Apostila_Manuseio_Téc_Armas

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SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL - SSPDS

SERVILHO Silva de Paiva – DPFSECRETÁRIO DA SSPDS

João VASCONCELOS de Souza – Cel BMSECRETÁRIO-ADJUNTO DA SSPDS

ACADEMIA ESTADUAL DE SEGURA PÚBLICA DO CEARÁ – AESP/CE

John Roosevelt Rogério de ALENCAR – Cel PMDIRETOR-GERAL DA AESP/CE

MARIANA Maia Pinheiro de Abreu MenesesSECRETÁRIA EXECUTIVA DA AESP/CE

JEOVÂNIA Maria Cavalcante Holanda – DPCCOORDENADORA GERAL DE ENSINO DA AESP/CE

Milton Akira Bastos SHIMABUKURO – Maj BMORIENTADOR DA CÉLULA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DA AESP/CE

DEMÓSTENES Carvalho Rolim Cartaxo – DPCCOORDENADOR GERAL DO CURSO DE FORMAÇÃO

POLÍCIA CIVIL DO CEARÁ - PCCE

Raimundo de Sousa ANDRADE JUNIOR – DPCDELEGADO GERAL

Marcus Vinicius Sabóia RATTACASO – DPCDELEGADO GERAL ADJUNTO

CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA INGRESSO NO CARGO DE INSPETOR DEPOLÍCIA CIVIL DE 3ª CLASSE

DISCIPLINAMANUSEIO TÉCNICO DE ARMAS LETAIS E MENOS LETAIS

CONTEUDISTA(S)Raimunda NECY Pinheiro Parente - EPC

José Rogério Câmara do NASCIMENTO – Ten Cel QOPM

EXPEDIENTECAPA:

GIL Alisson Freitas de Farias

FORMATAÇÃO:Francisco SILVIO Maia - IPC

• 2013 •

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PALAVRA DO DIRETOR

Caro candidato,

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é com muita honra que temos a satisfação em recebê-lo!

Estaremos juntos durante o desenvolvimento deste Curso de Formação Profissional, estruturado

de acordo com as diretrizes da Matriz Curricular Nacional da Secretaria Nacional de Segurança Pública

– SENASP, órgão do Ministério da Justiça, alinhada com as questões sociais e a resolução de conflitos,

as quais estão ancoradas em três eixos de ensino da AESP/CE: 1º. Técnico-Científico; 2º. Humanístico-

Jurídico; e 3º. Valorização Profissional. Espero que as informações disponíveis neste material didático

sejam úteis para que vocês desempenhem, da melhor maneira possível, sua importante missão quando

do exercício profissional.

Em primeiro lugar, gostaria de parabenizá-lo pela conquista até aqui, a última fase do Concurso

Público para Provimento no Cargo de Inspetor de Polícia Civil de 1ª Classe, e dizer que nesta caminha-

da precisamos de perseverança, compromisso e responsabilidade.

O Curso de Formação Profissional de responsabilidade da AESP/CE, Instituição de Ensino Su-

perior pioneira no Brasil na filosofia do Ensino Unificado no Sistema de Segurança Pública e Defesa So-

cial dentro das carreiras estratégicas e operacionais, respeita as especificidades constitucionais e curri-

culares de cada Instituição vinculada, em consonância com a Lei nº. 15.191, de 19 de julho de 2012.

Nas oportunidades que tenho de me expressar, tenho dito que ser policial é uma das atividades

profissionais mais gratificantes que o ser humano pode desempenhar, pela sua importância dentro orde-

namento social. Falo isso porque também sou policial há mais de duas décadas. Sei que não é uma ta-

refa fácil. É complexa, exige dedicação, honradez, preparo intelectual, liderança, coragem e condiciona-

mento físico. Não é para qualquer um, a qual muitos querem, mas somente alguns chegam lá, após

vencerem todas as etapas desse difícil e concorrido Concurso Público.

Apesar dos desafios diários e da imensa abnegação que exige, não há como acreditar num mun-

do melhor sem acreditar numa segurança pública valorizada, qualificada e humanizada, já que é o pon-

to de equilíbrio de uma sociedade contemporânea, onde sem ela não há como se falar em desenvolvi-

mento socioeconômico. Por isso, futuro policial, esteja certo de que sua missão é uma das mais impor-

tantes que alguém pode conquistar e exercer.

Com a sua dignidade, dedicação e criatividade será possível construirmos uma sociedade me-

lhor para as presentes e futuras gerações. Não se esqueça: aprender e compartilhar ensinamentos

deve ser projeto de vida meu, seu, enfim, de todos nós adultos, jovens...

No espírito de uma gestão participativa, e sabendo que o seu contato com a Direção-Geral é

muito importante para nós, criamos um canal direto, feito especialmente para você, o FALE COM O DI-

RETOR, o qual pode ser acessado pelo portal da AESP/CE: http://www.aesp.ce.gov.br/. Antes de finali-

zar minhas palavras, peço a sua gentileza para fazermos reflexões embasadas no Livro “O Código da

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Inteligência: a formação de mentes brilhantes e a busca pela excelência emocional e profissional”, de

Augusto Cury.

QUE PROFISSIONAL VOCÊ DESEJA SER?

1º. Um bom profissional que faz tudo que lhe pedem ou um excelente que surpreende, fazendo

além do que lhe solicitam?

2º Um bom profissional que corrige erros ou um excelente que os previnem?

3º Um bom profissional que executa ordens ou um excelente que pensa pela instituição?

4º Um bom profissional individualista ou um excelente que trabalha em equipe?

5º Um bom profissional que usa o poder do medo e das pressões ou um excelente que usa o po-

der do elogio?

6º Um bom profissional que repete comportamentos ou um excelente que se reinventa?

7º Um bom profissional que engessa a mente ou um excelente que libera a imaginação?

8º Um bom profissional que mais trabalha sem saber pra aonde vai ou um excelente que mais

pensa, com foco nos resultados sociais?

Aproveito para assegurar-lhe que:

a) não mediremos esforços para oferecer um ensino de excelência, num ambiente em que a teo-

ria e prática convivem em simbiose; e

b) você não está só! Conte comigo, conte com toda a equipe de colaboradores da nossa Acade-

mia, a fim de ajudá-lo na sua preparação profissional para que você possa ser um policial civil exemplar,

digno do respeito da sociedade cearense!

Um abraço e boas aulas!

AESP/CE, em Fortaleza, 2 de setembro de 2013.

John Roosevelt Rogério de Alencar – Cel PM

Diretor-Geral da AESP/CE

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APRESENTAÇÃO

A você aluno da Academia Estadual da Segurança, será dada especial atenção à Disciplina de

Manuseio Técnico de Armas Letais e Menos Letais.

O objetivo dessa disciplina é proporcionar conhecimento teórico e prático necessário para

possibilitar o manuseio eficaz e seguro dos armamentos da Polícia Civil.

É importante ressaltar que cada vez mais os governos se preocupam em desenvolver padrões

de conduta recomendáveis a todo profissional responsável pela aplicação da lei, especialmente quanto

ao uso da força e armas de fogo.

No tiro policial na modalidade voltada para a defesa com armamento de pequeno porte (revólver

ou pistola), o policial condiciona-se às técnicas de enfrentamento, utilizada em situações extremamente

adversas como último recurso para confrontos aproximados, em que se realiza o tiro de forma rápida e

eficiente. Para tanto faz-se necessário o pleno conhecimento, manuseio e domínio do equipamento.

Ao final do curso, você terá a oportunidade de treinar e aprender as técnicas essencialmente

usadas no seu cotidiano profissional. Lembre-se que este aprendizado pode ser o diferencial entre a

vida e a morte.

Serão abordados na presente apostila, procedimentos técnicos práticos sobre a utilização de

armas de fogo, face a escala de violência no mundo atual. Espera-se que os dados teóricos colhidos

possam maximizar e atualizar o desempenho do policial nas técnicas de combate em situações críticas,

atentando para o fato de que o uso de armamentos só se justifica quando for absolutamente inevitável

para a segurança de todos os envolvidos na operação policial.

