em frente à Emegê,seguindo na antiga linha férrea,chega ao Bairro Feliz, passa de-baixo da BR e vamos até a rotató-ria da Avenida Buenos Aires, noJardim Novo Mundo, que ali jáestá duplicado para Senador Ca-nedo. Esse projeto custou R$1,400 milhão, já está contratadopelo Codese. Esse projeto é divi-dido em quatro fases: a concep-ção, ou masterplan, ligando todaa Leste-Oeste de Senador Cane-do até Trindade; o projeto execu-tivo em si desses 8,5 quilômetros;o projeto da Praça do Trabalha-dor; e a quarta, que é o estudo detráfego da região. Tudo isso cus-tou R$ 1,4 milhão, que foi custea-do pelo Codese, que doará oprojeto para a prefeitura, o quedeve ocorrer oficialmente nospróximos dias. E com esse proje-to temos um convênio a ser fir-mado com o governo do Estado,em que cada um entraria com R$35 milhões para desenvolver asobras da Leste-Oeste.

A efetivação dessas obrasdepende de verba federal?

Não, por enquanto é umaparceria apenas com o governodo Estado, que já daria para pra-ticamente executar todo o projetoda Leste-Oeste.

Obras do BRT devem ser retomadassomente em 2018

“A MarginalBotafogo nãocomporta aágua que é

destinada a ela,não temdrenagemsuficiente”

“Vamos devolver a trafegabilidade às regiões emque há obra do BRT, até porque estamos entrandono tempo chuvoso e isso não pode continar assim.

Já deu no limite”

PAULO JOSÉ

POLÍTICA 5GOIÂNIA, 1º A 7 DE OUTUBRO DE 2017

X POLÍTICA6 GOIÂNIA, 1º A 7 DE OUTUBRO DE 2017

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ELEIÇÕES 2018

Petistas correm atrás de umpalanque para Lula em Goiás

Marcione Barreira

Com o discurso de que só vaicompor com algum partido queesteja disposto a ceder palanqueao ex-presidente Lula, o PT temtentado se fortalecer internamen-te com foco na viabilização dacandidatura do líder da legenda.Essa é a linguagem tanto nacio-nal quanto regional. As lideran-ças da agremiação em Goiás têmsido bem clara neste sentido, ape-sar de reconhecer que há conver-sa com outros partidos fora doeixo de esquerda. O PMDB, porexemplo, é um ex-aliado que oPT tem conversado extraoficial-mente, segundo disse o deputadofederal Rubens Otoni em recenteentrevista ao “Diário de Goiás”.

Embora reconheça a impor-tância da parceria, Otoni disseacreditar que será muito difícilisso acontecer pelo fato de oPMDB ter patrocinado, segundosuas palavras, o “golpe”, alémda aprovação de matérias que oPT se posicionou contra. Otonise refere à aprovação da terceiri-zação e da reforma trabalhista.

Em Goiás, a relação entrePT e os partidos com quem jáformou parceria não é das me-lhores há muito tempo. Haja vis-ta a maior e mais vencedora dasparcerias, com o PMDB, quetanto no âmbito estadual, muni-cipal e federal se deteriorou. Nocenário atual, o partido caminhapara sair, assim como ocorreuem 2014, em voo solo, com can-didatura própria a governador.

Hoje os nomes mais cotadospara sair candidato a governa-dor dentro da agremiação são daala anapolina do partido. Porcoincidência os dois irmãos: ve-reador Antônio Gomide e o de-putado Rubens Otoni. Gomidefoi o candidato do PT em 2014.Já Otoni venceu corrida parareeleição à Câmara.

Para que o voo solo nãoocorra, duas coisas precisam seviabilizar primeiro: a inocênciado presidente Lula e o fato de al-gum partido estar disposto acompor com o PT.

Por tudo isso, o PT terá quedialogar muito se quiser ter chan-ces de conquistar algo no estado.Caso o ex-presidente Lula fiquelivre de condenação e sua candi-datura seja viabilizada, comopensam a maioria dos petistas, ocaminho será facilitado porqueneste momento as pesquisas deintenção de voto dizem que Lulalidera a corrida eleitoral.

O líder maior do PT tem ro-dado o Brasil e inflamado dis-cursos dizendo ser vítima deperseguição. A última caravanapercorreu o nordeste, onde opartido, sobretudo Lula, goza degrande prestígio.

