Arh-t.~~f~S,!lja 8ij !!J8~~ a denúnêiãae BiízÓÍa OB~A~tZIA...
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Arh-t.~~f~S,!lja_ 8ij_!!J8~~ a denúnêiãae BiízÓÍa
OB~A~tZIA O UJ ol~~lo t,~ Arbage (PDS·PA) disse ontem, na tribuna, que a denúncia feita pelo Governador Leonel Brizola sobre a existência de um complô internaciQ· nal para Uquidar a abertura demo· crítica deve ser apurada, a fim de que a Naçlo fique escoimada da na· tural apreenslo que hoje predomina o espírito público em todo o Pais.
Arbage defendeu a criaçlo de uma Comisslo Parlamentar de Inquérito para apurar o que existe, no exterior
e no Brasil. Para ele, Brizola nlo es· tá "blefando" ao denunciar que a ar. madllha para derrubar o processo de abertura tenha ligações nas difi· culdades impostas pelo sistema fi. nanceiro internacional.
- Serlt absurdo admitir hipótese nlo condizente com a verdade do que alega o Governador do Estado do Rio de Janeiro ou que a denúncia trazida a pllbllco fosse apenas o ro· teiro de uma caminhada na busca da notoriedade - concluiu o Deputado.
,AJba~~ í9~~ ~jjreza. S<?.!l!Í"âtqE9RR.~!Ç.~§.:: <PAJ. vlce-Uder do Governo. de lnevltAvels tensões sociais adverUu ontem contra o "radl- num Pais envolto em resistente caUsmo polltlco das Oposições. crise econômica. agravada por diante do qual só nos resta pedir movimentos estimulantes à a Deus que a mAo forte do Go- perturbaçAo da ordem públlca. verno desça com rigidez e Infle- com as greves sindicais. a dos xibllldade para ordenar aqueles professores e os movimentos esque querem desordenar a socle- tudantls". dade deste Pais". " A Nação estA. sob ameaça de
Ao condenar o "radicallsmo convulsões que p()dem. a qualdas Oposições". Jorge Arbage quer momento. afetar a estrutulembreu 1968 e 1977. quando o r a de sua própria segurança inExecutivo fechou o Congresso terna"- frisou. Nacional. Frisou que não defen- CONSEQ~NCIAS de soluções como esta. mas con- o deputado Gibson que os ~~osldera fundamental advertir as • poslclonlstas estão pretendendo Oposições de que a aprovação . ~ revanche" . a ponto. do presido Decreto-lei 2.045 é tunda- dente do PMDB, deputado Ulysmental para a recuperação da ses Gumaraes <SPJ, ter afirmaeconomia nacional. do que "é fiel à memória~>. A r~
jelçAo do Decreto-lei 2.045 faz MINORIA parte do esquema de revanchls-
Relator do Decreto-lei na Co- mo. mlssAo Mista. o deputado NU- O vlce-Uder Jorge Arbage enson Gllbson ( PDS-PE) disse tende que nAo hA nenhuma dúvique estA preocupado com o da "quanto aos a~ctos conclcomportamento das mlnortas. llatórtos do 2.045 e de suas Imque nAo aceitam as afirmações pllcações com a segurança nado Governo classificando o 2.045 clonal". O grande objetivo do como de Interesse da segurança Governo e do Conselho de Segunaclonal. rança ao assiná-lo foi o "de ver
Lembrou que. 1977. quando consolldada a paz social". E arlnlo era parlamentar viu pela sou: televlsAo o fechamento do Con- "Os que o criticam e combagresso porque houve lntransl- tem. vencidos pelo sectarismo gêncla de "uma minoria", que ortodoxo. revelam pobreza de domina o PMDB. A declslo aas bom-senso ou Ignoram a hereOposlções de determinar "obri- sla que cometem. Podem ainda, gatorledade" de compareci- no mlnlmo das hipóteses. commenta ao Congresso para relel- prometer Involuntariamente o tar "o 2.045" o repugnava. "ar- processo de abertura pollttca. A replava os cabelos". NAo dese~ rejeição da matéria. pelo Conjava que este fato - o recesso gresso. mais do que um simples do Congresso - se verificasse. desafio. vai impllcar. tacltamas era preciso advertir as mente. no confronto mais indeOposlções. sejável que o representação
Satlsfelto com a lembrança polltlca terA promovido com o de 77. Jorge Arbage acresceo- Gov~rno na última década". tou 1968, quando também foi de- Pata o vlce-lider do Governo. cretado o recesso do Congresso. Jorge Arbage, todos os pariaA seu ver. "seria Ingênuo, para mentares devem compreender nao dizer utópico. alguém, de sA-Que "a sorte estA lançada".
FRANCISCO MASCARENHAS
Da Edltorla de Polltlca
A formação de um grupo de trabalho interpartidário, "sob o prisma edlflcante da unlaõ nacional", é o que propõe o vlce-llder do governo'na Câmara. deputado Jorge Arbage I PDSPAI , como fórmula de se encontrar soluções para os graves problemas que o Pais atravessa. Ao grupo. segundo o autor da idéia, seria cOilflado a m tssãQ de estudar em profundidade " a problemática deste Pais. a fim · de que ao Governo Incumba a tarefa de propor ao Congresso N acionai todas as medidas julgadas aconselháveis para repor o mecanismo econômico em posição de equilíbrio dentro do organismo da Nação".
tos o desejem a oportunidade de corrigi-los. sem lls ·riscos dos atropelos comum aos países sufocados por .crises como a que enfrentamos.
Arbage entende que o projeto de união nacional por ele proposto é tão Importante "como o é para nós brasileiros. o processo de abertura. Do primeiro, dependerá certamente a consolidação definitiva do segundo". Isto porque. segundo observa, a paciência do povo brasileiro poderá se esgotar. caso não seja buscado um entendimento pacifico e racional entre o Governo e as Oposições, "fàzendo desde logo o levantamento das responsabilidades para dividi-las, equanimemente, com quantos participem da vida nacional" .
- Convém - diz ele -que este) amos atentos para essa \nev\\ável realidade. Nlo vamos esperar surpresas desagradáveis que advenham do esgotamento da paciência daqueles que sofrem resignados suas desditas, convencidos de que somos réus de omissão ou Incompetentes para elaborar um projeto polltlco que aflore como obra prima de tantas Inteligências lúcidas que desejam contribuir para o bem-estar. social da ramilla brasileira.
o vlce-llder pedesststas reconhece que as recentes medidas adotadas pelo Governo. no campo econômico e tributário, demonstram. nos seus objetivos. que se pretende Instaurar uma polltlca austera, com promissores resultados nos variados setoes da economia nacional. Esta Iniciativa, no entanto, não desestlmula, na sua opinião, a necessidade de se promover uma "blltz" mais ampla e .arrojada no campo das medidas governamentais, evitando-se a repetição dos ch~mados "pacotes eventuais", que " a rigor têm se mostrado carentés de substância para resistirem ao Impacto do tempo e do espaço".
- Por enquanto - comentou - ainda nos é permitido avaliar as Imperfeições detectadas no modelo econõmlco, dando a quan-
Ele, em suas considerações. acha que não se perde mais tempo ~·e oportunld.ade na frágil discussão do sexo dos anJos'' . ··Sabemos - Insistiu - que o pais flutua ao sabor de grave crise econômica, como de bom senso reconhecemos que de nada. de nada me.smo. adiantaria questionar o estilo do modelo que ai está. mas C()rrlgl-lo, Isto sim. mediante Introdução de no'' as medidas. rígidas e corajosas. por via das quais os vícios e os erros sejam extirpados e o organismo da economia se restaure limpo das Impurezas que o debilitaram no curso do tempo".
O vlce-llder do Governo observa ainda que é justamente nos momentos de dificuldades como os que vivemos. "que se fazem mister unificar o esforço de quantos tenham parcela de responsabilidade no exercielo das atividades pública e privada. para que juntos somemos as criatividades de que somos pródigos. oferecendo-as como contribuição ao Páis e seu generoso povo".
Adverte que o atual estágio politlco-sócloeconômlco não apenas aconselha. "mas sobretudo impõe a formação de uma estrutura monolítica. Integrada por todos os partidos pollllcos e suas respectivas representações nas duas Casa do Congresso Nacional". Entende como válida para a conjuntura a proposta de trégua politlca do presidente Figueiredo, "porque - frisou - só desarmado os esplrltos, ainda que em caráter temporário, teremos condições de armar um diálogo franco e {)bjetlvo para discutirmos os problemas nacionais e colocá-los sob a mira das sugestões adequadas e ponderáveis" .
Arbage acredita ser possível ao governo do presidente Figueiredo colocar sentados "á mesma mesa. todos os ministros da área econômica, ao lado de representantes politlcos do PDS e das Oposições, de técnicos partidários, empresários e dirigentes classistas. oportunidade em que a Unaglnação criativa de cada um possa oferecer subsldlos para a elaboração de um programa que corresponda de perto aos Interesses maiores da sociedade brasileira".
Ao lançar a Idéia de um Governo fortalecidO pela união nacional, que ele espera fecunde a curto prazo. "no árido terreno da consciência soberana da Nação" .
Arbage sugere que se agilize a formação de grupo de trabalho Interpartidário.
1~!!~~~1It .. na Câmara, deputado Jor- aceitar a reelelçAo. ge Arbage, ao reafirmar Mesmo assim. Arbage Inseu apolo à proposta de ree- slste no seu apolo à tese da lelção do presidente FI- reeletçAo, como fórmula de guetredo, discordou daque- concretizar "a nossa trajeles que condenam a adoçAo tórla democrática, propondo Instituto da reelelçAo. do que deixemos de lado sob o pretexto de não estar certos preconceitos tradl· em consonAncla com a tra· clonals, que em nada condlçAo "que cultuamos des· trlbuem para o aprimorade a carta pollttca de 1824". m e n t o j u r I d I c o -
- Não parece- diz ele constitucional do Brasil". - multo factível a tustUI- Ele observa que a.emen-cação. Em se tratando de da José Camargo, que vem uma regra jurldlca perU~ sendo patrocinada pelo ml· nente ao avanço democrA- nlstro César Cals, estA In· tlco nos palses mais desen· completa porque revoga a volvidos do mundo contem· lrreeleglbllldade, mantenporAnp vAlido será adml- do a lnelegtbllldade, acentlr o lns'tttuto da reeleição tuando que "qualquer procomo· uma alternativa de posta de Introdução do lnsalta correspondência ao titulo da reeleição, terá neanselo popular, que tem 0 cessarlamente que ser direito de repugnar a açlo complementada com a ex· dos maus administradores. ttrpaçao das allneas "a" e
Arbage, por Isto mesmo. "b'', I único do art.l52, que considera utópico colocar o cul~,a das tneleglblllda· preconceito da tradlçAo des · acima de fundamentos bá- Sustenta também a nestcos, "cujos pressupostos cessldade de se resguardar Indiquem a necessidade de a llsurà das eleições, tanto aprimoramento dos postu- no sentido do voto direto e lados jurldtcos e Institue lo- secreto <governadores e nals que buscamos encon- prefeitos>. como em rela· trar para consolidarmos 0 ção ao sistema Indireto, Estado de direito". Lem- "ainda remanescente para bra, ainda, que tal Instituto Presidente da República, ê norma constitucional em contra o tráfico de lnfluên-palses desenvolvidos ela dos que exercem o po-
. der. ou à açAo daninha do - Temos - notou - nos poder econômico".
