Apresentação: Garcia Belo

28
Seminário ”A Engenharia na Marinha” 18 de Mar 18 de Mar ç ç o de 2010 o de 2010 CALM EMQ J. Garcia Belo CALM EMQ J. Garcia Belo Lisboa Lisboa A evolução dos sistemas de propulsão nos navios da Marinha

Transcript of Apresentação: Garcia Belo

Page 1: Apresentação: Garcia Belo

Seminário”A Engenharia na Marinha”

18 de Mar18 de Marçço de 2010o de 2010CALM EMQ J. Garcia BeloCALM EMQ J. Garcia Belo

Lisboa Lisboa

A evolução dos sistemas de propulsão nos navios da Marinha

Page 2: Apresentação: Garcia Belo

Sumário

• Marcos históricos

• A evolução dos sistemas de propulsão

• Adaptação às tecnologias

• Planeamento por capacidades

• Ciclo de Vida & formulação de Requisitos Operacionais

• Contributos da engenharia para o reequipamento

• Conclusões

Page 3: Apresentação: Garcia Belo

Marcos históricos - sistemas de propulsão

1800 10 3020 40 6050 70 80 190090 2010 30 Anos

Po

rtu

ga

l

1º navio a va

por –Conde de P

almella

1ª travessia oceânica (navio misto) –

Savannah

Criação do cu

rso de E

ngenheiro M

aquinista Nava

l na Esc

ola Nava

l

1º navio com hélice –

USS Princetown

No

mu

nd

o

Regulamento p/ organizaçã

o pessoal d

as máq

uinas dos n

avios e A

M

1º navio va

por constru

ído no Arsenal de M

arinha –

Barão de Lazarim

1ª travessia oceânica (vapor de rodas) –Royal W

illiam

1º navio a va

por na Arm

ada –Jo

rge IV / N

apier

1ª turbina a vapor –

Vapor Malange

Torpedo

Torpedo & E

scola de Torp

edos

Máquina tríplice

expansão –

Torpedeiro nº 1

Submersíve

l Esp

adarte

Navio combatente a vapor (França & Reino Unido)

Turbina a vapor

Máquina de tríplice expansão

Submersível Prop. Diesel (Alem

anha)

Navios de guerra –Turbinas a vapor

Máquina tríplice

expansão (E

N &

AM)Turbinas a

vapor -

CT

Institution of Electrical Engineers (IEE)

1º navio a vapor (rodas de pás) –Clerm

ont

1ª embarcação a vapor (utilização prática)

Contra-to

rpedeiros

HMS Dreadnought

Page 4: Apresentação: Garcia Belo

O início da navegação por vapor

Page 5: Apresentação: Garcia Belo

Escuna Barão de Lazarim (1858-73)

Construção: Arsenal de Marinha

Navio misto, casco de madeira

1 caldeira cilíndrica bx pressão

1 máquina horizontal BP, tirante directo (50 cv)

Velocidade nas provas: 5 nós

Hélice de arriar (!)

• 1º navio misto construído em Portugal

• Máquina construída no Arsenal de Marinha

Page 6: Apresentação: Garcia Belo

Corveta Bartholomeu Dias (1858-1895)

Construção: Inglaterra

Navio misto, casco de madeira, aparelho galera

Deslocamento: 2.377 t

4 caldeiras paralelipipédicas bx pressão, 16 fornalhas

1 máquina de tronco bx pressão de 1100 cv

Velocidade nas provas: 10 nós

• 1º navio combatente a vapor (misto)

Page 7: Apresentação: Garcia Belo

Canhoneira Quanza (1877-1900)

Construção: Arsenal de Marinha

Navio misto, aparelho lugre-barca

Deslocamento: 587 t

2 caldeiras cilíndricas bx pressão, 4 fornalhas

1 máquina horizontal dupla expansão (compound) 500 cv

Velocidade nas provas: 10 nós

• Assentamento da máquina por pessoal da Marinha,em Portugal

Page 8: Apresentação: Garcia Belo

Torpedo autopropulsionado

Torpedeiro nº 1 (1881-1921)Construção: Inglaterra

• 1º navio com máquina de TE

Torpedo Whitehead: 1867

Aquisição de torpedos por Portugal: 1876

“Máquinas complexas”

