Apostila Literatura 9-¦ ano - 2-¬ etapa 2015

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Apostila de Literatura 9º Ano - 2ª Etapa

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Estudos literários

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Apostila de Literatura9º Ano - 2ª Etapa

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2ª ETAPA

Acontece na cidadeFerreira Gullar

Luis Fernando VeríssimoMarina Colasanti

Millôr FernandesDentre outros

Atividade 1O Mapa

Olho o mapa da cidade Como quem examinasse A anatomia de um corpo... (É nem que fosse meu corpo!) Sinto uma dor esquisita Das ruas de Porto Alegre Onde jamais passarei... Há tanta esquina esquisita Tanta nuança de paredes Há tanta moça bonita Nas ruas que não andei (E há uma rua encantada Que nem em sonhos sonhei...) Quando eu for, um dia desses, Poeira ou folha levada No vento da madrugada, Serei um pouco do nada Invisível, delicioso Que faz com que o teu ar Pareça mais um olhar Suave mistério amoroso Cidade de meu andar (Deste já tão longo andar!) E talvez de meu repouso...

Mário Quintana

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01) Mário Quintana, em seu poema O mapa, apresenta sua maneira peculiar de olhar a cidade. O que a cidade representa para ele?

02) Que relação existe entre o jogo de imagens e o poema?

03) Você observa a sua cidade? Narre aqui o seu trajeto de casa até o Coleguium. Caracterize as ruas, as casas, as pessoas.

Atividade 2AS 1001 FACES DA CRÔNICA

Definir crônica é uma tarefa tão difícil que até hoje nem mesmo os críticos literários ou os próprios escritores chegaram a um consenso. O cronista Fernando Sabino chegou, inclusive, a afirmar que a crônica nem sequer existia. “O que existe é o cronista”, justificou. Ainda ass im, a c r ô n i c a p o s s u i

algumas características que a diferenciam do conto, outro gênero literário que se caracteriza por narrativas de pequena extensão. Por exemplo, uma crônica muitas vezes já nasce destinada a ser publicada em um jornal, uma revista ou um site. Por isso seu texto é curto e aborda com frequência assuntos do dia-a-dia. Com isso, ganha uma proximidade muito grande com o jornalismo. Porém, ao contrário do jornalista que procura manter a imparcialidade em seu texto, o cronista não só expõe o seu ponto de vista a respeito do assunto sobre o qual está escrevendo como também dá um caráter literário ao que escreve. Repare, por exemplo, como Ignácio de Loyola Brandão demonstra sua indignação ao constatar que existe em São Paulo um professor de geografia que sobrevive catando latas pelas ruas.

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Outra característica da crônica é que ela costuma ser um espaço no qual o escritor medita a respeito de algum assunto. É o que Marina Colasanti faz, por exemplo, na crônica “Eu sei, mas não devia”, na qual reflete sobre a vida. A crônica também pode ser uma história bem-humorada, ocorrida com personagens reais ou fictícios, como os textos de Stanislaw Ponte Preta e Luis Fernando Veríssimo. O universo da crônica, enfim, é muito vasto, e como já disse o jornalista – e também cronista – Carlos Heitor Cony, ela “só não pode ser chata”.

(in. NOVAES, Carlos Eduardo. Acontece na cidade.)

01) Explique com suas palavras o que é uma crônica. Quais elementos são essenciais em sua estrutura?

02) Analise a capa do livro. Quais elementos

ela apresenta com tudo o que já tratamos sobre a crônica e sobre a cidade?

Atividade 303) Por que a expressão em atitude suspeita,

que dá nome à crônica, é considerada cheia de significados para o narrador?

04) O autor utiliza-se de um determinado tom para compor a crônica. Que tom é esse e com que finalidade é utilizado?

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05) Na crônica O ceguinho, quais são os três tipos de cegos abordados pelo narrador?

