Apostila_MetPesq_FFS_4

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 Todos os direitos reservados à Fundação Getulio Vargas Sauerbronn, Fernanda Filgueiras. Metodolog ia de Pesquisa. 1  ª ed. Rio de Janeiro; FGV Projetos – Capacitação.  p.40. 1.Gestão Empr es ar ia l 2.Metodolo gi a de Pe sq uisa 3.Elaboração do TCC i

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Todos os direitos reservados à Fundação Getulio Vargas

Sauerbronn, Fernanda Filgueiras.

Metodologia de Pesquisa. 1 ª ed. Rio de Janeiro; FGVProjetos – Capacitação.

 p.40.

1.Gestão Empresarial 2.Metodologia de Pesquisa3.Elaboração do TCC

i

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Sumário

1. PROGRAMA DA DISCIPLINA.............................................................................................................11.1 EMENTA.................................................................................................................................1

1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL..........................................................................................................1

1.3 OBJETIVOS..............................................................................................................................1

1.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO.......................................................................................................1

1.5 METODOLOGIA........................................................................................................................2

1.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO........................................................................................................2

1.7 BIBLIOGRAFIA R ECOMENDADA...................................................................................................2

1.8 CURRICULUM R ESUMIDO DO PROFESSOR .....................................................................................32. ANTECEDENTES DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO..............................................................................4

2.1 I NTRODUÇÃO AO CONHECIMENTO...............................................................................................4

2.1.1 TIPOS DE CONHECIMENTO......................................................................................................5

2.1.2 TEORIA DO CONHECIMENTO...................................................................................................6

2.2 CONHECIMENTO E CIÊNCIA........................................................................................................6

2.2.1 EXPLICAÇÕES E FATOS..........................................................................................................7

2.3 MÉTODO CIENTÍFICO................................................................................................................8

2.3.1 ETAPAS DO MÉTODO CIENTÍFICO............................................................................................8

2.4 PRÁTICA DA PESQUISA..............................................................................................................9

3. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO CIENTÍFICO..............................................................................12

3.1 I NTRODUÇÃO AO TRABALHO CIENTÍFICO...................................................................................12

3.2 MBA E TCC .....................................................................................................................13

3.3 R OTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO TCC...................................................................................17Etapa 0 – Organização da Equipe.....................................................................................17Etapa 1 – Escopo do Projeto.............................................................................................19Etapa 2 - Justificativa.......................................................................................................23Etapa 3 - Hipóteses ou Suposições...................................................................................24Etapa 4 - Referencial Teórico ou Fundamentação do Projeto...........................................25Etapa 5 – Metodologia.....................................................................................................26ETAPA 6 - Análise e Interpretação dos Dados................................................................29Etapa 7 – Recomendações de Melhoria............................................................................29Etapa 8 – Conclusões.......................................................................................................30

3.4 ESTRUTURAÇÃO E FORMATAÇÃO DO DOCUMENTO......................................................................313.4.1 Elementos Pré-Textuais...........................................................................................313.4.2 Elementos Textuais.................................................................................................343.4.3 Elementos Pós Textuais...........................................................................................363.4.4. Formato do texto....................................................................................................38

5 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................................43

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1. Programa da Disciplina

1.1 Ementa

Ciência e conhecimento científico. Métodos científicos. Diretrizes metodológicas.Processos e técnicas de elaboração do trabalho científico. Tipos de pesquisa. Elaboraçãode Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso.

1.2 Carga Horária Total

24 horas/aula.

1.3 Objetivos

Articular os conhecimentos específicos das diversas áreas aos saberes didático-  pedagógicos, numa perspectiva de compreensão crítica do papel do profissional- pesquisador na dinâmica interna das instituições.

1.4 Conteúdo Programático

Antecedentes doConhecimento Científico

• Tipos de Conhecimento

• Teoria do Conhecimento

• Conhecimento e Ciência

• Métodos Científicos e Etapas

• Tipos de Pesquisa

Desenvolvimento doTrabalho Científico

• Introdução ao Trabalho Científico

• MBA e modelos de TCC

• TCC e o Impacto nos Negócios

Etapas de elaboração do TCC

Metodologia de Pesquisa1

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1.5 Metodologia

O conteúdo programático será ministrado através de aulas teóricas expositivas,acompanhadas de exercícios práticos voltados para a área de aplicação.

1.6 Critérios de Avaliação

Serão realizadas atividades práticas, individuais e em grupo, com objetivo de capacitar o aluno a construir um projeto de trabalho de conclusão de curso.

O grau total que será atribuído ao aluno obedecerá à seguinte ponderação:. 40% referentes às atividades individuais;. 60% referentes às atividades em equipe realizadas em sala de aula.

1.7 Bibliografia Recomendada

FACHIN, Odília (2006),  Fundamentos de Metodologia. 5ª ed. Rio de Janeiro: Editora

Saraiva.VERGARA, Sylvia Constant (2009), Métodos de coleta de dados no campo. São Paulo:Editora Atlas.

VERGARA, Sylvia Constant (2007), Métodos de Pesquisa em Administração, 3.ed. SãoPaulo: Atlas

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1.8 Curriculum Resumido do Professor

Fernanda Filgueiras Sauerbronn é Doutora em administração pela EBAPE-FGV.Graduada em Ciências Econômicas pela UFRJ e mestre em Administração Pública pelaFundação Getúlio Vargas. Atualmente é Professora Adjunta da UFRJ/FACC, além de

 pesquisadora do GEEM (Grupo de Estudos em Estratégia e Marketing) desenvolveestudos sobre a interface público-privada em gestão estratégica. Atuou por vários anoscomo gestora e consultora de empresas nacionais e multinacionais nas áreas demarketing estratégico e responsabilidade social. Foi Coordenadora Executiva de

 programas de pós-graduação e graduação do FGV Online, além de professora de cursos presenciais de graduação e pós-graduação da FGV. Possui capítulo de livro e diversosartigos científicos publicados em congressos nacionais e internacionais nas áreas de:marketing, estratégia, estudos organizacionais e ensino e pesquisa em administração

Fonte: http://lattes.cnpq.br/8761482881522916  

Metodologia de Pesquisa3

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2. Antecedentes do Conhecimento

Científico

2.1 Introdução ao Conhecimento

Todo ser humano tem vontade natural de conhecer. O conhecimento, em qualquer umade suas formas, vem do aprendizado do homem frente ao mundo que está a sua volta.

O conhecimento resulta da relação entre o sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido. Essa relação depende do aprendizado do sujeito sobre o objeto.

Aprender depende de:

•  Iniciativa de observar e compreender 

• Vontade de aprender e ensinar/compartilhar 

• Curiosidade a respeito do mundo

O ato de aprender acontece por meio da educação formal, intencional e metódica, daí odesenvolvimento de instituições de ensino, cursos de formação e atividades detreinamento.

A aprendizagem se dá por meio da vivência na educação, seja na escola, no trabalho ouna vida cotidiana.

O aprendizado acontece quando:

•   somos capazes de demonstrar que adquirimos algo que não tínhamosanteriormente –  fatos, informações, conceitos, comportamentos, atitudes .

• conseguimos fazer algo que antes não conseguíamos fazer –  habilidades,

técnicas, estratégias.

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O processo de aprendizado congrega três perspectivas:

Resultados – o quê se aprende e suas consequências para o indivíduo e o mundo a sua

volta.

Processos – como se produzem o aprendizado e as mudanças inerentes

Condições – quando, onde, por quanto, com quem - o ambiente e as situações em quese produzem a conhecimento.

Quando o aprendizado é organizado de forma metódica, de acordo com alguns procedimentos pré determinados, ele ganha o nome de ciência.

2.1.1 Tipos de Conhecimento

O homem pode travar contato com diversas formas de conhecimento, tais como:

- Mito- Teologia- Saber Popular

- Filosofia- Arte- Ciência

Ainda assim, a origem do conhecimento está na intuição humana. A intuição é o pontode partida do conhecimento e possibilita a invenção e a descoberta. Grandes avanços dosaber foram resultado da intuição de pesquisadores.

Por intermédio da razão, as informações concretas e imediatas são organizadas emconceitos ou idéias cuja articulação pode levar a demonstrações e conclusõesconsideradas válidas.

A razão conta com dois instrumentos:

- Abstração: a capacidade de isolar um elemento do real.

- Representação e Simulação: a capacidade de transferir este elemento paraoutras realidades.

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Limites da razão:• quanto mais abstrato um conceito, mais nos distanciamos da realidadeconcreta;• toda vez que a razão se distancia da experiência de vida, o conhecimentofica mais pobre;• nem todos os objetos e fenômenos pode ser representados pela razão.

O conhecimento pressupõe uma relação permanente entre intuição e razão, entreconcreto e abstrato, entre vivência e teoria.

2.1.2 Teoria do ConhecimentoTodo conhecimento está em busca da verdade, mas o que é verdade? A verdade podeser:

•  produto do juízo: o verdadeiro é o que parece ser 

•  produto da evidência: o verdadeiro é desvelado aos homens

•   produto da argumentação: o verdadeiro está fundado no raciocíniocoerente

•  produto do consenso: o verdadeiro é o que é aceito pelo conjunto decrenças em dado tempo e lugar 

2.2 Conhecimento e Ciência

Ciência é a forma de conhecimento que tem por objetivo formular, mediante linguagemrigorosa e apropriada, preferencialmente matemática, leis que regem fenômenos.

