Arquidiocese em Notícias 116º Edição

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Remetente: Rua José Clemente, 500 – Centro – CEP.: 69.010-070 – Manaus/AM 09 16 Projeto visa à sustentabilidade D. Mário Antonio assume CNBB Norte 1 Informativo da Arquidiocese de Manaus • Ano 14 • Nº 116 – Junho 2015 É preciso passar do medo à hospitalidade MIGRAÇÃO

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Remetente: Rua José Clemente, 500 – Centro – CEP.: 69.010-070 – Manaus/AM

09 16Projeto visa à sustentabilidade

D. Mário Antonioassume CNBB Norte 1

Informativo da Arquidiocese de Manaus • Ano 14 • Nº 116 – Junho 2015

É preciso passar do medo à hospitalidade

Migração

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Caro leitor e leitora do “Arquidiocese em Notícias”,

Graça e Paz para você, sua família e comunidade!

A Festa de Corpus Christi 2015 convida o Povo de Deus, reu-nido em nossa Arquidiocese, a fazer memória do IX Congresso Eucarístico Nacional, realizado em Manaus, no período de 16 a 20 de julho de 1975. Passados 40 anos deste grande aconteci-mento reunindo milhares de pessoas no Estádio Vivaldo Lima, as vozes que lá se manifestaram ecoam, através do tempo, para a sociedade de hoje, o tema do congresso eucarístico: “Repartir o pão”. Continuamente somos chamados a repartir o pão em nossa Igreja Local na solidariedade que emana entre as nossas comunidades cristãs, que muito têm, para com aquelas que muito precisam.

Cito uma frase do sociólogo polônes Zigmunt Bauman: “Uma comunidade é tecida à medida em que cada membro se reveste da responsabilidade para com o outro”. Em outras pala-vras, em Atos dos Apóstolos se diz: “De fato, entre eles não havia nenhum necessitado... Então se distribuía, a cada um, segundo a própria necessidade” (cf. 4,33-35). Repartir o pão na socieda-de, através da distribuição entre os irmãos da capital e os do in-terior, das riquezas “manufaturadas” e das exploradas no Estado do Amazonas. Chega do “Irmão-rico” ignorar o sofrimento dos “Irmãos-pobres” e só lembrá-los em época de eleição!

É preciso repartir o pão como atitude fraterna, contrária à globalização da indiferença e ao desengajamento pelo ou-tro. Que Jesus de Nazaré ajude-nos a tomar consciência que o cristão é aquele que abre as mãos e o coração para partir e repartir o pão.

Nesta edição de junho do “Arquidiocese em Notícias”, você é convidado a refletir sobre a situação dos migrantes em nos-sa cidade e no mundo. Vamos também fazer memória sobre os 30 anos do martírio de Irmã Cleusa. Que tal saber mais sobre a Paróquia São Pedro Apóstolo, do município de Rio Preto da Eva? Não deixe de acompanhar o que aconteceu em nossa Arquidio-cese de Manaus através do “Giro Pastoral” e, em “Atividades Pas-torais”, veja o que está programado para ocorrer em nossa Igreja Local neste mês de junho. Confira ainda, a entrevista com o diá-cono Marcos Aurélio, que será ordenado presbítero no próximo dia 14 de junho. Tudo isso e muito mais nesta edição!

Estimado associado e associada à Fundação Rio Mar, quero, em nome de todos os funcionários e colaboradores da Rede Rio Mar de Comunicação, agradecer por sua generosa contribuição mensal e pelo sucesso de nossa campanha extra do mês de maio. Sua ajuda é a providência divina para manter os meios de comunicação em prol da evangelização. Um abraço fraterno e uma ótima leitura para você!

E X P E D I E N T E• • • • • • • • •

ARQUIDIOCESE EM NOTÍCIAS É O INFORMATIVO DA ARQUIDIOCESE DE MANAUS

CONSELHO EDITORIAL

Dom Sérgio Castriani Arcebispo Metropolitano de ManausDom Mário Antonio da Silva Bispo Auxiliar

Pe. Geraldo Ferreira Bendaham Coordenador de PastoralPe. Marcus Vinicius de Miranda Fidei Donum – Diocese de Ribeirão Preto/SP

Pe. Charles Cunha Diretor Administrativo da Fundação Rio MarAdriana Ribeiro Relações Públicas

Ana Paula Lourenço Jornalista

Projeto Gráfico e Editorial Wega ComunicaçãoDiretor Executivo Epifânio Leão

Diretor de Redação Antonio Ximenes – MTB: 23.984 DRT-SPEditora Lineize Leal – MTB: 753 AM

Diagramação Helcio Ferreira Junior – MTB: 556 AMIgor Souza

Revisão Ana Paula Lourenço, Epifânio Leão, Ivaneide Lima, Jesua Maia e Lineize Leal

Textos Ana Paula Lourenço, Edney Mendonça, Ana Kelly Franco, Francilma Grana, Lineize Leal, Rosário Silva, Macildo Ribeiro e Luiz Neto

Tiragem 6.000 exemplaresPeriodicidade Mensal

Impressão Grafisa

Abrangência Em toda a área de atuação daArquidiocese de Manaus (Careiro, Careiroda Várzea, Iranduba, Manaus, Manaquiri,Novo Airão, Presidente Figueiredo e RioPreto da Eva), Dioceses do Amazonas (Alto Solimões, Borba, Coari, Itacoatiara,Parintins, São Gabriel da Cachoeira e Tefé)e Regionais da CNBB

Disponível na internet www.arquidiocesedemanaus.org.brwww.rederiomar.com.br

Fale conosco Fundação Rio MarRua José Clemente, 500 – CentroCEP: 69010-070 • Manaus-AM(92) 3198-0903 • [email protected]

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Repartir o pão, como combate incansável à corrupção no Brasil. Palavras do Papa Francisco: “A corrupção é suja, aquele que permite a corrupção não é cristão e também cheira mal. Um cristão não se deixa corromper”.

Pe. Charles Cunha Dir. Superint. da Fundação Rio Mar

2 • Junho • Arquidiocese em Notícias

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Caros leitores e leitoras,

O mês de junho começa com a celebração de Corpus Christi. Logo na primeira semana, nos reuniremos todos ao redor do altar para ce-lebrar a Eucaristia, memória da morte e ressurreição do Senhor, sinal da sua presença entre nós até à sua volta gloriosa. Depois da cele-bração, sairemos em procissão levando o pão consagrado, presença real de Cristo entre nós, pois o pão eucarístico, é verdadeiramente, o seu corpo. Nós o guardamos no sacrário para que possa ser levado aos doentes e aos que não têm a Celebração Eucarística, e nós o adoramos porque a presença de Jesus no mistério do seu corpo e sangue é real. Este mistério nos foi deixado pelo próprio Jesus e transmitido de gera-ção em geração, pela Igreja.

Neste dia, saímos às ruas com o corpo do Senhor, deixamos o templo, e damos, publicamente, testemunho da nossa fé. Tendo uma única celebração na cidade, queremos também viver a unidade entre nós. Eucaristia é mistério e fonte de comunhão. Nós comungamos do mesmo pão e bebemos do mesmo cálice. Na Eucaristia esta comunhão se realiza e o corpo de Cristo, que é a Igreja, também presença real de Jesus e seu sacramento no mundo, se torna visível. Neste ano celebra-mos quarenta anos do Congresso Eucarístico Nacional de Manaus. Foi um evento maravilhoso e que deixou como lembrança a quinta oração eucarística, tão cara à nossa Igreja no Brasil.

O lema do congresso foi “Partir o Pão”. A palavra partir lembra entrega, doação, sacrifício, serviço e também, partilha, solidariedade, comunhão. A Eucaristia só tem sentido se for expressão de uma vida doada e de uma solidariedade vivida. Do contrário, a profanamos e a celebramos indignamente. Para que o mundo creia é necessário que a nossa vida seja eucarística e que participemos do sacrifício de Jesus, entregando as nossas vidas no serviço diário e no compromisso com a vida. Os sinais do pão e do vinho sempre devem vir acompanhados do sinal do lava-pés.

Neste mês, somos chamados a acolher os estrangeiros. Em junho, se realiza a Semana do Migrante e é ocasião para tomarmos consciên-cia da realidade das migrações. A humanidade sempre migrou. Todos somos migrantes ou descendemos de quem um dia saiu de sua terra à procura de uma vida melhor. A realidade da migração é sempre dura. Nunca é fácil deixar pátria, família, amigos e ir viver em lugares es-tranhos, com costumes diferentes, às vezes tendo que aprender uma língua desconhecida. Mas, há situações dramáticas como a que esta-mos assistindo agora, quando milhares de pessoas desejosas de iniciar uma nova vida morrem afogadas no Mar Mediterrâneo tentando pas-sar da África para a Europa. No Brasil, chegaram e continuam a chegar os haitianos, mas não só eles. Como Igreja não queremos ouvir: eu era estrangeiro e não me recebestes. Além da conversão pessoal, também é preciso nos organizar para acolher os estrangeiros e migrantes. Que as nossas comunidades e paróquias se organizem para recebê-los. Daí a importância da Pastoral dos Migrantes.

Neste mês, também temos muita festa. Ao redor da fogueira, de um saco de pipoca, de batata doce assada e muito mais, dançamos quadrilha e tantas outras danças que enriquecem o nosso folclore. Que tudo seja ocasião de fraternidade, de amizade e de alegria. Longe de nós a bebedeira, brigas, ciúmes e confusões. Que Antônio, Pedro, João e Paulo, santos deste mês, sejam para nós exemplo de fé e de vida, e também nossos intercessores. E, para tornar junho mais rico, temos a solenidade do Sagrado Coração de Jesus. O coração de Jesus é a humanidade de Deus, o símbolo maior do amor primeiro e incon-dicional. Um amor solidário que só quer ser amado. Na nossa Igreja o Apostolado da Oração mantém viva esta devoção, consagrando o mundo e fazendo a oração reparadora pelo amor que não é amado e pela dignidade humana diminuída pelo pecado.

Peço a Deus que, pela intercessão dos santos deste mês, abençoe a cada um e cada uma com todos os seus familiares para que todos experimentemos e vivamos o Amor do Coração de Jesus.

O coração de Jesus é a

humanidade de Deus, o símbolo maior do amor

primeiro e incondicional.

Um amor solidário que só

quer ser amado.

ORDENAÇÃO SACERDOTALDATA NOME PARÓQUIA / ÁREA MISSIONÁRIA26/04/2015 PE. JOSÉ DOMINGOS DAMASCENO BARÃO SÃO PAULO APÓSTOLO

CRIAÇÃO DE SANTUÁRIONOME DATA DE CRIAÇÃO/INSTALAÇÃOSANTUÁRIO ARQUIODIOCESANO DE SÃO JOSÉ OPERÁRIO 26/04/2015

ORDENAÇÃO: DIÁCONO PERMANENTEDATA NOME LOCAL PARÓQUIA / ÁREA MISSIONÁRIA09/05/2015 RICARDO CÉSAR LOPES PEREIRA COMUNIDADE SÃO TOMÉ ÁREA MISSIONÁRIA PONTA NEGRA

23/05/2015 MANOEL ADEMAR VASQUES MENDES COMUNIDADE SÃO PAULO APÓSTOLO ÁREA MISSIONÁRIA SÃO LOURENÇO

30/05/2015 REGINALDO DIAS BARROS NOSSA SENHORA DA LUZ ÁREA MISSIONÁRIA SANTOS MÁRTIRES

POSSE: PRESBÍTEROSDATA NOME MUNUS PARÓQUIA / ÁREA MISSIONÁRIA26/05/2015 PE. CAIRO JOSÉ FERREIRA GAMA PÁROCO PARÓQUIA DE SANTA LUZIA (MATINHA)

02/06/2015 PE. CARLOS EDUARDO CASTRO DOS SANTOS PÁROCO ÁREA MISSIONÁRIA SÃO LUCAS

CÚRIA ARQUIDIOCESANA

Dom Sérgio Eduardo CastrianiArcebispo de Manaus

Arquidiocese em Notícias • Junho 3

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Fotos: Ana Paula Lourenço e Lineize Leal

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Ana Kelly Franco

O Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino Superior da Amazônia (ITEPES) realizou na manhã do dia 15 de maio, uma mesa-redonda sobre o Ecumenismo e a Semana de Oração da Unidade Cristã, tendo como participantes o padre Vanthuy, diretor do ITEPES; padre Claudi; padre Pedro Facci; o pastor Valdemar Sjlender, da Igreja Luterana no Brasil; a senhora Maria Lene, do Movimento Focolares; o pastor Edson Barreto, da Igreja Batista Bíblica de Jesus; e Dom Mário Antô-nio, bispo auxiliar de Manaus e presidente da CNBB Norte 1, estavam presentes mais de quarentas pessoas entre elas os estudantes, religiosos e religiosas.

