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Apresentação de uma Versãoem Português do Compêndio de AtividadesFísicas: uma contribuição aos pesquisadores eprofissionais em Fisiologia do ExercícioPaulo de Tarso Veras Farinatti
ARTIGO ESPECIAL
Laboratório de Atividade Física e Promoção da SaúdeInstituto de Educação Física e DesportosUniversidade do Estado do Rio de JaneiroSubmetido em 12/06/2003Aceito em 18/07/2003
Correspondência referente ao processo editorial:Paulo de Tarso Veras FarinattiLaboratório de Atividade Física e Promoção daSaúdeRua São Francisco Xavier 524/Sala 8133-FMaracanã - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20550-013e-mail: [email protected]
ResumoA classificação da intensidade das atividades físicas é importante em situações de pesquisa e prescrição
do exercício. O Compêndio de Atividades Físicas (CAF), proposto por Ainsworth et al. em 1993 eatualizado em 2000, visou padronizar classificações e estimativas de gasto calórico existentes na literatura,englobando 605 atividades cotidianas, de lazer, laborais e desportivas, executadas em diferentes intensi-dades. O CAF vem sendo amplamente adotado em contextos de pesquisa e intervenção profissionalvariados. Todavia, o mesmo nível de difusão não é observado em países de língua portuguesa, como oBrasil. Em parte, isso pode ser explicado pela barreira lingüística, já que não se dispõe de uma versão doCAF em idioma português. Além disso, muitas das atividades listadas pelo CAF revestem-se de um viéscultural importante, estando distantes da realidade brasileira. Assim, o objetivo do presente texto é apre-sentar uma versão integral do CAF em língua portuguesa. O projeto foi desenvolvido nas seguintes etapas:a) versão do texto em inglês para o português; b) identificação de expressões intraduzíveis, levantando-se seu significado para descrição operacional da atividade a qual se referiam; c) estabelecimento, quandonecessário, de pontes entre atividades atípicas à nossa cultura com situações mais comuns na realidadebrasileira; d) submissão do material vertido a dois tradutores independentes, para realização de correçõese adaptações; e) validação transcultural da versão final da listagem. O texto é organizado em três partes.Na primeira, descreve-se o sistema de codificação. A segunda volta-se para a forma de cálculo do gastoenergético adotada no CAF e as limitações de sua aplicação. A terceira parte, enfim, apresenta a listagem
propriamente dita.
Palavras-chave: energia, medida e avaliação, atividade física, validade
1) IntroduçãoA classificação da intensidade das ativi-
dades físicas e a estimativa do gasto calóricoa elas associado são aspectos importantes da
prescrição do exercício e da fisiologia doexercício. De um lado, temos a necessida-des de adequar as atividades propostas à
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capacidade de execução dos executantes. Aomesmo tempo, procura-se ampliar o lequede opções de atividades com intensidadessimilares, a fim de aumentar o potencial deadesão ao programa. Em situações em quese persegue a perda de peso com diminui-ção do percentual de gordura corporal, é fun-damental compatibilizar a ingestão com odispêndio calórico, atingindo-se os objeti-vos sem prejuízo de processos fisiológicoscompatíveis com a saúde. Enfim, é inegávelo valor destas informações para estudos decunho epidemiológico, bem como no con-trole de tratamentos experimentais nos quaiso dispêndio calórico é variável inter-veniente.
Habitualmente, os questionários de ativida-des físicas e as tabelas de conversão calóricaconstituem as ferramentas das quais se lançamão para avaliar o perfil de atividades cotidi-anas e a energia gasta para levá-las a cabo.Tanto em um caso quanto em outro, a disponi-bilidade de instrumentos é ampla, viabilizandoa escolha daquele que melhor responde às ne-cessidades das diferentes situações com quese lidaa. A preocupação deste texto volta-se,particularmente, para as tabelas de conversãocalórica. Muitos autores debruçaram-se sobrea questão, procurando determinar o custo deatividades específicas ou compilando as in-formações disponíveis, de forma que se pu-dessem ter uma fonte de consulta rápida econfiável1-11. Esta disponibilidade de recursos,todavia, carecia de padronização -freqüentemente, atividades semelhantes seviam atribuir níveis metabólicos de intensida-de diferentes. Além disso, a multiplicidade decódigos utilizados para as categorizar as tare-fas tornava difícil comparações entre as esca-las.
