APOSTILA_DE_GA
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SUMÁRIO
1.0 VETORES 04
2.0 BASES 11
3.0 PRODUTO ESCALAR 15
4.0 PRODUTO VETORIAL 18
5.0 PRODUTO MISTO 20
6.0 ESTUDO DA RETA 22
7.0 ESTUDO DO PLANO 26
8.0 CADERNO DE EXERCÍCIOS 29
9. BIBLIOGRAFIA 40
4
1. VETORES 1.1 TRATAMENTO GEOMÉTRICO Noção Intuitiva
Existem dois tipos de grandezas: as escalares e as vetoriais. As escalares são aquelas que ficam completamente definidas por apenas um número real (acompanhado de uma unidade adequada). Comprimento, área, volume, massa, temperatura, densidade, são exemplos de grandezas escalares. Existem, no entanto, grandezas que não ficam completamente definidas apenas pelo seu módulo, ou seja, pelo número com sua unidade correspondente. Tais grandezas são as vetoriais, que para serem perfeitamente caracterizadas necessitamos conhecer o seu módulo (ou comprimento ou intensidade), sua direção e seu sentido. Força, velocidade, aceleração, são exemplos de grandezas vetoriais. Segmentos Orientados
Um segmento orientado é determinado por um par ordenado de pontos, o primeiro chamado origem (ponto A) do segmento, o segundo chamado extremidade (ponto B).
O segmento orientado de origem A e extremidade B será representado por AB.
Dados dois segmentos orientados AB e CD, então AB=CD (isto é, AB coincide com CD) se e somente se A=C e B=D. Segmentos nulos e opostos
Segmentos nulos: são aqueles cuja origem coincide com a extremidade. Segmentos opostos: dado um segmento orientado AB, o segmento orientado BA
diz-se oposto de AB. Comprimento
Fixada uma unidade de comprimento, a cada segmento orientado podemos associar um número real (positivo ou nulo), seu comprimento, que é a sua medida em relação àquela unidade.
AB : indica o comprimento do segmento AB. Direção e sentido
Dados dois segmentos orientados não nulos AB e CD, dizemos que eles têm a mesma direção se as retas AB e CD são paralelas (ou coincidentes).
Só podemos comparar os sentidos de dois segmentos orientados se eles têm a mesma direção.
Dois segmentos orientados opostos têm sentidos contrários.
5
mesmo sentido sentidos contrários
Segmentos Eqüipolentes
O segmento orientado AB é eqüipolente ao segmento orientado CD se AB e CD têm mesmo comprimento, direção e sentido. Indica-se .CD~AB
Se AB e CD são nulos e não colineares, dizer que CD~AB equivale a dizer que AC//BD e CD//AB , isto é, que ABCD é um paralelogramo.
Propriedades da eqüipolência 1. AB~AB (reflexiva) 2. Se CD~AB , então AB~CD (simétrica) 3. Se CD~AB e EF~CD , então EF~AB (transitiva) 4. Dado AB e o ponto C, existe um único ponto D tal que CD~AB (transporte) 5. Dois segmentos nulos são sempre eqüipolentes. 6. Se CD~AB , então DC~BA 7. Se CD~AB , então BD~AC Vetores
Chama-se vetor determinado por um segmento orientado AB o conjunto de todos os segmentos orientados eqüipolentes a AB. O vetor determinado por AB indica-se por
A.-Bou AB
CD~ABCDAB ⇔=
Um mesmo vetor AB é determinado por uma infinidade de segmentos orientados, que são chamados representantes desse vetor, e que são todos eqüipolentes entre si.
Como todos os segmentos nulos são eqüipolentes entre si, eles determinam um
único vetor chamado vetor nulo, que se indica por O .
Dado ABv = , o vetor BA chama-se oposto de AB e se indica por AB− ou por
v− . Propriedades
1. OAA =− 2. ( ) BAAB −=−− 3. Se CDAB −=− , então BDAC −=−
6
Casos Particulares de Vetores
a) Dois vetores v e u são paralelos, e indica-se por v//u , se os seus representantes tiverem a mesma direção.
b) Dois vetores v e u são iguais, e indica-se por vu = , se tiverem iguais o módulo, a direção e o sentido.
c) Qualquer ponto do espaço é representante do vetor nulo.
d) Um vetor u é unitário se 1u = .
e) Dois vetores v e u são ortogonais, e indica-se por vu ⊥ , se algum representante
de u formar ângulo reto com algum representante de v . f) Dois ou mais vetores são coplanares se existir algum plano onde estes vetores
estão representados. É importante observar que dois vetores v e u quaisquer são sempre coplanares.
Adição de Vetores
Consideremos dois vetores v e u e um ponto qualquer A. Tomemos
vBC e uAB +=+= .
O vetor AC − construído acima chama-se soma do vetor u com o vetor v e se indica por
vu + . Propriedades da Adição
A1. uvvu +=+ (comutativa)
A2. ( ) ( )wvuwvu ++=++ (Associativa)
A3. u0u =+
A4. ( ) 0uu =−+ Diferença de Vetores
Dados dois vetores v e u , o vetor ( )vuw −+= , chama-se diferença de v e u e se indica
por vu − .
Se tomarmos vBC e uAB +=+= e construirmos o paralelogramo ABCD, verifica-se
que a soma vu + é representado pelo segmento AD e a diferença vu − por CB.
7
Multiplicação de Número Real por Vetor
Dado um vetor 0v ≠ e um número real 0≠α , chama-se produto do número real α por
um vetor v , o vetor vα tal que:
a) módulo: vu ⋅α=α , isto é, o comprimento de vα é igual ao comprimento de
v multiplicado por α ;
b) direção: vα é paralelo a v ;
c) sentido: vα e v têm o mesmo sentido se 0>α , e contrário se 0<α . Se 0=α ou
0v = , então 0v =α Ângulo de Dois Vetores
O ângulo entre os vetores não-nulos v e u é o ângulo θ formado por duas sem-retas
OB e OA de mesma origem O , onde OAu = , OBv = e π≤θ≤0 ( θ em radianos) ou º180º0 ≤θ≤ .
Se v//u e v e u têm o mesmo sentido, então 0=θ .
8
1.2 O TRATAMENTO ALGÉBRICO 1.2.1 Vetores no Plano
Consideremos dois vetores u e vrr
não-paralelos, representados com a origem no mesmo ponto O, sendo s e r retas contendo estes representantes, respectivamente.