Analistas dizem que a chancede Lula ser inocentado é muitopequena, mas, caso seja, o pa-lanque do PMDB poderá estar

aberto a ele, se o candidato for odeputado federal Daniel Vilela(PMDB), que tem proximidadecom os petistas da Câmara dosDeputados. Leia-se RubensOtoni, que já disse não ter nadacontra Daniel.

Outro fator que também pe-sa a favor dessa hipótese é o ex-prefeito Maguito Vilela (PMDB)não ter demonstrado nenhumproblema em apoiar o líder pe-tista. Em 2006, Lula apoiou Ma-guito na corrida pelo governo doestado na eleição em que foi der-rotado por Alcides Rodrigues,então candidato apoiado porMarconi Perillo (PSDB).

Por outro lado, se o tribunalde segunda estância confirmar acondenação do juiz Sérgio Moroa lei da ficha limpa vai atingirLula, garfando também o cora-ção do PT. Neste momento, opartido não tem nenhuma lide-rança capaz de aglutinar, alémda escassez de carisma seme-lhante ao do ex-presidente.

O fato forçaria o PT deGoiás a baixar a guarda e dimi-nuir o tom do discurso, que àsvezes soa agressivo quando voltae meia solta a voz e qualifica co-mo golpistas os partidos que vo-taram pela cassação daex-presidente Dilma. Hoje o dis-

curso é este: “Vamos conversarcom quem estiver disposto a ce-der palanque a Lula”, garante odeputado estadual Luis CesarBueno.

Em caravana pelo interior doestado, o deputado petista afir-ma que está impressionado comas receptividade das pessoas quesegundo ele estão pedindo a vol-ta o partido. Tem dito o mesmoo vereador por Anápolis AntônioGomide (PT): “Vejo a vontadedo povo de ver a volta do Lula”.

A possibilidade de condena-ção do ex-presidente Lula levoua presidente nacional do partido,senadora Gleisi Hoffman, consi-

derar até boicotar a eleição doano que vem. O boicote fariacom que o PT deixasse de lançarcandidatos ao Executivo e aoLegislativo.

Essa estratégia seria umaforma de sair do páreo de formahonrada. A intenção dos petistasé boicotar o pleito de 2018 e ro-dar o mundo dizendo ser vítimade perseguição do MinistérioPúblico e do Poder Judiciário.

Luis Cesar Bueno defendeser muito pouco provável que is-so aconteça porque acredita to-talmente na candidatura doex-presidente. Mesmo os quenão têm a mesma confiança deBueno afirmam que será difícilque o partido desista das elei-ções apenas por esta razão. Elesconsideram que é muito impro-vável que alguém desista de suascandidaturas, em especial aque-les que têm real chance de ga-nhar nas urnas.

De olho nisso, as liderançastrabalham para que o partido sefortaleça ao faltar pouco mais deum ano para o pleito. No primei-ro semestre, o partido renovousuas lideranças em todos os ní-veis. Em Goiás, trocou CeserDonisete pela professora KátiaMaria. No Diretório Metropoli-tano, Luis Cesar Bueno cedeulugar à deputada estadual Adria-na Accorsi.

Mesmo com acandidatura do ex-presidenteameaçada, caso eleseja condenado emsegunda instância,líderes dizem que vaicompor somentecom quem cederpalanque a Lula

Luis Cesar Bueno, deputado estadual: “Vamos falarcom quem estiver disposto a ceder palanque a Lula”

Rubens Otoni, deputado federal: acredita ser difícilPT se reaproximar do PMDB depois do “golpe”

Vereador Antônio Gomide, que foi candidato agovernador do PT em 2014

Líderes do PT em Goiás jogas todas as fichas em uma provável candidatura do ex-presidenteLula em 2018. Nos bastidores, petistas têm conversado extraoficialmente com outras legendas

ESTADO 7XGOIÂNIA, 1º A 7 DE OUTUBRO DE 2017

Segundo vice-governador, oprograma “modificaa paisagem dosmunicípios goianos, ea população vêflorescer a esperançacom o volume deempreendimentosem todas as regiõesdo estado”

O vice-governador Zé Elitoncontestou, na manhã de segun-da-feira, 25, questionamentosao programa Goiás na Frente,durante solenidade de repassedas primeira e segunda parcelasde convênios do programa fir-mados entre o governo estaduale 56 prefeituras.

