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benefícios reduzidos APOSENTADORIA Relator explica o que são as Parcerias Público-Privadas e como a Previ entra no negócio com o governo. Agora, quem se desliga do BB já pode transferir o dinheiro da Previ para outro fundo de pensão. benefícios reduzidos APOSENTADORIA Quem pretende se aposentar por tempo de contribuição deve pensar duas vezes. O censo mostrou que o aumento da expectativa de vida do brasileiro foi maior que o esperado e, como esse dado interfere diretamente no cálculo dos valores da aposentadoria pelo INSS, os benefícios sofreram grande redução.

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benefícios reduzidosAPOSENTADORIA

Relator explica o que são as Parcerias Público-Privadas e como a Previ entra no

negócio com o governo.

Agora, quem se desliga do BB já pode transferir o dinheiro da Previ

para outro fundo de pensão.

benefícios reduzidosAPOSENTADORIA

Quem pretende se

aposentar por tempo

de contribuição deve

pensar duas vezes.

O censo mostrou que o

aumento da expectativa

de vida do brasileiro foi

maior que o esperado e,

como esse dado interfere

diretamente no cálculo dos

valores da aposentadoria pelo

INSS, os benefícios sofreram

grande redução.

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2 A ç ã o - ago / 2004

Este espaço destina-se à opinião dosEste espaço destina-se à opinião dosEste espaço destina-se à opinião dosEste espaço destina-se à opinião dosEste espaço destina-se à opinião dosleitores. Por questão de espaço e esti lo,leitores. Por questão de espaço e esti lo,leitores. Por questão de espaço e esti lo,leitores. Por questão de espaço e esti lo,leitores. Por questão de espaço e esti lo,as cartas podem ser resumidas e editadas.as cartas podem ser resumidas e editadas.as cartas podem ser resumidas e editadas.as cartas podem ser resumidas e editadas.as cartas podem ser resumidas e editadas.Serão publicadas apenas correspondênciasSerão publicadas apenas correspondênciasSerão publicadas apenas correspondênciasSerão publicadas apenas correspondênciasSerão publicadas apenas correspondênciasassinadas e que sejam selecionadas peloassinadas e que sejam selecionadas peloassinadas e que sejam selecionadas peloassinadas e que sejam selecionadas peloassinadas e que sejam selecionadas peloConselho Editorial da Conselho Editorial da Conselho Editorial da Conselho Editorial da Conselho Editorial da ANABBANABBANABBANABBANABB.....

O DESEQUILÍBRIO DABALANÇA

Infelizmente, me reconheci no primeiroparágrafo da matéria “O Desequilíbrioda Balança”, publicada no Ação 170.Antes de me aposentar como caixa –portanto, teoricamente trabalhando por6 horas com direito a 15 minutos delanche –, comia correndo, enfrentavaescadas antes e depois, mal tinha tempopara escovar os dentes.A conclusão de que 83% dos funcioná-rios do BB não apresentam sintomas deestresse pode ser considerada altamen-te suspeita. Quem não pode nem querperder comissão muito provavelmenteomite sintomas.Uma colega diz: “às vezes trabalhava atéoito horas por dia em uma agência comum número insuficiente de funcionários”.Vivia em um paraíso e não sabia... Outroaconselha: “é preciso movimentar ocorpo em atividades físicas, manter umaboa alimentação e fazer uma atividadeprazerosa, que alimente a alma”. Só quea vida real nas agências é bem diferente,especialmente nas menores. Fátima RicciPoços de Caldas (MG)

AGRADECIMENTOSSempre que lia a seção de cartas dojornal Ação, aumentava minha

esperança de um dia poder escrever-lhes dando a boa notícia de que recebios valores pleiteados na Justiça.Felizmente chegou o dia. Quero registraroutro agradecimento pela orientação deque eu não deveria assinar o acordodo FGTS com o governo. Apesar datentação, segui a orientação e hoje possocomemorar o recebimento integral, semdeságio, dos expurgos do FGTS.Ismael CanoniceRio de Janeiro (RJ)

APOSENTADORIADISCREPANTENa condição de representante ANABBna Agência de Marataízes (ES), relatouma preocupação que me vem sendorepassada constantemente. Trata-se daabsurda diferença entre os salários dosfuncionários da ativa e os dos aposentados.Na maioria dos casos, os aposentadosestão ganhando o dobro comparandocargo a cargo. A Previ, que vem dandoreajustes anuais e acima de suas possi-bilidades, em algum momento nãoconseguirá arcar com os compromissosassumidos com os contribuintes. Todossabem que os superávits do Fundo sãofictícios, já que o mercado acionário(onde está a maior parte do patrimônioda Previ) é muito volúvel.Esperamos que a ANABB tome algumaatitude para reverter a situação.Sabemos que poderá desagradar aosaposentados, mas é necessário preservaro patrimônio que, algum dia, os da ativaesperam poder aproveitar. Devemos tercuidado para não matar a “galinhados ovos de ouro”.Carlos Magno FreitasMarataízes (ES)

PEA X PAI-50Quero cumprimentar a ANABB pordenunciar o PEA ao Ministério Público.Escrevi para o BB Responde reivindi-cando igualdade de tratamento entre oPAI-50 e o PEA e tive como resposta:

“não existe possibilidade de se estendera indenização do auxílio-alimentaçãopaga pelo Banco no PEA aos funcio-nários que aderiram ao PAI-50”. Tenhoorgulho de ser sócio da ANABB porestar sempre atenta às postulações deseus participantes e pronta a lutar pelosdireitos de seus associados.José Roberto PolettoGaribaldi (RS)

Aderi ao PAI-50. É claro que um novoplano tem de oferecer mais vantagensaos funcionários, porém é humilhantever como o Banco joga com as pessoas.Somos apenas números que podem serdescartados. Acredito que devemosentrar com mais uma ação judicialpara reaver nossos direitos – afinal,onde está a isonomia?Aparecido Ferreira RodriguesMaringá (PR)

CAMPANHA SALARIALSou a favor da campanha salarialindependente. A Comissão de Empresanão está pensando na reposição dasperdas dos últimos anos nem na eli-minação da Parcela Previ. Parece queestão satisfeitos com as migalhas que oBanco tem pago nos últimos anos. Sóquem está no dia-a-dia do Banco é quesabe quanto esse salário é injusto.Jacir Antônio BrizotChapecó (SC)

A minha opinião é de que ao estarmosunificando a campanha, nos tornamosmais fortalecidos. Somos uma classe eperdemos muito em fazer acordoindividual. Unificação sim.Ronaldo OkitaCampo Grande (MS)

1Ação-mai/jul2004

Representantes dos funcionários do BB eleitos para os Conselhos Deliberativo e

Fiscal e para a Diretoria da Previ falam dos mandatos.

