apostila espiritismo

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 CURSO MEDIUNIDADE SEM PRECONCEITOS - VERSÃO – 2008 -

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CURSO

MEDIUNIDADE SEM PRECONCEITOS- VERSO 2008 -

CURSO MEDIUNIDADE SEM PRECONCEITOElaborado por:

Edvaldo KulcheskiParticipao de:

Jeanine Benedith Kulcheski Jean Emmanuel Kulcheski Jociely T. R. W. KulcheskiDedico este material de estudo do Curso Mediunidade sem Preconceito aos meus pais, que j regressaram ptria espiritual, Herclio Kulcheski e Aurea Furtado Kulcheski, por terem propiciado a mim e a minha famlia a oportunidade de nesta encarnao chegarmos ao conhecimento da Doutrina Esprita. Edvaldo No poderamos deixar de mencionar a importncia que as Faculdades Integradas Esprita tiveram na ampliao do nosso conhecimento sobre a Doutrina Esprita. O Curso de Teologia Esprita com nfase na Cincia do Esprito, nos abriu muitos horizontes e seria um grande erro de nossa parte, no compartilhar todo esse conhecimento obtido, por isso elaboramos este Curso, que denominamos Mediunidade Sem Preconceitos. Nosso muito Obrigado aos professores, ao diretor da Unidade de Cincias Religiosas e Teologia Eurpedes Barsanulfo e ao Reitor das Faculdades Integradas Esprita. Edvaldo

MEDIUNISMO NO EXCLUSIVISMO DO ESPIRITISMO O Fato medinico aparece em todas as religies Allan Kardec no fundou o Espiritismo, no foi uma descoberta, nem uma inveno, ele apenas coodificou, organizou, deu lgica didtica a Doutrina dos Espritos. E como muita coisa havia ficado para ser dita pelos Espritos que ainda hoje se manifestam atravs de outros mdiuns trazendo novos conhecimentos e complementando o que Kardec apenas iniciou nos 12 anos de coodificao (1857 a 1869). Consideraes: 1. 12 anos foi muito pouco tempo e os Espritos no conseguiram revelar tudo. 2. Se os Espritos tivessem dito tudo a Kardec, no teramos motivo para ter outros livros que viessem complementar a Doutrina, tais como os psicografados por Chico Xavier, Divaldo P. Franco, entre outros. AUTORIDADE DA DOUTRINA ESPRITA Controle universal do ensino dos Espritos (ESE) Se a Doutrina Esprita fosse de concepo puramente humana, no ofereceria por penhor seno as luzes daquele que a houvesse concebido. Se os Espritos que a revelaram se houvessem manifestado a um s homem, nada lhe garantiria a origem (...). Nessa universalidade do ensino dos Espritos reside a fora do Espiritismo e, tambm, a causa de sua to rpida propagao. Tambm ressalta que as instrues dadas pelos Espritos sobre os pontos ainda no elucidados da Doutrina no constituiro lei, enquanto essas instrues permanecerem insuladas (...). Com extrema sabedoria procedem os Espritos superiores em suas revelaes. No atacam as grandes questes da Doutrina seno gradualmente, medida que a inteligncia se mostra apta a compreender verdade de ordem mais elevada e quando as circunstncias se revelam propicias emisso de uma idia nova. Por isso que logo de principio no disseram tudo, e tudo ainda hoje no disseram, jamais cedendo impacincia dos muito afoitos, que querem os frutos antes de estarem maduros. LIVRO DOS MDIUNS INSPIROU O CURSO MEDIUNIDADE SEM PRECONCEITO Os que desejem tudo conhecer de uma cincia devem necessariamente ler tudo o que se ache escrito sobre a matria, ou, pelo menos, o que haja de principal, no se limitando a um nico autor. Devem mesmo ler o pr e o contra, as crticas como as apologias, inteirar-se dos diferentes sistemas, a fim de poderem julgar por comparao. Por esse lado, no preconizamos, nem criticamos obra alguma, visto no querermos, de nenhum modo, influenciar a opinio que dela se possa formar. Trazendo nossa pedra ao edifcio, colocamo-nos nas fileiras. No nos cabe ser juiz e parte e no alimentamos a ridcula pretenso de ser o nico distribuidor da luz. Toca ao leitor separar o bom do mau, o verdadeiro do falso. LM 1 parte cap III tem 35

INDICE01 - A IDIA DA COMUNICAO COM OS ESPRITOS........................................ 02 - A MEDIUNIDADE NA ANTIGUIDADE................................................................ 03 - A MEDIUNIDADE NA IDADE MODERNA ......................................................... 04 - A MEDIUNIDADE E OS CIENTISTAS..... ......................................................... 05 - ONDAS ENERGTICAS E FLUIDOS................................................................ 06 - PRINCPIO VITAL E FLUIDO VITAL................................................................. 07 - OS SUGADORES DE ENERGIA...................................................................... 08 - O ESPRITO E SEUS CORPOS PERISPRITO.............................................. 09 - O DUPLO ETRICO.......................................................................................... 10 - CHACRAS.......................................................................................................... 11 - MEDIUNIDADE O QUE .................................................................................. 12 - CLASSIFICAO DA MEDIUNIDADE.............................................................. 13 - CLASSIFICAO DOS MDIUNS.................................................................... 14 - INFLUNCIA MORAL DOS MDIUNS.............................................................. 15 - MEDIUNIDADE PROCESSO CCLICO........................................................... 16 - EDUCAO E FUNO DOS MDIUNS........................................................ 17 - PAPEL DOS MDIUNS NAS COMUNICAES ESPRITAS........................... 18 - ENVOLVIMENTO MEDINICO.......................................................................... 19 - IDENTIFIDADE DOS ESPRITOS...................................................................... 20 - EVOCAES DOS ESPRITOS........................................................................ 21 - NATUREZA DAS COMUNICAES................................................................. 22 - DIFERENA ENTRE MDIUNS ESPRITAS E DE UMBANDA....................... 23 - LEIS AS COMUNICAO ESPRITA............................................................... 24 - FLUIDOS PERCEPO E ANLISE............................................................ 25 - ANIMISMO........................................................................................................ 26 - INSPIRAO INTUIO - TELEPATIA........................................................ 27 - EPFISE - MECANISMO DA COMUNICAO ESPRITA............................... 28 - PSICOFONIA ................................................................................................... 29 - PSICOGRAFIA.................................................................................................. 30 - VIDNCIA..........................................................................................................

31 - AUDINCIA....................................................................................................... 32 - ECTOPLASMA................................................................................................. 33 - FENMENOS DE EFEITOS FSICOS (MATERIALIZAO).......................... 34 - TIPTOLOGIA (MESAS GIRANTES)................................................................. 35 - LEVITAO...................................................................................................... 36 - CASAS ASSOMBRADAS................................................................................. 37 - VOZ DIRETA..................................................................................................... 38 - DOENAS TIPOS E COMO SURGEM.......................................................... 39 - MECANISMOS DA CURA ESPIRITUAL........................................................... 40 - A CURA ESPIRITUAL E A MEDICINA OFICIAL DA TERRA........................... 41 - FLUIDOTERAPIA - PASSE.............................................................................. 42 - FLUIDOTERAPIA - PRECE.............................................................................. 43 - FLUIDOTERAPIA - IRRADIAO.................................................................... 44 - FLUIDOTERAPIA GUA FLUIDIFICADA..................................................... 45 - FLUIDOTERAPIA ATENDIMENTO FRATERNO.......................................... 46 - FLUIDOTERAPIA EVANGELHO NO LAR.................................................... 47 - TERAPIAS ALTERNATIVAS........................................................................... 48 - BENZIMENTOS E DEFUMAES................................................................... 49 - FEITIARIA, TALISMS E AMULETOS.......................................................... 50 - PREMONIES, PRESSENTIMENTOS, PREVISES................................... 51 - DESDOBRAMENTO ANMICO (APOMETRIA) .............................................. 52 - PERDA E SUSPENSO DA MEDIUNIDADE.................................................. 53 - SONO E SONHOS........................................................................................... 54 - OBSESSO E DESOBSESSO...................................................................... BNUS 55 - HIGIENIZAO ESPIRITUAL DA TERRA...................................................... 56 - A ENERGIA DO AMOR................................................................................... 57 - ESCREVER E REESCREVER A HISTRIA DA VIDA................................... 58 - AMAR A SI MESMO........................................................................................ 59 - OPORTUNIDADES DE PRATICAR O BEM................................................... 60 - FAMLIA: MUDAR PARA MELHOR...............................................................

INTRODUO A CAMINHO DA NOVA ERAEstamos distrados impacientes como se carregssemos conosco todo o barulho deste mundo conturbado? Somos superficiais e apressados, como se todo corre-corre louco dos carros e das mquinas corresse em nosso sangue? Estamos com o corao poludo, agitado, partido, incapaz de mergulhar nas profundezas do silncio, na intimidade do ser? Porque tanta pressa? Por que tanta agitao, tanto nervosismo, tanta falta de espontaneidade? Vamos despertar esta sede de Deus que mora em ns e que tentamos abafar, com o barulho da msica, com as diverses fceis, com drogas, sexo e iluses. Com a chegada do sculo 21 devemos nos questionar sobre qual ser a nossa atitude frente vida, ou ainda, qual ser nossa preocupao para uma melhor realizao pessoal. Parecem questes simples e bvias, porm todas as mudanas do mundo atual nos fazem ver que uma postura de simples observao, acomodao ou mesmo distanciamento nada somaram para quem quer sobreviver na Era do Esprito. A busca de diferenciao pessoal impe que se esteja muito bem afinado s premissas dos novos tempos. Estas premissas solicitam estar a par de tudo que vir a vigorar na Nova Era. Mas afinal, o que tudo isso? O que a Nova Era, a Era do Esprito, a Era dos Valores ticos, Mundo Holstico ou Era da Informao? O que o novo Paradigma? Todos esses nomes tm correlaes muito prximas. Mas, independente do nome que se d, o que importa saber que o novo milnio nos impe novas atitudes e comportamentos. J estamos na transio para a Nova Era, e estar tomando conscincia dessa mudana j nos faz ver que novos conceitos e uma nova forma de pensar devem comear a vigorar. Estar em condies de viver no novo milnio exige uma viso universalista do mundo, ou seja, devemos olhar para o conjunto e ver a tendncia da natureza em caminhar para uma organizao mais apurada. a tendncia universal de sintetizar as partes num todo organizado. Muito prxima a essas definies est a Teoria Sistmica, que segundo alguns autores, igual viso da globalizao. Trata-se da idia de que nada pode ser encarado isoladamente, mas deve ser visto como parte de um sistema, deixando de lado os velhos padres fragmentados, onde tudo era causa/efeito, num pensamento linear. Vivemos tambm a Era da Informao. A exploso das comunicaes nos forou a integrar novos conhecimentos aos nossos antigos pontos de vista. H mais informaes disponveis hoje do que em qualquer poca da nossa histria. Com isso, nos permitido ver o mundo de uma perspectiva muito mais abrangente e profunda que a de nossos antepassados. A chamada Era do Esprito , na verdade o renascimento de uma percepo ampliada da realidade e compreende um repensar da existncia humana em si. Mas no h nada de mais antigo do que o contedo dessa Era. Atravs da histria sempre houve pessoas que acreditavam que a condio comum do ser humano poderia ser transcendida. A viso do mundo preconizada pela Nova Era na verdade tem suas razes no passado remoto da histria humana. Pode-se dizer, contudo, que o movimento cultural a que chamamos Nova Era teve seus contornos melhor definidos a partir das dcadas de 60 e 70. E nos anos 80 e 90 comeamos a perceber a direo e magnitude dessas mudanas. Dizemos que estamos beira de um novo paradigma porque uma nova estrutura de pensamento passou a ser difundida. Uma mudana de paradigma uma maneira clara e nova de pensar sobre velhos problemas. Um novo paradigma envolve um princpio que sempre existiu, mas do qual no nos apercebamos. (Merilyn Fergson, 1980) O paradigma da Era do Esprito ou dos Valores ticos, v a humanidade embutida na natureza, promove a autonomia do indivduo em uma sociedade descentralizada. Encara-nos como os administradores de todos os recursos, internos e externos, sem contrariar a natureza. Com isso criase oportunidade para as pessoas experimentarem mudanas de conscincia. Temos que parar para pensar! Parar para ver o quanto temos contribudo, ou, ainda, o quanto temos se preparado para viver no terceiro milnio, que ser a Era do Esprito e dos Valores ticos. E, sobretudo, estar consciente da total responsabilidade que cada um de ns tem, no preparo da Nova Era. Vivemos um momento histrico e decisivo em nosso processo evolutivo, a se refletir em todos os campos do conhecimento humano. A situao do problema medinico, nesta fase de acelerada transio da vida terrena, exige que os estudos e as reflexes sobre a Mediunidade sejam facilitados e que chegue ao alcance de todos. Neste sentido, procuramos demonstrar, nesta obra, o que em essncia e como funciona a Mediunidade. No podemos esquecer tambm que foi atravs de uma srie de fenmenos de efeitos fsicos que se deu a origem da Doutrina Esprita e como espritas temos que saber como eles acontecem.Edvaldo Kulcheski

A IDIA DA COMUNICAO COM OS ESPRITOS

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A IDIA DA COMUNICAO COM OS ESPRITOSA idia da comunicao com os espritos no nasceu com o espiritismo. Sempre existiu, desde as pocas mais remotas da vida humana.

