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1 ANÁLISE E CONTROLE DO AMBIENTE DE TRABALHO EM CANTEIRO DE OBRAS PARA AMPLIAÇÃO DE UMA MADEIREIRA NA CIDADE DE PAULICÉIA -SP 1 Fernanda Romero Alves Discente do Curso Engenharia de Segurança do Trabalho do Centro Universitário de Lins - Unilins, Três Lagoas-MS, Brasil [email protected] 2 Bianca Di Lucia, 3 Ana Elisa Alencar Oliveira, (orientador); Docente do Curso Engenharia de Segurança do Trabalho do Centro Universitário de Lins - Unilins, Três Lagoas-MS, Brasil Resumo: O presente artigo tem por escopo avaliar o canteiro de obras e as condições de trabalho durante parte dos serviços necessários para a ampliação de uma madeireira na cidade de Paulicéia, estado de São Paulo. Serão avaliadas as condições do ambiente de trabalho nos serviços de escavação para a construção do alicerce e execução do mesmo, organização do canteiro de obra e interação entre pessoas e maquinas pesadas utilizadas para o serviço. Dessa forma o estudo apresenta fotos dos serviços executados demonstrando os riscos da atividade para o trabalhador e como o serviço deveria ser executado de acordo com as normas vigentes sem que causasse riscos à vida do trabalhador. Palavras chaves: Construção civil. Canteiro de Obras. Segurança do Trabalho. Abstract: This article has the purpose to evaluate the jobsite and working conditions for part of the services required for the expansion of a timber in the city of Paulicéia, state of São Paulo. Will assess the conditions of the work environment in excavation services for the construction of the foundation and its implementation, organization of construction site and interaction between people and heavy machinery used for the service. Thus the study presents photos of the services performed demonstrating the risks of the activity for the employee and how the service should be implemented in accordance with the standards without cause risks to the worker's life. Keywords: Civil construction. Jobsite. Safety. 1 Introdução No Brasil a construção civil encontra-se aquecida tanto para as grandes obras como barragens, prédios e pontes, quanto para às pequenas construções como pequenos comércios e residências, construções essas que na maioria das vezes são gerenciadas pelo próprio proprietário da obra, que por não ter muitos recursos para investir na mesma, trabalham com poucos profissionais em média de 1 a 5. A alta na construção é de grande valor econômico, mas a fiscalização voltada à segurança do trabalho que é intensa em obras de grande porte deixa a desejar nas pequenas obras, onde acabam acontecendo muitos acidentes. O controle de riscos existentes em grandes obras que minimiza os acidentes e seus efeitos ao trabalhador, é desconhecido pelos proprietários das pequenas obras, que muitas vezes nem sabem que segurança e bem estar dos pedreiros e ajudantes (principais funções das pequenas obras) são

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1

ANÁLISE E CONTROLE DO AMBIENTE DE TRABALHO EM CANTEIRO

DE OBRAS PARA AMPLIAÇÃO DE UMA MADEIREIRA NA CIDADE DE

PAULICÉIA -SP

1Fernanda Romero Alves

Discente do Curso Engenharia de Segurança do Trabalho do Centro Universitário de Lins -

Unilins, Três Lagoas-MS, Brasil

[email protected]

2Bianca Di Lucia,

3Ana Elisa Alencar Oliveira, (orientador);

Docente do Curso Engenharia de Segurança do Trabalho do Centro Universitário de Lins -

Unilins, Três Lagoas-MS, Brasil

Resumo:

O presente artigo tem por escopo avaliar o

canteiro de obras e as condições de trabalho

durante parte dos serviços necessários para a

ampliação de uma madeireira na cidade de

Paulicéia, estado de São Paulo. Serão

avaliadas as condições do ambiente de

trabalho nos serviços de escavação para a

construção do alicerce e execução do

mesmo, organização do canteiro de obra e

interação entre pessoas e maquinas pesadas

utilizadas para o serviço. Dessa forma o

estudo apresenta fotos dos serviços

executados demonstrando os riscos da

atividade para o trabalhador e como o

serviço deveria ser executado de acordo com

as normas vigentes sem que causasse riscos

à vida do trabalhador.

Palavras chaves: Construção civil. Canteiro

de Obras. Segurança do Trabalho.