Mais da metade dos

funcionários do Banco do

Brasil tem problemas com

a balança. Excesso de

trabalho, sedentarismo e

má alimentação são os

ingredientes para uma

vida nada saudável e

cheia de riscos.

Mais chances para comprar a casa própria. Aumentam os inves-

timentos da cooperativa no mercado imobiliário do País.

Rotina indigestaRotina indigesta

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3A ç ã o -ago /2004

Valmir CamiloPresidente da ANABB

CAMPANHA SALARIALO índice não resolve

DIRETORIA-EXECUTIVAVALMIR CAMILOPresidente

MARIA DAS GRAÇAS MACHADODiretora Administrativa e Financeira

LUIZ ANTONIO CARELIDiretor de Comunicação e Desenvolvimento

DOUGLAS SCORTEGAGNADiretor de Relações Funcionais, Aposentadoriae Previdência

EMÍLIO SANTIAGO RIBAS RODRIGUESDiretor de Relações Externas e Parlamentares

CONSELHO DELIBERATIVOANTONIO GONÇALVES (Presidente)Ana Maria Dantas LeiteAugusto Silveira de CarvalhoCamillo CalazansCecília Garcez SiqueiraDenise Lopes ViannaÉder Marcelo de MeloÉlcio da Motta Silveira BuenoFernando Amaral Baptista FilhoHenrique PizzolatoInácio da Silva MafraJosé Antonio Diniz de OliveiraJosé BranissoJosé Sampaio de Lacerda JúniorMário Juarez de OliveiraMércia Maria N. PimentelPaulo Assunção de SousaRomildo Gouveia PintoTereza Cristina G. M. SantosVitor Paulo Camargo GonçalvesWillian José A. Bento

CONSELHO FISCALCLÁUDIO JOSÉ ZUCCO (Presidente)Antonio Carlos Lima RiosAntonia Lopes dos SantosHumberto Eudes Vieira DinizNaide Ribeiro JuniorOsvaldo Petersen Filho

DIRETORES ESTADUAISMarcos de Freitas Matos (AC)Ivan Pita de Araújo (AL)Marlene Carvalho (AM)Aliete Maria Cunha Sarmanho (AP)Pedro Paulo Portela Paim (BA)Francisco Henrique Ellery (CE)Elias Kury (DF)Sebastião Ceschim (ES)Saulo Sartre Ubaldino (GO)Miguel Ângelo R. e Arruda (MA)Francisco Alves E. Silva (MG)Edson Trombine Leite (MS)Armindo Vitor da Silva Filho (MT)José Marcos de Lima Araújo (PA)André Luiz de Souza (PB)Luiz Gonzaga Ferreira (PE)José Ulisses de Oliveira (PI)Aníbal Rumiato(PR)Antonio Paulo Ruzzi Pedroso (RJ)Herminio Sobrinho (RN)Francisco Assumpção (RO)Maria de Jesus M. Mourão (RR)Edmundo Velho Brandão (RS)Carlos Francisco Pamplona (SC)Emanuel Messias B. Moura Júnior (SE)

ANABB - SCRS 507, bl. A, lj. 15 CEP: 70351-510 Brasília/DF

Atendimento ao associado: (61) 442.9696 Geral: (61) 442.9600

Site: www.anabb.org.br E-mail: [email protected]

Redação: Ana Cristina Padilha e Fernando Ladeira

E-mail: [email protected]

Edição e Editoração: Optare Comunicação

Editora e jornalista resp.: Patricia Roedel Revisão: Maria Júlia Luz

Periodicidade: mensal Tiragem: 100 mil Capa: Keystone

Impressão: Gráfica Positiva Fotolito: Colorpress

No início de cada setembro, sinto-me na obrigação,como presidente da ANABB, de falar sobre a campanhasalarial. Sei que essa é uma tarefa de responsabilidade domovimento sindical. No entanto, é meu dever estar atentoaos movimentos que tenham relação com os funcionáriosdo Banco. A campanha segue unificada, e a discussãohoje, dia 26 de agosto, está reduzida ao índice de reajuste– entre 6% e 8%.

No pré-acordo assinado com a Comissão de Empresa,o Banco se comprometeu a reproduzir o índice aprovadopara os bancários de bancos privados. Porém, o pontoprincipal para o funcionalismo do BB é o compromisso da discussão em separadode nossa pauta específica. Entendemos como itens obrigatórios dessa discussãoassuntos que tratam das relações trabalhistas e pendências sobre a Previ e a Cassi.

Na última campanha salarial, o índice de 12,6% tornou-se palatável diante dodiscurso de que aquele era o primeiro ano de governo e que seria necessário maistempo para o acerto de contas, produto de quase oito anos sem reajustes – o quenão aconteceu com os bancários privados.

O índice de 6% ou 8% só poderá ser aceito pelo funcionalismo se vier acompa-nhado de um plano de recuperação salarial e da isonomia. A empresa deveacordar as perdas, mesmo que parcelando os índices devidos. Em relação aosnovos funcionários, a isonomia deve garantir o PAS, o abono assiduidade, a licença-prêmio e um novo PCS.

No caso da Previ, a recuperação do estatuto de 1997, a melhoria do benefíciomínimo e o fim da Parcela Previ são itens a serem contemplados já neste acordocoletivo. A solução definitiva para a Carim, inclusive com a abertura para novosfinanciamentos, deve ser um compromisso, com garantias de sua implantação nocurto prazo.

Nossa querida Cassi deve ser contemplada com o plano odontológico e arevisão imediata da parcela de contribuição do Banco sobre os salários dos novosfuncionários, mudando a parte patronal de 3% para 4,5% – a mesma proporção emque o BB contribui para os demais funcionários da ativa e aposentados. No curtoprazo, o compromisso com a Cassi deve ser o de revisão estatutária, com ênfase nagestão e no custeio.

Este artigo não se trata de um libelo contra o movimento sindical. Guarda rigorabsoluto em relação às propostas aprovadas no último congresso dos funcionários,que são compromissos do movimento sindical. É, sim, a lembrança de que estessão, verdadeiramente, os pontos principais da campanha salarial – e não o índiceque poderá surgir das mesas de negociação com a federação dos bancos privados.

Nosso convite é para que os funcionários compareçam às assembléias e discutama campanha por completo, ajudando os dirigentes sindicais a fugir definitivamente daarmadilha “reajuste pequeno mais abono salarial”. É esse casamento que está levandoao desespero nossos colegas em período de pré-aposentaria. A hora é agora.

