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TITULO FOLHA
MATERIAL DE APOIO DIDÁTICO : ATLETISMO
1
Responsável Prof. João Francisco Moreti
AULA 1
TREINO DESPORTIVO
1. OS MÉTODOS DO TREINO DESPORTIVO
“- Poderia me dizer por favor, que caminho devo tomar para ir embora daqui? Disse Alice ao gato.
- Depende de onde queira ir disse o gato. - Não me importa muito para onde, disse Alice - Então não importa que caminho tomar, respondeu o gato - Portanto que chegue a algum lugar, Alice acrescentou - Oh, isso você certamente vai conseguir, desde que ande bastante,disse o
gato...”CARROLL,1832-1898).
Há um velho ditado alemão que diz que “muitos caminhos conduzem a Roma”, isto quer dizer que, se
pode atingir um objetivo de várias formas. Os profissionais do desporto seguem muitos caminhos para alcançar o(s)
seu(s) objetivo(s)
Por métodos de ensino ou de instrução entendemos as vias que o professor tem de escolher a fim de
orientar o processo de aprendizagem dos seus alunos, isto é, o processo de absorção do conhecimento de
percepções, convicções aptidões, capacidade e hábitos no propósitos de conduzi-los a bons resultados.
Assim entendemos que o treino desportivo como processo pedagógico tem características diferentes da
Educação Física geral e obrigatória . Desta forma os métodos de treinos são meios dos quais o atleta recebe
preparação para executar habilmente determinados exercícios a desenvolver e aperfeiçoar constantemente a sua
forma física( força,velocidade, resistência).
Os métodos de preparação combinam dois grandes grupos:
� Métodos de aperfeiçoamento político - moral do indivíduo
a) Método de instrução: consiste em proporcionar orientação e esclarecimento e tem por
objetivo o estabelecimento de convicções firmes. Inclui os seguintes meios educativos: orientação moral dada
pelo professor com explicações baseadas em exemplos de conduta correta , exposições e relatórios feitos pelos
próprios alunos, sobre problemas éticos.
b) Método do exemplo vivo: este respeita, principalmente ao exemplo proporcionado pela
conduta do próprio professor. Só é eficaz quando o comportamento deste corresponde às suas palavras,
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quando ele incute respeito aos seus alunos. O valor para os alunos, do exemplo vivo depende do caráter do
professor ou treinador.
c) Método da verificação: a verificação do comportamento dos alunos contribui, essencialmente
para o desenvolvimento de hábitos de atuação planejada e responsável. A verificação deve ser parte
integrante do processo de preparação dos atletas.
d) Método de apoio: consiste no exercício da critica e na administração de encorajamento. È
mais eficaz quando todo o coletivo participa.
e) Método da apreciação: consiste na formulação de juízos positivos ou negativos. O principal é
que seja usada a medida justa e que o elogio ou a reprima nunca sejam dados em termos absolutos; é
fundamental que sejam julgados com uma mesma medida por todas as pessoas
f) Métodos dos objetivos: neste método consiste em definir um método essencial para a
inclusão qualidades morais e de regras de conduta. No decorrer do processo de preparação a definição de
objetivos deverá servir para executar todo o plano de treino previamente estabelecido. No entanto isto exige que
o treinador esteja familiarizado com o potencial educativo dos meios e métodos de treino e com programas
específicos.
� Métodos educativos
No processo de educação e formação dos atletas o método principal é o exercício. As capacidades
atléticas só podem ser aperfeiçoadas e os fatores da forma e das aptidões coordenativas só podem desenvolver-se
por meio da repetição de exercícios físicos específicos. Os métodos são, portanto subdivididos em partes que se
completam umas às outras.
2 . MÉTODOS DE CRIAÇÃO DE APTIDÕES MOTORAS
Há em primeiro lugar toda uma série de métodos para a exposição do assunto. Dizem respeito às
tarefas práticas do ensino e às relações entre treinador e atleta ou professor e aluno.
3. TRANSMISSÃO DO CONHECIMENTO
a) Método de apresentação: O objetivo é o de obter uma boa compreensão dos movimentos a
executar. Os principais métodos de apresentação consistem nas demonstrações e explicações há vários métodos
de demonstração:
� Demonstração ideal: feita pelo professor, dá ao aluno uma visão global do exercício. Este
método perde eficácia quando os movimentos são efetuados a grande velocidade, como é o caso dos saltos.
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� Demonstração lenta: parte dos exercícios completam a demonstração da totalidade e põe em
relevo as suas fases mais importantes. Este tipo de demonstração é utilizado nas disciplinas de lançamento em que
o atleta larga o dardo pode ser demonstrado em movimento lento enquanto a sua minuciosa explicação vai sendo
dada.
� Marcações: são extremamente convenientes, mas infelizmente não são muito usadas.
� Por meio de filmes: desta forma o treinador ou professor pode dar explicações mais clara. O
filme apresenta bastantes vantagens sobre a imagem fixa, pois mostra muito melhor toda a seqüência dos
movimentos.
� As explicações: podem ser simplesmente descritivas ou destinar-se a entrar na analise de
pormenores, etc...
b) métodos de direção: estes métodos compreendem definição das tarefas.
c) método da avaliação: A averiguação é feitas por meio de verificações e atribuições de
pontuações.
4. TRATAMENTO DO ASSUNTO
Os métodos de tratamento do assunto ou de organizar a matéria a expor são exatamente o que este
nome indica. São estruturas do exercício a ensinar e o seu grau de complexidade que determina o modo como ele
deve ser abordado.
O treinador, depois de refletir sobre isto, decidira qual serie ou seqüência de exercícios a utilizar.
A série de exercícios pode ser mais ou menos longa, mas é preciso procurar que eles sejam no menor
número possível. Deve-se respeitar estritamente a ordem exata pela qual os exercícios têm de ser praticados.
Há vários métodos práticos para organizar o assunto do treino.
No método de aprendizagem global o exercício é dado como um todo e a execução é simplificada ou
facilitada. este método tem a vantagem de reduzir desde o início adequada sensação de ritmo e de aplicação de
forças. Usualmente serve apenas para exercitar a forma geral do movimento e é aplicado, principalmente ao treino
de jovens.
No método de aprendizagem parcial (ou analítica) a nova aptidão motora é adquirida com diversas
exercícios que correspondem às diversas fases, ou partes, do movimento total. È preciso dominar bem cada
exercício antes de passar ao próximo. Este método é utilizado em movimentos muito complicados (salto com vara,
lançamento de disco) ou em movimentos que não podem ser simplificados.
Ainda temos que considerar o método analitico-sintetico, no qual o instrutor separa o exercício nos
seus diversos elementos constitutivos para que sejam objetos de praticas especializadas.
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Os elementos são previamente isolados são finalmente reunidos nessa totalidade. Por exemplo o
lançamento do peso é por aprendido por este método. Começa-se por aprender o lançamento sem balanço, a seguir
passa-se ao deslizamento e por fim ao movimento global.
5. O TREINO TÉCNICO
Para ensinar a técnica, é preciso conhecer a seqüência dos movimentos e as suas leis. Os
especialistas de atletismo foram progressivamente conduzidos à opinião de que todos os principiantes devem
aprender a mais moderna técnica.
Portanto todos os treinadores e professores de desporto devem estar perfeitamente familiarizados com
as particularidades da moderna técnica e com as leis que se baseia a aprendizagem dos novos movimentos.
A teoria de PAVILOV baseia-se no conceito de reflexo. De acordo com esta teoria, cada movimento do
corpo humano é constituído do ponto de vista neurofisiológico, por uma cadeia de reflexos sucessivos na qual são
do maior interesse os reflexos condicionados, que são respostas do organismo a estímulos externos e internos. Os
reflexos são adquiridos, estão sujeitos a mudanças são limitados no tempo.
6. PROCESSO DE APRENDIZAGEM
O processo de aprendizagem é influenciado por diversos fatores (a complexidade do movimento a
aprender, a capacidade de aprendizagem do atleta, a competência do atleta, a competência do professor).
Não é qualquer atleta forte e ágil que aprende um novo movimento em pouco tempo, sabe-se que os
atletas versáteis adquirem mais depressa as novas aptidões graças a uma faculdade do córtex cerebral denominado
plasticidade.
A plasticidade é a aptidão de criar novos complexos de reflexos condicionados e de modificar os que já
existem. Quanto mais complexos existem, maior é a plasticidade.
Quanto mais e mais variados são os estereótipos dinâmicos que o atleta adquiriu no decurso da sua
multiforme preparação atlética, maior é sua capacidade de aprender movimentos e de modificar os padrões que já
domina. A apropriação de novas aptidões dá-se em três fases nem sempre perfeitamente distintas. Estas fases
são:
� Coordenação aproximativa dos movimentos (absorção dos elementos basilares de um
movimento na sua forma grosseiramente geral)
Antes da aprendizagem de um movimento novo é costume fazer-se sua demonstração por partes. O
aluno ou atleta segue atentamente todas as fases da demonstração para conseguir compreender claramente a
totalidade do movimento. A principio, apenas vê o que lhe é mostrado, mas ainda não sabe executa-lo.
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� Coordenação fina dos movimentos (correção, afinação, diferenciação)
Esta fase corresponde aos processos de diferenciação da excitação e inibição. A forma aproximativa
transforma-se por meio de muitas e muitas repetições, na forma afinada, que corresponde ao movimento eficaz e é
econômica, pois poupa as energias do atleta, pelo que lhe assegura mais fácil.
Assim caracteriza pela prática consciente, o professor guia a atenção do aluno ou atleta para as partes
construtivas do movimento total.
� Estabilização do movimento (consolidação e adaptação a condições favoráveis)
Nesta fase corresponde à concentração das excitações e inibições em certas áreas do córtex cerebral.
Os movimentos são agora executados com alto grau de eficácia, estabilizam-se e consolidam-se.
A consolidação é o resultado da automatização, sendo estes mais rápidos, econômicos e executados
com confiança.
7. ELEMENTOS BÁSICOS DO TREINO / AULA DO ATLETISMO
O treino / aula deve ser entendido como um processo especializado de condicionamento físico global,
cujo objetivo é a preparação dos atletas e/ou alunos para a prática desportiva.
Este treino inclui discussões de grupos sobre assuntos educacionais, técnicos, táticos e metodológicos
fora do treino/aula normal.
7.1. TAREFAS
As tarefas essenciais do treino/aula são:
� Formação e desenvolvimento da personalidade do atleta/aluno.
� Desenvolvimento global das condições físicas dos atletas, conservação da saúde e
fortalecimento do seu caráter.
� Desenvolvimento de atributos físico especiais para disciplinas desportivas especifica
� Aprendizagem e aperfeiçoamento de aptidões táticas essenciais a participação e competição
� aprendizagem da técnica e tática e dos métodos de treinamento.
� Educação doa atletas/alunos no plano moral, de modo a que os seus sentimentos, convicções
e hábitos correspondam aos requisitos da sociedade.
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7.2. MEIOS DE TREINOS
Os métodos mais importantes para consecução dos objetivos e realização das tarefas do treino são os
exercícios físicos. Para preparação técnica e física, são utilizados exercícios da própria modalidade ou de
modalidades semelhantes.
Também são incluídos no treino geral exercícios especiais destinados a facilitar o desenvolvimento de
aptidões técnicas especiais, da velocidade, da agilidade, da força e da resistência.
7.3. EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO NO TREINO
O treino desportivo é na sua essência um processo educativo por meio do qual os atletas são
educados e formados.
A formação pelo treino/aula significa acima de tudo , o desenvolvimento das faculdades físicas e
mentais dos atletas/alunos, bem como a aquisição e aperfeiçoamento das suas aptidões técnicas e dos seus
conhecimentos táticos. O comportamento geral dos atletas/alunos e sua educação podem também ser incluídos na
área do aperfeiçoamento individual.
Em resumo pode-se dizer que a educação respeita à disposição do atleta /aluno para disposição a
realidade desportiva, enquanto que a formação respeita à sua aptidão e capacidade para o conseguir.
Os principais aspectos do treino/aula podem ser caracterizados do seguinte modo:
� A educação influência a conduta moral, o caráter e a força de vontade, favorece a sua disposição
para a realização desportiva.
� A formação serve para aquisição e desenvolvimento de uma aptidão técnica particular, do
conhecimento da tática e ainda de conhecimento especiais; influenciar o desenvolvimento dos atributos físicos de
base do atleta e para desenvolver a sua capacidade de realização desportiva eficiente.
No processo de treino dos atletas ou das aulas dos alunos, como em qualquer outro processo
educativo, há uma intima relação entre a educação e a formação. A sua permanente e consciente associação
assegura a realização de importantes objetivos.
Como processo educativo e de formação, o treino/aula desportivo deve auxiliar os praticantes a
transformar-se em pessoas de mentalidade amplamente desenvolvidas que pensam e atuem de acordo com suas
potencialidades e qualidades. De todas as formas de educação e formação o treino/aula é uma das mais eficazes.
Por meio dele os atletas/alunos passam por esforços e situações físicas e mentais que devem
contribuir para a resolução de diversos problemas educativos. Desta forma o treino/aula desportivo pode
desenvolver uma quantidade de aptidões e capacidades e fornecer ao atleta novos conhecimentos importantes para
a vida profissional e social.
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Como processo educativo, o treino/aula atlético tem de ser bem planejado e tem de fundar-se em
bases cientificas. Estas bases provêm da teoria e do ensino da Educação Física.
A prática educacional fornece uma vasta gama de importantes princípios, diretivos e métodos, que
permitam ao treinador/professor fazer-se entender de formação mais sistemática e eficaz e evitar fracassos e
absurdos.
Uma das características da preparação do atleta/aluno como processo educativo é o papel condutor
do treinador/professor, que com suas diretivas colabora intimamente no processo de aprendizagem. O
treinador/professor dirige e orienta a disposição moral, a determinação, a preparação física, técnica e tática dos
atletas/alunos.
Este profissional planeja e organiza os treinos/aulas, por meio da sua atuação determina até que ponto
a preparação desportiva dos atletas/alunos a seu cargo esta adequada ou não. O trabalho desportivo sob
orientação de um profissional qualificado é sempre muito mais eficaz e de muito maior valor educativo do que a
atividade espontânea.
O profissional possui vastos conhecimentos científicos e metodológicos, que habilitam a organização e
condução sistemática dos treinos/aulas, assim preparando atletas/alunos com êxito. Mas o papel condutor deste
profissional não deve limitar-se a alguns aspectos ou partes da preparação do atleta/aluno, ou seja, deve-se atentar
a todo o processo de treino/aula.
8. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO TREINO /AULA DO ATLETISMO
A estruturação de uma sessão de treino funda-se em princípios definidos, que devem ser entendidos
na sua unidade lógica, a qual assegura a unidade da educação e da formação ministradas tanto na sala de aula
como na atividade prática.
Os erros só poderão ser evitados quando todos estes princípios forem dados as devidas importâncias.
Estes princípios gerais são os seguintes:
� Princípio da versatilidade.
O principio da versatilidade é , pois objeto de muita atenção no sistema escolar de educação e
instrução. A variedade da educação e instrução tem relação estreita com o trabalho multifacetado de educação e
formação física.
A variedade do ensino ministrado no nível médio habilita as pessoas a desempenharem tarefas cada
vez mais diversificadas e complexas no mundo das atividades produzidas no nosso dia a dia. A versatilidade é
essencial para um justo equilíbrio entre o aperfeiçoamento físico e o aperfeiçoamento mental. Na preparação
desportiva a versatilidade pode ser:
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� Versatilidade em modalidades diversas
� Versatilidade numa só modalidade (atletismo)
Se um desportista/aluno é bom em diversas modalidades, podemos falar em versatilidade geral.
Quando a versatilidade é num só desporto pode ser designada por versatilidade especifica.
� Princípio da promoção da saúde
Todos os jovens aptos para atividade desportiva participam em classes desportivas gerais e
obrigatórias. Estas classes de acordo com o principio da promoção , tem de ser de tal modo organizadas que por
um lado , uma intensidade mínima de atividade produza no organismo da criança, do adolescente, ou do adulo, a
capacidade de adaptar-se à condições diferentes e por outro lado, haja possibilidade de evitar sobrecargas por meio
da modificação da quantidade de exercícios nos diferentes casos particulares.
O esforço total a despender durante as aulas desportivas está, necessariamente, em relação direta
com o sexo e a idade e tem de originar um máximo de possibilidades de desenvolvimento.
� Princípio da utilidade A educação e a formação nas classes desportivas gerais obrigatórias, bem como nos treinos/aulas
tem de realizar-se em conformidades com métodos cientificamente fundamentados que garantam a consecução dos
objetivos educacionais dessas classes ou treinos. O principio da utilidade significa ainda que as lições de desporto
e os treinos devem redundar em benefícios. Isto só é possível se houver unidade entre a teoria e a prática.
� Princípio da clara consciência
O principio da clara consciência desempenha tanto no decurso das aulas de desporto como no dos
treinos, um papel fundamental para a educação dos atletas num espírito de disciplina consciente de colaboração
ativa, de autoconfiança, e de atuação independente.
O treinador ou professor só pode contar com um comportamento disciplinado por parte de seus
atletas/alunos que lhes são confiados se lhes explicar a motivação desses treinos e dessas aulas.
Os atletas/alunos devem ser conduzidos por meios adequados à sua idade e às suas características
pessoais, a contribuir ativamente para o bom desenvolvimento das atividades. Isso pode ser conseguido se uns e
outros realizarem repetições dos exercícios, se observarem e corrigirem uns aos outros, se levarem a cabo as
tarefas dos treinos/aulas com exata compreensão dos objetivos em vista.
Conforme a correspondências tornam-se positivas, podemos concluir que o treino/aula esta adequada,
mas se logo um atleta/aluno começa a dar sinais de desinteresse, pode estar certo de que esta ocorrendo excesso
de exercício.
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Deve-se deixar claro ao atleta/aluno que sua atividade não se destina exclusivamente ao prazer
pessoal ou aperfeiçoamento pessoal, mas sim que seus resultados contribuíram para sua vida pessoal.
O princípio da clara consciência será assim eficaz no desenvolvimento e aperfeiçoamento das aptidões
do atleta/aluno, contribuindo par o seu conhecimento das relações e trocas rítmicas entre esforço e descanso nas
diferentes fases dos desenvolvimentos de suas atividades desportivas.
Este principio exige que o atleta/aluno equilibre os seus interesse desportivos com a vida pessoal
(social, familiar e profissional).O principio da clara consciência, em ligação com o principio da utilidade, fará do atleta
não só um bom desportista, mas também um trabalhador-modelo ou um estudante exemplar.
� Principio da repetição
O principio da repetição é particularmente importante para o desenvolvimento de um padrão dinâmico-
motores. Os movimentos automatizam-se por meio de um número gradualmente crescente de repetição e ao
mesmo tempo a força, a resistência, a velocidade melhoram também.
Cabe ressaltar que o número de repetições não pode ser arbitrário, pois que determinadas cargas
aplicadas num certo intervalo de tempo provocam fadiga geral e efeitos secundários.
Desta forma o principio da repetição aplica-se assim à carga total a aplicar durante cada sessão de
treino e a freqüência destas sessões. Para um planejamento correto das cargas em função da idade e dos
agrupamentos a treinar, o treinador/professor tem de saber qual o grau de esforço exigido para cada tipo de
exercício.
� Principio de sistematização
Este principio aplica-se no treino, aos aspectos da educação, da base técnica e do aperfeiçoamento
das capacidades condicionais e coordenativas: força,velocidade,resistência,mobilidade, extensibilidade e agilidade.
Os objetivos fixados para a aquisição de novas aptidões só podem ser alcançados se houver sistematização do
trabalho.
As capacidades condicionais e coordenativas só são melhoradas quando se aumenta gradualmente a
carga total imposta ao organismo.Este aumento deve ser planejado de acordo com a aptidão física, baseada na
experiência anterior e fundamentado em leis formuladas por fisiologistas nas suas investigações sobre o
aperfeiçoamento das qualidades físicas de base.
A prática mostra que a organização cíclica dos treinos dá os melhores resultados. Um ciclo de treino é
a distribuição das cargas máximas em períodos semanais, mensais ou todo um ano. O caráter cíclico do treino
implica que o esforço e a recuperação devem alternar entre si segundo determinado padrão rítmico. Como os
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esforço devem ser gradualmente aumentados ao longo de cada ciclo, isto significa que a carga total se aproximará
da carga máxima.
Desta forma deverá ser reduzida a fim de permitir que o organismo se recomponha.
� Principio da durabilidade
O principio da durabilidade reclama uma estruturação dos treinos que assegure a estabilidade das
aptidões adquiridas, bem como das capacidades condicionais e coordenativas, durante um prazo longo e sem perda
de qualidade. Este principio esta, pois, intimamente relacionados com os princípios da repetição e da
sistematização
As aptidões rapidamente adquiridas costumam ser perdidas facilmente com qualquer breve interrupção
e só ganham estabilidade quando repetidas instantaneamente a intervalos curtos.Também há aptidões tão
arraigadas que impedem posteriores aperfeiçoamentos. O modelo adquirido não impedirá o atleta de aprender
novas técnicas, mas prejudicá-lo-á na tentativa de aperfeiçoa-la ao máximo de rendimento.
Para se libertar do antigo modelo, o atleta terá de praticar a nova técnica freqüentemente nos seus
treinos.
� O principio da gradualidade
De acordo com este principio, a carga total deve ser aumentada pouco a pouco no treino de cada grupo
etário, em especial de meninos e meninas. Este é o único meio de evitar danos no sistema cardiovascular ou
noutras partes do corpo. A fim de desenvolver padrões dinâmicos - motores de acordo com este principio é preciso
seguir certas regras pedagógicas gerais, designadamente:
a) Partir de formas simples para formas mais complexas
Isto significa que, por exemplo, a técnica de um movimento é simplificada para efeito dos exercícios. O
principiante não terá, assim de dominar desde logo todos os pormenores da modalidade.
Cada técnica tem seus delineamentos gerais, uma vez adquiridos e conhecidos estes, poderá começar
a afinar a técnica do atleta/aluno, ou seja, modelar a forma já mais elaborada até que a técnica de base tome um
caráter pessoal.
b) Partir de formas fáceis para formas mais difíceis
Nesse processo são criadas ao principiante condições de maior facilidade. Um movimento
ritmicamente difícil pode ser aprendido melhor e mais depressa com auxilio de um acessório mais
leve(peso,disco,dardo,etc...) ou com aparelhos mais baixos (barreiras ou traves).
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Passar da forma fácil à difícil exige por vez a aprendizagem de uma série de movimentos a velocidade
reduzida. Exemplo o lançamento do dardo, poderá ser iniciado com marchas lentas, depois em marcha trotada e
finalmente em marcha acelerada.
c) Partir das formas conhecidas para as desconhecidas
Consolidam-se aqui os movimentos que já são familiares ao atleta, ou seja as aptidões que ele já
possui, antes de começar a preparar movimentos novos ou novas aptidões. O lançamento de uma pelota, uma
pedra entre outros, podem ser um bom ponto de partida para a aprendizagem da técnica correta do lançamento do
dardo.
� O principio da influência da idade
Este principio reclama a utilização de diferentes métodos de treino conforme se trate de crianças,
adolescentes, jovens e adultos, o treinador/professor deve conhecer as diferenças anatômicas, fisiológicas e
psicológicas de uns e outros nas diversas fases da vida e organizar os treinos de acordo com esses conhecimentos.
Os objetivos da educação física devem em todos os níveis etários adaptar-se ao nível físico e psíquico
de desenvolvimento dos atletas/alunos. Portanto é necessário aplicar métodos e meios diferentes, os quais devem
adequar-se aos níveis de cada grupo e até de cada individuo.
Este principio atenta para que o treinador/professor exemplifique os movimentos às crianças com um
mínimo de explicações verbais , enquanto que aos adolescentes ou adultos, já poderão fornecer mais pormenores,
pois; é de se esperar deles um certo nível de conhecimento geral.
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AULA 2
CONCEITOS DA FÍSICA RELACIONADOS AO MOVIMENTO
1. CONCEITOS BÁSICOS DO MOVIMENTO
Há três formas de movimento humano: movimento linear, movimento angular e movimento
generalizado.
O movimento linear (translação) ocorre quando todas as partes do corpo se movimentam à mesma
distância, na mesma direção e ao mesmo tempo (fig 2). Para facilitar o entendimento e verificação deste movimento,
observa-se dois pontos num corpo e visualiza-se o que acontece com a linha traçada por esse pontos durante o
movimento.
Ao contrário do movimento linear o movimento angular (rotação) ocorre quando um corpo se move
numa trajetória circular sobre a linha central de uma maneira que todas as partes do corpo se movem por meio de
um mesmo ângulo, em uma mesma direção e ao mesmo tempo (fig.1). A linha central a qual se encontra no ângulo
reto no plano do movimento é conhecida como eixo de rotação (é importante ressaltar que a um eixo de rotação é
uma linha e não um ponto).
Já o movimento generalizado são movimentos combinatórios dos movimentos lineares e/ou
angulares(fig 3)
Figura 1 . Representação dos movimentos angulares (HAY & REID,1985).
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Figura 2. Representação do movimento de translação(HAY, 1985).
Figura 3. Representação do movimento generalizado (HAY & REID,1985).
2. PLANOS DE REFERÊNCIA ANATÔMICOS O corpo humano esta dividido em três planos cardinais (fig.4). Um plano é uma superfície
bidimensional com uma orientação definida por coordenadas espaciais de três pontos distintos dentro de um plano,
e que não estão na mesma linha. Cada um dos três planos é dividido em quatro quadrantes por dois do três eixos
perpendiculares x, y e z.
O plano sagital, também conhecido como pano cardinal antero – posterior (YZ) ou plano cardinal
media, divide o corpo verticalmente em metades direita e esquerda.
Neste plano ocorrem movimentos do corpo ou de segmentos corporais para frente e para trás(flexão e
extensão)
O plano frontal também conhecido com plano cardinal coronal ou plano cardinal (XY) lateral divide o
corpo verticalmente em metades anterior e posterior com pesos iguais. Neste plano ocorrem movimentos laterais
corporais aproximando-os ou afastando-os da linha média do corpo (abdução-adução).
O plano transverso divide o corpo em metades superior e inferior(XZ) de mesmo peso. Neste plano
ocorrem movimentos corporais paralelos ao solo quando o corpo esta em posição ereta (rotação)
Em um individuo na posição de referencia anatômica, a interseção dos três planos cardinais ocorre em
um ponto conhecido como centro de gravidade do corpo.
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Figura 4. Representação geométrica dos planos e dos eixos corporais (HALL, 1993; LEHMKUHL & SMITH,1989) .
Quando um segmento corporal se move, ele sofre um deslocamento angular em torno de um eixo
imaginário de rotação que passa por meio da articulação à qual este segmento está ligado. Existem três eixos de
referência para a descrição dos movimentos humano e cada u m orientado perpendicularmente a um dos três
planos de movimento.
O eixo transversal atravessa o corpo de lado a lado. Portanto, o plano perpendicular a este eixo é o
plano sagital. Já o eixo antero-posterior atravessa o corpo da frente para trás e está associado com a movimentação
no plano frontal, o plano longitudinal atravessa o corpo de cima para baixo, sendo assim perpendicular ao plano
transversal.
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3. CONSIDERAÇÕES SOBRE O MOVIMENTO
A ciência da mecânica pode ser dividida convenientemente em duas partes, uma que trata somente de
descrever a natureza do movimento (cinemática - linear/angular) e outra que explica as causas do movimento
(cinética - linear/angular).
A cinemática que descreve o aspecto do movimento distingue-se da cinética, que estuda as forças
associadas ao movimento. A cinemática linear envolve o estudo da forma, padrão e seqüência do movimento linear
em relação ao tempo, sem referencia à força ou forças que causem ou resultem do movimento.
4 CINEMÁTICA E MOVIMENTOS LINEARES
4.1 Distância Linear x Deslocamento Linear
As unidades de distância e deslocamento são unidades de comprimento.
Quando um corredor completa uma volta e meia numa pista de 400m, a distância que ele cobriu é
igual a 600m. O deslocamento é medido esticando uma linha reta imaginária da posição inicial até a posição final
(fig. 5)
Figura 5. Representação gráfica do deslocamento e da distância(HALL,1993)
4.2 Rapidez Linear x Velocidade Linear
São duas grandezas que incorporam conceitos de distância e deslocamento. estes termos são
freqüentemente usados como sinônimos na conversão informal, mas em mecânica eles tem significado preciso e
diferentes.
A rapidez é uma grandeza escalar, sendo definida como comprimento (distância) dividido pelo intervalo
de tempo.
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Velocidade é a mudança de posição ou o deslocamento que ocorre em dado intervalo de tempo. Como
a velocidade se baseia no deslocamento, ela também é uma grandeza vetorial.
4.3 Aceleração linear
A aceleração define-se como a taxa de alteração de velocidade ou a mudança de velocidade que se
dá em um dado intervalo de tempo.
Na linguagem informal, a palavra aceleração significa tornar mais rápido ou aumentar a velocidade.
4.4 Aceleração da gravidade
Todos os corpos na superfície ou perto da superfície da Terra são atraídos pela gravidade. Se estes
corpos estão no ar são acelerados voltados à superfície da Terra numa aceleração constante de 9,81m/s2 .
4.5 Projéteis
Corpos projetados no ar são denominados projéteis , Um disco, um dardo, um saltador em altura são
projéteis enquanto se estiverem deslocando no ar sem controle.
Entretanto nem todos os objetos que se projetam através do ar são projéteis. O projétil é um corpo em
queda livre que esta sujeito unicamente à força da gravidade e à resistência do ar. Corpos influenciados pelas
forças geradas por seus motores não são projéteis.
Os fatores que influenciam na trajetória de um projétil são: o ângulo de projeção, a velocidade da
projeção e a altura relativa da projeção (fig 6)
Figura 6. Representação gráfica dos fatores que influência a trajetória de um projétil (HALL,1993).
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4.6 Ângulo de projeção
Ângulo de projeção e os efeitos da resistência do ar determinam a forma do projétil. Alterações da
velocidade de projeção influenciam na extensão da trajetória, mas usa forma depende unicamente do ângulo da
projeção . Se o ângulo de projeção for perfeitamente de 90º, o projétil percorrera o mesmo caminho retilíneo para
subir e descer.
Se o ângulo for obliquo (entre 0º e 90º) a trajetória será parabólica. Caso seja lançado horizontalmente,
seguira uma trajetória lembrando uma parábola(fig 7)
Figura 7. Representação gráfica do alcance da distância em função do ângulo de projeção (HALL,1993).
4.7 Influência da velocidade de projeção.
A velocidade de projeção determina o comprimento ou tamanho da trajetória do projétil. Quando um
corpo é lançado verticalmente para cima a velocidade inicial do projétil determinará a altura do ápice (ponto mais
alto da trajetória), já para um corpo que é projetado em ângulo obliquo, a velocidade de projeção determinará tanto
quanto a altura quanto o comprimento horizontal da trajetória.
O desempenho na execução de um salto vertical sobre uma superfície plana depende inteiramente da
velocidade de lançamento, isto é, quanto maior a velocidade de lançamento, maior a impulsão e quanto maior a
impulsão, maior será o tempo de permanência no ar.
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4.8 Influência da altura de projeção relativa
O terceiro fator que influência a cinemática do movimento do projétil e a altura relativa de projeção.
Este fator corresponde à diferença entre a altura de onde o corpo é inicialmente projetado e a altura na qual ele
aterrissa em uma superfície ou é bloqueado. Quando um atleta lança o disco a uma altura de 1 ½ m acima do solo,
a altura de projeção relativa será de 1 ½ m, pois a altura de projeção esta a 1 ½ m acima dom campo onde ele
aterrissa.
5. CINEMÁTICA E MOVIMENTOS ANGULARES
O movimento angular é um movimento rotacional em torno de um eixo. O eixo de rotação é uma linha
imaginária perpendicularmente ao plano onde ocorre a rotação.
Entender o movimento angular é particularmente importante para estudioso do movimento humano,
pois os movimento voluntários do homem envolvem rotação de um ou mais segmentos corporais em torno das
suas articulações .
5.1 Distância Angular e Deslocamento Angular A distância angular por meio da qual um corpo em rotação se move é o ângulo entre suas posições
inicial e final medindo seguindo-se o percurso tomado pelo corpo(fig 8a). Se um pendulo balança em um arco de 60
graus, ele balança por uma distância angular de 60 graus. Se o pendulo, então balança para trás em um ângulo
de 60 graus ele terá a soma de todas as alterações angulares total de 120 graus. A distância angular é medida
como a soma de todas as alterações angulares que ocorrem na rotação de um corpo.
Se a articulação do cotovelo varia de 180 graus para 40 graus, durante a fase de flexão de um
exercício, a distância angular percorrida será de 140 graus.
Desta forma o deslocamento angular é obtido pela diferença entre a posição inicial e a final do corpo
em movimento (fig 8b)
O deslocamento angular é uma grandeza vetorial, possuindo tanto direção quanto magnitude. Se a
rotação do deslocamento for observada numa perspectiva perpendicular no sentido horário(-) ou anti-horário(+) a
direção do deslocamento poderá ser designada usando esses termos
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Figura 8. Representação gráfica da distância angular e do deslocamento angular (HALL,1993)
5.2 Rapidez Angular x velocidade Angular A rapidez angular de um corpo e rotação obtida pela divisão da distância angular por meio da qual o
corpo se move pelo tempo gasto para fazê-lo . Já a velocidade angular (ω) é calculada pelo percurso angular
realizado pelo tempo gasto.
5.3 Aceleração angular A aceleração angular de um corpo é obtida dividindo-se a alteração de sua velocidade angular pelo
tempo gasto
6. RELAÇÕES ENTRE MOVIMENTOS LINEARES E ANGULARES Por que um bastão de guia é mais longo do que o de arremessar? Por que o batedor desliza a mão
para cima ao segurar o bastão na execução de um arremesso suave e não o faz para um arremesso poderoso? A
relação entre o movimento angular dos objetos usados e o movimento linear resultantes da bola rebatida responde a
essas perguntas.
6.1 Deslocamento linear e angular
Quanto mais distante estiver localizado um dado ponto do centro de rotação de um corpo, maior será
seu deslocamento linear (fig.9) Esta observação é expressada pela equação simples: d= r.θ, onde d é a
deslocamento linear, r é o raio de rotação( distância do ponto ao eixo de rotação) e o θ é o deslocamento angular
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Figura 9. Representação do deslocamento linear e angular(HALL,1993)
6.2 Velocidade linear e velocidade angular
O relacionamento entre velocidade (v) e a velocidade angular (ω) é resumida pela seguinte fórmula:
v= ω.r
r= raio, que é a distância entre o eixo de rotação e o pronto de contato. Este relacionamento sugere
que existe apenas duas maneiras nas quais a velocidade de contato de um corpo em rotação pode ser aumentada
(aumentando sua velocidade angular e/ou aumentando o raio(fig.10).
Figura 10. Representação gráfica das relações entre velocidade linear e velocidade angular ( HAY
& REID,1985)
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7. CINÉTICA
Cinética é o ramo da mecânica que trata das causas do corpo se mover de uma dada forma.
7.1 Inércia
Em mecânica, a propriedade de um corpo relutar em alterar o que esta fazendo é chamado de
inércia.No sentido amplo, inércia significa resistência à ação ou alteração.
Inércia é a tendência de um corpo manter seu estado atual de movimento, esteja ele parado ou
movendo-se a uma velocidade constate.
7.2 Massa
A quantidade de matéria de um corpo (massa) é uma medida da inércia do corpo, expressa em
unidades de quilograma(kg).
7.3 Força
Uma impulsão ou tração que altere ou tenda a alterar o estado de movimentação de um corpo é
chamada de força , as forças são quantidades vetoriais, isto é, apresentam-se em magnitude e uma direção e
podem ser somada e resolvidas utilizando-se a regra dos paralelogramo de vetores e são medidas em Newton(N).
7.4 Peso
A força gravitacional exercida pela Terra sobre um corpo é chamada de peso e assim como a
aceleração produzida por esta força(g) recebe uma designação de especial P.
A diferenciação entre peso e massa é geralmente objeto de alguma confusão. Esta confusão pode ser
esclarecida pela consideração de como as variações de localidades afetam estas duas quantidades.
A quantidade de matéria de um corpo não se altera conforme este corpo é deslocado de um local para
outro, a massa desse é obviamente constante. Entretanto isso não é verdade para o peso que sofre pequenas
variações de acordo com a distancia do centro da Terra. Como uma das quantidades possui um valor constante e a
outra varia de acordo com sua localidade, esta duas obviamente não são exatamente a mesma.
Considere o caso de um saltador de vara no máximo de sua ascensão , nesse momento, assim como
em todos os outros momentos durante o seu salto, ele sofre a ação de uma força para baixo ( seu peso, P) em
direção ao solo, com uma aceleração, g.
A relação básica entre a massa e seu peso pode ser obtida pela utilização da equação que representa
a segunda lei de Newton : F=m.a
E substituindo os valores deste caso,
P= m.g
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7.5 Torque
Quando uma força é aplicada a um objeto como um lápis em cima da mesa , tanto translação quanto
movimento geral pode ocorrer. Se a força aplicada for perpendicular ao centro do lápis, ele sofrerá uma translação
na direção da força. Caso esta força perpendicular passar por outro ponto que não o centro do lápis, ele sofrerá
translação e rotação.
O efeito rotatório criado por essa força é conhecido como torque (T) ou momento de força. Quando
maior a quantidade de torque sobre o eixo de rotação, maior a tendência para que a rotação ocorra.
O torque pode ser calculado pela equação: T=força(f) x distância(d)
7.6 Momentum
Momentum é a quantidade de movimento de um corpo, sendo igual ao produto da massa pela
velocidade do corpo.
Momentum = massa x velocidade
Ex. uma pessoa de 70kg descendo um morro a uma velocidade de 30 m/s apresenta um momentum de
2100 kg-ms/s
Momentum é particularmente importante nas situações de impacto, pois o resultado do impacto
depende em grande parte do momentum apresentado por cada um dos corpos envolvidos. O conceito de
momentum é freqüentemente utilizado, por exemplo, como base na argumentação de que um homem pequeno e
rápido possa ser tão eficaz, nas situações de choque no futebol americano, quanto um homem maior e mais lento.
Uma alteração no momento de um corpo pode ser causada tanto por alterações na massa co corpo,
quanto por uma alteração na sua velocidade.
7.7 Primeira lei de Newton – lei da inércia
Qualquer corpo em repouso, ou se movimentando com uma velocidade constante em linha reta, continuará neste estado, a menos que seja obrigado a ser alterar por uma força externa exercida sobre ele.
Desta forma quando um jogador desliza sobre o gelo para deslocar o taco para arremessar uma pedra
ou uma bola, ele e a pedra continuarão a deslizar sobre o gelo, caso não exista forças externas que eventualmente
os fazem parar.
7.8 Segunda Lei de Newton - lei da aceleração
Para os corpos cujas massas permanecem constantes durante todo o movimento ( isto inclui a maioria
dos corpos ), a segunda lei de Newton afirma que:
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A aceleração de um corpo é proporcional á força que causou e ocorre na direção da ação dessa força.
Esta fórmula pode ser reduzida à sua forma bem conhecida: F= m.a
Desta forma quando uma pessoa colide com outra, a associação que ela transmite àquela outra pessoa
é diretamente proporcional à força que ela exerce, e indiretamente proporcional à massa daquele homem. Em
outras palavras, quanto mais violentamente ela colide, e quanto menor o seu oponente, mais provavelmente ele
conseguira empurrá-lo para trás.
Geralmente utiliza-se nas medições de forças a seguinte unidade 1 newton (N) é a força que produz
uma aceleração : de 1m/s2 em um corpo de 1Kg de massa.
7.9 Terceira lei de Newton – ação e reação
Quando um corredor realiza uma impulsão contra o taco de partida, ao inicio de um treino ou
competição, ele exerce uma força em direção inferior e posterior, como resultado desta ação de impulsionamento,
seu corpo é projetado em uma direção superior e anterior. (fig 11)
Assim o corredor é acelerado em uma direção quando ele exerce uma força em direção oposta. Esta
aparentemente contradição é explicada pela terceira lei de Newton que afirma: Para cada ação , há uma reação e
oposta
As vezes é difícil aceitar que a ação e a reação são de igual magnitude, quando os efeitos observados
em um caso especifico são bastante diferentes.
Os saltadores em distância, saltadores de altura algumas vezes são instruídos a bater firmemente
seus pés sobre o solo quando , estas instruções são baseadas na hipótese de que quanto maior a força vertical
exercida pelo individuo sobre a superfície de impulsão , maior será a força vertical de reação disponível para elevar
o individuo.
Apesar de ser evidentemente, verdade que as grandes forças em direção para baixo evocam grandes
forças de reação para cima, estas últimas não possuem qualquer utilidade prática.
Nos casos mencionados, as grandes forças verticais são exercidas contra o solo imediatamente antes
do inicio do impulso, assim que o individuo toca o solo ao fim do solo anterior. A reação a estas forças ocorre ao
mesmo tempo e não quando seria útil, mais tarde durante a impulsão , desta forma como a reação e a ação ocorrem
ao mesmo tempo, a prática de instruir os indivíduos a baterem violentamente com os pés no solo, não pode ser
justificada.
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Figura 11. Representação gráfica das forcas de ação e reação do solo (CARR,1936)
7.10 Impulso
Quando as forças externas atuam, elas modificam o momento presente no sistema de maneira
previsível , este momento depende não só da magnitude de ação das forças externas, mas também do tempo em
que cada força atua. O produto da força pelo tempo é conhecido como impulso (I= f x t)
Com freqüência a quantidade de impulso produzida pelo corpo humano contra o solo pode ser
controlada. Na execução de um salto vertical, quanto maior o impulso produzido contra o solo, maior a alteração do
momento do atleta e maior será a altura resultante do salto.
Na fase de aterrissagem de um salto é vantagioso reduzir o contato com o solo ou força máxima de
reação do solo, pois o atleta que cair rigidamente experimentará uma força de reação do solo relativamente grande
durante um intervalo de tempo curto. Assim se a flexão do quadril, joelho e tornozelo forem permitidas , aumenta-se
o intervalo de tempo durante a qual a força é absorvida, desta forma reduzindo a intensidade de força sustentada.
7.11 Centro de gravidade
A massa de um corpo é a matéria da qual ele é feito. Um único ponto está associado com todo o corpo
em torno do qual a massa corporal esta igualmente distribuída em todas as direções. Este ponto é conhecido como
centro de massa ou centro de gravidade do corpo(CG).
7.12 Localização do centro de gravidade
A localização do ponto do centro de gravidade é importante, pois mecanicamente o corpo comporta-se
como se toda sua massa estivesse concentrada nele. Por exemplo, quando o corpo se comporta como um projétil,
o centro de gravidade do corpo segue uma trajetória parabólica.
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Uma vez que o comportamento mecânico do corpo pode ser projetado seguindo-se a trajetória do
Centro de Gravidade total do corpo, este fator foi estudado como possível indicador de eficiência em muitos
esportes. Acredita-se que o padrão de movimento do Centro de Gravidade durante a impulsão de um salto em
altura seja um fator que distingue o bom do mau desempenho. Usar a força de reação do solo para converter a
velocidade horizontal do Centro de gravidade em velocidade vertical direcionada para cima durante a impulsão do
salto em altura.
O método de suspensão para determinar a localização do Centro de Gravidade, consiste em suspender
o objeto por um dado ponto, em torno do qual ele esteja livre para rodar. Quando o objeto está em repouso, um fio
de prumo suspenso pelo mesmo ponto pode ser usado para marcar no objeto um linha vertical entre os lados
equilibrados. Quando se repete o procedimento com o objeto alinhado nos dois outros planos a interseção das três
linhas permite a localização aproximada do Centro de Gravidade.
7.13 Estabilidade e equilíbrio
A estabilidade é um conceito intimamente relacionado com os princípios de equilíbrio. A estabilidade é
definida mecanicamente como a resistência a aceleração tanto linear quanto angular ou resistência a romper o
equilíbrio.
Os corredores e nadadores, em postura preparatórias para a largada, assumem intencionalmente uma
posição corporal que lhes permita acelerar rápida e facilmente ao som da pistola de partida. A capacidade individual
para controlar a estabilidade é conhecida como equilíbrio.
Um outro fator que afeta estabilidade é o tamanho da base de sustentação. Ela consiste na área
contida entre as bordas externas do corpo, que está em contato com a superfície ou superfícies de apoio. Quando a
linha de ação do peso de um corpo(dirigido ao CG) move-se para fora da base de apoio, cria-se um torque que
tende a provocar movimento angular do corpo através do CG, desta maneira rompendo à estabilidade. Quanto mais
ampla for a base , menor a possibilidade de que isto ocorra(fig.12).
A localização horizontal do CG em relação à base de apoio também pode influenciar a estabilidade.
Quanto mais próximo a localização horizontal do CG estiver da borda da base de suporte, menor será a força
necessária para empurrá-lo para fora desta base, rompendo, desta forma, o equilíbrio. Conseqüentemente, os
atletas em posição de partida para uma prova assumem postura que posicionam o CG perto do bordo anterior da
base de apoio.
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Figura 12 . Representação gráfica da estabilidade e do equilíbrio ( HAY & REID,1985).
7.14 Trabalho
A palavra trabalho é normalmente usada em uma variedade de contextos, entretanto a definição de
trabalho mecânico difere do uso do mais comum por suas implicações do ponto de vista mecânico, trabalho e
definido como a força aplicada contra uma resistência, multiplicada pela distância na qual a resistência foi
deslocada:
W = f x d
As unidades de trabalho são unidades de força multiplicadas por unidades de distâncias. No sistema
métrico a unidade comum de força(N) multiplicada pela unidade comum de distância (m) se denomina joule (J)
1J = 1Nm
7.15 Potência
Outro termo usado com diferentes contextos é potência. Em mecânicas significa a quantidade de
trabalho mecânico executado em um determinado tempo:
Potência = Trabalho / intervalo de tempo
As unidades de potências são unidades de trabalhos divididas por unidades de tempo. No sistema
métrico, joules dividido por segundos são chamados watts (W)
1W = 1J / s
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7.16 Energia
Energia é geralmente definida como a capacidade de executar trabalho. Desta forma energia mecânica
é a capacidade de executar trabalho mecânico. As energias mecânicas são as mesmas do trabalho mecânico
(joules no sistema métrico). Existem duas formas de energia mecânica : energia cinética e energia potencial.
Energia cinética é a energia do movimento, um corpo possui energia cinética somente quando esta em
movimento. A energia cinética de um movimento linear é definida como a metade da massa do corpo , multiplicada
pelo quadrado da sua velocidade.
EC = ½ mv2
Energia potencial é outro tipo de energia mecânica que vem a ser a da posição, mais
especificamente, a energia potencial determinada pelo peso do corpo multiplicado pela sua altura em relação a uma
superfície de referência.
EP = pmh
Uma força especial de energia potencial é chamada de energia de deformação ou energia elástica,
que pode ser definida como:
ED = ½ k x
7.17 Conservação de energia mecânica
Considere uma bola atirada verticalmente para o ar, a medida em que a bola vai subindo, ela vai
adquirindo energia potencial. Contudo ela vai perdendo velocidade com o aumento da altura em virtude da
aceleração da gravidade, isto reduz também a sua energia cinética.
Este conceito é conhecido como a lei da conservação da energia mecânica, que é enunciada como:
Quando a gravidade é a única força externa atuante, a energia mecânica de um corpo permanece constante.
Uma vez que a energia mecânica que um corpo possui é a soma das duas energias cinéticas e
potencial, a relação também pode ser expressa como
EM = ( EP + EC+ED)
7.18 Alteração no momento angular
Quando um torque externo atua, ele altera previsivelmente a quantidade de momento angular existente
no sistema. Assim como no momento linear, as alterações do momento angular não dependem somente da
magnitude e da direção dos torques externos, mas também de tempo pelo qual aquele torque atuou:
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Impulso linear: = Ft
Impulso angular = Tt
A relação impulso-momento para grandezas angulares pode ser notada como a seguir:
Tt = ∆H
Tt = ( Iω) 2 - ( Iω)1
Nas provas de arremesso em pista e campo, o objetivo é maximizar o impulso angular exercido antes
da liberação com a intenção de melhorar o seu momento e o deslocamento horizontal final, depois da liberação. A
velocidade linear é diretamente relacionada à velocidade angular, com o raio de rotação servindo como fator de
proporcionalidade. Enquanto o momento de inércia(mk2) de um corpo em rotação permanece constante, os
acréscimos no momento angular transformam-se diretamente em acréscimo no momento linear quando o corpo é
lançado.
Este conceito é particularmente evidente no arremesso de martelo, no qual o atleta inicialmente gira o
martelo duas ou três vezes em torno do corpo, com o pé plantada e depois seguem-se três ou quatro voltas com
todo o corpo com o atleta em frente ao martelo antes de lançá-lo. Alguns lançadores de martelo executam a
primeira ou as duas primeiras voltas do corpo colocando o tronco em discreta flexão ( chamada de neutralizar com
os quadris), desta forma conseguindo um alcance maior com as mãos.
