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 1 APOSTILA PREPARADA PARA O CURSO DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO RADIAÇÕES IONIZANTES E NÃO IONIZANTES JOSÉ POSSEBON outubro de 2011

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APOSTILA PREPARADA PARA O CURSO DEENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

RADIAÇÕES IONIZANTESE NÃO IONIZANTES

JOSÉ POSSEBONoutubro de 2011

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A DESCOBERTA DA RADIOATIVIDADE

No início do século alguns pesquisadores descobriram que alguns materiaisemitiam um tipo de radiação que atravessava os materiais opacos eimpressionavam chapas fotográficas (revestidas com sulfeto de zinco). Roentgentrabalhando com tubos de Geissler observou que alguma radiação atravessava ovidro do tubo e tornava fluorescente uma placa de sulfeto de zinco e a chamou deraios X, devido à sua natureza desconhecida.Em 1892 Becquerel descobriu que a radiação emitida por certos minériosimpressionavam placas fotográficas, mais tarde comprovou-se a presença deurânio nesses minérios.

Foi Ernest Rutherford que determinou a natureza dessa radiação, através de umaexperiência com uma fonte de material radioativo, uma chapa fotográfica e umcampo magnético. Sem o campo magnético, aparecia na chapa fotográfica umcírculo correspondente à radiação que saia de um colimador e ao submeter essaexperiência ao um forte campo magnético, observou que o feixe se dividia em três,sendo um feixe positivo, um negativo e um feixe que não sofria a influência docampo magnético. Ele chamou essas radiações de :

αααα  (alfa) (+) (partículas positivas)ββββ  (beta) (-) (partículas negativas)γ γγ γ   (gama) radiação puramente eletromagnética

RADIOATIVIDADE

Existem dois tipos de átomos: os Estáveis e os Instáveis. Os átomos estáveis nãose alteram com o decorrer do tempo, enquanto que os instáveis são aqueles queperdem sua identidade por transformação em outros, que ao longo do tempo sofresucessivas transformações até chegar à forma estável.Exemplo: o Iodo 127 é o Iodo natural que se mantém estável durante toda suavida e o Iodo 131 é um átomo instável, que com o passar do tempo, se reduz,criando isótopos de Xenônio 131.

TEMPO(dias)

Número de Átomos de IODO 131

0 1.000.0008,05 500.00016,1 250.00064,4 3.950 (o restante se transforma em Xe-131

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Na natureza existem átomos instáveis como o Radio 226, o Urânio natural, oTório, o Potássio 40 e outros. O fenômeno que envolve a transformaçãoexpontânea de um átomo e outros recebe o nome de desintegração radioativa. Em

cada desintegração radioativa o núcleo perde aproximadamente um milésimo desua massa na formação de radiação. Existem núcleos que após uma únicadesintegração se transformam em núcleos estáveis e, outros sofrem sucessivasdesintegrações. Como a transformação dos núcleos acompanha a emissão deradiação, os núcleos instáveis são também chamados núcleos radioativos ouativos.A desintegração radioativa não é afetada por fenômenos físico-químicos, salvoraras exceções.Os núcleos podem se desintegrar por variados mecanismos, emitindo diferentestipos de radiações ou partículas (partículas alfa, partículas beta, neutrinos,radiações eletromagnéticas, nêutrons, etc.)

MEIA-VIDA

Meia vida é o tempo necessário para que um número significativo de átomosradioativos fique reduzido à metade, mediante desintegrações radioativas.Alguns nuclídeos possuem meia vida da ordem de bilhões de anos, outros porémpossuem meia vida da ordem de microsegundos.

RADIONUCLÍDEOS MEIA-VIDA

Urânio- 238Cobalto – 60Césio – 137Tório – 228Irídio – 192

4,5 bilhões de anos5,3 anos30 anos1,9 anos74 dias

DESINTEGRAÇÃO ALFA

Este tipo de desintegração é característica dos núcleos pesados com número

atômico maior que 82, salvo exceções. A maioria dos nuclídeos alfa emissoresconhecidos são naturais.As partículas alfa são núcleos de hélio, He ++. São constituídos por dois prótonse dois nêutrons; apresentando portanto duas cargas positivas. An desintegraçãoalfa pode-se emitir um só grupo ou vários grupos de partículas alfa. Todas aspartículas de um grupo possuem a mesma energia, mas diferente da de outrosgrupos. Então se diz que as partículas alfa não apresentam um espectro deenergia, sendo mono-energéticas.

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A radiação alfa tem alcance pequeno, face ao grande número de interações com amatéria por ser uma partícula pesada, Unidade de Massa Atômica igual a 4 (u.m.a= 4).

DESINTEGRAÇÃO BETA.

A desintegração beta pode ser negativa ou positiva. No primeiro caso, emite-seuma partícula beta negativa que consiste num elétron, similar aos da camadaeletrônica externa ao núcleo.No segundo caso emite-se um pósitron partícula que tem massa e carga em valorabsoluto igual ao elétron, mas de sinal positivo. A radiação beta apresenta umespectro de energias

DESINTEGRAÇÃO POR CAPTURA ELETRÔNICA.

Os núcleos com excesso de prótons podem diminuir a relação próton/neutro nãosó pela desintegração beta positiva, como também capturando um elétron orbital.Nesta transformação nuclear, que recebe o nome de captura eletrônica, um prótonse transforma em neutro. Também emite-se um neutrino, mas como o elétron écapturado a partir de um nível energético definido, os neutrinos são monoenergéticos.

A captura eletrônica vai sempre acompanhada de emissão de raios Xcaracterísticos do átomo, produzido pela transformação nuclear.

DESINTEGRAÇÃO GAMA

Um núclideo ao se desintegrar por um dos meios já mencionados pode deixar onúcleo ao átomo recém-formado no seu estado ou nível chamado fundamental(estado mínimo de energia) ou em diferente estados ou níveis excitados. Nesteníveis, o núcleo possui valores discretos de energia em excesso sobre o nívelfundamental.

Todo nuclídeo pode passar de um nível a outro, ou ao seu nível fundamental,emitindo ao mesmo tempo um ou mais raios gama. Esses raios gama emitidospelos núcleos radioativos têm energias bem definidas correspondentes a diferençaentre os níveis energéticos de transição dos mesmo.Os raios gama são similares em todas as sua propriedades físicas, a diferençafundamental é que os Raios X se originam nos orbitais eletrônicos externos aonúcleo, enquanto que os raios gama são emitidos com resultado de umareacomodação espontânea dentro do núcleo.A energia dos raios gama emitidos pelos diferentes nuclídeos pode variar entre0,03 e 3 MeV.

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LEIS DA DESINTEGRAÇÃO RADIOATIVA

O número de átomos de uma substância radioativa que desintegra durante umpequeno intervalo de tempo, e proporcional ao número de átomos presentes nasubstância e ao intervalo de tempo considerado.

Sendo: ∆N = Número de átomos que se desintegramN = Número de átomos presentes na substância∆t = Intervalo de tempoλ  = Constante de desintegração radioativa

Teremos: - ∆N    = γ   N = Atividade

∆t

A Atividade é o número de desintegrações por unidade de tempo.