Os vetores y e x,d,c,b,arrrrrr
, representados na figura, são expressos em função de
u e vrr
por
u2v0y u2v4c
u0v4x u4v5b
uv3d u3v2a
rrrrrr
rrvrrr
rrrrrr
+=−−=
+=+=
−=+−=
De modo geral, dados dois vetores quaisquer u e v
rr não paralelos, para cada vetor
wr
representado no mesmo plano de u e vrr
, existe uma só dupla de números reais b e a tal que ubvaw
rrr+= .
A figura a seguir ilustra esta situação, onde u e vrr
são vetores não paralelos quaisquer e w
ré um vetor arbitrário do plano determinado por u e v
rr.
9
Quando o vetor wr
é expresso como ubvawrrr
+= , diz-se que wr
é combinação linear u e v
rr. O conjunto { }u,vB
rr= é chamado base no plano. Aliás, qualquer conjunto de
dois vetores não paralelos constitui uma base no plano. Embora estejamos simbolizando a base como um conjunto, nós a pensamos como um conjunto ordenado. Então, dada uma base qualquer no plano, todo vetor desse plano é combinação linear dos vetores dessa base, de modo único.
Os números b e a da expressão são chamados componentes ou coordenadas de wr
na base B. Dependência Linear
Consideremos alguns casos particulares: 1º) O conjunto de dois vetores { } v//u0,v0,u com ,v,u
vrrrvr≠≠ . Por exemplo:
Temos: u3vrr
−= , que é equivalente a 0vu3 =+rr
Num caso geral, poderíamos ter: uvrr
α= , com R∈α , o que equivale
a: ( )a
b- onde ,0b,0a,0ubva =α≠≠=+
rrr; dizemos que assim v
ré uma combinação linear
de ur
e que o conjunto { }u,vrr
é linearmente dependente. 2º) O conjunto de dois vetores { } 0v0,u com ,v,u ≠≠
rrvr, onde u e v
rrnão são
paralelos. Não existe R∈α , tal que uv
rrα= , logo v
rnão é uma combinação linear de u
r.
Neste caso, a equação vetorial 0ubvarrr
=+ somente é verdadeira se 0b e 0a == ,
pois , e 0u0v0rrr
=+ , e dizemos que o conjunto { }u,vrr
é linearmente independente.
3º) O conjunto de três vetores { }w,v,u
rrr, com w e v,u com 0,w e v,u
rrrrrr≠ coplanares
(paralelos a um plano). Por exemplo:
10
Temos: wv3u2
3 rrr=+ , logo w
ré uma combinação linear de v e u
rr.
A equação wv3u2
3 rrr=+ equivale a: 0w2v6u3
rrrr=−+ .
Neste caso, dizemos que o conjunto { }w,v,urrr
é linearmente independente.
4º) O conjunto de três vetores { }w,v,urrr
, com w e v,u onde 0,w e v,urrrrrr
≠ não são coplanares (não existe um plano que seja paralelo aos três vetores). Por exemplo:
Não existem R, ∈βα tais vuwrrr
β+α= , logo wr
não é combinação linear de v e urr
.
Neste caso a equação vetorial 0wcvbuarrrr
=++ somente é verdadeira se
0w0v0u0 pois 0,c e 0b,0arrrr
=++=== .
Dizemos que o conjunto{ }w,v,urrr
é linearmente independente. Em todos esses casos, observamos que:
1) Se a equação 0va...vava nn2211
rrrr=+++ , com Ra,...,a,a n21 ∈ , é
verdadeira, e pelo menos um dos coeficientes ai é diferente de zero, então o conjunto { }n21 v,...,v,v
rrré linearmente dependente, e um desses vetores, pelo menos, é
combinação linear dos outros do conjunto.
2) Se a equação 0va...vava nn2211
rrrr=+++ somente é verdadeira se
0a...aa n21 ==== , então o conjunto { }n21 v,...,v,vrrr
é linearmente independente, e nenhum desses vetores é combinação linear dos demais vetores do conjunto.
Definição: Dados n vetores n21 v,...,v,v
rrr, dizemos que o conjunto { }n21 v,...,v,v
rrré
linearmente dependente se existirem n escalares: n21 a,...,a,a , não todos nulos, tais que:
0va...vava nn2211
rrrr=+++
No caso contrário, isto é, se 0va...vava nn2211
rrrr=+++ implicar que
0a...aa n21 ==== , então o conjunto { }n21 v,...,v,vrrr
linearmente independente.
11
2. BASES
Uma base no espaço é uma terna ( )321 e,e,errr
formada por três vetores linearmente
independentes. Podemos considerar somente os vetores de um plano. Neste caso uma base é
formada por dois vetores desse plano linearmente independentes. Se considerarmos somente os vetores de uma reta, uma base será simplesmente um vetor não nulo dessa reta. Estudaremos propriedades dos vetores por meio de suas coordenadas em relação a uma base, em três dimensões; mas os resultados obtidos se aplicam também em duas dimensões ou em uma dimensão. Se os vetores 321 e,e,e
rrrformam uma base, então todo vetor v
rse exprime de
maneira única como combinação linear de 321 e,e,errr
, isto é, existe um único terno de
escalares ( )321 a,a,a tais que 332211 eaeaeavrrrr
++= .
Os escalares 321 a,a,a chamam-se coordenadas (ou componentes) de vr
em
relação à base ( )321 e,e,errr
. Reciprocamente, dada uma terna ( )321 a,a,a de números
reais, existe um único vetor cujas coordenadas são 321 a,a,a .
Fixada uma base ( )321 e,e,errr
, e sendo 332211 eaeaeavrrrr
++= , costuma-se
representar o vetor vr
, por meio da terna ( )321 a,a,a ou ainda, por meio da matriz coluna
3
2
1
a
a
a
.
Escreve-se então ( )321 a,a,av =r
ou
=
3
2
1
a
a
a
vr
Teorema. Se ( )321 a,a,au =r
e ( )321 b,b,bv =r
, então
( )( )
ααα=α
+++=+
321
332211
a,a,au
ba,ba,bavur
rr
Corolário. Dois vetores ( )321 a,a,au =
r e ( )321 b,b,bv =
r são linearmente dependentes
(paralelos) se as coordenadas forem proporcionais, isto é: 3
3
2
2
1
1
b
a
b
a
b
a== . Se não existir
proporcionalidade, v e urr
serão linearmente independentes. Teorema. Três vetores ( )321 a,a,au =
r, ( )321 b,b,bv =r
e ( )321 c,c,cw =v
são linearmente
dependentes se 0
c c c
b b b
a a a
321
321
321
==∆
Corolário. Para que w e v,urrr
sejam linearmente independentes é necessário e suficiente
que 0≠∆ .