06) Seu Júlio é hoje um lavador de automóveis. Quais as suas atividades anteriores e o que fez com que ele abandonasse cada uma delas?

07) Na crônica, Torturas domésticas, o narrador alega que cada vez que precisa de encanadores e eletricistas, passa por um calvário.

O que exatamente ele quer dizer?

08) Explique a frase: Do jeito que as coisas vão, porém, sempre teremos nosso dia de encanador.

Atividade 4

01) Na crônica O imitador de gato, o narrador defende o trabalho do imitador de gato. Com base no texto, comprove essa afirmativa.

02) O que é necessário para ser um imitador de gato?

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03) Na crônica O rei do boca-livre, o que significa ser um boca-livre?

04) Descreva o maior frequentador de coquetéis da cidade. Qual o seu nome? Por que não frequentava coquetéis de lançamentos de livros de poesia?

05) Na crônica O filho do camelô, qual era o nome da pomada vendida pelo camelô, e para que servia?

06) O que aconteceu após a chegada da viatura policial?

07) Quem narra essa história? O que o narrador descobriu?

Atividade 5

01) Na crônica O que se ouve, num táxi, um taxista afirma: hoje o senhor é rico por estar atrás. Mas amanhã está aqui na frente. Quer dizer, eu não vou estar aí atrás porque é muito difícil passar daqui praí. Mas daí pra cá, olha moço!

Qual o significado dessa fala do taxista?

02) Na crônica O ladrão, quem era o ladrão? O que os quatro garotos fizeram com ele assim que o descobriram?

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03) Que mistérios envolviam aquele suposto ladrão?

04) O que o titulo da crônica, Sinal vermelho, tem a ver com o tema nela tratado?

05) Qual foi, para o narrador, a mais absurda das abordagens feitas a ele?

Atividade 601) Na crônica Inflação de bruxos, há o

seguinte diálogo:

– Em outra encarnação, fui Maria Antonie-ta. Por isso tenho essa cicatriz aqui, ó. O parapsicólogo me explicou – conta a garota num bar.– Que interessante – digo, aflito, pois é a terceira rainha guilhotinada a quem sou apresentado na semana.

a) Quem é Maria Antonieta, a quem se refere a personagem?

b) Explique a ironia contida nesse diá-logo.

02) Leia a crônica, Pequenas vidas, grandes vidas e explique a frase: Há um mundo oculto atrás de muros e portões. E vida.

03) Na crônica citada anteriormente, o narrador nos diz da escassez das profissões de alfaiate e costureira. Por que você acha que está cada vez mais difícil encontrar tais profissionais?

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04) De que maneira o título da crônica retrata a admiração do narrador pelo modo de vida das pessoas por ele apresentadas?

Atividade 701) Na crônica O inferninho e o Gervásio,

de qual recurso o narrador lança mão para demonstrar veracidade ao fato narrado?

02) Como a descrição da esposa de Gervásio, dita Amélia, dialoga com a “Amélia” da música abaixo?

Ai, Que Saudades da Amélia

Composição: Ataulfo Alves e Mário Lago

Nunca vi fazer tanta exigênciaNem fazer o que você me fazVocê não sabe o que é consciênciaNem vê que eu sou um pobre rapazVocê só pensa em luxo e riquezaTudo o que você vê, você querAi, meu Deus, que saudade da AméliaAquilo sim é que era mulher

Às vezes passava fome ao meu ladoE achava bonito não ter o que comerQuando me via contrariadoDizia: “Meu filho, o que se há de fazer!Amélia não tinha a menor vaidadeAmélia é que era mulher de verdade

03) Você acha que a escolha do restaurante para jantar, feita pela mulher do Gervásio, era realmente devido à sua curiosidade ou ela suspeitava de algo?

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04) Na crônica Futebol de rua qual a diferença entre a pelada e o futebol de rua?