-γ tN = No . e

Onde: N = Número de átomos radioativos presentes na amostra noempo t

No = N° de átomos radioativos presente no tempo t = 0

Multiplicando ambos os membros por lâmbda teremos-λt

λ  N = λ No. e ou:

-λλλλtA = Ao. e

RELAÇÃO ENTRE λλλλ E MEIA-VIDA

Ln N/No = -λ t

Para t = T1/2  teremos N = No/2

Substituindo t e N na equação teremos:

λ  = ln2/ T1/2  = 0,693/ Τ1/2 

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Substituindo o valor de lâmbda na equação teremos a

Lei Fundamental do Decaimento Radioativo: 

- 0,693. t                       

T1/2 A = Ao . e

INTERAÇÃO DAS RADIAÇÕES COM A MATÉRIA

Como resultado da interação das radiações com a matéria, produz-se umatransferência de energia da radiação para os átomos e moléculas do meio atravésdo qual a radiação está passando.A transferência de energia de uma partícula ou de um fóton para os átomos domaterial absorvente, ocorre, através de dois mecanismos: a ionização e aexcitaçãoA ionização ocorre com a remoção de um elétron de um átomo ou molécula,deixando-o com uma carga positiva.No caso da excitação, a energia transmitida não é suficiente para ionizar a

molécula, excitando-aProcesso de ionização

INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO MAGNÉTICA COM A MATÉRIA

Os três tipos de interação de fótons com a matéria são:

a) Efeito fotoelétricob) Dispersão compton

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c) Produção de pares

EFEITO FOTOELÉTRICO 

O efeito fotoelétrico é o fenômeno pelo qual a radiação eletromagnética incidente;X ou gama, animada de energia Eo, interage com um elétron orbital, transferindo-lhe toda a sua energia. O elétron pode ser deslocado para outra camada superiorou ser removido do átomo, produzindo excitação ou ionização.Em 80% dos casosem que ocorre o efeitos fotoelétrico, os elétrons liberados são da camada K.

EFEITO COMPTON

Quando a energia da radiação incidente é superior a 100 ou 200 KeV, a principalcontribuição para a absorção passa a ser o Efeito Compton.

Nesse fenômeno, a radiação eletromagnética incidente transfere apenas umaparte de sua energia para o elétron.

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FORMAÇÃO DE PARES

A radiação com energia superior a 1,02 MeV, pode ser absorvida pela matéria porum processo totalmente diferente. O fóton incidente é convertido dentro do campoelétrico de um núcleo, em um para de elétrons, sendo um deles positivo e o outronegativo.

Esse fenômeno não tem muita importância na gamagrafia pois somente o Cobalto-

60 possui energias superiores a 1,02 MeV.

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LEI DO INVERSO DO QUADRADO DA DISTÂNCIA

Os três princípios básicos da proteção radiológica se baseiam em:

•  Tempo de exposição•  Blindagem da fonte•  Distância da fonte

O tempo de exposição deve ser o menor possível, devendo-se utilizar a maiorblindagem possível e na maior distância possível.No vácuo, a intensidade das radiações eletromagnéticas decaem com o inversodo quadrado da distancia à fonte geradora. No caso real não temos vácuo e simar. Até a distância de 3 metros, essa lei praticamente se mantém, no entantosempre há um pequeno espalhamento das radiações por efeito da espessura dacamada de ar.

Na figura acima a intensidade na distância D1  será :

D2 I1 = I x    

D12 

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CONSTANTE ESPECÍFICA DA RADIAÇÃO GAMA

É a taxa de exposição obtida a um metro de distância de uma fonte radioativa de 1 Curie de

Atividade. Essa constante é simbolizada pela letra gama e apresenta um valor característico paracada radioisótopo.

CONSTANTE ESPECÍFICA DA RADIAÇÃO GAMA

FONTE Γ  (mRm2 / h.Ci)

Cobalto 60

Irídio 192

Césio 137

Túlio 170

Ytérbio 169

1.300

550

320

2,5

0,125

Dizer que a constante específica da radiação gama do Irídio 192 é 0,55 Roentgen . m2 por horapor Curie, equivale a dizer que quando colocamos uma fonte de Irídio 192, com um Curie deAtividade, suspensa no ar, a taxa de exposição a um metro será de 0,55 R/h ou 550 mR/h.

A CERG permite conhecer a sua atividade se tivermos o valor de sua exposição a uma certadistância e conhecida a sua atividade permite o cálculo das exposições em distância conhecidas

da fonte.

O nível de exposição a uma certa distância, é diretamente proporcional á Atividade da Fonte e àCERG e inversamente proporcional à distância da fonte.

A x Γ ΓΓ Γ  X = ------------

D2 

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 Exemplo:1) Qual é a exposição de ma fonte nua (sem blindagem) de Irídio 192 de20 Curies de atividade que está à uma distância de 20 metros?

X = A xΓ  / D 

X = 20 X 550 / 400 = 27,5 mRh

Exercício2) Utilizando-se uma fonte de Cobalto 60 de 20 Ci de atividade, qual deve ser oraio de isolamento para a exposição de 2,5 mRh?

CÁLCULO DE BLINDAGEM UTILIZANDO O MÉTODODA MEIA-ESPESSURA(FATOR DE REDUÇÃO)

O Fator de redução é a relação entre a exposição incidente e a exposiçãoatenuada

K = I0: I = 2n  Onde:K = Fator de ReduçãoI0  = Exposição IncidenteI = Exposição atenuadan = Número de meia-espessura

Para esse cálculo se utiliza as meias-espessuras de vários materiais utilizados emblindagem, para cada fonte emissora.

VALORES DE MEIAS ESPESSURAS PARA: CONCRETO, FERRO,CHUMBO,TUNGSTÊNIO E URÂNIO UTILIZANDO DIVERSASFONTES DE GAMAGRAFIA.

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MEIA ESPESSURA (milímetros)

FONTE ENERGIAMÁXIMA

(KeV)

Concretoδδδδ= 2,35(g/cc)

Ferroδδδδ= 7.86(g/cc)

Chumboδδδδ= 11,35 (g/cc)

Tungstênioδδδδ= 19,3 (g/cc)

Urânioδδδδ= 18,7(g/cc)

Tm- 170 84 14,3 1,7 0,25 0,12 0,05

Ir - 192 600 39 11,6 4,9 5,5 2,6

Cs - 137 660 50,5 12,3 5,5 5,8 2,9

Co - 60 1330 55 16,9 11,5 6,9 6,2

RELAÇÃO ENTRE O NÚMERO DE MEIAS ESPESSURAS, E FATOR DEREDUÇÃO

K = 2n 

FATOR DEREDUÇÃO

N°°°° DE MEIASESPESSURAS

248

163264

128256512

1024

123

456789

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EXEMPLO DE APLICAÇÃO

A uma certa distância de uma fonte de Irídio-192 mediu-se a exposiçãoencontrando-se o valor de 100 mR/h. Qual deve ser a espessura de uma barreirade concreto para reduzir a exposição a 2,5 mR/h?

Dados:Fonte = Irídio 192Exposição incidente = 100 mR/hExposição atenuada – 2,5 mR/hmeia-espessura do concreto para o Ir-192 = 39 mm ou 3,9 cm

Cálculo do número do fator de redução (k)

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 K = I/Io K = 100/2,5 = 40

K = 2n  = 40 2n  = 40

Log 2n  = log 40

n log 2 = log 40

n = log 40/log 2 = 5,32

A espessura do material deve ser de : 39 x 5,32 = 207mm = 20,7 cm

EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES

A radiação ionizante é quase sempre danosa às células ou tecidos excetuando-seapenas alguns casos pouco freqüentes de mutações benéficas.Após a exposição à radiação, ocorre uma seqüência de eventos que podem serclassificados em três períodos:

•  Período latente•  Período de efeitos demonstráveis•  Período de recuperação

1) PERÍODO LATENTE

É o período compreendido entre a exposição e os primeiros efeitos detectáveis.Podemos classificar os efeitos biológicos da radiação em agudos ou de longoprazo, dependendo do período latente ser curto ou longo.Os efeitos agudos aparecem em poucos minutos, dias ou semanas, enquanto queos crônicos só aparecem após alguns anos, décadas, ou gerações.

2) PERÍODO DE EFEITOS DEMONSTRÁVEIS (em células e tecidos)

Após o período latente, pode-se observar ao microscópio alguns dos efeitos nostecidos.

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Um dos fenômenos mais comuns observados em tecidos expostos à radiação é ainterrupção temporária ou permanente da mitose ou divisão celular. Os efeitosobservados são:

•  Ruptura dos cromossomas•  Aglutinação da cromatina•  Alterações na atividade ciliar•  Citólises•  Formação de vacúolos e alterações da viscosidade do protoplasma•  Alteração da permeabilidade da parede celular.

