APOSTILA EQUIPAMENTOS - DIRENG

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DIRENG APOSTILA: APOSTILA: Equ Equipamentos RESPONSABILIDADE TÉCNICA: Diretoria de Engenharia da Aeronáutica - DIRENG (DP-31) Diretoria de Engenharia da Aeronáutica - DIRENG (DP-31) DATA DE ATUALIZAÇÃO: 02 02 de janei janeiro de 2011 de 2011 TELEFONES: (21) 2106-9494 ou 2106-9497 (21) 2106-9494 ou 2106-9497 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1- Conhecer os diferentes tipos de equipamentos de proteção individual, salvamento e combate a incêndio (Cn); 2- Colocar os equipamentos de proteção contraincêndio (Ap); 3- Colocar o equipamento de proteção respiratória (Ap); 4- Conhecer a importância da manutenção e higienização dos equipamentos utilizados nos serviços de bombeiro (Cn). 1

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EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO

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    APOSTILA:APOSTILA: EquEquipamentos

    RESPONSABILIDADE TCNICA: Diretoria de Engenharia da Aeronutica - DIRENG (DP-31)Diretoria de Engenharia da Aeronutica - DIRENG (DP-31)

    DATA DE ATUALIZAO: 0202 de janeijaneiro de 2011 de 2011

    TELEFONES: (21) 2106-9494 ou 2106-9497(21) 2106-9494 ou 2106-9497

    OBJETIVOS ESPECFICOS

    1- Conhecer os diferentes tipos de equipamentos de proteo individual, salvamento e combate a incndio (Cn);

    2- Colocar os equipamentos de proteo contraincndio (Ap);

    3- Colocar o equipamento de proteo respiratria (Ap);

    4- Conhecer a importncia da manuteno e higienizao dos equipamentos utilizados nos servios de bombeiro (Cn).

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    SUMRIO

    1 EQUIPAMENTOS DE PROTEO CONTRA O FOGO......................................... 041.1 GENERALIDADES.................................................................................................... 041.2 ROUPA PARA COMBATE A INCNDIO ............................................................... 051.3 CAPACETE PARA COMBATE A INCNDIO......................................................... 071.4 LUVAS PARA COMBATE A INCNDIO................................................................ 081.5 BOTAS PARA COMBATE A INCNDIO................................................................ 081.6 BALACLAVA (CAPUZ)............................................................................................ 091.7 COLOCAO DOS EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCNDIO................. 091.8 EQUIPAMENTOS DE PROTEO RESPIRATRIA............................................ 161.9 EQUIPAMENTOS DE PROTEO QUMICA........................................................ 181.10 EQUIPAMENTOS DE PROTEO PARA SALVAMENTO EM ALTURA......... 231.11 EQUIPAMENTOS DE PROTEO AUDITIVA...................................................... 242 TREINAMENTO COM EPI........................................................................................ 253 MANUTENO DOS EPI......................................................................................... 254 EQUIPAMENTOS PARA COMBATE A INCNDIO.............................................. 264.1 ESGUICHOS............................................................................................................... 264.2 MANGUEIRAS........................................................................................................... 294.3 MANGOTINHO.......................................................................................................... 334.4 REDUES................................................................................................................. 334.5 ADAPTADORES........................................................................................................ 344.6 CORRETOR DE FIOS................................................................................................ 344.7 SUPLEMENTO DE UNIO....................................................................................... 344.8 COLETOR................................................................................................................... 354.9 DERIVANTE............................................................................................................... 354.10 PROPORCIONADOR ENTRE LINHAS................................................................... 354.11 CHAVE DE MANGUEIRA........................................................................................ 364.12 CHAVE EM T.......................................................................................................... 364.13 BOMBA COSTAL...................................................................................................... 364.14 EQUIPAMENTO PORTTIL DE LGE..................................................................... 374.15 CARRETINHA DE LGE............................................................................................. 374.16 ABAFADORES........................................................................................................... 374.17 PASSAGEM DE NVEL............................................................................................. 384.18 ABRAADEIRAS....................................................................................................... 384.19 EXAUSTORES............................................................................................................ 384.20 SISTEMA PORTTIL DE GUA NEBULIZADA................................................... 395 MANUTENO DOS EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCNDIO............. 406 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NO ARROMBAMENTO E SALVAMENTO.... 416.1 ALAVANCAS............................................................................................................. 416.2 ARCO DE SERRA...................................................................................................... 426.3 CORTA-A-FRIO......................................................................................................... 426.4 MACHADO................................................................................................................. 426.5 MACHADINHA.......................................................................................................... 436.6 MARRETA.................................................................................................................. 436.7 MARRETINHA........................................................................................................... 436.8 PICARETA.................................................................................................................. 436.9 CROQUE..................................................................................................................... 43

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    6.10 AUTO-EXPANSOR PORTO-POWER....................................................................... 446.11 MOTO-SERRA............................................................................................................ 446.12 MOTO-ABRASIVO.................................................................................................... 456.13 CONJUNTO DESENCARCERADOR HIDRULICO............................................. 466.14 DESENCARCERADOR HIDRULICO MANUAL................................................. 486.15 ALMOFADAS PNEUMTICAS............................................................................... 486.16 MARTELETE HIDRULICO.................................................................................... 496.17 SERRA-SABRE.......................................................................................................... 496.18 FERRAMENTAS AUXILIARES............................................................................... 497 EQUIPAMENTOS PARA SALVAMENTO EM DIFERENA DE NVEIS........... 517.1 ESCADAS................................................................................................................... 517.2 CABOS........................................................................................................................ 567.3 MOSQUETO............................................................................................................. 707.4 FREIO OITO............................................................................................................... 717.5 CINTOS OU CADEIRAS DE SALVAMENTO....................................................... 727.6 CABO DA VIDA........................................................................................................ 737.7 POLIAS (ROLDANAS).............................................................................................. 747.8 ASCENSOR DE PUNHO............................................................................................ 747.9 APARELHO DE POO.............................................................................................. 757.10 FITA TUBULAR......................................................................................................... 757.11 CORDIM...................................................................................................................... 757.12 PROTETORES DE CABO.......................................................................................... 767.13 PLACA DE ANCORAGEM....................................................................................... 767.14 MACA SKED.............................................................................................................. 777.15 MACA CESTO............................................................................................................ 778 EQUIPAMENTOS PARA ILUMINAO................................................................ 788.1 LANTERNAS.............................................................................................................. 788.2 HOLOFOTES MANUAIS........................................................................................... 788.3 TORRES DE ILUMINAO..................................................................................... 799 GLOSSRIO............................................................................................................... 8010 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS........................................................................ 83

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    1- EQUIPAMENTOS DE PROTEO CONTRA O FOGO

    1.1- GENERALIDADE [1] [2] [3]

    Segundo o Ministrio do Trabalho e Emprego, considera-se Equipamento de Proteo Individual (EPI) todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado proteo de riscos suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho. [1]

    Segundo o Corpo de Bombeiros do Estado de So Paulo, considera-se EPI como sendo todo equipamento ou dispositivo de uso pessoal destinado a preservar a integridade fsica do bombeiro ao desempenhar suas misses. [2]

    O bombeiro deve atentar para o fato de que cada EPI foi concebido para uma finalidade especfica, no podendo desviar seu emprego e desrespeitar os limites de utilizao.

    importantssimo que o EPI seja utilizado corretamente. Para tanto, deve-se instruir devidamente o usurio, explicando-lhe as finalidades do uso e a maneira correta de us-lo.

    Devemos ter em mente que, o uso correto do equipamento adequado ao risco existente, produz um trabalho seguro e eficaz.

    O uso inadequado ou incorreto traz prejuzos ao bombeiro e ainda o expe a riscos desnecessrios.

    Lembramos que o EPI no torna o bombeiro imune a todos os riscos e nem evita que ele sofra algum acidente. Seu principal objetivo evitar danos integridade fsica do usurio e minimizar as conseqncias dos acidentes. Isso significa que mesmo utilizando devidamente o equipamento, o bombeiro deve evitar se expor aos riscos, pois como j dissemos, o EPI apenas diminui os danos causados pelos acidentes, mas no consegue evitar que os acidentes ocorram.

    Cada bombeiro deve ter conscincia de que o uso do EPI obrigatrio e que ele melhora a sua capacidade tcnico-operacional.

    Primando pela qualidade do EPI e pela segurana do usurio, importante que os responsveis pela aquisio exijam que os EPI possuam o Certificado de Aprovao (CA) expedido pelo Ministrio do Trabalho e o Certificado de Registro de Fabricante (CRF), ou ainda as certificaes internacionais para equipamentos especficos.

    Em nosso estudo abordaremos os EPI utilizados pelos bombeiros nos diversos servios operacionais.

    O EPI no evita acidentes, apenas minimiza suas conseqncias.

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    1.2- ROUPA PARA COMBATE A INCNDIO (ROUPA DE APROXIMAO) [4]

    As roupas de aproximao so projetadas para proporcionar proteo limitada contra o calor e chamas. Elas devem, tambm, oferecer razovel proteo qumica contra substncias que podem existir no local da ocorrncia, sem, contudo, reduzir a capacidade de mobilidade do bombeiro, devendo ainda, serem confortveis, leves e de fcil colocao.

    As roupas devem possuir partes refletivas de alta reflexibilidade, de forma a permitir uma melhor visualizao do bombeiro em ambientes escuros ou que apresentem dificuldades para uma boa visibilidade.

    O bluso oferece proteo para o tronco e membros superiores, e a cala para o quadril e membros inferiores.

    As roupas de aproximao, quando utilizadas em operaes de salvamento no relacionadas a incndios, operaes de atendimento pr-hospitalar, e desencarceramento de vtimas, devem ainda, oferecer proteo contra:

    Penetrao de alguns fluidos de automveis e alguns outros produtos qumicos; Penetrao de sangue e outros fluidos corporais; Chuva e jatos dgua de mangueiras; e Clima frio;

    O combate a incndio uma atividade ultra-arriscada e inevitavelmente perigosa. Para reduzir os riscos de morte, queimaduras, ferimentos, doenas e enfermidades, voc deve ler cuidadosamente e seguir estritamente todas as recomendaes tcnicas de combate a incndio, bem como as instrues de uso da roupa de proteo e demais equipamentos.

    Muitas roupas de combate a incndio so constitudas de trs camadas: uma estrutura externa, uma barreira de umidade e um forro trmico. Tipicamente, a barreira de umidade e o forro trmico so costurados juntos para constituir o sistema do forro interno. Em alguns modelos, este forro interno pode ser removido para limpeza, inspeo e descontaminao.

    ATENONo utilize a sua roupa de proteo para combate a incndio at que voc tenha sido rigorosamente treinado pela sua Empresa ou pela Escola de Bombeiros na utilizao correta da roupa de proteo e nas tcnicas de combate a incndio.

