ARQUITECTURAS EM PALCO - dgartes.gov.pt · 1 REPRESENTAÇÃO OFICIAL PORTUGUESA NA 11ª QUADRIENAL...

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1 REPRESENTAÇÃO OFICIAL PORTUGUESA NA 11ª QUADRIENAL DE PRAGA ARQUITECTURAS EM PALCO JOÃO MENDES RIBEIRO Comissário e Autor – João Mendes Ribeiro Projecto – João Mendes Ribeiro com Catarina Fortuna e Pedro Grandão Organização e Produção – Instituto das Artes / Ministério da Cultura Quadrienal de Praga 2007 – 14 a 24 de Junho Inauguração do Pavilhão de Portugal – 15 de Junho

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REPRESENTAÇÃO OFICIAL PORTUGUESA

NA 11ª QUADRIENAL DE PRAGA

ARQUITECTURAS EM PALCO

JOÃO MENDES RIBEIRO

Comissário e Autor – João Mendes Ribeiro

Projecto – João Mendes Ribeiro

com Catarina Fortuna e Pedro Grandão

Organização e Produção – Instituto das Artes / Ministério da Cultura

Quadrienal de Praga 2007 – 14 a 24 de Junho

Inauguração do Pavilhão de Portugal – 15 de Junho

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REPRESENTAÇÃO OFICIAL DE PORTUGAL

NA 11ª QUADRIENAL DE PRAGA

Abertura Oficial da Quadrienal de Praga - 14 de Junho às 19h00

Palácio Výstavisté / Palácio Industrial de Praga, com a intervenção de:

Pavel Bém – Presidente da Câmara de Praga; Václav Jehlicka - Ministro da Cultura; Arnold

Aronson - Comissário da Quadrienal de Praga e Ondrej Cerný - Director Geral da Quadrienal

de Praga.

Inauguração do Pavilhão de Portugal – 15 de Junho

17h00 - 18h00

Abertura ao público da exposição Arquitecturas em Palco, de João Mendes Ribeiro, com

performance da Companhia Olga Roriz.

A Ministra da Cultura de Portugal, Isabel Pires de Lima, preside à abertura.

18h30 – 19h30

Sala de leituras do Palácio Industrial de Praga

Apresentação do projecto Arquitecturas em Palco, por João Mendes Ribeiro, autor e curador

da representação oficial portuguesa, com a participação de Olga Roriz, autora do filme A

Sesta.

Será ainda lançado o catálogo da exposição.

Palácio Industrial de Praga – Secção Nacional – Pavilhão de Portugal

A Quadrienal de Praga encontra-se aberta ao público diariamente, entre as 10h00 e as

18h00.

Mais informação em www.pq.cz e em http://www.iartes.pt/qp07

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Instituto das Artes / Ministério da Cultura Rua Garrett 80, 3º 1200-204 Lisboa Portugal T. +351213219700 Comunicação Rita Castel-Branco T. +351966229532 Assessoria de Imprensa Patrícia Brito T. +351919866181 [email protected] Para efectuar o download em alta resolução de imagens contidas neste dossier de imprensa e de filmes publicitários, deverá aceder ao site do Instituto das Artes e clicar no conteúdo pretendido: http://www.iartes.pt/qp07

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O Instituto das Artes / Ministério da Cultura convidou João Mendes Ribeiro para representar oficialmente Portugal na Quadrienal de Praga 2007, a exposição de maior prestígio internacional na área da cenografia e arquitectura para teatro. O Instituto das Artes organiza, pela primeira vez, a representação oficial na 11ª edição desta Quadrienal, que decorre de 14 a 24 de Junho de 2007. O Pavilhão português encontra-se situado junto da representação checa, no corredor principal da secção nacional, no Palácio Industrial de Praga. João Mendes Ribeiro nasceu em Coimbra, em 1960. Arquitecto de formação, área em que é considerado um dos mais influentes nomes da actual geração, é igualmente reconhecido como especialista em cenografia, tendo contribuído de forma decisiva para o desenvolvimento destas duas disciplinas em Portugal. Premiado por várias vezes, quer a nível nacional, quer a nível internacional, João Mendes Ribeiro tem feito um trajecto de reconhecido mérito, com tradução em inúmeras exposições e publicações, sendo de destacar a sua presença na Representação Portuguesa na 9ª Mostra Internacional de Arquitectura da Bienal de Veneza de 2004, na qual integrou a exposição Metaflux – duas gerações na arquitectura portuguesa recente.