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O censo realizado pelo IBGE em 2000 trouxeuma boa nova: a expectativa de vida do brasileirosubiu a galope, muito mais que o imaginado. Asprojeções anteriores ao censo supunham que aexpectativa de sobrevida – cálculo de quantosanos uma pessoa ainda deverá viver com base naidade em que está – de um homem aos 60 anos deidade era de mais 17,9 anos. O censo mostrouque os dados estavam desatualizados e que, naverdade, um homem que chega aos 60 anos deidade provavelmente só irá morrer aos 80,5. O

salto foi de quase três anos. Para se ter uma idéiado que isso significa, basta dizer que, desde1998, o aumento na sobrevida do brasileiro de60 vinha sendo de modestos 36 dias por ano.

A notícia, porém, não é tão boa quando seanalisam suas conseqüências para a renda dessecontingente, já que, quanto mais o brasileiro viver,menos receberá de aposentadoria.

A expectativa de sobrevida é um dos três fatores– junto à idade do segurado e o tempo de contri-buição – que influenciam o fator previdenciário,utilizado pelo INSS para calcular o valor dasaposentadorias. Tem lógica: não dá, com o mesmomontante que o cidadão contribuiu durante suavida, para receber o mesmo benefício durante maistrês anos que não estavam previstos. Se você vaiviver mais e não vai contribuir por mais tempo,precisa receber menos.

DESVANTAGEM PARA OTRABALHADOR

O resultado prático é que a aposentadoriapor tempo de contribuição teve uma reduçãomédia de 16,22% de 2002 para 2003 (ano em

Nova tábua de expectativa de sobrevida doIBGE mostra que o brasileiro está vivendomais do que o imaginado. O problema é que,quanto maior a sobrevida, menor o fatorprevidenciário calculado pelo INSS e menora aposentadoria por tempo de contribuição.Em 1999, um homem com 59 anos de idade,salário de R$ 1000 e 35 anos de trabalhoreceberia R$ 1007 do INSS. Já em 2003,seu benefício baixaria para R$ 869.

GANHANDOMENOS

VIVENDOMAIS

VIVENDOMAIS

GANHANDOMENOS

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que o IBGE passou a utilizar osdados do censo de 2000). Essadesvantagem assustou muitagente. Uma delas é o deputadofederal Sérgio Miranda (PCdoB-MG), que entrou com umarepresentação na Procuradoria-Geral da República na qual pedea instauração de inquérito civilpúblico para apurar a aplicação danova metodologia de cálculo daexpectativa de sobrevida pelo IBGE.Por lei, somente os dados oficiaisdo IBGE devem ser utilizados parao cálculo do valor do fator previdenciário.

Sérgio Miranda alega que uma mudançametodológica não estava prevista, e encomendou aconsultores da Câmara estudos que corroboras-sem sua tese. O problema é que tanto o deputadocomo os consultores ouviram o galo cantar masnão sabem exatamente onde: o que eleschamam de mudança metodológica é um meroacréscimo de informações. A nova tábua trazdados sobre a mortalidade infantil e separa aexpectativa de vida feminina e masculina –fatores que em nada interferem no cálculo daaposentadoria, já que crianças com menos de umano não se aposentam e o fator previdenciário não écalculado de forma diferente para homens oumulheres. Portanto, alegar que houve uma mudançade metodologia na tábua do IBGE com o objetivo deconseguir aumentar o fator previdenciário não vaisurtir efeito algum.

Então, o brasileiro subitamente passou a vivermais? Não. Ocorre que, nos anos em que umcenso é feito, é possível saber exatamente a idadede morte das pessoas, o que garante uma infor-mação mais precisa sobre a expectativa de vida.Como o censo só é realizado a cada dez anos, nosoutros nove anos o IBGE faz uma projeção – cujosvalores se afastam da realidade quanto mais longeela está do último censo. Foi o que aconteceu comos dados de 2000, utilizados pelo IBGE desde oano passado. Os novos dados elevaram a expec-tativa de sobrevida em até 25,9% aos 70 anos deidade em relação a 1999.

As tábuas dos anos anteriores previamexpectativas de vida aos 60 anos, de 77,9, 77,8 e

77,7 anos de idade. Portanto,havia um crescimento contínuode 0,13% ao ano, que pratica-mente não afetava o valor dofator previdenciário. De 2002para 2003, o pulo foi de 3,34%.

Assim, o que o deputadochama de mudança metodoló-gica, apesar de não haver ocorri-do, trouxe realmente conseqüên-cias inesperadas para quemdeseja se aposentar.

“Porém, daqui por diante, osganhos na expectativa de sobre-

vida serão pequenos. Provavelmente, em 2010haverá um novo degrau”, explica o gerente doprojeto Componentes da Dinâmica Demográficado IBGE, Fernando Albuquerque.

PROPOSTAS CONTRA ADISTORÇÃO

O fator previdenciário foi criado para coibiraposentadorias precoces e, mais que isso, paraincentivar o contribuinte a trabalhar por mais tempo,movido pela intenção de receber uma aposentadoriamaior. Com a mudança brusca na expectativa devida, não foi isso o queocorreu: um trabalhadorque se aposentasse em2003 aos 60 anos deidade e 35 de contribuiçãopara o INSS, receberia, porexemplo, R$ 1.000. Seesse mesmo indivíduotrabalhasse mais um ano ese aposentasse em 2004,receberia, com-parativamente, R$ 904.Isso porque, nesse caso, ofator previdenciário em2003 era 1,03 e em2004, 0,90. De acordocom o consultor legislativoda Câmara dos DeputadosWalter Oda, o fator previ-denciário diminuiu, emmédia, 16,22% nesseperíodo. O reflexo foi uma

Com a atualização

dos dados da expec-

tativa de vida, a

aposentadoria por

tempo de contribui-

ção teve uma redução

média de 16,22% em

apenas um ano.

SÉRGIO MIRANDA: “É nomínimo estranho que atabela do IBGE não sejautilizada por nenhum dosgrandes fundos de pensãonem pelos bancosprivados”.

Divu

lgaç

ão

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queda de 10% no número de solicitações de aposen-tadoria por tempo de contribuição do primeiro semes-tre de 2003 para o primeiro semestre de 2004.