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    1.2.1- VERIFICAO DE SOBREPOSIO [4]

    O teste de sobreposio de toda vestimenta de proteo lhe dar a garantia de que voc est utilizando equipamentos de tamanho correto e com isso, estar bem protegido.

    Para realizar o teste, necessrio colocar todos os equipamentos e verificar se existe sobreposio adequada entre o bluso e as calas, as calas e as botas, o bluso e as luvas, e a balaclava e o bluso. Voc precisar da ajuda de um colega bombeiro para verificar essas reas importantes.

    Para verificar a sobreposio, os seguintes testes devem ser executados enquanto vestindo seu conjunto de proteo e sem estar usando o equipamento autnomo de respirao:

    1- Na posio em p, levante os braos acima da cabea o mais alto possvel com as mos juntas. No deve haver menos do que 5 cm de sobreposio da borda inferior do forro interno do bluso com o topo das calas.

    2- Na posio em p, com os braos levantados acima da cabea to longe quanto possvel e com suas mo juntas, curve-se para frente a um ngulo de 90, para a esquerda ou para a direita, e para trs. No deve haver menos do que 5 cm de sobreposio da borda inferior do forro interno do bluso com o topo da cala.

    3- Certifique-se de que a borda inferior de suas calas se sobrepe ao topo de suas botas por cerca de 10 a 15 cm.

    4- Certifique-se de que os punhos do bluso se sobrepem ao cano de suas luvas por vrios centmetros, no deixando nenhuma falha onde os seus punhos possam ser expostos.

    ATENOA roupa de proteo nunca deve ser usada sem o forro interno em seu devido lugar.

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    5- Certifique-se de que a gola do bluso se sobrepe a balaclava por vrios centmetros, no deixando nenhuma falha onde o pescoo possa ser exposto.

    1.3- CAPACETE PARA COMBATE A INCNDIO [4]

    O Capacete deve oferecer proteo adequada para a cabea, face e olhos quanto a exposies ao calor e a impactos, sem, contudo, reduzir a capacidade de audio e visibilidade por parte do bombeiro.

    O capacete de combate a incndio deve oferecer a possibilidade de itens opcionais e acessrios que o qualifique e classifique como um equipamento superior a um simples capacete, visto que ele deve assegurar e garantir as seguintes condies:

    a) Proteo total e multidirecional da cabea contra impactos, produtos qumicos corrosivos, radiao de calor e descargas eltricas;

    b) Proteo dos rgos respiratrios por intermdio de mscara de proteo respiratria, que poder ser colocada rapidamente, sem necessitar retirar o capacete;

    c) Comunicao via rdio, mediante acessrio que possibilite o encaixe no capacete de microfone, sem qualquer modificao;

    d) Realizao de trabalhos em ambientes noturnos e de visibilidade prejudicada por meio de potente luz, recarregvel; e

    e) Ser facilmente desmontvel de forma a garantir uma eficiente manuteno por parte de seu usurio.

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    1.4- LUVAS PARA COMBATE A INCNDIO [4]

    Devem oferecer proteo adequada para as mos quanto a exposies ao calor, objetos cortantes ou perfurantes e razovel proteo qumica contra substncias que podem existir nos locais das ocorrncias, sem, contudo, reduzir a capacidade de maneabilidade do bombeiro, devendo, ainda, serem confortveis, leves e de fcil colocao.

    As luvas para combate a incndio devem possuir resistncia abraso, estanqueidade de fora para dentro, de forma a proporcionar maior proteo para as mos, e permitir respirao cutnea de dentro para fora.

    1.5- BOTAS PARA COMBATE A INCNDIO [4]

    Devem oferecer proteo adequada para os ps e pernas quanto a exposies ao calor, objetos cortantes ou perfurantes, impactos nos ps, alm de razovel proteo contra substncias qumicas que podem existir nos locais de ocorrncia, sem, contudo, reduzir a capacidade de maneabilidade do bombeiro, devendo, ainda, serem confortveis, leves e de fcil colocao.

    Elas devem possuir ainda, resistncia abraso, estanqueidade de fora para dentro, de forma a proporcionar maior proteo para os ps e pernas, bem como possurem partes refletivas de alta reflexibilidade, de forma a permitir uma melhor visualizao do bombeiro em ambientes escuros ou que apresentem dificuldades para uma boa visibilidade.

    Uma boa bota deve ser reforada por dentro com uma palmilha grossa e almofadada, para maior conforto do bombeiro. Deve possuir protetor de ao nas pontas dos ps para proteo contra queda de objetos e impactos, possuir uma camada de ao flexvel na intersola para proteo contra objetos cortantes e perfurantes, possuir uma proteo de ao superior na canela e possuir uma estrutura reforada nas laterais e na parte superior do p para proteo contra cortes. Deve possuir resistncia qumica e alas resistentes que permitam coloc-las com firmeza e rapidez.

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    1.6- BALACLAVA (CAPUZ) [4]

    Deve oferecer proteo adequada contra o calor para a cabea e pescoo, devendo ser confeccionada em tecido malevel e macio, propiciando conforto ao usurio, e ser de fcil colocao.

    Importante salientar que, em locais com risco de exploso ambiental, somente o uso conjunto do capacete de combate a incndio com o capuz balaclava que proporcionar a devida proteo ao bombeiro, sob pena de o mesmo sofrer graves queimaduras na regio da cabea e do pescoo, caso no ocorra o uso conjunto desses EPI.

    A abertura da parte frontal, na regio dos olhos, do capuz balaclava para combate a incndio pode ser individual ou total. A abertura total da regio da face propicia uma maior facilidade para o uso conjunto com mscara panormica facial do aparelho autnomo de respirao.

    1.7- COLOCAO DO EQUIPAMENTO DE PROTEO CONTRA O FOGO

    O servio de bombeiros atua tanto na rea preventiva como na rea operacional (atendimento emergencial). Nesta segunda, por lidar com emergncias, uma das necessidades que se tem o pronto atendimento s solicitaes, de forma profissional, tcnica e no menor tempo resposta possvel. Desta forma, necessrio que o bombeiro esteja sempre em condies de atuar o mais prontamente possvel. Para tanto, vrias medidas tem de ser implementadas, entre elas a colocao rpida e correta de seus EPI.

    Sendo assim, mostraremos a seguir uma seqncia de aes onde o bombeiro realiza uma preparao inicial da cala e botas de combate a incndio, de forma a deix-las prontas para uso imediato e, posteriormente, uma seqncia de aes onde o bombeiro realiza a colocao rpida de seu equipamento de proteo individual e de proteo respiratria, caso venha a ser acionado para uma emergncia.

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    1.7.1- PREPARAO DA CALA E BOTAS [4]

    1- Tirar os calados e vestir a cala;

    2- Colocar os suspensrios; 3- Fechar a cala;

    4- Realizar os ajustes finais; 5- Coloque as botas; 6- Arrumar a cala de modo que ela fique por cima do cano das botas;

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    7- Tirar o suspensrio, abrir a cala e retir-la do corpo;

    8- Abaixar a cala de modo que as pernas dela fiquem envolvendo o cano das botas;

    9- Retirar os ps das botas, um de cada vez;

    10- A cala e as botas esto prontas para a colocao rpida.

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    1.7.2- COLOCAO DOS EPI [4]

    1- Retirar os calados e colocar os ps dentro das botas, um de cada vez;

    2- Puxe a cala para cima; 3- Coloque o Suspensrio e feche a cala;

    4- Pegue a balaclava e enrole-a;

    5- Coloque a balaclava, desenrolando-a e ajustando-a;

    6- Vista o bluso de modo que a gola fique por cima da balaclava;

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    7- Feche o bluso e faa os ajustes finais, certificando que a gola est por cima da balaclava;

    8- Apie o cilindro no joelho e segure lateralmente na placa suporte, de modo que a vlvula fique para frente;

    9- Passe a placa suporte por cima da cabea em direo s costas, de modo que as alas fiquem posicionadas sobre os ombros;

    10- Ajuste as alas do equipamento autnomo de respirao;

    11-Prenda o cinto; 12- Coloque a ala da mscara no pescoo e abaixe a balaclava at o pescoo;

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    13- Coloque a mscara e ajuste os tirantes inferiores e os superiores e em seguida faa o teste de vedao;

    14- Recoloque a balaclava de maneira a cobrir a mscara e a proteger o pescoo;

    15- Feche a gola do bluso;

    16- Coloque o capacete e faa os ajustes necessrios;

    17- Puxe com os dedos o punho interno do bluso e coloque a luva;

    18- Ajeite a luva de modo que o punho da luva fique por cima do punho interno do bluso e por baixo do punho externo do bluso.

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    1.7.3- INSPEO FINAL ANTES DE ENTRAR NA REA DE RISCO [4]

    Para assegurar a colocao adequada de todos os equipamentos de proteo, antes de entrar numa rea de risco, voc deve fazer com que um companheiro inspecione as reas de interface para verificar se as sobreposies esto adequadas. Verifique se a bainha traseira do bluso no est perigosamente presa nos arreios da mscara autnoma, se o capuz e as luvas esto colocados corretamente, e se todos os fechamentos esto adequadamente presos.

    1.8- ROUPA PARA COMBATE A INCNDIO (ROUPA DE PENETRAO)

    So roupas que permiteM ao bombeiro penetrar no fogo. Elas so encapsuladas e o bombeiro entra na roupa com seu fardamento e com o equipamento de respirao autnoma.

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    1.8- EQUIPAMENTOS DE PROTEO RESPIRATRIA (EPR) [4] [5]

    Equipamentos de Proteo Respiratria so destinados a proteger o usurio dos contaminantes existentes no ar ambiente.

    1.8.1- EQUIPAMENTOS AUTNOMOS DE RESPIRAO [4]

    O equipamento autnomo de respirao (ou de ar respirvel), como conhecido, consiste de um ou dois cilindros, contendo ar comprimido, montado num suporte, fixado por meio de uma cinta de rpida abertura. O suporte fixado s costas do bombeiro, por intermdio de duas alas, uma em cada ombro, e um cinto ajustvel na altura do abdmen.

    Os cilindros podem ser de ao, fibra de carbono ou alumnio revestido em kevlar.Os equipamentos autnomos so constitudos de cinco peas principais:

    1- Mscara facial;2- Vlvula de demanda;3- Regulador de presso;4- Suporte com cinto e arreios; e5- Cilindro de ar respirvel.

    O equipamento autnomo de respirao um equipamento que se caracteriza pela total mobilidade que fornece ao bombeiro, combinada com uma razovel autonomia de tempo

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    para a execuo de atividades de combate a incndios, salvamento e atendimento a emergncias qumicas.

    Para o tipo de trabalho desempenhado pelo Corpo de Bombeiros, recomenda-se apenas o uso de equipamento com suprimento de ar de presso positiva, que mantm a atmosfera contaminada fora da mscara, ficando descartado o uso de equipamentos que utilizam o sistema de purificao de ar (mscara filtrante), por no oferecerem o grau de segurana suficiente para tais trabalhos.