Todas as religies pregam sobre a comunicao com os espritos, de uma forma direta ou indireta, mas nenhuma nega completamente estas intervenes e inclusive criaram dogmas e cerimnias relativas a elas, como por exemplo:

Promessas:Significa pedir alguma forma de ajuda para um esprito em troca de um sacrifcio.

Manifestao do Esprito SantoSignifica a comunicao do Esprito Santo falando a palavra de Deus.

Exorcismo / Expulso DemmioSignifica cerimnia religiosa para afastar o demnio ou espritos maus

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COMUNICAO COM OS ESPRITOS1.Na Bblia 2.Entre os Povos Antigos 3.Entre os Vultos Histricos 4.Na Doutrina Esprita

1. Comunicao com os Espritos na BbliaMOISS No captulo 18 do Deuteronmio, versculo 10 e 11, Moiss afirma: Que entre ns ningum use de sortilgio e de encantamentos, nem interrogue os mortos para saber a verdade O legislador hebreu tinha sob a sua responsabilidade um povo ignorante e indisciplinado, e por isso achou por bem proibir o intercmbio medinico devido aos abusos que eram praticados na utilizao deste. Agora perguntamos:

Algum probe uma coisa que no existe?JOO Com que fim, o apstolo Joo, nos alerta para a qualidade da comunicao com os Espritos, se no para demonstrar que h possibilidade de comunicao entre os dois mundos ? No creais em todos espritos, mas provai se os espritos so de Deus (I Joo)

ANJO GABRIEL: Anunciao de Jesus feita pelo anjo Gabriel Maria

JESUS: Jesus, no Monte Tabor, comunica-se com Moiss e Elias

PENTECOSTES

Espritos se manifestaram atravs dos discpulos, cada peregrino, ouviu a mensagem de Jesus no prprio. Estranho fenmeno aconteceu no dia de Pentecostes, sobre a cabea de cada um dos discpulos, desceram luzes, semelhantes a lnguas de fogo.

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2. Comunicao com os Espritos entre os Povos AntigosEncontramos relatos da ao dos espritos na histria de grandes civilizaes, tais como: - Na Sumria - Na Babilnia - Na Antiga Grcia - Nos Celtas - Gregos e Romanos (Orculos) MEDIUNIDADE NA GRCIA Todos os templos possuam os pitons, as pitonisas, as sibilas encarregadas de se comunicar com os espritos dos mortos. Na Grcia a crena nas evocaes era geral.

ORCULOS Eram ncleos de intercmbio com os Espritos dos Mortos.

3. Comunicao com os Espritos entre os Vultos Histricos

JOANA DARCHerona francesa, orientada pelas vozes dos cus, assume a misso de libertar sua ptria do jugo ingls. Perseguida como herege foi levada a fogueira e at no momento extremo ainda afirm ava ouvir espritos

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4. Comunicao com os Espritos na Doutrina EspritaAllan Kardec, reconheceu nesse fenmeno um fato natural, procurou conhecer as leis que o regulam, visando sua adequada utilizao em benefcio dos homens. O Espiritismo revelou como os espritos agem e como se relacionam com a Humanidade. Essa relao dos espritos com as pessoas que vivem no mundo fsico o Espiritismo chama de MEDIUNIDADE. Nos moldes propostos por Kardec, o espiritismo eleva a mediunidade categoria de uma importante forma de auxlio espiritual e crescimento interior. Para melhor aproveitamento a mediunidade implica na permanente reeducao dos sentimentos e na moralizao do mdium. Mediunidade no uma aventura psquica e sua prtica inadequada est sujeita graves dissabores, caso no sejam observadas ou conhecidas suas leis, alerta o codificador em O Livros dos Mdiuns.

MEDIUNIDADE PRINCPIO BSICO DO ESPIRITISMO

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MEDIUNIDADE O QUE ?Mediunidade a faculdade humana, pela qual se estabelecem as relaes entre homens e os espritos. Todos ns possumos mediunidade, embora em diferentes graus. A mediunidade uma sintonia entre os encarnados e os desencarnados, permitindo uma percepo de pensamentos, vontades e sentimentos. A mediunidade uma facudade inerente a todo ser humano, por isso no privilgio de ningum.

Existem diversas forma de se estabelecer o intercmbio entre encarnados e os desencarnados: - a intuio, - a percepo, - a psicofnia, - a psicografia, - a vidncia, - etc.

TODOS SOMOS MDIUNS ?T odos somos mdiuns, mas costuma-se chamar de mdium a pessoa atravs da qual ocorrem, consciente ou inconscientemente, manifestaes evidentes, ostensivas, sejam de natureza fsica ou intelectual. Temos dois tipos de mediunidade: - Mediunidade Natural, - Mediunidade de Prova. MEDIUNIDADE NATURAL No estado evolutivo que nos encontramos as mediunidades da intuio e da percepo so faculdades inerentes a todo o ser humano. A intuio e a percepo so faculdades permanentes em todas as pessoas, assim como a inteligncia tambm j um atributo permanente em todo os seres humanos. Assim como no podemos mais deixar de pensar tambm no podemos deixar de ser mdiuns. Pensamentos e Sentimentos positivos limpam os chacras ampliando a intuio e a percepo. Pensamentos e Sentimentos negativos obstruem os chacras dificultando a int io e a percepo.

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MEDIUNIDADE DE PROVA Para muitos so concedidas temporariamente outras faculdades psquicas, tais como psicofnia, psicografia, vidncia, etc. No as conquistaram, mas receberam-nas de emprstimo, durante a encarnao. Estes tipos de faculdades recebidas por emprstimos denominamos de Mediunidade de Prova. Para alguns uma misso de que se incumbiram e cujo desempenho os faz ditosos. Para outros a Mediunidade lhes concedida, porque precisam dela para melhorarem, para ficarem em condies de receberem bons ensinamentos, de praticarem mais o amor ao prximo e a caridade. A mediunidade seja ela misso ou necessidade deve ser encarada como uma oportunidade que Deus oferece criatura. A mediunidade de prova no um privilgio, por isso, geralmente, os que mais necessitam so os que a possuem. No devem, pois, os mdiuns se considerarem melhores que outras pessoas, nem tampouco a mediunidade ser motivo de vaidade e orgulho. Mas sim, encar-la no sentido de tarefa, de servio, de misso a ser cumprida, com alegria e desinteresse . Como vemos a mediunidade deve ser considerada como verdadeiro instrumento de redeno da criatura humana, que, ao us-la com dignidade e correo, tem oportunidade de exercitar as virtudes crists como a humildade, o perdo, o amor e a caridade.

TRS PONTOS CHAVES DA MEDIUNIDADE1. Sendo mdium sou obrigado a desenvolver a mediunidade? 2. Sou mdium somente dentro do centro? 3. A mediunidade me faz sofrer? 1. Sendo mdium sou obrigado a desenvolver a mediunidade?Ningum obrigado a desenvolver a mediunidade. Quem no quiser praticar sua mediunidade, dever pelo menos esforar-se para sua melhora moral, procurando libertar-se das imperfeies morais (orgulho, egosmo, vaidade, etc) e dos vcios mais grosseiros (cigarro, bebida e drogas, etc).

Um mdium que no toma esses cuidados, poder sofrer a influncia dos Espritos inferiores, independente de estar ou no frequentando uma casa esprita.

2. Sou mdium somente dentro do centro?Outra idia errada, que somente somos mdiuns dentro de um Centro Esprita. Ns somos mdiuns 24 horas por dia, sendo assim, podemos o tempo todo estar exercitando a mediunidade e nem nos darmos conta. Claro que estamos falando da mediunidade da intuio e da percepo. No vamos confundir intuio e percepo com psicofnia, psicografia, cura, etc... Ns somos mdiuns intuitivos e de percepo 24 horas por dia, mas devemos ser mdiuns de psicofnia, psicografia, cura somente nos dias de trabalhos medinicos que se realizam no Centro Esprita. Jamais deveremos transformar o nosso lar em local de trabalhos medinicos. Nossa Casa no tem a sustentao espiritual que tem num Centro Esprita. Mas intuitivamente e ou atravs da percepo fludica podemos receber a influncia dos espritos em qualquer lugar que estejamos , seja em casa, no trabalho, na rua, no carro, no nibus, etc. 7

Alguns vo se aproximar para nos ajudar, outros para serem ajudados. Alguns sero bons, uns sero sofredores, outros sero revoltados.

Conclumos que do lado espiritual tem Espritos bons que nos ajudam e Espritos Sofredores que precisam ser ajudados. Devido ao estado vibratrio denso que se encontram os Espritos sofredores no conseguem atender o apelo dos Espritos bons. Mas estes Espritos sofredores conseguem nos ver e tentam buscar ajuda se aproximando de ns. A Providncia Divina permite este contato por dois bons motivos: 1 - para que possamos praticar a virtude do amor. 2 - Para que aprendamos a viver cuidando dos nossos pensamentos e sentimentos. O que precisamos aprender a controlar as percepes, ou seja, absorver quando for uma percepo positiva e dissolver quando for uma influncia negativa. Assim como percebemos as energias, podemos sofrer a influncia dessas energias, porque as percepes tem muito a ver com a Lei de Afinidade, semelhantes atraem semelhantes, semelhantes tem mais facilidade de perceber semelhantes.

NO PERDER A OPORTUNIDADE DE AJUDAR OS ESPRITOS QUE SE APROXIMAM DE NS

Em qualquer lugar que estejamos podemos receber a influncia dos espritos, seja em casa, no trabalho, na rua, no carro, no nibus, etc. Basta analisarmos a sensao que o esprito est nos transmitindo e saberemos o que ele precisa.

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No gastaremos nem 5 minutos para acabarmos com sofrimentos que muitas vezes perduravam dezenas ou at centenas de anos.

Quando os ajudamos, melhoram o estado vibratrio e eles ento conseguem ver os Espritos que queriam ajud-los e os acompanham.

Mas quantas vezes em vez de ajudar aceitamos a influncia e associamos as nossas angstias e revoltas piorando a condio destes irmos.

Quantos irmos poderemos ajudar ao longo da nossa vida. Mas certamente poderemos ajudar muito mais quando participamos de Grupos Medinicos que trabalham Luz da Doutrina Esprita. Atravs do Estudo Srio poderemos desenvolver e utilizar a sensibilidade medinica de forma mais adequada e certamente produziremos mais e melhor.