“As oposições vivem um de-lírio”, disse. E emendou: “En-quanto criticam, nós vamoscontinuar compensando os che-ques e realizando as obras”.

Em solenidade no AuditórioMauro Borges do Palácio PedroLudovico, em Goiânia, o vice-governador garantiu que todosos recursos estão em caixa e que102 prefeituras já receberam asprimeiras parcelas para a reali-

zação de obras de infraestrutu-ra. Outros 177 processos estãoem fase de análise. Já foram li-berados mais R$ 11 milhões.

“Os cheques para as prefei-turas estão sendo compensa-dos”, disse, sob aplausos.

“Já inauguramos, inclusive,

obras de pavimentação asfálticae recapeamento em Gameleirade Goiás, feitas totalmente comrecursos do Goiás na Frente ehá outras em andamento em to-do o estado, inclusive hospitais,rodovias e presídios”, garantiuZé Eliton.

Segundo o vice-governador,em entrevista a um programa derádio, “o jornalista me indagousobre críticas das oposições, se-gundo as quais iríamos dar umcheque sem fundo para as pre-feituras”. Zé Eliton respondeu:“A oposição que continue assim,

delirando, porque vamos seguirem frente e fazendo um governoque responda aos anseios dapopulação”.

O vice-governador fez tam-bém analogia em relação a go-vernos do PMDB ao lembrar deatrasos no pagamento do fun-

“Enquanto questionam, vamos continuar compensando cheques e realizando obras”, afirmou o vice Zé Eliton, durantesolenidade de repasse de recursos a mais 56 prefeituras. “Vamos seguir em frente, respondendo aos anseios da população”

Marconi Perillo acompanhou a abertura do festival, no Cine Pireneus, que teve transmissão ao vivo pelas redes sociais

Zé Eliton aponta “delírio das oposições”que fazem críticas ao Goiás na Frente

REAÇÃO

Ao abrir na noite de quarta-feira, 27, a 18ª edição do festi-val Canto da Primavera, emPirenópolis, o governador Mar-coni Perillo destacou o senti-mento de realização aoconstatar que o festival atingiusua “maioridade e maturida-de”, graças aos investimentosconstantes realizados ao longode todos esses anos.

“Não é qualquer governo deEstado que investe R$ 50 mi-lhões por ano em cultura, pormeio de leis e fundos. Cultura éinvestimento, não é jamais umgasto, ou uma despesa. É umcompromisso sagrado que eutenho. Sempre valorizei e ameia cultura. Ao longo do tempo,procurei valorizar mais e mais acultura goiana”, declarou.

A abertura foi realizada noCine Pireneus, com transmis-são ao vivo pelas redes sociaisdo Governo de Goiás (www.fa-cebook.com/GovernodeGoias),pelo portal de notícias GoiásAgora e pela página do gover-nador no Facebook (www.face-b o o k / m a r c o n i p e r i l l o ) .Mantendo a tradição, a BandaFênix, de Pirenópolis, abriu oevento.

O Canto da Primavera desteano homenageia os 290 anosda cidade de Pirenópolis. São30 atrações goianas, dentre

elas, quatro de Pirenópolis; oitoatrações nacionais e 12 ofici-nas. O festival vai até o dia 8 deoutubro. Os shows serão noCavalhódromo de Pirenópolis eno Cine Pirenéus. A programa-ção completa pode ser acessadano site da Seduce: www.canto-daprimavera.seduce.go.gov.br.O investimento do governo es-tadual no festival deste ano é daordem de R$ 1,9 milhão.

Marconi ressaltou que oCanto da Primavera é a de-monstração inequívoca docompromisso de seus governoscom a cultura e com as artes.

“O legado que deixamosnestes 18 anos é um portfóliode investimentos e de valoriza-ção da cultura e dos artistasgoianos. O Canto da Primaverafoi um programa que criamosjustamente para promover odesenvolvimento do setor dacultura, e para garantir a pre-servação desse patrimônio ma-terial e imaterial de Pirenópolise de Goiás”, enfatizou.