Abstract:

This article has the purpose to evaluate the

jobsite and working conditions for part of

the services required for the expansion of a

timber in the city of Paulicéia, state of São

Paulo. Will assess the conditions of the work

environment in excavation services for the

construction of the foundation and its

implementation, organization of

construction site and interaction between

people and heavy machinery used for the

service. Thus the study presents photos of

the services performed demonstrating the

risks of the activity for the employee and

how the service should be implemented in

accordance with the standards without

cause risks to the worker's life.

Keywords: Civil construction. Jobsite.

Safety. 1 Introdução

No Brasil a construção civil

encontra-se aquecida tanto para as grandes

obras como barragens, prédios e pontes,

quanto para às pequenas construções como

pequenos comércios e residências,

construções essas que na maioria das vezes

são gerenciadas pelo próprio proprietário da

obra, que por não ter muitos recursos para

investir na mesma, trabalham com poucos

profissionais em média de 1 a 5. A alta na

construção é de grande valor econômico,

mas a fiscalização voltada à segurança do

trabalho que é intensa em obras de grande

porte deixa a desejar nas pequenas obras,

onde acabam acontecendo muitos acidentes.

O controle de riscos existentes em

grandes obras que minimiza os acidentes e

seus efeitos ao trabalhador, é desconhecido

pelos proprietários das pequenas obras, que

muitas vezes nem sabem que segurança e

bem estar dos pedreiros e ajudantes

(principais funções das pequenas obras) são

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de sua responsabilidade. E os proprietários

por não terem experiência em obras não tem

o senso prático do profissional da segurança

em avaliar o seu pequeno canteiro de obras e

perceber os riscos existentes ao trabalhador.

Ferramentas e programas

importantes para evitar acidentes como APR

(Análise Preliminar de Riscos), DDS

(Dialogo Diário de Segurança) e PCMAT

(Programa de Condições e Meio Ambiente

de Trabalho na Indústria da Construção) não

são utilizadas em pequenas obras.

O presente artigo que se

fundamentou em pesquisas bibliográficas e

pesquisas de campo abordará parte da

construção da ampliação de uma pequena

madeireira localizada no interior de São

Paulo, construção que foi gerenciada pelo

proprietário e construída por 1 pedreiro e 2

ajudantes de pedreiro, onde avaliou-se a

organização do canteiros e os riscos das

atividades dos trabalhadores.

O objetivo é analisar o canteiro e as

atividades dos trabalhadores verificando as

exigências legais e as medidas preventivas

que garantam a integridade física desses

trabalhadores.

2 Referencial teórico

No Brasil a construção civil

encontra-se aquecida como mostra a figura

1, em 2010 houve um aumento do PIB

(Produto Interno Bruto) da Construção civil

em relação ao ano de 2009 de 11,6%, nos

próximos anos (2011 e 2012) houve um

crescimento menor, mas ainda assim a

variação do PIB da construção civil

ultrapassou a variação do PIB do Brasil. È

importante ressaltar que nesses dados estão

englobadas tanto as grandes construções

quanto as pequenas que é o foco do presente

artigo.

Figura 1 – PIB Brasil x PIB Construção Civil (Variação

%) – 2004/2012.

Fonte - http://www.cbicdados.com.br/home/

Com o aumento da construção civil,

cresceu também o número de acidentados no

trabalho nesse setor, conforme mostra a

figura 2.

Figura 2 – Numero de Acidentados setor da construção

civil. Fonte – Fundacentro, Elaboração de Gráfico –

Aluno.

É importante ressaltar que os dados

da figura 2, retirados do site da Fundacentro,

são dados estatísticos da Previdência Social,

portanto só compõem esses dados os

acidentados que foram afastados do seu

posto de trabalho, portanto o número real de

acidentes nesse período foi muito maior que

o apresentado na figura 2, pois de acordo

com Henrique (2010) do ponto de vista

técnico, Acidente do trabalho é toda ocorrência

não programada, inesperada ou não,

que interfere ou interrompe o processo

normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil com ou sem lesão

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nos trabalhadores e/ou danos materiais

(HENRIQUE, 2010.p.09).

Além de não entrarem nesses dados

os trabalhadores informais e os contratados

de forma alternativa (BENITE, 2004), que

são os mais utilizados em pequenas

construções.