- motor a ar comprimido

- motores de ciclo Otto

- acumuladores / pilhas de Leclanché

- espoletas eléctricas

- “miniaturização”

• Desenvolvimento de novas áreas tecnológicas

TE: Tríplice Expansão

Page 9: Apresentação: Garcia Belo

Máquina de Tríplice Expansão

Máquina “João do Pinho”

Projecto: Escola Naval (1898)

Eng João do Pinho (EMQ): curso de 1871

Aplicada num escaler a vapor

• 1º máquina de TE construída em Portugal

• Construção: Arsenal de Marinha

Page 10: Apresentação: Garcia Belo

Cruzadores

Construção: Eslaleiros Vickers-Armstrong (Inglaterra)

Deslocamento: 4.253 t

12 caldeiras aquitubulares de 3 colectores (21 kg/cm2)

2 máq. TE de 4 cilindros (2x12.500 cv)

Velocidade nas provas: 22 nós

Combustível: carvão

Sistemas e máquinas auxiliares (51)

Lotação inicial:

16 engenheiros; 48 fogueiros, 30 chegadores

• “Dotados de máquinas modernas, modificaram a

organização anterior do Serviço de Máquinas”

D. Carlos (1900-25)

Page 11: Apresentação: Garcia Belo

Contratorpedeiro Douro (1913-27)

Construção: Arsenal de Marinha

Série de 4 navios

Deslocamento: 660 t

3 caldeiras aquitubulares (17,5 kg/cm2)

3 Turbinas Parsons (de reacção, vapor saturado)

Velocidade nas provas: 28 nós

Combustível: carvão

Sistemas auxiliares

• 1º navio com propulsão por turbinas a vapor

• 3 veios propulsores

Page 12: Apresentação: Garcia Belo

Contratorpedeiro Douro (1913-27)

“O navio era uma máquina”

Compartimentos / equipamentos do Serviço de Máquinas

Page 13: Apresentação: Garcia Belo

Submersível Espadarte (1913-27)

� Contrato aquisição assinado em 1910 (Itália)

� “Invisibilidade”, permitiu emprego do torpedo a curta distância

� Motores diesel a 2 tempos ⇒ combustível líquido

� Referências ao conceito de segurança (devem ser extra-seguros)

� Organizados serviços de apoio: instalados meios próprios para trabalho de manutenção e reparação (…)

� Estabelecida uma “política de Manutenção” e respectivo ciclo:

- Trabalhos de beneficiação: 11ºº escalãoescalão ⇒ Instruções (rigor técnico)

- Trabalhos de beneficiação geral: 3º escalão (doca seca de 9 a 12 meses, etc)

- Exercícios (especialização do pessoal embarcado)

- Funcionamento (condução inteligente)

Page 14: Apresentação: Garcia Belo

Contratorpedeiro Vouga (1933-67)

� Série de 2 (const. Inglaterra) + 5 (const. Portugal - SCRN)

� Modernização a meio do ciclo de vida

� Instalação de sensores (tecnologia saída da Guerra)

� Diversificação dos serviços técnicos

� Grande exigência do Serviço de Máquinas

� Flâmula azul da Marinha – os galgos do Mar

- Potência instalada: 33.000 cv

- 3 caldeiras, combustível: nafta, vapor sobreaquecido

- 2 grupos de turbinas (reacção)

- Velocidade mantida: 37 nós

� Plano Magalhães Corrêa: inst. propulsoras diesel e vapor

SCRN: Estaleiro Sociedade de Construções e Reparações Navais, Lisboa

Page 15: Apresentação: Garcia Belo

Programa Naval Anos 60

� Uma esquadra nova

� FF Classe Pereira da Silva

� Sistemas automáticos na instalação propulsora (vapor)

- Estaleiros nacionais

- Códigos de destrinça

- Números funcionais

- Código de cores de encanamentos

- Sistematização na classificação da documentação técnica

- Identificação de compartimentos (estanqueidade)