O evento ocorreu nas dependências do ITEPES, localizado na Rua da Maromba no bairro Chapada. Iniciou com a apre-sentação dos participantes da mesa, seguida por um cântico de acolhida. O primeiro a se pronunciar foi o padre Vanthuy, que fez um pequeno resumo sobre os traços históricos do ecu-menismo desde dos tempos medievais até as palavras do Papa Francisco sobre o Ecumenismo.

O padre Claudi falou sobre a ótica do Concílio Vaticano II, o Ecumenismo a partir do Papa João Paulo II que também foi um marco para o Ecumenismo, a visão da CNBB, e alguns tra-ços sobre a motivação do Ecumenismo e os desafios da Igre-ja Católica. Na terceira reflexão, o padre Pedro Facci explicou sobre o Ecumenismo e a missão, dando como exemplo o livro escrito por padre Paulo Manna que foi missionário nas cidade

de Mianmar e no continente Africano; e o livro “Irmãos Sepa-rados” que dispõe sobre a necessidade de alimentar a evange-lização ecumênica pela oração e pela disposição colaborativa, criativa e perseverante.

O pastor Valdemir Sjlender falou dos desafios para o Ecu-menismo na ótica da Igreja Luterana no Brasil. Valtemir deu o seu testemunho de ecumenismo, relatando que, quando criança no centro da cidade, as igrejas Católicas, Luteranas e Adventista ficavam próximas e que muitos de seus amigos eram de Igrejas diferentes, explicou que o desafio do ecume-nismo é aprender a dialogar com o próximo.

Em seguida, a senhora Maria Lene, do Movimento Foco-lares, explicou a história de Chiara Lubich fundadora do movi-mento e os desafios que ela enfrentou .

Já o pastor Edson Barreto Brito de Jesus, da Igreja Batista Bíblica de Jesus, deu seu testemunho de comunhão através da arte. Explicou que é preciso enxergar no outro o semblante de Deus e que é importante estar na Igreja por causa de Jesus e não pela figura da pessoa que leva a palavra.

“Nós percebemos através das temáticas colocadas sobre o Ecumenismo, sobre a espiritualidade e missão e as expe-riência dos irmãos de outras profissões religiosas de que o Ecumenismo é um caminho de busca da unidade, a luz do Espírito Santo e que se reforça cada vez mais quando nós vamos além dos nossos bons sentimentos e das palavras através dos gestos concretos. Isso é o ponto básico do Ecu-menismo”, destacou Dom Mário Antonio, bispo Auxiliar de

Manaus. Ele acrescentou que: “a oração, é a alma do ecu-menismo, não existe ecumenismo sem oração, pois é fruto do Espírito Santo; o estudo como dinâmica para conhecer a nossa igreja e conhecer as outras igrejas, quando se conhece é capaz de amar e conviver no respeito; e terceiro elemento é a ação social, que é o testemunho vivo do Ecumenismo, em comunhão em favor da sociedade para que todos tenham vida em abundância”, pontuou Dom Mário.

O encontro encerrou com uma Celebração Ecumênica pre-sidida pelo pastor Valdemar Sjlender, pastor Edson Barreto e por Dom Mário Antonio.

Mesa-redonda trata sobre Ecumenismo e a Semana de Oração da Unidade Cristã

Fotos: Lineize Leal

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4 • Junho • Arquidiocese em Notícias

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A grande intuição da reforma litúrgica do Concilio Vaticano II a respeito da Eucaristia foi voltar à simplicidade evangélica: aos gestos e palavras de Jesus na última ceia, às vésperas de sua pai-xão. A Eucaristia é ação da comunidade reunida para realizar o que Jesus fez e mandou fazer, escutando a Palavra, dando graças, comendo e bebendo em memória da sua páscoa, oferecendo-se com Cristo ao Pai na unidade do Espírito Santo (SC 48).

O culto eucarístico fora da missa tem sua origem e seu fim na celebração litúrgica, nela se inspira e a ela encaminha o povo. A finalidade primeira da reserva eucarística é a comu-nhão aos doentes; depois, a distribuição da comunhão fora da missa e a adoração.

A adoração prolonga o clima eucarístico da Missa, num tom de oração mais contemplativa, enquanto a celebração acentua a participação na ação litúrgica, sobretudo a Palavra e a comunhão; os momentos de adoração pessoal e comunitário preparam, por sua vez, as pessoas para uma participação mais consciente e profunda da Missa; esses momentos fazem com que as mesmas atitudes eucarísticas ação de graças, sintonia com Cristo no seu sacrifício pascal, impregnem as diversas ati-vidades da jornada diária. O culto da Eucaristia fora da Missa ajuda-nos a nos dar conta de que o mesmo Senhor Ressuscita-do, que se nos dá como alimento na celebração, está presente nas vinte e quatro horas do dia, comunicando-nos a sua força e a sua vida.

O Ritual da Sagrada Comunhão e o Culto do Mistério Eu-carístico fora da Missa (1974), no capítulo terceiro, enumera, motiva e regula as várias formas de culto: a exposição breve e a mais prolongada, as procissões, os congressos eucarísticos etc, sublinhando sempre que essas formas de culto devem proceder da celebração e conduzir a ela, e que na nossa espiritualidade devemos chegar a uma síntese frutuosa entre ambos os aspec-tos: a celebração e a adoração.

O Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia, n. 165, e tam-bém a Instrução Eucharisticum Mysterium, dão orientações para os momentos de adoração. Pela estreita ligação entre adoração e a celebração comunitária, sugere-se retomar na adoração os textos bíblicos da liturgia do dia ou até mesmo os textos litúr-gicos: a oração do dia, o prefácio e a própria oração eucarística.

A carta circular Paschalis Solenitatis, de 1989, traz algumas orientações para a adoração da quinta-feira santa: que o lugar preparado para a adoração dos fieis, após a celebração, seja só-brio e que o Santíssimo seja conservado em sacrário ou cibório fechado. Não é permitida a exposição em ostensório. A adora-ção se prolonga até a meia noite da quinta-feira. Durante o dia da sexta-feira da paixão e do sábado santo, a orientação é que se celebre o Oficio Divino em vez de fazer adoração.

Enfim, chegamos à conclusão que o culto eucarístico tem origem e fim na Celebração da Missa e que nos impele a um compromisso concreto na jornada diária.

O LUgAR DO CULTO EUCARÍSTICO NA LITURgIAIrmã Cidinha Batista

Discípula do Divino Mestre

LEITURA LITÚRGICA DA PALAVRA – JUNHO/2015Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

S. JUSTINOTb 1,3;2,1a-8Sl 111(112),1-6 (R/. 1a)Mc 12,1-121o Semana do Saltério9 a Tempo Comum

SS. MARCELINO E PEDROTb 2,9-14 Sl 111(112),1-27bc-8.9 (R/. cf. 7c) Mc 12,13-17

S. CARLOS LwANGAE COMPS.Tb 3,1-11a.16-17a Sl 24(25),1-7bc.8-9 (R/. 1b)Mc 12,18-27

CORPO E SANGUEDE CRISTOEx 24,3-8 Sl 115(116),12-13.15.16bc.17-18 (R/. 13) Hb 9,11-15Mc 14,12-16.22-26Ofício Solene

S. BONIfáCIOTb 11,5-17 Sl 145(146),2ab.6c-78-9a.9bc-10 (R/. 1) Mc 12,35-37

S. NORBERTOTb 12,1.5-15.20 (Sl)Tb 13,2.6-8 (R/. 2a) Mc 12,38-44

10º DOMINGOGn 3,9-15 Sl 129(130),1-8 (R/. 7) 2Cor 4,13-18- 5,1 Mc 3,20-35Satanás será destruído.II semana do saltério

S. EFRéM2 Cor 1,1-7Sl 33(34),2-9 (R/. 9a) Mt 5, 1-12

S. José de Anchieta 2Cor 1,18-22 Sl 118(119),129-133.135 (R/. 135a) Mt 5,13-16

2Cor 3,4-11 Sl 98(99),5-9 (R/. cf. 9c) Mt 5,17-19

S. Barnabé ApóstoloAt 11,21b-26; 13,1-3Sl 97(98),1-6 (R/. 2b)Mt 10,7-13

SAGRADO CORAÇÃODE JESUSOs 11,1.3-4.8c-9 (Sl)Is 12,2-3.4bcd.5-6(R/. 3) . Ef 3,8-12.14-19Jo 19,31-37

ImaculadoCoração de MariaIs 61,9-11 (Sl) 1Sm 2,1.4-8 (R/. cf. 1a) Lc 2,41-51

11º DOMINGOEz 17,22-24 . Sl 91(92),2-3.13-16 (R/. cf. 2a) . 2Cor 5,6-10 Mc 4,26-34 É a menor de todas as sementes e se torna maior que todas as hortaliças.III semana do saltério

2Cor 6,1-10 Sl 97(98), 1-4 (R/. 2a) Mt 5,38-42

2Cor 8,1-9 Sl 145(146),2.5-9a (R/. 1) Mt 5,43-48

2Cor 9,6-11 Sl 111(112),1-4.9 (R/. 1a) Mt 6,1-6.16-18

2Cor 11,1-11 Sl 110,1-2. 3-4. 7-8 (R. 7a) Mt 6,7-15

S. Raimundo2Cor 11,18.21b-30 Sl 33(34),2-7 (R/. cf. 18b) Mt 6,19-23

2Cor 12,1-10 Sl 33(34),8-13 (R/. 9a) Mt 6,24-34

12º DOMINGOJó 38,1.8-11 Sl 106(107),23-26.28-31 (R/. 1b) 2Cor 5,14-17 . Mc 4,35-41Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?IV semana do saltério

Ss. João fishere Tomás More S. Paulino de NolaGn 12,1-9 Sl 32(33),12-13.18-20.22 (R/. 12b) Mt 7,1-5

Gn 13,2.5-18 Sl 14(15),2-5 (R/. 1b) Mt 7,6.12-14

NATIVIDADE DE S. JOÃO BATISTAls 49,1-6Sl 138(139),1-3.13-15 (R/. 14a) . At 13,22-26Lc 1,57-66.80 Ofício solene

Gn 16,1-12.15-16 Sl 105(106), 1-5 (R/. 1a) Mt 7,21-29

Gn 17,1.9-10.15-22 Sl 127(128),1-5 (R/. 4) Mt 8,1-4

S. Cirilo de AlexandriaGn 18,1-15 (Sl) Lc 1,46-50.53-55 (R/. cf. 54b) Mt 8,5-17

S. PEDRO E S. PAULO, APÓSTOLOSAt 12,1-11 . Sl 33(34),2-9 (R/. 5)2Tm 4,6-8.17-18 . Mt 16,13-19Tu és Pedro e eu te darei as chaves do Reino dos Céus.Ofício Solene

Gn 18,16-33 Sl 102(103),1-4. 8-11(R/. 8a) Mt 8,18-22 I semana do saltério13ª Tempo comum

SS. PRIMEIROS MáRTIRES DE ROMAGn 19,15-29 Sl 25(26),2-3.9-12 (R/. 3a) Mt 8,23-27

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3

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Corpus ChristiTema: 2015 4JUNHO

DE

Repartir o pão‘’ ‘’

40 Anos

Congresso EucarísticoIX

Nacional em Manaus

Missa às 17h na Praça do Congresso.

Logo após, Procissão Eucarística e Bênção do Santíssimo Sacramento.

Arquidiocese em Notícias • Junho 5

Page 6: Arquidiocese em Notícias 116º Edição

Missão

Rosário Silva

Com três anos no propósito de animar os agentes pastorais em suas missões, sobretudo, os da Pastoral do Dízimo, o MEAC (Missionários para Evangelização e Animação de Comunida-des), promove formação de leigos a viverem no espírito mis-sionário integrados no anúncio da mensagem de Jesus Cristo.

Em 2010, por iniciativa do padre Milton Both, que atuava na Área Missionária Ponta Negra, José Pimentel foi convidado para ajudar na Pastoral do Dízimo do Setor 4 a preparar a “Ce-lebração da Partilha” de acordo com a metodologia utilizada pelo MEAC. Em seis meses missionários realizaram a “Celebra-ção da Partilha” em seis paróquias e duas áreas missionárias, com os resultados satisfatórios. No ano de 2011, em reunião com Dom Luiz Soares Vieira, Antoninho Tatto, padre Milton e José Pimentel se concretizou o núcleo do MEAC em Manaus para servir toda a Amazônia. Atualmente, em Manaus, existem 12 missionários, seis mulheres e seis homens.