2.1 Pequenas Construções Civis

No Brasil há inúmeras pequenas

construções, que apesar de existentes não se

tem dados da quantidade, pois a maioria é

feita de forma irregular, muitas vezes

executadas sem projeto, e sem fiscalização

de prefeituras e CREA (Conselho Regional

de Engenharia e Agronomia).

Segundo GOMES, 2011, nas normas

brasileiras não há uma classificação das

construções de acordo com o seu porte, o

que existe é uma classificação das empresas

segundo o seu faturamento anual. para

facilitar o seu estudo o mesmo classificou as

obras de acordo com a obrigatoriedade da

existência do Programa de Condições e

Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção (PCMAT), como:

a) Obra de pequeno porte: Até

19 empregados no

estabelecimento em qualquer

fase da obra;

b) Obra de grande porte: com

mais de 20 empregados no

estabelecimento em qualquer

fase da obra.

Há muitas construções de pequeno

porte onde o próprio proprietário conduz o

andamento da obra, não existindo vinculo

empregatício entre proprietário e

trabalhadores, que normalmente são

contratados de forma verbal e recebem por

produção ou por dia trabalhado. Esses

proprietários normalmente não sabem que é

de sua responsabilidade a garantia de

segurança e bem estar dos trabalhadores que

o prestam serviço. E muitas vezes esses

trabalhadores desconhecem que mesmo não

tendo vinculo empregatício tem o direito de

segurança a sua vida e integridade física

garantidos, já que de acordo com o artigo

186 do Código Civil,

Aquele que, por ação ou omissão

voluntária, negligência ou imprudência,

violar direito e causar dano a outrem,

ainda que exclusivamente moral,

comete ato ilícito (BRASIL, 2002).

Existem poucos trabalhos literários

voltados a segurança em pequenas obras

como o Manual de Pequenas Obras uma

iniciativa do Sinduscon-GO com o apoio e

participação do Crea-GO, Seconci-GO,

Secovi-GO, Sintracom, Senai-GO, SRTE e

Prefeitura Municipal de Goiânia., esse

manual tem como função orientar todos

aqueles que pretendem atuar no mercado da

construção seja construindo a sua casa

própria ou atuando como empregador em

pequenas obras, de uma maneira geral o

manual cita as medidas que devem ser

tomadas na contratação de pessoal, como

fazer as comunicações de inicio de obras,

porém ele está mais voltado ao empregador

que atua nesse tipo de obras do que ao

proprietário (SINDUSCON GO).

O problema de obras gerenciadas

pelos proprietários é o desconhecimento de

programas e ferramentas que auxiliam na

garantia de segurança, como:

a) APR - Análise Preliminar de

Riscos,

b) DDS - Diálogo Diário de

Segurança,

c) PCMAT - Programa de

Condições e Meio Ambiente

de Trabalho na Indústria da

Construção (que somente são

exigidos em obras com 20

trabalhadores ou mais),

d) OS – Ordem de Serviço,

e) PPRA – Programa de

Prevenção de Riscos

Ambientais,

f) PT – Permissão de Trabalho.

Ferramentas voltadas à segurança do

trabalho que são utilizadas em grandes obras

onde atuam profissionais de segurança, mas

desconhecidas pelos proprietários e

trabalhadores das pequenas obras.

Assim como é desconhecido os

dados da quantidade de pequenas obras

existentes no Brasil, também desconhece a

quantidade acidentes que nelas ocorrem, e

somente são mostrados pelos meios de

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comunicações os acidentes fatais ou que

causam grandes danos aos trabalhadores, os

pequenos acidentes não são nem citados mas

é sabido que ocorrem, pois se onde há

controle dos riscos há acidentes, onde não se

tem controle algum também há.

2.2 Organização Canteiro de obras

De acordo com a NR 18 Canteiro de

Obras é uma "área de trabalho fixa e

temporária, onde se desenvolvem operações

de apoio e execução de uma obra".

A Segurança do Trabalho está

diretamente ligada com a organização do

canteiro de obras, organização essa que deve

contemplar:

a) Locais de abastecimento de

água e energia;

b) Disposição dos materiais e

equipamentos de uso diário ou

estocagem de forma a facilitar

o acesso;

c) Acessos ao canteiro (entrada

de materiais e funcionários e

saída do entulho gerado).

d) Locais de armazenamento de

entulho;

e) Ponto de saída de esgoto

quando necessário;

f) Local coberto para guardar

materiais que não podem sofrer

intempéries e os projetos da

obra em questão;

g) Local destinado ao

atendimento das necessidades

fisiológicas de excreção

(Sanitários);

h) Áreas de lazer, vestiários,

lavanderia, alojamento,

cozinha e locais para refeição

quando necessário

(normalmente não são

necessários em pequenas

obras).

