Apostila+contrabaixo

download Apostila+contrabaixo

of 26

Transcript of Apostila+contrabaixo

CONCEITOS DE MSICA

CONCEITOS DE MSICA

SOM o efeito produzido em nosso aparelho auditivo pelas vibraes de um corpo.

tudo aquilo que ouvimos. Ex.: um trem passando em seu trilho.

MSICA a arte de combinar sons agradveis ao ouvido. Ela divide-se em trs partes:

1. Melodia o conjunto de sons dispostos em ordem sucessiva. O canto propriamente dito emitido pelas cordas vocais.

Ex.: Instrumentos de melodia: flauta, gaita e sax, etc.

2. Harmonia o conjunto de sons executados juntos. o acompanhamento da melodia atravs de acordes. Ex.: Instrumentos de harmonia: (Teclado, violo, etc.)3. Ritmo So movimentos em tempos fortes e fracos com intervalos regulares.

Ex.: Valsa, Marcha, etc.NOTAS - so sons representados por meio de sinais musicais.

So em nmero de 7 (D, R, Mi, F, Sol, L, Si).

ACORDE o conjunto de notas tocadas simultaneamente. Ex.: D maior, D menor, etc.

ESCALA

A palavra Escala tem sua origem no latim scala, que significa gama ou escada.

uma srie de notas sucessivas e vizinhas, ascendentes ou descendentes, formando entre si sons meldicos, comeando e terminando com notas de mesmo nome.

Ex: Escala de D (D, R, Mi, F, Sol, L, Si, D)

CLASSIFICAO DAS ESCALAS

1. Escala Natural ou Diatnica uma seqncia de sete notas, diferentes e consecutivas.

Ex.: d, r, mi, f, sol, l, si, d2. Escala artificial ou cromtica uma seqncia de doze notas consecutivas.a) Ascendentes: d, d#, r, r#, mi, f, f#, sol, sol#, l, l#, si, d

b) Descendentes: d, si, sib, l, lb, sol, solb, f, mi, mib, r, rb, d

SUSTENIDO E BEMOL

* Sustenido significa um semitom ou meio tom a mais ou frente.

* Bemol significa um semitom ou meio tom a menos.

TOM E SEMITOM

Semitom a menor distncia entre um som e outro. Ex.: (Do, Do#) (Re, Re#) (Si, Do)

Obs.: um semitom o mesmo que meio tom.

Tom a distncia entre dois sons, ou seja, dois semitons, porque cada som tem a contagem de 1 semitom e dois sons do uma contagem de 1tom. Ex.: (Do R) (L, Si) (Si, Do#).

Obs: De uma casa para outra do brao do contra-baixo temos um semitom.

PARTES DO BAIXO ELTRICO

As semelhanas entre o baixo eltrico original e o contra-baixo clssico ou acstico so a extenso, ou seja, as notas que podem ser tocadas e a afinao das cordas. A partir da, so instrumentos distintos, onde se varia do nmero de cordas (4, 5, 6 e excepcionalmente 7, alm do 8 cordas, que nada mais do que um 4 cordas com encordoamento duplo). De l pra c, o baixo eltrico vem adquirindo personalidade e caractersticas cada vez mais prprias.

Ponte (Bridge)

A ponte uma pea muito importante do contra-baixo. Embora parea que seja apenas um apoio para as cordas, a ponte que faz a transferncia das vibraes das cordas para a madeira do corpo. Alm disso, na ponte que se faz o ajuste do tamanho de cordas, pois cada nota exige um tamanho certo. Em alguns contra-baixos, as cordas no so presas na ponte, mas sim diretamente no corpo, visando um melhor aproveitamento dos graves.

Captadores

Os captadores tm a funo de transformar a vibrao das cordas em som. Atravs de induo magntica, o som captado e transmitido para a sada. Entre os vrios modelos de captadores, os tipos mais comuns so o Jazz, Precision e Piezo.

Corpo

Principal responsvel pelo timbre do instrumento. Assim como no violo existe a caixa acstica, o corpo do baixo quem vibra, dando sustentao e grave necessrio ao baixo. no corpo que se fixam as cordas, o brao e a parte eltrica. O peso do corpo influi tambm no equilbrio do baixo e no conforto para o instrumentista.

