Arte e tecnologia PUC-SP sobe em ranking do MEC · A primeira turma da Universidade Aberta à...

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Jornal quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Ano 1 Número 9 1ª quinzena setembro - 2009 www.pucsp.br Entrevista José Heleno Mariano analisa cargos e salários Em entrevista ao PUC em Notí- cias o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, prof. José Heleno Mariano, fala sobre progressão na carreira de funcio- nários e outros temas ligados a sua gestão. Presidente da comissão designa- da para elaborar uma proposta PUC-SP sobe em ranking do MEC Entre 2 mil instituições de ensino superior, Universidade foi da 16ª para a 12ª posição A PUC-SP subiu no ranking oficial das instituições de ensino superior brasileiras, divulgado pelo ministro da Educação Fernando Haddad, na tarde de 31/8, em Brasília. Nes- te ano, a Universidade obteve 377 pontos no Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC), apenas dois a me- nos que a PUC-RJ, e ocupa agora a 12ª colocação entre as universidades brasileiras; em 2008, a PUC-SP teve 369 pontos e ocupava a 16ª posição no levantamento. A PUC-SP manteve ainda as posições de melhor univer- sidade particular de todo o Estado de São Paulo e de segunda melhor do Brasil (atrás apenas da PUC-RJ). “A Universidade recebe com satisfa- ção e orgulho a notícia”, comemora o reitor Dirceu de Mello. “Mantidos os resultados altamente confortado- res da avaliação do ano passado, vê-se que, agora, saltamos do 16º para o 12º posto, na comparação com todas as universidades brasi- leiras. E é preciso destacar que a avaliação envolveu 2 mil estabeleci- Qualidade mentos de ensino superior em todo o país”, ressaltou. Entenda a avaliação – Na for- mulação do Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC), o MEC reuniu avaliações que já existiam para a graduação (Conceito Preliminar de Curso, baseado em variáveis como corpo docente, infra-estrutura, de- sempenho no Enade e opinião discente) e para a pós-graduação (avaliação trienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Capes, e número de matrículas). “Um dos focos do IGC é orientar o estudante na busca de instituições de excelência”, disse o ministro Haddad durante a apresen- tação dos dados, na tarde de 31/8. A partir desses dados, o IGC esta- beleceu notas de zero a 500 para as instituições e as dividem em faixas de 1 a 5: com seus 377 pontos, a PUC-SP se enquadrou na categoria 4. No total, segundo o Ministério, foram avaliados 2 mil estabeleci- mentos de ensino superior (univer- sidades, centros universitários e fa- culdades). Campus Barueri Maturidade em aula A primeira turma da Universidade Aberta à Maturidade de Barueri teve sua aula inaugural em 18/8. O cur- so, oferecido pela Cogeae/PUC-SP, é voltado a homens e mulheres com mais de 40 anos de idade. Há mais de uma década, é oferecida com su- cesso no campus Monte Alegre, onde começou com 30 alunos e hoje já conta com 15 classes. |pág.5 Thais Polato / DCI Thiago Pacheco Curso Percepção musical A Casa da Música da PUC-SP ofe- rece dois novos cursos: Teoria e per- cepção musical preparatório para os vestibulares de música e Teoria e percepção musical para iniciantes. Ambos são ministrados pela pro- fa. Nívea Abujamra Nasser. Casa da Música: R. Dr. Homem de Melo, 438. Inf.: (11) 3675-2336 ou www. pucsp.br/casadamusica. Arte e tecnologia AlletSator 4.5 (imagens à esq.), trabalho do professor Luiz Carlos Petry, será apresentado na Bienal de Cerveira, em Portugal, até 27/9. A exposição de arte digital apresenta um panorama dos trabalhos mais importantes da atualidade na área. A presença na importante Bienal eu- ropéia reflete o reconhecimento e a consolidação, na PUC-SP, de uma área voltada às relações entre Arte, Ciência e Filosofia no campo das mí - dias digitais. Outra prova deste reconhecimento foi a avaliação positiva que o Pós em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (Tidd) recebeu dos avaliado- res da Coordenação de Aperfeiçoa- mento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Eles estiveram no programa em 24 e 25/8. “Os visitantes não he- sitaram em declarar que, com o Tidd e os cursos em seu entorno, a PUC- SP tem uma jóia em suas mãos”, afirma a coordenadora do progra- ma, Maria Lúcia Santaella. |pág.8 Dom Odilo celebra aniversário da Universidade O aniversário da Universidade foi comemorado com missa celebra- da por Dom Odilo Pedro Scherer (foto), em 22/8, na Capela. “Aos 63 anos, a Universidade inicia o perío- do de sua terceira idade, o que não deverá significar decadência ou retirada da vida ativa. Depois de nascer, crescer e passar pela vida adulta, quando lutou pela demo- cracia e pelo respeito aos direitos humanos no nosso país, a PUC-SP chega à plena maturidade com a consciência adquirida de que tem muito a dizer e compartilhar sobre o que significam sua origem e sua identidade”, afirmou. |pág.2 de novo plano de cargos e salários para o pessoal administrativo, o do- cente garante: “Não se trata de algo novo nem que vá engessar o pesso- al administrativo em sua carreira”. O professor fala ainda sobre como tem sido o relacionamento com a comunidade e a capacidade de in- vestimento da PUC-SP. |pág.5 NOVOS ESPAÇOS NO PRÉDIO NOVO Seis novos auditórios estão à disposição de professores, fun- cionários e alunos, no campus Monte Alegre. Quatro deles comportam 80 pessoas cada e os outros dois são maiores, com 180 lugares cada um. Os novos espaços estão localizados no Pré- dio Novo, onde também foram reformadas salas de aula e inau- gurada a livraria Última Instân- cia (foto). Localizada no terceiro andar do Prédio Novo, onde já funcionou uma lanchonete, a livraria também será um novo espaço cultural na Universidade, destinado a lançamentos e noi- tes de autógrafos. |pág.7 Analfabetismo Convidamos o prof. Artur Costa Neto, da Faculdade de Educação, a escrever artigo sobre o tema, por sua participação no projeto Com- promisso São Paulo: analfabetis- mo zero. A idéia é mudar a realidade do estado de São Paulo, que está atrás apenas da Bahia em número de analfabetos no país. |pág.4 Luciney Martins Priscila Lacerda / DCI

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Jornal quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Ano 1 Número 91ª quinzena

setembro - 2009

www.pucsp.br

EntrevistaJosé Heleno Mariano analisa cargos e salários

Em entrevista ao PUC em Notí-cias o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, prof. José Heleno Mariano, fala sobre progressão na carreira de funcio-nários e outros temas ligados a sua gestão.

Presidente da comissão designa-da para elaborar uma proposta

PUC-SP sobe em ranking do MECEntre 2 mil instituições de ensino superior, Universidade foi da 16ª para a 12ª posição

A PUC-SP subiu no ranking oficial das instituições de ensino superior brasileiras, divulgado pelo ministro da Educação Fernando Haddad, na tarde de 31/8, em Brasília. Nes-te ano, a Universidade obteve 377 pontos no Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC), apenas dois a me-nos que a PUC-RJ, e ocupa agora a 12ª colocação entre as universidades brasileiras; em 2008, a PUC-SP teve 369 pontos e ocupava a 16ª posição no levantamento. A PUC-SP manteve ainda as posições de melhor univer-sidade particular de todo o Estado de São Paulo e de segunda melhor do Brasil (atrás apenas da PUC-RJ).

“A Universidade recebe com satisfa-ção e orgulho a notícia”, comemora o reitor Dirceu de Mello. “Mantidos os resultados altamente confortado-res da avaliação do ano passado, vê-se que, agora, saltamos do 16º para o 12º posto, na comparação com todas as universidades brasi-leiras. E é preciso destacar que a avaliação envolveu 2 mil estabeleci-

Qualidade

mentos de ensino superior em todo o país”, ressaltou.

Entenda a avaliação – Na for-mulação do Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC), o MEC reuniu avaliações que já existiam para a graduação (Conceito Preliminar de Curso, baseado em variáveis como corpo docente, infra-estrutura, de-sempenho no Enade e opinião discente) e para a pós-graduação (avaliação trienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Capes, e número de matrículas). “Um dos focos do IGC é orientar o estudante na busca de instituições de excelência”, disse o ministro Haddad durante a apresen-tação dos dados, na tarde de 31/8.