    Alguns modelos de equipamentos autnomos de respirao oferecem a opo da instalao de uma ou duas mscaras para uso de vtimas (mscara do carona).

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    1.9- EQUIPAMENTOS DE PROTEO QUMICA [5]

    Os EPI de proteo qumica no reduzem o risco ou perigo, apenas adequam o bombeiro ao meio e ao grau de exposio ao risco.

    A finalidade desses equipamentos preservar a sade dos bombeiros em ambientes hostis, proporcionando proteo cutnea e respiratria. As roupas devem ser utilizadas em conjunto com a proteo respiratria.

    fundamental selecionar uma roupa confeccionada em material que apresente a maior resistncia possvel ao ataque de produtos qumicos. O estilo da roupa tambm importante e varia de acordo com a possibilidade de contaminao (se existe possibilidade de contato com contaminante gasoso presente no ar ou a possibilidade de contato direto com contaminante lquido atravs de respingos). Outros critrios para seleo devem ser considerados, incluindo a probabilidade da exposio, facilidade de descontaminao, mobilidade com a roupa e durabilidade da roupa.

    Uma variedade de materiais de confeco est disponvel para a fabricao das roupas de proteo qumica. Cada um desses materiais fornece um grau de proteo pele contra uma gama de produtos, mas nenhum material fornece a mxima proteo contra todos os produtos qumicos.

    A roupa de proteo selecionada deve ser confeccionada em material que fornea a maior resistncia contra o produto conhecido ou que possa estar presente no local da emergncia. A seleo adequada da roupa de proteo pode minimizar o risco de exposio a produtos qumicos, mas no protege contra riscos fsicos tais como fogo, radiao e eletricidade.

    O uso de outros equipamentos de proteo tambm importante para fornecer completa proteo aos bombeiros. A proteo cabea fornecida por capacetes rgidos; proteo para os olhos e face por mscaras resistentes a impactos; a proteo aos ps e mos fornecida pelas botas e luvas resistentes a produtos qumicos.

    1.9.1- ROUPAS DE PROTEO QUMICA [5]

    As roupas so classificadas quanto ao estilo, uso, material de confeco e nveis de proteo.

    1.9.1.1- Quanto Ao Estilo [5]

    a) Roupa Encapsulada

    Totalmente encapsulada, esta roupa confeccionada em pea nica que envolve (encapsula) totalmente o usurio. Botas, luvas e o visor esto integrados roupa, mas podem ser removveis. Se assim forem, essas partes so conectadas roupa por dispositivos que a tornam prova de gases e vapores. O zper deve fornecer perfeita vedao contra gases e vapores.

    Obrigatoriamente a roupa deve ser submetida a testes de presso para assegurar sua integridade e mxima proteo contra gases.

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    A proteo respiratria e o ar respirvel so fornecidos por um conjunto autnomo de respirao com presso positiva utilizado internamente roupa, ou por uma linha de ar mandado que mantm presso positiva dentro da roupa.

    A roupa de encapsulamento utilizada, principalmente, para proteger o usurio contra gases, vapores e partculas txicas no ar. Alm disso, protege contra respingos de lquidos. A proteo que a roupa fornece contra uma substncia qumica depende do material utilizado para a sua confeco.

    Uma vez que a roupa no possui ventilao, h sempre o perigo de acmulo de calor, podendo resultar numa situao de risco para o usurio.

    Devido complexidade de colocao, o usurio precisa de auxlio para vestir a roupa.

    H uma grande variedade de acessrios que podem ser utilizados em conjunto com esta roupa, visando dar conforto e praticidade operacional, como, por exemplo, colete para refrigerao, sistema de rdio e botas com tamanho dois nmeros acima do usual.

    b) Roupa no encapsulada [5]

    A roupa de proteo qumica no encapsulada, normalmente chamada de roupa contra respingos qumicos, no apresenta a proteo facial como parte integrante. Um conjunto autnomo de respirao ou linha de ar pode ser utilizado externamente roupa.

    A roupa contra respingos pode ser de dois tipos:

    Uma pea nica, do tipo macaco, ou

    Conjunto de cala e jaqueta.

    Qualquer um dos tipos acima pode incluir um capuz e outros acessrios.

    A roupa no encapsulada no foi projetada para fornecer a mxima proteo contra gases, vapores e partculas, mas apenas para proteo contra respingos. Na verdade, a roupa contra respingos pode ser completamente vedada com a utilizao de fitas de vedao nos pulsos, tornozelos e pescoo no permitindo a exposio de qualquer parte do corpo; no entanto, tal roupa no considerada prova de gs.

    1.9.1.2- Quanto Ao Uso [5]

    As roupas de proteo qumica podem ser de uso permanente ou descartvel. Geralmente as roupas descartveis apresentam um custo mais baixo, podendo ser usadas uma nica vez e serem descartadas aps o uso. No caso das roupas de uso permanente, pode-se utiliz-las quantas vezes seu estado de conservao permitir.

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    1.9.1.3- Quanto ao Nvel de Proteo [5]

    Os equipamentos destinados a proteger o corpo humano do contato com produtos qumicos foram divididos pelos americanos (NFPA 471), em quatro nveis de acordo com o grau de proteo necessrio, conforme classificao abaixo:

    a) Nvel A de ProteoDeve ser utilizado quando for necessrio o maior ndice de proteo respiratria, pele e aos olhos. composto de: aparelho autnomo de respirao com presso positiva ou linha de ar mandado, roupa de encapsulamento completo, luvas internas e externas, botas resistentes a produtos qumicos, capacete interno roupa e rdio comunicador.

    b) Nvel B de ProteoDeve ser utilizado quando for necessrio o maior ndice de proteo respiratria, porm a proteo para a pele encontra-se num grau inferior ao Nvel A. composto de: aparelho autnomo de respirao com presso positiva, roupa de proteo contra respingos qumicos confeccionada em 1 ou 2 peas, luvas internas e externas, botas resistentes a produtos qumicos, capacete e rdio comunicador.

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    c) Nvel C de ProteoDeve ser utilizado quando se deseja um grau de proteo respiratria inferior ao Nvel B, porm com proteo para a pele nas mesmas condies. composto de: aparelho autnomo de respirao sem presso positiva ou mscara facial com filtro qumico; roupa de proteo contra respingos qumicos confeccionada em 1 ou 2 peas; luvas internas e externas, botas resistentes a produtos qumicos, capacete e rdio comunicador.

    d) Nvel D de Proteo

    Deve ser utilizado somente como uniforme ou roupa de trabalho e em locais no sujeitos a riscos ao sistema respiratrio ou a pele. Este nvel no prev qualquer proteo contra riscos qumicos. composto de: macaces, uniformes ou roupas de trabalho (EPI de bombeiro); botas ou sapatos de couro ou borracha resistentes a produtos qumicos; culos ou viseiras de segurana e capacete.

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    1.9.2- LUVAS DE PROTEO QUMICA [5]

    Os materiais mais utilizados na confeco de luvas de proteo qumica so:

    - lcool polivinlico (PVA);- Borracha natural;- Borracha nitrlica (acrilonitrila e butadieno);- Borracha butlica (isobutileno e isopreno);- Cloreto de polivinila (PVC);- Neoprene;- Polietileno (PE);- Poliuretano (PV);- Viton.

    1.9.3- BOTAS DE PROTEO QUMICA [5]

    Os materiais mais utilizados na confeco de botas de proteo qumica so:

    - Neoprene;

    - Borracha Butlica;

    - PVC;

    - PVC com Borracha Nitrlica; e

    - Diversas formulaes de borracha.

    OBSERVAO

    Cada tipo de material possui uso indicado para um determinado produto perigoso ou grupo de produtos perigosos. necessrio consultar o manual do fabricante para saber para quais produtos o equipamento indicado.

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    1.10- EQUIPAMENTOS DE PROTEO PARA SALVAMENTO EM ALTURA [6]

    1.10.1- CAPACETE [6]

    Equipamento de proteo individual que deve ser leve, proporcionar bom campo visual e auditivo, possuir aberturas de ventilao e escape de gua (importante para trabalhos em locais com gua corrente), suportes para encaixe de lanternas de cabea e, principalmente, boa resistncia e amortecimento contra impactos, alm de uma firme fixao cabea, atravs de ajuste circunferncia do crnio e da jugular.

    Assim como os demais equipamentos de segurana, o capacete deve ser inspecionado constantemente, observando-se trincas e deformidades, os sistemas de ajuste cabea, assim como as condies de fivelas e velcros.

    O capacete constitui um equipamento de uso obrigatrio e na falta de um modelo especfico para trabalho em altura, pode ser substitudo por um outro tipo, desde que possua nveis de proteo iguais ou superiores contra impacto.

    1.10.2- LUVAS [6]

    Confeccionadas em vaqueta e com reforo nas palmas, as luvas para salvamento em altura devem proteger as mos da abraso e do aquecimento das peas metlicas, devendo oferecer boa mobilidade e ajuste s mos.

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    1.11- EQUIPAMENTOS DE PROTEO AUDITIVA [9] [10]

    So equipamentos destinados a preservar a audio.

    1.11.1- PROTETORES TIPO CONCHA[10]

    Constitudo de um arco provido de dois abafadores em forma de concha que envolve as orelhas. Existem muitos modelos diferentes.

    1.11.2- PROTETORES TIPO PLUG DE BORRACHA[10]

    Trata-se de um plug constitudo de borracha que introduzido no canal auditivo. Para introduzi-lo de maneira correta, necessrio puxar a orelha para cima. Existem muitos modelos diferentes. necessrio que o usurio escolha um que melhor se adapte ao seu canal auditivo.

    1.11.3- PROTETORES TIPO PLUG MOLDVEL[10]

    Trata-se de um plug constitudo de material espumoso que ao ser introduzido no canal auditivo, se molda ao formato dele. necessrio afin-lo para depois introduzi-lo. Ento ele se expande tomando a forma do canal auditivo.

    OBS: CUIDADOS[10]

    No manuseie os protetores auditivos com as mos sujas.

    Aps o uso, guarde-os na embalagem para conserv-los em bom estado de uso;

    Quando eles estiverem sujos, lave-os;

    Troquem os protetores quando estiverem danificados.

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    2- TREINAMENTO COM EPI [1]

    Somente um treinamento bem executado ir preparar os bombeiros para o uso correto dos equipamentos de proteo individual, gerando a confiana necessria execuo dos servios de maneira segura.

    Os EPI devem ser utilizados por bombeiros devidamente treinados e familiarizados com eles, uma vez que a escolha ou a utilizao errada pode acarretar conseqncias indesejveis.

    3- MANUTENO DOS EPI [1]

    Todos os equipamentos so fornecidos pelos fabricantes com seus respectivos manuais de instrues. Nele, alm das especificaes tcnicas e instrues de uso, esto as instrues de higienizao do equipamento, manuteno a nvel usurio e a nvel empresa tcnica (prprio fabricante ou representante).