12
2.1 Bases Ortonormais Uma base ortonormal é uma base formada por vetores unitários dois a dois ortogonais.
Em geral, uma base ortonormal é indicada por { }k,j,irrr
. Dois vetores são ortogonais se podem ser representados por segmentos ortogonais. Isto é, os vetores v e u
rrsão ortogonais se, tomado um ponto qualquer A, e
sendo vAC e uABvv
+=+= , o triângulo ABC é retângulo em A. Aplicando o teorema de Pitágoras chegamos à seguinte conclusão:
Para que os vetores v e urr
sejam ortogonais é necessário e suficiente que: 222
vuvurrrr
+=+ .
O vetor nulo é considerado ortogonal a qualquer ponto. Se ur
é ortogonal a v r
, então u
ré ortogonal a wv
rv+ . Se u
ré ortogonal a v
r e λ é um número real qualquer,
então ur
é ortogonal a vv
λ . Vamos agora calcular o módulo de um vetor a partir das suas coordenadas em
relação a uma base ortonormal.
Seja { }k,j,irrr
uma base ortonormal e kzjyixvrrrr
++= um vetor qualquer.
Como kzr
é ortonormal a jyixrr
+ , temos 222
kzjyixvrrrr
++= . Mas jyixrr
⊥ , donde
222jyixjyixrrrr
+=+ e portanto : 2222
kzjyixvrrrr
++= . Sendo 1kji ===rrr
,
temos finalmente: 2222zyxv ++=
r
13
Vejamos a expressão de ortogonalidade de dois vetores, a partir de suas coordenadas em relação a uma base ortonormal.
Consideremos os vetores kzjyixu 111
rrrr++= e kzjyixv 222
rrrr++= .
Os vetores v e urr
são ortogonais se e somente se 222
vuvurrrr
+=+ , ou seja
( ) ( ) ( ) 22
22
22
21
21
21
221
221
221 zyxzyxzzyyxx +++++=+++++
Simplificando a expressão acima, temos a condição de ortogonalidade:
0zzyyxx 212121 =++ 2.2 Mudança de Base Em situações mais gerais, ou em problemas mais difíceis, torna-se, às vezes, crucial saber efetuar uma mudança de base. Suponhamos que, numa certa situação, as coordenadas dos vetores estão sendo dadas em relação a uma base )w,v,u(E
rrr= , e por algum motivo, torna-se necessário
trocar esta base por outra ( )111 w,v,uFrrr
= . Esta troca afeta, naturalmente, as coordenadas, de todos os vetores. Para efetuar rapidamente esta troca de coordenadas (tanto de E para F, como de F para A) existe a chamada “matriz mudança” da base E para a base F. Sejam então E e F duas bases. Chamaremos
)w,v,u(Errr
= de base “velha”
( )111 w,v,uFrrr
= de base “nova” Os vetores da base nova são dados em função da base velha, isto é
( )( )( ) ,Ea,a,awavauau
,Ea,a,awavauau
,Ea,a,awavauau
3323133323133
3222113222122
3112113121111
=++=
=++=
=++=
rrrr
rrrr
rrrr
Com esta notação, chama-se matriz mudança de E para F a seguinte matriz:
=
33 3231
23 2221
13 1211
EF
aa a
aa a
aa a
M
(Observe quer as coordenadas do primeiro vetor da base nova formam a primeira
coluna da matriz mudança. Indica-se, para resumir, assim FEM→ )
Exemplo: )w,v,u(E
rrr= e ( )111 w,v,uF
rrr= , onde
( )( )( ) ,E0,1,0w0vu0u
,E1,0,2wv0u2u
,E1,1,1wvuu
3
2
1
=++=
=++=
−=−+=
rrrr
rrrr
rrrr
14
Seja ( )E1,3,1z =r
. Quais são as coordenadas de zr
na base F?
Se FEM→ , então EF
1M →−
Para calcular 1M− , determine a matriz mudança de base e depois, encontre um
processo que lhe permitirá calcular a 1M− .
tc
1 M.Mdet
1M =−
, :Mc matriz dos cofatores de M, ( ) ijji
c Adet1M +−=
15
3. PRODUTO ESCALAR
Chama-se produto escalar de dois vetores
kzjyixv e kzjyixu 222111
rrrrrrrr++=++= , e se representa por vu
rr⋅ , ao número real
212121 zzyyxxvu ⋅+⋅+⋅=⋅rr
.
O produto escalar de vpor urr
também indicado por v,uvv
e se lê “ vescalar urr
”.
Propriedades do Produto Escalar Para quaisquer vetores w e v,u
rrre o número real α , é fácil verificar que:
( )( ) ( ) ( )
( )2
uuu )V
0,0,00u se 0uu e 0u se 0uu )IV
vuvuvu III)
wuvuwvu II)
uvvu )I
rrr
rrrrrrrrr
rrrrrr
rrrrrrr
rrrr
=⋅
===⋅≠>⋅
α⋅=⋅α=⋅⋅α
⋅+⋅=+⋅
⋅=⋅
Definição Geométrica de Produto Escalar A
B C Se v e u
rrsão vetores não-nulos e θ o ângulo entre eles, então θ⋅⋅=⋅ cosvuvu
rrrr.
Aplicando a lei dos co-senos ao triângulo ABC da figura acima, temos
θ⋅⋅⋅−+=− cosvu22v2u2vurrrrrr
(1)
Por outro lado, vu22v2u2vurrrrrr
⋅⋅−+=− (2)
Comparando as igualdades (1) e (2), obtemos: θ⋅⋅=⋅ cosvuvurrrr
, º180º0 ≤θ≤
Conclusão: O produto escalar de dois vetores não-nulos é igual ao produto de seus módulos pelo cosseno do ângulo por eles formado.
Em relação ao sinal de vurr
⋅ é o mesmo de θcos , ou seja:
Se
=θ⇔=θ⇔=⋅
≤θ<⇔<θ⇔<⋅
<θ≤⇔>θ⇔>⋅
º900cos0vu
º180º900cos0vu
º90º00cos0vu
rv
rv
rv
16
Cálculo do ângulo de dois vetores
Da igualdade θ⋅⋅=⋅ cosvuvurrrr
, vem vu
vucos rr
rr
⋅
⋅=θ= , fórmula a partir da qual se
calcula o ângulo θ entre os vetores v e urr
não-nulos. Ângulos Diretores e Cossenos Diretores de um Vetor
Seja o kzjyixvrrrr
++= não-nulo. Ângulos diretores de vr
são os ângulos
γβα e , que vr
forma com os vetores k e j,irrr
, respectivamente.