3) PERÍODO DE RECUPERAÇÃO

Após a exposição, verifica-se uma recuperação até certo ponto. Isto éparticularmente constatado nos efeitos agudos, isto é, nos que aparecem apósdias ou semanas.Existe entretanto um dano residual para o qual não há recuperação, que é oresponsável pelos efeitos de longo prazo.

A recuperação é feita pela substituição dos tecidos ou pela recuperação dacélulas, sendo esta última muito mais importante. Se submetermos um tecidodurante uma hora a uma exposição de 700 R, teremos um determinado efeitodevido à dose recebida. Para se reproduzir esse mesmo efeito através de duasexposições de uma hora cada, separadas de 24 horas uma da outra,necessitamos de 535R. Isto significa que a diferença de 370R foi eliminadaatravés da recuperação das células no espaço de 24 horas.Portanto uma dose total recebida produzirá menos efeitos agudos se for divididado que se for administrada em uma única exposição.

ÁREA EXPOSTA

Quando fazemos referência a doses máximas permissíveis, admitimos que setrata de uma média administrada para o corpo inteiro, no entanto existem órgãosmais sensíveis a radiação quando o corpo inteiro é irradiado e a proteção dessesórgãos diminui o efeito geral.

SENSIBILIDADE RELATIVA DE CÉLULAS E TECIDOS.

Cada tipo de célula ou tecido apresenta uma resposta diferente para a mesmadose de radiação.Geralmente as células mais ativas e de crescimento mais rápido tendem a sermais sensíveis. O núcleo da célula é mais sensível que o citoplasma.Apresentamos a seguir uma lista em ordem decrescente da radio sensibilidade decélulas e tecidos:

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 •  Tecido linfóide, particularmente os linfócitos•  Células sangüíneas, ainda em crescimento encontradas na medula

óssea.•  Células das mucosas de revestimento do canal gástro-intestinal•  Células das gônadas: testículos mais sensíveis que os ovários•  Pele, particularmente em torno dos folículos capilares•  Epitélio do fígado e da glândula adrenal•  Demais tecidos, incluindo ossos, músculos e nervos nesta ordem

Devemos ainda enfatizar que os tecidos novos em formação são mais sensíveisque os tecidos velhos.

EFEITOS CLÍNICOS OBSERVADOS

1) EFEITOS AGUDOS:

a) MAL ESTAR POR RADIAÇÃO

É o complexo de sintomas que ocorrem em pacientes submetidos àradioterapia.

•  Náuseas, vômitos, perda do apetite(anorexia), perda de peso, febre,Hemorragia intestinal, que em geral são mais pronunciadas no caso deIrradiação do abdomem

b) SÍNDROME AGUDA DA RADIAÇÃOÉ o complexo de sintomas decorrentes da exposição de corpo todo auma grande dose em um período curto de tempo.

DOSE AGUDA EFEITO PROVÁVEL

0 - 25R(0 a 0,25 Gy)

DANO NÃO DETETÁVEL

25 - 50R(0,25 a 0,5 Gy)

POSSÍVEIS ALTERAÇÕES SANGUÍNEAS SEMMAIORES CONSEQUÊNCIAS.

50 - 100R(0,5 a 1,0 Gy)

ALTERAÇÕES SANGUÍNEAS, COM ALGUMDANO, SEM INCAPACITAÇÃO PARA OTRABALHO.

100 - 200R(1,0 a 2,0 Gy)

DANOS TEMPORÁRIOS (REDUÇÃO DEGLÓBULOS BRANCOS COM LENTARECUPERAÇÃO). POSSÍVEL

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INCAPACITAÇÃO TEMPORÁRIA PARA OTRABALHO.

200 - 400R(0,2 a 0,4 Gy)

INCAPACITAÇÃO CERTA, MORTE POSSÍVEL

400R(4 Gy)

MORTE EM 50% DOS CASOS.

600 R ou mais(6 Gy)

FATAL

EFEITOS RETARDADOS

Como as exposições prolongada são as mais comuns e prováveis, os efeitosretardados deste tipo de exposição são de grande importância.

a) CARCINOGÊNESE

A exposição às radiações aumenta a incidência de certos tipos de câncer, por ummecanismo ainda desconhecido. Foi observada a ocorrência de tumores ósseosem trabalhadores da indústria de mostradores luminosos, o aumento de incidênciade leucemia entre radiologistas e entre os sobreviventes de Hiroshima e Nagasakie o aumento da incidência de câncer da tireóide e da leucemia em pacientessubmetidos a radioterapia.

b) ENCURTAMENTO DA VIDA

A exposição às radiações produz uma aceleração do processo de envelhecimento,encurtando o período de vida. Em experiências feitas com animais, ocorreu oencurtamento do período de vida de 7% para 1000R de dose total de radiação.

c) MUTAÇÕES GENÉTICAS

A vida no planeta tem evoluído e se adaptado às mudanças de condiçõesambientes graças às mutações genéticas e seleção natural sem interferência.As mutações genéticas indesejáveis são em maior número e tendem adesaparecer com o tempo, restando apenas as benéficas a longo prazo. Aradiação produz mutações genéticas aumentando o número das mutaçõesindesejáveis.

d) EFEITOS EMBRIOLÓGICOS

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 A mote do feto ou o nascimento de anormais tem ocorrido em diversos ensaiospor doses terapêuticas administradas a mulheres grávidas. Uma grande variedade

de anomalias podem ocorrer em função da dose e do tempo de exposição.

e) OUTROS EFEITOS

A radiação pode reduzir a fertilidade até a completa esterilidade, sendo o homemmais sensível que a mulher.A irradiação dos olhos por Raios X, Gama ou Neutrons podem resultar naformação de catarata.

DIRETRIZES BÁSICAS DE RADIOPROTEÇÃO

Resolução CNEN- 12/88 - 19 de Julho de 1988

{Revoga Resolução CNEN- 06/73 (17/12/73)}

DEFINIÇÕES IMPORTANTES

ÁREA LIVRE: Áreas onde a Dose Equivalente não ultrapassa 1/50 do LimitePrimário

ÁREA RESTRITA: Áreas sujeitas a regras especiais de segurança e onde asDoses Equivalentes Efetivas são superiores a 1/50 dos Limite Primário para

trabalhadores.

ÁREA CONTROLADA: São áreas onde as Doses Equivalentes Efetivas sãomaiores ou iguais a 3/10 do Limite Primário.

DOSE EQUIVALENTE: H = D .QOnde Q = Fator de Qualidade

D = Dose absorvida num ponto de interesseDo tecido ou órgão humano.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE RADIO PROTEÇÃO

Princípio da JustificaçãoPrincípio da OtimizaçãoPrincípio da Limitação da Dose Individual

PRINCÍPIO DA JUSTIFICAÇÃO:Qualquer atividade envolvendo radiação ou exposição  deve ser justificada em relação a outras alternativas eproduzir um benefício líquido positivo para a sociedade.

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PRINCÍPIO DA OTIMIZAÇÃO:O projeto, o planejamento do uso e a operação deinstalação  e de fontes de radiação  devem ser feitosde modo a garantir que as exposições  sejam tãoreduzidas quanto razoavelmente exeqüível, levando-seem consideração fatores sociais e econômicos.

PRINCÍPIO DA LIMITAÇÃO DA DOSE INDIVIDUAL:As doses  individuais de trabalhadores  e deindivíduos do público  não devem exceder os limitesanuais de dose equivalente  estabelecidos nestaNorma.

LIMITAÇÃO DE DOSE E OTIMIZAÇÃO DA RADIOPROTEÇÃO

1) Nenhum trabalhador  deve ser exposto à radiação  sem que:

a) Seja necessário;

b) tenha conhecimento dos riscos radiológicos associados ao seutrabalho; e

c) esteja adequadamente treinado para o desempenho seguro desuas funções.