    Para que se possa ter um equipamento com garantia de um bom funcionamento e eficincia, necessrio seguir todas as recomendaes constantes no manual do equipamento.

    Todos os equipamentos de proteo devem ser higienizados e rotineiramente inspecionados, de forma minuciosa, para deteco de desgastes e possveis avarias. Um equipamento de proteo mal selecionado e/ou avariado, pode aumentar o risco de acidentes e no evit-los.

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    4- EQUIPAMENTOS PARA COMBATE A INCNDIO

    Consideraremos como equipamentos de combate a incndio todos aqueles utilizados no estabelecimento de um sistema hidrulico para combate a incndio, alm de outros equipamentos que possam auxiliar na realizao da atividade fim.

    4.1- ESGUICHOS [11]

    Equipamento acoplado na extremidade das mangueiras, destinado a dar forma, direo e controle ao jato de gua.

    4.1.1- ESGUICHO AGULHETA [1]

    Tambm chamado de esguicho de Tronco Cnico ou Cnico, constitudo por um corpo em forma de cone, em cuja introduo incorporada uma junta de unio de engate rpido e na extremidade oposta, menor, podem ser adaptadas bocais mveis de diversos dimetros, chamadas requintes. Este esguicho somente produz jato contnuo (compacto). Podem ser de 1 ou de 2

    4.1.2- ESGUICHO REGULVEL [1]

    Esguicho provido de dispositivo de regulagem, capaz de produzir jato contnuo (compacto) ou jato chuveiro. Os modelos mais modernos possuem vlvula de abre/fecha e dispositivo de regulagem de vazo. Podem ser de 1 ou de 2

    Requinte

    Junta de Unio

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    4.1.3- ESGUICHO FORMADOR DE ESPUMA [1]

    Possui um dispositivo denominado venturi, que arrasta o ar para o seu interior, adicionando-o mistura de gua e LGE que, ao passar ao longo do esguicho, sofre um batimento formando espuma.

    Para fazer a mistura de gua com LGE, necessrio um equipamento proporcionador compatvel com o esguicho, ou seja, a vazo do proporcionador deve ser igual a do esguicho. Podem ser de 1 ou de 2 .

    4.1.4- ESGUICHO PROPORCIONADOR DE ESPUMA [1]

    Rene o proporcionador e o esguicho formador de espuma em seu corpo. Possui dois dispositivos venturi, um para suco do LGE e outro para aspirao do ar. Aps a introduo do ar, a mistura passa ao longo do esguicho, onde sofre o batimento e forma a espuma. Podem ser de 1 ou de 2 .

    4.1.5- ESGUICHO UNIVERSAL [1]

    O esguicho recebe este nome pelo fato de permitir a produo de jato contnuo (compacto), jato chuveiro e jato neblina atravs do Prolongador, cuja finalidade aplicar neblina em locais de difcil acesso como stos, pores, prateleiras, etc. Podem ser de 1 ou de 2

    Entrada de Ar

    Mangueira de Aspirao de LGE

    Aplicador de Neblina

    Entrada de Ar Entrada de Ar

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    4.1.6- CANHO [1]

    Tipo de esguicho empregado quando se necessita de grande alcance e grande volume de agente extintor. Pode ser porttil, sendo alimentado por linhas de mangueiras, ou montado sobre uma base fixa ou sobre uma viatura, sendo alimentado por tubulao. Todos so providos de junta mvel para o operador poder direcionar o jato do agente extintor.

    Pode ser constitudo de um corpo em forma de cone onde so adaptados requintes em sua extremidade, formando apenas jato contnuo (compacto), ou ser provido de dispositivo de regulagem, permitindo a formao de jato contnuo ou chuveiro. Tambm podem ser providos de dispositivo proporcionador de espuma.

    4.1.8- ESGUICHO PERFURANTE

    Esguicho destinado a perfurar fuselagens.

    Canho Porttil de Vazo Regulvel Alimentado por 2 linhas de mangueiras

    Canho Fixo provido de requintes que formam jato compacto

    Canho Fixo de Vazo Regulvel provido de entrada para LGE

    Proporcionador

    Canho Porttil de provido de requintes que formam jato compacto, alimentado por 2

    linhas de mangueiras

    Requintes

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    4.2- MANGUEIRAS [1]

    So dutos flexveis dotados de juntas de unio empatadas em suas extremidades, destinado a conduzir gua ou soluo (gua e LGE) sob presso, desde o ponto de abastecimento, at o local em que deva ser utilizada nas operaes de combate a incndio.

    O revestimento interno do duto um tubo de borracha que impermeabiliza a mangueira, evitando que a gua saia do seu interior. Este tubo de borracha vulcanizado em uma capa flexvel. Esta capa flexvel confeccionada de camadas de lonas de fibras naturais ou sintticas que permite mangueira suportar alta presso de trabalho, trao e as difceis condies do servio de bombeiro.

    4.2.1- CLASSIFICAO DAS MANGUEIRAS [1]

    4.2.1.1- Quanto s Fibras de que so Feitas as Lonas [1]

    As mangueiras podem ser de fibras naturais ou fibras sintticas. As fibras naturais so oriundas de vegetais. As sintticas so fabricadas na indstria, a partir de substncias qumicas.

    As fibras sintticas apresentam diversas vantagens sobre as naturais, tais como: peso reduzido, maior resistncia presso, ausncia de fungos, manuteno mais fcil, baixa absoro de gua, etc. Pelos motivos acima, so normalmente utilizadas pelo Corpo de Bombeiros.

    4.2.1.2- Quanto Quantidade de Lonas [1]

    Quanto Quantidade de lonas, as mangueiras podem ser de lona simples, de lona dupla e de lona revestida por material sinttico.

    a) De Lona Simples - so constitudas de um tubo de borracha, envolvido por uma camada txtil que forma a lona.

    b) De Lona Dupla So constitudas de um tubo de borracha envolvido por duas camadas txteis sobrepostas.

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    c) De Lona Revestida Por Material Sinttico - So constitudas de um tubo de borracha, envolvido por uma ou duas camadas txteis revestidas externamente por material sinttico. Esse tipo de material permite mangueira ter maior resistncia aos efeitos destrutivos de cidos, graxas, abrasivos e outros agentes agressores.

    4.2.1.3- Quanto ao Tipo de Aplicao [13]

    Conforme a NBR 11861, o tipo da mangueira deve estar marcado nas duas extremidades do duto flexvel, bem como a identificao do fabricante, marca de conformidade com a ABNT, o nmero da norma e ms e ano de fabricao. Assim, possvel verificarmos se o tipo de mangueira de incndio adequado ao local e as condies de aplicao.

    Mangueira Tipo 1 - Destina-se a edifcios de ocupao residencial. Presso de trabalho mxima de 980 kPa (10 kgf/cm2).

    Mangueira Tipo 2 - Destina-se a edifcios comerciais e industriais ou Corpo de Bombeiros. Presso de trabalho mxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2).

    Mangueira Tipo 3 - Destina-se a rea naval e industrial ou Corpo de Bombeiros, onde indispensvel maior resistncia abraso. Presso de trabalho mxima de 1.470 kPa (15 kgf/cm2).

    Mangueira Tipo 4 - Destina-se a rea industrial, onde desejvel maior resistncia abraso. Presso de trabalho mxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm22).

    Mangueira Tipo 5 - Destina-se a rea industrial, onde desejvel uma alta resistncia abraso. Presso de trabalho mxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2).

    4.2.1.4- Quanto ao Dimetro [1]

    So fabricadas com os dimetros de 38, 63, 75 e 100 mm, sendo as mais comuns as de 38 mm (1 ) e 63 mm (2 ).

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    4.2.1.5- Quanto ao Comprimento [1]

    So fabricadas com os comprimentos de 15, 30 e 45 m.

    4.2.2- MTODOS DE ACONDICIONAMENTO DAS MANGUEIRAS [1]

    Dos mtodos de acondicionamento de mangueiras existentes, destacamos 2 para serem utilizados para as mangueiras colocadas nos hidrantes:

    a) Aduchada [1]

    de fcil manuseio, tanto no combate a incndio, como no transporte. O desgaste do duto pequeno por ter apenas uma dobra.

    b) Ziguezague [1]

    Tambm chamado de Sanfonado. um acondicionamento prprio para uso de linhas prontas, pr-conectadas em compartimentos especficos. O desgaste do duto maior devido ao nmero de dobras.

    c) Espiral [1]

    Existe ainda o acondicionamento em forma de espiral, prpria para o armazenamento, devido ao fato de apresentar uma dobra suave, que provoca pouco desgaste no duto. Uso desaconselhvel em operaes de incndio, tendo em vista a demora ao estend-la e a inconvenincia de lan-la, o que pode causar avarias na junta de unio.

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    4.2.3- CONSERVAO E MANUTENO DAS MANGUEIRAS [1]

    4.2.3.1- Antes do Uso Operacional

    As mangueiras novas devem ser retiradas da embalagem de fbrica, armazenadas em local arejado, livre de umidade e mofo, e protegidas da exposio direta de raios solares. Devem ser guardadas em prateleiras apropriadas e acondicionadas em espiral.

    Os lances acondicionados por muito tempo (mais que 3 meses), sem manuseio, em veculos, abrigos de hidrantes ou prateleiras, devem ser substitudos ou novamente acondicionados, de modo a evitar a formao de vincos nos pontos de dobra (que diminuem sensivelmente a resistncia das mangueiras).

    Deve-se testar o encaixe das juntas de unio antes da distribuio das mangueiras para o uso operacional, atravs de acoplamento com outras juntas.

    Lembrar que as mangueiras foram submetidas a todos os testes necessrios para seu uso seguro, quando do recebimento, aps a compra.

    4.2.3.2- Durante o Uso Operacional

    As mangueiras de incndio no devem ser arrastadas sobre superfcies speras: entulho, quinas de paredes, bordas de janela, telhado ou muros, principalmente quando cheias de gua, pois o atrito ocasiona maior desgaste e cortes da lona na mangueira.

    No devem ser colocadas em contato com superfcies excessivamente aquecidas, pois, com o calor, as fibras derretem e a mangueira poder romper-se.

    No devem entrar em contato com substncias que possam atacar o duto da mangueira, tais como: derivados de petrleo, cidos, etc.

    As juntas de unio no devem sofrer qualquer impacto, pois isto pode impedir seu perfeito acoplamento.

    Devem ser usadas as passagens de nvel para impedir que veculos passem sobre a mangueira, ocasionando interrupo do fluxo dgua, e golpes de arete, que podem danificar as mangueiras e outros equipamentos hidrulicos, alm de dobrar, prejudicialmente, o duto interno.

    As mangueiras sob presso devem ser dispostas de modo a formarem seios e nunca ngulos (que diminuem o fluxo normal de gua e podem danificar as mangueiras).