O manuseio de qualquer arma merece uma atenção dobrada por parte do policial, sobretudo um

planejamento antecipado sobre as variáveis possíveis com que possa se deparar, baseado nas atitudes

e nas condições seguras. Espera-se de quem manuseia o armamento o domínio das técnicas para

utilização de forma correta, seja para o momento da sua guarda ou no manuseio em linha de tiro ou

ainda para a tomada de decisão de utilizá-la em defesa própria ou de terceiros.

Sendo assim, convidamos você para dedicar-se ao máximo, mantendo atenção, respeito às

regras e sobretudo vontade de aprender em todos os instantes.

Os autores.

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO...............................................................................................................................1

1. PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA NO MANUSEIO DE ARMA DE FOGO...................................1

Regras de Segurança........................................................................................................................1

Recebendo e entregando uma arma:................................................................................................1

No Estande de Tiro..........................................................................................................................1

2. ESTUDO DOS TIPOS DE ARMAS, CALIBRES E MUNIÇÕES ................................................2

Tipos de Armas - Classificação e outras definições.........................................................................2

Pistola Semi-Automática – Cal. .40 S&W , Modelo PT 100.....................................................3

Principais Componentes - Cal. .40 S&W , Modelo PT 100...............................................................3 ............................................................................................................................................................3

Características – Cal. .40 S&W , Modelo PT 100.............................................................................3Montagem e Desmontagem – Pistola Semi-automática Cal. .40 S&W , Modelo PT 100.................5

Montagem .....................................................................................................................................6Pistola vista desmontada Modelo PT 100......................................................................................6

Saneamento de Panes e definições..................................................................................................6

Pistola Semi-Automática – Modelo 24/7 Cal.40....................................................................7

Desmontagem – Pistola Semi- Modelo 24/7 Cal.40.........................................................................7Montagem..........................................................................................................................................8

- Funcionamento das Pistolas PT24/7, 640, 100, 940 CAL.40.................................................8

Carabina CT-40 Cal. .40............................................................................................................9

Metralhadora MT Cal. 40 Taurus Famae....................................................................................9

Características - Metralhadora MT Cal. 40 Taurus Famae e Carabina Cal. .40 Taurus-Famae.......10Desmontagem da Carabina CT Cal. .40 Taurus Famae e Metralhadora MT Cal. 40 Taurus Famae..........................................................................................................................................................10Montagem Carabina CT Taurus Famae .40 e Metralhadora MT Cal. 40 Taurus Famae.................11

Espingarda e Escopeta Cal. 12..................................................................................................12

Espingarda Boito e CBC 586 (Pump Action) Calibre 12..........................................................12

Características Principais.................................................................................................................13Desmontagem..................................................................................................................................14Montagem........................................................................................................................................15Funcionamento.................................................................................................................................15Manejo.............................................................................................................................................15

Fuzil Cal. 5,56 Imbel.................................................................................................................16

Características e Munição ...............................................................................................................16Desmontagem .................................................................................................................................16Montagem........................................................................................................................................18

Balística, Calibres e Munições.......................................................................................................19

Balística.....................................................................................................................................19

Calibres.....................................................................................................................................19

Tipos de Calibres e Alcance dos projéteis........................................................................................19Calibre .40 S&W - Histórico............................................................................................................19

1

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Munições...................................................................................................................................20

Classificação quanto ao estojo.........................................................................................................20Munições – Nomenclaturas..............................................................................................................21Projéteis............................................................................................................................................212.2.3.4 Estojo................................................................................................................................22 Espoleta...........................................................................................................................................23Pólvora.............................................................................................................................................23

Armas Menos que Letais...............................................................................................................24

Manuseio Técnico com armas elétricas (Taser)........................................................................24

Manuseio Técnico com Sprays Espagidores e Agentes Químicos ...........................................25

BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................27

2

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1. PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA NO MANU-

SEIO DE ARMA DE FOGO

Regras de Segurança

• Jamais aponte uma arma para alguém

por brincadeira, carregada ou não, a não

ser em legitima defesa, ou no cumpri-

mento do dever;

• Jamais aponte a arma em direção que

não ofereça segurança quanto a um dis-

paro acidental;

• Nunca pergunte se a arma está carrega-

da, verifique você mesmo;

• Ao sacar uma arma, faça-o sempre com

o dedo fora do gatilho;

• Procure conhecer bem sua arma para

evitar surpresas desagradáveis;

• Guarde sempre (quando não a estiver

portando) sua arma em local seguro;

• Mantenha sempre limpa, lubrificada e em

boas condições de uso sua arma;

• Não “floreie” jamais sua arma (manipula-

ção inadequada);

• Não deixe cartucho na câmara, em condi-

ções de ser deflagrado após a retirada do

carregador;

• Não deixe o dedo no gatilho quando não

for para atirar. O dedo só vai para o gati-

lho no momento do disparo;

• Jamais carregue a arma com o cão arma-

do;

• O retorno da pistola para o coldre deverá

se dá, sempre com o cão desarmado

(cão batido); ferrolho avançado; travada,

esteja ou não carregada;

• Saber atirar com a pistola não significa

saber usá-la: “Não basta saber atirar; é

preciso saber quando atirar, e saber exe-

cutar procedimentos”. (Giraldi)

Recebendo e entregando uma arma:

• Inspecionar a arma e verificar a inexistên-

cia de munição nos carregadores e parti-

cularmente na câmara da pistola;

• Inspecionar desobstrução do cano da

arma;

• Verificar funcionamento adequado dos

dispositivos de segurança;

• Verificar funcionamento seguro do

mecanismo de disparo, particularmente a

inocorrência de disparo quando do

avanço do ferrolho por ação de sua mola

ou quando da ação do desarmador do

cão;

• Verificar ocorrência de fissura aparente

ou qualquer outro indício de defeito na

arma que possa vir a comprometer a

segurança na instrução.

No Estande de Tiro

• Obedeça sempre ao comando do instru-

tor, fazendo somente aquilo que for orde-

nado;

• Os deslocamentos do aluno no estande,

deverão ser feitos sempre com arma no

coldre ou na mão com a arma aberta e

sem o carregador, cano para cima;

• Todo o comando deverá ser executado

sempre, com o cano apontado em dire-

ção do alvo;

• O silêncio é fator preponderante na segu-

rança e deverá ser observado na linha de

tiro1

Page 12: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

• É proibido registro fotográfico, gravação,

filmagem, utilização de celulares;

• Quando por acaso, ocorrer al-

gum incidente com a arma, o aluno deve-

rá permanecer em seu lugar, apontando-

a em direção ao alvo e levantar o braço

oposto para que o instrutor possa atendê-

lo.

2. ESTUDO DOS TIPOS DE ARMAS, CALI-

BRES E MUNIÇÕES

Armas de Fogo

Arma que arremessa projéteis

empregando a força expansiva dos gases

gerados pela combustão de um propelente

confinado em uma câmara, que normalmente,

está solidária a um cano que tem a função de

propiciar continuidade à combustão do

propelente além de direção e estabilidade do

projétil.

Tipos de Armas - Classificação e outras defi-

nições

• Armas Manuais – São aquelas para o

combate corpo-a-corpo. Ex. punhal, fa-

cas, etc

• Armas de arremesso – São aquelas utili-

zadas para combate à distância. Ex. gra-

nada e arma de fogo.

• Armas brancas – Artefato cortante ou per-

furante, normalmente constituído por

peça em lâmina.

• Arma de porte – Arma de fogo de di-

mensões e peso reduzidos que pode ser

portada por um indivíduo em um coldre e

disparada, comodamente, com somente

uma das mãos pelo atirador, enquadra-

ram-se nesta definição pistolas, revólve-

res e garrucha.

• Arma portátil –. Arma cujo peso e cuja di-

mensões permitem que seja transportada

por um único homem , mas não conduzi-

da em um coldre , exigindo em situações

normais ambas as mãos para a realiza-

ção eficiente do disparo .Ex, fuzis e me-

tralhadoras.