É importante lembrar que todos esses

itens devem atender os requisitos na NR 18 -

Condições e Meio Ambiente de Trabalho na

Indústria da Construção.

A correta disposição dos itens que

devem contemplar o canteiro garantirá ao

trabalhador agilidade na execução da obra,

facilidade de sua locomoção e

equipamentos, diminuindo assim o risco de

acidentes e aumentando o conforto na

execução das atividades.

2.3 Riscos Relacionados à Construção

Civil.

A construção civil se destaca como

um dos setores mais problemáticos no que

diz respeito aos acidentes de trabalho tanto

em países desenvolvidos quanto no BrasiL

onde o setor é o quarto maior gerador de

acidentes fatais. (BRASIL, 1996 apud

SAURIN).

Como visto no parágrafo anterior o

índice de acidentes na construção civil é

alto, por isso tanto nas grandes quantos nas

pequenas obras é necessária a

implementação da NR 9 Programa de

Prevenção de Riscos Ambientais, que tem

por objetivo preservar a saúde e a

integridade dos trabalhadores, através do

reconhecimento e avaliação antecipada do

local de trabalho, posterior controle da

ocorrência de riscos ambientais existentes

ou que possam existir no ambiente de

trabalho, tendo em consideração a proteção

do meio ambiente e dos recursos naturais.

a) Riscos físicos são efeitos gerados por

equipamentos, máquinas,

ferramentas e condições físicas,

características do local de trabalho

que podem causar prejuízos à saúde

do trabalhador, como: ruído,

vibrações, pressões anormais,

temperaturas extremas, radiações

ionizantes, radiações não ionizantes,

bem como o infrassom e o ultrassom,

(SANTOS).

b) Riscos Químicos são causados por

substâncias, produtos ou compostos

que possam penetrar no organismo

pela via respiratória (poeiras, fumos,

névoas, neblinas, gases ou vapores)

ou que, possam ter contato ou ser

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5

absorvidos pelo organismo através

da pele ou por ingestão, (NR 9).

c) Riscos Biológicos são causados por

microorganismos (bactérias, fungos,

vírus, bacilos), são capazes de

desencadear doenças devido à

contaminação, (SANTOS).

Além desses riscos citados pela NR9

é importante lembrar dos Riscos

Ergonômicos e de Acidentes.

a) Riscos Ergonômicos:

causados por trabalho pesado,

postura incorreta,

repetitividade, ritmo

excessivo e ausência de

pausas, (NETO).

b) Riscos de Acidentes (quedas

de altura e de mesmo nível,

atropelamentos entre outros),

causados por falta de arranjo

físico, iluminação e

sinalização, (GOMES, 2011).

3 Estudo de caso

3.1 Métodos e técnicas

A pesquisa de campo baseou-se em

observação e registro fotográfico dos

serviços executados entre maio e junho de

2012.

O acompanhamento e registro

fotográfico das fases de execução de alicerce

foram autorizados pelo proprietário da

madeireira, porém a pedido do mesmo o

presente trabalho não divulgará o nome da

madeireira estudada, que nesse trabalho será

identificada como Madeireira A.

3.1 Caracterização da Empresa

A Madeireira A atua na fabricação de

estruturas para telhados como tesouras,

oitões e ripas desde 2008, há alguns meses

decidiu-se investir na fabricação de móveis

rústicos como camas, mesas e cadeiras, com

o sucesso da iniciativa veio à necessidade de

ampliação da madeireira para atender o setor

de fabricação de moveis.

3.2 Etapa da Construção Analisada

Foram analisadas as etapas de

escavação e construção do alicerce, bem

como a etapa de elevação da alvenaria e

demais estruturas, durante essas etapas foi

possível analisar a interação entre

trabalhadores e máquinas pesadas.

As etapas da construção analisada

foram executadas por 1 pedreiro, 2 ajudantes

e 1 operador de pá carregadeira,

trabalhadores que durante o período da

execução dos serviços não possuíam

nenhum vínculo empregatício com nenhuma

empresa do ramo da construção ou com o

proprietário da obra, de acordo com o

mesmo optou-se por esse tipo de contratação

como tentativa de diminuir os custos da

obra.