05) A crônica No país do futebol termina assim:

O cidadão não teve dúvidas. Ignorando aquela massa toda diante do seu aparelho, foi lá tran-quilamente e cleck.Desligou-o.O que aconteceu depois eu deixo por conta da imaginação de vocês. (pág. 57) O que você acha que ocorreu depois de o

cliente ter desligado o televisor? Que tal dar continuidade à história? Ela pode se tornar bem interessante se você mantiver o humor presente nessa crônica.

Atividade 801) Na crônica Minha vida como pivete,

o personagem recebe a ordem de um policial para entrar no camburão. Segundo ele, pior do que a aparência sombria daquele compartimento era o significado de entrar ali. Explique tal significado.

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02) O narrador, que também é personagem, acredita que o destino interveio a seu favor sob a forma de um morador.

Você acredita em destino? Justifique.

03) Na crônica Meu primeiro assalto, que coisas eram consideradas inevitáveis a um cidadão de classe média da zona sul do Rio de Janeiro?

04) A que se deve a frustração inicial daquele que estava sendo assaltado?

05) De que maneira o assalto tornou-se proveitoso para o narrador?

06) Na crônica As boas almas, como se estabelece a relação morador de rua/catador de papelão com os cães vadios?

07) De que maneira o cronista nos surpreende com o título da crônica?

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Atividade 901) Na crônica Gente que vai à feira, o

narrador relata o seu contato com a feira em algumas passagens de sua vida. De que maneira ocorreram esses contatos?

a) Na infância:

b) Na mocidade:

c) Décadas depois:

Segundo o narrador, a feira deixou de ser um local frequentado com fins únicos e específicos e ter apenas mulheres como público. Exemplifique.

02) Na crônica O ovo, o que mudou a rotina daquele restaurante tão triste?

03) Os frequentadores do restaurante eram sempre os mesmos, ainda assim não se falavam nem cumprimentavam, sentavam-se sozinhos em mesas de dois e quatro lugares.

Na sua opinião, o que gera esse tipo de comportamento? O que tem contribuído para que as pessoas vivam cada vez mais sós, ainda que rodeadas por outras pessoas?

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04) Considerando o ponto ideal de cozimento de um ovo, o restaurante ganhou outra vida. O que, de fato, trouxe um novo sentido a esse local?

Atividade 1005) Em Na esquina e na praça, o narrador

relata dois diferentes acontecimentos que envolvem situações de violência.

Qual o recurso utilizado pelo cronista para relatar tais acontecimentos?

06) O assalto que deixou a vítima estendida no chão, baleada, acaba colocando-nos a par dos sentimentos da mulher que presta socorro àquela. Que tipos de sentimentos são esses?

07) Na sua opinião, pensamentos e atitudes individualistas fazem parte da natureza humana? Por que, cada vez mais, as pessoas procuram não se envolver ou se comprometer uns com os outros?

08) Na crônica Surpresas no parque, quais são as surpresas que acometem o narrador?

09) O mendigo, ao se dirigir ao narrador, trata-o por cidadão. Na sua opinião, o que é ser cidadão?

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10) Quem era o mendigo?

Atividade 11

01) Explique o título da crônica: Borboleta suspensa do Viaduto.

02) O Ato do pintor Milton de Aragão foi interpretado de maneira equivocada. O que lhe rendeu tal ato?

03) Em Manhã de domingo, é apresentada uma visão da cidade da imaginação do cronista. Que crítica à cidade real podemos perceber nas descrições que são feitas?

04) Explique o motivo pelo qual o personagem da crônica, O homem e sua balança, não possui nome.

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05) Qual a consequência da prisão do homem?

Atividade 1201) Na crônica No trânsito, a ciranda das

crianças, os carros com seus vidros fechados determinam a fronteira entre dois mundos. Como as pessoas no interior de seus automóveis reagem às crianças pedintes ou vendedoras?

02) Na crônica Na multidão, o que o narrador considera ser o maior problema da vida moderna? Por quê?