O Compêndio de Atividades Físicas, pro-posto por Ainsworth et al.14, representou umavanço considerável neste sentido. Tratou-se, na verdade, de um amplo esforço de com-
pilação visando simplificar a codificação deatividades físicas e permitir a comparaçãoentre estudos que adotavam, até então, có-digos diversos. Em primeiro lugar, os auto-res apresentaram o gasto calórico e a inten-sidade de um extenso rol de atividades coti-dianas, de lazer, laborais e desportivas, damaneira a mais uniforme e padronizada pos-sível. As intensidades associadas às ativida-des descritas derivaram de muitas fontes,incluindo informações obtidas em classifi-cações prévias existentes e estudos que sevaleram de observação direta e indireta deatividades físicas. Simultaneamente, elabo-rou-se um sistema de codificação que har-monizava as propostas de várias classifica-ções anteriores, atacando um dos principaisproblemas que se afiguravam quando se pen-sava em comparar dados advindos de estu-dos que se valiam de listagens diferentes.Posteriormente, Ainsworth et al.15 publicari-am uma versão revisada do material inicial,acrescida de novas categorias (duas) e ativi-dades (129).
Além disso, procurou-se compatibilizar odispêndio calórico de algumas atividadescom a classificação de Taylor, talvez a maisconhecida até então, mas cujas propostas deintensidade diferiam daquelas da primeiraversão do Compêndio. Com isso, chegou-sea uma listagem que perfaz um total de 605situações independentes, desde aquelas emque o gasto calórico é mínimo (como dor-mir) até atividades desportivas de altíssimaintensidade, passando por atividades emcontextos inusitados na maior parte das es-calas conhecidas, como atividades religio-sa e sexual. Uma vez que cada tarefa é codi-ficada em termos de função realizada, tipoespecífico e intensidade, o Compêndio podeser usado para estudos com diferentes obje-tivos, clínicos ou epidemiológicos. Comodito, sua grande vantagem reside na conci-liação e uniformização da codificação de to-das essas fontes.
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Desde sua primeira publicação, o Com-pêndio teve larga aceitação. Conforme apon-tado por Ainsworth et al.15, ele foi utilizadoem diversos levantamentos epidemiológicosde nível nacional nos EUA e em outros paí-ses, bem como na avaliação da acurácia dequestionários de atividades físicas. Alémdisso, integrou diversos livros, como apên-dice em sua versão completa e/ou como ob-jeto de análise e discussão. Mas, apesar des-sa popularidade, percebe-se que o Compên-dio de Atividades Físicas ainda não é exten-samente utilizado no Brasil, tanto em pes-quisa quanto no âmbito da intervenção pro-fissional. Talvez uma das grandes barreiraspara a disseminação do instrumento em nos-so meio tenha sido a carência de uma versãocompleta em língua portuguesab.
De certa forma, compreendem-se asdificuldades que podem ter contribuído paraisso. Antes de tudo, a lista de atividades éconsiderável. Aqueles que a utilizam, então,podem se satisfazer com traduções limitadasàs tarefas que guardam relação com suaprática profissional e/ou científica, semgrandes preocupações em alongar-se em umtrabalho extenuante. Por outro lado, percebe-se que muitas atividades mencionadas têmum viés cultural importante, tornando difícilestabelecer uma ponte entre a realidade emque foram concebidas e, no caso, a brasileira.Apenas para ilustrar, temos atividades deinverno como o bobsledding, desportosincomuns como o Jai-Alai e o Wallyball eatividades extremamente regionais como aAnishinaabe Jingle Dancing.
Acreditamos, portanto, que a disponibili-dade de uma versão completa do Compên-dio, incluindo suas características, instruçõespara codificação e limitações, possa ser útilpara a disseminação de um instrumento po-tencialmente útil para a determinação dogasto calórico associado a atividades espe-cíficas, bem como no levantamento do dis-
pêndio energético em estudospopulacionais. Isso vai ao encontro de umadas prioridades do Laboratório de Ativida-de Física e Promoção da Saúde da Universi-dade do Estado do Rio de Janeiro (LABSAU),qual seja, contribuir com o desenvolvimen-to de tecnologias e a simplificação de recur-sos já existentes no campo das atividadesfísicas e da saúde, no sentido de aumentarseu acesso aos profissionais que nele desen-volvem suas atividades profissionais e aca-dêmicas.