A partir da Idade Moderna (século XV) tem início a revolução científica, que modifica a perspectiva acerca da razão humana:

Razão Humana = Ação Humana

Conhecer = Controlar = Dominar (Razão Instrumental)

Conhecer = Propiciar Mudanças

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Existem diferentes formas de se obter conhecimento. O chamado senso comum temcaracterísticas que o diferencia do conhecimento científico.

O senso comum trata do conhecimento recebido por tradição e nos ajuda acompreender o mundo cotidiano e agir sobre ele. O senso comum agrega um conjuntode crenças que surgem de forma espontânea e acrítica. Ele depende de juízos

  pessoais que envolvem emoções e valores. Suas afirmações são assistemáticas ereferem-se a um conhecimento subjetivo

O conhecimento científico é baseado em observações sistemáticas, empiricamentefundamentadas pelo controle dos fatos. O conhecimento científico depende deexplicações científicas e fatos científicos.

Senso Comum Conhecimento Científico

É um conhecimento espontâneo, ametódico eassistemático

é produzido a partir de métodosrigorosos e controlados

Surge da tentativa casual do homem de resolver os problemas da vida diária;

é o mais objetivo e impessoal possível

é particular, e frequentemente subjetivo, poisdepende de juízos pessoais, emoções e valores

é reprodutível e generalizável

2.2.1 Explicações e Fatos

Fatos científicos são fatos abstratos, isolados do conjunto em que se encontranormalmente inserido e elevado ao grau de generalidade.

As explicações científicas são formuladas em enunciados gerais e suas conclusões nãovalem apenas para os casos observados, mas para todos os que a ela se assemelham. São

sistemáticas e controláveis pela experiência. Perseguem a universalidade e ageneralização, pretendo chegar a conclusões gerais. Aspiram a objetividade e aimpessoalidade, afastando-se do emocional. Por fim, as explicações científicas utilizamlinguagem rigorosa e precisa de modo a evitar ambigüidades.

A ciência amplia o conhecimento, mas também o reduz, já que se pede ao cientista queremova a sua experiência pessoal do mundo. Para consolidar essa perspectiva, amatemática se torna o idioma preferencial da ciência a partir do século XVII. Os

 procedimentos de investigação passam a comportar a observação e a experimentação,com dois objetivos principais: compreender a realidade e propiciar aplicações práticasdo conhecimento gerado.

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2.3 Método Científico

O método é fundamental para a construção de conhecimento científico. Método é um procedimento ou um conjunto de passos que se deve seguir para atingir um determinadoobjetivo.

Para que o conhecimento seja considerado científico, é necessário identificar asoperações mentais e técnicas que possibilitam conduzir esse conhecimento: conceito deverificabilidade.

O método científico é um caso particular dentre os vários tipos de métodos existentes. Ométodo científico pode ser definido como o conjunto das atividades sistemáticas e

racionais que, com maior segurança e economia, permite ao pesquisador percorrer ocaminho, detectar erros e tomar decisões.

2.3.1 Etapas do Método Científico

O método científico é composto por quatro etapas fundamentais para a construção deum trabalho científico.

1. Observação – identificação de um fato ou fenômeno no universo e que pedeexplicação;

2. Formulação de Hipóteses – geração de explicações provisórias que desvendemesse fato ou fenômeno;

3. Teste de Hipóteses ou Experimentação – execução de procedimentosmetodológicos que possam testar essa explicação, para verificar se ela éverdadeira ou falsa;

4. Generalização – análise e conclusão, visando estabelecer se a hipótese pode ser considerada verdadeira também em outros contextos, diferentes daquele doexperimento original.

Para se desenvolver a ciência é necessária uma investigação planejada e com objetivosdefinidos. A investigação planejada, com o objetivo de resolver problemas, mediante autilização de procedimentos científicos é denominada Pesquisa Científica.

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Quando uma pesquisa científica está voltada para o avanço do conhecimento teórico, elaé classificada como pesquisa pura. Quando seu objetivo é resolver problemas concretose imediatos, é chamada de pesquisa aplicada.

Qualquer pesquisa, para ser bem desenvolvida, necessita de um planejamento. Dessaforma, toda pesquisa envolve a elaboração de um projeto. Esse projeto deve definir comclareza o problema que motivou a investigação, o referencial teórico que a apoiará, ametodologia a ser empregada, o cronograma previsto e a bibliografia.

Uma vez concluída a investigação, é elaborado o relatório da pesquisa, que deve conter os elementos citados no projeto – do ponto de vista do trabalho realizado, com eventuaismudanças, além dos resultados e das conclusões obtidos.

2.4 Prática da pesquisa

A prática da pesquisa ocorre desde o momento em que começa a ser discutida, planejada e pensada. Essa pesquisa sai da mente do pesquisador e começa a seguir o seucaminho para o mundo. Assim, é necessário que se compartilhem alguns termosutilizados:

Termo Utilizado em Pesquisa DefiniçãoFato Evento ou dado da realidade – comum nas ciências

naturais – que pode ser considerado objetivo,mensurável, quantificável.

Fenômeno Algo – típico das ciências sociais – que depende deinterpretação e, portanto, muito mais sujeito aincertezas.

Fonte dos Dados Pode ser oriunda tanto dos sujeitos da pesquisa – isto é, do campo – quanto da bibliografia e dedocumentos – livros, periódicos, gravações, mapas,fotos...

Instrumento de Coleta dosDados

Instrumentos que possibilitam o acesso aos dados.Questionários, entrevistas, observação direta

Local de Coleta dos Dados Situação controlada – laboratório – ou campo,onde há pouco ou nenhum monitoramento por 

 parte do pesquisador.Pesquisa Quantitativa Envolve, preponderantemente, dados numéricos.

Pesquisa Qualitativa Pesquisa baseada em dados não numéricos – textos, discursos, imagens etc.

Sujeito(s) da pesquisa Aquele com o qual o pesquisador lida (pessoas,animais, eventos ou objetos).

Variável Dependente Valores a serem descobertos, afetados e/ouinfluenciados pelas variáveis independentes.

Variável Independente Variáveis que influenciam, determinam ou afetam

outra variável

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2.4.1 Tipos de Pesquisa

De acordo com o objetivo, podemos classificar a pesquisa como:

- Pesquisa Exploratória: Visa levantar informações sobre um determinadoobjeto, sobre o qual há pouco conhecimento fundamentado. É uma sondagem, temcaráter preliminar, por isso possibilita considerar os mais variados aspectos da questão.Costuma se valer do levantamento bibliográfico e de entrevistas.

- Pesquisa Descritiva: Visa conhecer as características de determinado grupo oufenômeno ou mesmo identificar correlações entre variáveis. Interessa muito a

instituições e a empresas. Apoia-se em questionários e na observação direta.

- Pesquisa Explicativa (Causal): Visa identificar os fatores que determinam oucontribuem para a ocorrência de um fenômeno – a razão, o porquê. É o tipo maiscomplexo, podendo ser o aprofundamento de uma pesquisa descritiva. Pode adotar osmétodos experimental e quase-experimental.

De acordo com o procedimento de coleta de dados, podemos classificar as pesquisascomo:

- Pesquisa Bibliográfica: A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base emmaterial já elaborado, acessível ao público em geral, constituído de:

• livros de leitura corrente;• obras de referência – dicionários, enciclopédias, anuários, manuais, códigos;•  periódicos científicos;• teses e dissertações;

• anais de encontros científicos;•  jornais e revistas.

Por utilizar dados e referências que foram escolhidos e tratados por outros  pesquisadores, pesquisa bibliográfica pode apresentar problemas relacionados àconfiabilidade das fontes consultadas.

- Pesquisa Documental: A pesquisa documental se difere da bibliográfica no tocante ànatureza das fontes e a sua disponibilidade. Na pesquisa documental, as fontes são bemmais diversificadas, dispersas, muitas vezes, de difícil acesso e, em geral, sem

tratamento analítico.

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As fontes exigem consulta aos mais diversos tipos de arquivos de entidades públicas, privadas e de pessoas, tais como:

• regulamentos, ofícios, boletins, memorandos, atas, fichas e formulários;• documentos cartoriais, contratos, estatutos;•  balancetes, demonstrações contábeis, estudos setoriais, relatórios de consultoria,

tabelas estatísticas e reportagens;• cartas pessoais, diários, filmes, fotografias e gravações.

Encontradas em papel e também em meio digital, as fontes tendem a ter um custo baixo. Neste tipo de pesquisa, a confidencialidade, a pouca representatividade e a subjetividadedos documentos limitam o alcance das conclusões.

- Pesquisa Experimental: Um experimento consiste em identificar um objeto deestudo, selecionar as variáveis dependentes e independentes, distribuir os sujeitosaleatoriamente bem como aplicar formas de controle e de observação.

A pesquisa experimental é ideal para testar hipóteses que prevêem relações de causa eefeito entre as variáveis. Ainda que mais comum em laboratórios, o experimento podeser realizado em outros lugares, desde que o pesquisador possa manipular variáveis,controlar e observar os resultados.

Quando isso não ocorre de forma plena, caracteriza-se como uma pesquisa quase-

experimental.

- Pesquisa por Levantamento: Pesquisas por levantamento – survey – consistem nainterrogação direta a pessoas, com a finalidade de se obter informações acerca de umdeterminado problema, seguida de análise e interpretação estatística dos dados.