São constatados pela equipe do MEAC avanços significa-tivos na metodologia da missão amparada pela Palavra de Deus e pelos documentos da Igreja. Com isso, o aumento no número de dizimistas. “Ser dizimista é agir de forma con-creta na construção do Reino de Deus”, parafraseando Anto-ninho Tatto, comenta José Pimentel Leal (64), Missionário, Consagrado pelo MEAC.

O MEAC surgiu em 1972, em São Paulo e, atualmente, realiza serviços em todo território nacional. Seu trabalho é reconhecido e realizado também em dioceses e paróquias de países como Estados Unidos, Moçambique e Guiné Bissal.

PASTORAL DO DízIMOA Pastoral do Dízimo, coordenada por Cacilda Paiva

(52), dá apoio a todas às comunidades da Arquidiocese de Manaus. Ao todo, 13 pessoas de diferentes setores se reú-nem uma vez ao mês e mesmo com dificuldades financeiras, quando solicitadas realizam visitas aos bairros e municípios

para despertar ainda mais a animação e ardor no serviço da pastoral. “O desafio é grande, pois o agente da pastoral muitas vezes não capta a necessidade de evangelizar a cons-ciência das pessoas para assumirem a missão de serem dizi-mistas”, destaca Cacilda.

Nas comunidades, os coordenadores são orientados a realizarem visitas às casas de ‘porta a porta’, também na re-alização de plantão nas entradas das Igrejas. Além de pres-tarem conta na Celebração da Partilha, eles também partici-pam de formações.

Segundo padre Leudimar dos Santos, animador espiritual da Pastoral do Dízimo, esse ano, houve um encontro onde se pautou a animação missionária do dízimo nas paróquias e áre-as missionárias da Arquidiocese de Manaus. “O meu trabalho é realizar um serviço de animação, em especial àquelas pessoas que estão distantes do dízimo. Trabalhar a espiritualidade, para que elas entendam que o dízimo não é apenas o dinheiro mas uma aproximação com Deus e, fazer com que as pessoas entendam que dentro do dízimo existe essa missão de ajudar outras pastorais”, disse o animador.

MEAC e Pastoral do Dízimo: missão Cristã na construção do Reino de Deus

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6 • Junho • Arquidiocese em Notícias

Page 7: Arquidiocese em Notícias 116º Edição

AS CONSEQUêNCIAS DA MIgRAÇÃO PARA A VIDA DA FAMÍLIAOlhando para as nossas comunidades, para as nossas famílias, para a

nossa realidade e história constatamos que somos todos migrantes, com a diferença de que uns chegaram antes e outros estão chegando agora.

O processo de migração é difícil. Durante o período de migração e aculturação, as famílias passam por uma modificação de seu contexto sociocultural e de sua identidade social. Esta modificação é especialmente difícil devido ao fato de ocorrer de forma rápida e grosseira, o que vem ameaçar o antigo equilíbrio familiar. Limi-tes, hierarquias e padrões de interação são reestruturados para que a família, como unidade, possa se adaptar e integrar-se dentro de um novo contexto social. A família que se desloca traz consigo o desejo de manter os laços afetivos com o lugar de onde saiu e de por em prática os projetos construídos em relação ao lugar para onde se mudaram. Ao estabelecer contato com as pessoas do lugar onde chega, a família migrante vivencia uma nova realidade que pode implicar em rupturas no seu mo-delo de vida social, onde, por vezes, o seu modo de viver de antes – configuração fa-miliar, manifestações religiosas, papel desempenhado por cada um, ocupações etc.

As mudanças na vida familiar nunca são fáceis de lidar, os efeitos são viven-ciados em graus diversos. Experienciar o conflito faz parte do cotidiano de toda família, mas são os fatores sociais e subjetivos que estabelecem a forma como se vai lidar com ele. As relações sociais que vão se formando com a migração e a forma como isso afeta os membros da família podem alterar a configuração familiar.

Os deslocamentos têm múltiplos impactos nas pessoas, a migração pode conduzir uma família à maior integração, através da necessidade de proximida-

de, do sentimento de pertença, da partilha de lembranças, da preservação dos costumes e tradições, ou a desagregação, com a vivência de realidades que são contrárias ao que se tinha como certo, com problemas econômicos por conta so-bretudo do desemprego, e com a quebra dos vínculos até então estabelecidos.

A questão da nova dinâmica com a qual a família deverá conviver pode ser visua-lizada a partir dos possíveis questionamentos e dificuldades que aparecem na vida do migrante. Os conflitos surgem principalmente quando há uma diferença muito gran-de entre as concepções difundidas no local destino e no local de origem da família.

A mobilidade pode produzir transformações intensas na família, tanto para os que migraram, quanto para os que permaneceram na comunida-de de origem. Essas mudanças podem relaciona-se à melhoria do acesso à saúde, ao estabelecimento de relações mais igualitárias sem violência ou coerção, ou agravar conflitos que estavam ocultos.

Efetivamente a migração provoca transformações, e pode ser percebida, num primeiro momento, como um fator de desagregação familiar. Entretan-to o deslocamento tem vantagens e limitações que são vencidas buscando a ressignificação de vínculos, de costumes de tradições na relação com a nova comunidade onde a família se insere.

Diante dessa realidade podemos nos perguntar: Como temos ACOLHIDO o MIGRANTE em nossas paróquias e áreas missionárias?Temos sido IGREJA ABERTA em MOVIMENTO DE SAÍDA que vai ao encontro

e se torna o aconchego daqueles que estão chegando agora?

Pe. Marcus Vinicius de Mirandafidei Donum da Diocese de Ribeirão Preto/SP

As mudanças na vida familiar nunca são fáceis de lidar.

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Arquidiocese em Notícias • Junho 7

Page 8: Arquidiocese em Notícias 116º Edição

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Fonte: Rádio Vaticano

Ao participar da Assembleia da Caritas Internacional que se realiza em Roma, o presidente do Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz, Cardeal Peter Turkson, falou aos microfones da Rádio Vaticano sobre a iminente publicação da Encíclica do Papa Francisco sobre Ecologia humana e natural:

“Acredito que o Papa permanecerá fiel ao seu projeto ori-ginal, isto é, o de fazer alguma coisa sobre ecologia humana e natural. Portanto, acredito que estes dois pontos sempre estarão presentes na Encíclica: preocupação pela salvaguarda da Criação e a salvaguarda por uma ecologia e uma antropologia sã. As duas caminham juntas. Não se pode descuidar da salvaguarda da Cria-ção e depois pretender cuidar da vida humana, o seu bem-estar, a saúde...As duas coisas caminham sempre juntas”.

RV: Na sua opinião, porque as pessoas estão tão sensibiliza-das em relação ao tema da próxima Encíclica?

“É uma experiência que fizemos no dicastério...existe sempre um grupo de críticos...Para esta Encíclica o tema é a salvaguarda da Criação e já existia no Pontificado de Paulo VI, e João Paulo II promoveu este chamado à conversão ecológica que já existia naqueles anos. O que fez o Papa Francisco foi amplificar este as-sunto e este tema, visto que temos agora tantíssimas provas do efeito deste tratamento abusivo do ambiente. Se a Bíblia utiliza o paradigma do “jardim” para a Terra, isto nos convida a conservar a sua beleza, mas também a sua delicadeza e a possibilidade de destruir este jardim, convertendo-o em um deserto”.

RV: Em outras palavras, o resgate do homem e o resgate da natureza andam necessariamente juntos…

“Se não existe a casa onde viver, se não existe um bonito lugar que se pode chamar de casa, como consigo viver com este corpo? A vida do homem e o ambiente desta vida estão ligados: se o ambiente é destruído, a própria pessoa é destruída”.

Encíclica de Francisco focada na ecologia humana e na Criação

Legado

Ir. Josélia e seu atuante trabalho pastoral para os menores Lineize Leal

“Caminhando e cantando e se-guindo a canção”. Essa era uma das frases mais pronunciadas por Maria Soares Parente, a irmã Josélia, natural de Camocim/Ceará, que faleceu no dia 2 de maio deste ano. Missionária e educadora popular, ela realizava um atuante trabalho, especialmente, na Pastoral do Menor, da qual fazia parte da coordenação. Aos 87 anos, com todo vigor e alegria, ela sempre foi muito dinâmica e apaixonada por aqueles que sofrem qualquer descri-minação. Apesar da idade irmã Josélia tinha a capacidade de animar e atrair jovens, adolescentes e crianças.

Na Pastoral, ela fazia formação dos agentes nos retiros, e com os ado-lescentes formando o Clube de Leitu-ra. Incentivou a fundação da Casa de Música com o nome Um Canto em Cada Canto. Caminhou em 21 bairros de Manaus levando aos adolescentes e às famílias essa mensagem e incen-tivo de lutar pelos seus direitos fun-damentais e mostrando aos meninos e meninas a importância da leitura e estudo. Foi uma grande missionária educadora popular. Trabalhava na Pastoral a formação religiosa através dos retiros. Fazia parte da Coordena-ção. E na Pastoral do Menor Terra Nova era coordenadora da Casa de Música.

“Ela foi minha mestra. Desde For-taleza que comecei atuar na Pastoral do Menor, irmã Josélia se aproximou e come-çou abraçar a causa. Em Manaus, quando

chegamos a pedido de D. Luís para que eu assumisse a Pastoral do Menor na Arqui-diocese, irmã Josélia assumiu juntamente comigo”, lembra irmã Neuma Garcia, sua companheira de missão.

A missionária estava sempre nas mobilizações nas praças e não media esforços para estar presente junto aos adolescentes. No Grito dos Excluídos, e em todas as lutas populares, participa-va ativamente. O maior sonho dela em prol das pessoas era que as mesmas tivessem seus direitos respeitados. Que fossem acolhidas como filhos de Deus.

“Uma coisa queria registrar: o dia que ela desarmou um dos meninos dependentes que ia matar outro... Ela estava sempre pronta para a palavra se tornar encarnada na vida. Ela dizia que Deus não está lá em cima. Deus está em mim e em ti. Este é o legado que ela nos deixa. Além da Casa de Música, que tan-to acreditou em formar a personalidade daqueles Jovens através da música, arte,

leitura. Um trabalho que nós vamos con-tinuar”, relata irmã Neuma.

REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL “É muito triste, saber que adultos

no lugar de pensar numa educação de qualidade e transformadora pensa em prisão. Os meninos e meninas não estão precisando de castigos estão precisando de formação ocupação e educação. Pais mais presentes, me-nos violência domésticas. Vejo que o Estatuto precisa ser revisto, prisão os meninos já têm, é preciso ser revisto o sistema. O que estão fazendo com eles lá quando chegam. O que oferecem a estes meninos e meninas. A Pastoral é contra a redução da idade penal. É a favor da penalidade mas com o olhar de transformação e uma nova oportu-nidade para estes menores. Os adultos estão usando a meninada, precisamos mudar o olhar para outro ângulo”, es-clarece Ir. Neuma.

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8 • Junho • Arquidiocese em Notícias

Page 9: Arquidiocese em Notícias 116º Edição

Período: 01/01/2014 a 31/12/2014

Balancete das Receitas e Despesas da fundação Rio Mar

Manaus/AM, 31 de dezembro de 2014

*O valor de R$ 265.916,00 (duzentos e sessenta e cinco mil e novecentos e dezesseis reais), corresponde a repasse para complemento das despesas da Rádio Castanho FM e Rádio Rio Mar AM.

Pe. Charles Cunha da Silva Dir. Superintendente

Alberto SilvaContador CRC/AM 2849

Bispo auxiliar é eleito presidente da Regional Norte 1 da CNBBAna Paula Lourenço

Durante a última Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, o bispo auxiliar da Arqui-diocese de Manaus, Dom Mário Antônio da Silva, foi eleito presidente da Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A equipe do Informativo Arquidiocese em Notícias conversou com Dom Mário para conhecer os desafios dessa nova missão.

IAN – Explique um pouco do que sig-nifica a divisão por regionais feita pela CNBB.

Somos uma parte que compõe a grande unidade de comunhão pastoral missionária de toda a Igreja do Brasil. As regionais facilitam a organização pastoral e missionária, os projetos e o atendimento às demandas específicas que cada um dos estados do Brasil possui. A CNBB, que abrange toda a nossa nação, possui 18 re-gionais em todo o Brasil. Nós fazemos parte da Regional Norte 1 que compreende os estados de Roraima e Amazonas, exceto os municípios de Lábrea e Humaitá que pertencem à Regional Noroeste com o Acre e Rondônia.