Mo ou Paleta

Alm de servir para fixao das tarraxas, tem muita influncia no equilbrio do instrumento. Experimente tocar num baixo com paleta e num sem (como Factor, Steinberg) e sinta a diferena!

Tarraxas

Responsvel pela afinao do instrumento, merece cuidados especiais quanto manuteno e conservao.

Brao

Parte fundamental do instrumento deve ser firme o suficiente e de madeira estvel (ou seja, com a variao do tempo ela no empena facilmente). Requer cuidados quanto ao uso do tensor, que interno ao brao. Sempre que se trocar as cordas, checar se a curvatura do brao aceitvel, e se necessrio, atuar suavemente no tensor.

POSTURA

O contrabaixista deve ter uma postura natural e descontrada.

Lembre-se que mais difcil eliminar um vcio, do que estudar certo.

Uma postura correta evita problemas futuros quanto execuo no instrumento, assim como de ordem de sade fsica, especialmente de coluna.

PONTOS DE APOIO

SENTADO

3 PONTOSCOXA

BRAO

TRAX

DE P

2 PONTOSBRAO

TRAX

PRTICA

Sentado

Quando tocamos o baixo eltrico, sentados, costumamos repous-lo sobre a coxa esquerda ou, cruzando as pernas, repous-lo sobre a coxa direita.

O brao direito, bem prximo do pulso repousa por cima do baixo, deixando pulso, mo e especificamente os dedos, descontrados.

De P

O executante deve manter a correia de sustentao do instrumento, numa posio em que os braos no fiquem muito distendidos. Portanto, a correia de sustentao no deve ser muito longa.

Mostraremos o brao do instrumento atravs de um diagrama onde indicamos a colocao das notas e dos dedos da mo esquerda.

AFINAOAs cordas do baixo devem estar afinadas dentro de um padro, relativo a altura do som, chamado DIAPASO.

Desta maneira, o aluno disciplina o seu ouvido e tambm poder tocar, a qualquer momento, com outros instrumentos que, normalmente, estaro afinados no mesmo padro de ALTURA do som. Procure adquirir um afinador eletrnico, aparelho das cordas com perfeio.

PRTICA

Pressionando a 4 corda (MI) no 5 traste, o som deve ficar igual ao da 3 corda (L), solta.

Pressionando a 3 corda (L) no 5 traste, deve ficar igual; ao da 2 corda (R).

Pressionando a 2 corda (R) no 5 traste, o som deve ficar igual ao da 1 corda (SOL) solta.

O professor tem a obrigao de afinar o instrumento do aluno. Mesmo que o aluno saiba faz-lo o professor deve verificar.

As cordas so contadas da mais fina para a mais grossa, portanto de baixo para cima.

1 corda SOL

G2 corda R

D3 corda L

A

4 corda MI

E

Existem baixos com 5 e 6 cordas 5 cordas com um Si grave e 6 cordas com um Si grave e um D agudo.

Relao entre as cordas soltas do contrabaixo e as notas do teclado.

NOTAO DOS DEDOS DA MO DIREITA

Os dedos so indicados com as iniciais:

p = polegar

i = indicador

m = mdio

a = anular

Atualmente tambm se toca usando o dedo anular.

A mo direita posicionada com naturalidade, de maneira que os dedos fiquem perpendiculares s cordas.

TOCAR COM APOIO

O dedo da mo direita, aps tocar uma corda, se apia na corda seguinte.

Observe na figura, como todo o dedo indicador se movimenta com seu prprio peso, partindo do ponto A, passando por B, que a corda aonde ele vai se apoiar, sem esquecer que todo movimento parte do ombro para o brao passando pelo pulso at chegar na mo e dedos.

Fazer o mesmo com os outros dedos.

Quando usamos a palheta, ela deve estar firmemente segura entre o polegar e indicador, porm, o pulso deve estar bem descontrado.

Tocar com palheta para baixo.

Tocar com palheta para cima.

EXERCCIO SOBRE AS CORDAS

Os prximos exerccios so todos sobre cordas soltas e ao execut-los, deveremos manter o mesmo andamento.