Quando toda a população é estudada – universo dos sujeitos –, tem-se o censo. Namaioria das vezes, a pesquisa é realizada com uma amostra representativa da população.

 No caso da amostra, as conclusões serão extrapoladas, concedendo-se uma margem deerro estatístico.

Os levantamentos são mais adequados para estudos descritivos do que explicativos, pois permitem detectar associação entre variáveis, mas não relação causal.

- Estudo de Caso: O estudo de caso caracteriza-se pelo estudo delimitado de um ou de  poucos objetos, de maneira a se alcançar um conhecimento detalhado, profundo eexaustivo. A maior utilização do estudo de caso é em estudos exploratórios edescritivos.

O estudo de caso não é adequado para se conhecer as características de uma população, para mensurar o grau de correlação entre variáveis ou para verificar hipóteses causais.

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3. Desenvolvimento do Trabalho

Científico

3.1 Introdução ao Trabalho Científico

A redação do trabalho científico consiste na expressão, por escrito, dos resultados dainvestigação e deve ser uma exposição bem fundamentada e apresentada de acordo com

determinados pré-requisitos.Pautada pelas regras gramaticais e normas técnicas, a linguagem científica deve ser amais didática  possível, evitando tanto o vocabulário coloquial quanto os exagerosestilísticos. Ou seja, o texto científico utiliza linguagem técnica, cuja finalidade é transmitir conhecimento.

São características comuns e indispensáveis à redação científica:

• clareza – vocabulário técnico, ordem na apresentação das ideias, fluência;•  precisão – escolha cuidadosa dos termos e expressões; frases curtas e concisas;• objetividade – linguagem direta, simples e acessível;• consistência – unidade e equilíbrio entre as partes, capítulos, seções, subseções.

Os trabalhos científicos diferenciam-se em função, principalmente, de seus objetivos eda natureza do objeto abordado.

 Nos cursos de pós-graduação stricto sensu,os alunos devem elaborar e apresentar a dissertação de mestrado e a tese de doutorado.

 Nos cursos de graduação, assim como de pós-graduação lato sensu,os alunos devem elaborar e apresentar os trabalhos de conclusão de cursos (TCC).

 Na pós-graduação lato sensu em negócios, por ser de cunho profissionalizante, são particularmente interessantes, pois:

• são derivados de experiências concretas em situações vividas, projetosaplicativos, estudos de caso, planos de negócio, relatórios de jogos empresariais.

• incentivam o estudante a desenvolver um olhar mais analítico-crítico sobre arealidade em que estão inseridos.

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Muitos são os benefícios do desenvolvimento e da exercitação da postura investigativa.Participar de projetos de pesquisa e elaborar trabalhos de conclusão de cursos é praticar a reconstrução do conhecimento científico. E o exercício da pesquisa científica ajuda a

desenvolver competências esperadas do profissional moderno, como:

• saber ler a realidade criticamente;• vislumbrar alternativas;• conceber e praticar soluções criativas.

3.2 MBA e TCC

O Trabalho de Conclusão de Curso – TCC – é parte integrante da atividade curricular dos cursos de pós-graduação lato sensu na área de negócios – Administração,Contabilidade e Economia -, aqui incluídos os MBAs.

O MBA é de cunho profissionalizante, ou seja, tem como objetivo formar especialistas  para atuar como gestores em organizações, atendendo as mais diversas demandassociais...

• no âmbito das empresas;• instituições financeiras;• setor da saúde;• agronegócios;• organizações públicas;• instituições educacionais.

O TCC é inspirado na experiência do autor, em sua reflexão crítica sobre a realidade edirecionado a aplicações práticas.

Logo, o TCC de um MBA em Administração e áreas correlatas configura-se comomonografia que demonstre domínio do objeto de estudo, requerendo investigação

aplicada à solução de problemas concretos e que possa ter impacto no sistema a que sedirige.

O TCC é um estudo focado em assunto relativamente restrito, podendo assumir aforma de um trabalho teórico, documental ou de campo.

O conteúdo do Trabalho de Conclusão de Curso, TCC, do MBA pode contemplar...•  projetos aplicativos de impacto nos negócios;• estudos de caso;•  planos de negócio;•

relatórios de jogos empresariais;• relato de levantamentos amplos a respeito de um problema específico.

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3.2.1 TCC como PROJETO

 Projeto é um conjunto de atividades, com início e fim bem definidos, que objetivaatingir certos resultados, que requer uma equipe designada, um plano organizado e

recursos próprios.

 Atividades do projeto...  Não são necessariamente complexas, mas são um esforço temporário, fora da programação normal da empresa, composto por atividades que têm início e fim claros.

Objetivos e metas do projeto...Os projetos se orientam por objetivos e metas estabelecidos, visando gerar benefíciostanto de qualidade quanto de desempenho.

 Resultados do projeto...Os resultados podem ser na forma de produto, serviço ou modo de trabalhar, que, dealguma maneira, difere do que já existe.

 Equipe do projeto...De modo geral, o projeto exige uma equipe designada – cada membro da equipe assumeresponsabilidades e os papéis que lhes cabem – capaz de levar a termo o trabalho

 proposto.

 Plano do projeto...

Um plano organizado assegura que o projeto fique pronto no prazo, dentro doorçamento e focado nos resultados esperados, já que oferece um modelo que guia o projeto e detalha o trabalho a ser feito.

 Recursos do projeto...O projeto conta com recursos especificamente alocados – tempo, pessoal e verba –,ou seja, é delimitado pelos parâmetros resultado, tempo e recursos.

 No dia a dia das organizações, qualidade, produtividade e resultados ocupam o centrodas atenções. Para assegurá-los, é crucial que o trabalho se desenvolva dentro danormalidade, segundo processos, fluxos e rotinas, evitando-se, o quanto possível,

interrupções ou mudanças bruscas.

 No melhor dos mundos possíveis, sem novidades ou ameaças vale o mandamento emtime que está ganhando, não se mexe! No entanto, no conturbado ambiente de nossosdias, as pressões se originam de todos os lados, dos concorrentes atuais, dosingressantes potenciais, dos produtos e serviços substitutos, do poder de barganha dosclientes e dos fornecedores.

Uma nova tecnologia surge...Um processo diferente e mais produtivo é inventado...

 A regulamentação no setor aumenta ou diminui... A fusão entre uma nova tecnologia dos concorrentes ocorre...Os clientes começam a demandar atendimento diferenciado...

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3.2.2 Ciclo de Vida do Projeto

As quatro fases que compõem o ciclo de vida de um projeto caracterizam-se por 

atividades que se desenrolam em um crescente, em termos de consumo, recursos eesforços...

Fase 1 – início ou concepção...• identificação das necessidades;• estabelecimento da viabilidade;•  busca de alternativas;• elaboração de orçamentos e cronogramas iniciais;• constituição da equipe e montagem da proposta.

Fase 2 – planejamento...• realização de estudos e análises;•  programação das necessidades de recursos humanos, materiais e financeiros;• detalhamento do projeto;•  preparação do plano final, para ser submetido à aprovação.

Fase 3 – execução e controle...• realização das atividades programadas;• monitoramento do plano do projeto;• incorporação de modificações ou ajustes necessários.

Fase 4 – encerramento...• finalização das atividades do projeto;• liberação dos recursos remanescentes e do pessoal envolvido.

É necessário fazer alguma coisa para que a organização enfrente e supere os desafiosque vão surgindo em seu caminho. Um projeto, geralmente, começa com uma propostaou resposta a uma necessidade, a equipe designada então desenvolve e implanta asolução, o progresso é monitorado, e o projeto, enfim, encerra-se.

3.2.3 TCC como PIN 

O PIN – Projeto de Impacto nos Negócios - é um estudo especial, um trabalhomonográfico realizado pelos alunos durante a realização de seu curso de pós,

 preferencialmente, em equipes, com foco de interesse em suas organizações.

O objetivo do PIN é identificar atividades que possam ser aperfeiçoadasem prol de determinada área, unidade, departamento

ou da organização como um todo.

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Para a maioria dos estudantes de pós-graduação lato sensu, o TCC representa a primeiraexperiênciade condução de uma pesquisa aplicada, o que lhes possibilita:

• aproximar-se do mundo da ciência, da descoberta e da criação científica;• formar e desenvolver a capacidade de reflexão crítica sobre o entorno social e

sobre os problemas nele existentes;• exercitar procedimentos metodológicos nos processos investigativos;• expressar suas ideias e argumentações, por escrito e oralmente.

A realização de um PIN traz benefícios às organizações abordadas, pois os dirigentesterão a grata oportunidade de constatar ou apreciar o crescimento dos concluintes docurso – seus profissionais –, no tocante

ao seu desenvolvimento intelectualmente;• à incorporação novas ideias e atitudes a sua formação, aguçando o senso críticoe o espírito empreendedor em prol do aprimoramento da organização;

• à transferência de novos conhecimentos a situações concretas do dia a dia daorganização, problematizando, gerando alternativas e propondo soluções.

O TCC, aqui proposto sob a forma de um PIN, apoia-se duplamente nos fundamentosda metodologia de trabalhos científicos e da metodologia de elaboração de projetos.

metodologiada pesquisacientífica

metodologiade

elaboraçãode projetos

Metodologiado PIN

A elaboração de um TCC requer a observância de determinados pré-requisitos, o quesignifica dizer que há certo grau de padronização. Isso não significa que todos ostrabalhos tenham que ter rigorosamente a mesma estrutura, mas que se espera umdeterminado aspecto comum aos trabalhos acadêmicos.