Estados Unidos, França, Para tanto. é de oplnlAo Alemanha e tantos outros, de que o legislador nAo deexemplos concretos da efl- v e se descurar das medidas cácla do Instituto da reelel· coercitivas que devam I ção, que permite ao Presl- constar de lei complemendente da Repfibllca, sem se tar "Inclusive ae for o caafastar do exercido do car- so, 'estabelecendo a desln- · go, postulálo com outros compatlblllzaçlo para a concorrentes, não raras ve- eleição ou reelelçlo, por zes sujeitos a derrotas fta- um perlodo determinado, gorosas. lnobstante as van- anterior ao pleito". tagens do poder que osten- Chama a atençlo, tamtam antes e durante a cam- bém, para a questlo dos panha eleitoral. per lodos de mandatos.
O vlce-llder pedesslsta, "Respeitado - dlz ele - o ao justificar o seu apolo à direito adquirido dos atuais reeleição do presidente FI- prefeitos e do próprto Preguelredo, salienta que sldente da ReplíbHca, " gostaria de vê-lo como o poder-se-á reduzir esses primeiro brasileiro a postu- mandatos para quatro r
lar-a reeleição, quando tes- anos, equiparando-os ao de tarla o fasclnlo do carisma governador, sem prejulzo que construiu na Imagem de submetê-lo à contlnuldadesta extraordinária Na- de. por via da reelelçlo, r;Ao". embora saliente o que ocorreria a seu teme·splrlto de renúncia do pre- po".
su_cEssÃO ArJ:iã. Fet~ga reeleição à Msem /tléia Constituinte
O vice-líder do PDS na Câmara, .,.,; ele, j .. um~: ~~o~en-J..O. J U N 19
BJ deputado Jorge· Arbage (PA), anun- cimento. para adaptá-la às regras de ciou ontem que já conta com mais de direito eleitoral do pais, dentro do con-100 assinaturas de parlamentares texto do ·•estado de direito pleno".
, , Por mtro lado, lembrm o vice-llder para apresentar, 'o mais rapido pos- governista que o instituto de reeleição sível", proposição de sua autoria que para presidente, govermdor e prefeito prevê a transformação do atual Con- apresenta uma caracterfstica toda esgresso .em Assembléia Nacional ·pedal: a preservação da autoridade dos Constituinte, mediante prévia con- titulares de cargos no Executivo em face sultapopular. . do caráter facultativo da-sua opçdo.
Sobre a emenda do deputado José Disse, ainda, que nada impede que Camargo (PDS.SP) , propondo a ree- mesmh pelo sistema indireto do Colégio
.leição do presidente da República, de Eleitoral o presidente Figueiredo venha a governadores e prefeitos, Arbage as- optar por sua reeleição. A proposta segurm ,que ela naio será viabilizada com Camargo, contudo, v1ria a sofrer ala apresentaçdo de projeto visando a gumas alteraçnes,através de emendas: o adoçio do parlamentarismo no pafs, próprio Uder do governo na C limara,
· comoadmiteCamargo.SegundoArbage, deputado Nelson, Marci'Han, já recoo governo está consciente de que essa é nheceu que um novo mandato. de seis uma tese para ser amadurecida e que, no anos para o presidente da República momento, "sb mesmo uma proposta de seria tempo demais, já que somaria 12
.uma Comtituinte poderia sensibilizar anos de Poder, inintenuptos. todas as facçfles partidárias no Congres- Para sanar problemas como esse, o so, como parte das negociaçl!es em tomo vice-Uder pedessista apresentoo umll da emenda". soluçdo: reduzir o J)erlodo de reeleiçdo
Entretanto, o vice-llder pedessista para quatro anos, voltando a coincidir os afirmou que aquela emenda é de grande manda tos dos governadores hoje de prcfundidade e advertiu, ainda, que não quatro anos, com os dos prefeitos e do se trata de "pesca de jacaré em piscina presidente da República, atualmente de nem de sermão pregado no deserto". seis anos.
ARGUMENTOS Por outro lado, o pronunciamento de Com seu projeto, o vice-lfder gover- Arbage pode ser entendido como um for
Dista salienta que o gctverno Figueiredo talecime.n~o da tese i~pirada por Cesar terá condiçl!es de concretizar a última Cals, rrurustro das Mmas e Energia. E etapa do seu projeto de abertura poUtica, mesmo considerada como integrada à legando ao seu sucessor, "m ao prbprio· campanha desencadeada, ontem, em Sdo presidente Figueiredo", uma nova Cons- Pa~Io por Cals. Não será surpresa, para tituição que aterda às aspiraçOes na muitos observadores, que continuem a Nação. A aprovaçato da emenda Camar- suceder-se manifestaçl'les de parlamen. go, a seu ver, precederia a elaboraçáo tares a lideranças estaduais, demonsdéssa nova Carta. trando um grau de coordenação nem
Afinal, como lembrru o deputado J\r- sempre ,aparente. Nato é surpresa ~mbage, "a proposta do parlamentar paullS- ném que o lançamento da campanha. e os ta está ligada ao processo democrático pronunciamentos se déem simulbl.
Jios grandes • pafses_civilizados". ~!}.!!~111en~ ~o 1 f l' r•t
4~t!!~T.r.~~!'!4:f:.~~ :~~~!.~ IPA), vice-líder do PDS.Ia'dvertlu "um marxista praticante e jura· cãrceres, mlll ares ou civis, que ontem os dirigentes oposlclonls· mentado, como diria Odorlco Pa- haja escapado . à ação rigorosa tas de que "devem exercer um raguassu, fale em opressão e tor- das autoridades na apuração dos minlmo de poder de policia para tura nos dias atuais" "Ou Ignora lllcltos"- afirma. · Impedir a ação perniciosa das pa- o que slgnlftcam estas palavras trulhas-tdeológlcas, que usam lln- ou resvala para o cinismo, uma INJUSTIÇA guagem lnaceltâvel no Congresso das raras virtudes dos apátridas Nacional". em todos os tempos".
Teme o deputado pedesslta que Mesmo reconhecendo que as "os radicais atropelem o proces- patrulhas Ideológicas sempre so de abertura polltlca do presl- exlsUram nos parlamentos, ad· dente Figueiredo" e os acusa de verte que na fase 'atual elas vem "desfaçatez" ao atrlbulrem à Re- tendo uma ação condenável em volução de 1964 a responsablllda- todos os sentidos, "eplpenhandode por "opressões e torturas". se em !Jenegrlr as autoridades
brasileiras". Explorando eplsó· dlos carcerãrlos, tem, como únl· co obJetivo, atingir à Revolução.
INDIGNADO.
De acordo com o vlce-llder do "Não se conhece: porém. um só
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As acusações ao Presidente da República de "opressor" e "ditador", feitas pelas "patrulhas Ideológicas", são consideradas lnaceltàvels pelo vlce-llder do PDS;para quem estas denúncias "provêm das fontes suspeitas, dos negativistas inveterados, dos Inimigos da pàtrla".
Afirma o vlce-llder do Governo que "para essa clã Ideológica, tortura só maltrata aos asseclas das suas hostes". "Se um terrorista urbano ou rural se diz vltl· ma de tortura, o céu sofre abalo slsmlco, enquanto a terra se Inunda com as làgrlmas de ·crocodilos dos que lhes choram a desdita".
Esse comportamento, que considera antlparlamentar, é, no entender do deputado Jorge Arbage, altamente reprovável. Como o Presidente da República està promovendo o processo de abertura política, tendo proposto a anistia para evitar o agravamento das divergências nacionais, propõe o vlce-llder do PDS que os dirigentes oposicionistas controlem suas patrulhas Ideológicas.
"Nós estamos aguardando, com paciência, que mudem o tom da linguagem de seus pronunciamentos. Contudo, se nao o fizerem, após esta Semana Santa, te· rio uma resposta à altura" - enfatlza o deputado Jorge Arbage.
~;~~_; llfebtsctto ~a :~fi ~ ,~ê~VGW.~~mnthtnte mara. deputado Jorge Arbage l IPDS-PAI. vai apresentar. nos ,:. próximos dias. proposta de emen- .-. da a Constituição determinando a ~ realização de um plebiscito nacional consultando o eleitorado sobre a conveniência de atribuir ou não ao atual Congresso o poder constituinte especifico e originário. "para elaborar e promulgar em seu nome uma nova Carta constitucional".
A consulta. por sua proposta. deverá ser realizada até o final do ano de 1984 ... a fim de que. a partir do dia JV de janeiro de 1985. caso seja acolhida a tese e obtenha do povo a fonte do poder constituinte e como tal assuma a missão autônoma e incondicional de elaborar a nova Carta que o País reclama ·•.
Arbage é um defensor intransl- lJ ~ gente da necessidade de se elabo- Jorge Ar élge
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rar uma Constltui\.'flo. "cujas re- mlssivo para autorizar a convergras jurídicas se adeqüem a reali- são do atual Congresso em Poder dade da vida brasileira". Ele. no Constituinte. entanto. discorda tanto da tese de Dentro dessa ótica. o vice-lider convocação de uma Assembléia governista entende que só restaria Nacional Constltuínte como tam- aos atuais legisladores o poder de bem da sustentada pelo prof. Afon- revisão da carta constitucional. so Arinos de autotransrormação do "este sim - frisou - previsto na atual Congresso em Constituinte. ConstHuicão de 1967 e na emenda
- Reconheço - comentou - a n~ 1169". "'Se . conllnuou - qulsernecc!Ssidade de uma nova Carta mos que prevaleça a tese do poder constitucional. porém não alinho constituinte. este poderia ser obll· entre os que advogam a tese segun· do através de um referendo popuóa a qual a elaborat;ão de uma no- lar a exemplo do que ocorreu com va Constituição requer a convoca- a carta Conslltucionai de 46 na cão de uma Constituinte. ou atra- França. a época do presidente ves de resolução tt>\'estindo o atual Charle·s De Gaulle". Ct•nArt>to:;o desse poder constituinte - Vai dai - concluiu - que onl!inflrio. apresentarei nos próximos dias
A primeira hipótese. segundo ob- uma prop,·sta de emenda conslitusen·ou. e Inexeqüível. porque_ .a cional determinando a realização t finl 'tJCIIC<IO de uma Assemble1a de um plebiscito nacional consul!'\aclonal Constituinte estaria con- tando o povo se atribui ou não a esdit·lonad~ a não existência de po- te Congresso o Poder Conslituint<! der o que não ocorre em nosso especifico e originário par~ elabo· Pais. A segunda esbarra no disp~s- rar e promulgar. em seu nome. a to no ·art. 44 da atual Conslitulçao. nova Carta da Repuulica Federatt"onde não existe esse tipo oe per- va do Brasil"
~ f:e~ · b ~G-tõ ~f!-SPt<;.r;
trB~ lo[~~~ decide a~ Numa decislo "da lideranJ em ~xercício" libero à imprensa os seguintes esclarecimen· Arbage justificou ainda •sua ~repentina
mas sem que os liderados tenham sido ouvidos: tos: a) - Inclusão da Emenda à Constituição deeisio. "sem ouvir niDgulml ", argumentando o deputado Jorge Arbage ( PDS-PA) anunciou· que .Propõe e~eições diretas em 1986 para que era preciso "agir em cima do lance" uma ontem a t~nsferência para "a partir de agosto" Presidente e VIce-Presidente da República na vez que o ministro Leitlo ae Abreu 'havia d!i votaçao da emenda que propõe eleições pau~ de votações ,do Collfl"esso Nacionai, a anunc~do na .Bolivia a possibilidade de o diretas para 1986. Ele convocou a imprensa por PartU" de affe!Bto proximo vmdouro; b) Trata- Executivo enVllll" sua Emenda. Finalmente volta das 16 horas para dizer que a decislo' se de matéiia relevante, que ~xige um prazo após insistir em que o objetivo primordial d~ havia sido tomada por ele "há cerca de uma amplo de maturaçlo para 0 diálogo com 08 transferência de data seria dar mais espaço hora atrás" sem que ninguém fosse consultado, . segmentos políticos e sociais da Nação, não para discussão, acabou admitindo que "o PDS nem mesmo o Uder N{llson Marchezan, que se po~epdo ser . exposta ao açodamento das não tem nenh,um interesse" em votar a Emen· encontryt n? interior do Rio Grande do Sul. p81Xoes nem ~posta como camisa de força a da das diretas em abril. Gar;s,ntiu 81Dda que nlo recebeu instruções do soldo de. pressoes nem sempre, autenticadas Palacio do Planalto •. nem manteve contato pelo anseio popular; c) -A Liderança do PDS , ·com o presidente do PDS, senador José Sar· dlálCãmara, não apenas deseja, como buscará 0 ney, nem "com ninguém". ogo. com os Partidos de Oposiçlo, visando
Arbage disse que vai poder falar com Mar· determmar, em acordo, comum, a ·escolha da chezan só no domingo à tarde, quando ele data para ~ubmetê·la a Presidbcfa do Con-Chegar de viagem. Se~ndo o própno Arbage gresso Nac~!l~· deixando claro, desde logo, a se o lidér ou os vice-lideres nlo acatarem su~ · fixação.do ~CIO do mê~ de ~sto, como base deeiblo, "ai ficarei isolado, vou cair na rua da gio~e1~rênDeCl8 paraado t818 ob etivos. Brasflia, amargura". Coino sua decislo passa por cima PDS e • putcf . ., Jorge bage, llder do de um acordo feito esta semana entre 0 pre· • m exer CIO . sidenttl do Senado, Moacir Dal la e as opo· sições, no sentido de a emenda se; votada no dia 11 ou no dia 26 de abril, o parlamentar dis· se que "~eremos que negociar' se surgirem dia· cordâncias, mas ao mesmo tempo colocou como "inegociável" a antecipaçlo da data para antes de agosto.