A partir desses dados, o IGC esta-beleceu notas de zero a 500 para as instituições e as dividem em faixas de 1 a 5: com seus 377 pontos, a PUC-SP se enquadrou na categoria 4. No total, segundo o Ministério, foram avaliados 2 mil estabeleci-mentos de ensino superior (univer-sidades, centros universitários e fa-culdades).

Campus BarueriMaturidade em aula

A primeira turma da Universidade Aberta à Maturidade de Barueri teve sua aula inaugural em 18/8. O cur-so, oferecido pela Cogeae/PUC-SP, é voltado a homens e mulheres com mais de 40 anos de idade. Há mais de uma década, é oferecida com su-cesso no campus Monte Alegre, onde começou com 30 alunos e hoje já conta com 15 classes. |pág.5

Thais Polato / DC

I

Thiago Pacheco

CursoPercepção musical

A Casa da Música da PUC-SP ofe-rece dois novos cursos: Teoria e per-cepção musical preparatório para os vestibulares de música e Teoria e percepção musical para iniciantes. Ambos são ministrados pela pro-fa. Nívea Abujamra Nasser. Casa da Música: R. Dr. Homem de Melo, 438. Inf.: (11) 3675-2336 ou www.pucsp.br/casadamusica.

Arte e tecnologiaAlletSator 4.5 (imagens à esq.),

trabalho do professor Luiz Carlos Petry, será apresentado na Bienal de Cerveira, em Portugal, até 27/9. A exposição de arte digital apresenta um panorama dos trabalhos mais importantes da atualidade na área. A presença na importante Bienal eu-ropéia reflete o reconhecimento e a consolidação, na PUC-SP, de uma área voltada às relações entre Arte, Ciência e Filosofia no campo das mí-dias digitais.

Outra prova deste reconhecimento foi a avaliação positiva que o Pós em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (Tidd) recebeu dos avaliado-res da Coordenação de Aperfeiçoa-mento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Eles estiveram no programa em 24 e 25/8. “Os visitantes não he-sitaram em declarar que, com o Tidd e os cursos em seu entorno, a PUC-SP tem uma jóia em suas mãos”, afirma a coordenadora do progra-ma, Maria Lúcia Santaella. |pág.8

Dom Odilo celebra aniversário da UniversidadeO aniversário da Universidade foi

comemorado com missa celebra-da por Dom Odilo Pedro Scherer (foto), em 22/8, na Capela. “Aos 63 anos, a Universidade inicia o perío-do de sua terceira idade, o que não deverá significar decadência ou retirada da vida ativa. Depois de nascer, crescer e passar pela vida adulta, quando lutou pela demo-cracia e pelo respeito aos direitos humanos no nosso país, a PUC-SP chega à plena maturidade com a consciência adquirida de que tem muito a dizer e compartilhar sobre o que significam sua origem e sua identidade”, afirmou. |pág.2

de novo plano de cargos e salários para o pessoal administrativo, o do-cente garante: “Não se trata de algo novo nem que vá engessar o pesso-al administrativo em sua carreira”.

O professor fala ainda sobre como tem sido o relacionamento com a comunidade e a capacidade de in-vestimento da PUC-SP. |pág.5

NOVOS ESPAÇOS NO PRÉDIO NOVO

Seis novos auditórios estão à disposição de professores, fun-cionários e alunos, no campus Monte Alegre. Quatro deles comportam 80 pessoas cada e os outros dois são maiores, com 180 lugares cada um. Os novos espaços estão localizados no Pré-dio Novo, onde também foram

reformadas salas de aula e inau-gurada a livraria Última Instân-cia (foto). Localizada no terceiro andar do Prédio Novo, onde já funcionou uma lanchonete, a livraria também será um novo espaço cultural na Universidade, destinado a lançamentos e noi-tes de autógrafos. |pág.7

AnalfabetismoConvidamos o prof. Artur Costa

Neto, da Faculdade de Educação, a escrever artigo sobre o tema, por sua participação no projeto Com-promisso São Paulo: analfabetis-mo zero.

A idéia é mudar a realidade do estado de São Paulo, que está atrás apenas da Bahia em número de analfabetos no país. |pág.4

Luciney Martins

Priscila Lacerda / DC

I

A Faculdade de Direito convida para missa em homenagem ao prof. Hermínio Porto (Direito), falecido em 23/6. A cerimônia acontece dia 9/9, data do seu aniversário, às 12h15, na Capela da PUC-SP.

Missa

www.pucsp.br

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PUC-SP completa 63 anosEditorial

“Parem as rotativas. Temos uma ótima notícia!”, assim o repórter Thiago Pacheco anunciou à editora do PUC em Notícias a informação de que tínhamos subido no ranking de universidades feito anualmente pelo Ministério da Edu-cação (MEC). A edição da primeira quinzena de setembro, que você lê agora, já estava quase pronta, mas jornalistas sabem o que significa quando alguém na redação grita “parem as rotativas” (expressão tradicional na área e que se refere à máquina usada na impressão do jornal). Algo muito importante está por vir... E era isso mesmo.

Thiago Pacheco trazia a informação de que a PUC-SP, além de manter as honrosas posições de “melhor univer-sidade particular de todo o Estado de São Paulo” e “de se-gunda melhor do Brasil” (atrás apenas da PUC-RJ), havia obtido melhor pontuação em relação ao ano passado: 377 pontos no Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC), ape-nas dois a menos que a pontifícia do Rio de Janeiro. Com isso, subimos da 16ª (2008) para a 12ª posição (2009) na comparação geral com todas as universidades brasileiras. Significa que estamos na 12ª posição entre 2 mil estabele-cimentos avaliados em todo o país.

Valeu a pena parar as rotativas. Não porque quiséssemos valorizar pura e simplesmente uma competição entre uni-versidades, centros universitários e faculdades. Mas porque o bom resultado é fruto de muito trabalho e esforço con-junto. Professores, funcionários e estudantes, todos estamos de parabéns.

Boa leitura!

Grão-Chanceler: Dom Odilo Pedro SchererReitor: Dirceu de Mello Vice-reitor: Antonio Vico Mañas Pró-Reitores: André Ramos Tavares (Pós-Graduação) Haydee Roveratti (Educação Continuada)Hélio Roberto Deliberador (Cultura e Relações Comunitárias) José Heleno Mariano (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão) Marina Feldmann (Graduação)Chefe de Gabinete: Cláudio José Langroiva Pereira Diretora da Divisão de Comunicação Institucional: Eveline Denardi (MTb 27.655)Edição: Thaís Polato (MTb 30.176) Reportagem: Eveline Denardi Priscila Lacerda Thaís Polato Thiago Pacheco Assistente-administrativa: Vera LucasProjeto Gráfico e Editoração: Núcleo de Mídias Digitais Impressão: Artgraph Tiragem: 2 mil exemplares Redação: Rua Monte Alegre, 984, sala T-34 Perdizes, São Paulo, SPCEP 05014-901Tel.: (11) 3670-8196E-mail: [email protected]

1ª quinzena de setembro - 2009

O aniversário da Universi-dade foi comemorado com missa (foto) celebrada por Dom Odilo Pedro Scherer, dia 22/8, na Capela. Aos professores, funcionários, es-tudantes e pessoas da comu-nidade externa que compa-receram à celebração, Dom Odilo falou sobre o atual momento da PUC-SP. “Aos 63 anos, a Universidade ini-cia o período de sua tercei-ra idade, o que não deverá significar decadência ou re-tirada da vida ativa. Depois de nascer, crescer e passar pela vida adulta, quando lu-tou pela democracia e pelo respeito aos direitos huma-nos no nosso país, a PUC-SP chega à plena maturidade com a consciência adquiri-da de que tem muito a di-zer e compartilhar sobre o que significam sua origem e sua identidade”, afirmou Dom Odilo, grão-chanceler da Universidade e Arcebispo Metropolitano de São Paulo.

Thaís Polato

Celebração

Universidade e Hermínio Porto recebem homenagem

A trajetória de luta pela de-mocracia da PUC-SP e a car-reira acadêmica e profissional do prof. Hermínio Alberto Marques Porto (Direito) foram celebradas em sessão sole-ne na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, em 25/8. Por iniciativa do deputa-do estadual Fernando Capez (PSDB), o Legislativo paulista homenageou a Universidade, por seus 63 anos, e o prof. Hermínio, falecido no último dia 23/6, aos 82 anos.

“A PUC-SP é uma institui-ção nova, se comparada à existência das universidades pelo mundo. No entanto, já se impôs à admiração de to-dos, ao respeito nacional e internacional, ao carinho da comunidade paulistana e do Legislativo estadual”, declarou o reitor Dirceu de Mello, que agradeceu a comemoração em nome da Universidade.