Essa tática aumenta o raio de rotação e também o momento de inércia do martelo em relação ao eixo
de rotação ; assim se a velocidade angular do martelo não é reduzida, o momento angular no sistema
arremesso/martelo fica aumentado. Por este método as voltas finais são completadas com o corpo todo inclinado
em direção ao martelo ou neutralizado com os ombros (fig 13).
Figura 13. Representação gráfica da alteração no momento angular( HALL,1993).
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7.19 Força centrípeta e centrifuga
Os corpos são submetidos a movimento rotatório em torno de um eixo fixo estão também sujeitos a
uma força linear. Quando um objeto amarrado a uma linha é girado por uma trajetória circular e depois liberado, ele
é projetado apara fora, com trajetória tangente à trajetória circular, que ele seguia no momento da liberação.
A força centrípeta impede que o corpo em rotação deixe sua trajetória circular , uma vez que a rotação
ocorra em torno de um eixo fixo. A direção de uma força centrípeta ocorre em torno de um centro de rotação e por
esta razão ela também é conhecida como força que procura o centro. A força centrípeta produz o componente
radial da aceleração de um corpo que cursa uma trajetória curva. A fórmula a seguir quantifica a magnitude da força
centrípeta em termos de velocidade tangencial linear do corpo em rotação.
Fc = m v2 / r
A força centrifuga é uma força em relação à centrípeta e igual em magnitude e oposta em direção
(fig.14)
Figura 14. Representação gráfica das forcas centrípeta e centrifuga (HALL,1993)
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8 CINÉTICA ANGULAR
8.1 Momento de inércia
A resistência à aceleração angular também é uma função de massa do corpo. Quanto maior a massa,
maior a resistência à aceleração angular. Entretanto a facilidade ou dificuldade relativa de iniciar ou deter um
movimento angular depende de um fator adicional, a distribuição de massa em relação ao eixo de rotação. Assim
quanto mais próximo a massa do corpo estiver do eixo de rotação, mais fácil será balançar o objeto(fig.15)
I = mr2
Figura 15. Representação gráfica dos momentos de inércia dos segmentos dos membros inferiores
quando o ângulo do joelho muda (HALL,1993)
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AULA 3
INTRODUÇÃO
1. HISTORICO
Desde o surgimento do homem, o ato de saltar, correr e lançar esteve presente no comportamento
humano, por razões da necessidade de sobrevivência da espécie, pois o homem tinha que caçar, pescar e
defender-se dos outros animais.
A palavra Atletismo segundo TEIXEIRA (1995) deriva da raiz atlon (combate), sendo que na Grécia
ocorreu o seu surgimento e seu esplendor, onde não só os homens mas também as crianças e mulheres o
praticavam (BRASIL, s/d; FLOC’HMOAN, s/d; TEIXEIRA, 1995). Segundo definição de FANALI (1981) Atletismo é o
“sistema de exercícios realizados em forma de corridas, saltos e lançamentos, tanto naturais como estilizados, para
o desenvolvimento específico das qualidades físicas e para obter um resultado superior em sua prática”.
Durante os exercícios físicos, os soldados dos povos da antigüidade procuravam desenvolver entre
suas atividades, habilidades de correr, saltar e lançar entre outras. Tais habilidades eram desenvolvidas a fim de
que pudessem estar aptos às batalhas que ocorriam entre muitos povos da época. A importância do Atletismo foi
destacada por FLOC'HMOAN (sd):
“Os homens sempre desejaram medir sua força, sua agilidade, sua rapidez e sua habilidade. São numerosos os que através dos séculos tem querido demonstrar que são os melhores, seja para obterem uma medalha ou um posto de honra, seja por dinheiro ou pela fama ou sensivelmente pelo amor próprio”.
As provas atléticas também eram realizadas com o intuito de recepcionar os outros povos durante
suas visitas à comunidade e também para honrar seus Deuses. Talvez pelo fato de que esses comportamentos
podem ser facilmente verificados no Atletismo, alguns autores (BRASIL, s/d; TEIXEIRA, 1995) consideraram o
Atletismo como uma das primeiras modalidades existentes. O Atletismo é uma das modalidades esportivas que
apresenta as mais belas expressões corporais. Além de apresentar as mais belas expressões, o Atletismo chegou a
ser considerado como uma das mais importantes modalidades esportivas atléticas pelo Barão Pierre de Coubertin,
In: por BRASIL (s/d). O Atletismo em seu início era realizado apenas com algumas corridas curtas chamadas
(DIALUS) que consistia em percorrer um “Stadio”1 e corridas maiores (DOLIKOS) que se realizavam com 7 a 24
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“Stadio”1, salto distância e alguns arremessos (BARROS, 1996; BRASIL, s/d; FLOC’HMOAN, s/d; GRIFFI, 1989;
LANCELLOTTI, 1996). O "estádio" da Antiguidade foi descrito por FLOC’HMOAN (s/d):
“O estádio tinha uma forma de um U aberto pelo lado dos Altis, um U muito alargado (211x23m). Ao seu redor se escalonavam os graderios. Duas linhas formadas por pedras calcárias no solo, uma ao Leste e outra a Oeste estavam separadas pelos legendários seiscentos pés de Heracles2 . Entre estas linhas uma arena espessa. Os atletas se situavam na boca de um túnel que saia do bosque sagrado, na linha de saída (o “aphesis”) que estava ao Oeste. Um estridente toque de trompa, chamado salpinx, em forma de cone, e partiam. A ordem de saída também era dado de viva voz.”
O primeiro vencedor dos Jogos Olímpicos da Antigüidade (776 a.C.) foi Corebo, um comerciante de
Elida, recebendo como recompensa uma coroa de oliva (BARROS, 1996; FLOC’HMOAN, s/d;).
Na Antigüidade o Atletismo era composto por apenas algumas provas, sendo realizadas numa pista de
solo de pedra. Com o decorrer dos anos ocorreram algumas alterações nas dimensões e construções e no piso da
pista (carvão, robertan, tartan) sendo que nos dias de hoje encontramos várias provas que são divididas em provas
de campo, pista e rua.
Analisando a cronologia do Atletismo quanto ao seu desenvolvimento, verifica-se três grandes
períodos. O primeiro período caracteriza-se pelo nascimento ou o surgimento do Atletismo, que se inicia na pré-
história indo até a Antigüidade. Num segundo período, encontra-se o declínio (não só do Atletismo como de todas
as práticas esportivas) que persiste do ano de 396 a.C. até meados de 1660 d.C. Já no terceiro período, que inicia-
se a partir do século XVIII até os dias presentes, verifica-se o surgimento da prática do Atletismo e de outras
práticas esportivas (Quadro - 1).
1 Stadio: Unidade de medida, correspondente a 192,27m (GRIFFI,1989) 2 Heracles= Hércules
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QUADRO 1 - Cronologia do Atletismo modificado de BRASIL (s/d).
Períodos Características 1º
(Pré-história/Antigüidade
• Simples atividades para sobrevivência. • Nascimento do Atletismo. • Jogos Olímpicos da antigüidade (776 a.c.). • Codificação das provas atléticas.
2º
(396 A.D./1600)
• Imperador Teodósio I suprimi todas as atividades esportivas pagãs em Roma. • Fim dos Jogos Olímpicos da Antigüidade. • Ascetismo sufocando as provas atléticas e os esportes em todas as suas formas. • Juventude trocando ginásios e pistas pelos mosteiros.
3º
Século XVIII
• Inglaterra introduz o Atletismo. • 1828 - Nascedouro do espírito competitivo pela ação do Atletismo nas escolas, clubes, universidades e associações. • 1896 - Jogos Olímpicos da era moderna em Atenas (6/04/1896).
No Brasil a prática do Atletismo surgiu por volta de 1850 nos portos das cidades do Rio de Janeiro e de
Santos, quando os marinheiros ingleses, devido ao longos dias de navegação, realizavam corridas atléticas para
compensar as viagens (BRASIL, s/d).
Segundo a Confederação Brasileira de Atletismo (1998), o Atletismo brasileiro lidera o ranking do
Comitê Olímpico Brasileiro, pois obteve o maior número de medalhas conquistadas em Olimpíadas e Jogos Pan-
Americanos.
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AULA 4
ESPECIALIDADE E PROVAS
1. AS ESPECIALIDADES DO ATLETISMO
O atletismo compreende três grupos de especialidades: corridas saltos e lançamentos/arremessos.
Conforme as distâncias a percorrerem, as corridas apresentam as seguintes especialidades que vão
desde 100m até 42.195m(maratona):
� Corridas de velocidades ( rasas / curtas) (100m a 400m)
� Corridas de meio fundo (800m a 1500m) � Corridas de fundo (grande fundo) 3000m a 50.000m
As outras provas das especialidades de saltos e lançamentos e arremessos podem ser conferidas de
acordo com o quadro 2.
Quadro 2 . Provas do atletismo de acordo com IAAF(2003) Provas
Corridas masculino feminino 100m x x 200m x x 400m x x 800m x x 1.000m x x 1.500m x x 1 milha (1,609m) x 2.000m x x 1 hora x x 3.000m x x 5.000m x x 10.000m x x 20.000m x 25.000m x x 30.000m x x
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Continuação
Corridas com obstáculo e/ou barreiras 3.000 c/ obstáculos x 100m c/ barreiras x 110m c/ barreiras x 400m c/ barreiras x x Marcha (pista) 5.000m x 10.000m x 20.000m x 2 horas x 30.000m x 50.000m x Saltos Altura x x Distancia x x Vara x x Arremessos e Lançamentos Peso x x Martelo x x Disco x x Dardo x x Revezamentos 4x100m x x 4x200m x 4x400m x 4x800m x 4x1. 500m Combinadas Decatlo: 100m – salto em distância-arremesso de peso - salto em altura-400m raso-110mc/barreiras - arremesso do disco- salto com vara-lançamento do dardo-1500m
x
Heptatlo: 100m c/ barreira-arremesso do peso-salto em altura-salto em distância-200m- lançamento do dardo-800m
x
2 PROVAS OLÍMPICAS DE ATLETISMO
� Provas de velocidade: 100m, 200m, 400m
� Revezamentos: 4 X 100m, 4 X 400m
� Provas de meia distância: 800m e 1500m
� Provas de longa distância: 3000m com obstáculos, 5.000m e 10.000 e Maratona (42.195m)
� Provas de Marcha Atlética: 10.000m (Fem.), 20.000m(masc.) e 50.000m(masc.)
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� Provas de velocidade com barreiras: 100m (fem.), 110m (masc.) e 400m
� Provas de saltos horizontais: Salto em Distância e Salto Triplo
� Provas de saltos verticais: Salto em Altura e Salto com Vara
� Provas de lançamento: Lançamento do Dardo e Lançamento do Disco
� Provas de arremesso: Arremesso do Martelo(masc.) e Arremesso do Peso
� Provas Combinadas:
� Decatlo (10 provas): 100m, 110m (c/barreiras), 400m, 1500m, Lançamento do Dardo, Lançamento
do Disco, Arremesso do Peso, Salto em Altura, Salto com Vara e Salto em Distância
� Heptatlo (07provas): 100m (c/barreiras), 200m, 800m, Lançamento do Dardo, Arremesso do Peso,
Salto em Altura e Salto em Distância
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AULA 5
CORRIDAS RASAS
1. AS CORRIDAS DE VELOCIDADE
Na corrida compreende, as partidas, a corrida propriamente dita e as passagens de bastão.
A realização desportiva de um corredor de velocidade é determinada principalmente pela força e
rapidez das contrações e descontrações musculares em conseqüência dos movimentos cíclicos e pela exatidão do
ritmo das passagens.
As corridas são movimentos cíclicos em que dois passos consecutivos ou um passo duplo realizam um
ciclo completo.
No passo duplo realizam-se todas as fases dos movimentos de corrida e o ciclo seguinte inicia-se sem
interrupção.Neste ciclo as duas pernas exercem funções de apoio e de balanço.
O movimento cíclico da corrida tem duas fases principais: a fase com apoio e a fase de suspensão. O
instante de verticalidade, isto é, o instante em que o ponto de contato com o solo esta exatamente na vertical do
centro de gravidade(CG) é aqui tomado como instante de separação entre as fases.
É nesse momento que a perna de balanço passa pela outra, em cujo pé se apóia o peso do corpo. No
movimento de corrida a função de cada perna é sempre diferente da outra.
Assim ao terminar a fase de apoio do pé da frente, termina também a fase de balanço da perna traseira
e esta passa imediatamente à fase de balanço à frente. Na parte final do apoio atrás, o joelho da fase de balanço à
frente atinge o ponto mais elevado da sua trajetória, e, logo a seguir à impulsão, inicia-se a fase de balanço atrás.
Nessa altura ainda a perna dianteira não esta em contato com o terreno, continua seu movimento de
balanço, desta forma o corredor permanece sem contato com o solo e está na fase de suspensão a segunda das
fases do ciclo do movimento da corrida (Fig.16)
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Figura 16. Representação gráfica das fases da corrida(SCHMOLINSKY,1982)
Em todas as provas de velocidade, o que principalmente determina o desfecho é o nível a que se
encontram desenvolvidas as qualidades dos corredores: a sua velocidade e a sua resistência.
A velocidade de corrida é a maior velocidade que o corredor pode atingir; a resistência é sua
capacidade de resistir à fadiga. Esta velocidade máxima de corrida, só pode ser mantida não mais de 40 a 50m do
ponto de partida.
1.2 Importância da força de impulsão
O avanço do corredor é conseguido principalmente à custa de ações alternadas de impulsão da fase
de apoio atrás. Ao estender o membro inferior do quadril, joelho e do tornozelo, o corredor exerce contra o terreno
uma força dirigida para trás e para baixo maior do que o peso corporal. Devido esta força de origem muscular
produz uma força de reação do solo em sentido oposto.
Assim se forma a força impulsora - energia cinética que atua sobre o centro de gravidade, a velocidade
com que a perna se flexiona e estende sobre as articulações é função da grandeza dessa força.
Quanto mais rapidamente a ação impulsora é realizada em combinação com o movimento de avanço
da perna de balanço, maior é a força exercida.
Vários fatores determinam o efeito da força impulsora sobre a velocidade da corrida, um deles diz
respeito às condições físicas da pista (pista firme e elástica o efeito será maior do que em terreno macio.) O uso
de sapatilhas terá maior aderência ao solo durante a fase de apoio e isso melhora o efeito da impulsão.
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O movimento dos braços também pode auxiliar muito na fase de impulsão. Durante o impulso os
braços devem mover-se na direção da corrida e não transversalmente. Por fim a correta inclinação da cabeça e do
tronco também permite a melhor transmissão da força impulsora ao centro de gravidade..
1.3 Economia do movimento de corrida
A corrida é considerada econômica quando as energias do corredor se aplicam exclusivamente a
vencer as forças de resistências que se lhe opõem.
O Maximo dispêndio de energia dá-se na fase de impulsão, mas outras fases também necessitam de
alguma energia: a fase de balanço à frente e a fase de apoio a frente. Também é preciso gastar energia para vencer
a resistência do ar que cresce com a velocidade da corrida e para realizar coordenação dos diversos segmentos do
corpo.
A linearidade da trajetória é prejudica pelas oscilações do centro de gravidade, que ao estender a
perna impulsora, o centro de gravidade move-se para frente e para cima e por efeito da gravidade durante a fase
sem apoio este movimento direciona-se para a frente e para baixo.
1.4 Técnica da passada à velocidade máxima
A mais importante fase da passada em velocidade é a fase de apoio atrás (fig.1) a fase de impulsão. A
velocidade de avanço do corredor depende principalmente da intensidade e direção da força impulsora.
Esta fase de apoio traseiro é tecnicamente correta quando as articulações do tornozelo, do quadril e do
joelho alcançam a máxima extensão. A linha que une a articulação do tornozelo até o quadril deve nesta fase formar
com o solo um ângulo de 50º a 55º. Já a parte superior do corpo .
A parte superior do corpo esta geralmente, quase ereta, mostrando apenas uma ligeira inclinação para
frente de 85º a 90º. Quando a ponta do pé abandona o solo termina a fase de apoio traseiro e começa a fase sem
apoio, dita também como suspensão.
Nesta fase o membro impulsor flete pelo joelho, o calcanhar toca a nádega e os seus músculos devem
descontrair-se completamente. Dado o impulso e antes de começar o seu balanço para frente a coxa deste membro
flexiona primeiro ligeiramente para trás e para cima e só quando a perna esta já quase na horizontal é que começa
a rodar para diante. A perna continua a flexionar pelo joelho, levando o calcanhar quase ao contato com a nádega,
coincidindo o movimento de máxima aproximação com aquele em que a coxa esta paralela à perna dianteira
apontando o joelho ao solo.
A perna fortemente flexionada forma uma espécie de pêndulo curto suspenso do quadril.
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1.5 Ação dos membros superiores
A poderosa e rápida condução do trem inferior deve ter como contrapartida ideal uma ação dos
membros superiores igualmente poderosa e rápida. Os braços devem ser flexionados e mantidos junto ao corpo
movendo-se junto ao corpo, em direção para frente e para trás em linha reta.
Os ombros devem conservar-se tão imóveis quanto possível . O ângulo no cotovelo não é o mesmo no
movimento de avanço, que no movimento de recuo, no avanço é de 80º a 85º. Durante o movimento de recuo ao
passar quadril, o braço abre um pouco e ao chegar ao final do recuo o ângulo deve ser em torno de 95º .
Deve se observar a seguinte regra: quanto mais fechado se mantiver este ângulo, mais rapidamente
poderão os braços mover-se para trás e para diante.
As mãos, portanto ou ficam livremente encurvadas, ou conservam o polegar assentado com leveza
sobre o indicador fletido.
1.6 A partida e a fase de aceleração
Esta fase compreende os movimentos que se iniciam antes do disparo de partida e terminam depois de
o corredor ter realizado a maior parte da aceleração.
Os bons corredores atingem este ponto a uns 30 ou 40 m da partida. Depois desse ponto ainda é
possível haver aceleração e todos aqueles que quiserem obter marcas de alto nível devem tentar conseguí-la. No
entanto, a máxima aceleração é claramente obtida a uns 30 metros da partida; é este ponto que se considera como
limite da fase de aceleração ( fig 17).
Figura 17. Representação gráfica da curva de velocidade nos 100m (GUNDLACH In:
SCHMOLINSKY,1982).
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1.7 A partida agachada A partida agacha é usada em provas de corridas até os 400m. Graças a uma adequada colocação do
centro de gravidade na posição de “pronto”o corredor fica em condições de reagir com atraso mínimo ao disparo de
partida para iniciar a prova. Uma partida rápida e uma capacidade de aceleração decide muitas vezes o resultado
de uma corrida de curta distância
A velocidade de partida depende em grande parte da boa técnica , mas depende principalmente do
nível de desenvolvimento atingido pelo atleta em força, capacidade de concentração e reação ao sinal de partida,
bem como da sua disposição para a performance.
Na moderna técnica de partida são utilizadas duas posições(fig.18):
� Engrupada
� Média
Estas técnicas diferem em si pelas distâncias entre os blocos de apoio e pela distância destes à linha
de partida. A partida em posição alongada embora ainda reconhecida é usada muito raramente.
A posição média tem atualmente preferência em relação à agrupada, mas ao treinar principiantes
recomenda-se que ambas sejam praticadas.
Posição Bloco Distância à linha (pés) Dianteiro 2
Engrupada Traseiro 2,5 – 2,75 Dianteiro 1,75 - 2
Média Traseiro 3 – 3,5
Figura 18. Representação gráfica dos blocos de apoio nas partidas engrupada e média
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O ângulo de inclinação dos blocos devem assegurar uma boa impulsão, isto é , os blocos devem
permitir que as plantas dos pés exerçam sobre eles toda a pressão .
1.8 A posição média de partida Estudos mostram que a posição média produza uma velocidade inicial ligeiramente maior do que a
posição engrupada. Isso se deve à melhor distribuição do peso do corpo sobre os braços e pernas na posição de
quatro apoio (“pronto”) ao ângulo das pernas e à maior eficácia da extensão dos membros inferiores.
À ordem de “aos seus lugares” o corredor coloca-se na posição de cinco apoios, ou seja, agachada. Vai
para frente dos blocos e Poe as mãos no chão como se fosse fazer uma elevação do tronco sobre os braços.
Coloca um pé (da perna mais forte) no bloco de apoio dianteiro e o outro no bloco traseiro, deve-se
tomar a precaução de tocar o solo só com as pontas dos pés e o bloco com a planta do pé. Em seguida pousa o
joelho da perna traseira no solo, com as mãos separadas pela largura dos ombros, tocam o solo com os polegares
e os indicadores imediatamente atrás da linha de partida.
Esses dois dedos estarão afastados formando um V invertido, os braços estarão estendidos e o joelho
dianteiro estará próximo deles. A postura da cabeça é descontraída, com os olhos enfrentando um ponto do solo
próximo.
Figura 19. Representação gráfica da posição de partida das corridas de velocidades com
apoio(SCHMOLINSKY,1982)
A posição inicial não tem especial influencia direta na partida, apenas serve para permitir ao corredor
tomar uma boa posição de pronto. Nesta posição o corredor eleva seu quadril, levantando do solo o joelho da perna
traseira. O peso do corpo fica assim distribuído de maneira uniforme pelos quatro pontos de apoio.
Para uma alta velocidade de arranque são particularmente importantes os ângulos de ambas as pernas
uns 90º no joelho dianteiro e uns 110º a 130º no joelho traseiro são adequados.
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1.9 O treino da técnica de corrida
Os seres humanos aprendem desde pequenos a correr e, portanto ao contrário do que se verifica
noutras disciplinas a’te as crianças da primeira classe possuem já grande experiência prática de corridas. Assim os
exercícios de corridas devem, desde o inicio, dar a principal importância à conservação e aperfeiçoamento das
aptidões existentes com base nos conhecimentos técnicos.
1.10 Os erros, suas causas e correções nas corridas de velocidades
� ERRO
� CAUSA
☺ CORREÇÃO
� insuficiente extensão da perna de impulso ( o corredor “senta-se”).
� má transmissão da força: a impulsão é demasiada apressada e não é suficiente forte ☺ trabalhar os movimentos do tornozelo no avanço; correr com saltos, correr com elevações .
� pés demasiados virados para fora
� forma defeituosa
☺ correr sobre uma demarcação traçada no solo, andar , trotar, correr devagar com os pés virados para dentro
� corrida saltada, com ondulação vertical acentuada
� a força de impulsão é dirigida demasiada para cima ☺ alongar a impulsão , pisando e marcações regularmente espaçadas, fazer exercícios de partida,
aumentar a freqüência dos passos
� excessiva ampliação do balanço da perna condutora e assentamento do pé com toda a planta.
� Impulsão excessiva nessa perna ☺ correr de modo a fazer impacto sobre a polpa plantar
� tronco inclinado para trás
� músculos do tronco e da coxa mal desenvolvidos, provocando a fadiga ☺ elevação da coxa em plano inclinado, grandes elevações de joelhos em condições difíceis ,
exercícios para reforço dos músculos do tronco
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� ineficácia dos movimentos dos braços (movimentos transversal, excessivo balanço para trás, encolher de ombros)
� excesso de movimentação dos ombros, pouca flexibilidade dos ombros ☺ praticar os movimentos corretos dos braços com passadas descontraídas ou de pernas afastadas,
ou em marcha trotada
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AULA 6
CORRIDAS DE MEIO FUNDO E FUNDO
1. Particularidades técnicas das corridas de fundo e meio fundo
Nas provas de fundo e meio fundo a partida faz-se invariavelmente de pé. A técnica de este tipo de
largada é menos complicada do que a partida agachada.
À voz de “aos seus lugares” o corredor caminha até junto da linha de partida e toma uma posição de
pés afastados no sentido longitudinal, descontraída. O corpo distribui o seu peso por ambas as pernas ou aplica-o
desde logo na perna dianteira.
À voz de “prontos” a flexão do joelho dianteiro é na maioria dos casos, aumentada e todos os
corredores devem então apoiar todo o peso do corpo na dianteira. O tronco deve inclinar-se para frente.
Técnica da corrida de fundo e meio fundo, o que mais importa considerar é a economia de energia.
Todos os movimentos que desperdicem energias ou embaracem o corredor tem de ser eliminados por meio de
uma técnica racional. A forma como o pé assenta no terreno varia em função do ritmo e do comprimento das
passadas.
Quanto maior dor a distância a percorrer, tanto mais plantar será o assentamento do pé. No meio fundo,
o primeiro contato é realizado com o metatarso, mas logo em seguida toda a planta do pé é comprimida por breve
instante pelo peso do corpo, contra o solo. A ligeira flexão joelho na fase de apoio dianteiro é neutralizada pela
extensão da perna na fase de apoio traseiro.
Durante a corrida o tronco do corredor tem pouca ou nenhuma inclinação para frente( 85º a 95º). Os
braços auxiliam ritmicamente o movimento de avanço com flexão eficaz pelo cotovelo, não importando que se
movam em rigoroso paralelismo com o corpo ou que inflectem ligeiramente para dentro pela frente dele e também
não é errado envolver s ombros neste movimento.
2. Requisitos físicos e métodos para corridas de fundo e meio fundo
As grandes prestações desportivas nas corridas de fundo e meio fundo dependem do nível de
desenvolvimento das várias formas de resistência. Considerando a extensão dos percursos, a boa prestação
competitiva depende de um alto nível das capacidades condicionais (forma física) e das capacidades de
coordenação ( velocidade, força explosiva, flexibilidade,poder de descontração e agilidade).
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A capacidade de descontração tem função muito significativa nas corridas de fundo e meio fundo. No
decurso das acelerações intermediarias ou finais, ou durante os treinos, podem surgir situações em que um baixo
nível destas qualidades impeça o atleta de utilizar todo o seu potencial competitivo apesar de ele se esforçar
desesperadamente para o conseguir.
Há ainda que considerar os fatores fisiológicos e morfológicos que podem influenciar favoravelmente
para prestação desportiva nestas disciplinas: o funcionamento cardiorespiratório e o equilíbrio orgânico (proporções
entre membros e o tronco, estatura, peso).
3. Resistência A eficiência exprimi-se pela relação pela relação entre velocidade e o tempo. A capacidade durante um
período previamente determinado ou ao longo de uma distância de antemão estabelecida depende, portanto, da
resistência.
Quanto maior for esse tempo ou essa distância maior será a significação da resistência para o
resultado final e maior será o decréscimo permissível para o resultado final(fig.20)
Figura 20 . Representação gráfica do decréscimo individual da velocidade conforme o tempo de corrida
e os diversos níveis de resistências ( SALTZIORSKI,VOLKOV,KULIK In: SCHMOLINSKY,1982).
Há por exemplo estreitas relações entre o desenvolvimento de resistência para uma certa distância de
corrida e para as distâncias imediatamente superior e inferior. Estas relações explicam que a eficiência de um
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corredor na sua distância especifica dependa, como depende, das marcas por ele conseguidas nas distâncias
imediatamente superior e inferior a essa.
As pesquisas já efetuadas demonstram, que a resistência em grandes distâncias tem o maior efeito
sobre todos os outros aspectos da resistência especifica da competição. O nível da resistência em curtas e médias
distâncias é largamente influenciado pelo nível da resistência nas grandes distâncias.
A razão é que o nível da resistência em grandes distâncias é função principalmente, da capacidade de
resistência aeróbia, ou seja, com suficiente oxigênio para absorção dos nutrientes.
Por meio dos treinos para suportar, durante períodos longos, cargas de baixa, média e alta intensidade,
o atleta melhorará a sua capacidade máxima de absorção de oxigênio que é a base da eficácia.em todas as
disciplinas de resistência os atletas desenvolvem a resistência de base por meio de treino especializado com
esforço de duração prolongada.
Velocidade A qualidade da corrida de médias e longas distâncias sofre também a influencia do nível de velocidade
do atleta. De um modo geral designa-se o nível de velocidade de base indicando a velocidade máxima que ele pode
alcançar numa distância de 30 a 80m.Por um questão de simplificação das coisas, a velocidade de base de um
especialista de médias ou longas distÂncias é também determinada por meio do seu tempo nos 100m. De acordo
com OZOLIN in SCHMOLINSKY (1982), um corredor de fundo ou meio fundo tem conveniência em possuir o que se
chama uma reserva de velocidade.
Quanto maior for a reserva de velocidade do corredor em relação à de um de seu oponente da mesma
resistência, maior será sua probabilidade de êxito na aceleração terminal (final) das provas.
A reserva de velocidade (Rv) caracteriza a diferença entre a média conseguida pelo atleta na distância
padrão (isto é 100m) e a sua melhor marca na distância considerada.
Rv = Td / n - Tpd
Rv = Reserva de velocidade
Td = tempo gasto para percorrer a distância considerada
Tdp = Melhor tempo nos 100m
n = quociente entre a distância considerada(percorrida) e a distancia padrão (100m)
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Exemplo 1
O atleta percorre os 800m num tempo de 1’46”00 ( 106 segundos), sabe-se que o melhor tempo deste
atleta nos 100m é de 10”8 , a partir destas informações obtém o quociente igual a 8 . Desta forma o atleta
apresenta uma reserva de velocidade igual a 2”4 segundos
Rv = 106 / 8 – 10”08
Rv = 2”4
Exemplo 2
O atleta percorre os 800m num tempo de 1’46”00 ( 106 segundos), sabe-se que o melhor tempo deste
atleta nos 100m é de 11”5 , a partir destas informações obtém o quociente igual a 8 . Desta forma o atleta
apresenta uma reserva de velocidade igual a 1”7segundos
Rv = 106 / 8 – 11”5
Rv = 1”7
As análises de maior Rv tem maior probabilidade de ganhar a aceleração final contra corredores da
mesma resistência mas de menor Rv, visto que é mais fácil melhorar a resistência do que a velocidade, o corredor
de maior Rv tem maior potencial.
Ao preparar iniciantes deve-se dar principal importância ao desenvolvimento de um nível elevado da
velocidade de base. A importância de um alto nível da velocidade de base para os corredores de fundo é posta em
evidência pelo seguinte exemplo de calculo da Rv:
Corredor td n tdp Rv
A (5000m) 13’20” ( 800s) 50 11”8 4”2
B (5000m) 15’00” (900s) 50 11”8 6”2
C (5000m) 15’00” ( 900s) 50 13”8 4”2
Da comparação dos valores da Rv acima, podemos retirar as seguintes conclusões:
� o valor absoluto da Rv não da nenhuma indicação sobre a capacidade realizativa do atleta na sua
distância especifica
� Um valor maior elevado da Rv em igualdade de condições quanto a marca obtida na distância
especifica, revela a existência de reservas para melhoria dessa marca por meio da melhoria da resistência.
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� Um atleta com maior Rv tem maior probabilidade de ganhar numa aceleração final contra opositores
de marcas semelhantes a sua.
� Uma Rv Baixa juntamente com uma marca fraca na distância especifica, é sinal de um nível
relativamente bom de resistência mas não mostra possibilidade de grande melhoramento enquanto o corredor não
conseguir melhorar a velocidade de base
O alto nível de velocidade de base nos 100m é importante para os corredores de fundo por esta
simples razão : a vitória ou a derrota decidem-se cada vez nos últimos 400m.
Os atributos físicos dos corredores de fundo e meio fundo são desenvolvidos por meio de treino geral
ou especifico em conformidades com os objetivos de cada unidade de treino. O treino realizado orienta-se para uma
ou outra das diversas componentes da resistência, conforme a distância especifica do atleta, que assim determina o
número de corridas, os intervalos de recuperação, as atividades a praticar durante eles.
Entre os meios especiais de treino contam-se todos os tipos de corrida continuada, corrida de ritmo,
corrida com variação de ritmo, etc...(quadro 2)
Para o aperfeiçoamento da resistência de base sugere-se o seguinte tipo de treino: esforços muito
prolongados, por meio de corrida continuada, ou grande quantidade de corrida em tempos estabelecidos pelo
método do trabalho intervalado.
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AULA 7
CORRIDAS COM BARREIRAS / OBSTÁCULOS
1. CORRIDA DOS 110m COM BARREIRAS
A disciplina de barreiras mais difícil é a dos 110m masculino, apresentando no percurso as seguintes
fases:
� a partida
� a aproximação à primeira barreira
� a passagem da barreira
� a corrida entre barreiras
� a corrida terminal até a meta
1.1. A partida e a aproximação à primeira barreira
Até a primeira barreira o corredor tem de percorrer 13,72m. Nesta distância tão curta tem adquirir uma
velocidade razoavelmente elevada. A boa velocidade até à passagem da primeira barreira é muito importante para
um bom resultado atlético nesta disciplina, pois entre as barreiras não há grande possibilidade de a aumentar.
A posição de partida e a posição propriamente dita não diferem muito das partidas das da corrida de
velocidade.em principio o especialista de barreiras tem de colocar no bloco da frente o pé impulsor,d e modo a, ao
cabo de oito passos pode transpor a primeira barreira.
Para alcançar elevada velocidade na aproximação a esta barreira, não só tem de ser um bom corredor
de velocidade como deve ser capaz de manter grande regularidade de passada.
A maioria dos especialistas executa oito passadas para chegar a cerca de 2 metros da barreira. O
comprimento da passada aumenta progressivamente até ao último desses passos, o qual será mais curto do que o
anterior. Os atletas de maior estatura com boa capacidade de velocidade encontram dificuldade em fazer oito
passos nos 13,72m e sentem-se melhor com sete passos.
Os tempos obtidos nas primeira, segunda e terceira barreira decidirão se o corredor deve fazer a
aproximação com sete ou oito passos. Se o número de passos de aproximação se modificar também se deve
modificar correspondentemente a técnica da partida.
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Na partida para aproximação de sete passos o pé a colocar no bloco dianteiro é o pé de condução
(ataque).
Durante a aproximação, o corredor endireita o tronco, aos 6 a 10 metros estará na posição normal de
corrida a fim de poder efetuar corretamente a passagem da primeira barreira. Na sua maioria os especialistas de
barreira já estão olhando para a primeira barreira a seguir do segundo passo após a partida.
1.2. A passagem da barreira
As barreiras devem ser passadas com rapidez e segurança. O primeiro requisito prévio é tomar a
distância apropriada para atacar bem a barreira .
Essa distância deve ser sempre suficiente grande (em média é de 1,90m a 2,20m) para que a perna
condutora se estenda à frente e acima em linha reta. Uma distância muito pequena tem quase sempre o resultado
de um salto sobre a barreira e se por outro lado for muito grande, há o risco de toque ou derrubada da barreira deve
seguir-se suavemente às anteriores e isto, exige um bom nível de preparação e uma correta aproximação à
barreira.
1.3. A ação da perna condutora (de ataque ou livre )
O movimento desta perna consiste no seu rápido balanço à frente e acima em direção ao bordo da
barreira, seguido de ativo abaixamento da coxa logo a seguir ao instante da passagem a fim de assegurar boa
chegada ao solo. Este movimento é de inicio, muito semelhante ao da corrida normal, mas para uma boa
transposição da barreira, a subida da coxa e da perna tem de ser mais vigorosa.
A coxa, portanto vai acima da posição horizontal. Inicialmente, enquanto a coxa sobre deste modo, a
perna aponta quase verticalmente ao solo e só em seguida é projetada com força em direção do bordo da barreira.
Este balanço forte no ataque tem como efeito uma breve mas completa extensão da articulação do joelho antes de o
pé passar sobre a barreira.
O movimento de descida inicia-se imediatamente, a perna é ligeiramente flexionada pelo joelho
permitindo um impacto elástico do pé com o solo. O movimento de descida acelera-se por meio da ação da coxa
para baixo assegurando-se um apoio ativo do pé para novo impulso de avanço.
1.4. Variante da ação da perna condutora
Muitos corredores de barreiras não estendem a perna, mantendo-se flexionada pelo joelho. Se esta
flexão dor pequena, não há desvantagem técnica; mas se for acentuada impedirá a inclinação do tronco à frente e a
trajetória do centro de gravidade não será a mais econômica.
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Uma vez flexão excessiva é na maioria das vezes resultado de lentidão no balanço da perna ou falta
de flexibilidade no quadril.
1.5. Ação da perna impulsora
Para passar corretamente a barreira a perna traseira tem de ser afastada do corpo. Este movimento
para ser bem executado, exige grande mobilidade do quadril.
A principal função da perna impulsora consiste em executar, sem perda de tempo a primeira passada a
seguir à transposição da barreira.
Depois do vigoroso impulso para a passagem da barreira, a perna impulsora tem uma fase de
descontração, isto é, balança um pouco acima e atrás descontraidamente, e a respectiva coxa só inicia um avanço
ativo quando o pé da outra perna passa pelo bordo da barreira.
O ritmo correto desta fase de descontração é decisivo para uma boa coordenação dos movimentos das
pernas do corredor.O vigoroso lançamento do membro inferior de condução para frente e para cima e o atraso inicial
da perna impulsora na fase de descontração asseguram um afastamento amplo de ambas as pernas.
Esta fase implica forte extensão muscular(músculos da pélvis) e favorece uma rápida tração da perna
traseira. O afastamento lateral da coxa e do pé começa na fase de descontração e termina exatamente à passagem
pelo bordo da barreira.
A coxa é então afastada para o lado quase em ângulo reto e a perna aponta horizontalmente para trás.
O movimento seguinte é de condução da coxa, ligeiramente virada para cima por sobre a barreira. No
momento em que o pé condutor assenta no solo, o movimento da perna traseira não esta ainda concluído , pois a
coxa e a perna estão ainda flexionadas para fora e não se encontram na direção da corrida.
Nesta fase a coxa aproximadamente horizontal. A perna avançará para o passo seguinte à
transposição da barreira no momento em que o joelho apontar na direção da corrrida.
Se iniciarem esta puxada demasiadamente cedo, a perna traseira chegará adiante, à direção da
corrida muito depressa provocando um tempo morto que obrigará a travar a perna e a interromper o avanço do
corpo, pois o pé dianteiro não terá ainda alcançado o solo. Por outro lado, um atraso na puxada da perna traseira
ocasiona, em geral o toque ou mesmo o derrube da barreira com o joelho ou o tornozelo.
1.6. Ação dos braços
Os movimentos típicos dos braços na corrida são também executados durante a passagem da barreira,
mas tem funções suplementares às normais. Por exemplo, tem de contribuir em maior grau para o lado oposto ao
da perna condutora tem, ainda por cima de auxiliar a adequada inclinação do tronco.
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Se durante a aproximação à barreira, a perna condutora é lançada para diante, o braço oposto vai à
frente ao mesmo tempo. Sugerimos que a mão seja levada perto do pé, o que ajuda a inclinação do tronco.
Quando a perna traseira vem à frente o braço do mesmo lado recua a contrabalançar. Ou é totalmente
estendido ou flexiona pelo cotovelo. Não interessa se este movimento é executado de um modo ou de outro, desde
que o eixo dos ombros se mantenham frontal e que o braço não recue com demasiado vigor. Depois do contato com
o solo os braços dão assistência ao passo de avanço.
1.7. Variação da ação de braços
Uma variante corrente é a ação dupla. Durante o último passo antes da passagem o mais tardar, o
corredor lança ambos os braços à frente na direção da barreira. Este movimento amplo dos braços leva o centro
de gravidade a uma posição favorável para a transposição da barreira , mas esta variante raramente se encontra
em corredores de elevada categoria, pois durante um breve instante cria uma situação de passo travado que não
favorece a regularidade rítmica da corrida.
1.8. Posição do tronco
Os corredores de barreiras tecnicamente desenvolvidos mantém baixo o centro de gravidade ao
transpor o centro de gravidade ao transpor a barreira. Conseguem-no por adequada mudança de posição dos
membros inferiores e dos superiores em relação ao centro de gravidade. Visto que depois da impulsão, é imutável a
trajetória do centro de gravidade, todos os movimentos realizados na fase de suspensão são servem para equilibrar
o corpo. A inclinação à frente do tronco provoca, automaticamente a elevação da bacia e da perna traseira.
A inclinação do tronco começa logo na aproximação, a fim de assegurar que o 6angulo de impulsão
não seja excessivo. A maioria dos bons atletas reforça esta inclinação do tronco baixando ainda mais o corpo antes
de passar sobre a barreira.
1.9. Comprimento da passada de transposição
Os atletas com boas qualidades de corrida e em boa forma procuram encurtar o tempo de transposição
das barreiras. Já que por motivos técnicos, é impossível encurtar a distância de aproximação , só se pode ganhar
tempo com o assentamento ativo da perna dianteira.
Esta economia de tempo é equivalente a um encurtamento da distância de contato a seguir à barreira
e a um relativo aumento da distância entre esse apoio e a barreira seguinte.
No entanto a elevada freqüência das passadas entre as barreiras é de base das boas realizações
atléticas nesta disciplina. Em geral a passada de transposição é de uns 3,5m dos quais 2,10m(60%) correspondem
a pista antes da barreira e 1,40m(40%) após a barreira.
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1.10. O ritmo de três pessoas entre barreiras
Na corrida de 100m, à distância entre as barreiras é de 9,14m. Se esta distância subtrairmos o
comprimento da passada de transposição, ficam para os três passos entre barreiras( ritmos dos três passos) uns
5,65m metros, isto e, 1,88m metros para cada passos, mas a pratica mostra claramente que os três passos não são
exatamente iguais uns aos outros.
O primeiro passo a seguir a barreira que é de 1,55m a 1,60m é sempre o mais curto, já que a força
impulsora esta prejudicada pela recente passagem a barreira.
Quadro 3 - Exemplo de padrão de passadas para os 110 metros com barreiras(SCHMOLINSKY,1982)
Figura 21 - Representação Gráfica das seqüências da corrida do 110m com barreiras, vista no plano sagital
(SCHMOLINSKY,1982)
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Figura 22- Representação Gráfica das seqüências da corrida do 110m com barreiras, vista no plano frontal
(SCHMOLINSKY,1982)
2. CORRIDA DE 100m COM BARREIRAS
A prova para mulheres é uma das mais recentes provas atléticas .
As condições e requisitos desta disciplina levam em linha de conta o atual aperfeiçoamento atlético
das mulheres. Dá-lhes melhores oportunidades em especial às que possuem boas qualidades de corredoras.
2.1 O ritmo da corrida
A boa corrida de barreiras depende das qualidades de velocidade e da aptidão técnica. Tecnicamente é
mais difícil dominar a distância de aproximação e a distância entre as barreiras do que transpor barreiras
ligeiramente mais altas, como estas. A experiência mostra que só as atletas de alto nível de velocidade conseguem
dominar as corridas com barreiras.
2.2. A aproximação à primeira barreira
Ao partir é preciso alcançar a velocidade máxima. Portanto é da maior importância percorrer com
aceleração máxima os 13 metros de aproximação. Todas as corredoras usam oito passos nesta fase.
2.3. A corrida entre as barreiras
A distância entre as barreiras é de 8,5m. Depois de contactar o solo a seguir à barreira (1,10m), e
depois do impulso(2,00m) ficam 5,40m para os três passos entre as barreiras. A fim de cobrir esta distância em
velocidade, é de especial importância a qualidade primeiro passo, que tem de medir cerca de 1,60m para dar
proporção adequada entre os três passos.
A técnica correta de transposição das barreiras depende da correta execução deste primeiro passo.
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2.4 A passagem da barreira
Os mínimos detalhes técnicos da passagem da barreira dependem da altura desta e dizem respeito
principalmente, à ação da perna condutora à ação da perna traseira e à posição do tronco.
2.5 A ação da perna condutora
Não há quase nenhuma diferença entre a ação desta perna nos 100m, ao dar impulso para a
transposição da barreira a coxa é levantada até à horizontal e em seguida a perna é levantada a cima e à frente,
só at;e ao ponto necessário para uma transposição segura.
A dificuldade da ação do membro inferior condutor consiste em dominar este balanço da perna no
momento em que o calcanhar chega à altura do bordo superior da barreira. Se este domínio for bom a extensão da
articulação do joelho não será total.
As boas executantes fazem questão de estabelecer o contato com o solo o mais rapidamente possível
o que se consegue acelerando a descida com uma ação da coxa, abaixo e atrás, logo que o pé passa pela barreira.
O contato deve ser feito com a parte dianteira da polpa plantar e o joelho ligeiramente flexionado; as
boas corredoras evitam também tocar o solo com o calcanhar.
2.6 Variante da ação da perna dianteira.
Algumas executantes de alto nível lançam a perna para cima com tal vigor que a articulação do joelho
se estende completamente. Esta técnicas parece em geral pouco econômica pois o movimento da perna prolonga-
se tanto que atrasa o contato com o solo.
Mas a ação desta perna deve sempre ser considerada em relação com a estatura da atleta. A maioria
das corredoras de barreiras é de tão elevada estatura que no seu caso é errado estender completamente a perna.
As de mais baixas estaturas raramente a estende por completo, ou então conseguem compensar a excessiva
subida da perna com um balanço rápido da coxa para o contato com o solo.
2.7 Ação do membro inferior traseiro
Para manter baixa a trajetória do centro de gravidade a atleta deve afastar para o lado a coxa da
perna traseira. Se este movimento for bem executado, a perna passará a rasar o bordo da barreira. Na transposição
da barreira de 84 cm, este movimento da perna mais pronunciado do que na de 76,2 cm.
Porém todas as executantes deixam a coxa apontar para baixo ao passar a barreira; a inclinação da
coxa depende da estatura. As corredoras mais baixas afastam mais a perna do que as altas.
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Assim que o joelho passa pelo bordo da barreira é necessário levar a coxa à posição conveniente para
um correto impulso no passo seguinte. No seu conjunto, o movimento deste membro inferior, é de subida, de modo
que no final a coxa está ligeiramente apontada para cima.
2.8 Posição do corpo
A correta trajetória de transposição da barreira de 84 cm não necessita de uma inclinação muita
exagerada. As corredoras tomam uma inclinação um pouco mais acentuada do que na corrida normal,
principalmente para o centro de gravidade ficar bem colocado para o contato com o solo depois da passagem. O
ângulo depende da estatura e as atletas mais baixas costumam inclinar-se mais.
Figura 23 - Representação Gráfica das seqüências da corrida do 100m com barreiras feminino
(SCHMOLINSKY,1982).
3. CORRIDA DOS 400m COM BARREIRAS
De todas as disciplinas de barreiras, esta é a mais esgotante e a fadiga que lhe corresponde dificulta
mais a aprendizagem técnica.
3.1 Ritmo da corrida
O corredor de 400m com barreiras tem de depois de dar o conveniente número de passos, transpor as
barreiras sem hesitações e utilizar completamente a sua capacidade de corrida.
O ritmo em função da forma de cada atleta é variável nas várias partes da prova.
A maioria dos corredores cobre os 45m de aproximação à primeira barreira em 22 passos, muitos
poucos em 21 ou 23 passos.
Quando se usa um número par de passos, a perna traseira é colocada no bloco dianteiro da partida. Na
corrida entre as barreiras aplica-se a regra de manter até à última barreira o ritmo adotado, pois que a mudança de
ritmo provocaria perda de tempo.
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Os atletas com má capacidade de corrida (falta de resistência especifica) podem ver-se obrigados a
mudar o ritmo das passadas logo que a fadiga prematura se faz sentir na redução da velocidade e do comprimento
dos passos.
No entanto todos os executantes devem se preparar para a necessidade de modificar o ritmo, pois há
outros fatores como o vento e as características da pista, que podem exigi-lo. Recomenda-se que se treine a ação
condutora de ambas as pernas e se adquira por meio de exercícios próprios para efeito, a necessária capacidade de
modificação do ritmo.
Para a maioria dos corredores o ritmo de passadas entre as barreiras é de 13,15, ou 17 passos. O
número impar tem suas vantagens de não implicar na mudança de funções das pernas, mas há atletas que logo
desde o início, ou desde que resolvem mudar, usam 14 ou 16 passos entre barreiras e trocam assim em cada uma
as funções das pernas. Cada corredor deve adotar o padrão de passada mais conveniente ao seu caso individual,
em função do comprimento de seus passos e das suas capacidades de corrida.
Hoje em dia a maior parte dos especialistas desta disciplina faz 15 passos entre barreiras com
comprimento médio de 2,12m e 3,20m para a passada de transposição.
Ate ao presente raramente se tem visto o padrão de passada de 13 passos e 2,45m, é demasiado
difícil de manter na maioria dos casos e produz fadiga prematura.
Por isso que alguns dos maiores especialistas mundiais sós o utilizam em certas partes da prova, mas
com a melhoria da eficácia, poderão vir a prestar-lhe de futuro maior atenção.
3.2 A passagem das barreiras
Para a passada de transposição dos 400m não é precisa uma técnica especial, a técnica é semelhante
às dos 100m e 110m. A técnica mais racional depende da estatura do corredor.