IAN – Quais os desafios enfrentados?Os desafios não são poucos, tendo em

vista as distâncias que exigem uma logística diferenciada não impedem o trabalho mis-sionário de acontecer e de que exista uni-dade entre as nossas dioceses e prelazias. O Regional Norte é formado pela Arquidiocese de Manaus, as Dioceses de Roraima, de São Gabriel da Cachoeira, do Alto Solimões, de Parintins e de Coari; e as Prelazias de Itaco-atiara, Borba e Tefé. É um conjunto de dio-ceses e prelazias que estão em comunhão, que de maneira unida, com seus desafios específicos, procura levar adiante aquele que é o projeto de evangelização da Igreja, de acordo com as diretrizes gerais da ação evangelizadora da CNBB.

IAN – Quais são as urgências que de-vem ser levadas em conta na Regional Norte 1?

A primeira urgência é que a Igreja esteja sempre em estado permanente de missão e isso encaixa perfeitamente na Amazônia Bra-sileira e Continental. Além de outras como a Iniciação à Vida Cristã, a dimensão da Comu-nidade de Comunidades, Animação Bíblica da Pastoral e a defesa da vida. São todas as urgências que percebemos no realismo em todo o nosso Brasil. Nós estamos fazendo com que essas urgências especificas possam ser

efetivadas e dinamizadas. As novas diretrizes vêm fazer com que cada uma urgência ganhe mais operacionalização pastoral e social, no contexto e necessidade do nosso povo.

IAN - Por quatro anos o senhor foi vice-presidente da regional e agora presidente. O que muda ou acrescenta no seu trabalho? Quais os desafios?

Nos últimos quatro anos me foi confia-da a vice-presidência para auxiliar o Roque Paloschi e na última assembleia houve uma nova escolha e me tornei presidente , com Dom Marian Marek Piatek (vice-presidente) e Dom Fernando Barbosa dos Santos (se-cretário). No momento, contamos também com a ajuda do secretário executivo padre Zenildo Lima, que continua colaborando conosco juntamente com os coordenadores de pastorais do Regional Norte 1. O desafio continua o mesmo que é articular cada vez mais as pastorais no seu específico à luz das diretrizes atualizadas. Mas queremos tam-bém este caráter de unidade que procura-mos ter entre nós bispos e entre as dioceses e prelazias, a fim de continuar avançando no espírito de cooperação, de visita, de presen-ça, de formação nos vários aspectos que se tem necessidade dentro do Regional.

IAN - Como se dá a escolha da presi-dência das regionais?

Ela é feita de maneira muito simples, considerando a disponibilidade e o espírito de serviço, fizemos a indicação de nomes e depois a escolha daqueles que tem perfil para determinadas funções. Apareceram cinco nomes indicados e deles três foram escolhidos para compor a presidência. E en-quanto presidente me coloco disponível para a colaboração e apoio de todos os bispos, presbíteros, religiosos e religiosas, leigos e leigas da nossa Igreja viva e atuante.

IAN - A Regional Norte 1 reúne-se em assembleia em todos os anos. Como se dará esse encontro em 2015?

A assembleia acontece no mês de setem-bro e em Manaus, diante do favorecimento logístico para as viagens. Em 2015, ocorrerá a 43a. Assembleia da Regional Norte 1 da CNBB, no período de 14 a 17 de setembro, para a qual serão convocados os bispos e representações das pastorais. Nesta, a nossa preocupação é fazer com que as diretrizes da ação evangeli-zadora atualizadas sejam mais uma vez aco-lhidas para a criatividade e animinacidade da evangelização em nossas comunidades

SALÁRIOS - 12 FUNCIONÁRIOS

FÉRIAS

INDENIZAÇõES

DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO

VALE TRANSPORTE

INSS

FGTS

PIS

SERVIÇOS PRESTADOS

HIGIENE E LIMPEZA

COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES

IMPRESSOS E MAT. DE EXPEDIENTE

REFEIÇõES

ENERGIA ELÉTRICA - TRANSMISSORES

TELEFONE

EMBRATEL

ASSISTêNCIA MÉDICA E SOCIAL

VIAGENS E ESTADIAS

CORREIOS

CONSERVAÇÃO E REPAROS

MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS

BANCÁRIAS

SEGUROS

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

TAXAS E EMOLUMENTOS

DIVERSOS

REPASSE AS EMISSORAS DE RÁDIO*

PEÇAS E ACESSÓRIOS

SUPRIMENTOS DE INFORMÁTICA

DESPESAS C/ REFORMAS

FARDAMENTOS

MANUTENÇÃO C/ VEÍCULOS

DESPESAS COM TRANSPORTE

MATERIAL DE CONSUMO

ALUGUEL - SATÉLITE

TOTAL

CONTRIBUIÇõES DE ASSOCIADOS

CONTRIBUIÇõES ESPONTâNEAS

OUTRAS RECEITAS

TOTAL

CONTAS

694.382,92

140.520,90

1.345,72

836.249,54

83,04

16,80

0,16

100,00

169.057,13

18.013,78

12.109,22

13.946,17

53.314,00

57.941,61

20.801,00

2.025,21

11.626,24

2.274,50

2.743,01

3.981,04

7.020,50

118.613,66

3.853,15

1.543,95

88,65

10.843,11

42.515,76

4.321,23

5.870,00

48.136,02

3.735,51

170,98

3.158,70

10.452,98

265.916,00

3.841,00

6.465,00

72.780,99

2.696,00

530,00

7.103,00

165,00

46.800,00

1.034.454,10

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836.249,54

16,34

1,74

1,17

1,35

5,15

5,60

2,01

0,20

1,12

0,22

0,27

0,38

0,68

11,47

0,37

0,15

0,01

1,05

4,11

0,42

0,57

4,65

0,36

0,02

0,31

1,01

25,71

0,37

0,62

7,04

0,26

0,05

0,69

0,02

4,52

100,00

DESPESAS RECEITAS %

DEMONSTRATIVO fINANCEIRO

SALDO BANCÁRIO EM 31/12/2013

RECEITAS

DESPESAS

SALDO BANCáRIO EM 31/12/2014

R$ 227.007,45

R$ 836.249,54

R$ 1.034.454,10

R$ 28.802,89

Arquidiocese em Notícias • Junho 9

Page 10: Arquidiocese em Notícias 116º Edição

MIGRAÇÃO

A IGREJA EM MISSÃO ACOLhE AqUELES qUE DEIxAM SUA PátRIA

No Brasil, de 14 a 21 de junho, se celebra a Semana do Migrante, seguindo a orientação da Campanha da Fraternidade que tem como tema “Sociedade e Migração” e como lema “Não ao preconceito, por direitos e participação”.

Pe. Gelmino Costa – Congregação dos Missionários de São Carlos (Scalabrinianos) Pastoral do Migrante

Sabemos que o planeta Terra gira em torno de si mesmo. Igualmente giram os humanos que a habitam. O fenômeno migratório está presente na história da humanidade, mas foi mais intenso em algumas épocas. Na história recente conhece-mos o deslocamento de 40 milhões de europeus no século XIX e nas primeiras décadas do século XX, deixaram suas pátrias indo, sobretudo, para as Américas.

Nessas últimas décadas o movimento migratório mundial se intensificou. Um estudo da ONU feito em 2013 fala de 232 milhões de imigrantes vivendo fora da sua pátria, tendo como destinos maiores: USA (45,8 milhões), Rússia (11 milhões), Alemanha (9,8 milhões), Arábia Saudita (9,1 milhões), Emi-rados Árabes (7,8 milhões), Inglaterra (7,8 milhões), França (7,4 milhões), Canadá (7,3 milhões), Austrália (6,5 milhões) e Espanha (6,5 milhões). O número de refugiados sírios ultra-passa os três milhões. Em proporções menores os migrantes estão presentes em todos os países. Hoje, políticos, economis-tas e analistas sociais falam muito dos migrantes, mas sempre a partir dos países de chegada e quase nunca consideram a situação vivida nos países de saída, situações que forçam as pessoas a migrarem.

A questão migratória é hoje, talvez, o fato social mais im-portante. Ele é grande pelos números, mas é maior pela dra-maticidade do fenômeno. Cada número é uma pessoa, carre-gada de sonhos e de ilusões, de esperanças e de desespero, de sorrisos e de muitas lágrimas, de vida e de morte. Como medir o sofrimento dos migrantes nos países de origem, nas traves-sias e nos países de destinos. Migrantes explorados, caçados, feridos e expulsos. Quantas cruzes se ergueram nos caminhos

da migração? A Organização Internacional para as Migrações (OIM) fala que em 2013, foram 4.868 mortos na travessia dos migrantes, sendo 3.224 só no Mar Mediterrâneo. Esses são os números oficiais, mas eles são mais elevados. Sabemos que em 2014 os números foram ainda maiores e em 2015 já são muito altos. Quantos já morreram na travessia entre México e USA? Mesmo que não tenhamos notícias de mortes nas es-tradas dos haitianos que passam pelo Panamá, Equador, Peru para chegar ao Brasil, só Deus sabe por quantos perigos, explo-ração e humilhações eles tiveram que passar.

Historicamente, o Brasil foi um país receptor de imi-grantes, porém a partir das últimas décadas do século passado, se podia contar mais de 2,5 milhões de brasilei-ros vivendo em outros países. A partir da crise do mundo capitalista nos USA, Europa e Japão, muitos emigrantes brasileiros acabaram voltando para o Brasil. Por outro lado, ultimamente o Brasil se tornou país de destino tanto de gente de imigração tradicional como Portugal, Itália e Es-panha, como dos países limítrofes, sobretudo Bolívia, Ar-gentina e Paraguai, mas também dos países da África e da Ásia. Hoje, no Brasil, está mais visível a imigração haitiana que são mais de 50 mil, dos Africanos, sobretudo do Sene-gal, e também dos asiáticos, sobretudo do Paquistão e de Bangladesh. O Brasil conta hoje com um pouco menos de um milhão de imigrantes.

Em Manaus, nestes últimos anos, continuou a chegada de migrantes internos e dos países limítrofes, sobretudo Peru e Colômbia, parte deles como solicitantes de refúgio. Mas o que mais caracterizou a imigração em Manaus nestes últimos anos foi a chegada dos haitianos. Os primeiros chegaram em feve-reiro de 2010. Em Manaus, nestes últimos anos, continuou a chegada de migrantes internos e dos países limítrofes, sobre-

10 • Junho • Arquidiocese em Notícias

Page 11: Arquidiocese em Notícias 116º Edição

tudo Peru e Colômbia, parte deles como solicitantes de refúgio. Mas o que mais caracterizou a imigração em Manaus nestes últimos anos foi a chegada dos haitianos. Os primeiros chega-ram em fevereiro de 2010.

Em 2010, passaram pela Pastoral do Migrante e pela Pa-róquia São Geraldo 456 pessoas, em 2011, em torno de 1.800, em 2012, mais de 2.500, em 2013, mais ou menos 1.900 e em 2014, por volta de 1.800, dando um total de 8.456.

O momento mais forte foram os primeiros meses de 2011 e de 2012. Nos primeiros quarenta dias de 2012, chegaram em torno de 2 mil. Chegamos a ter doze casas de acolhida. Tra-balhamos sempre envolvendo os imigrantes na preparação da comida e na limpeza da casa. Sempre atuamos sem nenhum funcionário. Atualmente, as chegadas não são numerosas. Te-mos permanentemente em torno de setenta haitianos nos alo-jamentos, mas como o mercado de trabalho ficou mais difícil, os imigrantes acabam ficando mais tempo.

O trabalho da Pastoral do Migrante durante esses anos foi muito pesado, mas podemos dizer, parafraseando São Paulo: “O Senhor esteve ao nosso lado e nos encheu de força” (2 Tim 4,17). Ao contrário, o poder municipal e estadual lavou as mãos e os rejeitou os imigrantes. Nosso trabalho foi de acolhida, de serviço de documentação e orientação, de acompanhamento dos doentes e das mu-lheres grávidas, de busca de trabalho e de defesa dos di-reitos. Tentamos também ir ao encontro de mulheres, ido-sos e desempregados através de iniciativas de economia solidária criando um atelier de costura e bordado, fábrica de sorvete e cozinha semi-industrial. Para possibilitar que mães pudessem trabalhar, foi fundada a Casa de Apoio às Mães Migrantes, acolhendo um número constante de 25 criancinhas de seis meses a três anos. Temos duas missas

mensais em língua espanhola e uma em francês e celebra-mos algumas festas pátrias dos migrantes.