• Arma não portátil – Arma que, devido as

suas dimensões ou a seu peso, não pode

ser transportada, por um único homem.

Ex. canhões

• Arma automática – Arma em que o carre-

gamento. O disparo e todas as operações

de funcionamento ocorrem continuamen-

te enquanto o gatilho estiver sendo acio-

nado (é aquela que dá rajada) . Ex, sub-

metralhadoras.

• Arma semi-automática – Arma que realiza

automaticamente, todas as operações de

funcionamento, com exceção do disparo,

o qual para ocorrer, requer a cada dispa-

ro, um novo acionamento do gatilho. Ex.

pistola.

• Arma de repetição – Arma em que o atira-

dor, após a realização de cada disparo,

decorrente a sua ação sobre o gatilho,

necessita empregar sua força física sobre

um componente do mecanismo desta

para concretizar as operações prévias e

necessárias ao disparo seguinte, tor-

nando-a pronta para realizá-lo.. Ex. sub-

metralhadoras

• Arma de uso permitido – Arma cuja utili-

zação é permitida a pessoas físicas em

2

Page 13: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

geral, bem como a pessoas jurídicas, de

acordo com a legislação do Exército.

• Arma de uso restrito – Armas que só

pode ser utilizada pelas forças Armadas,

por algumas instituições de segurança e

po0r pessoas físicas habilitadas, devida-

mente autorizadas pelo Exército de acor-

do com legislação específica.

• Atirador – pessoa física praticante do es-

porte de tiro, devidamente registrada na

associação competente, ambas reconhe-

cidas e sujeitas às normas baixada pelo

exército;

• Colecionador – pessoa física ou jurídica

que coleciona armas, munições, ou viatu-

ras blindados, devidamente registrado e

sujeito a normas baixadas pelo exército;

• Guia de Tráfego – GT : documento que

autoriza o tráfego de produtos controla-

dos.

Pistola Semi-Automática – Cal. .40 S&W , Mo-

delo PT 100

Principais Componentes - Cal. .40 S&W ,

Modelo PT 100

• Armação: É o que dá suporte ao cano, ao ferro-

lho e ao mecanismo de disparo da pistola.

• Cano: Parte anterior da arma de fogo, normal-

mente feita de aço, através do qual o projétil ou

projéteis são guiados em direção ao alvo.

• Ferrolho: É o mecanismo que segura a cápsula

da munição, dentro da câmara, movendo-se

para frente e para trás de modo a permitir que

as outras etapas do funcionamento ocorram. É

também a parte posterior da culatra, que rece-

be todo o impacto gerado pela combustão da

carga do cartucho no momento do disparo.

• Bloco da Culatra: Segundo Oliveira Gomes Flo-

res (2000,p.60) , “sua face anterior serve de

apoio à base do cartucho de munição. Nele

está montado o percutor e o extrator”;

• Mecanismo de Disparo: Conforme defi-

ne Oliveira Gomes Flores (2000, p.60), é cons-

tituído pelo gatilho, pelo cão percutor (na per-

cussão direta), ou pelo cão e pelo percutor (na

indireta), e, ainda, pelas travas de segurança;

• Mecanismo da Culatra: É o conjunto do

bloco da culatra, ferrolho, extrator, ejetor, da

mola recuperadora, e do carregador.

PISTOLA MODELO PT 100

Características – Cal. .40 S&W , Modelo PT

100

a) Princípio de Funcionamento:

A pistola PT 100 calibre .40 S&W é um

exemplo de arma semi-automática, que funciona

pela ação dos gases sobre o ferrolho e depende

exclusivamente da vontade do atirador a cada

disparo.

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Page 14: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

A pistola é alimentada por carregador

metálico, do tipo cofre, com capacidade para 11

cartuchos.

Ação Simples:

Exige que o atirador para efetuar o

primeiro disparo, as engatilhe manualmente,

puxando o cão para trás. Após o primeiro

disparo, com a ação dos gases sobre o ferrolho

que o movimentam criando um ciclo para a

extração e alimentação da arma, o cão é

naturalmente armado sem a necessidade de

outra operação manual.

Ação Dupla:

Em ação dupla, o primeiro disparo é

efetuado após um longo puxar de gatilho, não

sendo necessário o engatilhamento manual do

cão. Os disparos seguintes são efetuados em

ação simples, com o cão sendo naturalmente

armado pelo movimento do ferrolho após o

disparo.

b) Designação

• Modelo PT 100

• Calibre . 40

• Cabos de Borracha

• Acabamento Oxidado

• Peso 880g

• Comprimento do Cano: 125mm

c) Classificação

• Tipo............................De Porte

• Emprego.....................Individual

• Funcionamento..........Semi-Automáti-

ca

• Refrigeração...............a ar

d) Alimentação

• Carregamento..................Retrocarga

• Carregador.........................Metálico, tipo

cofre

• Capacidade........................11 cartuchos +

1 na câmara

• Sentido da alimentação:...de baixo para

cima

e) Aparelho de Pontaria

• Alça de Mira..................em “U” fixa ao

ferrolho

• Massa de Mira................tipo lâmina,

fixa ao ferrolho

Manuseio correto da Pistola Cal. .40

S&W, modelo PT 100:

1. Municiar: Colocar os cartuchos no

carregador.

2. Alimentar: Inserir o carregador muni-

ciado na arma

3. Carregar/ Engatilhar: Trazer o ferro-

lho

Totalmente à retarguarda e soltá-lo.

4. Desarmar: Abaixar o registro de se-

gurança quando a arma estiver carre-

gada.

5. Travar: Levantar o registro de segu-

rança.

6. Destravar: Abaixar o registro de se-

gurança quando a arma estiver trava-

da.

7. Disparar: Acionar a tecla do gatilho.

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Page 15: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

Montagem e Desmontagem – Pistola Semi-

automática Cal. .40 S&W , Modelo PT 100

Desmontagem

Antes de desmontar, tire o carregador,

abra o ferrolho puxando-o a retaguarda e

verifique se não há munição na câmara, após

feito esse procedimento, feche o

ferrolho,desengatilhe a arma, retire o carregador

pressionando o retém que fica próximo ao

guarda mato (observe fotos abaixo)

Com o ferrolho fechado, pressionar o

retém da alavanca de desmontagem que fica a

direita da arma, e ao mesmo tempo baixe a

alavanca de desmontagem que fica a esquerda

da arma ao soltar o ferrolho, leve- o para frente

até liberá-lo da armação

Com o cano voltado para um local que

ofereça segurança, pressione a haste guia da

mola recuperadora levantando o conjunto e

retirando-o.

Pressiona o mergulhador do bloco de

trancamento e retira o conjunto do cano do

ferrolho.

Segurar o cano e levantar a parte

posterior do bloco de trancamento, retirando-o.

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Page 16: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

Montagem

É o inverso da desmontagem

Ressaltamos que é de fundamental

importância que se observe que o impulsor da

trava do percussor deve estar abaixado no

momento da montagem do ferrolho na armação,

pois se estiver levantado quando for manter o

ferrolho, poderá quebrá-lo.

Pistola vista desmontada Modelo PT 100

Nomenclatura das Peças

Saneamento de Panes e definições

- Nega - Como acontece:

A arma não dispara isso acontece em

virtude do problema com a munição, espoleta

picotada ou carregador solto.

Como resolver: bater na base do

carregador e manusear o ferrolho

- Chaminé ou Torre - Como acontece:

A ação dos gases não teve força

suficiente para ejetar a cápsula e ela fica voltada

para cima na janela de ejeção.

Como resolver: Remoção do cartucho

passa a mão pela parte de cima da arma ou

coloca a arma de lado e manuseia o ferrolho,

fazendo com que o estojo caia ao solo.

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Page 17: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

- Horizontal - Como acontece:

A cápsula fica horizontalmente na janela

de ejeção.

Resolução: coloca-se a arma na

horizontal e trás o ferrolho a retaguarda deixando

a ação da gravidade agir fazendo com que a

cápsula caia naturalmente.