Os atletas de baixa estatura tendem a utilizar a técnica dos 110m e os mais altos preferem a dos
100m.
O comprimento da passada de transposição é de cerca de 3,20m e o contato dá-se a cerca de 1,20m a
seguir à barreira.
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Quadro 4. Apresentação das distância utilizadas à aproximação a barreira de acordo com a idade.
Idade Aproximação à 1ª barreira (m) Espaço entre barreiras Altura das barreiras cm 7 a 8 anos 08,00 4,00 a 5,50 20 a 60
10,00 4,50 a 5,50 40 a 60 9 a 10 anos 11,00 6,00 a 6,50 50 a 76,2
10,00 5,50 a 7,00 50 a 76,2 11 a 12 anos 11,00 até 7,50 60 a 76,2 13 a 14 anos 10,00 a 12,00 6,50 a 8,00 76,2
12,00 7,00 a 8,00 76,2 15 a 16 anos 13,50 8,30 a 8,90 91,4
13 a 13,50 8,00 a 8,90 76,2 a 91,4 17 a 18 anos 13,72 8,50 a 9,14 91,4 a 1,00
3. 3 Os erros, suas causas e correções nas corridas de barreiras
� ERRO
� CAUSA
☺ CORREÇÃO
Na passagem da primeira barreira
� a corrida de aproximação à primeira barreira não é suficientemente acelerada.
� o corredor tem medo da barreira e levanta o tronco demasiadamente muito cedo ou refreia a passada em vez de avançar para a barreira.
☺ Baixar um tanto a primeira barreira ou fazer o atleta correr com um parceiro ao lado.Praticar a partida e a transposição com duas barreiras.
Na corrida entre barreiras
� o atleta não corre em linha reta
� Isto deve-se geralmente à má execução da passada de transposição da barreira e tem origem na falta de flexibilidade e de agilidade.
☺ Melhorar a flexibilidade e agilidade.
� os passos são saltados
� pouca velocidade. O corredor tem dificuldade em vencer o espaço entre barreiras só com três passos. Ë melhor atender à proporção entre as passadas.
☺ Desenvolver as capacidades de corrida do atleta. Treinar em primeiro lugar o ritmo. Reduzir o espaçamento das barreiras.
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Na passada de transposição
� o atleta salta as barreiras
� o atleta tem medo das barreiras e faz a impulsão demasiado perto delas (de modo que o corpo é movido mais para cima do que para a frente
☺ usar temporariamente barreiras mais baixas. Marcar o ponto de impulsão e aumentar a velocidade com passagens de barreiras.
� o movimento da perna traseira não se coordena bem com a passada de saída.
� a perna traseira inicia o seu movimento demasiado cedo. O joelho aponta já para diante antes de a perna dianteira ter feito o contato com o solo. Outro deve-se ao movimento da perna traseira é demasiado lento e provoca toque ou derrube da barreira com o joelho ou pé.
☺ no primeiro caso deve-se prolongar a fase de descontração que se segue à impulsão. No segundo caso é necessário aperfeiçoar a ação do membro inferior traseiro por meio de exercícios específicos.
� a perna dianteira não passa sobre a barreira em perfeita extensão para diante, mas aponta ligeiramente para fora ou para dentro.
� a chamada é realizada muito perto da barreira. ☺ marcar o ponto de impulsão e fazer exercícios especiais para o movimento de perna dianteira.
4. CORRIDAS DOS 3000m COM OBSTÁCULOS
Esta é uma prova que exige a transposição de 28 obstáculos de 91,7cm de altura e 3,96m de largura;
incluem também a transposição de uma vala com água ( 7 vezes) a qual mede 3,66m x 3,66m vindo a sua
profundidade de 76cm até o 0cm. Entre os obstáculos e a vala deve haver uma distância de 78 metros.
Os diversos obstáculos obrigam o atleta a interromper 35 vezes o ritmo normal de corrida e exigem
aptidões técnicas especificas.
As regras competitivas não estabelecem nenhuma maneira especial de transpor os obstáculos.
Permitindo desta forma que o atleta possa colocar seus pés ou com as mãos, mas as transposições sem contato
com pés ou mãos economizam energias e tempo.
A fim de vencer estes obstáculos sem contato de pés ou de mãos, o atleta deve aprender uma técnica
semelhante à dos 400m com barreira. As barreiras têm em ambas as disciplinas a mesma altura e o fator fadiga tem
também em ambas uma forte influencia sobre a técnica.
De um modo geral a corrida de obstáculos de 3000m difere da corrida de barreiras em dois aspectos:
primeiro a corrida não se faz aqui em corredores individuais; e depois o espaçamento dos obstáculos é
consideravelmente maior.
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Devido a estes dois fatores não é possível manter nesta um ritmo definido e constante nesta disciplina.
Assim é necessário treinar ambas as pernas em ambas as funções para poder modificar o ritmo em plena provam.
Outros fatores que podem influenciar ligeiramente a técnica de transposição são o ritmo de corrida
mais fraco e as aglomerações de atletas na passagem dos obstáculos. O primeiro desses fatores exige uma
passada de transposição mais curta; o segundo exige um bom trabalho de braços.
4.1 A técnica de passagem da vala de água
A vala de água é obstáculo que consome mais tempo e mais energia ao atleta. Portanto é necessária
uma boa técnica para transpor economicamente este obstáculo, mas infelizmente, essa técnica é freqüentemente
negligenciada. Uma passagem da vala tecnicamente deficiente prejudica muito o resultado final.
O ritmo médio dos 3000m com obstáculos não costuma permitir um fácil e ligeiro salto para a barra.
Assim o ritmo tem de ser intensificado nos 10 passos que antecedem o obstáculos.
Para evitar excessiva elevação da trajetória do centro de gravidade, o último passo não deve ser muito
mais comprido que os anteriores. O essencial é correr para cima da barra em vez de saltar.
A chamada de impulsão deve fazer nenhum efeito de travagem. Enquanto o membro impulsor se
estende completamente o membro condutor auxilia o movimento para diante e para cima, do corpo, levando a
coxa à posição horizontal e conservando a perna ligeiramente fletida. A distância do ponto de chamada ao
obstáculo depende da velocidade e da estatura do atleta. Usualmente é de 1,5 a 1,8m.
4.2 Colocação do pé na barra e passagem da vala
Antes de o pé da perna condutora (ligeiramente fletida) assentar na barra, o tronco inclina-se
claramente para diante a fim de manter baixa a trajetória do centro de gravidade. Quando o pé alcança barra, a
articulação do joelho esta fletida em ângulo reto. O centro de gravidade move-se acima da barra em trajetória
levemente encurvada. O pé deve assentar na barra pelo metatarso para garantir a segurança da saída, o que se
consegue apanhando o bordo da barra com os dois “pregos” da sapatilha, ficando o dedo mínimo do pe alinhado
com a aresta da barra.
Quando o centro de gravidade tiver passado a vertical da barra, a perna será estendida com toda a
força (mais para frente do que para cima). O corpo deve estar bem inclinado para a frente e os braços devem
auxiliar o equilíbrio. O membro condutor auxilia o salto em frente com uma poderosa extensão da coxa quase até à
horizontal, pendendo a perna livremente.
A saída da barra deve ser devidamente controlada, isto é, a força aplicada e a inclinação do corpo
devem estar em relação com o ponto de contato a alcançar.
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Recomenda-se a partir disso que os exercícios específicos para os 3000m com obstáculos , sejam
escolhidos os exercícios que dêem uma idéia geral da seqüência de movimentos necessários à transposição dos
obstáculos de modo a permitir o desenvolvimento das capacidades e aptidões requeridas pela modalidade.
Figura 24. Representação gráfica dos 3000m com obstáculos (SCHMOLINSKY,1982).
4.3 Os erros, suas causas e correções nas corridas de 3000m com obstáculos
� ERRO
� CAUSA
☺ CORREÇÃO
� o atleta salta para a barra
� aproximação muito apertada. O atleta não coordena convenientemente os últimos passos da aproximação com saída da barra.
☺ treinar a saída da barra em condições de maior facilidade por exemplo saltando para um plinto e daí para uma caixa de areia
� o salto para a água é demasiado curto
� falta de força a corrida de aproximação para a barra é muito lenta, a impulsão fraca. A condução da perna é insuficiente.
☺ desenvolver a capacidade de corrida em velocidade que é um requisito importante para a boa transposição. Praticar, principalmente a aproximação e a saída da barra (eventualmente em condições simplificadas).
� o atleta chega ao solo com ambos os pés como no salto em comprimentos
� falta de preparação para a saída barra ou concentração tardia ☺ treinar a chegada ao solo em condições simplificadas ( por exemplo, saltar para um plinto e daí
para uma caixa de areia)
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� O ritmo de corrida é interrompida antes e depois dos obstáculos.
� Má adaptação espacial. O atleta aproxima-se demasiado (ou não se aproxima bastante) dos obstáculos e ou “mastiga” os passos ou os prolonga propositadamente.
☺ Treinar a aproximação aos obstáculos em diferentes distâncias.
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AULA 8
CORRIDAS DE REVEZAMENTO
1. As corridas de revezamentos
Estas modalidades exigem a todos os participantes, dedicação e espírito coletivista. Graças às suas
características de suspense é fonte de grande entusiasmo e interesse no público assistente. Tanto em competições
de caráter popular como noutras, de mais alto nível desportivo, as provas de revezamentos são dos mais
importantes momentos, isto também por causa do grande número de atletas participantes.
Em alguns paises as provas de revezamentos ainda são feitas em percursos estabelecidos com
medidas inglesas ( jardas, milhas...)
O objeto das nossas considerações, porém é apenas a prova de 4 x 100m disciplina de velocidade
que põe grande exigências às aptidões técnicas dos atletas.
1.1. A técnica
As técnicas utilizadas nas corridas de estafetas são em grande medidas ditadas pelas regras
competitivas. Portanto apenas faremos algumas observações introdutórias. O bastão tem de ser passado dentro de
uma zona de transmissão de 20 metros de comprimento. Esta zona começa a 10 metros da linha dos 100m e
termina 10 metros adiante dela.
O atleta que recebe o bastão pode começar a correr 10 metros antes da entrada da zona de
transmissão ou de passagem, este pode percorrer, pois 30 metros a’te ao final dela, sendo que esta regras só se
aplica aos 4x100m.
Depois da transmissão ou passagem do bastão o atleta que fez a entrega tem de continuar seu
percurso( na raia) até que todas as equipes tenham realizadas as transmissões dos bastões naquela zona de
transmissão. Caso contrario se essa ação vir provocar a desclassificação de seu grupo.
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Figura 25. Representação gráfica da zona de passagem do bastão (SCHMOLINSKY,1982)
Figura 26. Representação gráfica das posições de passagens do bastão (SCHMOLINSKY,1982)
Um boa transmissão de bastão tem de satisfazer as seguintes duas condições :
� a transmissão tem de realizar-se depois de 12 a 16 metros de corrida, medidos a partir do inicio
da zona de transmissão
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� o bastão deve ser entregue numa distância curta de três a quatro passos e sem delongas
desnecessárias
Graças a uma técnica de transmissão ideal e uma utilização ótima da zona de transmissão pode-se no
revezamento do 4x100m registrar um tempo inferior a 2,5 segundos à soma dos tempos individuais dos quatro
corredores.
Isto possível porque as entregas efetuam depôs de uma partida lançada, isto é, quando o atleta que
recebe o bastão já vai correndo à sua maior velocidade possível.
1.2. Métodos de transmissão do bastão
Na prática são usados três métodos de transmissão :
� exterior - o corredor que chega traz o bastão na mão esquerda. Aproxima-se do companheiro
pelo lado de fora e passa-lhe o bastão para a mão direita( a de fora). Esse tipo de transmissão é usado, de
preferência com principiantes, visto que pegam melhor no bastão com a mão direita do que com a esquerda.
� interior - o corredor que chega traz o bastão na mão direita, aproxima-se do companheiro pelo
lado de dentro e passa-lhe para a mão esquerda(a de dentro).
Em ambos estes métodos, depois de recebido o testemunho , é imediatamente feita a mudança para a
outra mão, que adiante executará semelhante transmissão.
� misto - ( Frankfurt) esse tipo de transmissão é uma combinação dos métodos exterior e interior: a
primeira e a terceira transmissão são feitas pelo lado de dentro e a segunda pelo lado de dentro. Os atletas seguram
o bastão nas curvas com a mão direita e nas retas com a esquerda, sendo que após a recepção há mudança do
bastão de uma mão para outra.
A transmissão exterior oferece a vantagem de que a mão receptora é regra geral, mais hábil do que
outra .Mas na primeira e na terceira transmissões, a trajetória do portador do bastão ano é mais curta possível.
A vantagem da transmissão interior é a economia de espaço nas transmissões impares. As
desvantagens são as distâncias relativamente maiores dos atletas receptores. A transmissão mista também
responde ao requisito de economia de espaço, mas a recepção do bastão, tem por sua vez as suas dificuldades:
como nunca há mudança do bastão de uma para outra mão, o espaço em que pode ser agarrado é ainda menor e é
freqüente ver-se os atletas deixa-lo cair.
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1.3. A partida
A partida da corridas de revezamento 4x100m é basicamente a mesma que para os 400m planos. Os
blocos de partida são colocados perto da linha exterior. O bastão é seguro entre o polegar e o indicador é envolvido
pelos outros dedos. Depois de partir eficazmente o atleta passa rapidamente para e interior do seu corredor.
1.4. Marcações de partida nos percursos parciais
Os segundo, terceiro e quarto corredores colocam marcas nas suas pistas individuais, um pouco antes
dos respectivos pontos de partida.
Essas marcas consistem em traços a branco nas pistas de cinza ou fitas em pista de tartan ou
robertan. Estas marcas destina-se ao corredor que vai receber o bastão e arranca no momento em que o
companheiro as alcança.
A distância entre a marca e o ponto de partida do corredor depende da velocidade a que se aproxima o
seu companheiro e da aceleração que ele pode desenvolver.
Deve ser o suficientemente longa para que o bastão possa ser transmitido sem demora apreciável ( se
os segundo, terceiro e quarto corredores partem de um ponto a 10m do inicio da zona de transmissão, deve-se
tentar fazer a entrega entre os 22 e 26 metros no caso dos homens e entre 19 a 22metros no caso das mulheres).
A maior parte dos especialistas de revezamento acerta durante os treinos a melhor distância para a
marca. De partida e verifica depois a sua exatidão nas competições.
Na prática verificou-se que também há vantagens em que todos os treinos efetuados em variadas
condições se preste também atenção ao sentido dos atletas quanto ao momento exato de partida. Isto se consegue
quando os praticantes aprendem a concentrar inteiramente a atenção no companheiro que se aproxima e a adapta-
se à velocidade que ele traz.
1.5. A corrida na zona de transmissão
É necessário preparar e executar em velocidade uma rápida e racional transmissão do bastão . Os
corredores que recebem o bastão começam a correr uns 10 metros antes da zona de transmissão. O corredor que
parte, tem de concentrar a atenção na marca de partida e no companheiro que dela se aproxima.
Ao preparar-se para arrancar tem a cabeça virada para trás e a fim de reduzir ao mínimo a torção do
corpo, usa o ângulo de visão mais favorável ( o menor ângulo). Assim na zona de transmissão os corredores
manter-se junto à linha exterior ou interior das suas pistas, conforme se pratica um ou outro dos vários métodos de
transmissão . A partida deve ser efetuada à velocidade máxima.
O corredor que transmite o bastão deve reduzir a velocidade tão pouco quanto puder.
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1.6. A transmissão do bastão
Na transmissão o bastão deve ser entregue com firmeza e segurança, na mão do atleta que o recebe.
O movimento de braços, basicamente é o mesmo que nas corridas normais. Uma excessiva extensão do braço
pode ganhar terreno mas perturba o ritmo da passada e afeta desfavoravelmente a velocidade.
Quando um atleta que se aproxima esta a 2 ou 3 metros do seu companheiro, da - lhe sinal para
estender para trás o braço com que deve receber o bastão. O braço fixo nessa posição serve como orientação.
Se o sinal for antecipado ou tardio, a transmissão não será econômica e provocará uma perda de
tempo. O mesmo se dá quando o corredor que recebe o bastão mexe o braço para cima, para o lado ou para
baixo.
O bastão é colocado ativamente na mão do atleta, entre o polegar estendido e os outros quatro dedos
unidos.Apesar da extensão firme do braço o corredor tem o poder de continuar a acelerar.
Na transmissão exterior e na transmissão interior, é conveniente transferir o bastão para outra mão
imediatamente a seguir à recepção,pois uma demora nesta ação pode prejudicar o ritmo das passadas, além de
que é freqüente o esquecimento que depois provoca confusão na transmissão seguinte.
1.7. A técnica
A ordem tática das corridas de revezamentos serve o objetivo de ganhar todas as vantagens possíveis
sobre os grupos oponentes. Deve-se, pois dar atenção aos seguintes aspectos:
� Capacidade de corrida : o primeiro corredor cobre cerca de 110m o quarto corre à volta de 120m,
e os segundo e terceiro tem de percorrer 130m antes de efetuarem a transmissão do bastão. Desta forma os
percursos os percursos parciais mais longos devem ser reservados aos atletas mais rápidos.
� Capacidade de partida: O corredor com melhor capacidade de arranque deve fazer o percurso
parcial nº 1 a fim de ganhar terreno logo a partir do inicio da prova.
� Domínio na transmissão do bastão: O primeiro e o último dos quatro participantes só executam
uma das ações da transmissão o primeiro só entrega e o último só recebe. Assim deverão ser os menos habilidosos
na respectiva técnica da transmissão os colocados nestas posições.
� Qualidades competitivas: em provas de revezamentos em muitas vezes o último corredor que
decide nos metros finais o resultado. Portanto é de colocar no último percurso um velocista combativo e dotado de
forte vontade.
� Fatores corporais: É necessário levar em linha de conta as curvas da pista para decidir da ordem
de atuação dos corredores em função dos aspectos físicos. Como os corredores de maior estatura ficam sujeitos a
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maior força centrifuga, são um pouco mais lento relativamente nas curvas do que os atletas mais baixos. Por isso é
mais freqüente ver corredores de menor estatura nas curvas, ou seja, nas posições 1 e 3. A harmoniosa
colaboração entre todos os membros do grupo é outro aspecto muito importante. Para as transmissões do bastão
devem ser escolhidos atletas que se entendem bem entre si nessa tarefa. Uma vez estabelecida a composição dos
atletas e as suas substituições só devem fazer-se em casos de extrema urgência . A experiência mostra que os
melhores corredores de velocidade nem sempre são os melhores especialistas de revezamentos.
1.8. Os erros, suas causas e correções nas corridas de revezamentos
� ERRO
� CAUSA
☺ CORREÇÃO
� o corredor que faz o bastão não alcançar a tempo o seu companheiro e passa a zona sem ter realizado a entrega.
� o companheiro arrancou muito antecipadamente, a marca está muito longe da zona de transmissão; o corredor que traz o bastão sobreestimou a sua velocidade; o companheiro esta nervoso.
☺ maior concentração na partida da distância da marca. Prática intensiva da transmissão do bastão a velocidades médias e altas em corridas de treino; avaliação mais exata da velocidade do companheiro e da sua própria forma no momento. Atenção às condições atmosféricas e da pista.
� a entrega não chega a realizar-se.
� o corredor que deve receber o bastão arrancou muito atrasado, ou o atleta reagiu muito lentamente.
☺ Aperfeiçoar a concentração na partida ou corrigir a distância da marca; ver também as correções sugeridas no caso anterior.
� o corredor que recebe o bastão vira-se pára trás durante a entrega.
� falta de autoconfiança nervosismo
☺ praticar a transmissão a velocidade inferiores; olhar sempre para frente
� o corredor que traz o bastão estende-se antecipadamente ou o companheiro estende o braço para trás também prematuramente
� o corredor que traz o bastão esta exausto ou o companheiro tem medo de não poder receber o bastão a tempo.
☺ insistir no treino da transmissão do bastão, dando especial atenção à ação dos braços.
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� o bastão cai no chão
� entrega precipitada: o corredor que recebe o bastão não esta bem preparado mentalmente para a recepção e encontra-se nervoso.
☺ modificar o treino para velocidade mediana e fazer prevalecer o fator segurança da execução; dar atenção à seqüência de movimentos da transmissão; o corredor que traz o bastão é o responsável da entrega e tem de segurar o bastão até que o companheiro o tenha agarrado bem firme.
� na posição de partida os quadris e as pernas do corredor que vai receber o bastão não se encontram na direção da corrida.
� compreensão defeituosa da posição de partida. Nervosismo
☺ praticar a partida em posição ereta. Procurar o melhor ângulo de visão para trás, para ver a marca e o companheiro que se aproxima.
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AULA 9
REGRAS OFICIAIS DAS CORRIDAS DE PISTA
1. MEDIDAS DA PISTA
O comprimento oficial de uma pista de corrida deve ser 400m. Ela consistirá de duas retas paralelas e
duas curvas com raios iguais. A menos que seja de grama, a parte interna da pista terá uma borda de material
apropriado, de aproximadamente 5cm de altura e um mínimo de 5cm de largura.
Se uma parte da borda tiver que ser temporariamente removida para provas de campo, seu lugar será
marcado por uma linha branca de 5cm de largura e por cones de plástico ou bandeira, com um mínimo de 20cm de
altura, colocados a intervalos que não excedam 4m. Isto será também aplicado à parte da pista para provas de
obstáculos onde os corredores saem da pista principal para efetuar o salto sobre fosso. Para uma pista de grama
sem bordas, elas devem ser marcadas com linhas de 5cm de largura. Deverão também ser colocadas bandeiras a
intervalos de 5m cada. As bandeiras devem ser colocadas na linha para prevenir que qualquer competidor corra na
linha, e elas deverão ser colocadas a um ângulo de 60º com o chão para fora da pista. Para este fim, bandeiras de
aproximadamente 25cm x 20cm de tamanho colocadas em hastes de 45cm de comprimento são mais apropriadas
para este fim.
A medição da pista deve ser feita a 30cm de sua borda interna ou, na falta dela a 20cm da linha que
marca o seu limite interno.
A distância da corrida será medida a partir da borda interna da linha de saída mais afastada da linha de
chegada até a borda interna da linha de chegada mais próxima da saída.
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.
Figura 27. Representação gráfica das raias da pista de acordo com IAAF(2003)
1.2. VISTA A PARTIR DO CAMPO
Em todas as corridas até e inclusive 400 metros, cada competidor deve ter uma raia separada, com uma
largura de 1,22m no mínimo e 1,25m no máximo, marcadas por linhas de 5cm de largura. Todas as raias deverão ter
a mesma largura. A raia interna será medida conforme o parágrafo 2 acima, mas todas as demais raias serão
medidas a 20cm da borda externa de cada raia.
NOTA: Somente a linha da direita de cada raia será incluída na medição da largura de cada raia (ver
Regra 163.3 e 163.4).
Nas competições internacionais realizadas sobre a Regra 12.1 (a), (b) e (c) a pista terá oito raias.
A inclinação das pistas não pode exceder de 1:100 lateralmente e o total da inclinação na direção da
corrida não poderá exceder de 1:1000.
NOTA: Recomenda-se que, para pistas novas, a inclinação lateral se dirija para a raia interna.
A informação técnica completa sobre a construção de pistas de atletismo, sua disposição e marcação
estão contidas no Manual da IAAF sobre instalações de Atletismo. Ali são dados os princípios básicos que devem ser
respeitados.
1.3. BLOCOS DE PARTIDA
Blocos de partida devem ser usados para todas as corridas até e inclusive 400m (incluindo a primeira
etapa dos 4x200m e 4x400m) e não deve ser usado para qualquer outra corrida. Quando em posição na pista,
nenhuma parte do bloco de partida deve ultrapassar a linha de saída ou estender-se até outra raia. Os blocos de
partida devem obedecer as seguintes especificações gerais:
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� Eles serão inteiramente rígidos em sua construção e não devem oferecer nenhuma vantagem ao
atleta.
� Eles devem ser fixados na pista por um número de fixadores ou pregos, dispostos para causar o
mínimo possível de danos a pista. A disposição deve permitir a sua rápida e fácil remoção. O número, espessura e
largura dos pinos ou pregos dependem da construção da pista. A base não deve permitir movimento algum durante a
saída efetiva.
� Quando o atleta utiliza seus próprios blocos de partida eles devem obedecer os parágrafos (1) e
(2) acima. Eles podem ter qualquer desenho ou construção, assegurando que não interfiram aos outros atletas.
� Quando os blocos de partida forem fornecidos pelo Comitê Organizador, também devem estar de
acordo com as seguintes especificações:
Os blocos de partida consistirão de dois tacos, contra os quais os pés do atleta farão pressão na
posição de saída. Os tacos devem estar adaptados a uma armação rígida que não obstrua os pés do atleta quando
eles deixarem os blocos.
Os tacos devem ser inclinados para adaptar-se à posição de saída do atleta, e podem ser planos ou
ligeiramente curvos (côncavos). A superfície dos tacos devem ser preparadas com ranhuras ou ressaltos ou cobertas
com material adequado, para acomodar os pregos dos sapatos dos atletas.
A colocação dos tacos na armação dos blocos pode ser ajustável sem permitir qualquer movimento no
impulso da saída. Em todos os casos, os tacos devem ser ajustáveis para a frente ou para trás, um em relação ao
outro. Os ajustes devem ser feitos através de fixadores firmes ou parafusos que possam ser fácil e rapidamente
manejados pelo atleta.
Em competições realizadas segundo a Regra 12.1(a), (b) e (c), os blocos de partida serão conectados a
um equipamento detector de saídas falsas aprovado pela IAAF. O Árbitro de Partida e/ou Verificador determinado
deverá utilizar fones de ouvido que lhe permitam escutar claramente o sinal acústico proveniente do equipamento de
controle cada vez que seja detectada uma saída falsa (exemplo: quando o tempo de reação é inferior a 100/1000 de
segundo). Assim que o Árbitro de Partida e/ou o Verificador determinado ouvirem o sinal acústico e, se o revólver foi
disparado, ou o equipamento de partida foi ativado, deverá haver uma nova chamada e o Árbitro de Partida
examinará imediatamente os tempos de reação no dispositivo detetor de saída falsa a fim de confirmar qual(is)
atleta(s) é(são) o(s) responsável(veis) pela saída falsa. Este sistema é fortemente recomendado para todas as
demais competições.
Nas competições previstas na Regra 12.1(a), (b), (c), (d) e (e), os competidores deverão usar blocos de
partida fornecidos pelo Comitê Organizador do evento e em outras competições em qualquer tipo de pista, os
Organizadores podem insistir para que somente os blocos fornecidos por eles sejam usados.
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1.4. PARTIDA
A partida de uma corrida deve ser marcada por uma linha branca de 5cm de largura. Em todas as
corridas em raia livre a linha de saída será curva, de maneira que todos os corredores percorram a mesma distância,
da saída à chegada.
Todas as provas serão iniciadas pelo tiro da pistola do Árbitro de Partida ou aparelho de partida
aprovado, disparado para cima, após o Árbitro ter verificado que os competidores estão em seus lugares e na
posição correta de largada.
Em todas as competições internacionais, os comandos do Árbitro de Partida em sua própria língua, nas
corridas até e inclusive 400 metros (incluindo 4x200m e 4x400m), serão: “As suas marcas”, “Prontos”, e quando os
competidores estiverem preparados e imóveis, o revólver será disparado, ou o equipamento de partida será ativado.
Em corridas acima de 400m, o comando será “As suas marcas” e quando os competidores estiverem
em seus lugares, o revólver será disparado ou o equipamento de partida aprovado será ativado. Um competidor não
pode tocar o solo com a sua mão ou suas mãos.
Se por qualquer razão, o Árbitro de Partida não se satisfizer com a posição dos competidores para a
partida, depois que todos eles estiverem nos seus lugares, deve ordenar a todos que se levantem e os Assistentes
do Árbitro de Partida os colocarão novamente em seus postos.
Em todas as corridas até e inclusive 400 metros (incluindo a primeira volta dos 4x200 metros e 4x400
metros), é obrigatório a saída de uma posição agachada e o uso de blocos de partida. Após o comando “As suas
marcas”, o competidor deve aproximar-se da linha de largada, assumir uma posição completamente dentro de sua
raia e atrás da linha de largada. Ambas as mãos e um joelho devem estar em contato com o solo e ambos os pés em
contato com o bloco de partida. Ao comando de “Prontos” o competidor deve, imediatamente, se levantar para sua
posição final de largada, retendo o contato das mãos com o solo e dos pés com o bloco.
Um competidor não pode tocar a linha de saída ou o solo além dele, com suas mãos ou seus pés,
quando estiver pronto para a partida.
Conforme o caso, às ordens de “As suas marcas” ou “Prontos”, os competidores devem, imediatamente,
e sem qualquer demora, tomar a completa e definitiva posição de saída. O não cumprimento desta ordem após um
tempo razoável consistirá em uma saída falsa.
Se um competidor após o comando “As suas marcas” perturba os outros competidores na prova através
de barulho ou de outra forma, isto pode ser considerado uma saída falsa.
Será considerado um uma saída falsa se um competidor inicia seu movimento de saída após assumir
sua total e final posição, acontecendo isto antes que o tiro do revólver ou o sinal do equipamento de largada
aprovado seja dado.
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Qualquer competidor que cometa uma saída falsa deve ser advertido. Se um competidor é
responsável por duas saídas falsas ou três no caso de Provas Combinadas, ele será desqualificado.
Se, na opinião do Árbitro de Partida ou de um de seus confirmadores, a saída não tiver sido correta, os
competidores deverão ser chamados novamente com o disparo do revólver.
NOTA: Na prática, quando um ou mais competidores cometem uma saída falsa, outros
instintivamente, tendem a seguí-los e, teoricamente, qualquer competidor que assim proceda também comete uma
saída falsa. Entretanto, o Árbitro de Partida deve advertir somente aquele ou aqueles que, na sua opinião, foram os
responsáveis pela saída falsa. Isso pode resultar em que mais de um competidor seja advertido. Se a saída falsa não
for devida a qualquer competidor, não deve ser feita nenhuma advertência.
Para as provas de 100m até 800m inclusive os revezamentos até e incluindo os 4x400m, quando há
várias séries sucessivas de corridas, as raias serão sorteadas da seguinte forma:
a) Na primeira fase a ordem das raias se determinará por sorteio.
b) Na fase seguinte os competidores serão colocados em cada série de acordo com o procedimento
mostrado na Regra 166.3 (a).
Dois sorteios serão realizados:
- Um para os quatro atletas ou equipes com melhores colocações, para determinar seus lugares nas
raias 3, 4, 5 e 6.
- Outro para os quatro atletas ou equipes com piores colocações, para determinar seus lugares nas
raias 1, 2, 7 e 8.
NOTA: Quando houver menos que oito raias se seguirá o sistema anterior com as necessárias
modificações.
1.5. Partida dos 1.000m, 2.000, 3.000m, 5.000m e 10.000m.
Quando houver mais de 12 competidores em uma corrida, pode-se dividir em dois grupos, ficando um
grupo com aproximadamente 65% dos competidores sobre a linha curva normal de saída e o outro grupo sobre a
linha de saída separada também curvada, que esteja marcada na metade exterior da pista. O segundo grupo deve
correr até o final da primeira curva pelo lado externo da pista.
A segunda linha de saída separada deve ser marcada de tal maneira que todos os competidores
corram a mesma distância. A linha de raia livre para os 800m descrita na Regra 163.5 indica o local onde os atletas
do grupo externo em 2.000 e 10.000 metros podem reunir-se com os corredores que utilizaram a linha de saída
normal. A pista será marcada na entrada da reta de chegada para as saídas em grupos de 1.000, 3.000 e 5.000
metros para indicar onde os atletas que saem no grupo exterior podem reunir-se com o grupo com saída normal.
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Esta marca pode ser de 5cm x 5cm sobre a linha entre as raias 4 e 5 (raias 3 e 4 para uma pista de 6 raias) sobre a
qual um cone ou uma bandeira será colocada até que os dois grupos se reunam.
1.6. Final direta
Em competições sob a Regra 12.1(a), (b) e (c), para provas acima de 800 metros, revezamentos
acima de 4x400 metros e qualquer prova onde haja somente uma fase (final), as raias/posições serão sorteadas.
2. CORRIDAS
A direção da corrida deve ser definida pela mão esquerda do atleta que deverá estar voltada para a
borda interna da pista (campo), e será numerada a partir daí.
2.1. Obstrução na Pista
Qualquer competidor, corredor ou marchador, que empurrar ou obstruir outro competidor, de modo a
impedir sua progressão, estará passível de desqualificação nessa prova. Se em qualquer prova um competidor for
desqualificado por qualquer uma dessas razões, o Árbitro-Geral terá o poder de ordenar que a prova seja reiniciada,
excluindo o competidor desqualificado ou, no caso de uma série, permitir que quaisquer competidores seriamente
afetados pelo ato resultante da desqualificação (outro que não seja o competidor desqualificado), possam competir
em uma fase subseqüente da prova. Normalmente, o(s) atleta(s) terá(ão) terminado a prova com esforço autêntico.
Sem levar em conta se houve ou não uma desqualificação, o Árbitro-Geral, em circunstâncias
excepcionais, terá o poder de mandar uma prova ser disputada novamente, se considerar isto razoável e justo.
2.2. Corridas em Raias
Em todas as provas realizadas em raias marcadas, cada competidor deverá manter-se em sua raia do
início ao fim. Isto se aplica a qualquer parte de uma prova corrida em raias marcadas. Exceto como escrito abaixo, se
o Árbitro-Geral estiver satisfeito com as informações de um Árbitro ou de um Inspetor ou outro, de que um
competidor tenha corrido fora de sua raia, ele será desqualificado.
Se um competidor é empurrado ou forçado por outro atleta a correr fora de sua raia, e se não houver
nenhuma vantagem material, não será desqualificado.
Se um atleta ainda:
� correr fora de sua raia, na reta, e não tenha obtido nenhuma vantagem material, ou
� correr fora da linha externa de sua raia na curva, sem vantagem alguma obtida por esse motivo e
nenhum corredor tiver sido obstruído, não será então desqualificado.
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Nas competições realizadas segundo a Regra 12.1 (a), (b) e (c), a prova de 800 metros será corrida em
raias marcadas até a linha de raia livre depois da primeira curva, ponto onde os corredores podem deixar suas
respectivas raias.
A linha de raia livre será uma linha curva, de 5cm de largura através da pista assinalada por uma
bandeira de pelo menos 1,50m de altura situada fora da pista.
NOTA 1: Para auxiliar os participantes a identificarem a linha de raia livre,pequenos cones ou prismas
(5cm x 5cm), com altura máxima de 15cm e da mesma cor que a linha da raia livre podem ser colocados nas
interseções de cada raia com a linha de raia livre.
NOTA 2: Em competições internacionais, os países podem, de comum acordo, decidir pela não
utilização das raias.
NOTA 3: Em competições segundo a Regra 12.1 (d) a (h) a prova de 800m pode ser realizada com 1 ou
2 atletas em cada raia ou em grupo utilizando a saída atrás de uma linha curva.
2.3. Abandono da Pista
Um competidor não poderá continuar na prova após abandonar voluntariamente a pista ou o percurso.
2.4. Marcas na Pista
Exceto os casos de revezamentos com raias marcadas, os competidores não podem fazer marcas ou
colocar objetos sobre ou ao longo da pista para auxilia-los.
2.5. Medição da Velocidade do Vento
Os períodos para as quais a velocidade do vento será medida a partir do tiro de revólver da saída
(chama ou fumaça) ou aparelhagem aprovada, são os seguintes:
Provas Segundos
100m 10
100m sobre barreiras 13
110m sobre barreiras 13
Na prova de 200 metros, a velocidade do vento será medida por um período de 10 segundos
começando quando o primeiro corredor entrar na reta.
Para as provas de pista o Anemômetro será colocado ao lado da reta adjacente à raia 1 a 50 metros
da linha de chegada. Ele será posicionado a 1,22m de altura e não mais de 2m da pista.
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O registro do Anemômetro se fará em metros por segundo e se arredondará até o seguinte
decímetro superior, em sentido positivo. (Exemplo: um registro de +2,03 metros por segundo se anotará como +2,1;
um registro de -2,03 metros por segundo se anotará como -2,0). Os anemômetros que produzem registros digitais
expressos em decímetros por segundo deverão ser construídos de maneira que atendam esta Regra.
Os anemômetros têm que estar aprovados pelo Departamento Oficial competente.
3. CHEGADA
A chegada de uma corrida deve ser marcada por uma linha branca de 5cm de largura.
Com a finalidade de facilitar a colocação do equipamento de foto finish e a leitura do filme de foto finish,
a intercessão das linhas das raias e a linha de chegada deverá ser pintada de preto de uma maneira adequada.
Os competidores devem ser classificados na ordem em que qualquer parte de seu tronco
(ficando excluídos: cabeça. pescoço, braços, pernas, mãos ou pés) atinjam o plano vertical que passa pela
borda anterior da linha de chegada, como ficou definido anteriormente.
Em qualquer corrida que seja decidida pela distância percorrida em determinado tempo, o Árbitro de
partida deve dar um tiro exatamente um minuto antes do término da prova, para avisar aos competidores e árbitros
de que a corrida está próxima do seu final. O Árbitro de Partida orientado pelo Cronometrista-Chefe, exatamente no
tempo apropriado após a largada, deve assinalar o fim da prova com um novo tiro. Os Árbitros encarregados devem
marcar o ponto exato em que o competidor toca a pista pela última vez, antes ou simultaneamente com o tiro que
encerra a prova.
A distância percorrida deve ser medida até o metro mais próximo atrás dessa marca. Antes do início
da prova deve ser designado pelo menos um Árbitro para cada competidor, com a incumbência de marcar a distância
percorrida.
3.1. CRONOMETRAGEM E PHOTO FINISH
Se reconhecem como oficiais dois métodos de cronometragem:
� Manual.
� Elétrico totalmente automático obtido por um sistema de Foto Finish.
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3.2. Cronometragem Manual
Os cronometristas devem estar alinhados com a chegada e do lado externo da pista. Onde possível eles
devem se posicionar pelo menos 5m da raia externa da pista. A fim de que todos possam ter uma boa visão da linha
de chegada, uma plataforma elevada deve ser providenciada.
Os cronometristas devem usar cronometro ou cronometro eletrônico operado manualmente com leitura
digital. Todos tais aparelhos são chamados “relógios” de acordo com as Regras da IAAF.
Os tempos de todos os corredores que concluírem a prova devem ser anotados. Além disso, quando
possível, os tempos parciais em corridas de 800m a mais, e os tempos de cada 1.000m em corridas de 3.000m ou
mais, devem ser anotados tanto pelos membros da equipe de cronometragem como pelos Cronometristas adicionais
usando relógios capazes de marcar mais de um tempo.
O tempo será marcado desde a chama/fumaça da pistola ou aparelho aprovado até o momento em que
qualquer parte do corpo do competidor (quer dizer, o tronco, excluindo-se a cabeça, abdômen, braços, pernas, mãos
ou pés) alcance o plano perpendicular da borda mais próxima da linha de chegada.
Três cronometristas oficiais (um dos quais deverá ser o Cronometrista-Chefe) e um ou dois
cronometristas adicionais tomarão o tempo do vencedor em cada prova. Os tempos anotados pelo relógio dos
cronometristas adicionais não serão considerados a menos que um ou mais relógios dos cronometristas oficiais
falharem ao registrar o tempo corretamente, caso em que os cronometristas adicionais serão chamados em ordem
decidida previamente, de modo que em todas as corridas, o tempo do vencedor seja anotado por três cronômetros.
Cada cronometrista agirá independentemente e sem mostrar seu cronômetro ou discutir seu tempo com
qualquer outra pessoa, deverá anotar seu tempo no formulário oficial, e depois assinar, entregando em mãos ao
Cronometrista-Chefe que examinará os cronômetros para verificar os tempos anotados.
Em todas as corridas de pista, cronometradas manualmente, os tempos devem ser lidos em décimos de
segundos. Os tempos de corridas desenvolvidas parcial ou totalmente fora do estádio devem ser convertidos ao
próximo segundo inteiro maior, por exemplo: 2:09:44.3 na Maratona se converterá em 2:09:45.
Se o ponteiro do relógio parar entre duas linhas indicadoras de tempo, se considerará tempo
oficial o imediatamente superior. Seja utilizado um cronômetro 1/100 segundos, ou um eletrônico operado
manualmente, com leitura digital, todos os tempos que não terminem em zero no segundo decimal se
converterão ao próximo décimo de segundo maior, por exemplo: 10.11 se converterá em 10.2.
Se dois dos três cronômetros oficiais marcarem um mesmo tempo e o terceiro seja diferente, o tempo
registrado por aqueles dois será o oficial. Se os três cronometristas estiverem em desacordo, o intermediário será
oficial. Se somente dispuser de dois tempos e ambos forem distintos, o oficial será o pior dos dois (o maior).
O Cronometrista-Chefe agindo de acordo com as Regras da IAAF mencionadas acima, decidirá o tempo
oficial para cada competidor e entregarão o resultado ao Secretário da Competição para publicação.
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Foto Finish Totalmente Automático
Equipamento de Foto Finish totalmente automático aprovado pela IAAF deve ser usado em todas as competições.
Condições Gerais
O Sistema de Foto Finish Totalmente Automático deverá ser capaz de imprimir uma foto que mostre o
tempo de cada competidor.
O sistema de cronometragem deve começar automaticamente pelo disparo da pistola do Arbitro de
Partida ou o aparelho de partida aprovado e ou aparelho similar deve registrar os tempos de chegada dos atletas
automaticamente.
Uma aparelhagem de cronometragem que opera automaticamente, quer na saída ou na chegada, mas
não em ambas, não será considerada como manual nem como totalmente automática e, portanto, não deverá ser
usada para obter tempos oficiais. Neste caso, os tempos lidos no filme não serão, em nenhuma circunstância,
considerados como oficiais, mas o filme pode ser usado como um apoio válido para determinar as colocações e
ajustar os intervalos de tempo entre os corredores.
NOTA: Se o aparelho de cronometragem não é iniciado pelo disparo da pistola do Árbitro de partida, ou
o equipamento aprovado, a escala de tempos no filme deve indicar este fato automaticamente.
O equipamento de cronometragem elétrica totalmente automática deve ser aprovado pela IAAF,
baseando-se numa comprovação de sua exatidão feita nos 4 anos anteriores à competição. Deve ser disparado
automaticamente pela pistola do Árbitro de Partida ou aparelho similar, de maneira que o tempo total entre a
detonação na boca do cano do revólver e o disparo do equipamento de cronometragem seja constante e inferior a
um milésimo de segundo.
Em todos os Sistemas inteiramente automáticos e sistemas de gravação em vídeo, a produção da
foto e a escala de tempo devem estar sincronizados.
Os tempos da câmera de Foto Finish serão considerados como oficiais a menos que, por alguma razão,
o Oficial respectivo decida que eles são incorretos. Neste caso, os tempos obtidos pelos cronometristas manuais
serão os oficiais, e se possível baseados nas informações das diferenças de tempos obtidos na foto de chegada,
será os oficiais. Aonde exista alguma possibilidade de falha do equipamento de cronometragem deverão tomar-se os
tempos cronometrados pelos cronometristas manuais.
Os tempos devem ser lidos do foto finish da seguinte forma:
� Para todas as provas até e incluindo 10.000m, o tempo deve ser lido na fotografia de “photo-finish”
em 1/100 de segundo. Deverá ser lido a 1/100 do segundo superior, a menos que seja exato.
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� Para todas as provas na pista maiores que 10.000m, os tempos serão lidos em 1/100 de segundo.
Todos os tempos que não terminem em zero serão convertidos e registrados a 1/10 de segundo superior, por
exemplo: para 20000m, um tempo de 59:26.32 será registrado como 59:26.4.
� Para todas as provas corridas parcial ou inteiramente fora do estádio, o tempo será lido em 1/100
de segundo. Todos aqueles que não terminem em dois zeros serão convertidos ao segundo superior; por exemplo,
para Maratona 2:09:44.32, será registrado 2:09:45.
Após a primeira fase da prova, os competidores devem ser colocados nas séries das fases
subseqüentes, de acordo com os seguintes procedimentos:
(a) para provas de 100 a 400m inclusive, e revezamentos até e inclusive 4x400m, a distribuição será
baseada nas colocações e tempos de cada série anterior. Para esse fim, os competidores serão ranqueados como
se segue:
O vencedor da série mais rápida
O vencedor da segunda série mais rápida
O vencedor da terceira série mais rápida, etc
O segundo colocado mais rápido
O segundo segundo colocado mais rápido
O terceiro segundo colocado mais rápido, etc.
(Concluindo com)
O primeiro qualificado por tempo
O segundo qualificado por tempo
O terceiro colocado por tempo, etc.
Os competidores serão colocados nas eliminatórias em ordem de distribuição por zig-zag, por exemplo,
3 eliminatórias consistirão da seguinte ordem:
A 1 6 7 12 13 18 19 24
B 2 5 8 11 14 17 20 23
C 3 4 9 10 15 16 21 22
A ordem de corrida das séries A, B e C será sorteada.
(b) para outras provas, serão usadas as listas iniciais de resultados para a distribuição dos
atletas nas séries, modificado somente pela melhora dos resultados obtidos nas séries anteriores.
Sempre que possível, representantes de um mesmo país serão colocados em diferentes séries.
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NOTA: Ao organizar as séries recomenda-se que o máximo de informações possível sobre os
resultados de cada competidor seja considerado e as séries sorteadas de uma maneira que, normalmente, os que
tenham melhores resultados cheguem à final.
Um competidor não pode competir em uma série diferente da que lhe foi destinada, salvo quando o
Árbitro-Chefe decidir que as circunstâncias justifiquem uma alteração.
Em todas as séries eliminatórias, pelo menos o primeiro e o segundo classificados de cada série
devem participar das séries seguintes, recomendando-se que, quando possível, pelo menos três de cada série sejam
qualificados.
Exceto quando se aplica a Regra 167, qualquer outro competidor a ser classificado para a próxima
série será decidido tanto de conformidade com suas classificações ou seus tempos. No último caso, somente um
sistema de cronometragem pode ser aplicado.
A ordem de corrida das séries será determinada por sorteio após a composição de cada série ter
sido decidida.
Os tempos mínimos seguintes devem ser permitidos, quando praticável, entre a última série de
qualquer rodada e a primeira série de uma rodada subsequente ou final:
Até e inclusive 200m...........................45 minutos
Acima de 200m a 1000m inclusive......90 minutos
Acima de 1000m.................................Não no mesmo dia.
4 EMPATES
Os empates serão decididos como se segue:
Ao determinar se houve um empate em qualquer eliminatória para a colocação que permite a
classificação para a fase seguinte, baseado no tempo obtido, o Árbitro-Chefe de Foto Finish deverá considerar os
tempos reais obtidos em 1/1000 de um segundo, sem levar em conta a regra que determina que os tempos devem
ser convertidos para o centésimo superior. Se este modo determinar que houve empate, os competidores empatados
deverão ser colocados na fase seguinte ou, se isto não for possível, eles serão sorteados para determinar quem será
colocado na fase seguinte.
No caso de um empate para o primeiro lugar em qualquer final, o Árbitro tem o poder para decidir se
é possível providenciar para que os competidores empatados compitam novamente. Se sua decisão não for esta, o
resultado permanecerá. Os empates para as outras colocações permanecerão.
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5. CORRIDAS COM BARREIRAS
Distância - São as seguintes as distâncias padrão:
Masculino - Adultos, Juvenis e Menores: 110m, 400mFeminino - Adultos, Juvenis e Menores: 100m,
400m
Devem ser colocadas dez barreiras em cada raia, obedecendo aos intervalos da seguinte tabela:
MASCULINO - Adultos, Juvenis e Menores
Distância
da Prova
Distância da Linha de
Saída à 1ª Barreira
Distância
entre as Barreiras
Distância da Última Barreira à
linha de Chegada
metros
110
400
metros
13.72
45
metros
9.14
35
metros
14.02
40
FEMININO - Adultos, Juvenis e Menores
Distância
da Prova
Distância da Linha de
Saída à 1ª Barreira
Distância
entre as Barreiras
Distância da Última Barreira à
linha de Chegada
metros
100
400
metros
13
45
Metros
8.5
35
metros
10.5
40
Cada barreira será colocada na pista de maneira que as suas bases fiquem no lado em que o competidor se aproxima. A barreira será colocada de forma que a borda da barra de madeira coincida com a marca na pista mais próxima do corredor.
Medidas - As alturas padrão das barreiras são as seguintes:
Feminino Adulto Menores
100m 0.840m 0.762m
400m 0.762m 0.762m
Masculino Adulto Menores
110m 1.067m 0.914m
400m 0.914m 0.840m
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A largura das barreiras será de 1,18m a 1,20m.
O comprimento máximo das bases serão de 70cm.
