Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE BIOMEDICINA MAYARA QUADROS CARDOZO FATORES ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DE ANSIEDADE DOS ACADÊMICOS DE BIOMEDICINA CRICIUMA 2015

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tRABALHO EM CONCLUSÃO DE CURSO

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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC

CURSO DE BIOMEDICINA

MAYARA QUADROS CARDOZO

FATORES ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DE ANSIEDADE DOS

ACADÊMICOS DE BIOMEDICINA

CRICIUMA

2015

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MAYARA QUADROS CARDOZO

FATORES ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DE ANSIEDADE DOS

ACADÊMICOS DE BIOMEDICINA

Trabalho de Conclusão de

Curso, aprovado pela Banca Examinadora

para obtenção do grau de Biomédico no

curso de Biomedicina da Universidade do

Extremo Sul Catarinense, UNESC.

Criciúma ______ de Junho de 2015

BANCA EXAMINADORA

__________________________

Maria Tereza Soratto- Orientador –UNESC

____________________________

Examinador II

_____________________________

Examinador III

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3

AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades.

A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que

oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior, eivado pela

acendrada confiança no mérito e ética aqui presentes.

Ao minha orientadora Maria Tereza Soratto pelo suporte no pouco

tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos.

Aos meus pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.

E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha

formação, o meu muito obrigado.

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“Motivação é ser feliz, é enxergar o mundo com outros olhos, é

conquistar resultados, é superar obstáculos, é ser persistente, é acreditar

nos sonhos...”. Autor Desconhecido

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SumárioCAPITULO 1 –PROJETO DE PESQUISA.........................................6

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CAPITULO 1 –PROJETO DE PESQUISA

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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC

CURSO DE BIOMEDICINA

MAYARA QUADROS CARDOZO

FATORES ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DE ANSIEDADE DOS

ACADÊMICOS DE BIOMEDICINA

CRICIUMA

2015

MAYARA QUADROS CARDOZO

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FATORES ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DE ANSIEDADE DOS

ACADÊMICOS DE BIOMEDICINA

Projeto de Pesquisa encaminhado

ao comitê de Ética pela acadêmica

Mayara Quadros Cardozo do Curso de

Biomedicina da Universidade do Extremo

Sul Catarinense, UNESC.

Orientadora :Prof. (ª) MSc Maria Tereza Soratto

CRICIUMA

2015

Sumario

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RESUMO

Pesquisa de abordagem quali-quantitativa, descritiva, exploratória e

de campo. O estudo foi desenvolvido com os 20 acadêmicos da 7ª fase do

Curso de Biomedicina de uma universidade do extremo sul de Santa Catarina.

Aplicou-se a Escala de Avaliação de Ansiedade de Hamilton e

questionário semi-estruturado sobre os fatores relacionados a ansiedade dos

universitários.

Palavras chaves: Biomédico; Estudantes; Universidade; Ansiedade.

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ABSTRACT

 

Research qualitative and quantitative approach, descriptive,

exploratory and field. The study was conducted with 20 students of the 7th

Biomedicine Course stage at a university in the southern end of Santa Catarina.

Applied the Hamilton Anxiety Rating Scale and semi-structured

questionnaire on factors related anxiety of college.

Key words: Biomedical; students; university; Anxiety.

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1 INTRODUÇÃO

O ingresso no ensino superior é um acontecimento significativo na

vida do estudante coincidindo com um período do desenvolvimento

psicossocial marcado por mudanças importantes: período de explorações; a

idade das possibilidades e instabilidades. “O jovem se encontra em um

processo de transição complexo” (OSSE; COSTA, 2011, p.116).

Na vida acadêmica ocorrem as mudanças ambientais, de rotina e

nos sistemas de suporte social, como resultado do afastamento do jovem do

ambiente familiar e da rede social anterior ao ensino superior. “O ingresso na

universidade nem sempre significa estabilidade, como seria desejável, pois os

jovens podem manifestar algumas preocupações, dúvidas e ansiedade”.

(OSSE; COSTA, 2011, p.116).

A ansiedade é uma experiência universal humana e é definida como

um sentimento persistente de medo, apreensão e desastre iminente, ou tensão

e inquietação. De maneira geral, a ansiedade é tida como uma resposta

fisiológica natural, mas pode estar relacionada a certas doenças, dentre elas a

asma, disfunções gastrintestinais e doença da artéria coronária. Isso torna a

ansiedade um alvo importante de estudos, já que essas doenças apresentam

alta incidência na população geral. (NEVES NETO, 2005).

O estresse e a ansiedade têm sido evidenciados de maneira

significativa entre os acadêmicos da área da saúde. O estresse está presente

no período de formação do profissional, pois é onde o estudante se depara

com situações desafiadoras que interferem, muitas vezes, no seu processo de

aprendizado e nas suas condições de saúde (COSTA; POLAK, 2009)

Segundo o Conselho Federal de Biomedicina, o Biomédico é um

profissional dotado de conhecimentos e habilidades que lhe possibilitam

comunicação, liderança, atenção à saúde, à gestão administrativa, à tomada de

decisões, educação permanente (CFBM, 2009; CFBM, 2015).

“Capacidade de iniciativa, proatividade, empatia, comunicação

verbal e escrita”, são habilidades que os estudantes de Biomedicina aprendem

a desenvolver no decorrer da vida acadêmica para colocá-los em prática na

vida profissional (CFBM, 2015, p..2).

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Conflitos entre pessoas, escassez de materiais e imprevistos, são exemplos de situações que fazem parte da rotina de um Biomédico, exigindo céleres providências. Avaliar, sistematizar e decidir quanto ao uso apropriado de medicamentos, de equipamentos, de procedimentos, de práticas, bem como gerenciar a força de trabalho, dos recursos materiais e de informação para garantir a eficácia e eficiência dos trabalhos também são atribuições do Biomédico (CFBM, 2015, p..2).

Assim, debater sobre o cuidado, suas formas de ser e agir, é

primordial para desenvolver nos profissionais de saúde, a necessidade de se

autoconhecer e se reconhecer, a fim de valorizar o cuidar de si para poder

cuidar do outro (SANTOS; RADUNZ, 2011).

A importância deste trabalho é demonstrar como a ansiedade pode

virar uma patologia quando o seu grau está desmedido em relação a uma

situação. Essa situação esta relacionado a pressão na pré-apresentação e

realização do TCC(Trabalho de Conclusão de Curso); além das atividades

acadêmicas inerentes ao curso. Nesse sentido, fazem-se necessárias futuras

investigações que venham elucidar o tema. 

O ingresso na universidade é considerada uma experiência

estressora para os jovens estudantes.

Por ser hoje o ingresso na universidade uma tarefa de desenvolvimento típica da transição para a vida adulta faz-se necessário ampliar nosso conhecimento a respeito do modo como os jovens vêm vivendo esse momento, as dificuldades enfrentadas e as repercussões dessa experiência em seu desenvolvimento psicológico (TEIXEIRA et al, 2008, p.186).