Contradições
Numa agitada entrevista, quando caiu em algumas contradições, Arbage chegou a afir· mar que a mudança de data "nlo causa ne· nhuma diferença", para em seguida admitir que "politicamente, para nós ( do PDS) , existe diferença". Após se referir à entrevista do ministro Leitão de Abreu, na Bollvia, em que o chefe do Gabinete Civil anunciou a _possibi· lidade de o governo enviar emenda ao CoDtp'es· so propondo eleições diretas para 1990, Arbage deu a entender que seu objetivo era exatamen· te o de dar tempo ao Planalto para formalizar tal decislo. "Se o Executivo enviar a Emenda nos termos em que o ministro Leitlo falou ela terá prioridade, porque é do Executivo" cÍisse o líder em ebrdcio. '
A decisão
. A decislo de Arabage (ele fez questlo de fri;sar que.não se tra~ava de uma "sugestlo") fm comumcada atraves de nota, com o seguinte teor: "Com a responsabilidade de -tlder em exercício, do PDS na Cãmara dos Deputados,
Contraditbrio
Ao tent~ explicar sua decislo, o parlamen· tar pedessísta mostrou-se ao mesmo tempo C?ntrf!dit,óric? e irônico. Segundo ele, a 0po. s1çlo V&l a~e gos~" da transferencia de data, porque assun tera tempo de desenvolver atk agosto su.a campanha pelas diretas. Ao mesmo :rrniX?• dias~. que o objetivo era justamente o e eY_!tar o açadamento", que consistiria na
votaçao da emenda sob o clima do clamor ~pular. Poucos minutos depois afirmou que 'talv~-nem sej~ precÍ!'O" que a ~panha das ~s1çoes pro,.ssiga ate agosto, na hipótese "de ~a Naçlo estar convencida de que que as • as são .mesmo a soluçAo. "Quem sabe até
!a. a.s Oposições nos convençam''? , inda u :rcmco, para em seguida garantir que até af:'ril elas certamente nlo nos convencerlo".
Ob•trução Na ~esma linha, Arbage negou que a tran8•
ferenc1a de data teria como objetivo a obe· truçlo d.a Emen.~ das Oposições, para lo em segwda .admítrr que uma emenda enviatpe~o ~xecutiv? teria Prioridade na votaçlo "O ?j)~Ivo nl<? e o de protelar nem atropel~ a 1 e~, mas 8lDl dar espaço para uma discusslo mms ampla de assunto âe tal relevância" declarava o Pft!'Iamentar seguidamente, para ~ certa. a!-tura afirmar que se sua decislo vier a pemutrr que a emenda seja votada quando as ampanhas de rua das nMs~""- est · 'vaziadas ........ d 1 ::.r ~ Iverem es· , --..o ees.
Aparentemente, a decislo do deputado Jorge Arbage tem como oh· jetivo principal "embolar" mais o meio d& campo do já confuso e dividido PDS, de modo a obter saldo positivo para o governo, que asseguraria a aprovaçio da emenda restabelecendo eleições diretas para o sucessor do sucessor do presidente Figueiredo. Levantando a hipótese de anexação das duae emendas (a das oposiçõee e a da qúe seria enviada pelo Planalto) , Arbage dá e entender que pretende ver reforçada na opinillo publica a idéia repetida com insistência por líderes pedessistas de que "o PDS é a favor das diretas", mas "para 1990".
Embora negue com veemência o objetivo de obetruçio da emenda Dante de Oliveira, a transferlmcia de datas propostas pelo parlamentar, acaba se revelando nitidamente como um recurso que tem este como o único objetivo. Um omfundo conh~or do
wmpo ~ento interno do Congresso ex· plicava não ver possibilidade de anexação da emenda das oposições com a que viesse a ser enviada pelo Executivo, por se tratarem de ma· térias correlatas, mas nlo análogas. Com isto, o Planalto poderia pedir prioridade para votaçllo de uma emenda do Executivo. Mas mesmo valendo a hipótese de anexação das duas emendas, haveria esse pedido de prioridade, que seria aprovado por m~ria simples, e hão pelo quorum de dois terços exigido para emendas COD$titucionais. Isto forneceria ao PDS a arma fatal: na hipótese de as opo· sições nlo permitirem a prioridade para votaçio da emenda do Execu· tivo, o partido do governo da mesma forma teria chances de obstruir a votação da Emenda Dante de Oli· veira. Por último, na hipótese de a aJ. teraçlo constitucional valer para a partir de 1990, com a aprovação da Emenda do sovemo, automaticamen· te a emenda das oposições ficaria prejudicada.
J
Até o governo dá como irreversível ~ ~--~~ GM u.!L.8'1
o voto aberto no Colégio ~eitoral ' 3
BRASILIA (Iara Alencar da Sucursal) -A 71 dias da reunilo do Colégio Eleitoral que escolherA o sucessor do presidente Figueiredo, poucos slo os polftioos que têm dúvida de que essa eleiclo serai realmente decidida pelo votn "'aberto e declarado" dos 479 deputados fedeiais, 69 senadores e os 138 delea:ados estaduais que se constituem em privilegiados eleitores desse pleito indireto.
As novas investidas malufistas com vistas a alterar as regras do jogo, tentando impor o voto "'por escrito" no Colégio Eleitoral, e anular os votos dos delegados estaduais pedessistas dados ao candi! dato Tancredo Neve$, nlo vêm contando com o apoio nem mesmo de setores Importantes do próprio governo, como afiançam o líder do PDS na Clmara, Nelson Marchezan, e o seu vice-líder malufista. Jorge Arbqe, do Parai.
Lideranças expressivas da Aliança Democraitica, como o vice-presidente Aureliano Chaves, contudo, começam a alertar os seus companheiros para os efeitos negativos, sobre o Congresso Nacional, das últimas denúncias de suborno e corrupçlo no processo sucessório. A boca pequena, políticos da oposiçAo e da Frente Liberal do PDS temem que o atual sistema de poder dominante no Pais, se derrotado em 15 de janeiro, venha a Invocar "o processo espúrio de eleiçlo do sucessor do presidente FJ.gueiredo" para minar, •com um possfvel apoio da opinllo póblica", a ascens<to do candidato vitorioso à Presidência da República.
- J ai estamos prontos para desencadear, a nlvel nacional, um movimento para esclarecer a opinilo pública de que essas denúncias de compra de voto nlo
lenvolvem o candidato da Aliança Democraitlca; Tancredo Neves. E de que é preciso separar o joio do trigo, assegurou o deputado mineiro Humberto Souto, da Frente L!."beral.
Governo Do lado do governo, o vice-líder do
PDS, na Clmara, deputado Jorse Arbage, identificado como porta-voz no Congresso dos setores mais conservadores das Forças Armadas, declarou ao "'ESTADO DE MINAS" que se o governo, hoje, chegar a decretar o recesso do Congresso Nacional com o argumento de que e5ite está se transformando numa bolsa de valores, .. o povo bate palmas".
- A impresslo que se tem aí fora -disse Arbage - é que cada membro do Colégio Eleitoral é um mercantilizador do seu voto. E isto nlo é verdade. Eu mesmo posso garantir que votarei no deputado Paulo Salim Maluf no Colégio Eleitoral, mas sou sincero em minhas posiçOes e nlo exijo nada em troca. Aliais, sei que deixei muita gente descontente por ter tido a coragem de denunciar, pela imprensa, que o nosso candidato nlo tem, hoje, chances de vencer o ez-govemador Tancredo Neves. O quadro atual, se analisado à luz da realidade e do espírito de lsençlo, demonstra claramente que o seu resultado conspira contra a vitória do candidato do PDS. Mas tem muita gente que prefere nlo ver isto e continua •explorando" o candidato Paulo Maluf. Nlo tenho medo de dizer: tem multa gente explorando a boa vontade do nosso candidato, assegurouArbage.
Situação Para o vtce-lfder pedesslsta, "estamos
numa sftuaçlo de fato e concreta", que ele caracteriza como matematicamente a favor do candidato oposicionista Tancredo Neves, .. apesar de todos os esforços do governo e do candidato Paulo Maluf em reverter essa situaçlo". Ele salienta que nlo se pode perder de vista um fator muito Importante nesta altura dos acontecimentos: a exigüidade do tempo. E asseveras:
- Pelos dados que conhecemos, e que nilo tem sido contestados, existe uma larga maioria favorecendo o candidato Tancredo Neves. Isto é realmente preo-
cupante. Por mais que algumas vulnera-9ôes possam ocorrer, e o processo polftico é dinâmico e mutaivel, nlo vai ser faicil, como muitos imaginam, uma modificaçilo em profundidade capaz de reveter as atuais tendências. !! bom salientar que o PDS, mesmo desestruturado como se encontra, dé. sinais de resistência, visando a vltórla do candidato Paulo Malu(. No entanto, não podemos subestimar a capacidade de aliciamento do ad· versairio, nem tampouco nos limitarmos a examinar a possibilidade de um sucesso no Colégio Eleitoral "apenas pelo ângulo polftico".
O vice-Uder pedessista, contudo, nlo acredita que pela "via jurldica" alguma coisa possa ser modificada em prol da candidatura Paulo Maluf. A seu ver, a Mesa do Sanado Federal - que asora até jé. perdeu a sua maioria malufista -''deveré. cingir-se as normas que foram estabelecidas pela lei çomplementar recentemente sancionada pelo presidente Figueiredo, obedecendo a tradlçlo de eleiç~ passadu realizadas via Colégio Eleitoral".
Para o deputado Jorge Arbage, assim como o Uder do governo na C&mara, Nelson Marchezan, o que val decidir a eleiçlo ~e 15 de janeiro próximo slo os votos dos 686 eleitores do Colégio Eleitoral. Quem obtiver a maioria desses votos "estaré. çonsiderado eleito", prevêm eles. "''
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Condenação
Dentro deste racioclnlo, eles condenam qualquer nova fórmula ou alquimia para interpretaçlo do texto constitucional, como a tese defendida pelos deputados mineiros Cerardo Renault e Bonifácio de Andrada - agora encampada pelo procurador-geral da República - de tnmar "nulos" os votos dados a Tancredo Neves pelos delegados estaduais do PDS.