O peso total mínimo das barreiras não deverá ser menor de 10 Kg.
Em qualquer caso haverá uma tolerância de 3mm, acima e abaixo de cada altura-padrão, para permitir
diversas confecções.
A largura da barra superior deve ser de 7cm. A espessura desta barra deve ser entre 1cm e 2,5cm, e as
bordas superiores deverão ser arredondadas. A barra deve ser firmemente fixada nas extremidades.
A barra superior deve ser listrada em preto e branco ou com cores contrastantes de modo que as cores
mais claras fiquem na extremidade de cada barra e que tenha 22.5cm, pelo menos, de largura.
Todas as corridas devem ser disputadas com raias marcadas, devendo os competidores se manterem
em suas raias durante todo o percurso.
Um competidor que passar seu pé ou perna abaixo do plano horizontal da parte superior de alguma
barreira, no momento da passagem, ou ultrapassar uma barreira fora de sua raia, ou se na opinião do Árbitro Geral
derruba-a deliberadamente com o pé ou mão, será desqualificado.
Exceto no caso do anterior, desta Regra, a queda de barreiras não resultará em desqualificação do atleta
nem o impede de estabelecer um recorde.
Para o estabelecimento de um Recorde Mundial todas as barreiras devem estar de acordo com as
especificações desta Regra.
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Figura 28. modelo de barreira de acordo com IAAF(2003)
6. CORRIDAS COM OBSTÁCULOS
As distâncias padrão serão: 2.000m e 3.000m. Haverá 28 saltos sobre obstáculos e 7 sobre o fosso de
água na prova de 3.000m e 18 saltos sobre obstáculos e 5 sobre o fosso de água na prova de 2.000m.
Na prova de 3.000m, haverá 5 saltos por volta completa, sendo a passagem do fosso o quarto dos
mesmos. Os saltos estarão distribuídos de forma regular, quer dizer, a distância entre eles será aproximadamente a
quinta parte do comprimento normal de uma volta.
Na corrida de 3.000m com obstáculos, a distância da saída ao começo da primeira volta não deve incluir
nenhum salto, devendo ser removidos os obstáculos até que os competidores tenham iniciado a primeira volta.
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Os obstáculos devem ter 0,914(± 3mm) de altura e pelo menos 3,96m de largura. Para as provas
femininas, os obstáculos terão 0,762m (± 3mm) de altura e, pelo menos, 3,96m de largura A seção superior do
travessão, inclusive do obstáculo do fosso, deve ser um quadrado de 12,7cm de lado.
As barras superiores serão pintadas com faixas em branco e preto, ou em outras cores contrastantes, de
tal modo que as faixas mais claras, que terão o comprimento de 22,5cm, no mínimo, ficarão nas extremidades.
Cada obstáculo deve pesar entre 80kg e 100kg e ter bases de 1,20m a 1,40m de comprimento. (ver
desenho seguinte).
Os obstáculos devem ser colocados na pista de forma que 30cm de seu travessão superior penetrem no
campo pela borda interna da pista.
NOTA: Recomenda-se que o primeiro obstáculo a ser transposto tenha, no mínimo, 5m de largura.
Figura 29. Modelo do obstáculo de acordo com IAAF(2003)
O fosso de água, incluindo o obstáculo, deve ter comprimento de 3.66m(+-2cm) para os homens e 3,06m(+-2cm) para as mulheres e uma largura de 3,66m(+-2cm) para ambos os sexos.
Figura 30. Modelo de fosso de água de acordo com IAAF(2003)
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6.1. FOSSO D’ÁGUA PARA PROVA MASCULINA NOTA: Em pistas sem revestimento sintético, o fundo do fosso deve ter um forro de tapete ou de material
sintético, bem preso e de espessura suficiente para dar maior firmeza nos sapatos de prego.
A água deve estar nivelada com a superfície da pista e, na extremidade do obstáculo deve ter 70cm de
profundidade por um espaço de cerca de 30cm. A partir deste ponto, o fundo terá uma inclinação regular até o nível
da pista no lado oposto ao obstáculo.
O obstáculo será preso firmemente em frente à água e terá a mesma altura dos outros na competição.
Para assegurar uma queda segura dos atletas, o fundo do fosso deve ser coberto com material adequado, até a
extremidade, com pelo menos 3,66m de largura e 2,50m de comprimento, com espessura que não exceda 25mm.
Figura 31. Modelo de fosso de água de acordo com IAAF (2003)
Cada competidor deverá passar por cima ou pela água e qualquer um que pisar na parte lateral do
fosso ou passar seu pé ou perna abaixo do plano horizontal da parte superior do obstáculo no instante da
passagem, será desqualificado. Desde que siga esta Regra, um competidor pode ultrapassar cada obstáculo de
qualquer maneira.
7. CORRIDAS DE REVEZAMENTOS
Linhas de 5cm de largura devem ser pintadas na pista para marcar as distâncias das etapas e designar a
linha de saída.
Cada zona de passagem deve ser de 20 metros de comprimento, a qual a linha de
saída é o centro. As zonas devem começar e terminar nas bordas mais próximas da linha de saída
na direção da corrida.
As linhas centrais da primeira zona de passagem para 4x400m (ou segunda zona para 4x200m) são as
mesmas linhas usadas na saída de 800m.
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As zonas de passagem para a segunda e para última passagem (4x400m) serão linhas de 10m de cada
lado da linha de saída/chegada.
O arco que atravessa a pista da entrada da reta oposta, que marca o lugar em que se permite aos
segundos corredores de cada equipe (4x400m) e aos terceiros corredores (4x200m) saírem de suas respectivas
raias, será o mesmo que para a prova de 800m descrito na Regra 163.5.
A prova de Revezamento 4x100m e, quando for possível, a de 4x200 metros, será corrida inteiramente
em raias.
Nas provas de Revezamento 4x200 metros (se este não for percorrido inteiramente em raias) e 4x400
metros, a primeira volta, bem como parte da segunda até a linha de raia livre, também serão corridas em raias
marcadas.
Nas provas de 4x100m e 4x200m os membros de uma equipe, exceto o primeiro corredor, podem
começar a correr desde uma distância não superior a 10m fora da zona de passagem (ver parágrafo 2). Se traçará
uma linha distinta em cada raia para indicar o limite desta prolongação.
Nos revezamentos 4x400 metros, na primeira passagem do bastão, que é feita com os atletas em suas
respectivas raias, não será permitido que o segundo corredor inicie sua corrida fora de sua zona de passagem do
bastão, e deve sair de dentro desta zona. Similarmente, o terceiro e quarto corredores deverão sair de dentro de
suas respectivas zonas de passagem.
Os segundos corredores de cada equipe podem sair de suas raias imediatamente após passarem a
linha de raia livre, que estará marcada por uma linha curva de 5cm de largura através da pista e estará assinalada
por uma bandeira sobre um poste de, pelo menos, 1,50m de altura, de cada lado da pista.
NOTA 1: Para ajudar aos atletas a identificarem a linha de raia livre, pequenos cones ou prismas com
base de 5cm x 5cm e com uma altura máxima de 15cm e da mesma cor da linha de raia livre podem ser colocados
nas interseções de cada raia com a linha de raia livre.
NOTA 2: Nos revezamentos de 4x200m e 4x400m, quando não estiverem competindo mais de três
equipes, recomenda-se que somente a primeira curva da primeira volta seja percorrida em raias marcadas.
Os corredores na terceira e quarta etapa dos revezamentos 4x400 metros, sob a direção de um árbitro
designado para tal, serão colocados em suas posições de espera, na mesma ordem (de dentro para fora) dos
respectivos membros de suas equipes quando eles completarem os 200 metros de suas etapas. Uma vez que os
corredores ativos tenham passado este ponto, os que esperam devem manter esta ordem, e não mudar suas
posições no início da zona de passagem do bastão.
Em outras corridas de revezamento, quando as raias não forem marcadas, os corredores que esperam
podem tomar posição dentro da pista à espera de seus companheiros de equipe, desde que não empurrem ou
obstruam outros competidores de modo a impedir o progresso dos mesmos.
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Marcas - Quando um revezamento for corrido em raias, um competidor pode fazer uma marca sobre a
pista dentro de sua própria raia, usando fita adesiva, com o máximo de 5cm x 40cm, de cor distinta, que não possa
ser confundida com outras marcas permanentes. Em pista de carvão ou grama, ele pode fazer uma marca dentro de
sua própria raia riscando o chão. Em ambos os casos não poderá ser usada nenhuma outra marca.
O bastão deve ser um tubo liso oco, de seção circular, feito de madeira, metal, ou outro material rígido
em uma única peça, com no máximo 30cm e no mínimo 28cm de comprimento. Deve ter uma circunferência de 12cm
a 13 cm e pesar no mínimo 50 gramas. O bastão deve ser colorido de maneira a se tornar facilmente visível durante
a corrida.
O bastão deve ser carregado na mão por toda a prova. Se deixado cair ele deverá ser recuperado pelo
atleta que o derrubou. Ele pode deixar sua raia para recuperar o bastão desde que ele fazendo isto não diminua a
distância a ser corrida. Caso este procedimento seja adotado e nenhum outro atleta seja prejudicado, a queda do
bastão não resultará em desqualificação.
Em todas as corridas de revezamento, o bastão tem que ser passado dentro da “zona de passagem”. A
passagem do bastão começa quando ele é tocado pela primeira vez pelo atleta que o está recebendo e se considera
terminado no momento em que o bastão se encontra unicamente em sua mão. Dentro da “zona de passagem”
somente a posição do bastão que é decisiva, e não a do corpo ou membros dos participantes.
Os competidores, após a passagem do bastão, devem permanecer em suas raias ou zonas até que a
pista esteja livre, a fim de não prejudicarem outros competidores. Se um atleta impede, intencionalmente, um
competidor de outra equipe, por sair de sua posição da raia ao fim de uma passagem, torna passível de
desqualificação a sua equipe.
Um auxílio por meio de um empurrão ou de qualquer outra forma causará desqualificação.
Após haver iniciado a disputa de um revezamento, cada equipe poderá substituir, no máximo, dois (2)
atletas para as séries subseqüentes. As substituições somente poderão ser feitas utilizando-se atletas constantes
das relações de inscritos na competição, para a prova em questão ou outra qualquer.
A composição exata das equipes e a ordem das mesmas para os revezamentos devem ser declaradas
oficialmente antes do início de cada série da competição. Uma vez que um atleta tenha sido substituído em uma
série anterior, não poderá retornar à equipe.
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AULA 10
SALTO EM DISTÂNCIA
1. HISTÓRICO
Ao longo dos tempos, o ato de saltar tem merecido a atenção de vários especialistas, na tentativa de
melhor definí-lo. Para JONATH(1977), saltar é uma ambição tão velha quanto a história do Atletismo. O salto é um
ato de transpor uma distância ou uma altura. Por sua vez, ADRIAN & COOPER (1989) definiram o salto como "uma
projeção do corpo por meio de uma força produzida pelos pés ou mãos contra uma superfície.” SCHMOLINSKY
(1982) salientou que todos os saltos se constituem num movimento cíclico e acíclico diferenciando apenas na sua
trajetória.
O objetivo do salto para HAY (1978) é "obter o máximo deslocamento do Centro de Gravidade em uma
dada direção". Para MARROM (1982) o principal objetivo do salto é “projetar o Centro de Gravidade através do ar
na velocidade máxima combinada com a máxima altura para alcançar a maior distância horizontal possível."
No Atletismo observa-se a transposição, tanto de uma distância horizontal (salto triplo e salto em
distância) como de uma altura (salto com vara e salto em altura), que podem ser realizadas com o auxílio de um
objeto ou em saltos consecutivos como no caso do salto com vara e o salto triplo respectivamente. Segundo
(SCHMOLINSKY, 1982) a distância percorrida é determinada pela trajetória do centro de gravidade, que resulta da
velocidade de saída, do ângulo de saída e da altura da saída.
Quanto aos saltos horizontais, o salto em distância é uma prova que está presente no Atletismo desde
a antiga Grécia nos Jogos Olímpicos, sendo que a mesma somente era prova integrante do heptatlo, e nos povos
Asiáticos os saltos sempre fizeram parte das provas desportivas (JONATH, 1977). Durante a Antigüidade na Grécia
a prática do salto em distância era realizado com o uso de pesos e halteres colocados nas mãos (BARROS, 1996;
BIANCHI, 1963; DOHERTY, 1971; FLOC’HMOAN, s/d; GRIFFI, 1989; HARRIS, 1964 e QUERCETANI, 1964). O uso
destes halteres pode ser vistos pintados ou esculpidos em vasos da época segundo HARRIS (1964). No salto em
distância com impulso, "era permitido ajudar-se com pequenas bolas que primeiro foram de pedras, depois de
“plomo" e finalmente de bronze, e estas chegaram a pesar cinco quilogramas" (FLOC’HMOAN ,s/d).
O salto em distância foi considerado como uma das provas mais naturais do Atletismo (BARROS &
DEZEM, 1990; BIELIK, 1989; HOUVION et al., 1986; PERNISA, 1980; QUERCETANI, 1964; e TEIXEIRA, 1995).
Devido a essa naturalidade, PARIENTÉ In: A GAZETA ESPORTIVA (1996) e ROCHA Jr. (1993) ressaltaram que os
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recordes ou marcas do salto em distância não progrediram muito, enquanto que outras provas do Atletismo tiveram
consideráveis melhoras em suas marcas (Quadro 5).
QUADRO 5 - Comparações entre as variações de progressos nas provas de saltos do Atletismo, de
acordo com PARIENTÉ In: A GAZETA ESPORTIVA (1996).
PROVA Antes Hoje %
Salto em altura 1,97 2,45 24
Salto em distância 7,61 8,95 17,5
Salto com vara 3,62 6,14 70
Salto triplo 14,34 18,29 23
Verifica-se também que, somente por volta de 1886 incluíram a tábua de impulsão para o salto, e em
1936 fixaram o limite de velocidade do vento em 2m/s para a constatação de um resultado (QUERCETANI, 1964).
Essa modalidade exige de seus praticantes coordenação específica, velocidade, resistência e força
rápida (BIELIK, 1989; SANAHUJA, 1970; SCHMOLINSKY, 1982; e WHALING In: PEARSON et al., 1963)
O salto em distância se inicia com uma ligeira e gradativa corrida, um impulso, uma suspensão e uma
aterrissagem. Observa-se também que este salto apresenta algumas técnicas tais como: a tesoura, a passada e
extensão.
2. FASES DO SALTO EM DISTÂNCIA
O salto em distância apresenta as seguintes fases: corrida, impulso, vôo, e aterrissagem (BARROS
& DEZEM, 1990; BIELIK, 1989; DOHERTY, 1971; HAY, 1978; HOUVION et al.,1986; JENSEN & SCHULTZ, 1970;
KLIMMER, 1979; SALLERAS, 1971; e WHALING In: PEARSON, 1963) (Fig.31).
corrida impulso vôo aterrissagem
Figura 31 - Representação das fases do salto em distância segundo TEIXEIRA (1995).
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Por outro lado, SCHMOLINSKY (1982) subdividiu o salto em distância em apenas duas fases: uma
corrida de balanço que termina no impulso (chamada); e um vôo que termina com a aterrissagem.
2.1. A corrida
A corrida é uma progressão acelerada do andar, integrada por uma fase de apoio e suspensão, sendo
por sua vez constituída por duas características importantes: a freqüência dos passos e a amplitude (COSTA, 1996;
e TANI et al., 1988). De acordo com MANN, In: COSTA (1996) essas características são indicadores diretos da
performance de um velocista, pois indicam como é que a totalidade do sistema contribui para uma parte da corrida.
A corrida para o salto é realizada a fim de que o saltador adquira uma velocidade boa para a realização
do salto, pois a velocidade é um dos fatores mais importantes, e só é conseguida através de uma corrida adequada.
A velocidade é considerada uma das capacidades básicas da performance humana (KIDO, 1983) sendo que esta
depende mecanicamente do comprimento do passo e ritmo da passada (BIANCHI, 1963).
O objetivo desta corrida é alcançar o máximo de velocidade horizontal (BIELIK, 1989; KLIMMER, 1979;
MARROM, 1982; e SALLERAS, 1971) sendo que os melhores saltadores chegam a tábua de impulso com
velocidades inferiores a 9 m/s. (Quadro 6).
QUADRO 6- Resultados obtidos por HAY & MILLER, (1985) sobre as características biomecânicas da decolagem.
ATLETA
Altura do C.G. na decolagem
(m)
Velocidade da decolagem (m/s)
Angulo da decolagem
(x°)
velocidade horizontal na decolagem
Velocidade vertical na decolagem
Stanciu 1.14 8.6 20.6 8.0 3.0 Ionescu 1.14 8.9 18.9 8.4 2.9 Hearnshaw 1.24 8.6 18.9 8.2 2.8 Tracker 1.19 8.8 16.5 8.5 2.5 Joyner 1.21 8.3 22.1 7.6 3.1 Lorraway 1.17 8.5 20.6 8.0 3.0 Fergunson 1.24 8.6 18.8 8.1 2.8 Nunn 1.11 9.0 15.6 8.6 2.4 Lewis 1.26 8.2 19.2 7.8 2.7 Scott 1.16 8.6 16.8 8.2 2.5 Garden 1.18 8.3 18.7 7.9 2.7 Dancetovic 1.22 8.3 18.9 7.8 2.7 M 1.19 8.6 18.8 8.1 2.8 SD 0.05 0.25 1.8 0.3 0.2
A corrida é iniciada a partir de uma posição semiflexionada, favorável a concentração. Os pés
encontram-se juntos na mesma linha e numa perda do equilíbrio para frente inicia-se a corrida com o pé de impulso.
Essa corrida é realizada livremente, de forma elástica, sobre a planta do pé e com o joelho muito flexionado (BIELIK,
1974; SALLERAS, 1971; e SCHMOLINSKY, 1982).
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DOHERTY (1971) ressaltou que a corrida do salto em distância inclui ainda alguns fatores importantes
como: o comprimento, a velocidade e o método. Com relação ao comprimento necessário para adquirir uma
velocidade máxima adequada para o salto, verifica-se que a média está em torno de 35 - 45 metros. ou 100 - 150
pés ou 19 - 13 passos (Quadro 7).
QUADRO 7 - Comprimento das distâncias necessárias para aquisição de uma velocidade adequada para o salto
em distância segundo diversos autores.
Autor Distância (m) Distância(pés) Passos MARROM(1982) - 130-150 DOHERTY (1971) 32,9-44,2 108-145 19-23 HAY (1978) 39,6-45,7 130-150 17-23 CARR (1983) - - >19 SCHMOLINSKY (1982) 40-45 - 22-24 KLIMMER (1979) 34 - - SANAHUJA (1970) 35-40 - - SALLERAS (1971) 30-40*/ 25-35** 3 - - HOUVION et al (1986) - - 19-21 PINO In:ROCHA Jr (1993) 35-50*/ 34-38** 3 - - WOODY (1981) - 100-150 18-24 JONATH (1977) 30-45 - -
Através destas constatações verifica-se que a distância utilizada varia em torno de 35 a 45 metros,
sendo o suficiente para que o atleta possa adquirir uma velocidade máxima adequada para o salto. Segundo
WHALING, In: PEARSON et al. (1963) os corredores alcançam seu pico de velocidade máxima, na maioria das
vezes, nos 54,8 metros (60 jardas). Para GUNDLACH, In: SCHMOLINSKY (1982) a velocidade máxima é alcançada
por volta dos 50 metros. Já para HEGEDEUS, In: KIDO (1983) esta velocidade é atingida a cerca de 50 metros por
adultos e 30 metros por crianças. Cabe salientar que após várias tentativas, é que o atleta consegue estabelecer
seu melhor comprimento da corrida.
Quanto à velocidade da corrida, sabe-se que ela tem grande importância no resultado final do salto,
contribuindo com cerca de 50% (HOUVION et al., 1986; JONATH, 1977; PROST In: ROCHA Jr., 1993; e
SALLERAS, 1971).
3 * homens/ ** mulheres
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2.2. A corrida de aproximação
A corrida de aproximação é a parte mais importante do salto, pois a partir desta é que ocorre a
transição do final da corrida para o início do impulso (chamada) na tábua de salto. Esta corrida de aproximação é
denominada como sendo aquela encontrada nos últimos 3 a 4 passos próximos da tábua. Para SALLERAS (1971) a
corrida de aproximação deve ser o suficiente para que o atleta possa alcançar sua velocidade máxima a alguns
metros antes da tábua. Por sua vez, SCHMOLINSKY (1982) ressaltou que quanto maior for a velocidade de
aproximação que o saltador conseguir transferir no impulso, sem grande perda, melhor será o resultado.
Durante a corrida de aproximação o atleta adota determinados comportamentos nos movimentos
corporais a fim de adequar-se para o impulso. O atleta posiciona o tronco próximo à vertical, muda o comprimento
dos passos, com passadas amplas e ligeiras, os ombros se encontram mais relaxados, diminui a altura do Centro de
Gravidade, e os joelhos bem levantados à frente.
Os fatores mais importantes nesta corrida de aproximação são verificados no último e penúltimo
passos. No penúltimo passo os principais fatores são o alongamento do passo (HAY, 1978; JONATH, 1977; e
SCHMOLINSKY, 1982), e uma redução da altura do Centro de Gravidade (HOH & HAY e NIXDORF &
BRUGGEMANN citados por ROCHA Jr., 1993), o que leva a uma redução da velocidade horizontal (ATWATER In:
COSTA, 1996; COSTA, 1996; e SCHMOLINSKY, 1982). O alongamento do penúltimo passo é para obter uma
posição inicialmente baixa, e assim uma mais longa trajetória do Centro de Gravidade (SCHMOLINSKY, 1982).
HOH In: ROCHA Jr. (1993) destacou que, quanto maior o abaixamento do Centro de Gravidade nesta
passada, maior será a performance. Tal constatação deriva-se do fato de que a correlação entre a variação da
altura do Centro de Gravidade na penúltima passada em um dos seus estudos foi de 0.71. Um estudo de POPOV,
In: HAY (1978) apresentou os dados relativos aos resultados dos comprimentos dos seis últimos passos obtidos por
três atletas internacionais (Quadro 8).
Quadro 8 - Resultados obtidos dos comprimentos dos seis últimos passos, segundo POPOV In: HAY (1978).
Passos(m)
ATLETA 6º último 5º último 4º último 3º último Penúltimo Último
V. Popov 2,15 2,14 2,15 2,14 2,16 2,13
E.Shelby 2,13 2,13 2,14 2,13 2,45 1,85
Ter-Ovanesian 2,15 2,15 2,15 2,14 2,44 2,06
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A queda do centro de gravidade vem acompanhada por uma redução da velocidade , tendo em vista
que é mais fácil abaixar o Centro de Gravidade com menor velocidade (SCHMOLINSKY, 1982).
Segundo ATWATER, In: COSTA (1996) “a literatura parece estar de acordo que a oscilação vertical do
Centro de Gravidade diminui com o aumento da velocidade”, já para COSTA (1996) esta diminuição da altura do
Centro de Gravidade é seguida pela redução da velocidade, por causa da flexão do joelho no apoio. Entretanto para
que esta queda do centro de gravidade se realize eficazmente e não ocorra perda da velocidade, HOUVION et al.
(1986) salientaram que o atleta deverá manter a pélvis colocada e fixa no penúltimo apoio, o tronco deve
permanecer reto, e que esta queda do Centro de Gravidade se realize acelerando.
Quanto ao último passo, observa-se uma redução no comprimento do passo e uma preparação já para
a decolagem na tábua do salto. SCHMOLINSKY (1982) ressaltou que tal situação tem o objetivo de conclusão
rápida à fase aérea, para que a trajetória do centro de gravidade se oriente para cima a partir da queda do Centro
de Gravidade no penúltimo passo. Por outro lado, esta redução no último passo decorre em virtude da queda do
Centro de Gravidade no passo anterior (BIELIK 1989; e HOUVION et al. 1986).
2.3. Fase do impulso Dentre as fases do salto em distância, o impulso ou a chamada como literatura tem relatado, é
considerada a segunda fase de maior importância do salto. A contribuição desta fase chega a ser de 40%,
(HOUVION et al., 1986; PROST In: ROCHA Jr. ,1993; e SALLERAS, 1971), sendo considerada o coração do salto
por BIELIK (1989).
O principal objetivo do impulso é obter o máximo de velocidade vertical possível, assim como a redução
da perda da velocidade horizontal. Quando o atleta toca o solo as forças de reação do solo agem primeiro no
sentido de frear o movimento (apoio) e depois de acelerá-lo (saída) (BIELIK, 1989; HAY, 1978; e SALLERAS, 1971).
O impulso é o resultado do produto de uma força aplicada num determinado tempo sobre um corpo
(superfície), e no salto em distância inicia-se quando o Centro de Gravidade passa sobre o pé de impulso e termina
quando este perde o contato com o solo. Na decolagem o atleta esta preocupado em obter o levantamento vertical e
manter sua velocidade horizontal (MARROM, 1982).
O impulso é um processo complicado, sendo constituído de três fases principais: a colocação do pé de
impulso; a absorção do impacto ou amortecimento e extensão ativa do impulso.
Quanto a colocação do pé, o atleta deve colocar o pé semelhante a posição da corrida, não devendo
produzir um efeito de travagem. Para a diminuição do impacto, as forças resultantes do assentamento do pé são
absorvidas pela flexão do joelho (170º), tornozelo (120º) e quadril (SCHMOLINSKY, 1982). Esta flexão da perna
reside no fato de que através desta será armazenada energia elástica proveniente da tensão preliminar dos
extensores da perna e pé (DOHERTY e DYSON, JARVER, e SCHMOLISNKY In: ROCHA Jr.,1993).
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A chamada ativa ocorre quando, após o toque do pé na tábua de impulsão a perna livre inicia o seu
balanço para frente e para cima, e os braços executam movimentos alternados e opostos às pernas. Tal
amortecimento faz-se necessário pela grande sobrecarga que é gerada no impulso pela força de reação do solo. A
força de reação do solo no salto em distância chega a 5-7 vezes o peso corporal, o que pode ser comparado às
outras modalidades de acordo com BAUMANN & STUKE e BRUEGEMAN & NISSIEN In: AMADIO (1989) (Quadro
9).
QUADRO 9 - Força de reação do solo vertical máxima (Fzmax) durante a fase de apoio em diferentes
disciplinas ( modificado de AMADIO, 1989).
Disciplina Fz max [[[[N]]]] Andar 700-1000 Correr-Jogging 1500-2100 Correr-Sprint 2000-3000 Salto em altura 3000-6000 Salto em distância 5500-7000 Salto Mortal a frente 8000-10000 Salto Mortal para trás 8000-11000 Salto vertical-Jump & Reach 2000 Salto triplo-Step 10000-15900
Durante o impulso o atleta deve estar com o tronco reto, a cabeça alta (em direção para frente), ombros
levemente baixos e a pélvis fixada (HOUVION et al., 1986; SALLERAS, 1971), sendo que o movimento de balanço é
iniciado pelo quadril, seguido pela perna livre e pelos braços que devem ser levantados, porém rapidamente
travados com os cotovelos direcionados para fora (SCHMOLISNKY, 1982).
Outro fator importante é o ângulo de saída, que varia entre 18º a 20º (ATTIG In: BIELIK,1989;
HOUVION et al.,1986; e SCHMOLINSKY, 1982).
2.4. Fase de vôo (suspensão)
Após o término da impulsão na tábua de salto, inicia-se a fase de vôo ou suspensão. Esta fase do salto
contribui com apenas 10% para o resultado final, comparado com os 50% da corrida e 40% do impulso (HOUVION
et al., 1986; SALLERAS,1971).
O objetivo desta fase é proporcionar ao atleta uma preparação para a aterrissagem, sendo que a
distância do salto já está predeterminada no momento que o atleta deixa o contato com a tábua de impulso (BIELIK,
1989; HAY, 1978; JONATH, 1977; SALLERAS, 1971; e SCHMOLINSKY, 1982).
Outra característica da fase de vôo é a movimentação dos braços e pernas que o atleta realiza. Tais
movimentos, devem-se a necessidade de manutenção do equilíbrio do corpo para proporcionar maior aproximação
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do Centro de Gravidade no solo antes do contato com os pés (BIELIK, 1989; HERZOG, 1986; SALLERAS, 1971; e
SCHMOLINSKY, 1982).
Para o atleta alcançar ou manter a própria orientação do corpo ou parte dele na fase de vôo, o atleta
utiliza duas possibilidades: a) aumenta ou diminui o momento de inércia sobre o eixo do Centro de Gravidade, com
isso aumenta ou diminui a velocidade angular associada; e b) pode realizar movimentos rotacionais de alguns
segmentos do corpo relativo a outros segmentos (HERZOG, 1986). Tais movimentações são efetuadas também
para contrabalançar o movimento de vôo, pois ao abaixar uma parte do corpo, outra se levantará para a devida
compensação (SCHMOLINSKY, 1982).
Já para HAY & MILLER (1985) os atletas realizam essas movimentações a fim de completar sua
execução, pois assim tendem a reduzir o movimento angular adquirido na decolagem evitando uma rotação do
tronco. Essas movimentações decorrem de acordo com a técnica de vôo empregada, tesoura, passada ou extensão
(GUAITA, 1974; HAY, 1978; SALLERAS, 1971; SCHMOLINSKY, 1982; e WHALING In: PEARSON et al., 1986).
2.4.1. Técnica da tesoura
Na técnica da tesoura (Fig. 33) os atletas continuam a correr durante o vôo (SCHMOLINSKY, 1982).
Após o contato com a tábua de salto, a perna de impulso( perna direita em negrito) que está um pouco flexionada,
cruza a perna livre (perna esquerda em branco Fig. 33) que está estendida à frente. Depois a perna livre oscila
primeiro em direção para trás realizando um ligeira flexão, logo após vai em direção à frente, onde se estende e
alcança a perna de impulso (GUAITA, 1974; SALLERAS, 1971; e SCHMOLINSKY, 1982).
FIGURA 33 – Representação da técnica tesoura, de acordo com GUAITA (1974).
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Esta técnica apresenta vantagens e desvantagens. A principal vantagem é que permite ligar facilmente
a corrida, o impulso e a suspensão mediante movimentos cíclicos como de uma corrida. Por outro lado, uma grande
desvantagem refere-se ao fato desta ser uma técnica mais complicada para principiantes quando comparada com à
técnica de extensão (GUAITA, 1974).
2.4.2. Técnica da passada
É uma técnica simples, mas raramente permite uma boa execução devido a difícil manutenção do
equilíbrio. Nesta técnica a posição da passada na fase de impulso é mantida durante um tempo maior. Somente
antes do contato com o solo é que a perna de impulso (perna esquerda, em branco, Fig. 34) vem à frente junto com
a perna de balanço (perna direita, em negrito. Fig.34). O tronco permanece na posição reta e só quando o atleta
esta com as pernas preparadas é que o tronco flete à frente (SCHMOLINSKY,1982). Um pouco depois da
decolagem, o atleta traz ambas as pernas juntas e continua o vôo em posição sentada (HAY, 1978).
FIGURA 34 - Representação da técnica de passada
2.4.3. Técnica da extensão
Depois da decolagem a perna livre (perna direta em branco, Fig. 35) adiantada oscila para trás,
enquanto a perna de impulso (perna esquerda em negrito, Fig.35) se flexiona e junta-se com a perna livre quando
está chega à vertical. As pernas juntam-se, flexionam-se e formam um ângulo de 90º (GUAITA, 1974; SALLERAS,
1971; SCHMOLINSKY, 1982). Os braços continuam o movimento iniciado na decolagem e conservam-se acima da
cabeça durante a primeira parte do vôo (SCHMOLINSKY,1982).
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FIGURA 35– Representação da técnica da extensão, de acordo com GUAITA (1974).
Antes de atingir o solo, o atleta move as pernas para cima e para frente e abaixa o tronco. A vantagem
dessa técnica está na facilidade para aprender os movimentos (GUAITA, 1974).
2.5. Fase da aterrissagem
A aterrissagem é a última fase do salto, ou seja, a fase conclusiva do salto (SCHMOLINSKY, 1982). O
objetivo desta fase é colocar os segmentos corporais mais adiante possível da tábua de impulsão (BIELIK, 1989;
GUAITA, 1974) procurando retardar o apoio dos calcanhares no solo (DEZEM & BARROS ,1990).
Para DOHERTY (1971) e MARROM (1982) o método mais eficaz é aquele em que apresenta maior
distância horizontal entre o centro de gravidade e o calcanhar no momento em que eles tocam o solo (Fig.36).
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FIGURA 36 – Representação da distância ganha com pouso econômico (em branco) em contraste
com um não econômico (em preto) em relação ao centro de gravidade e o calcanhar segundo DOHERTY (1971).
Além da posição das pernas, os braços exercem grande importância, pois enquanto as pernas são
lançadas à frente (maior distância entre o Centro de Gravidade e o calcanhar) os braços ficam atrás do saltador.
Quando o atleta está prestes a pousar, os braços são lançados à frente, transferindo assim o momento (DYSON In:
DOHERTY, 1971).
3. Fatores que influenciam a performance do atleta no salto em distância
Os estudiosos do salto em distância têm cada vez mais se preocupado em descobrir os fatores e ou
variáveis que influenciam no desempenho dos atletas, na busca da melhora de suas marcas.
Para (DOHERTY, 1971 e SCHMOLINSKY, 1982) os principais fatores entre outros que influenciam um
resultado são: a velocidade com que o saltador alcança os 36,57 metros (40 jardas), o impulso rápido, a cadência
nos três últimos passos, o ângulo de decolagem, o equilíbrio durante a fase de vôo e trajetória do centro de
gravidade (velocidade, ângulo e altura de saída).
Já para ADRIAN e COOPER (1989) são: a distância em que o centro de gravidade é transportado para
frente pelo apoio na decolagem, a distância pelo qual o centro de gravidade é projetado durante o vôo, a distância
além do centro de gravidade em que o calcanhar alcança no pouso, o tempo gasto na decolagem.
BIELIK (1989) ressaltou que a altura do centro de gravidade no impulso, velocidade resultante do
centro de gravidade no impulso e percurso angular são as principais variáveis que determinam a distância do salto.
Por sua vez, HAY (1978) apresentou os seguintes fatores básicos que influenciam no salto em
distância: precisão na decolagem; posição do corpo na decolagem; altura da decolagem, velocidade da decolagem,
ângulo da decolagem, resistência do ar, posição do corpo na aterrissagem, ações no pouso.
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4. Os erros, suas causas e correções nas provas de salto em distância
� ERRO
� CAUSA
☺ CORREÇÃO
Na aproximação (balanço)
� abrandamento de velocidade nos últimos passos da corrida.
� a aproximação é demasiado longa; ou então o saltador alcança demasiado cedo uma grande velocidade. Defeituosa preparação para a chamada em velocidade.
☺ corrida de aceleração sem saltar. O atleta não tem o adequado sentido da velocidade e do ritmo. Encurtar a aproximação e melhorar a técnica da chamada a velocidades gradualmente maiores.
Na chamada
� passo demasiado comprido com assentamento sobre o calcanhar
� o atleta tenta saltar muito
☺ cobrir toda a distância de aproximação sobre a polpa plantar. Treinar o ritmo dos últimos passos. Saltar repetidamente com aproximações a toda a velocidade. Cuidar da adequada colocação do pé , em especial ao fazer chamadas com aproximação curta. Saltar sobre obstáculos de pouca altura mas bastante largos.
� inclinação do tronco para a frente.
� o atleta não modifica o ritmo da passada no final da aproximação. Má compreensão da chamada e da atitude durante o vôo.olhos não fitam para a frente, mas fixam-se na prancha de chamada.
☺ explicar o erro;modificar o ritmo da passada nos últimos passos da aproximação. Os olhos mesmo nos saltos com aproximação curta, não devem fitar a prancha de chamada.
� insuficiência dos movimentos de balanço
� o atleta preocupa-se demasiado com os movimentos que em seguida terá que executar durante o vôo.
☺ saltos com aproximação curta, mas acentuando os movimentos de balanço. Saltos em que o atleta tenha de tocar um objeto com o joelho da perna de balanço.
� não há adequada extensão dos quadris
� lentidão no último passo de aproximação e falta de força explosiva. ☺ treinar os aspectos rítmicos e fazer exercícios especiais de força
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Durante o vôo
� o saltador perde o equilíbrio.
� falhas na chamada. Pouca agilidade do atleta ou irregularidade do solo no local de chamada. ☺ treino especifico da chamada. Aperfeiçoar a agilidade com auxilio do trampolim ou da caixa de
saltos profunda.
� o saltador não levanta convenientemente as pernas antes do contato com o solo(queda)
� falta de inclinação para trás na primeira parte do vôo ou fraco desenvolvimento dos músculos de modo a não permitir a suficiente elevação das pernas.
☺ treinar contato com o solo saltando sobre um aparelho em posição sentada. Treino especifico de elevação sobre a correta atitude do tronco. Fortificar os músculos abdominais
No contato com o solo
� contato prematuro, sem completa utilização da extensão do vôo .
� o atleta tem medo de cair para trás. Má preparação do contato com o solo ☺ saltos sem corrida de aproximação.Saltos sobre obstáculos rasteiros colocados perto do local do
contato.
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AULA 11
SALTO TRIPLO
1. HISTORICO
O salto triplo é prova que está presente desde os I Jogos Olímpicos na Grécia em 1896, nas provas do
atletismo, sendo que nos Jogos Olímpicos do México em 1968, teve seu recorde superado mais de cinco vezes por
três atletas diferentes, entre ele o brasileiro Nélson Prudêncio com a marca de 17,27 metros ( SALLERAS, 1971).
No salto triplo não são apenas uma sucessão de três saltos quaisquer, compreende sim na realização
de impulsos seqüenciais em condições bem definidas, os quais levam à auto- projeção do corpo, de tal maneira que
o primeiro salto deve ser executado com um só perna a qual gera impulso para o segundo salto com caída na
mesma perna, que por sua vez complementa a seqüência com a perna contrária , finalizando com a caída em
ambas as pernas na caixa de areia, objetivando desta forma alcançar distância máxima pela somatória dos três
impulsos realizados sob forma de um pulo, passo e salto – “Hop” “Step” e “Jump”-.
Segundo ADRIAN & COOPER (1989), este salto difere do salto em distância pelo fato de apresentar
três fases de decolagem e vôo, enquanto o salto em distância apresenta apenas uma fase de decolagem e vôo.
Estes saltos são interdependentes uma vez que a execução do terceiro e segundo saltos dependem
estreitamente da recepção que os precede e das possibilidades de impulsão que oferece esta recepção.
No Brasil o salto triplo têm tido o maior sucesso mundial, sendo que nesta prova o Brasil obteve recorde
mundial e o Bi- Olímpico ( MOURA,1992) entre outras medalhas.
Esta prova permite analisarmos vários aspectos relacionados com a performance do salto como por
exemplo: os ângulos de decolagem, deslocamento do centro de gravidade, velocidade horizontal, distribuição dos
saltos etc...
A performance estará sensivelmente afetada se tentarmos com um primeiro salto ganhar altura visando
com isto obtermos uma maior distância, fato este que irá sacrificar, seguramente, a distância a ser obtida no
segundo e terceiro saltos, sendo um dos fatores geralmente citados como interferência na distribuição dos saltos,
devido a perda de velocidade horizontal impõe uma sobrecarga adicional imposta à perna de apoio fazendo com
que o ângulo de flexão do joelho torne-se mais acentuado requerendo com que a articulação coxo – femural entre
em ação para auxiliar no amortecimento, através de uma ligeira flexão que irá gerar desvio lateral do lado da perna
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apoiada, tirando assim o corpo da linha de movimento da trajetória, ou linha reta desejada do movimento, além de
posicionar o Centro de Gravidade muito baixo.
O salto triplo é uma prova que apresenta 4 fases, sendo uma corrida e três saltos ou três fases de
decolagem ( terrestre) e três fases de vôo (aérea) .De acordo com as regras, o salto triplo deve ser realizado da
seguinte forma : “hop” e “step” com a mesma perna e o “jump” com a perna oposta.
Alguns autores (SALLERAS,1971; DOHERTY, 1971; FRACAROLLI, 1981; FUKASHIRO & MIYASHITA
In: por AMADIO et al., 1984) relatam a importância da velocidade horizontal para obtenção de uma boa distância
alcançada no salto.
Esta corrida, que é executada a fim de se obter um velocidade horizontal adequada para a execução
dos três saltos seguintes, é realizada com passos largos e rápidos e velocidade crescente atingindo seu ápice em
média num número de seis a oito passadas até a abordagem à tábua de impulsão.
Após a corrida de aproximação e a abordagem à tábua de salto, inicia-se o primeiro salto chamado de
“hop”, esta fase é realizada após uma ligeira corrida tendo a abordagem na tábua de salto com uma das pernas.
Conforme FRACAROLLI(1981) , inicia-se o primeiro salto com o pé de impulsão, suspende-se e
retorna-se o contato com o solo com o mesmo pé. Esta fase ocorre logo após uma rápida corrida e uma decolagem.
O “step” é o segundo salto, onde a perna que executou a 1ª abordagem, transpõe a outra perna livre e
retorna a abordar o solo, sendo uma oscilação de uma perna sobre a outra (SALLERAS,1971).
Já o terceiro salto “jump” é realizado com a outra perna livre durante o segundo salto, abordando o solo
e decolando para aterrissar na caixa de areia ( HAY & YU, 1995), sendo ainda este último parecido com o salto em
distância (SALLERAS,1971).
A evolução técnica desta prova pode ser analisada em duas fases, a aquela do uso de força de reação
do solo para cada um dos saltos e aquela de velocidade ótima de corrida de aproximação para obtenção de uma
boa distância (DOHERTY, 1971).
LESSENICH In: AMADIO et al (1994) diferencia três técnicas de movimento, a técnica natural, a
técnica dos saltos parabólicos e a técnica dos saltos rasantes.
Os soviéticos preconizavam uma técnica com saltos muito marcados e muito altos, ou seja, com
grande elevação do Centro de Gravidade, principalmente no “hop”. Já os poloneses preferiam uma técnica mais
rasante , centrada na velocidade natural ( SALLERAS,1971) a fim de evitar grandes perdas de velocidade
horizontal devido a um vôo muito parabólico.
ECKER (1987) relata também que por muitos anos a escola do salto triplo tem sido dividida em dois
grupos : a Russa em que a fase do “hop” é mais longa do que a fase do “jump”e a Polonesa em que a fase “jump”é
mais longa do que a fase do “hop”.
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2. A corrida de aproximação
A aproximação da corrida tem por finalidade produzir uma grande velocidade horizontal e preparar uma
eficaz primeira chamada na tábua de impulsão .
Assim a aproximação subdivide-se em fases de aceleração, em que o atleta percorre dois terços do
respectivo percurso e a do ritmo preparatório de 5 ou 6 passos. Nem todos os saltadores utilizam a mesma distância
de aproximação que varia entre 35 e os 42 metros e envolve em média 18 a 22 passadas.
Os atletas de boa aceleração necessitam, naturalmente de uma aproximação mais curta do que aqueles
que necessitam, naturalmente de uma aproximação mais curta do que aqueles que necessitam de percorrer
maiores distâncias para adquirir a mesma velocidade.
Em regra os especialistas do triplo salto colocam marcas a 12 ou 14 e a 5 ou 6 passos da prancha de
chamada.
Essas marcas dão-lhes orientação para realizar a aproximação exata e são especialmente importantes
para os principiantes.
Se no decurso das competições for necessário modificar a aproximação, as marcas terão de ser
mudadas convenientemente.
Assim que os atletas tiverem adquiridos a precisão necessária as marcas poderão ser dispensadas.
3. Inicio da aproximação e primeira fase
Quase todos os saltadores têm a sua maneira pessoal de iniciar a aproximação. Alguns fazem uns
passos preliminares; outros arrancam da posição normal de pé e procuram alcançar rapidamente a velocidade
máxima.
O importante é começar sempre com a mesma velocidade, pois isso cria as condições de base para a
exatidão da chamada.
Na primeira fase da corrida de aproximação, o saltador tem de alcançar uma velocidade relativamente
elevada. Isso é conseguido da melhor maneira à custa de uma corrida com grande aceleração.
Os atletas que encontram dificuldade em realizar a aproximação descontraidamente devem aumentar a
distância a percorrer, pois isso facilita a suavidade da corrida.
4. A segunda fase da aproximação
Esta fase tem especial importância para a preparação da primeira chamada. Nela se dá a transição da
aceleração para um ritmo de passada mais intenso e para uma ligeiramente menor extensão dos passos. Dá-se
assim uma modificação do ritmo.
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A primeira chamada é feita mais em cheio e mais rapidamente do que no salto em distância. Para isso
a perna de impulso deve flexionar um pouco e a tábua deve ser batida com um movimento firme e rápido. O tempo
em que se realiza a chamada é assim reduzido e a perda de momento horizontal é mantida em baixo valor. O atleta
tem de esforçar-se por levar o centro de gravidade a uma posição favorável antes de fazer a chamada.
5. O primeiro salto : Hop
Os esforços do atleta concentram-se nos objetivos de manter tão pequena quanto possível a perda da
velocidade, obter uma extensão ótima do salto de modo a permitir-lhe contatar o solo sob perfeito autodomínio
para executar a fase seguinte,; preparar o contato com o solo e a chamada para o segundo salto ; conservar o
equilíbrio.
Tal como os outros saltos, o Hop compõe-se de chamada, fase área e o contato com o solo, com um
ângulo de saída de 14 a 16 graus.
A chamada deve ser executada com rapidez e deve impedir o corpo bem para a frente. A perna direita
(aqui considerada como perna de impulsão) assenta na tábua de impulsão pela planta do pé.
O centro de gravidade do corpo não deve baixar, pois isso aumentaria a flexão da perna para absorver
o impacto. A extensão explosiva da perna direita na chamada é facilitada pela poderosa condução da outra perna e
dos braços.
A coxa da perna de balanço vem até à horizontal, o joelho flexiona em ângulo agudo. Esta flexão faz
funcionar a perna como um pendulo curto, permitindo-lhe balançar rapidamente para a diante.
O movimento de balanço dos braços adapta-se ao ritmo da corrida, o tronco mantem-se ereto e os
movimentos de compensação dos braços servem para manter o equilíbrio.
Na fase aérea, o saltador realiza aquilo a que se dá o nome de troca de pernas que corresponde à
primeira fase do vôo da tesoura.
Ao trocar as posições das pernas, prepara a eficácia do contato com o solo e da chamada para o
segundo salto.
A coxa da perna de impulso deve, assim ser levantada o mais alto possível e o contato pode pois ser
efetuado com um enérgico movimento de patadas para baixo e para trás.
O contato efetua-se sobre a planta do pé, a cerca de um pé ou pé e meio à frente da projeção vertical
do centro de gravidade. O assentamento do pé em cheio é necessário para distribuir por uma superfície
relativamente grande o forte impacto.
O movimento da perna de impulsão tem um caráter de patada característico: um instante antes do
contato o pé executa um movimento, para trás do corpo, que reduz tanto quanto possível os efeitos de travagem e
de rotação.
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Os movimentos de extensão e de balanço são iniciados imediatamente antes do contato com o solo.
Sob o impacto do peso do corpo do atleta a extensa interrompe-se exatamente quando o pé toca o solo. Isto produz
excelente tensão previa dos extensores da perna e desencadeia as forças musculares reativas.
Os movimentos de balanço, se iniciados cedo, podem contribuir favoravelmente, e a tempo na chamada
seguinte. No momento de chegar ao solo, o corpo esta ereto a fim de evitar rotações indesejáveis.
Os principiantes não devem arrancar para este salto em máxima força. Quando tiverem dominado bem
a técnica e puderem receber maiores impactos nos tornozelos, terão ocasião de aplicar mais força na chamada.
6. O segundo salto : step
Ë mais curto dos três e é realizado sob condições de maior dificuldade já que uma mesma perna tem de
absorver o impacto do peso do atleta e de lhe imprimir nova aceleração.A pressão em saltos de 16 metros e mais, é
seis vezes superior ao peso do corpo do atleta.
A fase de absorção do peso é muito curta, mas de maior duração do que no primeiro salto.
A chamada deve ser explosiva: quanto melhor for a coordenação dos movimentos de extensão e de
balanço, mais eficaz ela será. A perna de balanço sobe à horizontal flexionada em ângulo agudo. O tronco mantém-
se ereto e a cabeça levantada. Os movimentos dos braços são sincronizados com os das pernas e servem,
principalmente, para manter o equilíbrio.
A coxa da perna de balanço entra em tensão antecipada por meio de um movimento para diante e para
cima e depois desce para realizar o contato ativo com o solo. O contato faz-se sobre a planta do pé e a frente da
projeção vertical do centro de gravidade.
