Artegrafia

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Pop Art, M. C. Escher, Surrealismo, Construtivismo

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PEDIENTE

EDITORIALA Artegrafia tem o prazer de anunciar o lançamento de uma coleção de revistas falando sobre os estilos e artistas que se destacaram fazendo história. Direcionada para todos amantes da arte e estudantes, a revista aborda diversos assuntos interessantes: da biografia passando pelomovi-mento e até sugestão de concursos abertos do momento. O objetivo desta coleção é aprimorar cada vez mais o con-tato dos jovens leitores com a literatura da arte. Façam uma viagem no tempo e divirta-se com essa leitura!

Coordenadora Editorial: Ana Mansur

Redação / Projeto Gráfico:Fábio F. Silva :: Capa - M.C. Escher - Surrealismo

Shizuto Noguchi :: PopArt

Victor Coutinho :: Construtivismo

arte

graf

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ÍNDICE

POP ART M.C. ESCHER

Como surgiu o movimento da arte pop, suas obras e conceitos.

A história de um gêniodo surrealismo.

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CONSTRUTIVISMOUma arte construtiva que não decora, mas organiza a vida.

..16SURREALISMO

O surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na

atividade criativa.

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Como surgiu o movimento da arte pop, suas obras e conceitos.

op art (ou Arte pop) é um movimento artístico surgido no final da década de 1950 no Reino Unido e nos Estados Unidos. O nome desta escola estético-artística coube ao críti-co britânico Lawrence Alloway (1926 - 1990) sendo uma das primeiras, e mais famosas imagens relacionadas ao estilo - que de alguma maneira se tornou paradigma deste - ,a colagem de Richard Hamilton (1922 - 2011): O que Exatamente Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes, Tão Atraentes?, de 1956. A Pop Art propunha que se admitisse a crise da arte que assolava o século XX desta maneira pretendia demonstrar com suas obras a massi-ficação da cultura popular capitalis-

ta. Procurava a estética das massas, tentando achar a definição do que se-ria a cultura pop, aproximando-se do que costuma chamar de kitsch. Diz-se que a Pop art é o marco de passagem da modernidade para a pós-moderni-dade na cultura ocidental.

Max Horkheimer e Theodor W. Adorno (1955) Theodor W. Adorno e Max Horkheimer, nos anos 80, cunhar-am o termo Indústria cultural. O con-ceito analisa a produção e a função da cultura no capitalismo e relaciona cul-tura como mercadoria para satisfazer a utilidade do público.

A defesa do popular traduz uma at-itude artística adversa ao hermetismo da arte moderna. Nesse sentido, esse

Andrew Warhol

POPA

RT[P]

O QUE É POP ART, AFINAL?

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O movimento, criado na Inglaterra na década de 1950, usava como pano de fundo os produtos da indústria cultural - peças publicitárias, imagens de artistas de cinema etc. - para questionar a mas-sificação do consumo pela mídia

movimento se coloca na cena artística como uma das mãos que não se mo-via. Com o objetivo da crítica Tônica ao bombardeamento da sociedade capitalista pelos objetos de consumo da época, ela operava com signos estéticos de cores inusitadas massifi-cados pela publicidade e pelo consu-mo, usando como materiais principais: gesso, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, fluores-centes, brilhantes e vibrantes, repro-duzindo objetos do cotidiano em tama-nho grande, como de uma escala de cinquenta para um,objeto pequeno , e depois ao tamanho normal.

Andrew Warhol

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o contrário do que suce-deu no Reino Unido, nos Esta-dos Unidos os artistas trabalham isoladamente até 1963, quando duas exposições (Arte 1963: novo vocabulário, Arts Council, Filadél-fia e Os novos realistas, Sidney Janis Gallery, Nova York) reúnem obras que se beneficiam do ma-terial publicitário e da mídia. É nesse momento que os nomes de Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Claes Oldenburg, James Rosen-quist e Tom Wesselmann surgem como os principais representantes da Pop art em solo norte-ameri-cano. Sem estilo comum, progra-

[A]

No Brasil, a pop art se desenvolveu

utilizando materiais alternativos e

reaproveitados, e foi com a precariedade

que a pop art brasileira encantou o público.