Cossenos diretores de v
rsão os cossenos de seus ângulos diretores, isto é
γβα cos e cos ,cos .
( ) ( )( )
( ) ( )( )
( ) ( )( ) v
z
1v
1,0,0z,y,x
kv
kvcos
v
y
1v
0,1,0z,y,x
jv
jvcos
v
x
1v
0,0,1z,y,x
iv
ivcos
rrrr
rr
rrrr
rr
rrvr
vr
=⋅
⋅=
⋅
⋅=γ
=⋅
⋅=
⋅
⋅=β
=⋅
⋅=
⋅
⋅=α
Observação: É fácil ver que:
a) 12cos2cos2cos =γ+β+α e
b) o versor na direção ( )γβα= cos,cos,cosv
v é vr
v
A demonstração dessas duas igualdades fica como exercício. Projeção de um Vetor sobre Outro
O vetor que determina a projeção de um vetor vr
na direção de um vetor ur
é dado
pela expressão uu
uvvproj
2u
r
r
rrr
r ⋅
⋅=
17
Demonstração: Sejam os vetores u
re vr
não-nulos e θ o ângulo entre eles. Decompondo um dos vetores, digamos v
r, tal que 2v1vv
rrr+= , sendo u2v e u//1v
rrrr⊥ .
O vetor 1vr
é denominado a projeção ortogonal de vr
na direção deur
e indicado por
vuproj1vrrr
= .
Sendo u//1vrr
, temos u1vrr
α= e como uv1vv2vrrrrr
α−=−= é ortogonal aur
, vem
( )uuuv
e 0uuuv ou 0uuv rr
rrrrrrrrr
⋅
⋅=α=⋅α−⋅=⋅α− . Portanto, sendo u1v
rrα= , conclui-se que
uuuuv
vuprojr
rr
rrrr ⋅
⋅
⋅= .
18
4. PRODUTO VETORIAL Definição:
Chama-se produto vetorial de dois vetores ( ) ( )222111 z,y,xv e z,y,xu ==rr
, tomados nesta ordem, e se representa por vuou vu
rrrr∧× , ao vetor
2z 2 y2x1z 1 y1x
k j i
vu
rrr
rr=∧
Propriedades do Produto Vetorial
As propriedades a seguir estão intimamente relacionadas com propriedades dos determinantes. I) 0uu
rrr=∧ , qualquer que seja u
r
II) u v- vurrrr
∧=∧ III) ( ) w uvu wvu
rrrrrrr∧+∧=+∧
IV) ( ) ( )vu m vumrrrr
∧=∧
V) 0vurrr
=∧ se, e somente se, um dos vetores é nulo ou se v e urr
são colineares.
VI) ( )2vu2v2u2vurrrrrr
⋅−=∧ (Identidade de Lagrange)
VII) O produto vetorial não é associativo, isto é, ( ) ( ) w vu wvurrrrrr
∧∧≠∧∧ Características do vetor vu
rr∧
Consideremos os vetores ( ) ( )222111 z,y,xv e z,y,xu ==rr
. a) Direção de vu
rr∧
O vetor vurr
∧ é simultaneamente ortogonal aos vetores v e urr
.
b) Sentido de vu
rr∧
Convencionamos que a base ( )vu,v,urrrr
∧ tem orientação positiva, utilizando a regra da mão esquerda. O que equivale geometricamente a dizer que a base ( )vu,v,u
rrrr∧ é
positiva se ur
varre o plano π no sentido anti-horário, e o produto vetorial deur
por vr
é orientado positivamente, como indicado na figura abaixo
19
O produto vetorial muda de sentido quando a ordem dos vetores é invertida.
Ainda em relação ao sentido de vurr
∧ , podemos associar estes dois vetores a uma
dupla de vetores unitários escolhidos entre ir
, jr
ekr
. Por exemplo, associando vurr
∧ , com
jirr
∧ e tendo em vista que ( ) k1,0,0
0 1 0
0 0 1
k j i
jir
rr
rr
===∧ , o sentido de kr
daria o sentido
de vurr
∧ . Da mesma forma temos que jik e ikjrrrrrr
=∧=∧ . A tabela de dupla entrada apresenta as seis possibilidades com produto vetorial não-nulo:
∧ ir
jr
kr
ir
0r
kr
- jr
jr
-kr
0r
ir
kr
jr
- ir
0r
c) Comprimento de vurr
∧ Se θ é o ângulo entre os vetores v e u
rrnão-nulos, então θ=∧ senvuvu
rrrr
Interpretação Geométrica do Módulo do Produto Vetorial No paralelogramo determinado pelos vetores não-nulos v e u
rr a medida da base é
dada pelo ur
e da altura é θ⋅ senvr
, logo a área do paralelogramo abaixo é
θ⋅⋅=⋅= senvu)altura()base(Arr
, ou seja, vuArr
∧=
Logo podemos afirmar que a área do paralelogramo determinado pelos vetores
v e urr
é numericamente igual ao comprimento do vetor vurr
∧ .
20
5. PRODUTO MISTO
Suponha que queiramos achar o volume V de um paralelepípedo como o da figura:
Sabemos que este volume é igual ao produto da área de uma base pela altura
correspondente. Sendo θ=== ,AEw e ADv,ABurrr
a medida do ângulo entre h ,w e vu
rr∧ a altura relativa à base ABCD, e S a área da base ABCD, temos
hvuh.SV ⋅∧==vr
A altura h relativa à base ABCD é resultado da observação de que o triângulo AME é triângulo em M, logo wcosh
r⋅θ= . O módulo em θcos é necessário, pois poderia ser
π≤θ<π
2, ou seja, θcos é maior do que zero.
Portanto, o volume do paralelepípedo é igual a θ⋅⋅∧== coswvuh.SVrvr
, ou
seja, [ ]wvuV
rrr⋅∧= .
Definição 1: Chama-se produto misto dos vetores w ,v,u
rrao número [ ] wvuw,v,u
rrrrrr⋅∧= .