2) Compensações ou privilégios especiais para trabalhadores  não devem, emnenhuma hipótese, substituir requisitos aplicáveis desta Norma.

3) Profissionais que possam ser ocasionalmente expostos a radiação  devem sersujeitos aos requisitos aplicáveis desta Norma.

4) Menores de 18(dezoito) anos não devem ser trabalhadores. 5) Gestantes não devem trabalhar em áreas controladas.

6) É proibida a adição de materiais radioativos  em produtos de uso domésticoou pessoal, tais como brinquedos, cosméticos, alimentos etc., bem como aimportação de tais produtos contendo aqueles materiais.

7) Estudantes e estagiários maiores que 19 (dezoito) anos, cujas atividades Nãoenvolvam o emprego de radiação , bem como visitantes, não devem receber,por ano, doses superiores aos limites primários  para indivíduos do público  dados na tabela I, nem devem ultrapassar 1/10 (um décimo) daqueles limitesnuma única exposição. 

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Limites de Doses Anuais [a] 

Grandeza Órgão

Indivíduo ocupac.

exposto

Indiv.do público

Dose efetiva Corpo inteiro 20 mSv[b]  1 mSv[c] 

Cristalino

20 mSv[b] (alter.Resol.

CNEN 113/2011)  15 mSv

Dose equivalente Pele [d]  500 mSv 50 mSv

Mãos e pés 500 mSv ---------

[a] – para fins de controle administrativo efetuado pela CNEN, o termo dose anual deve serconsiderado como dose no ano calendário, i.e. no período decorrente de janeiro a dezembro decada ano.

[b] – Média aritmética em 5 anos consecutivos, desde que não exceda 50 mSv em qualquer ano.(alterado pela Resolução CNEN 113/2011)

[c] – Em circunstâncias especiais, a CNEN poderá autorizar um valor de dose efetiva de até 5 mSvem um ano, desde que a dose efetiva média em um período de 5 anos consecutivos, não exceda a1 mSv por ano.

[d] – Valor médio em 1 cm2 de área, na região irradiada.

Os valores de dose efetiva se aplicam à soma das doses efetivas, causadas por exposiçõesexterna, com as doses efetivas comprometidas(integradas em 50 anosPara adultos e até a idade de 70 anos para crianças), causadas por incorporações ocorridas nomesmo ano.

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FATOR DE PONDERAÇÃO PARA TECIDO OU ÓRGÃO T

ÓRGÃO ωωωωT

Gônadas

Mama

Medula óssea eritropoética

Pulmão

Tireóide

Osso(superfície)

Restante do corpo

0,25

0,15

0,12

0,12

0,03

0,03

0,06(p/órgão)

a) Considerar, no máximo 5 (cinco) órgãos ou tecidos que receberam dose maiselevada;

b) admitir o ωT = 0,06 para cada um dos cinco órgãos ou tecidos;c) o sistema gastro-intestinal é considerado formado de quatro órgãos: estômago,

intestino delgado, intestino grosso superior e intestino grosso inferior;d) a pele, o cristalino dos olhos e as extremidades não são considerados como

órgãos do restante do corpo (ωT = 0);e) nos casos em que seja necessário levar em conta a pele para efeitos

estocásticos, como por exemplo, irradiação da pele do corpo por irradiaçãobeta de energia baixa, considerar ωT = 0,01.

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DIRETRIZES BÁSICAS DE RADIOPROTEÇÃOResolução CNEN- 12/88 - 19 de Julho de 1988

{Revoga Resolução CNEN- 06/73 (17/12/73)}

DEFINIÇÕES IMPORTANTES

ÁREA LIVRE: Áreas onde a Dose Equivalente não ultrapassa 1/50 do LimitePrimário

ÁREA RESTRITA: Áreas sujeitas a regras especiais de segurança e onde asDoses Equivalentes Efetivas são superiores a 1/50 dos Limite Primário paratrabalhadores.

ÁREA CONTROLADA: São áreas onde as Doses Equivalentes Efetivas sãomaiores ou iguais a 3/10 do Limite Primário.

DOSE EQUIVALENTE: H = D .Q

Onde Q = Fator de Qualidade

D = Dose absorvida num ponto de interessedo tecido ou órgão humano.

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 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE RADIO PROTEÇÃO

Princípio da JustificaçãoPrincípio da OtimizaçãoPrincípio da Limitação da Dose Individual

PRINCÍPIO DA JUSTIFICAÇÃO:

Qualquer atividade envolvendo radiação ou exposição  deve ser justificada em relação a outras alternativas eproduzir um benefício líquido positivo para a sociedade.

PRINCÍPIO DA OTIMIZAÇÃO:

O projeto, o planejamento do uso e a operação deinstalação  e de fontes de radiação  devem ser feitos demodo a garantir que as exposições  sejam tão reduzidasquanto razoavelmente exeqüível, levando-se emconsideração fatores sociais e econômicos.

PRINCÍPIO DA LIMITAÇÃO DA DOSE INDIVIDUAL:

As doses  individuais de trabalhadores  e de indivíduosdo público  não devem exceder os limites anuais de doseequivalente  estabelecidos nesta Norma.

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CORRELAÇÃO ENTRE AS UNIDADES RADIOLÓGICAS

GRANDEZA UNIDADE UNIDADE EQUIVALÊNCIAANTIGA NOVA

Exposição (X) Roentgen Coulomb (C/Kg)1 R = 2,58x10-4  C/Kg

31 C/Kg = 3,88 x 10 R

DoseAbsorvida (D) rad Gray (Gy)

1 rad = 10-2 Gy

l Gy = 100 rad

DoseEquivalente(H)

rem Sievert (Sv)1 rem = 10-2  Sv

1 Sv = 100 rem

Atividade Curie(Ci)Becquerel (Bq)(1 desinteg./seg) 1 Ci = 3,7 x 1010  Bq

1 Roentgen = 2,58 X 10-4 C/Kg

1 rad = 10-2  J/Kg

1 rem = 10-2  J/Kg.Q.N

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DOSIMETRIA

A exposição às Radiações Ionizantes de diferentes órgão e tecidos resulta em

diferentes probabilidades de efeitos e assim cada órgão ou tecido apresenta umFator de Ponderação. Após a exposição a uma fonte interna ou externa ao corpo,a Dose absorvida é medida em Gray(Gy) que multiplicada pela Fator deQualidade da radiação fornece a Dose Equivalente em Sievert(Sv) que por suavez multiplicada pelo Fator de Ponderação do órgão ou tecido fornece a DoseEfetiva em Sievert.

FONTE

Interna ouexterna

EmissãoÓRGÃO

Doseabsorvida(Gy)

FQ daradiação

ÓRGÃODoseEquivalente(Sv)

FatorPond.órgão

DOSEEFETIVA (Sv)

FATOR DE QUALIDADE DA RADIAÇÃO

Tipo e faixa de energiaFator de Qualidade

da Radiação

Fótons (todas as energias)

Elétrons (todas as energias)

Nêutrons, energia :< 10 keV

10 keV a 100 keV100 keV até 2 MeV

> 2 MeV até 20 MeV>20 MeV

Prótons, energia > 2 MeVPartículas alfa, fragmentos de fissão,núcleos pesados

1

1

51020105520

FATOR DE PONDERAÇÃO PARA ÓRGÃO OU TECIDOÓrgão ωTGônadasMamaMedula óssea eritropoéticaPulmãoTireóideOsso (superfície)Restante do corpo

0,250,150,120,120,030,03

0,06 (p/órgão)

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DOSIMETRO TERMOLUMINESCENTES(TLD)

Antigamente a dosimetria era feita por filmes dosimétricos que eram revelados a

cada 30 dias, hoje se utiliza a dosimetria termoluminescente. Quando uma fonteforte de energia (como a radiação ionizante) atinge um materialtermoluminescente(Fluoreto de Cálcio e de Lítio, Sulfato de Manganês e outros),os elétrons são liberados de alguns átomos e movidos para outras partes domaterial, deixando atrás buracos de carga positiva. Depois quando o material foraquecido, os elétrons e os buracos recombinam, e liberam uma energia extra naforma de luz. A intensidade da luz pode ser medida, e relacionada à quantidade deenergia inicialmente absorvida através da exposição à fonte de energia.Após o período de monitoração, o dosímetro é colocado em um leitor de dose, queo aquece entre 200 e 350°C , detecta o resultado da emissão de luz e calcula aexposição à radiação do usuário que é expressa em dose de radiação. O

dosímetro termoluminescente é reutilizável, no entanto os dados de dose não sãomais recuperados.