“Patrimônio materializadona música, no folclore, na ar-quitetura e nas demais artes.Quando resolvemos criar essefestival ouvimos Pompeu, Ita eAlaor, e tantos outros ícones dacultura pirenopolina”, comple-tou, ressalvando que o Cantoda Primavera promove, tam-

JOTA EURÍPEDES

EDUARDO FERREIRA

cionalismo e falta de eficiênciana aplicação dos recursos públi-cos. Ele citou um período histó-rico em que existiam recursospara investimentos “mas nin-guém sabe onde foram parar”.

Esperança“O Goiás na Frente modifica

a paisagem dos municípiosgoianos”, disse o vice-governa-dor Zé Eliton durante a soleni-dade.

“A população vê florescer aesperança com o volume deobras em todas as regiões do es-tado”, completou.

De acordo com Eliton, “apopulação verifica que é possí-vel fazer política com responsa-bilidade”. Segundo analisa,“este é um Governo que respon-de aos anseios da população”.

No total, 56 municípios rece-beram parcelas do programadurante a cerimônia da segun-da-feira da semana passada.Participaram da solenidade ossecretários Talles Barreto (Fis-calização do Programa Goiásna Frente), Sérgio Cardoso (Ar-ticulação Política), Tayrone diMartino (Governo); deputadoLincoln Tejota, representante daAssembleia Legislativa, além deparlamentares, prefeitos, verea-dores e líderes estaduais e muni-cipais.

“É muito bonito ver oCanto da Primaverachegar à sua maturidade”,diz governador

bém, a movimentação do turis-mo.

“Pessoas vêm de todos oscantos de Goiás e do Brasil pa-ra assistirem ao espetáculo decantores e artistas de altíssimonível e qualidade”, observou.

Marconi lembrou que emsuas gestões o Cine e o TeatroPireneus foram restaurados,bem como a Igreja Matriz dePirenópolis.

Secretária estadual de Edu-cação, Cultura e Esporte, Ra-quel Teixeira afirmou que Goiásvive hoje os frutos de investi-mentos continuados na área dacultura.

“Todas as esferas da culturagoiana são reconhecidas nacio-nal e internacionalmente. Emtodas as áreas temos tido êxito,graças ao compromisso do go-vernador Marconi”, frisou.

Prefeito de Pirenópolis, Joãodo Léo agradeceu a Marconipelo carinho, apoio e tamanhadedicação e investimentos emPirenópolis e na área da cultura.O músico Ricardo Leão fez aapresentação de hoje do festi-val. Participaram do evento osuperintendente de Ação Cul-tural Nasr Chaul, parlamenta-res e autoridades políticas daregião.

COMUNIDADES8 GOIÂNIA, 1º A 7 DE OUTUBRO DE 2017

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BazarDaniela Martins - [email protected]

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo email: [email protected] ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, St. Castelo Branco, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74.403-070

Dia das CriançasPara celebrar o Dia das Crianças, o Shop-

ping Cerrado traz uma atração especial: a ArenaNickelodeon. Voltado para crianças de 3 a 10anos, o espaço tem três ambientes com diversostemas e atividades relacionadas ao canal infantil.A atração tem entrada gratuita e vai até 30 deoutubro, funcionando de segunda-feira a sába-do, das 15h às 20h40, e aos domingos e feriados,das 14 às 19h40, na Praça de Eventos. O Shop-ping Cerrado (Av. Anhanguera, Setor Aeroviá-rio) oferece estacionamento gratuito.

Tráfico de mulheres em debateO 6º Encontro em Defesa e Valorização da

Mulher (projeto Semeando a Paz), promovidopor professoras universitária, que reúne tambéma campanha Não Vai Ter Psiu!, idealizada pelapresidência da Câmara de Goiânia, será realiza-do nesta quinta-feira, 5, às 18h30, no auditórioda área 2 da Pontifícia Universidade Católica deGoiás (PUC), em alusão ao Dia Internacionalcontra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mu-lheres e Crianças, celebrado em 23 de setembro. Nesta sexta edição, haverá exibição de vídeos

e debates sobre o tema Desafios e Possibilidadesno Enfrentamento ao Tráfico de Mulheres. Adoutora em sociologia Aline Tereza Borghi seráa mediadora das discussões, que contarão com aparticipação de vários especialistas. O evento égratuito e aberto à comunidade.