3. A mediunidade me faz sofrer? errada a idia de que a mediunidade a causa de sofrimentos e desajustes das pessoas. Geralmente, sofre-se por ignorncia e por falta de cuidados com a vida no plano. 9

NECESSIDADE DA EDUCAO MEDINICAA mediunidade quando no orientada para os caminhos do bom senso, pode turvar a vida e ser instrumento de perturbao geral. O desabrochamento da faculdade medinica e seu aprimoramento, necessitam de educao, esforo, perseverana, disciplina e aquisio de valores morais e espirituais. importante que o mdium no procure na mediunidade um objetivo de simples curiosidade, de diverso ou de interesse particular ou por medo. A mediunidade um dos meios de ao pelo qual se executa o plano divino e os mdiuns no tm o direito de utiliz-la ao sabor de suas fantasias nem formar em torno de si uma atmosfera de misticismo e de personalismo. Todos somos suscetveis s influenciais espirituais, de acordo com o nosso estado de equilbrio estas influencias podem ser boas ou no. Ns mdiuns funcionamos como verdadeiras antenas e quando no cuidamos da nossa conduta moral situamo-nos como focos freqentes de perturbaes espirituais . Se como mdiuns que somos, no tivermos os cuidados necessrios com a nossa edificao moral, poderemos cair presas de Espritos pouco adiantados de que est cheia a atmosfera do planeta. Mediunidade no tem como deixar ter ou se livrar, o que se faz necessrio aprender a us-la direito. Aqueles que quiserem dedicar-se tarefa medinica devero trabalhar para vencer suas imperfeies, alm de ter que estudar a Doutrina Esprita com seriedade e disciplina .

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MEDIUNIDADE NA ANTIGUIDADE

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A MEDIUNIDADE NA ANTIGUIDADEA MEDIUNIDADE SEMPRE EXISTIUCertas pessoas consideram, sem razo, a mediunidade um fenmeno peculiar aos tempos atuais, outras acreditam ter sido inventada pelo Espiritismo. A fenomenologia medinica, entretanto, de todos os tempos e de todos os pases e religies, pois desde as idades mais remotas existiram relaes entre a humanidade terrena e o mundo dos Espritos. A faculdade medinica sempre existiu desde o surgimento do homem na face da Terra, porque se trata de uma faculdade inerente ao seu esprito. A humanidade tem sido guiada, desde sua origem, por leis do mundo oculto j comprovadas na face do orbe, graas a essa faculdade medinica inata no primeiro esprito aqui encarnado. Os fenmenos medinicos, no passado remoto eram tidos como maravilhosos, sobrenaturais, sob a feio fantasiosa dos milagres que lhe eram atribudos, em razo do desconhecimento das leis que os regem, e os indivduos que podiam manter o intercmbio com o mundo invisvel eram considerados privilegiados.

1. A MEDIUNIDADE NO HINDUISMO1.1 - A relao entre os mundos, material e espiritual, tem sido registrada em todas as pocas da Humanidade. Como exemplo, temos o Cdigo dos Vedas, o mais antigo cdigo religioso que se tem notcia, onde se encontra o registro da existncia dos Espritos: "Os Espritos dos antepassados, no estado invisvel, acompanham certos Bramanes, convidados para cerimnia em comemorao dos mortos, sob uma forma area; seguem-nos e tomam lugar ao seu lado quando eles se assentam". 1.2 - Desde tempos imemoriais, os sacerdotes brmanes, iniciados nos mistrios sagrados, preparavam indivduos chamados faqures para a obteno dos mais notveis fenmenos medinicos, tais como a levitao, o estado sonamblico at o nvel de xtase, a insensibilidade hipntica a dor, entre outros, alm do treino para a evocao dos PITRIS (espritos que vivem no Espao, depois da morte do corpo), cujos segredos eram reservados somente queles que apresentassem quarenta anos de noviciado e de obedincia passiva. A INICIAO ENTRE OS BRMANES COMPORTAVA TRS GRAUS No primeiro, eram formados para se encarregar do culto vulgar e explorar a credibilidade da multido. Ensinava-se-lhes a comentar os trs primeiros livros dos Vedas, a dirigir as cerimnias e a cumprir os sacrifcios; - o brmanes do primeiro grau estavam em comunicao constante com o povo: eram seus diretores imediatos. - O segundo grau era composto dos exorcistas, adivinhos e profetas evocadores de espritos, eram encarregados de atuar sobre o imaginao das massas, por meio de fenmenos sobrenaturais. - No terceiro grau, os brmanes no tinham mais relaes diretas com a multido; quando o faziam sempre por meio de fenmenos aterrorizantes, e de longe.

2. A MEDIUNIDADE NO ANTIGO EGITONo Egito antigo, os magos dos faras evocavam os mortos, e muitos comercializavam os dons de comunicabilidade com os mundos invisveis para proveito prprio ou dos seus clientes; fato esse comprovado pela proibio de Moiss aos hebreus: "Que entre ns ningum use de sortilgio e de encantamentos, nem interrogue os mortos para saber a verdade". (Deuternimo) De forma idntica s prticas religiosas da antiga ndia, as faculdades medinicas no Egito foram desenvolvidas e praticadas no silncio dos templos sagrados sob o mais profundo mistrio, e rigorosamente vedadas a populao leiga. A iniciao nos templos egpcios era cercada de numerosos obstculos, e exigia-se o juramento de sigilo, e a menor indiscrio era punida com a morte. Sados de todas as classes sociais, mesmo das mais nfimas, os sacerdotes eram os verdadeiros senhores do Egito; os reis, por eles escolhidos e iniciados, s governavam a nao a ttulo de mandatrios. Todos os historiadores esto de acordo em atribuir aos sacerdotes do antigo Egito poderes que pareciam sobrenaturais e misteriosos. Os magos dos faras realizavam todos esses prodgios que so referidos na Bblia; bem certo que eles evocavam os mortos, pois Moiss, seu discpulo, proibiu formalmente que os hebreus se entregassem a essas prticas. 12

Os sacerdotes do antigo Egito eram tidos como pessoas sobrenaturais, em face dos poderes medinicos, que eram misturados maliciosamente com prticas mgicas e de prestidigitao. A cincia dos sacerdotes do Egito antigo ultrapassava em muito a cincia atual, pois conheciam o magnetismo, o sonambulismo, curavam pelo sono provocado, praticavam largamente a sugesto, provocavam a clarividncia com fins teraputicos e eram clebres pelas prticas de curas hipnticas. AMENOPHIS o sacerdote egpcio (A Iniciao do Codificador). No tempo em que Moiss libertou o povo hebreu do cativeiro egpcio, vamos encontrar o esprito daquele que um dia seria o Codificador da Doutrina Esprita envergando a tnica sacerdotal e j detentor de uma sabedoria que o colocava como sacerdote preferido do Fara Ramss II. O sacerdote Amenophis era mdium de efeitos fsicos, inclusive existem relatos sobre as sesses de materializao que eram realizadas naquela poca.

3. MEDIUNIDADE NA SUMRIAA medicina entre os sumarianos era em curioso misto de ervanaria e magia, cujo receiturio consistia principalmente em feitios para exorcizar os maus espritos que acreditavam ser a causa das suas molstias.

4. MEDIUNIDADE NA BABILNIAOs babilnios primitivos viviam cercados de supersties. Acreditavam que hordas de espritos malvolos se escondiam na escurido e cruzavam os ares, espalhando em seu caminho o terror e a destruio, cuja nica defesa eram os sacrifcios e os sortilgios mgicos. Se o antigo povo babilnio no inventou a feitiaria foi ao menos o primeiro a dar-lhe um lugar de grande importncia, a ponto do desenvolvimento da demonologia e da bruxaria terem exigido leis que prescreviam a pena de morte contra seus praticantes e h provas de ter sido bastante temido o poder dos feiticeiros.

5. A MEDIUNIDADE NA ANTIGA GRCIANa Grcia a crena nas evocaes era geral. Todos os templos possuiam chamadas pitonisas encarregadas de proferir orculos, evocando os deuses, mas, as vezes, o consultante queria ele prprio ver e falar a "sombra" desejada e, como na Judia, conseguia-se p-lo em comunicao com o ser, ao qual desejava interrogar (Delane, 1937).

6. A MEDIUNIDADE NOS CELTASCeltas, povo pr-histrico que se espalhou por grande parte da Europa entre os sculos XXI a.C. a I a.C., atingindo o maior poderio do sculo VI a.C. ao III a.C., possuram grupos fechados de sacerdotes, especializados em comunicaes com alm, chamados de "Druidas". ALLAN KARDEC - o sacerdote druida (Aquisio da Sabedoria) Segundo o Esprito de Zfiro aproximadamente no ano 100 a. C., Denizar Rivail foi um chefe druida. Os druidas eram os sacerdotes do povo celta. A escolha dos futuros sacerdotes era feita entre a classe aristocrtica e, desde criana, j se submetiam a rigorosa disciplina e intenso aprendizado junto aos druidas mais velhos. A sabedoria drudica j admitia a reencarnao, a inexistncia de penas eternas, o livre-arbtrio, a imortalidade da alma, a lei de causa e efeito, as esferas espirituais. Marcou tanto essa etapa reencarnatria, que o Codificador decidiu assinar suas obras espritas, com o nome de Allan Kardec.

7. ORCULOS GREGOS E ROMANOSMediante a invocao de poderes sobrenaturais, o homem sempre recorreu a vrios tipos de adivinhao. No mundo greco-romano, um dos meios mais difundidos foram os orculos. Chamavam-se orculos as respostas dadas pelos deuses a perguntas a eles formuladas de acordo com determinados rituais executados por uma pessoa que atuava como mdium ou pitonisa. Os Orculos eram ncleos de intercmbio medianmico, onde trabalhavam sibilas, ptons e pitonisas. Gente de todas as classes sociais, inclusive autoridades pblicas, visitavam estes lugares, recebendo orientaes das mais diversificadas; O termo refere-se tambm prpria divindade que respondia e a seu intrprete, bem como ao local onde eram dadas as respostas. Os templos ou grutas destinados aos orculos eram numerosos e dedicados a diversos deuses. 13

Os rituais variavam dos mais simples, como tirar a sorte, aos mais complexos, executados por pessoas que atuavam como mdium ou pitonisa. Antes da consulta, a pitonisa e o consulente banhavam-se na fonte Castlia; depois, ela bebia gua da fonte sagrada de Casstis e entrava no templo, onde o deus era invocado por meio de um ritual. Em seguida, sentada numa trpode, entre vapores sulfurosos (enxofre) e mascando folhas de louro (a rvore sagrada de Apolo), entrava em transe ou "delrio divino", quando transmitia as palavras do deus. Sua mensagem era anotada e interpretada pelos sacerdotes, que comunicavam-na ao consulente, com freqncia sob a forma de versos. As pessoas aps o contato com os Espritos, passavam por uma limpeza com enxofre, as emanaes dessas substncias tinha como funo descontaminar as pessoas pela destruio dos miasmas ou fluidos deixados pelos mortos. O mais famoso orculo da antiguidade foi o santurio de Apolo em Delfos, localizado nas encostas do monte Parnaso, no golfo de Corinto (Grcia) Embora sua existncia j fosse conhecida por Homero, sua fama s se difundiu entre as comunidades helnicas nos sculos VII e VI a.C., quando comeou a ser consultado por legisladores e chefes militares. Na Grcia existiam muitos outros, mas destacavam-se mais o orculo de Zeus em Dodona, no noroeste, o orculo de Epidauro com o deus Asclpio, o orculo de Anficlia com o deus Dioniso. Os orculos sibilinos consistiam em profecias realizadas por mulheres chamadas sibilas. As sibilas mais famosas eram a de Eritria e a de Cumas. Os romanos tambm tiveram os seus orculos, chamados arspices, que interpretavam as disposies dos deuses pelo exame das vsceras de animais sacrificados ou pelos fenmenos da natureza, como raios, troves e eclipses. A expanso do cristianismo ps fim atividade dos orculos.