    Evitar mudanas bruscas de presso interna (golpes de arete), provocadas pelo fechamento rpido de expedies ou esguichos. Mudanas bruscas de presso interna podem danificar mangueiras e outros equipamentos.

    4.2.3.3- Aps o Uso Operacional

    Ao serem recolhidas, as mangueiras devem sofrer rigorosa inspeo visual na lona e juntas de unio. As reprovadas devem ser separadas.

    As mangueiras aprovadas, se necessrio, sero lavadas com gua pura e escova de cerdas macias.

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    Nas mangueiras atingidas por leo, graxa, cidos ou outros agentes, admite-se o emprego de gua morna, sabo neutro ou produto recomendado pelo fabricante.

    Aps a lavagem, as mangueiras devem ser colocadas para secar. Podem ser suspensas por uma das juntas de unio ou por uma dobra no meio, ficando as juntas de unio para baixo, ou ainda estendidas em plano inclinado, sempre sombra e em local ventilado. Pode-se ainda utilizar um estrado de secagem.

    Depois de completamente secas, devem ser armazenadas com os cuidados anteriormente descritos.

    4.3- MANGOTINHO [1]

    Tambm chamado de mangueira semi-rgida, so tubos flexveis de borracha, reforados para resistir a presses elevadas e dotados de esguichos prprios. Apresentam-se, normalmente, no dimetro de 25 mm (01 polegada).

    Os mangotinhos so dispostos em carretis de alimentao axial, providos de vlvula de abertura rpida e esguicho pr-conectado, o que permite o seu rpido desenrolar e pronta utilizao.

    4.4- REDUES [1]

    Pea metlica mvel destinada a permitir o acoplamento de juntas de unio de dimetros diferentes. Podem ser do tipo engate rpido ou de rosca. As mais utilizadas so as redues de 2 para 1 do tipo engate rpido.

    Reduo de 2 para 1 Engate Rpido Reduo de 4 para 2 Rosca

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    4.5- ADAPTADORES [1]

    Pea metlica mvel que permite o acoplamento de um equipamento hidrulico dotado de junta de unio do tipo rosca com um outro com junta de unio do tipo engate rpido.

    4.6- CORRETOR DE FIOS [1]

    Pea metlica mvel que permite o acoplamento de juntas de unio de fios de rosca diferentes, mas de mesmo dimetro, por exemplo: rosca fmea de 63mm, com 7 fios por 25 mm, para rosca macho de 63mm, com 5 fios por 25 mm

    4.7- SUPLEMENTO DE UNIO [1]

    Pea metlica mvel que permite o acoplamento de dois equipamentos hidrulicos providos de juntas de unio com fios de rosca iguais (duas roscas macho ou duas roscas fmea de mesmo dimetro). Quando ambos os lados so de junta de unio de rosca macho, denomina-se Suplemento de Unio Macho. Quando ambos os lados so fmeas, Suplemento de Unio Fmea.

    Rosca Fmea para Engate Rpido

    Rosca Macho para Engate Rpido

    Rosca Fmea para Engate Rpido

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    4.8- COLETOR [1]

    uma pea metlica destinada a conduzir para uma s linha de mangueira a gua proveniente de duas ou mais linhas.

    4.9- DERIVANTE

    uma pea metlica destinada a dividir uma linha de mangueira em outras de igual dimetro ou inferior.

    4.10- PROPORCIONADOR (ENTRE-LINHAS) [1]

    Equipamento destinado a adicionar Lquido Gerador de Espuma (LGE) gua para o combate a incndio. Ele possui um dispositivo venturi, que succiona o LGE e uma vlvula dosadora, com graduao variando de 1 a 6%, para ser usada conforme o tipo de LGE.

    O proporcionador pode ser usado entre dois lances de mangueiras (da o nome entre linhas), diretamente da expedio do hidrante, ou junto ao esguicho.

    Para utilizar o proporcionador, deve-se observar as instrues do fabricante. De um modo geral, a diferena de altura entre ele e o esguicho formador de espuma, no deve ser superior a 4,5 m, e a distncia entre eles no deve ser superior a 45 m e, sob pena de prejudicar a formao da espuma, a presso de entrada no proporcionador deve ser 7 kgf/cm (100 PSI) e nunca inferior a 5 kgf/cm (75 PSI).

    Dosador

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    4.11- CHAVES DE MANGUEIRA [1]

    Tambm chamada de Chave STORZ, uma pea metlica destinada a facilitar o acoplamento e desacoplamento de juntas de unio.

    4.12- CHAVE T [1]

    uma ferramenta que consiste numa barra de ferro em forma de T. Ela possui uma abertura quadrada na parte inferior, destinada a ser encaixada no eixo das vlvulas de abertura dos hidrantes urbanos.

    4.12.1- CAPAS DE PINO [1]

    So peas metlicas providas de encaixe quadrado semelhante ao da chave T. So destinados a adaptar a abertura da Chave T aos diferentes tipos de eixo das vlvulas dos hidrantes.

    4.13- BOMBA COSTAL [1] [12]

    Equipamento provido de um reservatrio de gua (10 a 20 litros), uma pequena mangueira e um esguicho acoplado bomba manual. O equipamento fixado s costas do operador por alas, e operado com as duas mos: uma controla o jato dgua e a outra, com movimento de vai e vem, aciona a bomba.

    Bomba com Reservatrio Rgido Bomba com Reservatrio Flexvel

    2 1 2 1 4

    Capas de Pino

    Chave T

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    4.14- EQUIPAMENTO PORTTIL DE LGE

    So equipamentos providos de uma admisso de 1 do tipo storz, um reservatrio de LGE com capacidade varivel (10 a 20 litros), uma pequena mangueira e um jogo de esguichos. Se destinam a serem operados a partir de uma linha de mangueira de 1 . Ideais para complementar a proteo contra-incndio de locais que estocam pouca quantidade de lquidos inflamveis.

    4.15- CARRETINHAS DE LGE

    So equipamentos providos de uma admisso de 1 ou 2 do tipo storz, um reservatrio de LGE com capacidade varivel (50 litros 0u mais), um ou dois lances de mangueira e um esguicho formador de espuma. Se destinam a serem operados a partir de uma linha de mangueira de 1 ou 2 . Ideais para complementar a proteo contra-incndio de locais que estocam grande quantidade de lquidos inflamveis.

    4.16- ABAFADORES [12]

    Equipamento constitudo de uma lmina flexvel de borracha fixada a um cabo, destinado ao combate a fogo em mata. Quando confeccionado com tiras de mangueiras velhas, recebe o nome de Vassoura de Bruxa.

    Abafador

    Vassoura de Bruxa

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    4.17- PASSAGEM DE NVEL [1]

    Constituem-se de pequenas rampas de madeira ou metal, destinadas a permitir o trnsito de veculos sobre as mangueiras, sem atrapalhar a operao. Elas ficam acondicionadas nas reentrncias da passagem de nvel, protegidas de danos causados pela passagem de veculos.

    4.18- ABRAADEIRA [1]

    As abraadeiras so peas confeccionadas em couro resistente ou metal malevel, destinadas a estancar a gua quando ocorrem pequenos cortes ou ruptura na mangueira de incndio sob presso, evitando a troca e, conseqentemente, a interrupo do ataque do fogo.

    4.19- EXAUSTORES [1]

    Equipamento auxiliar destinado a retirar os gases inflamveis e txicos do interior de um ambiente. Podem ser de acionamento eltrico, por motores de 2 ou 4 tempos ou por circulao de gua.

    Passagem de Nvel de Metal

    Passagem de Nvel de Madeira

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    4.20- SISTEMA PORTTIL DE GUA NEBULIZADA

    O equipamento utiliza tecnologia AFT (Advanced Firefighting Tecnology GmbH). Ele composto de um reservatrio de gua confeccionado em ao inoxidvel, um cilindro de pressurizao com ar comprimido, vlvulas reguladoras e uma pistola de micro pulverizao que produz uma descarga de gua nebulizada ultrafina de distribuio concentrada

    A descarga de gua nebulizada com baixa presso produzida usando a energia cintica do ar comprimido, que impulsiona o lquido por um sistema de mltiplos esguichos especialmente projetados, lanando gotculas em velocidade supersnica.

    A gua absorve o calor rapidamente, abaixa a temperatura e se transforma em vapor, expandindo-se 1649 vezes. Com isto, o oxignio deslocado deixando a atmosfera em torno do fogo incapaz de sustent-lo

    Ento, o efeito combinado de resfriamento e abafamento resulta na rpida e eficiente extino do incndio, chegando a ser 50 vezes mais eficiente quando comparado aos jatos de gua formados pelos esguichos de vazo regulvel e universal..

    Segundo o fabricante, este equipamento pode ser utilizado para formao de espuma, bastando para isto, colocar a mistura gua e LGE no seu reservatrio. Pode tambm ser utilizado com gua salgada e gua suja aps ser peneirada.

    O equipamento pode ser montado em um suporte costal acolchoado permitindo ao operador grande mobilidade, ou ser montado sobre rodas.

    Equipamento Porttil Equipamento Sobre Rodas

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    5- MANUTENO DOS EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCNDIO

    Todos os equipamentos so fornecidos pelos fabricantes com seus respectivos manuais de instrues. Nele, alm das especificaes tcnicas e instrues de uso, esto as instrues de limpeza do equipamento, manuteno a nvel usurio e a nvel empresa tcnica (prprio fabricante ou representante).

    Para que se possa ter um equipamento com garantia de um bom funcionamento e eficincia, necessrio seguir todas as recomendaes constantes no manual do equipamento.

    De uma maneira geral, deve-se evitar ao mximo que os equipamentos sofram quedas ou pancadas, pois caso as conexes sejam amassadas, no ser possvel o acoplamento e a utilizao do equipamento.

    As juntas de borracha das conexes de todos os equipamentos, bem como os mangotinhos, devem ser inspecionados e lubrificados periodicamente com vaselina lquida. Caso haja alguma borracha de vedao rachada, esta deve ser substituda.

    As partes mveis dos equipamentos de combate a incndio devem ser lubrificadas com grafite periodicamente.

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    6- EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA ARROMBAMENTO E SALVAMENTOPara que o bombeiro execute uma entrada forada, ele necessita de ferramentas e

    equipamentos que tornem isso possvel, bem como conhecer sua nomenclatura e emprego.

    6.1- ALAVANCAS [1]

    Barra de ferro rgida que se emprega para mover ou levantar objetos pesados e forar aberturas. Apresenta-se em diversos tamanhos ou tipos.

    6.1.1- ALAVANCA COMUM [1]

    Ferramenta que pode ser apresentada sob formas e dimenses diferentes. empregada geralmente em foramento de portas e janelas, possibilitando o arrombamento com menores danos.

    6.1.2- ALAVANCA DE UNHA [1]

    Alavanca utilizada nas operaes que necessitam muito esforo. Possui uma extremidade afilada e outra achatada e curva que possibilita o levantamento de grandes pesos, provida de um entalhe em V para a retirada de pregos.