Quanto maior for a velocidade horizontal, tanto maior será a distância entre essa projeção e o ponto de
contato com o solo. Se isto se não verificar o corpo do atleta passará demasiado rapidamente pelo ponto de apoio e
não receberá assim toda a contribuição proporcionada, pela extensão elevatória que terá iniciado muito tarde. Se o
contato com o solo for firme e eficaz, será pequeno o efeito de bloqueio.
7. Terceiro salto: Jump
No final o atleta concentrara a atenção nos seguintes objetivos:
� manter por meio de uma chamada ativa uma pequena perda de momento horizontal;
� Preparar-se para o contato final com o solo
A perda de velocidade horizontal será máxima durante esta terceira elevação pois ela é realizada
depois de dois saltos seguidos ambos com fases áreas longas.
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Como este salto tem em vários aspectos estruturas semelhantes à do salto em comprimento, todas as
variantes da fase área deste lhe podem ser adotadas. A única diferença é a que se manifesta na velocidade
horizontal ( menor que no salto em distância) e em virtude dela o saltador não consegue levar as pernas tanto à
frente como naquela disciplina. A relação recíproca das várias fases do salto e a sua relação com a distância total é
um dos fatores que determinam o êxito do atleta nesta disciplina. Ë dessas relações que dependem o fato de o
atleta poder ou não utilizar totalmente as suas capacidades.
Tais relações exercem também alguma influência sobre execução dos diferentes elementos técnicos
(como por exemplo a utilização do peso ou da posição assumida por este durante a chamada e durante o vôo). A
relação entre as distâncias parciais depende, principalmente da execução do primeiro salto Hop. Mais precisamente:
neste salto o atleta deve conciliar dois requisitos contraditórios, obter uma trajetória do centro de gravidade tão
longa quanto possível e conservar tão pequena quanto possível a perda de momento horizontal.
Figura 37. Representação gráfica das fases do salto triplo
8. Distribuições parciais do salto triplo
Autores como DOHERTY(1971), AMADIO et al. (1994) entre outros, têm buscado estabelecer princípios
gerais para uma execução econômica e de grande desempenho para o salto triplo. Nesse sentido, o resultado total
do salto tem sido subdividido entre os três saltos e os resultados parciais dados em porcentagem do valor total do
salto.
Segundo, AMADIO et al. (1994) “quando consideramos as variáveis que podem exercer influências
determinantes no desempenho dessa prova, uma que é citada com freqüência tanto pelos treinadores como
pesquisadores é a distribuição do esforço ao longo das três fases”.
A repartição dos esforços nos três sucessivos saltos é de capital importância, já que uma distribuição
irracional compromete seriamente o resultado final ( SALLERAS, 1971). Para DOHERTY (1971), o sistema de
distribuição ou de proporção é de valor significante para nos ajudar a entender as várias ênfases nas três fases do
salto triplo e quais são as mais importantes na produção de uma performance máxima.
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Esta distribuição pode ser prejudicada por vários fatores como por exemplo: o tempo gasto na decolagem,
ângulo de decolagem, o deslocamento do Centro de Gravidade, os movimentos dos braços e pernas.
O comportamento dessas distribuições conforme vários autores podem ser verificados conforme gráfico 1,
enquanto que os resultados nos recordes mundiais de acordo com McNAB (1977) e DOHERTY (1971) gráfico 2
Gráfico 1. Distribuição parcial do salto triplo de acordo com diversos autores.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Distribuição das fases do salto triplo - (%)
ODA
YOON
VERHOHSASKI
JEREMIN
BOBER
FUKASHIRO
AMADIO et al.
ADRIAN & COOPER
NETT
HAY & MILLER
(%)
Hop Step Jump
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Gráfico 2. Distribuições parciais do salto de acordo com os recordes mundias de 1911 a 1975
Os resultados apresentados pelos os autores (gráfico 1) e dos resultados apresentados nos recordes
mundiais de 1911 a 1974 de acordo com McNAB (1977) e DOHERTY(1971) ( gráfico 2), pode verificar-se que:
� Os resultados obtidos pelos diversos autores e os resultados dos recordes mundiais , não
apresentaram diferenças significativas quanto suas análises proporcionais;
� Entre as fases analisadas, a fase “Hop” apresentou maior proporção empregada dentre as fases do
salto, apresentando cerca de 37,6% ( recordes mundiais) e 36,3% (autores) em média;
� A fase do “Step” foi a que menor proporção empregada apresentou, com cerca de 27,06 %
(recordes mundiais ) e 29,5 % (autores) em média.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Distribuição das fases do salto triplo - (%)
1911
1924
1931
1932
1935
1936
1937
1950
1952
1953
1955
1958
1959
1960
1975
Hop Step Jump
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De acordo com ECKER (1987) por muitos anos a escola do salto triplo tem sido dividida em dois grupos :
a Russa em que a fase do “hop” é mais longa do que a fase do “jump”e a Polonesa em que a fase “jump” é mais
longa do que a fase do “hop”, e a partir disso constata-se que:
� Conforme os resultados apresentados pelos autores foi observado que a técnica (escola) Russa foi
a que mais esteve presente nos resultados com cerca de 80%, enquanto que a técnica Polonesa não apresentou
nenhum registro , sendo que 20 % dos registros estiveram presentes em ambas as técnicas;
� Os resultados apresentados pelos recordes mundiais demonstraram que a técnica ( escola)
Russa esteve presente em 66,6% dos resultados enquanto que a técnica ( escola) Polonesa esteve em 20% dos
registros tendo apenas 13,4% em ambas as técnicas;
A partir do destes dados, foi possível constatar que:
� Não existe uma distribuição adequada para o salto triplo, mas sim um padrão de distribuição que
não oscila muito entre os saltadores, ou seja, os saltadores em média de acordo com os registros observados,
apresentaram valores em torno de 36,95% para o “Hop”, 28,8% para o “Step” e 34,28% para o “Jump”;
Os registros demonstraram também que a técnica ( escola) mais adotada pelos saltadores no
decorrer dos de acordo com os recordes mundiais foi a Russa, ou seja , com predominância do salto concentrada
na fase do “hop” .
9. Os erros, suas causas e correções na prova de salto triplo
� ERRO
� CAUSA
☺ CORREÇÃO
No primeiro salto
� a perna de impulsão contacta o solo demasiado longe do corpo( bloqueando o segundo salto)
� o atleta procura saltar muito alto
☺ correr sobre a base plantar até a chamada. Acelerar nos últimos passos. Faze todos os exercícios de aperfeiçoamento da chamada do salto em comprimento.
� movimentação prematura das pernas no ar.
� chamada demasiada lenta e duração do vôo demasiado curto.
☺ treinar a chamada com boa ação da perna de balanço; iniciar os movimento de pernas no ar só à
voz do treinador
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� perna de impulsão contacta o solo demasiado longe do centro de gravidade
� contato passivo ☺ fazer saltos com assentamento ativo do pé , fazer séries de saltos em terreno macio. No segundo salto � trajetória de vôo demasiado rasante
� pouca força muscular, ou atraso na chamada e fraca ação da perna de balanço ou excessiva inclinação do tronco para diante
☺ exercícios especiais de força, executar este salto isoladamente com aproximação rápida e conduzir bem alto a perna de balanço (utilizar também algum obstáculo baixo) e treinar conscientemente a posição do tronco
No terceiro salto
� trajetória muito rasante
� chamada fraca com má coordenação dos braços e da perna de balanço ☺ passar obstáculos ou utilizar, para o contato final um plinto
� as pernas abaixam-se demasiado cedo para o contato
� a posição do tronco na chamada não é a mais correta ☺ praticar o terceiro salto com o tronco ereto; saltos com contato final em areia, na posição sentada
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AULA 12
SALTO EM ALTURA
1. INTRODUÇÃO
O salto em altura consiste numa seqüência de movimentos cujo objetivo é a transposição de um
obstáculo vertical. A força da gravidade é vencida por uma poderosa impulsão que lança o saltador em vôo sobre o
obstáculo. Nesse vôo o centro de gravidade do atleta percorre uma trajetória de acentuada inclinação e de forma
parabólica, que é predeterminada pela velocidade de saída, pelo ângulo de saída e pela altura de saída e que
nenhum movimento do atleta no ar pode já modificar.
Eis alguns pontos com interesse técnico:
� Todo o movimento realizado pelo atleta durante o vôo provoca um movimento reativo em sentido
oposto
� Certas fases do salto ( em especial nas técnicas de rolamento ventral e de flop) exigem
movimentos rotativos que tem de ser efetuados na chamada
� Esses movimentos rotativos podem ser acelerados ou retardados por meio de movimentos
correspondentes de certos segmentos corporais durante o vôo
2. A técnica do rolamento ventral
Para análise do movimento total subdividimo-lo em várias fases.
2.1. A corrida de aproximação
O objetivo da aproximação é o seguinte:
� Produzir um momento horizontal tal convertível ótimo que permita ao saltador um ângulo de
saída favorável (60º ou 65º ) `a maior velocidade de saída possível .
� preparar a chamada com adequado ritmo de aproximação ( em função da mudança estruturados
últimos passos)
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� proporcionar um ângulo favorável para a subida até ao nível da fasquia( linha entre esta e a linha
de projeção da trajetória) o qual é aproximadamente determinado por meio do ângulo de aproximação respeitante à
técnica utilizada pelo atleta.
Este último objetivo pode ser alcançado com o seguinte esquema de aproximação: a aproximação tem
de ser feita em linha reta( é costume dar-se sete a nove rigorosos passos de corrida, que freqüentemente se
seguem a dois ou três passos de marcha descontraída.
A velocidade do atleta no final da aproximação tem de ser controlável para permitir a conversão do
movimento( do plano horizontal para outro quase vertical). Os especialistas dessa prova devem procurar converter
a maior velocidade possível, já que a velocidade vertical de saída, que é o principal fator determinante d altura do
salto, depende dela.
Na técnica do rolamento ventral as diversas partes do corpo do atleta passam a fasquia( régua de
salto) sucessivamente. A trajetória de vôo perto da fasquia deve, pois ser maior, para evitar que as últimas partes do
corpo a passar( em especial a perna de balanço) toquem a fasquia. Nesta técnica de salto a aproximação é
realizada pelo lado da perna de impulso.
A aproximação compõe-se de duas partes. NA primeira, o principal é a aquisição de velocidade;
enquanto que na segunda quer dizer nos dois ou três últimos passos, o principal é a preparação da chamada.
Há várias maneiras de conseguir um ritmo de aproximação eficaz, mas em todas elas é necessário que
sejam satisfeitos os seguintes requisitos:
� o centro de gravidade do corpo do atleta tem de estar baixo antes da chamada a fim de se obter
maior trajetória de aceleração.
� Tem de ser criadas condições favoráveis à melhor utilização possível das massas corporais em
movimento de balanço ( braços e pernas) de tal modo que a velocidade e a amplitude dos movimentos possam
alcançar o seu máximo.
O aumento fluente de velocidade e comprimento da passada durante a corrida é substituído por
acentuada impulsão e maior amplitude do movimento no penúltimo passo, que é assim o mais longo. Ao mesmo
tempo o abaixamento gradual do centro de gravidade( à medida que o saltador se aproxima da chamada, produz
redução da duração e da extensão do último passo, não obstante a posição avançada da perna de impulsão. Por
esta razão o pé demora mais no apoio durante este último passo.
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2.2. A chamada
O inicio da chamada é assinalado pelo assentamento do pé impulsor no ponto de chamada. Este ponto
só teoricamente pode ser fixado, já que na prática é determinado pelos últimos passos.
O atleta normalmente dá os dois últimos passos com o joelho relativamente fletido e reduz a fase aérea
da passada em favor da fase de apoio.O penúltimo passo deve ser cerca de um pé mais longo do que o último que
se funde já com a chamada propriamente dita. A perna de balanço esta agora a movimentar-se num plano vertical
definido pelas direções para a frente e para cima, acelerando assim a bacia de modo considerável ( de tal modo que
ela vai à frente da linha dos ombros dando ao atleta a inclinação característica do salto em altura)
São conhecidas no salto em altura duas formas de movimentos dos braços: o movimento alternante
normal e a técnica dita dupla, paralela ou simétrica.
No último passo, o braço do lado da perna de balanço é conservado atrás do tronco e outro braço é
trazido atrás, a juntar-se-lhe. Nesta posição ambos os braços ficam atrás do corpo.
Os objetivos da chamada são:
� Travar a velocidade horizontal e converter o movimento horizontal num movimento quase vertical
� Desenvolver uma grande velocidade de saída e criar um ângulo de saída de valor ótimo
� Produzir os momentos de rotação necessários para a transposição da fasquia
A chamada sendo embora realizada em curto intervalo, decompõe-se em duas fases principais:
� Fase de amortecimento: começa com o assentamento do pé da perna impulsora, que no
rolamento ventral se realiza a cerca de 70cm (um braço) da projeção vertical da fasquia. O pé da perna impulsora
assentando pelo calcanhar é imediatamente batido para baixo e isto faz da articulação do tornozelo um dispositivo
de alavanca que seguida atuara com eficácia.
Ao mesmo tempo, o joelho é estendido continuando os quadris seu movimento de avanço e subida e
aumentando também a inclinação do corpo até seu valor máximo(120º a 127º). A coxa e o tronco do atleta estão
neste momento quase em linha reta e a extensão do joelho, de que acabamos de falar é de vital importância. A
perna de impulso atua primeiro como alavanca e imediatamente realiza a conversão do movimento de horizontal em
vertical.
Durante o movimento de batida do pé os braços e a perna de balanço continuam o movimento de
avanço já iniciado. A perna de balanço está ainda bem fletida pelo joelho. Assim que o centro de gravidade alcança
o ponto mais baixo da sua trajetória, termina a fase de travagem e começa a fase de aceleração positiva.
� Fase de aceleração: A perna impulsora reage às forças que se exercem sobre o apoio
aumentando a tensão dos músculos, especialmente dos extensores da perna livre.
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Nesta fase ainda não chegou ao fim a forte extensão do joelho. Este abre-se isto é, a perna impulsora
estende-se apenas quando as massas em balanço( braços e perna livre) passaram já o seu ponto de máxima
aceleração: de fato quando é aliviada a pressão sobre a perna de apoio.
Esta linha de força não deve ser interrompida por uma flexão dos quadris, o tronco deve ser trazido à
frente abandonando a inclinação anteriormente tomada, por meio da flexão da parte superior da coluna vertebral e
daí resulta a parte enrolada dos saltadores em altura.
Durante esta fase o centro de gravidade move-se numa trajetória vertical, criando-se condições
favoráveis para a transposição da fasquia por meio da introdução de momentos angulares que variam conforme a
técnica utilizada.
Na fase final da chamada, o corpo do atleta tem de estar completamente estendido, desde que a ponta
dos dedos dos pés formando um ângulo de 90º com a horizontal.
No rolamento ventral o calcanhar depois de abandonar o solo é deslocado para dentro de modo que o
pé roda para fora. Este movimento é realizado pela perna de balanço, mas envolve todo o corpo.
Os braços também balançam para cima no rolamento ventral, em movimentos semelhantes ao das
pernas; neste movimento o braço e o ombro do lado da perna livre sobem mais do que os do outro lado.
2.3. Transposição da fasquia( régua de salto) e contato com o solo
Os principais aspectos do salto em altura são as técnicas utilizadas para a transposição da fasquia.
Basicamente há cinco técnicas de salto: o rolamento ventral, o Fosbury flop,o rolamento californiano, a tesoura
dorsal com ou sem ação do tronco e a tesoura.
O movimento do atleta durante a transposição da fasquia tem como objetivo:
� Levar as várias partes do seu corpo às condições mais favoráveis posições, relativamente umas
às outras, a fim de evitar o derrubamento da fasquia
� Criar condições favoráveis à segurança do contato com o solo
No final da chamada o corpo do atleta no ar, vai de uma posição quase vertical para uma posição
quase horizontal a fim de transpor a fasquia.
2.4. O treino técnico para a técnica de rolamento ventral
Devemos porem antes de mais esclarecer bem a questão da altura em que se deve começar come
este estilo. De um modo geral, pode-se dizer que é importante pré-requisito um certo nível de força explosiva,
aptidão de salto e experiência desta disciplina, o que significa que o atleta tem de dominar já a impulsão de subida.
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Se estas condições não estiverem preenchidas, poderão surgir diversas dificuldades na preparação
desta técnica a baixas alturas de fasquia e elas prejudicarão depois o desenvolvimento subseqüente do atleta. Por
isso, como regra, o treino especifico desta técnica não deverá começar antes dos 13 ou 14 anos de idade;
entretanto a sua forma simplificada pode ser abordada por meninos e meninas de 9 ou 10 anos.
O rolamento ventral deve ser aprendido em duas fases de objetivos diferentes. A primeira aplica-se à
preparação de principiantes e à prática de massas; compreende o treino de base( e também um pouco de treino
especifico) e deve levar o atleta a dominar satisfatoriamente a técnica.
A segunda fase caracteriza-se pelo treino sistemático dos diversos elementos técnicos e das suas
diversas relações mútuas e pode ser encarada como treino especifico, que deve ter como resultado uma execução
coordenada dos movimentos.
Figura 38. Representação gráfica do rolamento ventral (SCHMOLINSKY,1982)
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3. Os erros, suas causas e correções nas provas de salto em altura: técnica rolamento ventral
� ERRO
� CAUSA
☺ CORREÇÃO
Na aproximação
� a aproximação é demasiado rápida e o atleta falha o ponto de chamada
� falta de domínio do ritmo de aproximação; o atleta aplica um esforço excessivo;má compreensão do salto
☺ o atleta deve adquirir a correta compreensão do salto e da aplicação do ritmo; só os últimos passos devem ser dados com rapidez e de forma agressiva.
� o atleta encurta ou alarga demasiadas passadas de aproximação
� falta de precisão na distância de aproximação falta de ritmo de aproximação
☺ estabelecer perseverantemente o ritmo de aproximação 3,5 e 7 passos. Inicialmente, dar apenas saltos de frente e de lado em posição ereta, levando o pé de impulsão à concavidade do joelho da perna livre. Só quando o ritmo de aproximação estiver bem dominado é que se poderá voltar a praticar o rolamento ventral
na chamada � o atleta na chamada inclina-se demasiado para o lado da perna impulsora e não sobe o bastante.
� má compreensão do movimento; o último passo não é dado em alinhamento com a direção da corrida, mas sim para o lado da perna livre; isto da-se especialmente quando o pé da perna livre j;a foi levado demasiado ao lado direito( quando utiliza-se o pé esquerdo de impulso). O mesmo da-se quando o pé de impulso aponta à fasquia. O impulso rotativo produzido é excessivo e lava o atleta rapidamente à horizontal , mas não fornece a subida ótima, pois o centro de gravidade não se encontra bem colocado na linha de atuação da força
☺ Executar saltos com acentuada ação da perna de balanço, uns a seguir aos outros e por fim saltos em rolamento ventral com aproximação ao longo de uma linha onde estejam marcados os assentamentos dos pés.
Na transposição das fasquia
� a fasquia não é transposta em posição ventral, mas sim de lado.
� má compreensão do movimento. Este erro é visto com freqüência em saltadores que dominam muito bem o salto de rolamento interno
☺ demonstrar e explicar o que há de comum e o que há de diferente entre os saltos de rolamento interno e os do rolamento ventral. Desenvolver novamente o rolamento ventral a partir da pirueta. Procurar que durante a transposição da fasquia, esta esteja sempre no campo de visão do atleta.
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� o membro de balanço derruba a fasquia
� má compreensão do movimento; o membro de balanço é abaixado demasiado cedo porque o movimento foi iniciado prematuramente.
☺ tentar obter uma boa compreensão do movimento. Executar saltos no banco e corrigir imediatamente todos os movimentos defeituosos.
4. Técnica do flop
A descrição que em seguida será discutida do flop, baseia-se na analise dos saltos competitivos de
Fosbury, campeão olímpico do salto em 1968 e criador desta nova técnica. A maneira de transpor a fasquia não é a
única inovação de sta técnica, que representa na realidade, uma atitude inteiramente nova para com esta disciplina
( desde a aproximação até ao contato com o solo) e que pode ser considerada como um grande melhoramento.
A experiência colhida depois de 1968 mostrou que esta técnica pode ser utilizada com êxito por
numerosos atletas, em especial por menino e meninas, não sendo difícil de realiza-la como julgou-se no inicio e já
hoje é uma técnica largamente praticada.
4.1. A corrida de aproximação
No Flop a aproximação tem de realizar as mesmas tarefas que no rolamento ventral.Contrariamente às
outras técnicas , todavia a aproximação caracteriza-se nesta por ser feita em curva durante os últimos passos; pelo
menos três ou quatro últimos.
Aqui a preparação imediata para a chamada leva o atleta à melhor posição possível.
De acordo com a figura baixo, pode-se verificar a aproximação utilizada pelos melhores saltadores em
altura.
A partir disso constata-se que:
� A aproximação faz-se em 9 a 13 passos. O ponto de partida esta de 15 a 20 metros da régua de
altura e numa perpendicular a Lea que passa a uns 3 a 5 metros por fora do poste mais próximo.estas diferenças
dependem de o atleta começar a aproximação quase em linha reta ou de a realizar toda em curva.
� O raio da curva é função da velocidade de aproximação. É maior quando esta velocidade
aumenta, e vale uns 6 a 8 metros para meninos e meninas, já para os melhores praticantes é de 8 a 10 metros.
� A distância do ponto de chamada a fasquia em regra é maior do que no rolamento ventral:
aproximadamente 1 metro para saltos de 2 metros ou mais.
Na primeira parte da aproximação, a velocidade aumenta rapidamente. Nesta fase parece preferível
correr quase em linha reta, já que correndo em curva, a força centrifuga aumenta com a velocidade,
sobrecarregando o atleta e fatigando-lhe a perna impulsora ( pelo menos nos treinos).
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À medida que a curvatura da trajetória aumenta o atleta contraria a força centrifuga, inclinando-se uns
20 a 30 graus para o lado de dentro. Na técnica de rolamento ventral esta posição, boa para a chamada, só pode
ser alcançada à custa de movimentos muito mais complicados. É aqui que, muito provavelmente, reside a grande
vantagem da técnica do flop.
Na transição para o último passo quando a força centrifuga atinge o máximo, é bem visível a sua
absorção pelo atleta. Simultaneamente, o centro de gravidade abaixa-se, embora não tanto como no rolamento
ventral.
Neste passo o assentamento do pé da perna impulsora faz-se um pouco fora da trajetória curva da
aproximação, Já que o centro de gravidade não continua a mover-se num arco de curva, antes o abandona
tangencialmente em direção à fasquia, a perna impulsora( por causa do desvio lateral) vai flexionar num ponto
colocado exatamente na vertical do centro de gravidade.
Ao começar o último passo o tronco do saltador começa a endireitar-se. Este último passo será sempre
muito rápido e, neste aspecto, é semelhante ao do salto em comprimento; no entanto a pronunciada inclinação,
característica do salto em altura tem de ser procurada também no flop.
Nesta fase o tronco não deve tomar inclinação em direção a fasquia; deve conservar-se inclinando para
o centro da trajetória, de modo a realizar na chamada uma subida quase vertical.
Figura 39. Representação da aproximação utilizada pelos saltadores em altura (SCHMOLINSKY,1982)
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4.2. A chamada
A chamada começa pela perna mais afastada da fasquia e é um movimento especialmente explosivo.
Enquanto a perna impulsora se estende, o tronco ergue-se até uma posição quase vertical, a preparar a
transposição da fasquia.
Visto que a linha principal de extensão passa um pouco por fora, quer dizer em sentido oposto ao da
fasquia, uma parte da impulsão aplica-se fora do centro de gravidade e produz o binário exigido pela rotação do
corpo do atleta para a posição horizontal, de costas para a fasquia.
Estes movimentos são auxiliados pelo balanço dos braços e pelos ombros. A fim de favorecer a
inclinação da linha dos ombros em relação à fasquia , os braços não podem subir ao mesmo tempo.
O braço direito(impulsão esquerda) sobe energicamente, o esquerdo fica em baixo para impedir que o
respectivo ombro execute um largo movimento compensatório para trás e ajuda assim a criar a rotação do corpo
em volta do seu eixo longitudinal. Se porem, se exagerar este elemento, como se dá por vezes com principiantes, o
dorso do atleta vira-se para a fasquia demasiado cedo ( em especial se houver balanço dos dois braços
simultaneamente. Por isso que se deve dar neste caso a preferência ao balanço de braços alternados.
A cabeça vira-se para a fasquia em movimento compensatório, permitindo ao atleta manter o olhar fixo
nela, enquanto executa estes movimentos.
4.3. A transposição da fasquia e o contato com o solo
A primeira fase do vôo, a seguir à chamada caracterizada por uma notória descontração de todo o
corpo. A perna de balanço descai ara trás, a reunir-se à perna de impulso, também descontraída e pendente.
Os braços são mantidos juntos ao corpo. Esta posição de extensão do corpo facilita a rotação em volta
do eixo longitudinal. Assim que os ombros passam sobre a fasquia, começa a segunda fase da transposição,
iniciada com vigorosa pressão dos quadris para frente.
Neste momento critico, o atleta tem de conseguir fazer passar a bacia sobre a fasquia. Uma vez
passada a bacia, tem de realizar-se rapidamente o movimento compensatório de flexão dos quadris.
Assim que a bacia desce por trás da fasquia e as pernas compensam, levantando-se, o tronco procura
travar este movimento de queda para trás, que (pelo menos para os principiantes) parece desagradável.
Logo que as pernas estiverem perto da fasquia, a brusca extensão das articulações dos joelhos leva-as
à posição vertical para que saiam com presteza da zona perigosa. No seu conjunto, esta segunda fase parece-se
bastante com o exercício ginástico de rolamento dorsal sobre a trave e é um movimento muito elegante.
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O corpo do atleta então toma uma posição de L, a fim de realizar contato com o solo (colchão), os
braços afastados tocam a superfície de contato em primeiro lugar, absorvendo o choque e preparando a correta
posição do resto do corpo.
4.4. O treino técnico do Flop
Normalmente não é difícil a aprendizagem deste estilo. Em regra, rapidamente se consegue
estabelecer uma primeira forma bastante aproximativa desde que haja boa preparação física geral e que se utilize
um adequado esquema de treino.
O desenvolvimento atual do flop e o seu futuro melhoramento dependem muito da disponibilidade de
boas instalações materiais. Sem querer exagerar a importância do problema da descida de costa, não podemos
deixar de sublinhar, a necessidade de criar condições de segurança( em especial aos principiantes)
É absolutamente indispensável dispor de uma zona de contato bastante alta e macia, por isso a
necessidade de utilizar colchões de espuma feitos com peças inteiras de espumas ou com pequenos pedaços, que
permitam o mergulho profundo do corpo. Ao utilizar estes colchões de espuma empilhados uns sobre os outros, a
distância da sua superfície superior à fasquia não deve exceder 60 a 70 cm no caso de principiantes.
Quanto ao risco da fasquia quebrar durante a transposição do salto, pede-se para utilizar o elástico .
Figura 40. Representação gráfica do salto em altura estilo flop (SCHMOLINSKY,1982)
5. Técnica da tesoura
A técnica da tesoura é de aprendizagem fácil; mas é bastante antieconomica.
A aproximação faz-se pelo lado da perna de balanço e o ponto de chamada fica a uns 70 a 80 cm da
fasquia.
A ação inicial da perna de balanço pode ser escolhida à vontade. Uma vez levada à altura da fasquia
esta perna é impelida para baixo, por trás dela. A perna de impulso que entretanto esteve descontraída e pendente
é então passada por sobre a fasquia em ligeira flexão; o corpo inclina-se à frente para a fasquia e o contato realiza-
se sobre a perna de balanço.
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Figura 41. Representação gráfica da técnica da tesoura (SCHMOLINSKY,1982)
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AULA 13
SALTO COM VARA
1. Introdução
Os maiores especialistas desta disciplina orientam-se principalmente para a técnica Pennel, embora no
que segue consideramos diversas fases separadas umas das outras (conforme os princípios mecânicos que regem
a flexão e deflexão da vara) temos de sublinhar claramente que isso respeita a consideração puramente teórica e
que a ação do salto com vara é um movimento único, em que todas as fases se interligam intimamente em total
interdependência.
A analise da corrida de aproximação e dos movimentos de chamada, transposição da fasquia e contato
com o solo refere-se aos atletas que transportam a vara pelo lado direito e chamam com o pé esquerdo.
1.1. A pega da vara
Uma das características especificas do salto com vara de fibra é a grande separação das mãos do
atleta no transporte da vara que distam uma da outra de 90 a 120 cm ( mais do que a largura dos ombros). A mão
direita segura o engenho por baixo, perto da extremidade superior, enquanto a mão esquerda o segura por cima à
distância apropriada. Quando o atleta se vira para diante, com a vara a apontar na direção da corrida, a pega muda
ligeiramente. A mão direita roda de modo a apresentar para cima a parte dorsal, e os dedos indicador e médio
pressionam para baixo o engenho perto da extremidade, para que a outra, a da frente, venha ao nível dos olhos.
O polegar da mão direita apóia-se no lado da vara da parte de fora.
Na mão esquerda, o polegar serve de apoio à vara e os outros dedos seguram-na pela parte de cima.
Ambas as mãos devem segurar a vara com firmeza, mas sem fazer força desnecessária.
O engenho (vara) é transportado pelo atleta ao seu lado direito e à altura dos quadris. Os braços
fletem ambos em ângulo reto pelos cotovelos.
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Figura 42 Representação gráfica da pegada na vara
1.2. A corrida de aproximação
Para resultados satisfatórios, é importante a eficácia da aproximação. A forma e a velocidade desta
aproximação determinam o grau de flexão da vara ( com a pega adotada) e a rapidez com que o momento se
transferirá do corpo do atleta para o engenho.
A aproximação começa, normalmente com o atleta de pé e de pés afastados. Alguns praticantes
preferem dar uns passos de marcha preliminares antes de iniciar a aproximação propriamente dita.
A extensão da corrida de aproximação depende da capacidade de aceleração e do tipo de aceleração
e do tipo da aceleração do atleta: é determinadas pelo número de passadas que ele necessita dar para adquirir a
velocidade máxima.
Avaliada por este critério, a extensão da aproximação exprime-se depois em metros e as mais das
vezes é transmitida para a pista de aproximação em comprimentos de vara. Em geral essa distância é de 20 a 22
passos.
A aproximação é uma corrida de aceleração em que o atleta adquire a velocidade máxima no momento
da chamada. Um salto eficaz, com adequada flexão da vara, depende também do ritmo da corrida, que tem de
assegurar velocidade na chamada. Nos últimos três passos, em preparação da colocação da vara e da chamada, há
um ritmo bem definido e característico desta disciplina; os comprimentos desses passos(em pés) são os seguintes:
� O antepenúltimo passo : 6 ½ a 7 pés
� O penúltimo passo: 7 ½ a 8 pés
� O último passo: 5 ½ a 6 pés
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Dada a presença do peso adicional da vara, a posição do centro de gravidade do conjunto atleta+vara
é ligeiramente diferente da do centro de gravidade dos atletas nas outras disciplinas de salto.
O atleta reage ao peso da vara com uma pressão exercida pela mão direita e com uma atitude mais
ereta do que a da corrida normal de velocidade. À media que o atleta se aproxima da caixa de colocação da vara e
que vai abaixando esta, mais se vai endireitando para contrabalançar o peso do engenho e a sua descida, sem no
entanto se inclinar para trás. Nos últimos 3 a 5 passos, o corpo do atleta esta praticamente ereto. Sua inclinação no
inicio da corrida de aproximação e a medida em que passa dessa inclinação à posição ereta dependem da
velocidade que adquire, da posição da vara e da forma como ele a transporta.
A maneira mais corrente de transporte da vara, que é ao mesmo tempo, a mais conveniente para os
principiantes, é aquela em que extremidade dianteira (inferior) do engenho aponta para frente e para cima,
aproximadamente ao nível da cabeça do atleta no plano vertical e paralelo à trajetória da corrida que passa pelo
ombro esquerdo. No percurso da corrida a vara desce gradualmente, apontando à parte posterior da caixa nos
últimos passos antes da chamada.
Se na primeira metade da aproximação, a vara for transportada como deixamos descrito, sua
tendência para reduzir a velocidade do atleta será minimizada e será garantida a suavidade e segurança da
colocação.
Noutra modalidade de transporte a vara vai paralelamente, ou quase à trajetória do atleta, desde o
inicio da aproximação e a sua extremidade aponta em frente. Esta forma de transporte também garante uma
colocação suave e seguir, mas requer do atleta maior esforço, logo à partida, para a contrabalançar .
O avanço e recuo alternado da vara não é econômico,pois obriga o atleta a adaptar a freqüência dos
passos à freqüência de oscilação do engenho e prejudica a aquisição de velocidade e a criação de velocidade e a
criação de um ritmo constante na aproximação.
Essa forma de transporte instável prejudica também a segurança da colocação.
A ação dos braços e dos ombros não dá nenhuma ajuda ao ritmo das passadas, como sucede nas
corridas normais, pois o engenho deve avançar sem vacilações. Mas com grande distância entre mãos
proporcionada pelo uso das varas de fibras, os ombros e os braços do atleta podem auxiliar o movimento de
aproximação sem influir no transporte da vara.
Isto aplica-se especialmente ao ombro direito, que acompanha o movimento balançando para fora.
1.3. A colocação da vara
Ao usar a vara de fibra, os movimentos do atleta para colocar a vara na respectiva caixa têm de
assegurar a transferência da energia da aproximação e da chamada para o engenho, a fim de que seja eficaz a
flexão deste. Os movimentos durante os dois últimos passos e a colocação da vara devem ser realizados sem perda
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de velocidade. Nessa ação, a distância entre as mãos não se altera. O fato de essa distancia ser grande é vantajoso
para a flexão da vara e auxilia a execução de ajustamento durante a fase aérea.
A colocação inicia-se a uns três passos da chamada, estando a vara dirigida para diante e para baixo,
para a caixa. No antepenúltimo passo, a vara é ligeiramente deslocada para a frente, e para isso o atleta aproxima
a mão direita do quadril no mesmo,lado. Durante o penúltimo passo, como balanço da perna direita para cima, a
mão direita puxa a vara atrás e acima junto ao corpo.
Esta mão faz a vara rodar no sentido inverso ao dos ponteiros do relógio em volta do eixo longitudinal,
e para isso a mão esquerda aligeira um pouco a sua preensão na vara.
Na transição para o último passo e durante ele, continua a rotação para cima das duas mãos; mas
continua especialmente a extensão do braço direito. Um instante antes que a perna impulsora( neste caso a
esquerda) contacte o solo, a extremidade da vara é colocada na caixa ( na aresta entre a face traseira e o fundo).
Não convém atingir em primeiro lugar o fundo da caixa com extremidade da vara deixando-a deslizar depois para
encontrar à face posterior, pois assim a colocação é menos segura.
Logo que se sente a resistência deste contato, deve-se concluir o movimento dos braços e devem
estes ficar prontos para realizar a transferência para a avara da energia de aproximação e da chamada.
1.4. A chamada
Quando se usa a vara de fibra a ação das pernas na elevação é para diante e para cima, como na
chamada para o salto em distância. Esta ação é conduzida pelo membro inferior de balanço, que vai à frente com
vigor, em flexão de modo que a coxa chegue quase à posição horizontal, mantendo-se a perna em suspensão
descontraída e dando assim boa ajuda à extensão da perna impulsora. Durante estes movimentos o tronco
conserva-se ereto.
A energia da corrida de aproximação e da chamada é transmitida ao engenho pelo membro superior
direito, quase totalmente estendido e pelo esquerdo que forma ângulo reto com o corpo do atleta.
Este membro funciona como uma escora exercendo pressão contra a vara, enquanto o outro puxa por
ela e provoca sua flexão. A eficácia da transferência de energia para a vara realiza-se por meio da posição do ponto
de chamada: exatamente por baixo da mão direita.
Na técnica de Pennel o ponto de chamada pode também ficar por baixo do ponto médio entre as duas
mãos , mas isso é uma questão a ser resolvida em caso individual. Esta técnica é a mais eficaz.
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1.5. Os movimentos da subida para a posição em “ L “
Quando se usa a vara de fibra de vidro o abaixamento da perna de balanço tem pouca ou nenhuma
importância, mas a suspensão e o balanço ascensional das duas pernas até à posição em L tem importante papel
no processo de flexão do engenho, carregando-o cada vez mais até que a flexão máxima seja obtida rapidamente.
Assim que o atleta perde o controle com o solo depois da ação de chamada o seu corpo é impelido
para a frente pelo balanço adquirido; entretanto o braço esquerdo,atuando sempre como escora, impede que o
corpo suspenso da vara pelo outro braço vá ao encontro dela.
O balanço para diante e para cima começa com um vigoroso balanço à frente do membro inferior é
acompanhado pela inclinação atrás do tronco. O braço direito estende-se com o esquerdo bem fletido a fim de
assegurar o nivelamento da linha dos ombros. Assim suspenso por debaixo da vara, o atleta levanta as duas pernas
fletida pelos joelhos com vigor, aumentando assim rapidamente a flexão da vara.
Deste momento em diante, as pernas do atleta vão trabalhar juntas, do mesmo modo. O corpo do atleta
esta ainda por baixo da vara e a sua bacia ainda não passou por ela; é neste momento que se verifica o máximo
da flexão. Durante o balanço ascensional dos membros inferiores, o membro superior esquerdo “cede”
aproximando-se do engenho. Esta mudança da posição fixa da fase de carga máxima(elevação) para a nova
posição agora descrita, constitui um dos aspectos mais críticos da dinâmica do balanço ascensional para a posição
em “ L “
1.6. A posição em “L “
Enquanto o corpo executa a sua poderosa subida, os membros inferiores, primeiro e depois os quadris
passam para lá da vara. O corpo do atleta tem agora uma posição semelhante à de um “ L “ quando visto de lado
da fasquia.
O que caracteriza esta posição é a flexão pelos quadris e a suspensão pelo braço direito. A bacia está
primeiro ao nível da cabeça, abaixo das mãos , mas em frente da vara. Os quadris estão juntos do engenho.
Esta posição em “L “ é típica e necessária na fase anterior à deflexão da vara.
1.7. A extensão da posição em “L”
Quando a vara começa a recuperar a forma retilínea e o atleta toma a posição em “L “, todos os
movimentos por ele executados se devem realizar na vertical enquanto a vara for defletindo. Esses movimentos não
devem ser passivos, limitando-se a deixar que o corpo seja elevado a partir da posição já assumida, mas devem
constituir uma continuação da elevação da bacia, desde o nível da cabeça até ao nível da mão esquerda e em
seguida até uma espécie de suspensão invertida em que a bacia fica próxima da mão direita.
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Este movimento de subida da bacia e de extensão a partir da posição inicial, enquanto a vara recobra a
forma retilínea é auxiliado pela extensão das pernas que até aqui estiveram fletidas. O tronco continua em
suspensão(agora verticalmente) do braço direito estendido. O braço esquerdo é puxado acima, vindo o antebraço a
ficar quase paralelo ao engenho, depois abandona a posição fixa que tomara na chamada e por este fato e pela
elevação da bacia, o eixo dos ombros do atleta passa a ser eixo de rotação do corpo na sua rotação ascendente.
A dificuldade dos movimentos de saída da posição em “ L “ reside em que eles devem ser executados
enquanto a vara deflete. Qualquer movimento prematuro, realizado enquanto a vara ainda estiver em flexão,
obstaculizara a sua completa deflexão e impedira o total aproveitamento da energia nela armazenada. Estes
movimentos quando bem sincronizados com a deflexão do engenho representam uma fase importante da ação
total, em que são aproveitadas as vantagens do novo material e que determina o êxito do salto.
Figura 43. Representação gráfica da posição em “ L ” (SCHMOLINSKY,1982)
1.8. A volta e a inversão
A tração pela mão superior e a volta a esquerda do corpo, sobre o eixo longitudinal, realizam-se na
última fase da deflexão da vara, com os quadris do atleta bem altas e junto à mão superior. Este movimento leva o
atleta a uma posição favorável transposição da fasquia de face para baixo.
Inicia-se este movimento fazendo rodar os quadris e mantendo as pernas unidas. Durante a volta e
inversão o corpo está praticamente em frente da vara.
A inversão implica uma troca de posições relativas entre a cabeça e as mãos; a volta implica uma
rotação do corpo sobre o seu eixo longitudinal. De fato a inversão não se dá na vara e sim em frente da vara.
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A inversão conclui-se ao mesmo tempo que a volta. Num salto executado com dinamismo e com pega
alta a vertical (90º), daí resulta uma considerável distância entre a linha dos postes e a caixa de colocação da vara e
um mais tardio final da transposição da fasquia.
1.9. A repulsão da vara
A inversão é rapidamente seguida pela repulsão da vara de modo que estas duas ações, na prática
constituem um todo único.
Dado o grande afastamento das mãos, o atleta tem de largar a mão esquerda logo em seguida à
inversão. A repulsão rápida da vara é realizada quase exclusivamente pela extensão do braço direito: é esse o
último impulso dado ao corpo, que ainda vai em ascensão . A extensão completa do braço é importante, pois todo o
seu comprimento faz falta para obter um suplemento de altura acima da fasquia.
1.10. A transposição da fasquia( régua de salto)
A forma mais adequada à transposição é o arqueamento volante que permite, graças a uma
distribuição favorável das diversas partes do corpo, que o centro de gravidade fique baixo e que todo o corpo esteja
a suficiente distância da fasquia.
Se houver a falta de velocidade, a transposição terá de realizar-se à custa do apoio do braço direito.
Esta forma de transposição, que era considerada a melhor já no tempo das varas metálicas vem ao usar-se varas
de fibra, com muito maior naturalidade e de fácil aprendizagem.
Apesar de a pega ser mais alta, a transferência de energia potencial durante a deflexão da vara dá
momento suficiente desde que os movimentos sejam devidamente dominados pelo atleta. A força exercida pela vara
ao recuperar a forma retilínea dirige-se principalmente para frente e dá amplitude aos movimentos.
No momento culminante da transposição, a adequada distância da fasquia (e portanto a linha dos
postes) ao ponto de apoio da vara é da maior importância para o êxito do salto e, por isso, deve ser verificada e
ajustada a cada caso individual com a conveniente antecedência.
Quando o peito do atleta vai a passar a fasquia, a queda das pernas provocando um forte impulso
rotatório, conduz o corpo para lá da fasquias em abandono da atitude arqueada. Esta rotação em volta da fasquia
introduz uma nova forma de contato com o solo.
O atleta pode também afastar o corpo da fasquia levantando os braços e atirando para trás as pernas
de modo a arquear o dorso para diante.
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1.11. O contato com o solo
À medida que o atleta vai saltando cada vez mais alto, maior vai sendo a altura de que desde para o
solo e portanto, o impacto recebido no contato com o solo é também cada vez maior.
O atleta deixa de procurar contactar o solo com os pés e procura agora uma posição “sentada” da qual
depois rola para trás.
Figura 44. Representação gráfica do salto com vara (SCHMOLINSKY,1982)
1.12. O material das varas e a escolha de uma vara adequada
A vara de fibra de vidro é de forma tubular, constituída com fibras de vidro isentas de substâncias
alcalinas e com um ligante de resina sintética (resinas fenólicas ou do tipo epoxyde).
A resina além de ligante intervem também com as suas excelentes propriedades elásticas. Entre oito a
dezesseis camadas de fibras de vidro dão ao engenho estabilidade e grande capacidade de flexão (necessária para
suportar grandes cargas. As diferenças de elasticidade dependem do número de camadas de fibras de vidro e da
espessura das paredes do tubo).
Os vários tipos são designados por comprimentos e cargas máximas (supondo que a pega se executa
a uma determinada altura); isto quanto à produção norte-americana. Nas varas fabricadas na Alemanha, a
classificação é visualizada por meio de cores diferentes.
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Na prática corrente os tipos de vara mais usados são os seguintes:
� Comprimento : 4,27m - 4,57m - 4,87m
� Cargas máximas: 63,4Kg- 67,9Kg - 72,3Kg - 76,9Kg
Na escolha da vara é necessário considerar vários fatores:
� Peso do atleta
� Altura da pega: depende da energia produzida pela aproximação e pela chamada, da estatura do
atleta e do ponto por onde ele pode pegar a vara.
� Perfeição técnica dos movimentos do atleta em especial nas fases de flexão e deflexão da vara.
Ao escolher a vara é importante saber-se qual limite superior da pega em relação ao risco de fratura. É
igualmente necessário conhecer o limite mínimo para que se produza a flexão do engenho.
O treinador terá que descobrir qual é a vara mais apropriada a cada atleta e terá para isso de realizar
várias experiências com varas de diversos tipos. Só assim poderá avaliar a flexão e só assim o atleta ficará
protegido contra flexões excessivas e contra a conseqüente fratura da vara.
O aumento da força física geral dos atletas e a fadiga dos materiais, resultante do seu uso freqüentes,
encaminham-no para o uso de varas de ótima rigidez e levam-nos a passar de varas flexíveis para varas mais
rígidas.
2. Os erros, suas causas e correções na prova de salto com vara
� ERRO
� CAUSA
☺ CORREÇÃO
Na aproximação � falta de economia da aceleração com perda de velocidade nos últimos passos
� demasiada velocidade na primeira parte da aproximação ou aproximação demasiado longa.
☺ colocar marcas uns 10 a 12 metros da caixa de colocação da vara e procurar que o atleta só corra à velocidade ótima depois de a passar; ou reduzir de 2 ou 4 passos a distância de aproximação.
� o atleta orienta a vara sob tensão e não orienta o tronco para adiante
� o atleta não domina ainda a técnica da corrida de aproximação
☺ fazer muitas corridas de aceleração com a vara até à distância de 50m
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� os últimos passos são dados fora da linha de corrida
� o atleta preocupa-se prematuramente com os movimentos seguintes ou não tem estabilidade na colocação no encaixe
☺ colocar uma linha na direção da corrida para o atleta se orientar(usar uma corda de saltar ou algo semelhante). Executar muitas colocações da vara com corridas de aproximação de extensão média.
Na colocação da vara e na chamada � atraso na descida da vara
� o atleta não domina a corrida de aproximação e o transporte da vara.
☺ treinar separadamente a técnica da aproximação; atender especialmente a que a vara desça a tempo e gradualmente. Praticar primeiro sem a colocação da vara e em seguida com colocação.
� colocação tardia da vara
� o atleta não domina automaticamente este tipo de movimento
☺ repetir sistematicamente a colocação da vara � o atleta falha o momento adequado para fazer a chamada
� falta de precisão na aproximação. O atleta tem de chamar sempre no ponto adequado, pois esta deficiência, com o passar do tempo provoca lesões na região lombar
☺ repetir sistematicamente a colocação da vara � pequena flexão da vara
� vara inadequada; má técnica de colocação da vara no encaixe, pega muito baixa ou mãos muito próximas
☺ procurar por tentativas a melhor vara para o atleta. Procura também por tentativas, a melhor altura de pega e a melhor distância de aproximação.
� a mão direita desce durante a colocação da vara e a chamada.
� a mão direita está descontraída inconscientemente; a pega é muito alta ou o atleta faz a chamada antes do ponto adequado
☺ se necessário, reajustar a distância de aproximação e a altura da pega. Colocar aros de fita adesiva colorida nos pontos de pega se o atleta transpirar, muito das mãos aplicar pó de magnésio.
� prematura tração ascendente do braço que interrompe o movimento
� má compreensão do movimento ou colocação tardia da vara.
☺ praticar a ascensão para a posição em “L”, a fim de corrigir as deficiências. Procurar conseguir consistência na colocação da vara.
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Na subida para a aposição em “ L “ � o atleta afasta-se muito da vara
� má compreensão do movimento ou pouca inclinação para trás( perna esquerda não balança na direção da vara , mas na da fasquia
☺ continuar a trabalhar a subida na posição “L” � o atleta chega bem a posição em “L”, mas lhe falta impulso para subir mais.
� a pega é muito alta. O papel do membro superior esquerdo não está trabalhando corretamente
☺ praticar a extensão em “L “aperfeiçoando-a com a rotação simultânea para dentro do antebraço esquerdo.
Na transposição da fasquia � a vara não projeta o atleta para diante e este derruba a fasquia por ter terminado prematuramente
os movimentos do salto � mau ritmo na aproximação; pega muito alta; tração de braço prematura;postes muito longe da
caixa de colocação ☺ eliminar as causas. � a vara não é repelida ou a repulsão é insuficiente.
� má compreensão da mecânica do salto
☺ treinar a repulsão com boa seqüência esquerda-direta. Um grito no momento exato pode ser o bastante.
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AULA 14
REGRAS GERAIS DAS PROVAS DE SALTOS
1. CONDIÇÕES GERAIS
Na área de competição e antes do início da prova, cada participante pode realizar várias tentativas.
Nas provas e arremessos e lançamentos, as tentativas deverão ser feitas na ordem de sorteio, sempre sob a
supervisão de árbitros.