Soldado romano consultando um orculo

8. A MEDIUNIDADE NA BBLIAA Bblia com o Velho e o Novo Testamento uma fonte riqussima de fenmenos medinicos, a prpria to propalada proibio de Moiss evocao dos espritos uma das maiores confirmaes da existncia da mediunidade. 8.1. CASO DE ESCRITA DIRETA DANIEL (5:5) - Por ocasio em que se realizava um banquete oferecido pelo rei Balthazar (filho de Nabucodonosor), ao qual compareceram mais de mil pessoas da corte, no momento em que bebiam vinho e louvavam os deuses, apareceram uns dedos de mo de homem, e escreviam defronte do candeeiro, na caiadura da parede do palcio real; e o rei via os movimentos da mo que escrevia. 8.2. CASOS DE LEVITAO O que se d que os Espritos operantes envolvem a pessoa ou coisa a levitar em fluidos, isolando-os assim do ambiente fsico. A ao do esprito sobre o material a levitar se realiza pela utilizao das suas prprias mos convenientemente materializadas ou condensadas. EZEQUIEL (3:14) - Tambm o Esprito me levantou e me levou consigo; e eu fui cheio de amargura, na indignao do meu Esprito; porm a mo do Senhor estava comigo, confortando-me.

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EZEQUIEL (8:2) - Olhei, e eis uma figura como de fogo; Estendeu ela dali uma semelhana de mo e me tomou pelos cachos da cabea; o Esprito me levantou entre a terra e o cu, e me levou a Jerusalm em vises de Deus. 8.3. CASO DE INCORPORAO JEREMIAS (39:15) - O profeta da paz, era mdium de incorporao, quando o Esprito o tomava, pregava contra a guerra aos exrcitos de Nabucodonosor. 8.4. CASOS DE VIDNCIA DANIEL (8:15) - Havendo eu, Daniel tido uma viso, procurei entend-la, e eis que se apresentou diante de mim com aparncia de homem, veio, pois, para perto donde eu estava; ao chegar ele, fiquei amedrontado, e prostei-me com o rosto em terra; mas ele me disse: Entende, filho do homem, pois esta viso se refere ao tempo do fim. DANIEL (10:5) - Levantei os olhos, e olhei, e vi um homem vestido de linho, o seu rosto como um relmpago. S eu, Daniel, tive aquela viso; os homens que estavam comigo nada viram, no obstante, caiu sobre eles grande temor, e fugiram e se esconderam, contudo ouvi a voz das suas palavras, e ouvindo-a, ca sem sentido, com o rosto em terra. 8.5. CASOS DE MATERIALIZAO MOISS - Mediante fenmeno de materializao, recebe do Alto a Tbua dos Dez Mandamentos, manisfestao de uma vontade superior visando o despertamento moral dos povos; ANJO GABRIEL Anunciao de Jesus feita pelo anjo Gabriel Maria. DANIEL (6:1) - Todos os grandes da corte, por no acharem meios de acusar a Daniel, convenceram ao rei, que ele deveria estabelecer um decreto, que fizesse com que todo homem que, por espao de trinta dias, fizesse petio a qualquer deus, e no ao rei, fosse lanado na cova dos lees. O rei Dario que simpatiza com Daniel, mesmo contrariado assinou a escritura de interdito. Daniel, mesmo sabendo sobre o decreto, trs vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graas, diante do seu Deus, como costumava fazer. Ento aqueles homens tendo achado Daniel a orar e a suplicar, diante do seu Deus. Foram junto ao rei e o convenceram penalizar a Daniel. O rei ordenou que trouxessem a Daniel e o lanassem na cova dos lees. Disse o rei a Daniel: o teu Deus, a quem tu continuadamente serves, que ele te livre. Foi trazida uma pedra e posta sobre a boca da cova; selou-a o rei com seu prprio anel, e com o dos seus grandes, para que nada se mudasse a respeito de Daniel. Ento o rei se dirigiu para o seu palcio, passou a noite em claro, o sono fugiu. Pela manh, ao romper do dia, levantou-se o rei e foi com pressa cova dos lees. Chegando-se ele cova, chamou por Daniel disse o rei: Daniel, servo do deus vivo, dar-se-ia o caso que teu Deus, a quem tu continuadamente serves, tenha podido te livrar-te dos lees? Ento Daniel respondeu ao rei: O meu deus enviou o seu anjo, e fechou a boca aos lees, para que no me fizessem dano, porque foi achada em mim inocncia diante dele; O rei alegrou-se e mandou tirar a Daniel da cova e nenhum dano se achou nele. Ordenou o rei, e foram trazidos aqueles homens que tinham acusado a Daniel e foram atirados na cova dos lees.

9. OUTROS FATOS QUE EVIDENCIAM A PRESENA ESPIRITUAL NA HISTRIA:SCRATES, constantemente orientado pela guia espiritual, revela-se precursor do Cristianismo. Desde a minha infncia, graas ao favor celeste, sou seguido por um Ser quase divino, cuja voz me interpele a esta ou quela ao. Os discpulos de Scrates se referem, com admirao e respeito, ao amigo invisvel que o acompanhava constantemente. PAULO DE TARSO, s portas de Damasco, tem a viso do nazareno em perfeita configurao luminosa, convertendo-se deste modo em apstolo e medianeiro do Mestre. PAULO DE TARSO - Na Bblia, o apstolo Paulo deixa claro o intercmbio entre os dois mundos ao afirmar: "No extingais o esprito; no desprezeis as profecias; examinai tudo. Retm o que bom" (I Tessalonicensses). JOO - Tambm o apstolo Joo mostra a possibilidade de comunicao entre os dois mundos, mas nos alerta para a qualidade dessa comunicao: "No creais em todos espritos, mas provai se os espritos so de Deus" (I Joo). 15

CSAR, o grande imperador romano, esteve com a pitonisa Spurina, informando-se que no dia 15 de maro algo muito grave aconteceria em sua vida. Na data prevista, Csar segue para o Palcio e l recebe 23 punhaladas, morrendo imediatamente. CALGULA Neste relato encontramos claramente o caso de materilaizaes, onde os Espritos vingativos em torno de Calgula eram tantos que, depois de lhe enterrarem os restos nos jardins de Lmia, eram ali vistos, frequentemente, at que se lhe exumaram os despojos para a incinerao. NERO - nos ltimos dias de seu reinado, viu-se fora do corpo carnal, junto de Agripina e de Otavia, sua genitora e sua esposa, ambas assassinadas por sua ordem, a lhe pressagiarem a queda no abismo; RAINHA VITRIA, a soberana que mais tempo permaneceu no Poder ingls, passou 30 anos mantendo dilogos com seu ex-esposo Alberto, atravs do mdium John Brawn. As grandes decises de seu governo tiveram a participao direta do Esprito; CATARINA DA RSSIA chamada s pressas para ver o seu ssia fantasma, uma entidade materializada que se demora no trono da rainha, sendo cercada pela guarda do Palcio. Alvejado por dois tiros de fuzil desfez-se sem deixar qualquer sinal de sua presena. JOO HUSS - o reformador (O testemunho que estava pronto) Jean Hus ou Joo Huss, nasceu em Husinec em 1369 (Allan Kardec desencarnou exatamente 500 anos aps, em 1869). Estudou na capital, formou-se bacharel em Arte e Teologia, obteve grande destaque como professor, foi nomeado Deo da Faculdade de Filosofia e, posteriormente, Reitor da Universidade. Foi profundamente impregnado pelas idias de Wycliffe (futuramente, Lon Denis), professor da Universidade de Oxford, Inglaterra, e considerado um dos maiores sbios de sua poca. Wycliffe chamava o papa de Anticristo, mau sacerdote, corrupto, ladro. Foi sob influncia dessas idias e vivendo esses problemas sociais e polticos, que Joo Huss desenvolveu seu pensamento e se tornou um grande pregador, recebia grande inspirao espiritual ao pregar. Pelos desrespeitos s regras cannicas e morais que a Igreja praticava naquela poca, passou a atacla, publicamente. Aos 6 dias de fevereiro de 1415, foi condenado e executado. Levaram-no a um terreno baldio, despiram-no, amarraram-no a um poste, colocaram lenha ao redor e puseram fogo. Morreu aos 46 anos queimado vivo pela Santa Inquisio. JOANA DARC, nasceu no ano de 1412, numa pequena aldeia da Frana chamada Dom Remy. Filha de pobres lavradores, no sabia nem ler nem escrever. Desde pequena escutava vozes no silncio dos bosques, que atribua a So Miguel, Santa Margarida e Santa Catarina, os quais incentivaram a voltar-se para Deus e defender a Frana, cuja nobreza se encontrava esmagada na luta que durava quase cem anos contra a Inglaterra. Joana D'arc, herona francesa, orientada pelas vozes do Cu, assume a misso de libertar a sua ptria do jugo ingls. Guiada por essas vozes, ela reorganizou o exrcito francs e conduziu Carlos VII ao trono. Seu triunfo motivou inveja e intrigas que culminaram na sua captura, foi perseguida como herege, submete-se ao sacrifcio inquisitorial, e posteriormente sua condenao pelo fato de no querer negar essas vozes perante a Igreja, e mesmo, no momento extremo, ainda afirmava ouvir os espritos; A sua voz chegava at silenciosa multido, que escutava, aterrada, as suas preces e gemidos. Por fim, num ltimo grito de agonia de amor, Joana disse: - "Jesus". Conta-se que um dos soldados, lanando-se entre a multido gritou: "Estamos perdidos! Queimamos uma santa!" Posteriormente, a Igreja que a condenou e qual Joana sempre foi fiel, declarou-a inocente. Foi canonizada, finalmente, em 1920, na baslica de So Pedro, em Roma. Cinco sculos atrs, no entanto, houve quem soubesse que no meio deles vivia uma santa.

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MEDIUNIDADE NA IDADE MODERNAHISTRIA DE ALGUNS MDIUNS FAMOSOS

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IDADE MODERNA1 - EMMANUEL SWEDENBORG (1688 - 1772)Swedenborg nasceu na Sucia e foi educado pela nobreza de sua ptria, deslocando-se para Londres onde iniciou-se a sua "iluminao", porquanto desde o dia de sua primeira viso at a sua morte, 27 anos aps, esteve ele em contnuo contato com o mundo espiritual de maneira ostensiva. Naquela noite, diz ele, que o mundo dos espritos abriu-se para mim e encontrei, muitas pessoas do meu conhecimento e de todas as condies. Desde ento diariamente o Senhor abria os olhos do meu esprito para ver, perfeitamente desperto, o que se passava no outro mundo e para conversar, em plena conscincia, com os espritos. Swedenborg, considerado como precursor do Espiritismo, foi antes de tudo um homem de gnio, cuja genialidade empolgada o fez perder-se em algumas interpretaes, naquilo que lhe era dito ou mostrado. Swedenborg era certamente em sua poca, o homem que mais conhecimentos detinha em seu possante crebro. Era um grande engenheiro, uma autoridade em metalurgia, em Fsica e em Astronomia, autor de importantes trabalhos sobre as mars e sobre a determinao das latitudes. Era zoologista e anatomista. Financista e poltico. Em suas vises o mdium falava de uma espcie de vapor que exalava dos poros do seu corpo, que sendo aquoso e muito visvel caa no solo sobre o tapete. uma perfeita descrio do ectoplasma utilizado nos efeitos fsicos. Em uma dessas vises Swedenborg descreveu um incndio em Estocolmo, a 300 milhas de distncia, com perfeita exatido. Estava ele em um jantar acompanhado de 16 pessoas que serviram como testemunhas do evento, investigado pelo grande filsofo Kant. A partir de ento ele teve o privilgio de examinar vrias esferas do outro mundo e, suas narrativas se assemelham s de Andr Luiz, recebidas pelo canal medinico de Chico Xavier. Seu trabalho foi de imenso valor, no que tange aos ensinos que seriam confirmados pelo Espiritismo, a sua obra foi um marco, no imenso oceano de supersties e fanatismo em que viviam os homens de sua poca.