    6.1.3- ALAVANCA P-DE-CABRA [1]

    Possui uma extremidade achatada, em forma de lmina, e outra curva com um entalhe em V, semelhante a uma pata de cabra, que seve para a retirada de pregos. Por ter pouca espessura, possibilita sua aplicao em pequenas fendas, possibilitando o foramento de portas e janelas.

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    6.1.4- ALAVANCA CYBORG (QUIC-BAR)[1]

    Tambm chamada de alavanca Hulligan. uma alavanca multiuso que possui uma extremidade afilada e chata formando uma lmina, em cuja lateral estende-se um puno, em cujo topo h uma superfcie chata. Na outra extremidade h uma unha afilada com entalhe em V.

    6.2- ARCO DE SERRA [1]

    Ferramenta constituda de uma armao metlica de formato curvo que sustenta uma serra laminar. Destina-se a efetuar cortes em metais. Durante o corte, manter sempre a lmina posicionada a 90 com a superfcie a ser cortada, no realizando esforos laterais de toro, que fora o trabalho da lmina podendo ocorrer a sua quebra.

    6.3- CORTA-A-FRIO [1]

    Ferramenta para cortar telas, correntes, cadeados e outras peas metlicas. Durante o corte, manter sempre a lmina posicionada a 90 com a superfcie a ser cortada, no realizando esforos laterais de toro, que fora o trabalho da lmina podendo provocar-lhe danos.

    6.4- MACHADOS [1]

    Ferramenta composta por uma cunha de ferro cortante fixada em um cabo de madeira, podendo ter na outra extremidade formato de ferramentas diversas. destinado a fender e rachar madeiras e auxiliar em operaes de arrombamento.

    Machado de Bombeiro ou Machado Picareta

    Limitador

    Machado para Corte de Madeira

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    6.5- MACHADINHA [16]

    Ferramenta similar ao machado, mas de tamanho menor. destinada a fender e rachar madeiras e auxiliar em operaes de arrombamento. Existem vrios modelos de machadinha.

    6.6- MARRETA [1]

    Tambm chamado de Malho, uma ferramenta similar a um martelo de grande tamanho, empregado nos trabalhos de arrombamento de portas, portes e em aberturas em paredes.

    6.7- MARRETINHAFerramenta de tamanho intermedirio entre o martelo e a marreta. Tambm

    empregada nos trabalhos de pequenos arrombamentos.

    6.8- PICARETA [1]

    Ferramenta de ao com duas pontas, sendo uma pontiaguda e a outra achatada. Ela fixada em um cabo de madeira e empregada nos servios de escavaes, demolies e na abertura de passagem em obstculos de alvenaria.

    6.9- CROQUE [1]

    constitudo de uma haste de madeira ou fibra, podendo ser em pea nica, ou dividido em 3 partes que se encaixam. Possui na sua extremidade uma pea metlica com uma ponta e uma fisga. empregado nos servios de remoes.

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    6.10- AUTO-EXPANSOR PORTO-POWER [16]

    O Auto-Expansor Porto-Power foi o primeiro conjunto de salvamento (desencarcerador hidrulico) a ser utilizado pelas corporaes de bombeiros.

    O conjunto composto por uma bomba hidrulica manual, cunhas expansoras, mbolo expansor (macaco) e vrios acessrios, adaptadores e extensores. Existe um modelo de equipamento que pode ser acionado por um cilindro de ar comprimido. Ele utilizado, geralmente, em operaes de salvamento envolvendo colises, desabamentos, arrombamentos e, ocasionalmente, na retirada de vtima em elevador quando retida entre o piso e a cabine.

    Esses equipamentos j foram utilizados em larga escala pelas corporaes de bombeiros. A diminuio do uso decorrente da limitao do Auto-Expansor Porto-Power frente s ferramentas hidrulicas modernas. O Auto-Expansor somente realiza trabalho de expanso e deslocamentos, enquanto os novos equipamentos hidrulicos, alm de realizar esses trabalhos, realizam cortes, esmagamentos e trao.

    6.11- MOTOSERRA [14]

    um kit composto por uma serra de corrente para corte de madeira e um reservatrio de leo lubrificante, instalados num motor a dois tempos refrigerado a ar, que utiliza como combustvel uma mistura de leo 2 tempos e gasolina na proporo de 1:25 (1 parte de leo para 25 partes de gasolina).

    SabreSerra de Corrente

    Reservatrio de leo Lubrificante

    Proteo de MoTrava do Acelerador

    Acelerador

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    Recomendaes para operao:Alm de ler o manual do fabricante, para utilizao da moto-serra devemos ter os seguintes cuidados:

    Nunca transportar a moto-serra quando em funcionamento.

    Utilizar luvas de couro e culos de proteo;

    Para realizar um corte de madeira, primeiro firmar as garras do equipamento no tronco e acelerar para depois iniciar o corte com a corrente em movimento. O uso das garras da moto-serra evita que o operador seja atirado para frente. A corrente deve estar em funcionamento quando da entrada e da retirada do talho de corte;

    Durante o corte, manter sempre um ngulo de 90 com a superfcie a ser cortada, no realizando esforos laterais ou toro, pois a corrente trabalhar forada podendo ocorrer a sua ruptura, causando acidentes.

    6.12- MOTO-ABRASIVO [14]

    Tambm chamado de Cortador de Disco ou Moto-Cortador, um kit composto por um disco de corte para metais ou alvenaria, instalado num motor a dois tempos refrigerado a ar, que utiliza como combustvel uma mistura de leo 2 tempos e gasolina na proporo de 1:40.

    Esses equipamentos j foram utilizados em larga escala pelas corporaes de bombeiros, antes do surgimento das ferramentas hidrulicas para corte. A diminuio do seu uso decorrente da grande gerao de centelhas que o equipamento produz, pois alm de exigir cuidados especiais de proteo individual, patrimonial e das vtimas envolvidas, oferece risco de incndio, caso haja derramamento de lquidos inflamveis, ou exploso, se houver vazamento de gases combustveis formando atmosfera explosiva. Alm disso, a utilizao perto das vtimas gera desconforto, pelo rudo excessivo do motor.

    6.12.1- DISCO PARA METAISCorta ferro, cobre, lato, zinco, gusa e simulares.

    6.12.2- DISCO PARA CONCRETOCano grs, cano de cimento, asfalto, beton, eternit, lajes e

    similares.

    Disco de Corte

    Proteo Contra Fascas e Estilhaos

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    Recomendaes para operao:Alm de ler o manual do fabricante para utilizao dos moto-abrasivos, devemos ter os seguintes cuidados:

    No utilizar discos rachados, trincados ou quebrados;

    Nunca transportar o equipamento quando em funcionamento.

    Proteger o local com uma linha de gua ou extintor porttil, de acordo com a disponibilidade e a situao;

    Utilizar Roupa de Proteo (EPI) com mangas compridas, luvas de couro e culos de proteo;

    Aproximar o disco do moto-abrasivo ao metal ou alvenaria a ser cortada com o motor a meia acelerao, retirando o disco sempre na mesma direo e sentido do corte, sem deixar diminuir a rotao, pois poder haver ruptura do mesmo, e os fragmentos causarem acidentes;

    Durante o corte, manter sempre um ngulo de 90 com a superfcie a ser cortada, no realizando esforos axiais de toro, pois poder haver ruptura do disco, e os fragmentos causarem acidentes.

    6.13- CONJUNTO DESENCARCERADOR HIDRULICO [14] [15]

    O conjunto de salvamento (desencarcerador hidrulico), destina-se a servio de salvamento em acidentes com vtimas presas em ferragens, desabamentos e trabalhos submersos, dentro do limite de profundidade especificado pelo fabricante. composto por uma bomba hidrulica, mangueiras com sistemas de engate rpido e vrias ferramentas hidrulicas que podem ser utilizadas para afastamento, trao e corte.

    6.13.1- BOMBA HIDRULICA [15]

    A bomba hidrulica faz o leo circular sob altssima presso atravs das mangueiras, o que permite o funcionamento da ferramenta hidrulica. Ela pode ser de acionamento manual ou atravs de um motor a gasolina ou eltrico.

    6.13.2- MANGUEIRAS HIDRULICA [15]

    Destinadas a fazer circular o leo sob presso entre a bomba hidrulica e a ferramenta. Devem ser capazes de suportar as elevadas presses produzidas pelas bombas (cerca de 720 Bar 10.500 PSI).

    Bomba ManualBomba Motorizada

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    6.13.3- FERRAMENTAS HIDRULICAS [15]

    Destinadas a realizar os trabalhos necessrios ao desencarceramento da vtima. Existem diferentes tipos de ferramentas com diversos tamanhos e capacidades.

    Ferramenta de Corte

    Lminas

    Ferramenta Alargadora

    Esmagador

    Encaixe para Alargar

    Encaixe para Alargar

    Ferramenta Combinada

    Esmagador

    Encaixe para Alargar

    Encaixe para Alargar

    Lminas

    Esmagador

    Ferramenta ExtensoraCilindro telescpico

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    6.14- DESENCARCERADOR HIDRULICO MANUAL [15]

    composto por uma bomba hidrulica manual acoplada a ferramentas hidrulicas que podem ser utilizadas para afastamento, trao, esmagamento e corte.

    6.15- ALMOFADAS PNEUMTICAS [18]

    As Almofadas Pneumticas possuem grande versatilidade e aplicabilidade nas operaes de levantamento de cargas ou afastamento em determinadas situaes especiais de salvamento. Sua elevada capacidade de fora, leveza e praticidade confere almofada inmeras vantagens, podendo ser utilizada em colises de veculos, desmoronamentos e outras situaes de emergncia.

    O conjunto composto por cilindro de ar (igual ao dos equipamentos autnomos de respirao), manmetros, vlvulas de controle, vlvulas redutoras de presso, mangueiras e almofadas pneumticas.

    O sistema funciona com a utilizao do ar comprimido dos cilindros a altas presses que, ao passar pelo regulador de presso, reduz para a presso de trabalho. Depois o ar segue para a almofada, que inflada sob o controle do bombeiro. Para segurana o equipamento conta com uma vlvula de segurana que libera o ar quando a presso de trabalho excedida.

    So muitos os tamanhos e formatos de almofadas. Cada uma indicada para uma determinada carga ou situao, contudo todas possuem um X (ou outro smbolo) no centro indicando o local correto de posicionamento da almofada no centro da carga, o que garantir o mximo deslocamento e uma melhor estabilidade.

    Ferramenta de Corte Ferramenta Combinada

    Almofadas

    Vlvulas de Comando

    Cilindros de Ar

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    6.16- MARTELETE PNEUMTICO [1]

    Ferramenta que serve para cortar ou perfurar metais e cortar, perfurar ou triturar alvenaria.

    aconselhvel que o martelete trabalhe sempre na posio perpendicular (90) superfcie a ser partida. Caso trabalhe na diagonal, poder causar a gripagem da ferramenta e conseqente quebra da mesma.