- Travamento de ferrolho (embuchamento) -

Como acontece:

A cápsula dilatada estufa dentro da arma

Resolução: pega-se com a mão fraca

firmemente a arma por cima na parte cerrilhada

e com a mão forte dá-se uma pancada no punho

da arma fazendo com que o ferrolho venha a

retaguarda liberando a cápsula que estava

estufada

Dupla alimentação ou duplo carregamento -

Como acontece:

Um cartucho fica na câmara e sem ter

sido extraído a tempo o outro vindo logo atrás

faz com que ocorra a dupla alimentação

Resolução:

1º) Deixa o ferrolho aberto através do

retém do ferrolho

2º) tira o carregador

3º) manuseia o ferrolho duas ou três

vezes para retirar o cartucho preso.

4º) deixa o ferrolho aberto, coloca o

carregador e fecha o ferrolho.

Pistola Semi-Automática – Modelo 24/7

Cal.40

PT 24/7 Calibre: .40 S&W

Nº de tiros: 15 + 1

Comprimento: 182,2 mm

Desmontagem – Pistola Semi- Modelo 24/7

Cal.40

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Page 18: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

Foto 1 – Retirar o carregador (pressionar

o botão do retém do carregador)

Foto 2 – Abra o ferrolho acionar o retém

do ferrolho

Foto 3 – Certificar- se que não há

munição na câmara

Foto 4 – Deixar o ferrolho aberto

Foto 5 – Com o polegar esquerdo, girar a

alavanca de desmontagem do ferrolho no

sentido horário, ate que pare

Foto 6 – Soltar o ferrolho pelo retém e

prenda-o novamente

Foto 7 – Com a mão esquerda, puxe a

alavanca de desmontagem para fora da armação

Foto 8 – Pressione para baixo o retém do

ferrolho

Foto 9 –Fechar o ferrolho

Foto 10 e 11 – Puxe o gatilho, mantendo-

o acionado.Empurre o ferrolho um pouco para

frente até ouvir um click, solte o gatilho e Deslize

o ferrolho para frente, empurre o ferrolho

totalmente para frente até sair da armação

Foto 12 – Retire o conjunto mola

recuperadora de sua posição na parte inferior do

cano

Foto 13 – Remova o cano do ferrolho

puxando-o para frente e para cima

Montagem

Realiza o inverso do procedimento de

desmontagem

- Funcionamento das Pistolas PT24/7, 640,

100, 940 CAL.40

1. Para remover o carregador Tirar o car-

regador, pressione o botão do retém do mesmo,

localizado próximo do guarda mato.

2. Segure o carregador e coloque os car-

tuchos um de cada vez, pressionando-os para

baixo e para trás. Coloque o carregador na pisto-

la até que fique preso pelo retém do mesmo.

3. Segure a pistola com a mão forte, dei-

xando seu dedo fora do gatilho. Com a outra

mão puxe o ferrolho até seu limite e solte-o, as-

sim o ferrolho irá para frente, sob a pressão da

mola recuperadora, e inserirá um cartucho na câ-

mara.

4. Com o cartucho na câmara a pistola

está armada e pronta para disparar, basta acio-

nar o gatilho. Depois do disparo, o ferrolho recu-

ará pela pressão de gás e expelirá o estojo, colo-

cando outro cartucho na câmara. A pistola estará

pronta para o próximo disparo. Após o último dis-

paro, o ferrolho se encontrará na posição aberta

provido pelo retém do ferrolho, ocasionando seu

retorno para a posição de descanso, aperte o re-

tém do ferrolho para baixo, libere o carregador

8

Page 19: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

vazio antes de pressionar para baixo o retém do

ferrolho, voltando o ferrolho a sua posição de

descanso.

Carabina CT-40 Cal. .40

Carabina Famae CT .40 Calibre: .40

Cano: 410 mm

Coronha: fixa ou dobrável

Comprimento: 883 mm

Raias: 06 à direita

Peso: sem carregador 3.230g – com carregador

(10 tiros) 3.490g

Alimentação: carregador

Ejeção: Abertura lateral no lado direito

Massa de Mira: regulável em altura

Alça de Mira:Tambor regulável, aberto para 50m,

orifício para 100 e 150m

Capacidade dos carregadores: opção para 10,

15 ou 30 cartuchos

Ferrolho: aberto após o último disparo

Funcionamento: semi-automático

Opcionais: carregador 30 e 10 cartuchos

Suporte luneta

Luneta

Seletor de Tiro:

S – a Carabina estará na condição de

segurança, não permitindo disparos.

1 – posição em que a carabina dispara um (1)

tiro cada vez que o gatilho for pressionado.

Metralhadora MT Cal. 40 Taurus Famae

Peso: sem carregador 2.995g – com carregador

3.705g

Comprimento coronha dobrada: 421 mm –

coronha estendida: 677mm

Coronha fixa: 670mm

Cano comprimento: 200mm

Raias: 06 à direita

Alimentação: carregador

Ejeção: abertura lateral no lado direito

Massa de mira: regulável em altura

Alça de mira: tambor regulável, aberto a 50m.

Orifício: 100 e 150m

Capacidade dos carregadores: 30 cartuchos

Coronha dobrável para o lado direito ou fixa

(opcional)

Seletor de Tiro:O seletor da metralhadora possui

quatro posições que estão assim classificadas:

S – a metralhadora estará na condição de

segurança, não permitindo disparos.

1 – posição em que a metralhadora dispara um

(1) tiro cada vez que o gatilho for pressionado.

9

Page 20: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

L – nesta posição a metralhadora dispara dois

(2) tiros cada vez que for pressionado o gatilho.

Observação: como este processo se efetua

muito rapidamente, dependendo do modo em

que o atirador acionar o gatilho, eventualmente

poderão ocorrer três (3) disparos.

F – nesta posição a metralhadora irá atirar

enquanto o gatilho estiver acionado, rajado.

Características - Metralhadora MT Cal. 40 Tau-

rus Famae e Carabina Cal. .40 Taurus-Famae

Metralhadora e a Carabina portáteis

Taurus-Famae, são armas leve, de fácil manejo

de cômoda utilização, sendo que a primeira

utiliza carregadores para 30 cartuchos e o

segundo carregadores de 10 e 30 cartuchos. A

MT possui uma cadencia perfeitamente

controlável, e grande poder de fogo, onde

através do seletor de tiro de quatro estágios,

segurança, tiro a tiro, rajada limitada e rajada

total, possibilita o controle da utilização da

munição.

Na MT e na CT o ferrolho, com percussor

flutuante, trabalha fechado e fica retido atrás

pelo retém no ultimo disparo, alertando o atirador

que as munições esgotaram. Um novo

carregador poderá ser utilizado, e de forma

imediata com o acionamento da alavanca de

manejo do ferrolho ou preparador, a arma estará

novamente em condições de prosseguir atirando.

O conjunto de miras facilita o

enquadramento do alvo, com um tambor de

vestes aberto para curtas distancias e orifícios

para distancias maiores. O guarda-mato é

rebatido oferecendo opção para o uso de luvas,

e a empunhadura com o fundo removível, além

de confortável, possui um compartimento interno

para alojar a escova de limpeza ou pequenos

itens de sobrevivência.

Na carabina o cano é dotado de “Quebra-

Chamas”, cuja função é dissipar a chama da

explosão, na saída do projétil.

Desmontagem da Carabina CT Cal. .40 Taurus

Famae e Metralhadora MT Cal. 40 Taurus Fa-

mae

Seqüência a seguir:

Posicionar o seletor em segurança “s”,

recuar o ferrolho através da alavanca de manejo

do ferrolho e certifica-se que não tem cartucho

na câmara.

Pinos de união

Os pinos de união para ser removido, são

necessários pressioná-los retirando primeiro o

pino posterior e depois o anterior. Uma vez

retirados, a caixa do mecanismo se

desconectará da caixa da culatra, separando a

arma em duas partes.

10

Page 21: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

Guarda - mãos

Primeiro retira-se o guarda-mão inferior

puxando-o para trás e para baixo, logo após, o

guarda – mão superior, deslocando para cima.