03) Na crônica Professor de geografia cata latas pelas rua”, quais são os dois sonhos do catador de latas?

04) Quais são os tipos de concorrência que o catador de latas enfrenta?

05) A crônica Eu sei, mas não devia apresenta situações que mesmo conscientes de não serem boas, aceitamos. Diante disso, o texto nos leva a qual reflexão?

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06) Diversas crônicas desta coletânea abordam problemas sociais encontrados nos grandes centros urbanos do Brasil. Que problemas você consegue apontar?

O Gênero Épico/Narrativo

Durante muitos séculos, a produção literária realizava-se predominantemente em versos, sendo as histórias contadas por meio de poemas épicos ou epopeias. A partir do final do séc. XVIII, com a criação do romance, a tarefa de contar histórias passou a ser desempenhada por essa nova espécie como também pelo conto, pela novela, dentre outras.Devido a isso ocorre a dupla denominação do gênero: épico, fazendo referência à origem histórica; narrativo, referindo-se à evolução da criação literária.As narrativas de ficção apresentam histórias contadas a partir da invenção imaginativa do autor, que lança mão de elementos como o enredo, o narrador, as personagens, o tempo e o espaço. Nesta etapa estudaremos especificamente os elementos enredo e foco narrativo das narrativas de ficção. Além disso, identificaremos as possíveis definições e características da Crônica, espécie do gênero narrativo.

Enredo

O enredo ou trama de um texto é a história propriamente dita, aquilo que é apresentado ao leitor. Trata-se do arranjo sucessivo dos acontecimentos. Ele pode ser linear – em que a ordem dos acontecimentos é respeitada – , ou não linear – em que ocorrem idas e vindas em ralação ao tempo e ao espaço.

Quanto ao assunto básico, a narrativa de ficção pode apresentar os mais variados temas, como o amor, viagens, ficção científica, dentre outros.

O enredo de um texto transcorrerá à medida que as situações forem se modificando, podendo sofrer interferências pela inclusão de descrições (de espaços, objetos e personagens) e digressões (reflexões, diálogos com o leitor, opiniões, considerações filosóficas, por exemplo).

É fundamental compreender que a essência da narrativa de ficção é a lógica interna do enredo. Os fatos de uma história não precisam ser verdadeiros, no sentido de corresponderem exatamente a fatos ocorridos no universo exterior ao texto, mas devem ser verossímeis; isto quer dizer que, mesmo sendo inventados, o leitor deve acreditar no que lê. Esta credibilidade é alcançada através da organização lógica dos fatos no enredo. Cada fato da história tem uma motivação (causa), nunca é gratuito e sua ocorrência desencadeia novos fatos (consequência).

Para compreender a estrutura de uma narrativa, não basta identificar o seu início, meio e fim; é fundamental compreender o seu elemento estruturador: o conflito, em torno do qual todos os acontecimentos transcorrem.

O conflito é qualquer componente da história (personagem, fatos, ambiente, ideias, emoções) que se opõe a outro, criando uma tensão que organiza os fatos da história e prende a atenção do leitor.

Nas narrativas tradicionais, é o conflito que determina as partes constituintes do enredo, que são:

• situação inicial ou apresentação: parte que situa o leitor diante da história que irá ler;

• complicação: parte em que se desenvolve o conflito (ou conflitos);

• clímax: ponto máximo da tensão narrativa;

• desfecho ou desenlace: solução dos conflitos.

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Para melhor compreender os elementos constituintes do enredo, analisemos o texto seguinte:Tragédia brasileira

Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.Conheceu Maria Elvira na Lapa prostituída com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria.Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.Misael não queria escândalo. Podia dar urna surra, um tiro, urna facada. Não fez nada disso: mudou de casa.Viveram três anos assim.Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos...Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e inteligência , matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.