“Houve uma mudança abrupta que quebra aisonomia e os princípios da previsibilidade e darazoabilidade, previstos no Direito Administrativo”,afirma Sérgio Miranda. O que o deputado propõepara coibir essa distorção é congelar a tábua deexpectativa de vida de 2000 para efeitos de apo-sentadoria. “É no mínimo estranho que a tabela doIBGE não seja utilizada por nenhum dos grandesfundos de pensão no Brasil nem por grandesbancos que oferecem a seus clientes planos deprevidência privada. A Funcef usa uma tábua de1949; a Previ e a Petrobras usam outra, de 1971.O Banco do Brasil e o Bradesco usam uma tábuade 2000 para os planos vendidos a seus clientes,assim como o Centrus, do Banco Central”. Valelembrar, no entanto, que as tábuas de 1949 e de1971 utilizadas pelo setor privado referem-se àpopulação norte-americana, cuja expectativa devida é muito superior à brasileira, o que reduzbastante a distorção imaginada pelo deputado.

Walder Oda discorda da idéia de se congelar atábua: “penso que a atualização deve ser anual,

porque a dinâmica dapopulação se altera aolongo do tempo. O conge-lamento deixaria de consi-derar essa evolução emprol da segurança dostrabalhadores”, alerta. Oefeito do congelamentopode ser danoso para aspróximas gerações, queterão uma previdênciapública dilapidada pelosbenefícios pagos a mais.

Já a consultora Clau-dia Deud sugere umahipótese intermediáriapara evitar solavancos nosdados: a tábua seria cor-rigida anualmente e congela-da para cada trabalhadorquando ele adquirisse odireito à aposentadoria. Aproposta mantém o

A Previ é um dos fundos de pensão que utilizauma tábua de expectativa de vida desatualiza-da. Hoje, os cálculos atuariais são feitos emcima de estatística da população americanaem 1971 (conhecida como GAM 71 modifica-da). Estudo realizado pelo Fundo mostra que atábua não reflete a realidade dos funcionáriosdo BB. A tábua apresenta, em média, 2,9 anosa menos de expectativa de vida nas idades emque normalmente são concedidas as aposen-tadorias – 50 a 60 anos. Isso significa que ovolume de recursos a serem acumulados aolongo da vida laboral do funcionário do BBestá sendo subestimado, já que prevê o paga-mento de benefícios por prazo menor do que orealmente necessário.O estudo mostra que a tábua mais próxima darealidade dos funcionários do Banco é a quereflete a população norte-americana de 1983(GAM 83). No entanto, a adoção de uma novatábua irá requerer o aumento do valor dascontribuições ou a redução dos benefícios –medidas antipáticas ao associado da Previ edifíceis de serem tomadas em uma empresa naqual o futuro de seus dirigentes é decidido poreleições a cada três anos.

equilíbrio atuarial do INSS e evita surpresas para ocidadão.

No entanto, de acordo com o secretário dePrevidência Social do Ministério da Previdência,Helmut Schwarzer, nenhuma proposta está sendoestudada para coibir as distorções acarretadas paravários trabalhadores, como o do exemplo citadoacima. “Se o IBGE diz que a verdadeira realidade do

ALBUQUERQUE: “Não houvemudança na metodologia doIBGE, apenas a incorporaçãode dados do censo. Nospróximos nove anos, até arealização de um novocenso, as mudanças naexpectativa de vida serãopequenas”.

Divulgação

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EXPECTATIVA DE VIDA X BENEFÍCIOS

O que aconteceu

nos últimos anos

com o benefício do

trabalhador conce-

dido pelo INSS,

considerando-se

um salário de con-

tribuição de R$

1.000, 35 anos de

contribuição e 59

de idade:

País está retratada nanova tábua e não naantiga, porque euaplicaria uma tábuadiferente dessa? Arealidade não mudousubitamente. O quemudou foi a nossacapacidade de percebera realidade, que ficoumais acurada com ocenso”, afirma.

Helmut tambémrechaça a hipótese deque o IBGE deva elabo-rar uma outra tábua.“O IBGE é muito sério ecompetente, umareferência na AméricaLatina. Para evitarinterferências e manipu-lações políticas dos

dados, o instituto precisa ter liberdade de pesquisa.Ninguém no Ministério da Previdência pode dizercomo um indicador deve ser construído e nem nosinteressa, pois queremos o retrato mais fidedignopossível à realidade”.

No caso do Regime Geral da Previdência Social(RGPS), que conta com 28 milhões de assistidos, asubestimação de poucos anos na expectativa de vidaengrossará o déficit do setor, calculado em R$ 29,2bilhões em 2004. Estudo do Ministério indica que, em

HELMUT SCHWARZER: “Arealidade não mudousubitamente. O que mudou foi anossa capacidade de perceber arealidade, que ficou maisacurada com o censo de 2000”.

EXPECTATIVA DE VIDA X BENEFÍCIOS

2023, o déficit atingirá R$ 117,1 bilhões.O déficit se eleva como uma bola de neve

porque, no Brasil, a previdência social funciona noregime de repartição simples, no qual a populaçãoque trabalha hoje está pagando pelos benefíciosdos aposentados de hoje, e não pelos seus própri-os benefícios daqui a 20 anos, como a maioria daspessoas imagina. Só que a população brasileira,como já vimos, está envelhecendo. Em 2002, paracada pessoa com mais de 60 anos havia 6,8pessoas com idade entre 20 e 60 anos trabalhan-do e contribuindo para pagar a aposentadoria doprimeiro grupo. Em 2022, essa relação deverádiminuir para 4,2.

Questionado sobre o fato de apenas o RGPSatualizar anualmente sua tábua de expectativa devida enquanto os fundos privados não fazem omesmo, Helmut devolve a pergunta: “isso deve serperguntado a seus gestores, pois a evolução daexpectativa de vida da população brasileira comcerteza afeta o equilíbrio atuarial da previdênciacomplementar. Além disso, possivelmente a expec-tativa de vida dos participantes da previdênciacomplementar é superior à dos participantes doINSS”.

Mesmo sem ter a resposta na ponta da língua,o secretário tem um palpite para explicar o parado-xo: “Imagino que, como os fundos de pensão noBrasil são complementares ao RGPS, acabam pe-gando carona no reajuste do fator previdenciário.Os fundos de pensão ganham mais consistênciaatuarial em função dos ajustes do RGPS”.

Clausem Bonifácio

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Ação: A Parceria Público-

Privada limita-se a suprir a

falta de recursos para inves-

tir em programas que seri-

am de responsabilidade do

governo?

Paulo Bernardo: Temos umprojeto para o Brasil que pres-supõe desenvolvimento susten-tado, com inclusão social edistribuição de renda. Se nãotivermos crescimento econômi-co, com geração de emprego eaumento da produção, torna-sepraticamente impossível fazer-mos uma política de inclusão

PPP: a saída do gargalo?por Fernando Ladeira

O governo quer que o Congresso Nacio-

nal aprove antes das eleições o projeto

de lei que institui as Parcerias Público-

Privadas. As PPP, como são chamadas,

têm o objetivo de incentivar a iniciati-

va privada a construir obras de infra-

estrutura para as quais a União não

tem dinheiro. A pressa para a votação

tem justificativa: o governo estima que,

com esses investimentos extras, será

possível fazer o País crescer 6% ao ano.