Guia e mola recuperadora

Pressionar o guia pela abertura traseira

da caixa da culatra, retirar o pino de retenção na

extremidade anterior e descomprimir a mola. O

guia sairá livremente, juntamente com a mola

recuperadora.

Culatra

O ferrolho sairá pela parte posterior da

caixa da culatra, sendo necessário somente

desconectar a alavanca de manejo do ferrolho

do retentor.

Montagem Carabina CT Taurus Famae .40 e

Metralhadora MT Cal. 40 Taurus Famae

A montagem é feita na ordem inversa da

desmontagem

Teste de funcionamento

Logo após a montagem é aconselhável

que seja verificado o funcionamento da arma. O

manuseio deve ser efetuado sem munição, sem

carregador e certifica-se que nas quatro

posições do registro de tiro o mecanismo não

apresenta irregularidades.

a) Instruções para uso:

A Coronha

Para estender: segurar a arma com a

mão esquerda e com a mão direita puxar a coro-

nha até ocorrer o trancamento final.

Atenção: Esta operação jamais deverá

ser feita com o ferrolho armado.

Para rebater: segurar a arma com a

mão esquerda e com a mão direta pressionar o

botão do mergulhador e rebater.

Antes de efetuar os disparos, certificar-

se que o cano esteja limpo, livre de obstrução e

que a arma apresente condições de segurança.

b) Municiar:

Posicionar o seletor em segurança “S”.

Colocar os cartuchos no carregador, se-

gurando-o com uma mão e com a outra introdu-

zir os cartuchos pressionando-os para baixo, até

o máximo de trinta cartuchos.

Colocar o carregador no alojamento na

caixa do mecanismo, assegurando-se que fique

preso pelo retém. Carregadores mal colocados

podem cair no momento de atirar.

Apontar o cano para uma direção segu-

ra, puxar o ferrolho fortemente para trás até o fi-

nal do curso e soltá-lo bruscamente. Com isso o

ferrolho posicionará um cartucho na câmara e a

arma estará pronta para atirar, bastando apenas

posicionar o seletor na modalidade de tiro dese-

jada.

c) Troca de carregador:

Retornar o seletor na posição em

segurança “S”.

Retirar o carregador pressionando o re-

tém e introduzir o outro carregador.

Apontar o cano para uma direção segu-

ra, alimentar puxando o preparador para trás e

soltando bruscamente. O ferrolho posicionará

novamente um cartucho na câmara deixando a

arma em condições de prosseguir atirando.

11

Page 22: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

d) Desmuniciar:

Posicionar o seletor em segurança “S”.

Retirar o carregador.

Golpear o ferrolho retirando o cartucho

da câmara, certificando-se que realmente o car-

tucho foi extraído e fechar o ferrolho.

Direcionar o cano para um lugar segu-

ro, colocar o seletor na posição “1”, acionar o ga-

tilho e retornar o seletor na posição de seguran-

ça “S”.

e) Tiro de precisão

- Para apontar a 50, as miras devem

estar de tal forma que a parte superior da massa

de mira esteja situada no meio do alvo, esta

última coincidindo com as linhas de ambos os

lados da alça, e por sua vez a massa de mira

tem que estar centrada com as linhas verticais

da alça.

- Para apontar a 100m., as miras devem

estar de tal forma que a parte superior da massa

de mira esteja situada no meio do alvo, esta

último coincidindo com o centro do buraco da

alça.

f) Ajuste da pontaria:

Todas as armas estão ajustadas de

fábrica, de maneira que o ponto de impacto

corresponda a uma distancia de 50m.

Munição para Pistola, MT Cal. .40 e carabina

CT. Cal. .40:

Espingarda e Escopeta Cal. 12

PUMP CBC 12, podemos usá-la em

situações nas quais a confiabilidade e a

qualidade sejam fundamentais para intimidar o

oponente. Diversos países utilizam a PUMP CBC

12 em razão de seu alto poder de fogo, de sua

grande capacidade de armazenamento de

cartuchos, em virtude de sua rapidez de tiro e

facilidade de acionamento.

Espingarda Boito e CBC 586 (Pump Action)

Calibre 12

A Pump CBC é utilizada pelas polícias, é

insuperável em situações em que o poder de

intimidação, confiabilidade e qualidade são

fundamentais.

Proporciona alto poder de fogo, rapidez

de tiro, maior capacidade de cartuchos e

facilidade de acionamento, graças ao sistema

por ação deslizante.

12

Page 23: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

Podemos utilizar vários tipos de

cartuchos: os Cartuchos Magnum, os Cartuchos

Anti-Distúrbio “Less Lethal” e os Cartuchos

Operacionais carregados com esferas de

chumbo ou com Balote (projétil único).

Características Principais

Os principais componentes da Pump

CBC é o receptáculo (que recebe os

componentes do mecanismo) e o guarda-mato

(que recebe os componentes do mecanismo de

disparo e travamento) são constituídos em aço,

tornando-os mais resistentes e duráveis quando

comparados com armas de outros fabricantes.

Seu cano é longo não raiado.

BOITO

CBC

a) Classificação

1. Quanto ao

tipo............................................portátil

2. Quanto ao emprego................................indi-

vidual

3. Quanto ao funcionamento......................repe-

tição

4. Quanto ao princípio de

funcionamento..........ação muscular do atirador

5. Quanto

refrigeração............................................ar

6. Quanto ao raiameto.................................alma

lisa

7. Quanto a

alimentação................................manual

Operações de manejo CBC 586:

1. Municiamento do carregador e alimenta-

ção da arma – Colocar os cartuchos no interi-

or do carregador (depósito), pela janela de ali-

mentação localizada na parte inferior do re-

ceptáculo.

2. Carregamento da arma – Acionar a telha

para trás, abrindo a arma, e para frente,

colhendo um cartucho do depósito e

introduzindo-o na câmara da arma.

3. Travar/Destravar a arma – Empunhando a

arma para o tiro, acionar a tecla da trava para

a esquerda (destravar) ou para direita (travar).

A tecla de segurança possui a cor vermelha

para a posição de fogo (para a esquerda).

5. Atirar – Acionar a tecla do gatilho.

6. Remuniciar/recarregar a arma – Repetir os

passos 1 e 2.

7. Descarregar e desmuniciar a arma –Pri-

meiro travar a arma. Vira a arma (face inferi-

or do receptáculo para cima), Pressionar o

botão do liberador do ferrolho, abrindo a

arma. O cartucho que estava na câmara é

extraído e ejetado. Retirá-lo. Abaixar a mesa

transportadora e acionar o localizador es-

querdo longo, que irá liberar a munição que

se encontra no carregador tubular.

13

Page 24: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

Para carregar com um só cartucho de

munição:

1. Trava a arma.

2. Recua a telha até abrir completamente o

mecanismo. Caso a arma esteja engatilha-

da, será necessário acionar a trava da corre-

diça.

3. Coloque um cartucho pela janela de ejeção,

não sendo necessário colocá-lo na câmara.

4. Empurre a telha para a frente, para introdu-

zir o cartucho na câmara e feche o mecanis-

mo.

5. Para disparar a arma, será necessário des-

travá-la; a faixa vermelha no botão de trava

estará visível.

6. Pressione a telha para ejetar o cartucho va-

zio.

Para carregar a câmara e alimentar o depósito

(carregador):

1. Repetir as operações 1 a 4 do item ante-

rior.

2. A arma estará carregada.

3. Para alimentar o carregador, posicione a

arma de forma que fique fácil o acesso à

janela de alimentação; com a ponta do

cartucho, empurre o transportador e insi-

ra a munição totalmente para dentro do

tubo,

4. Insira os cartuchos um a um até a capaci-

dade do tubo de depósito.

5. O carregador e a câmara estarão devida-

mente carregados.

6. Para efetuar disparo a arma tem que es-

tar destravada.

7. Depois do primeiro disparo, manuseia a

telha e repetir novamente o procedimento

de disparo até acabar a capacidade do

carregador.