Uma vez que a competição tenha começado, não será permitido aos participantes usar para
treinamento:
a) o corredor ou a área de impulsão;
b) implementos;
c) círculos ou a área dentro do setor, com ou sem os implementos.
2. Marcas
Em todas as provas de campo onde se utilize um corredor poderão ser colocadas marcas ao longo do
mesmo, exceto no salto em altura onde as marcas poderão ser colocadas dentro da área de impulsão. Os
participantes podem colocar uma ou duas marcas (fornecidas ou aprovadas pelo Comitê Organizador) para auxilia-
lo em sua corrida e impulsão. Se tais marcas não forem fornecidas, ele pode usar uma fita adesiva, que não seja giz
ou similar nem qualquer outra substância que deixe marcas permanentes.
3. Ordem de Competição
Os competidores deverão competir em uma ordem feita por sorteio. Se houver uma fase de
qualificação, deverá haver um novo sorteio para a final.
4. Tentativas
Em todas as provas de campo, exceto Salto em Altura e Salto com Vara, quando houver mais de oito
competidores a cada competidor será permitido três tentativas e os oito competidores com as melhores marcas será
permitido três tentativas adicionais. Em caso de empate na oitava colocação este se resolverá de acordo com o
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disposto no artigo 20 desta Regra. Quando houver oito competidores ou menos a cada competidor será permitido
seis tentativas.
Em ambos os casos a ordem da competição para as três últimas fases será na ordem inversa ao
ranking anotado depois das três primeiras tentativas.
Exceto para os saltos em altura e com vara, a nenhum competidor será permitido mais que uma
tentativa anotada em qualquer fase da competição.
Em Meetings entre Federações Membros o número de tentativas nas provas de saltos, arremessos e
lançamentos podem ser reduzidas por acordo mútuo antes da competição.
5. Provas de Qualificação
Uma prova de qualificação será realizada em provas de campo nas quais o número de competidores
seja muito grande para permitir que a prova seja conduzida satisfatoriamente em uma única fase (final). Quando
uma fase de qualificação for realizada, todos os competidores devem participar dela e se qualificarão através dela.
Resultados obtidos em na fase de qualificação não serão considerados parte da competição em si.
Os competidores deverão ser divididos em dois ou mais grupos; a menos que haja condições para que
os grupos compitam ao mesmo tempo e sob as mesmas condições, cada grupo deve iniciar a competição
imediatamente após o grupo anterior ter terminado.
É recomendado que, em competições com duração superior a três dias, seja reservado um dia de
descanso entre as provas de qualificação e as finais dos saltos verticais.
As condições de qualificação, o índice de qualificação e o número de competidores na final será
decidido pelo Comitê Organizador, em conjunto com o(s) Delegado(s) Técnico(s) indicado(s), onde apropriado. Para
competições conduzidas segundo a Regra 12.1(a), (b) e (c), deverá haver pelo menos 12 atletas na final.
Em uma competição de qualificação, com exceção dos saltos em altura e com vara, cada competidor
terá direito a três tentativas. Uma vez conseguida a marca estabelecida para a qualificação, o atleta não poderá
mais participar daquela competição de qualificação.
Nas provas de qualificação para o Salto em Altura e o Salto com Vara, os competidores que não
tiverem sido eliminados após três saltos nulos consecutivos, continuarão a competir de acordo com a Regra 181.2
até o final da última tentativa, na altura estipulada pelo Comitê Organizador como Índice de Qualificação. Uma vez
conseguida a marca estabelecida para a qualificação, o atleta não poderá mais participar daquela competição de
qualificação.
Se nenhum atleta, ou menos que o mínimo requerido de atletas atingirem o índice de qualificação pré-
determinado, o grupo de finalistas será aumentado àquele número por mais competidores de acordo com seus
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resultados na prova de qualificação. Os empates na última colocação para qualificar serão definidos de acordo com
o Artigo 20 abaixo ou a Regra 181.8, como apropriado.
Quando uma prova de qualificação para o Salto em Altura e o Salto com Vara for realizada em dois
grupos simultâneos, é recomendado que a barra seja elevada a cada altura ao mesmo tempo em cada grupo. É
também recomendado que os dois grupos tenham nível técnico aproximadamente igual.
6. Obstrução
Se, por qualquer motivo, um competidor for prejudicado em uma tentativa, o árbitro terá poderes
para conceder-lhe uma tentativa extra.
7. Atrasos
Um competidor em uma prova de campo que, sem razão, retarda a realização de uma tentativa, torna-
se passível de ter aquela tentativa anulada e registrada como uma falta. É um assunto para o Árbitro decidir,
tendo considerado todas as circunstâncias sobre o que seja um atraso sem razão.
O Árbitro responsável indicará ao competidor que tudo está pronto para o início da tentativa e o período
permitido para essa tentativa começará naquele momento.
Se um atleta subsequente decidir não efetuar uma tentativa, será considerado uma falta uma vez que o
período permitido para a tentativa já passou.
Se o tempo permitido para a tentativa finda no momento em que o competidor tenha iniciado a mesma,
essa tentativa não pode ser anulada.
Os seguintes tempos não devem ser normalmente excedidos:
� 1 minuto para o Salto em Altura, Salto em Distância, Salto Triplo, Arremesso do Peso,
Lançamentos do Disco, Martelo e Dardo, e
� 1½ minuto para o Salto com Vara. O tempo começará quando os postes tiverem sido ajustados de
acordo com o desejo prévio do competidor. Nenhum tempo adicional será permitido para maiores ajustes.
� Nas fases finais da competição no Salto em Altura e Salto com Vara (exceto em competições de
Provas Combinadas), quando somente 2 ou 3 competidores continuarem na competição, os tempos acima deverão
ser aumentados para 2 minutos para o Salto em Altura e 3 minutos para o Salto com Vara. Se restar apenas um
competidor, estes tempos deverão ser elevados para 5 minutos para o Salto em Altura e 6 minutos para o Salto com
Vara.
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� No caso de tentativas consecutivas de um mesmo atleta quando não mais que três permaneçam
competindo, o tempo referido em (a) e (b) será aumentado para 3 minutos no Salto com Vara e 2 minutos para as
outras provas de campo. Isto também se aplica a competições de provas combinadas.
NOTA: Um relógio que mostre o restante de tempo permitido deve ser visível ao competidor. Quando
tal relógio não estiver disponível, um árbitro levantará uma bandeira amarela, ou indicará de outra maneira, quando
restarem 15 segundos do tempo permitido.
8. Ausência durante a competição
Em Provas de Campo, um competidor pode, com a permissão de e acompanhado por um Árbitro,
deixar a área da prova durante o progresso da competição.
9. Mudança do Local da Competição
O Árbitro-Chefe apropriado terá autoridade para mudar o local da competição se, em sua opinião, as
condições justifiquem a mudança. Tal mudança será feita somente após o término de uma rodada.
NOTA: A força do vento e sua mudança de direção não são condições suficientes para mudar o local
da competição.
Nas provas de campo, exceto para Salto em Altura e Salto com Vara, o segundo melhor resultado dos
competidores empatados decidirá o empate. Se necessário, o terceiro melhor e assim por diante.
Se o empate ainda persistir e refere-se ao primeiro lugar, os competidores que tiverem conseguido os
mesmos resultados competirão novamente, na mesma ordem, em uma nova tentativa até que haja o desempate.
10. Resultado
A cada competidor será creditado o melhor de seus resultados, incluindo aqueles conseguidos no
desempate do primeiro lugar.
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11. SALTOS VERTICAIS
Antes do início da competição, o Árbitro Chefe anunciará aos competidores a altura inicial e aquelas
subseqüentes para as quais a barra será elevada ao fim de cada rodada até que haja somente um competidor ou
haja um empate para o primeiro lugar.
11.1. Tentativas
Um competidor pode começar a saltar em qualquer altura previamente anunciada pelo Árbitro Chefe e
pode saltar, à sua escolha, em qualquer altura subseqüente. Três falhas consecutivas independente da altura na
qual tais falhas ocorreram, desclassificam o competidor para outros saltos, exceto no caso de um empate para
primeiro lugar.
O efeito desta Regra é que o competidor pode rejeitar seu segundo ou terceiro salto (após falhar pela
primeira ou segunda vez) e ainda saltar em uma altura subseqüente.
Se um competidor rejeita uma tentativa de uma certa altura, ele não pode saltar qualquer tentativa
subseqüente naquela altura, exceto no caso de desempate para primeiro lugar.
Mesmo após todos os outros competidores terem falhado, um competidor tem o direito de continuar
saltando até que tenha perdido esse direito de continuar competindo.
A menos que reste somente um competidor e que ele tenha vencido a competição:
(a) a barra nunca será elevada em menos de 2cm, depois de cada rodada; e
(b) nunca se aumentará a medida pela qual a barra está sendo elevada.
Esta Regra não será aplicada uma vez que os atletas que ainda estejam competindo concordarem em
elevar a barra diretamente à altura do Recorde Mundial.
Após o competidor ter vencido a competição, a altura ou alturas para a qual a barra será elevada, deve
ser decidida por ele mesmo depois de consultado pelo Árbitro ou Árbitro Geral.
NOTA: Isto não se aplica às Provas Combinadas.
Nas provas combinadas realizadas nas competições a que se refere a Regra 12.1 (a), (b) e (c), a barra
será elevada uniformemente de 3 em 3cm no Salto em Altura e de 10 em 10cm no Salto com Vara, durante toda a
competição.
11.2. Medidas
Todas as medidas devem ser feitas em centímetros redondos perpendicularmente do piso a parte mais
baixa do lado superior da barra.
Qualquer medida de uma nova altura deve ser feita antes dos competidores iniciarem suas tentativas
em tal altura. Em todos os casos de recordes os árbitros devem checar as medidas quando a barra é colocada na
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altura do recorde, e eles devem checar novamente a medida antes de cada tentativa subseqüente se a barra foi
tocada desde a última medição.
NOTA: Os Árbitros devem assegurar-se, antes do início da competição, que o lado de baixo e a parte
frontal da barra estão distinguíveis, e que a barra será sempre recolocada com a mesma parte para cima e a mesma
para frente.
A barra transversal será feita de fibra de vidro, metal ou outro material apropriado de seção circular,
exceto nas extremidades.
O comprimento total de uma barra será de 4,00m (± 2cm) no salto em altura e 4,50m (± 2cm) no salto
com vara.
O peso máximo da barra será de 2 kg no salto em altura e 2,25kg no salto com vara.
O diâmetro da parte circular da barra será de 3 cm (± 1mm).
A barra transversal consistirá de três partes - a barra circular e duas peças nas extremidades, cada
uma medindo 3-3,5cm de largura e 15-20cm de comprimento com o objetivo de apoiar nos suportes dos postes. As
extremidades serão duras e lisas.
Elas não devem ser cobertas com borracha ou qualquer outro material que tenha o efeito de aumentar
o atrito entre elas e os suportes.
A barra transversal não deverá ter nenhuma inclinação e, quando estiver em seu lugar, poderá vergar
um máximo de 2cm no salto em altura e 3cm no salto com vara.
Controle de Elasticidade: Pendure um peso de 3kg no centro da barra transversal quando estiver em
sua posição. Ela deve vergar um máximo de 7cm no salto em altura e 11cm no salto com vara
11.3. Empates
Os empates serão decididos como segue:
(a) O competidor com o número menor de saltos na altura onde ocorrer o empate será considerado o
vencedor.
(b) Se o empate ainda permanecer, o competidor com o menor número total de saltos falhos em toda a
prova até e incluindo a última altura ultrapassada, será considerado o de melhor colocação.
(c) Se ainda o empate permanecer:
(i) Se for relativo ao primeiro lugar, os competidores empatados devem ter mais um salto na altura mais
baixa na qual qualquer dos competidores empatados tenha perdido o direito de continuar saltando, e, se não lograr
uma decisão, se fará elevar ou abaixar a barra, se os competidores passam ou falham respectivamente, 2cm no
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Salto em Altura e 5cm no Salto com Vara, devendo existir uma tentativa em cada altura até que o empate seja
decidido. Os competidores empatados devem saltar uma vez cada até que haja o desempate. (Ver exemplo 1).
11.4 Salto em altura - Exemplo 1
Alturas anunciadas pelo Árbitro-Chefe no início da competição:
1,75m; 1,80m; 1,84m; 1,88m; 1,91m; 1,94m; 1,97m; 1,99m...
Competidor Alturas Nulos Saltos Extras Posição
1,75 11,80 1,84 1,88 1,91 1,94 1,91 1,89 1,91
A
B
C
D
X0
X0
0
X0
0
-
X0
X0
X0
X0
X0
X0
XXX
-
XXX
XXX
XXX
2
2
2
3
X
X
X
0
0
X
X
0
2
1
3
4
0 = Passou X = Falhou - = Não saltou
(ii) No caso de qualquer outra colocação, os competidores terão a mesma colocação na competição
(ver exemplo 2).
Salto em Altura - Exemplo 2
Competidor 1,78 1,82 1,85 1,88 1,90 1,92 1,94 Falhas Posiç
A
B
C
D
0
0
0
X0
0
0
-
0
0
X-
-
X0
X-
0
XX0
-
X0
XX0
XX0
XX0
XX0
XX0
X0
XXX
XXX
XXX
XXX
4
4
5
5
2=
2=
4
1
A, B, C e D ultrapassam a altura de 1,92m e falharam na de 1,94m.
A Regra relativa a empates é aplicada e como “D” passou 1,92m em sua segunda tentativa, os
outros com três, coloca-o em primeiro lugar.
Os outros três empatarão e os Árbitros somarão o total de falhas até e incluindo a última altura
ultrapassada, isto é, 1,92m.
“C” tem mais falhas do que “A” e “B” e ficará em 4º lugar. “A” e “B” permanecem empatados mas
como não se refere ao primeiro lugar, eles ficam em 2º lugar.
11.5. A competição
O competidor deve impulsionar-se em um só pé.
Um competidor falhará se:
(a) Após o salto, a barra não permanecer nos suportes devido a ação do competidor enquanto salta, ou
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(b) ele tocar o solo, incluindo a área de queda além do plano dos postes quer por dentro ou por fora
deles, com qualquer parte do seu corpo, sem ter ultrapassado a barra. Entretanto, se quando saltar, o competidor
toca a área de queda com seu pé e, na opinião do árbitro, nenhuma vantagem foi obtida, o salto não será
considerado falho por aquela razão.
11.6. O Corredor e a Área de Impulsão
A distância mínima do corredor será de 15 metros, exceto em competições realizadas sob a Regra
12.1(a), (b) e (c), onde o mínimo será de 20 metros.
Onde as condições permitirem, o comprimento mínimo será de 25 metros.
A inclinação máxima do corredor e da área de impulsão, na direção do centro da barra, não deverá
exceder de 1:250.
A área de impulsão deverá ser nivelada.
11.7. Aparelhos
Postes - podem ser usados quaisquer tipos de postes desde que sejam rígidos. Eles deverão ter
suportes para as barras firmemente fixados a eles.
Deverão ter altura suficiente de modo a exceder a altura em que a barra está colocada em, pelo
menos, 10 cm.
A distância entre os postes não deverá ser menor que 4,00m nem maior que 4,04m.
Os postes não deverão ser removidos durante a competição, a não ser que o Árbitro-Chefe considere
que as áreas de impulsão e queda estejam impraticáveis.
Neste caso a mudança só será feita após ter sido completada uma rodada.
Suportes para a barra. Os suportes para a barra serão planos e retangulares, com 4cm de largura e
6cm de comprimento. Eles devem ser fixados firmemente aos postes durante os saltos e ficarão de frente para o
poste oposto. As extremidades da barra repousarão sobre eles de tal modo que, se a barra for tocada por um
competidor, ela cairá facilmente para o chão tanto para frente quanto para trás.
Os suportes não podem ser cobertos com borracha ou com outro material que tenha o efeito de
aumentar o atrito entre eles e a superfície da barra, nem poderão ter qualquer tipo de mola.
Haverá um espaço de pelo menos 1cm entre as extremidades da barra e os postes.
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Figura 45. Modelo dos postes e suportes de acordo com IAAF(2003)
11.8. Área de Queda
A área de queda deverá medir não menos de 5m x 3m.
NOTA: Os postes e a área de queda deverão ser projetados de modo que haja um espaço entre eles
de, pelo menos, 10cm quando em uso, para evitar o deslocamento da barra, caso haja um contato da área de queda
com os postes pelo movimento daquela.
12. SALTO COM VARA
Os competidores podem ter os postes movidos em ambas as direções mas não mais de 40cm na
direção do corredor e não mais de 80cm para a área de queda a partir do prolongamento da borda interna da parte
superior do encaixe.
O competidor informará ao Árbitro responsável, antes do início da prova, a posição que deseja para os
postes ou para os suportes na sua primeira tentativa e esta posição será registrada.
Se posteriormente o competidor quiser fazer quaisquer alterações, deverá imediatamente informar ao
Árbitro responsável antes dos postes terem sidos fixados de acordo com seu pedido inicial. Caso isso não seja feito,
será iniciada a contagem do tempo limite.
NOTA: Será feita uma linha branca com 1cm de largura, ao nível da borda superior interna do encaixe
em ângulo reto com o eixo do corredor. Esta linha será prolongada até o limite externo dos postes.
Um competidor falhará se:
(a) após o salto, a barra não permanecer nos suportes devido a ação do competidor durante o salto; ou
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(b) ele tocar o solo, inclusive a área de queda, com qualquer parte do seu corpo ou com a vara, além
do plano vertical passando pela parte superior do encaixe, sem primeiro ultrapassar a barra; ou
(c) após deixar o solo colocar a mão mais baixa acima da mais alta ou mover a mão de cima para um
ponto mais alto da vara.
(d) ele colocar, deliberadamente, com as mãos ou dedos a barra nos suportes, quando a mesma esteja
a ponto de cair, durante o salto.
NOTA.- Não é falha se um atleta corre por fora das linhas brancas que delimitam o corredor de saltos,
não importa em que ponto.
É permitido aos competidores, durante a competição, colocar substâncias em suas mãos ou na vara,
de modo a obter uma melhor pegada.
O uso de esparadrapo, ou material similar, nas mãos ou dedos, não será permitido exceto no caso da
necessidade de cobrir um ferimento aberto.
A ninguém será permitido tocar a vara a não ser que ela esteja caindo para fora da barra ou postes. Se
ela for tocada, entretanto, e o Árbitro Geral for de opinião que, não fora pela intervenção, a barra seria derrubada, o
salto será considerado falho.
Se ao efetuar uma tentativa, a vara do competidor quebrar, isso não será considerado como um salto
falho.
12.1. O Corredor
O comprimento mínimo para o corredor será de 40m. Ele deverá ter uma largura mínima de 1,22m e
uma máxima de 1,25m.
O corredor deverá ser marcado com linhas brancas de 5cm de largura. Onde as condições permitirem,
o comprimento mínimo será de 45m.
A inclinação máxima permitida para o corredor, no sentido lateral, não deverá ser exceder de 1:100 e a
inclinação total, na direção da corrida, 1:1000.
12.2. Aparelhos
Encaixe - a impulsão no Salto com Vara será a partir de um encaixe. Ele será constituído de um
material adequado rígido, e será enterrado ao nível do chão e terá 1m de comprimento, medido ao longo da parte
interna do fundo do encaixe, 60cm de largura na extremidade anterior e estreitando para 15cm no fundo do encaixe.
O comprimento da caixa ao nível do chão e a profundidade do esbarro são determinados por um ângulo de 105º
formado pela base e o fundo. A base do encaixe inclinar-se-á do nível do chão a uma distância vertical abaixo do
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nível do chão de 20cm ao ponto onde ela encontra o fundo. O encaixe deverá ser construído de tal modo que os
lados sejam inclinados para fora e findem próximo ao fundo em um ângulo de aproximadamente 120º com a base.
Se o encaixe for construído de madeira, o fundo deverá se revestido com uma folha de metal de 2,5mm
por uma distância de 80cm a partir da parte frontal do encaixe.
Figura 46. Modelo de encaixe do salto com vara de acordo com IAAF(2003)
Postes - podem ser usados quaisquer tipos de postes, desde que eles sejam rígidos. Recomenda-se
que a estrutura metálica da base dos postes seja coberta com um acolchoado feito de material apropriado de modo
a fornecer proteção aos atletas.
Suportes para a barra - a barra deve se apoiar em tarugos de forma que se for tocada por um
competidor ou sua vara, ele cairá facilmente em direção à área de queda. Os tarugos não deverão ter entalhes ou
saliências de espécie alguma, terão espessura uniforme em todo o seu prolongamento e não terão mais de 13mm
de diâmetro. Os tarugos não devem estender-se mais de 75mm dos postes que devem estender-se de 35-40mm
acima dos suportes.
A distância entre os suportes, ou entre os braços extensores, se usados, não será menor que 4,30m
nem maior que 4,37m.
Os tarugos não podem ser recobertos com borracha ou qualquer outro material que tenha o efeito de
aumentar o atrito entre eles e a superfície da barra, nem terão eles qualquer tipo de mola.
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NOTA: Para reduzir a possibilidade de contusão em um competidor, por cair nos pés dos postes, os
tarugos apoiando a barra, podem ser colocados em uma extensão permanentemente segura aos postes assim
permitindo que os mesmos sejam colocados mais separados sem aumentar o comprimento da barra.
Figura 47a. Representação dos suportes do salto com vara de acordo com IAAF(2003)
12.3. Varas
Os competidores podem usar suas próprias varas. Nenhum competidor tem permissão para usar a
vara de outro atleta, sem o consentimento do mesmo.
A vara pode ser feita de qualquer material ou combinação de materiais e de qualquer comprimento ou
diâmetro mas a superfície básica deve ser lisa. A vara pode ter uma bandagem de, no máximo, duas camadas de
fita adesiva, de espessura uniforme e superfície lisa.
Esta restrição, entretanto, não se aplica a bandagem de extremidade inferior da vara que pode ser
protegida com uma ligadura de aproximadamente 30cm, a fim de reduzir o risco de dano ao se chocar com o
anteparo do encaixe.
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12.4. Área de Queda
A área de queda deve medir, no mínimo 5m x 5m. Os lados da área de queda mais próximos da caixa
serão colocados de 10 a 15cm a partir da caixa e inclinará para fora da área em um ângulo de aproximadamente
30º.( ver Desenho)
Figura 47b. Área de queda do salto com vara de acordo com IAAF(2003)
13. SALTOS HORIZONTAIS
Em todas as provas de saltos horizontais todas as medidas devem ser registradas até 0,01m abaixo da
distância alcançada, se a distância medida não for em um centímetro inteiro.
14. O Corredor
O comprimento mínimo para o corredor será de 40 metros. O corredor deverá ter uma largura mínima
de 1,22 metros e um máximo de 1,25 metros. Ele será marcado com linhas brancas de 5cm de largura. Onde as
condições permitirem, o comprimento será de 45 metros.
O máximo permitido para a inclinação lateral da pista é de 1:100 e, para a inclinação global na
direção da corrida, de 1:1000.
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15. Medição do Vento
A velocidade do vento, será medida por um período de 5 segundos a partir do momento em que o
competidor passa pela marca colocada no corredor de saltos, 40 metros para o Salto em Distância a partir da tábua
de impulsão e para o Salto Triplo 35 metros. Se o competidor correr menos de 40m ou 35m, conforme o caso, a
velocidade do vento será medida a partir do momento em que ele começa sua corrida.
O anemômetro será posicionado a 20m da tábua de impulsão. Ele será colocado a 1,22m de altura e
não mais de 2m do corredor.
O anemômetro será lido como descrito na Regra 163.10.
16. SALTO EM DISTÂNCIA
Um competidor falha se:
(a) tocar o solo além da linha de medição com qualquer parte do corpo, quer passe correndo sem saltar
ou no ato de saltar; ou
(b) der impulso ao lado da tábua de impulsão, seja à frente ou atrás do prolongamento da linha de
medição; ou
(c) no ato da queda, tocar o solo fora da caixa de areia em um ponto mais próximo da tábua de
impulsão do que a marca feita na caixa; ou
(d) após completar o salto, caminhar de volta pela caixa de areia; ou
(e) usar qualquer forma de salto mortal.
NOTA.- Não é falta se o atleta corre por fora das linhas brancas que delimitam o corredor de saltos,
não importa em que ponto.
Exceto como mostrado em 1 (b) acima, se um competidor toma impulsão antes de alcançar a tábua,
isso não será contado como uma falta.
Todos os saltos devem ser medidos a partir do ponto de queda mais próximo da tábua, feito por
qualquer parte do corpo do atleta na caixa de areia, até a linha de medição ou seu prolongamento.
A medição deve ser perpendicular à linha de medição ou ao seu prolongamento.
16.1. Tábua de Impulsão
A tábua de impulsão deve estar enterrada ao nível da pista e da superfície da caixa de areia. A borda
que fica mais próxima da caixa de areia é chamada “linha de impulsão” (medição). Imediatamente à frente dessa
linha, estará colocada uma tábua indicadora de “plasticina” como auxílio para os árbitros.
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Se não for possível colocar o dispositivo acima descrito, se adotará o seguinte processo:
imediatamente à frente da linha de impulsão (medição) e ao longo de todo o comprimento da tábua coloca-se terra
fofa ou areia com uma largura de 10cm, elevando-se com um ângulo de 30º com a horizontal.
A distância entre a tábua de impulsão e o fim da caixa de areia será de pelo menos 10 metros.
A tábua de impulsão será colocada entre 1 e 3 metros da borda mais próxima da caixa de areia.
A Construção da tábua de impulsão será retangular, feita de madeira ou outro material rígido adequado
e deve medir 1,21 a 1,22m de comprimento, por 20cm (±2mm) de largura e 10cm de profundidade. Deverá ser
pintada de branco.
Tábua Indicadora de Plasticina - Consistirá em uma tábua rígida com 10cm de largura (±2mm) e de
1,21 a 1,22m de comprimento feita de madeira ou outro material apropriado. A tábua deverá estar montada em uma
depressão feita no corredor logo após a tábua de impulsão e do lado da caixa de areia. A superfície se elevará
desde o nível da tábua de impulsão a uma altura de 7mm (±1mm). As bordas da tábua indicadora de plasticina
deverão estar em um ângulo de 30º com a borda mais próxima ao corredor coberta por uma camada de 1mm de
altura de plasticina em toda a sua extensão (Fig. 48) ou serão cortados de tal modo que a depressão, quando cheia
de plasticina forme um ângulo de 30º . Assim colocado, esse conjunto deve ser suficientemente rígido para suportar
todo o peso do impulso do pé do atleta.
Figura 48 - Tábua de Impulsão e Indicador de Plasticina de acordo com IAAF(2003)
A superfície da tábua de plasticina deverá ser de um material ao qual se agarrem os pregos das
sapatilhas, não podendo ser escorregadio.
A camada de plasticina poderá ser alisada por meio de um rolo ou espátula de forma adequada
para remover as marcas deixadas pelos pés dos competidores.
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NOTA: É aconselhável que haja vários conjuntos dos acima citados para evitar que os competidores
tenham que aguardar o conserto das marcas deixadas anteriormente.
16.2. Área de Queda
A área de queda deve ter a largura mínima de 2,75m e máxima de 3m e a pista deve, se possível, estar
localizada de forma que seu centro, quando prolongado, coincida com o centro da caixa.
NOTA: Quando o eixo do corredor não estiver em linha com o centro da área de queda, deverá ser
colocada uma fita, ou se necessário, duas, no prolongamento da área de queda de modo que se possa alcançar o
descrito anteriormente.
Figura 49 . Área de Queda Centralizada - Salto em Distância e Salto Triplo
A área de queda deverá ser cheia com areia molhada e fofa, com a superfície nivelada com a tábua
de impulsão.
17. SALTO TRIPLO
As Regras do Salto em Distância aplicam-se ao Salto Triplo com as seguintes adições.
17.1. A Competição
O Salto Triplo consistirá de um salto com impulsão em um só pé, uma passada e um salto, nesta
ordem.
O Salto com impulsão em um só pé será feito de modo que o competidor caia primeiro sobre o mesmo
pé que deu a impulsão; na passada ele cairá com o outro pé do qual, conseqüentemente, o salto é realizado.
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Não será considerado nulo o salto em que o competidor ao saltar tocar o solo com a sua perna
“passiva”.
17.2. Tábua de Impulsão
A distância entre a tábua de impulsão e a borda mais distante da caixa de areia deverá ser pelo menos
21m.
Em competições internacionais recomenda-se que tábua de impulsão não esteja a menos de 13 metros
para homens e 11 metros para mulheres a partir da borda mais próxima da caixa de areia. Nas demais competições
tal distância será adequada para o nível da competição.
Entre a tábua de impulsão e a área de queda (caixa de areia) existirá, para a realização das fases de passo e
salto, uma área de impulsão sólida e uniforme, com uma largura mínima de 1,22m.
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AULA 14
CONSIDERAÇÓES GERAIS
1. INTRODUÇÃO
Os movimentos executados nos arremessos e lançamentos atléticos servem para enviar o engenho a
uma distância tão grande quanto possível.Para tal o atleta tem de respeitar as leis mecânicas e biológicas gerais.
As marcas obtidas dependem, portanto da sua habilidade para dominar os fatores externos e do
conhecimento que deles possui. Quanto melhor conhecer, melhor poderá orientar a sua atuação e mais eficazes
serão os seus movimentos. Os arremessos podem ser executados da posição parada ou depois de movimentos
preliminares.
Segundo a sua importância relativamente ao resultado final, estas fases podem ser enumeradas como:
� Lançamento ( que é a fase principal)
� Avanço dos apoios e tensão preliminar
� Preparação
� Conclusão
A fase de preparação serve para levar o engenho a uma posição inicial de onde possa partir para
descrever uma trajetória longa e deliberadamente escolhida. Na fase de avanço dos apoios, as pernas do atleta
devem funcionar à frente do engenho, para produzir uma tensão preliminar que lhe transmitem por meio da atuação
concomitante do tronco e dos membros superiores.
Na fase de lançamento do engenho, este recebe a força desenvolvida pelo atleta nas fases anteriores;
e na fase de conclusão o atleta tem de reabsorver a energia excedente, que faz o corpo na direção do lançamento,
a fim de não falhar a tentativa por infração às regras estabelecidas.
Em todas as provas de arremessos e lançamentos pode-se distinguir três partes da fase de aceleração.
Na primeira , o corpo do atleta e o engenho recebem aceleração ao mesmo tempo e em conjunto, e
movem-se à mesma velocidade. A distância entre o engenho e o corpo do atleta deve ser a mesma que na fase
preparatória( ou ligeiramente menor).
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A seguir esta fase, o corpo do atleta ultrapassa o engenho e há uma ligeira aceleração. O atleta deve,
por isso esforçar-se no sentido de encurtar esta segunda fase o mais que puder.
Nos arremessos e lançamentos deve-se considerar que a ação dos engenhos seguem como as de um
projétil, por isso este estará sujeito a determinados fatores para sua máxima aquisição de distância a atingir.
O alcance deste engenho dependerá :
� da velocidade de saída ( Vo)
� do ângulo de saída (xo)
� da altura ( ho)
� da resistência do ar ( K)
� da aceleração da gravidade (g)
2.Velocidade de saída
A velocidade de saída é em todas as provas de arremessos e lançamentos o mais importante dos
três fatores, uma vez que na equação 1, figura elevada ao quadrado.
Visto que a aceleração da gravidade pode ser considerada como uma constante independente da
atuação do atleta ( g= 9,81m/s2 ) e que a resistência do ar pode ser desprezada no arremesso de peso e no
arremesso de martelo, os esforços do atleta incidirão principalmente sobre a velocidade, altura e ângulo da largada;
nos lançamentos do disco e do dardo as condições são outras.
O efeito de todos os alcances R do lançamento é dado pela seguinte equação:
++=
ov
ghxx
g
xvR o
oo
2
2
0
02
2sensen
cos.
Apresentamos a seguir uma tabela, respeitante ao arremesso do martelo, para exemplificar em
que medida o aumento da velocidade de saída do engenho influi no aumento da distância alcançada por este. Esta
tabela foi estabelecida a partir da equação 1, supondo-se altura e ângulo de saída constantes.
Tabela 1. Resultados apresentados no arremesso do martelo de acordo com a variação de
velocidade de saída(SCHMOLINSKY,1982)
h=2,0m e Xo = 44º
Vo(m/s) 19 20 21 22 23 24 25 26
R(m) 38,73 42,71 46,90 51,29 55,87 60,66 65,65 70,84
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O atleta pode aumentar o alcance do lançamento em média, de 4,59m(entre 3,98 e 5,19m) quando
aumenta a velocidade de largada em 1m/s.
3. Ângulo de saída
O ângulo de saída do engenho tem menor importância, dado que na equação, se não pode ver
diretamente a sua influência, damos também uma tabela de calculo elaborada à custa de cálculos previamente
efetuados. Para estes cálculos foram utilizados Vo=24 m/s e h=2m.
Tabela 2. Resultados apresentados no arremesso do martelo de acordo com a variação do ângulo
de saída (SCHMOLINSKY,1982)
h=2,0m e Vo = 24º
Xo ( º ) 20 25 30 35 40 45 50 55
R(m) 42,60 48,92 54,10 57,89 60,13 60,52 59,42 56,56
Se repararmos a gama de valores do ângulo de saída, que nos oferece interesse pratico , veremos
com gr ande clareza como o ângulo de saída tem menor importância que a velocidade de saída.
As leis da balísticas dizem-nos em teoria que o ângulo ótimo de largada é de 45º, quando estão ao
mesmo nível de largada e o ponto de chegada ao solo do engenho. Nos arremessos e lançamentos o ponto de
largada está entre 1,5m e 2,0m mais acima que o ponto de chegada ao solo e portanto o ângulo ótimo de largada
tem de ser inferior aos 45º referidos(depende da altura de saída e da velocidade de saída.)
A formula aplicada é a seguinte:
002
2cosghv
ghx o
opt+
=
Se considerarmos constante a altura, o ângulo ótimo de largada aumenta com a velocidade.
Lançamento do peso (ho=2,2m)
Vo (m/s) 10 11 12 13
Xopt 39,9 40,6 41,2 41,7
Lançamento do Martelo (ho=2m)
Vo (m/s) 20 22 24 26
Xopt 43,6 43,9 44,05 44,2
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Há situações em que o atleta não pode realizar a sua máxima velocidade de largada com os ângulos
ótimos assim calculados. No caso do martelo, isso pode ser devido à baixa estatura.( perigo do engenho tocar o
solo no ponto mais baixo das voltas).
As leis da aerodinâmica têm papel importante no lançamento do dardo e do disco. As forças de
resistência do ar, de um modo geral, reduzem a velocidade horizontal do engenho e diminuem-lhe, portanto o
alcance.
O engenho poderá manter-se no ar durante mais tempo do que o calculado desde que a resistência
horizontal seja pequena em comparação com a resistência vertical. Esta relação Kx/Ky , de pende do tipo e natureza
do engenho, bem como da sua estabilidade no vôo.
4. Altura da saída
A altura da saía é dos três fatores o que menos importância tem sobre o alcance dos lançamento ou
arremesso. Mas nem por isso devemos ignora-lo, pois uma diferença de centímetros pode separar a vitória da
derrota.
Os atleta mais altos estão nisto em vantagem, pois resulta dos cálculos que a distância de estatura
pode ser adicionada à distância coberta pelo vôo do engenho.
Lançamento do peso (Xo =41º e Vo =13m/s)
ho (m/s) 1,8 2,0 2,2 2,4
R (m) 18,93 19,11 19,29 19,48
Lançamento do Martelo (Xo =44º e Vo =24m/s)
ho (m/s) 1,4 1,6 1,8 2,0
R (m) 60,07 60,28 60,45 60,66
Constata-se claramente que a influencia da altura de largada sobre o alcance diminui à medida que
aumenta a velocidade.
A velocidade de saída é máxima quando a força muscular é aplicada ao longo do percurso de
aceleração. Estudos aprofundados do aperfeiçoamento técnico das disciplinas de lançamentos durante os últimos
anos mostra que foi sempre o melhoramento destes dois fatores que produziu os melhores resultados.
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Um dado percurso de aceleração será percorrido num intervalo de tempo tanto menor quanto maior for
o poder de aceleração disponível. O atleta deve, pois procurar combinar o percurso com o tempo mínimo de
execução do movimento.
Nos movimentos rotatórios dos lançamentos do disco e do martelo, a velocidade de largada é
desenvolvida ao longo de um percurso circular. O percurso de aceleração é análogo ao percurso angular.
Para obter uma grande velocidade (v) nesse percurso e para ao mesmo tempo obter também uma
grande velocidade angular ( ω ), o raio de rotação ( r ) desempenha importante papel.
Defini-se o raio de rotação como a distância que vai do eixo em volta do qual roda o sistema corpo-
engenho até ao centro de gravidade até o centro de gravidade.
No lançamento do disco o comprimento do membro superior que efetua o lançamento intervem na
medida de do raio. No lançamento do martelo, sem falar na posição do corpo durante as voltas na sua relação com
o comprimento dos membros superiores, tem-se de levar em linha de conta o comprimento do cabo e a posição do
centro de gravidade da cabeça do martelo. Quanto maiores forem a velocidade angular e o raio de rotação maior
será a velocidade Linear do engenho ao longo da sua trajetória de aceleração e maior será portanto o alcance do
lançamento.
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AULA 15
ARREMESSO DE PESO
1. HISTÓRICO
No século XVI, o rei Henry VIII celebrou as suas façanhas nas competições da corte com os
arremessos de peso e martelo, e, no século XVII, soldados Ingleses organizaram as competições de arremesso de
bala de canhão. As regras da competição foram estabelecidas pela primeira vez em 1860, quando o arremesso
tinha que ser feito de um quadrado com lados de 7 pés (2,13m). Isso foi alterado em 1906 por um círculo de 7 pés
de diâmetro. O peso do chumbo foi fixado em 16 libras (7,257 kg). Os arremessos com braço inclinado foram
banidos para iniciar então uma nova técnica, arriscada, mas eficiente, onde colocava-se o chumbo no pescoço
antes de arremessar. A ação do passo lateral no círculo foi inventada nos Estados Unidos em 1876. Em 1951, Parry
O’Brien (EUA) aperfeiçoou a nova técnica. Para uma posição inicial, olhando para trás do círculo, O’Brien girou 180
graus para mover-se na transversal do círculo antes de soltar o chumbo. Isto o ajudou a quebrar a marca dos 18m
(e subseqüentemente os 19m). In 1976, Alexander Barychnikov criou a técnica rotacional, similar à usada no
arremesso de disco, a qual se tornou cada vez mais popular. A competição feminina de arremesso de peso, onde o
chumbo possui 4 kg, foi disputada pela primeira vez na França, em 1917. O primeiro recorde mundial foi
homologado pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF) em 1934, com o evento estreando em 1948 nos
Jogos Olímpicos. Até 1927, as competições femininas também usavam chumbos pesando 5kg.
1.1. A técnica
A técnica do lançamento do peso é a mesma para os atletas dos dois sexos. Na posição inicial, o
atleta está de pé, virado para trás em relação ao sentido do lançamento, esta posição facilita a aceleração
continuada do engenho ao longo de uma linha reta.
A transição do deslizamento para a fase de largada pode assim realizar-se com pequena perda de
momento.O ângulo de saída deve ser de 41º a 45º.
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1.2. A pega do peso
O atleta pega o engenho com a mão (direita) de modo que repouse sobre a base dos dedos. Os três
dedos do meio ficam ligeiramente afastados; o polegar e o mínimo servem de apoio laterais, assegurando a
estabilidade do engenho.
O peso não deve poder rolar na palma da mão. Esta mão é em seguida colocada na concavidade do
pescoço, junto à clavícula ,s em repousar no ombro, por baixo da mandíbula.
O cotovelo é ligeiramente levantado e puxado para adiante, o braço aponta para a frente e para baixo.
A cabeça é conservada na sua posição normal. O membro superior direito encontrar-se assim numa posição que
não será modificada no seguimento: o cotovelo e o antebraço estão exatamente abaixo do engenho e esta posição
mentir-se-á desde a inclinação do atleta para diante até ao final do deslizamento.
1.3. A posição inicial
O atleta está de pé no limite posterior do circulo de lançamento, com as costas viradas para a anteparo
frontal. O pé direito esta no diâmetro do circulo, e o esquerdo fica um pouco atrás dele na direção do arremesso
1.4. O deslizamento
Com este movimento o atleta move-se no interior do circulo de arremesso da parte traseira para a da
frente, dando ao peso o primeiro impulso no sentido em que vai ser arremessado.
O deslizamento deve levar o atleta a uma posição conveniente para a largada. O corpo do atleta com o
peso, tem na posição de repouso um alto grau de inércia, de modo que o movimento tem de ser precedido de uma
ação preliminar.
Os movimentos preliminares mais comumente utilizados são os seguintes:
� O atleta esta de pé, deixa cair o tronco com uma boa flexão da perna direita e move a perna
esquerda na direção daquela.
� Na mesma posição inicial, o atleta flete o tronco para adiante, compensando esta flexão com um
balanço do membro inferior esquerdo para trás e para cima. Quando o tronco e o membro inferior estiverem quase
paralelos ao solo, a perna direita flete e a outra é trazido para junto dela.
Quando o atleta começa o deslizamento através do circulo de arremesso, o seu pé esquerdo balança
para trás e ao mesmo tempo o pé direito puxa também para trás no sentido do lançamento. Vai assim ao centro do
circulo, onde assenta no solo a polpa plantar do pé direito, com o tronco ainda virado no sentido oposto ao do
arremesso e com a perna esquerda ligeiramente voltada para o lado esquerdo da linha de arremesso.
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O engenho deve ser mantido sobre a borda posterior do circulo de arremesso durante tanto tempo for
possível. Os especialistas tendem a rodar a perna direita sobre o calcanhar, o balanço da perna esquerda é
executado na horizontal e para diante.
O pé não deve subir acima do eixo do quadril em fase nenhuma da ação de deslizamento.Deste
modo, o corpo do atleta move-se no interior do circulo de arremesso, a nível baixo e de uma forma que é mais de
arrastamento do que elevação.
A ação de ambas as pernas conclui-se simultaneamente, enquanto a perna esquerda inicia a descida,
o pé direito arrasta-se em pleno assentamento, pelo chão, sob o corpo do atleta, ao longo do diâmetro principal do
circulo, com a ponta dos dedos para dentro, formando um ângulo de cerca de 120º com alinha de arremesso. O
membro inferior esquerdo deve descer com um movimento bem definido da articulação do quadril, a fim de assentar
no solo com o bordo interior aproximado dão anteparo da frente do circulo. O atleta deve procurar concluir quase ao
mesmo tempo os movimentos de ambas as pernas.
No final do deslizamento, o atleta tem de conter o movimento de avanço e de aplicar mais força no
sentido do arremesso.
A experiência mostra que há, entre o movimento de deslizamento horizontal e a largada do engenho,
uma fase intermediaria que contribui de modo essencial para o êxito ou falha do arremesso. Essa fase transitória
começa no momento em que o pé direito encontra o solo depois do deslizamento e termina quando o pé esquerdo
assenta no solo e o movimento começa a ser contido.
Se quando o pé direito encontra o solo o centro de gravidade do corpo do atleta estiver ainda atrás do
ponto de apoio, mover-se-á de modo a ficar sobre a perna direita quando se der o contato do pé esquerdo. Esse
fato tem efeito benéfico no resultado do arremesso, pois permite o uso completo do trabalho do membro inferior
direito. Mas se quando o pé direito assentar o solo, o centro de gravidade estiver já sobre ele, então continuará a
mover-se na direção do arremesso até dar o assentamento do pé esquerdo, afastando assim da zona de apoio do
membro.
Quando este membro começa a sua extensão, o impulso chegará ao centro de gravidade por trás e
não por baixo, o que reduzirá o alcance do arremesso, pois a força do membro inferior direito não terá podido ser
completamente utilizado e o corpo não estará sob conveniente tensão.
Conclui-se assim que o deslizamento e o assentamento dos pés tem um efeito muito importante na
qualidade do lançamento. O atleta tem de cuidar de manter os braços e os ombros numa posição fixa e de não
deixar que o tronco se eleve muito durante o deslizamento.
A aceleração deve iniciar-se só pela ação das pernas e não por movimentos sacudidos do tronco e dos
braços.
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1.5. A posição de lançamento
A correção da posição de arremesso é de importância primacial para êxito do arremesso. Esta posição
é alcançada imediatamente a seguir ao deslizamento, com os dois pés já no chão.
O peso do corpo fica sobre a perna direita fletida, no centro do circulo de arremesso. O pe’ esquerdo já
contactou também o solo, com o bordo interior junto ao anteparo e o seu ponto de contato esta apenas a alguns
centímetros para a esquerda da linha de arremesso; os dois pés do atleta ficam assim quase alinhados por ela.
No decurso do deslizamento o tronco ergue-se um pouco, com as costas ainda viradas nos sentido do
arremesso. A posição do tronco em relação aos membros inferiores é correta quando as costas, a nádega esquerda
e o membro inferior esquerdo ficam em linha reta.
Quer dizer que o abaixamento do corpo para a largada não é fortuito, antes depende do grau de flexão
do joelho direito. Nesta posição, o lado direito do corpo deve permanecer ”aberto” e, portanto, o quadril direito deve
estar um pouco a frente do ombro.
1.6. O lançamento propriamente dito
Na ação de largar o engenho no sentido do arremesso, o atleta transmite-lhe força por meio da rápida
extensão das pernas, da elevação e rotação do tronco e da condução do braço.
É nesta fase que se verifica o máximo de aceleração do engenho. A velocidade com que ele parte da
mão do atleta é determinada por essa aceleração. O ângulo e a altura da largada são determinados pelo movimento
de condução efetuados pelo braço do atleta.Nesta fase surgem diversos pontos de grande importância para o
resultado final do arremesso.
A condução final do braço inicia-se com uma extensão da perna inicia-se com uma extensão da perna
direita a partir do tornozelo e com um movimento correspondente de elevação do tronco. Em continuação disto, o
lado direito do corpo, que continua em extensão, roda agora para frente e para cima na direção do arremesso.
Ao começar a extensão da perna e ao erguer-se o tronco, o peso encontra-se ainda encostado ao
pescoço do atleta, mas logo que este tiver o peito virado para diante, dará inicio à ação do membro superior direito.
Deve ter o cuidado de conservar sempre o cotovelo atrás do engenho, o que nesta fase só é possível
com o afastamento deste da posição que ocupava junto ao pescoço.
O membro inferior esquerdo, ligeiramente fletido, tem primeiro uma ação de contensão e de alavanca.
Este membro tal como todo o lado esquerdo do corpo do atleta, deve manter-se firme nas articulações
e não deve ceder à pressão da perna direita nem pelo quadril nem pelo joelho.Depois da perna direita estar já estão
estendida como a esquerda, ambas as pernas continuam as respectivas extensões.
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A grande força produzida por esta poderosa extensão das pernas é muito importante para o resultado
do arremesso. Para completa extensão dos membros inferiores, é de primacial importância o esforço realizado pelos
tornozelos.
Para o fim da extensão, já os pés estão virados na direção do arremesso de modo que pés e pernas se
encontram assim n aposição correta para a saída do engenho.
O engenho é finamente impelido com uma extensão simultânea das pernas, do tronco e do braço e
pode ser-lhe comunicada uma aceleração suplementar por meio de um acentuado movimento do pulso e dos dedos.
Devido à explosiva extensão das pernas e do tronco, não é de estranhar que nos últimos instantes, o
atleta de eleve em pontas de pés ou abandone mesmo o solo por uma fração de segundo.
O membro superior esquerdo tem também uma função bem definida na largada do peso. Compete-lhe
auxiliar a rotação do tronco para diante até ficar virado no sentido do arremesso.
Este membro entra, assim na ação da largada provocando uma expansão peitoral que contribui para o
poder do lançamento. Logo que o corpo do atleta se encontrar já virado de frente no sentido do arremesso, a ação
do membro superior esquerdo deve ser contida, antes ainda da extensão impulsora, a fim de evitar que o corpo do
atleta rode atrás do engenho.
A ação deste trabalho membro esquerdo contribui para o grande alcance do arremesso.
1.7. Conclusão
A ação desenvolvida pelo atleta nesta fase serve para evitar que ele saia do circulo de arremesso a
seguir à largada do engenho.
A melhor execução consiste na reversão dos pés. Se o atleta tiver executado uma boa extensão de
pernas do rápido movimento explosivo da largada, haverá uma curta fase área, na qual efetuará a reversão
aproximando a perna esquerda da direita e deixando-a continuar para trás. Ao contactar o solo depois desta espécie
de salto com volta, o impacto do peso do corpo é absorvido com uma ligeira flexão do joelho direito.
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Figura 50. Representação gráfica do arremesso do peso vista no plano sagital (SCHMOLINSKY,1982)
Figura 51. Representação gráfica do arremesso do peso vista no plano frontal (SCHMOLINSKY,1982)
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Figura 52. Representação Gráfica da técnica rotacional criada por Alexander Barychnikov.