Roy Lichtenstein

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mas ou manifestos, os trabalhos desses artistas se afinam pelas temáticas abordadas, pelo de-senho simplificado e pelas cores saturadas. A nova atenção conce-dida aos objetos comuns e à vida cotidiana encontra seus precur-sores na antiarte dos dadaístas.

Os artistas norte-americanos to-mam ainda como referência uma certa tradição figurativa lo-cal - as colagens tridimension-ais de Robert Rauschenberg e as imagens planas e emblemáticas dWe Jasper Johns - que abre a arte para a utilização de imagens e objetos inscritos no cotidiano. No trato desse repertório plástico específico não se observa a carga

subjetiva e o gesto lírico-dramáti-co, característicos do expression-ismo abstrato - que, aliás, a arte pop comenta de forma paródica em trabalhos como Pincela (1965) de Roy Lichtenstein. No interior do gruWpo norte-americano, o nome de Tom Wesselmann liga-se às naturezas-mortas compostas com produtos comerciais, o de Licht-enstein aos quadrinhos (Whaam!, 1963) e o de Claes Oldenburg, mais diretamente às esculturas (Duplo Hambúrguer, 1962).

Andrew Warhol

Fonte: wikipedia e wallpaperwide.com

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designercONcURsOsPARA

CurreNt motor

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desigN gráfiCo desigN de Jóias WeB desigN

principais dicas do mês

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aurits Cornelis Escher (Leeuwarden, Países Baixos, 17 de jun-ho de 1898 – Hilversum, Países Baixos, 27 de março de 1972) é um dos mais conhecidos e celebrados artistas gráfi-cos modernos. Além do trabalho como artista gráfico, ele desenvolveu livros ilustrados, tapeçarias, selos postais e murais. Filho caçula de um engenheiro civil, muda-se com a família aos 5 anos de idade para Arnhem, onde passa a maior parte de sua juventude. Após re-provação em seu exame do ensino mé-dio, Escher decide matricular-se na Es-cola de Arquitetura e Artes Decorativas

M.C

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A história de um gêniodo surrealismo

escher

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13em Haarlem no curso de arquitetura. Após uma semana apenas, informou ao seu pai que preferia estudar artes gráficas em vez de arquitetura. Foi alu-no de samuel Jessurun de Mesquita, a quem havia mostrado seus desenhos e linogravuras (variação da xilogravura utilizando linóleo), e que o encorajou a continuar com tal trabalho. É com este mesmo professor que Escher aprende-ria as técnicas de desenho e se apaix-onaria pela arte da gravura.

Ao terminar os seus estudos, Escher decide viajar, conhecer o mun-do, passando por Espanha, Itália e fixando-se em Roma, onde se dedi-cou ao trabalho gráfico. Pressionado pelas circunstâncias políticas da época (ascensão do fascismo), Escher mu-da-se para a suíça, e logo depois para a Bélgica, e finalmente em 1941 re-gressa aos Países Baixos.

As passagens por todos esses lu-gares, experimentando diferentes culturas, influenciaram a mente criati-va de Escher, em especial a visita ao complexo de Alhambra, em Granada, na Espanha, onde foi apresentado à arte geométrica muçulmana aplica-da nos azulejos. Este contacto com a arte árabe está na base do interesse e da paixão de Escher pela divisão reg-ular do plano em figuras geométricas que se transfiguram, se repetem e

De cima para baixo 1947

litografia

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reflectem a partir das pavimentações. Ao preencher as superfícies, porém, Escher substituía as figuras abstra-to-geométricas comum na arte árabe, por figuras concretas, perceptíveis e existentes na natureza (apesar de al-tamente estilizadas), como pássaros, peixes, pessoas, répteis, etc.

urante o período em que

esteve em atividade, Escher fez 448 litografias, xilogravuras e gravuras em madeira, além de mais de 2000 desen-hos e esboços. Como alguns dos seus antecessores famosos (Michelangelo, Leonardo da Vinci, Dürer e Holbein), Escher era canhoto. seu trabalho lida com a arquitetura, a perspectiva e os espaços impossíveis, continuando ain-da hoje a surpreender e admirar mil-hões de pessoas em todo o mundo. Em seu trabalho, reconhecemos uma minuciosa observação do mundo que nos rodeia e as expressões de suas próprias fantasias. Escher mostra-nos que a realidade é maravilhosa, com-preensível e fascinante.