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3.3 Roteiro para Elaboração do TCC

De forma geral, há uma sequência de etapas ou guia que serve como “esqueleto” para ostrabalhos científicos.

Ao compararmos preliminarmente as etapas dessas duas metodologias, é possível  perceber como elas podem ser combinadas de forma a propiciar plenamente odesenvolvimento de um trabalho científico de caráter prático e aplicado, no formato dePIN.

Etapas do Trabalho Científico Etapas de Elaboração do PIN

0. Organização da Equipe1. Escolha do Tema

1. Escopo do Projeto2. Formulação do Problema

3. Formulação dos Objetivos

4. Justificativa 2. Análise do Ambiente de Negócios

5. Hipóteses 3. Suposições e Proposições

6. Revisão da Literatura 4. Fundamentação do Projeto

7. Metodologia 5. Dimensões do Estudo do Projeto

8. Análise e Interpretação 6. Análise e Interpretação9. Apresentação dosResultados

7. Proposta de Impacto

10. Conclusões doEstudo

8. Considerações Finais

A seguir, trataremos de cada uma das etapas que formam um “Roteiro para Elaboraçãodo PIN”.

 Etapa 0 – Organização da Equipe

A formação das equipes deverá ser realizada pelos próprios alunos da turma, quedeverão levar em conta:

• as possibilidades de sinergia e interação entre os membros da equipe;• o potencial para obtenção de resultados, a partir do perfil, da afinidade entre

cargos, funções e experiências dos participantes.

Metodologia de Pesquisa17

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Em princípio, as equipes do PIN serão constituídas de cinco integrantes e, uma vezconstituída, os integrantes deverão selecionar entre eles o gerente do projeto,considerando os papéis que deverão assumir e as correspondentes responsabilidades.

Metodologia de Pesquisa18

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Papéis Responsabilidades FunçõesGerente do

 projetoResponsável pela liderançada equipe, promovendo a

colaboração e oenvolvimento de todos, emtodas as etapas do projeto

• Esboçar um plano de ação• Organizar e envolver a equipe• Propiciar a participação ativa de todos os

integrantes• Manter a comunicação• Monitorar a evolução do trabalho• Prestar contas do projeto

Integrantesda equipe

Participar ativamente dodesenvolvimento,execução e monitoramentode todas as atividades do

 projeto

• Dar contribuições permanentes eoferecer ajuda quando necessário ousolicitado

• Executar as atividades conforme planejamento e orientação pactuados

com o gerente• Envolver-se, de forma pró-ativa, com os

objetivos, as metas e os planos do projeto.

A organização da equipe deve ser apresentada no projeto, destacando o perfil dos seusintegrantes (formação, cargos, funções e experiências), as possibilidades de sinergia,seus papéis na equipe.

 Etapa 1 – Escopo do Projeto

a) Escolha do Tema e Foco do Projeto

O tema de uma pesquisa é o assunto que se deseja investigar. É o objeto de estudo. Aose decidir por um tema, o pesquisador deve levar em consideração seu conhecimento,sua motivação, suas reais capacidades, seus interesses pessoais, sua disponibilidade detempo e de outros recursos, além da possibilidade de acesso aos dados.

 No início, a idéia do tema tende a recair em grandes áreas de estudo, amplas e abertas.O pesquisador pode focar inicialmente em grandes áreas, tais como Finanças ou

Recursos Humanos, mas deve saber desde o início que não tem ainda uma pesquisa bemdefinida, afinal estas áreas do conhecimento administrativo são muito extensas. Assim,deve se dedicar tempo e recursos no sentido de alcançar um escopo de pesquisa maisdelimitado, especificando o assunto no tempo e no espaço

 Nesse momento o pesquisador deve, livremente, se perguntar:

Que temáticas lhe interessam, atraem ou parecem úteis

neste momento de sua carreira profissional?

Que temáticas interessariam a sua instituição?

Que temáticas interessariam à gestão em saúde?

Metodologia de Pesquisa19

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Uma das condições para o êxito de um projeto é a delimitação de seu foco. Essaespecificação depende do tipo e da natureza da organização bem como de suasnecessidades e oportunidades. Por exemplo, são focos de interesse para os segmentos de

negócios...

Indústria...• criação e desenvolvimento de novos produtos;• adoção de novas tecnologias para o processo de produção;• melhoria da qualidade da produção;• redução de desperdícios;• expansão de instalações e reorganização de funções;• aumento da produtividade;• redução de custos de produção;• reorganização de linha de produção.

Comércio...• lançamento de novos produtos;• atração e retenção de novos clientes;• expansão dos negócios, da rede ou centros de distribuição;• análise de desempenho;• informatização;• aumento de vendas.

Serviços...• análise da demanda;• avaliação de desempenho e de resultados;• desenvolvimento de equipe;• introdução de novos serviços;• segmentação da clientela;• atendimento diferenciado;•  pesquisa de satisfação.

Que focos de interesse você identifica em sua organização atualmente?

 Eles poderiam ser abordados por meio de projetos?

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b) Formulação do Problema

De forma objetiva, pesquisar é responder a uma questão não resolvida, ou pelo menos procurar uma resposta para esta questão. Assim, “problema de pesquisa” é algo para o

qual se vai buscar resposta, recorrendo à investigação científica. Ou seja, não há por quese ocupar com pesquisa, projeto ou TCC, se não houver um problema, ou uma situação- problema, para os quais valha a pena buscar respostas.

O problema de pesquisa não obrigatoriamente trata de algo que seja danoso àinstituição, ao país, ou ao pesquisador. Os problemas de pesquisa tratam de questõesque necessitam de respostas dentro da idéia de construir conhecimento e justificam-seem função de:

• fornecer subsídios para uma determinada ação potencial;Como os empregados reagiriam a um regime de flexibilização de horário?

• avaliar o efeito de certas ações ou certos programas adotados;Quais os resultados gerados pela nova campanha promocional?

• avaliar as consequências de diferentes alternativas;Qual canal de comunicação com os clientes é mais efetivo para a retenção?

• descrever e classificar determinado fenômeno;Como anda o clima e a motivação em nossa organização?

explorar um objeto pouco conhecido;Quais as fontes de insatisfação dos clientes captadas por nosso 'call center'?

• aprofundar o conhecimento existente sobre algo;O perfil de nossa clientela tem-se mantido inalterado nos últimos três anos?

• identificar relações entre fenômenos.O novo sistema de auditoria reduziu a incidência de erros?

Com o PIN, a equipe poderá buscar explorar, analisar, entender as características ou

consequências potenciais da adoção de dado método/modelo/sistema, de modo a propor recomendações concretas à organização.

Questões para avaliar a viabilidade do problema:

a) O tema, tal como está sendo problematizado, é do interesse da maioria de nós?b) O problema é relevante, isto é, tem potencial de impacto?c) Existe material (informações e dados) suficiente e disponível ao estudo?d) Temos conhecimentos e competências para abordar o problema?e) Dispomos de recursos materiais para o desenvolvimento do projeto?

Metodologia de Pesquisa21

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Uma adequada formulação do problema deve evitar questões que envolvam juízos devalor ou percepções pessoais, devido a seu elevado grau de subjetivismo.

A definição do problema de pesquisa é fundamental para que uma pesquisa seja bem-sucedida. Formular o problema de pesquisa consiste em apresentar de forma clara,objetiva, compreensível e operacional a questão que será tratada.

Questões para avaliar a validade do problema:

a) O problema pode ser enunciado em forma de pergunta?b) O problema pode ser formulado de maneira clara, precisa e objetiva?c) O problema corresponde a interesses que poder ser delimitados e investigados?e) O problema é passível de solução/resposta?

 f) Pode ser empiricamente verificado em suas conseqüências?

c) Formulação dos Objetivos

O objetivo de toda pesquisa é responder ao problema formulado. Para que se possarealizar o estudo com o foco requerido, é necessário especificar o objetivo do estudo,

  para que forneça uma direção clara a seguir. O objetivo deve colocar ênfase nos propósitos, nos resultados ou produtos visados pelo projeto.

Com o intuito de orientar melhor o processo de pesquisa, o objetivo pode ser desdobrado em dois níveis:

• Objetivo Geral: A resposta ao problema como um todo.• Objetivos Específicos: Têm função instrumental, isto é, são fixados como metas

aplicáveis a certas situações. Servem para orientar os caminhos necessários ecomplementares ao objetivo geral.

De forma mais simplificada, o objetivo geral dá a resposta ao problema, enquanto osobjetivos intermediários são metas de cujo atingimento depende o alcance do objetivogeral.

Os objetivos devem ser redigidos com o verbo no infinitivo (investigar, explorar,avaliar, analisar, determinar, identificar, mensurar, verificar...)

Questões para avaliar o foco do Objetivo:

a) O objetivo coloca ênfase nos propósitos, nos resultados ou produtos visados pelo projeto? b) O objetivo geral pode ser desdobrado em objetivos específicos (intermediários)?c) O objetivo está expresso com verbo no infinitivo?

Metodologia de Pesquisa22

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d) Título do Projeto

O título de uma pesquisa refere-se ao tema, mas será inspirado mais propriamente noobjetivo, devendo ser enunciado como uma espécie de síntese do conteúdo. Se for 

amplo demais, é recomendável acrescentar-lhe um subtítulo.