Manuel Bandeira

IMPORTANTE: É fundamental ressaltar que nem todas as narrativas de ficção apresentam essa estrutura. Há textos cujo desfecho aparece no início da narrativa, como há outros em que o desfecho fica por conta do leitor. O romance moderno, por exemplo, caracteriza-se, muitas vezes por um desfecho “aberto”, que não propõe uma solução clara para a história.

Vejamos, por exemplo, o final deste romance de Clarice Lispector:A madrugada se abria em luz vacilante. Para Lóri a atmosfera era de milagre. Ela havia atingido o impossível de si mesma. Então ela disse, porque sentia que Ulisses estava de novo preso à dor de existir:

— Meu amor, você não acredita no Deus porque nos erramos ao humanizá-lo. Nos O humanizamos porque não O entendemos, então não deu certo. Tenho certeza de que ele não é humano. Mas embora não sendo humano, no entanto, Ele às vezes nos diviniza. Você pensa que —— Eu penso, interrompeu o homem e sua voz estava lenta e abafada porque ele estava sofrendo de vida e de amor, eu penso o seguinte:

(Clarice Lispector – Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres)

Ponto de vista ou foco narrativo: As histórias são contadas a partir do ponto de vista de um narrador, ser fictício construído a partir das palavras e que, portando, não deve ser confundido com o autor, “pessoa de carne e osso”. Há duas formas básicas de se narrar uma história: em primeira pessoa ou em terceira pessoa.

• Narração em primeira pessoa: o narrador pode ser o protagonista ou um personagem secundário da história.

Vejamos o exemplo:Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem guardar delas nem caras nem nomes, e somente raras circunstancias. A quem passe a vida na mesma casa de família, com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição. Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a das que enfiei ontem.

ASSIS, Machado de. Dom Casmurro

• Narração em terceira pessoa: o narrador pode ser onisciente ou observador.

• Narrador onisciente: conhece tudo sobre os fatos e as personagens (seus sentimentos, pensamentos e segredos).

Vejamos o exemplo:A meia rua, acudiu à memória de Rubião a farmácia: voltou para trás, subindo contra o vento, que lhe dava de cara, mas ao fim de vinte passos, varreu-lhe a ideia da cabeça, adeus farmácia adeus, pouso!

ASSIS, Machado de. Quincas Borba

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• Narrador observador: domina os fatos, mas não “invade” o interior das personagens, contando apenas suas ações e comportamentos visíveis.

Vejamos o exemplo: O homem e a moça, na verdade, conversavam pouco durante aqueles almoços de verão. Depois do café o homem voltava para o pequeno estúdio nos fundos da casa, e às vezes a moça ia com ele. Ouviam música e conversavam, e então a moça voltava para a varanda do andar de cima em busca do sol do meio da tarde.NEPOMUCENO, Eric. “As três estações”. In Coisas

do mundo.Crônica

• A crônica é inicialmente escrita para ser publicada em jornais e revistas, dirigindo-se a leitores geralmente apressados.

• Quanto à temática, de modo geral, o cronista extrai do cotidiano o assunto para seus textos, em função do caráter circunstancial da crônica; transformando os pequenos acontecimentos do dia-a-dia em motivo para reflexão.

• A linguagem da crônica e sua sintaxe são dinâmicas, em tom de reportagem, sem perder, porém, o seu caráter literário.

• O narrador-repórter se identifica mais com o próprio autor que, via de regra, emite comentários pessoais sobre o assunto tratado. Portanto, há, na crônica, geralmente, a presença da dissertação.

• Essas características da crônica conferem a essa espécie narrativa grande dinamicidade, alto poder de comunicação, dotando-lhe de grande capacidade de adaptação ao ritmo da vida contemporânea.

Observação: Leiam a parte denominada “Quero mais”, no final da obra Acontece na cidade, de vários autores. Lá vocês encontrarão importantes informações sobre as crônicas.

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Exercícios referentes ao conteúdo teórico da etapa

1) Leia o texto A árvore que pensava, de Oswaldo França Júnior e responda.