"Com todo o respeito que tenho pela cultura do procurador Inocêncio Mé.rti-
res, discordo do seu parecer", declarou o deputado malufista Jorge Arbage. Para ele, nlo hé. nenhuma distinçlo em termos do Colégio Eleitoral, entre senador, deputado federal e estadual, jé. que a Constituiçlo estabelece que esse colégio será composto por membros do .. Con· gresso Nacional e das Assembléias Legislativas".
Isto significa dizer, na opinllo do vice-lfder malufista, que os partidos majoritairios nas Assembléias Estaduais, ao escolherem o seu representante ao Colégio Eleitoral, deram a eles prerrogativas Igual a que têm os deputados e senado-' res. Além do mais, lembrou o deputado· que o Órglo competente para fixar diretrizes partidairias é o Diretório N acionai do Partido, por decislo de sua maioria. A seu ver, mesmo que o PDS feche questlo contra o voto no ex-governador Tancredo Neves, o voto de quem Infringia' essa norma nilo poderai ser anulado, já que ele foi exercido por quem tinha legitimidade para fazê-lo.
Assim, o parlamentar ou delegado dissidente perderá o seu mandato apenas se o partido tomar "algumas providências". No caso do Colegio Eleitoral, como o voto deverA ser nominal e aberto, para que se produza os efeitos legais, o fiscal do ~o, perante a mesa apuradora do ~enado, ter6 que impupar, um a um, os votos dados a Tancredo Neves pelos delegados do PDS, para fazer constar em ata. Esta ata é que instruirá o pedido de cassação do mandato parlamentar junto ao Tribunal Superior. Eleitoral.
Os votos impugnados, contudo, nlo poderio ser anulados, assegura Arbage. O certo, no entanto, é que após uma eleiçlo presidencial que tem como pano-de-fundo a criaçlo de um novol· quadro partidairio no Pais, pouco Interessa a um eleitor do Colégio Eleitoral perder o seu mandato por um partido pelo qual ele dificilmente viria a disputar novas eleições.
A~p#léV>~- ~,, J O deputado Jorge Arbage do jogo s~~~~~ Ysto.~o pen
( PDS-PA) defendeu ontem a tanto, poderá ser superado, desde busca de um caminho de "pa- que os candidatos se disponham a cificaçllo nacional" no processo colocar os interesses da paeifiIIUCessório, mas observou 'l,Ue isto c~ nacional acima de qualquer '!? será possível se os d01s can- obJetivo inerente a interesses de didatos estiverem dispostos a um grupos ou pessoas. Ate porque entendimento. Observou, no en· qualquer tentativ.a de modifitanto, que devido ll nitida van- caçio vai depender do conse.nso, tagem para o candidato da po18 precisará ser aprovada por oposiçio, Tancredo Neves, a dois terços do Congresso. mudança das regras do jogo Arbage considera que o
, dificilmente ocorrerá, embora mom~o atual "e mais de mecom isto nao veja nenhum perigo ditaç&O do que de euforia", mas de retrocesso politico. adverte que ninguém deve se
- Estamos diante de um es· iludir em pensar que "o ideário de tado de fato: a tend~ncia de van· março de 1964 já esteja se~ltado
' tagem para o candidato das para sempre na vocaçao deoposições - acentuou - _pos- mocrática do povo bryileiro''. De sivelmente inviabilizara toda e q_ualquer maneira, nilo vê pos· qualquer tentativa Jie propor o sxbilidade de um retrocesso ins· minimo de a1teraçá0 nas regras titucional no pais.
1\!~!jfll\ifq f!,§fisiJ~~!-&à~ei~ão pe 40 anos de vida pública, eu acho que esta Lomanto adnnte que o · eleiçlo está perdida". A opinião é do Depu- h " f d d tado Jorge Arbage (PDS-PA), 60 anos, um arCO esta a Ull an 0 tradicional adepto de Paulo Maluf, que, depois de saborear domingo um frango a passarinho na casa do candidato pedessista, chamouo a um canto para fazer essa confidência. Ao reproduzir ontem a conversa, Arbage disse considerar muito difícil para Maluf converter a maioria de eleitores do Colégio Eleitoral, hoje comprometidos com Tancredo Neves.
O jantar foi às 21h e dele participaram os Deputados Osvaldo Melo (P A) e Gerson Peres (PA) e os Senadores l.omanto Jl1nior (BA) e Morvan Acayaba (MG), mas a troca de idéias entre Arbage e Maluf foi a IIÓI. Malufista de primeira hora, como se autoproclama, o Deputado paraense achou "contagiante" o entusiasmo que Maluf continua exibindo sobre os resultados da eleição presidencial. Mas ele próprio está pessimista. •
Quadro Na conversa de quase meia hora, Maluf
deu mostras de sua collfiança e apostou com o amigo: "Se eu ganhar a eleição por menos de 60 votos, nio assumo o Governo. Renuncio na hora". Arbage observou, entAo, que os 170 dos esteios jurídicos do Deputado Paulo Ma-votos de diferença que Tancredo Neves anun- luf. Andrada advoga que, por um ato normati-cia hoje são incontestáveis. "Nós ponderamos vo, a Mesa do Senado pode instituir o voto ao Deputado, chamando Maluf l realidade", escrito, em substituição ao oral, no Colégio explicou. "O quadro que está divulgado nos Eleitoral. Entende também que na in-jornais nlo representa a realidade, Arbage. cumbência de presidir o Colégio Eleitoral, a Os meus nl1meros são outros", contrapôs 0 Mesa diretora do Senado tem poderes pró-candidato, segundo relato de Jorge Albage. prios -de um Tnbunal Eleitoral. "O que está
Amigo íntimo de Maluf desde 1981, quan- escrito na Constituiçl'lo, nós vamos ter de do o ex-Governador 'paulista prestou depoi- cumprir· A Mesa não pode ultrapassar a mento sobre 0 caso Lutfal.la, na CPI da Constituição, nem a lei complementar que corrupção, comissão onde era relator, Arbage regulamenta o Colégio Eleitoral. Se fizermos disse que o quadro adverso não o demoverá. isso, essa eleição vai desaguar numa batalha "Eu continuo no firme propósito de votar em judicial" • preveniu Arbage. Maluf, aó que não aCredito mais em sua Ele alertou também o candidato pedessista vitória. Niquém muda mais esse quadro", para a posição inflexível dos governadores que sentenciou. se definiral'n por Tancredo, classificando esse
No momento em que fazia essa confissão, fato de "consumado" e considerando-o "uma no salão verde da CAmara, passava 0 Depu- conspiração contra a candidatura Maluf'. 'tado FlAvio Marcílio, candidato a Vice- "Não subestimo sua capacidade de trabalho e
1 Bns8ia -"A vitória de Maluf é uma interro_&açáo", disse ontem, de manhi, o Deputado Nilson Gibson (PDS-PE). À tarde, o Senador l.omanto Júnior (PDS-BA) foi além: "O barco está afundando". Pouco depois, o Senador Carlos Alberto (PDS-RN) admitiria ser uma possibilidade a volta da discussão em tomo da prorrogação do mandato presidencial.
Os três parlamentares são adeptos da candidatura Maluf e Gibson ressaltou que, se o candidato do PDS é uma interrogaçio, mais difícil ainda seria a posse do ex-Governador Tancredo Neves. "As Forças Armadas não aceitam", afirmou na ante-sala do líder do PDS na Câmara, Nelson Marchezan.
Ao cruzar com um conhecido no Senado, Lomanto Jr. reclamou: "Agora que o barco está afundando, vod desapareceu de meu gabinete". O Deputado Amaral Neto (PDS-RJ), reclamando, mais uma vez, a indecisão do Deputado Nelson Marchezan, mostrou-se desanimado com as perspectivas de seu candidato, soltando imagem igual à de Lomanto: "Parere mesmo que o barco está afundando".
O Deputado Hugo Mardini (PDS-RS), também malufista, comenta, numa conversa com amigos, ontem, o que acontecerá com uma possível derrota de Maluf, especulando que a oposição terá um espaço muito importante no pafs. "A situação está muito confusa", lamentou o secretário-geral do PDS, Homero Santos (MG), mostrando-se arredio: "Estou cuidando do partido". Na sexta-feira, ele justificaria seu apoio a Maluf:
"Fico com o candidato do partido. Além disso, prefiro estar num barco pequeno, no meio da tempestade, do que vivendo com os ratos no porão de um transatlântico."
Maluf afirma ter uma vantage~n de 96 votos
BrasOia - Apesar das escolhas dos delegados das Assembléias Legislativas beneficiarem, em sua maioria, o candidato da Aliança Democrática, o DepUtado Paulo Maluf anunciou ontem que sua maioria em relação a T&QCredo Neves aumentou de 92 para 96 votos.
Maluf disse que essa conclusio foi o resultado final de um estudo detalhado feito por ele e mais 1~ deputados federais comprometidos com sua candidatura e tem certeza que até a reunião do Colégio Eleitoral (15 de jueirO) sua vantagem será
Presidente da chapa de Maluf. Questionado muito menos o ~orço que o Presidente Fi-sobre a posição de Arbage, Man:flio descon- gueiredo vem faZendo para conseguirmos um C I versou, sorrindo, e 0 Deputado paraense com- final feliz. Todavia, o tempo já se mostra aute a
ampliada.
pletou: "Ele sabe que . eu estou falando a escasso" • observou, Arbage. Ele acha que, em o· candidato pedessista evitou se comprometer com pro-verdade. Tem a mesma experi~ de vida dois meses, "é muito difícil fazer essa candida- postas de seus adeptos que pretendem dar uma nova interpreta--~blica que eu". tura evoluir, pois a situação do PDS é muito ção ao voto nominal, transformando-o em secreto. .... delicada". Tribunal - O que posso dizer 6 que estarei presente na votação
Além da preocupação com o futuro da seja qual for a forma que ela venha a ser feita - afirmou. Na conversa com Maluf, Arbage disse t~- candidatura Maluf, Arbage confiou ao candi- Maluf também se recusou a comentar notícia de que o
lo prevenido contra o irrealismo das informa- dato seus receios com o endurecimento da Deputado Nelson Marcllezan, líder do Governo, em entrevista ções em que está aê~'Maluf tem uma disputa sucessória. Ele acha perigosa as de- a uma emissora de rádio do interior do Rio Grande do .Sul, dedicada equipe tra lO para ele, mas o núncias de corrupção, sobretudo as de subor- pediu a retirada de sua candidatura. pessoal que o cerca está mal informado da no, aludidas pelos Deputados Alcenir Guem - Entre a notícia de uma rádio e as conversas que tive realidade. Ele está re<:ebendo muitas informa- (PDS-PR) e Mmio Juruna (PDT-RJ). O com o Deputado Nelson Marchezan, durante várias horas, em ç6es erradas". Segundo Arbage, ele deu a Deputado acha que um parlamentar tem o ltaipl1, prefiro ficar com o que ele me disse. Tenho certeza que Maluf dois exemplos de informações equivoca- dever ético de não revelar eventuais propostas ele, como líder leal ao Presidente Joi,o Fagueiredo, ficará com o das: o voto no Colégio Eleitoral terá de ser de suborno acaso recebidas. "Quem for tenta- candidato do partido. aberto, 1e não se quiser ferir a CoDStituição e a do com alguma oferta que represente à Mesa Às 18 horas, no seu comitê do Hotel San Maroo, Paulo Mesa do Senado federal não tem poderes de denunciando o acusado. Mas não vá diwlgar Maluf re<:ebeu SS dos 57 prefeitos do PDS de Goiás (222 um Tribunal Eleitoral. isso em plenário, nem em entrevistas à im- muniápios) que vieram "hipotecar solidariedade" à sua candi-
As duas teses são defendidas pelo Depu- prensa. Isso é muito normal, afinal, quem datura, desejando que ele seja''um sucessor à altura do Presi-11do. ~nifácio de Andrada (PDS-MG)- um chegou nessa Casa sem gastar nada?" dente Figueiredo".