Durante todo este tempo a igreja de Manaus através da Pastoral do Migrante e a Paróquia São Geraldo fizeram das tri-pas o coração para que nenhum imigrante dormisse na rua ou ficasse sem algo para comer. Tivemos a ajuda e a solidariedade de um grande número de paróquias, comunidades, religiosos e religiosas, da Cáritas, tivemos doações em alimentos das cam-panhas de Pentecostes e do Natal sem Fome. Muito nos aju-daram como algumas escolas, faculdades, instituições como a Fundação Allan Kardec, sociedade civil e pessoas. Estivemos em parceria com o Centro de Educação Tecnológica do Amazo-nas (Cetam) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) que proporcionaram muitos cursos profissionalizantes e o aprendizado da língua portuguesa.

Olhando para a nossa igreja, ao mesmo tempo em que nos alegramos por tantas mãos solidárias, também sentimos que o serviço ao migrante foi relegado a um grupo, a uma pastoral, esquecendo que ela é tarefa de toda a Igreja. A última Assem-bleia Pastoral Arquidiocesana – IX APA convocou as paróquias a ter o espírito da pastoral do migrante e, na medida do possí-vel, organizá-la. Queremos ir ao encontro daquilo que o Docu-mento de Aparecida pede a toda a Igreja de ser acolhedora e samaritana, igreja de portas abertas, igreja que é casa e mãe. Queremos enfrentar a questão migratória com o mesmo espí-rito do papa Francisco: “Os migrantes representam um desafio especial para mim, por ser Pastor de uma Igreja sem fronteiras que se sente mãe de todos” (Ev Gaud 210).

Que tal ensaiar alguma iniciativa nas paróquias e áreas missionárias em favor dos que chegam e dos que partem? Que tal escolher uma pessoa para ficar atenta às pessoas em mo-bilidade?

Em 2010 passaram pela Pastoral do Migrante e pela Paróquia São Geraldo 456 pessoas

Em 2011 em torno de 1.800

Em 2012 mais de 2.500

Em 2013 mais ou menos 1.900

Em 2014 por volta de 1.800

Dando um total 8.456

Arquidiocese em Notícias • Junho • 11

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Rio Preto da Eva

Paróquia São Pedro Apóstolo em constante avanço na evangelização

Padre Robert Mathew Pallichanku-dy, do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME), nasceu em 20/03/73, na região de Kerala, Índia. Entrou no Se-minário em agosto de 1992. Entre 1993 e 1995, estudou Filosofia em Jnana-Deepa Vidyapeeth, Pume. No ano de 1997, em Monza-Milão, ele fez seus estudos teoló-gicos. Ordenou-se padre em 25 de agosto de 2001, na sua paróquia São Jorge, na Diocese de Thamarassery. Entre 2001 e 2005, atuou nas formações no Seminário do PIME. No Brasil, padre Robert chegou em 2006 e, em 2007, permaneceu na Pa-róquia São Bento, na Cidade Nova. Desde 12 de dezembro de 2008, assumiu como pároco a então Área Missionária São Pedro Apóstolo, hoje, Paróquia.

Entre os avanços da Paróquia, des-taca-se a construção da nova Igreja Ma-triz. “A comunidade tinha esse projeto e nós levamos para frente com a ajuda da comunidade, através de doações e do trabalho em comunhão”, frisa o pároco.

SOBRE O PáROCO

ATIVIDADESVISITAS NAS COMUNIDADES RURAIS

Segunda a sexta-feira

CELEBRAÇõES NA MATRIz SÃO PEDRO Sábado, às 19h, e domingos, às 9h e 19h30

ADORAÇÃO AO SANTíSSIMO1ª sexta-feira e 1° sábado do mês

CONfISSõESMeia hora antes e depois das celebrações

CONTATOS Secretaria Paroquial

(92) 3012- 5129 (Elcinei Almeida) Expediente: terça a sábado das 8h às 12h /14 às 18h

[email protected]: Rua Pedro Barcelar,10, Centro, Rio Preto da Eva

Texto e fotos: Lineize Leal

A nova igreja Matriz da Paróquia São Pedro Apósto-lo, localizada no município de Rio Preto da Eva, distante 79 quilômetros de Manaus, será inaugurada e dedicada no dia 20 deste mês, quando iniciam os festejos de seu Padroeiro. Mas a trajetória de evangelização da Paró-quia acontece desde 1960, quando padres da Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré visitavam as casas da área da barreira e de Rio Preto da Eva. No município, existia apenas a Igreja do Cavaco (templo ecumênico), na qual todas as igrejas faziam suas celebrações. Em 1983, devido a dificuldade de usar a mesma, D. Giuliano Frigeni, decidiu fazer as missas nas casas das pessoas e, a partir disso, surgiu a primeira capela, uma sala de Catequese e algumas pastorais.

Padre Pietro Vignola, D. Arcangelo Cerqua, Dom Gina Malvestio, D. Gianni Risatti, D. Giuliano Frigeni, Pe. Pedro Facci entre outros, contribuíram para as missões e o cres-cimento da Paróquia que, até 2010, era nominada Área Missionária São Pedro Apóstolo e, parte dela pertencia à Prelazia de Itacoatiara. A partir desse ano, passou a fazer parte da Arquidiocese de Manaus tornando-se Paró-quia São Pedro Apóstolo. Hoje, ela possui 48 comuni-

dades, 6 na área urbana e 42 na área rural, começando no quilômetro 32 da AM-10 até o quilômetro 140, e as comu-

nidades ribeirinhas que ficam localizadas nas margens do rio Preto e Paraná da Eva.

Está ativa na Paróquia a Pastoral do Batismo, da Catequese, da Liturgia, Dízimo, Juventude, Coroinhas, Comunicação, Ministros da Palavra e Comunhão e as pastorais sociais. Possui os movimentos: Mãe Pere-grina e Renovação Carismática Católica (RCC). Hoje,

a Paróquia tem cerca de 60 catequistas nas comuni-dades e conta com o apoio do padre redentorista, Josi-

naldo Alves e de duas irmãs mensageiras de Maria, que visitam as comunidades e ajudam na missão.

fESTEJO DO PADROEIRO: 29 DE JUNHO (fERIADO MUNICIPAL)Início: 20/6 – Alvorada às 6h, carreta de abertura

às16h, e Missa de inauguração e dedicação da Igreja, às 18h.

De 20 a 28/6- Novenário às 19h. Do dia 21 a 30/6, arraial às 20 h, na Praça da Igreja

e, no dia 29/6 às 16h, procissão fluvial e, às 18h, solene procissão e Missa.

12 • Junho • Arquidiocese em Notícias

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Juventude

Rosário Silva

Desde 1987, servindo na evangelização de jovens, a Comu-nidade Católica Despertai comemorou, no 3 de maio, 10 anos de serviço na Arquidiocese de Manaus, com Celebração, louvor e animação que se estendeu por toda a tarde do domingo.

A Missa, presidida por Dom Sérgio Castriani, onde parti-ciparam membros da Comunidade, cerca de mil jovens, reli-giosos, políticos, entre outros participantes, foi um momento de muita emoção. O arcebispo destacou a ação de Deus no serviço que a Comunidade realiza em prol da Evangelização. “Os discípulos missionários devem mais que falar aprender a escutar. Conhecer o Evangelho, saber o que foi dito por Jesus e meditá-las para que essa Palavra que é Jesus, nos transforme”, disse na homilia. Dom Sérgio também enfatizou a importância da comunidade permanecer unida. “É em momentos de ação de graças que se devem fortalecer os laços de união, partilha e amor”, concluiu.

Na ocasião, a Comunidade também presenciou a consa-gração de 19 novos servos que se doaram a proclamar a Pala-vra de Deus. “Após três anos de muito estudos, perseverança, hoje assumimos, diante da comunidade, nosso compromisso de estar presente para atender as necessidades do povo que clama pela Palavra de Deus”, frisou o membro da comunidade, Carlos Augusto Abdiel. Todo o evento foi animado pelo Minis-tério de Música da Comunidade que com muita alegria louvou a Deus por tantas graças alcançadas pela Despertai.

MISSÃOCom metodologia elaborada para atender os anseios e

necessidades dos jovens, a comunidade atua em diversas pa-róquias, desde a evangelização ao assessoramento dos grupos para dar subsídios aos jovens que posteriormente atuarão em suas comunidades.

Os grupos estão nas comunidades de Santo Antônio (JCC), Compensa I (JUSC), São Raimundo (ELOHIM), Parque das Laranjeiras (Jerc), Cidade Nova (Ágape), Belvedere (Je-

riel), Praça 14 de Janeiro (RJC), Compensa II (Shalom), Vila da Prata (Abdiel), Riacho Doce II (DJ Suriel), Santa Etelvina (DJ Viver Melhor). Todos com o direcionamento espiritual de Frei Germano Hauaradou Hernani.

Atualmente, a Comunidade Católica Despertai acompanha cerca de 200 jovens. “Ver o jovem integrado, conectado à famí-lia e a Deus, renova a aliança que assumi ao receber o cajado da obra jovem. Cada dia é uma missão valorosa. Vivo intensa-mente na esperança de ver mais jovens renovados em Cristo”, disse Paula Caroline Fernandes, serva consagrada e discípula do Ministério de Música da Comunidade Despertai.

Comunidade Católica Despertai celebra 10 anos de evangelização em Manaus

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Texto e foto: Lineize Leal

Na noite de sábado, 9 de maio, o ar-cebispo metropolitano de Manaus, Dom Sérgio Castriani ordenou Ricardo César Lopes Pereira diácono permanente da Arquidiocese de Manaus. A Missa Solene de ordenação ocorreu na Igreja São Tomé, Área Missionária Ponta Negra e foi presi-dida pelo Arcebispo e concelebrada por padres e diáconos. Centenas de pessoas das 10 comunidades que integram aquela Área Missionária e paroquianos de outras comunidades, políticos, religiosos tam-bém participaram.

Dom Sérgio enfatizou que o Minis-tério Diaconal representa o serviço. “O diaconato é um serviço. É um sacra-

mento. Diácono é aquele que seve. O Ricardo já tem um serviço na Igreja, já foi ministro, catequista e a agora é sa-cramentalmente ordenado para o servi-ço da Igreja”, disse.

Já ordenado, o diácono agradeceu a Deus, ao Arcebispo, aos presbíteros, ao vice-presidente da Comissão Nacional dos Diáconos, diácono Francisco Salva-dor, religiosos, políticos, comunitários e a todos que fizeram parte de sua cami-nhada. “Agradeço esta Área missionária que me acolheu, há quase duas décadas e que, hoje, vislumbra o fruto agora cul-tivado. Caminhando com o povo de Deus eu pretendo continuar sempre atento ao chamado e onde a Igreja precisar lá eu estarei”, expressou.

Texto e foto: Francilma Grana

Diante de centenas de devotos, a Igreja São José, localizada à Rua Visconde de Porto Alegre, no centro da Cidade Manaus, recebeu no, dia 26 de abril, o reconhe-cimento de Santuário Arquidiocesano, durante missa presidida pelo arcebispo de Manaus Dom Sérgio Eduardo Castriani e concelebrada pelo padre João Benedito, o pá-roco da Paróquia São José.

“Nos alegrarmos com a instalação desta Igreja como Santuário, lugar de peregrinação, mudança de vida, so-bretudo, lugar do descobrimento da Misericórdia Divina”, destacou Dom Sérgio.

Após a homilia, foi lido o Decreto de Instalação, ofi-cializando que, no dia 26 de abril de 2015. A Igreja pas-sou a ser Santuário de São José. No final, o Pároco João Benedito agradeceu a presença de Dom Sérgio, saudan-do-o com uma calorosa salva de palmas e agradeceu a todos os paroquianos presente no Santuário São José.

Texto e foto: Ana Kelly Franco

A Pastoral da Criança celebrou no dia 26 de abril, 28 anos de exis-tência na Arquidiocese de Manaus com uma Missa na Catedral de Manaus, no período da manhã. A missa foi presidida pelo bispo auxi-liar de Manaus Dom Mário Antonio e contou com a presença de cerca de 800 pessoas, entre elas a coor-denadora da Pastoral da Criança do Amazonas, Irmã Terezinha; a coordenadora da Pastoral Arqui-diocesana, Marizete Macedo; além de líderes, voluntários e crianças assistidas pela pastoral.