Autoretrato em esfera espelhada1935litografia

[D]

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15O padrão periódico de Répiteis é

representado na gravura como uma página de um caderno de desenho. Um animal, aparentemente na tentativa de ser mostrar como ser vivo, alcança com uma de suas garras a borda do cad-erno, sobe num livro, depois trepa na superfície escorregadia de um quadro e chega ao topo de um dodecaedro. Após uma breve pausa para recuperar o fôlego, cansado porém satisfeito, ele retorna seu caminhodescendente até o plan de origem, a planície, onde reto-ma sua função de figura.

Réptteis1943

litografia

Fonte: livro - O mundo mágico de Escher

Enrolar-se1951litografia

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surrealismo foi um movi-mento artístico e literário nascido em Paris na década de 1920, inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o modernismo no período en-tre as duas Grandes Guerras Mundiais. Reúne artistas anteriormente ligados ao Dadaísmo ganhando dimensão mundial. Fortemente influenciado pe-las teorias psicanalíticas do sigmund Freud (1856-1939), o surrealismo

enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa. Um dos seus objeti-vos foi produzir uma arte que, segun-do o movimento, estava sendo des- truída pelo racionalismo.

O poeta e crítico André Breton (1896-1966) é o principal líder e men-tor deste movimento. A palavra sur-realismo supõe-se ter sido criada em 1917 pelo poeta Guillaume Apollinaire (1886-1918), jovem artista ligado ao

surrealismo O surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa.

Cubismo, e autor da peça teatral As Mamas de Tirésias (1917), considerada uma precursora do movimento. Um dos principais manifestos do movimen-to é o Manifesto surrealista de (1924). Além de Breton, seus representantes mais conhecidos são Antonin Artaud no teatro, Luis Buñuel no cinema e Max Ernst, René Magritte e salvador Dalí no campo das artes plásticas.

[O]wallpaperwide.com

“”sigmund Freud

Um movimento artístico e literário

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17As características deste estilo:

uma combinação do representativo, do abstrato, do irreal e do inconsciente. Entre muitas de suas metodologias es-tão a colagem e a escrita automática. segundo os surrealistas, a arte deve se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência cotidi-ana, buscando expressar o mundo do inconsciente e dos sonhos.

No manifesto e nos textos escritos posteriores, os surrealistas rejeitam a chamada ditadura da razão e valores burgueses como pátria, família, re-ligião, trabalho e honra. Humor, sonho e a contralógica são recursos a serem utilizados para libertar o homem da ex-istência utilitária. segundo esta nova ordem, as ideias de bom gosto e deco- ro devem ser subvertidas.

Mais do que um movimento es-tético, o surrealismo é uma maneira de enxergar o mundo, uma vanguarda artística que transcende a arte. Busca restaurar os poderes da imaginação, castrados pelos limites do utilitarismo da sociedade burguesa, e superar a contradição entre objetividade e sub-jetividade, tentando consagrar uma poética da alucinação, de ampliação da consciência. Breton declara no Primeiro Manifesto sua crença na possibilidade de reduzir dois estados aparentemente tão contraditórios, sonho e realidade, “a uma espécie de realidade absoluta, de sobre-realidade [surrealité]”.

Visão surrealista

wallpaperwide.com

Fonte: wikipedia e wallpaperwide.com

salvador Dali

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kasimir Malevich1921

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conheça a estética, conceitos e artistas deste Movimento estético-político iniciado na Rússia a partir de 1919.