Desta forma resolveu-se pesquisar sobre o nível de ansiedade dos

acadêmicos de biomedicina através da Escala de Avaliação de Ansiedade de

Hamilton e os fatores associados à ansiedade.

Diante dessas reflexões tem-se como problema de pesquisa: qual os

fatores associados a ansiedade dos acadêmicos do curso de biomedicina, em

uma Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina?

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Considera-se que a principal causa da ansiedade dos acadêmicos é

relacionada a realização do Trabalho de Conclusão de Curso, sendo que a

sobrecarga de atividades esta relacionado ao nível de ansiedade dos

acadêmicos. Em decorrência da falta de tempo e sobrecarga de atividades o

acadêmico de biomedicina não se cuida adequadamente.

1.1 JUSTIFICATIVA

A importância deste trabalho é demostrar como a ansiedade pode

virar uma patologia quando o seu grau está desmedido em relação a uma

situação. Essa situação esta relacionado a pressão na pré-apresentação e

realização do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso); além das atividades

acadêmicas inerentes ao curso. Nesse sentido, fazem-se necessárias futuras

investigações que venham elucidar o tema. 

O ingresso na universidade é considerada uma experiência

estressora para os jovens estudantes.

Por ser hoje o ingresso na universidade uma tarefa de desenvolvimento típica da transição para a vida adulta faz-se necessário ampliar nosso conhecimento a respeito do modo como os jovens vêm vivendo esse momento, as dificuldades enfrentadas e as repercussões dessa experiência em seu desenvolvimento psicológico (TEIXEIRA et al, 2008, p.186).

Desta forma resolveu-se pesquisar sobre o nível de ansiedade dos

acadêmicos de biomedicina através da Escala de Avaliação de Ansiedade de

Hamilton e os fatores associados à ansiedade.

1.2 HIPÓTESES

Buscando identificar o nível de ansiedade dos acadêmicos de

biomedicina através da Escala de Avaliação de Ansiedade de Hamilton e os

fatores associados à ansiedade, elencou-se como hipóteses:

- A principal causa da ansiedade dos acadêmicos é relacionada a

realização do Trabalho de Conclusão de Curso;

- A sobrecarga de atividades esta relacionado ao nível de ansiedade

dos acadêmicos;

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- Em decorrência da falta de tempo e sobrecarga de atividades o

acadêmico de biomedicina não se cuida adequadamente.

2 OBJETIVO

Com o intuito de desvelar os fatores associados à ocorrência da

ansiedade dos acadêmicos, tem-se como objetivo geral:

- Identificar os fatores associados à ocorrência de ansiedade dos

acadêmicos de biomedicina.

Elencou-se a partir do objetivo geral, os objetivos específicos:

- Caracterizar os acadêmicos participantes do estudo em relação às

características de sua jornada de trabalho e características sócio-demográficas;

- Identificar o nível de estresse dos acadêmicos de enfermagem;

- Identificar os principais fatores geradores de estresse entre os

acadêmicos;

- Apontar as principais facilidades e dificuldades vivenciadas pelos

acadêmicos pesquisados.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS (SECUNDÁRIOS)

Elencou-se a partir do objetivo geral, os objetivos específicos:

Identificar o perfil dos acadêmicos;

Identificar o nível de ansiedade dos acadêmicos;

Conhecer as causas relacionadas à ansiedade dos

acadêmicos de Biomedicina;

Conhecer as estratégias de enfrentamento da Ansiedade

utilizadas pelos acadêmicos.

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

Para melhor entendimento do estudo em questão, abordar-se

conceitos relevantes reverentes ao tema evidenciado.

3.1 A PROFISSÃO DO BIOMÉDICO

A profissão de Biomédico foi regulamentada pela Lei 6.684, de

03/9/79 e Decreto nº 88.439, de 28/6/83. A mesma lei criou o Conselho Federal

de Biomedicina – CFBM e os Conselhos Regionais de Biomedicina – CRBMs,

com o objetivo de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de

Biomédico. A área de atuação do Biomédico é ampla e o profissional pode se

formar em várias habilitações, todas regulamentadas pelo Conselho Federal de

Biomedicina (CFBM, 2009; CFBM, 2015).

“Há no Brasil, hoje, mais de 30.000 (trinta mil) biomédicos em

atividade” (CFBM, 2015, p.3).

O biomédico é um profissional da área da saúde com formação

generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a atuar em todos os

níveis do sistema de saúde (CFBM, 2009; CFBM, 2015).

O Biomédico desenvolve ações para a “promoção e reabilitação da

saúde, bem como para prevenção de doenças, sempre observando os

princípios da ética/bioética e os padrões da qualidade” (CFBM, 2015, p.1).

Os conteúdos essenciais para o curso de graduação em

Biomedicina são estabelecidos pelo Ministério da Educação – MEC, por meio

da Resolução nº 2, de 18/2/2003 da Câmara de Educação Superior – CES – do

Conselho Nacional de Educação – CNE – do Ministério da Educação – MEC,

que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em

Biomedicina. A grade curricular deve estar relacionada a todo o processo

saúde/doença do cidadão, da família e da comunidade, integrada à realidade

epidemiológica e profissional (CFBM, 2009; CFBM, 2015).

O conteúdo programático do curso de Biomedicina visa dotar o aluno

de conhecimentos e habilidades que lhe possibilitam comunicação, liderança,

atenção à saúde, à gestão administrativa, à tomada de decisões, educação

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permanente. O conteúdo comtempla: ciências Exatas; ciências biológicas;

ciências humanas e sociais e ciências da Biomedicina: incluem-se os

conteúdos teóricos e práticos relacionados com a saúde, doença e meio

ambiente, com ênfase nas áreas de citopatologia, genética, biologia molecular,

ecoepidemiologia das condições de saúde e dos fatores predisponentes à

doença e serviços complementares de diagnóstico laboratorial em todas as

áreas da biomedicina (CFBM, 2009; CFBM, 2015).

A carga horária do curso é definida pelo Ministério da Educação, por

meio da Resolução nº 4, de 6/4/2009 Câmara de Educação Superior do

Conselho Nacional de Educação, que estipula a carga horária mínima de 3.200

horas/relógio (60 minutos). Porém, a recomendação contida na Resolução nº

126, de 16/6/2006 do CFBM é para que as Escolas mantenham seus cursos

com carga horária mínima de 4.000 horas-aula (50 minutos), priorizando sua

parte prática com 600 horas-aula, no mínimo, e 500 horas-aula para cada

habilitação implantada (CFBM, 2009; CFBM, 2015).

De acordo com o Conselho Federal de Biomedicina os

procedimentos técnico-operacionais executados pelos biomédicos podem ser

agrupados em 3 grandes áreas de atuação, obedecida a habilitação

necessária:

- Diagnóstico;

- Coordenação, Direção, Chefia, Perícia, Auditoria, Supervisão e

Ensino;

- Pesquisa e Investigação (CFBM, 2009; CFBM, 2015).