O título tem a função de identificar o escopo do trabalho e, se possível, sua localizaçãoespacial – onde? ou quem? – e temporal – quando? –, ao mesmo tempo em que visaatrair o interesse do leitor.

Sabemos que os objetivos são expressos com o verbo no infinitivo. Já o título não segueessa regra.

Questões para avaliar o Título:

a) Refere-se ao tema e ao objetivo? b) Está enunciado como uma espécie de síntese do conteúdo?c) É amplo demais, carecendo de um subtítulo?d) É necessário identificar o escopo do trabalho? (onde? ou quem? quando?)e) Atrai o interesse de possíveis leitores (ou investidores)?

 Etapa 2 - Justificativa

A Justificativa é o item do trabalho que expressa as razões de ordem teórica e osmotivos de ordem prática que tornam importante a realização da pesquisa. Em geral, a

 justificativa descreve as contribuições que a pesquisa propõe trazer ou, de outra forma,enfatiza a importância das descobertas que se espera fazer.

Ao apresentar sua justificativa, o pesquisador “presta contas” de suas intençõescientíficas e demonstra a importância do seu trabalho. Da mesma forma, ele deixa claroque seu trabalho é relevante.

Um PIN – para fazer jus ao nome – deve ter o potencial de causar impacto, de

surpreender, de gerar novos conhecimentos, de captar oportunidades. Logo, deve-se:• fazer uma breve exposição das contribuições de ordem prática à organização,

objeto do estudo.• relatar, eventualmente, fatos do macroambiente – econômico, social, político,

demográfico, tecnológico – que dão respaldo à escolha do tema.• fazer algumas referências à literatura, indicando o estágio de desenvolvimento

teórico do assunto, sua atualidade e sua relevância para as organizações.

Enfim, os integrantes da equipe devem estar em condições de defender, comargumentos convincentes, por que o tema é importante e merece ser estudado. O

essencial é justificar a escolha do tema, referenciando-o à literatura. A justificativa deveser sucinta e não antecipar o referencial teórico que será abordado em capítuloespecífico adiante.

Metodologia de Pesquisa23

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Questões para avaliar a Justificativa:

a ) O texto tem o potencial de causar impacto, de surpreender, de gerar novos

conhecimentos, de captar oportunidades?b) O texto defende, com argumentos convincentes, por que o tema é importante emerece ser desenvolvido?c) Há uma breve exposição das contribuições de ordem prática à organização que éobjeto do estudo?d) Quais fatos do macroambiente dão respaldo à escolha do tema?e) Há indícios de fundamento na literatura que indique o estágio de desenvolvimentoteórico do assunto, sua atualidade e sua relevância para as organizações?

 Etapa 3 - Hipóteses ou Suposições

As Hipóteses – ou suposições – são antecipações de resposta ao problema. Ou seja,trata-se de uma explicação provisória. Portanto, a pesquisa deve ser conduzida de formaa que se possa confirmar ou refutar a hipótese. Por isso, ela deve ser plausível,consistente, específica e, sobretudo, verificável.

De maneira mais objetiva, uma hipótese é:

• Uma resposta a pergunta de pesquisa;• Um enunciado geral de relações entre variáveis;• Baseada em fundamentação teórica;• Compatível com o conhecimento científico (validade externa) e temconsistência lógica (validade interna);• Submetida à verificação para ser confirmada.

Do ponto de vista prático, enquanto o problema é formulado sob a forma de pergunta, ahipótese, ou suposição, é formulada sob a forma de afirmação.

Exemplos:

 Existe diferença de 50%, entre 2008 e 2009, nos casos de rubeola do município X,devido a campanha de vacinação.

 A realização de 20horas de treinamento da equipe de atendimento, em feveiro de 2010, foi responsável pela redução de 50% das reclamações.

O processo de elaboração de hipótese é de natureza criativa, exigindo, mais uma vez,que a equipe recorra a sua experiência, à observação, a antecedentes, a especialistas. As

 principais fontes utilizadas para a elaboração de hipóteses são inferências derivadas dosenso comum, observações, deduções lógicas de teorias, comparação com outrosestudos, além de casos discrepantes da própria teoria.

Metodologia de Pesquisa24

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Há casos que comportam construir uma hipótese básica – oferece a principal resposta – e hipóteses derivadas, que decompõem a básica, apontando detalhes ou outras relações.

 Nos casos de construção de hipóteses sujeitas a testes, há que se indicar, com clareza e

objetividade, as variáveis dependentes e independentes, e defini-las de formaoperacional.

Contudo, nem toda pesquisa apresentará hipóteses, sendo que, em alguns casos, elasexistem de forma implícita, não enunciada. As hipóteses são dispensáveis em pesquisasexploratórias e descritivas, mas exigidas em pesquisas explicativas..

 Etapa 4 - Referencial Teórico ou Fundamentação do Projeto

Uma vez que o conhecimento científico é uma rede com infinitas ligações, devem ser apresentados os trabalhos científicos que tratam de temas similares e sirvam comoreferências para o desenvolvimento do trabalho.

O referencial teórico e sua revisão da literatura constitui etapa importante do trabalhocientífico e nem sempre de fácil realização. Envolve dedicada revisão da literatura e temo objetivo de apresentar os estudos já realizados por outros autores sobre o tema ou

 problema em estudo.

 No PIN, o referencial teórico é o capítulo do projeto que tem por finalidade situar o

tema e o problema no contexto da literatura da área. Todo tema e problema relacionam-se de forma mais nítida com algum campo particular do saber – administração geral,finanças, recursos humanos, marketing, economia.

O produto da revisão da literatura é quadro de análise que detalha os principaiselementos, as variáveis do estudo, segundo suas definições constitutivas e operacionais.

“A definição constitutiva refere-se ao conceito dado por algum autor davariável ou termo que vai utilizar (...). A definição operacional refere-se acomo aquele termo ou variável será identificado, verificado ou medido narealidade” (VIEIRA e ZOUAIN, 2003, p.19).

 Nesse capítulo do TCC, a equipe demonstrará sua capacidade de fundamentar o projetoao inventariar os principais conceitos, autores e as principais ideias já existentes erelacionadas a seu estudo. Não se trata de um levantamento exaustivo nem minuciosoda literatura pertinente, como ocorre nas dissertações e teses.

 Durante o levantamento preliminar, se a literatura pertinente for excessivamente vastaou restrita, há a necessidade de se reavaliar se o foco do estudo foi bem elaborado.

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 Etapa 5 – Metodologia

É na metodologia que a equipe define as dimensões do estudo que serão realizados noPIN. Ou seja, definem a instrumentação e a forma de coleta dos dados, assim como os

métodos de análise e interpretação dos dados. Vejamos a seguir as 4 atividades centraisna construção da metodologia.

a) Caracterização do Estudo

A caracterização da metodologia da pesquisa é a que abrange maior número de itens, pois responde a diversas questões: como? quem? onde? quando?

Quanto fins: Quanto aos meios:Exploratória Bibliográfica LevantamentoDescritiva Documental Estudo de campoExplicativa Experimental Estudo de caso

O PIN, por suas características, tenderá para o tipo de estudo com objetivo exploratórioou descritivo. E, no que diz respeito aos meios, o PIN tenderá para o levantamento,estudo de campo ou estudo de caso, apoiado em pesquisa bibliográfica ou documental.Outras modalidades de pesquisa não estão excluídas, mas serão mais raras.

b) Seleção dos Sujeitos

Os sujeitos da pesquisa constituem as unidades observacionais do estudo, podendo-se

referir a uma pessoa, um animal, uma empresa, um departamento, produtos, peças etc.Quando a pesquisa tem sujeitos, é necessário que o pesquisador selecione aqueles queserão estudados, dentre todos as possíveis alternativas. Esse processo é feito através dastécnicas de amostragem, uma vez que trabalhar com toda a população – ou universo – 

 pode-se mostrar inviável.

  Nos estudos científicos, amostras rigorosamente selecionadas tendem a produzir resultados generalizáveis para a população, dentro de uma dada margem de segurança.Os dois tipos básicos de amostra são:

   T

   I   P   O

PROBABILÍSTICA NÃO PROBABILÍSTICA

Baseada em procedimentos estatísticos Definida de maneira intencional

   P   R   O   C   E

   S   S   O   D   E   A   M   O   S   T   R   A   G   E   M aleatório simples: quando cada elemento da população

tem chances iguais de ser selecionado. snowballing  ou bola de neve:quando um sujeito selecionado pelo  pesquisador indica um ou maissujeitos para integrar a amostra

estratificado: quando os sujeitos são subdivididos emestratos – idade, sexo, profissão – e as amostrasconstituídas para cada um desses grupos.

por conglomerado: quando a população é organizada emsubgrupos da população – uma empresa, escola, bairro,famílias... –, devido à dificuldade de acesso à lista dosindivíduos.

por conveniência: quando ossujeitos de acordo com aconveniência do pesquisador ou afacilidade de acesso.

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O PIN, com grande probabilidade, terá sujeitos. Logo, a equipe do projeto deve definir muito bem qual é o universo potencial de sujeitos do estudo – população. Como quasesempre é impossível estudar toda a população, a equipe deve selecionar uma parcela de

sujeitos para constituir uma amostra representativa.