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l~~~~&-.L'i.~~i~b!'!XLQ!it@i <PD8-PA> classlflcou on- O parlamentar pedessls- José Francisco, llder 1 tem da tribuna da Clmara. ta, para quem o êxito de maior doa camponeses b1'8- 1
o pronunciamento do presl- uma reforma agrUta està sUelros. o Plano Nacional dente José Sarney no IV baseado no respeito ll pro- de Reforma AIP'Uia". Congresso Nacional dos prtedade e no estimUlo ao NelSon Ribeiro, &eiUJldO Trabalhadores Rurais de setor produtivo nacional lembrou o deputado Sérgio "lnOamado dtscurso", dls- disse que hll"justas razões Cruz <PMDB-MS>. gritou. se temer pela "reforma para suspeitar de$Se estré- com os 4.500 trabalhadores aaràrta enünctada pelas pito dematóglco que os pa- rural& reunidos no seu IV autoridades responsàvels" troclnadores da dlstrtbut- ConlfeSSO Nacional, "ree advertiu o Presidente da c:Ao de terras aos sem chAo forma agrúta )ll!" Isso, RepClbllca: "Por falta de estio a blazonar pelos qua- para o parlamentar peemeprevldêncta no lidar com os tro cantos deste Pais". debtsta. "é a senha da trrehomens. GoUlart teve o Para o deputado Domtn- verstbutdade. a lndtcaçlo deSUno tràglco que ~s aos Leonelli <PMDB·BA>. do caminho sem retomo. conhecemos. Slnceramen- ''0 IV Consresso Nacional Os trabalhadores darlo o te. desejamos preservar o dos Trabalhadores Rurais rttmo ao rttual proJetado e presidente Sarney contra passará ll hlstórta nAo ape- · vtnprlo estes vinte anos toda e qualquer tocata do nas como a maior concen- de violência, desempedesttno", advertiu ele. traçAo de lideres stndlcats nhando a tarefa de dar à
O I Plano Nacional de rural& até entlo realizada. terra a sua runçAo social". Reforma Aararta anuncia- mas prtnclpalmente como Porque, ariUJDentou S6rdo pelo presidente José o primeiro grande momen- 1Jo Cru&. "Alo é cooceblvel
·sarney, foi novamente on- daN o-.-.11 .. queumPatsdotamanhodo •em alvo de debate entre os to ova A_"'..., ca ' Brasll tenha o terrttórto • O Governo do presidente parlamentares. a matorta José Sarney, &riUIDentou, ocupado por meta dCIZia de deles elogiando a Iniciativa "compareceu a este Con· ctdadlos regalados pelo como "o grande momento gresso para confirmar a prtvUéglo da monopoliza· da Nova República". promessa do presidente çlo. ortunda da força, da
Jorae Arbage, paraense. Tancredo Neves. transfor- corrupçlo. da IP'llagem e criticou o projeto de refor- mada em compromiiiSO da da coatvêncla da autortdama agrérta que, para ele, Allanea Democrática. no de". O trabalhador, con"nlo se exaure com a as- ~tido de Implantar neste clutu. "DIO espera que o slstêncla exclusiva ao ml· Pata uma verdadeira refor- Governo faça uma revolu-nlfúndlo, mas também com ma BIP'Uia". eAo flmdiArta. O que o cam-ampla proteçAo aos em· ponês quer é o direito de preendlmentos de grande E fez questlo de ressal· nAo ser transformado em porte, sobretudo em re- tar a sua "Inteira solldarte- b6la-rrt.a. o dever que o Goglões dlftcels como a Ama- dade à firmeza. à clareza e vemo tem de nlo permitir zônla aeogrãflca. onde a principalmente é coraaem que o mala forte tome a sua força do capital preponde- ctvlca do ministro Nelson terra e o grtletro tome a ra sobre todOS os recursos Ribeiro, na oportunidade sua poue".
Mais notícias sobre a reforma agrária· na página 7
· Pedess,ista P.ronõe ole&~to J:>tp .. ~~· - (v~~ ~ -
~ .n Dd Sucursal de BroaAio dlesma cédula el ral em que r5r..L of O&. g$" , .O ~ • exercerodireitodevoto.
o aeputaaó ""Jorge Arbál• <P"DS- No entendimento do parlamentar PA), 61, vai apresidtar à Clmara, na paraeose, a coasulta que preteDde é a próxima semana, proposta de emen- forma mais democrática de convocada à Coustituiçlo estabelaendo que, çlo da Constituinte, "porque o eleitoconcomitantemente u eleições ge- rado, no momento em que escolhe os rais de 1986, o eleitGrado responda a setis representantes nas duas cAmauma coosulta plebiscitária sobre a ras do Pais e nas assembléias conveniência ou nlo de os futuros legislativas, já o fará cousciente de membros do Congresso Nacional e que ele será Ultlido'da p,rerro~&tlva das assembléias legislativas, além do de legislador COIIBtituinte '. terço do Senado cujo mandato (de Arbage afll'lllou que a emenda, oito anos) só expira em 1990, serem cujo conteddo coincide "em gênero, investidos na condição de legislado- número e grau" com a opinião do res constituintes. assessor especial do presidente José
8arney, ex-deputado Célio Bor;., está elaborada h4 algum tempo, conta com assinatw'as de apolo de um terço da CAmara e do Senado e será apresentada formalmente ao Coocressona próxima ~-ten-..
De acordo com o projeto anunciado por Arbage, o plebiscito, se aprova. do, será realizado sob os auspícios do TribuDal Superior Eleitoral, cabendo 110 eleilondo reepoader sobre • Q&
Muti~não -:Pjfóp~rOO ~ di~Jfodessista y5~ .2f..i .Of. '95 f 5
Da Sucursal de Brasflla A modificaçlo do sistema de vota
çlo eletrOOica, adotada pela Mesa da Câmara dos Deputados visando impedir a açlo dos "pianistas" (deputados que votavam ~ si e pelos colegas>, foi ontem cnticada por dois pedessistas. O deputado Jorse Arbage <PA), 81, vice-Uder elo PDS, falando da tribuna, argumentou que a Mesa, ao promover a mudança, "nlo atentou para a possibilidade de um dia ser eleito representante do
·- povo um cidadio sem um braço". Aflrmou ainda o parlamentar pa
raense que "se o eolega mutilado vier a pedir socorro ao seu vizinho de cadeira, esse vizinho poderá ser flagrado e, mais tarde, apontado também como deputado "pianiata". Entusiasmado em defender a derrubada da reetriçlo, Arbage nem se deu conta do tom jocoso do amdlio dado pelo Uder do PMDB em exercicio, José Carlos Vasconcelos <PE>, 46, que lhe soprou ao ouvido, em reforço il reclamaçlo: "E se Dlo tiver ambos os braços?". "Sem os dois é ainda mais grave", prosae&Uiu. sem perder o ribno, o pedessista.
Arbage fez esses comentários ao endossar reclamaçlo do deputado Maçao Tadano <PDS-MT>, 45, que, também da tribuna, criti~ a modificaçlo do sistema de votaçlo, promovida pela Mesa, e pediu sua revislo, por COilBiderá-la "uma dlmiDUiçlo ao parlamentar e wn constrangimento ao Legislativo, como se
I fossem mios algemadas". Difieuldada
O sistema criticado por Arba&e e Tadano, instalado durante o recesso parlamentar de julho passado, inviabiliza o trabalho dos "pianistas" ao criar mecanismos que obrigam os deputados a usarem as duas mlos para registrar seu próprio voto. Antes, com wna das mlos os deputados votavam por si e com a outra por wn eompanheiro ausente.
~Jptis!~. g~nuncia a.na .. Câmara c~fa~ a~o1o
J .t.44~ 4qw· -er.~ pelo PMDB e t..amaçar1
Bras8ie- O deputado Jorge Arbage (PDS-PA) ~nciou na Clmara que o prefeito eleito de Camaçari (BA~. dwfs Caetano (PMDB), teria comprado o apoio do vereador José Helis Rocha, do PTB, por Cr$ 300 milhões mais a prome:úlde credenciar junto ao INAMPS uma clfnica de proprieda~"((o parlamentar. • Arbage exibiu um recibo que, em Camaçari, Luis Caélãno qualificou de "montagem grosseira armada pelo PDS", dcifitado no dia 15. "É a nossa vitória que está incomodando e ;Yai incomodar muito mais porque vou fazer uma grande administração e apurar todaa as denúncias de corrupção praticadB$ pelo pPS", afirmou.
Segundo Caetano, que é ligado ao PC do B, o recibo circulou em Camaçari na véspera da eleição "numa atit~ de desespero do PDS ante .a perspectiva, que se c:onfirm~ ,de perder a eleiçáD". O fato de sua assinatura, reconbecid& em cartório, constar do documento não o preocupa, pois, @ata9~u. "trata-se de uma montagem grosseira que qualquer ~a poderá constatar". :
De acordo com o documento exibido por Arbage o vereador José Helis já teria recebido Cr$ 150 milhões. · O restante seria pago a 15 de janeiro. Antes, porém, poderia indicar o secretário de Educação de Camaçari e os diretores de duas empresas de economia mista do munidpio, além de ter a clfnica que está instalando na cidade credenciada juri't'o ao INAMPS.
Defende-se a adoçãq do sistema partamentatista de governo, mediante redução do âmbito das responsabilidades do presidente djl República. repartindo-as com um Conselho de Ministros. sem deixar em postura Institucional de reserva majestátlca o presidente.
Comporta distribuir o poder, mas nunca debilitá-lo ou torná-lo Ine-
SUA I EXDELÊNOIA
ficaz e Instável. O aumento de cada esfera de compe- ' têncla de órgão estatal deve ser acompanhado de Instrumental correspondente de controle.
A fórmula parlamentarista ao estilo brasileiro foi utilizada como saída ,mergéncial para superação de uma crise poHUco-miiUar. hábil e persistentemente explorada como manobra para esvaziar os poderes presi· denclais. ao momento em que assomava o vicepresidente da Repúblftea. que se tornara, desde a vacância, o legitimo suce&_sor do presfdente resignatário.
Foi este o pontQ de partida para uma cruzada cívica. com a moblllzacão de todos os meios existentes no setor dá comunicação para a retomada dos poderes presldenctals, impedindo que autenticamente funcionasse o sistema parlamentarista através de campanha de descrédito encenada perante a opinião pública.
Quando o povo exteçlorlzou a sua vontade na consulta plebiscitária, a av~ssaladora corrente do "não" estava, em verdade. assumindo um sentido positivo a favor da retomada dos poderes retirados do presidente da República, e nunca uma negacão intencional às Idéias e técnicas subjacentes no modelo parlamenta-rista. ·
Observa-se, tambérp, que naquela oportunidade. o presidente da República roi à causa do bloqueio e virtual derrocada do parlamentarismo: paradoxalmente, desta feita. poderia tqmar-se o principal responsávél por seu lançamento em bases susceptíveis de consolidação.
As circunstâncias &ão, portanto, diametralmente opostas.
Convém salientar que a Iorm ui ação parlamentarista advinda da redução de poderes da esfera presidencial diminuiria os coeficientes despóticos do regime tanto quanto ampliaria a margem de participação popular. -t::~-------------------pela possibilidade de ser o povo chamado diretamente l •Jorge Arbage é deput~do pelp PDS do Par à a dirimir uma crise polltica. com a eleição popular. 11,,---------após a dissolução da Cpmara dos Deputados.