Aproveite para memorizar o nome das cordas soltas, fixando os seus sons e as divises rtmicas.

As casas so contadas a partir da pestana, cordas soltas.

Para mo direita coloca-se notao dos dedos i-indicador, m-mdio e a-anular.

A descontrao das mos, especialmente da mo esquerda, ser responsvel pela tcnica veloz e preciso nos saltos entre as notas ou intervalos entre as notas. Nos exerccios futuros esta descontrao dever ser observada inclusive em todo o corpo mantendo at mesmo, respirao calma e cadncia que proporciona circulao controlada e domnio consciente do instrumento, da emoo e sensibilidade.

Para coordenar movimentos da mo direita tocar sempre com apoio Falando o nome das notas ao tocar.

COM OS DEDOS

Toque com a mo direita. Primeiro s com indicador, depois s com o mdio e por ltimo, alterando i e m, sempre com apoio. Se possvel cante o som de cada nota ao tocar.

NOTAO DOS DEDOS DA MO ESQUERDA

Os dedos da mo esquerda so indicados por nmeros.

1. Indicador

2. Mdio

3. Anular

4. Mnimo

O polegar da mo serve de apoio suave, atrs do brao do instrumento.

No se deve espalmar o brao do contrabaixo.

Os dedos devem pressionar as cordas, bem prximo dos trastes, que separam as casas.

Os dedos da mo esquerda que pressionam as cordas esto marcados com seus nmeros correspondentes, ao lado da nota. Ex: 1 dedo indicador pressiona a nota 2, 3 ou 4.

Nos baixos eltricos com trastes, aperte a corda prximo ao traste que separa as casas. Pressione suavemente, at a corda encostar no traste.

Coloque o polegar, como apoio suave, atrs do baixo, mantendo-o na direo do dedo mdio.

EXERCCIOS:

Antes de comear a pressionar as cordas com a mo esquerda, deixe o polegar apoiado atrs do brao e abra e feche a mo, batendo com a ponta dos dedos nas cordas.

Pratique tocando as notas, cromaticamente em cada corda.

Comece com a corda solta e toque at a 12 casa, de forma ascendente e descendente.

Toque com a mo direita, alternando os dedos indicador e mdio.Confira no diagrama as notas de cada corda.

TETRACORDES

Qualquer escala maior natural formada por dois conjuntos de quatro notas sucessivas dando-se, a cada um, o nome de tetracorde.

Esta a frmula intervlica de dois tetracordes formando uma escala maior a partir de qualquer nota escolhida como Fundamental ou Tnica, que inicia a escala.

ESCALAS MAIORES

Ao iniciarmos uma escala por uma nota qualquer, no podemos mudar a ordem sucessiva dos sons, nem repetir seu nome.

Exemplo:

SiDRRFSolLSi(errado)

SiDRMiFSolLSi (certo)

Pratique e exercite construindo as escalas maiores de todas as tonalidades

Ex. D Maior:

D tom R tom Mi tom F - tom Sol - tom L - tom Si - tom D

EXERCCIOS:

1. Escala de D maior:

Sugerimos como padro, a seguinte posio das notas no brao do instrumento.

Os nmeros significam os dedos da mo esquerda que devem pressionar as cordas, e as letras o nome das notas:

Portanto, o mesmo padro de dedilhado pode ser usado, iniciando a escala a partir da 4 corda, na 8 casa.

2. Escala de R maior:

No diagrama que representa o brao do instrumento, tambm colocaremos a partir de agora, somente a posio que sugerimos para a primeira nota.

Complete a escala segundo o padro de dedilhado adotado.

Execute a partir da 3 e da 4 cordas.

Devemos fazer vrias escalas a partir da 3 e da 4 cordas, para conhecermos bem as notas e automatizar movimentos e saltos entre elas.

Complete nos diagramas, as notas que formam as escalas indicadas:

As escalas tocadas a partir das notas soltas, fogem ao padro dado quanto ao dedilhado. Observe o exemplo de Mi maior, iniciando no Mi grave, que a 4 corda solta.

Complete agora a escala de L maior a partir da 3 corda solta (A), seguindo no diagrama, o mesmo padro dado para a escala de Mi maior, a partir do Mi grave da 4 corda.

