ARGUMENTAÇÃO COM DISPOSIÇÃO
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ARGUMENTAÇÃO COM
DISPOSIÇÃO
Hélia Coelho Mello Cunha
SITUAÇÃO ATUAL
No ensino de produção de textos
dissertativos argumentativos, no
Ensino Médio, no Brasil, atualmente,
percebe-se que não é dada a devida
importância ao estudo de sua
estrutura.
PROBLEMAS:
Como fazer uma introdução criativa
que desperte o leitor para o tema, que
sirva para criar comunhão com ele?
Como apresentar uma boa
sustentação à tese, convencendo e
persuadindo o auditório?
Como concluir o pensamento e
assegurar o acordo?
OBJETIVO
Nosso objetivo é propor que seja
adotado, nas aulas, um modelo de
estrutura baseado no apresentado na
segunda parte da Retórica de
Aristóteles: a disposição, que versa
sobre o plano do discurso e sua
construção.
ESTRUTURA -
ESCOLAS/LIVROS DIDÁTICOS
•INTRODUÇÃO: é a apresentação doassunto a ser desenvolvido; da tese, da ideiainicial, sem muitas explicações.
•DESENVOLVIMENTO: é a justificativa daideia inicial, com a apresentação de maisdetalhes, exemplos, citações, etc.
•CONCLUSÃO: retomada da ideia inicial,com a apresentação de um resumo do quefoi exposto ou argumentado nodesenvolvimento.
ESTRUTURA - ARISTÓTELES
INTRODUÇÃO
•Exórdio - serve para tornar o auditório
receptivo à atuação do orador e
fornecer uma introdução geral ao
discurso, tornando claro seu propósito.
Os exórdios dão uma indicação do
assunto. (Introdução criativa -pretexto)
•Enunciação da tese
ESTRUTURA - ARISTÓTELES
DESENVOLVIMENTO
•Prova - meios ou recursos persuasivos
de que se vale o orador para convencer
o auditório. (Argumentação)
ESTRUTURA - ARISTÓTELES
CONCLUSÃO
•Epílogo - tem por objetivo deixar no
auditório uma boa impressão do orador
e recapitular brevemente os pontos
principais do discurso. (síntese da
argumentação/ explicitação da tese e
retomada do pretexto e/ou do título).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ser criativo na introdução e na conclusão ,além de boa argumentação nodesenvolvimento, é importante para que oautor de um texto dissertativoargumentativo cumpra os seus objetivosprincipais : persuasão e convencimento(pathos/logos) de um auditório.
Percebemos, através da utilização destaprática nas aulas de Produção Textual, umamelhora significativa nos textosargumentativos produzidos pelos alunos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARISTÓTELES Retórica. INCM - Imprensa
Nacional Casa da Moeda | Março de 2005
PERELMAN, Chaïm. & OLBRECHTS-TYTECA,
Lucie. Tratado da Argumentação - A Nova Retórica.
São Paulo: Martins Fontes, 2ª ed, 2005.
REBOUL, Olivier. Introdução à Retórica. São
Paulo: Martins Fontes, 2004.
Hélia Coelho Mello Cunha
Professora de Retórica nos Discursos da Atualidade (Curso
de pós-graduação em Literatura, Memória Cultural e
Sociedade), Leitura e Produção Textual (Licenciatura em
Letras) do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Fluminense, Campus Campos dos Goytacazes-
Centro.
Mestre em Cognição e Linguagem-Universidade Estadual do
Norte-Fluminense Darcy Ribeiro (UENF).
Membro da Sociedade Brasileira de Retórica e International
Society for the History of Rhetoric.
[email protected] / [email protected]
Facebook; LINGUA AFI(N)ADA