Levar-se-la para a ttstrutura do Executivo a divisão ' interna de órgãos básicos, tal como acontece saudavelmente nas esferas do Legislativo e do Judiciário. E ainda assim permaneceria um reduto do Poder Executivo -a chefia de Estado- reservado ao presidente daRepública, de caráter unlpessoal, enquanto os demais órgãos fundamentais apresentar-se-lam com feição colegiada.
Todavia, sempre que se tem colocado o sistema parlamentarista em pauta de discussão. via de regra surgem objecões, argumentando com a experiência frustrada de 1962, de maciça rejeição popular. E necessário convir que naquele episódio histórico o objeto do veredito popular não foi de modo algum o sistema parlamentarista de governo, uma vez que este não foi, efetivamente, experimentado, não encontrando margem para colocar em aplicação as suas virtualidades. tudo sendo leito, desde os primeiros Instantes, a partir de sua Implantação, para conduzi-lo ao aniquilamento.
Basta recordar que o povo brasileiro viu-se surpreendido com a até hoJe não explicada razão que levou o presidente Jânio Quadros a optar pela renúncia, sentindo dilaceradas as suas esperantas. recémanunciadas em sua
.--u-5}?.QJ8~~~J.goEflJl~JJJP.J~~ ex-presidentes do país - quadro~ Assim poderia ser resumida a formado hoje pelas figuras de proposta do deputado pedessista J4nio Quadros, Ernesto Geisel e ., Jorge Arbage, solre a criaç4o de
• Joao Batista Figueiredo - tendo ~ um Conselho de Estadp, cotnJ)Osto poderes para autorizar o Chefe do S de ex-presidenb!s doe Tres Poderes Executivo a cassar mandatos, • da República. JWJtüicando como a fechar o Congresso, suspender ~ única maneira de -consolidar a direitos políticos por 10 anos, abertura democrática-, o decrEtar estado de sítio, demitir, parlamentar traz de volta a figura remover ou aposentar funcionários ~- do conselheiro de Estado, da época
do lmpétio, que gozaria de ia-~ violabilidade por palavras e votos e
de ·ampla autonomia para organizar sua secretaria e seus ser-viços. .
Entre outras regalias, estes conselheiros usufruiriam de um cargo vitalicio, com vencimento irredutíveis iguais aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal, e seriam •obrigatoriamente ouvidos pelo presidente da República em todos os assuntos graves do Pais, especialmente no que se refere à segunda nacional• .
Com o única obrigaçlo de aprestarem• juramento de fidelidade esclusiva à Constitui~o e às leis e de servirem atendendo exclusivamente ao bem da Naçlo•, estes cidadlos poderiam, por motivo de conflito exterro ou pelo principio· genérico de agrave ameaça à ordem interna. ou sua nertwbação»,
·Deputado mostra WOoortlttáche~ue ·
E!-~ J%',Og O. .Ja .;u As freqüentes denúncias Casa, desta ez pela voz de
SObre os altos salàrios e deputado Amaury Muller mordomias diversas que os IPDT-RS), segundo Insericonstituintes usufruem p~ to. Ele reforcou o pedido dem nao ter tirado o sono feito por Streck para que a de nenhum deles, mas es- Mesa da Constituinte esclatao provocando Inflamados reca "de uma vez por todiscursos nas monótonas das" a "confusa e nebulosessões cqnvocadas para · sa" questao de remunera-· debater o projeto de Constl- cao dos parlamentares tutelo. consUtulntes.
Na sessão de hoje (17) à Amaury Muller acredita tarde, logo após o preslden- que as constantes criticas te da sessão, deputado Jor- contra a remuneracao e ge Arbage <PDS-PAI. mordomias recebidas pelos anunciar a pouco mais de parlamentares são, em úlvlnte constituintes presen- Uma análise, uma conspltes o "comparecimento" racão de certos setores da de 147 parlamentares, o de- grande Imprensa, que putado Adroaldo Streck "procuram agredir o único <PDT-RS) entregou-se à ta- poder no País que resulta refa de desmentir a lnfor- da vontade popular e nao se macao publicada no Infor- preocupa com outros segme JB. na edlcao de domln- mentos que têm pesado go do Jornal do BrasU. de custo para a Nacao". que um deputado constl- Por exemplo, observa tulnte está recebendo a lm- Muller, um estudante unlportãncla deCz$715 mil. versltàrlo de escola públl-
- Eu ganho Cz$ 132 mil, ca, principalmente o que é 200 cruzados e 61 centavos rico, tem os melhores coléde proventos recebidos pe- glos de segundo grau e cheIo Banco do Brasil e mais ga à universidade pública um bruto de Cz$ 57 mil, 184 para estudar de graça, onecruzados e 28 centavos, rando os ~ofres públicos. num total bruto de Cz$ 189 Amaury Muller também mil, 984 cruzados e 89 cen- criticou matéri~J publicada tavos, nesse contracheque na revista Veja desta seque coloco à dlsposlcao da mana, em que o presidente Imprensa. Afinal, este Po- da Constituinte, deputado der deve ser o mais trans- Ulysses Gulmaraes, é acuparente possível - disse sado de usufruir de mordoStreck, balançando o con- mias. "Talvez a Veja queltracheque e sendo multo ra até que o Dr. Ulysses aplaudido pelos poucos pre- transforme a piscina. que sentes ao final da perfor- nao foi construlda por ele, mance. num G tanque para a cria-
Mas o assunto continuou ção de peixes", Ironizou a soar nos alto-falantes da Muller.
~m~ Di!~ante _queLpoun!J!P!!4' p. v p~:~~e~atl;~~~~~~~~t~ ~~~~~~r~~ nm:: ::A~~~~~~~=~~ :~~a t~.:::~:: ~~:~:~::: decoro parlamentar - co- mos. através da Mesa Exe- hil alguns dias uma foto do se as aaiomerações que mo o Pianista responsável cutlva. a penalidade esta- deputado Roberto Jeffer- existiam nos salões. Nln-pelo voto falso em nome do beleclda nos Regimentos son de arma na cintura guém podia entrar aqui. Llr deputado Sarney Filho - Internos da Câmara e da dentro do Plenilrio. Como é berdade nunca existiu aqui ou tiver cometido qualquer Assembléia Nacional Cons- que ficam essas situações? à ordem que estil exlstlndQ outro ato lllclto previsto no tltulnte. -VeJa bem: eu vi a foto. atora. Eu sei que Isso às seu regimento. Quem 18- Mas nAo me parece prova vezes contraria Interesses. rante Isso é o corregedor _ Costuma-se dizer que suficiente para caracter!- Eu sei que muitos colegas, geral da Constituinte, de- 8Ué zar o Ulclto, porque tanto às vezes. vAo para a trlbu-putado Jorge Arbage ~r ~aum"!a ~lsa \': poderia ser um revólver, nacontraarlgldezdasegu-CPDS-Parà), responsável u 00- como poderia ser uma cal- rança. Mas eu tenho lnfor-pela disciplina na Casa. m~=~~·= =ba de xa de óculos. o Importante mado a todos eles que essas Ele faz. porém, wna res- citar dois casos_ a IDva- seria Oagrar o parlamen- medldassAosalutares. NAo salva. Para que a punição 81 tar ostentando a sua arma. apenas para manter uma seJa aplicada, é preciso dC: ::.::!:,:. a_t>~ E nAo recebi com soclallda- Integridade dos membros uma recomendação da co- é de nenhuma denúncia pre- da Casa, da lnstltulçlo. mlss4oparlamentarquetl- J da':a de meses. 0 • clsa. Imediata, que me au- Masdequemestejadas~g~ ver sido designada para nhor a que esse atruo torlzasse chegar ao paria- lerias nos assistindo. lnvestlgil-la. E , embora de- :r =:na~=· :a: mentar para pedir que ele Jornalistas que trabalha fenda o rigor. Arbage desa- etelto uma eventual puni- se retirasse do recinto e se conosco, dos funclonilrios bafa: é posslvel que essas çAo, ap6a a Coll8t1tulnte, desarmasse lil fora. Se que atuam dentro e fora dG recomendaçOes nao ve- at6? acontecer Isso. qualquer Plenilrio. nham. Afinal, admite, "a que seja a denúncia, parta falta de credlbllldade é ho- de onde partir, eu como Je de tal monta que nln- - Evidente que a falta corregedor, procurarei o guém acredita em nln- de credibilidade, hoje, é de meu colega e farei a adver-guém". A seguir. a Integra tal monta. que ninguém têncla. E se for caso de de entrevista dada por Ar- mais acredita em ninguém. reincidência, as provldên-b a g e a o C O R R E I O Sua pergunta realmente é elas serao um pouco mais BRAZILIENSE. multo relevante e por que drilstlcas. Porque o nosso
nao dizer. oportuna. Po- rell)mento prolbe, terml-
- Houve uma aérie de problemas desde que a A.sembléla tol Instalada. Acontece que nlnpém acredita, at6 pela tradlçAo da casa. que a1aum parlamentar vã ser punido por atos que feriram o decoro ou ai~ do Jênero. O senhor acredita nisso?
- Eu devo lhe Informar que na condlçlo de corregedor da Assembléia Nacional Constituinte tem me chegado às maos uma série de eventos. E como conhecedor dos limites da minha atribuição e sobretudo do meu dever, tenho determinado todas as providências cablvels no sentido de determinar a apuração dos fatos e me ater aos relatórios das comlssOes determinadas. Jà tivemos vilrios episódios conclutdos.
- Por exemplo ...
- Eu poderia citar as-sim de Imediato alguns casos relacionados com o envolvimento de elementos da segurança com parlamentares. que se queixavam de que haviam sido obstruidos ou obstados em suas entradas em Plenilno, ou mesmo na próprta Casa. por falta de Identificação. E muitos desses casos foram apurados convenientemente. As nossas conclusões apontaram que o que houve na verdade foram mal-entendidos, e como tal, superados.
I - Nesses casos os tuDclonárlos foram punidos?
11 - NAo. porque nAohavla • nenhuma razao para Impor , punlçAo a ninguém. Tivel mos outros casos em que o
próprio parlamentar pediu para encerrar o assunto, e nAn tlnh.antna .-n""-A ___....
rém. eu nao posso tugtr às nantemente, a entrada de nonnas. Isto é, deixar de qualquer pessoa armada, utilizar os mecanismos de seja do povo, seja paria-que dispomos, para chegar mentar, dentro do recinto à apuração dos fatos. A co- da casa - nao é do Plenil-mlssão tem vàrias lncum- rio somente -. Entao fo-bênclas processuais. Por mos nós que editamos o re-que a Comido é constl- glmento Interno. Por Isso tu!da? Porque a ela vai eu mandei colocar na en-competlr examinar doeu- trada das galerias a repro-mentos, requisitar doeu- duçAo do artigo 40 do nosso mentos, ouvir depolmen- regimento para que o povo tos. Possivelmente, se for o pudesse verificar que nao caso, até perlclas, requlsl- pode entrar armado. tar laudos médicos nos ca-sos de agressOes. Isso tem que ser feito por uma Comlsdo. O nosso Código Penal é o regimento Interno da Casa. que estabelece a graduação das penas. que vao desde dividida em duas espécies - a escrita e a verbal - a suspensAo do mandato legislativo por 15 dias e, por tlm, eu diria a pena capital, que seria a perda do mandato em se tratando de crime contra o decoro parlamentar.
- Que tipo de punlçAo o senhor apllcarla ao autor da fraude na votaçlo?
- Eu nAo posso me expressar, até porque nao sou eu que aplica. Quem vai estudar essa possibilidade é a Mesa, depois de receber o relatório que a ComlssAo nos enviará. Esse relatório vem Instruido com toda -Inclusive a documentaçAo material - porque se trata de uma fraUde.
-Falemos em tese: o aenbor, na sua opiDIAo pe. soai, acha que a traude caracteriza a lltuaçAo de talta de decoro parlamentar?