A questão é que um dos investidores

bem cotados é a Previ, que pode apli-

car parte do dinheiro dos funcionários

do BB nessas obras. Em entrevista ao

jornal Ação, o relator do projeto na

Câmara, deputado Paulo Bernardo (PT-

PR) – funcionário do BB e associado da

ANABB – explica os riscos e as oportuni-

dades de ser parceiro do governo.

social, mudar a distribuição derenda. No entanto, para termoscrescimento – um dos compo-nentes do desenvolvimentosustentado –, precisamos deinvestimentos em infra-estrutura.O governo avalia que as Parce-rias Público-Privadas são umaalternativa para conseguirrecursos. Em 2003, foramalocados, como investimentosda administração direta, R$ 2,5bilhões do Orçamento Geral daUnião. Para este ano, temos R$12 bilhões. Ainda assim éabsolutamente insuficiente, pois,

para crescer, precisaríamos deR$ 20 bilhões em investimentosao ano pelo período de dezanos.Ação: As parcerias ainda

dependem de aprovação do

Congresso. O que o governo

está fazendo para tentar

melhorar os investimentos

em infra-estrutura?

Paulo Bernardo: O governolançou alguns programas, comoo de saneamento básico, queterá aproximadamente R$ 4bilhões do Orçamento desteano. Lançou ainda um progra-

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Fotos: Arquivo

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ma de energia alternativa, oProInfra, para estimular a gera-ção de energia eólica, termelétri-ca e de pequenas centrais hidre-létricas.Além disso, prepara vários leilõespara a construção de linhas detransmissão, que também sãoformas de atrair investimentos, jáque têm garantias. A iniciativaprivada pode construí-las e obterdepois uma remuneração ade-quada com o mercado, semprecisar de subsídios ou dequalquer participação do gover-no, apenas a normatização.Várias licitações para a constru-ção de 4,5 mil a 5 mil km delinhas de transmissão de ener-gia estão sendo realizadas.Achamos que há investimentoscapazes de atrair a iniciativaprivada, que poderá financiá-lose obter retorno em empreendi-mentos rentáveis. No caso delinhas de transmissão ou cons-trução de hidrelétricas, não hánecessidade de parceria algu-ma, pois o governo apenas licitae faz a concessão. A parceriaserá feita onde houver necessi-dade de subsídio ou participa-ção do governo.

Ação: Quais as áreas

prioritárias de investimentos

e que perfil de investidores o

governo espera para as

parcerias?

Paulo Bernardo: As áreasprioritárias são transportes(ferrovias, rodovias, portos),energia elétrica e saneamentobásico. O governo quer atrairinvestidores que apostem emcontratos de longo prazo e queacreditem que a taxa de jurosvai continuar diminuindo. Hoje,

um dos inibidores de investimen-tos de longa maturação no Brasilé justamente a taxa de jurosmuito alta. A tendência de uminvestidor ao analisar um projetoé avaliar que, se a rentabilidadenão for muito alta, é melhoraplicar em títulos públicos. Comoapostamos que a taxa continuarácaindo gradativamente, espera-mos que o investidor apostetambém.

Ação: Que fontes de financi-

amento serão

disponibilizadas para esses

investidores?

Paulo Bernardo: Recursos doBID, do BNDES e da iniciativaprivada poderão financiar quemvai investir. Fundos de pensão,como a Previ, também poderãofinanciar os projetos. Enfim, asfontes de financiamento serãomúltiplas. O BID vai funcionarcomo âncora, e aí podem entrarum banco, uma grandemultinacional. A vantagem determos o BID é a credibilidade,

pois sinaliza que os projetosserão bem construídos, o queatrairá os parceiros privados. Éuma porta para chamar investi-dores.Ação: Qual será o agente do

governo na execução do

programa? O Banco do

Brasil terá algum papel

nesse contexto?

Paulo Bernardo: O governoterá um comitê gestor paraadministrar as parcerias. O BBestá trabalhando em um fundopara atrair gente que queiraaplicar, inclusive pequenosinvestidores. Já temos um proje-to bem desenvolvido paracaptar recursos que serãoinvestidos nas parcerias, compossibilidade de os fundos depensão entrarem. O Banco estádando muito suporte logísticoao governo. Tem participado dadiscussão, elaboração e davotação do projeto. Além disso,poderá ser o administrador doFundo Garantidor, a ser consti-tuído com recursos do governo

“PPP não é

privatização, é justa-

mente o contrário. Nas

privatizações, havia um

patrimônio construído

com recursos do Estado.

Nas parcerias, esse

patrimônio não vai

existir previamente. Ele

será construído com

recursos da iniciativa

privada, mas será um

patrimônio público”.

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e que servirá, como o nomeindica, para cobrir os pagamen-tos, em caso de inadimplência.Esse fundo será administradopor um banco público, portan-to, a Caixa também écandidata.

Ação: Que garantias have-

rá, especialmente aos fun-

dos de pensão, para o retor-

no do investimento?

Paulo Bernardo: O FundoGarantidor é uma das garantiasque o governo vai dar. Antes defazer parcerias, o governo teráde constituir esse fundo, comativos imobiliários, mobiliários,ações de empresas que dete-nha. O fundo será administradocomo se fosse privado, com afinalidade de só ser acionado sehouver inadimplência dospagamentos devidos pelogoverno. Vai estar à disposiçãodos projetos até acabar aparceria e, assim que ela termi-nar, o dinheiro voltará para ogoverno.A política macroeconômicatambém é um pressuposto deconfiança, pois se você nãotiver um clima de credibilidade,de crença firme de cumprimen-to do contrato, não haveráinvestimentos. Não haveráaplicação compulsória paraninguém. Então, a alternativa éter projetos viáveis, com garan-tia de pagamento, retorno docapital aplicado e rentabilida-de. A maior garantia que oinvestidor poderá ter é a confi-ança no cumprimento doscontratos.

Ação: As parcerias são uma

forma de continuar o pro-

cesso de privatização do

governo anterior?

Paulo Bernardo: Não. Naprivatização, tínhamos umpatrimônio construído pelo Estado:uma telefônica, siderúrgica,hidrelétrica ou rodovia que foirepassada para a iniciativa priva-da. Na parceria é bem diferente,pois não existe o patrimônio. Temde haver o investimento do parcei-ro privado. Primeiro ele vai desem-bolsar o dinheiro para construirou ampliar uma rodovia, que seráduplicada ou recuperada. Sódepois de concluída, o parceirocomeçará a receber. É umadiferença muito grande. O dife-rencial é que o governo anteriorpegou o patrimônio público e oprivatizou, e nós estamos fazendoo contrário: estamos viabilizando ocapital privado para fazer investi-mentos que serão patrimôniopúblico.