DOSES DE EXPOSIÇÃO A VÁRIOS TIPOS DE RADIAÇÃO IONIZANTE

APLICAÇÃO  EXPOSIÇÃO(mRem) 

DOSE(mSv) 

RADIOTERAPIA DE CANCER  50.000 ou maior  500 ou menor 

DIAGNÓSTICO DE RX P/CORPO INTEIRO  25.000  250 

FUNDO NATURAL: POÇOS DE CALDAS  7.000*  70* RX DENTÁRIO COMPLETO  5.000  50 

LT-DO AEC P/TRABALHADORES  5.000*  50* 

FUNDO NATURAL: EM DENVER  300*  3* 

FUNDO NATURAL: EM SAN FRANCISCO  120*  1,2* 

FUNDO NATURAL: EM NEW YORK  135*  1,35* 

COMER POTÁSSIO NA ALIMENTAÇÃO  40*  0,4* 

RX DE TORAX  100  1 MORAR EM CASA DE TIJOLO  35*  0,35* MORAR EM CASA DE MADEIRA  11*  0,11* MOSTRADOR DE RELÓGIO DE RÁDIO  10

(dose diária no pulso) 0,01 

CHUVA RADIOATIVA APÓS TESTE ATÔMICO  5*  0,05* DUAS SEMANAS DE FÉRIAS NAS MONTANHAS  3  0,03 CRUZAR O PAÍS EM UM JATO(Rad. Cósmica)  1  0,01 

MORAR PERTO DA USINA NUCLEAR DE DRESDEM  ½* 0,005* 

•  DOSE ANUAL

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Elemento Radionuclídeo Modo deEmissão ou deDecaimento

Energia Principal dofóton (MeV) Meia-Vida

125I  TI, ce, γ   0,028; 0,035  60 dias 

131I  β -, γ   0,364  8 dias 

Xenônio  133Xe  β -, γ   0,081  5,3 dias 

Itérbio  169Yb  ce, γ   0,057; 0,110; 0,131; 0,177;0,198; 0,308 

31 dias 

Ouro  198Au  β -, γ   0,412  2,7 dias 

Mercúrio  197Hg  ce, γ   0,069  65 h 

203Hg  β -, γ   0,279  47 dias 

Tálio  201Tl  ce, γ   0,081; 0,135; 0,167  73 h

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COLIMADOR

Colimadores são dispositivos utilizados para orientar o feixe radioativo, de acordocom um determinado ângulo de abertura, a fim de evitar exposições necessárias,dirigindo o feixe somente para a área de interesse.

Existem vários tipos de colimadores, inclusive com ângulo de abertura de 360graus para gamagrafias em tubulações.

IRRADIADOR

É uma blindagem de chumbo, onde a fonte é transportada, armazenada e expostaatravés de um cabo de comando, que a movimenta através de um orifício circularsinuoso, podendo deixá-la no centro do irradiador ou na sua saída, permitindo aexposição da chapa radiográfica.

Geralmente o trajeto sinuoso é reforçado com urânio exaurido, que é maiseficiente na blindagem que o chumbo. 

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  ROENTGEM

Quantidade de radiação que produz uma unidadeeletrostática de carga de cada sinal em um centímetrocúbico de ar seco, em condições normais de pressão etemperatura. Nesse processo são transferidosaproximadamente 83 ergs de radiação por cada grama de ar.

DOSE ABSORVIDA

É a energia absorvida por cada grama de material, expressaem rad e equivalente à absorção de 100 ergs/grama.

R E M

o roentgem não serve para medir os efeitosbiológicos no homem, pois expressa uma certaquantidade de radiação no ar, que é diferentedaquela que produziria o mesmo efeito no homem.o rem(roentgen equivalente man) é o produto da dose

em rad pelo fator EBR, que é a eficiência biológicarelativa.

E B R - EFICIÊNCIA BIOLÓGICA RELATIVA

Uma mesma quantidade de energia absorvida pelo tecidohumano, produz efeitos diferentes, dependendo do tipo deradiação que interage.

A eficiência biológica relativa é um fator que corrige essadiferença para os diversos tipos de radiações.

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RADIAÇÕES NÃO IONIZANTESRADIOFREQÜÊNCIA

MICRO-ONDASINFRAVERMELHO

RADIAÇÃO VISÍVELULTRAVIOLETA

LASER

José PossebonJunho 2009

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RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

F λλλλ RADIOFREQUÊNCIA ( RF)MICROONDAS (MO)INFRAVERMELHO (IV)RADIAÇÃO VISÍVEL (RV)ULTRAVIOLETA (UV)LASER (L)

1) RADIOFREQUÊNCIA

APLICAÇÕES: RADIODIFUSÃO AM, RADIONAVEGAÇÃO,RADIOAMADORISMO, RADIOFARÓIS, RADIO-ASTRONOMIA, DIATERMIA MÉDICA, SOLDA DE

RADIOFREQUÊNCIA E SECAGEM DE SEMENTESE FOLHAS.

EFEITOS À SAÚDE: Até o presente momento não se tem notícias deproblemas

Ocupacionais.Existem estudos referentes a micro-aumentos de

temperatura.Existem estudos referentes aa efeitos específicos doscampos elétrico e magnético.

No entanto devem ser evitadas as exposições desnecessárias, principalmente emlocais onde existem geradores de RF, especialmente onde a potência é alta(taislocais devem ser sinalizados.

QUEIXAS E SINTOMAS LIGADOS À EXPOSIÇÃO DE RF/MODores de cabeça, Nervosismo, Excitabilidade, Sensação

Auditiva,

Perda de Cabelo, Impotência, Irregularidades Mentruais, olhosLacrimejantes, Perda de Apetite, transpiração e Pele Seca.

2) MICRO-ONDAS (MO)

EFEITOS DEVIDOS AOS CAMPOS ELÉTRICO E MAGNÉTICO

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A exposição a longo prazo pode apresentar os seguintes sintomas:

Alterações do Sistema Nervoso Central

Alterações no Sistema Cardiovascular e Endócrino

Aumento da Pressão Sanguínea, seguido de Hipotensão.

Distúrbios Menstruais.

EFEITOS TÉRMICOS (Principais)

Aumento da temperatura do corpo.

Quanto menor o compr. De onda, maior a penetração.

Os efeitos são função de: comprimento de onda, freqüência, potênciagerada e tempo de exposição.

Precauções especiais: Os portadores de marca-passos ou implantesmetálicos.

OCORRÊNCIA DE MO FAIXA DE FREQ. OBSERVAÇÕES

Aquecimento, Secagem,Desidratação, Esterilização

2450 a 22125 Mhz Utilizado principalmentepela Indústria Alimentícia.

Radiodifusão FM, TV,Radionavegação, Telemetria,Radar Meteorológico.

300 a 3000 MhzExiste Risco nasproximidades deGeradores e EstaçõesRadiotransmissoras.

Satélites de Comunicação,altímetros, Radares Militares.

3 a 30 Ghz Uso Militar e SistemasEspeciais deComunicação.

Radioastronomia, Radar paraDetecção de Nuvens

30 a 300 Ghz Utilização em pesquisasespaciais.

Secagem de Cerâmica,Porcelana, Conserto deAsfalto, Destruição deMicroorganismos,Tratamentos Têxteis,Secagem de Couro,etc.