2 - FRANZ ANTON MESMER (1734 - 1815)Mesmer foi o mdico austraco criador da teoria do magnetismo animal conhecido pelo nome de mesmerismo. Nasceu a 23 de maio em Iznang, uma pequena vila perto do Lago Constance. Estudou teologia em Ingolstadt e formou-se em medicina na Universidade de Viena. Em 1775, aps muitas experincias, Mesmer reconhece que pode curar mediante a aplicao de suas mos, acredita que dela desprende um fluido que alcana o doente; Declara: "De todos os corpos da Natureza, o prprio homem que com maior eficcia atua sobre o homem". A doena seria apenas uma desarmonia no equilbrio da criatura, opina ele. Mesmer, que nada cobrava pelos tratamentos, preferia cuidar de distrbios ligados ao sistema nervoso. Alm da imposio das mos sobre os doentes, para estender o benefcio a maior nmero de pessoas, magnetizava gua, pratos, cama, etc., cujo contato submetia os enfermos. Mesmer praticou durante anos o seu mtodo de tratamento em Viena e em Paris, com evidente xito, mas acabou expulso de ambas as cidades pela inveja e incompreenso de muitos. Depois de cinco tentativas para conseguir exame judicioso do seu mtodo de curar, pelas academias, que publica, em 1779, a "Dissertao sobre a descoberta do magnetismo animal", na qual afirma que este uma cincia com princpios e regras, embora ainda pouco conhecida. Em 1784, o governo francs nomeou uma comisso de mdicos e cientistas para investigar suas atividades. Benjamin Franklin foi um dos membros dessa comisso, que acabou por constatar a veracidade das curas, porm as atriburam no ao magnetismo animal, mas a outras causas fisiolgicas desconhecidas. Em 1792, Mesmer v-se forado a retirar-se de Paris, vilipendiado, e instala-se em pequena cidade suia, onde vive durante 20 anos sempre servindo aos necessitados e sem nunca desanimar nem se queixar. No incio de 1814, ele regressou para Iznang, sua terra natal, onde permaneceria os seus ltimos dias at falecer, no ano seguinte. Assim foi Mesmer. Durante anos semeou a cura de enfermos doando de seu prprio fluido vital em atitude digna daqueles que sacrificam-se por amor ao seu trabalho e a seus irmos.

3 - ANDREW JACKSON DAVISAndrew Jackson Davis nasceu no dia 11 de agosto de 1826, nas margens do rio Hudson, nos Estados Unidos da Amrica do Norte, e desencarnou em 1910, com a idade de 84 anos. Jackson Davis descendia de famlia humilde. Sua faculdade medinica desabrochou quando tinha apenas 17 anos. 18

Primeiro, desenvolveu a audincia. Ouvia vozes que lhe davam bons conselhos. Depois, surgiu a vidncia, tendo notvel viso, quando sua me morreu. Mais tarde, manifestou-se outra faculdade muito interessante e muito rara: a de ver e descrever o corpo humano, que se tornava transparente aos seus olhos espirituais. Dizia ele que cada rgo do corpo parecia claro e transparente, mas se tornava escuro quando apresentava enfermidade. Na tarde de 6 de maro de 1844, deu-se, com Davis, um dos mais extraordinrios fenmenos, o do levitao. Foi ele tomado por uma fora estranha que o fez voar da cidade de Poughkeepsie a Catskill, cerca de quarenta milhas de distncia. Para ns, espritas, o papel representado por Jackson Davis de grande importncia, pois comeou a preparar o terreno para os grandes acontecimentos da Terceira Revelao. Em suas vises espirituais viu quase tudo o que Swedenborg descreveu sobre o plano espiritual (abramos aqui um parntese para dizer que, por ocasio do seu transporte s montanhas de Catskill, identificou Galeno e Swedenborg como seus mentores espirituais). Em seu caderno de notas, encontrou-se a seguinte passagem datada de 31 de maro de 1848: "Esta madrugada, um sopro quente passou pela minha face e ouvi uma voz, suave e forte, a dizer: irmo, um bom trabalho foi comeado olha! surgiu uma demonstrao viva. Fiquei pensando o que queria dizer aquela mensagem." Ao que parece, este aviso fazia meno aos fenmenos de Hydesville, pois foi exatamente nessa data, numa sexta-feira, que se estabeleceu o incio da telegrafia espiritual, atravs da menina Kate Fox.

4 - DANIEL DUNGLAS HOMEDescendente de famlia nobre, da Esccia, nascia, no dia 15 de maro de 1833, em Currie, perto de Edimburgo, o maior mdium de efeitos fsicos do sculo passado Daniel Dunglas Home. Aos nove anos de idade, Home partiu para os Estados Unidos em companhia de uma tia que o adotara. Quando tinha treze anos, manifestou-se nele extraordinria faculdade psquica, tendo previsto a desencarnao de um amigo da famlia. Conta-se que Home fizera um pacto com um colega de nome Edwin, para que o primeiro desencarnado viesse mostrar-se ao outro. Um ms aps haver-se mudado para outro distrito, quando foi para cama, teve a viso de Edwin, que desencarnara e viera cumprir o pacto, cuja confirmao recebeu dois ou trs dias depois. Em 1850, teve uma segunda viso; esta, sobre a morte de sua me, que vivia na Amrica do Norte. Em seguida, comearam a produzir-se os mais variados fenmenos, tais como fortes batidas nos mveis, transporte de objetos e outros "raps" que inquietaram o lar de sua tia, com quem morava, ao ponto de esta afirmar que o rapaz havia trazido o Diabo para sua casa. Esses fenmenos tiveram grande repercusso em toda a Amrica, tendo sido organizada, em 1852, uma Comisso da Universidade de Harward para visitar o mdium, comisso essa que lavrou ata afirmando a exatido dos fatos verificados durante as experincias com ele realizadas. Em 1855, Home transportou-se para a Europa, Home jamais mercadejou seus preciosos dons medinicos. Home, como se v, possua vrias faculdades, dentre elas, a de levitao, fenmeno esse inmeras vezes constatado por cientista da poca. No dia 13 de dezembro de 1868 teve um caso que foi fartamente documentado por vrias pessoas. Home flutuou horizontalmente, como se estivesse deitado numa cama, atravs de uma janela aberta no terceiro andar de uma casa e voltou por outra. Feito isso, Home ficou de p. O fenmeno foi, em seguida repetido, sempre diante de testemunhas. Em outras ocasies, Home levitou numa sala assistido por um grupo de pessoas. Como todo mdium, Home foi caluniado e ferido em sua dignidade, mas nunca lhe faltou, nas horas mais difceis, o amparo de seus mentores espirituais. Allan Kardec, atravs das colunas de "Revue Spirite", o defende.

5 - EUSPIA PALADINONasceu em Npoles, Itlia, em 31 de janeiro de 1854, e desencarnou em 1918, com sessenta e quatro anos, Euspia Paladino foi a primeira mdium de efeitos fsicos a ser submetida a experincias pelos cientistas da poca. As primeiras manifestaes de sua mediunidade consistiram no movimento e levitao de objetos, quando ainda muito jovem, pois contava apenas quatorze anos, somente aos vinte e trs anos que, graas a um esprita convicto, Signor Damiani, ela conheceu o Espiritismo. Por volta do ano 1888 que Euspia tornou-se conhecida no mundo cientfico em virtude de uma carta do Prof. rcole Chiaia enviada ao criminalista Csar Lombroso. Trs anos mais tarde, em 1891, Lombroso aceitou o convite, realizando, com Euspia, uma srie de sesses. Esses trabalhos foram seguidos pela Comisso de Milo, integrada pelos professores Schiaparelli, 19

diretor do Observatrio de Milo; Gerosa, Catedrtico de fsica; Ermacora, Doutor em Filosofia, de Munique, e o prof. Charles Richet, da Universidade de Paris. Alm dessas sesses, muitas outras foram realizadas, com a presena de homens de cincia, no s da Europa, como tambm da Amrica. Lombroso, diante da evidncia dos fatos, converteu-se ao Espiritismo, tendo declarado: - "Estou cheio de confuso e lamento haver combatido, com tanta persistncia, a possibilidade dos fatos chamados espritas." A converso de Lombroso deveu-se tambm ao fato de o Esprito de sua me haver-se materializado em uma das sesses realizadas com Euspia. Convm citarmos um trecho do relatrio apresentado pela Comisso de Milo que diz: - " impossvel dizer o nmero de vezes que uma mo apareceu e foi tocada por um de ns. Como se v, a Comisso que ofereceu este relatrio era constituda por homens de cincia, o que no deixa dvida quanto veracidade dos fenmenos por eles constatados. O prof. Charles Richet, em 1894, tambm realizou vrias sesses experimentais em sua prpria casa, obtendo levitaes parciais e completas da mesa, alm de outros fenmenos de efeitos fsicos. Sir Oliver Lodge, prof. de Filosofia Natural do Colgio de Bedford, Catedrtico de Fsica da Universidade de Liverpool, Reitor da Universidade de Birmingham, e que foi, tambm, presidente da Associao Britnica de Cientistas, tambm realizou inmeras experincias com a mdium Euspia Paladino.

6 - MADAME D'ESPERANCEElizabeth dEsperance nasceu em 1849, um ano depois dos fenmenos de Hydesville. Quando ainda mocinha, apareceu em pblico, respondendo perguntas referentes aos mais variados setores da cincia, que foram respondidas, rapidamente, pela mdium, em ingls, alemo e at mesmo em latim. Madame dEsperance, que possua educao de classe mdia, quando caa em transe medinico, externava admirveis conhecimentos cientficos, abordando assuntos totalmente desconhecidos daqueles que a interrogavam. Nesse estado, desenhava na mais completa escurido. No admissvel: - que algum pode ver normalmente e desenhar com minuciosa preciso em completa obscuridade; - que algum pode, por meios normais de viso, ler o contedo de uma carta fechada, no escuro; - que algum, que ignore a lngua alem, possa escrever com rapidez e exatido longas comunicaes em alemo. Na sua infncia, brincava com Espritos de crianas, como se estes fossem crianas reais. Mais tarde, lhe foi acrescentada a faculdade de materializao, pois ela fornecia, em abundncia, o fluido chamado "ectoplasma", que serve para a produo desse fenmeno. Seu guia espiritual era uma bela moa rabe, que dava o nome de Yolanda. Esse Esprito se materializava, constantemente, dada a perfeita afinidade que tinha com a mdium. Alexandre Aksakoff, no seu livro "Um Caso de Desmaterializao Parcial", descreve que, em uma sesso realizada com essa mdium, viu seu corpo desmaterializar-se, parcialmente. Foram tambm obtidos, graas a preciosa faculdade dessa mdium, moldagens em parafina, de mos e ps, com punhos e tornozelos que, dada a estreiteza dessas partes, no podiam permitir a sada dos membros, a no ser por sua desmaterializao. Como a maioria dos mdiuns de prova, Madame dEsperance tambm sofreu muito durante o cumprimento da sua espinhosa misso. Em um dos trabalhos de materializao realizado na Escandinvia, o Esprito de Yolanda foi agarrado por um pesquisador menos avisado, com o intuito de desmascaramento, tendo a mdium sofrido grande choque traumtico que lhe produziu srio desequilbrio orgnico, prostrando-a de cama.