“Fundos de pensão, como

a Previ, poderão finan-

ciar os projetos. Como

garantia, o governo terá

de implantar o Fundo

Garantidor, constituído

de ativos imobiliários,

mobiliários e ações, que

será acionado em caso

de inadimplência”.

O projeto de lei das Parcerias Público-Privadas autoriza o estabeleci-mento de acordos entre a administração pública e entidades privadaspara a implantação ou gestão de serviços e obras de interesse públi-co, com o financiamento do parceiro privado. A proposta do governoé transformar os empresários em parceiros nas obras de infra-estrutu-ra, por meio de contratos que distribuam vantagens e riscos. Asempresas poderão investir recursos próprios ou financiados, enquantoo Poder Público só pagará sua parte após a conclusão da obra.O projeto também permite que o empresário divida com o governo oslucros gerados por uma obra feita em parceria – por meio, por exem-plo, da cobrança de pedágio.O texto chegou à Câmara dos Deputados em 19 de novembro de2003, que criou uma comissão especial para apreciá-lo. Aprovado noprimeiro semestre de 2004, foi para o Senado Federal, onde estásendo analisado pela Comissão de Assuntos Econômicos. A propostajá conta com 66 emendas e ainda vai tramitar pela Comissão deConstituição de Justiça antes de ser votada pelo Plenário. Se houvermudanças em relação ao texto que foi aprovado na Câmara, elasterão de ser aprovadas também nesta Casa.

ENTENDA A PROPOSTA

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MANUAL DOCANDIDATO ANABBO Manual do CandidatoANABB já está na Internet, àdisposição de todos osassociados. O livreto estáno formato PDF, o quepermite sua impressão portodos os interessados. OManual do Candidato foidistribuído aos 150funcionários do BB quese licenciaram e solicita-ram a colaboração da

ANABB no desenvolvimento de suascampanhas eleitorais.O manual trata de aspectos gerais da campanha,como planejamento, orçamento, prestação decontas, propaganda, campanha na rua, combate àcorrupção eleitoral e ética na política. Para acessar omanual pelo site da ANABB (www.anabb.org.br),clique com o cursor no selo Eleições 2004 ou no itemAssessoria Parlamentar - Eleições 2004.

TUPÃ REINICIA CICLO DE DEBATESCerca de 120 pessoas compareceram ao Ciclo deDebates realizado em Tupã (SP), em 11 de agosto,que marcou o reinício dos debates entre a ANABB eseus associados no segundo semestre. Previ, PEA,campanha salarial e os planos de incentivo àsdemissões pelo Banco marcaram as discussões. Opresidente da ANABB, Valmir Camilo, informou quea Entidade foi ao Ministério Público do Trabalhopara denunciar o lançamento de seguidos planos deafastamento e demissão pelo Banco. A Associaçãoquer uma solução transparente, permanente e nego-ciada para a saída dos funcionários, além da exten-são dos benefícios do PEA para os que deixaram oBB com o PAI-50. Também estiveram presentes noevento o diretor de Comunicação da ANABB, LuizAntonio Careli, o conselheiro deliberativo ÉlcioBueno e o diretor de Produtos e Atendimento aoCliente da Cassi, José Antônio Diniz de Oliveira.

ACORDO NA PREVIDÊNCIAO reajuste de benefícios da Previdência Social,resultante do acordo entre o governo e as entidadessindicais, começou a ser calculado pelo Dataprev no

dia 13 de agosto, segundo informação do Minis-tério da Previdência Social. Estão sendoredimensionados os valores dos benefícios conce-didos a partir de fevereiro de 1994 que têmdireito ao Índice de Reajuste do Salário Mínimo(IRSM) daquela época. O pagamento obedece àMedida Provisória 201/04. Aproximadamente 1,8milhão de benefícios serão corrigidos, em umvalor total de R$ 12 bilhões.O Dataprev já começou a imprimir as cartas aserem enviadas aos beneficiários – inicialmenteàqueles com número de benefício terminado em 1e 6 – com o Termo de Acordo e o Termo de Tran-sação Judicial propostos pelo governo federal.Alguns beneficiários não terão direito a reajuste etambém serão comunicados por carta após oprocessamento dos dados.Os aposentados podem atualizar seu endereçopela Internet, no site do Ministério Previdência Social(www.previdencia.gov.br), ou pelo fone 0800-780191, de segunda a sábado, das 7 às 19 horas.

AFABB-SP: 15 ANOS

A Associação de Funcionários Aposentados doBanco do Brasil em São Paulo (Afabb-SP) completou15 anos em junho. Sua origem é a “Sala de Aposen-tados”, criada na Agência Centro de São Paulo, em1986. A “Sala” reunia colegas que queriam lutar porseus direitos. Com esse objetivo, em 19 de junho de1989, os aposentados decidiram fundar a associa-ção. Seriam sócios-fundadores todos os que assinas-sem o Livro de Atas com o Termo de Constituição daentidade. Em 7 de agosto de 1989, realizou-se aAssembléia de Fundação da Afabb-SP. Na foto dacriação da associação, o presidente do ConselhoDeliberativo da ANABB, Antônio Gonçalves, segurao Livro de Atas.

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O Clube de Investimentos dos Funcionáriosdo Banco do Brasil (CIN) teve seu novo estatutoaprovado em 30 de junho por assembléia geralextraordinária. As novas regras reduzem de 22para 5 o número de representantes a serem eleitospelos sócios para o mandato de três anos à frentedo clube. A eleição desses novos dirigentes será de1º a 30 de setembro, período em que todos osassociados receberão a cédula de votação. No dia30, será feita a apuração dos votos. A posse estámarcada para 15 de outubro e o mandato seguiráaté 30 de setembro de 2007.

Na avaliação do presidente do clube,Douglas Scortegagna, o novo estatuto possibilitarámais rapidez na tomada de decisões – fator im-prescindível na administração de investimentos derisco, como o mercado de ações. Nem sempre erapossível reunir em tempo hábil os 22 conselheirosde várias partes do País para discutir assuntos derelevância. Por vezes,era difícil até mesmopreencher as vagaspara os conselhos,“talvez porque oscargos do CIN nãosejam remunerados”,pondera Douglas.

O novo estatuto também era necessá-rio para adequar as normas do clube àlegislação regida pela Comissão de Valores

Mobiliários (CVM) e pela Bovespa, que estámais rígida na regulação dos clubes de investi-

mento.