O reitor também recordou a história do outro homenagea- do da noite: “Defensor dos jovens estudantes, quando da invasão da PUC-SP por forças que não estavam a serviço da democracia, o professor Hermínio se colocou entre os agressores e os estudantes. É um ícone de nossa Universi-dade, grande professor, gran-

Thiago Pacheco de promotor do júri”, elogiou. “O professor Hermínio foi um exemplo de vida e ética, que enche de orgulho a PUC-SP”, declarou o deputado Capez.

Familiares, amigos, colegas de turma de graduação do homenageado e professores da PUC-SP estiveram na ceri-mônia. Também participaram da sessão solene autoridades como o ex-governador pau-lista Luiz Antônio Fleury Fi-lho, o secretário estadual de Administração Penitenciária Lourival Gomes, o procurador Washington Medeiros Barra (presidente da Associação Paulista do Ministério Públi-co), o subprocurador-geral de Justiça de Relações Externas Francisco Stela Júnior (repre-sentando o Ministério Público Estadual), o bispo Dom Tomé Ferreira da Silva (represen-tando o cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, grão-chanceler da PUC-SP), o padre Valeria-no Costa (diretor da Faculda-de de Teologia da PUC-SP) e o professor Nicolas Nuñez (re-presentando a Fundação São Paulo), além de representan-tes da Secretaria Estadual de Justiça e da Ordem dos Advo-gados do Brasil, entre outros.

BIOGRAFIA – Nascido dia 9/9/1926, em Batatais (353 Km da capital), o professor

Cotidiano escolarDia 20/10,

às 18h30, a profa. Marina Graziela Fel-dmann (pró-reitora de Graduação) lança o livro Formação de professores e escola na con-temporaneidade (Editora Se-nac), na editora Martins Fon-tes (av. Paulista, 509). Além de organizadora, Marina é autora de dois dos artigos do livro, que traz textos de sete docentes e cinco doutores do Pós em Educação: Currículo. A obra é resultado do traba-lho do grupo de pesquisas “Formação de professores e cotidiano escolar” e apre-senta três temas aos quais os artigos se vinculam: Educa-ção e crise de paradigmas, Políticas públicas de forma-ção de professores e Escola, currículo e formação.

NotasLuciney M

artins

Segundo Dom Odilo, o novo impulso da PUC-SP deve ser o de ter coragem, serenida-de e clareza para mostrar à sociedade que ela pode formar, “ainda com mais efi-cácia, pessoas sábias, mas com a sabedoria que vem do alto, do reino de Deus”, disse. “A PUC-SP é convidada a formar novas lideranças, a contribuir para uma antropo-logia cristã onde se reserva, sem rateios, a dignidade à vida humana e do planeta”,

Assembléia Legislativa

ressaltou Dom Odilo.Convidado pelo arcebispo

a falar sobre o aniversário da PUC-SP, o reitor Dirceu de Mello lembrou que, apesar de na idade dos homens a Universidade viver sua matu-ridade, em relação às outras universidades católicas, ela ainda é muito jovem, com a vantagem de possuir já uma grande tradição acadêmica, cultural e social. “Prossegui-remos neste caminho”, disse o reitor.

Hermínio graduou-se em Di-reito pela Universidade de São Paulo (USP, 1950). Come-çou a lecionar na PUC-SP em 1965, como assistente da 2ª cadeira de Direito Judiciário Penal, e de 68 a 70 foi profes-sor regente dessa mesma ca-deira. Em 1971, aprovado em concurso para professor cate-drático, tornou-se titular da 1ª cadeira de Direito Judiciário Penal e colou grau de doutor em Ciências Jurídicas e So-ciais. Diretor da Faculdade de Direito por duas vezes, entre 1972 e 1981, era professor titular na área de Direito Pro-cessual Penal da Faculdade de Direito, lecionava e orientava alunos do pós-graduação

(onde coordenava a área de Direito Processual Penal).

No Ministério Público (MP), ingressou em 1953, como promotor de Pitangueiras, e também atuou em Jacareí, Guarulhos e São Paulo. Foi corregedor-geral do MP pau-lista nos biênios 1977-78 e 1981-82. Como advogado, atuava na área criminalista. Nos últimos anos, o professor Hermínio Marques Porto tam-bém era vice-reitor de Rela-ções Institucionais da Univer-sidade Paulista (Unip).

Em 1952, casou-se com Ira-cema Porto, com quem teve quatro filhos (Hermínio Jr. Taís, Tarcisa, todos advogados, e Teresa Augusta, socióloga).

Prof. Dirceu de Mello discursa na Assembléia Legislativa

Thiago Pacheco / DC

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FORMAÇÃODE PROFESSORESE ESCOLA NACONTEMPORANEIDADE

Marina Graziela FeldmannORGANIZADORA

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EDUCAÇÃO E CRISE DE PARADIGMASA escola e sua função social: uma compreensão

à luz do projeto de modernidadeBeatriz Gomes Nadal

Multiculturalismo e pós-modernidade: educação, diferença e igualdade social

Madalena Guasco Peixoto

Multiculturalismo: educação e miscigenaçãoGisele dos Santos Santana

POLÍTICAS PÚBLICAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORESFormação de professores e cotidiano escolar

Marina Graziela Feldmann

Pesquisa científica e formação de professoresLeda Maria de Oliveira Rodrigues

Formação de professores: pesquisa e ensino de históriaHelenice Ciampi

Os ginásios vocacionais do estado de São Paulo e sua relação com o conhecimento

Sandra Machado Lunardi Marques

O educador em foco: um olhar sobre as políticas de formação docente na modalidade de educação a distância

Lucila Pesce

A educação não-formal realizada por ONGs e a formação de seus professores

Deivis Perez

ESCOLA, CURRÍCULO E FORMAÇÃOEscola e inclusão social: relato de uma experiência

Marina Graziela Feldmann e Solange Vera Nunes de Lima D’Agua

Currículo, formação e inclusão: alguns implicadoresMaria Aparecida de Menezes

Gestão escolar: a complexa relação entre formação e ação. Concepções teóricas sobre a formação do papel do diretor/gestor de escola

Hiloko Ogihara Marins

Cultura, clima e gestão da escolaRegina Lúcia Giffoni Luz de Brito

capa formacao de professores.indd 1 28/5/2009 16:42:04

A Editora da PUC-SP (Educ) acaba de lançar mais um livro da série Hipótese, a obra d & D: duplo Dilema: du Bois-Reymond e Driesch, ou a vitalidade do Vitalismo, de Silvia Waisse-Priven.

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www.pucsp.br

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Pela primeira vez, a PUC-SP foi sede do Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop), da região Sudeste. Realiza-do no Tuca dias 27 e 28/8, o evento acontece desde 1985 e trouxe à Universida-de cerca de 40 pró-reitores. “Este fórum discute os temas mais atuais envolvendo o sistema de pós-graduação no país. Também procura contribuir com soluções e propostas para a sua evolu-ção”, afirmou André Ramos Tavares, pró-reitor de Pós-Graduação da PUC-SP.

Na foto, o professor parti-cipa da mesa de abertura do evento, com Mariliza Vieira Rudge (Unesp), Paulo César Duque Estrada (PUC-RJ) e Euclides de Mesquita Neto (Unicamp). Os docentes de-bateram a legislação refe-rente ao reconhecimento de mestrado e doutorado âmbi-to do Mercosul.

Priscila Lacerda

O Fórum tem ainda como objetivos: constituir-se em uma unidade representativa das instituições de ensino su-perior do Brasil, junto a insti-tuições nacionais e estrangei-ras de fomento à pesquisa e à pós-graduação; congregar esforços na identificação das necessidades nacionais e regionais nas áreas de pes-

Evento reuniu cerca de 40 professores, no final de agosto

quisa e pós-graduação; pro-por às agências de fomento nacionais a adoção de po-líticas para implementação das soluções apresentadas; e incentivar e promover re-lações institucionais entre as IES e outros setores, visando estabelecer parcerias no que se refere à pesquisa e a pós-graduação.

Mesa de abertura debate reconhecimento no Mercosul

Aumentar a integração, promover o intercâmbio e difundir as pesquisas rea-lizadas na pós-graduação em Direito da PUC-SP, da USP e do Mackenzie. É com esse objetivo que os progra-mas dessas universidades realizaram o 1º Encontro de Pós-Graduações, dias 18, 19 e 20/8. “Este primeiro encontro, que reúne as três grandes universidades de São Paulo, é um marco na história da pós-graduação em Direito no Estado de São Paulo”, avaliou Dirceu de Mello, reitor da PUC-SP, du-rante a abertura do evento, na manhã de 18/8, no audi-tório superior do Tuca.