Fotografia: João Tuna

O Bobo e a sua Mulher esta Noite na Pancomédia, de Botho Strauss Encenação de João Lourenço, Novo Grupo de Teatro, Teatro Nacional S. João, Porto 2003

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A Quadrienal de Praga é organizada pelo Ministério da Cultura da República Checa e pelo Instituto de Teatro de Praga desde 1967. É hoje um evento à escala global constituindo-se como uma exposição que, juntamente com as suas actividades paralelas, cria um espaço para seminários, workshops, encontros de profissionais de teatro, proporcionando igualmente uma oportunidade para observar e comparar o desenvolvimento do teatro, a nível mundial, na sua componente de design. Em edições anteriores participaram artistas internacionalmente reconhecidos como Tadeusz Kantor, David Borofsky, Ralph Koltai, Luciano Damiani, Ming Cho Lee ou Achim Freyer. Portugal esteve também representado, nas áreas de cenografia e desenho de guarda-roupa, por José Manuel Castanheira, João Brites, Nuno Carinhas e António Casimiro. Em 2007, o Estado português assume a primeira representação nacional, como reforço de uma acção institucional que tem desenvolvido uma política cultural de consagração de artistas portugueses com reconhecimento nacional e internacional já evidentes.

Pavilhão Industrial de Praga A 11ª edição da Quadrienal de Praga, comissariada por Arnold Aronson, Professor de Teatro e Director do Departamento de Dramaturgia da Columbia University, encoraja cada país participante a apresentar uma exposição individual dedicada a um tema que reflicta a singularidade da cultura teatral do país, integrando-a numa perspectiva mais globalizada acerca do que poderá ser a cenografia e arquitectura para teatro no século XXI. A Quadrienal, organizada em três secções principais, - secção de exposições nacionais, secção de arquitectura e tecnologia e secção para estudantes (Scenofest) - vai juntar em 2007 as participações de 60 países em actividades que incluem performances no centro da cidade de Praga, exposições temáticas, conferências e workshops.

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A REPRESENTAÇÃO OFICIAL PORTUGUESA “(...) Na sua demanda pela essência do elemento identificador das peças de teatro e de dança em que trabalha, [João Mendes Ribeiro] elege a criação de objectos pensados segundo os valores arquitectónicos da funcionalidade, do rigor e da racionalidade que correspondam às exigências da peça. Esses objectos, simples e depurados, são pensados à escala humana e apelam a uma relação espaço-intérprete. É a vivência que os transforma, no sentido em que, ao serem habitados ou manuseados, por vezes metamorfoseando-se no palco ou em processo de reciclagem noutros espectáculos, evidenciam a beleza da sua funcionalidade, alcançam outra dimensão poética. São alguns desses objectos capazes de transformação que foram adaptados a suportes da mostra em que se projecta o percurso de João Mendes Ribeiro. No interior de “malas-mesa” preparadas para viajar, apresenta-se o testemunho de uma carreira. A par delas, outro objecto modulado – Paisagens Invertidas – transforma-se em auditório e acolhe imagens vivas desse percurso, com destaque para um filme de Olga Roriz, A Sesta, realizado para esta exposição com uma coreografia em que as “malas-mesa” são os objectos cenográficos.” Jorge Vaz de Carvalho/Adelaide Ginga – Instituto das Artes / Ministério da Cultura.

Fotografia: João Tuna Dom João, de Molière Encenação de Ricardo Pais, Teatro Nacional S. João, Porto 2006

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Fotografia: João Mendes Ribeiro Vermelhos, Negros e Ignorantes, de Edward Bond Encenação de Paulo Castro, Teatro Nacional S. João, Porto, 1998

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Arquitecturas em Palco é o tema proposto por João Mendes Ribeiro para a representação portuguesa na secção de exposições nacionais da Quadrienal de Praga. Com este projecto, o artista pretende evidenciar diferentes intervenções cenográficas da sua autoria, com reflexo no espírito contemporâneo de hibridação, experimentalismo e contaminação entre várias disciplinas artísticas. A cenografia é pois abordada enquanto experimentação de processos e linguagens comuns à arquitectura. Constituída por duas partes, esta exposição está organizada tendo em conta uma série de questões com origem em duas grandes concepções teóricas: a cenografia como representação arquitectónica e o espaço e objectos como extensão do corpo humano. Partindo de coordenadas teóricas cujo desenvolvimento e enquadramento conceptual encontra suporte e expressão no catálogo da exposição, João Mendes Ribeiro procura, através de imagens, fotografias, desenhos e conceitos retirados de diferentes espectáculos, ilustrar as premissas inicialmente colocadas. Num espaço expositivo em que os materiais são acondicionados e transportados em “malas-mesa” - objectos que servem também de suporte aos conteúdos, fazendo parte do projecto cenográfico da exposição - é possível traçar um percurso através de cenografias e espectáculos que representam diferentes momentos de cena aberta. Esta disposição dos objectos permite assim uma leitura em várias camadas, concorrendo quer para uma explicação conceptual da abordagem arquitectónica ao palco, quer para ilustrar a maneira como o cenógrafo trabalhou esse mesmo palco em distintos momentos. Será igualmente apresentado um dispositivo, também ele modular e transformável, concebido para a exposição Paisagens Invertidas da Ordem dos Arquitectos no XXI Congresso Mundial de Arquitectura (Berlim, 2002). Este dispositivo consiste numa estrutura modular em madeira, desmontável, e configura um pequeno auditório, em anfiteatro, dotado de um ecrã para projecções vídeo. Enquadrado no projecto, será apresentado um filme composto por dois momentos: um primeiro com 15 minutos em que se apresenta uma selecção de cenografias realizadas por João Mendes Ribeiro entre 1996 e 2007; e um segundo, em que se apresenta o filme A Sesta, projecto encomendado pelo Instituto das Artes e criado para este efeito pela coreógrafa e bailarina Olga Roriz. Por ocasião da inauguração do Pavilhão de Portugal será ainda lançado o livro/catálogo Arquitecturas em Palco, editado pela Almedina em colaboração com o Instituto das Artes.

