Apresentação do PowerPoint · 2016-03-23 · Encontro: Aula 4 (29/03/16) Direitos Humanos e a...
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TVFormadora de cultura
PPG-Mestrado em Letras e Grupo de Estudos InterArtes/UFGDEstágio de Docência – Mestranda: Evelin Gomes da Silva - Dourados/2016
Disciplina: Cidadania, Diversidade e Direitos Humanos – Orientador: Prof. Dr. Paulo Custódio de Oliveira
Proposta
Encontro: Aula 1 (08/03/16)
Identificação de Cultura / TV
Cultura Simbólica (Simbologizar)
TV X Cultura = Indústria do entretenimento
TV: Moldagem da identidade (cultural e social)
Encontro: Aula 2 (15/03/16)
TV: Técnicas de comunicação/marketing
Discussão e análise: Show de Truman (1998)
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
Proposta
Encontro: Aula 3 (22/03/16)
Destruição da autonomia do PensamentoIndústria Cultural
Encontro: Aula 4 (29/03/16)
Direitos Humanos e a Cultura do Medo
Encontro: Aula 5 (05/04)
Avaliação
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
• O que é Cultura?
• O que pode ser Cultura?
• A “Cultura” é parte do sujeito ou ele adquire? Como?
• Tem “Cultura” na TV?
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
Conceito de Cultura
1° Conceito - etimológico:
Cultura (Lat. cultura-ae cognato do verbocolo-colui-cultum-colére): usado comdiversos significados.
“Colére”: cultivar, morar em, cuidar de,adornar, preparar, proteger, ocupar-sede, realizar, cumprir, praticar, honrar,venerar, respeitar.
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
Conceito de Cultura
Trabalho agrícola: cuidar e cultivar aterra/solo: colonus/i, o lavrador, rendeiro,feitor, agricultor;
Adoração: cultio/onis, cultura, amanho,adoração, veneração; cultor/oris, aquele quecultiva, que habita em, que adora os deuses.
(ANDRADE, HUCK & SOARES, 1999)
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
Conceito de Cultura
Verbo “cólere” + termo “animus”: o homem quecultiva a natureza, cultiva também a sua próprianatureza. Era sinônimo de educação, no sentido deaprimoramento do espírito, do “cultivo da alma”.
2° Conceito: Cícero
(106 a.C., 43 a.C.):sentido figurado do
“trato e aprimoramentodo espírito”.
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
Cultura: Abordagem Antropológica
Leslie White (2009): científico, histórico, social e
terminológico / Definição de “cultura”.
Antropólogos de campo:
- Sítios pré-históricos
- Resgate dos escombros
- Culturas desaparecidas
- Registro científico / Museus
Todos os tempos são culturais: Uma prática social;
coletividade; Há uma materialidade (dança, comida, língua).
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
Ciência: especializada e profissionalizadaReflexões: o que era e do que tratava a ciência.
Cultura: Abordagem Antropológica
Problemas/Questionamentos:- Qual é a natureza da cultura?- Em termos essenciais, o que é?- Basicamente, o que é cultura?
Resultado: proliferação de definições e concepções = Ideias
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
Antropólogos não conseguiram decidir: a cultura
(ideias) existia na mente deles ou na mente dos nativos.
“Se não sabemos de quem são as IDEIAS,
então quem tem a CULTURA?”(WHITE, 2009, p.48)
Cultura: Ideias X Comportamento
Teóricos afirmavam:“[...] cultura consiste em ideias; ideias geramcomportamentos, mas comportamentos não sãocultura: são culturais” (WHITE, 2009, p.48).
Comportamento: apreendido.
Problema: Se cultura é um comportamentoapreendido a porta está aberta para admitir queespécies não humanas têm cultura.
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
Alfred Radcliffe (antropólogo e
etnógrafo* britânico): pássaros tecelões aprendem a fazer
ninhos; aprendizadoé passado de geração
em geração.
*Etnografia: estudo descritivo
de povos, sua língua, raça,
religião, hábitos etc., como
também das manifestações
materiais de suas atividades.
Cultura: Comportamento
Alfred Loius Kroeber e ClydeKluckhohn: simbolismo
decorativo de tribos indígenas, costumes étnicos.
Cultura: “não é propriamente
comportamento, mas sim uma abstração* do comportamento” (WHITE, 2009, p.52).
*Abstração (lat. Abstractio): a ação ou efeito deabstrair; isolar mentalmente um elemento ouuma propriedade de um todo, para considerarindividualmente.
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
Cultura: Simbologização
Leslie White (1962)
Homem + Símbolos = Existência
Formas: pensar, sentir e agir.
Produtos: ideias, crenças, conceitos, atos, rituais,atitudes e objetos. Todos esses “produtos”decorrem do processo de simbologização.
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
Cultura: Símbolos
Criados, inventados, constituídos e
organizados pelopróprio homem;
Diferente do animal, que pode ser condicionado
por símbolos, mas jamais poderá criá-los.
Gruta de Lascaux: Complexo de cavernas ao sudoeste de França - pinturas rupestres.
“Uma coisa é apenas o que é” (WHITE, 2009, p.55).
“Um ato é um ato. Uma coisa é uma coisa. Uma coisa é apenas o que é. Mas o
significado de uma coisa, a importância de uma coisa, para a ciência e para nós, não depende só de suas propriedades
intrínsecas, mas do contexto de análise” (WHITE, 2009, p.55).