O Biomédico pode atuar nos seguintes campos: patologia clínica

(análises clínicas), coleta de material biológico, biofísica, parasitologia,

microbiologia e virologia, imunologia, hematologia, bioquímica, banco de

sangue, fisiologia geral e humana, saúde pública, radiologia, imaginologia,

análises bromatológicas, microbiologia de alimentos, histologia humana,

anatomia patológica, citologia oncótica, análise ambiental, acupuntura,

genética, embriologia, reprodução humana, biologia molecular, farmacologia,

psicobiologia, informática da saúde, sanitarista, toxicologia, perfusão

extracorpórea, auditoria, docência e pesquisa, indústria e comércio (CFBM,

2009; SILVA et al, 2014; CFBM, 2015).

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“O profissional biomédico atua em pesquisas que podem fornecer

dados desde o diagnóstico até a descoberta científica para a cura e prevenção

de doenças que ainda devastam a população em geral” (SILVA et al, 2014,

p.1).

3.2 ANSIEDADE

A partir das transformações sociais ocorreu um aumento dos

distúrbios emocionais; sendo que a ansiedade afeta de maneira significativa a

qualidade de vida do homem (PRUDÊNCIO, 2010).

A ansiedade é responsável por preparar o indivíduo para situações

de ameaça e perigo. A ansiedade e o medo envolvem fatores cognitivos,

comportamentais, afetivos, fisiológicos e neurológicos que, em conjunto,

modulam a percepção do indivíduo ao ambiente, provocando respostas

específicas e direcionando a algum tipo de ação. A ansiedade pode ser

definida como uma condição orientada para o futuro, caracterizada por:

apreensão relativa à percepção de não poder controlar ou prever eventos

potencialmente aversivos; sintomas corporais de tensão física; e desvio do foco

de atenção para esses eventos potencialmente aversivos ou às respostas

afetivas eliciadas por eles. (DESOUSA et al, 2013).

Ansiedade define-se como um vago e incômodo sentimento de desconforto ou temor, acompanhado por resposta autonômica (a fonte é freqüentemente não específica ou desconhecida para o indivíduo); sentimento de apreensão causado pela antecipação do perigo. É um sinal de alerta que chama a atenção para um perigo iminente e permite ao indivíduo tomar medidas para lidar com a ameaça. (SURIANO et al, 2009, p. 929).

“A ansiedade pode estar presente em diversos distúrbios

psicológicos e dependendo da sua intensidade poderá ser considerado um

transtorno mental” (BORINE, 2011, p.5).

O indivíduo pode apresentar ansiedade e/ou medo elevados de

forma desproporcional à situação. O transtorno de ansiedade compromete as

atividades cotidianas e os relacionamentos sociais do paciente, apresentando

baixos índices de remissão espontânea e podendo se cronificar ou se

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desdobrar em outros transtornos psiquiátricos quando não tratados. Quanto

mais cedo diagnosticados os transtornos de ansiedade, avaliados e

devidamente tratados, melhores os prognósticos e menores os prejuízos para o

indivíduo com TA. (DESOUSA et al, 2013).

“Para a psicologia da saúde, os aspectos e estados psíquicos

decorrentes da personalidade têm grande importância, buscando sempre

maneiras de eliminar o sofrimento psicológico” (BORINE, 2011, p.12).

Sendo a ansiedade um dos sentimentos mais aguçados durante o

processo, a ansiedade pode ser um sentimento vago e desagradável de medo,

apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação

de perigo, de algo desconhecido ou estranho (CASTILHO et al, 2000).

As manifestações de ansiedade ocorrem de diferentes formas, com

sintomas psicológicos, como apreensão, desconforto, medos diversos e

também com sintomas físicos, como taquicardia, aumento da frequência

respiratória, alterações de pressão arterial etc. (ABRATA , 2011).

A ansiedade é possuidora de uma grande variedade de sintomas

fisiológicos e de sintomas psicológicos; diversas teorias surgiram para explicá-

la, tanto teorias que dão ênfase à mente, as que se associam à

psicossomática, quanto àquelas que enfatizam o sistema biológico. (BORINE,

2011).

Os sintomas do transtorno de ansiedade variam de graus e

intensidade, dependendo de cada pessoa. As pessoas percebem o mesmo

estímulo de formas diferentes, e através dessa percepção, é possível

classificar a intensidade dos estímulos entre leve, moderado e intenso, sabe-se

também que para um mesmo estímulo há diversas reações como as motoras,

que causam tensão, pânico e apreensão. Sintomas Cognitivos que remetem a

preocupação, pensamentos distorcidos sobre a experiência não vivenciada,

desatenção e distração mediante estar focalizado em problemas não reais,

como desastre e deixando de perceber os problemas reais. Sintomas

somáticos imediatos como suor, tremores, respiração curta, pulsação rápida,

aumento da pressão arterial, dormência, latejo de algumas partes do corpo,

palpitações; e sintomas atrasados como pressão sanguínea cronicamente

aumentada, dor de cabeça, fraqueza muscular má digestão. Sintomas motores

- os quais, o indivíduo ansioso costuma vivenciar com muita frequência, como

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roer unha, inquietação, movimentos motores excessivos, emitir sons, etc.

(HOLMES, 2008).

Dalgalarrondo (2008) classifica alguns sintomas que as pessoas

com Transtorno de Ansiedade vivenciam durante os períodos ansiosos, tais

como irritabilidade, nervosismo, agitação, medo, tremores, tensão, dificuldade

de relaxamento, dificuldade de concentração, dores de cabeça e nas costas.

O modo como são percebidos os estímulos externos é que irá

diferenciar o tipo de ansiedade que o indivíduo está vivenciando. A ansiedade

em níveis baixos é aquela em que as pessoas conseguem perceber as reações

e manter o controle sobre as mesmas; a ansiedade que é experienciada pelo

indivíduo em níveis elevados, a qual não se consegue controlar as reações

ansiosas, se tornando um transtorno na relação do homem com o meio, então

ela se torna um obstáculo, comprometendo seu rendimento social. Para ser

definida como patologia é necessário que o indivíduo não consiga controlar

seus atos, sendo inaceitável pela sociedade (HOLMES, 2008).

O diagnóstico adequado do transtorno de ansiedade, tanto em

função de sua gravidade quanto das comodidades presentes, melhora o

prognóstico dos pacientes ao fornecer maiores informações sobre curso,

prevalência e possibilidades de tratamento. O avanço e o contínuo

monitoramento dos estudos acerca da avaliação de ansiedade oferecem

subsídios teóricos e empíricos para o desenvolvimento e conhecimento deste

construto multifacetado e para a prevenção e o tratamento do transtorno de

ansiedade (DESOUSA et al, 2013).

3.3 ANSIEDADES NOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

A escolha profissional é uma das tarefas a serem concretizadas na

adolescência, pode ter a função de motivar o adolescente a estudar , por outro

lado, pode ser também um importante fator antigênico: escolher a área de

atuação seu campo no mercado de trabalho, rotina, salário e tudo o que

acompanha a vida profissional levando ele a ansiedade inicial (HUTZ CH ,

2006 )

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O acadêmico estando na graduação em muitos momentos cumprem

carga horária diferenciada tendo que adaptar a carga de trabalho, as aulas

teóricas e os estágios, levando o discente a ansiedade, pois as exigências

podem gerar um desgaste, frustrando suas expectativas e seus objetivos na

graduação.