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ARQUITECTURAS EM PALCO “Este conceito prende-se com a identificação de linhas de actuação e metodologias, assinaladas em soluções formais e estéticas, que privilegiem o cruzamento e a contaminação entre as diversas disciplinas envolvidas nas artes de palco. A linha conceptual que preside à selecção dos diversos projectos e intervenções reflecte o espírito contemporâneo de hibridação e experimentalismo, as questões da efemeridade e transformação, o cruzamento de matérias ou conhecimentos provenientes de diversas áreas. Pretende-se expor a apetência relacional dos espaços cénicos num amplo contexto de referências que se estende do universo significante da encenação, do ritual e do simbólico, a valores outros, virtualmente abstractos, como os de um certo funcionalismo racionalista. Nos diferentes projectos, exploram-se as relações entre corpo e espaço – escala, gestualidade e materialidade - no contexto das práticas artísticas e arquitectónicas contemporâneas, reflectindo o tema da percepção e os processos de representação e comunicação. Por meio de uma linguagem essencial, austera e depurada, não muito distante da prática da arte minimal e do expressionismo abstracto, as intervenções em causa enfatizam um certo subjectivismo, onde as propriedades físicas do espaço, escala e materiais, são exploradas como fenómenos autónomos, nas suas intrínsecas qualidades plásticas. A cenografia é abordada enquanto experimentação de processos e linguagens comuns à arquitectura, nomeadamente, no que toca à modelação dos espaços a partir de temas como a escala, os aspectos compositivos e construtivos ou o recurso a dispositivos geométricos e modulares. A componente humana e vivencial dos espaços é também determinante na definição dos projectos cenográficos seleccionados. Essa característica traduz-se na estreita relação do objecto cénico com o corpo ou as características dos seus utilizadores; os dispositivos são catalisados pela sua presença, desenhados à sua medida e em função dos seus gestos e percursos. É no contacto com os intérpretes que se revela, efectivamente, a habitabilidade dos espaços cenográficos e que estes se convertem em objectos reconhecíveis, em signos comunicantes. A questão da flexibilidade é também determinante na selecção dos projectos e corresponde a uma investigação em torno da metamorfose dos espaços e da manipulação dos dispositivos cénicos para configurar diferentes representações do mundo ou hipotéticas situações vivenciais. A ideia de contraste ou ruptura é também exemplificada em diversas intervenções e prende-se, quer com as particularidades dos diferentes guiões ou intenções coreográficas, quer com a transposição de algumas premissas estéticas e conceptuais da arquitectura, para o universo da criação cenográfica, assinalando a vertente transdisciplinar do projecto.” João Mendes Ribeiro Dossier de artista e imagens em http://www.iartes.pt/qp07/

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Fotografia: Alceu Bett - Ag. Espetaculum

Não Destruam os Mal-Me-Queres, de Olga Roriz Companhia Olga Roriz, CCB, Lisboa, 2002

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Fotografia: Patrícia Almeida

Malas-mesa, de João Mendes Ribeiro

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Fotografia: Patrícia Almeida Montagem: FBA.

Paisagens Invertidas, de João Mendes Ribeiro

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Esquiços Arquitecturas em Palco, de João Mendes Ribeiro

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Pavilhão Arquitecturas em Palco

Desenhos de projecto Arquitecturas em Palco, Atelier João Mendes Ribeiro

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Fotografias: Rodrigo César

Ensaio A Sesta, Companhia Olga Roriz, Lisboa 2007

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A SESTA

A Sesta, trabalho criado especificamente para o projecto Arquitecturas em Palco, reflecte a apropriação, pelos intérpretes, do trabalho cenográfico de João Mendes Ribeiro. Dir-se-ia que em A Sesta está bem presente aquilo que distingue o trabalho cenográfico de João Mendes Ribeiro: hibridez da linguagem artística e uma certa ideia de contaminação entre géneros artísticos. Os bailarinos apropriam-se dos objectos e dão-lhes vida através da sua própria linguagem, transformando-os, adaptando-os, recriando-os, fazendo com que sejam, também eles, protagonistas.