7 - FLORENCE COOK (1856 - 1904)Os pormenores da vida de Florence so fornecidos por ela prpria, em carta dirigida a Mr. Harrison, diz: "Tenho 15 anos, desde a minha infncia vejo os espritos e ouo-os falar. Como ningum os via nem ouvia, meus pais procuraram inculcar em mim a idia de que era produto de minha imaginao. Na primavera de 1872 fui visitar uma amiga de colgio, ela me perguntou se eu j ouvira falar de Espiritismo, acrescentado que seus pais e ela se reuniam em torno de uma mesa, nessa situao obtinham certos movimentos; Florence participou da sesso daquela tarde, e quando ficou em p junto a mesa, esta se ergueu a uma altura de 4 ps. Na segunda sesso por tiptologia, foram orientandos para que deixassem o aposento em penumbra. Eles a ergueriam e dariam a volta na sala com ela. Diz Florence: De imediato senti que algum me tirava da cadeira, e, fui erguida at o teto, fato que todas as pessoas presentes na sala puderam ver. Minha me indagou se podamos obter esse fenmeno em nossa casa. A mesa respondeu que sim, visto que eu era mdium. 20

Na primeira reunio em nossa casa, os espritos quebraram a nossa mesa e duas cadeiras, fazendo ainda outros estragos. Em vista disso, resolvemos que, de modo algum tornaramos a realizar sesses. Ento os espritos comearam a nos atormentar, atirando-nos livros e outros objetos; as cadeiras passeavam sozinhas pela sala, a mesa se erguia violentamente, enquanto fazamos as refeies, e fortes ruidos eram ouvidos durante a noite, fazendo-nos estremecer de medo. Por fim nos vimos obrigadas a nos reunirmos em torno da mesa e a tentar um dilogo com eles. Os espritos disseram que fssemos a Navarino Street, 74" onde existia uma sociedade esprita. O endereo estava certo. L encontramos Mr. Thomas Blyton que nos convidou a assistir a uma sesso onde entrei em transe e, por incorporao, uma entidade disse aos meus pais que, se contssemos com o auxlio de Mr. Herne e Mr. Williams, obteramos comunicaes de valor. Reunimo-nos vrias vezes e, finalmente, obtivemos os fenmenos prometidos. O esprito que dirigiu a sesso disse chamar-se Katie King". No dia 22 de abril de 1872, o esprito Katie King se materializou parcialmente pela primeira vez. Katie mostrou-se na abertura da cortina e falou durante alguns minutos, ocasio em que os presentes puderam acompanhar o movimento de seus lbios. Com o avano das experincias, Florence, que antes, nas materializaes parciais permanecia consciente, passou a cair em transe medida que Katie King ia conseguindo-se mostrar mais perfeitamente. A Doutrina Esprita deve eterna gratido menina de 15 anos, que, sacrificando sua juventude nos laboratrios dos sbios, prestou os mais relevantes servios comprovao cientfica da imortal obra de Allan Kardec.

8 - HENRY SLADEHenry Slade representou importante papel na histria do Espiritismo, pelo grande poder medinico de que era dotado. Slade celebrizou-se pela escrita na lousa, tendo-se exibido, por muitos anos, na Amrica do Norte, de onde transportou-se para a Inglaterra, realizando, em Londres, inmeras sesses desse gnero. Dr. Slade, cobrava vinte Shillings por sesso e prefere que apenas uma pessoa fique na sala que ocupa. No perde tempo: assim que o visitante se senta, comeam os incidentes, continuam e terminam em cerca de quinze minutos." Slade no s produzia a escrita na lousa, como tambm provocava outros fenmenos de efeitos fsicos tais como o arremesso de objetos, materializaes de mos e a execuo musical. Certa vez, em uma sesso realizada em plena luz do dia, alm de ser obtida a escrita na ardsia, foi tambm executada, ao acordeon, a pea "Home, Sweet Home" (Lar, Doce Lar). Como se v, Slade era mdium dotado de grande poder para a produo de fenmenos de efeitos fsicos. A carreira de Slade, como a da maioria dos mdiuns, foi bastante espinhosa. Por acusao de fraude, feita pelo prof. Ray Lankester, foi julgado na Corte de Polcia de Bow Street, perante o juiz Flower. A acusao foi feita por Mr. George Lewis e a defesa esteve a cargo de Mr. Munton. Sobre a autenticidade dos fenmenos produzidos por Slade, falaram Alfred Russel Wallace, Serjeant Cox, alm de outros, que apresentaram provas concretas para a defesa do acusado, mas, mesmo assim, o magistrado, no julgamento, exclui, dizendo que sua deciso baseava-se em "inferncias deduzidas dos conhecidos fatos naturais". Assim, foi Slade condenado a trs meses de priso, com trabalhos forados, nos termos da lei. Houve apelo e ele foi solto sob fiana. Mais tarde, quando foi julgado o apelo, a condenao foi anulada. Henry Slade desencarnou em 1905, num Sanatrio, em Michigam. Foram inmeros os comentrios feitos pela imprensa londrina a respeito das ocorrncias registradas com ele, notadamente sobre a perseguio movida por Ray Lankester, em Bow Street, de que resultou sua condenao.

9 - OS IRMOS DAVENPORTIra Davenport, nasceu a 17 de setembro de 1839, em Buffalo, New York, e William Henry Davenport, a 1. de fevereiro de 1841. Pertenciam a uma famlia descendente de colonizadores ingleses da Amrica do Norte. Em 1846, manifestou-se a faculdade medinica em ambos os irmos, caracterizando-se por batidas, rudos, estalos e outros fenmenos, que chamaram a ateno de muitos investigadores da poca. A notcia espalhou-se por toda parte, transformando-se a casa dos Davenport centro de grande ateno de todos os que para ali se dirigiam a fim de assistir aos mais estranhos fenmenos por eles produzidos. Do mesmo modo que com as irms Fox, centenas de curiosos e incrdulos se amontoavam na casa. Ira desenvolveu a escrita automtica (psicografia) e distribua entre os presentes mensagens escritas com extraordinria rapidez, contendo informaes que ele no podia possuir.

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Logo se seguiu a levitao e o rapaz era suspenso no ar, por cima das cabeas dos que se achavam na sala, a uma altura de nove ps do solo. Depois, o irmo e a irm, foram igualmente influenciados e os trs flutuavam no alto da sala. Centenas de citados respeitveis de Buffalo so citados como tendo presenciado esses fatos. Uma vez, quando a famlia tomava uma refeio, as facas, os garfos e os pratos danaram e a mesa foi erguida no ar. Numa sesso, pouco depois disso, o lpis foi visto escrevendo em plena luz do dia, sem qualquer contato humano. Ento as sesses passaram a ser feitas com regularidade; comearam a aparecer luzes e instrumentos que boiavam no ar e eram tocados em cima das cabeas dos circunstantes. A Voz Direta e outras manifestaes extraordinrias se seguiram muito numerosas. Atendendo ao pedido das inteligncias comunicantes, os irmos comearam programando os vrios lugares onde seriam realizadas sesses pblicas. Os irmos Davenport, como quase todos os mdiuns, que vieram ao mundo para provar a sobrevivncia do Esprito aps a desencarnao, tambm sofreram perseguies.

10 - EDGAR CAYCE (1877 1945)Edgar Cayce , conhecido como o profeta sonmbulo. Nascido em 1877, filho de um agricultor do Kentucky , Edgar Cayce viu-se obrigado a deixar a escola na stima srie porque precisava trabalhar. Mais tarde , teve como meta tornar-se um pregador, mas foi acometido de uma doena na garganta que reduziu sua voz a um mero sussurro. Aps procurar em vo inmeros mdicos, pediu a um amigo que o hipnotizasse; ao cair em estado de transe, Cayce comeou a falar , com voz forte e firme, diagnosticando o problema e prescrevendo o remdio que acabaria por cur-lo. A partir de ento, houve dois Edgar Cayce, o "sonmbulo" e o "desperto". Durante anos, at sua morte em 1945, Cayce passaria grande parte de sua vida mergulhado em transes profundos, buscando a causa dos males e distrbios fsicos das pessoas e prescrevendo remdios. Na dcada de 20 , o Cayce "sonambulo" comeou a enfatizar a existncia da reencarnao. Relativamente simples e profundamente religioso , Cayce por vezes ficava assombrado ao saber o que dissera em estado de transe: o Cayce "desperto chegou a temer que as idias sobre a reencarnao difundidas por sua metade sonmbula fossem pouco crists. Em 1932 fundou-se um instituto para apoiar o trabalho de Cayce e suas leituras passaram a ser registradas. Esto registradas mais de 650 leituras que fez para pessoas diferentes ao longo de 21 anos.

QUADRO RESUMOMDIUM EMMANUEL SWENDENBORG FRANZ ANTON MESMER ANDREW JACKSON DAVIS DANIEL DUNGLAS HOME IRA DAVENPORT WILLIAN DAVENPORT EUSPIA PALADINO ELIZABETH DESPERANCE FLORENCE COOK HENRY SLADE EDGAR CAYCE Kentaucky, EUA ONDE NASCEU Sucia Iznang, Austria Hudson, EUA Currie, Esccia New York, EUA New York, EUA Napoles, Itlia PERODO 1688 - 1772 1734 - 1815 1826 - 1910 1833 - 1886 1839 1841 1854 - 1918 1849 - 1918 1856 - 1904 - 1905 1877 - 1945 Efeitos Fsicos (Escrita Direta, Movimento de objetos) Vidncia e Desdobramento 22 Cura Magntica Audincia, levitao Pre-cognio, vidncia e TIPO DE MEDIUNIDADE

Vidncia, Pre-cognio e levitao Psicografia, Efeitos Fsicos Levitao, Escrita Direta) (Raps,

Efeitos Fsicos (Raps, Levitao, Escrita Direta) Efeitos Fsicos (Materializao) e Levitao de objetos Psicofnia, vidncia (Materializao) e Efeitos Fsicos

A MEDIUNIDADE E OS CIENTISTAS

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OS CIENTISTAS E ESPIRITISMOSe os fenmenos espiritistas se limitassem ao crculo de seus seguidores, a opinio geral poderia ver neles simples artigos de f, sem maiores consequncias de interesse geral. Mas na verdade que esses fenmenos se multiplicaram, numa sucesso sempre audaz e desafiadora. O expediente de proibies e excomunhes se tornaria ineficaz, desacreditado e ingnuo diante da avalanche de fenmenos variados: vozes misteriosas, contato de mos invisveis, materializaes de espritos, escritas diretas, aparies de espritos familiares, revelaes de uma vida superior e mais bela, atestando a inquestionvel sobrevivncia da alma. Era natural que, em face do volume de tantos fatos, a sociedade requisitasse o exame consciencioso de seus sbios e cientistas. Ento os cientistas, acossados por todos os lados, descruzaram os braos e se puseram a campo para uma investigao rigorosa e fria. A cincia, representada por um grupo de personalidades srias e refratrias a imposies religiosas, foi chamada a depor. E deps de tal forma, que o Espiritismo foi, por assim dizer, fotografado, pesado e medido.

WILLIAN CROOKESCoube a Willian Crookes, o clebre fsico ingls, chamar a ateno de toda Europa racionalista para a realidade dos fatos espritas. Muitos esperavam de suas investigaes uma condenao irrevogvel e humilhante. Todavia o veredito do eminente sbio foi favorvel. A Inglaterra ctica assustou-se com as certezas obtidas dentro do mais severo mtodo cientfico e cercadas de prudncia extrema. Afinal, era preciso aceit-las, porque Crookes pesquisou com frieza, observou pacientemente, fotografou, provou, contraprovou e rendeu-se!

A. RUSSEL WALLACEA. Russel Wallace, fsico naturalista, considerado rival de Darwin, confessa: Eu era um materialista to convencido, que no admitia absolutamente a existncia do mundo espiritual. Os fatos, porm, so coisas pertinazes. Eles me obrigam a aceit-los como fatos.

CROMWEL VARLEYCromwel Varley, engenheiro, descobridor do condensador eltrico: O ridculo que os espritas tm sofrido no parte seno daqueles que no tem tido o interesse cientfico e a coragem de fazer algumas investigaes antes de atacarem aquilo que ignoram.