Faa o Maior Nmero Possvel de Escalas

At aqui, junto com a formao de escalas maiores, demos especial ateno aos padres de dedilhados que posicionam o contrabaixista, fazendo-o conhecer bem as notas no brao do instrumento.

Queremos, no entanto lembrar, que o mais importante o instrumentista memorizar a seqncia de sons. Neste momento a ESCALA MAIOR.

Pense nos Sons que Voc Quer Tocar

Os sons devem partir de dentro do msico e s atravs de um estudo consciente e constante isto se tornar possvel.

EXTENSO DAS ESCALAS

Podemos tocar uma escala a partir de qualquer nota que a compe. Portanto no somos obrigados a iniciar uma escala, da sua tnica (primeira nota). S no podemos tocar notas que no pertenam a escala que est sendo executada.

Por exemplo, na escala de D maior podemos tocar a partir do seu 3 GRAU que a nota Mi.

Ex.: inicio do Mi grave ou Mi oitavo acima

Portanto aproveitando a extenso do instrumento desde o Mi grave, 4 corda, podemos tocar a escala de D maior.

Escala de D Maior com Extenso Iniciando do Mi Grave:

Escala de Si Bemol Maior com Extenso Grave a Partir do F:

Escala de Mi Bemol Maior com Extenso Grave a Partir do F:

Escala de L Maior com Extenso Grave a Partir do Mi:

Construa e toque outras escalas com extenso grave.

TRADES MAIORES

Trades so acordes de trs sons, formados pela 1, 3 e 5 notas de uma Escala.

Observamos que, a partir da Fundamental da escala maior, temos intervalos na seguinte ordem:

No diagrama que representa o brao do instrumento temos:

Trade de C:

Incio na 3 corda:

Incio na 4 corda:

A seguir faremos uma bateria de exerccios onde sero mostradas as posies onde as trades podero ser executadas. Mostraremos sempre duas possibilidades de armar (posicionar) as notas a partir da 4. , 3. e 2. cordas.

Exemplo:

A trade de D maior, a partir da corda L (3. ), a mesma trade a partir da 4. corda (Mi) na 8. casa ou seja: o mesmo som.

C (D maior)

OU

F (F maior)

OU

D (R maior)

OU

B (Si maior)

OU

G (Sol maior)

OU

Agora voc dever aplicar o que aprendeu at aqui com relao s escalas e trades maiores, exercitar o melhor caminho para se alcanar uma boa performance.

ESCALA MENOR NATURALAssim como temos uma frmula intervlica para a execuo das escalas maiores procederemos tambm da mesma forma nas escalas menores. Observaremos a seguir a diferena entre as frmulas:

ESCALA MAIOR: T T ST T T T ST, ou seja:

Ex: C D E F G A B C

ESCALA MENOR: T ST T T ST T T

Ex: C D Eb F G Ab Bb C

Veja que na escala menor algumas notas abaixam meio tom, so elas a 3., a 6. e a 7. por causa da frmula intervlica desta escala.

A escala menor natural derivada da escala maior a partir do seu VI grau. Uma alternativa para encontrar uma determinada escala menor relativa de outra maior contar da 1. nota trs notas descendentes dentro da escala maior, ou seja, baixar um tom e meio na escala.

Tomaremos como exemplo a escala de D maior:

A partir do sexto grau que L, podemos ento definir a escala menor de L assim:

Na prtica, veremos agora um exemplo de escala menor.

Exemplo 1:

Escala L menor (Am) a partir da 4. corda na 5. casa.

Am

Exemplo 2:

Escala de D menor a partir da 3. casa da 3. corda.

Cm

Neste ponto da maior importncia tocar um escala maior e a menor, da mesma tonalidade, para sentir a diferena de carter e som entre as duas.

Exemplo: toque a escala de C e em seguida a escala de Cm.

RELATIVIDADEComo vimos anteriormente, as escalas menores so relativas diretas das maiores e a partir do 6. grau podemos executar as escalas menores ou podemos montar as escalas menores usando a frmula intervlica vista.

Aqui apresentamos a tabela de escalas e suas relativas, para que voc execute cada uma quando estiver treinando.