- Missões NATO

NRP Almirante Magalhães Corrêa ( 1968-86)

Sobreaquecedor

Page 16: Apresentação: Garcia Belo

Programa Naval Anos 60

� Fragatas Classe João Belo

� Corvetas classes João Coutinho e Baptista de Andrade

� Submarinos Classe Albacora

� Patrulhas classe Cacine

- Estaleiros estrangeiros / nacionais

- Manutenção dos SSK classe Albacora (Grandes Revisões)

- Adaptação tecnológica do estaleiro (AA): certificação de oficinas, novas técnicas de

decapagem e pintura, laboratórios de metrologia e END, garantia de qualidade

- Soldadura especializada e planeamento oficinal

- Novos conceitos de Manutenção: SGM / Manutenção Planeada / Ciclos / GR

- Conceitos e métodos alargados à esquadra

Sistemas de propulsão diesel

SGM: Sistema de Gestão da Manutenção

Page 17: Apresentação: Garcia Belo

Organização

� (1842) – Livro “Descrição das Maquinas a Vapor” e a sua aplicação ànavegação para uso dos alumnos da Marinha

� (1854) – Regulamento para a organização, e serviço do pessoal empregado nas machinas a vapor dos navios da armada , e officina de caldeiras do arsenal de marinha

� (1863) – Escola de Artilharia Naval (criação do ensino técnico)

� (1866) – Ordenança Geral da Armada

� (1868) – Criação do curso de Engenheiro Machinista Naval na EN

� (1878) – Escola e Serviço de Torpedos (em 1901 torpedos e electricidade)

� (1897) – Criado o Serviço de Máquinas (pessoal e material)

Page 18: Apresentação: Garcia Belo

Organização

� (1913) – Comissão Técnica de Máquinas e Caldeiras (organismo consultivo: homogeneidade aos vários serviços da especialidade)

� (1924) – Direcções Técnicas & Brigada de Mecânicos (formação básica e complementar dos Serv. Electricidade, radiotelegrafia, máquinas, torpedos e minas)

� (1939) – Regulamento técnico para o serviço de recepção, condução e conservação das máquinas de combustão interna

� (1968) – Criação da Superintendência do Material ⇒ autoridade funcional sobre os assuntos de natureza técnico-logística

� (1976) – 1ª abordagem do navio como um sistema: conceito de ODT, todas as áreas técnicas englobadas na mesma direcção, a DGMN

� (1986) – Criação do curso de Engenheiros Navais (EN-MEC e AEL)

� (1994) – Direcção de Navios (ODT do sistema navio)

A introdução de novos meios e novas

tecnologias tem levado a questionar a estrutura

da área do material.

A genética tem ditado a organização estrutural

ODT: Organismo de Direcção Técnica

Page 19: Apresentação: Garcia Belo

O Ciclo de reequipamento

1900 10 3020 40 6050 70 80 200090 2010 30

Anos

Ca

pa

cid

ad

e

Page 20: Apresentação: Garcia Belo

Planeamento por Capacidades

CapacidadeOceânica de Superfície

Ameaças

AmbienteEstratégico

Segurançaem

Cooperação

DOTMLPFI

Elementos funcionais

Organização

Treino

Material Liderança

Pessoal

Interoperabilidade

Plataforma

Doutrina

Infra-estruturas(Facilidades)

Page 21: Apresentação: Garcia Belo

Fases do Ciclo de Vida

Programação Faseada Obtenção Armamento (PAPS)