Hoje a pastoral faz o acompa-nhamento de mais de três mil famí-lias, principalmente nas periferias de Manaus com ajuda de mais de 600 voluntários. No Amazonas, mais de seis mil famílias recebem a ajuda desta pastoral.

Jovens reúnem-se em assembleia para construir o Plano de Evangelização da PJ Arquidiocesana Edney Mendonça

A Pastoral da Juventude realizou, de 30 de abril a 3 de maio, na casa de retiros Refúgio dos Capuchinhos, sua 10ª Assembleia Arquidiocesana da PJ, com tema “PJ avançando para águas mais profundas” e lema “Coragem, de hoje em diante serás pescador de jovens”, iluminados pelo quinto capítulo do Evangelho de Lucas.

Na oportunidade, os 142 delegados jovens presentes na As-sembleia construíram o plano de evangelização da Pastoral da Juventude para os próximos três anos, elencando dez desafios nos âmbitos da Pessoa, Comunidade e Sociedade e Novos Desafios, dentre eles a capacitação de pessoas para o acompanhamento pastoral e humano dos jovens e assessores na Arquidiocese e para trabalhar o projeto de vida; conhecer e vivenciar o processo de edu-cação na fé; articular os setores, equipes e projetos de evangeliza-

ção próprios; envolver-se e comprometer-se no processo de Inicia-ção à Vida Cristã da Arquidiocese de Manaus; fortalecer e despertar a participação política da PJ da Arquidiocese de Manaus; conhecer e valorizar a diversidade cultural afrodescendentes, quilombolas, indígena, ribeirinha e migrantes com base nas diretrizes do Projeto Ajuri; fortalecer e ampliar as iniciativas de Economia Solidária para as juventudes da Arquidiocese de Manaus; e capacitar para o uso das mídias alternativas a favor da vida da juventude.

Também foram escolhidas duas novas secretárias que serão a referência jovem da Pastoral da Juventude, Mariany Moura, da Área Missionária São Pedro – Setor 9, e Raissa Barbosa, da Área Missioná-ria Tarumã – Setor 12. Os jovens elegeram o jovem Guilherme Guido, da Área Missionária São Francisco das Chagas – Setor 9, para repre-sentante da PJ da Arquidiocese na Coordenação Regional Norte 1.

Mais um diácono permanente é ordenado na Arquidiocese

Pastoral da Criança celebra 28 anos na Arquidiocese de Manaus

Igreja São José recebe o reconhecimento de Santuário Arquidiocesano

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Texto e foto: Francilma Grana

“Eucaristia na vida da Igreja” foi o tema da formação li-túrgica, realizada pelo Serviço de Animação Litúrgica (SAL) da Arquidiocese de Manaus, no dia 5 de maio, no Instituto de Teologia Pastoral e Ensino Superior da Amazônia (Itepes). A palestrante foi a Irmã Penha Carpanedo de São Paulo, da Congregação Discípulas do Divino Mestre, que veio à Manaus a convite do SAL para a formação, que contou com mais de 150 participantes, entre as turmas da manhã e da noite no Itepes.

A irmã Letícia Pontini, Pias Discípulas do Divino Mestre, ex-plicou que o objetivo desta formação é melhor vivenciar a litur-gia. “O objetivo é de nos ajudar a adentrar mais e a percebemos mais o ano litúrgico, par que venha nos ajudar a celebramos melhor o mistério pascal de Jesus”, explicou a irmã.

Formação litúrgica reúne cerca de 150 participantesCAS promove estudo sobre itinerário catequético da Iniciação à Vida Cristã

Texto e foto: Luiz Neto

José Domingos Barão foi ordenado presbítero, na ma-nhã de 26 de abril, na Igreja Nossa Senhora de Fátima, Área Missionária São Paulo Apóstolo. A Missa, foi presidida pelo arcebispo de Manaus Dom Sérgio Castriani e concelebrada pelos padres Isaías, pároco da Área Missionária, e Martin Laliberté, supervisor geral da Sociedade das Missões Es-trangeiras. Também contou com a presença de muitos pa-dres e centenas de leigos que lotaram a Igreja.

José Domingos, enquanto candidato a presbítero, foi apresentado a Dom Sérgio pelo Supervisor Geral da Socie-dade das Missões Estrangeiras (SME), Pe. Martin Laliberté, que afirmou ser, José Domingos, digno da ordenação. Em

sua homilia, Dom Sérgio destacou que a ordenação de José Domingos coincidiu com o dia que a Igreja faz memória ao Bom Pastor. “O José Domingos será um presbítero missio-nário, será aquele pastor que irá cuidar das ovelhas além--fronteiras”, explicou.

José Domingos agradeceu a Dom Sérgio Castriani por ser um Pastor presente em sua vida e a todos seus formado-res da SME. “Sou grato por tudo que fizeram por mim. Dom Sérgio me ordenou diácono, no Quênia e, agora, padre. Isso é a prova de um pastor presente, próximo da sua ovelha”, destacou José.

Sob o lema “Em atenção á tua palavra, eu lançarei as re-des” o novo padre partirá em missão para a Igreja, na África, em 2016.

Arquidiocese ordena presbítero que fará missão no quênia

ANIVERSARIANTES DO MêSORDENAÇÃO

DIÁC. FRANCISCO ALVES 01

PE. MARTIN JAMES 03

PE. JAROSLAW PIASECKI 07

DIÁC. JESUS VAZ 08

DIÁC. MIGUEL DOS SANTOS 08

DIÁC. FRANCISCO JOVANE 08

DIÁC. LUIZ LIMA 08

PE. SANTOS TEODORO 09

DIÁC. JOÃO DA MATA 13

DIÁC. ALUYSIO DE ALBUQUERQUE 13

PE. MARCO ANTÔNIO 14

PE. CHARLES SILVA 14

PE. IVAN COSTA 14

PE. RONALDO ARAÚJO 14

PE. ANTONIO PEREIRA 20

PE. MIGUEL MCINTOSH 22

PE. JOAO POLI 26

PE. BRUNO SCHIZZERUTTO 26

DOM MÁRIO PASQUALOTTO 26

PE. LEUDIMAR SANTOS 29

PE. LEONARDO DOS SANTOS 29

PE. ANDRÉ JEAN PIERRE 29

PE. CâNIO GRIMALDI 29

PE. GENNARO TESAURO 29

NATALíCIOPE. MARCUS VINICIUS 02

PE. IVAN COSTA 03

PE. ERIVANIO MORAES 07

PE. JOSÉ SABINO 08

PE. PAULO CESAR 09

PE. ALCIONE MAIA 15

PE. JOSÉ ALBUQUERQUE 17

PE. THIAGO SANTOS 23

PE. MARCELO MAGALHAES 24

DOM MÁRIO PASQUALOTTO 25

PE. JOSÉ AMARILDO 30

Texto: Luiz Neto

Nos dias 30/4 e 1 e 2/5, no Santuário de Aparecida, aconteceu o estudo sobre o Itinerário Catequético da Iniciação à Vida Cristã, pro-movido pela Catequese Arquidiocesana a Serviço (CAS). O encontro contou com a participação do bispo auxiliar Dom Mário Antonio que incentivou e encorajou os participantes na missão de evangelizar e ecoar a palavra de Deus em terras amazônicas. O evento contou com a presença do assessor da equipe de Animação Bíblico-Catequética, padre Décio Walker, que dirigiu todo o encontro. Participaram aproxi-madamente 350 participantes, entre catequistas e agentes de pasto-ral. Os temas abordados pelo assessor foram “Fundamentação Bíblica, teológica e pastoral” e “Pastoral no processo de iniciação a vida cristã” e, por fim, a Catequese Arquidiocesana a Serviço (CAS) tratou da te-mática “O Itinerário da Iniciação à Vida Cristã conforme idades”.

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CNBBProjeto incentiva a sustentabilidade

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Bispos da CNBB participam de encontro sobre a nova encíclica do Papa Francisco

MULhER REVOLUÇÃO

Com informações/foto: CNBB

No Vaticano, bispos, sacerdotes, religiosos, lideranças e organiza-ções engajadas no desenvolvimento e na promoção dos povos nativos, participaram no mês de maio, do Encontro Preparatório para a publica-ção da Encíclica do Papa Francisco sobre a Ecologia. O evento é promo-vido pela Agência de ajudas da Igreja Católica da Inglaterra e Gales (CA-FOD). O documento, escrito pelo pontífice, tratará da realidade do meio ambiente, mudanças climáticas, e o cuidado com a criação. A proposta é reunir a colaboração das entidades presentes em diversos países, com objetivo comum de contrastar a pobreza e a injustiça. Durante o evento, os congressistas discutem sobre como levar a Encíclica a católicos e não--católicos, a partir de um diálogo inter-religioso.

Do Brasil, estão presentes o bispo auxiliar de Brasília (DF) e se-cretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Steiner; o bispo de Roraima, Dom Roque Paloschi; e o bispo de Ipameri (GO) e presidente da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, Dom Guilherme Werlang; a secretária executiva do Conselho Pastoral dos Pescado-res (CPP), Maria José Pacheco, o assessor da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, padre Ari Antônio dos Reis; o membro da coordenação nacional da Cáritas Brasileira, Luiz Cláudio Mandela, e o jovem Igor Guilherme Pereira Bastos, da Juventude Franciscana (Jufra), de Uberlândia.

Em entrevista à Rádio Vaticano, Dom Leonardo Steiner comentou que a Encíclica “será um grande impulso para a Igreja brasileira em seu comprometimento com o diálogo e as novas relações com a natureza, que não podem ser ditadas pela economia”.

Ainda de acordo com o bispo, “o documento ajudará a abrir hori-zontes e assumir com mais coragem o trabalho dos bispos em questões do meio-ambiente sustentável”.

Lineize Leal

Tendo por objetivo gerar renda familiar no contexto Economia Solidária e de forma sustentável, surgiu em 2011, na Área Missionária Santa Margarida de Cortona, bairro Al-fredo Nascimento, zona leste de Manaus, o projeto Mulher Revolução, formado por um grupo 25 mulheres das cinco comunidades pertencentes aquela área e adjacências.

Hoje, estruturado e organizado com sede própria, 14 máquinas semi-industriais, além de todo o suporte técnico, existe no projeto não só artesanato e Corte e Costura mas estende-se à fabricação de sabão artesanal vindo do pro-cesso de reaproveitamento do óleo de cozinha coletado nas residências do bairro, como a forma de evitar o descarte do mesmo nos rios e igarapés. “Nesse processo estão envolvidas sete mulheres da Área Missionária, cinco católicas e duas de outras religiões, são elas quem produzem o sabão caseiro”, informa uma das coordenadoras do Projeto, Adriana Ma-laquias. Segundo ela, os produtos são comercializados em exposições, feiras entre outros e o recurso é voltado para a manutenção e melhoria da renda das famílias envolvidas.

Outra extensão do Mulher Revolução é o Oca Juventude, no qual os filhos das mulheres do Projeto participam. Os jovens pro-duzem vassouras derivadas das garrafas pets que são retiradas das ruas ou coletadas nas residências da comunidade.

A Cáritas Arquidiocesana auxilia o Mulher Revolução através do projeto Miséria, da Cáritas Alemanha, das par-cerias com a Rede Estadual, Municipal entre outras entida-des e também da própria área missionária. “Nós, enquan-to Cáritas, estamos muito contentes com o envolvimento da comunidade nesse projeto”, ressalta o coordenador de projetos da Cáritas, diácono Afonso Oliveira. Atualmente, 15 grupos na cidade de Manaus e região metropolitana no contexto da Economia Solidária, Políticas Públicas e na Habitação, são acompanhados pela Cáritas.

Um ciclo de atividades e oficinas sobre aproveitamen-to de material está previsto para acontecer no dia 6 deste mês, após o Dia Mundial do Meio Ambiente (5), envolven-do toda Área Missionária Santa Margarida de Cortona.

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Animação

Pe. Pedro facci – PIME

Há uma estreita relação entre ecumenismo e missão, pois ele nasce no ambiente de missão. O próprio docu-mento conciliar Ad Gentes diz: “A divisão entre os cristãos prejudica a santíssima causa de pregar o Evangelho a toda criatura e fecha a muitos o acesso à fé” (AG,6).