2.450 Mhz Uso Industrial

Forno de Microondas 2.450 hz Uso Industrial eDoméstico

(Ref.RF)

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3) RADIAÇÕES INFRAVERMELHO.

OCORRÊNCIA: Solda Elétrica a ArcoFabricação e Transformação do VidroOperação de Fornos Metalúrgicos e SiderúrgicoForja e Operações com Metais Quentes.Secagem e Cozimento de Tintas, Vernizes e CoberturaProtetora.Desidratação de Material Têxtil, Papel, Couro, etc.Aquecimento de Ambientes Domésticos.

EFEITOS: Térmico (queimaduras na pele)Produção de Catarata (Exposições Crônicas)Lesões na Retina.

APLICAÇÕES Termografia médica e industrialAquecimento e tratamento térmicoFundição e tratamento térmicoAplicações militaresAnálises químicasSecagem de tintas e sementes

4) RADIAÇÕES ULTRAVIOLETA.

OCORRÊNCIAS: Controle de Qualidade Ind. (Luz Negra)Solda Elétrica, MaçaricosIluminação de Diais Fosforescentes(Discotecas)Gravação FotográficaSensibilização de Chapas (Gráfica)Esterilização de Salas e Equipamentos Odont.

EFEITOS Câncer de peleQueimadurasDanos na retina

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.ESPECTRO DAS RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICASNA FAIXA DE RADIOFREQUÊNCIA E MICROONDAS

FREQUÊNCIA(hz)

3 300 3k 30k 300k 3M 30M 300M

3G 30G 300G

COMPR. DEONDA (m)

7

10 

6

10 

5

10 

4

10 

3

10 210  10

0

10 

-1

10 

-2

10 

-310

ELF ULF VLF LF MF HF VHF UHF SHF EHFmuito

longa longa media curta

ultracurta

RA DIO FREQ UÊN CIA MIC RO OND

Espectro Eletromagnético nas Faixas de Radio Freqüência e Microondas.

Faixa Freqüência Compr.de onda Aplicações

VLF 3kHz – 30 kHz 100km – 10km Navegação de longa distância erádio marinho

LF 30 kHz – 300 kHz 10km – 1kmNavegação aeronáutica emarinha

MF 300 kHz – 3 MHz 1km – 100mRádio AM e rádio detelecomunicação

HF 3MHz – 30 MHz 100m – 10m Faixa de radioamador

VHF 30 MHz– 300 MHz 10m – 1mTV, FM, telefones sem fio econtrole de tráfego aéreo

UHF 300MHz – 3 GHz 1m – 10cmTV UHF, satélite, radar detráfego aéreo

SHF 3 GHz – 30 GHz 10cm – 1cmPrincipalmente satélites de TV eoutros satélites.

EHF 30 GHz – 300 GHz 1cm – 1mmSensoreamento remoto e outrossatélites.

1) RADIOFREQUÊNCIA

QUEIXAS E SINTOMAS LIGADOS À EXPOSIÇÃO À RADIOFREQUÊNCIA.

Dores de Cabeça, Nervosismo, Excitabilidade, Sensação Auditiva,

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  Perda de Cabelo, Impotência, Irregularidades Menstruais, OlhosLacrimejantes,

Perda de Apetite, Transpiração e Pele Seca.

APLICAÇÕES DE RADIO-FREQUÊNCIA

Radionavegação, Radiodifusão AM, Radioamadorismo, Diatermia,Radioastronomia, Operações de Soldagens e de Secagem.

A Radiofreqüência pode causar aquecimento localizado.

2) MICROONDAS 

APLICAÇÕES: Aquecimento, Secagem, Esterilização, Radiodifusão FM,Televisão, Radar e Fornos.

EFEITOS: Dependem da freqüência e da potência dos geradoresefeito principal é o térmico, porém outros efeitos podemocorrer como os Campos Elétricos e Magnéticos.

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RADIAÇÃO SOLAR

A radiação solar é composta por:

RAIOS CÓSMICOSRÁDIO FREQUÊNCIARADIAÇÃO VISÍVELRADIAÇÃO INFRAVERMELHARADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

Ao atravessar a camada da atmosfera a radiação solar perde cerca de 1/3 de sua energia. assimchega à superfície da terra:apenas 2/3 da radiação inicial e tem a composição:

A UVC é totalmente absorvida pela camada de ozônio, então a radiação solar que atinge o solo écomposta aproximadamente por:

5% UV(95% UVA e 5% UVB)40% RADIAÇÃO VISÍVEL55% RADIAÇÃO INFRAVERMELHA

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

UVA - 100 – 290 nm(10 a 20% dos efeitos danosos da radiação solar)UVB - 290 – 320 nm(queimaduras, fotoenvelhecimento e câncer de pele)UVC - 320 – 400 nm(totalmente absorvida pela camada de ozônio)

INFLUÊNCIA DA HORA

11 às 15hs pior período de exposição13hs pico de exposição12 às 14hs 1/3 da radiação UV10 às 16hs ¾ da radiação UV

INFLUÊNCIA DA LATITUDEPróximo do equador a incidência é maior

INFLUÊNCIA DA ALTITUDE

A cada 300 metros de altitude, a incidência aumenta em 4%

INFLUÊNCIA DA COBERTURA DE NÚVENSMesmo em tempo coberto de núvens, podemos receber queimaduras, pois as nuvens absorvem oinfravermelho mas não a UV

INFLUÊNCIA DO VENTO

O vento poderá dar uma sensação de conforto e poderemos eventualmente ficar mais expostos àradiação UV

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 PENETRAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR NA PELE

UVB UVA Visível Infravermelho

Epiderme 

derme 

ÍNDICE UV E TEMPO DE EXPOSIÇÃO SEGURA AO SOL

A dose de radiação solar capaz de acarretar vermelhidão varia entre os diferentestipos de cores de pele humana, no entanto pode ser estimada sabendo-se aIRRADIÂNCIA EFETIVA DA UV-B e a sensibilidade do tipo de pele.

A Organização Meteorológica Mundial e muitos países atualmente aceitam adefinição de irradiância efetiva expressa como um índice UV ("IUV"), e o tempo deexposição segura (sem acarretar em queimaduras) depende do fototipo dapopulação. IUV é defino como:

1 UVI = 0,025 Watt/m2

Na disponibilização do índice UV para o público, optamos em adotar um enfoque conservador, eexpressar o índice UV em função de uma pele de pigmentação clara, sensível aos raios solares ecom dificuldade de se bronzear ("tipo de pele II"). Tal procedimento tem sido utilizado por váriasagências de saúde e de proteção ambiental da América do Norte, Europa e Oceania, e permiteexpressar em um único número a intensidade da radiação UV, ao invés de tabelas ou gráficoscomplicados e de difícil visualização, onde o dado é apresentado por classes de diferentes tipos de

pele. Todas as pessoas, independente da cor da pele, são afetadas pela radiação UV do sol, e emse tratando de saúde humana, utilizar peles claras como referência para instruções decomportamento frente a exposição ao sol garante maior sucesso de proteção para a parte dapopulação com pele mais escura. Para uma pessoa caucasiana do tipo de pele II, a dose de UV-Bcapaz promover vermelhidão (eritema) em uma hora é aproximadamente de 0,0694 W/m2 ou2,778 IUV.

O índice UV é apresentado destacando os valores absolutos dentro de quatrocategorias (como índice baixo, moderado, alto e extremo) de tempo de exposiçãoao sol para ocasionar queimaduras na pele do tipo II. Mesmo que você tenha

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facilidade de se bronzear ou pele escura, oriente suas atividades ao ar livre peloíndice UV, de forma a preservar a sua saúde e dos seus entes queridos.

TABELA: OS RISCOS DE EXPOSIÇÃO, VALORES DO ÍNDICE UV (IUV) ETEMPOS DE EXPOSIÇÃO SEGURA AO SOL (TES), ISTO É PERÍODOENQUANTO AINDA NÃO OCORRERIAM QUEIMADURAS DEVIDO AO SOL,PARA PESSOAS COM PELE DO TIPO II. 