Perante o período acadêmico a ansiedade é muito comum, “revisões de

literatura no contexto acadêmico, que descrevem estudos brasileiros e

internacionais, apontam percentuais entre 15 a 29% de estudantes

universitários apresentando algum tipo de transtorno psiquiátrico durante sua

vida acadêmica” (Cavestro & Rocha, 2006; Cerchiari, Caetano & Faccenda,

2005;).Na elaboração e apresentação do TCC (Trabalho de Conclusão do

Curso), ou seja, uma avaliação final para concluir a graduação, a ansiedade é

muito visível, pelo fato do aluno estar exposto a um ambiente com muita

pressão e cobrança.

.  Em um estudo produzido por Baptista (2006) o qual investigou o

transtorno da ansiedade social (TAS) em estudantes universitários brasileiros

das mais variadas áreas, como biológicas, humanas e exatas, observou-se que

há 11,6% de prevalência do transtorno nos alunos universitários, considerado

pelo autor como um índice elevado. Sendo esse distúrbio sendo mais elevado

no sexo feminino (12,4%) do que o masculino sendo de (7,4%), mas,

comparando estes dados referentes às áreas biológicas, exatas ou humanas

não foi constatada diferença.

Para Zimbardo (2002) destaca que nos dias atuais a competitividade e a

realização individual esta cada vez mais valorizada, podendo surgir a partir

disso a ansiedade social. Este medo origina-se pelo fato dos indivíduos não

conseguirem serem aceitos, não consigam atingir a expectativa dos demais

além de sentir medo, rejeição e desvalorização

Na área de saúde, constitui-se uma preocupação crescente dos diversos

profissionais, o aprimoramento de conhecimentos técnicos e científicos visando

qualificar cada vez mais o nível de assistência prestada ao cliente, família e

comunidade (SOUSA E BARROS, 1996, apud GIACCHERO, MIASSO, 2006)

Page 23: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

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4 MATERIAL E METODOS

Pesquisa de abordagem quali-quantitativa, descritiva, exploratória e

de campo. O estudo foi desenvolvido com os 28 acadêmicos da 7ª fase do

Curso de Biomedicina de uma universidade do extremo sul de Santa Catarina.

Deve-se como critério de inclusão quem está cursando a 7ª fase do

Curso de Biomedicina onde juntamente estejam realizando o TCC, pois

existem alunos irregulares , que frequentam a sétima fase , porem não realizam

o Trabalho de Conclusão de Curso , aceitar participar da pesquisa de acordo

com a Resolução 466/12 e assinatura do Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE).

Aplicou-se a Escala de Avaliação de Ansiedade de Hamilton nos

acadêmicos participantes do estudo e posteriormente questionário semi-

estruturado sobre os fatores relacionados a ansiedade dos universitários.

Realizou-se a análise e interpretação dos dados qualitativos através

da análise de conteúdo, a partir da categorização dos dados, com a ordenação,

classificação e análise final dos dados pesquisados.

Na fase de análise de dados quantitativos, as informações forma

quantificadas através do Microsoft Office Excel e apresentados por meio de

análise quantitativa.

A Escala de Ansiedade de Hamilton (1959) compreende 14 itens

distribuídos em dois grupos, sendo o primeiro grupo, com 7 itens, relacionado a

sintomas de humor ansioso e o segundo grupo, também com 7 itens,

relacionado a sintomas físicos de ansiedade – o que possibilita obter escores

parciais, ou seja, separadamente para cada grupo de itens.

Segundo Bandeira (2010) dentre as escalas de humor utilizadas

mundialmente e que foram traduzidas e adaptadas para a realidade brasileira

para o quesito “ansiedade”, está a escala de Hamilton-A para Ansiedade, que

apresenta fácil aplicabilidade (HAMILTON, 1959) e confiabilidade.

O escore total é obtido pela soma dos valores (graus) atribuídos em

todos os 14 itens da escala, cujo resultado varia de 0 a 56.

Graus de Ansiedade segundo Escala de Ansiedade de Hamilton:

Nenhum = 0; Leve = 1; Médio = 2; Forte = 3; Máximo = 4.

Page 24: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

24

A soma dos escores obtidos em cada item resulta em um escore

total, que varia de 0 a 56. Esse escore deve ser classificado de acordo com os

intervalos a seguir:

0 (zero) caracteriza ausência de ansiedade;

1 a 17 pontos caracterizam ansiedade leve;

18 a 24 pontos caracterizam ansiedade moderada;

25 a 56 pontos caracterizam ansiedade severa ou intensa.

Os resultados da Escala de Ansiedade de Hamilton serão analisados

na perspectiva quantitativa, através de inserção de dados em planilha

eletrônica, para posterior análise estatística. As variáveis categóricas serão

apresentadas com frequência absoluta e frequência relativa, as comparações

serão feitas com os testes exato de Fisher e do qui-quadrado, conforme

indicado. As variáveis continuas serão apresentadas na forma de média ±

desvio padrão ou de mediana (intervalo interquartil) e comparadas com teste t-

Student ou U de Mann-Whitney Rank-sum, conforme indicado. E todas as

análises estatísticas serão avaliadas com o valor de p < 0,05 bi caldado. Será

utilizado o software SPSS versão 20.0.

Para preservar o sigilo e o anonimato dos familiares pesquisados,

utilizou-se indicador alfanumérico, significando biomédico (B1 á B28).

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

UNESC pelo Projeto nº 1.029.241/2015.

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO

Pesquisa de abordagem quali-quantitativa, descritiva, exploratória e

de campo. O estudo será desenvolvido com os 28 acadêmicos da 7ª fase do

Curso de Biomedicina de uma universidade do extremo sul de Santa Catarina.

Será aplicada a Escala de Avaliação de Ansiedade de Hamilton nos

acadêmicos participantes do estudo e posteriormente questionário semi-

estruturado sobre os fatores relacionados a ansiedade dos universitários.

O procedimento de levantamento de dados ocorrerá nos seguintes

momentos:

Page 25: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

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1º Momento: Após a autorização para a realização da pesquisa pela

Universidade, o projeto de Trabalho de Conclusão do Curso – TCC será

encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da UNESC.

2° Momento: Reconhecimento do campo de pesquisa.

3º Momento: Realizado seleção intencional dos acadêmicos do Curso

de Biomedicina.

Critérios de Inclusão:

- Acadêmicos da 7ª fase do Curso de Biomedicina;

- Aceitação para participar da pesquisa de acordo com a Resolução

466/12 e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Critérios de exclusão:

- Acadêmicos que não estão inscritos na 7ª fase do Curso de

Biomedicina;

- Acadêmicos que não aceitarem participar da pesquisa de acordo

com os critérios da Resolução 466/12 e não assinar o TCLE.