Assim, desde 2001 a equipe do LABSAUassumiu o projeto de elaborar uma versãointegral do Compêndio de Atividades Físi-cas. O projeto foi desenvolvido em etapas,que podem ser resumidas como segue: a)versão do texto em inglês para o português;b) identificação de expressões intraduzíveis,levantando-se seu significado para descri-ção operacional da atividade a qual se refe-riam; c) estabelecimento, quando necessá-rio, de pontes entre atividades atípicas ànossa cultura com situações mais comunsna realidade brasileira; d) submissão domaterial vertido a dois tradutores indepen-dentes, para realização de correções e adap-tações; e) validação transcultural da versãofinal da listagem. Todas as etapas vêm sen-do acompanhadas pela própria Dra. BarbaraAinsworth, que deu autorização para que sefizesse a versão e validação transcultural.
O presente artigo tem por objetivo apre-sentar o produto final das quatro primeirasetapas mencionadas, representadas pela ver-são integral do Compêndio de AtividadesFísicas c. O texto é organizado em três par-tes. Na primeira, descreve-se o sistema decodificação. A segunda volta-se para a for-ma de cálculo do gasto energético adotadano Compêndio e as limitações de sua apli-cação. Enfim, é apresentada a versão dalistagem propriamente dita.
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2) Codificação do CompêndioO sistema de classificação do Compêndio
de Atividades Físicas foi elaborado a partirdas recomendações do departamento deepidemiologia do National Heart, Lung, andBlood Institute (NHLBI) norte-americano.Tem como objetivo fornecer um padrão di-versificado, para classificar as tarefas listadassegundo seu objetivo e dispêndio ener-gético. De acordo com Ainsworth et al.14, aintensidade associada às atividades foi ob-tida de classificações anteriores, como oQuestionário Ocupacional de Tecumseh(Tecumseh Occupational Questionnaire), oQuestionário de Atividades Físicas de Lazerde Minnesota (Minnesota Leisure TimePhysical Activity Questionnaire), o Questi-onário de Atividades Físicas do Recor-datório de 7 dias (7-Day Recall PhysicalActivity Questionnaire), a listagem de ati-vidades físicas da Fundação Americana paraa Saúde (American Health Foundation) e aclassificação proposta por McArdle, Katche Katch.
O esquema de codificação foi organizadopara permitir uma máxima flexibilidade naentrada e interpretação de dados concer-nentes ao dispêndio energético dasatividades consideradas, de acordo com suaclasse e tipo. Assim, emprega-se um códigode cinco dígitos para categorizar as tarefas,a partir de seu contexto principal (doisdígitos iniciais), de suas caraterísticasespecíficas (três dígitos finais) e sua inten-sidade (coluna de 3 dígitos). O sistemaoferece um esquema organizacional cujaestrutura é exibida no Quadro 1. No exemploexibido, com base no modelo proposto porPate et al.17 para classificação da intensidadedas atividades físicas (leve < 3 METs,moderada de 3 a 6 METs, vigorosa > 6METs), temos então uma atividade vigorosa.
Quadro 1 - Estrutura dos Códigos do Compêndio deAtividades Físicas
00 000 0,00
contexto característica intensidade
principal específica
01 009 8,5
ciclismo BMX METs
O contexto principal refere-se ao propósi-to da atividade, englobando atividades co-tidianas no repouso, nos cuidados pessoais,lazer, recreação e trabalho (Apêndice 1)d.Procura-se, primeiramente, classificar os ob-jetivos do indivíduo que realiza a tarefa emquestão. Com isso, uma atividade pode apa-recer listada em mais de um contexto: lerum livro sentado como lazer e ler um docu-mento para o trabalho, por exemplo, podemser atividades classificadas no contexto derepouso, inatividade ou na rubrica de ativi-dade ocupacional. Os parâmetros utilizadospara classificar uma atividade nos diferen-tes contextos principais são exibidos noApêndice 2.
As características específicas das ativi-dades variam de uma classificação geral (porexemplo, 'tênis, geral') a descrições mais de-talhadas, que incluem a forma e a intensida-de com que são realizadas (por exemplo, 'tê-nis, simples, esforço vigoroso'). Atividadessem intensidade específica vêm classifica-das como de tipo 'geral'. O detalhamento dasdescrições, contudo, é preferível, uma vezsendo possível determinar a intensidade (e,com isso, o gasto energético associado).Parâmetros para a codificação das caracte-rísticas específicas são apresentados no Apên-dice 3. Foram feitas adaptações e correções,para que as informações fornecidas na pri-
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meira versão do Compêndio14 pudessem seraplicadas à última versão15.