.

RISCO NÍVEL CARACTERÍSTICAS

BAIXO 0 a 2

indicam perigo mínimo da radiação UV para a média (tipo II) daspessoas. Nestas condições, a maioria das pessoas pode ficarexpostas ao sol do meio-dia por até uma hora sem se queimar. Emdias de céu aberto, utilize boné ou chapéu

MODERADO 3 a 5

indicam baixo risco de dano para a pele. Os indivíduos do tipo IIpodem experimentar queimaduras dentro de 30-60 minutos. Além deboné ou chapéu, use óculos que barrem 99-100% da UV e filtro solarcom fator de proteção (FPS) maior do que 15.

ALTO 5 a 8

Índices de 5 a 8 indicam algum risco de dano a peledevido ao sol. A exposição direta pode resultar emqueimaduras dentro de 20 a 30 minutos. Evite de ficar nosol entre as 11:00 horas da manhã e as 3:00 horas datarde. Na rua, procure o abrigo de sombras, use boné ouchapéu, filtro solar com fator de proteção (FPS) maior doque 15 e proteja seus olhos com óculos que barrem 99-100% da UV.

EXTREMO >8

Índices acima de 8 indicam alto risco de dano de exposição direta aosol. Tempo de exposição deve ser limitado entre as 11:00 da manhã e

as 3:00 da tarde, uma vez que a pele pode se queimar em menos de20 minutos. Quando o índice é 10 ou mais alto, fique em lugarfechado se possível, caso contrário esteja seguro de ao sair de casatomar todas as precauções necessárias citadas nos itens anteriores.

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 CAMPO ELÉTRICO

Quando duas placas metálicas são conectadas a uma bateria, é criado um campoelétrico entre elas devido á tensão elétrica ou voltagem entre elas.Se a voltagem da bateria for de 1,5 V e as placas estiverem afastadas de ummetro, o campo elétrico criado será de( E = 1,5 V/m).Os campos elétricos ocorrem ao redor de todos os cabos de alimentação, mesmoque o equipamento esteja desligado

CAMPO MAGNÉTICO

Ligando-se uma bateria a uma lâmpada, uma corrente elétrica em Ampères fluirápelo circuito acendendo a lâmpada e é criado um campo magnético, formado porcírculos concêntricos ao redor do fio.

O Campo magnético só ocorre enquanto a corrente estiver fluindo no circuito, istoé enquanto o equipamento estiver ligado

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 CAMPOS MAGNÉTICOS

O campo magnético existe sempre que existir corrente elétrica fluindo

Campo Magnético Estático: ao redor de um magnéto permanente

APLICAÇÕES:MEDICINA: Ressonância Magnética

Aplicações terapêuticas

INDÚSTRIA: Produção de alumínioProcessos eletrolíticosProdução de magnétos

PESQUISA: Câmara de bolhasAcelerador de partículasUnidades de separação de isótopos

Linhas de TransmissãoReatores de fusão termonuclear

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 DENSIDADE DE FLUXO MAGNÉTICO A 60 HERTZ,PRÓXIMO DE VÁRIOS APARELHOS EM USO.

DENSIDADE DE FLUXO MAGNÉTICO(mT)APARELHO 3 cm 30 cm 1,0 m

Secador de cabelos 6 – 2000 <0,01 - 7 <0,01 – 0,3Serra circular 250 – 1000 1 – 25 0,01 – 1Barbeador elétrico 15 – 1500 0,08 – 9 < 0,01 – 0,3Furadeira 400 – 800 2 – 3,5 0,08 – 0,2Aspirador 200 – 800 2 – 20 0,13 – 2Batedeira 60 – 700 0,6 – 10 0,02 – 0,25Lâmpada fluor.demesa

40 – 400 0,5 – 2 0,02 – 0,25

Triturador de lixo 80 – 250 1 – 2 0,03 – 0,1Forno de microondas 75 – 200 4 – 8 0,25 – 0,6Fluorescentes fixas 15 – 200 0,2 – 4 0,01 – 0,1Televisor 2,5 – 50 0,04 – 2 < 0,01 – 0,15Forno elétrico 1 – 50 0,15 – 0,5 0,01 – 0,04Lavadora de roupa 0,8 – 50 0,15 – 3 0,01 – 0,15Secadora de roupas 0,3 - 8 0,08 – 0 ,3 0,02 – 0,06Ferro de passar 8 – 30 0,12 – 0,3 0,01 – 0,25Ventilador 2 – 30 0,03 – 4 0,01 – 0,35Torradeira 7 – 18 0,06 – 0,7 < 0,01

Refrigerador 0,5 – 1,7 0,01 – 0,25 < 0,01

FONTES OCUPACIONAIS DE CAMPOS MAGNÉTICOS

FONTE DENSID. DE FLUXOMAGNÉTICO (mT)

DISTÂNCIA (m)

VDTs Até 2,8 x 10-4  0,3Arco elétrico (0 – 50 Hz) 0,1 – 5,8 0,08Aquecedores de indução (50 – 10

Hz)

0,9 – 65 0,1 – 1,0

Forno ladle (50 Hz) 0,2 – 8 0,5 – 1,0Forno a arco (50Hz) até 1,0 2Agitador por indução (10Hz) 0,2 – 0,3 2Processos eletrolíticos (0 – 50Hz) 7,6 (média) Posição do operadorSeparação de isótopos(campoestático)

1 – 50 Posição do operador

Solda elétrica(eletrodo revestido)50Hz

0,5 – 1,7 0,2 – 0,9

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 MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA OS CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS

•  Mantenha distância de equipamentos elétricos, pois a intensidade docampo eletromagnético diminui rapidamente com a distância.

•  Desligue os equipamentos que não estiverem em uso ou tire-os datomada. Geradores de tensão criam campo eletromagnético mesmoquando estiverem em modo de espera.

•  Coloque as lâmpadas fluorescentes e halogênias a uma distânciasegura (não as use como lâmpadas de cabeceira ou de leitura).As lâmpadas halogênias utilizam correntes altas

As lâmpadas fluorescentes transformam a freqüência de 60 hz emoutras.

Mantenha uma distância de pelo menos um metro de sua cabeça àlâmpadas fluorescentes.

•  Os telefones sem fio que são conectados à rede telefônica convencionalnão têm potência muito grande.

•  Os telefones celulares possuem potências altas.

•  A antena de um celular do carro deve ficar no teto do carro, não noparalama nem na janela.

•  Não instalar televisão ou rádio no quarto de dormir

•  O despertador elétrico que utiliza corrente alternada deve ficar o maislonge possível da cabeça (prefira os de corrente contínua)

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ILUMINAMENTO(RADIAÇÕES VISÍVEIS)

NÍVEL DE ILUMINAMENTO: É a quantidade de lux, medida num determinado plano.

CAMPO DE TRABALHO: É toda região do espaço onde, para quaisquersuperfície nela situada, se exigem condições de iluminamento apropriadas ao trabalho visual a

ser realizado.Quando não houver campo de trabalho definido, as medições deverão ser feitas a 0,75 m do piso(exceto em casos especiais).

ILUMINAÇÃO NATURAL:É a iluminação feita pela luz solar e que penetraatravés de vidraças, portas, janelas, telhas de vidro, etc.

ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL: É a iluminação feita por meio de lâmpadas elétricas,que podem ser fluorescentes, incandescentes, de mercúrio, etc.

ILUMINAÇÃO GERAL: Ilumina todo o local de trabalho, não objetivando uma única operação. Asluminárias estão afastadas dos trabalhadores, como é o caso das lâmpadas ou lumináriascolocadas no teto.

ILUMINAÇÃO SUPLEMENTAR : Além da iluminação geral coloca-se outraluminária próxima ao trabalhador, com o objetivo de melhor iluminar aquela determinadaoperação. Como exemplo, podemos citar as lâmpadasfluorescentes, existentes em pranchetas de desenho.