8. O carregador só poderá só poderá ser

municiado com o ferrolho fechado e tran-

cado.

Para descarregar a arma:

1. Posicione o cano da arma para um local

seguro.

2. Trave a arma.

3. Retire o cartucho da câmara, abrindo a

arma pelo acionamento da trava da corre-

diça e, em seguida, da telha; o primeiro

cartucho do carregador será sacado. Re-

mova-o.

4. Com a telha recuada, pressione o trans-

portador até que ele fique retido na posi-

ção mais próxima da câmara.

b) Aparelho de Pontaria

As armas de alma lisa, geralmente, não

possuem alça de mira, possui somente a massa

de mira do tipo ponto esférico, localizado na

ponta do cano. No lugar da alça utiliza-se a

báscula como referência.

Desmontagem

1. Abra a arma, trave-a e certifique-se

(visualmente e através do tato) de que não há

cartucho na câmara ou no tubo de depósito;

2. Com a arma aberta, desenrosque e

remova o bujão do tubo de depósito;

14

Page 25: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

3. Retire o cano, puxando-o

paralelamente ao tubo de depósito;

4. Vire a arma, colocando a janela de

alimentação para cima. Com o dedo indicador,

abaixe ligeiramente o transportador e pressione

o localizador direito.

5. Desvire a arma, colocando a janela de

alimentação para baixo; com a outra mão, afaste

a telha do receptáculo, até que o conjunto do

ferrolho seja naturalmente extraído das hastes

da corrediça. Remova a telha e a corrediça.

Montagem

A montagem é o inverso da

desmontagem.

Funcionamento

a) Na CBC observamos os principais co-

mandos situados ao lado esquerdo do receptá-

culo da arma:

b) Na BOITO os comandos estão situa-

dos, conforme figura abaixo:

Manejo

1. Municiamento do carregador e alimen-

tação da arma - colocar os cartuchos de munição

no interior do carregador (depósito), pela janela

15

Page 26: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

de alimentação localizada na parte inferior do re-

ceptáculo.

2. Carregamento da arma - Acionar a te-

lha para trás, abrindo a arma, e para frente, co-

lhendo um cartucho do depósito e introduzindo-o

na câmara da arma.

3. Travar/Destravar a arma - Empunhan-

do a arma para o tiro, acionar a tecla da trava

para cima (destravar) ou para baixo (travar). A te-

cla de segurança possui a cor vermelha para a

posição de fogo (para cima).

4. Atirar - Pressionar a tecla do gatilho.

5. Remuniciar/recarregar a arma - Repetir

os passos "a" e "b".

6. Descarregar e desmuniciar a arma -

Travar a arma. Com a arma virada (face inferior

do receptáculo para cima), acionar o liberador do

ferrolho, abrindo a arma. O cartucho que estava

na câmara é extraído e ejetado. Retirá-lo. Acio-

nar a telha, o que abaixará a mesa transportado-

ra e acionará o retém da munição no carregador,

liberando a munição contida no carregador tubu-

lar.

Munição Cal. 12

Fuzil Cal. 5,56 Imbel

Características e Munição

Os Fuzis e a Carabinas 5,56 IMBEL

foram projetados para atenderem as tendências

mundiais de utilização da munição 5,56 x 45 mm.

Os custos de fabricação, manutenção e

treinamento são reduzidos, pois a maioria das

peças é similar às dos FAL e PARAFAL 7,62 mm.

Estas modernas e compactas armas, com

coronha rígida (fixa) ou rebatível, são

especialmente adequadas para operações de

tropas especiais e policiais.

Fz MD2 Fz MD2 A1

Munição (mm) 5,56 x 45 5,56 x 45

Carregador 30 cartuchos 30 cartuchos

Comprimento

(m)

Aberto: 1,01

Fechado: 0,77

Aberto: 1,01

Fechado: 0,77

Passo (pol) 7,10 ou 12 7,10 ou 12

Peso (g) 4500 4500

Coronha Rebatível Rebatível

Cano (m) 0,45 0,45

Regime de tiro

Semi-

automático

Automático

Semi-

automático

Desmontagem

a) Retirar o carregador: pressionar o

retém do carregador, situado na face direita da

armação, ou pressionar para frente à alavanca

16

Page 27: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

do retém do carregador, liberando o carregador

para fora de seu alojamento na caixa da culatra.

b) Executar dois golpes de segurança:

recuar, agindo na alavanca de manejo, o

conjunto ferrolho impulsor do ferrolho duas vezes

(golpes de segurança) examinar a câmara e

deixá-lo voltar à sua posição mais avançada,

sem apertar o gatilho.

c) Travar a arma: posicionar o registro de

tiro e segurança na posição de segurança (letra

“S”), deixando o martelo em sua posição mais

recuada

Retirar o pino da armação pressionando

para fora de seu alojamento na armação.

Retirar a tampa da caixa da culatra e

conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho.

Puxar para trás a tampa da caixa da

culatra, que deverá sair juntamente com o

conjunto ferrolho - impulsor do ferrolho, molas

recuperadoras e amortecedor. Atuando sobre o

impulsor do ferrolho, comprimir ligeiramente as

molas recuperadoras e separar o conjunto tampa

da caixa da culatra, molas recuperadoras e

amortecedor do conjunto ferrolho - impulsor do

ferrolho.

A tampa da caixa da culatra possui, na

sua parte posterior, um ressalto que se encaixa

no bloco da armação, impedindo a abertura

normal da arma quando as peças móveis não se

encontram à frente, evitando assim, a projeção

da tampa e demais peças para retaguarda

devido à compressão indevida das molas

recuperadoras.

Retirar o percussor

Retirar o pino do percussor com auxílio

de um toca-pino (ou a ponta de um cartucho) e

deslizar o percussor para trás, para fora de seu

alojamento.

Retirar o pino do ferrolho

17

Page 28: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

Separar o ferrolho do seu impulsor

Retirar o ferrolho do seu alojamento no

impulsor.

Retirar o guarda-mão

Desapertar o parafuso do guarda-mão.

Separar lado esquerdo e direito do guarda-mão,

inclinado as placas levemente para os lados e

puxando-as para frente simultaneamente.

Deslizar o êmbolo do cilindro de gases e

a sua mola para fora do cilindro de gases,

separando o êmbolo da mola.

Retirar a luva do êmbolo do cilindro de

gases puxando-a para frente da caixa da culatra.

Separar caixa da culatra da armação

Após girar a armação até seu limite

máximo, retirar o pino elástico de retenção do

botão do retém do carregador e desparafusar o

botão do retém do carregador retirando-o junto

com sua mola. Pelo lado contrário, retirar o

retém do carregador.

Empurrar, com auxílio de um toca pino, o

eixo da armação retirando-o da arma.

Retirado o eixo da armação, separar o

conjunto caixa da culatra da armação.

Montagem

A montagem é feita na ordem inversa da

desmontagem.

18

Page 29: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

Balística, Calibres e Munições

Balística

É a ciência que estuda os disparos por

arma de fogo e o movimento dos projéteis.

Calibres

O calibre de uma munição é a medida

padrão do seu projétil. Hoje em dia, essa medida

corresponde à bitola ou diâmetro do projétil, o

qual coincide, normalmente, com o diâmetro

interno da alma da arma de fogo que o utiliza.

Tipos de Calibres e Alcance dos projé-

teis

Calibre

Peso

projétil

em

(grains)

Velocidad

e

Alcance

Máximo

.22 LR 40 1145 1456

.380 ACP 95 970 10019mm

Luger

124 1140 1729

.38 SPL 158 855 1638

.

357Magn

um

158 1430 2138,5

.40 S &W 180 990 1680

.45 ACP 230 820 15007,62mm 147 2800 4000

Calibre .40 S&W - Histórico

O calibre surgiu nos Estados Unidos da

América por reivindicação do FBI. O calibre

utilizado anteriormente por aquela polícia era a

9mm Luger que se tornou mais conhecida com a

segunda guerra mundial, com o uso maciço da

forças armadas dos diversos países, por

acreditarem no seu grande poder de penetração

Em virtude dos incidentes acontecidos

por ocasião do tiroteio de 11 de abril de 1986 na

cidade de Miami, tendo se tornado mundialmente

conhecido como "Massacre de Newhall", onde

vários integrantes do FBI (Federal Bureau of

Investigation) ficaram feridos ou vieram a óbito,

as autoridades responsáveis pelo controle de

qualidade deste reputado órgão policial

decidiram reavaliar o tipo de armamento

utilizado.