Proposição 1: Sendo ( )k,j,irrr
uma base ortonormal positiva relativamente à qual
( ) ( ) ( ),z,y,xw,z,y,xv,z,y,xu 333222111 ===rrr
então
[ ] =w,v,urrr
333
222
111
z y x
z y x
z y x
Propriedades do Produto Misto 1. [ ] 0w,v,u =
rrrse, e somente se, w e v,u
rrrsão linearmente dependentes (coplanares).
2. Propriedade Cíclica: [[[[ ]]]] [[[[ ]]]] [[[[ ]]]]v,u,wu,w,vw,v,urrrrrrrrr
======== .
3. [ ] [ ] [ ]w,v,uw,v,uw,v,uu 2121
rrrrrrrrrr+=+
21
4. [[[[ ]]]] [[[[ ]]]] [[[[ ]]]] [[[[ ]]]] ℜℜℜℜ∈∈∈∈∀∀∀∀============ ααααα ,w,v,uw,v,uw,v,uw,v,urrrrrrrrrrrr
Volume do Tetraedro
Sejam A, B, C e D ponto não-coplanares. Portanto, os vetores
AD e AC,AB também são não-coplanares. Em conseqüência, estes vetores determinam
um paralelepípedo cujo volume é ( )AD,AC,ABV = . Este paralelepípedo, por sua vez,
pode ser repartido em dois prismas triangulares de mesmo tamanho e, portanto, o volume de cada prisma é a metade do volume do paralelepípedo. Por outro lado, sabemos que o prisma pode ser repartido em três pirâmides de mesmo volume, sendo uma delas o tetraedro ABCD. Assim, o volume do tetraedro é um terço do volume do prisma, que é metade do volume do paralelepípedo, logo
( )AD,AC,AB6
1V
6
1V pedoparalelepítetraedro == .
22
6. Estudo da Reta Consideremos um ponto ( )111 z,y,xA e um vetor não-nulo ( )c,b,av =
r. Só existe
uma reta r que passa por A e tem a direção do vetor vr
. Um ponto ( )z,y,xP pertence a r se, e somente se, o vetor
AP for paralelo a vr
, isto é, vtAPr
= (1) para algum .Rt ∈ De (1), vem vtAP
r=− ou vtAP
r+= (2)
ou, em coordenadas ( ) ( ) ( )c,b,atz,y,xz,y,x 111 += (3)
Qualquer uma das equações (1), (2) ou (3) é denominada equação vetorial da
reta r. Da equação vetorial da reta ( ) ( ) ( )c,b,atz,y,xz,y,x 111 += , pela condição de
igualdade, obtém-se
+=
+=
+=
tc1zz
tb1yy
ta1xx
(4) As equações (4) são chamadas equações
paramétricas da reta r. Das equações paramétricas tczz tbyy taxx 111 +=+=+= supondo
,0c,b,a ≠
vem tc
zz t
b
yy t
a
xx 111 =−
=−
=−
Como para cada ponto da reta corresponde um só valor para t, obtemos as igualdades
c
zz
b
yy
a
xx 111 −=
−=
− (5)
As equações (5) são denominadas equações simétricas da reta r.
23
Reta definida por dois pontos A reta definida pelos pontos A e B é a reta que passa por A (ou B) e tem a direção
do vetor ABv =r
. Retas Paralelas aos Planos Coordenados Uma reta é paralela a um dos planos yOzou xOz,xOy se seus vetores diretores forem paralelos ao correspondente plano. Neste caso, uma das componentes do vetor é nula. A figura abaixo mostra a reta r xOy//r que passa pelo ponto ( )4,2,1A − e tem vetor
diretor ( )0,3,2v =r
(a 3ª componente é nula porque xOy//vr
).
Um sistema de equações paramétricas de r é
=
+=
+−=
4z
t32y
t21x
Retas Paralelas aos Eixos Coordenados Uma reta é paralela a um dos eixos Ozou Oy ,Ox se seus vetores diretores forem
paralelos a ( ) ( )0,1,0j aou 0,0,1i ==rr
ou a ( )1,0,0k =r
. Neste caso, duas das componentes do vetor são nulas.
24
Ângulo de duas retas Sejam as retas 21 r e r com as direções de 21 v e v
rr, respectivamente. Chama-se
ângulo de duas retas 21 r e r o menor ângulo entre os vetores diretores. Logo, sendo θ este ângulo, tem-se
2
0 com ,vv
vvcos
21
21 π≤θ≤
⋅
⋅=θ rr
rr
Retas Ortogonais Sejam as retas 21 r e r com as direções de 21 v e v
rr, respectivamente. Então
0vvrr 2121 =⋅⇔⊥
25
Observação: Duas retas ortogonais podem ser concorrentes ou não. Se as retas forem concorrentes, diz-se que são perpendiculares. Interseção de Duas Retas Se duas retas se interceptam, elas são coplanares, isto é, estão situadas no mesmo plano. Também são coplanares as retas que são paralelas. Se duas retas não são coplanares, elas são ditas reversas.
26
7. Estudo do Plano Equação Geral do Plano Seja ( )111 zyxA ,, um ponto pertencente a um plano π e ( )cban ,,=
r, 0n ≠r
, um vetor normal (ortogonal) ao plano. Como π⊥n
ré ortogonal a todo vetor representado em π . Então, um ponto
( )zyxP ,, pertence a π se, e somente se, o vetor AP é ortogonal a nr
, isto é, ( ) 0APn =−⋅r
ou ( ) ( ) 0zzyyxxcba 111 =−−−⋅ ,,,, ou ( ) ( ) ( ) 0zzcyybxxa 111 =−⋅+−⋅+−⋅ ou, ainda
0czbyaxczbyax 111 =−−−++ .
Fazendo dczbyax 111 =−−− , obtemos 0dczbyax =+++ . Esta equação é a equação geral do plano π .
Equação Vetorial e Equações Paramétricas do Plano Seja ( )000 zyxA ,, um ponto pertencente a uma plano π e ( )111 cbau ,,=
re
( )222 cbav ,,=r
dois vetores paralelos a π , porém, v e urr
não-paralelos.
Para todo ponto P do plano, os vetores v e uAPrr
, são coplanares. Um ponto
( )zyxP ,, pertence a π se, e somente se, existem números reais te h tais que vtuhAPrr
+=− ou vtuhAPrr
++= ou, em coordenadas ( ) ( ) ( ) ( ) R t h, cbatcbahzyxzyx 222111000 ∈++= ,,,,,,,,, . (1)
Esta equação é denominada equação vetorial do plano π . Os vetores v e urr
são vetores diretores de π . Da equação (1) obtém-se ( ) ( )tchcztbhbytahaxzyx 210210210 ++++++= ,,,, que, pela condição de
igualdade, vem
++=
++=
++=
tchczz
tbhbyy
tahaxx
210
210
210
, Rth ∈,
Estas equações são chamadas equações paramétricas de π e te h são variáveis auxiliares denominadas parâmetros.