ESCALAS MAIORESESCALAS RELATIVAS MENORES

CDEFGABCABCDEFGA

C#D#FF#G#A#CC#A#CC#EbFF#G#A#

DEF#GABC#DBC#DEF#GAB

D#FGG#A#CDD#CDD#FGG#A#C

EF#G#ABC#D#EC#D#EF#G#ABC#

FGAA#CDEFDEFGAA#CD

F#G#A#BC#D#FF#D#FF#G#A#BC#D#

GABCDEF#GEF#GABCDE

G#A#CC#D#FGG#FGG#A#CC#D#F

ABC#DEF#G#AF#G#ABC#DEF#

A#CDD#FGAA#GAA#CDD#FG

BC#D#EF#G#A#BG#A#BC#D#EF#G#

TRADES MENORES

As trades menores so formadas, tambm, pelas 1, 3 e 5 notas, mas da escala menor.

A partir da nota Fundamental da escala menor, temos os intervalos abaixo:

Em linhas gerais, sabendo-se as notas que formam uma trade maior, basta diminuir o seu terceiro grau de meio tom, para obter a trade menor.

Veja alguns exemplos de trades menores:

Trade de L menor (Am)

Trade de Sol menor (Gm)

Agora voc completar as notas que faltam nas trades menores abaixo, exercite para fixar bem.

D menor (Cm)

F menor (Fm)

Si bemol menor (Bbm)

Treine bastante executando as trades menores de todas as tonalidades, muito importante fazer isso, pois nos ritmos de alguns louvores ns usaremos freqentemente.

TRADES AUMENTADAS

As trades aumentadas derivam das trades maiores, mas tem o 5. grau aumentado de meio tom. So portanto, trades maiores com 5. aumentada. (5. nota da escala tom acima).

A partir da nota Fundamental da escala maior, temos os intervalos abaixo:

Observe agora que ao executarmos a trade aumentada, temos que deslocar a mo esquerda tom acima quando vamos tocar a quinta aumentada.

Exemplo:

C5+ (D maior com 5. aumentada)

Complete nos diagramas as trades aumentadas indicadas.

B5+ (Si maior com 5. aumentada)

E5+ (Mi maior com 5. aumentada)

F#5+ (F sustenido maior com 5. aumentada)

D5+ (R maior com 5. aumentada)

Toque trades maiores e aumentadas da mesma tonalidade para fixar a diferena sonora entre elas.

TRADES DIMINUTAS

As trades diminutas derivam das trades menores, mas tem o 5. grau diminuto de meio tom. So, portanto, trades menores com 5. diminuta. (5. nota da escala tom abaixo).

A partir da nota Fundamental da escala maior, temos os intervalos abaixo:

Nas cifras elas podem ser escritas das seguintes formas: , dim, ou 5-.

Adotaremos o smbolo , usado com mais freqncia em grande parte dos mtodos.

Veremos alguns exemplos:

C (Trade diminuta de D)

D# (Trade diminuta de R sustenido)

F# (Trade diminuta de F sustenido)

Nos louvores que tocamos sempre empregamos os acordes diminutos, portanto, treine bastante as trades diminutas.

ACORDES COM QUATRO SONS OU TETRACORDESAcordes com stima so acordes de quatro sons. Eles so formados por uma trade (1., 3. e 5.) e uma stima (7.) de uma determinada escala, chamada de escala referncia.

Eis alguns exemplos:

C7+ (Ttrade de D maior stima maior)

J sabemos que existem apenas duas stimas: a stima menor (7) ou preparao e a stima maior (7+) que j faz parte da escala maior. Portanto teremos quatro tipos de acordes com stima:

Maior com 7. maior Ex: C7+;

Maior com 7. menor Ex: C7;

Menor com 7. maior Ex: Cm7+;

Menor com 7. menor Ex: Cm7

Os acordes com quatro sons do tipo com stima so aplicados com uma certa freqncia nos louvores executados na igreja, portanto de grande importncia que estes tipos de acordes sejam praticados constantemente.