Houve uma árvore que pensava. E pensava muito. Um dia transpuseram-na para a praça no centro da cidade. Fez-lhe bem a deferência. Ela entusiasmou-se, cresceu, agigantou-se. Aí vieram os homens e podaram seus galhos. A árvore estranhou o fato e corrigiu seu crescimento, pensando estar na direção de seus galhos a causa da insatisfação dos homens. Mas quando ela novamente se agigantou os homens voltaram e novamente amputaram seus galhos. A árvore queria satisfazer aos homens por julgá-los seus benfeitores, e parou de crescer. E como ela não crescesse mais, os homens a arrancaram da praça e colocaram outra em seu lugar.

FRANÇA JUNIOR, Oswaldo. As laranjas iguais. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1996, p.16

Tendo por base os estudos sobre os elementos narrativos e a análise do texto A árvore que pensava, redija um parágrafo DEMONSTRANDO os elementos constituintes do enredo no texto de Oswaldo França Júnior.

2) Leia os fragmentos retirados das obras de Machado de Assis e responda.

TEXTO 1

Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.

ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Ática,1988 p.47

TEXTO 2

Que abismo que há entre o espírito e o coração! O espírito do ex-professor, vexado daquele pensamento, arrepiou caminho, buscou outro assunto, uma canoa que ia passando; o coração, porém, deixou-se estar a bater de alegria. Que lhe importa a canoa nem o canoeiro, que os olhos de Rubião acompanhavam, arregalados? Ele, coração, vai dizendo que, uma vez que mana Piedade tinha de morrer, foi bom que não casasse; podia vir um filho ou uma filha... - bonita canoa! - Antes assim! - Como obedece bem aos remos do homem!

- O certo é que estão no céu!

ASSIS, Machado de. Quincas Borba. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira S.A., 1975 p.123

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Considerando os estudos feitos sobre os elementos da narrativa, produza um parágrafo COMPARANDO os focos narrativos nos trechos de autoria do Machado de Assis.

3) Leia o fragmento i1nicial da crônica O homem e sua balança, de Lourenço Diaféria.

Caminha um homem pela rua com sua balança de pesar peixe. No passado desse homem há uma prisão. Pagou seu crime. E caminha agora, de certa forma, livre, pelas ruas da cidade com sua balança de cinco quilos com que os pesa à vista dos fregueses, esse homem ganha a vida dura. Vende bagres, vende sardinhas, vende cavalinhas. E vai vivendo, escamando a vida. Um dinheiro aqui, um dinheiro lá. Sem ponto fixo. Nômade como são nômades os peixes do mar. Às vezes, às quintas, a gente o vê numa ponta de feira na periferia. Outras vezes, aos sábados, ele escolhe um ponto de ônibus distante. Vive de peixes e de espinhas, as guelras abertas de sufoco.

DIAFÉRIA, Lourenço. O homem e sua balança. In:Acontece na Cidade. São Paulo: Ática, 2005. p.95

Tendo por base os estudos feitos sobre o foco narrativo e a leitura do fragmento da crônica O homem e sua balança, produza um parágrafo IDENTIFICANDO e EXPLICANDO a característica do foco narrativo em 3ª pessoa.

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Projeto Quero Ler

Ler é compreender o mundo

Manifesto por um Brasil literário

Reconhecemos como princípio o direito de todos de participarem da produção também literária. No mundo atual, considera-se a alfabetização como um bem e um direito. Isto se deve ao fato de que com a industrialização as profissões exigem que o trabalhador saiba ler. No passado, os ofícios e ocupações eram transmitidos de pai para filho, sem interferência da escola.

Alfabetizar-se, saber ler e escrever tornaram-se hoje condições imprescindíveis à profissionalização e ao emprego. A escola é um espaço necessário para instrumentalizar o sujeito e facilitar seu ingresso no trabalho. Mas pelo avanço das ciências humanas compreende-se como inerente aos homens e mulheres a necessidade de manifestar e dar corpo às suas capacidades inventivas.