OLIVER LODGEliver Lodge, membro da Academia Real, fsico responsvel, declara: No viemos anunciar uma verdade extraordinria; nenhum novo meio de comunicao trazemos, apenas uma coleo de provas de identidade cuidadosamente colhidas. Digo provas cuidadosamente colhidas, pois que todos os estratagemas empregados para sua obteno foram postas em prtica e no fiquei com nenhuma dvida da existncia e sobrevivncia da personalidade aps a morte.

WILLIAN BARRETWilliam Barrett, professor de fsica: evidente a existncia de um mundo espiritual, a sobrevivncia depois da morte e a comunicao ocasional dos que morreram. Ningum, dos que ridicularizam o Espiritismo, lhe concedeu, que eu saiba, ateno refletida e paciente. Afirmo que toda pessoa de senso que consagrar o seu estudo, prudente e imparcial, tantos dias ou mesmo tantas horas, como muitos de ns tem consagrado anos, ser constrangido a mudar de opinio.

FREDERICO MYERSFrederico Myers, da sociedade Real de Londres: Pelas minhas experincias convenci-me de que os pretendidos mortos se podem comunicar conosco e penso que, para o futuro, eles podero faz-lo de modo mais completo.

A. DE MORGANA. de Morgan, presidente da Sociedade de Matemtica de Londres: Estou absolutamente convencido do que tenho visto e ouvido a respeito dos fenmenos chamados espritas, em condies que tornam a incredulidade impossvel.

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ERNESTO BOZZANOErnesto Bozzano, que por mais de trinta anos se dedicou aos estudos psquicos: Afirmo, sem receio de erro, que, fora da hiptese esprita, no existe nenhuma outra capaz de explicar os casos anlogos ao que acabo de expor.

OCHOROWICZOchorowicz, professor de Psicologia da Universidade de Lemberg: Quando me recordo de que, numa certa poca, eu me admirava da coragem de Willian Crookes em sustentar a realidade dos fenmenos espritas; quando reflito, sobretudo, que li suas obras com o sorriso estpido que iluminava sempre a fisionomia de seus colegas, ao simples enunciado destas coisas, eu coro de vergonha por mim prprio e pelos outros.

CHARLES RICHETHouve at quem fundou, uma nova cincia, com o objetivo exclusivo de verificar a autenticidade dos fatos supranormais. Este homem foi Charles Richet, criador da metapsquica. So dele as seguintes palavras: Temos lido e relido, estudado e analisado as obras que foram escritas sobre o assunto, e declaramos enormemente inverossmel e mesmo impossvel que homens ilustres e probos como W. James, Chiaparelli, Meyrs, Zollner, de Rochas, Ochorowicz, Morselli, William Barrett, Gurney, Flammarion e tantos outros se tenham deixado, todos, por cem vezes diferentes, apesar de sua cincia, apesar de sua vigilante ateno, enganar por fraudadores e que fossem vtimas de uma espantosa credulidade. Eles no poderiam ser todos e sempre bastante cegos, para no se aperceberem de fraudes que deveriam ser grosseiras; bastante imprudentes para concluir, quando nenhuma concluso era legtima; bastante inbeis para nunca, nem uns nem outros, fazerem uma s experincia irreprochvel. A priori, suas experincias merecem ser meditadas seriamente.

GELEYQuem vai agora depor Geley, diretor do Instituto Metapsquico de Paris, cientista exigente e poderosa inteligncia: preciso confessar que os espiritistas dispem de argumentos formidveis. O espiritismo s admite fatos experimentais com as dedues que eles comportam. Os fenmenos espritas esto solidamente estabelecidos pelo testemunho concordante de milhares e milhares de pesquisadores. Foram fiscalizados, com todo rigor dos mtodos experimentais, por sbios ilustres de todos os pases. Sua negao pura e simples equivale hoje a uma declarao de falncia. Finalmente Geley d este admirvel testemunho de estudioso honesto: Notemos imediatamente que no h exemplo de uma sbio que tenha negado a realidade dos fenmenos depois de estudo um tanto aprofundado. Ao contrrio, numerosos so aqueles que, partindo de completo ceticismo, chegam afirmao entusistica.

PAUL GIBIERPaul Gibier, antes de aceitar o Espiritismo, era um ctico declarado. Mas a obstinao dos fatos acabou por quebrar-lhe o negativismo: Declaramos abertamente que, no comeo dessas pesquisas, tnhamos a convico ntima de que nos achvamos em face de uma colossal mistificao, que era preciso desmascarar. E foi preciso tempo para que nos desfizssemos desta idia. E acrescenta: No mais se permitem a censura e a zombaria fcil em to grave assunto.

FLAMMARIONFlammarion, o grande astrnomo, autor de tantas obras notveis e respeitado como uma das maiores cerebraes da Frana no sculo passado, trouxe igualmente, o seu depoimento insuspeito: A negao dos cticos nada prova, seno que os negadores no observaram os fenmenos.

GABRIEL DELANNEEngenheiro francs especializado eletricidade, questiona: "Seria razovel negar sem ter estudado ou Seria mais prudente de submeter-se aos que ho verdadeiramente estudado com a prudncia necessria ?

LON DENISFilsofo esprita, autoditada, conferencista, declara: "Para todos os que estudam os fenmenos espritas com imparcialidade e sabem extrair as leis, estes fenmenos so realizados por entidades independentes, pelos espritos mortos"

Foi pedagogo e escritor francs. Falava corretamente o alemo, o ingls, o italiano, o espanhol e o holands. Tinha amplo conhecimento sobre Fsica, Qumica, Astronomia e Fisiologia. Era membro de diversas Sociedades Cientficas e da Academia Real.

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Declara: Ouvi, pela primeira vez, falar das mesas girantes em 1854 atravs do meu amigo Sr. Fortier e disse a ele: Que eu s acreditaria, quando ver e quando me tiverem provado que uma mesa tem crebro para pensar e nervos para sentir. At l, permita-me que s veja nisso uma histria para provocar o sono. Smente em maio de 1855 assistiu pela primeira vez , os fenmenos das "mesas girantes", a convite de outro amigo, o Sr. Ptier. Rivail impressiona-se com os fenmenos, que se verificavam em condies que no deixavam lugar para qualquer dvida e declara: Rendo-me evidncia dos fatos Hypollite Denizard Leon Rivail Eu entrevia naquelas aparentes futilidades [...] qualquer coisa de srio, como que a revelao de uma nova lei, que tomei a mim estudar a fundo. Continua Hyppolite: "Era, em suma, toda uma revoluo nas idias e nas crenas; fazia-se mister, portanto, andar com a maior circunspeo, e no levianamente; ser positivista e no idealista, para no me deixar iludir". Assim nasceu a Doutrina Esprita ou Espiritismo.

O ESPIRITISMOO fenmeno medinico uma ocorrncia to antiga quanto o homem. Por ser a mediunidade uma faculdade inerente ao ser humano tem se manifestado em todas as pocas, ocasionando espanto, respeito e manifestaes religiosas. Porm, somente a partir do sculo passado, com estudos srios realizados pelo prof. Hippolyte Lon Denizard Rivail os fenmenos de efeitos fsicos e inteligentes foram observados em detalhes e tiradas as concluses necessrias, formando-se ento um corpo de Doutrina O Espiritismo. O Espiritismo uma Doutrina nascida da observao e fruto da revelao dos Espritos Superiores, tem sido codificado de 1857 a 1868.

CLASSIFICA0 DOS FENMENOS MEDINICOSO Espiritismo divide os fenmenos medinicos em: Efeitos Fsicos ou objetivos e Efeitos Intelectuais ou subjetivos

MEDIUNIDADE

EFEITOS FSICOS OU OBJETIVOS1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Materializao Transfigurao Levitao Transporte Bilocao Voz direta Escrita direta Tiptologia Sematologia

EFEITOS INTELECTUAIS OU SUBJETIVOS1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Inspirao Intuio Percepo Vidncia Audincia Psicometria Desdobramento Psicografia Psicofonia

ESPIRITISMO E METAPSQUICAA cincia oficial no admitiu de pronto as verdades reveladas pelos Espritos. Formaram-se inmeras associaes, sociedades e comisses com o ideal de desmascarar as tais verdades, todavia, quanto mais se estudava, mais aumentava o nmero dos adeptos.

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Muitos homens de cincia convenceram-se a respeito da autenticidade dos fenmenos, entre eles o fisiologista francs Charles Richet. Conjuntamente com o Dr. Geley e o Prof. Meyer fundaram em Paris, o Instituto Metapsquico Internacional, sendo Charles Richet designado como presidente. A Metapsquica trata do estudo dos fenmenos psquicos anormais, como a telepatia, a clarividncia, a dupla viso, materializaes, etc. Em 1922, Charles Richet apresentou academia de cincias o Tratado de Metapsquica.CHARLES RICHET

CLASSIFICAO DOS FENMENOS METAPSQUICOSA metapsquica se divide em: Fenmenos objetivos e Subjetivos. METAPSQUICA OBJETIVA Fenmenos objetivos se dividem em: Telecinesia e ectoplasmia TELECINESIA: Uma ao mecnica, sem atuao, sem contato sobre objetos ou pessoas (Raps, levitao, movimentao de mesas, escrita direta, transporte de objetos, casas assombradas, etc). ECTOPLASMIA: Formao de objetos diversos, parecem sair do corpo humano e tomam aparncia material e so tangveis (materializaes de objetos e seres com aparncia dos que j viveram na Terra, etc). Trata de fenmenos materiais que a mecnica conhecida no explica. Tudo realidade tangvel, acessvel aos nossos sentidos. METAPSQUICA SUBJETIVA CRIPTESTESIA: Estudo da faculdade de conhecimento diferente das faculdades sensoriais normais de conhecimento. Trata de fenmenos mentais, sensibilidades ocultas, percepes desconhecidas (telepatia, clarividncia, cla riaudincia, xenoglossia, escrita automtica, etc). Charles Richet foi considerado comprometido com o Espiritismo e os estudiosos da poca passaram a considerar a Metapsquica como sendo a parte cientfica da sua doutrina. Numa conferncia na Universidade de Sorbone, ele se declarou simpatizante da Doutrina Esprita, o que foi o suficiente para que seus seguidores, entre eles Thouless e Wiesner e Rhine, abominassem seu trabalho e, sob influncia da escola metapsiquista alem, propusessem a substituio da Metapsquica, para eles comprometida com uma doutrina religiosa, pela Parapsicologia.

ESPIRITISMO E PARAPSICOLOGIAOs fundadores da parapsicologia foram Robert Henry Thouless, B. P. Wiesner e Joseph Banks Rhine. Em torno de 1930 eles iniciaram os estudos que vieram desembocar na estruturao de um novo ramo da cincia preocupada em estudar os fenmenos chamados inabituais.

Joseph Banks

Robert H. Thouless

Enquanto o mtodo da Metapsquica se baseava no aspecto qualitativo do fenmeno e no testemunho pessoal dos que presenciavam os mesmos, a Parapsicologia introduziu o mtodo quantitativo.

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O mtodo quantitativo, procura estabelecer um meio de fazer que os fenmenos se reproduzam sob determinadas condies. O Mtodo quantitativo busca seguir os padres utilizados na metodologia cientifica. A metodologia cientfica serve-se de mtodos que possam ser testados, repetidos e confirmados. Na metodologia cientfica deve ser descoberto a causa e a lei que rege o objeto da investigao. Fenmeno normal o que se enquadra no conjunto das leis conhecidas e aceitas que governam os processos naturais. Fenmeno paranormal Fenmeno inabitual, no se sabe e nem se domina as leis que o regem. Todos os fenmenos paranormais denominam-se de PSI, embora nem todo fenmeno paranormal seja psquico, podendo ocorrer sobre objetos e coisas que independem do psiquismo das pessoas envolvidas na ocorrncia.