Drauzio no EncontroEmpreendedores do LeiteO médico Drauzio Varella ministra a palestra

Leite é Saúde durante o 2º Encontro Estadualdos Empreendedores do Leite, no dia 5, às 9h30,no Centro de Convenções da PUC. No mesmodia, a gestora de Projetos da campanha #Beba-maisleite, Ana Paula Menegatti, fala sobre os be-nefícios e a reputação do leite.Este 2º Encontro, realizado pela Federação da

Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), em parce-ria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Ru-ral (Senar Goiás) e o Sebrae-GO, é voltado paraprodutores, empreendedores, profissionais, técni-cos, estudantes e demais pessoas ligadas à cadeialeiteira. Dia 4 será a primeira parte do evento, maistécnica, na sede da Faeg (Rua 87, 662, setor Sul).O objetivo é debater a rotina de quem empreendee movimenta o setor de pecuária leiteira no estado.Mais informações: sistemafaeg.com.br

Dona Hermínia em GoiâniaO ator e humorista Paulo Gustavo traz para

Goiânia a remontagem do espetáculo Minha MãeÉ Uma Peça, no Teatro do Centro de Convençõesda PUC, dia 7, às 21h30 (sessão extra). A reestreiado espetáculo, onze anos depois de apresentadopela primeira vez, comemora a brilhante trajetóriade Dona Hermínia, personagem que conquistou opaís e que já levou mais de dois milhões de espec-tadores aos teatros e 15 milhões aos cinemas, comos filmes Minha Mãe É UmaPeça 1 e 2. Paulo Gusta-vo consegue eletri-zar o público coma personagem queele mesmo criou napeça que aborda demaneira sensível as re-lações familiares. Ingres-sos a partir de R$ 60.Mais informações:(62) 3946-1067.

Circuito de Palestras SebraeNesta terça-feira, 3, tem a edição especial do Circuito de Palestras Sebrae! Para marcar o Mês

da Micro e Pequena Empresa, os tubarões do Shark Tank Brasil – Robson Shiba (China in Box),Cris Arcangeli (Phytoervas, Êh Cosméticos e Beauty In) e Camila Farani (empreendedora e in-vestidora há mais de 18 anos) – fazem um encontro importantíssimo no Centro de ConvençõesGoiânia. O evento é gratuito e as inscrições são antecipadas pelo site www.sebraego.com.br ou0800 570 0800. Leve 2 kg de alimentos não perecíveis e participe!

Uma noite dessasEm comemoração aos seus 30 anos de carreira,

a atriz Deborah Secco foi presenteada com o espe-táculo Uma Noite Dessas. Ela está em turnê pelopaís e a apresentação em Goiânia serános dias 7, às 21h, e 8, às 18h, no teatroMadre EsperançaGarrido. A peça foiescrita por HamiltonVaz Pereira e durante oespetáculo, Deborah interpretaa história de uma atriz receosa emaceitar o papel em ummusical que retra-ta as mulheres aolongo dos anos. Paratanto, interpreta mulheres desde aGrécia antiga até chegar ao padrãocontemporâneo. Ingressos: R$90. Mais informações:(62) 4141-2270

17ª Goiânia Mostra CurtasA 17ª edição da Goiânia Mostra Curtas começa nesta terça, 3, com cerimônia de abertura às 20h, no

Teatro Goiânia, com pocket show da cantora Ava Rocha e homenagem à atriz paraense Dira Paes, porsua contribuição ao cinema brasileiro, em 32 anos de carreira. O encerramento será no dia 8, com cele-bração ao conjunto da obra do cineasta indigenista Vincent Carelli. Neste ano, a Curta Mostra Especialtem como eixo temático Os Índios e o Cinema. Um panorama da mais recente produção audiovisual in-dígena será exibido, com doze filmes de sete Estados. A programação é completada com as mostras Brasil,Goiás e Animação, sessões exclusivas para crianças, workshops, palestras e lançamentos literários. As ati-vidades são gratuitas e podem ser conferidas em goianiamostracurtas.com.br

Primavera brancade susto e roxa de dorEste é o título da exposição de telas que o ar-

tista plástico e jornalista Eduardo Jordão pro-move no hall de entrada da Câmara de Goiânia,de 2 a 6 de outubro. A vernissage de abertura se-rá dia 3 de outubro, às 10h. O tema da exposi-ção, segundo o artista, é uma referência aoestado lastimável que a primavera, a alegre esta-ção, encontra na chegada ao planeta. “A prima-vera chega assustada ao sentir o estrago do fogo,a secura do ar, o calor que sufoca, evaporandorios, ameaçando de extinção a flora, os homense os animais”, explica Eduardo Jordão. “Mas aprimavera teima em brotar, proporcionando-noso espetáculo das flores dos ipês, explodindo emcores por toda a cidade”.