1.8 Os erros, suas causas e correções na prova do arremesso de peso
� ERRO
� CAUSA
☺ CORREÇÃO
No deslizamento
� saltar para a posição de arremesso
� a força aplicada no deslizamento é dirigida demasiado para cima má compreensão dos movimentos da perna esquerda.
☺ o deslizamento tem de ser iniciado pela deslocação do centro de gravidade do corpo no sentido do centro do circulo de arremesso; para isso o pé direito tem de ser conservado junto ao bordo traseiro do circulo até tão tarde quanto possível. A última parte do impulso deve ser executada sobre o calcanhar e não sobre os dedos do pé direito. Modificar a atuação da perna esquerda: o deslizamento rasteiro só pode ser obtido quando esta perna vai atrás, na horizontal, segundo o diâmetro
� deslizamento demasiado curto
� mau trabalho de pernas falta de poder na extensão da perna direita e na condução da esquerda
☺ por marcas nos pontos de contato dos pés
Na posição de lançamento propriamente dito
� o peso do corpo não assenta na perna direita depois de concluído o deslizamento
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� a perna direita não é completamente movimentada sob o corpo, ou não é movimentada com suficiente rapidez. O pé esquerdo chega ao solo muito tarde.
☺ Praticar o ritmo correto dos contatos. Depois do deslizamento, os pés devem contactar o solo quase ao mesmo tempo.
Na largada
� a perna não é completamente estendida antes da partida do engenho
� falta de coordenação; má forma física
☺ Aperfeiçoar o arremesso a pé firme (parado)
� o atleta levanta o ombro direito e baixa o esquerdo
� a extensão da perna direita é executada num sentido errado
☺ a extensão da perna direita deve começar pela articulação do tornozelo e continua pelo joelho, até é forçada para a frente produzindo momento de torção na linha dos ombros
� o lado esquerdo do corpo não funciona como alavanca e o atleta cede pelas articulações do joelho
e do quadril � o movimento não está corretamente entendido.
☺ Aprender o esquema correto do movimento, desenvolver o sentido do ritmo, firmar bem o membro inferior esquerdo e o lado esquerdo do corpo
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AULA 17
LANÇAMENTO DO MARTELO
1. TÉCNICA
A técnica de lançamento de martelo é determinada pelas características especificas do engenho e
pelas dimensões do engenho e pelas dimensões do circulo de lançamento (2,135m de diâmetro) impostas pelas
regras competitivas internacionais.
Essa técnica tem sofrido tal aperfeiçoamento que os atletas mais bem preparados podem atualmente
lançar o martelo a 80 metros.
A velocidade inicial do engenho tem crucial importância para a distância que ele cobrirá no seu vôo.
Para o enviar a 75 metros e mais o atleta tem de lhe imprimir uma velocidade inicial de 27 a 28 m/s.
O lançamento completo consiste em dois preliminares(molinetes) e três voltas sobre o pé esquerdo
com impulso ativo, dado pela perna direita em cada uma delas. Na primeira parte da volta, o atleta roda sobre o
calcanhar e na segunda sobre a polpa plantar; assim os atletas falam freqüentemente de uma volta de calcanhar e
plantar.
Desta maneira de rodar resulta que o atleta avança no interior do circulo de lançamento ao longo do
diâmetro principal. A cabeça do martelo descreve uma trajetória contida num plano inclinado em relação ao plano
horizontal. Os pontos críticos desta trajetória são o mais alto e o mais baixo e a sua correta localização em cada
uma das voltas determina a eficácia técnica do lançamento. A aceleração do martelo é obtida, principalmente, pelo
restabelecimento ativo do momento de torção criado na fase em que o atleta se apóia apenas num dos pés. Ao
contrário das outras disciplinas de lançamento, há no lançamento do martelo mais do que um de tais impulsos
aceleratórios( um em cada volta e outro no instante que precede o lançamento).
A fim de alongar o percurso de aceleração os melhores especialistas mundiais do martelo procuram
que o raio de rotação do engenho seja tão longo quanto possível durante o molinete e as voltas. Os atletas de
menor estatura tendem a aumentar o número de voltas de 3 para 4 voltas.
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1.1. A pega do martelo
O lado de dentro da argola do martelo repousa na polpa interna das falanges médias dos dedos da
mão esquerda do atleta. A mão direita cobre a mão esquerda, ficando, ficando os dedos daquela a cobrir as
falanges e falanginhas de sta. O engenho deve ser seguro de modo firme, mas sem dureza.
1.2. A posição inicial
O atleta coloca-se de pé na parte posterior do aro que limita o circulo de lançamento de costas para o
sentido que enviará o martelo.
Deve ter os pés um pouco mais afastados só que a distância entre os ombros e para maior estabilidade
nos molinetes flexionará os joelhos.
Em seguida coloca a cabeça do martelo no solo, tão longe de si quanto puder atrás da perna
direita(dentro ou fora do aro de lançamento). Ao faze-lo o seu peso passa para a perna direita e o tronco toma uma
certa inclinação para diante.
Depois disto o atleta vira-se para a direita até que o ombro direito aponte para o sentido de lançamento.
O cabo do martelo estará esticado no prolongamento do braço esquerdo estendido.
1.3. Os balanços preliminares (molinetes)
Quando o tronco do atleta se endireita e começa a rodar para a esquerda, o martelo é puxado acima e
à frente.
Há atletas, que no propósito de estabelecer um certo ritmo nos balanços preliminares, arrancam de
outro modo,; não colocam a cabeça do martelo do lado direito, antes a fazem oscilam para diante por entre as
pernas, e em seguida lançam-na atrás pelo lado direito, começando assim os balanços preliminares sem que o
engenho tenha tocado o solo.
Para que o raio eficaz de rotação do martelo seja o maior possível, o atleta tratará de manter os
membros superiores em extensão durante tanto tempo quanto puder e para satisfazer esta exigência, todos os bons
especialistas abaixam um pouco o ombro esquerdo. Iniciam este movimento quando o martelo vai a passar o ponto
mais baixo da trajetória e termina-no virando o tronco para o lado direito.
Quando o ombro direito aponta no sentido de lançamento, o eixo dos ombros esta novamente
horizontal.
Nos balanços preliminares é importante a correta transferência do peso nos quadris. O atleta deve
contrariar a força centrifuga que aumenta e procura conservar o equilíbrio deixando rodar os quadris no sentido
contrário ao da rotação do engenho. Quando este está à esquerda, conduz os quadris à direta, quando o martelo vai
para trás, impele-as para diante.
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A rotação alcança o ponto mais elevado quando a cabeça do martelo do martelo está à esquerda, atrás
do atleta; e tem o seu ponto mais baixo quando ela cai em frente dele( do lado direito).
Depois do primeiro molinete o atleta conserva do lado direito o ponto mais baixo da trajetória do
martelo ( a uns 290º ou 300º) e do lado esquerdo ( a uns 120º) o ponto mais elevado.
No segundo molinete ambos os pontos se deslocam no sentido da rotação. A experiência indica que
dois molinetes são bastante para imprimir ao martelo velocidade de 15 a 16,5m/s exigida para execução das voltas.
Mais balanços viriam a revelar-se nocivos.
1.4. Transição do segundo molinete para a primeira volta
O êxito das voltas depende essencialmente da boa execução desta transição que começa no momento
em que o atleta se virou para a direita no segundo balanço e começa a restituir o momento de torção em movimento
circular, com rotação ativa do pé direito. O peso é assim transferido para a perna esquerda e o centro de gravidade
baixa um pouco .
Logo que a cabeça do martelo passa no ponto mais baixo da sua trajetória , o pé esquerdo começa a
rodar para dentro. Depôs de o martelo ultrapassar essa posição, o lado direito do corpo move-se de alto a
baixo(desde os pés até aos ombros) para a esquerda, em poderoso movimento circular. Assim à pressão exercida
pela perna direita, todo lado direito se desloca em volta do eixo vertical do corpo.
Durante a fase de transição para a primeira volta, o tronco é mantido tão ereto quanto possível e os
ombros conservam-se paralelamente ao solo. No final desta fase o pé direito conduz o corpo à execução da volta
por meio de um movimento rasante ao chão, mas muito poderoso. Todo o peso do corpo esta sobre a perna
esquerda quando o pé direito abandona o solo durante um percurso angular de 50º a 65º.
Um desvio demasiado forte ou demasiado fraco desequilibra o atleta e prejudica e qualidade técnica
das voltas seguintes.
1.5. As voltas
Quando o martelo se aproxima do ponto mais baixo da trajetória a seguir ao segundo molinete, o atleta
começa a rodar o pé esquerdo, sobre o calcanhar para o lado esquerdo. Ao faze-lo levanta do chão os dedos dos
pés.
A seguir, o pé direito roda para a esquerda sobre a polpa plantar e abandona o solo quando o pé
esquerdo, já se deslocou uns 95º a 110º em relação à posição, inicial. O martelo vai agora à altura dos ombros, do
atleta a uns 90º.
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É neste momento que começa a fase de apoio único. O pé esquerdo roda sobre o bordo externo da
polpa plantar. A cabeça do martelo passa então pelo ponto mais alto da trajetória. A perna esquerda esta bem
fletida pelo joelho.
Para obter mais momento de torção e criar condições favoráveis ao aumento de velocidade do martelo,
o membro inferior direito é conduzido em volta do esquerdo bem junto dele.
A fase de apoio duplo serve para acelerar o martelo à custa da restituição do momento de torção
anteriormente criado. Esta fase começa quando o martelo, tendo já passado pelo ponto mais alto da trajetória, esta
à direita do atleta, à altura da cabeça; o pé direito contacta novamente o solo, alinhado lateralmente com o
esquerdo.
Nesta altura a posição angular do martelo não deve ultrapassar os 270º . O peso do corpo esta sobre o
pé esquerdo, cujo calcanhar ainda não toca o solo. Os melhores especialistas mundiais desta disciplina têm modos
diferentes de assentar o pé direito.
Os que fazem um desenvolvimento com o pé( do calcanhar à polpa plantar) são a minoria. Durante as
voltas, os atletas tendem a roçar o solo com a sola do pé; elevando um tudo nada a póla plantar, e só assentam
sobre esta na última volta.
1.6. Mudanças de técnicas nas várias voltas
Devido à velocidade adquirida pelo atleta, velocidade que aumenta de volta para volta, e também por
causa do aumento da força centrifuga que atua sobre a cabeça do martelo há nas segunda e terceira voltas, certas
modificações técnicas.
1.7. Maior torção do tronco
A força centrifuga que atua sobre a cabeça do martelo aumenta proporcionalmente, em cada volta, ao
aumento da sua velocidade, na trajetória e nos bons especialistas chega a atingir valores da ordem do 200Kg na
terceira volta.
Esta força centrifuga é compensada com uma reação centrípeta, que também aumenta,evidentemente
e é gerada por uma maior torção do tronco do atleta em sentido inverso ao da rotação do martelo. O ângulo de
flexão dos joelhos e dos quadris é maior.
Na terceira volta depois de o martelo ter passado pelo ponto mais alto da trajetória, o centro de
gravidade do corpo do atleta baixa tanto que na fase de apoio único a perna esquerda fica quase paralela ao solo.
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1.8. Alteração no ângulo de inclinação da trajetória do martelo
O ângulo de inclinação do plano que contem a trajetória do martelo aumenta de volta para volta em
conseqüência do aumento da torção do tronco do atleta (ficando na mesma o ângulo entre o tronco e os braços).
Mas esta modificação do ângulo de inclinação da trajetória do martelo reflete também a necessidade de
o aproximar gradualmente do ângulo de saída.O ângulo de inclinação depende em grande parte da estatura do
atleta.
Os atletas mais baixos estão nisto em desvantagem, pois tem de manter um ângulo de inclinação
pequeno a fim de evitar que o martelo toque o solo.ë por isso que não conseguem um ângulo de saída
suficiente(44º).
1.9. Alterações na posição dos pés e no trabalho das pernas durante as voltas
A velocidade do atleta aumenta de volta para volta. Alguns dos melhores especialistas mundiais dão a
última volta em menos de 0,5 segundos embora levem 0,6 segundos e mais a dar a primeira. Por causa da
necessidade de ir à frente do martelo em cada volta e de ter de dar ao corpo cada vez maior torção, o pé direito
aproxima-se do esquerdo em cada uma das sucessivas transições para a fase de duplo apoio, reduzindo assim
constantemente o percurso da perna direita.
Como já dissemos, os especialistas de mais elevada craveira põem no solo de diferentes modos o pé
direito. A única coisa que interessa é que depois da terceira volta, o pé direito assente primeiro pela polpa plantar,
permitindo assim que a perna direita inicie mais cedo a sua extensão e dando ao atleta a possibilidade de levar os
quadris a uma posição mais favorável para a largada.
1.10. Alterações no ponto mais alto e no ponto mais baixo da trajetória do martelo
A localização destes dois pontos não é sempre a mesma, pois eles vão-se deslocando gradualmente
sobre a trajetória no sentido da rotação do engenho. As medições feitas com atletas diferentes deram resultados
diferentes também. Pode-se tomar como média um desvio de 8 a 12 graus.
O importante é que cada volta o ponto mais baixo da trajetória do martelo não ultrapasse o plano
vertical mediano( sentido de lançamento).
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1.11. O lançamento propriamente dito
A fase do lançamento começa quando o pé direito do atleta toca o solo a seguir à terceira volta.
Quando se dá esse contato, o peso do atleta esta sobre a perna esquerda, que roda e só contacta o solo pela polpa
plantar.
Isto tem o objetivo de assentar o pé direito tão depressa quanto possível para iniciar o lançamento.
O contacto do pé direito tem de ser rápido e firme a fim de corresponder à aceleração do martelo, que
neste momento vai descer rapidamente para o ponto mais baixo da sua trajetória.
As pernas estendem-se então ativamente, ao mesmo tempo a perna direita roda para o lado esquerdo
e conduz o quadril direito para diante e para a esquerda, contra a resistência oferecida pelo lado esquerdo do
corpo, que esta firme.
Logo que a cabeça do martelo passa pelo ponto mais baixo da trajetória, o movimento de rotação para
a esquerda é acompanhado de uma ativa elevação do peito e dos ombros para esquerda, procurando o atleta
manter longo o raio de rotação do engenho.
Um instante antes da saída, a projeção vertical da cabeça do atleta não deve ter ainda ido além do
calcanhar direito. A fase de lançamento termina com puxão seco dado com a mão, o qual se transmite ao engenho.
Se os pés do atleta estiverem firmes temos boa prova de ter sido correta a largada. Os braços
prosseguem no seu movimento de subida.
A fim de utilizar completamente as forças extensoras, o tronco do atleta não deve atuar
prematuramente na fase de lançamento. O martelo é largado à altura dos ombros e a 90º, o ombro esquerdo aponta
no sentido do lançamento as costas estão bem arqueadas.
O ângulo de saída mais aconselhável para o lançamento do martelo é de 42 a 45 graus.
1.12. A recuperação do equilíbrio
A fim de não transpor o limite do circulo de lançamento o atleta tem de absorver o impacto por meio de
uma reversão de pernas e de um abaixamento do centro de gravidade.
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Figura 53. Representação gráfica do lançamento do martelo (SCHMOLINSKY,1982)
1.13. Os erros, suas causas e correções na prova do lançamento de martelo
Os principais erros que ocorrem no decurso do treino técnicos são:
� O atleta puxa o martelo com os braços nos molinetes, nas voltas e na fase de lançamento.
� O atleta cai sobre a perna direita isto é transfere o peso da esquerda para a direita ao contactar o
solo.
� O ponto mais baixo da trajetória do martelo tem má localização, tanto nos molinetes como nas
voltas.
� ERRO
� CAUSA
☺ CORREÇÃO
Nos balanços preliminares(molinetes) � o atleta puxa pelos braços(cotovelos fletidos) e o raio efetivo de rotação do martelo é muito
pequeno � o atleta tem falta de experiência e os seus movimentos são ainda muito tensos
☺ executar molinetes alternados com o braço direito e o esquerdo; executar molinetes com ambos os braços a segurar o engenho; os braços devem ser completamente estendidos e o martelo deve descrever uma ampla trajetória
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� os balanços dos braços trajetória.
� o trabalho do tronco não é correto.
☺ começar a baixar o ombro esquerdo quando o martelo passa no ponto mais baixo da trajetória. � o ponto mais baixo da trajetória do martelo esta em frente do atleta que move os braços como um
moinho de vento. � o atleta não vira o tronco para a direita ou vira demasiadamente tarde
☺ o ombro esquerdo quando baixa, tem de auxiliar o corpo a participar no movimento
� o corpo do atleta esta muito tenso e ele não contrabalança com ao quadris a tração do martelo
� o atleta compreende mal a mecânica do lançamento e tem pouca flexibilidade nas articulações da bacia
☺ o exercício de mobilidade do tronco e dos quadris; simular freqüentemente os movimentos corretos dos quadris, incluir o trabalho do tronco e dos braços
� nos molinetes, o martelo não sabe o bastante e ano roda no plano conveniente.
� não há suficiente aceleração inicial
☺ executar rápida, longa e vigorosa impulsão do engenho. Repetir com freqüência os molinetes de um e dos dois braços
Nas voltas
� depois da volta, o atleta cai sobre a perna direita; o peso do corpo não se conserva sobre o pé esquerdo.
� o atleta inicia a volta com a cabeça e o ombro esquerdo e estende a perna esquerda durante a volta.
☺ membros superiores e ombros devem manter-se passivos. Os olhos devem fixar os olhos devem fixar o martelo durante a volta. Repelir vigorosamente o solo como pé direito. Levar o joelho e o quadril esquerdo à frente.
� o atleta perde o equilíbrio
� o atleta não compensa suficientemente a tração do martelo e a força centrifuga crescente. Tem os braços fletidos pelo cotovelo e os membros inferiores tensos
☺ pendurar-se efetivamente no martelo; manter os braços estendidos e dar as voltas sem se contrair. Executar repetidas voltas sem lançar.
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� o ponto mais baixo da trajetória do martelo desvia-se muito para a direção do lançamento desvia-
se muito para a direção do lançamento � não há torção do tronco.A perna direita ou não ultrapassa o martelo ou fá-la com atraso. O martelo
é acelerado em conjunto com o tronco do atleta. ☺ forçar a perna direita a dar volta. Conduzi-la à frente do martelo e assentá-la com firmeza
� falta de restituição da torção do corpo; o corpo arrasta o martelo
� o atleta iniciou a volta muito cedo
☺ depois de assentar o pé direito, não iniciar a volta seguinte sem que o martelo passe pelos 0º em frente do atleta 9colocar marca no solo)
� o movimento de avanço numa volta não é suficiente � a rotação sobre o calcanhar e a polpa plantar é mole; o atleta roda apenas sobre o calcanhar ou a
polpa em vez de rodar sobre ambos ☺ executar freqüentemente voltas sem martelo, acentuando a primeira e a segunda fases da
rotação sobre o calcanhar e a polpa plantar � a perna esquerda estende-se durante a volta � falta de força nos músculos dos membros inferiores, transferência incompleta do peso para a
perna esquerda. O martelo é acelerado na ida do ponto mais baixo para o ponto mais alto da sua trajetória.
☺ Bastante trabalho de força do trem inferior com pesos; execução repetida de rotações sobre o calcanhar e a polpa plantar mantendo os joelhos fletidos de cima para baixo e não de baixo para cima.
� o plano da trajetória do martelo é demasiado inclinado e o engenho toca o solo � o atleta não conserva o ângulo entre os membros superiores e o tronco
☺ Fixar as posições dos membros superiores e dos ombros � o plano da trajetória do martelo é pouco inclinado � o atleta não descontrai o tronco e mantém-no demasiado tenso na fase de apoio único
☺ pendurar-se na tração exercida pelo engenho durante a fase de apoio único � durante a volta, o atleta roda de lado para fora do circulo de lançamento e não dá as voltas até ao
fim. � a rotação sobre o calcanhar e a polpa plantar começou muito cedo
☺ praticar sem martelo, rodar sobre o calcanhar até aos 180º, passar depois o apoio para a polpa plantar e completar a volta; dar voltas com martelo até conseguir avançar ao longo do diâmetro principal. Traçar linhas de referências
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� durante a volta, o atleta roda de lado para a direita do circulo � o atleta efetua a mudança do calcanhar para a polpa plantar muito cedo. O pé direito contacta o
solo com atraso ☺ dar voltas primeiro sem martelo e depois com ele. A transição do calcanhar para polpa plantar
deve iniciar-se mais cedo aos 150 ou 170 graus; ao dar as voltas, o pé direito avança e depois rasa o solo junto ao calcanhar esquerdo ou logo atrás dele para assentar rapidamente
No lançamento propriamente dito � há demasiado peso sobre a perna direita � o lançamento é feito à custa do tronco. Depois da terceira volta o atleta cai pesadamente sobre o
pé direito ☺ repetir o lançamento com haltere de mão e acentuar a ação dos membros inferiores. Os braços
e o tronco ficam passivos e descontraídos � ângulo de saída muito baixo � os membros inferiores não exercem força bastante e a trajetória do martelo tem pouca inclinação
☺ praticar lançamentos de martelo e de outro engenhos. Acentuar a extensão das pernas no lançamento. Emendar a orientação do plano da trajetória do martelo
� o martelo segue muito à esquerda depois largado � o pé direito contacta o solo com atraso. Durante o seu assentamento, o martelo já passou para a
esquerda dos 0º ☺ conduzir o pé direito com rapidez e junto do esquerdo. A última volta deve cobrir menos de 360º.
Manter os joelhos tão juntos quanto possível
� o atleta é atirado para fora do circulo de lançamento � a fase de lançamento é iniciada com o tronco
☺ lançamento a pé firme com uma só volta utilizando o martelo de cabo curto. Executar a fase de lançamento só com força extensora dos membros inferiores.
� No lançamento, o martelo toca o solo � o membro superior lançamento executa um balanço antes da fase de lançamento e o tronco flete-
se para diante como um canivete ☺ a força a aplicar no lançamento
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AULA 18
LANÇAMENTO DO DISCO
1. Técnica A técnica racional do lançamento do disco apresenta as seguintes características:
� na posição inicial, o atleta esta de costas para o sentido do lançamento
� em seguida executa uma volta com salto, demora e rasante que inclui uma fase área
� o movimento fundibular, chamado de lançamento propriamente dito é executado uma impulsão
elástica de ambos os pés
1.1. A pega do disco
A mão assenta em cheio na superfície do engenho, as falangetas apóiam-se no rebordo, a vertical do
centro de gravidade fica entre os dedos indicador e médio.
Uma ligeira flexão do pulso permite que a parte superior do disco toque o antebraço do atleta. Assim se
obtém a conveniente descontração muscular e se evita que o engenho caia da mão do atleta durante a execução
dos movimentos.
Figura 54. Representação gráfica da pega do disco pelos dedos (SCHMOLINSKY,1982)
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1.2. A posição inicial
O atleta toma posição na parte posterior da zona de lançamento, de costas viradas para o sentido em
que este vai ser executado. Os pés ficam afastados, a uma distância sensivelmente igual à largura do ombros com
as pontas dos dedos par fora. O atleta descontrai-se numa posição de igual distribuição do peso do corpo por
ambas as pernas, com os joelhos levemente direito( com o qual supomos ser executado o lançamento) pende
livremente com o disco ao lado do corpo.
1.3. O Balanço preliminar
O objetivo do balanço preliminar é de criar um percurso de aceleração do acessório tão longo quanto
possível. A sua amplitude que é importante para se obter um raio de valor ótimo para o percurso inicial depende da
posição das pernas e da flexibilidade dos quadris e dos ombros do atleta.
Para iniciar o balanço preliminar, leva-se o braço direito, com o disco, ao nível do quadril ou do ombro
esquerdo.O peso do corpo é assim facilmente deslocado para a perna esquerda. Quase sem interrupção, o atleta
realiza então o balanço preliminar propriamente dita, no qual o acessório é conduzido bem atrás e à direita, pata trás
do ombro direito.
O peso do corpo transferiu-se agora, um pouco, para a perna direita. Este movimento pendular deve
ser executado de modo descontraído. O tronco com o braço esquerdo curvado em frente do peito acompanha o
balanço e produz assim, nesta fase um bom momento de torção entre os eixos dos quadris e dos ombros. O
calcanhar esquerdo é ligeiramente elevado do solo.
Os principiantes não devem virar os dedos do pé esquerdo no sentido do balanço, pois isso
prejudicaria o desenvolvimento de um bom momento de torção e alongaria de modo desnecessário o percurso
desse pé no inicio da volta. O tronco do atleta deve conservar-se ereto.
1.4. A volta no interior do circulo
O objetivo da volta é o de acelerar o disco de forma continuada ao longo de um percurso tão extenso
quanto possível.
No inicio desta condução através da zona de lançamento, o corpo do atleta e o engenho são
acelerados em conjunto, mas depois (durante a volta) o atleta faz com que as pernas se movam à frete do tronco e
do braço que segura o disco, criando assim momentos de torção entre os eixos dos quadris à custa da diferença de
aceleração obtida.
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A volta é iniciada com as pernas, a perna esquerda começa a rodar sobre a polpa plantar para ir ao
sentido do lançamento, e durante este movimento de rotação para o lado de dentro o peso do corpo passa a
distribuir-se por ambas as pernas.
Quando a perna esquerda atinge uma posição em que o pé forma com a direção do lançamento um
ângulo de cerca de 120 º, o pé direito efetua uma repulsão contra o solo e com este impulso o peso do corpo passa
para a perna esquerda, que avança no sentido do lançamento.
O pé direito com a perna ligeiramente fletida roda com um raio de valor ótimo para a parte da frente do
circulo de lançamento.
Há assim uma distância relativamente grande entre o pé direito e o braço que efetua o lançamento, o
que faz aumentar o momento de torção. Quando o peito do atleta esta de frente para o sentido do lançamento, o pé
esquerdo avança ativamente iniciando o movimento com uma extensão do calcanhar, produzindo-se assim uma
fase área.
O atleta é impelido para diante e ao mesmo tempo vai rodando com auxilio do movimento do pé direito.
Durante a impulsão a perna esquerda não deve estender-se pelo joelho, pois tal extensão atua, normalmente, na
vertical e provoca excessiva elevação do centro de gravidade, o qual deve movimentar-se o mais próximo possível
de um plano horizontal.
Quando a perna direita fletida, tiver contactado o solo (perto do centro do circulo de lançamento e sobre
a polpa plantar) a perna esquerda deve ser conduzida adiante, pelo percurso mais curto possível e deve fazer um
assentamento ativo sobre o bordo interior do pé à frente do pé direito e quase paralelamente a ele.
Ao contactar o solo, o joelho direito toma a mesma posição angular que tinha no principio da volta
antes do mesmo antes do movimento de balanço da coxa.
Ceder pelo joelho direito neste momento é uma deficiência a evitar, pois isso impede a fluência da
transição para a fase de lançamento.
As pernas efetuam os respectivos contactos com o solo em sucessão rápida. Durante a volta, o ombro
segue uma trajetória paralela ao solo. As costas da mão que efetua o lançamento estão sempre viradas para cima.
1.5. A posição de lançamento
Depois de executar a volta o atleta deve encontrar-se numa posição de equilíbrio que lhe permita
aplicar a força, com toda a eficácia ao engenho. O peso do corpo estará sobre a perna direita, fletida.
O pé direito assenta no centro do circulo, formando um ângulo de 100 a 150 graus com direção do
lançamento. A perna esquerda, ligeiramente fletida assenta no solo pelo bordo interior do pé. Na posição de
lançamento , os pés devem estar a uma distância um do outro de 70 a 80 centímetros. O pé esquerdo esta a uns
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10cm da parte da frente do circulo na direção do lançamento e o seu ângulo com esta direção é de cerca de 90
graus.
O braço que segura o disco esta ainda bem atrás para o lado direito para permitir uma impulsão
máxima do engenho. Nesta posição o disco tem ainda de descrever um arco de circulo de 270 graus.O quadril
direito esta à frente do ombro direito dando ao lado direito do corpo um certo avanço.
O tronco está ereto e o lado esquerdo encontra-se numa posição firme formando linha reta do pé até
ao ombro. O momento de torção obtido caracteriza-se pelos ângulos de 70 a 90 graus entre os eixos dos ombros e
dos quadris e de 45 a 60 entre o do ombro e o membro superior direito.
Esta torção começou no final do balanço preliminar e mantém-se até ao final da posição de lançamento
na qual a energia é transmitida ao disco.
Se se reduzir a torção ainda na posição que acabamos de descrever, isso será normalmente devido a
um atraso no assentamento do pé esquerdo.
1.6. O lançamento propriamente dito
É esta a mais importante fase de toda a ação do lançamento do disco. Ela determina os ângulos mais
significativos: o ângulo de largada e o ângulo de incidência de largada do engenho; e igualmente determina a
velocidade e a altura de largada.
Esta ação inicia-se com a rotação do lado direito do corpo em volta do pé; do joelho e do quadril. O
lado esquerdo forma uma alavanca que contrabalança a pressão da perna direita.Durantes este movimentos do lado
direito do corpo, o peso é descarregado sobre o membro inferior direito.
Quando o eixo do quadril atinge uma ângulo de 125º em relação ao sentido do lançamento, começa a
rotação do lado direito que se transforma em extensão, tão poderosa na fase final que provoca uma momentânea
elevação do atleta no ar.
O peito esta de frente para o sentido do lançamento, o braço direito esta ainda bem recuado para trás
do corpo e ao vir à frente, descreve um amplo arco de grande raio.
A largada do engenho é acompanhada de uma impulsão elástica dos dois pés, e sendo o disco largado
aproximadamente à altura dos ombros com as costas da mão viradas para cima. O dedo indicador dá ao disco um
movimento rotativo no sentido dos ponteiros do relógio por meio de um forte puxão tangencial.
Esta rotação do disco sobre si próprio confere estabilidade ao seu vôo. O eixo de rotação do
movimento não é tangencial que vai do pé esquerdo ao ombro direito, mas sim a linha do lado esquerdo do corpo do
atleta.
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1.7. A reversão ( o final)
Em seqüência da poderosa extensão das pernas, os pés do atleta perdem contato com o solo durante
uma pequena fração de segundo e há um salto para diante e para cima. Assim que o disco abandona a mão do
atleta, este deverá inverter a posição relativa dos pés a fim de evitar a transposição do limite da zona de
lançamento e recuperar o equilíbrio. Conduz o pé direito para a frente perto do limite da zona e absorve, o impacto
cedendo pela articulação do joelho.
Figura 55. Representação gráfica dos movimentos do lançamento do disco
(SCHMOLINSKY,1982).
1.8.Os erros, suas causas e correções na prova do lançamento de disco
� ERRO
� CAUSA
☺ CORREÇÃO
No balanço preliminar � o balanço preliminar é muito alto
� demasiada inclinação do corpo e extensão das pernas
☺ praticar o balanço preliminar; a maior flexão da perna é conseguida quando o disco vai bem atrás do lado direito do corpo
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Na volta � o atleta inclina-se para dentro na volta
� a volta é iniciada com um movimento do tronco(ombro esquerdo) Há pouca transferência do peso do corpo para a perna esquerda no inicio da volta
☺ conduzir a volta com a perna � o salto com volta é muito alto
� o impulso da perna esquerda não é dado a partir do tornozelo, mas com o joelho(elevação é excessiva.
☺ na extensão da perna esquerda, o joelho deve ser ligeiramente fletido. � o salto com volta é muito curto
� o movimento de rotação é executado à pressa e o impulso da perna esquerda não tem o poder necessário.
☺ praticar a volta mais lentamente, empregar marcações � o avanço não se dá em linha reta
� o peso do corpo não é devidamente passado para a perna esquerda ou então há atraso na chamada do pé esquerdo.
☺ durante a volta, o peito do atleta deve estar virado para o sentido do lançamento durante tanto tempo quanto possível.
Na posição de lançamento
� o peso do corpo não esta devidamente assente na perna direita
� atraso no contato do pé esquerdo depois de dar a volta
☺ levar a perna esquerda à frente na direção do lançamento , passando junto à direita; assentar o pé de modo rápido e positivo
No lançamento propriamente dito � o lado esquerdo do corpo não se encontra em linha reta, “cede”pelo joelho e pelo quadril à
pressão da perna direita � a perna esquerda não esta devidamente estendida ou começa tarde a extensão
☺ procurar a cão de alavanca do lado esquerdo do corpo fixando-lhe uma vara.
� não há completa extensão do corpo na ação de lançamento.
� há erros na posição de lançamento. O atleta não estende bem as pernas e fá-lo, não com ambas ao mesmo tempo, mas com uma a seguir da outra.
☺ praticar lançamentos a pé firme com acentuação da extensão das pernas
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Na reversão final � o pé direito abandona o solo demasiado cedo
� má posição de lançamento; o membro superior direito atua prematuramente
☺ durante o lançamento propriamente dito ambos os pés se conservam no solo e o peso do corpo é igualmente distribuído por eles
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AULA 19
LANÇAMENTO DO DARDO
1. Introdução
No lançamento do dardo não há regras sobre a extensão da corrida de aproximação, e isto distingue
esta prova de todas as outras( arremesso de peso, lançamento do disco ou do martelo).
Enquanto que nessas provas o lançamento tem de ser realizado de dentro de uma zona própria,
circular, o dardo deve ser lançado por trás de um arco de circulo com raio de 8 metros e formado por uma tira de
madeira ou metal.
Há nesta disciplina três regras restritivas:
� o dardo deve ser seguro pelo punho(encordoamento)
� entre a partida da corrida de aproximação e a saída do dardo,o corpo do atleta não pode virar-se
completamente de modo a ficar contra o sentido de lançamento.
� O dardo deve contactar o solo primeiramente com a ponta metálica de que é provido.
O lançamento do dardo é efetuado com arremesso e a sua técnica é difícil de aprender pelo tamanho
do engenho. Os principiantes devem pois tomar contato com a seqüência de movimento em condições
simplificadas.
Uma vez que a ação é idêntica à do lançamento de uma bola de cricket ou de uma maçã , estes
acessórios ou outros semelhantes poderão, nos exercícios preliminares, acelerar a aprendizagem. O domínio do
lançamento desses engenhos deve ser o primeiro objetivo do principiante.
Em comparação com os outros lançamentos o do dardo exige menos força máxima, mas requer do
atleta bastante força explosiva e mobilidade. Estes dois últimos requisitos são freqüentemente menosprezados na
aprendizagem desta disciplina.
A importância da agilidade é especialmente de considerar nos resultados obtidos por jovens no
lançamento da bola de hóquei. Aí os melhores resultados nem sempre são os dos mais fortes competidores, mas
sim os dos que maior agilidade e flexibilidade revelam.
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No lançamento do dardo, as proporções deslocam-se para o lado da força; no entanto a agilidade e a
mobilidade continuam a ser atributos válidos e importantes para a prática desta disciplina.
1.1. Técnica
A técnica de lançamento deste engenho já sofreu muitas alterações ao longo da sua história.
Baseando-se na velha técnica sueca que prevalecia antes da primeira guerra mundial, os finlandeses vieram a
introduzir-lhe constantes aperfeiçoamento entre 1920 a 1938.
Esse progresso técnico foi continuado depois de 1945, devido principalmente à atividade dos atletas
polacos e ex-soviéticos.
Nos últimos anos os finlandeses têm estado novamente na primeira linha dos cultivadores desta
disciplina atlética, à qual tem dado novos impulsos de aperfeiçoamento.
Salvo poucas exceções, tem sido aceite quanto à preparação da ação de largada do engenho, a
seguinte opinião: o dardo deve ser trazido atrás ao longo de uma linha reta que prolonga o eixo dos ombros e o
arqueamento necessário para um bom lançamento deve ter o centro tão próximo do engenho quanto possível.
O lançamento do dardo compreende os seguintes elementos técnicos:
� A pega e o transporte do engenho
� A aproximação em corrida em corrida
� O recuo do engenho
� O passo impulsor
� A posição de lançamento
� O lançamento propriamente dito
� A recuperação do equilíbrio
O recuo do engenho, o passo impulsor, a posição de lançamento e o lançamento constituem no seu
conjunto, o chamado ritmo dos cinco passos.
Atendendo à influencia destas fases sobre o resultado do lançamento, podemos estabelecer a seguinte
ordenação por importância relativa:
� o lançamento propriamente dito
� o recuo, o passo impulsor e a posição de lançamento
� a corrida de aproximação
� a pega e o transporte do engenho
� a recuperação do equilíbrio
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1.2. A pega do dardo
É pratico pegar no dardo pela parte posterior da banda d revestimento, pois permite-lhe força por
detrás do seu centro de gravidade e proporciona aos dedos um bom ponto de resistência e apoio. Duas pegas
resistiram à prova do tempo na prática competitiva:
� o polegar e as duas últimas falanges do indicador ficam por detrás do revestimento do punho. O
dardo assenta no bordo interior da mão(fig 56)
� O polegar e as duas últimas falanges do dedo médio ficam por trás do revestimento do punho e o
indicador sustenta-o da parte de baixo da parte de baixo( fig 57 e fig 58)
Figura 56. Representação da pegada do dardo (SCHMOLINSKY,1982)
Figura 57 .Representação da pegada do dardo (SCHMOLINSKY,1982)
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Figura 58. Representação da pegada do dardo (SCHMOLINSKY,1982)
Destas duas pegas, a segunda (Fig.57) oferece duas vantagens pouco importantes: uma é que o dedo
médio representa uma alavanca um pouco mais comprida e mais forte, que traz benefícios à rotação do engenho
sobre o eixo longitudinal, a rotação é muito importante para a estabilidade do seu vôo ; a outra reside no fato de o
dedo indicador,apoiado ao longo do engenho, ter melhores condições de domínio do transporte.
1.3. O transporte
O dardo é transportado à altura da testa, acima do ombro e paralelo ao solo.Não importa que a ponta
vá um pouco para cima ou para baixo e a este respeito foi possível observar muitas variações.
O dardo não é transportado na perpendicular ao eixo dos ombros, mas sim com a ponta virada um
pouco para dentro.
Transportando-se o dardo nesta posição pode-se faze-lo recuar em linha reta para trás do corpo com
maior facilidade.
O objetivo de um transporte correto é assegurar a suavidade da corrida de aproximação e conduzir o
atleta ao lançamento propriamente dito sem grandes demoras.
1.4. A corrida de aproximação
A seguir ao lançamento e ao recuo do dardo, a corrida de aproximação é a parte mais importante da
ação de lançamento. Os resultados obtidos pelos atletas desta disciplina revelam que com uma aproximação correta
o alcance do engenho pode ser aumentado de 25 a 29 metros sobre o de um lançamento a pé firme.
A corrida de aproximação consta de duas partes:
� a parte cíclica
� a parte acíclica
Enquanto que a primeira é uma pura corrida de aceleração de cerca de dois terços da distância
total(20 metros) a segunda inclui o recuo do dardo e o lançamento( de 09 a 11 metros). Durante a primeira parte da
corrida,o atleta ganha velocidade suficiente para lhe permitir mais alguma aceleração nos últimos passos. A
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velocidade inicial depende, pois, das aptidões técnicas do atleta. Se um atleta de má técnica acelerar demasiado no
primeiro terço da aproximação, sofrerá inevitável retardamento nos últimos passos.
A aproximação deve ser executada em descontração e deve conduzir o atleta a um lançamento
poderoso e explosivo, executado com toda a sua força.
1.5. O ritmo dos cinco passos
Dos três ritmos de passada conhecidos (o de três passos, o de cinco passos e o de sete passos). O de
cinco passos é o que tem mais geral aceitação.
Esta última ação global serve de preparação imediata do lançamento propriamente dito e compreende
as seguintes partes componentes:
� o recuo do engenho
� o passo impulsor
� a posição de lançamento propriamente dita
� o lançamento propriamente dito
Devemos salientar que alguns dos melhores especialistas mundiais optam pelo ritmo de sete passos
introduzidos entre 3º e o 4º dos cinco passos dois outros, de braço estendido ( de modo que nesta variante o passo
passa a ser o sexto.
Figura 59. Representação gráfica das passadas utilizadas no lançamento do dardo
1.6. O recuo do dardo
Esta fase é iniciada com um passo preliminar(que no caso dos atletas que lançam com a mão direita, é
dado na ordem direito esquerdo).
O recuo começa no segundo dos cinco passos e termina no terceiro. O braço impulsor é levado atrás,
em alinhamento com o eixo dos ombros .
A palma da mão vira-se para cima no prolongamento do antebraço, o eixo dos quadris conserva-se em
ângulo reto com a direção do lançamento .
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Quando o recuo termina, o corpo do atleta apresenta acentuada inclinação para trás ( que é de grande
importância para a continuada aplicação de força ao dardo durante o lançamento.
Nos mais recentes eventos , alguns atletas tem sido vistos a iniciar o recuo do dardo no primeiro dos
cinco passos e a concluí-lo depois do segundo.
1.7. O passo impulsor
A técnica do penúltimo passo foi objeto de controvérsia e te vê muitas modificações durante a história
da disciplina. Segundo as técnicas mais modernas, é necessário que o quarto passo seja rápido e ativo, mas
rasante.
Os atletas de maior experiência técnica dão este passo com pelo menos a mesma extensão do
terceiro. Esta técnica proporciona economia no ritmo de contato dos pés, juntamente com a conveniente inclinação
para trás, que prolonga a aplicação de energia no lançamento. Os dedos do pé direito não se devem desviar da
direção do lançamento mais do que 30º .O eixo dos quadris roda cerca de 20º para o lado direito.
A perna esquerda impele o corpo de modo rasante na execução do quarto passo, evitando que o
centro de gravidade se eleve durante o contato do pé direito, cuja perna deve fletir ao receber o peso do corpo. Isto
é importante para o bom contato, pois qualquer subida atrasaria o inicio do lançamento propriamente dito.
1.8. A posição de lançamento propriamente dito
Nesta prova a posição de lançamento verifica-se no momento em que ambas as pernas fizeram os
seus contatos a seguir ao quinto passo. A posição de lançamento é aquela que o atleta toma quando o seu pé
direito contata o solo a seguir ao passo impulsor.
Esta definição é a mais exata, mas ainda seria mais exata se descrevesse como posição de
lançamento, aquela que se obtém no momento em que a perna direita já recebeu o peso do corpo no quinto passo,
pois esta fase, que começa com o assentamento do pé direito e termina quando o centro de gravidade esta bem
sobre ele, é relativamente passiva.
Ë muito importante porque a sua duração influencia o começo do lançamento. Quanto mais demorada
e mais passiva for, mais tarde a perna direita poderá começar a estender-se e introduzir, assim a ação de lançar.
O membro superior e o dardo não mudam de posição durante o passo impulsor nem durante a posição
de lançamento. Nesta fase é importante que a mão esteja perfeitamente no prolongamento do antebraço e não
poderá haver flexão absolutamente nenhuma no pulso.
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1.9. O lançamento propriamente dito
O lançamento começa com uma extensão para diante e para cima do membro inferior direito, pelas
articulações do joelho e do tornozelo, conduzindo à frente o quadril direito.
A perna esquerda fletida, assenta pelo calcanhar, tendo primeiro uma ação de apoio e depois de
elevação. Os eixos dos ombros e dos quadris vão agora paralelamente um ao outro e quase em ângulo reto com a
direção do lançamento .
O braço lançador não está ainda estendido. O arqueamento dorsal atinge o máximo e tem como
centro de tensão um ponto da região escapular.
Quando o membro inferior direito estiver estendido o calcanhar levanta-se para permitir que a pressão
exercida sobre a polpa plantar se transmita ao tronco. O membro inferior esquerdo continua a estender-se logo que
o centro de gravidade entre na sua esfera de ação.
O membro superior lançador atua então e a tensão abranda. O membro inferior esquerdo deve
completar a extensão somente quando o centro de gravidade estiver sobre ele, pois de outra maneira haveria
excessivo efeito de travagem.
Quando o membro superior lançador começa a atuar o cotovelo é levantado ao nível da cabeça,
apontando no sentido do lançamento. Nesta altura o braço e o antebraço estarão em ângulo reto.
Durante o lançamento o lado esquerdo do corpo deve conservar uma posição fixa o que se consegue
por súbita detenção do movimento do membro superior esquerdo. Exatamente no instante em que o lado direito do
corpo ultrapassa o lado esquerdo.
O ângulo de saída é de 32 a 36 graus, o atleta deve procurar manter o ângulo de incidência do dardo
( ângulo entre este e o plano horizontal) tão próximo desse valor quanto possível.
Idealmente o ângulo de saída é igual o ângulo de incidência, um maior ângulo de incidência oferece
maior superfície à resistência do ar.
1.10. A recuperação do equilíbrio
O passo de recuperação não tem influencia no alcance do lançamento e apenas trava a velocidade
com que o corpo do atleta avança, impedindo-o de falhar a tentativa por transposição do limite regulamentar.
Para tal, é necessária uma distância de dois metros ao arco limite. Depois da largada do engenho, o
membro inferior direito é conduzido à frente, como num salto, e a reversão é antão executada.
A fim de evitar a transposição do limite é necessário que se verifique três condições:
� o pé direito deve assentar transversalmente à direção do lançamento e a perna fletir
� o tronco deve inclinar-se para diante (de modo baixar o centro de gravidade)
� a perna esquerda deve ser levantada e puxada atrás na direção da aproximação
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Figura 60. Representação gráfica do lançamento do dardo (SCHMOLINSKY,1982)
1.11. Os erros, suas causas e correções na prova do lançamento do dardo
� ERRO
� CAUSA
☺ CORREÇÃO
� retardamento no inicio dos cinco passos
� partida demasiado rápida e fraca aceleração; recuo mal sincronizado com o ciclo dos movimentos da corrida(começa da direita para esquerda)
☺ praticar o ritmo dos cinco passos a partir do trote; aumenta a velocidade só ao iniciar o recuo do dardo; fazer corridas de aceleração com dardo, terminando co os cinco passos.
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Durante os cinco passos
� a extremidade posterior do dardo toca o solo durante o recuo ou durante a inclinação do corpo para trás
� o engenho é recuado a nível baixo do que o devido; ou a mão quebra pelo pulso
☺ recuar o dardo numa trajetória bem ao nível do ombro e prestar atenção à mão � o recuo é executado no primeiro ou no terceiro passo em vez de no segundo
� há precipitação ou hesitação na execução do recuo; má compreensão do movimento
☺ praticar o recuo do dardo primeiro em marcha, depois em trote e finalmente em corrida. Auxiliar o atleta com a palavra por exemplo: a-go-ra sendo cada uma desta silabas pronunciada ao contato dos pés; esquerdo-direito-esquerdo
No lançamento propriamente dito � imperfeito arqueamento dorsal
� passo impulsor demasiado curto e cruzado , isto é, com assentamento do pé direito para a direita da linha do lançamento ; extensão imperfeita da perna direita; ação prematura do membro superior lançador
☺ executar passos impulsor de modo ativo e rasante com auxilio de um obstáculo baixo; praticar os movimentos de lançamentos com pernas afastadas e com resistência, dando especial atenção à extensão das pernas: direita - esquerda
� o atleta flete a bacia durante o lançamento
� passo demasiado longo; a perna esquerda não flete no contato posterior ao quinto passo
☺ encurtar o último passo � o atleta desvia-se para a esquerda durante o último passo e o lançamento
� há pouco espaço para a execução dos cinco passos, criando perigo de transposição do limite regularmente; o impulso da perna direita no último passo não é aplicado no sentido do lançamento
☺ alongar o percurso destinado aos cinco passos; deve ser de 9 a 12 metros para homens e de 8 a 10 para mulheres e jovens; duas linhas retas a 80cm uma da outra.
� ação do membro superior lançador demasiado baixa
� o braço é conduzido ao lado ao lado do tronco; a ação do braço inicia-se prematura; o cotovelo não ponta na direção do lançamento e ao passar para trás , não vai ao nível da testa
☺ exercícios de mobilidade e flexibilidade das articulações escapulares e prática dos movimentos de lançamentos com resistência auxiliar.
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AULA 20
REGRAS DOS LANÇAMENTOS E ARREMESSOS
1. CONDIÇÕES GERAIS
Em todas as competições internacionais, os implementos utilizados devem cumprir as especificações
definidas pela IAAF. Somente implementos que apresentarem certificado de homologação da IAAF, válido, poderão
ser utilizados.
Todos os implementos devem ser fornecidos pelo Comitê Organizador para todas as competições
organizadas segundo a Regra 12.1(a). Nessas competições os competidores não terão permissão para usar
quaisquer outros implementos.
Nenhuma modificação deverá ser feita a qualquer implemento durante a competição. Em todas as
demais competições, que não realizadas sob Regra 12.1 (a), os competidores podem usar seus próprios
implementos desde que eles sejam checados e marcados com aprovação do Comitê Organizador antes da
competição e se coloquem a disposição de todos os competidores.