Por outro lado, existe um uso não tão pragmático de escrita e leitura. Numa época em que a oralidade perdeu, em parte, sua força, já não nos postamos diante de

narrativas que falavam através da ficção de conteúdos sapienciais, éticos, imaginativos.

É no mundo possível da ficção que o homem se encontra realmente livre para pensar, configurar alternativas, deixar agir a fantasia. Na literatura que, liberto do agir prático e da necessidade, o sujeito viaja por outro mundo possível. Sem preconceitos em sua construção, daí sua possibilidade intrínseca de inclusão, a literatura nos acolhe sem ignorar nossa incompletude.

É o que a literatura oferece e abre a todo aquele que deseja entregar-se à fantasia. Democratiza-se assim o poder de criar, imaginar, recriar, romper o limite do provável. Sua fundação reflexiva possibilita ao leitor dobrar-se sobre si mesmo e estabelecer uma prosa entre o real e o idealizado.

A leitura literária é um direito de todos e que ainda não está escrito. O sujeito anseia por conhecimentos e possui a necessidade de estender suas intuições criadoras aos espaços em que convive. Compreendendo a literatura como capaz de abrir um diálogo subjetivo entre o leitor e a obra, entre o vivido e o sonhado, entre o conhecido e o ainda por conhecer; considerando que este diálogo das diferenças – inerente à literatura – nos confirma como redes de relações; reconhecendo que a maleabilidade do pensamento concorre para a construção de novos desafios para a sociedade; afirmando que a literatura, pela sua configuração, acolhe a todos e concorre para o exercício de um pensamento crítico, ágil e inventivo; compreendendo que a metáfora literária abriga as experiências do leitor e não ignora suas singularidades, que as instituições em pauta confirmam como essencial para o País a concretização de tal projeto.

Outorgando a si mesmo o privilégio de idealizar outro cotidiano em liberdade, e movido pela intimidade maior de sua fantasia, um conhecimento mais amplo e diverso do mundo ganha corpo, e se instala no desejo dos homens e mulheres promovendo os indivíduos a sujeitos e responsáveis pela sua própria humanidade. De consumidores passa-se a investidores na artesania do mundo. Por ser assim, persegue-se uma sociedade em que a qualidade da existência humana é buscada como um bem inalienável.

Liberdade, espontaneidade, afetividade e fantasia são elementos que fundam a infância. Tais substâncias são também pertinentes à construção literária.

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Daí, a literatura ser próxima da criança. Possibilitar aos mais jovens acesso ao texto literário é garantir a presença de tais elementos – que inauguram a vida – como essenciais para o seu crescimento. Nesse sentido é indispensável a presença da literatura em todos os espaços por onde circula a infância. Todas as atividades que têm a literatura como objeto central serão promovidas para fazer do País uma sociedade leitora. O apoio de todos que assim compreendem a função literária, a proposição é indispensável. Se é um projeto literário é também uma ação política por sonhar um País mais digno.

Bartolomeu Campos de Queirós,Junho de 2009

Bartolomeu Campos de Queirós é um escritor brasileiro nascido na cidade de Papagaio, Minas Gerais. Publicou o seu primeiro livro, O peixe e o pássaro, em 1974. É hoje um dos mais importantes nomes da literatura brasileira.

“Guardar”António Cícero

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.Em cofre não se guarda coisa alguma.Em cofre perde-se a coisa à vista.

Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado. Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, isto é, estar por ela ou ser por ela. Por isso melhor se guarda o voo de um pássaroDo que um pássaro sem voos. Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica, por isso se declara e declama um poema: Para guardá-lo: Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:Guarde o que quer que guarda um poema: Por isso o lance do poema: Por guardar-se o que se quer guardar.

