argumentação
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ARGUMENTAÇÃO
Trabalho realizado por:
Sara Almeida nº26 11ºE
INTRODUÇÃO
Ao longo deste trabalho vou falar a cerca do discurso argumentativo (informal):
Campo de aplicação;
Ponto de partida;
Tipo de linguagem;
Relação ao contexto;
Relação ao auditório;
Elementos a considerar na argumentação;
Objetivo da argumentação;
Em que consiste;
A sua importância;
Três formas de argumentação segundo Aristóteles;
Tipos de argumentação.
CAMPO DE APLICAÇÃO A argumentação é a lógica informal, mais flexível do que a lógica formal
(demonstração), na qual a aceitação das premissas leva a conclusões apenas
plausíveis, ou seja, aceitáveis ou prováveis (quem aceita as premissas não tem
que, necessariamente, aceitar a conclusão).
A argumentação aplica-se às situações do nosso dia-a-dia e é imprescindível
no domínio:
Ciências Sociais e Humanas
Política
Economia
Sociologia
Direito
PONTO DE PARTIDA
Esta parte de situações discutíveis.
Exemplo: Deus existe; o aborto devia ser ilegal; entre outros.
TIPO DE LINGUAGEM
A linguagem argumentativa é um veículo de circulação de opiniões,
perspetivas, pontos de vista, teses. É uma linguagem:
RELAÇÃO AO CONTEXTO
A argumentação é contextualizada pois os efeitos desta dependem de quem
diz, como diz, a quem diz e para que diz.
A mensagem depende de um emissor que possui ideias e características e
que quer convencer pessoas que têm ideias, valores, crenças e características
que podem ser diferentes das do emissor.
Exemplo: Martin Luther King, com o seu discurso sobre a igualdade racial.
RELAÇÃO AO AUDITÓRIO
A argumentação é pessoal, dado que depende da aceitação das
conclusões por parte do público/auditório.
O auditório é o conjunto daqueles que o emissor/orador quer
influenciar com a sua argumentação, tese, discurso.
Este (auditório) pode ser: Individual
(cidadão
e polícia)
Particular
(turma de alunos)
Universal
(toda a humanidade)
Individual:
É constituído por apenas uma pessoa com quem se estabelece um diálogo/troca de
ideias.
Particular:
Neste caso a influência que o orador/emissor exerce sobre o público chama-se de
persuasão.
Universal:
Este é o caso dos argumentos filosóficos ou científicos, direitos das crianças, etc. A
influência que o orador tenciona exercer sobre o público tem o nome de
convencimento.
ELEMENTOS A CONSIDERAR NA
ARGUMENTAÇÃO
Orador: este defende uma opinião/teste/ideia
que partilha com um auditório. As suas ideias são
apenas aceitáveis ou plausíveis (domínio do
verosímil) e devem ser acompanhadas ou
suportadas com argumentos. O principal objetivo
do orador é fazer com que o auditório não só o
oiça como também adira à opinião que defende.
Auditório: este é constituído pela(s) pessoa(s)
que o emissor pretende convencer a aderir à
opinião que defende. Esse auditório pode ser,
como vimos anteriormente, individual, particular
ou universal.
Argumento: defendido pelo orador, este é o conjunto de instrumentos que suportam
uma determinada tese ou ideia que pretende alcançar a adesão por parte do auditório.
Contexto de recepção: é o conjunto de valores ou juízos que um auditório partilha e
que são relevantes no que toca ao grau da adesão deste.
OBJETIVO DA
ARGUMENTAÇÃO
O objetivo da argumentação é conseguir que o auditório adira à tese do orador.
Este, para além disso, pretende que esse mesmo auditório ,a quem se dirige, aja
em função da tese a que aderiu. Se este objetivo for alcançado, trata-se de uma
boa argumentação (um dos aspetos essenciais do processo argumentativo é a
relação entre o orador e o auditório).
EM QUE CONSISTE?
Visto que a lógica formal (demonstração) não é suficiente para estudar o fenómeno
argumentativo, na segunda metade do séc. XX surgiu um novo desenvolvimento da lógica:
lógica informal. Esta veio alargar os horizontes da investigação do discurso aos
aspetos da argumentação que não dependem apenas da sua estrutura formal. Inclui, entre
outros, os seguintes interesses:
Avaliação dos argumentos a partir da relação entre orador e auditório;
Explicação de técnicas de persuasão e de manipulação;
Análise de falácias informais.