Mais tarde, a Redemptoris Missio lembrará, por sua vez: “O fato de a Boa Nova da reconciliação ser proclamada por cristãos divididos entre si, debilita o seu testemunho e, por isso, torna-se urgente trabalhar pela unidade dos cristãos, para que a atividade missionária possa ser mais incisiva. To-dos os esforços em direção à unidade constitui, por si, um si-nal da obra de reconciliação que Deus realiza no meio de nós” (RM n. 50). A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, celebrada em maio, é um sinal de esperança na retomada do caminho ecumênico que, hoje, sofre um afrouxamento. Gostaria de relembrar as palavras com as quais se inicia o de-creto do Concílio Vaticano II sobre o ecumenismo, a “Unitatis redintegratio”(UR), há 50 anos da sua promulgação, afirma: “Promover a integração de todos os cristãos na unidade é um dos principais objetivos do Concílio Vaticano II. Embora a Igreja tenha sido fundada por Cristo como única, diversas co-munhões cristãs se propõem hoje como a verdadeira heran-ça de Jesus Cristo. Todos se dizem discípulos do Senhor, mas têm sentimentos diversos e seguem caminhos diferentes, como se o próprio Cristo estivesse dividido. Essas divisões, porém, contrariam a vontade de Cristo; são um escândalo para o mundo e prejudicam enormemente a pregação do Evangelho a toda a criatura” (UR, 1).

A este “escândalo” para o mundo e “prejuízo” na prega-ção do Evangelho queremos responder prontamente, assu-mindo uma atitude mais positiva e esperançosa no diálogo ecumênico, sobretudo, no campo da missão.

Para tanto, gostaria de propor uma figura considerada profética no campo do ecumenismo e da missão, talvez desconhecida pela maioria de nós, mas que marcou pro-fundamente a caminhada missionária da Igreja no início do século XX: padre Paulo Manna, missionário do Pime, hoje Bem-aventurado. Após uma significativa experiência missionária na Birmânia (hoje Mianmar), um país crava-do entre a Índia e a China, com raízes budistas e influen-ciada politicamente pela ditadura comunista da China, o missionário, doente, volta à Itália e se torna, como afirma, “missionário da caneta”, escrevendo, promovendo estudos, debates, círculos missionários.

Juntamente com dom Guido Maria Conforti, fundador dos missionários xaverianos, Paulo Manna cria a Pontifícia União Missionária do Clero, uma das quatro obras das Pon-tifícias Obras Missionárias (POM), presente hoje no Brasil com sede em Brasília.

Nos anos 1940, pe. Paulo Manna escreve um livro com um titulo muito significativo: “Os irmãos separados e nós”. A novidade já está no título: os irmãos separados. Este modo de chamar os que até então eram considerados heréticos e cismáticos, gerou uma mentalidade nova, uma postura que seria assumida até pelo Concílio Vaticano II. De fato, o cita-do documento conciliar sobre o ecumenismo, UR, chama os

não católicos de “irmãos separados”: “Surge, então, entre os irmãos separados, por inspiração do Espírito Santo, um mo-vimento denominado ecumênico, em favor da restauração da unidade entre todos os cristãos” (UR, 1).

Padre Paulo Manna encontra esta realidade da divisão, não nos livros, mas na prática da missão ad gentes, em con-tato direto com o povo birmanês ao qual é enviado a evan-gelizar. De fato, no navio que o leva à Birmânia, em 1906, depara-se “com uma multidão de ministros e ministras pro-testantes que seguem, também eles, em missão para pregar Jesus Cristo, mas um Cristo dividido”, registra em seu livro. E é justamente na missão que o Pe. Manna toca a com mão na impossibilidade de realizar um trabalho de evangelização, enquanto os evangelizadores estiverem divididos: as dificul-dades, a dispersão de forças, a confusão, a falta de unidade são entraves entre as rodas de uma empreitada, já difícil por si mesma. Falando da China, cita o pensamento provocativo de um autor a respeito da evangelização dos cristãos: “Os missionários vieram aqui para dizer aos chineses que estes são politeístas, pois têm muitos desuses. E os missionários lhes apresentam mais de 160 credos cristãos diferentes”.

No seu livro, ele também cita o exemplo de Mutesa, antigo rei da Uganda (África), que se desculpou diante dos missionários por não ter abraçado a fé cristã, pois não sa-bia mais “a qual dos pregadores acreditar”.

A partir desta experiência pastoral, amadurece-lhe uma convicção: Se a divisão é fruto do pecado e se a graça dá, como fruto, a unidade, “dever-se-ia iniciar um apos-tolado novo (uma “pastoral nova”, dizemos hoje), na qual predomine a CARIDADE. Deveria ser uma ação sem aspere-za, alimentada pela oração e disposta à colaboração; uma ação vasta, criativa, perseverante”.

Ecumenismo e Missão

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Arcebispo participa de inauguração da reforma da Casa da CriançaAna Paula Lourenço

Parceria entre o Consulado do Japão em Manaus e a Casa da Criança proporcionam uma nova realidade para as 320 crianças que passam o dia na creche localizada na Rua Ramos Ferreira - Centro. Através do Programa de Assistência para Projetos Comunitários do Governo Japonês, um recurso de R$ 230 mil foi destinando às obras de adequação do local, cuja inauguração ocorreu em um evento realizado no dia 7 de maio, que contou com a presença do cônsul geral do Japão em Manaus, Kazuo Yamazaki, e do arcebispo metropolitano de Manaus, Dom Sérgio Castriani.

Com os recursos financeiros provenientes do projeto de aju-da comunitária que o governo japonês destina aos países em de-senvolvimento, tem sido possível realizar a reforma dos banhei-ros, parquinho e instalação do sistema de hidrantes da casa. Para o povo japonês a educação e a saúde são a base de tudo e, diante dessa convicção, desejam contribuir para um futuro melhor para o Brasil, a partir do apoio dado às crianças que vão construir o futuro do Brasil, ao mesmo tempo que é fortalecido o laço de amizade com o Japão.

Na oportunidade, houve a inauguração de um parque de diversões, espaço lúdico para as crianças, um novo lugar para banho e higiene e, o mais importante, um sistema hidráulico de combate ao fogo. “Tudo isto foi financiado pelo governo japonês, através do seu Consulado Geral no Amazonas, um investimento do dinheiro do contribuinte japonês, e que por isso mesmo um critério fundamental para concorrer a ajuda recebida era a admi-nistração correta dos recursos, e nisto as irmãs eram exemplares, o que havia sido demonstrado no financiamento anterior, com o qual se montara um consultório médico e odontológico ainda funcionando em perfeitas condições”, afirmou Dom Sérgio.

A Casa da Criança é uma instituição filantrópica, educativa religiosa, fundada em 1o de fevereiro de 1948, na cidade de Ma-naus. Desenvolve atividades de assistência social e ensino, para crianças carentes com idade entre dois e cinco anos, suprindo as necessidades das crianças diariamente, seja na educação, ali-mentação, lazer, amor. Tem por missão promover uma educação de qualidade orientada por princípios cristãos e vicentinos que possibilitem o desenvolvimento do cidadão consciente, resga-tando e mantendo a dignidade humana, agindo como transfor-mador da realidade social e multiplicador do carisma vicentino. Sua administração está confiada à Associação das Filhas de Ca-ridade de São Vicente de Paulo e a manutenção da obra está a cargo benfeitores e contribuintes particulares.

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Dom Sérgio, o cônsul geral do Japão em Manaus, religiosas e as crianças, na inauguração da Casa

Arquidiocese em Notícias • Junho 17

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Texto/ Edição: Ana Paula Lourenço

Cleusa Rody Coelho foi religiosa da congregação das Missionárias Agostinianas Recoletas durante 32 anos, desde seus primeiros votos, 3 de outubro de 1953 até seu assassinato no dia 28 de abril de 1985. Nasceu em Cachoei-ro de Itapemirim – Espírito Santo, aos 12 de novembro de 1933, filha de Jair Moreira Coelho e Francisca Rody Coelho. Durante sua vida, foi sempre um modelo de religiosa, seja na vida de oração, no cumprimento das regras da congre-gação e constituições, na assiduidade aos horários e atos comunitários, e no respeito e carinho para com as outras Irmãs. Tinha amor profundo para com a Eucaristia e fre-quentemente ficava ajoelhada diante do Sacrário de braços abertos, com as luzes apagadas, em profunda adoração e oblação a Cristo Sacramentado.

Sempre teve particular carinho pelos índios, os pobres de Deus a quem socorria, visitava, amava com o coração de Cristo e por eles derramou seu sangue. Como missionária autêntica, por amor a Cristo, ela anunciava em seu nome em meio aos presos, drogados, menores de rua, dentre outros. Se apro-fundou no seu seguimento de Cristo, fazendo de sua missão, um anúncio profético dos valores do Evangelho, dentre eles a busca da justiça, diante das desigualdades praticadas contra os pequenos de Deus.

Em sua última estadia, em Lábrea, assumiu a Pastoral In-digenista para cumprir sua ação evangelizadora. Mais tarde, após desligar-se de seu trabalho profissional como professora pelo Estado do Amazonas, colocou-se a serviço da Prelazia de Lábrea, sabendo perfeitamente os riscos que corria nesta sua missão, visto que os conflitos entre índios e índios, entre fazen-deiros e índios, eram uma constante na região.

Poucos dias antes de sua morte, em seu relatório ao Conse-lho Indigenista Missionário (CIMI), escreveu: “Comprometer-se com o índio, o mais pobre, desprezado e explorado é assumir firme a sua caminhada, confiante num futuro certo e que já vai se tornando presente, nas pequenas lutas e vitórias, reco-

nhecimento dos próprios valores e direitos, busca de união e autodeterminação. Vale arriscar-se!”. Quando saiu para a sua última viagem missionária, onde encontraria a própria morte, disse ela a uma aspirante da congregação que temia por sua sorte: “Minha missão é esta, eu não devo fugir.”

Sua vida, alicerçada numa profunda fé católica, vivência cristã sem medidas, num intenso viver com Cristo, e num en-contrar-se com este mesmo Cristo na pessoa do pobre, a levou a dar sua vida pelo Cristo e pelos valores evangélicos da justiça e do amor, levados às últimas consequências.

MISSÃO EM MANAUSEm 1973, Irmã Cleusa, junto com outras três religiosas,

fundou a nova casa da congregação das Missionárias Agos-tinianas Recoletas em Manaus, localizada na Paróquia Nossa Senhora dos Remédios – Centro. Com ela formavam a comu-nidade as irmãs Dalvina Carminati, Maria Tós e Luzelena Ana Zandonadi, e para o sustento da casa Irmã Cleusa trabalhou com orientação religiosa em escola pública.

Em Manaus, seu grande trabalho foi junto aos menores de rua, indo ao encontro destes nas praças e ruas. Em alguns

casos levava alguns menores para casa, a fim de livrá-los da ação da polícia e por essa atitude passou a não ser bem vista pela polícia, que a acusava de ser conivente e protetora dos marginais. Por vezes, os alimentou, colocava discos para eles ouvirem, dava-lhes banho, lavava suas roupas, ensinavam a ler e escrever e a datilografar.

Os presidiários da capital do Amazonas estiveram entre as suas preocupações. Visitava-os com frequência, levando o conforto de sua presença e sua palavra. O mesmo fazia com os menores infratores presos, tanto que chegou a passar o Na-tal e o Ano Novo em companhia de alguns garotos liberados da Delegacia de Menores, partilhando com estes pequenos, colocando-se a ouvi-los e compreendê-los.

Em 1978, quando comemoraria a data do jubileu de pra-ta de sua profissão religiosa, Cleusa não quis festa, preferin-do o silêncio, a oração, o anonimato. É na simplicidade de vida que ela se realizava e diariamente, renovava os votos ao Senhor. Ainda em Manaus, Irmã Cleusa participou da Dire-toria Regional da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e, em 1979, foi transferida para a missão na Prelazia Lábrea, interior do Amazonas.

Sua inquietude missionária a levou até o martírio no dia 28 de abril de 1985, quando foi brutalmente assassinada às margens do Rio Paciá, no interior de Lábrea – Estado do Ama-zonas pelos que eram profundamente incomodados pela sua luta em favor dos índios, a ponto de odiarem tudo aquilo que ela representava e ordenar a sua morte.

Essa missionária tem recebido algumas homenagens ao longo dos anos. Seu nome foi dado a uma Escola Municipal de Ensino Fundamental na cidade de Serra Carapina – Espírito Santo, a um jardim da infância e à Fazenda da Esperança Femi-nina que recupera mulheres usuárias de drogas em Manaus.

No dia 2 de maio de 1991, na Catedral de Vitória – Espíri-to Santo, foi aberto o processo de beatificação de Irmã Cleusa como mártir dos povos indígenas e hoje tal processo encontra--se em andamento na Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano.