Através do acompanhamento

fotográfico da obra foi possível analisar que

as atividades de gerenciamento ficaram a

cargo do proprietário e segundo seus relatos

não há sequer um contrato de prestação de

serviços entre as partes, à contratação dos

trabalhadores deu-se de forma verbal, e o

pagamento dos serviços é baseado na

produção semanal.

3.3 Método de Trabalho

Nesta etapa do trabalho são

apresentados os riscos a vida e integridade

física do trabalhador, e qual a maneira

correta para execução do serviço para

eliminar ou minimizar esses riscos de acordo

com as normas vigentes, principalmente a

NR 18, que estabelece diretrizes de ordem

administrativa, de planejamento e de

organização, que objetivam a implementação de medidas de controle

e sistemas preventivos de segurança

nos processos, nas condições e no meio

ambiente de trabalho na Indústria da

Construção, (NR18).

3.3.1 Organização do Canteiro de Obras

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6

Durante as etapas da ampliação

analisada não havia organização nenhuma

do canteiro, como mostram as figuras 3 e 4.

Figura 3 - Visão Geral Organização do Canteiro de

Obras

Fonte – Material fotográfico do aluno

Figura 4 – Ampliação organização do Canteiro de obras

Fonte – Material fotográfico do aluno

Pode-se notar que o terreno era

irregular, o que dificulta o transporte dos

materiais que era executado com carriolas e

giricos.

3.3.1.1 Disposição de Equipamentos e

Materiais de Construção

Observa-se na figura 4, a incorreta

disposição dos materiais e equipamentos, é

possível verificar carriolas dentro da

escavação destinada ao alicerce, depósito de

tijolos locado no meio da obra.

É possível analisar ainda a má

locação das betoneiras que se encontram em

terreno desnivelado, além de estarem longe

dos pontos de abastecimento de água e

energia, dificultando assim o correto

funcionamento da mesma.

Os materiais não possuíam um local

específico para estocagem, os mesmos

ficavam locados no meio do canteiro, sem a

preocupação de protegê-los das intempéries.

A má disposição de materiais e

equipamentos podem causar riscos de queda

e riscos ergonômicos ao trabalhador, além

de diminuir a produção, pois dificulta o

trabalho.

3.3.1.2 Destinação do entulho gerado na

obra

Durante o período analisado não

houve presença de caçambas estacionárias

para disposição do entulho gerado pela obra,

e o mesmo era disposto no meio do canteiro,

não havendo sequer um local próprio para

essa disposição.

Parte do entulho gerado era

queimado dentro do próprio canteiro

causando um desconforto aos trabalhadores

e aos moradores das edificações vizinhas.

Na figura 3 observa-se que não havia

somente resíduos de construção nesse

canteiro, o material de refugo da Madeireira

A era disposto na área do canteiro até atingir

a quantidade necessária para ser vendido as

cerâmicas da região.

A ausência de uma caçamba

estacionária e a presença do refugo da

madeireira causou dificuldades de

locomoção aos trabalhadores.

3.3.1.3 Portões de Acesso

A obra em questão iniciou-se sem

um portão de acesso, a entrada de materiais,

equipamentos e trabalhadores era feita por

dentro da madeireira já existente, o portão

de acesso ao canteiro de obras apenas foi

executado quando a obra já estava em

andamento.

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7

O trânsito dos trabalhadores da obra

dentro da área da madeireira é um risco

tanto para eles quanto para os funcionários

da mesma, pois os trabalhadores da obra não

estão habituados a esse ambiente, e esse

acesso pode causar acidentes como colisão

com os funcionários, ferramentas ou

matéria-prima da madeireira durante o

processo de fabricação, já que esse processo

gera ruídos de grande intensidade e

movimento de matérias-primas de grandes

dimensões.

3.3.1.4 Sanitários e Bebedouros

Para atender as necessidades

fisiológicas de excreção os trabalhadores

utilizavam os banheiros já existentes para os

funcionários da madeireira, o mesmo

também ocorreu com os bebedouros.

O maior problema desta utilização

está ligado ao acesso dos trabalhadores da

construção no interior da madeireira que

como já foi visto é um risco para eles e para

os funcionários da mesma.