Todas as atividades são classificadas deacordo com sua intensidade. O dispêndioenergético é expresso como um múltiplo doMET e, ou seja, o quociente entre a taxa me-tabólica associada à atividade e a taxa me-tabólica de repouso (TMR). Exemplo: umaatividade de 2 METs requer o dobro do dis-pêndio energético exigido na situação emque se está sentado, tranquilo. Um METcorresponde, para um indivíduo adulto mé-dio, a um consumo de oxigênio de aproxi-madamente 3,5 ml x kg (peso corporal)-1 xmin-1 ou 1 kcal x kg(peso corporal)-1 x h-1.Os valores de MET para as atividades listadasforam determinados com base no conceitode melhor representação´. Dessa forma, ematividades em relação as quais o gastocalórico preciso não pôde ser encontrado naliteratura, a intensidade foi definida (quan-do possível), a partir de tarefas similares comintensidade conhecida. A listagem comple-ta das atividades do Compêndio de Ativida-des Físicas é encontrada no Apêndice 4.
3) Cálculo do Dispêndio Energético eLimitações
O custo energético de uma atividade podeser expresso em kcal x kg-1 x h-1, kcal x h-1
ou kcal x 24h-1. Para determinar o gastocalórico de uma atividade, deve-se medir odispêndio relativo ao repouso (ou seja, aTMR), multiplicando-o pelo valor em METssugerido pelo Compêndio. Uma vez que aTMR é próxima de 1 kcal x kg (peso corpo-ral)-1 x h-1, o custo energético pode ser esta-belecido em termos de múltiplos seus. Mul-tiplicando-se o peso corporal pelo va-lor do MET e considerando a duração daatividade, é possível estimar o gasto calóricoespecífico de um indivíduo cujo peso é co-nhecido. Por exemplo, pedalar a 4 METsimplica em um gasto calórico de 4 kcal x
kg-1 x h-1. Um indivíduo de 60 kg que peda-la nesta intensidade, por 40 minutos,despende 4 METs x 60 kg x (40 min/60 min),ou seja 160 kcal, ou 4 kcal x min-1. Um indi-víduo de 80 kg que executa a mesma ativi-dade, teria um gasto calórico total de 213kcal, ou 5,3 kcal x min-1.
4) Limitações do CompêndioO Compêndio de Atividades Físicas é um
sistema de classificação que agrupa ativida-des físicas de acordo com seus contextos epermite, de maneira flexível, a determina-ção do seu dispêndio energético. Contudo,há muitos fatores que limitam sua utiliza-ção quando se quer determinar este dispên-dio de forma absolutamente precisa. Em pri-meiro lugar, apenas dados para indivíduosadultos foram incluídos no Compêndio.Quando jogos infantis são mencionados, onível de intensidade corresponde ao reque-rido por adultos participando de atividadescom crianças. Nota-se, ainda, que a listagemnão é adequada para adultos com limitaçõesneuromusculares importantes ou qualqueroutra condição que comprometa significa-tivamente sua eficiência mecânica ou meta-bólica.
Outra limitação advém do fato que a mai-oria das classificações das atividades foi feitaa partir de dados anteriormente publicadose, como tal, pode não refletir exatamente seucusto energético em todas as situações. Pormais que a versão de 2000 tenha incluídoem sua análise estudos com observação di-reta do custo metabólico das tarefas (16 es-tudos, para ser preciso) e, com isso, aumen-tado sua precisão, é preciso lembrar que setratam sempre de valores médios. Para com-plicar, uma quantidade expressiva dos valo-res em METs não foram estabelecidos dire-tamente, mas estimados com base em suasimilaridade com atividades cujo custo eraconhecido. Não foi possível considerar, por-
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tanto, que nem todos os indivíduos execu-tam as mesmas atividades da mesma forma,uns fazendo-o mais vigorosamente que ou-tros. As diferenças individuais, em algunscasos, podem ser grandes, ocorrendo desvi-os importantes dos valores médios sugeri-dos. Isso não invalida a aplicabilidade dosvalores-padrão dos códigos de intensidade,mas é um aspecto que deve ser sopesadopelos profissionais que usam o Compêndio.