Irmã Cleusa Rody

Memórias cedidas pela Irmã Madalena, da congregação das Missionárias Agostinianas RecoletasUma vida doada pelos injustiçados e excluídos

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18 • Junho • Arquidiocese em Notícias

Page 19: Arquidiocese em Notícias 116º Edição

Lineize Leal

IAN – Como é para você integrar-se ao Clero da Arqui-diocese de Manaus?

Para mim, de uma maneira muito simples, é alegrar-se o próprio coração. Por que a minha dimensão familiar vai au-mentar depois da minha ordenação como presbítero. O Clero de Manaus, como já aconteceu a partir do diaconato, vai fazer parte da minha vida. Para mim é esta alegria de ampliar meu conceito de sermos irmãos, seremos uma única família, na uni-dade, no amor e na reciprocidade.

IAN – De que forma surgiu a vocação para o sacerdócio?Eu sempre estive inserido no contexto pastoral tanto na

Catequese, na Liturgia, com os jovens mas, até então, não tinha despertado essa vocação para o sacerdócio. Logo nos primór-dios eu tinha um afeto muito grande pela comunidade Capu-chinha Franciscana e lá, inclusive eu tive muitos amigos. Depois de estar com os capuchinhos, fiquei curioso se eu tinha vocação para religioso ou padre. Passou-se o tempo, e em uma de mi-nhas férias eu fiz uma experiência de silêncio, num mosteiro, e retornei decidido a ser padre diocesano.

IAN – Quando e em quais circunstâncias ingressou no Seminário São José?

Fiz Filosofia com os Salesianos no Dom Bosco e quando eu me dei conta eu já estava no Seminário São José. Eu intgressei em 2009/2010. O Seminário nos ajuda porque temos orienta-ção, formação, direcionamento espiritual, retiros que lapidam as pessoas, abre os horizontes. É muito importante o seminário, de lapidar aquela vocação que já existe no coração da pessoa. O seminário ajuda a amadurecer a visão da Igreja no mundo moderno em que vivemos.

IAN – Alguém lhe inspirou? A Igreja tem muitos baluartes: Santa Tereza D`Ávila, Santa

Terezinha do menino Jesus da Sagrada Face me inspirou muito, São João da Cruz, São Francisco, mas, hoje no contexto atual tem outras pessoas que me inspiram, inclusive leigos.

IAN – Enquanto padre, como pretende ajudar as pessoas?A gente percebe que o serviço do presbítero é muito

amplo e pode ser útil de diversas maneiras. Mas não devo esperar ser presbítero para servir ao povo então já posso viver isso e é o que eu vivo, fazendo pastoral atualmente no Manaquiri, na Paróquia São Pedro Apóstolo. Eu vivencio essa intensidade do dia a dia, sendo um facilitador na vida da comunidade.

IAN – fale da expectativa desse tempo que antecede a Ordenação Sacerdotal?

Está muito próximo e eu procuro viver toda essa dimensão. Imagino como vai ser essa experiência porque ser diácono é uma experiência já a vida de presbítero é outra dimensão. A gente continua sendo a mesma pessoa,a agora é claro ser pa-dre é ter uma responsabilidade mútua. É um novo compromis-so que eu vou assumir.

EntrevistaPastoral ribeirinha na região do Manaquiri

Marcos Aurélio realiza um trabalho pastoral nas 37 comunidades, da Paróquia São Pedro Apóstolo, no Mana-quiri, desde a primeira semana de março, após ser orde-nado diácono. Segundo ele, foi por meio de um diálogo com o arcebispo Dom Sérgio que surgiu a possibilidade de servir naquela região. “É uma experiência e uma re-alidade nova. São muitos desafios, mas o povo é muito acolhedor. Estou aprendendo muito também com padre Martim, que é o pároco da Paróquia São Pedro apóstolo”, disse o diácono.

Na área urbana, além da visitação nas casas, tem for-mações para a liturgia e visitação aos idosos e doentes. “Cada comunidade tem seu programa pastoral e agente tenta suprir essas agendas principalmente, nas forma-ções e celebrações. Contamos também com os membros das comunidades”, lembra. Nas comunidades ribeirinhas e das estradas são feitas visitas de barco (canoa de alu-mínio) e, na época de seca, o acesso é mais difícil, tendo acesso a pé. Segundo ele, na área rural, o desafio é gran-de porque cada comunidade precisa de suporte desde a catequese à liturgia, e das pastorais básicas necessárias para serem implantadas.

O diácono Marcos Aurélio da frota Veras, nascido em 17 de junho de1967, em Manaus, será ordenado presbítero, no dia 14 deste mês, na Catedral Metropolitana de Manaus. Em entrevista a este veículo, ele relata sobre sua vocação sacerdotal, trajetória no Seminário e o trabalho pastoral que tem realizado nas comunidades do Manaquiri.

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Arquidiocese em Notícias • Junho 19

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DATA ATIVIDADE HORÁRIO LOCAL INFORMAÇÕES

2/6 Posse do novo pároco da Área Missionária São Lucas 19h Área Missionária São Lucas – Comunidade São João Batista Rua Carambei , s/nº, Núcleo 4, Cidade Nova

Secretaria da Área Missionária São Lucas (92) 3635-6492

4/6 Solenidade de Corpus Christi – Missa e Procissão 17h Início na Praça do Congresso Rua Ramos Ferreira, s/n – Centro Secretaria da Catedral Nossa Senhora da Conceição (92) 3234-7821

3 a 11/6 Novenário Sagrado Coração de Jesus – Tema: “Sagrado coração ensina ao teu povo a servir” 19h Igreja de Sagrado Coração de Jesus

Rua Visconde de Porto alegre, nº 820, CentroSecretaria da Igreja Sagrado Coração de Jesus

(92) 3234-6752/3088-2472

6 e 7/6 Acampamento PHNAmigos Canção Nova Manaus - Centro de Convivência da Família Magdalena Arce Daou

Av. Brasil, nº 1335 – Santo AntônioCanção Nova

(92) 99272-4902 / 99174-1437

9/6 Inauguração da Igreja de Nossa Senhora de Fátima- Careiro Castanho 19h Igreja de Nossa Senhora de Fátima

Rua Mamori nº106, Centro do Careiro CastanhoSecretária da Igreja Nossa Senhora de Fátima

(92) 3362-1301

9,10 e 11/6 Tríduo de São Domingo Sávio- Arraial (13 e 14/6) 19h Área Missionária São Domingo Sávio

Rua H, Quadra 24, nº 23 – Armando MendesSecretária da Área Missionária São Domingo Sávio (92)

3615-9606

11 a 19/6 Novenário – Festejos de Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos Inicio às 18h Igreja Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos Rua do Cruzeiro, Betânia Secretaria da Paróquia (92) 3237-5192

12/6 Missa e Procissão – Festa do Sagrado Coração de Jesus 5h Igreja de Sagrado Coração de Jesus, Rua Ferreira Pena, 1285, Centro

Secretaria da Paróquia Sagrado Coração de Jesus (92) 3234-6752/3088-2472

12, 13 e 14/6 I Retiro das Santas Missões Populares - Comunidade Santa Auxiliadora

Rua 4, s/nº – São José IIISecretaria da Paróquia de São José Operário – Aleixo – (92)

3639-3923

12, 13 e 14/6 3º Acampamento Radical em Deus para Casais – Comunidad Hallel 19h30 Casa de Retiro Hallel no Km 8 da BB 174 Ramal Claudio Mesquita Comunidade Hallel (92) 3631-1247

13/6 Festejos de Santo Antônio - Igreja Santo AntônioRua Padre Francisco, 350 – Santo Antônio

Secretaria da Paróquia Santo Antônio (92) 3671-3996

14/6 Ordenação Presbiteral – Marcos Aurélio 10h Catedral Nossa Senhora da Conceição Praça Oswaldo Cruz, s/n – Centro

Secretaria da Catedral Nossa Senhora da Conceição (92) 3234-7821

19 e 20/6Oficinas Litúrgicas

Acolhida / Leitores / Salmistas / Comentário e Animação / Símbolos Litúrgicos / Cantos Litúrgicos

Início às 9h Paulinas LivrariaAv. 7 de Setembro, 665 – Centro

Paulinas Livraria (92) 3633-4251

20/6 Arraiá da Paz – Comunidade Shalom 19h A definir Lila Dantas (92) 98128-7841

20/6 Festa Cultural dos Migrantes 20h Quadra da Igreja São Geraldo – Rua São Geraldo, 10 – São Geraldo Pastoral do Migrante (92) 3232-7257

20/6 Festejos de Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos – Missa 19h Igreja Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos Rua do Cruzeiro, 20 – Betânia

Secretaria Igreja de Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos (92) 3237-5192

20 a 28/6 Novenário – 71˚ Festejo de São Pedro Apóstolo – Manaquiri-AM“Fala Senhor, teu servo escuta” (cf. I Samuel 3, 10) 19h Comunidade São Pedro Apóstolo

Rua Esteliano dos Santos, 15 – Centro – Município de ManaquiriSecretaria da Igreja São Pedro (92) 3363-1134/3363-1080

20/6 Inauguração da nova Igreja de São Pedro Apóstolo Rio Preto Eva Dedi-cação da Igreja e Consagração do Altar 18h Igreja São Pedro Apóstolo

Rua Pedro Barcelar nº 10 – Centro – Rio Preto EvaParóquia São Pedro Apóstolo – Rio Preto da Eva

(92) 3112-5129

21 a 29/6 Novenário do festejo São Pedro / Procissão fluvial – dia 29 19h / 16h Igreja São Pedro Apóstolo Rua Pedro Barcelar nº 10 – Centro – Rio Preto Eva

Paróquia São Pedro Apóstolo – Rio Preto da Eva (92) 3112-5129

21/6 Missa e Carreta de São Pedro – Setor 5 7h Igreja São Pedro Apóstolo Rua Coronel Ferreira de Araújo, s/nº – Petrópolis

Secretaria da Paróquia Pedro Apóstolo (92) 3611-3201

23 a 26/6 Tríduo de São Pedro – Setor 5 19h Comunidades da Paróquia São Pedro Apóstolo – Petrópolis Secretaria da Paróquia Pedro Apóstolo (92)3611-3201

24, 25 e 26/6 Tríduo de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – Setor 6 19h 2Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Rua Inocêncio de Araújo, 44 – EducandosSecretaria da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

(92) 3624-6401

24, 25 e 26/6 Palestra sobre Fundamentalismo Assessoria: Brenda Karansa 8h e 19h Instituto de Teologia Pastoral e Ensino Superior da Amazônia

Rua da Maromba, 20 – ChapadaSecretaria do Itepes

(92) 3642-5635 / 3642-2228 e 98406-0835

24/6 Missa e Procissão de São João Batista 18h Comunidade São João Batista – Área Missionária São Lucas Rua Carambei, s/nº, Núcleo 4, Cidade Nova

Secretaria da Área Missionária São Lucas (92) 3635-6492

27/6 Procissão de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – Setor 6 17h Igreja Nossa Senhora do Perpétuo SocorroRua Inocêncio de Araújo, 44 – Educandos

Secretaria da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (92) 3624-6401

29 e 30/6 5ª Semana do Jovem Líder da Pastoral da Juventude A definir Igreja São José Operário, Rua Visconde de Porto Alegre nº820, Centro Edney Mendonça (92) 99227-2692

29/6 66a Procissão Fluvial de São Pedro 14h30 Saída da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Rua Inocêncio de Araújo, 44 – Educandos para o Porto Chibatão

Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro(92) 3624-6401

29/6 Missa e Procissão de São Pedro Apóstolo – Setor 5 19h Igreja São Pedro Apóstolo Rua Coronel Ferreira de Araújo, s/nº – Petrópolis

Secretaria da Paróquia Pedro Apóstolo – Setor 5 (92) 3611-3201

29/6 71˚ Festejo de São Pedro Apóstolo – Manaquiri-AMEncerramento com procissão fluvial e missa campal 17h Comunidade São Pedro Apóstolo

Rua Esteliano dos Santos, 15 – Centro – Município de Manaquiri Secretaria Paróquia São Pedro (92) 3363-1134 / 3363-1080

Anos

Centro E

ducacional

ADALBERTO V

ALLE 1964 - 2014

A serviço de Deus, da Educação,

da Fraternidade e da Cidadania.

CENTRO EDUCACIONAL ADALBERTO VALLE

Rua Darcy Michiles , 200 , Centro, Manaus - AM - CEP 69010-150 - Manaus/AM Fone: (92) 3633-6649/3234-0518

Av. Via Láctea, 835 - Conjunto Morada do Sol - Aleixo - CEP 69060-085 - Manaus/AM Fone: (92) 3321-8900/3321-8901