HISTRIA DO CONTRA-BAIXO

O contrabaixo tem suas origens remotas na Baixa Idade Mdia, perodo compreendido entre o Cisma Greco-Oriental (1054) e a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos (1453). Descendente de uma famlia chamada "violas", que se dividia em dois grupos, violas de brao e violas de pernas, o contrabaixo hoje o herdeiro maior e de som mais grave deste segundo grupo.

Por volta de 1200, o nome gige era usado para destinar tanto a Rabeca, instrumento de origem rabe com formato parecido com o alade como a guitar-fiddle (uma espcie de violo com o formato semelhante a um violino). No Sacro Imprio Romano Germnico, quase todos os instrumentos eram chamados pelo nome de gige, havendo a gige pequena e a grande. A msica executada neste perodo era bastante simples, as composies situavam-se dentro de um registro bastante limitado e no que tange harmonia, as partes restringiam-se a duas ou trs vezes. Era muito comum, instrumentos e vozes dobrarem as partes em unssono.

Com o passar dos anos, o nmero de partes foi expandido para quatro. Aproximadamente na metade do sc. XV comeou-se a usar o registro do baixo, que at ento era desconsiderado. Com esta nova tendncia para os graves, os msicos precisavam de instrumentos especiais capazes de reproduzir ou fazer soar as partes graves. A soluo encontrada pelos construtores de instrumentos, os luthiers, foi simplesmente reconstruir os instrumentos existentes, mas em escala maior. Ocorre, ento, uma evoluo tcnica e artstica de um instrumento em conjunto com a histria da msica. Assim, a evoluo no nmero de partes da harmonia trouxe a necessidade de se criar outros instrumentos que desempenhassem satisfatoriamente aquela nova funo.

De qualquer modo, seu ancestral mais prximo foi o chamado violine, que no incio do sc. XVII tornou-se o nome comumente designado viola contrabaixo, mas apenas na metade do sc. XVII o nome do contrabaixo separou-se do violine. E comeou a ter vida prpria. Entretanto, at a metade do sc. XVIII o instrumento no era utilizado em larga escala, tanto que em 1730 a orquestra de J. S. Bach no contava com nenhum contrabaixo. Ainda faltava um longo caminho para a popularizao.

Com o desenvolvimento da msica popular no final do sc. XIX, principalmente no que diz respeito ao jazz, inicia-se assim a introduo do contrabaixo com uma inovao: ele no era tocado com arco... apenas com os dedos a fim de que tivesse uma marcao mais acentuada.

O jazz se populariza e durante toda a primeira metade do sc. XX, o baixo s pode ser imaginado como uma imenso instrumento oco de madeira usado para bases de interminveis solos de sax, se bem que era usado tambm no princpio do blues e do mambo (estou falando de antes da 2 Guerra Mundial).

Assim foi at que em 1951, um norte-americano chamado Leo Fender cria um baixo to eltrico quanto a guitarra eltrica que tambm criou. O primeiro modelo foi denominado Fender Precision, e o nome no era casualidade: frente aos tradicionais contrabaixos, com o brao totalmente liso, o novo instrumento incorporava trastes, assim como suas guitarras.

O detalhe dos trastes faz com que a afinao do baixo seja muito mais precisa, eis a a origem do nome. Mas a revoluo fundamental que representa o baixo eltrico frente ao contrabaixo a amplificao do som. Se a soluo antigamente havia sido aumentar a caixa de ressonncia, transformando o violino em um instrumento imenso e com cordas muito mais grossas, desta vez a soluo foi inserir uma pastilha eletromagntica no corpo do instrumento para que o som fosse captado. Alm do mais, a reduo do tamanho do instrumento permitiu aos baixistas transport-lo com mais comodidade, e poder viajar no mesmo nibus dos outros msicos portando seu prprio instrumento.