Em A Sesta, as “malas-mesa” ocupam o espaço cenográfico apelando a uma relação com o intérprete que assenta também na possibilidade da transformação. Criadas por João Mendes Ribeiro para o espectáculo Anjos, Arcanjos, Serafins, Querubins, ... e Potestades (1998), são objectos-memória transportados pela coreógrafa desde a sua infância, revisitação do tempo em que se faziam picnics de família, e desse momento quase mágico em que a mala se transformava em mesa. No filme, são os bailarinos vestidos a rigor que, num campo verde, transportam as malas, procurando um local aprazível para o banquete. Encontrado o local, as mesas são postas num passo de magia – pratos, talheres e copos assumem movimentos que iludem a percepção. Tudo remete para a ideia de gula, mas os bailarinos têm cabeças de animais e, por causa delas, estão impossibilitados de comer. A ideia de possibilidade/impossibilidade ganha assim mais consistência, beneficiando do contraste entre a multiplicação de possibilidades, no que diz respeito ao objecto malas-mesa, e da sensação de impossibilidade, no que diz respeito aos bailarinos. Estes são – ainda que as cabeças de animais lhes permitam o anonimato e, por consequência, uma certa liberdade primordial - bem comportados à mesa. Por um lado, dir-se-ia que existe essa contenção, por outro, pressente-se a sua agressividade, gerada pela impossibilidade de se saciarem. Os bailarinos arrancam as toalhas das mesas e partem em busca de um outro espaço, uma sombra para dormirem a sesta. Deitados sobre as toalhas, dormem. Uma criada (Olga Roriz), trajada a rigor, avança por entre as árvores equilibrando uma pilha de pratos. Cuidadosa, afasta-se, deixando-os no silêncio da sua sesta.

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Fotografias: Rodrigo César

A Sesta, de Olga Roriz Companhia Olga Roriz, Lisboa, 2007

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“Cinco viajantes à procura de um lugar perfeito, paradisíaco… O lugar onde o momento se faz repasto para mitológicos deuses. Malas e mais malas que se transformam em longas mesas. Mesas e mais mesas… Postas. Cheias. A comida a transbordar pelos cantos da toalha. O vinho derramado. A gula de garfo e faca, de goelas abertas e mãos sujas. Pratos que voam e se suspendem no ar como pássaros. Tudo às avessas como o próprio tempo. Tudo parado. Quebrado até ao silêncio. Essa intimidade de um Olimpo perdido no sono profundo da nossa imaginação.” Olga Roriz

Fotografia: Rodrigo César

A Sesta, de Olga Roriz Companhia Olga Roriz, Lisboa, 2007

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CATÁLOGO A exposição Arquitecturas em Palco é objecto de um catálogo bilingue, português e inglês, projecto do Instituto das Artes editado pela Almedina. Este catálogo documenta visualmente os trabalhos cenográficos de João Mendes Ribeiro, integrando igualmente textos críticos que contextualizam a exposição. Nele podem encontrar-se, além de um ensaio de João Mendes Ribeiro sobre o seu percurso cenográfico, textos críticos de Ricardo Pais, Daniel Tércio, Miguel-Pedro Quadrio e Antoní Ramón Graels, bem como uma abordagem de Olga Roriz ao filme A Sesta, criado para a exposição. ITINERÂNCIA Após a apresentação no Palácio da Indústria em Praga, de 14 a 24 de Junho, e no âmbito da estratégia de circulação nacional e internacional das exposições que representam oficialmente Portugal, Arquitecturas em Palco segue para Barcelona onde será apresentada no Fomento de Artes Decorativas - FAD, de 12 de Julho a 8 de Agosto, integrando o programa da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia. De 3 de Outubro a 18 de Novembro será apresentada no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Está prevista a sua itinerância para Lisboa e Porto em 2008. QP07 www.pq.cz FAD www.fadweb.org Instituto Tomie Ohtake www.institutotomieohtake.org.br

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CONTACTOS Quadrienal de Praga Don Nixon c/o Theatre Institute Celetna 17 110 00 Prague 1 T. +420 224 809 102 F. +420 224 810 278 [email protected] [email protected] Instituto das Artes / Ministério da Cultura Rua Garrett 80, 3º 1200-204 Lisboa Portugal T. +351213219700 F. +351213219723 [email protected] www.iartes.pt/qp07