A necessidade de estreitar o relacionamento entre os pro-gramas foi o principal tema abordado pelos integrantes da mesa inicial. Para Paulo

de Barros Carvalho, coorde-nador do Pós em Direito da PUC-SP, a integração é “aus-piciosa” e já ocorre informal-mente por meio de trocas de informações e vivências. “Agora, com o Encontro, da-mos oficialidade ao relacio-namento entre esses cursos de tradição”, declarou.

Monica Herman Salem Ca-ggiano, coordenadora do programa da USP, enfatizou a oportunidade de iniciar um intercâmbio que favorecerá a troca de conhecimentos e a divulgação dos estudos jurídicos: “Precisamos nos relacionar em uma rede de pesquisa, e não como uni-dades independentes e iso-ladas”, defendeu. Já José Francisco Siqueira Neto, coordenador do Pós em Di-reito do Mackenzie, citou a necessidade de aproximar não apenas os programas, mas também os docentes e a comunidade acadêmica

Programas da PUC-SP, USP e Mackenzie buscam integração

Thiago Pachecodessas instituições. Ele tam-bém comparou o evento com as reuniões anuais da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC: “Vamos mostrar a nossa cara. Devemos impulsionar o Encontro, fazer dele uma verdadeira SBPC do pós-graduação em Direito no Estado de São Paulo”.

Além deles, participaram da abertura os professores André Ramos Tavares (pró-reitor de Pós-Graduação da PUC-SP) e Marcelo Figueire-do (Faculdade de Direito da PUC-SP). No encerramento do evento, na USP, Gilberto Bercovici (coordenador de área do Direito na Capes) destacou que “em todos os programas de pós-gradu-ação do país há mestres e doutores formados pela PUC-SP e pela USP”.

O evento também come-morou os 40 anos do pro-grama da USP.

Internacional

Em pé, o professor José de Faria Costa ministra a palestra O Direito Penal e o mundo contemporâneo, em meio à platéia que lo-tou a sala P-65 na manhã de 27/8. Catedrático de Direito Penal da Faculda-de de Direito de Coimbra (Portugal) e presidente do grupo português da Asso-ciation Internationale de Droit Penal, Costa esteve na PUC-SP para participar do 2º Colóquio Luso-Brasileiro de Estudos de Direitos Hu-manos e Direito Penal, pro-movido pelo Pós em Direito.

Na mesa de debates,

José de Faria Costa, de Coimbra, também foi recebido pelo pró-reitor de Pós-Graduação André Ramos Tavares

Professor português ministra palestra sobre Direito Penal

Thiago Pacheco estiveram os professores Oswaldo Henrique Duek Marques (Departamento de Direito Penal e Processual Penal), Ricardo Sayeg (co-ordenador do Núcleo de Pesquisa do Capitalismo Humanista), Marco Antônio Marques da Silva (professor titular e vice-coordenador do Pós em Direito), Eloisa de Sousa Arruda (chefe do Departamento de Direito Penal e Processual Penal) e Alessandra Greco (Depar-tamento de Direito Penal e Processual Penal). Também participou do evento, como mediador, o pós-graduando Lauro Ishikawa (doutorando do Pós em Direito).

Costa, porém, preferiu se levantar da mesa e discor-reu sobre o tema da palestra em pé, em meio à audiên-cia. Mais de quinze profes-sores (do Direito e de outras áreas do saber) assistiram ao evento, que contou com estudantes tanto de gradu-ação quanto de pós-gra-duação na platéia; alguns docentes, como o professor Christiano Jorge Santos (De-partamento de Direito Penal e Processual Penal), levaram

toda a classe para partici-par da palestra. “O evento foi um sucesso, houve uma participação de quase 180 pessoas”, avalia o professor Marco Antonio Marques da Silva, um dos organizadores do colóquio. “Estou há 32 anos na PUC-SP, e senti que esse evento resgatou um momento áureo de debate, indicando que as pessoas estão sedentas de saber, de discutir”, considera.

Para o docente a Universi-dade passa por um momen-to de retomada do que cha-mou de “congraçamento”: “Queremos incentivar cada vez mais a transdisciplina-ridade. O grande mote da ciência, hoje, é se abrir – tanto internamente, congre-gando os diferentes cursos, como externamente, com outras instituições de ensino superior. Principalmente as estrangeiras”.

Nesse contexto, conta, a Faculdade de Direito tem convênios (voltados à gra-duação e à pós-graduação) com instituições como as Universidades de Coimbra, de Lisboa e do Porto para intercâmbio de alunos e vin-

PUC-SP recebe Fórum de Pró-Reitores Encontro aproxima cursos de Pós em Direito

da de docentes portugueses à PUC-SP.

Após a palestra, Costa foi recebido no gabinete do rei-tor pelo professor André Ra-mos Tavares, pró-reitor de Pós-Graduação e também docente do Pós em Direito. O professor português rece-beu uma medalha da dire-ção da Universidade, como lembrança de sua participa-ção na atividade acadêmica na PUC-SP.

Palestra abordou o direito penal no mundo contemporâneo

Pró-reitor de Pós-Graduação entregou medalha a CostaPlatéia lota evento

Fotos: Thiago Pacheco / DC

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Priscila Lacerda / DC

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Visite a exposição Sala de aula, de Paulo Fernando Machado e José Francisco Goulart, de segunda a sexta-feira, das 13 às 19h, até 15/9. O acervo pertence ao Centro de Educação da UFSM.

Museu da Cultura

www.pucsp.br

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Professor luta por analfabetismo zero em São Paulo Opinião: Artur Costa Neto

Em 8/9, se comemora o Dia Internacional da Alfabetização. Convidamos o prof. Artur Costa Neto, da Faculdade de Educação, a escrever sobre o tema, a partir de sua experiência no projeto Compromisso São Paulo: analfabetismo zero. O movimento visa a mudar a atual realidade do estado de São Paulo, que está atrás apenas da Bahia em número de analfabetos no país

Tudo começou pela indignação de ver como questões bá-sicas referentes aos direitos dos cidadãos são “empurradas com a barriga” sem a me-nor preocupação. Como é possível ver nosso país com taxas tão altas de analfa-betismo, se compara-do a outros países da América Latina, quan-do somos o país mais rico e pujante nesse pedaço de mundo? (veja quadro ao lado)

Quando vamos pa-rar de dizer nos dis-cursos políticos que a educação é a grande prio-ridade e, na hora da ação política, vetamos os 7% do PIB para a educação, pre-vistos no Plano Nacional de Educação (PNE), ou então quando não fazemos ques-tão de derrubar este veto no Congresso Nacional? Des-de janeiro de 2001, apesar de obrigação constitucional, o veto ainda não foi apre-ciado pelo Congresso. E os responsáveis não são ape-nas os presidentes, o ex e o atual, mas, principalmente os representantes eleitos pelo nosso voto para a Câ-mara Federal e o Senado, que nada mobilizaram para exercerem o direito que têm de derrubar este veto e fazer valer a lei que aprovaram. Ou será que só aprovaram num exercício de faz de con-ta, já contando com o veto que viria a seguir?

O mesmo descaso acon-

tece quando tratamos da questão do analfabetismo. Em 1988, nossa Constitui-ção Federal dizia que num prazo de dez anos o Brasil acabaria com o analfabe-tismo. Vã ilusão. Em 1996, através da Emenda Cons-titucional nº 14, foi preciso mudar o art. 60 da ADCT (Ato das Disposições Cons-titucionais Transitórias). Afi-nal, não poderíamos ferir a Constituição Federal e o ano de 1998, prazo esta-belecido, estava chegan-do sem que nada ou qua-se nada tivesse sido feito. Como é mais fácil mudar a Constituição do que cumpri-la, assim procedeu nosso ilustre Congresso.

Em outro artigo, o 214, diz a mesma Constituição Federal: “A lei estabelecerá o plano nacional de educa-ção, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino

em seus diversos ní-veis e à integração das ações do poder público que condu-zem à: I – erradica-ção do analfabetis-mo;”. Pois bem, em janeiro de 2001, foi aprovado o Plano Nacional de Educa-ção (PNE), como Lei 10.172. Ao tratar da educação de jovens e adultos, ela pre-vê que em dez anos conseguiríamos aca-bar com o analfabe-tismo. Faltam menos de dois anos e os ín-dices baixaram muito pouco.