    6.17- SERRA SABRE [20]

    Serra eltrica destinada ao corte de chapas metlicas de pouca espessura. Durante o corte, manter sempre um ngulo de 90 com a superfcie a ser cortada, no realizando esforos laterais de toro, pois poder haver ruptura da lmina, e os fragmentos causarem acidentes.

    6.18- FERRAMENTAS AUXILIARES

    6.18.1- ALICATE UNIVERSAL [1]

    Ferramenta destinada ao corte de fios metlicos e pregos finos. Pode ser usado no aperto ou afrouxamento de pequenas porcas.

    6.18.2- ALICATE DE PRESSO [1]

    Ferramenta destinada a prender-se a superfcies cilndricas, possibilitando a rotao das mesmas. Ele possui regulagem para aperto.

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    6.18.3- CHAVE DE PARAFUSOS [1]

    Ferramenta destinada a apertar ou desapertar parafusos. Pode ser de fenda ou em cruz.

    6.18.4- CHAVE DE GRIFO [1]

    Ferramenta dentada, destinada a apertar, desapertar ou segurar peas tubulares.

    6.18.5- CHAVE INGLESA [1]

    Substitui, em certos casos, as chaves de boca fixa. utilizada para apertar ou desapertar parafusos com cabeas quadradas e sextavadas, e porcas de tamanhos diferentes, pois sua abertura regulvel.

    6.18.6- MARTELO [1]

    Ferramenta de ferro, geralmente com um cabo de madeira, que se destina a causar impacto onde for necessrio.

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    6.18.7- TALHADEIRA [1]

    Ferramenta de ferro ou ao, com ponta achatada, destinada a cortar alvenaria, com uso de martelo.

    6.18.8- P [16]

    um equipamento formado por uma chapa metlica de formato cncavo dotada de cabo de madeira. Serve para remoo de entulhos e realizao de escavaes.

    6.18.9- ENXADA [16]

    Ferramenta constituda de uma lmina de ao ou ferro, presa a um cabo de madeira. Serve para remoo geral.

    6.18.10- P DE SAPAFerramenta polivalente, pois pode ser utilizada como p, enxada ou picareta. Serve

    para remoo de entulhos e realizao de escavaes em locais onde no existe espao suficiente para utilizao das ferramentas maiores

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    7 - EQUIPAMENTO PARA SALVAMENTO EM DIFERENA DE NVEIS

    7.1- ESCADAS [1] [16]

    Equipamento que permite que os bombeiros se desloquem em diferena de nveis para realizar suas atividades operacionais, seja em locais elevados como edificaes, torres, morros, etc, como em nveis inferiores, como buracos, galerias, barrancos, etc. Elas podem ser construdas em madeira, metal, fibra ou corda.

    Dos vrios tipos de escadas existentes, vamos estudar as escadas simples e as prolongveis.

    7.1.1- Escada Simples [1] [16]

    Como o prprio nome diz, uma escada comum constituda de apenas um lance, medindo de 4 a 8 metros. A carga mnima admitida de 2 (dois) homens mais equipamentos.

    7.1.2- Escada Prolongvel [1] [16]

    constituda por dois lances: um lance base e outro prolongvel (ou superior), ambos providos de guias (corredias). As corredias permitem que o lance superior deslize sobre o lance base.

    Possuem comprimento de 4 a 8 metros. A carga mnima admitida de 1 (um) homem mais equipamentos por lance.

    O lance prolongvel estendido por uma corda de prolongamento. Esta corda est fixada no seu primeiro degrau e passa numa roldana que fica fixada num dos degraus da parte superior do lance base

    Banzo

    DegrauAnti-Derrapante

    Topo da Escada

    P da Escada

    Sapatas

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    O lance superior possui cliques (ganchos) prximos da extremidade inferior, cuja finalidade encaixar e travar o lance superior nos degraus do lance base. Pode possuir tambm ganchos na sua extremidade superior (topo) para fixar a escada em parapeitos e etc.

    Cabo de Prolongamento

    Corredias

    Roldana

    Cliques

    Corredias

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    7.1.3- ESCADAS ARTICULADAS

    Existe uma boa variedade de escadas articuladas constitudas de materiais leves. Elas possuem uma boa versatilidade e podem ser utilizadas para que os bombeiros atinjam seus objetivos. Porm, devido existncia de partes articulveis, no so recomendadas para uso em resgate de vtimas em locais elevados, no devendo o bombeiro efetuar o transporte de vtimas (subida ou descida) com ela, nem mesmo utiliz-la na operao de remoo de vtima de local elevado utilizando escada, maca e cabos.

    Operacionalmente, este tipo de escada pode servir de base de trabalho para o bombeiro realizar os procedimentos de remoo de piloto de aeronaves providas de assento ejetvel, ou para acessar locais elevados ou abaixo do nvel do solo.

    Escada Articulada Equipamento integrante do CCI AP-4 Titan da INFRAERO.

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    7.2- CABOS [1] [19] [21]

    a denominao dada ao conjunto de cordes formado de fios de fibras.Os cabos possuem comprimento, espessura e resistncias variadas e so empregados

    em vrios tipos de trabalhos operacionais.Existem muitos tipos de cabos, e o tipo de cabo a ser empregado est diretamente

    relacionado com o tipo de operao a ser efetuada.

    7.2.1- Classificao dos Cabos Quanto a sua Constituio

    a) Cabos de Fibras de Origem Natural [1]

    Da natureza possvel extrair fibras destinadas fabricao de cabos.

    As fibras de origem natural mais utilizadas na fabricao de cabos so: manilha, sisal, juta, algodo e cnhamo.

    Geralmente os cabos de fibra natural levam o nome da planta da qual a fibra foi obtida. Com o objetivo de aumentar a durabilidade do cabo, preservando-o contra o calor e a umidade, os mesmos so impregnados com leo durante sua manufatura, o que lhes confere um aumento de 10% no peso.

    b) Cabos de Fibras de Origem Sinttica [1] [21]

    Com matrias plsticas fabricadas pelo homem, e que possam ser esticadas em forma de fios, produzem-se cabos de excelente qualidade. As fibras sintticas mais utilizadas na confeco de cabos so os polmeros derivados de petrleo, como por exemplo: o polister, a poliamida, o polietileno e o polipropileno.Os cabos de fibra sinttica, quando comparados aos cabos de fibra natural de mesmo dimetro, apresentam maior resistncia, maior elasticidade e duram mais.polipropileno e polietileno: so fibras que no absorvem gua e so empregadas quando a propriedade de flutuar importante, como por exemplo, no salvamento aqutico. Porm, estas fibras se degradam rapidamente com a luz solar. Devido a sua baixa resistncia abraso, pouca resistncia para suportar choques e baixo ponto de fuso, no so indicadas para operaes de salvamento em altura (proibidas para trabalhos sob carga).Polister: as fibras de polister tm alta resistncia quando midas, ponto de fuso em torno de 250C, boa resistncia abraso, aos raios ultravioletas, a cidos e a outros produtos qumicos. Entretanto, no suportam foras de impacto ou cargas contnuas to bem quanto as fibras de poliamida. So utilizadas em salvamento, misturadas com poliamida, em ambientes industriais.Poliamida (nylon): boa resistncia abraso, em torno de 10% mais resistente trao do que o polister, mas perde de 10 a 15% de sua resistncia quando mido, recuperando-a ao secar. Excelente resistncia a foras de impacto. Material indicado para cabos de salvamento em altura.

    c) Cabos Metlicos [19]

    So constitudos de fios metlicos, como ferro, ao e ao inoxidvel.

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    7.2.2- Classificao dos Cabos Quanto a sua FormaoPara a construo de um cabo, as fibras podem ser torcidas, tranadas ou dispostas sob

    a forma de capa e alma.

    a) Cabos Torcidos [1]

    Os cordes so torcidos entre si formando o cabo. Normalmente no apresentam elasticidade, sendo, portanto, considerados estticos.

    b) Cabos tranados [1]

    Os cordes so tranados entre si para formar o cabo. Por apresentarem coeficiente varivel de elasticidade, so, na maioria das vezes, considerados dinmicos.

    c) Cabos com Alma Revestida de Capa [21] [22]

    So cabos modernos construdos seguindo a metodologia Kermantle que significa alma protegida por capa. So destinados aos servios de salvamento.

    A alma a parte interna do cabo. Elemento que define a flexibilidade, elasticidade e capacidade dos cabos. Geralmente possui uma nica cor (branca ou preta) e responsvel por cerca de 80% da sua resistncia.

    A capa recobre a alma formando o revestimento externo do cabo. tranada ao redor da alma e tem a funo de proteg-la contra a abraso e outras influncias externas tais como: penetrao de objetos (areia, espinhos, etc.), arestas cortantes e raios ultravioleta. Pode ser impregnada com lquidos impermeabilizantes (no caso das cabos de escalada em gelo). A capa responde pelos 20% restantes da resistncia do cabo.

    CapaAlma

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    7.2.3- Classificao dos Cabos Quanto a sua Elasticidade [21] [22]

    Podemos classificar os cabos constitudos de capa e alma em:

    a) Cabos DinmicosSo cabos de alto estiramento (elasticidade) usados principalmente para fins esportivos na escalada em rocha ou gelo. Esta caracterstica permite absorver o impacto, em caso de queda do escalador, sem transferir a ele a fora de choque, evitando assim leses. Sua alma composta por um conjunto de fios e cordes torcidos em espiral, fechados por uma capa.

    b) Cabos EstticosSo cabos de baixo estiramento (elasticidade) usados em situaes em que o efeito i-i contra-indicado e em situaes em que se desconsidera o risco de impacto por queda, tais como espeleologia, rapel, operaes tticas, segurana industrial e atividades de salvamento. Para tanto, os cordes da alma so paralelos entre si.

    7.2.4- Carga de Ruptura

    A resistncia de um cabo estabelecida como carga de ruptura. O cabo deve possuir uma carga de ruptura vrias vezes maior do que a carga que ir suportar. Esta relao entre resistncia e carga conhecida como fator de segurana.

    O fator de segurana 5:1 considerado adequado para transportar equipamentos, mas insuficiente se vidas humanas dependem da resistncia do cabo, quando adotamos o fator de segurana 15:1.

    Ex:Transporte de Equipamentos

    Carga de SeguranaTransporte de PessoasCarga de Segurana

    Carga de Ruptura do Cabo

    Fator de Segurana 5:1(20%)

    Fator de Segurana 15:1(6,7%)

    3.000 Kgf 600 Kgf 200 kgf (peso de 2 pessoas)

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    7.2.5- Caractersticas dos Cabos de Salvamento Devido s caractersticas das fibras naturais, como baixa resistncia mecnica,

    sensibilidade a fungos, mofo, pouca uniformidade de qualidade e a relao desfavorvel entre peso, volume e resistncia, apenas cabos de fibras sintticas devem ser utilizados em servios de salvamento.