O PIN, com grande probabilidade, terá sujeitos. Logo, a equipe do projeto deve definir muito bem qual é o universo potencial de sujeitos do estudo – população. Como quasesempre é impossível estudar toda a população, a equipe deve selecionar uma parcela desujeitos para constituir uma amostra representativa.

Por exemplo:

O universo seria os clientes do setor de radiologia e diagnósticos por imagem de umadeterminada unidade hospitalar.

 A amostra desse universo poderia ser  X% em serviços de Raio X, T% em serviços deTomografia; e R% em serviços de Ressonância.

c) Coleta de Dados

O instrumentos de coleta de dados servem como interface entre o mundo da pesquisa eo mundo em volta do pesquisador. Através destes instrumentos torna-se possível acessar os dados que auxiliarão o processo de construção do conhecimento.

Para obter informações dos sujeitos participantes do estudo, faz-se necessário recorrer ainstrumentos e procedimentos de coleta de dados:

• Questionário – série de perguntas respondidas por escrito pelo informante;

• Entrevista – conversação face a face;

• Formulário – questões pré-elaboradas e registro das respostas, em uma situaçãoface a face;

• Outros – técnicas interativas diversas, como workshop, grupo de foco, painel.

A fonte dos dados – informações e evidências para o PIN – tenderá a se constituir dedocumentos, bibliografia e contatos diretos. Eventualmente, a equipe poderá decidir-se

 por um estudo piloto, para familiarizar-se com a situação e, depois, partir para a coletade dados.

Será oportuno que a equipe finalize essa seção, apontando as limitações do métodoempregado.

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 ETAPA 6 - Análise e Interpretação dos Dados

De posse dos dados, é preciso tratá-los, isto é, analisar e interpretar os dados, por meio

de procedimentos – tabulação, cálculos de porcentagens, médias, medianas, moda,desvio-padrão, correlações. A análise permitirá detectar tendências, comportamentos,anomalias e regularidades, facilitando a interpretação dos resultados obtidos e a suacomunicação aos leitores, sob forma visualmente inteligível.

 Nessa seção do PIN, devem ser:• relatadas e interpretadas as evidências levantadas pela equipe via pesquisa.• relatadas as respostas encontradas para o problema ou a situação-problema sob

investigação.• contrastadas as respostas geradas com as hipóteses ou suposições formuladas.•

cruzadas as respostas geradas com alguns elementos apresentados na revisão daliteratura, fazendo a ponte entre ambos (os resultados obtidos estão conforme ateoria? Contradizem-na? O que se pode concluir?)

O ponto culminante da pesquisa são as discussões dos resultados e as conclusões. Nessemomento, o pesquisador constrói, a partir dos dados coletados e tratados, uma respostaconclusiva ao problema formulado no início do estudo.

Também é o momento para contrastar os resultados obtidos com os de outras pesquisas, buscando apontar e comentar diferenças e semelhanças. Cabe discutir os resultados àluz da revisão da literatura e, se couber, confirmar ou rejeitar as hipóteses. Se for o caso,

devem ser relatadas as limitações do método empregado.

 Etapa 7 – Recomendações de Melhoria

O ponto alto do PIN são as recomendações práticas para implementação visando gerar oimpacto proposto.

É de suma importância que cada equipe do PIN – como consequência dos resultadosobtidos com o estudo – formule propostas de soluções ao problema ousituaçãoproblema, esboce um plano de ação e sugira, portanto, iniciativas de impacto nonegócio.

 Nessa seção devem ser dadas respostas a...

• O que deve ser implementado e para quê?  Expor brevemente a solução proposta pela equipe, descrevendo suascaracterísticas e justificando sua importância.

• Qual a metodologia recomendada?

 Fornecer indicações do caminho, dos métodos e dos procedimentos a seremutilizados.

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• Quais os benefícios qualitativos esperados? Descrever os benefícios qualitativos esperados da proposta.

• Quais os custos e os benefícios financeiros estimados? Elaborar e apresentar estimativas de custos e retornos financeiros esperadoscom a eventual implementação da proposta.Utilizar a técnica de cenários – otimista, realista, pessimista – de modo a

 fornecer um intervalo potencial para os resultados líquidos projetados.

• Qual o cronograma proposto? Projetar e apresentar uma planilha de tempo contendo as etapas sugeridas paraa execução da proposta.

 Etapa 8 – Conclusões

Finalmente, é chegado o momento de fazer um balanço – breve relato do que foiinvestigado, como foi analisado e interpretado.

Para começar, a equipe deve colocar-se na posição de quem tem pouquíssimo espaço para reprisar tudo o que foi feito ao longo do estudo, apresentando-o de forma lógica,com precisão e clareza. Nenhuma novidade deverá ser acrescentado à conclusão. Aequipe deve ater-se tão-somente ao que consta das etapas anteriores.

Para encerrar, deve ser feita uma finalização de impacto, destacando a relevância do projeto e suas contribuições para a organiação.

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3.4 Estruturação e Formatação do Documento

A estrutura de um trabalho acadêmico compreende os elementos pré-textuais; elementostextuais; e elementos pós-textuais. Todos possuem critérios específicos, segundo asnormas da ABNT, que garantem seu uso específico.

3.4.1 Elementos Pré-Textuais

3.4.1.1 Capa

A capa é obrigatória em projetos de pesquisa e trabalhos monográficos. Impressa em

 papel mais encorpado que o restante do trabalho, é nela que devemos registrar asseguintes informações, centralizadas na página:

‘Nome da instituição’ Opcional – na primeira linha da página, todo emmaiúsculas, sem outras marcações.

‘Nome do autor’ Na primeira linha da página – ou na segunda, caso na  primeira exista o nome da instituição –, todo emmaiúsculas, sem outras marcações.

‘Título do trabalho’ No meio da página, todo em maiúsculas, podendo ter marcações em negrito ou itálico. Corpo de letra maior doque o usado no restante do trabalho.

‘Substituto do trabalho’ Caso exista – abaixo do título, separado deste por dois pontos, sem outras marcações.

‘Local’ Cidade da instituição em que o trabalho deve ser  apresentado – ao final da página, antes do ano, com a

 primeira letra maiúscula e as demais minúsculas.‘Ano de depósito’ Na última linha da capa, em algarismos arábicos, com

quatro dígitos.

3.4.1.2 Anverso da Folha de Rosto

O anverso da folha de rosto – essencial a qualquer trabalho acadêmico, pois é sua fonte principal de identificação – deve figurar logo após a primeira capa, indicando asseguintes informações:

‘Nome do autor’ Na primeira linha da página – ou na segunda, caso na  primeira exista o nome dainstituição –, todo emmaiúsculas, sem outras marcações.

‘Título do trabalho’... No meio da página, todo em maiúsculas, podendo ter marcações em negrito ou itálico. Corpo de letra maior doque o usado no restante do trabalho.

‘Subtítulo do trabalho’... Caso exista – abaixo do título, separado deste por dois

 pontos, sem outras marcações.

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‘Identificação do trabalho’ Texto ajustado rente à margem direita, com recuo damargem esquerda

• natureza – projeto de pesquisa, relatório;• objetivo – aprovação em disciplina, grau

 pretendido;• nome da instituição a que é submetido;• área de concentração;• nome do professor-orientador.

‘Local’ Cidade da instituição em que o trabalho deve ser  apresentado – ao final da página, antes do ano, com a

 primeira letra maiúscula e as demais minúsculas.‘Ano de depósito’ Na última linha da capa, em algarismos arábicos, com

quatro dígitos.

3.4.1.3 Dedicatória, Agradecimentos e Epígrafe

Concluir uma tarefa nos faz querer dividi-la com outros, com quem, de alguma forma,esteve conosco durante sua construção. Apesar de significativos, a dedicatória, osagradecimentos e a epígrafe não são obrigatórios.

 Dedicatória...Imaginação e criatividade devem ser elementos levados em consideração.

 Agradecimentos...Devem permitir a manifestação de apreço a pessoas e instituições que realmentecooperaram ou tornaram possível o trabalho.

 Epígrafe...Citação relacionada à temática do trabalho, que pode ser inserida nas folhas de aberturade cada capítulo ou seção, com a referência de seu autor.

3.4.1.4 Resumo

Devemos apresentar, no resumo – de forma clara e simples –, uma síntese de cada umadas seções de nosso trabalho. Com o resumo, possibilitamos que o leitor verifique, emfunção de seus interesses pessoais, a relevância do conteúdo tratado em nosso trabalho.

Ao final dos resumos, deverão constar as palavras representativas do conteúdo dotrabalho, isto é, palavras-chave ou descritores.

O resumo deverá ser inserido na página de frente – anverso. Quando não é muitoextenso, pode ser colocado na página de rosto do projeto/trabalho acadêmico.

A norma técnica recomenda que, nas monografias e nos trabalhos acadêmicos, o resumotenha até 250 palavras. Nas teses, o resumo pode ter até 500 palavras.

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 Nos projetos de pesquisa, o resumo deve conter...• o tema e os principais objetivos de nosso trabalho;• os métodos e os procedimentos que serão empregados por nós;• nossas conclusões provisórias sobre a proposta a ser desenvolvida.

 Nos trabalhos monográficos, o resumo deve conter...• o tema e os principais objetivos de nosso trabalho;• os métodos e os procedimentos empregados por nós;• a síntese dos resultados alcançados com nosso trabalho;• nossas principais conclusões;• se necessário, nossas sugestões de novos estudos.