4° Momento: Aplicar a Escala de Avaliação de Ansiedade de Hamilton

para os acadêmicos (Anexo A).

5° Momento: Aplicar o questionário semi-estruturado para identificar o

perfil dos acadêmicos e os fatores relacionados à ansiedade (Apêndice A).

O Questionário será aplicado nos acadêmicos que apresentarem nível

de ansiedade moderado a máximo, com objetivo de identificar os fatores

relacionados à ansiedade na percepção dos acadêmicos.

8° Momento: Análise de Dados.

5.1 RISCOS E BENEFÍCIOS

Page 26: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

26

Não existem riscos presumíveis, desde que resguardados os valores

éticos recomendados pela Res 466/12 da Pesquisa com seres humanos; sendo

garantido aos sujeitos participantes o anonimato e sigilo referente as

entrevistas; com a explicação dos objetivos da pesquisa e metodologia

utilizada; além do direito de desistir em qualquer fase de aplicação.

Através da pesquisa poderemos conhecer o nível de ansiedade, as

estratégias de enfrentamento e os fatores relacionados à ansiedade na

percepção dos acadêmicos.

O conhecimento gerado pela pesquisa poderá subsidiar ações no

âmbito do Curso de Biomedicina para melhorar a qualidade de vida dos

acadêmicos que estão realizando o Trabalho de Conclusão de Curso.

Considera-se que esta pesquisa poderá contribuir com novos estudos sobre a

temática e para o Curso conhecer a realidade vivenciada pelos acadêmicos.

5.2 ANÁLISE DE DADOS

A análise e interpretação dos dados qualitativos será realizada pela

categorização dos dados, através da ordenação, classificação e análise final

dos dados pesquisados.

“Um dos procedimentos mais úteis para a investigação qualitativa é

a formulação e organização dos dados em categorias” (LEOPARDI, 2002).

Categoria refere-se a um conceito que abrange elementos ou aspectos com

características comuns ou que se relacionam entre si, são estabelecidas para

classificar os eventos. Categorizar é agrupar elementos, ideias ou expressões

em torno de um conceito (LEOPARDI, 2002; MINAYO, 2009).

Na fase de análise de dados quantitativos, as informações serão

quantificadas através do Microsoft Office Excel e apresentados por meio de

análise quantitativa.

A Escala de Ansiedade de Hamilton (1959) compreende 14 itens

distribuídos em dois grupos, sendo o primeiro grupo, com 7 itens, relacionado a

sintomas de humor ansioso e o segundo grupo, também com 7 itens,

Page 27: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

27

relacionado a sintomas físicos de ansiedade – o que possibilita obter escores

parciais, ou seja, separadamente para cada grupo de itens.

Segundo Bandeira (2010) dentre as escalas de humor utilizadas

mundialmente e que foram traduzidas e adaptadas para a realidade brasileira

para o quesito “ansiedade”, está a escala de Hamilton-A para Ansiedade, que

apresenta fácil aplicabilidade (HAMILTON,1959) e confiabilidade.

O escore total é obtido pela soma dos valores (graus) atribuídos em

todos os 14 itens da escala, cujo resultado varia de 0 a 56.

Graus de Ansiedade segundo Escala de Ansiedade de Hamilton

Nenhum = 0;

Leve = 1;

Médio = 2;

Forte = 3;

Máximo = 4

A soma dos escores obtidos em cada item resulta em um escore

total, que varia de 0 a 56. Esse escore deve ser classificado de acordo com os

intervalos a seguir:

•0 (zero) caracteriza ausência de ansiedade;

•1 a 17 pontos caracterizam ansiedade leve;

•18 a 24 pontos caracterizam ansiedade moderada;

•25 a 56 pontos caracterizam ansiedade severa ou intensa.

Os resultados da Escala de Ansiedade de Hamilton serão analisados

na perspectiva quantitativa, através de inserção de dados em planilha

eletrônica, para posterior análise estatística. As variáveis categóricas serão

apresentadas com frequência absoluta e frequência relativa, as comparações

serão feitas com os testes exato de Fisher e do qui-quadrado, conforme

indicado. As variáveis continuas serão apresentadas na forma de média ±

desvio padrão ou de mediana (intervalo interquartil) e comparadas com teste t-

Student ou U de Mann-Whitney Rank-sum, conforme indicado. E todas as

análises estatísticas serão avaliadas com o valor de p < 0,05 bi caldado. Será

utilizado o software SPSS versão 20.0.

Page 28: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

28

5.3 ASPECTOS ÉTICOS

Para a realização da pesquisa os sujeitos do estudo assinarão um

termo de consentimento, sendo que este assegura o sigilo da identidade dos

participantes. O termo segue as exigências formais contidas na resolução

466/12, do Conselho Nacional de Saúde.

De acordo com a Res 466/12 que trata das diretrizes e normas

regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos, os participantes

devem ser esclarecidos sobre a “natureza da pesquisa, seus objetivos,

métodos, benefícios previstos, potenciais riscos e o incômodo que esta possa

lhes acarretar, na medida de sua compreensão e respeitados em suas

singularidades” (BRASIL, 2012).

A resolução incorpora referenciais da bioética: “autonomia, não

maleficência, beneficência, justiça e equidade” (BRASIL, 2012). A Res 466/12

visa assegurar os direitos e deveres que dizem respeito a comunidade

cientifica, aos sujeitos da pesquisa e do estado. Dentre os aspectos éticos o

consentimento livre e esclarecido prevê a anuência do sujeito da pesquisa após

a explicação completa sobre a natureza da mesma, seus objetivos, métodos,

benefícios previstos e potenciais riscos que possam acarretar, formulada em

termo de consentimento, autorizando sua participação na pesquisa.

Aspectos éticos do estudo como a confidencialidade, a privacidade,

o anonimato, a proteção de imagem devem ser asseguradas aos participantes

no decorrer de todo o processo de pesquisa.

A pesquisa em seres humanos deverá sempre tratá-lo com

dignidade, respeito e defendê-lo em sua vulnerabilidade. Na pesquisa será

utilizado um termo de consentimento livre e esclarecido, informando aos

participantes da pesquisa os objetivos, métodos, direito de desistir da mesma e

sigilo em relação à pesquisa (Apêndice B).

Page 29: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

29

6 CRONOGRAMA

Prazos /Procedimento Novembro /Dezembro

Abril Maio

Junho

Julho

Elaboração do projeto de Pesquisa

x x x x

Apresentação projeto à Banca Examinadora

x x

Encaminhamento do projeto de Pesquisa ao Comitê de ética

x

Coleta de Dados x

Análise de Dados x x

Apresentação TCC à banca examinadora

x

Entrega final do TCC e Artigo com comprovação de submissão

x

Page 30: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

30

7 ORÇAMENTO

Despesas de custeio

Discriminação Quantidade Valor unitário (R$) Valor Total (R$)

1. Serviços de terceiros

Alimentação 10 7 70

Subtotal 70

2. Material de Consumo

Materiais de expediente diversos - - 32,8

Papel (resma) 2 13 26

Subtotal 58,8

TOTAL GERAL 128,8

O custeio do estudo será por conta dos pesquisadores.