__. Eu lhe diria que sim. Porque, considerando a clreunstancla e o caràter de gravidade dessa fraude. Veja bem: se nós estivéssemos votando uma lei ordlnilria e até uma lei complementar que exige quorum qualttlcado, Já seria de tal _,.._ .. .... - .-- -
- Pela simples pubUcaçao da toto, ainda que o aenhor considere duvidou, mas por ser duvidosa poderia até... O senhor nao ae sente autorizado por um tato desse tipo a mandar revistar um coleCa?
- VeJa bem: eu estou lhe dizendo que nlo me cumpre revistar o çoiega porque ele deve saber mais do que ninguém do seu dever de nlo entrar armado aqui. Nós estamos Jogando em cima da consciência de cada um. Porém, tivemos aqui alguns eventos em que o parlamentar dtzla, naquele caso, por exemplo, da Invasão das galerias. um deputado dizia: "Se eu estivesse armado, atirava• •. NAo estava armadO. Felizmente nAo estava armado. Logo nAo posso suspeitar que houvesse alguém armado. como nao suspeito.
- Em al&UDS d1aa, o Pl• nãrlo esti tio quente quanto as &alertas. Da mesma tonna que tol Instalada wna porta deteetora de metala nas &alertas. o aenhor nao pensa em Instalar uma na entrada do PleDirlo?
- Penso e estou esperando apenas que haja uma reuniA" ltA M •cD n-1--•
- Hil quem veja nese excesso de seaurança lllllJ forma de tolher a partld· paçAo e até a preulo papular aqui dentro. O que o aenhoracha?
- Ao contrArio. Seri• vã lida a hipótese se nós lmpedtssemos que os constituintes entrassem no Plenário ou na Casa. O que é preciso conceituar multe bem o que é o povo. O povo é a NaçAo. E a Nação está representada por Inteiro pelos 558 constituintes qu' aqui estAo. Nos deram delegações especificas, pol"que se nós abrlssernos 6 precedente para nAo considerar os consltulntes povo, que povo fosse aqUele que viesse para cã, sem atentar para a delepção que- nos conferiram. nós tínhamos que ter espaço para 150 milhões de brasileiros.
-Além do problema das Ralerlas, das briiU em Plenirlo, das fraudes, etc. Estã afeto l sua àrea a questio dos trabalhos coa-tra o CentrAo?
- O problema dos cartazes estil afeto à presidência da ANC, porque quem representa o poder constltuldo, em Juizo, e quem tem atribuições para defender, até em casos emergenctals o nome e a Integridade da Assembléia, é o presidente. No caso, o nosso preslden• te, deputado Ulysses Gul· marães.
- Só para concluir, • gostaria de refazer ~ peraunta: o aenbor acredf ta efetivamente que 1 Constituinte, assim como 1 CAmara e o Senado tradl! clonalmente tlzeram. ~ nba a abandonar ~ esplrlto de corpo e. tomaD do um caso mala 11'8ft chegUe a cassar um parta meotar?
- Nós tivemos, hlstori camente, um caso - eu tt pediria para não usar • verbo "cassar", porqut ........................... p
terminar a apuração aos fatos e me ater aos relatórios das comissões determinadas. Jà tivemos vàrlos episódios cone! ui dos.
- Por exemplo ...
- Eu poderia citar as-sim de Imediato alguns casos relacionados com·o en· volvlmento de elementos da segurança com paria· mentares, que se queixavam de que haviam sido obstruidos ou obstados em suas entradas em Plenárto, ou mesmo na própria Casa, por falta de Identificação. E muitos desses casos foram apurados convenientemente. As nossas conclusões apontaram que o que houve na verdade foram mal-entendidos. e corno tal, superados.
-Nesses cuos oa tuncionirlos foram punldOI?
- Não, porque nlo havia nenhuma razão para Impor punlçlo a nlnpm. Tivemos outros casos em que o próprio parlamentar pediu para encerrar o assunto, e não Unhamos como nepr esse pedido. Agora, no presente momento, estão fWJclonando algumas comissões de slndlclncla estabelecidas para apurar fatos como a Invasão das galerias quando da votação de matérias pela Comissão de Sistematização. Aquele atrito entre dois parlamentares, Gilson Machado e Juarez Antunes, a Comissão também està na fase de . conclusão dos seus trabalhos. Ultimamente nós estamos apurando aquele problema da fraude na votação em que apareceu misteriosamente o voto do deputado Sarney Filho, quando ele se encontrava em seu Estado natal, que é o Maranhlo. Essas comissões estio trabalhando. Agora, as decisões resultarão das conclusões que as comissões nos trouxerem. Se ficar comprovado de um lado a prova material, de outro lado a autoria, até por lndlcJos convincentes e
manaato 1eg1slatlvo por 15 dias e, por fim, eu diria a pena capital, que seria a perda do mandato em se tratando de crime contra o decoro parlamentar.
- Que tipo de punlçAo o senbor aplleaJ1a ao autor da fraude na votaçAo?
- Eu nlo posso me expressar, até porque não sou eu que aplica. Quem vai estudar essa possibilidade é a Mesa, depois de receber o relatório que a Comissão nos enviará. Esse relatório vem instruído com tOda -inclusive a documentaçAo material - porque se trata de uma fraude.
-Falemos em t.e: oeenbor, na sua oplDllo pee-1081, acha que a fraude caracteriza a sltuaçlo de falta de decoro parlamentar?
- Eu lhe diria que sim. Porque, considerando a circunstância e o caràter de gravidade dessa fraude. VeJa bem: se nós estivéssemos votando uma lei ordinária e até uma lei complementar que exlp quorum qualificado, Jil seria de tal monta a gravidade que nlo se poderia deixar de exercer um arande empenho para apurá-la. Mas este caso aconteceu na edlçlo de uma Carta fundamental.
-Pelos dados de que dl8-pGe, o senhor dlrta que existe posslbUldade técnica . de se descobrir o autor da fraude?
- Olha, eu falsearia a verdade se detalhasse este aspecto: eu confiei, como de meu dever. esta missão à Comlsslo. Coloquei à dlsposlçAo dos mesmos o acesso a tOda a documentaçao que lhe pareça Indispensável à elucidação do caso. E dentro desse rUmo ela vem funcionando.
-Nós estamos falando de uma sltuaçAo que tmpltca, até no auxWo de t6enlcos de computaçAo, etc. Agora h6 sltuaeGes mais CCIDCretaa. em que a sua açlo como correaeiiOr pudeslle ser exercida oa bora.
- VeJa bem: eu estou lhe dizendo que nlo me cumpre revistar o çolega porque ele deve saber mais do que ninguém do seu dever de nao entrar armado aqui. Nós estamos jogando em cima da consciência de cada um. Porém, tivemos aqui alguns eventos em que o parlamentar dizia, naquele caso, por exemplo. da Invasão das galerias, um deputado dizia: "Se eu estivesse armado, atirava' '. Não estava armado. Felizmente nlo estava annado. Logo não posso suspeitar que houvesse alguém armado, como nAo suspeito.
-Em alguns d.lu, o Pl• nàrlo estA tio quente quanto as p]erlas. Da mesma forma que fol Instalada uma porta detectora de metais nas ialertaa. o eenhor nao pensa em toata1ar urna na entrada do Plenirto?
- Penso e estou esperando apenas que haja uma reunlao da Mesa para levar essa proposta ao conhecimento dos meus colegas no sentido de que realmente é melhor prevenir do que remediar. Multo embora eu esteja me louvando nas afirmações de que alguna parlamentares andam armados ou entram armados. Agora, como corregedor, tendo presidido 99 por cento das sessões da ANC, em nenhum momento fui advertido ou trazido ao meu conhecimento de que havia parlamentares armados. Porém, a Idéia de se colocar uma porta não é nova.
- Nlo bouve IDcldentes mais gi'avea ...
- Exlblçlo de armas. agressões. Nós temos contornado tanta coisa com habilidade. Entlo, têm vocês mesmos, Jornalistas aqui dentro. Eu lbe perguntaria: bole esta Casa tem uma estrutura de austerl· dadeou naotem. Esta Casa hoJe pode ser percorrida de
gaJ~;·~b...,ri_P_•_ em Plenirlo, das fraudea. etc. EstA afeto 6 sua 6rea a questlo dos trabalhos contraoCentrlo?
- O problema dos cartazes está afeto à presidência da ANC. porque quem representa o poder constl· tuldo, em Juizo, e quem tem atribuições para defender, até em casos emergenciais o nome e a Integridade da Assembléia, é o presidente. No caso. o nosso preslden• te. deputado Ulysses Guimarães.
- S6 para concluir, eu gostaria de refazer uma pergunta: o aenllor acredita efetivamente que a Constituinte, assim como a CAmara e o Senado tradicionalmente fizeram, ve. nha a abandonar seus esplrlto de corpo e. tomudo um caso mais lr&W. cheCue a cassar um parlamentar?
- Nós tivemos, historicamente, um caso - eu te pediria para nao usar o verbo "cassar". porque não existe mais AI-5 -aplique, adequadamente, o verbo "perder". Perda de mandato. Nós tivemos um (lnlco caso histórico que foi do Barreto Pinto, atentado ao decoro parlamentar. Nlo vou dizer a você que nAo existe o esplrlto de cor· po. Tem que existir. Mas por existir o esplrlto de corpo, é que cada um de nós, que Jntearamos os quadros da Assembléia Nacional Conatitulnte. estamos no dever. mais do que lmperloao, de defender e de preservar a sua lma1em. Logo, quem comete um tipo de fraude, seJa esta. ou outro qualquer tipo de fraude, que possa manchar a Imagem desta casa. nlo pode, absolutamente. ser prole-; lido pelos demais constl· tulntes. Doutor UJysseJJ Guimarães tem nos dado todo o Integral apolo a todas as medidas que nós es• tamos determinando no sentido de, primeiro preve. nlr, e, em última e lamen· tável hipótese. de reprimir.
. Cz$} milhãq é pouco
ChL~\l~IAi~~' Arbaf!e nerle '1
Jb~, . .H. fb . ~t- -P ':? aumento para os deputados
O deputado Jorge Arbage (PDS-PA) afirmou ontem que está havendo "demagogia" na análise da questão referente ao aumento pretendido pelos parlamentares em seus vencimentos para fazer frente à cobrança integral do Imposto de Renda, aprovada pela Constituinte. "Sem esta correção salarial" - alega Arbage - "vamos ficar com menos de Cz$ 1 milhão por mês, e há colegas que não vão sobreviver com esse salário".
Arbage, que chegou a encampar o projeto de decreto legislativo reajustando os vencimentos dos parlamentares, retirado temporariamente da pauta de votações para ser melhor discutido, considera que não existe "absolutamente nenhuma imoralidade ou absurdo" na correção dos salários e negou que, com estas correções, os vencimentos de deputados cheguem a Cz$ 4 milhões. "Sinceramente, não tenho os cálculos, mas pelas informações de que disponho não chegará a isso, disse Arbage.
O projeto de decr~to legislativo foi elaborado na semana passada, aP,ÓS reunião de lideranças, mas o hder do PT, Luís Inácio Lula da Silva, discordou da proposta e, segundo Arbage, alegou que "não tinha sido convidado" para a reunião. Como é necessário acordo de todas lideranças para aprovar a proposta, devido à inexistência de quorum nas sessões que vêm sendo realizadas no Congresso, o projeto foi retirado e ainda não há uma solução para o impasse.
Subsídios Arbage disse que, pela propos
ta, desaparecem os subsídios hoje existentes na folha de pagamento de parlamentares, e os venci;mentos ficam divididos em parcela fixa, parcela variável, representação e ajuda de custo. Se o parlamentar não comparecer para votar nas sessões - explicou - terá desconto de 1130 por falta tanto no fixo como no variável. "A inovação que fizemos foi a retirada das parcelas variáveis, porque o vínculo do aumento de deputados com os funcionários da União já é tradicional" .