EDUCAÇÃO 9GOIÂNIA, 9 A 15 DE JULHO DE 2017

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EDUCAÇÃO INFANTIL

500 novasvagas sãoabertasem Cmei

A inauguração do primeiroCentro Municipal de EducaçãoInfantil (Cmei) da gestão deIris Rezende marca o início daampliação da rede de atendi-mento educacional previstapara toda Goiânia. A regiãoSul foi a primeira a ser contem-plada pela administraçãomunicipal, com 500 novasvagas criadas com a aberturado Cmei Jardim América II.Em solenidade realizada no dia27 de junho, o prefeito IrisRezende entregou a nova insti-tuição à comunidade, que pres-tigiou o evento acompanhadade autoridades e servidores daEducação Municipal.

A nova instituição já podereceber matrículas para criançascom idade entre 3 e 5 anos e 11meses, através do site

https://goiania.portal.gier.com.br. Com espaço amplo, possuiárea total de 480 m² e estruturadividida em 19 salas, cozinha,lavanderia, depósito, espaçorecreativo e pátio com espaçocoberto na área de alimentação.As crianças serão atendidas emperíodo parcial, sendo 11 tur-mas de manhã e 11 à tarde. Anova instituição receberá ascrianças para atendimento noinício de agosto, após as fériasescolares que iniciam no próxi-mo dia 3.

Para Iris Rezende, o traba-lho desenvolvido nos centrosmunicipais de educação infantilé referência de educação dequalidade. “Nosso objetivo éfazer com que todas as crian-ças, cujas mães tenham que tra-balhar durante o dia, sejam cui-

dadas pela Prefeitura por meiodos Cmei. O Cmei é especial,não é simplesmente uma cre-che. Neles, até os brinquedossão direcionados a despertar oconhecimento da criança.Então, é uma conjugação deamor, de preocupação com odesenvolvimento da criança”,enalteceu.

O secretário de Educação eEsporte, Marcelo Costa, ressal-tou que a inauguração do novoCmei é resultado do esforçocoletivo da Secretaria Municipalde Educação e Esporte (SME) eresulta da reengenharia admi-nistrativa iniciada em janeiro.“Essa escola representa paranós a primeira de muitas inicia-

tivas que vamos fazer para amelhoria da Educação. É bomlembrar que esta que está sendoinaugurada é entregue em con-junto com 20 instituições queforam reformadas junto com oPrograma Escola Viva”, pon-tuou ao citar a iniciativa demanutenção permanente de pré-dios escolares lançado recente-mente pela SME.

Ampliação Com 29 mil crianças com

idade entre 6 meses e 6 anos(incompletos) atendidas narede municipal, o secretáriodestacou que serão celebradosdois novos convênios, para oinício do segundo semestre, quecriarão 170 vagas de tempointegral, sendo 80 na regiãoNorte e 90 na região Noroeste.

“Cada escola deve ser muitobem pensada e colocada ondeas pessoas realmente necessi-tam, para que nós possamosentregar esse serviço emEducação que as pessoas tantoprecisam em Goiânia”, afirmouCosta.

O secretário ressaltou aindaações planejadas para ampliareste atendimento para umnúmero cada vez maior decrianças. “Estamos implemen-tando outras ações como assalas modulares e as bolsas quevão ajudar a reduzir o númerode déficit que temos na Capital.Nós temos 46 obras que estãoparalisadas, destas, 35 não saí-ram do papel. Estamos refor-mulando toda a parte de projetoe conversando com o Ministérioda Educação”, frisou.A unidade receberá as crianças a partir de agosto

A região Sul de Goiânia é a primeira a ser contemplada com novo Cmei pela administração do prefeito Iris Rezende

A escola localizada no Jardim América, emGoiânia, está recebendo matriculas eatenderá crianças com idade entre 3 e 5 anos

JACKSON RODRIGUES