Cultura: Simbologização - Leslie White
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
Cultura da
TVApresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
A televisão constrói: A realidade? A cultura?
A imagem? A “opinião pública”?
Novas ideologias? Discursos?
O SEU DISCURSO?Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
Cultura: Televisão
“Num mundo todo permeado de comunicação,um mundo de sinais, [...] a única realidade passaa ser a representação da realidade – um mundosimbólico, imaterial” (GUARESCHI, 1991, p.14).
• A TV detém o PODER: de comunicar, de criar econstruir uma “Realidade”.
• Poder sobre a “existência” das coisas: “difusão”das ideias e “criação” da opinião pública.
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
TV: construção de um caráter/identidades; grupos sociais melhores ou piores;
confiáveis ou não-confiáveis.
Opinião social (pública):baseada nas informaçõesque as pessoas recebem.
A equipe grava cenas de Totalmente Demais durante 11 dias na Austrália.
Na trama, Juliana Paes é Carolina - dona de uma revista de moda. (Fonte: televisao.uol.com.br)
Meios de comunicação:fator indispensável
na criação, transmissão, mudança, legitimação
e reprodução de determinada cultura.
TV e Cultura: Produto
Background cultural (tipos, maneiras): moraria, decoração, alimentação, vestimenta, diversão e interação social.
“Regras” – “Estilos”
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
“[...] tornaram-se cada vez mais consultórios sentimental,sexual, gastronômico, geriátrico, ginecológico, culinário, decuidados com o corpo, [...] bastidores da criação artística,literária e da vida doméstica” (CHAUI, 2006, p.5-6).
TV: Cultura do Espetáculo (programas)
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
TV: Cultura do Espetáculo
“Não se pergunta [...] o quepensam ou o que julgam dosacontecimentos, mas o quesentem, o que acham, se lhesagrada ou desagrada” (CHAUI,2006, p.6).
TV: programas de entrevista, deauditório e debates discutemsobre preferências pessoais.
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
TV: Cultura do Narcisismo
Christopher Lash (1983): “os mass media tornaram irrelevante
as categorias da verdade e da falsidade substituindo-as pelas noções de credibilidade ou plausibilidade e confiabilidade – para que algo seja aceito como real basta que apareça como crível ou plausível, ou como oferecido
por alguém confiável” (CHAUI, 2006, p.8).
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
TV: Cultura do Espetáculo
Critérios de credibilidade e confiança: apelo àintimidade, à personalidade, à vida privada comosuporte e garantia da ordem pública e social.
Destruição da esfera da opinião pública!
Substituição do direito de cada um/todos de opinarem público: comunicação está em poder do ‘formadorde opinião’ e dos oligopólios midiáticos.
Sondagem de opinião: “tem-se a manifestação públicade sentimentos” (CHAUI, 2006, p.10).
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
Entrevistado: testemunha; participante direto ou
indireto da situação; criaa sua versão dos fatos (fonte de informação);
“Formador”: nada tem a ver com o acontecimento; torna-se protagonistas da informação;
descreve, opina e cria a versão “oficial” ou “televisual” do fato.
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
Concentração do poder econômico midiático:“[...] os meios de comunicação [...] sempre foram propriedade privada de indivíduos e grupos, não
podendo deixar de exprimir seus interesses particulares ou privados, ainda que isso tenha impostos problemas
e limitações à liberdade de expressão, que fundamenta a ideia de opinião pública”
(CHAUI, 2006, p.13).
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016
Referências:
ANDRADE, Julieta de; HUCK, Roberto; SOARES, Luiz Fernando de Andrade. Identidadecultural no Brasil. São Paulo: A9 Editora e Empreendimentos Ltda., 1999.
CHAUI, Marilena. Simulacro e poder: uma análise da mídia. São Paulo: FundaçãoPerseu Abramo, 2006, pp.5-57.
GUARESCHI, Pedrinho A. et al. Comunicação e controle social. Rio de Janeiro: Vozes, 1991.
GUARESCHI, Pedrinho A. et al. A realidade da comunicação – visão geral do fenômeno. In.:___. Comunicação e controle social. Rio de Janeiro: Vozes, 1991, pp.13-22.
GUARESCHI, Pedrinho A. et al. Comunicação e teoria crítica. In.: ___. Comunicação econtrole social. Rio de Janeiro: Vozes, 1991, pp.52-68.
HELLER, Agnes. Sobre os papeis sociais. In.: ____. O cotidiano e a história. Trad. CarlosNelson Coutinho e Leandro Konder. São Paulo: Paz e Terra, 2008, pp.115-144.
MICHAELIS. Moderno dicionário da língua portuguesa. São Paulo: CompanhiaMelhoramentos, 1998.
WHITE, Leslie A.; DILLINGHAM, Beth. Homem, variação cultural e o conceito de cultura.In.: ___. O conceito de cultura. Rio de Janeiro: Contraponto, 2009, pp.37-50.
WHITE, Leslie A.; DILLINGHAM, Beth. Outras concepções de cultura. In.: ___. O conceitode cultura. Rio de Janeiro: Contraponto, 2009, pp.51-62.
Apresentação: Mestranda Evelin Gomes da Silva - Grupo de Estudos InterArtes/UFGD – Dourados, 2016