27
Observação:
Existe uma outra maneira de se obter uma equação geral de π : como
( )zyxP ,, representa um ponto qualquer do plano, os vetores v e uAPrr
, são coplanares e,
portanto, o produto misto deles é nulo, ou seja, ( ) 0v uAP =rr
,, .
Ângulo de dois planos Sejam os planos 21 e ππ com vetores normais 21 n e n
rr, respectivamente.
Chama-se ângulo de dois planos 21 e ππ o menor ângulo que um vetor normal a
1π forma com um vetor normal a .2π Sendo θ este ângulo, tem-se 21
21
nn
nncos rr
rr
⋅
⋅=θ com
20
π≤θ≤ .
Planos Perpendiculares Consideremos dois planos 21 e ππ , e sejam 21 n e n
rrvetores normais a 21 e ππ ,
respectivamente. Sendo 0nnnn 212121 =⋅⇔⊥⇔π⊥πrrrr
Paralelismo e Perpendicularismo entre Reta e Plano
28
Sejam uma reta r com a direção do vetor vr
e um plano π , sendo nr
um vetor normal
a π . Se
α=⇔⇔π⊥
=⋅⇔⊥⇔π
nvn//vr II)
0nvnvr// )Irrrr
rrrr
Interseção de dois planos A interseção de dois planos não-paralelos é uma reta r cujas equações se deseja determinar. Interseção de reta com plano A interseção de uma reta com um plano é um ponto.
29
CADERNO DE EXERCÍCIOS
30
Tratamento Geométrico
1) No triângulo ABC, seja bAC e aABvr
== . Construir um representante de cada um dos vetores:
a) 2
barr
+ b)
2
barr
− c) b
2
1a2
rr− d) b
2
1a
rr+
C
br
A B a
r
2) Dados os vetores c e b ,arrr
, de acordo com a figura, construir o vetor xr
tal que:
a) cb2a4xrrvr
−−= b) cbaxrrvr
++= c) ( )cab2xrvrr
+−=
ar
br
c
r
3) Dados os vetores c e b ,arrr
, de acordo com a figura, construir x3
cba2
rr
rr=+−
ar
br
c
r
4) Dados os vetores ,w e v,urrr
de acordo com a figura, construir o vetor sw21
v3u2rrrr
=+− .
5) Ache as somas dos vetores indicados na figura, nos casos:
31
Tratamento Algébrico 1. Dados os vetores ( ) ( )1,2-v e 1,3u =−=
rr, determinar o vetor x
rtal que:
a) ( ) xu2x3
1vu4
rvrrv−=+− b) ( ) ( )u3x42uv2x3
rrrvr−=−−
2. Dados os pontos ( ) ( )1,1-B e 4,3A − e o vetor ( )3,2v −=
r, calcular:
a) ( ) v2ABr
+− b) ( ) vBAr
−− c) ( )AB2B −+ 3. Dados os pontos ( ) ( )1,1,5B e 3,2,2A − e o vetor ( )4,3,1v −=
r, calcular:
a) v3Ar
+ b) ( ) vBAr
−− c) ( )AB3v2 −−v
4. Dados os pontos ( ) ( )4,1,2B,3,2,1A −− e ( ),1,3,1C −− determinar o ponto D tal que
0CDABr
=+ Lembre-se CDCD e ABAB −=−= 5. Sabendo que w2v4u3
rrr=− , determinar b,a e c , sendo ( ) ( )2,b,av,c,1,2u −=−=
rre
( )0,1,4w −=r
.
6. Dados os vetores ( ) ( )2,1,1b,0,1,2a −==rr
e ( )1,2,2c −=r
determinar o vetor xr
tal que
2
bx
4
cb
3
axrrrrrr
+=
−−
−
7. Determinar os vetores y e xrr
que satisfazem o sistema:
−=+−
=+
)1,2,1(yx2
)1,2,0(y2xrr
rr
8. Determinar os vetores y,xrr
e zr
que satisfazem:
( )( )
( )
−=−−
−=++−
=−−
1,2,2zy2x2
2,1,1z2y3x
0,1,2zy2x
vvr
rrv
vrr
32
Dependência Linear 1. Dados os vetores ( ) ( )1,1,1v,1,3,2u −=−=
rre ( )0,4,3w −=r
, a) determinar o vetor x
rde modo que w2x4xvu3
rrrrr+=+− ;
b) encontrar os números 21 a,a e 3a tais que ( )5,13,2wavaua 321 −−=++vrr
2. Exprimir o vetor ( )7,7,3p −=
rcomo combinação linear dos vetores ( ),0,1,2a =
r
( )2,1,1b −=r
e ( )1,2,2c −=r
. 3. Quais dos seguintes vetores ( ) ( ) ( )9,21,14w,3,9,6v,2,6,4u −=−−=−=
rrre ( )5,15,10t −=
r
são paralelos. 4. Dado o vetor ( )5,2,3w =
r, determinar a e b de modo que os vetores ( )1,2,3u −=
re
( ) w2b,6,avrr
+= sejam paralelos.
5. Determine o único valor real de m para o qual o vetor ( )6,1m,2u +=r
e
( )m2,4,1mv −=r
sejam paralelos.
6. A reta que passa pelos pontos ( )1,5,2A − e ( )0,3,1B é paralela à reta determinada por
( )1,1,3C −− e ( )n,m,0D . Determinar o ponto D. 7. Determine os valores reais de a para que sejam coplanares os vetores
( ) ( ) ( ){ }2a,0,1,1,1,0,a,1,1 −− .
8. Mostrar que o conjunto de vetores da forma )yx,yx,x2(v −+=r
são coplanares com os vetores (0,1,-1).w e )1,1,2(u ==
rr
9. Mostre que os vetores ( ) ( ) ( )0,1,1w e 1,0,1v,0,1,1u ===rrr
formam uma base do espaço.
10. Verifique se o conjunto formado pelos vetores ( ) ( ) ( )4,-4,14-w e 2,0,4v ,1,2,1u ==−=rrv
é
linearmente dependente ou linearmente independente.