O cálculo do dispêndio calórico, para va-lores específicos de gasto calórico (leia-seMET) e peso corporal, também pode ser fon-te de erros. A estimativa total de energia atra-vés desta estratégia tende a refletir mais opeso corporal do que as taxas metabólicasem si. Portanto, lembram Ainsworth et al.14,a utilização do dispêndio calórico obtidono contexto de análises do tipo correlacionaldeve ser vista com cuidado: os coeficientespodem estar mais associados ao peso do queà energia efetivamente gasta. Exprimir ogasto calórico levando em conta o peso cor-poral (kcal x kg-1) seria uma boa sugestãopara eliminar ou reduzir substancialmenteesse viés. Finalmente, deve-se lembrar que aclassificação da forma pela qual o indiví-duo realiza as atividades pode influenciarnos resultados. Em outras palavras, o que élento para uns, pode ser visto como rápidopor outros. Para minorar este problema, umaestratégia interessante seria padronizar ins-truções no sentido de tornar mais fácil a clas-sificação das atividades, tanto em questio-nários e entrevistas, quanto em rotinas deobservação (por exemplo, 5 km/h represen-taria marcha moderada etc.). Isso foi feitopara muitas atividades do Compêndio, maspara uma boa parte ainda depende-se do bomsenso do avaliador.
5) AgradecimentosPaulo Farinatti é bolsista do CNPq, moda-
lidade Produtividade em Pesquisa, proces-
so 300724/00-0. Agradecemos aosProfessores(as) Anelise Mocelin, RicardoOliveira e Vivian Liane Pinto, pela colabo-ração durante o processo de versão e pelarevisão do manuscrito, e à Dra. BarbaraAinsworth, pelo apoio.
Notasa Para questionários de atividades físicas, remetemos oleitor a Montoye et al.12 e ao suplemento especial daMed Sci Sports Exerc, sob organização de Kriska eCaspersen13.
b É importante dizer que, no meio tempo entre aconfecção da presente versão e elaboração do manuscri-to, uma outra versão em português do Compêndio deAtividades Físicas foi publicada por professores daUniversidade Federal de Viçosa. A versão de Amorime Gomes16 integra livro-texto muito didático e aplicado,sobre o gasto calórico em atividades físicas de formageral. Algumas diferenças, porém, existem entre asduas versões, destacando-se dois aspectos: a) a presenteversão evitou uma tradução literal, buscando traçarparalelos com atividades mais comuns na realidadebrasileira ou, no caso de termos de difícil tradução,apresentar uma descrição da atividade em questão; b)não há menção a processo de validação transcultural naversão de Amorim e Gomes16, ao passo que a presenteversão vem sendo testada neste sentido.
c A validação transcultural envolveu a aplicação doCompêndio em associação com uma listagem deatividades físicas diversas, junto a sujeitos anglófonos elusófonos, com verificação da fidedignidade dos dadosobtidos em relação ao gasto calórico estimado. Osresultados desse processo de validação serão oportuna-mente publicados.
d Uma vez que o Compêndio de Atividades Físicas foipublicado originalmente em inglês, os apêndicesmencionados no texto serão apresentados apenas emportuguês. As versões em inglês podem ser conferidasem Ainsworth et al.14,15.
e A utilização da Unidade Metabólica (MET) é umadas abordagens mais freqüentemente utilizadas paraexprimir o gasto energético relativo (dividido pelo pesocorporal). Quando se exprime o gasto de energia emMETs, representa-se o número de vezes pelo qual ometabolismo de repouso foi multiplicado durante umaatividade. Assim, para um indivíduo de referência de70 Kg, 1 MET corresponde a um VO2 de 3,5 ml ·kg-1·min-1, ou o equivalente a 1 Kcal/min12.
