Argumento #143 Teaser
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Transcript of Argumento #143 Teaser
Ano XXIX | n. 143 | j u n h o 2013 | € 2
NA RETINA
Luis buñueL no méxico
CINE-COSMOS
DE EDGAR PÊRA
ensaio
Pode o cinema esboçar um gesto Político a Partir da estética?
VIDEODROME - 30 anos -
o tempo deu razão a cronenberg?
OBSERVATÓRIO
AlexAndrA bellissimo
p u b
c o l a b o r a m n e s t e n ú m e r o
Manuel S. FonSeca
Manuel S. Fonseca é editor. Foi programador
da Cinemateca e trabalhou na produção
de cinema e audiovisual. Do que mais gosta é de
escrever.
Luís Nogueira
Professor e Director da Licenciatura em Cinema da Universidade da Beira
Interior.
alexandra bellissimo
Fotógrafa conceptual de Los Angeles, mais
interessada em colagem de universos do que no
mero registo do existente.
edgar pêra
Terminou, em 2011, a sua última longa-metragem,
“O Barão”. Além de cineasta, desenvolve,
neste momento, a tese de doutoramento O
Espectador Espantado.
Carlos losilla
Escritor, crítico e professor da
Universidade Pompeu Fabra de Barcelona.
Membro do Conselho de Redação de Caimán. Cuadernos de Cine e La
Furia Umana, o seu último livro é “A invenção da
modernidade”.
F I C H A T É C N I C A
EDITOR E PROPRIETÁRIOCINE CLUBE DE VISEUinscrito no ICS sob o nº 211173
PERIODIcIDaDE Quadrimestral
aNO XXIXBoletim inscrito no ICS sob o nº 111174
SEDE E aDMINISTRaÇÃOLargo da Misericórdia, 24, 2ºApartado 21023500 – 158 Viseu
TEL 232 432 [email protected]
cONcEPÇÃO E EXEcUÇÃO GRÁFIcaDPX.com.pt
IMPRESSÃOTipografia Beira Alta, Viseu
TIRaGEM500 ex.
caPaDavid Cronenberg © DR
O C C V É A P O I A D O P O R
s e r v i ç o s w e b
C I N E M A P A R A A S E S C O L A S
p a r c e r i a s a r g u m e n t o
3
Quase a terminar mais uma temporada, o Cine Clube edita um Argumento, como os anteriores, sensível ao momento, como ponto de chegada mas também de partida, buraco e trampolim; desta vez inaugurando o espaço de colaboração com a revista virtual catalã Transit, num texto em que se reflecte acerca de uma das grandes questões de todas as artes – a pertinência, a capacidade, o poder do “gesto político” desenhado, neste caso, pelo cinema. E talvez seja também esta energia um dos motivos que nos levam a gostar de cinema, a atribuir-lhe um lugar maior e a nos deslum-brarmos a cada vez. É de um sentimento de inclusão partilhado pelos que naquele instante ocupam a sala que decorre a resposta afirmativa, um aceno ao cineasta, que na duração de um plano ou na luz que lhe empresta inscreve muito mais do que isso mesmo. Ou não.Passados trinta anos sobre a estreia de Videodrome, parece-nos interessante repensar a sua adequação, a sua força… a sombra do seu gesto? Ter-se-á aquele futuro tornado realmente no nosso presente? Seremos todos filhos de um orifício na barriga ou de um tumor cerebral? Este é, efectivamente, um tempo de distor-ções e prodígios, onde a ficção científica se torna cada vez menos ficcional, ou ficcionável. E, nisto, surpreen-dentemente, o cinema não perde a sua vertente janelal, pelo contrário. Qualquer barquinho de madeira com arco-íris à proa nos leva ao infinito… Truffaut dizia que só quando não se gosta da vida, quando ela não é suficiente, é que se vai ao cinema. Ainda que se discorde, é prova-velmente inegável tanta força de evasão – que chega a ser assustadora, porquanto nos envolve e desresponsa-biliza, quando baralha e (con)funde realidade e fantasia. Mas são, ao descermos, as mesmas ilusões sedutoras que nos convidam a ultrapassá-las.A preparação do combate, que Carlos Losilla menciona, é despertada ali, mas continua no hiato entre o espec-tador e a tela, aqui também.
edit! índice
P.5 na retinaEspaço para partilha de olhares e gostos sobre um filme ou realizador escolhido por um convidado. “Porque o cinema é sobretudo isto: emoção que se quer partilhável”.
P.4 bilhete postalComo vão os cine clubes? Uma cartografia do movimento cineclubista: o que fazem, para quem e com que objectivos trabalham os cine clubes pelo mundo fora.
P.6 cine-cosmosA crónica de Edgar Pêra.
P.8 ensaioNovos desaparecimentos: pode o cinema contemporâneo desenhar um gesto político a partir da estética?
P.17 what’s up ccv?Actividade do Cine Clube de Viseu.
P.12 VIDEODROMEO tempo parece dar razão a David Cronenberg, que realizou este filme há 30 anos. Será o futuro de VIDEODROME o nosso presente?
P.19 observatórioA palavra aos autores. Edição de trabalhos originais, e um olhar sobre o estado das artes e do cinema na primeira pessoa.
—ArgumentoPublicação editada pelo CCV desde 1984, pensada, originalmente, para a divulgação de actividades e debate do fenómeno fílmico. o boletim tornou-se um veículo indispensável de reflexão da sétima arte e divulgação do CCV, a justificar um cuidado permanente das suas sucessivas direcções. Fundado em 1955, o CCV é um dos mais antigos cineclubes do país, sendo o Argumento um projecto central na sua actividade.