3.3.1.5 Pontos de Energia e Água

Quanto aos pontos de água e energia

não é utilizada nenhuma proteção nem

sinalização, como mostra a figura 5.

Figura 5 – Disposição de Água e Energia

Fonte – Manterial Fotografico do Aluno

A instalação de energia estava em

desconformidade com a NR 18, pois:

a) Os condutores não possuíam

isolamento adequado;

b) Os condutores obstruíam a passagem

de pessoas e equipamentos;

c) Os circuitos elétricos não eram

protegidos contra impactos

mecânicos, umidade e agentes

corrosivos.

d) Utilização de cabos de extensões

sem tomadas adequadas.

e) Inexistência de plugs nas betoneiras.

Quanto ao abastecimento de água foi

utilizada uma mangueira para levá-la até o

local que necessitava do seu abastecimento.

Quanto à instalação hidráulica o que

mais chamou atenção foi à proximidade com

a elétrica, o que pode causar choque elétrico

já que se tem 2 instalações precárias (água e

energia).

Tanto a mangueira que fazia o

abastecimento de água quanto os fios

condutores de energia foram dispostos nos

poucos acessos existentes nesse canteiro,

portanto muitas vezes essas duas instalações

eram pisoteadas pelos trabalhadores e pelos

seus equipamentos, o que poderia ter

causado desgaste no isolamento da fiação e

elétrica causando choque elétrico.

3.3.2 Interação entre maquinas pesadas e

trabalhadores.

Na obra analisada os serviços

grandes de escavação e aterramentos eram

feitos com auxilio de uma Pá carregadeira

por questão de agilidade, no entanto as

questões de segurança não foram analisadas,

como pode se observado na figura 6.

Figura 6 – Interação Maquina Pesada e Homem

Fonte: Material Fotográfico do Aluno

Água

Energia

Ajudante

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8

O ajudante identificado na figura 6

corre risco de soterramento tanto pelo

material que a pá carregadeira está

transportando quanto pelo solo e o muro que

estão as suas costas.

Caso o operador do equipamento

falhe ele pode empurrar os demais

trabalhadores para a vala entre a alvenaria e

o solo irregular do local causando um

atropelamento e soterramento dessas

pessoas.

Figura 7 – Interação Maquina Pesas e Homem

Fonte Material Fotográfico do Aluno

Na figura 7, é possível verificar a

proximidade entre os trabalhadores e a

maquina pesada.

Verifica-se que a pá carregadeira não

atende alguns requisitos da NR 18:

a) A máquina de grande porte

não protege o operador contra

a incidência de raios solares e

intempéries;

b) Há trabalhadores muito

próximos (ao lado e atrás) da

maquina pesada, critério que

deve ser avaliado antes do

inicio da operação do

equipamento;

c) Não há presença de

retrovisores nem alarme

sonoro de ré no equipamento.

3.3.3 Execução do Alicerce

A escavação do alicerce foi feito de

forma manual utilizando picaretas e pás.

Esse serviço pesado pode acarretar

problemas de coluna caso as ferramentas

utilizadas não forem as corretas e caso o

serviço não seja executado de forma

ergonomicamente correta.

No entanto o maior risco para os

trabalhadores nessa fase é o risco de

desmoronamento de solo e das estruturas

próximas, nesse caso o muro e àrvores,

como é mostrado na figura 8.

Figura 8 – Escavação das valas do alicerce

Fonte: Material Fotográfico do Aluno

Pode-se observar que o solo retirado

da escavação foi disposto muito próximo à

vala escavada, o que também acentua o risco

de soterramento pelo próprio material solto

retirado da vala onde será executado o

alicerce, a figura 9 mostra com mais clareza

esse risco de soterramento.

Figura 9 – Escavação das valas do alicerce

Fonte: Material Fotográfico do Aluno

De acordo com informação do

pedreiro o alicerce em questão tem

profundidade de 0,70 m.

O escoramento do muro próximo as

valas escavadas foi feito com cordas que

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9

eram presas as árvores como mostra a figura

10.