3.4.1.5 Lista de Ilustrações

 Na lista de ilustrações......as ilustrações devem obedecer à ordem em que aparecem no texto.

 Nos resumos, não devemos utilizar ilustrações....as ilustrações devem estar relacionadas ao número da página em que foram inseridas....cada ilustração deve ser numerada, receber um título e ter uma pequena descrição.

Cada lista diferente deve ser iniciada em folha própria. Entretanto, quando o número deilustrações não for muito grande, tipos diferentes podem compor uma lista única.

A reprodução de ilustrações retiradas de outros documentos é feita com autorização doautor ou indicação do referido documento, quando de publicação pública.

Podemos formatar tabelas e figuras das mais variadas formas – colunas, barras, círculos,figuras ou curvas.

Contudo, a forma pela qual a informação é expressa na imagem visual não dispensanosso comentário sobre ela, ou seja, nossa interpretação sobre os dados nela dispostos.Logo, devemos sempre referenciá-las com títulos ou legendas.

Devemos também inserir as ilustrações no local do texto em que as mencionamos pela primeira vez. Não devemos incluir, no trabalho, ilustrações que sejam citadas no texto. Nesse caso, devemos colocá-las como anexo.

3.4.1.6 Lista De Abreviaturas, Siglas e Símbolos

As listas de abreviaturas e siglas consistem na apresentação preliminar de convençõesutilizadas no decorrer do texto com suas respectivas significações para dar ao leitor condições de melhor entendimento de nosso trabalho.

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Só utilizaremos, em nosso trabalho, abreviaturas, siglas e símbolos que estejamdevidamente convencionalizados. Não devemos inventá-los em respeito aos futurosleitores.

Tanto a lista de abreviaturas e siglas, quanto a de símbolos são opcionais, pois se forem• numerosos... devemos listar as abreviaturas, as siglas e os símbolos por ordem

alfabética, inserindo, ao lado de cada um, seu respectivo significado.• Poucos... podemos inserir sua definição após os mesmos, no corpo do texto.

Caso exista lista de abreviaturas, siglas e símbolos...• devemos colocar as abreviaturas e as siglas no início da página, em letras

maiúsculas, centralizadas na folha.• devemos colocar a relação abaixo, sem caracteres diferenciados – negrito e

itálico – do texto do trabalho, alinhada à margem esquerda.

Lembre-se que o uso abusivo desses elementos ao longo do corpo do texto quebra oritmo de leitura.

3.4.1.7 Sumário

O sumário consiste na listagem das principais divisões, seções de nosso trabalho – namesma ordem em que aparecem no texto –, acompanhadas de seus respectivos númerosde página.

A palavra  sumário é sempre grafada em maiúsculas, no início da página ecentralizada no meio da folha.• Seus tópicos – numerados ou não – são alinhados à margem esquerda. Os

números das páginas são alinhados à margem direita.• O sumário – último elemento pré-textual obrigatório – deve preceder a parte

textual do projeto/relatório.•  Não devemos utilizar, no sumário, algarismos romanos. Os algarismos utilizados

devem ser sempre os arábicos.

Devemos escrever o sumário só depois de o texto do trabalho estar totalmente pronto, pois, somente dessa forma, haverá total coincidência entre os títulos e a indicação das

 páginas em que se encontram as seções e suas subdivisões.

3.4.2 Elementos Textuais

3.4.2.1 Introdução

 Na introdução, devemos apresentar o assunto tratado, os objetivos da pesquisa, e outroselementos necessários para situar o tema e a abrangência de nosso trabalho. A partir daintrodução, nosso leitor poderá identificar os objetivos de nosso trabalho.

 Na introdução do projeto de pesquisa, devem constar:

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• um breve histórico das origens de nosso trabalho.• nossas intenções.• as características e os objetivos do estudo.• a delimitação do assunto, considerando, se necessário, recortes

temporais/espaciais.• as questões que nos instigaram no âmbito de um determinado fenômeno/evento.• o que, até o momento, foi investigado por outros estudiosos sobre as questões

 propostas em nossa investigação.• a importância de nossa pesquisa para a área de conhecimento em que ela se

insere.• o que fizemos para investigar o fenômeno/evento estudado.• os resultados obtidos com nosso trabalho.• as principais dificuldades que encontramos nas diferentes fases de elaboração da

 pesquisa.

Logo, a introdução é uma das principais seções de qualquer trabalho científico, logo,também do seu TCC.

3.4.2.2 Desenvolvimento

O desenvolvimento corresponde à seção mais extensa de um trabalho acadêmico.Entretanto, não existem formas para determinar seu tamanho ideal. O desenvolvimentotem de conter informações suficientes para fazer com que nosso leitor chegue à

completa compreensão do conteúdo tratado por nós. Essa organização não pode ser arbitrária e sem nexo.

 No desenvolvimento, devemos discorrer sobre...• a temática estudada;• os objetivos do trabalho;• as hipóteses formuladas por nós;• a fundamentação teórica que deu suporte ao trabalho;• a descrição de tudo o que fizemos para dar conta desse estudo;• o alcance, as implicações e as dificuldades encontradas no decorrer da pesquisa.

Face à extensão e ao volume de informações do desenvolvimento, devemos dividi-lo emvárias partes. A coerente distribuição das partes que constituem o desenvolvimento écondição indispensável à compreensão do trabalho que foi realizado.

Trata-se de submeter os assuntos a uma ordem lógica, articulando as partes entre si e,consequentemente, constituindo um texto coeso.

3.4.2.3 Conclusão

 Na conclusão de nosso trabalho, não expomos informações novas, pormenores, e não

resumimos o que fizemos. Como fechamento de um trabalho, a conclusão deve fazer convergir, de forma sintética, todas as partes que constituíram nosso estudo.

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A conclusão é a parte final do trabalho, o arremate do que nele foi feito, é umadecorrência de tudo o que realizamos.A conclusão é o ponto para onde convergem as análises elaboradas no corpo do

trabalho.

Em verdade, todos os estudos, todas as análises e investigações só se justificam emfunção do que é afirmado na conclusão, ou seja, das respostas às questões que deramorigem a nossa pesquisa.

 Nesse sentido, tanto o valor da introdução quanto o do desenvolvimento só estãoassegurados se estes contribuírem, efetivamente, para a elaboração da conclusão. Logo,a conclusão também é uma seção importantíssima.

A conclusão é ainda o espaço em que devemos deixar claro nosso ponto de vista sobre o

trabalho que acabamos de realizar. No entanto, esse ponto de vista deve estar fundamentado nos dados concretos que coletamos, e não apenas em várias opiniões e

 preferências.

Uma conclusão pode, simplesmente...• .sinalizar a necessidade de um refinamento da teoria, dos métodos, dos

instrumentos que deram suporte ao trabalho que realizamos.• reconhecer que o mérito de nosso trabalho foi justamente sugerir novos estudos,

apontar relações entre o que concluímos e outras conclusões enunciadas emoutros estudos, em outros trabalhos anteriores.

3.4.3 Elementos Pós Textuais

3.4.3.1 Referências

Referência bibliográfica é o conjunto de elementos com que podemos identificar, notodo ou em parte, os documentos apontados em nosso estudo. Nos trabalhosacadêmicos, as referências bibliográficas devem ser formatadas de acordo com asnormas da ABNT, podendo ser inseridas:

• no rodapé;• no fim do capítulo ou da seção;• ao final da parte textual, em uma lista de referências.

Podemos ordenar as referências bibliográficas tanto pelo sistema numérico quanto pelosistema alfabético.

• sistema numérico – as referências devem aparecer na mesma ordem das citaçõesdo texto, numeradas de forma crescente;

• sistema alfabético – as referências podem ser listadas ao final de um capítulo, deuma seção ou ao final do trabalho;

as entradas devem coincidir com as entradas das citações do texto;

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• as referências são alinhadas à esquerda, com espaço simples para a mesmareferência, mas com espacejamento duplo entre uma e outra;

• se as referências aparecem em notas de rodapé, a segunda linha começa namesma margem da primeira, com a numeração sobrescrita e sem espaço entre o

número e a referência em si;• a pontuação segue padrões internacionais, e as abreviaturas as normas da

 NBR10522 .

3.4.3.2 Glossário e Apêndice

O glossário é um elemento pós-textual opcional. Trata-se de uma listagem em quefornecemos o significado de palavras ou expressões referentes a termos técnicos,científicos. Devemos inserir o glossário depois das referências bibliográficas, com seuinício no anverso da página.

Já o apêndice é um elemento opcional, tanto para o projeto de pesquisa quanto para otrabalho monográfico. Com o apêndice, complementamos os documentos necessários àcompreensão de nosso trabalho sem prejuízo da unidade do texto como um todo.Devemos identificar o apêndice por letras maiúsculas, consecutivas, seguidas detravessão e dos respectivos títulos.

 Por exemplo: APÊNDICE A – Projeto monográfico de conclusão do curso de graduação. APÊNDICE B – Monografia de conclusão de curso de graduação.

Podemos apresentar, na forma de apêndices...• questionários impressos;• modelos de formulários;• detalhes de análises estatísticas;• descrição adicional de metodologia;• ilustração que apenas ateste a qualidade ou a quantidade do material utilizado.