11. Determine m e n para que o conjunto formado pelos vetores ( )1,3,1mu +=r
e
( )1-4,2,2nv =r
seja linearmente dependente.
12. Mostrar que os vetores (1,1,1)w e (0,1,1)v ),1,0,1(u ==−=rvr
são linearmente independentes. 13. Mostrar que os vetores (6,-3,-1)w e (2,-1,1)v ),3,1,2(u ==−=
rvrsão linearmente
dependentes.
33
14. Quais as condições que devem satisfazer ,Rk ∈ para que os vetores ),k,0,1(u =r
k)(1,1,v =r
e )2k,1,1(w =r
sejam linearmente dependentes. 15. Verificar se são unitários os seguintes vetores:
==
6
1,
6
4,
6
1v )1,1,1(urr
16. Determinar o valor de n para que o vetor
=
5
4,
5
2,nv
vseja unitário.
17. Seja o vetor ( ) ( ) kj2mi7mvrrrr
++++= . Calcular m para que 38v =v
.
18. Dados os pontos ( ) ( ) ( ),1,2,0C e 4,2,1B ,1,0,1A − determinar o valor de m para que
,7v =r
sendo BCACmv +=r
19. Dados os pontos m)1,-2m B(8, e )4,1m,3(A −− , determinar m de modo que
.35AB =
20. Qual é o valor de α para que os vetores
( ) kj2i1b e k4j5iarrrrrrrr
+++α=−+α= sejam ortogonais?
21. Dados os vetores ( ) ( ) ( )αα=+α=α= ,8,2c e 2,-5,2b ,,1,2arrr
, determinar o valor de
α para que o vetor barr
+ seja ortogonal ao vetor acrr
− .
22. Dados os vetores ( ) ( ) ,2,1,1b ,2,4,3a ==rr
obter um vetor de módulo 3 que seja ao
mesmo tempo ortogonal aos vetores ba2rr
− e barv
+ .
34
Produto Escalar 1) Determinar os ângulos internos do triângulo de vértices C(-1,2,1) e )1,0,1(B),3,1,2(A − .
2) Calcular n para que seja de 30º o ângulo entre os vetores ( ) .j e 2,n,1urr
=
3) Determinar o vetor vr
, paralelo ao vetor ( ) 18.vu que tal ,2,1,1u −=⋅−=rrr
4) Qual o valor de α para que os vetores ( ) ( )1,2,4b e 4,5,a +α=−α=rr
sejam ortogonais? 5) Determinar um vetor de módulo 2 ortogonal a ( ) e 2,2,3u =
ra ( ).1,1,0v =
r
6) Sabe-se que .4
1-cos e
2
1cos,2v =β=α=
rDeterminar v
r.
7) Determinar o vetor vr
, sabendo que 5v =r
, vr
é ortogonal ao
eixo ( )0,2,3w e 6wv,z0 ==⋅rrr
. 8) Determinar o vetor v
r, ortogonal ao eixo z0 , que satisfaz as condições
-5,wv e 10uv =⋅=⋅rvrr
sendo ( ) ( )1,-1,2w e 1,3,2u =−=rr
. 9) Determinar o vetor projeção do vetor ( )3,2,1u −=
rna direção de ( ).2,1,2v −=
r
10) Qual o comprimento do vetor projeção de ( )2,5,3u =r
sobre o eixo x? 11) Determinar as coordenadas do vetor v
rsabendo-se que v
ré ortogonal aos vetores
( ) ( )1,-2,3w e 1,3,2u =−=rr
e que satisfaz à condição ( ) 61,1,2v =−⋅r
.
12) Na figura abaixo vr
é ortogonal a ur
. Se 4,1wu e 7u =⋅=rrr
pedem-se:
a) achar ,R∈α tal que .utrr
α= b) achar R, e ∈γβ tais que uwvrrr
γ+β= .
13) Achar o perímetro do triângulo ABC de vértices ( ) ( ) ( ).4,14,4C e 17,6,4B,5,2,1A −−
35
Produto Vetorial
1) Dados os pontos ( ) ( ) ( )2,-1,-3C e 1,0,3B,1,1,2A − , determinar o ponto D tal que ACBCAD ∧= . 2) Determinar o vetor x
rtal que ( ) ( ) ( )2,5,34,-2,1x e 73,4,1x −=∧−=−⋅
rr.
3) Dados os vetores ( ) ( ) ( ),1,2,0w e 3-4,1-v ,1,1,3u ===
rrr determinar x
rde modo que wx
rr⊥ e
.vuxrrr
=∧ 4) Determinar um vetor simultaneamente ortogonal aos vetores ,u-v e v2u
rrrr+ sendo
( ) e 0,2,3u −=r
( ).0,-1,-2v =r
5) Dados os vetores ( ) ( ) ,2,2,1-v e 2,1,3u =−=
rrcalcular
a) área do paralelogramo determinado por ;v e urr
b) a altura do paralelogramo relativa à base definida pelo vetor .v
r
6) Calcular o valor de m para que a área do paralelogramo determinado por ( ) ( )1,-2,2v e 1,3,mu =−=
rr seja igual a 26 .
7) Sabendo que 30º e 4v ,6u ==
rro ângulo entre ,v e u
rr calcular a área do triângulo
determinado por ;v e urr
8) Dados os vetores ( ) ( ) ( ),2,-3,0w e 2,0,0v,0,1,1u ==−=
rrrpede-se determinar o vetor z
r
paralelo a wr
e que verifique a condição .vuzrrr
=∧
9) Seja o triângulo ABC, onde ( ) ( ).1,0,2BC e 0,1,1BA =−−= Pede-se: a) a área do triângulo; b) o comprimento h da altura do triângulo, relativa ao vértice B; c) um vetor H
r
que dê a direção da altura do triângulo relativa ao vértice B.
36
Produto Misto 1) Calcular o produto misto dos vetores ( ) ( ) ( );2,3,4w,3,3,1v,5,3,2u −=−==
rrr
2) Verificar se são coplanares os vetores ( ) ( ) ( );4,1,2w,1,0,1v,1,1,2u −=−=−=
rrr
3) Qual deve ser o valor de m para que os vetores ( ) ( ) ( )1,3,1w,2,1,1v,0,m,2u −−=−==
rrr
sejam coplanares? 4) Verificar se os pontos D(-2,1,-3) e )2,2,0(C),2,0,1(B),4,2,1(A −− estão no mesmo plano. 5) Calcule o volume V do paralelepípedo determinado pelos vetores,
( ) ( ) ( )3,3,0AD,1,1,1BE,1,0,1AB === . 6) Um paralelepípedo é determinado pelos vetores ( ) ( )1,0,2v,4,1,3u =−=
rre ( )5,1,2w −=
r.