Page 31: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

31

8 RESULTADOS E DISCUSSÃO

8.1 ESCALA DE AVALIAÇÃO DE ANSIEDADE DE HAMILTON

Após a seleção dos acadêmicos, a partir dos critérios de inclusão da

pesquisa, realizou-se o teste de ansiedade de Hamilton.

Todos os acadêmicos apresentam algum nível de ansiedade, sendo

classificados em: 65% nível leve; 25% nível moderado; 10% nível intenso.

Tabela 1- Escala de avaliação de ansiedade de Hamilton dos

Acadêmicos de Biomedicina

Nível de Ansiedade nº %

Ausência de ansiedade 0 0

Ansiedade leve 13 65%

Ansiedade moderada 05 25%

Ansiedade severa ou intensa 02 10%

Total 20 100%

Fonte: dados da pesquisa, 2015.

A escolha profissional é uma das tarefas a serem concretizadas na

adolescência, pode ter a função de motivar o adolescente a estudar, por outro

lado, pode ser também um importante fator antigênico: escolher a área de

atuação seu campo no mercado de trabalho, rotina, salário e tudo o que

acompanha a vida profissional levando ele a ansiedade inicial (HUTZ, 2006 ).

Perante o período acadêmico a ansiedade é muito comum, “revisões

de literatura no contexto acadêmico, que descrevem estudos brasileiros e

internacionais, apontam percentuais entre 15 a 29% de estudantes

Page 32: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

32

universitários apresentando algum tipo de transtorno psiquiátrico durante sua

vida acadêmica” (CAVESTRO; ROCHA, 2006; CERCHIARI; CAETANO;

FACCENDA, 2005 apud BRANDTNER; BARDAGI, 2010, p.82).

Em um estudo produzido por Baptista (2006) o qual investigou o

transtorno da ansiedade social (TAS) em estudantes universitários brasileiros

das mais variadas áreas, como biológicas, humanas e exatas, observou-se que

há 11,6% de prevalência do transtorno nos alunos universitários, considerado

pelo autor como um índice elevado. Sendo esse distúrbio sendo mais elevado

no sexo feminino (12,4%) do que o masculino sendo de (7,4%), mas,

comparando estes dados referentes às áreas biológicas, exatas ou humanas

não foi constatada diferença.

8.2 DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS DOS ACADÊMICOS

TABELA 2 – PERFIL DOS ACADÊMICOS DE BIOMEDICINA

Variável Número Porcentagem

(%)

Solteiro 14 87,5 %

Casado 02 12,5%

Feminino 12 75%

Masculino 04 25%

Fonte: dados da pesquisa, 2015.

Dos participantes do estudo 75% são do sexo feminino e 25% do

sexo masculino, com idade variando de 20 à 45 anos. Quanto ao estado civil

87,5% são solteiros e 12,5% casados.

Page 33: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

33

TABELA 3 – FAIXA ETÁRIA DOS ACADÊMICOS DE BIOMEDICINA

Faixa Etária (anos) Nº de Acadêmicos Porcentagem (%)

20 à 30 14

30 à 40 1

40 à 50 1

Total 16 100%

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

Em relação ao perfil dos acadêmicos da 7ª fase do Curso de

biomedicina existe predominância do sexo feminino e a idade correspondendo

à adulto jovem.

8.3 SINTOMAS QUE DENOTAM O NÍVEL DE ANSIEDADE DOS ACADÊMICOS DE BIOMEDICINA

Em relação aos sintomas 62.5% dos acadêmicos relataram

irritabilidade, nervosismo, agitação; 56.25% preocupações, previsão do pior,

antecipação temerosa e dores de cabeça; 50% insônia; 37.5% despertar

precoce, oscilação do humor e má digestão; 31,25% tensão e dificuldade de

relaxar, dificuldade de concentração, falhas de memória; 25% dores

musculares, cansaço e fraqueza muscular, taquicardia, palpitações; falta de ar;

18,75% medo, depressão, dor nas costas, vertigem, ranger de dentes; 12,5%

perda de interesse, falta de prazer nos passatempos, sensações auditivas de

tinidos, zumbidos; 6,25% roer unha, inquietação, movimentos motores

excessivos, conforme descrito na tabela numero 4

TABELA 4– SINTOMAS QUE DENOTAM O NÍVEL DE ANSIEDADE DOS ACADÊMICOS DE BIOMEDICINA

Sintomas dos Acadêmicos Numero Porcentagem (%)

Page 34: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

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Irritabilidade, nervosismo, agitação 10 62.5%Preocupações, previsão do pior,

antecipação temerosa09 56.25%

Dores de cabeça 09 56.25%Insônia 08 50%Despertar precoce 06 37.5%Oscilação do humor 06 37,5%Má digestão 06 37,5%Tensão e dificuldade de relaxar 05 31,25%Dificuldade de concentração, falhas de

memória05 31,25%

Dores musculares 04 25%Cansaço e fraqueza muscular 04 25%Taquicardia, palpitações 04 25%Falta de ar 04 25%Medo 03 18,75%Depressão 03 18,75%Dores nas costas 03 18,75%Ranger de dentes 03 18,75%Vertigens 03 18,75%Perda de interesse, falta de prazer nos

passatempos02 12,5%

Sensações auditivas de tinidos, zumbidos 02 12,5%Roer unha, inquietação, movimentos

motores excessivos01 6,25%

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

Em suas pesquisas, Lipp (1994) relata as possíveis reações físicas e

emocionais frente a ansiedade , onde os sinais e sintomas que ocorrem com

maior frequência de nível físico são: aumento da sudorese, tensão muscular,

taquicardia, hipertensão, ranger de dentes, hiperatividade, náuseas, mãos e

pés frios. Em termos psicológicos, vários sintomas podem ocorrer como:

ansiedade, tensão, angústia, insônia, dificuldades interpessoais, dúvidas

quanto a si próprio, preocupação excessiva, inabilidade de concentrar-se em

outros assuntos que não o relacionado ao estressor, dificuldade de relaxar, ira

e hipersensibilidade emotiva .

8.4 OS FATORES RELACIONADOS À OCORRÊNCIA DE ANSIEDADE NOS ACADÊMICOS DE BIOMEDICINA

Page 35: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

35

Em relação aos fatores relacionados a ocorrência de ansiedade nos

acadêmicos de biomedicina, 56,25% relataram sentir insegurança ou medo

para realizar as provas teóricas e práticas; 43,75% excesso de atividades

curriculares; 18,75% a forma adotada para avaliar o conteúdo teórico; 12,5%

tempo exigido pelo professor para a entrega das atividades extraclasse além

da dificuldade com o conteúdo programático, às atividades desenvolvidas e à

metodologia de ensino adotada.