Arbage garante que, embora não tenha feito os cálculos, os vencimentos dos parlamentares com o ref\juste, deduzido o Imposto de Renda, ficarão "Cz$ 4 a 5 mil" abaixo dos atuais. Se a correção não for feita, no entanto, os vencimentos não chegariam a Cz$ 1 milhão, o que irá criar dificuldades para os parlamentares, segundo Arbage. "Não é o meu caso, pois eu viveria só com Cz$ 200 mil ou Cz$ 300 mil", diz o deputado, "mas em muitos casos o deputado não conseguirá sobreviver. Quem não for empresário, ou fazendeiro, terá dificuldades" , acrescenta, afirmando ainda que "o próprio Lula não viveria só com isso".
Arbage alega que o político precisa ganhar bem porque é constantemente "explorado por pedidos de viagens, auxílio para tratamento de doenças" e outros tipos de pedidos feitos "diariamente" por eleitores. Ele concorda que a solução "moral" para isso é melhorar a situação geral da população, mas considera difícil uma reversão no quadro. "Infelizmente, esta é a tradição, a prática no Brasil", alega.
~ Proif6to tripli_S!t_, ve~~ ~~do de~u~~ge Arhagc (PDS-PA), mas sem sua assmatura, chegou à Mesa do Congresso Nacional um projeto de decreto legislativo que triplica os vencimentos dos parlamentares, para compensar o pagamento de Imposto de Renda. Embora a nova Constituição tenha acabado com a isenção que privilegiava parlamentares, magistrados e militares. o projeto aproveita o precedente aberto pelo presidente José Sarney, que decretou esta semana aumento de até 110% para as Forças Armadas.
A proposta de Arbage discrimina a remuneração dos congressistas em subsídio, representação e ajuda de custo. O subsídio corresponderá ao montante da remuneração percebida em espécie, excluídas as diárias de sessão extraordinária. Como a representação e a ajuda de custo, segundo o projeto, terão o mesmo valor do subsídio, os deputados e senadores passariam a ganhar três vezes mais do que ganham hoje.
No artigo 5°, o projeto prevê que o parlamentar que, injustificadamente, não comparecer à sessão do dia deixará de perceber 1130 do subsídio e da representação. E mais: os valores da remuneração dos deputados e senadores
serão reajustados uniformemente na mesma data e nos percentuais ftxados para os servidores da União.
O líder do PDT, deputado Brandão Monteiro. assegurou que os pequenos partidos não concordam com esse drible na Constituição. Na próxima semana, haverá reuRião de lideranças para discutir o proj~to do deputado Jorge Arbage.
Imposto assusta Congresso Embora os departamentos de pessoal do
Senado e da Câmara dos Deputados ainda não tenham revelado quanto os parlamentares recolherão de Imposto de Renda na fonte este mês, muitos deles já começaram a entrar em pânico com a possibilidade de perderem até 48% dos Cz$ 2 milhões 200 mil que ganham. "Estamos passando de privilegiados a pe~alizados", reclamou o senador Jarbas Passarinho (PD5-PA), que pretende desativ~.o escri!ório eleitoral que mantém em Belém. A partir de agora. sustentar uma casa em Brasília e outra no Rio não vai ser fácil". cooc:luiu a deputada Sandra Cavalcanti (PFL-RJ).
O deputado Amaral Neto (PDS-RJ) disse que terá dificuldade para pagar a prestação da casa que comprou em Brasnia . .. No contracheque do próximo mês vamos descontar o imposto de outubro e o de novembro. Vamos receber algo em tomo de Cz$ 300 mil". cakulou. Amaral argumentou que "Legislativo não é emprego, mas um lugar onde se faz
v ibular de uatro em uatro anos junto
ao.;povo'\ o que em sua opinião justifica que o parlamentar ganhe acima da média dos salários.
"AfUJal, um representante sindical, quando se elege, ganha uma porção de privilégios para defender seus representados. Por que nós não podemos também ter privilégios?", insistiu Amaral Neto. O deputado Cunha Bueno (PDS-SP) aderiu ao coro das lamentações: "Tenho mulher, dois filhos, escritório político em São Paulo, onde pago aluguel, telefone e sete funcionários. Como vou sobreviver?"
Para o senador José Richa (PSDB-PR), acha que o jeito é "apertar o cinto", mas ele não aceita que "um jogador de futebol ganhe mais que um parlamentar". O senador Mário Maia (PDT-AC) teme perder o contato com os eleitores do interior do Acre. "Para tomar um tec:o-teco de Rio Branco a Cruzeiro do Sul, no meu estado, eu pago Cz$ 200 mil. Pagando Imposto de Renda, vou ter que reduzir essas viagens", queixou-se.
Maluf quer responder na TV ao PT, PCB e PC do B
SÃO PAULO -Com um extenso arrazoado de 10 laudas, em que pede nada menos que três punições para a coligação Partidos do Povo. formada pelo PT. PCB e PC do B, o candidato do PDS a prefeito, Paulo Maluf, ingressou ontem, com o primeiro processo na Justiça Eleitoral paulista desde que se iniciou o horário de propaganda gratuita no rádio e televisão, há uma semana.
O candidato do PDS se considera atingido em sua "honra pessoal e reputação" pelo programa de quatro minutos veiculado pelo PT no horário gratuito da última segundafeira, no qual o partido apresentou cenas de violência policial registradas durante os governadores de Paulo Maluf, Franco Montoro e Orestes Quércia. O programa deveria ser reapresentado na manhã da terça-feira, mas foi integralmente censurado pela justiça paulista, com o argumento de que criava "indisposição entre a polícia e a populaçio".
Através de seus advogados, Arnaldo Malheiros e Francisco Octávio de Almeida Prado • considerados dois dos mais destacados especialistas em legislação eleitoral no país-, Maluf exige a "pronta vedação (proibição)" do programa apresentado pelo PT no horário gratuito da última segunda-feira. Ele requer "direito de resposta" de, no mínimo um minuto, dentro dos oito minutos diários de que dispõem os petistas no rádio e televisão. Maluf reclama também a instau11ção de "inquérito policial" que apure a responsabilidade crimmal dos autores do programa.
Maluf, asseguram seus advogados, considera "criminosa" a matéria apresentada no programa, principalmente por mostrar "cenas pesadíssimas de violência policial e atrocida· des" a ele atribuídas. "Em todas as épocas. infelizmente, ocorrem violências policiais", constata Maluf. "Como governador sempre tomei as devidas providências para coibir essa prática ilegal e indesejável".
0 Uma taru de 27 metros de comprimeoto e quatro de altura, com o nome Ulysses
escrito em letras liBaotescas. está colocada desde ontem atrás do palanque mootado na Praça avica, em Goilnia, para o comfcio o novo Brasil nasce aqui, marcado para as J5h de hoje. Cem mil pessoas sio esperadas para ver o Jaoçamento oficial da candidatura do depv-
-------" tado Ulysses Guimaries .i pt pública. Durante o comlcio, j da nova CoostituiçAo serio capa, Ulysses e o govemadoc, que Santillo, que recebetá 50 palanque. Ea~ eJ&s. os go~ Paulo, Rio Grande do Sul,
Federal, Rio Grande do Nc
Deputado pede suspen da propaganda de Qm
SÃO PAULO- O governador Orestes Quércia será réu de uma ação popular Impetrada na 7• Vara da Fazenda estadual com base na nova Constituição. O deputado José Dirceu (PT), autor da ação, requer a sus~nsão liminar de toda a propaganda e publicidade oficial do governo paulista e do programa diário de Quércia. em 140 rádios do estado, chamado Bom diiJ, govem~~dor. O parlamentar do PT pede ainda à justiça a devolução aos cofres públicos de todo o dinheiro gasto pelG governo em propaganda, acrescentado de JUros e correção monetária.
Quércia é acusado por José Dirceu de desrespeito ao artigo 37, parágrafo 1° da nova Constttuição, _que estabelece os limites para a publicidade oficial dos governos federal, estadual e municipal. A ação do deputado petista deu entrada na justiça paulista lh46 após a promulgação da nova Carta. Na noite de anteontem mesmo, Quércia já havia retirado seu nome das propagandas e publicidades veiculadas no rádio e televisão. Agora. usa
apenas Governo de São Pau~ entanto, no ar o súnbolo de SI ma~a estilizado do estado, mui 'desrgn dá uma impressão de 1
Relatórios do Tribunal de do e levantamentos da Leda controladora de mídia, justifia lar do deputado. O Tribunal examinar os gastos do goyemo de 1987, observou que Quérci1 bilhão em propaganda e pul desse total fot gasto em a\ campanhas informativas e 8091 das de obras, programas e ativi' no. O parlamentar, com dados 1
de 1988, acmiita_ que até c Quércia destinará CzS 20bilhó ganda governamental.
"Estes gastos acarretam m ao patrimônio público, pois n Constituição fciieral. mas ta11 estaduais já que se destinaran autopromocional". observou I
0 Uma faixa de 27 metros de comprimento e quatro de altura, com o nome Ulysses
escrito em letras gigatJtescaS. está colocada desde ontem atrás do palanque montado na Praça avíca, em Goiillia, para o comfcio o novo Brasil nasce aqui, marcado para as 15h de hoje. Cem mil pessoas são esperadas para ver o IIUIÇSilJento oficial da candidatura do depu-
udo Ulysses Guimaries .t pmidêiN:ia da República. Durante o comício, 50 mil ex,mplares da nova Constituição selio distribuidos. Na cap~, Ulysses e o govemMlor de Goiás, lktJti. que Santillo, que receberá 5lXJ autoridldes no palanque. Entre el&S, os govelliiKiorcs de S4o Paulo, Rio Grande do Sul, CCali, Distrito
Federal, Rio Grande do Norte e Roraima
Deputado pede suspensão da propaganda de Quercia
SÃO PAULO - O governador Orestes Ouércia será réu de uma~ popular impetrada na 7• Vara da Fazenda estadual com base na nova Constituição. O deputado José Dirceu (PT), autor da ação, requer a su~nsão liminar de toda a propaganda e publicidade oficial do governo paulista e do programa diário de Quérda. em 140 rádios dO estado. chamado Bom diJJ, govtm~~dor. O parlamentar do PT pede ainda à justiça a devolução aos cofres públicos de todo o dinheiro gasto peiB governo em propaganda, acrescentado de JUros e correção monetária.
Quércia é acusado por José Dirceu de desrespeito ao artigo :rl, parágrafo 1° da nova Constituição, que estabeiOce os limites para a publicidade ofícial dos gol'ernos federal, esta· dual e municipal. A ação do deputado petista deu entrada na justiça paulista 1 h46 após a promulgação da nova Carta. Na noite de anteontem mesmo, Quércia já havia retirado seu nome das propagandaS e publicidades veiculadas no rádio e televisão. Agora, usa
apenas Governo de São Paulo. Manteve, no entanto, no ar o súnbolo de seu governo: um ma~a estilizado do estado, multic:ólorido, aajo "des1gn dá uma impressio de movimento.
Relatórios do tribunal de Contas do estado e levantamentos da Leda, uma empresa controladora de midia, justificam a ação popular do deputado. O Tribunal de Contas, ao examinar os gastos do governo relativos ao ano de 1987, observou que Ouércia gastou C%$ l,S bilhão em propaganda e publkidade; 20% desse total fot gasto em avisos, editais e campanhas informativas e 80% em propapndas iie obras, programas e atividades do go-..erno. O parlamentar, com dados de alguns meses de 1988, acredita_ que até o final do ano Quércia destinará CzS 20ililhóes para a prope-ganda governamental.
"Estes gastos acarretam danos e prejuízos. ao patrimônio público, pois não só violam a: Constituição feâeral, mas também duas leif estaduais já que se destinaram à propã_g_autopromocional", observou Dirceu. •