IV - CRITÉRIO ADOTADOa) O critério adotado nesta norma para avaliação do nível de iluminamento é a medição ponto

a ponto, nos postos de trabalho e a comparação com o mínimo estabelecido em lux paracada tipo de atividade.

c) Se o iluminamento médio está adequado ou atende aos mínimos gerais para asatividades desenvolvidas no local, citamos a NB - 57 que em termos de medição,reporta-se à MB - 207, que constitui em um método de determinação de iluminamentomédio, o que a nível de avaliação ocupacional não é feito, mas para se saber se oiluminamento médio está adequado ou atende aos níveis mínimos gerais para asatividades desenvolvidas no local, pode ser utilizada.

V - INSTRUMENTAL NECESSÁRIOUm luxímetro com fotocélula corrigido para a sensibilidade do olho humano e correção doângulo de incidência.

OBS .: Na FUNDACENTRO é utilizado o luxímetro Metrawatt - Metrux K ou MX - 4, comfotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e cúpula arredondada, para a correção do

ângulo de incidência. O equipamento é constituído por um miliamperímetro e uma fotocélula.Para avaliações acima de 5000 lux existe um filtro adaptável a fotocélula x 100.

VI - CRITÉRIO DE AVALIAÇÃODevemos tomar alguns cuidados quanto a este tópico:

a) Verificar, no ambiente a ser avaliado, qual o tipo ou tipos de tarefas a seremexecutadas pelos trabalhadores, a fim de mapear o local e definir pontosde avaliação.

b) Verificar se existem tarefas específicas que, além da iluminação geral, necessitem de umnível de iluminamento maior, garantido por uma iluminação suplementar.

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  c) Considerar cada uma das tarefas visuais que o trabalhador executa em cada posto detrabalho e verificar se os níveis de iluminamento para cada tarefa estão adequados.

VII - TÉCNICAS DE MEDIÇÃOAlguns cuidados devem ser tomados a fim de se obter uma leitura correta dosníveis de iluminamento. Os aspectos principais a se considerar são:

a) O instrumento deve ser calibrado periodicamente no CTN, antes de serusado.

b) Devem ser evitadas umidades e temperaturas elevadas na célula fotoéletrica, pois taisfatores agem negativamente sobre os elementos que compõem a fotocélula, reduzindo sua vidaútil.

c) A célula fotoéletrica deve ser exposta a luz de 5 a 15 minutos antes de se iniciar a série deleituras, para establilização, onde for avaliado.

d) A leitura do nível de iluminamento deve ser feita no campo de trabalho ou, quando este nãofor definido, a 0,75 m do piso ( no Brasil).*

e) A célula deve ficar paralela à superfície onde se desenvolve a tarefa visual.

f) O operador não deve criar sombras sobre a fotocélula e deve evitar utilizar roupas clarasdurante a medição, a fim de evitar reflexão de luz sobre a célula. Recomenda-se que o operadorcoloque a fotocélula no ponto de medição e se posicione de forma a não interferir na leitura.

g) As leituras devem ser feitas preferencialmente em dias nublados, ou em ambientes sem ainterferência da luz solar, a fim de serem consideradas no levantamento as piores condições deiluminamento. Quando não existirem atividades noturnas no ambiente analisado, as mediçõesdeverão ser realizadas à noite.

h) Para avaliações em ambientes com iluminação artificial por lâmpadas de vapor de mercúrioou vapor de sódio, multiplicar o valor fornecido pelo luximetro pelo fator I.I, conforme o manual doequipamento.

VIII - INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Uma vez avaliados os locais de trabalho, deve-se fazer a comparação dos resultados obtidoscom o mínimo exigido para cada tipo de atividade. Não estando o nível de iluminamento geraladequado às finalidades do ambiente em estudo, o projeto de iluminação deverá ser refeito.

(*) Obs.: As leituras são efetuadas a 0,75 m, devido a altura média dos campos de trabalho noBrasil. Em outros países, essa altura é outra.

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NHT 10 - I/E   NORMA DE AVALIAÇÃO OCUPACIONAL DONÍVEL DE ILUMINAMENTO

SETORAVALIADO

PONTO DEMEDIÇÃO

NÍVEL DEILUMINAMENTO

(LUX)

NÍVEL DEILUMINAMENTOEXIGIDO (LUX)

OBSERVAÇÕES

EFEITOS FISIOPATOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES ÓTICAS (INFRAVERMELHO, VISÍVEL E ULTRAVIOLETA)

DOMÍNIO ESPECTRALFOTOBIOLÓGICO 

FAIXA DE COMPR.DE ONDA  EFEITO FISIO PATOLÓGICO 

OLHOS  PELE 

UV-C (germicida)  Fotoqueratite Eritema(queim. solar),queimadura eenvelhecimento dapele 

UV-B 320 – 280 nm(queimadura solar) 

Fotoqueimaduras ecatarata fotoquímica 

Aumento dapigmentação 

UV-A  400 – 320 nm

(prox.da luz negra) 

Catarata fotoquímica Escurecimento dopigmento e queimadurada pele 

VISÍVEL  380 – 760 nm Danos fotoquímicos etérmicos na retina 

Escurecimento dopigmento, reaçõesfotossensítivas equeimadura da pele 

IR-A 760– 1400 nm  Catarata e queimadura

da retina Queimadura da pele 

IR-B  1,4µµµµm – 3 µµµµm Queimadura da córnea,vermelhidão, catarata 

Queimadura da pele 

IR-C  3µµµµm – 1 mm  Queimadura da córnea  Queimadura da pele 

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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International Labor Office.2) RISCOS FÍSICOS – Giampaoli e outrosFUNDACENTRO.3) MAGNETIC FIELDS HEALTH AND SAFETY GUIDEWORLD HEALTH ORGANIZATION – GENEVA, 19894) NONIONIZING RADIATION PROTECTION

Michael J. SuessWorld Health Organization – 1982 pg44

5) SAFETY WITH LASERS AND OTHER OPTICAL SOURCESA Comprehensive HandbookDAVID SLINEY and MYRON WOLBARSHT – July 1980

6) http://www.lincx.com.br/lincx/orientacao/vida_saudavel/radiacoes.html - 12092003

7) http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/fator.htm

8) http://www.monamb.furg.br/portugues/uvindex.html 

9) Sites internacionais especializados no índice ultravioleta:

www.epa.gov/ozone/uvindex 

www.safesun.com/uv map.html www.weather.com/brecking weather/encyclopedia/uvindex.html www.cpc.ncep.noaa.gov/products/stratosphere/uv index/uv current.htm 

www.1.tor.ec.qc.ca/uvindex/  http://www-med-physik.vu-wien.ac.at/uv link00.html www.stormfax.com/uvindex.htm 

www.washingtonpost.com./wp-srv/wether/  www.usatoday.com/wether/wuv.htm 

www.meteo.pt/uv/indiceuv.thm 

http://www.who.int/peh-uv/UVindex.htm http://www.who.int/peh-uv/sunprotection.htm 

www.epa.gov/ozone/uvindex/uvover.html. http://www.nsc.org/EHC/sunwise/UV.htm 

http://www.dermo.pt/?det=81&mid=529 (SOCIEDADE PORTUGUESA DE DERMATOLOGIA E

VENEREOLOGIA)

10) SITES SOBRE RF/MO

http://www.who.int/peh-emf/about/WhatisEMF/en/  http://www.who.int/peh-emf/about/WhatisEMF/en/index2.html 

11) SITES SOBRE LASER

http://www.laserline.com.br/Inova.htm 

http://www.biblioteca.unesp.br/bibliotecadigital/document/?did=742 

http://www.ipen.br/scs/orbita/2000_11_12/laser.htm 

http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2002/unihoje_ju189pag5b.html http://www.usp.br/jorusp/arquivo/2000/jusp531/manchet/rep_res/rep_int/especial2.html http://www.saudenainternet.com.br/caminhosdocorpo/caminhosdocorpo_16.shtml http://www.laserline.com.br/SLHAIR.htm