A questão volta num novo movimento, o Todos pela Educação, com participa-ção do empresariado que define metas para 2022. O horizonte já ficou novamen-te mais distante. Agora, um novo discurso, nisso somos muito bons: a comemora-ção do segundo centenário da Independência é uma data propícia para dizermos que a verdadeira liberdade implica em sermos um país sem a escravidão da fome e da miséria e sem a ceguei-ra do analfabetismo e de uma educação de baixíssi-ma qualidade. A indigna-ção vem desse permanente adiar de datas.

SÃO PAULO – E o nosso Estado de São Paulo, como está em relação aos anal-fabetos? “Um em cada dez analfabetos do nosso país mora em São Paulo”, foi a

manchete da reportagem da Folha de S.Paulo, publi-cada em 3/2/9. Ou seja, somos no Brasil o segun-do estado em quantidade de analfabetos. Só perde-mos para a Bahia, que em 2006, segundo o a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), tinha 1.862.000 de analfabetos; São Paulo, 1.577.000. (veja quadro abaixo)

Como podemos ser o Es-tado mais rico da União, com um Produto Interno Bruto (PIB) maior que o da Argentina, sermos o carro chefe da economia do país e, ao mesmo tempo, o se-gundo Estado, disputando a primeira colocação com a Bahia, em número de anal-fabetos?

É inadmissível ficarmos inativos diante desta situa- ção. Temos que assumir como uma questão de hon-ra, de ética, de cidadania, que é possível revertê-la.

Com este propósito, a União Paulista dos Conse-lhos Municipais de Educa-ção (UPCME), unindo-se à União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e à Remec, repre-sentação do Ministério da Educação (MEC) em São Paulo, assinou o Compro-misso São Paulo: analfabe-tismo zero, que propõe um enfrentamento deste desafio por todos os prefeitos do nosso Estado. O objetivo é que ao final da atual gestão todos possam dizer que em seu município não há mais analfabetos. Este Compro-

misso foi aprovado pela Conferência Estadual de Educação, em dezembro de 2007, em Guarulhos. Logo a seguir, a Remec, através da representante do minis-tro, profa. Iara Bernardi, elaborou um projeto com os parceiros citados e também com o apoio da Unesco para a realização de 12 encontros em cidades diferentes do nosso Estado. Durante dois dias, refletiu-se sobre as questões do analfabetismo e de Educação para Jovens e Adultos (EJA), sensibilizan-do os municípios presentes a elaborarem um plano que possibilite a identificação, o chamamento e a motivação para a permanência e diplo-mação de todos os analfa-betos da localidade. Partici-param 407 municípios, bem mais que a metade do total de 645 que compõem o Es-tado de São Paulo.

VISIBILIDADE – Para maior divulgação e visibilidade do Compromisso, fomos à As-sembléia Legislativa, onde a Comissão de Educação, com o total apoio do seu presidente à época, o de-putado Simão Pedro, abra-çou a causa, elaborou uma cartilha e organizou uma sessão para a qual foram convidados todos os pre-feitos do estado. Estiveram presentes 100 municípios, e 40 prefeitos ali assina-ram o Compromisso. Este dia, 26/3, foi marcante pela presença da sociedade civil, que lotou o auditório Franco Montoro, exigindo do po-

der público o enfrentamen-to deste desafio. O Núcleo de Trabalhos Comunitários da PUC-SP (NTC), que já realiza há alguns anos um trabalho de alfabetização reconhecido e respeitado em vários estados do Brasil, lá estava presente, na pes-soa da profa. Maria Stella Graciani.

Hoje já atingimos o núme-ro de 350 prefeitos que as-sumiram o compromisso de tudo fazerem para zerarem ou diminuírem consideravel-mente o analfabetismo em seu município até o final de seu mandato. Sabemos que somente um papel assinado não mudará essa realidade social. Estamos agora esti-mulando a sociedade civil, através dos Conselhos Mu-nicipais de Educação, dos Fóruns de EJA e de outras organizações sociais que lutam pelo direito à alfabeti-zação de todos os cidadãos brasileiros, a cobrarem dos prefeitos que assinaram o compromisso um plano de ação eficaz para atingirmos o objetivo desejado.

Em meados de agosto, recebemos um CD com a música e o texto de um chamamento feito à popu-lação para que se dirigisse à Estação Escola, em Ou-rinhos, e participasse de uma programação especial para esses cidadãos que ainda não puderam apren-der a ler. Um carro de som percorreu todas as ruas da cidade fazendo o mesmo convite. Um outro município fez o chamamento através da conta de água... Assim, a cada dia, surge uma nova iniciativa.

Tem sido muito gratificante ver a reação de tantos edu-cadores e tantos cidadãos que estão se somando nes-sa luta pela alfabetização do povo do nosso estado. É possível! Depende de nós!

Thais Polato / DC

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Artur Costa Neto

País Taxa de Anal-fabetismo

Absoluto (%)

Taxa de Anal-fabetismo

Funcional (%)

Argentina 2,8 13,3

Brasil 10,38 22,16

Colômbia 8,6 -

Costa Rica 4,4 11,85

Chile 4,3 21,86

Equador 9,0 21,3

El Salvador 17,05 42,14

Guatemala 25,2 20,4

México 8,4 14,3

Paraguai 5,1 28,4

Uruguai 3,21 12,7

Venezuela 0,4 -

Fonte: OEI e PNAD/IBGE 2006

0

500000

1000000

1500000

2000000

119.00067 mil

409 mil

190 mil142 mil

440 mil

231 mil

508 mil

1,577 mi

519 mil

245 mil

1.326 mi

1,862 mi

264 mil

554 mil

1,120 mi

600 mil

486 mil

1,206 mi

568 mil

935 mil

138 mil

21 mil

594 mil

22 mil

174 mil

75 mil

DF GO MT MS RS SC PR SP RJ ES MG BA SE AL PE PA RN CE PI MA TO AP PA RR AM AC RO

Número de analfabetos no Brasil, por Estado

Estão abertas até 30/9 as inscrições para o curso de Brigada de Prevenção Contra Incêndio. Inscrições: e-mail para [email protected], com nome, matrícula, setor e respectivo ramal telefônico.

Brigada de Incêndio

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05Entrevista

Com uma gestão ágil e acessível à comunidade. As-sim o prof. José Heleno Ma-riano, pró-reitor de Planeja-mento, Desenvolvimento e Gestão da PUC-SP, pretende concretizar nestes quatro anos a função que lhe coube na Reitoria que tem à fren-te os professores Dirceu de Mello e Antonio Vico Mañas.

Na entrevista a seguir, o pró-reitor fala sobre suas atribuições, a relação com o Conselho Administrativo (Consad) e a comissão que preside para elaborar uma proposta de novo plano de cargos e salários da PUC-SP/Fundação São Paulo (Fundasp) para o pessoal administrativo.

PUC em Notícias – O cargo de pró-reitor de Planejamen-to, Desenvolvimento e Ges-tão é novo na PUC-SP. Qual são suas principais atribui-ções?

José Heleno Mariano – Participar de conselhos e supervisionar e coordenar todas as funções e serviços gerenciais fundamentais para a execução do plano geral da PUC-SP, assistir os diretores de Faculdade na elaboração de planos para harmonização de recursos, entre outras coisas. É uma competência ampla, mas nossa principal meta é que a Pró-Reitoria de Planeja-mento, Desenvolvimento e Gestão seja uma facilitadora aos demais gestores e à co-munidade. Isso se dá, claro, em acordo com o Estatuto e o Regimento.

PN – Como tem sido o re-lacionamento, no dia-a-dia, com o Conselho Administra-tivo (Consad)?

JHM – Relatamos ao Con-sad os casos que nos che-gam, especialmente aqueles que requerem investimentos. Esse relato se dá depois de termos realizado uma aná-lise das informações que temos sobre o caso, função eminentemente técnica, que é a de facilitar a apreciação e o julgamento do Conselho Administrativo. Da mesma forma, recebemos para es-clarecimentos alguns casos que já passaram pelo Con-sad, mas que mereçam ser analisados e avaliados pela

Thaís Polato

Pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão fala sobre progressão na carreira de funcionários e outros temas ligados a sua área de gestão

José Heleno Mariano analisa cargos e salários administrativos

nossa Pró-Reitoria. Temos ainda a possibilidade de de-liber algumas situações. Tra-balhamos sempre no sentido de ouvir as partes envolvidas porque os interesses são di-versos e tentamos, na me-dida do possível, atender todos os interessados.