TABELA 4 – FATORES RELACIONADOS A OCORRÊNCIA DE ANSIEDADE EM RELAÇÃO AS ATIVIDADES TEÓRICAS X PROCESSO DE AVALIAÇÃO

Atividades teóricas x processo de avaliação

Numero Porcentagem %

Sentir insegurança ou medo para realizar as provas teóricas e práticas

9 56.25

Excesso de atividades curriculares 7 43,7

A forma adotada para avaliar o conteúdo teórico

3 18,75

Tempo exigido pelo professor para a entrega das atividades extraclasse

2 12,5

Dificuldade com o conteúdo programático, às atividades desenvolvidas e à metodologia de ensino adotada

2 12,5

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

Kaplan (2006), Holmes (1997) relata também que a ansiedade afeta a

cognição, alterando o aprendizado, produzindo confusão e distorções

perceptivas, não apenas em termos de tempo e espaço, mas de pessoas e de

significados dos eventos. Essas distorções podem interferir no aprendizado,

baixando a concentração, reduzindo a memória e prejudicando a capacidade

de associação, onde vimos diante nossa pesquisa realizada na turma da

sétima fase de Biomedicina, que os dados correspondentes são igualitários ao

artigo de Kaplan e Holmes .

Em relação á comunicação profissional e relacionamento

interpessoal 18,75% dos acadêmicos citaram falta de comunicação clara entre

professor- aluno, falta de acolhimento no campo de estágio ; 12,5%conflito na

Page 36: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

36

relação interpessoal com os colegas de turma e falta de conhecimento da

equipe multiprofissional sobre a atuação do biomédico na prática

profissional ;6,25% dificuldades que envolvem o relacionamento com outros

profissionais da área.

TABELA 5 – FATORES RELACIONADOS A OCORRÊNCIA DE ANSIEDADE EM RELAÇÃO A COMUNICAÇÃO PROFISSIONAL E RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

Comunicação Profissional e Relacionamento Interpessoal

Nº Porcentagem (%)

Falta de comunicação clara entre professor x aluno

03 18,75

Falta de acolhimento no campo de estágio dos acadêmicos

03 18,75

Conflito na relação interpessoal com os colegas de turma

02 12,5

Falta de conhecimento da equipe multiprofissional sobre a atuação do biomédico na prática profissional

02 12,5

As dificuldades que envolvem o relacionamento com outros profissionais da área

01 6,25

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

Uma pesquisa feita em Fortaleza, na Universidade do Ceará,por

Pontes (2008), relatou que o processos de comunicação, a partir dos quais se

estabelecem as relações de confiança necessárias para o paciente diminuir o

medo , a ansiedade e permitir, à pessoa fragilizada pela doença, lutar por seu

restabelecimento com dignidade, assim sendo na atuação profissional e

carreira acadêmica , onde se elevando-se o dialogo , faz que ocorra diminuição

da ansiedade e elevação de autoconfiança(

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-

71672008000300006&script=sci_arttext#end . )

Diante ao gerenciamento do tempo como demostrado na tabela n ... , foi

relatado, 56,25% faltar tempo para os momentos de descanso ; 50% tempo

reduzido para estar com os familiares, amigos, namorado (a) , faltar tempo para

o lazer ; 37,5% problemas familiares que interferem na minha vida acadêmica ;

31,25% estou com problema de saúde/ emocional que interfere na minha vida

Page 37: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

37

acadêmica ; 25% problemas financeiros com dificuldades para pagar a

mensalidade.

TABELA 6 – FATORES RELACIONADOS A OCORRÊNCIA DE ANSIEDADE EM RELAÇÃO AO GERENCIAMENTO DO TEMPO

Gerenciamento do Tempo Numero Porcentagem (%)

Faltar tempo para os momentos de descanso

09 56,25

Tempo reduzido para estar com os familiares, amigos, namorado (a)

08 50

Faltar tempo para o lazer 08 50

Problemas familiares que interferem na minha vida acadêmica

06 37,5

Estou com problema de saúde/ emocional que interfere na minha vida acadêmica

05 31,25

Problemas financeiros com dificuldades para pagar a mensalidade

04 25

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

Em relação aos fatores ambientais como demonstrados na tabela a

seguir , foi descrito pelos acadêmicos , 37,5% distancia entre a faculdade e o

local de moradia ; 6,25 % moro longe da minha família, para poder cursar a

universidade, o que me causa saudade e ansiedade

TABELA 7 – FATORES RELACIONADOS A OCORRÊNCIA DE ANSIEDADE EM RELAÇÃO AO AMBIENTE

Ambiente Numero Porcentagem (%)

Distancia entre a faculdade e o local de moradia

6 37,5

Moro longe da minha família, para poder cursar a Universidade, o que me causa saudade e ansiedade

1 6,25

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

Discussão e autor

Page 38: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

38

Em relação a formação profissional tem se um resultado significativo ,

onde 75% dos acadêmicos descreveram ter preocupação com futuro

profissional ; 56,25 % diante ao mercado de trabalho ; 43,75 pensar nas

situações que poderá vivenciar quando for biomédico/ as novas situações que

poderá vivenciar na prática clínica ; 31,25% duvidas e insegurança em relação

ao meu perfil de liderança e empreendedorismo; 18,75% carga horária teórica x

prática insuficiente para a formação com segurança do profissional; 6,25%

perceber a responsabilidade profissional quando esta atuando no campo de

estagio, a síndrome do excesso de informação , sendo demonstrado na tabela

numero oito .

TABELA 8 – FATORES RELACIONADOS A OCORRÊNCIA DE ANSIEDADE EM RELAÇÃO À FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Formação Profissional Numero Porcentagem (%)

Ter preocupação com o futuro profissional

12 75

Campo de trabalho para o biomédico/ empregabilidade

09 56,25

Pensar nas situações que poderá vivenciar quando for Biomédico/ As novas situações que poderá vivenciar na prática clínica

07 43,75

Duvidas e insegurança em relação ao meu perfil de liderança e empreendedorismo

05 31,25

Carga horária teórica x prática insuficiente para a formação com segurança do profissional.

03 18,75

Perceber a responsabilidade profissional quando esta atuando no campo de estagio

01 6,25

A Síndrome do Excesso de Informação

01 6, 25

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

Discussão com o autor ;

Page 39: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

39

TABELA 9– FATORES RELACIONADOS A OCORRÊNCIA DE ANSIEDADE EM RELAÇÃO AO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

TCC Nº Porcentagem (%)

Dificuldades relativas à coleta de dados do TCC

08 50%

Medo de apresentar o TCC na banca examinadora

08 50%

Medo de não passar neste semestre em virtude do TCC

05 31,25%

Dificuldades relativas à análise de dados do TCC

04 25%

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

Em relação a outros fatores considerados importantes pelos acadêmicos que estão associados ao nível de Ansiedade, 6,25% relatou “incapacidade intelectual, lembranças do passado e problema de saúde”.

Mediante a pesquisa teve-se os seguintes resultados 12,5 % dos alunos citaram medicamentos , acupuntura e relaxar na praia ; 6,25 % utilizar terapias alternativas , reike , massagem , exercícios , dormir mais , trabalhar menos e administrar melhor seu tempo .