MELHORANDO O SOM DE SEU CONTRA-BAIXO

O que usar para conseguir determinados sons e timbres no seu contrabaixo

Em linhas gerais podemos dizer que para se ter um som de qualidade (limpo sem rudos e distores) no contra-baixo ou em qualquer instrumento eltrico devemos ter qualidade primeiramente na fonte do sinal sonoro, ou seja, comeando pela qualidade do encordoamento que deve ter um som bem claro e definido, passando pelos captadores magnticos que devem ser de boa qualidade, ou seja, preciso captar bem o som das cordas, mas no captar rudos; so preciso tambm uma boa regulagem de tensor, brao e ponte a fim de se evitar que a corda raspe em determinadas partes do brao e ao mesmo tempo evitar que a corda se distancie muito dos captadores, tambm importante ter uma boa fiao interna do instrumento com o plo positivo totalmente isolado e o plo negativo servindo de blindagem contra rudos de campos magnticos ou mesmo o rudo gerado pela freqncia da energia eltrica. Detalhe importante: Instrumento caro nem sempre instrumento de boa qualidade.

Assim como a fiao interna o cabo externo deve seguir o mesmo padro, quanto menor a resistncia eltrica do cabo melhor ser o sinal recebido pelo amplificador. Os cabos com menor resistncia eltrica (com melhor passagem de sinal) so aqueles cujos contatos so banhados a ouro. O amplificador tambm influencia muito na qualidade final do som. Porm deve-se observar a potncia mxima que um amplificador pode dar sem "rachar" o som. Por exemplo: no se pode querer tirar 200 Watts de um amplificador de 200 Watts. O ideal sempre se trabalhar com uma sobra de potncia na margem de 50% ou seja, para tirar um som com potncia de 200 Watts o ideal ter um amplificador de 400 Watts.

Assim como nos amplificadores, deve se adotar o mesmo procedimento para as caixas de som e os falantes (com uma sobra de potencia na base de 50 %). As caixas de som devem ter o tamanho especifico para cada falante que usa (geralmente os fabricantes de falantes fornecem tabelas de tamanhos de caixa), os melhores falantes no caso do contra-baixo so aqueles cujos cones so de alumnio, pois no distorcem o som nas notas extremamente graves. Recomenda-se o uso de estabilizadores eltricos e filtros de linha na alimentao eltrica dos amplificadores a fim de evitar os rudos produzidos pela freqncia da energia eltrica.

Mas, alm disso tudo, existem vrios equipamentos que melhoram ainda mais o som do contra-baixo eltrico assim como captadores ativos, equalizadores, compressor sustainer, reverberadores, chorus, flanger, etc. Algumas empresas se dedicam a construir efeitos para o contra-baixo como o caso da BOSS e da ZOOM e Digitech que possuem pedaleiras multi-efeitos especialmente para contra-baixo.

EFEITOS PARA QUE SERVEM?

Os efeitos servem para mudar o timbre, ou mesmo para fazer uma regulagem no som do instrumento. Aqui vai um resumo das principais funes dos efeitos mais usados no contra-baixo.

Equalizer

O "Equalizer" como o prprio nome diz serve para equalizar e regular as faixas de graves, mdios e agudos no instrumento o grande responsvel para se conseguir "peso" no instrumento, ou seja , no caso do contra-baixo um grave bem forte e definido e sem mdios. Indispensvel para quem toca Slap.

Compressor Sustainer

um efeito de duas funes, ele uniformiza a intensidade do som e tambm prolonga a durao do som, ou seja, d um efeito de sustentao na nota tocada.

Chorus

Ao contrrio dos efeitos colocados anteriormente esse no um efeito de ajuste de som e sim de incrementao. Ele d um efeito de ondulao no som do instrumento Pode-se conseguir o efeito de tremulao tambm. Em alguns casos (e marcas) consegue-se manter o som original nas cordas graves e o som com Chorus nas cordas mais agudas do instrumento. Ideal para solos.

Flanger

tambm um efeito de incrementao do som. Tambm d um efeito de ondulao do som, porm uma ondulao muito mais agressiva que a do Chorus. Em sua regulagem mxima tem-se a impresso de que ele gera uma nota paralela nota tocada no instrumento.

Distoro.Tambm conhecida como Over Drive ou Heavy Metal muito usado na guitarra, porm pouco usado no Contra-Baixo. Simula a saturao dos amplificadores.

Oitavador (Octaver)

Basicamente joga a nota tocada para uma oitava acima ou uma oitava para baixo.

Reverb

Tambm conhecido como Cmara de Eco d efeito de eco e de sustentao do sinal sonoro. Com esse efeito possvel simular o som do instrumento como se estivesse em um grande auditrio, por exemplo.