A Literatura já antecipou várias máquinas e conquistas do homem. O que nasceu do sonho humano e foi registrado em várias páginas de ficção, ganhou a materialização da ciência e tornou-se realidade. Julio Verne, já citado, mesmo escrevendo no século XIX antecipou máquinas que hoje são comuns desde o século XX.

Então os escritores são uma espécie de videntes? Nada disso. Eles são pessoas que se entregaram ao mundo da leitura e da imaginação. Assim desenvolveram a capacidade de criar e fomentaram o poder de criação de outros. Procure conhecer a vida dos grandes homens da História e irá descobrir a importância da leitura no desenvolvimento intelectual de cada um deles.

O escritor Salman Rushdie afirma que “a literatura deve ser realmente o lugar onde podem surgir novas ideias que repensem o mundo”. É ela – a literatura – o espaço onde se pode sonhar acordado. Rushdie diz também que “a literatura é um lugar em qualquer sociedade onde, dentro da

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privacidade de nossas próprias cabeças, conseguimos ouvir vozes falando sobre tudo de todo modo possível”. É a liberdade de ser o que se quer, de ir para onde se deseja e viver aventuras que se sonha. E, sonhar com alguma coisa é o primeiro passo para se conquistar algo.

Ler é chato. Muitos podem estar pensando nisso. Ver televisão, acessar a internet é muito mais divertido e cansa menos. Não está errado. O prazer dessas coisas é instantâneo e o prazer de ler é resultado de estímulos constantes, que aos poucos se torna uma questão de gosto, de escolha pessoal, de atitude. Sim, é preciso ter atitude para se gostar de ler. E a TV e a internet não querem pessoas de atitude, pois elas pensam.

Nosso projeto “Quero ler” oferece a você a oportunidade de ter acesso aos livros de uma forma prazerosa, que se inicia por seu direito de escolher o que irá ler até o seu entendimento de que o livro é uma janela por onde acessamos séculos de conhecimento. Assim descobrirá que ler também é brincar, é viajar sem sair do lugar; é interagir com o mundo, os povos e ver a história passando no virar de páginas.

Para se conhecer; para aprender a ler as mensagens que o mundo lhe envia o tempo todo; para fomentar e viabilizar suas conquistas e as da humanidade; para transformar o mundo, o passaporte é o Livro.

Esperamos que você faça ótimas viagens!!!

Claudio AdrianoProfessor de Literatura

Primeira Viagem

P A R A D A 1 : RECONHECIMENTO E COLETA DE DADOS

Saber colher todas as informações que o livro possa nos fornecer é muito importante. Ao publicar um livro, existe todo um projeto de desenvolvimento de capa, prefácio e informações adicionais. Elas são importantes aliadas na leitura, na compreensão da mesma e na expansão de nossos conhecimentos.

1. Comece o trabalho analisando o seu livro, atentando para o título, o nome do autor, as cores e as ilustrações, tanto da capa, quanto do miolo do livro (quando houver). Registre os dados aqui:

Título:

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Editora:

Análise da capa:

Análise das ilustrações e informações complementares:

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2. Um leitor proficiente, quando vai escolher um livro, utiliza os dados anteriores como o primeiro contato para aquisição ou não da obra. Alguma das informações dadas foi importante para a sua escolha? Justifique sua resposta ou informe qual foi o fator que o levou a escolher o livro.

PARADA 2: DIÁRIO DE VIAGEM – REGISTRANDO CADA PASSO DO SEU PASSEIO

Registre aqui os pontos interessantes do seu livro (fatos, temas, personagens, poemas, lugares etc). Justifique por que os achou interessantes e qual a relevância deles para a obra.

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PARADA 3: ARRUMANDO AS MALAS PARA O FIM DESTA VIAGEM: VERIFICAÇÃO DA ESTRUTURA DA OBRA.

Agora você já está apto para identificar como o livro foi organizado. Apresente aqui a forma como o autor estruturou o seu livro (princípio, meio e fim; por temas etc.). Explique cada um deles.