PN – O sr. tem estabelecido diálogo com a comunidade? De que forma?

JHM – Faço de tudo para atender as pessoas assim que elas me procuram, seja por telefone, e-mail ou pre-sencialmente. Parto do prin-cípio de que todos somos ocupados, então o melhor momento para conversar é aquele em que a pessoa quer ser atendida. Prezo muito a agilidade nos pro-cessos e, com minha equipe, adotamos um método de trabalho que procura en-caminhar as questões que nos chegam em, no máxi-mo, dois dias. Procuro atuar logo que a demanda chega, refletir sobre ela, conversar com os interessados e com minha equipe. Mas num prazo de, no máximo dois dias, conseguimos dar um encaminhamento. Natural-mente, há exceções que re-querem maior prazo para serem resolvidas.

PN – Atualmente, a PUC-SP já tem capacidade de investir ou ainda precisa de tempo apenas saneando as dívidas bancárias? Quando a Universidade poderá in-

vestir e quais serão as prio-ridades?

JHM – Os investimentos acontecem dia-a-dia e, con-seqüentemente, as dívidas e despesas também, para que a máquina administrati-va consiga rodar. E quando precisamos investir em algo, usamos verbas previamente obtidas, recursos próprios ou financiamento. Tudo é feito a partir de orçamentos de pre-ços múltiplos, para que con-sigamos as melhores ofertas do mercado, dentro daquilo que necessitamos.

PN – Mas a PUC-SP só po-derá contar com um gran-de investimento quando as dívidas bancárias estiverem pagas?

JHM – Entendo que não há ligação entre uma e ou-tra. O que já está compro-missado tem uma previsão de pagamento que vem sen-do cumprida. Mas os inves-timentos não podem parar por causa da dívida, devem ser feitos mesmo com sua existência. Se não for assim, a Universidade fica estagna-da, enquanto as outras insti-tuições de ensino seguem in-vestindo. É preciso ressaltar, também, que ao falar em investimento estamos tam-bém nos referindo não só à estrutura física, mas também aos recursos humanos.

PN – Em 27/5 deste ano, um ato do reitor o nomeou presidente de uma comis-são designada para elabo-

rar a proposta de um novo plano de cargos e salários da PUC-SP/Fundasp para o pessoal administrativo. Por que haverá um novo plano de cargos e salários? O que muda em relação ao mo-mento atual?

JHM – Porque é preciso que haja regras claras em relação ao corpo adminis-trativo da PUC-SP. Hoje não há formalização, por exem-plo, sobre como devem ser as promoções na carreira, quais salários a Universi-dade está disposta a pa-gar, quantos funcionários a Instituição precisa... Por orientação tanto da Reitoria quanto da Fundasp, quere-mos que isso seja formal. Então, não se trata de algo novo nem que vá engessar o pessoal administrativo em sua carreira. O que estamos fazendo é um levantamento da situação atual, para que possamos criar algumas re-gras. O prazo de 120 dias estipulado para os trabalhos da comissão acaba ago-ra em setembro. Estamos com cronograma em ordem para apresentar os dados ao Consad. Nosso intuito é fazer a máquina administra-tiva andar melhor, isso não implica em contratação nem demissão.

PN – O pessoal adminis-trativo tem dificuldades para se desenvolver na carreira, pleitear novos cargos, au-mento salarial etc. Os traba-lhos da comissão que o sr. preside poderão mudar esta realidade?

JHM – Um dos nossos ob-jetivos é, justamente, o de deixar claro como o funcio-nário pode progredir na car-reira. As pessoas querem ter bons rendimentos, sucesso no que fazem e reconheci-mento por seus méritos; e a administração tem que ficar atenta a isso. Como a pro-gressão na carreira envolve pessoas satisfeitas e insatis-feitas com a instituição ou com colegas de trabalho, e também relações de compe-tência e interesse, é impor-tante termos regras claras, para estimular os funcioná-rios a progredirem dentro da Instituição.

Prof. Mariano: regras claras para a progressão na carreira

Thais Polato / DC

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http://blog.pucsp.br/pucem-noticias

O Conselho Universitário (Consun) realiza sessão so-lene no próximo dia 21/9, às 19h, no Tuca, para en-trega de título de professor emérito a Paulo de Barros Carvalho.

Professor titular do De-partamento das Relações Tributárias, Econômicas e Comerciais e Pós em Direi-to, Paulo de Barros teve a homenagem proposta pela Associação de Pós-Gradu-andos da PUC-SP (APG).

Em 29/4, a sugestão da APG foi aceita pelo Consun. Na ocasião, a professora

Título a Paulo de Barros Carvalho

Salma Tannus Muchail, rela-tora do processo, ressaltou o “indiscutível reconheci-mento” do professor, apon-tado tanto pelos proponen-tes quanto pelas instâncias acadêmicas onde tramitou o pedido.

Em um destes depoimen-tos, o professor Roque Car-raza, chefe do Departamen-to em que está Carvalho, afirma que a homenagem “é uma forma de premiar quem fez avançar o conhe-cimento e marcou, de modo significativo, o pensamento de várias gerações”.

A cerimônia de concessão do título é aberta à comuni-dade.

Sessão extraordinária do Conselho Universitário se realizará em 21/9

Professor emérito

Thiago Pacheco

Na tarde de 18/8, os alu-nos da primeira turma da Universidade Aberta à Ma-turidade do campus Barueri tiveram sua aula inaugural. Promovido pela Cogeae/PUC-SP, o curso é voltado a homens e mulheres aci-ma dos 40 anos de idade e oferece, além das ativida-des curriculares, programas optativos como iniciação à informática, danças contem-porâneas, oficina de can-to coral, oficina de tai chi chuan e língua espanhola.

A Universidade Aberta à Maturidade já está consoli-dada há mais de uma déca-da no campus Monte Alegre, em São Paulo. “O curso co-meçou com 30 alunos e foi previsto para durar três se-mestres, mas os alunos não queriam sair. Passamos en-tão para quatro semestres, e estamos sempre atualizando o programa. Atualmente temos 100 disciplinas e 15

Maturidade tem aula inaugural

classes, das quais 11 são de alunos veteranos que já fize-ram as quatro fases. Nosso curso tem essa característi-ca: tem tempo para come-çar, mas não para acabar”, explica o professor Antônio Jordão Netto, um dos coor-denadores do curso, ao lado do professor Fauze Saad.

No campus Barueri, o cur-so é oferecido pela primeira vez, e as aulas acontecem sempre às terças e quintas-feiras, das 13h30 às 17h30. A aula inaugural contou com a presença da pró-reitora de Educação Continuada, pro-fessora Haydée Roveratti.

Alunos foram recebidos em 18/8

Campus Barueri

Priscila Lacerda Divulgação

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Seis novos auditórios estão à disposição de professo-res, funcionários e alunos, no campus Monte Alegre. Quatro deles comportam 80 pessoas cada e os outros dois são maiores, com 180 lugares cada um. Os novos espaços estão localizados no Prédio Novo, onde também foram reformadas salas de aula e inaugurada a livraria Última Instância. As melho-rias ocorreram durante as fé-rias de julho, em metade do 1º andar (ala da rua Bartira) e em metade do 2º andar (ala da rua João Ramalho).

“Eliminamos também o corredor central, visando

Dia 30/9, às 14h, o Pós em Ciências da Religião promove sua aula inaugural com o tema A ira e o amor de Deus: A mística sufi na contemporaneidade, no auditório 134-C (1º andar, Prédio Novo).

Mística sufi

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Priscila Lacerda

Reforma em parte do Prédio Novo foi realizada nas férias

PUC-SP ganha auditórios, salas de aula e livraria

melhorar a acústica, aumen-tar a circulação dos alunos e o número de lugares para desenvolvimento de ativida-des acadêmicas”, afirma a diretora do campus Monte Alegre, professora Márcia Alvim.

Segundo Márcia, as no-vas salas de aula ficaram mais amplas, confortáveis e ganharam melhores pisos e forros. “Agora estamos em fase de colocação do mobiliário e dos equipamen-tos de multimídia, e vamos atrás de verba para fazer a reforma do espaço todo”, ressaltou a professora.

O espaço foi inaugurado com uma cerimônia, em 2/9.

LIVRARIA – No terceiro andar do Prédio Novo, onde já funcionou uma lancho-nete, foi aberta no dia 26/8 a livraria Última Instância. O espaço oferece 20% de desconto para a comunida-de e conta com publicações de todas as áreas. Segundo Angela Mercado, dona da livraria, a idéia é que lá fun-cione também um novo es-paço cultural na Universida-de, destinado a lançamentos e noites de autógrafos.