Figura 10 – Escoramento do Muro

Fonte: Material Fotográfico do Aluno

A escavação do alicerce foi

executada sem levar em consideração o que

preconiza a NR 18, pois:

a) Não foi feita uma limpeza previa

retirando das proximidades da área

escavada equipamentos, materiais e

objetos que podiam atingir o

trabalhador;

b) O escoramento do muro foi feito de

forma precária já que os galhos das

árvores onde o muro foi amarrado

poderiam quebrar;

c) Os materiais retirados da escavação

eram depositados bem próximos a

borda das valas;

3.3.3 Execução da Alvenaria

A alvenaria foi executada pelo

pedreiro e por 1 dos ajudantes, o outro

ajudante ficou responsável pela execução da

argamassa e transporte da mesma.

Durante a elevação da alvenaria

ainda havia risco de soterramento, como

pode ser observado na figura 11.

Figura 11 – Execução da Alvenaria

Fonte Material Fotográfico do Aluno

Figura 12 – Execução da Alvenaria

Fonte Material Fotográfico do Aluno

A figura 12 mostra a execução da

alvenaria sobre um talude instável, que é um

talude oriundo de aterro que foi executado

como tentativa de agilizar a construção, pois

deveria ser feito o uso de andaimes nessa

etapa da elevação da alvenaria.

A instabilidade do talude poderia ter

acarretado deslizamento de terra, causando

queda dos trabalhadores, ou mesmo

soterramento.

3.4 Análise preliminar dos agentes de

riscos

Os agentes de riscos inerentes as

atividades de execução de alicerce e

elevação de alvenaria são físicos, químicos

mecânicos ou de acidentes, ergonômicos e

biológicos.

Corda

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10

A seguir descrevem-se os mais

inerentes e as suas fontes geradoras

encontrados no estudo de caso.

3.4.1 Agentes de riscos mecânicos (ou de

acidentes)

Os riscos mecânicos encontrados e

suas possíveis consequências são:

a) Canteiro de obras com arranjo

físico inadequado gerando riscos

de quedas e esforços

desnecessários;

b) Utilização de extensores elétricos

deficientes podendo causar

choques elétricos, incêndios, e

acidentes fatais;

c) Armazenamento inadequado de

materiais podendo causar queda de

matérias sobre os trabalhadores;

d) Equipamentos de proteção

individual inadequado ou a

ausência deles podendo acarretar

acidentes e doenças profissionais;

e) Escoramentos de estruturas

vizinhas inadequados;

f) Inexistência de escoramento de

taludes.

3.5.2 Agentes físicos

O principal risco físico identificado foi

exposição a radiações não ionizantes (raios

solares) que podem ocasionar lesões

oculares, na pele e queimaduras.

3.5.3 Agentes químicos

Os riscos químicos do canteiro

estudado são:

a) Presença de poeiras minerais que

ocasionam problemas alérgicos e

pulmonares;

b) Contato com materiais como

cimento que pode causar alergias

de pele e problemas respiratórios,

em casos mais graves pode causar

até intoxicação.

3.5.4 Agentes biológicos

Dentre os agentes biológicos os riscos

o mais importante são:

a) A presença de bactérias na

água;

b) Tétano.

3.5.5 Agentes Ergonômicos

a) Esforço físico e atividades

repetitivas que levam ao cansaço,

dores musculares, problemas de

coluna e acidentes;

b) Levantamento e transporte manual

de peso que causam as mesmas

doenças citadas anteriormente.

4 Proposta de intervenção

A proposta de intervenção é a adoção

de medidas de segurança e implantação de

PPRA e OS para os serviços em questão

visando melhor condições de trabalhos para

os trabalhadores.

4.1 Elaboração de arranjo físico

A primeira proposta de intervenção é a

elaboração de um arranjo físico visando à

organização geral do canteiro de obras, com

locais destinados a armazenamento de

insumos e equipamentos de forma a facilitar

a execução da obra e com isso melhorar as

condições dos trabalhadores.

A Figura 3 representa o arranjo

proposto, incluindo acesso à rua mais

próxima, utilização de caçamba estacionária,

local destinado a armazenamentos dos

refugos da Madeireira A, locação das

betoneiras próximo aos pontos de água e

energia de forma que não seja necessário

utilização de extensores de água e energia

espalhada pelo canteiro, a betoneira também

se encontra próximo aos depósitos dos

insumos.