[C] onstrutivismo Russo foi um movimento estético-político iniciado na Rússia a partir de 1919, como parte do contexto dos movimentos de vanguarda no país, de forte influência na arquitetu-ra e na arte ocidental. Ele negava uma “arte pura” e procurava abolir a ideia de que a arte é um elemento especial da criação humana, separada do mundo cotidiano. A arte, inspirada pelas novas conquistas do novo Estado Operário, de-veria se inspirar nas novas perspectivas abertas pela máquina e pela industrial-ização servindo a objetivos sociais e a construção de um mundo socialista.

O termo arte construtivista foi in-troduzida pela primeira vez por Ma-levich para descrever o trabalho de Rodchenko em 1917.

O construtivismo como movimento ativo durou até 1934, tanto na União soviética como na República de Weimar, as suas proposições inovadoras influen-ciam fortemente toda a arte moderna. A partir do Congresso dos Escritores de 1934 a única forma de arte admitida na URss seria o Realismo socialista e todas as outras tendências artísticas durante o stalinismo seriam consideradas formalis-tas. Caracterizou-se, de forma bastante genérica, pela utilização constante de elementos geométricos, cores primárias, fotomontagem e a tipografia sem serifa.

Uma arte construtiva que não decora, mas organiza a vida“

”Rodchenko

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a Rússia, a ruptura com a pintura e a escultura cubista foi par-cialmente estimulada pelo futurismo e pelo livro Do espiritual na arte, de Kandinsky. Deste modo, os russos en-contravam-se preparados para lançar-se rumo a uma arte completamente não-figurativa. Após a revolução, as linhas artísticas haviam sido traçadas em Moscou e a discussão de projetos e filosofias de arte era bastante ab-erta, apesar das controvérsias.De um lado, achavam-se os que acreditavam que os artistas deveriam servir às mas-sas, deveriam ser compreensíveis em relação às necessidades do proletariado e usar técnicas e materiais industriais. Tal posição era incitada por Tatlin, Rod-chenko e por El Lissitzky. Do outro lado, havia os que viam na arte não-figurativa uma poesia pura, liberada de ideologias, como era proclamado por Malevitch, apoiado pelos irmãos Pevsner.

Tratando-se de críticos e histori-adores de arte, essa oposição de pen-samentos surge em relação à própria definição do termo construtivismo que, para alguns é uma arte geométrica e não mimética, e permeia, dessa forma, Tatlin, Malevitch, Gabo, Kandinsky, pelo fato de todos utilizarem os traços da arte geométrica. Em oposição, outros falam do construtivismo como uma arte pu-ramente tecnológica, estritamente sub-

kasimir Malevich1915

e CONCeiTOS

[N]

eSTéTiCA

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21Alexander rodchenko

(1891 - 1956)

Alexander vesnin (1883-1957)

Aníbal villacís

(1927)

Berthold Lubetkin (1901-1990)

Dziga vertov

(1896-1954)

El Lissitzky (1890-1941)

Estuardo maldonado

(1930)

ARTIsTAs AssOcIAdOs cOM O cONsTRUTIvIsMO

metida aos imperativos do material e do objeto, uma antecipação do design.

Ao que tudo indica, portanto, tra-ta-se, desde a origem, de um “ismo” plural, pelo fato de entremear artistas de diversas correntes que buscavam a val-orização da construção da obra de arte em oposição à composição. Para alguns críticos e historiadores, o termo constru-tivismo toma o “lugar da arte não-obje-tiva (as formas puras)” e, para outros, o termo substitui o “objetivismo” oriundo da cultura dos materiais de Tatlin.

ivan Leonidov (1902-1959) Joaquin torres Garcia (1874-1949) John Ernest (1922-1994) John mcHale (1922-1978) Konstantin melnikov (1890-1974)

Louis Lozowick (1892-1973)

naum Gabo (1890-1977)

El Lissitzky 1919

Malevitch1912

Fonte: wikipedia e wallpaperwide.com

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