CLASSIFICAO DOS FENMENOS PARAPSICOLOGICOSOs fenmenos PSI (paranormais) dividem-se em: PSI-Gama, PSI-Kapa e PSI-GAMA (SUBJETIVOS) So fenmenos subjetivos, que ocorrem na rea intelectual do dotado. Subdividem-se em: Telepatia, Clarividncia e Post e Pr-cognio. Telepatia: Comunicao direta de uma mente com outra; Clarividncia: Percepo dos fatos do mundo fsico independentes do uso dos sentidos fisiolgicos normais; Post e Pr-cognio: Conhecimento imediato de fatos j acontecidos ou por acontecer; sem nenhuma informao prvia, direta ou indireta. PSI-KAPA (OBJETIVOS) So fenmenos objetivos, materiais, so os fenmenos de psiconesia. PSI-THETA (ESPIRITUAIS) Atualmente alguns pesquisadores tendem a admitir uma terceira categoria de fenmenos PSI, oriundos de mentes de seres incorpreos. PARAPSICOLOGIA E SUA CORRENTES CORRENTE RUSSA: Eminentemente materialista dialtica, todos os fenmenos so explicados pela matria. O conceito espiritual inteiramente colocado de lado, o conceito metafsico negado. CORRENTE NORTE-AMERICANA: Admitem que certos fenmenos so produzidos por agentes especiais que vivem em dimenses diferentes da nossa depois de terem vivido aqui. CORRENTE FRANCESA: Mistura conceitos sobrenaturais com milagres, a corrente catlica da parapsicologia. Surgiu sem o interesse da investigao, mas sim para confundir e atacar o espiritismo. A parapsicologia j esta sendo substituda por outras cincias, que do uma viso mais abrangente, tais como: PSICOBIOFSICA, PSICOTRNICA, A materializao de um esprito (conceito metafsico), hoje descrito pela cincia assim: Forma assumida pelo bioplasma sob a ao de campos estreo bio-energticos oriundos de um domnio informacional remanescente de uma pessoa j falecida.

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FLUIDOS ENERGIAS ONDAS

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VIVEMOS NUM UNIVERSO DE PEQUENAS PARTCULASTodos vivemos em um universo constitudo de partculas, raios, ondas, energias e fluidos que no conseguimos perceber normalmente. Estamos imersos em um mundo de matria sutilizada, refinada, invisvel, porm, real. Que tem como fonte primeira, uma substncia que denominada Fludo Csmico Universal (FCU).

DEUSDeus criou os Espritos Depois criou o Fluido Csmico Universal que forma tudo o que o Esprito precisa para evoluir

ESPRITO

FLUIDO CSMICO UNIVERSALFluidos divinos Fluidos especiais Fluidos sublimados Fluidos luminosos Fluido divino

PLANOS SUPERIORES

PLANOS ESPIRITUAIS

Fluido Espiritual Fluido vital Fluido Mental Fluido eltrico Fluido nervoso Fluidos lquidos Fluidos elsticos Fluido perispritico Fluido etreo Fluido Fluido Fluido Fluido Fluido Fluido Atmico Sub-Atmico Super-Etrico Etrico Radiante Deletrio

PLANO ETRICO

PLANO FSICO

Fluido Fluido Fluido Fluido Fluido Fluido Fluido

Terrestre Carnal Magntico Humano vital animalizado Csmico no Estado

Slido Lquido Gasoso

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FLUIDOSDiz-se das substncias lquidas ou gasosas. Ocorre e se expande maneira de um lquido ou gs tomando forma do recipiente em que est colocado; De movimento corrente, fluente, contnuo, suave brando. Fluido Csmico LI; EDM;MM; G Fluidos imponderveis EDM; LM Fluido universal LM; LE; G; ESE Fluidos especiais LM;LE; G Fluido Carnal NL; ML; AR; EDM Fluidos sublimados LI Fluido Humano LE Fluidos luminosos EDM; G Fluido animalizado LM Fluido eltrico LM; LE;G Fluidos Terrestres LM Fluido nervoso LM; LE Fluidos Magnticos EDM; LM; LE Fluidos lquidos EDM Fluido Mental EDM Fluidos elsticos EDM Fluidos Plasticizantes NDM Fluidos deletrios EDM Fluidos Teledinmicos EDM Fluido perispritico G Fluido vital NL; EDM; LM; LE; Fluido divino G Fluido Vivo EDM; MM Fluido etreo G Fluido Espiritual G

ENERGIASA energia pode ter vrias formas calorfica, cintica, eltrica, mecnica, eletromagntica, potencial, qumica, radiante) transformveis uma nas outras. Energia no pode ser criada, mas apenas transformada. Em todas as transformaes de energia h completa conservao dela. Energia AR; NDM; EDM Energia Mental LI; AR; MM Energia Atmica (no alm) OVE LI Energia Plstica da Mente Energia Csmica LI; EDM;MM Energia Radiante ETC Energia Eltrica (no alm) NL ; OVE; LI Energias Mentais NDM Energia Eletromagntica OVE Energias Vitais OM Energia Espiritual NL; EDM Energia Energia Energia Energia Atmica Calorfica Cintica Radiante Energia produzida nas reaes nucleares Energia Trmica que se manifesta sob forma de calor A energia que um corpo possui por estar em movimento Que pode ser transmitida de um ponto a outro do espao sem presena de meios materiais, propagando-se como onda.

ONDASPerturbao peridica que se propaga no espao ou num meio material mediante a qual transporta energia de um ponto a outro; essa perturbao portadora de energia. Onda Eletromagntica EDM; MM Onda Mental NDM; MM Onda Hertziana NDM; MM Ondas e Percepes MM CONCLUSO Os fluidos recebem as energias. Aps estes fluidos estarem energizados podem ser medidos pela frequncia das ondas. Por exemplo: O que fazer para melhorar nossas vibraes. As nossas vibraes so resultados das energias que impreguenamos nos fluidos que passaram por ns. Temos algumas formas de adicionar energia aos fluidos, dentre elas destacamos nossos pensamentos e nossos sentimentos. Quando quizermos melhorar nossas vibraes temos que melhorar nossos pensamentos e nossos sentimentos. Mas tambm a natureza tem suas formas de energizer os fluidos, todos vivemos em um universo constitudo de partculas, raios, ondas, energias e fluidos que no conseguimos perceber normalmente. A seguir vamos estudar um pouco mais sobre este assunto.

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ONDAS

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ONDAS E PERCEPESA Terra um magneto de gigantescas propores, constitudo de foras atmicas condicionadas e cercado por essas mesmas foras em combinaes multiformes. Toda agitao produz ondas: - Uma frase que emitimos ou um instrumento que vibra criam ondas sonoras; - Liguemos o aquecedor e espalharemos ondas calorficas; - Acendamos a lmpada e exteriorizaremos ondas luminosas; - Faamos funcionar o receptor radiofnico e encontraremos ondas eltricas. Em suma, toda inquietao se propaga em forma de ondas, atravs dos diferentes corpos da natureza. As ondas so avaliadas segundo o comprimento em que se expressam.

ONDAS ELETROMAGNTICASComo as ondas eletromagnticas so utilizadas para o transporte de todo o tipo de comunicao, disciplinou-se o uso do espectro dessas ondas de acordo com a freqncia. uma escala dividida em bandas ou faixas ocupadas por ondas que vo das Frequncias mais baixas, 30 ciclos por segundo ou 30 hertz (em homenagem ao cientista alemo) at as mais altas de 300 gigahertz ou 300 bilhes de hertz. KHz = Kilohertz (ciclos por segundos) MHz = Megahertz (milhes de ciclos por segundos) GHz = Gigahertz (bilhes de ciclos por segundos) Nas tabelas a seguir mostramos que tipo de usurio ocupa determinadas faixas de freqncia de ondas eletromagnticas. UTILIZAO DA ONDA RADIONAVEGAO AREA BOMBEIROS RADIO AM RADIOAMADOR RADIO DE AVIES RADIO CIDADO UTILIZAO DA ONDA TV - VHF RADIO FM SATLITE METEREOLGICO TV - UHF RADIOASTRONOMIA TELEFONE CELULAR UTILIZAO DA ONDA MICROONDAS (TELEFONIA) INFRAVERMELHO LASER ENERGIA TRMICA ARCO-RIS FAIXA DA ONDA 190 - 200 490 - 495 521 - 21.750 1.800 - 1.850 10.005 - 10.100 26.100 - 27.500 FAIXA DA ONDA 54 - 216 88 - 108 137 - 138 470 - 512 608 - 614 870 - 890 FAIXA DA ONDA 1 - 500 102 - 103 103 - 106 103 - 104 106 TIPO DE ONDA KHz KHz KHz KHz KHz KHz TIPO DE ONDA MHz MHz MHz MHz MHz MHz TIPO DE ONDA GHz GHz GHz GHz GHz

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PERCEPO HUMANA DAS ONDASAjustam-se os ouvidos e olhos humanos a balizas naturais de percepo, circunscritos aos implementos da prpria estrutura. Abaixo de 40 vibraes por segundo, a criatura encarnada no percebe o imprio dos infra-sons, porquanto os sons continuam existindo, sem que se disponha de recursos para assinal-los. Produzem um som que o ouvido humano no ouve, no sente e no percebe O ouvido humano comea a perceber o som 40 Vibraes por segundo produzido Produzem um som que o ouvido humano 50 Vibraes por segundo SOM percebe, sente e ouve Produzem um som que o ouvido humano 35.500 Vibraes por segundo percebe Produzem um som que ultrapassa os limites de 36.200 Vibraes por segundo nossa acstica fsica O mnimo de vibraes percebveis de 40 por segundo e o mximo de 36.200 por segundo 30 Vibraes por segundo Menos que 458 Milhes de Vibraes Produzem uma luz que a vista humana no v, por segundo no sente e no percebe 458 Milhes de Vibraes por A viso humana comea a perceber a luz LUZ segundo produzida 272 Trilhes de Vibraes por Produzem uma luz que a viso humana segundo percebe, sente e v Mais que 272 Trilhes de Vibraes Produzem uma luz que ultrapassa os limites de por segundo nossa viso fsica O mnimo de vibraes percebveis de 458 milhes de vibraes por segundo e o mximo de 272.000 trilhes de vibraes por segundo Nmeros extrados do livro Narraes do Infinito, de Camille Flammarion, edio FEB, pg. 93.

ONDAS DESCONHECIDAS

PLANO ETREO

PLANO PLANO FSICO ETREO

PLANO ESPIRITUAL

ABAIXO DO INFRA VERMELHO

INFRA ONDAS ULTRA ALM DO ULTRA-VIOLETA VERMELHO VSIVEIS VIOLETA

Este estudo das ondas magnticas nos submete a raciocinar sobre a transcendncia das ondas nos reinos do Esprito, com base nas foras do pensamento.

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FLUIDOS

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OS

FLUIDOS

A Gnese Cap. VI itens 10,11,17 e 18; Cap. XIV itens 5, 13 a 21, Missionrios da Luz Cap. XIX

FLUIDO CSMICO UNIVERSALTudo que existe no Universo criado por Deus, no sendo esprito, Fluido Csmico Universal, a matria elementar, primitiva. Apresenta-se em estados que vo da imponderabilidade (eterizao) at a condensao (materializao) e, nas suas modificaes e transformaes, produz a inumervel variedade dos corpos da Natureza. Em estado rarefeito, difunde-se pelos espaos interplanetrios e penetra os corpos. como um oceano imenso em que tudo e todos no Universo esto mergulhados.

FLUIDOS ESPIRITUAISA matria do mundo espiritual e a sua atmosfera so constitudas de fluidos (num dos estados do F.C.U), os quais so denominados fluidos espirituais apenas por comparao (por estarem relacionados aos espritos). Na Atmosfera fludica se passam os fenmenos especiais que os espritos desencarnados percebem mas que escapam aos nossos sentidos fsicos. E dela os espritos extraem todos os materiais sobre que operam, inclusive para formar o seu perisprito.

FLUIDOS PERISPIRITUAISCada ser, no seu perisprito, absorve e individualiza o Fluido Csmico Universal que adquire, ento, propriedades caractersticas, permitindo distinguir esse fluido entre todos os outros. Esses fluidos perispirituais circulam no per