Armazenamento de grãos

34
Prof a . Dr a . Camila Ortiz Martinez Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR Campus Campo Mourão Armazenamento de grãos

Transcript of Armazenamento de grãos

Page 1: Armazenamento de grãos

Profa. Dra. Camila Ortiz Martinez

Universidade Tecnológica Federal do

Paraná – UTFPR

Campus Campo Mourão

Armazenamento de grãos

Page 2: Armazenamento de grãos

https://youtu.be/_8BGGBzwsNwCONAB ESTIMA SAFRA DE 2015/2016 EM 188 MILHÕES DE TONELADAS DE GRÃOS

Page 3: Armazenamento de grãos

INTRODUÇÃO

Falta de unidades, inadequações

Custos elevados (pequenos e médios)

Há apenas um pequeno percentual da capacidade armazenadora localizado nas propriedades rurais

A > parte da produção brasileira de grãos é proveniente

Depósitos ou paióis tecnicamente deficientes, sujeitos a... + umidade e temperaturas elevadas nos armazéns potencializa esses efeitos

Page 4: Armazenamento de grãos

INTRODUÇÃO

Produtores não têm adequadas estruturas de beneficiamento: vendem sua produção na safra...

Com isso, grande parte do que poderia ser lucro acaba indo para os intermediários, que então dominam o mercado, ditando os preços de compra e de venda

Vantagens da armazenagem da produção na propriedade: entressafra, resíduos

Page 5: Armazenamento de grãos
Page 6: Armazenamento de grãos
Page 7: Armazenamento de grãos
Page 8: Armazenamento de grãos

SISTEMAS E MANEJO DE UNIDADES ARMAZENADORAS

Grãos são organismos armazenados vivos: respiram

Estrutura interna porosa: má condutibilidade térmica, características higroscópicas (ctes trocas de calor e umidade até)

Aw= metabolismo, micror, ácaros, insetos

Umidade crítica dos grãos

Microrganismos: 14%

Insetos e ácaros: 8 - 10%

ALTERAÇÕES NA COMPOSIÇÃO:

CHO: consumidos pelo metabolismo do grão e de microrganismos associados = decréscimo

Page 9: Armazenamento de grãos

SISTEMAS E MANEJO DE UNIDADES ARMAZENADORAS

PTNAS: sofre reações de hidrólise, de complexação

De desaminação dos aa: formação de ácidos orgânicos e compostos amoniacais

De descarboxilação: origina aminas q caracterizam o processo de putrefação

Escurecimento dos grãos, diminuição do teor de nitrogênio protéico

Lipídeos: fração mais suscetível à deterioração (lipases, fosfolipases dos próprios grãos e micror):

> teor de ácidos graxos livres q induz

Integridade física acelera

Controle da conservabilidade

Page 10: Armazenamento de grãos

SISTEMAS E MANEJO DE UNIDADES ARMAZENADORAS

Matéria mineral

Vitaminas hidrossolúveis e lipossolúveis são altamente afetadas durante o armazenamento, mesmo em condições adequadas:

Hidrossolúveis: riboflavina, tiamina, e niacina

PARÂMETROS NO CONTROLE DA CONSERVABILIDADE

Peso seco, composição química, umidade e temperatura dos grãos, contaminação microbiana, presença e ataque de pragas, características higrométricas do ar, teor de micotoxinas, valor nutricional, germinação das sementes e avaliação sensorial

Page 11: Armazenamento de grãos

Classificação das unidades armazenadoras

Produtora (zona rural). Alto investimento. Cadência operacional.

Coletora (cooperativas)

Subterminal (localiza-se em pontos estratégicos do sistema viário, geralmente em entroncamentos rodo e/ou ferro e/ou

hidroviário, para baixar os custos de transporte)

Terminal (localiza-se junto aos portos para exportação de grãos, ou nos grandes centros consumidores para consumo

imediato)

Nível de cadência operacional e investimento

Page 12: Armazenamento de grãos

Classificação das unidades armazenadoras

No Brasil a armazenagem em nível de produtor: 5% da produção (carência de planejamento, baixa transferência das novas tecnologias geradas ou adaptadas para os agricultores )

França: 30%

Argentina: 35%

Estados Unidos: 62%

Brasil: evolução das estruturas armazenadoras se dá das terminais, subterminais, coletoras e por último nas produtoras (perdas de 20%)

Outros países citados é o inverso:

Estados Unidos as perdas de grãos: 3 a 5%

“quem melhor cuida o produto é o próprio dono”

Page 13: Armazenamento de grãos

Tipos de unidades

armazenadoras

Page 14: Armazenamento de grãos

ARMAZENAMENTO CONVENCIONAL DE GRÃOS

Armazéns e/ou depósitos de construção relativamente simples, de alvenaria na quase totalidade, com o acondicionamento dos grãos em sacaria

Como não aceita automatização no manuseio, nem o controle da qualidade...

requer grãos secos

locais bem ventilados

pilhas a 0,5 m das paredes, altura máx. de 5,5 m e compr. 19 m

1 % a menos de umidade

Perda de peso seco: 4% em 1 ano

Exige cuidados muito apurados contra pragas

Limitações: contam., custo da embalagem e < operacionalidade

+ comuns em propriedades rurais: + espécies, versatilidade no uso

Page 15: Armazenamento de grãos

ARMAZENAMENTO DE GRÃOS A GRANEL

Constitui uma tendência universal Vantagens: controle, velocidade, tempo Nos países desenvolvidos: generalizada e integrada desde a colheita Grãos menores x grãos menores: aeração (60 ou 90 dias) Temp: 5ºC Classificação:

silos elevados: altura é > que o diâmetro (bin, upright storage e vertical storage)

silos horizontais ou armazéns graneleiros: horizontal storage ou flat storage

Page 16: Armazenamento de grãos

Silos elevados de concreto

Depósitos de média e grande capacidade:

Torre: elevadores, secadores, exaustores, máquinas de limpeza, distribuidores

Conjunto de células e entrecélulas: fundo em forma de cone, tamanho e número (rotatividade)

Grande movimentação dos grãos na torre: pó (poluente e agente de explosões) - exaustores

Funcionamento automático: painel de controle

Pouca mão-de-obra para todas as operações

As operações são ajustadas p/ movimento da massa com o mínimo de interrupção

Page 17: Armazenamento de grãos
Page 18: Armazenamento de grãos

Silos elevados de concreto

Produto é pesado

Descarga da massa na moega de recepção

Transporte por diversos sistemas elevadores (canecas ou pneumáticos) e transportadores horizontais para as células de estocagem

saída por um transportador horizontal inferior (gravidade)

despejado nos caminhões ou vagões, e posterior pesagem

Page 19: Armazenamento de grãos

Silos elevados de concreto

Alto investimento inicial, mas:

baixo custo de manutenção

vida de utilização muito longa

Proporciona um sistema de manipulação dos produtos de forma rápida, econômica

Condições de armazenar diferentes espécies e variedades de grãos

Page 20: Armazenamento de grãos

Silos metálicos

De média e pequena capacidade:

Em geral, são metálicos, de chapas lisas ou corrugadas,

De ferro galvanizado (branco, sol) ou alumínio

Fabricados em série e montados sobre um piso de concreto

Equipados com sistema de aeração (condensação de vapor d’água nas paredes internas do silo e a migração de umidade)

O equipamento de carga e descarga dos grãos pode ser portátil, empregando-se elevador de caçamba, helicóides (rosca) ou pneumático

Page 21: Armazenamento de grãos

Silos metálicos

Durante o verão, o calor solar pode aumentar a temperatura dos grãos

as superfícies refletoras das estruturas externamente podem melhorar as condições térmicas

Silos com paredes isoladas, termicamente podem evitar ou minimizar a migração da umidade

Os silos metálicos herméticos de média e grande capacidade com isolamento térmico de chapas de fibra de madeira (Eucatex) e revestimento com lâminas de madeira (Duratex), para oferecer a resistência às grandes pressões que os grãos exercem sobre as paredes, apresentam viabilidade econômica

Page 22: Armazenamento de grãos
Page 23: Armazenamento de grãos

Silos herméticos

Princípio: redução da taxa de oxigênio (respiração) fungos e insetos

Podem armazenar grãos úmidos para a alimentação animal

Com grãos úmidos, após um breve período, uma mudança acentuada devido... rápido consumo de oxigênio e um aumento acentuado...

A respiração dos grãos secos é baixa, mas qdo infestados por insetos... (grau de infestação de insetos)

Page 24: Armazenamento de grãos

Armazéns graneleiros

Interesse crescente: baixo custo em relação ao silo elevado e rapidez na construção

Limitações funcionais:

necessidade de manter a massa de grãos com teor de umidade mais baixo que no silo elevado

dificuldades na descarga do produto armazenado

Grandes compartimentos de estocagem de

concreto ou alvenaria com 2 septos divisórios

(melhor controle)

Page 25: Armazenamento de grãos

Armazéns graneleiros

Apresenta fundo em forma de V e equipamento automático para carga e descarga

Aberturas laterais: insetos

Armaz. a longo prazo é problemático:

dificuldade para o expurgo

> deterioração: grande massa

Sistema de termometria instalado

ineficientemente

Page 26: Armazenamento de grãos
Page 27: Armazenamento de grãos

ESCOLHA DO TIPO DE UNIDADE ARMAZENADORA

fatores técnicos e econômicos

custo de instalação e de operação

finalidade a que se destina a unidade

Localização

VANTAGENS E DESVANTAGENS

Page 28: Armazenamento de grãos

Silo metálico

Vantagens:

fundações mais simples e baratas

custo por tonelada inferior ao silo de concreto

células de capacidade média permitindo maior flexibilidade operacional

Desvantagens:

possibilidade de vazamento de gases durante o expurgo

transmissão de calor ambiente para dentro da célula, podendo ocorrer condensações

maior custo de instalação que os graneleiros

Page 29: Armazenamento de grãos

Silo vertical de concreto

Vantagens:

menor espaço ocupado, devido seu desenvolvimento vertical

paredes espessas, evitando transmissão de calor para a massa de grãos

melhor conservação dos grãos, permitindo armazenagem por longo tempo

Desvantagens:

alto custo de implantação e longo tempo para construção

torre de serviço cara

grande altura de queda dos grãos, causando quebra

Page 30: Armazenamento de grãos

Armazém graneleiro

Vantagens:

baixo custo por tonelada instalada

rapidez de execução

grande capacidade em pequeno espaço

Desvantagens:

pequena versatilidade na movimentação de grãos

pequeno número de células

grande possibilidade de infiltração d’água

possibilidade de ocorrer dificuldade de aeração

Page 31: Armazenamento de grãos

Conab https://youtu.be/v8BFQtuxHzk

Page 32: Armazenamento de grãos

https://youtu.be/e3xzO8paICg

Page 33: Armazenamento de grãos

Capacidade estática dos armazéns (mil ton) – Conab 2016

Page 34: Armazenamento de grãos

Capacidade estática dos armazéns (mil ton) – Conab 2016

UF 2011 2012 2013 2014