3.4.3.3 ANEXOS 

Os anexos são elementos pós-textuais, que introduzem materiais de referência que

 possibilitam ao leitor maior entendimento de nosso trabalho.Devemos inserir, nos anexos, trechos de outras obras ou contribuições que servem paradocumentar, esclarecer, provar ou confirmar as ideias apresentadas no texto e que sãoimportantes para sua perfeita compreensão.

 Normalmente, o conteúdo dos anexos refere-se...• às ilustrações que não são diretamente citadas nos textos;• às descrições de equipamentos, técnicas e processos se for necessário ressaltar,

em pormenores, seus aspectos, ou discriminar procedimentos de uma técnicaespecífica ou um programa utilizado;

ao material de acompanhamento que não pode ser incluído, livremente, no corpodo projeto/relatório, quer pela forma de apresentação, quer por sua extensão;• aos modelos de formulários ou impressos citados no texto.

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Os anexos devem conter 

• identificação por meio de letras maiúsculas consecutivas e seus respectivostítulos.• sub-seções numeradas por algarismos arábicos precedidos da letramaiúscula que identifica o anexo. Por exemplo:

 Anexo A – Modelo de formulário; A.1 – Introdução; A.2 – Desenvolvimento

• Ilustrações próprias numeradas independentemente das numerações dasilustrações textuais, sendo esses números precedidos da letra maiúsculacorrespondente ao anexo. Por exemplo:Tabela A.5 – Opções de resposta;

 Figura B.4 – Gabaritos.

3.4.4. Formato do texto

3.4.4.1 Digitação

Ao digitar nosso trabalho, devemos...• utilizar fonte preta sobre o papel branco;

• utilizar fonte de corpo 12 para o texto;• utilizar fonte de corpo 10 para citações longas, notas de rodapé, paginação e

legendas – das ilustrações, dos apêndices e dos anexos;• utilizar fontes mais comuns como Arial ou Times New Roman;• alinhar o texto de forma justificada.

Devemos apresentar os trabalhos acadêmicos no anverso de folha branca – com exceçãoapenas da folha de rosto, cujo verso deve conter a ficha catalográfica –, no formato A4,ou seja, 210 mm x 297 mm.

 Normalmente, no texto científico, formatamos as margens da seguinte forma...• margens esquerda e superior = 3.0 cm;• margens direita e inferior = 2.0 cm.

3.4.4.2 Impressão

Podemos usar qualquer sistema de encadernação que possibilite uma fixação resistenteou durável, firmando o lado esquerdo do documento. As capas dos projetos de pesquisae das monografias devem ser resistentes o suficiente para protegerem o texto por temporazoável. No caso de capas coloridas, o contraste entre a capa e a impressão não deveser sensivelmente inferior ao contraste da tinta preta sobre o papel branco.

3.4.4.3 Paginação

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Devemos começar a numeração na primeira folha da parte textual, ou seja, naintrodução:

• em algarismo arábico;• no canto superior direito da folha, a 2.0 cm da borda superior;• com o último algarismo do número de página também a 2.0 cm da borda direita

da folha;• a numeração sequencial deve continuar até o final do relatório.

 No caso de o trabalho ter mais de um volume, deve ser mantida uma única sequência denumeração das folhas, do primeiro ao último volume.

Segundo a NBR 14724, todas as folhas do trabalho – desde a página de rosto – devemser contadas sequencialmente, mas não numeradas.

 Não há um número definido de páginas para os relatórios técnico-científicos. Contudo,devemos atentar para os objetivos e para o equilíbrio das várias partes do texto. O queconta na definição do tamanho do projeto ou da monografia é o bom senso.

As páginas que iniciam seções primárias, ou seja, títulos de partes ou capítulos, não sãonumeradas. Dessa forma, não devemos inserir numeração nas seguintes páginas...

• capa;• folha de rosto;• errata;• folha de aprovação;• dedicatória;• agradecimento;• epígrafe;• resumo na língua vernácula;• resumo em língua estrangeira;• lista de ilustrações;• lista de abreviaturas e siglas;• lista de símbolos;• sumário;•  páginas capitulares.

3.4.4.4 Espacejamento

O mais usual é utilizarmos o parágrafo americano. Nesse formato, uma linha é deixadaem branco entre os parágrafos, sendo que o início da linha se situa a partir da margemesquerda, sem espaços em branco.

Já para os parágrafos tradicionais – entre os quais não existem linhas vazias –, érecomendável iniciarmos a digitação a partir do 5º espaço, contado a partir da margemesquerda da página.

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 Nos títulos de capítulos e de seções que iniciam uma página, devemos observar 8 cmentre a borda superior da folha e o referido título. Quanto ao espacejamento entre linhas,devemos formatá-lo em 1,5.

O espaço simples fica para...• as notas;• o resumo;• as citações longas;• a ficha catalográfica;• as referências bibliográficas;• as legendas das ilustrações, dos apêndices e anexos;• as informações da natureza do trabalho na folha de rosto.

3.4.4.5 Numeração das Seções

Os títulos sem indicativo numérico – errata, agradecimentos, listas, resumo, sumário,referências bibliográficas, glossário, apêndices, anexos, índices – devem ser centralizados.É por meio do título que criamos, no leitor, expectativas sobre o que será apresentadoem nosso trabalho.

• O indicativo numérico de uma seção precede seu título, separado por um espaçode caractere.

• O indicativo de cada seção é o número ou grupo numérico, em algarismos

arábicos, anteposto a cada seção, que permite sua localização imediata.• O indicativo de seções primárias segue a sequência numérica dos números

inteiros, iniciando-se com 1.• A seção secundária é constituída pelo indicativo da seção primária a que

 pertence, seguido do número que lhe for atribuído na sequência do assuntoseparado por um ponto...

• Devemos iniciar cada seção primária em uma nova página, e todas as seçõesserão numeradas.

• Os títulos das seções serão destacados gradativamente, usando-se,racionalmente, os recursos da caixa alta, negrito, itálico.

Todos os títulos são alinhados à esquerda.

Os elementos sem título e sem indicativo numérico são...• capa;• folha de rosto;• folha de aprovação;• dedicatória;• epígrafe.

3.4.4.6 Citações e Notas

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Citações são menções de informações que podemos extrair de diferentes fontes bibliográficas. Podem ser formatadas em itálico ou entre aspas duplas – as aspassimples são utilizadas para citações dentro de outras citações.

Se curtas – até três linhas –, podem ser inseridas no corpo do texto ou como nota derodapé. Se extensas, devemos deixá-las fora de nosso texto, iniciando-as no próximo parágrafo. Além disso, a margem esquerda para as citações deve ser de 4.0 cm e a letradeve ser menor que a do texto.

 Nas citações, podemos fazer as seguintes referências...

Citação textual 

Transcrevemos, literalmente, um segmento de texto, indicando – em seu final ou emnota de rodapé, ou ainda em uma lista de referências anexada ao final do trabalho – aobra, o autor, a data e, separadas por vírgula, as páginas de onde ele foi retirado,

 precedidas de p. Nesse segmento, devemos marcar...

• com reticências e entre colchetes as porções de textos que foram excluídas;• com colchetes, as interpolações, os acréscimos ou os comentários;• em negrito ou itálico, as passagens que queremos destacar. Nesse caso, após a

chamada da citação, devemos incluir a expressão grifo nosso ainda dentro dos parênteses. Caso a passagem já apareça destacada na obra, a expressão a ser incluída deve ser grifo do autor.

Citação livre

Transcrevemos um segmento de texto em que preservamos o conteúdo, mas não a

forma, isto é, parafraseamos, incorporamos esse segmento a nosso discurso.Devemos mencionar, contudo, a fonte de onde esse segmento foi extraído.Aespecificação da página da fonte é facultativa.As citações extensas não devem figurar entre aspas.Citação mista

Transcrevemos parte do segmento de texto literalmente – em itálico ou entre aspas –,complementado-o com nossas próprias palavras.Citação de citação

Temos acesso somente a uma citação – textual ou livre – de um texto. Dessa forma,não temos acesso ao texto original e devemos indicar inclusive o autor consultado,utilizando a expressão apud .

 Algumas Dicas

Quando traduzimos uma citação, devemos incluir – ainda nos parênteses – a expressãotradução nossa. Nas citações de obras, o sobrenome do autor, a instituição responsávelou o título incluído na sentença devem figurar em letras maiúsculas e minúsculas.Entretanto, quando estiverem entre parênteses, devem aparecer em letras maiúsculas.

Quando a citação faz referência a uma palestra, a um debate, isto é, a informaçõesobtidas de forma oral, devemos indicar esse tipo de fonte colocando – após a citação e

entre parênteses – a expressão informação verbal . Na nota de rodapé correspondente,mencionamos os dados disponíveis.

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Quando a citação faz referência a uma obra ainda inacabada, isto é, ainda em fase deelaboração, devemos indicar essa informação colocando, após a citação e entre

 parênteses, a expressão em fase de elaboração. Devemos mencionar ainda, em nota de

rodapé, não só os dados disponíveis sobre a fonte como também o fato de a obra aindanão ter sido editada.

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Rio de Janeiro: FGVOnline, 2010.VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de coleta de dados no campo. São Paulo:Editora Atlas, 2009.

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VIEIRA, Marcelo Milano Falcão; ZOUAIN, Deborah Moraes.  Pesquisa qualitativa em

 Administração  – Volume 1. Rio de Janeiro: FGV, 2003.

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