Diante do ocorrido, houve a necessidade

de se repensar sobre a arma policial que estava

sendo utilizada. Assim, a Smith & Wesson ficou

imcumbida, por contrato com o FBI, de “estudar”

esse calibre policial. Portanto a origem da muni-

ção .40S&W é anterior a criação da pistola .

40S&W. A Smith & Wesson tinha por objetivo,

criar um calibre que tivesse o melhor Stopping

Power (Poder de Parada) sem contudo haver

muito recuo da pistola que atrapalhasse a “visa-

da” para o segundo tiro. O que isso dizer? O cali-

bre deveria parar o oponente se possível com

um único disparo. E se precisasse de um segun-

do disparo, a arma não poderia sofrer muito “ba-

lanço” na mão do policial, para que ele acertasse

o oponente no mesmo local onde mirara anterior-

mente.

O calibre 10mm Auto tinha essa

característica policial de Stopping Power,

contudo devido ao forte recuo, no segundo tiro o

policial geralmente não garantia a precisão

necessária. Assim a Smith & Wesson

desenvolveu uma variação da 10mm Auto, com

menor recuo e que conseguia os mesmos

19

Page 30: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

índices de perfuração: 12 polegadas de gelatina

balística. Este índice foi determinado pelo FBI

como índice minimo de penetração aceitável.

Assim foi desenvolvido o projétil com o qual seria

montado o novo calibre, pois este deveria

perfurar 12 polegadas de gelatina balística,

tendo primeiro que atravessar uma superfície

fina de madeira ou vidro. O projétil deveria

atravessar esta "barreira" e ainda manter sua

ponta oca intacta o suficiente para que pudesse

se expandir quando atingisse o alvo.

Dessa forma foi criada a .40SW, o calibre

policial, utilizada pela maior parte das Polícias do

Brasil.

Munições

O cartucho de munição possui os

seguintes componentes, comuns a todos os

tipos: o projétil, o estojo, a carga de projeção ou

a pólvora e a espoleta.

1 – Projétil

2 - Carga de projeção ( pólvora)

3 – Estojo

4 – Espoleta

“As munições para pistolas e revólveres

CBC são caracterizadas por possuírem espoleta

com cápsula fabricada em latão na cor dourada;

nessa cápsula é estampada em baixo relevo a

letra "V" para favorecer uma identificação fácil e

rápida das munições originais de fábrica.

Comprando o blister CBC e verificando o "V" da

espoleta, o consumidor pode ter certeza de que

está adquirindo munições originais de fábrica, de

alta qualidade.

Se possível use munição de alta

qualidade, originais de fábrica. Não use

cartuchos sujos, úmidos, corroídos, deformados

ou danificados. Não lubrifique os cartuchos.

Lubrificantes ou outros materiais estranhos

podem ocasionar disfunções de munições

potencialmente perigosas. Use somente munição

do calibre para o qual sua arma foi projetada. O

calibre adequando fica permanentemente

gravado em sua arma; Nunca tente utilizar

munição de qualquer outro calibre;1

Pare imediatamente de atirar e verifique o

cano com relação a uma possível obstrução

sempre que:

• Você tiver dificuldade ou sentir resistência in-

comum ao inserir o cartucho, ou

• O cartucho não disparar, ou

• O mecanismo deixar de extrair um estojo ou

• For constatada a existência de grãos de pól-

vora de explosão não queimados, espalhados

pelo mecanismo, ou

• Um tiro soar fraco ou anormal.

Caso haja qualquer motivo para suspeitar

que uma bala esteja obstruindo o cano,

descarregue imediatamente a arma e olhe

através do orifício. Não é suficiente meramente

olhar na câmara. “Uma bala pode ficar alojada a

alguma distância, ao longo do cano, onde não

pode ser facilmente observada.”

Classificação quanto ao estojo

1. Metálicos: usados em rifles, carabinas

e armas curtas.

1 www.cbc.com.br20

Page 31: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

2. Não metálicos: de plástico ou papelão,

utilizados nas espingardas. De regra contém

projéteis múltiplos.

Munições – Nomenclaturas

Projéteis

Projétil, de uma forma ampla, é qualquer

corpo sólido passível de ser arremessado.

Munições, é a parte do cartucho que será

lançada através do cano.

Os projéteis são conhecidos,

popularmente, como bala ou ponta.

Projéteis podem ser divididos em três

partes:

a) ponta: parte superior do projétil que,

quase sempre, fica exposta;

b) corpo: cilíndrico, geralmente, contém

canaletas, destinadas a receber graxa ou a

aumentar a fixação do projétil ao estojo.

c) base: parte inferior do projétil. Fica

presa no estojo e está sujeita à ação dos gases

resultantes da queima da pólvora;

- Calibre real ou diâmetro entre cheios – é

a medida tomada diretamente na boca do cano

da arma. O raiamento é constituído de um certo

número (par ou ímpar) de ranhuras de pequena

profundidade, será usinado de forma helicoidal

ao longo do cano.

- Calibre nominal ou diâmetro entre

fundos – É a distância entre os fundos opostos

do raiamento, que é igual ao diâmetro ou calibre

do projétil que será usado na arma. Contudo, o

calibre do projétil será sempre maior que o

calibre real do cano, sendo essa diferença a

mais necessária para que o mesmo seja forçado

de encontro ao raiamento.

Para as espingardas, o calibre é obtido

da seguinte maneira: o Cal. 12, por, por exemplo

tonar-se 1 libra (453,6 gramas) de chumbo e

divide-se a mesma fazendo 12 esferas iguais. O

diâmetro obtido com apenas uma dessas esferas

será exatamente o diâmetro do calibre

pretendido, no caso o calibre 12.

Grupo de Projéteis

21

Page 32: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

I. Projéteis de Chumbo : são aqueles constituídos

por chumbo e, em geral, com adição de antimô-

nio e/ou estanho para aumento da dureza.

II. Projéteis Encamisados : também chamados de

jaquetados, são constituídos de um núcleo (nor-

malmente de chumbo), recoberto por uma capa

externa (ou jaqueta, geralmente de cobre/níquel,

teflon, nylon ou ainda alumínio)

Projéteis encamisados dividem-se em:

• Totalmente encamisados (FMJ-full me-

tal jacket ou FMC-full metal case). Possuem a

camisa fechada na ponta e aberta na base.

• Semi-encamisado. Possuem a camisa

fechada na base e aberta na ponta

2.2.3.4 Estojo

É o componente de união mecânica do

cartucho. O estojo possibilita que todos os

componentes necessários ao disparo fiquem

unidos em uma única peça, o que facilita o

manejo da arma e acelera o processo de

carregamento.

Classificação

a) Quanto a forma do corpo

• Cilíndrico: o estojo mantém seu diâme-

tro por toda sua extensão;

• Cônico: o estojo tem diâmetro menor

na boca;

• Garrafa: o estojo tem um estrangula-

mento (gargalo).

b) Quanto aos tipos de base

• Com aro: com ressalto na base (aro ou

gola);

• Com semi-aro: com ressalto de peque-

nas proporções e uma ranhura (virola);

• Sem aro: tem apenas a virola; e

• Rebatido: a base tem diâmetro menor

que o do corpo do estojo.

c) Quanto ao tipo de iniciação

• Fogo Circular: a mistura detonante é

colocada no interior do estojo, dentro

do aro, e detona quando este é amas-

sado pelo percussor

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Page 33: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

• Fogo Central: a mistura detonante está

disposta em uma espoleta, fixada no

centro da base do estojo

Espoleta

• Boxer: muito usada, atualmente, tem a

bigorna presa à espoleta e se utiliza de, apenas,

um evento central, facilitando o desespoletamen-

to do estojo, na recarga;

• Berdan: utilizada, principalmente, em

armas de uso militar. A bigorna é um pequeno

ressalto no centro da base do estojo, tendo, à

sua volta, dois ou mais eventos;

• Bateria: utilizada em cartuchos, de pa-

pelão ou de plástico, para espingardas

Pólvora

Material sólido que ao entrar em

combustão libera gases em volume capaz de

arremessar um projétil à frente.