    Caractersticas principais dos cabos de salvamento [21]

    - provocar pouco atrito quando da utilizao de freios de descida;- menor possibilidade de formar cocas- maior resistncia ruptura;- maior resistncia ao desgaste.

    Os cabos utilizados no salvamento so os estticos constitudos de fibras de poliamida, construdos com capa e alma. De acordo com a norma NFPA-1983/2001, devem ter dimetro de 12,5 mm e carga de ruptura de 4.000 kgf. [21]

    Entretanto, respeitadas corporaes de bombeiros tm utilizado cabos com 10,5 mm e 11 mm de dimetro, com carga de ruptura de 3.000 Kgf, e obtendo resultados confiveis e sucesso nas atividades de salvamento.

    Aps conversar com alguns bombeiros experientes que trabalham com atividade de salvamento em diferenas de nveis, podemos recomendar:

    Atividade Cabo de Salvamento

    Rapel 10,5 e 11 mm

    Tirolesa (plano inclinado e horizontal) 12 mm

    Comando Crawl 12 mm

    7.2.6- Cuidados com os Cabos [1]

    Para prolongar a vida til de um cabo, e empreg-lo em condies de segurana, deve-se seguir algumas regras bsicas:

    No friccionar o cabo contra arestas vivas (afiadas) e superfcies abrasivas; No submeter o cabo a tenses desnecessrias; Evitar o contato do cabo com areia, terra, graxa e leos; Evitar arrastar o cabo sobre superfcies speras; Evitar descidas rpidas desnecessrias, pois o atrito do freio com o cabo

    superaquece o equipamento ocasionando danos capa do cabo. No ultrapassar a Carga de Segurana de Trabalho durante o tensionamento do

    cabo; Cabos sujos devem ser lavados com gua fria e com pouca quantidade de sabo

    neutro. Aps isto, enxge cuidadosamente com gua e deixe secar a sombra; No guarde os cabos perto de fontes de calor ou sob incidncia direta de sol ou

    umidade. Valores recomendados: 60% de umidade no ar / 25C.

    Os cabos de fibra natural so susceptveis ao de microorganismos, umidade e a outros fatores que acabam por deterior-los.

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    Os cabos de fibra sinttica no so to susceptveis s aes acima mencionadas. No entanto, tambm apresentam limitaes, como, por exemplo, a no resistncia a contato direto com produtos qumicos.

    7.2.7- Inspeo dos Cabos [1]

    A fim de manter um cabo em condies de uso, faz-se necessrio que eles sejam criteriosamente inspecionados antes, durante e aps sua utilizao, mesmo porque de sua integridade vai depender a segurana dos envolvidos (bombeiros e vtimas) e o sucesso ou fracasso da misso.

    Ao se examinar o aspecto externo de um cabo, deve-se observar a existncia de:

    Sinais de cortes, abraso e queimaduras; Caroos; Encurtamento ou inconsistncia; Fibras rompidas; Ataque por produtos qumicos; Decomposio; Desgaste anormal; e Quaisquer outras irregularidades.

    Ao se realizar um exame interno do cabo, deve-se atentar para rompimento de cordes, decomposio de fibras, ndoas, ao de fungos (bolor), etc.

    Cabos no aprovados durante as inspees devem ser inutilizados, pois o seu uso poderia vir a colocar em risco a integridade fsica da equipe de salvamento e tambm de outros envolvidos.

    7.2.8- Histrico de Uso [21]

    Todos os cabos devem possuir uma ficha de histrico de uso onde sero anotados todos os trabalhos realizados com ele, inclusive a quantidade de descidas nele efetuadas. Isso para que, aps determinado perodo de uso, o cabo possa ser retirado de uso, evitando, desta maneira, a ocorrncia de eventuais acidentes.

    Rejeite cabos para salvamento em altura que:

    Tenham sido utilizados em atividades para os quais no tenham sido destinados (salvamento de vidas humanas) como rebocar veculos, movimentao de cargas, progresso em ambientes confinados, etc.

    Tenham sido submetidos a grandes foras de choque, como em balancinhos de cortes de rvores.

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    7.2.9- Vida til dos Cabos [22]

    Os cabos so "aposentados" por trs motivos:

    1- Seguindo a tabela abaixo.

    Tipo de Uso DuraoIntenso. 5 dias / semana. 1 ano.Regular. 7 dias / ms. 3 anos.Ocasional. 1 dia / ano. mximo 5 anos.

    2- Se voc encontrar: - Capa e/ou alma danificada.

    - Pontos duros sob a capa indicando danos locais.- Fibras da capa derretidas.

    Nestes casos voc deve cortar a corda na regio do dano.

    3- Aps ultrapassar o n de quedas estipulado pela U.I.A.A.A Unio Internacional das Associaes de Alpinismo (U.I.A.A.) estabeleceu um padro tcnico baseado no nmero de quedas que o cabo deve resistir em um teste especfico. Neste teste o cabo de escalada deve suportar um peso de, no mnimo, 80 Kg em 5 quedas de fator 2 realizadas em intervalos de 5 minutos. Este um teste rigoroso, pois dificilmente um escalador cai com esta freqncia. importante saber que a matria prima dos cabos, a Poliamida, sofre uma ligeira reduo de sua carga de ruptura medida que ela submetida a esforos sucessivos. No entanto, quando o cabo no est sendo utilizado, ele recupera quase completamente a sua caracterstica original. Se tal teste fosse realizado com intervalos mais longos entre as quedas, o cabo suportaria um nmero de quedas fator 2 maior.

    ATENO: Seu cabo no serve para a sua segurana se:

    - Possuir mais de 5 anos aps a data de fabricao.- Tiver contato com produtos qumicos (orgnicos, leos, cidos ou bases).

    - Tiver contato com fogo.- Se, aps molh-lo, ele congelar.

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    7.2.10- Acondicionamento de Cabos O acondicionamento de cabos poder ocorrer de vrias formas:

    a) Acondicionamento em Sacolas (ou Bolsas) [21]

    Este mtodo extremamente prtico, tanto no momento de acondicionamento, como tambm durante o seu emprego. O nico inconveniente deste mtodo o fato de inexistir circulao de ar no interior das sacolas. Caso o cabo se molhe, e permanea acondicionado na sacola, ser rapidamente danificado.

    Por outro lado, este mtodo assegura que o cabo permanecer livre de cocas e outras tores, as quais prejudicam o desenvolvimento das atividades de bombeiros, e que ser sacado de maneira ordenada, devendo, para tanto, ter um de seus chicotes fixado no fundo da bolsa.

    As dimenses da bolsa devem ser compatveis com o volume dos cabos a serem acondicionados.

    1- Realize um n para prximo a um dos chicotes para que ela no saia pelo furo existente no fundo da bolsa;

    2- Introduza o chicote no furo existente no fundo da bolsa e puxe-o at travar no n;

    3- Realize outro n na parte do chicote que passou pelo fundo da bolsa, para fix-la ao cabo e no perd-la;

    4- Acondicione o cabo dentro da sacola;

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    5- Ao final realize um n de ala e feche a sacola, deixando o n de fora;6- O cabo est acondicionado e pronto para o uso.

    b) Acondicionamento em Alas Paralelas [21]

    Mtodo indicado para cabos de 30 a 50 m.

    1- Segure a extremidade do cabo e forme alas tendo como medida a extenso dos braos abertos;

    2- A cada duas medidas, jogue o cabo atrs do pescoo, sobre os ombros;

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    3- Continue at prximo ao final do cabo, deixando um chicote de tamanho suficiente para iniciar o arremate;

    4- Ao final retire o cabo dos ombros e forme um mao juntando as alas em forma de U;

    5- Faa um cote com o chicote e faa voltas sucessivas no mao de cabos at sobrar um chicote de tamanho suficiente para finalizar o arremate;

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    6- Puxar o chicote por dentro do mao de cabos de modo a formar uma ala do outro lado. No deixe a extremidade do chicote passar para o outro lado;

    6- Passar a ala por cima do mao, de modo a envolv-lo;

    7- Puxar o chicote para travar o arremate. O cabo est pronto para ser transportado;

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    c) Acondicionamento em Alas Paralelas (com 2 bombeiros) [21]

    1- Um bombeiro (1) permanece com os braos abertos fixando a medida, enquanto um outro (2) maneja o cabo;

    2- O bombeiro (1) retira o mao de cabos segurando-o em forma de U e o outro (2) inicia o arremate fazendo um cote e passando o chicote em voltas sucessivas ao redor do mao de cabos;

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  • DIRENG

    3- Puxar o chicote por dentro do mao de cabos de modo a formar uma ala do outro lado. No deixe a extremidade do chicote passar para o outro lado. Em seguida, passar a ala por cima do mao, de modo a envolv-lo;

    4- Puxar o chicote para travar o arremate. O cabo est pronto para ser transportado;

    c) Acondicionamento em Oito [18]

    Mtodo indicado para cabos de at 30 m.

    1- Segurar a extremidade do cabo numa das mos e iniciar o acondicionamento passando o cabo pela sola do p correspondente mo utilizada para segurar a sua extremidade, de modo a formar vrios 8.

    2- Deixe um chicote para realizar o arremate, fazendo um cote e passando o chicote em voltas sucessivas ao redor do centro do 8.

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  • DIRENG

    d) Acondicionamento em Voltas Completas e ParalelasMtodo recomendado para cabos com menos de 30 m.

    1- Fazer uma ala na extremidade do chicote, esticar os braos estabelecendo uma medida e fazer voltas paralelas, sustentando o cabo com a mesma mo que segura a ala;

    Fazer voltas paralelas, sustentando o cabo com a mesma mo que segura a ala.

    Fazer a ala

    Estabelecer a medida

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  • DIRENG

    2- Com o chicote que sobrar, fazer voltas sucessivas ao redor da ala e do mao de cabos, atentando para a direo que o chicote deve ser enrolado;

    3- Passar o chicote por dentro da ala e puxar a ponta da ala de modo a travar o chicote do arremate;

    4- O cabo est pronto para ser transportado.

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  • DIRENG

    7.3- MOSQUETO [16] [21]

    uma pea presilha que tem mltiplas aplicaes, como facilitar trabalhos de ancoragens, unir a cadeira ao equipamento de freio, servir de freio ou dar segurana atravs do n meia volta de fiel, entre outras.

    So confeccionados em ao (carbono ou inox) ou liga leve (como o duralumnio), possuindo diversos formatos. O tipo, o formato e o material variam de acordo com a atividade a ser realizada.

    Os mosquetes usados em esporte so concebidos para serem bastante leves e compactos. Alguns mosquetes de uso esportivo podem ser abertos mesmo com carga.

    J os usados em salvamento devem possuir trava para no serem abertos com carga, devem suportar cargas mais elevadas e ter maior abertura para utilizao conjunta com outros equipamentos e para prender macas ou estruturas de grande dimetro ou espessura.

    A trava pode ser de rosca ou automtica. Ela instalada em volta do