Calcular seu volume e a altura relativa à base definida pelos vetores v e urr
.
7) Qual o volume do cubo determinado pelos vetores ?k e j,ivrr
8) Sejam D(6,1,-3) e )1,1,2(C),1,0,5(B),1,2,1(A − vértices de um tetraedro. Calcular o volume deste tetraedro.
9) Sabendo que os vetores (-3,1,-2)AD e )3,1,m(AC),4,1,2(AB =−=−= determinam um tetraedro de volume 3, calcular o valor de m.
10) Sejam, em relação a uma base ortonormal e positiva ( )k,j,irrr
, os vetores:
(((( )))) (((( )))) (((( ))));3,1,1w,1,4,2v,0,2,4u ====−−−−========rrr
Sejam O ;vuOD e wOC;vOB;uOA
rrrrr++=+=+=+= é um ponto qualquer escolhido
como origem; calcule: a) o volume do paralelepípedo de base OABD, que tem OC como uma aresta; b) o volume da pirâmide de base OABD e vértice C; c) o volume do tetraedro OABC, cuja base é o triângulo OAB e vértice C. d) os vetores w e v,u
rrrsão coplanares?
37
Reta 1) Dada a reta ( ) ( ) ( )0,3,2t3,2,1z,y,x:r −+−= , escrever equações paramétricas de r.
2) Dada a reta
+−=
−=
+=
t24z
t3y
t2x
:r , determinar o ponto de r tal que:
a) a ordenada seja 6; b) a abscissa seja igual à ordenada; c) a cota (coordenada z) seja o quádruplo da abscissa.
3) Determinar o ponto da reta 4
z
1
3y
2
1x:r =
−
+=
−que possui
a) abscissa 5; b) ordenada 2. 4) Escrever equações paramétricas das retas que passam pelo ponto ( )3,5,4A − e são, respectivamente, paralelas aos eixos Oz e yO ,Ox . 5) Determinar o ângulo entre as seguintes retas:
a) −
=+
=
−=
=
−−=
1
1z
1
6y
2
x:s
t23z
ty
t2x
:r b)
−=
=
−
+=
−=
−
3
2z
4
y
1x
:s e 2
1z
1
y
2
4x:r
6) Determinar o valor de n para que seja de 30º o ângulo entre as retas
3
z
5
y
4
2x:r
==−
e
−=
+=
2x2z
5nxy:s .
7) Encontrar equações paramétricas da reta que passa por A e é simultaneamente ortogonal às retas r1 e r2, nos casos:
a) ( )
+=
=
=
=−
3-2xz
3-xy:s e
-1y
3x:r 1,2,3A
b) ( )
=
+−=
=
−
==
2z
1ty
t3x
:s e 2
3z1
y
2x
:r 0,0,0A
8) Verificar se as retas são concorrentes e, em caso afirmativo, encontrar o ponto de interseção:
a)
+=
+=
+−=
−=
1xz
7-3xy:s e
5xz
3x2y:r b)
+=
=
+=
−
=−
+=
−
3t-8z
t-4y
t-1x
:s e 4
2z
3
1y
2
3x:r
38
Plano 1) Seja o plano 04zyx3: =−−+π . Calcular:
a) O ponto de π que tem abscissa 1 e ordenada 3; b) O ponto de π que tem abscissa 0 e cota 2; c) O valor de k para que o ponto )1k,2,k(P − pertença a π ; d) O ponto de abscissa 2 e cuja ordenada é o dobro da cota; e) O valor de k para que o plano 07z4y4kx:1 =−+−π seja paralelo a π .
2) Determinar uma equação geral do plano paralelo ao plano 05zy3x2: =+−−π e que
contenha o ponto ).1,2,4(A − 3)Dada a equação geral do plano 06zy2x3: =−−−π , determinar um sistema de equações paramétricas de π . 4) Escrever uma equação geral e um sistema de equações paramétricas do plano determinado pelos pontos: a) ( ) ( ) ( )1,1,-1C e 1,2,-1-B ,2,0,1A b) ( ) ( ) ( )4,2,3C e 3,-1,3-B ,3,1,2A 5) Determinar a equação geral do plano que passa pelos pontos ( ) ( )3,1,-2-B e 2,2,1A − e
é perpendicular ao plano 08zyx2:1 =+−+π 6) Encontrar uma equação geral do plano que contém as retas
−=
−
−=
+−=
−=
1y
1
1z
3
1-x
:s e 2xz
3x2y:r .
7) Determinar o ângulo entre os seguintes planos: a) 03zyx2 e 06zy2x: 21 =+−−=π=−+−π
b)
+=
−=
+=
π
=
+=
−+=
π
thz
h2y
t2x
: e
hz
t2hy
th1x
: 21
8) Determinar o valor de m para que seja de 30º o ângulo entre os planos
07z2myx:1 =−++π 02z3y5x4 e 2 =+++=π . 9) Determinar m para que os planos 21 e ππ sejam perpendiculares:
01z4my3x2: e 01-3z-ymx: 21 =++−π=+π 10) Dados a reta e o plano π , determinar o valor de m para que se tenha ,r e //r π⊥π nos seguintes casos:
a) 03-2z-y-mx: e
t4z
t21y
t3x
:r =π
=
+−=
+−=
39
b) ( ) ( ) ( ) 0mz2y3x: e m,-12,t1,2,0z,y,x:r =++π+= 11) Determinar a equação da reta que representa a interseção dos planos 21 e ππ .
a) 04z3yx e 01z2yx3: 21 =−−+=π=−+−π
b) 07zy2x e 01zy2x3: 21 =−−+=π=−−−π
12) Sejam a reta r e o plano π dados por 0.4-z-4y2x: e 2xz
3x2y:r =+π
+−=
−=Determinar
o ponto de interseção. :
40
BIBLIOGRAFIA
BOULOS, Paulo; CAMARGO, Ivan. Geometria Analítica: Um tratamento
Vetorial. 2ª ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1987. p. 385.
KLÉTÉNIC. Problemas de Geometria Analítica. Tradução de Regina Régis
Junqueira. 4ª ed. Belo Horizonte: Livraria Cultura Brasileira Editora, 1984. p. 216.
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