Wah Wah

Efeito de Ondulao controlado por um pedal. Ou seja, voc controla a ondulao com o p. Como o prprio nome diz da um efeito de Wah Wah no som.

ESTRUTURA DO CONTRABAIXO MATERIAIS USADOS

Madeiras

O baixo eltrico fabricado de madeiras densas, embora existam experincias quanto ao uso de outros materiais sintticos e at mesmo alumnio. Mas o baixo no feito de um s tipo de madeira. Geralmente, usam-se madeiras pesadas no corpo do instrumento, de modo a garantir o grave; e madeiras resistentes no espelho, como pau-ferro ou jacarand. Para o brao do instrumento geralmente se usa marfim, embora existam experincias com outras madeiras.

Cordas

As cordas do baixo podem ser de diferentes tipos e materiais. Cordas feitas de nquel possuem um som brilhante, mas se desgasta facilmente. As de ao inoxidvel so mais resistentes, porm seu som no to brilhante. Existem cordas feitas de cobre, de cor vermelha, mas discutidas quanto sua resistncia. Alguns afirmam que elas se rompem facilmente. H tambm cordas feitas de bronze fosfrico, de cor amarela. So recomendadas para baixos acsticos, tipo violo.\

DICAS IMPORTANTES

Manuteno das cordas

Nos baixistas sabemos o quanto custa um jogo novo de cordas. Principalmente se for um contrabaixo de 5 ou 6 cordas ou ainda fretless. Por isso, uma dica para fazer que cordas velhas soem como novas ferver as cordas. Faa o seguinte: ferva mais ou menos um litro dgua com mais ou menos duas colheres de detergente neutro. Retire as cordas do baixo e enrole-as. Coloque-as na panela e deixe ferver por uns quinze minutos. Tire do fogo, jogue fora a mistura velha e enxge as cordas com gua fria limpa. Enxge e deixe secar num varal. Recoloque as cordas e afine. Som de cordas novas! Logicamente, o efeito no to duradouro quanto o jogo novo, e a corda pode apresentar um pouco de oxidao, dependendo da idade e do numero de fervidas. Mas serve para economizar uma grana.

Limpeza do instrumento

Use um bom lustra-mveis, seja lquido ou spray. Tome cuidado apenas para no cair o lquido dentro dos captadores, pois pode ocorrer oxidao e perda dos mesmos. Se o seu instrumento for esmaltado ou laqueado, uma dica usar cera automotiva, pois remove bem a sujeira. Mas use a menos agressiva que tiver, como aquela para pinturas metlicas.

Secagem do instrumento

Uma boa dica para preservao do instrumento sec-la muito bem aps utiliz-lo, ou se voc tem pele oleosa, secar a cada tocada. Uma dica comprar uma flanela ou mesmo uma fralda de pano bem grande, e aps o uso, secar o baixo e as cordas com ela. Ao guardar o baixo ou de um dia para o outro, coloque a fralda ou flanela entre o espelho e as cordas, envolvendo-as. Desse modo, o suor e umidade impregnados sero absorvidos, preservando o instrumento.

ALGUNS MODELOS DE CONTRABAIXO DAS MELHORES MARCAS

Fender Active Jazz BassAlemebicMusic Man

Tobias GrowlerFender Precision Special

Distncia de

um Tom

Distncia de

um Tom e meio

Distncia de

meio Tom

TOM + TOM + SEMITOM

TOM + TOM + SEMITOM

TOM

2 TETRACORDE

1 TETRACORDE

TRADES

MAIORES

Na Posio Fundamental

So Formadas

Por intervalos de:

1 1/2 TOM

1 1/2 TOM

5

3

1

5

2 TONS

3

Na Posio Fundamental

So Formadas

Por intervalos de:

TRADES

MENORES

1 1/2 TOM

1

5

2 TONS

Na Posio Fundamental

So Formadas

Por intervalos de:

TRADES

AUMENTADAS

3

2 TONS

1

5

TRADES

DIMINUTAS

Na Posio Fundamental

So Formadas

Por intervalos de:

3

1 1/2 TOM

1

1 1/2 TOM

PAGE 14