A inauguração da livraria contou com a presença do reitor da Universidade, pro-fessor Dirceu de Mello. O espaço funciona de segun-da a sexta-feira, das 8 às 22h. Telefone: (11) 3051-5739.

Campus Monte Alegre

Equipe participa da 2ª Gincana do Bem

A equipe Os filhos da PUC do bem, composta por alu-nos, funcionários, professo-res e familiares do campus Barueri participa da 2ª edi-ção da Gincana do Bem. Promovida pela Prefeitura de Barueri, por meio do Movimento Barueri Sou do Bem, a gincana é um even-to cultural, esportivo, filan-trópico e de mobilização social. O principal objetivo é arrecadar recursos para o hospital de oncologia pe-diátrica da Unifesp/Grupo de Apoio à Criança e ao Adolescente com Câncer (Graac).

O evento, que se reali-za de agosto a outubro, tem 13 equipes inscritas. A

Nova livraria, no Prédio Novo, poderá ser usada para lançamentos e noites de autógrafo

Priscila Lacerda / DC

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exemplo do que aconteceu no ano passado, as equipes já receberam as chamadas “provas de longa duração”, que têm prazos diferentes para entrega – como, por

Thiago Pacheco

Campus Barueri

exemplo, a doação de san-gue. Entre as atividades já efetuadas estão a venda de tíquetes para o MC Dia Feliz e os concursos de dança do Baile Brega.

PesquisaOs estudantes de pós-gra-

duação podem contar com mais um suporte para suas atividades de pesquisa: o Centro de Pesquisa Haroldo de Campos, na sala 4B-09 (4º andar, Prédio Novo). O novo espaço possui 23 com-putadores, além de duas sa-las para aulas e reuniões.

Lançamentos

Conheça os últimos lançamentos de professores e es-tudantes da PUC-SP:

Bakhtin: dialogismo e polifonia (Contexto)Bakhtin e o círculo (Contexto)Ambos da profa. Beth Brait (Pós em Lael)

Extinção do Ato Administrativo em Razão da Mudança de Lei – Decaimento (editora Fórum)Fábio Mauro de Medeiros, mestre em Direito

Uma cabaça e os giros que a vida dá (Editora 24x7)Vilma C. Sobhie (graduanda em Letras: Francês)

Escrever contos não é um bicho-de-sete-cabeças (Editora Ciência Moderna)Marco Antonio Palermo Moretto (doutor em Lingüís-tica Aplicada e Estudos da Linguagem, Lael) e Sérgio Simka (mestre em Língua Portuguesa)

Antropologia urbana: diálogos com Márcia Regina da Costa (editora Armazém Digital)Carlos Alberto Pimenta (doutor em Ciências Sociais)

Os conflitos internacionais em suas múltiplas dimen-sões (Editora Unesp)Prof. Reginaldo Nasser (Depto. Política)

Comentários ao Código de Defesa do Consumidor (editora Verbatim)Profs. Marcelo Gomes Sodré, Fabíola Meira e Patrícia Caldeira (orgs.) (Faculdade de Direito)

Semana AcadêmicaProfessores: estão abertas

até 11/9 as inscrições de simpósios para o 3º Con-gresso de Pesquisa Discente, evento que integra a pro-gramação da Semana Aca-dêmica 2009.

O tema deste ano é Pes-quisa: Direitos Humanos, Tecnologias e Inserção So-cial. Saiba mais sobre o Congresso e a Semana no site www.pucsp.br/semana-academica.

AntiguidadeEstão abertas até 30/11 as

inscrições de trabalhos para o 34º Encontro de pesquisa-dores da antiguidade cristã, que o Istituto Patristico “Au-gustinianum” (Roma, Itália) promove entre 6 e 8/5 de 2010. Mais informações em www.pucsp.br.

É tudo verdade O documentário Ecos,

trabalho de conclusão de curso dos ex-alunos Pedro Henrique França e Guilher-me Manechini (Jornalismo), foi exibido no ciclo O Es-tado das Coisas do festival de cinema É tudo verdade. O filme, resultado de mais

de dois anos de pesquisa, reconstitui a trágica história de Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, eleito pre-feito de Campinas (SP), em 2000, e assassinado em 10 de setembro de 2001 – um crime que até hoje não foi esclarecido.

PôsterO Comitê Institucional de

Iniciação Científica promove em setembro oficinas para elaboração de pôster, para alunos pesquisadores que participarão do 18º Encon-tro de Iniciação Científica da PUC-SP. As oficinas acon-tecem dia 9/9, das 12h30 às 13h30 e das 17h45 às 18h45, na sala 66 (térreo, Prédio Novo). Inscrições pelo e-mail [email protected], in-formando nome completo, a data e o horário em que pre-tende participar do evento.

ConcursoEstão abertas até 28/9 as

inscrições de projetos de ex-tensão voltados ao Desen-volvimento Sustentável com Ênfase em Geração de Renda no Concurso Banco Real-Uni-versidade Solidária. O objeti-vo é apoiar projetos que con-tribuam para a geração de renda de comunidades. Para se cadastrar é preciso entrar em contato com a Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comu-nitárias ([email protected]), já que as inscrições devem ser feitas pelas próprias IESs.

EstágioEstão abertas até 8/9 as

inscrições de alunos do curso de Tecnologia e Mídias Digi-tais para estágio em Edição Digital na Pró-Reitoria de Pós-Graduação. Para se can-didatar à vaga, o aluno deve apresentar, na Coordenado-ria Geral de Estágios (CGE, subsolo do Prédio Novo): currículo atualizado, histórico de notas (rendimento acadê-mico) e carta de apresenta-ção com seus motivos para estagiar na Universidade. In-formações: (11) 3670-8675.

Acervo D

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Dia 22/9, às 9h, o Pós em Fonoaudiologia promove o Seminário em Clínica e Pesquisa, na sala 333 (3º andar, Prédio Novo). Para conhecer a programação acesse www.pucsp.br. Informações: (11) 3670-8518.

Fonoudiologia

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Professor expõe obra digital em Bienal de arte portuguesa AlletSator 4.5, de Luiz Carlos Petry, integra saberes das áreas de Arte, Ciência e Filosofia; peça será apresentada na Bienal de Cerveira, em Portugal, até 27/9

Uma obra do professor Luiz Carlos Petry integra a expo-sição de arte digital da 15ª Bienal de Cerveira, evento realizado em Portugal que apresenta um panorama dos trabalhos digitais mais im-portantes da atualidade. Al-letSator 4.5, realizada em co-autoria com Pedro Barbosa e em colaboração com diver-sos pesquisadores e docen-tes brasileiros e portugueses, estará em exibição até 27/9.

A presença do professor nessa importante Bienal euro-péia reflete o reconhecimento e a consolidação, na PUC-SP, de uma área de conhecimen-to voltada às relações entre Arte, Ciência e Filosofia no campo das mídias digitais. “A participação do projeto na Bienal mostra a correção de pesquisas e investimentos realizados dentro da PUC-SP, desde os anos 1990. Princi-palmente os projetos e linhas de pesquisa abertos pela pro-fessa Lúcia Santaella e segui-dos por outros colegas seus, como Philadelpho Menezes, Sérgio Bairon e Lucia Leão”, avalia Petry. “Esse conceito, que me antecede, fala da aposta radical das relações entre arte, ciência e filosofia.”

Para a professora Maria Lú-cia Santaella, coordenadora do Pós em Tecnologias da Inteligência e Design Digi-tal (Tidd), o convite ao prof. Petry (“uma das maiores au-toridades no país na criação de interfaces 3D”) para par-ticipar da Bienal de Cerveira é motivo de grande orgulho. “Mas não é de se estranhar”, pondera. “O programa está, de fato, contando com com-petências docentes e discen-tes variadas, mas perfeita-mente integradas e unidas no ideal de tornar a PUC-SP um centro de referência nacional e mesmo internacional no campo das tecnologias cog-nitivas”.

Graduado em Psicologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos, RS), Petry também tem em sua formação cursos de arte e na área de computação e, desde os anos 70, faz obras que relacionam arte e com-putadores. “Mas foi no final da década de 80, quando surgiram os softwares de 3D para as plataformas PC e Amiga, que eu pude final-mente começar a integrar os meus interesses filosóficos, psicanalíticos e artísticos com a ferramenta digital”, conta.