PARTICIPAÇÃO NO BBO CIN foi fundado em 22 de abril de 1996,

com a participação de diversas entidades, como aANABB, Unamibb, Garef, Fenabb (AABB de SãoPaulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre), Afabb SãoPaulo, AAFBB Rio de Janeiro, Cooperforte, Cassi,Previ, Contec e Satélite, que se comprometeramcom recursos para a manutenção do empreendi-mento.

O objetivo principal é conseguir adquirir 3%do capital social do Banco do Brasil para, assim,participar do Conselho de Administração da insti-tuição, como está previsto no estatuto do Banco. OCIN conta com R$ 20 milhões investidos, querepresentam aproximadamente um milhão dos 22milhões de ações que seriam necessárias para secompletar os 3%. Passados oito anos de sua inau-

guração, o clube conta com a participa-ção de 6.300 condôminos.

O presidente do Conselho Delibera-tivo do CIN, Luiz Antonio Careli, lembra:“todos devem se conscientizar da im-portância de fortalecer a entidade paraque ela possa alcançar o objetivo para oqual foi criada”.

“O novo estatuto reduz

de 22 para 5 o número de

representantes dos sócios

do CIN, que terão manda-

to de três anos”.

Sob novo estatutoSob novo estatuto

Keys

tone

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LONGO PRAZOSegundo dados da Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (Bovespa),

em julho os investidores pessoas físicas tiveram participação recorde nosinvestimentos, respondendo por 30,1% do volume total negociado. Em segun-do lugar estiveram os investidores institucionais, com 27,0%, seguidos pelosinvestidores estrangeiros, com participação de 25,7%. O comportamento domercado acionário foi novamente influenciado pela divulgação de dadospositivos da economia brasileira: superávit da balança comercial e possívelexpansão da economia em 3,57% no ano.

Douglas Scortegagna explica que o momento certo para se investir emações é quando estão cotadas abaixo do valor patrimonial da empresa. Apartir daí, é ter paciência e sorte. “Paciência”, afirma ele, “para poder agüen-tar as oscilações negativas, e sorte para vender quando a cotação atingirvalor de relativa estabilidade”. O presidente do CIN alerta que, em umaaplicação de longo prazo, deve-se ficar atento ao mercado e não tomardecisões apenas quando acontece um soluço ou se apresenta uma tendência(de queda ou alta).

O acompanhamento das aplicações no Clube de Investimento pode serfeito pelo investidor por meio do extrato da conta corrente, que apresenta ovalor atualizado diariamente do montante investido no CIN.

O funcionário do Banco do Brasil e subsidiárias, da ativa ou aposentado, que queira aderir

ao Clube de Investimentos pode fazê-lo por meio da Internet, acessando sua conta corrente

no site do BB ou indo diretamente a uma agência do Banco. O valor mínimo

de investimento é R$ 10,00. As aplicações são administradas pela Banco do Brasil

Administração de Ativos - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (BB-DTVM), que

recebe anualmente 1% sobre a média do patrimônio para gerir as ações. Essa taxa é

repassada integralmente às agências que captaram o investimento.

DOUGLAS: “Para

aplicar em ações, é

preciso paciência e

sorte”.

COMO INVESTIR

– passe o cartão magnético;

– selecione as seguintes opções: Aplica-

ção/Resgate - Fundos/CDB - Aplicações

em Fundos;

– com o cursor que está no canto superior

direito vá até o campo Ações e selecione

CIN;

– tecle na opção Seleciona, que está no

canto inferior esquerdo;

– efetue a aplicação, informando a data e

o valor e digite a senha, conforme solici-

tado.

NOS TERMINAIS DE AUTO-ATENDIMENTO

– acesse sua conta corrente;

selecione as seguintes opções: Investi-

mentos - Aplicações - Fundos

– localize o campo - Ações, selecione CIN e

– preencha os campos solicitados.

Obs: Se for a primeira vez que estiver fa-

zendo a aplicação no CIN, será solicitada a

assinatura eletrônica do termo de adesão.

Para resgatar valores, siga as mesmas

orientações acima, apenas fazendo a op-

ção Resgate em vez de Aplicação.

NA INTERNET

Clau

sem

Bon

ifácio

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Por algum motivo, vocêdeixa de trabalhar no Banco doBrasil. Contas acertadas, fica adúvida: o que fazer com osrecursos que deixou na Previ?Com a instituição da portabili-dade, os ex-funcionários pode-rão optar por transferi-los paraoutro fundo.

A Previ tem até o dia 31/08para adaptar seu regulamento –tanto para o plano de benefícios1 quanto para o plano de bene-fícios 2 – à Lei Complementar109/01, que prevê a portabi-lidade nos fundos de pensão, eà Resolução 6/03, do Conselhode Gestão de Previdência Com-plementar, que regulamentaessa transação.

A portabilidade vai permitirque os participantes da Previ

por Ana Cristina Padilha

Previ tem até o dia 31 de agosto

para adaptar os regulamentos dos

planos de benefício 1 e 2 à legislação

vigente e instituir a portabilidade. A

partir de então, o funcionário que se

desvincular do Banco do Brasil pode-

rá transferir seus recursos da Previ

para outro fundo de pensão.

transfiram os recursos acumula-dos em seu nome para outraentidade de previdência, seja elaaberta (oferecida por bancos) oufechada (oferecida por em-presas, apenas para seus funcio-

nários). O beneficiário poderálevar a reserva de poupança oua reserva matemática, escolhen-do a de maior valor. O que aregra deixa bem claro é que,para portar seus recursos, ocontribuinte deve pedir demissãoou ser demitido, ou seja, nãopoderá possuir vínculo emprega-tício com a empresa que ofereceo plano fechado. Além disso, eleterá de obedecer ao prazo decarência de até três anos vincu-lado ao plano de benefício.

Para o presidente da ANABB,Valmir Camilo, o participante sótem a ganhar com a portabilida-de. “Em primeiro lugar, é lei edeve ser instituída na Previ. Mas,mais do que isso, a portabilida-de dá a oportunidade de oparticipante escolher quem vai

Portabilidadena Previ

Caso o participante

queira transferir

seus recursos para

um fundo de previ-

dência aberta, ele

deixará de ter o

valor de seu benefí-

cio pré-definido.

Portabilidadena Previ

Keys

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administrar seus recursos, o queé muito importante”. Valmiracrescenta, no entanto, que aresponsabilidade dos dirigentesda Previ aumenta com a institui-ção da portabilidade. “Se aCaixa de Previdência não estiverretribuindo as expectativas dosex-funcionários, poderá ocorreruma saída grande dos partici-pantes da Previ que estão sedesligando do Banco, e issopode ser muito grave para onosso fundo de pensão”, afirma.