Com a invenção da Pólvora pelos

Chineses, houve uma verdadeira revolução na

fabricação das armas. Foi possível construir

armas que arremessavam objetos as distâncias

maiores que as armas de energia mecânica, tais

como as antigas catapultas. Surgiram desde

então os canhões, mosquetes, pistolas etc; que

conseguiam lançar projéteis a velocidades e

distâncias antes inimagináveis pelo homem.

Tipos de Pólvora

a) Negra (pretas ou com fumaça). Mistu-

ra de enxofre, nitrato de potássio e carvão. É

considerada obsoleta nos modernos cartuchos.

b) Químicas (sem fumaça). Podem ser

divididas em três grupos:

b.a) de base simples: fabricada à base de

nitrocelulose, gera menos calor durante a

queima, aumentando a durabilidade da arma.

b.b) de base dupla: fabricada com

nitrocelulose e nitroglicerina, tem maior conteúdo

energético.

b.c) de base tripla: fabricada com

nitrocelulose, nitroglicerina e nitroguanina.

Poder de Parada (Stopping Power)

Capacidade de interromper as ações

ofensivas de um adversário com um só disparo.

Podemos ressaltar que é o poder de

interromper as ações de um adversário antes

que alguém mais seja ferido.

- Projétil de ponta oca (hollow point)

possui a propriedade de expandir-se no

momento em que atinge um corpo, reduzindo a

penetração e maximizando o poder de parada,

em virtude da maior transferência de energia

gerada pela expansão do projétil após o choque.

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Page 34: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

Armas Menos que Letais

“Armas especificamente projetadas e

empregadas para incapacitar pessoal ou

material, ao mesmo tempo em que minimizam

mortes, ferimentos permanentes no pessoal,

danos indesejáveis à propriedade e

comprometimento do meio-ambiente”. (Allen

Holmes – então Subsecretário de Defesa EUA,

por ocasião da II Conferência de Defesa Não-

Letal, na Virgínia, em 1996).

Armas não-letais como armas

desenvolvidas e empregados a fim de

incapacitar pessoas e materiais, e, ao mesmo

tempo, minimizando mortes, invalidez

permanente e danos indesejáveis à propriedade

e ao meio ambiente. Vê-se que tais armas se

voltam prioritariamente à preservação da vida, o

que se coaduna com o perfil de policia servidora

que é uma exigência e uma imposição do mundo

contemporâneo.

Um dos objetivos deste tipo de

armamento é o de alcançar um baixo nível de

conflitos, desaconcelhando as armas mais letais.

Manuseio Técnico com armas elétricas

(Taser)

Regras de Segurança

• A arma TASER carregada com um car-

tucho não deve ser apontada para pessoa algu-

ma, a não ser que você deseje atingí-la com um

disparo.

• O cartucho TASER deve sempre per-

manecer fora da arma e, mesmo assim, aponta-

do para um local seguro.

• Mesmo estando fora da arma, o cartu-

cho da arma TASER não deve ser apontado para

você nem para outra pessoa.

• Mantenha o dedo fora do gatilho da

arma TASER, assim como em qualquer outra

arma.

• A mira Laser não deve ser apontada

para os olhos de pessoa alguma.

TASER – Age no Sistema Nervoso

Sensorial e, também, no Sistema Nervoso Motor.

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Page 35: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

Paralisando e derrubando imediatamente

qualquer pessoa, não importando quão forte,

treinada, ou mesmo drogada ou embriagada,

esta esteja.

Sistema Nervoso Central

Celebro e Coluna Espinhal – Centro de

comando e processamento de informações para

a tomada de decisões.

Sistema Nervoso Sensorial

Nervos que transportam as informações

do corpo (temperatura, tato, etc.) para o celebro.

Sistema Nervoso Motor

Nervos que transportam os comandos do

cérebro até os músculos para controlar os

movimentos do corpo.

O disparo do TASER m26 e TASER X26

gera INM (Incapacitação NeuroMuscular).

O disparo do TASER ocasiona queda e

contração muscular. O efeito do TASER nos

músculos é extremamente semelhante ao de

uma atividade esportiva, como levantamento de

peso ou artes marciais. Os riscos de danos por

esforço físico, apesar de baixos, não são zero.

Cuidado:

Spray de Pimenta/TASER

Por conterem substâncias inflamáveis:

álcool, querosene, etc., alguns produtos,

especialmente na forma de Spray, como:

perfumes, desodorantes, agentes de

arrefecimento, e dedetização, podem inflamar e

gerar chamas quando aplicados em conjunto

com o TASER. Esteja atento para o fato de que

alguns produtos inflamáveis não trazem no rótulo

a informação de que são inflamáveis e, em

alguns casos os dizeres dos rótulos não são

verdadeiros.

Manuseio Técnico com Sprays Espagi-

dores e Agentes Químicos

As armas não-letais podem ser

classificadas de acordo com sua função ou a

tecnologia empregada em seu desenvolvimento.

Tais armas, de acordo com a função, dividem-se

em: antipessoal, cuja função é incapacitar

pessoas, controlar distúrbios civis, restringir o

acesso de área a pessoas ou retirá-las de

instalações, e antimaterial, utilizadas com o

objetivo para restringir o acesso de veículos a

determinadas áreas ou para a incapacitação de

veículos e instalações.

O uso dessas armas está regulado pelo

Decreto n.º 3.665, de 20 de Novembro de 2000,

que dá nova redação ao Regulamento para a

Fiscalização de Produtos controlados, de acordo

com o sítio da Presidência da República

Efeitos e cuidados na utilização de CS

O CS (Ortoclorobenzalmalononitrilo) é um

agente químico irritante lacrimogêneo para

emprego em operações de combate à

criminalidade e controle de distúrbios. Foi

desenvolvido para uso em áreas abertas. Exige

do agente da lei, treinamento específico para

25

Page 36: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

aplicação, descontaminação e primeiros

socorros.

Efeitos e cuidados na utilização de OC

O OC (Oleoresin Capsicum) é uma

substância natural extraída da pimenta. Utilizada

em operações de combate à criminalidade,

controle de distúrbios e defesa pessoal, foi

desenvolvida para uso em áreas abertas e

ambientes fechados. Exige do agente a lei,

treinamento específico para aplicação,

descontaminação e primeiros socorros. O efeito

é imediato e dura cerca de 40 minutos.

A linha de sprays de pimenta na versão

espuma, foi desenvolvida objetivando atender a

operações onde se deseja incapacitar pessoas

de forma direcionada, sem contaminar o

ambiente e as demais pessoas presentes no

local.

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Page 37: Apostila_Manuseio_Téc_Armas

BIBLIOGRAFIA

• CAMORIM, Valledi Gomes – Manual Básico de Armamento e Tiro, 1985;• OLIVEIRA, João Alexandre Vosso;• FLORES, Éric Marcelo – Tiro de Combate Policial – Uma abordagem Técnica – 2000;• GIRALD, Nilson – Apostila Curso Básico – Armas Curtas, 1997;• TAURUS, Manual de Operação e Manutenção• TOCHETTO, Domingos – Balística Forense• www.cbc.com.br • Apostila armamento e equipamento. Gadelha, Erivelto Rocha e Araujo, Francisco Erivaldo

Gomes.

• Apostila do Treinamento Taser M26 e Taser X26 – versão 14Br - 03/2009-ABRILZITY BR SO-

LUÇÕES EM SEGURANÇA LTDA – www.taserbrazil.com.br

• Decreto n0 3,665, de 20 de novembro de 2000 (R-105) Fiscalização de Produtos Controlados