TABELA 10 – ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO DA ANSIEDADE QUE O ACADÊMICO PODERÁ UTILIZAR PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA

Estratégias de enfrentamento da Ansiedade

Nº Porcentagem (%)

Medicamentos 02 12,5Acupuntura 02 12,5Relaxar na Praia 02 12,5Utilizar terapias alternativas 01 6,25Reiki 01 6,25Massagem 01 6,25Exercícios 01 6,25Dormir mais 01 6,25Trabalhar menos 01 6,25Administrar melhor meu tempo 01 6,25Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

Page 40: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

40

8.5 SUGESTÕES FRENTE À TEMÁTICA AO CURSO DE BIOMEDICINA

Os acadêmicos relataram as seguintes sugestões ; não ter mais provas na sétima fase , trabalhar mais com acupuntura e medicina holística , mais mesas redondas , esclarecimento melhor do curso e do estagio e informações da própria faculdade como o uso da clinica de psicologia para auxiliar os alunos .

TABELA 11– SUGESTÕES FRENTE À TEMÁTICA AO CURSO DE BIOMEDICINA

Sugestões frente à temática Nº Porcentagem (%)

Não ter provas na 7ª fase 01 6,25Trabalhar mais com acupuntura e

medicina holística01 6,25

Mais mesas redondas 01 6,25Esclarecimento melhor do curso e do

estágio01 6,25

Informações da própria universidade, tais como, a clínica de psicologia que pode auxiliar os alunos

01 6,25

Fonte: Dados da pesquisa, 2015.

8.6 CUIDADOS CITADOS PELOS ACADÊMICOS PARA EVITAR A ANSIEDADE:

Em relação ao cuidado do acadêmico para evitar a ansiedade 12,5%

relataram “descontar na comida”; 6,25% “dançar” e “jogar on line”.

Page 41: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

41

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Page 42: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

42

A gestão do estresse no ambiente de trabalho deve ter como principal objetivo à melhoria da qualidade de vida e isso deve estar assegurado na política de qualidade e recursos humanos da empresa, e identificado em sua visão e missão.

Um programa de gestão do estresse no trabalho deve ser sempre encarado com muita responsabilidade e comprometimento de todos os níveis de liderança da empresa. Ele deve contemplar os seguintes critérios:o Avaliação sistemática dos níveis de estresse no ambiente de trabalho;o Aumento da variedade de rotinas através do rodízio de funções a fim de

evitar a monotonia dos trabalhos repetitivos;o Evitar o excesso de horas extras, pois isso acarreta em desgaste

orgânico, ou selecionar pessoas com aptidão física para suportar um maior volume de horas de trabalho;

o Melhorar as condições físicas do trabalho com a adoção de ferramentas adequadas às pessoas e as tarefas ale de um ambiente físico adequado conseguido com o apoio da ergonomia;

o Investir no aperfeiçoamento pessoal e profissional dos funcionários, oportunizando a realização de cursos profissionais e vivencias socioeducativas "in company";

o Oferecer gratificações simbólicas e personalizadas aos funcionários, como, por exemplo: publicar fotos de reconhecimento dos funcionários do mês nos murais da empresa ou na revista institucional;

o Oferecer oportunidades para que os funcionários possam apresentar idéias que melhorem a qualidade e produtividade da empresa, sempre dando feedback para essas idéias;

o Implementar um código de ética construído democraticamente pela empresa e seus funcionários. Esse código de ética de ser revisado periodicamente.

França & Rodrigues (1999, p.124), oferecem uma lista de intervenções que podem ser implementadas com o objetivo de gerenciar os níveis de estresse pessoal e organizacional, são elas:

Técnicas de relaxamento, Alimentação balanceada, Exercício físico regular, Repouso, lazer e diversão, Sono apropriado ás necessidades individuais, Psicoterapia e vivências que favoreçam o autoconhecimento, Aprendizado de estratégias de enfrentamento, Administração do tempo livre para atividades ativas e prazerosas, Administração de conflitos entre pares e grupos, Revisão e reestruturação das formas de organização do trabalho, Educação para saúde e Equacionalização dos planejamentos econômico, social e de saúde.

A gestão do estresse organizacional exige uma visão multifatorial da realidade envolvendo aspectos econômicos, afetivos, culturais, físicos e ambientais e as ações devem contemplar o maior número possível desses aspectos envolvendo as seguintes etapas de implementação: identificação do problema e das percepções, verificação dos padrões culturais, discussão das

Page 43: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

43

características individuais e planejamento e implantação de programas de promoção de saúde, segurança e qualidade de vida.

O estresse negativo, como já foi dito, é um problema de saúde pública que afeta todas as camadas da sociedade e a maior parte dele tem relação com o modelo socioeconômico dominante no atual contexto. Logo a gestão do estresse corporativo é uma ação de responsabilidade social digna de empresas comprometidas com o desenvolvimento equilibrado de nossa sociedade.

REFERÊNCIAS ver se todas as citações estão na ref ordem

alfabetica

ABRATA..Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos. Transtorno de Ansiedade- Manual informativo. São Paulo: Planmark, 2011. 7 p. Disponível em <http://www.abrata.org.br/new/OS%202348%20-%20Manual%20Paciente%20Abrata%202%20-%2010-08-11.pdf> Acesso em 3 de dezembro de 2014.

BANDEIRA, Roberto Albuquerque. Dor pós-operatória em idosos submetidos à prostatectomiatransvesical: correlação com a ansiedade no pré-operatório. 2010.83 f. Dissertação (Mestrado em Gerontologia) - Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2010.

BAPTISTA, C. A. Estudo da prevalência do transtorno de ansiedade social em estudantes universitários. Dissertação (Mestrado em Saúde Mental). Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, 2006.Fonte: https://psicologado.com/psicopatologia/transtornos-psiquicos/fobia-social-a-incidencia-em-estudantes-universitarios

BORINE, Monica Silvia. Ansiedade, neuroticismo e suporte familiar: Evidência de validade do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE). 2011. 123 f. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-graduação Strictu Sensu em Psicologia, Universidade São Francisco, Itatiba. 2011.

BRANDTNER, Maríndia; BARDAGI, Marucia. Sintomatologia de Depressão e Ansiedade em Estudantes de uma Universidade Privada do Rio Grande do Sul. Revista Interinstitucional de Psicologia, 2 (2), 81 – 91, 2010.

BRASIL.Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Disponível em <http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf> Acesso 1 de dezembro de 2014.

Page 44: Artigo Final ANSIEDADE EM ALUNOS PRÉ TCC

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CASTILLO, Ana Regina GL et al . Transtornos de ansiedade. Rev. Bras. Psiquiatr.,  São Paulo ,  v. 22, supl. 2, Dez.  2000 .  

CFBM. Conselho Federal de Biomedicina. Manual do Biomédico, 2015. Disponível em: <http://crbm1.gov.br/MANUAL_BIOMEDICO.pdf>. Acesso em: 15 março de 2015.

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