Porém, caso o participanteopte por transferir o dinheiro naPrevi para um fundo de previ-dência aberta, haverá mudan-ças substanciais no cálculo deseu benefício. Isso porque aPrevi trabalha na modalidade debenefício definido, na qual obeneficiário sabe de antemão oquanto vai receber de aposen-tadoria, ainda que isso impliquegrande variação no valor men-sal a ser pago. Já as entidadesde previdência aberta, como porexemplo a BrasilPrev, só ofere-cem a seus associados planosde contribuição definida, nos

A reserva de poupança corresponde à soma de todas as contribuições pagas pelo partici-pante da Previ durante sua vinculação ao plano de benefício, corrigidas monetariamente eacrescidas de juros atuariais.

Já a reserva matemática equivale ao compromisso que foi acertado entre a Previ e oparticipante, ou seja, o benefício definido. Em linhas gerais, se o ex-funcionário estavaquase se aposentando – ou seja, quase obtendo o direito de receber os recursos dofundo –, a reserva matemática tende a ser maior do que a reserva de poupança. Mas

se o ex-funcionário ainda teria muito tempo para contribuir para a Previ – ou seja, ofundo de pensão tem ainda um longo prazo para começar a cumprir o compromisso com

o participante –, a reserva de poupança pode ser maior. Outros fatores, no entanto, influen-ciam no cálculo da reserva matemática. Por isso, a análise deve ser feita caso a caso.

VALMIR: “A oportuni-

dade de o participante

escolher quem vai

administrar seus

recursos é muito impor-

tante”.

quais o beneficiário tem pré-fixada a sua contribuiçãomensal, sem saber, no entanto,o valor exato que irá receberquando se aposentar.

OUTRAS OPÇÕESA Resolução nº 06 regula-

menta mais três institutos, alémda portabilidade: o resgate, oautopatrocínio e o benefícioproporcional diferido ou vesting.A escolha da melhor opção vaidepender dos planos do contri-buinte para o futuro.

Se o participante optar peloresgate, poderá sacar seusrecursos na saída do Banco. Adiferença do saque para aportabilidade é que, no primeirocaso, haverá a incidência de27,5% do Imposto de Rendasobre o valor sacado, enquantoa portabilidade é isenta deImposto de Renda.

Já no caso do autopatro-cínio, os recursos continuam naPrevi e o ex-funcionário mantémsua contribuição. A partir deseu desligamento da empresa,

passa a contribuir também coma parte da patrocinadora.

Se o associado da Previoptar pelo vesting, estará esco-lhendo manter seus recursos nofundo, suspendendo suascontribuições, com a finalidadede receber um benefício propor-cional no momento de suaaposentadoria.

RESERVA MATEMÁTICA OU RESERVA DE POUPANÇA?

Clau

sem

Bon

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16 A ç ã o - ago / 200416

Não há preço que pague a proteçãoprestada pela Cassi. Quem precisa dela demaneira contumaz ou dela se utilizou em episó-dios graves de doença sabe muito bem como osserviços prestados pela Cassi são inestimáveis.

O Banco também reconhece que a Caixa deAssistência, que co-patrocina com seus funcionáriosda ativa e aposentados, é o benefício mais valorizadopelo funcionalismo e seus familiares.

Zelar pela saúde financeira da Cassi, portanto,é uma responsabilidade sem conta, já que significacuidar da segurança de seus beneficiários – seguran-ça que, de certa forma, também beneficia o emprega-dor Banco do Brasil.

No entanto, o Banco é o responsável diretopelos déficits operacionais sucessivos da Cassi, que jáconsumiram 137,6 milhões das reservas financeirasno período 1999 a 2003. Foram várias as políticasque contribuíram para perpetrar esses déficits: aimposição de sete anos sem reajustes salariais para osfuncionários da ativa; a admissão de funcionários, apartir de 1998, com o menor salário de ingresso desua história; e o recolhimento, dos novos funcionários,de apenas 3% da folha de pagamento, em vez dos4,5% previstos estatutariamente.

As entidades representativas do funcionalismo,sindicais e não-sindicais, são unânimes em reconhe-cer a necessidade de uma reforma estatutária querestabeleça e garanta o equilíbrio financeiro e o futuroda Cassi. Sabemos que esse processo não é simples,mas temos motivos para crer que a atual administra-ção da área de Gestão de Pessoas do Banco do Brasilé ocupada por pessoas cuja trajetória históricapermite esperar sensibilidade na solução dos proble-mas crônicos da Caixa de Assistência.

É preciso dizer que, até agora, quase nadamudou na postura do Banco em relação à Cassi. Por

mais que tenham sidoinstados por dirigenteseleitos e entidades represen-tativas dos funcionários, osdirigentes do BB não têmdemonstrado disposiçãopara iniciar um processo dediscussão que pelo menosgaranta o respeito àsdisposições do estatuto daCassi, como é o caso dacontribuição dos novosfuncionários.Os 1,5% que o Banco vemrecolhendo a menos, desde

1998, já significam algo em torno de R$ 27 milhõesque não foram aportados à Cassi. A argumentaçãopara isso é a edição de uma portaria de um departa-mento do governo que controla as estatais (Dest), aque o BB obedeceu candidamente sem negociar coma Cassi e sem fazer valer os dispositivos estatutários.O momento de cuidar da Cassi é agora, no períodode negociação do acordo sindical. Além dos 4,5% quenos são devidos, queremos a implantação da cobertu-ra odontológica e a abertura do processo de reformaestatutária. Chega de déficit! Queremos saúde finan-ceira para a Cassi, sinônimo de saúde física e mentalpara todos os que dela dependem.

AGRADECIMENTONo último dia 31 de maio, encerrei o mandato

de quatro anos como conselheira e presidente doConselho Deliberativo da Cassi. Foram anos de muitoaprendizado. De maneira especial, aprendi a ver oquanto a Cassi é importante para a nossa coletivida-de. Fiz o que pude para ajudar a dotar a Caixa deAssistência da estrutura adequada para responder aoimenso desafio de prestar assistência à saúde comqualidade para 700.000 beneficiários. Por maisdedicação que tivéssemos tido, a sensação que fica éa de que precisávamos ter feito mais. Quero deixarum registro de profundo agradecimento aos colegasque me confiaram o voto e permitiram que eu vivesseuma das experiências mais gratificantes da minhavida, que foi a de ter podido trabalhar para que aspessoas tenham saúde. Meu muito obrigada a todos.

Maria das Graças Machado é diretora Administrativae Financeira da ANABB