2. Proteção Pessoal
(a) Nenhum dispositivo de espécie alguma, por exemplo, atar dois ou mais dedos, que de algum modo
ajude ao competidor quando no ato de uma tentativa, será permitido. O uso de bandagem na mão não será
permitido exceto no caso da necessidade de cobrir um ferimento ou um corte aberto. Entretanto, cobrir os dedos
isoladamente é permitido. A cobertura deverá ser mostrada ao Árbitro-Chefe antes do inicio da prova.
(b) Não é permitido o uso de luvas, exceto no Lançamento do Martelo. Neste caso, as luvas devem ser
lisas nas costas e na frente e as pontas dos dedos devem ficar expostas, isto é, as pontas dos dedos das luvas não
devem ser fechadas. (com exceção do polegar).
(c) De modo a obter uma melhor pegada, é permitida aos competidores o uso de substância adequada
somente nas mãos, ou igualmente nas luvas no caso do Lançamento do Martelo.
(d) De modo a proteger a coluna de contusão , os competidores podem usar um cinturão de couro ou
outro material adequado.
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(e) No Arremesso do Peso, um competidor pode usar uma bandagem no pulso (munhequeira), de
modo a protege-lo de uma contusão.
Os círculos serão feitos de aro de ferro, aço ou outro material apropriado, cuja borda superior deve
estar ao nível do terreno exterior. O interior do círculo pode ser de concreto, asfalto ou outro material firme não
escorregadio. A superfície desse interior deve estar nivelada a 1,4cm - 2,6cm abaixo da borda superior do aro.
No Arremesso do Peso, permite-se um círculo portátil que reúna estas condições.
O diâmetro interno do círculo deve medir 2,135m (± 5mm), no Arremesso do Peso e Lançamento do
Martelo e 2,50m (± 5mm), no Lançamento do Disco. A borda superior do aro deve ter, no mínimo, 6mm de
espessura e deve ser pintada de branco.
O martelo pode ser lançado de um círculo para Disco, desde que o diâmetro desse círculo seja
reduzido de 2,50m para 2,135m colocando-se um aro circular na parte interna.
Deve haver uma linha branca de 5cm de largura, traçada a partir da parte superior do aro metálico e
estendendo-se pelo menos 75cm para cada lado do círculo. Ela pode ser pintada, ou feita de madeira ou outro
material adequado. O lado posterior dessa linha deve passar, teoricamente, pelo centro do círculo formando um
ângulo reto com o eixo do setor de lançamentos.
Um competidor não pode pulverizar ou espalhar qualquer substância no círculo ou nos sapatos.
DESENHO DO CÍRCULO DO PES
Figura 60. Representação do modelo da área de arremesso do peso de acordo com IAAF(2003)
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Figura 61. Representação do modelo da área de lançamento do disco de acordo com IAAF(2003)
Figura 62. Representação do modelo da área de lançamento do martelo de acordo com IAAF(2003)
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3. Corredor do Dardo
O comprimento mínimo do corredor será de 30 metros e o máximo de 36,5 metros. Onde as condições
permitirem, o comprimento mínimo será de 33,5 metros. Ele será marcado com duas linhas paralelas de 5cm de
largura e afastada 4 metros uma da outra. O lançamento será feito de trás do arco de um círculo traçado com um
raio de 8 metros. O arco consistirá de uma faixa pintada ou feita de madeira ou metal com 7cm de largura. Ele será
pintado de branco e ficará a nível com o chão, serão traçadas linhas a partir das extremidades do arco fazendo
ângulos retos com as linhas paralelas marcando o corredor. Estas linhas terão 75cm de comprimento e 7cm de
largura. O máximo permitido para inclinação da lateral do corredor será de 1:100 e de 1:1000 de inclinação
descendente no sentido da corrida.
Figura 63. Representação do modelo da área de lançamento do dardo de acordo com IAAF(2003)
4. Setor de Queda
O Setor de Queda será de carvão ou grama ou outro material adequado em que o dardo deixe marca.
A inclinação máxima permitida do setor de queda não excederá 1:1000.
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a) Exceto no Lançamento do Dardo o setor de queda será marcado com duas linhas brancas de
5cm de largura, num ângulo de 40º de tal modo que, se as bordas internas forem prolongadas, passarão pelo centro
do círculo.
NOTA: O setor de 40º pode ser marcado com exatidão, estabelecendo-se uma distância de 13,68m
(20x0,684) entre dois pontos situados sobre cada linha do setor a uma distância de 20 metros do círculo. Para cada
1 metro que se distancie do centro do círculo, a distância entre as linhas do setor, aumenta em 68,4cm.
b) No Lançamento do Dardo o setor de queda será marcado com duas linhas brancas de 5cm de
largura, de tal modo que, se as bordas internas forem prolongadas, passarão pela interseção do arco com as duas
linhas paralelas que delimitam o corredor e que se cruzam no centro do círculo do qual o arco faz parte (Ver
diagrama). O setor terá assim, um ângulo de 29º.
5. Tentativas
No Arremesso do Peso, Disco e Martelo, os implementos serão arremessados/lançados de dentro do
círculo, e o Dardo de um corredor. No caso das tentativas feitas dentro do círculo, um competidor deve começar o
arremesso/lançamento a partir de uma posição estacionária. É permitido a um competidor tocar a parte interna do
aro ou do anteparo. No Arremesso do Peso é permitido tocar a parte interna do anteparo
Será um lançamento falho se o competidor no decorrer de uma tentativa:
a) Soltar impropriamente o Peso ou o Dardo,
b) Após ter entrado no círculo e ter iniciado sua tentativa, tocar com qualquer parte de seu corpo no
terreno fora do círculo ou parte superior do aro.
c) No Arremesso do Peso, tocar com qualquer parte de seu corpo a parte superior do anteparo.
d) No Lançamento do Dardo, tocar com qualquer de seu corpo ou membros, a área externa ao
corredor incluindo as linhas demarcatórias da área de lançamento.
Desde que, no desenrolar de uma tentativa, as regras precedentes a cada arremesso/lançamento não
tenham sido infringidas, um competidor pode interromper essa tentativa, pode colocar o implemento dentro ou fora
do círculo ou corredor e pode deixá-los. Ao deixar o círculo ou corredor ele deve fazê-lo como determinado no item
17, antes de retornar à posição estacionária e iniciar uma nova tentativa.
NOTA: Todos os movimentos permitidos nesse item serão incluídos no tempo máximo para uma
tentativa
Para que uma tentativa seja válida o peso, o disco, a cabeça do martelo ou a ponta da cabeça metálica
do dardo devem cair completamente dentro dos limites internos do setor de queda.
O competidor não pode sair do círculo ou corredor antes que o implemento tenha tocado o solo.
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Para arremessos/lançamentos feitos dentro do círculo, ao deixar o círculo, o primeiro contato do
competidor com a parte superior do aro ou o terreno fora do círculo deve ser completamente atrás da linha branca
traçada fora do círculo e que passa, teoricamente, pelo centro.
No caso do lançamento do dardo, ao deixar o corredor, primeiro contato com as linhas paralelas ou o
terreno externo do corredor deve ser completamente por trás das linhas do arco em ângulo retos com as linhas
paralelas.
Após cada tentativa os implementos devem ser trazidos para área próxima ao círculo ou corredor e
nunca lançados de volta.
6. Medidas
Em todas as provas de arremessos/lançamentos todas as medidas devem ser registradas até 0,01m
abaixo da distância alcançada, se a distância medida não for em um centímetro inteiro.
As medidas de cada arremesso/lançamento, será feita imediatamente após uma tentativa:
a) a partir do primeiro ponto de contato feito pela queda do peso, do disco e da cabeça do martelo,
até a borda interna do aro do círculo, ao longo da linha do centro do círculo.
b) No Lançamento do dardo, a partir do local onde a ponta da cabeça do dardo tocar o solo pela
primeira vez até à borda interna do arco, ao longo de uma linha que vai desde o local de queda até o centro do
círculo de que o arco faz parte.
7. Marcadores
Deverá ser providenciada uma bandeira ou outra marca para assinalar o melhor arremesso/lançamento
de cada competidor, que deverá ser colocada ao lado das linhas que limitam o setor de queda.
Será também providenciada uma bandeira ou outra marca para assinalar o Recorde Mundial existente
e, quando for o caso, o Recorde Continental ou Nacional.
8. REGRA DO ARREMESSO DO PESO
O peso deve ser arremessado partindo do ombro com uma só mão. No momento em que o
competidor assumir uma posição no círculo, e começar um arremesso, o peso deverá tocar ou estar bem próximo
ao pescoço ou ao queixo e a mão não deverá ser abaixada desta posição durante a ação do arremesso. O peso não
deve ser arremessado detrás da linha dos ombros.
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8.1. O Anteparo
Construção - O anteparo será pintado de branco e feito de madeira ou outro material apropriado, com
a forma de um arco cuja borda interna coincide com a borda interna do círculo (aro) e feito de tal forma que possa
ser firmemente fixado no chão. Estará colocado eqüidistante entre as linhas do setor de queda.
Medidas - O anteparo medirá 11,2cm a 30cm de largura, 1,22m (±1cm) de comprimento na sua parte
interna e 10cm (±2mm) de altura em relação ao nível da parte interna do círculo.
Figura 65. Representação do modelo do anteparo do arremesso do peso de acordo com IAAF(2003)
8.2. O Peso
Construção - O peso deve ser maciço, de ferro, latão ou qualquer outro metal desde que não seja
mais macio que o latão, ou um invólucro de qualquer desses metais, cheio de chumbo ou outro material. Deve ter
forma esférica e sua superfície não deve ter nenhuma aspereza sendo totalmente lisa.
O peso deve satisfazer as seguintes especificações.
ESPECIFICAÇÃO Adulto/Juvenil Masculino
Menores Masculino Feminino
Peso mínimo para ser admitido em competição e homologação de recorde
7,26kg
5kg
4kg
Informação para fabricantes: Variação para fornecer
equipamento de Competição
7,265kg 7,285kg
5,005kg 5,025kg
4,005kg 4,025kg
Diâmetro Mínimo Máximo
110mm 130mm
100mm 120mm
95mm
110mm
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9. REGRA DO LANÇAMENTO DO DISCO
Construção - O corpo do disco pode ser sólido ou oco e será de madeira ou outro material
adequado, com um aro de metal cujas bordas formem um círculo perfeito à sua volta. A borda deve ser arredondada
e o seu raio será de 6mm aproximadamente. O disco deve ter placas metálicas circulares cravadas no centro de
suas faces. O disco pode, também ser construído sem as placas metálicas, desde que haja uma área plana
equivalente e que suas medidas estejam de acordo com as especificações.
Os dois lados do disco devem ser iguais e não podem conter reentrâncias, saliências ou bordas
agudas. Os lados devem afastar-se gradualmente em linha reta e partir do princípio da curva do aro até um círculo
com raio mínimo de 25mm e máximo de 28,5mm do centro do disco.
O perfil do disco será desenhado da seguinte forma: a partir do início da curva da borda, a grossura
do disco aumentará de maneira regular até uma espessura máxima D. O valor máximo será obtido a partir de uma
distância de 25mm a 28,5mm a partir do eixo Y do disco. A partir deste ponto até o eixo Y a espessura do disco será
constante. As partes superiores e inferiores do disco devem ser idênticas e o disco deve ser simétrico em relação ao
eixo Y, no que se refere a rotação.
O disco, incluindo a superfície do aro, não deverá ter qualquer aspereza e sua superfície deverá ser
lisa e completamente uniforme.
Figura 65. Representação do modelo do disco de acordo com IAAF(2003)
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O disco deve ter as seguintes especificações:
ESPECIFICAÇÕES Adulto/Juvenil Masculino
Menores Masculino
Feminino
Peso mínimo para ser admitido em competição e
homologação de um recorde
2kg
1,5kg
1kg
Informação para fabricantes: Variação para suprir
equipamento de competição
2,005kg 2,025kg
1,505kg 1,525kg
1,005kg 1,025kg
Diâmetro externo do aro de metal Mínimo Máximo
219mm 221mm
200mm 202mm
180mm 182mm
Diâmetro da placa de metal ou parte central plana
Mínimo Máximo
50mm 57mm
50mm 57mm
50mm 57mm
Distância externa das placas de metal ou áreas planas
Mínimo Máximo
44mm 46mm
38mm 40mm
37mm 39mm
Espessura do aro à distância de 6mm da borda
12mm
12mm
12mm
9.1. GAIOLA PARA LANÇAMENTO DO DISCO
Todos os lançamentos do disco devem ser efetuados dentro de uma proteção ou gaiola para garantir a
segurança dos espectadores, Árbitros e competidores. A gaiola especificada nesta Regra deve ser usada em
estádios que comportem espectadores postados à volta do campo de competição e onde se realizem outras provas
além do lançamento do disco. Onde isso não ocorrer e especialmente em áreas de treinamento, podem ser usadas
construções mais simples. Mediante solicitação, a órgãos nacionais, ou à secretaria da IAAF, poderão oferecer
sugestões.
NOTA: A proteção para o lançamento do martelo especificada na regra 192 pode também ser usada
para o lançamento do disco, quer instalando círculos concêntricos de 2,135 à 2,50m, ou usando uma ampliação
daquela gaiola com um segundo círculo do disco instalado atrás do círculo do martelo.
A gaiola deve ser desenhada, construída e conservada para ser capaz de suportar o impacto de um
disco de 2kg movendo-se a uma velocidade 25m/s. A disposição deve ser tal que não haja perigo de ricochete para
fora sobre os componentes fixos da proteção, retorno sobre o atleta, ou saída sobre a parte superior da rede.
Podem ser usados quaisquer tipos de construção para as proteções, desde que satisfaçam as exigências desta
Regra.
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A gaiola deve ter a forma de um “U” plano, como mostra o desenho. A abertura de saída deve ter 6
metros e estar distante 5 metros à frente do centro do círculo. A menor altura das redes deve ser de 4 metros.
Devem ser tomadas precauções quanto à construção a fim de impedir que o disco passe pelos pontos de
articulação dos painéis, fure a rede ou passe por baixo dela.
A rede para a proteção pode ser confeccionada com corda de fibra natural ou sintética apropriada
ou arame de aço de alta ou média tensão. As malhas da rede devem ter, no máximo, 50mm, quando for usado o
arame e 44mm para a corda. A espessura mínima da corda ou do arame depende essencialmente da construção da
gaiola, porém, deve ter uma resistência à ruptura por distensão de, no mínimo, 40 kg.
A fim de preservar a segurança da gaiola, a rede de aço deve ser inspecionada, pelo menos a cada
12 (doze) meses.
Não é suficiente a inspeção visual quando forem usadas cordas de fibras, em vez disso, vários
pedaços da corda devem ser colocados na rede pelos fabricantes. Um desses pedaços será retirado após 12 (doze)
meses de uso constante, para testar a resistência da rede.
O setor de maior perigo para o lançamento do disco com essa gaiola é de aproximadamente 98º,
para lançadores canhotos ou destros. Da posição e alinhamento da proteção no campo depende, portanto, o seu
uso com segurança.
Figura 66. Representação do modelo da área da gaiola do lançamento do disco de acordo com IAAF(2003)
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10. REGRA DO LANÇAMENTO DO MARTELO
É permitido a um competidor, em sua posição inicial até seus balanços preliminares ou giros, colocar a
cabeça do Martelo no solo na parte interior do aro que forma o círculo ou fora dele.
Não é considerada falha a tentativa em que a cabeça do martelo toca o solo ou a parte superior da
borda de ferro enquanto o competidor faz seus balanços preliminares ou giros, porém se depois de ter assim tocado
o solo, ou a parte superior do aro, o competidor se detém para recomeçar o lançamento, deve ser considerada
como tentativa falha.
Se o martelo se quebrar durante o lançamento ou no ar, a tentativa não é considerada falha, desde que
tenha sido efetuada de acordo com esta Regra. Se, em virtude disso, o competidor perde o equilíbrio e comete uma
falha, esta não lhe será computada.
10.1. O Martelo
Construção. O martelo se compões de três partes: cabeça de metal, cabo e empunhadura.
Cabeça. A cabeça deve ser de ferro maciço o outro metal que não seja mais macio que o latão ou um
invólucro de qualquer desses metais, cheio de chumbo ou de outro material sólido. Deve ter um diâmetro mínimo de
110mm para homens e 95mm para mulheres. Deve ser de forma completamente esférica.
Se for usado um enchimento, este deve ser colocado de tal maneira que fique fixo internamente e que
o centro de gravidade não varie mais de 6mm em relação ao centro da esfera.
Cabo. O cabo deve ser feito inteiriço, de arame de aço para molas, com diâmetro mínimo de 3mm, que
não possa esticar sensivelmente durante a execução do lançamento. O cabo pode ter alça em uma das
extremidades ou as duas, como meio de conexão.
Empunhadura. A empunhadura pode ter alça simples ou dupla, deve ser rígida e sem qualquer tipo de
conexão articulada. Não pode esticar sensivelmente durante o lançamento. Tem que ser presa ao cabo de tal
maneira que não possa virar na conexão com o cabo para aumentar o comprimento total do martelo.
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EXEMPLO DE EMPUNHADURA
Figura 67. Representação do modelo de empunhadura do martelo de acordo com IAAF(2003)
Conexões. O cabo deve ser articulado com a cabeça por meio de uma rótula que possa ser simples ou
de esferas. A empunhadura deve ser ligada ao cabo por meio de uma alça, não podendo, aí, ser usada a rótula.
O martelo deve ter as seguintes especificações:
Peso completo do Martelo Adulto/Juvenil Masculino
Menores Masculino
Feminino
Peso mínimo para ser admitido em competição e homologação
de um recorde
7,260kg
5kg
4kg
Informação para fabricantes: Variação para suprir equipamento
de competição
7,265kg 7,285kg
5,005kg 5,025kg
4,005kg 4,025kg
Comprimento do martelo a partir da parte interna da empunhadura:
Mínimo Máximo
1175mm 1215mm
1165mm 1200mm
1160mm 1195mm
Diâmetro da cabeça Mínimo Máximo
110mm 130mm
100mm 120mm
95mm 110mm
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10.2. Centro de Gravidade da Cabeça
Não pode ter mais de 6mm do centro da esfera. Por exemplo: É necessário que a cabeça possa
ficar equilibrada, sem o cabo e a empunhadura, sobre um orifício horizontal circular, de bordo afilado, de 12mm de
diâmetro.
Figura 68. Representação do modelo do aparelho para verificação do centro de gravidade da cabeça do
martelo, de acordo com IAAF(2003)
10.3. Gaiola para lançamento do martelo
Todos os lançamentos do martelo devem ser efetuados de dentro de uma proteção ou gaiola para
garantir a segurança dos espectadores, oficiais e competidores. A gaiola especificada nesta Regra deve ser usada
em estádios que comportem espectadores postados à volta do campo de competição e onde se realizem outras
provas além do lançamento do martelo. Onde isto não puder ser feito e especialmente em áreas de treinamento,
podem ser usadas construções mais simples. Mediante solicitação, aos órgãos nacionais, bem como a secretaria da
IAAF poderão oferecer sugestões.
A gaiola deve ser desenhada, construída e conservada para ser capaz de suportar o impacto de um
martelo de 7,260kg, movendo-se a uma velocidade de 32 m/s. A disposição deve ser tal que não haja perigo de
ricochete ou retorno sobre o atleta ou saída sobre a parte superior da gaiola. Podem ser usados quaisquer tipos de
construção para as gaiolas, desde que satisfaçam as exigências desta Regra.
A gaiola deve ter a forma de um “U” plano, como mostra o desenho. A abertura de saída deve ter 6
metros e estar distante 4,2m à frente do centro do círculo. A altura das redes deve ser de pelo menos 7 metros.
Devem ser tomadas precauções quanto ao desenho e a construção da gaiola, a fim de evitar que o
martelo em sua trajetória force passagem através das malhas ou das juntas da gaiola ou passe por baixo da rede.
Devem ser providenciadas duas redes móveis com 2 metros de largura para a frente da gaiola para
serem usadas uma de cada vez. A altura mínima dessas redes é de 9,00m.
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NOTAS:
(i) Essas redes móveis devem ser usadas alternadamente; a esquerda para os lançadores destros e a
direita para os canhotos. Tendo em vista a possível necessidade de troca de uma para outra durante a competição,
quando houver, numa mesma prova, atletas destros e canhotos, é importante que esta troca requeira o menor
trabalho possível e o mínimo de tempo.
(ii) O desenho mostra somente a rede esquerda, na posição em que deve ser usada na gaiola quando
houver lançamento de atleta destro. Também é mostrada a posição da rede da direita.
(iii) Quando estiver sendo utilizada, as redes devem ser colocadas exatamente na posição mostrada,
razão por que devem ser tomadas todas as providências para a sua instalação com segurança.
(iv) A construção dessas redes e sua operação depende do projeto de proteção e pode ser por
deslizamento ou desmonte através de dobradiças sobre eixos verticais ou horizontais. A única exigência é que a
rede em operação seja capaz de suportar o impacto de qualquer martelo sobre ela e que não haja perigo de que um
martelo tenha condições de forçar seu caminho entre as redes fixas e as móveis.
A rede para a gaiola pode ser confeccionada com corda de fibra natural ou sintética apropriada ou
arame de aço de alta ou média tensão. As malhas da rede devem ter, no máximo, 50mm, quando for usado o arame
e 44mm para a corda. A grossura mínima da corda ou do arame depende essencialmente da construção da gaiola,
porém, deve ter uma resistência à ruptura por distensão de, no mínimo, 300kg. A fim de preservar a segurança da
gaiola, a rede de aço deve ser inspecionada, pelo menos a cada 12 (doze) meses. Não é suficiente a inspeção
visual quando forem usadas cordas de fibra. Em vez disso, vários pedaços da corda devem ser colocados na rede
pelos fabricantes. Um desses pedaços será retirado após 12 (doze) meses de uso constante, para testar a
resistência da rede.
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Figura 69. Representação do modelo da área da gaiola de lançamento do martelo de acordo com
IAAF(2003)
Quando for utilizada a mesma proteção do lançamento do disco, a instalação pode ser adaptada
para duas alternativas, colocando-se dois círculos concêntricos de raios 2,135/2,50 metros; porém isto leva ao uso
do mesmo círculo para lançamentos do martelo e do disco.
Quando se quiser ter dois círculos separados para o martelo e para o disco na mesma gaiola, dois
círculos devem ser colocados um atrás do outro com os seus centros separados 2,370 metros sobre a linha central
do setor de lançamentos e com o círculo do martelo à frente. A forma da parte traseira da gaiola tem que ser
aumentada, usando-se um mínimo de oito redes de duas redes móveis de 2m de largura como mostra o desenho. A
altura mínima das redes fixas ou móveis para este caso deve ser exatamente a mesma que para a gaiola padrão.
O setor de maior perigo para todos os lançamentos, incluindo os lançadores destros e canhotos, é
de 85º aproximadamente. A segurança da gaiola de proteção do martelo está muito ligada à posição e alinhamento
no campo.
11. REGRA DO LANÇAMENTO DO DARDO
(a) O dardo deve ser seguro na empunhadura. Será lançado por sobre o ombro ou acima da parte
superior do braço de lançamento e não deve ser lançado com movimentos rotatórios. Estilos não ortodoxos não são
permitidos.
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(b) Para que uma tentativa seja válida a ponta da cabeça metálica do dardo deve tocar o solo antes
que qualquer outra parte.
(c) Em nenhum momento, durante o lançamento, e até que o dardo tenha sido solto no ar, o
competidor não pode girar completamente de modo que suas costas fiquem na direção do arco de lançamento.
Se o dardo quebrar-se durante o lançamento ou enquanto no ar, não será considerado como falta,
desde que o lançamento tenha sido feito de acordo com esta regra. Se o competidor, por isso, perde seu equilíbrio e
infringe qualquer parte desta regra, isso não será contado como falta.
11.1. O Dardo
Construção. O dardo consistirá de três partes: cabeça, corpo e uma empunhadura de corda. O
corpo será construído completamente de metal ou outro material similar homogêneo e terá fixado a ele uma cabeça
metálica terminando em uma ponta aguda. A superfície do corpo não terá cavidades ou saliências, estrias côncavas
ou convexas, buracos ou asperesas e a cauda deve ser lisa e completamente uniforme.
NOTA: Caso a cabeça do dardo seja construída de tal modo, que uma parte reforçada esteja
soldada à parte terminal da cabeça, isto será considerado válido, desde que a cabeça seja lisa e uniforme ao longo
de toda sua superfície.
A empunhadura, que cobrirá o centro de gravidade, não excederá o diâmetro do eixo em mais de
8mm. Ela pode ter uma superfície não escorregadia mas sem reentrâncias, saliências, ou denteados de qualquer
modo. A empunhadura será de espessura uniforme.
O corte transversal será regularmente circular em toda a extensão. (Ver Nota 1). O diâmetro
máximo do corpo será imediatamente em frente a empunhadura. A parte central do eixo, incluindo a parte sob a
empunhadura, pode ser cilíndrica ou ligeiramente côncava em direção à parte traseira mas, em nenhum caso, a
redução do diâmetro logo imediatamente e atrás da empunhadura não pode exceder de 0,25mm. A partir da
empunhadura o dardo se afilará regularmente para a ponta na frente e para a cauda na parte de trás. O perfil
longitudinal a partir da empunhadura para a ponta na frente anterior será reto ou ligeiramente convexo. (Ver nota 2)
e não deverá ter alteração brusca no diâmetro como um todo, exceto imediatamente atrás da cabeça e à frente e
atrás da empunhadura, por todo o comprimento do dardo. Na parte posterior da cabeça, a redução no diâmetro não
pode exceder 2,5mm e essa partida da exigência do perfil longitudinal não pode estender-se por mais de 300mm
atrás da cabeça.
NOTA 1:Desde que a seção transversal seja circular, uma diferença entre o diâmetro máximo entre
o diâmetro mínimo, de 2%, será permitida. O valor desses dois diâmetro deve corresponder às especificações de
um dardo circular.
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NOTA 2:A forma do perfil longitudinal pode ser rápida e facilmente verificada usando-se uma lâmina
de metal com pelo menos 500mm de comprimento e dois gabaritos de 0.20mm e 1.25mm de espessura. Para
seções do perfil ligeiramente convexas, a lâmina deslizará enquanto estiver em firme contato com uma pequena
seção do dardo.
Para seções retas, com a lâmina firmemente segura contra ela, será impossível inserir o gabarito de
0.20mm entre o dardo e a lâmina em qualquer parte ao longo do comprimento de contato. Isso não aplicará
imediatamente atrás da junção entre a cabeça e o corpo. Neste ponto será impossível inserir o gabarito de 1,25mm.
O dardo deverá enquadrar-se nas seguintes especificações:
Peso (incluindo a empunhadura de corda)
Adulto/Juvenil Masculino
Menores Masculino
Feminino
Peso mínimo para ser admitido em competição e homologação de
um recorde
800g
700g
600g
Informação para fabricantes: Variação para suprir equipamento
de competição
805-825g
705-725g
605-625g
Comprimento total Mínimo Máximo
2,60m 2,70m
2,30m 2,40m
2,20m 2,30m
Comprimento da cabeça metálica Mínimo Máximo
250mm 330mm
2,50m 3,30m
250mm 330mm
Distância da ponta da cabeça metálica ao centro de gravidade
Mínimo Máximo
0,90m 1,06m
0,86m 1,00m
0,80m 0,92m
Diâmetro do corpo no ponto de maior espessura
Mínimo Máximo
25mm 30mm
23mm 28mm
20mm 25mm
Largura da empunhadura de corda Mínima Máxima
150mm 160mm
150mm 160mm
140mm 150mm
O dardo não deverá ter partes móveis ou outro dispositivo que durante o lançamento possa variar o
centro de gravidade ou as características de lançamento.
O afilamento da ponta da cabeça metálica será tal que o ângulo da ponta não excederá de 40º. O
diâmetro, em um ponto a 150mm da ponta não excederá 80% do diâmetro máximo do corpo. Em um ponto
intermediário entre o centro de gravidade e a ponta da cabeça metálica, o diâmetro não excederá de 90% do
diâmetro máximo do corpo.
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O afilamento do corpo na direção da cauda será tal que o diâmetro, no ponto intermediário entre o
centro de gravidade e a ponta da cauda, não será menos de 90% do diâmetro máximo do corpo. Em um ponto a
150mm da ponta da cauda o diâmetro não será menor de 40% do diâmetro máximo do corpo. O diâmetro do corpo
no final da cauda não será menos de 3,5mm.
Figura 70. Representação do modelo do dardo de acordo com IAAF(2003)
11.2. DARDO INTERNACIONAL
COMPRIMENTOS (Dimensões em mm)
Código Detalhe Homens Mulheres
Max. Min. Max. Min.
L0 -
L1 -
½ L1 -
L2 -
½ L2 -
L3 -
L4 -
Comprimento total
Ponta ao CG
Metade de L1
Cauda ao CG
Metade de L2
Cabeça
Empunhadura
2700
1060
530
1800
900
330
160
2600
900
450
1540
770
250
150
2300
920
460
1500
750
330
150
2220
800
400
1280
640
250
140
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Diâmetros (Dimensões em mm) Código Detalhe Homens Mulheres Max. Min. Max. Min. D0 - Em frente à empunhadura D1 - Parte posterior a
empunhadura D2 - A 150mm da ponta D3 - Parte posterior a cabeça D4 - Imediatamente atrás da
cabeça D5 - Metade da ponta ao CG D6 - Acima da empunhadura D7 - Metade da cauda ao CG D8 - 150mm da cauda D9 - Na cauda
30 -
0.8 D0 - -
0.9-D0
D0 + 8 - -
25 D0-0.25
- -
D3-2.5 - -
0.9 D0 0.4 D0
3.5
25 -
0.8 D0 - -
0.9 D0
D0 + 8 - -
20 D0-0.25
- -
D3-2.5 - -
0.9 D0 0.4 D0
3.5
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AULA 21
DECATLO e HEPTATLO
As provas combinadas são a realização de várias provas do atletismo por um atleta apenas.Estas
provas dividem-se em Decatlo (dez provas) para os homens e Heptatlo (sete provas) para as mulheres.
Embora em anos recentes o Decatlo e o Heptatlo tenham sido reconhecidos como disciplinas
independentes , o número dos seus especialistas é bastante pequeno em comparação o que se passa nas
outras provas.
Isso se deve , principalmente, às dificuldades oferecidas pelo treino múltiplo, que é o mais complexo de
todos os tipos de treino atlético.
Apesar da grande versatilidade exigida pelo moderno treino de atletismo, o especialista de uma só
prova pode com o tempo ir concentrando esforços apenas nessa disciplina e aplicar-se mais atentamente
apenas aos respectivos elementos técnicos.
Os heptatletas e os decatletas porem tem de preparar-se para adquirir grande variedade de aptidões.
No decatlo e no heptatlo as provas são divididas em dois dias:
� decatlo:
1º dia: 100m , salto em distância, arremesso de peso, salto em altura e 400m rasos
2º dia: 110m c/ barreiras, lançamento do disco, salto com vara, lançamento do dardo e
1500m
� heptatlo:
1º dia: 110m c/ barreiras, arremesso de peso , salto em altura e 200m
2º dia: salto em distância, lançamento do dardo e 800m
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AULA 22
CONSIDERAÇÕES
1. INTRODUÇAO
A marcha e a corrrida são movimentos cíclicos em que dois passos consecutivos ou um passo duplo
realizam-se todas as fases do movimento de corrida, e o ciclo seguinte inicia-se sem interrupção.
Neste ciclo as duas pernas desempenham alternadamente funções de apoio e de balanço.
A principal diferença entre a marcha e a corrida é que na marcha, há sempre um pé em contato com o
solo, enquanto que na corrida este contato é interrompido.
1.1 A marcha atlética ou desportiva
Há algumas regras a que todos os especialistas da marcha devem atender escrupulosamente e que
servem para distinguir a marcha da corrida.
A marcha é definida, nos regulamentos competitivos do seguinte modo: os passos devem ser
executados de modo que um dos pés esteja sempre em contato com o solo.
O pé deve assentar primeiro com o calcanhar. A perna de apoio tem de estar estendida em certo
momento do ciclo. Os juizes da prova têm incumbência de verificar se os movimentos são conforme a estas regras e
podem advertir ou eliminar os atletas que as não respeitem.
O atleta tecnicamente evoluído não necessita de prestar atenção consciente às regras da consciente
às regras da marcha; pode e deve concentrar-se inteiramente no ritmo e no resultado a obter.
1.2 Técnica
Para obter resultados satisfatório é necessário dominar completamente a técnica da marcha. Por isso
se tem de dar a devida importância ao treino das aptidões técnicas, visto que deficiências neste aspecto podem
mais tarde impedir que faça progressos um atleta bem preparado noutros aspectos.
Se começar demasiado cedo a trabalhar o ritmo pode-se estar a dar origem a erros mais tarde difíceis
de corrigir e por vezes irreparáveis.
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1.3 Os movimentos das pernas
Um passo longo e econômico é conseguido por meio de acentuada impulsão com a perna traseira. É
preciso dar atenção, desde o inicio, à correta impulsão. O impulso indispensável para um passo longo é obtido com
o desenrolamento do pé da planta aos dedos. Um instante antes de o pé abandonar o solo deve dar-se o contato do
calcanhar do outro pé.
A chamada fase de duplo apoio é uma característica notável da marcha correta. O assentamento do
pé deve ser suave e tem de verificar-se antes da completa extensão da perna,o que evita um efeito de travagem
que prejudicaria o impulso de avanço.
Depois do contato do pé dianteiro com o solo, a perna traseira é suave e descontraidamente puxada à
frente, sem descrever um arco de curva, e não virando, portanto o pé nem o joelho para fora. A fim de conseguir um
passo rasante deve-se evitar uma exagerada elevação do quadril.
O avanço do pé se for demasiado alto, ou demasiado amplo, também pode provocar uma marcha
saltada. Em conjunto o bom marchador caracteriza-se por uma ação de pernas comedida e rasante.
Há um principio a seguir sempre aumenta-se o comprimento dos passos se aumenta o ritmo e não ao
contrario.
1.4 postura do tronco
A parte superior do corpo ou se mantem ereta ou se inclina ligeiramente para a frente. Inclinação
excessiva provoca corrida, enquanto que a inclinação para trás denuncia mau desenvolvimento dos músculos
abdominais e dorsais e envolve o risco de se perder o necessário contato com o solo.
1.5 Ação dos membros superiores
Os braços auxiliam , com os seus movimentos ritmados, a manter o ritmo da passada. Quanto mais
rápida é a marcha, mais os braços fletem, , mas isto claro esta vara de individuo para individuo.
Os movimentos dos braços devem reforçar o impulso de avanço dado ao corpo pela ação da perna
traseira.
Nesses movimentos devem participar os ombros que tem de contrariar o movimento da bacia e
exercem, assim um efeito benéfico sobre o comprimento do passo.
A melhor forma de movimentação dos braços é um balanço naturalmente executado, quase até o meio
do tórax. Deve evitar-se o encolher de ombros, que provoca um deslocamento desfavorável do centro de
gravidade e tende a desligar o atleta do solo.
Aos principiantes de passo curto e irregular, que tendem a saltar deve aconselhar-se que mantenham
os braços mais baixos e menos fletidos visto que poderão com isso contrariar tais deficiências.
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1.6 A ação dos quadris
A boa flexibilidade da articulação do quadril é decisiva para a suavidade e regularidade do ritmo de
marcha. O atleta deve procurar colocar o pé em frente do outro, quase no seu prolongamento. Para isso, necessita
de aprender a marchar com um movimentos de rotação das articulações dos quadris.
A cada passo, quando a perna de trás avança, o quadril tem de executar um movimento de desvio para
o outro lado. Além da torção do corpo que se verifica na corrida, há na marcha também um deslocamento horizontal
dos eixos do quadril e do ombro(fig.70)
Figura 71. Representação dos movimentos do quadril na marcha atlética.(SCHMOLINSKY,1982)
Esta combinação de movimentos é característica da técnica da marcha. Ë um movimento puramente
econômico e num atleta de boa técnica, não parece artificioso nem contraído. Deve-se evitar o exagero no desvio
lateral da bacia; não só é inestético com dificulta o avanço.
Figura 72. Representação da marcha atlética (SCHMOLISKY,1982)
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1.7. Os erros, suas causas e correções na prova da marcha atlética
� ERRO
� CAUSA
☺ CORREÇÃO
� quebra do contato do solo
� o ritmo escolhido não esta de acordo com as aptidões do atleta que ainda ano domina a correta seqüência dos movimentos
☺ reduzir o ritmo e melhorar o estilo
� excessiva inclinação pata trás (costas arqueadas)
� fadiga músculos dorsais e abdominais, mal desenvolvidos
☺ aplicar exercícios especiais para reforçar a musculatura das costas e do abdome
� elevação do corpo. O corpo do atleta descreve uma trajetória ondulante na vertical tem por isso tendência para saltar
� extensão da perna traseira antes de estar concluído o de desenrolamento calcanhar-planta-dedos. O impulso é por isso orientado para cima em vez de o ser para a frente
☺ prestar atenção ao correto desenrolamento calcanhar-planta-dedos. Manter a perna atrás o mais possível, manter os braços baixos. Reforçar as articulações do tornozelos com exercício ginásticos adequados.
� pernas muito afastadas lateralmente ou pés virados para fora
� tendência natural do atleta ou maus movimentos de braços.
☺ exercícios de marcha na linha reta traçada na pista com especial atenção ao paralelismo dos movimentos de braços.
� flexão persistente do joelho da perna de apoio
� o ritmo escolhido esta para além das capacidade do atleta, os músculos das pernas estão mal desenvolvidos e portanto surge a fadiga
☺ prestar especial atenção à completa extensão da perna pela articulação do joelho, reduzindo o ritmo se for necessário, reforço geral dos músculos do trem inferior.
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AULA 23
REGRAS DAS PROVAS COMBINADAS E DA MARCHA ATLÉTICA
1. COMPETIÇÕES DE PROVAS COMBINADAS
HOMENS (Pentatlo e Decatlo)
O pentatlo compreende cinco provas a serem realizadas em um dia e na seguinte ordem: Salto em Distância, Lançamento do Dardo, 200 metros rasos, Lançamento do Disco e 1.500 metros rasos.
O Decatlo compreende dez provas a serem realizadas, em dois dias consecutivos, na seguinte ordem:
Primeiro Dia:100 metros rasos, salto em distância, arremesso do peso, salto em altura e 400
metros rasos.
Segundo Dia:110 metros sobre barreiras, lançamento do disco, salto com vara, lançamento do
dardo e 1.500 metros rasos.
MULHERES (Heptatlo)
O heptatlo compreende sete provas a serem realizadas em dois dias consecutivos, na seguinte ordem:
Primeiro Dia: 100 metros sobre barreiras, salto em altura, arremesso do peso, e 200 metros
rasos.
Segundo Dia: salto em distância, lançamento do dardo e 800 metros rasos.
2. Normas gerais A critério do Árbitro-Geral de Provas Combinadas, haverá, sempre que possível, um intervalo de pelo
menos 30 minutos, entre o tempo de término de uma prova, para o início da próxima, para qualquer atleta. Se
possível, o tempo entre o fim da última prova do primeiro dia e a primeira do segundo dia, deverá ser de, pelo
menos, 10 horas.
A ordem de participação deve ser sorteada antes de cada prova. Nas provas de 100, 200 e 400 metros
rasos e de 100 e 110 metros sobre barreiras, os participantes devem competir em grupo sob decisão do Delegado
Técnico, preferencialmente em grupos de 5 ou mais participantes, porém nunca em grupos com menos de 3. Na
última prova de uma combinada, as séries serão organizadas de modo que um grupo contenha os concorrentes
melhor classificados após a penúltima prova. Com esta exceção, as séries de prova seguinte podem ser compostas
à medida e quando os concorrentes fiquem disponíveis após a prova anterior.
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O Árbitro Geral de Provas Combinadas é autorizado a remanejar qualquer grupo se, a seu critério, isto
for conveniente.
São aplicáveis as Regras da IAAF estabelecidas independentemente para cada prova, com as
seguintes exceções:
(a) No salto em distância e nas provas de arremesso/lançamentos, serão permitidas somente 3
tentativas a cada competidor.
(b) O tempo de cada competidor será tomado por 3 cronometristas independentemente.
Paralelamente, os tempos podem ser registrados por aparelho de cronometragem elétrica totalmente automática.
(c) Nas corridas rasas e com barreiras, um competidor será desclassificado em qualquer evento se
efetuar 3 saídas falsas.
Somente um sistema de cronometragem poderá ser usado durante cada prova. Entretanto, para fins de recordes, tempos obtidos de um sistema elétrico totalmente automático podem ser usados independentemente se tais tempos estiverem disponíveis, também, para os outros competidores na prova.
Qualquer atleta que não tiver dado uma saída ou feito pelo menos uma tentativa em uma das provas
não poderá participar nas provas subseqüentes, considerando-se, assim, abandono da competição. Portanto, ele
não figurará na classificação final.
Qualquer competidor que decida retirar-se da competição de Provas Combinadas deverá informar
imediatamente a sua decisão ao Árbitro-Geral de Provas Combinadas.
A pontuação, de acordo com as Tabelas de Pontuação da IAAF, será anunciada aos atletas, separada e cumulativamente, após o término de cada prova.
O vencedor será o competidor que tiver obtido no total o maior número de pontos. Em caso de empate, o vencedor será o competidor que receber o maior número de pontos no maior
número de provas que os demais competidores empatados. Se, ainda assim, não se decidir o desempate,
será considerado vencedor o atleta que tiver obtido o maior número de pontos em qualquer dessas provas.
Isso deve ser aplicado para os empates em qualquer colocação.
3. MARCHA ATLÉTICA
A marcha atlética é uma progressão de passos, executados de tal modo, que o marchador deverá
manter um contato contínuo com o solo, não podendo ocorrer, pelo menos aos olhos humanos, a perda do contato
com o mesmo. A perna que avança deve estar reta, isto é, não flexionada no joelho, desde o primeiro contato com o
solo, até a posição ereta vertical.
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217
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3.1 Arbitragem
(a) Os árbitros indicados para a prova de marcha deverão eleger um Árbitro-Chefe, se não existir outro
previamente indicado. Nas competições regidas pela Regra 12.1(a), o Árbitro-Chefe não pode atuar como árbitro de
percurso, e sim como um supervisor geral da competição.
(b) Todos os árbitros devem agir conforme sua capacidade individual, e os seus julgamentos devem ser
baseados em observações feitas a olho nu.
(c) As provas de marcha realizadas em ruas, dependendo do tamanho do percurso, deverão ter,
normalmente, um mínimo de seis e um máximo de nove árbitros incluindo o Árbitro-Chefe. As provas de marcha
realizadas em pista, deverão ter, normalmente, seis Árbitros incluindo o Árbitro-Chefe. Em competições realizadas
sob a Regra 12.1(a), todos os Árbitros devem ser membros do Quadro Internacional da IAAF.
3.2 Aviso
Os competidores deverão ser avisados quando, devido ao seu modo de progressão, estejam prestes a
infringir o parágrafo 1 acima. Eles não poderão receber um segundo aviso advindo de um mesmo árbitro por uma
mesma infração. Tendo avisado um competidor, o árbitro deverá informar o Árbitro-Chefe após a competição.
3.3. Advertência e Desqualificação
(a) Cada proposta de desqualificação feita por um árbitro, é considerada uma advertência. Os
competidores receberão advertências quando o seu modo de progressão infrinja o parágrafo 1 em qualquer
momento da prova, seja por perda visível de contato ou por flexão do joelho.
(b) Quando o competidor receber advertências, provenientes de três árbitros diferentes será
desqualificado e informado da sua desqualificação pelo Árbitro-Chefe.
(c) Em competições realizadas sob a Regra 12.1(a), não mais que um árbitro de cada país deve ser
convidado à participar. Em todas as outras competições, diretamente controladas pela IAAF ou sob permissão da
mesma, dois árbitros de um mesmo país, em nenhuma circunstância, terão o poder de desqualificar um atleta.
(d) Se for impraticável informar ao competidor de sua desqualificação durante a prova, isso deve ser
feito imediatamente após o competidor haver cruzado a linha de chegada.
(e) Uma placa branca com o símbolo da infração em cada lado, deverá ser mostrada ao competidor,
quando um aviso é dado. Uma placa vermelha simboliza a desqualificação do competidor. Esta última só poderá ser
usada pelo Árbitro-Chefe.
(f) Em competições realizadas em pista, o competidor que foi desqualificado, deverá sair imediatamente
da pista, e sendo em rua, ele deverá, imediatamente após a desqualificação, retirar o número de identificação de
sua roupa e sair do percurso da marcha.
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(g) Um Quadro de Avisos deverá ser usado para manter os competidores informados sobre o
número de advertências que o Árbitro-Chefe tem em mãos para cada competidor.
3.4. Segurança
(i) O Comitê Organizador de provas de marcha, quando realizadas em rua, deverá primar pela
segurança dos competidores. Em competições sob a Regra 12.1(a), (b) e (c) o Comitê Organizador poderá, quando
for possível, assegurar-se para que a rua usada para a competição seja bloqueada em ambas as direções, isto é,
não abertas ao tráfego motorizado.
(ii) Em competições sob a Regra 12.1(a), (b) e (c), os eventos de marcha, realizados em rua,
deverão ser programados para começarem em uma hora que se tenha a certeza que os marchadores terminem o
percurso ainda com a luz do dia.
3.5. Atendimento Médico
(i) Um exame de pronto atendimento no decorrer da prova, desde que designado por uma
autoridade médica claramente identificada pelo Comitê Organizador, não será considerado como auxílio.
(ii) O competidor terá de retirar-se imediatamente da prova, desde que por ordem da equipe médica
oficial, designada pelo Comitê Organizador. Esta equipe, deverá estar claramente identificada por braçadeiras,
coletes ou roupas que a distingam.
3.6. Postos de bebidas/esponjas e abastecimento.
(a) Águas e outras bebidas refrescantes deverão estar à disposição no início e fim de todas as provas.
(b) Para todas as competições, sejam em pista ou rua, acima e inclusive os 10km, postos de
água/esponjas deverão ser providenciados em intervalos adequados, e em função das condições climáticas.
(c) Para todas as provas de 10km ou mais, deverão ser colocados postos de abastecimento a 5km da
saída, e depois em intervalos regulares de aproximadamente 5km, ou em cada volta. Além disso, deverão ser
providenciados postos de água/esponjas, onde somente água será disponível, na metade da distância entre os
postos de abastecimento, ou com maior freqüência, se assim exigirem as condições climáticas.
As bebidas refrescantes, as quais poderão ser providenciadas tanto pelo Comitê Organizador, quanto
pelos atletas, deverão estar disponíveis nos locais designados pelos competidores. Deverão estar dispostos de tal
maneira que os competidores tenham fácil acesso, ou possam ser entregues em suas mãos, por pessoas
devidamente autorizadas.
O competidor que ingerir bebidas refrescantes em qualquer outro lugar, que não nos postos
designados, estará sujeito a ser desqualificado.
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Em competições internacionais, um máximo de dois representantes oficiais de cada país podem ficar
atrás da mesa de abastecimento. Sob hipótese alguma, pode um dirigente, correr ao lado do atleta, enquanto o
mesmo está ingerindo bebidas refrescantes.
Bebidas refrescantes providenciadas pelos atletas deverão estar sob controle dos oficiais
designados pelo Comitê Organizador, desde o momento em que sejam depositados pelos atletas ou seus
representantes.
3.7 Circuitos em Ruas
Para as competições regidas sob a Regra 12.1 (a), (b) e (c), o circuito para os 20km deverá ter, se
possível, um máximo de 2,5km. O circuito para os 50km deverá ter, se possível 2,5km, com um máximo de 5km, se
for em um percurso tipo “ida-e-volta”.
O circuito para os 10km deverá ter, se possível, um máximo de 1,5km.
Os circuitos em ruas deverão ser medidos em acordo com a Regra 240.3.
Em provas de Marcha de Rua e Pista de 20km ou mais, um competidor pode deixar a pista ou a rua
com a permissão e sob a supervisão de um árbitro, desde que ele não diminua o percurso a ser corrido.
TITULO FOLHA
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220
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1. ADRIAN, M. J., COOPER, J. M. The biomechanics of moviments. Indianapollis : Benchamark, p. 467-491, 1989.
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5. BARROS, G. N. M. As Olimpíadas na Grécia antiga. São Paulo : Pioneira, 1996. 47 p. 6. BARROS , N, DEZEM, R. O Atletismo. 2ª ed. São Paulo : Editora Apoio Ltda, 1990. p. 81-97. 7. BAUMANN, W. Métodos de medição e campo de aplicação da biomecânica: estudo da arte e
perspectiva . Trad. Sônia C. Corrêa e Ricardo Barros. VII Congresso de Biomecânica . Brasília . 1995
8. BIANCHI, W. Estudo cinesiológico do salto em distância com corrida de impulsão. Rio de Janeiro,
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