Ou seja, argumentar é arranjar argumentos e razões a favor ou contra uma
determinada ideia/conclusão, com a finalidade de provocar a adesão do auditório a
essa tese.
A SUA IMPORTÂNCIA
Não saber argumentar, impede-nos de lutar pelas
nossas convicções e direitos. Torna-nos vulneráveis
face a quem o sabe fazer. No fundo, a argumentação
não é nada mais que uma “arma”, uma forma de
poder, de defesa pessoal. O facto de saber ou não
argumentar aumenta as desigualdades sociais,
económicas e culturais dado que, quem tem o
“poder” da argumentação encontra-se em melhores
condições de lutar pelas suas teses, direitos ou ideias
e ainda de se defender . Para concluir, saber
argumentar é uma necessidade no processo de
desenvolvimento do individuo enquanto membro
ativo na sociedade em que se insere.
“Saber argumentar
não é um luxo mas
uma necessidade”
FORMAS DE ARGUMENTAÇÃO
SEGUNDO ARISTÓTELES
Ethos: refere-se ao carácter do orador, se este for considerado uma pessoa integra,
honesta e responsável, tem uma maior possibilidade de conquistar a confiança do auditório.
No entanto, Aristóteles não se refere do carácter real do orador mas sim de uma técnica que
de cultivar para dar a impressão de deter estas mesmas características.
Pathos: palavra grega que significa paixão, sofrimento, ser afetado. Na retórica esta
(pathos) refere-se às emoções que são despertadas no auditório, que são importantes na
recepção da mensagem por parte do mesmo. O emissor deve desenvolver a técnica de
despertar sentimentos para conseguir que o seu objetivo, ou seja, a adesão do auditório às
suas ideias.
Logos: termo grego que significa palavra, pensamento, discurso. Neste contexto, logos
refere-se ao que é dito, ao discurso argumentativo e aos argumentos utilizados pelo orador
para defender as suas opiniões.
TIPOS DE ARGUMENTAÇÃO Por analogia
Neste tipo de argumento (não dedutivo) raciocina-se do seguinte modo: se o que
estamos a comparar é semelhante em alguns aspetos, também o será noutros.
Exemplo: “Marte é um planeta como a Terra. A Terra é habitada, logo Marte é
habitado.”
Ao avaliarmos um argumento por analogia devemos ter em conta três perguntas.
As semelhanças apontadas são relevantes para a conclusão?
A comparação tem por base um número razoável de semelhanças?
Apesar das semelhanças não haverá diferenças fundamentais entre o que está a ser comparado?
De autoridade
Este é um argumento (não dedutivo) no qual a conclusão se apoia no testemunho de alguém que é
considerado uma autoridade/especialista no assunto.
Exemplo: aquele pescador disse que hoje não era um dia bom para pescar, logo hoje não vou pescar.
Um bom argumento de autoridade deve obedecer aos seguintes
critérios:
1. O especialista invocado deve ser reconhecido como um
especialista na matéria ou no tema em questão;
2. Não pode existir controvérsia ou divergência significativa
entre os especialistas do tema em questão;
3. O especialista invocado não pode ter interesses pessoais
no tema em causa.
4. O argumento apresentado pelo especialista no tema em
questão, não pode ser mais fraco do que outro argumento contrário.
Uma vez que os especialista raramente estão de acordo uns com os outros, os argumentos de
autoridade em filosofia são, à partida, maus argumentos (apelo falacioso à autoridade).
Dedutivo
Neste tipo de argumento é impossível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão
falsa.
Não dedutivos
Neste tipo de argumento é muito provável, mas não impossível, que as premissas sejam
logicamente verdadeiras e a conclusão falsa.
Induções
São argumentos (não dedutivos) nos quais, considerando alguns casos, se infere uma
conclusão que se pretende que seja verdadeira para casos do mesmo tipo. As induções são
de dois tipos:
• Exemplo: Todos os corvos observados até hoje são pretos logo, todos os corvos são pretos.
• Analisou-se um conjunto de casos particulares e concluiu-se para todos os casos em geral.
Generalização
• Exemplo: No passado, o Sol nasceu todos os dias logo, o sol vai nascer amanhã.
• Partiu-se de casos ocorridos no passado e concluiu-se que o mesmo ocorrerá no futuro.
Previsão
Existem duas regras fundamentais a que a previsão e a generalização têm que
obedecer:
O número de casos em que se baseiam tem de ser representativo;
Não pode haver contra-exemplos.
Exemplo: Quando generalizamos partindo de um número não representativo de
casos estamos a cometer a falácia da generalização precipitada.
Dedução
FIM