Fases do Ciclo de Vida

Concepção Avaliação Produção Exploração

Formulação RO Interpretação RO Cumprimento RO Actualização RO

1Avaliação dasNecessidades

de Missão

2Especificação

deConceito

3Estudos

deViabilidade

4Anteprojecto

5Desenvolvimento

doProjecto

6Produção

7Exploração

Fases do PAPS

Abate

Detecção da vulnerabilidade

Fases do Ciclo de Vida

Concepção Avaliação Produção Exploração

Formulação RO Interpretação RO Cumprimento RO Actualização RO

1Avaliação dasNecessidades

de Missão

2Especificação

deConceito

3Estudos

deViabilidade

4Anteprojecto

5Desenvolvimento

doProjecto

6Produção

7Exploração

Fases do PAPS

Abate

Detecção da vulnerabilidade

Fonte: ARMP-4

Page 22: Apresentação: Garcia Belo

Oportunidade dos RO

Ciclo de Vida

Decisões relativas à configuração dos sistemas

Os custos de aquisição e de sustentação sãodecididos nas fases de concepção & avaliação

e altamente influenciados pelos RO

Custos de desenvolvimentoCustos de aquisiçãoCustos de operação e manutenção(sustentação)

(Adaptado de US DoD, 2006)

65 %

33 %

Page 23: Apresentação: Garcia Belo

O navio como um sistema

� Fragatas Classe Vasco da Gama (1991) &

Classe Bartolomeu Dias (2009) RNLN 1993

- Elevados níveis de integração de sistemas

- Sistemas de C4I & redes infra-estruturadas

- Controlo da configuração

- Qualidade na manutenção ⇒ disponibilidade e padrões de desempenho

- Assinaturas (IR, acústica, radar, …)

- Helicóptero orgânico

- Estrutura departamental

� Instalação propulsora CODOG

- Motores diesel (DE) ou turbinas a gás (TG)

- Comando e monitorização à distância

Motor DE

Motor DE

TG

TG

RNLN: Royal Netherland Navy I C4I: Comando, Controlo, Comunicações, Computadores & Informações I IR: Infra-vermelho

Page 24: Apresentação: Garcia Belo

Revisão Intermédia & docagem -

Caracterização

� Ciclo de Manutenção vs Período Operacional

� Tempo planeado: 8 meses

� Áreas de intervenção: plataforma (sistemas de propulsão, de produção de

energia, casco, etc), sistema de combate (sensores e armas) & sistemas de C2

� Nº de intervenções: 1.000 (30 % adicionais)

� Hh estaleiro (planeadas): 240.000

� Sobressalentes: 3.300 pedidos de artigos

� Hh preparação das listas, inspecções & provas: 5.000 (engenharia ⇒avaliação da condição, redução de obsolescência, upgrades, …)

� Hh acompanhamento: 800 (coordenação e gestão do projecto)

Page 25: Apresentação: Garcia Belo

MLU FFGH VG e BD (convergência)

Adoptar mesmas soluções que VG & RNLN

MMVG

Adoptar sistemas NL no MLU VG

Influenciar MLU RNLN para adoptar sistemas nacionais

� SINGRAR

� Sistema de Comunicações (SICC)

� Sistemas de Navegação, etc

M

Ciclo de manutenção comum

Cooperação internacional� Sistema de Combate Guardion

� Sistema C2 da Plataforma

� Sistemas auxiliares

Page 26: Apresentação: Garcia Belo

Contributo engenharia no reequipamento

1900 10 3020 40 6050 70 80 200090 2010 30

Anos

Ca

pa

cid

ad

e

Capacidade Oceânica de Superfície

Capacidade de Fiscalização

Page 27: Apresentação: Garcia Belo

Conclusões

� Sistemas de propulsão são “porta de entrada” de tecnologias no país

� Ensino (formação) especializado desde o séc. XIX

� Ciclo de reequipamento tem provocado saltos tecnológicos grandes ⇒⇒⇒⇒ resposta adequada da área técnica

� Imperioso efectuar modernizações a meio do ciclo de vida

� Planeamento por capacidades ⇒⇒⇒⇒ maximizar os benefícios & presença da direcção técnica nas diversas fases do ciclo de vida

� Tornar o investimento na construção de novos meios num

motor do desenvolvimento da indústria

� A engenharia está presente e pronta para os desafios

Page 28: Apresentação: Garcia Belo

Seminário”A Engenharia na Marinha”

Fim

18 de Mar18 de Marçço de 2010o de 2010CALM EMQ J. Garcia BeloCALM EMQ J. Garcia Belo

Lisboa Lisboa