Petry é docente da PUC-SP desde 2001, quando in-gressou no Departamento de Computação para tratar

SAIBA MAIS

AlletSator 4.5 está dispo-nível para download no site www.topofilosofia.net/bienal/index.html. Lá também estão dispo-níveis a galeria de ima-gens, textos, animações e o material exposto na Bienal de Cerveira

Docentes concorrem ao Prêmio Jabuti

A Câmara Brasileira do Li-vro divulgou os 10 finalistas de cada uma das 20 catego-rias do Prêmio Jabuti 2009. Entre os indicados há cinco docentes da PUC-SP: Ma-ria Lucia Santaella (Pós em Tidd), co-autora de Mapa do Jogo (Cengage Lear-ning) ao lado de Mirna Fei-toza; Luis Manuel Fonseca Pires (Direito), por Controle Judicial da Discricionarie-dade Administrativa (Else-vier Editora); Rosa Maria de

Andrade Nery (Direito), por Introdução ao pensamento jurídico e à Teoria Geral do Direito Privado (Editora Re-vista dos Tribunais); Cassio Scarpinella Bueno (Direito), por Impactos Processuais do Direito Civil (Editora Sarai-va); e Rosa Maria S. Mace-do (Psicologia) por Terapia Familiar no Brasil na última década (Editora Roca).

A apuração da segunda fase, que apontará os três vencedores em cada ca-tegoria, será realizada no próximo dia 29/9.

Thiago Pacheco

Thiago Pacheco

da questão da hipermídia e da produção organizada de objetos digitais, vinculado à recém-criada graduação em Tecnologia e Mídias Digitais. Também é um dos respon-sáveis pelo projeto do curso de Jogos Digitais (graduação tecnológica superior). Em en-trevista concedida por e-mail ao jornal PUC em Notícias, Petry fala sobre as origens da obra, as parcerias e o desen-volvimento do projeto.

PUC em Notícias – O que é, exatamente, o AlletSator 4.5? Quais suas características?

Luiz Carlos Petry – Al-letSator 4.5 é uma obra de arte digital e um projeto de pesquisa sobre metaversos. Como obra de arte digital, ela se coloca dentro da ca-tegoria “ópera digital”. Nós a denominamos de Ópera Quântica, pois está relacio-nada com a teoria quântica e as atuais concepções que gravitam entre arte e o di-gital. O conceito de Ópera Quântica, na definição em que a realizamos, implica em uma seriação da obra em diversos estágios. O estágio da versão 4.5 é cúbico e pre-tende dar uma idéia do con-texto geral da ópera: temos um metaverso interativo na forma de panoramas cúbicos navegáveis, dentro dos quais o interator poderá relacionar-se com personagens digitais, alguns deles pseudo-huma-nos (Primeira Mulher, Primei-ro Homem, Homem e Mulher Líquidos), ciborgues e outros ainda cristalínicos e cibernéti-cos. Estamos trabalhando na versão 5.0, discutindo ques-tões como se a realizaremos em panoramas para formato Flash ou se a concluiremos no formato dos engines de games para web e Standalo-ne. Talvez venhamos a publi-car nos dois modos, pois se trata de um excelente mate-rial para discussão teórica e pesquisa de produção digital.

PN – Como surgiu a idéia e a parceria com Pedro Barbo-sa? Qual sua tarefa na cria-ção do AlletSator 4.5?

LCP – Durante a década de 1990, eu realizei vários ensaios preparatórios visan-do desenvolver as condições técnicas e a linguagem para alcançar a possibilidade de produzir uma peça digital deste tipo, na qual tanto a questão estético-visual como o seu conteúdo são impor-tantes. A idéia de transpor-mos AlletSator de peça deteatro para ópera digital se deu em 2003, quando me encontrei com Pedro Barbo-sa. Ele veio ao Brasil para conversar conosco, pois esta-va muito interessado em dis-cutir uma publicação que ha-víamos realizado, eu e Sérgio Bairon, em formato CD-Rom hipermídia tridimensional. Desde então temos traba-lhado em várias versões de AlletSator, realizando encon-tros tanto em São Paulo como na Cidade do Porto, sempre preocupados com o refina-mento da linguagem, a me-todologia e, ao mesmo tem-po, realizando publicações que contextualizam tanto o percurso como a fundamen-tação conceitual do projeto. Em 2005, um colega meu do Depto. de Computação, Rogério Cardoso dos Santos, se interessou pelo projeto e começou a participar dentro da parte das linguagens de programação das várias ver-sões. Em 2006, um grupo de pesquisadores entrou para colaborar pontualmente no projeto trazendo conceitos da área cinematográfica, ilumi-nação, semiótica etc. São eles Plácido Campos, Eliseu Lopes Filho, Maurício Pontuschka, Otávio Nascimento Filho e Arlete dos Santos Petry. Exis-tem ainda colegas na Europa que contribuem e alguns ou-tros que fazem parte do cibe-respaço que prestaram con-tribuições de vários modos.

PN – Como o AlletSator 4.5 se encaixa em seus objetos de pesquisa?

LCP – AlletSator é o núcleo central de meu projeto de pesquisa na pós-graduação. Eu me dedico à pesquisa da fundamentação e produção de universos tridimensionais interativos (os metaversos), desde a parte conceitual das idéias, como dos conceitos presentes nas ferramentas a partir do conceito feno-menológico de utensilidade, passando pelas etapas de modelagem e programação. AlletSator é o ponto para o qual todos os vetores se di-recionam, pois se expressa como resultante, uma de-monstração digital dos con-ceitos, práticas e métodos que pesquisamos Tidd e no Depto. de Computação. A versão 5.0 irá encerrar um ciclo de trabalho e servir de corolário a produção teórica.

PN – Como surgiu o convite para a Bienal?

LCP – O curador digital da Bienal de Cerveira, Silvestre Pestana, conheceu o projeto AlletSator quando fiz um se-minário na Escola Superior de Música, Artes e Espetácu-los da Cidade do Porto, em janeiro de 2008, no qual trabalhava a perspectiva do ciberteatro. Ele freqüentou o seminário e foi a pessoa mais ativa e participativa do gru-po, ficou muito empolgado com o projeto. Quando Pes-tana começou a organizar os trabalhos da chamada para a Bienal de Cerveira deste ano, nos enviou o convite para participar. Após o en-vio do material de AlletSator, imagens em alta resolução, links de textos e a versão para download, a ópera foi selecionada para integrar a exposição e o catálogo do evento.

PN – Como avalia o convi-te? Quais suas perspectivas

Pós em Tidd recebe visita da Capes

Nos dias 24 e 25/8, o Pós em Tidd recebeu a visita de avaliadores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Foi uma visita bastante promissora, erguendo nossos ânimos para a etapa de uma proposta de doutorado”, considera a coordenadora do programa, Maria Lúcia Santaella. “Os visitantes não hesitaram em declarar que, com o Tidd e os cursos em seu entorno, a PUC-SP tem uma jóia em suas mãos”. Segundo a coordenadora, o programa, que surgiu em 2005, não é um projeto isolado, mas parte de um projeto maior de atuação em todas as frentes da vida universitária, que vão de um curso de tecnólo-go e de duas graduações (Ciências da Computação e Tecnologia e Mídias Digitais) até a pós-graduação stricto sensu e a educação continuada. “Todos eles são regidos pela mesma iniciativa de se desenvolver um pensamento e uma prática acadêmica capazes de responder às interfaces que conectam os humanos em escala global pela mediação das tecnologias cogniti-vas, cada vez mais inteligentes e sutis. Para completar todo o ciclo só nos falta o curso de doutorado”, res-salta Santaella.

para pesquisas e parcerias após a presença na Bienal?

LCP – Jamais esperava um convite deste tipo. Foi uma grande alegria e, sem dúvida alguma, um reconhecimento pelo esforço e trabalho na área digital realizado nos últimos anos, fundamental-mente dentro da PUC-SP, com colegas da Universidade e na relação com colegas de outras instituições. Ainda que os nomes principais sejam o de Pedro Barbosa e o meu, no catálogo da Bienal apa-recem vários dos colegas da equipe, como Rui Torres e Ro-gério Cardoso dos Santos. A participação irá ajudar muito ao projeto como um todo e, igualmente aos projetos da equipe, pois temos muitas coisas em comum, entre um

e outro lado do Atlântico. Já temos uma forte parceria de pesquisa e trabalhos com grupos da Europa, na Univer-sidade Fernando Pessoa, na Universidade Nova de Lisboa e na Universidade de San-tiago de Compostela e, no Brasil, com a Universidade Estadual de Santa Catarina.

Luiz Carlos Petry

Thiago Pacheco / DC

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