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Ciclismo Gramado e Jardim Esportes Exercícios de Condicionamento Miscelânea Transporte Dança Tocar Instrumentos Musicais Caminhar Caça e Pesca Atividades Ocupacionais Atividades Aquáticas Atividades Domésticas Correr Atividades de Inverno Reparos Domésticos Cuidados Pessoais Atividades Religiosas Inatividade Atividade Sexual Atividades Voluntárias
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Apêndice 1 - Tipos Principais de Atividades (contextos principais)
Apêndice 2 - Parâmetros para Classificação das Atividades Quanto ao Objetivo Maior (contexto principal)
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.sievínopsidseõçircsedsanrairavmassopedadisnetniuooçrofseoeuqomsem,'lareg'opitedomocsedadivita
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sacitsémoDsedadivitA.4ansodicenrofoãssaledamuadacarapsolpmexE.)02050ogidóc(adasepuo)04050ogidóc(evelomocadacifissalcresevedasacadazepmilA.a
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Apêndice 3 - Parâmetros para Classificação das Atividades Quanto às Características Específicas
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício � Volume 2
186
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sianoicapucOsedadivitA.9resmeved,)socimíuqsiairotarobalsotnemirepxe,.xe.p(sacifícepsesedadivitamesadatsilmecerapaoãneuqsianoissiforpsedadivitaedsopiT.aodaredom:odatnes,)08511ogidóc(evel:odatnes,olpmexeroP.rohlemmavercsedsaocitégreneoidnêpsidojucsedadivitaedortnedsadacifissalcodasepaodaredom:éped,)02611ogidóc(odaredom:éped,)01611ogidóc(odaredomaevel:éped,)00611ogidóc(evel:éped,)09511ogidóc(
.)03611ogidóc(bosodacifissalcreseved)subinô,aicnâlubmaedatsirotom,orietierpme,rodednev,atsixat(ohlabarta)pu-kcip(eveloãhnimacuolevómotuarigiriD.b
.)01061ogidóc(eveloãhnimacuolevómotuarigirid,etropsnarTedlapicnirpacirburaohlugremomocacifícepseedadivitaaesacitáuqAsedadivitAomocsadatsiloãsABUCSmocohlugremuoonirambusohlugremomocseõssiforP.c
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adirroC.01ausamocodrocaedsadacifissalcresmevedsadirrocsA.roodtuouoarietsemeadirrocomocadacifissalcedadivitaamuéoãnrerroC.a
.)05121ogidóc(lareg,adirrocomocedadivitaaes-acifissalc,adicehnocrofoãnedadicolevaeS.)03121a03021ogidóc(edadicolev
siaossePsodadiuC.11.siaregsomretmesodaredisnocoãssnetisosodoT.acirburatsenoçrofseodedadisnetniaoãçaredisnocmeaveloãnoidnêpmocO.a
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oãrdapedadicolevaomoc,emrifeicífrepus,adaredomedadisnetni,onalponerret,h/mk8,4es-asu,adacifitnediéoãnadahnimacadedadicolevaeS.b.sacitsémodsaferatetnarudsadahnimacarapodazilituresevedoãnoirétircessE.)09171ogidóc(
.sacitsémoDsedadivitAedacirburabosodacifidocreseved,sarpmocmeuo,)saçnadum,anixaf(socitsémodsohlabartuosaferatetnarudrahnimaC.c.sianoissiforPsedadivitAomocodacifissalcreseved,ohlabartedsnifmocrahnimaC
ogidóc(lareg,alihcoMresevedogidóco,adahnimacadseõçircsedreuqsiauqedrasepa,)´orielihcom´(megaivedsalihcomatropsnartoudívidnioeS.d.)01071
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06071a03071ogidóc(acifícepseagracamocodrocaedadacifissalcéadalacsea,otircsedéodagerracosepoeS.edadivitaadseõçircsedoidnêpmocO.)06271ogidóc(adamargatsip,adahnimaComocodacifissalcreseved).cte,euqrapmume,eflog(adamargaeráamumerahnimaC.fedadicolevamocodrocaededadivitaaes-acifissalc,adamargaerámeéoãnadahnimacaeS.sadamargaerámeedadicolevanseõçairavaredisnocoãn
)03271a05171ogidóc(adahnimacedassenoçrofseuoedadicolevaatnocmeaveloãnoidnêpmocO.07271omocodacifissalcresevedalocseaarapuoohlabartoaraprahnimaC.g.airogetacartuoamuhnenmealocseauoohlabartoarapadahnimacaracifissalcoãnsodadmajesoçrofseouoedadicolevaeuqomseM.edadivitaonmerarudsedadivitasiatessanepasadasuresmevedeuqsairogetacoãs)08071ogidóc(yrtnuoc-ssorcopitsadahnimaceopmacolepraessaP.h
aidmuedsoiessaparapetnemos,´orielihcomopitsadahnimacarapairogetacatserasuoãN.sarohsêrtominím
sacitáuqAsedadivitA.41merofoãnodanodlacoluoedadicolev,olitseerbosseõçircsedes)01381ogidóc(lareg,sadarivmes,rezalomocadacifissalcresevedoãçatanA.a
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Apêndice 3 - Parâmetros para Classificação das Atividades Quanto às Características Específicas (cont.)
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício � Volume 2
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Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício � Volume 2
208
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