Page 11: artigo pontes

11

Figura 13 – Arranjo Físico proposto

Fonte: Elaboração do Aluno

4.2 Implementação de Check-List dos

equipamentos

Para facilitar a verificação das

condições de segurança dos equipamento

pode-se fazer a utilização de check-list, que

devem ser preenchidos pelos trabalhadores

antes de iniciar a operação dos

equipamentos.

Figura 14 – Modelo de Check-list de pá carregadeira

Fonte: Tecnolass

Figura 15 – Modelo de Check-lista de Betoneira

Fonte: Freitas, 2012

4.3 Implementação de Ordens de Serviço

(OS).

Para o trabalho analisado seria

importante a implementação de Ordens de

Serviço elaboras pelo empregador, conforme

preconiza a NR 1.

Seriam necessárias a implementação

de 3 ordens de serviço que encontram-se

anexas:

a) Pedreiro

b) Ajudante de Pedreiro

c) Operador de Pá Carregadeira

4.4 Utilização de EPI adequado.

Para as etapas de contrução analizada

seriam necessárias a utlização dos seguintes

EPIs:

a) Botina de segurança;

b) Capacete;

c) Oculos de sol;

d) Luvas impermeáveis;

e) Sinto de segurança.

5 Conclusão

Conforme exposto há na construção

civil um alto índice de acidentes de trabalho,

as obras de pequeno porte como a citada no

Page 12: artigo pontes

12

artigo onde não há presença de profissionais

de segurança e nem mesmo profissionais da

área de engenharia ficam mais propícias a

acontecimento de acidentes, pois os

proprietários e trabalhadores desconhecem

ferramentas e programas de segurança que

ajudam a evitar os acidentes ou diminuir os

seus impactos quando adotados de maneira

correta.

Se as propostas de intervenção citadas

nesse trabalho fossem colocadas em prática

haveria grandes melhoras tanto na área da

segurança reduzindo os riscos ao

trabalhador, quanto nos aspectos de

engenharia, pois haveria um aumento na

produtividade, já que foi proposta a

organização do canteiro de obras.

Portanto seria muito significativo se

houvesse programas de fiscalização desse

tipo de obra, bem como manuais práticos

para que os proprietários pudessem aprender

a utilizar algumas dessas ferramentas, pois

em obras desse porte não é necessária a

contratação de profissionais de segurança do

trabalho que são de grande importância pois

além de evitar e minimizar os riscos a vida e

integridade física do trabalhador, o mesmo

pode auxiliar e ajudar a ter uma obra mais

produtiva.

Referências

BENITE, A. G. Sistema de gestão de

segurança e saúde no trabalho para

empresas construtoras. 2004. Dissertação

(Mestrado em Engenharia de Civil e

Urbana), Universidade de São Paulo, São

Paulo.

BRASIL. Código civil brasileiro - Lei

10406. 10 jan. 2010. Disponível em: <

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/20

02/l10406.htm>. Acesso em 15 jul. 2013.

BRASIL. Norma Regulamentadora 18 – Condições e meio ambiente de trabalho

na industria da construção. 08 jun. 1978.

Disponível em: <

http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812

D3DCADFC3013F7C5680504D06/NR-

18%20(atualizada%202013)%20-

%20sem%2024%20meses.pdf>. Acesso em

15 jul. 2013

BRASIL. Norma Regulamentadora 09 – Programa de Prevenção de Riscos

Ambientais. 08 jun. 1978. Disponível em:

<http://portal.mte.gov.br/data/files/FF80808

12BE914E6012BEF1CA0393B27/nr_09_at.

pdf>. Acesso em 15 jul. 2013.

CBIC. PIB Brasil x PIB construção civil.

Disponível em:

<http://www.cbicdados.com.br/home/>.

Acesso em 13 set. 2013.

FREITAS, R. J. Treinamento de segurança

para operadores de betoneira. Disponível

em: <http://www.slideshare.net/elianea/treina

mentouso-da-betoneira>. Acesso em: 17 set.

2013.

FUNDACENTRO. Numero de

Acidentados setor da construção civil.

Disponível em: <

http://www3.dataprev.gov.br/AEAT/greg/re

g05/reg05.PHP>. Acesso em 13 set. 2013.

GOMES, H. P. Construção civil e saúde do

trabalhador: um olhar sobre as pequenas

obras. 2011. Disponível em:

<https://www.google.com.br/#q=%E2%80%

9CConstru%C3%A7%C3%A3o+civil+e+sa%C3%BAde+do+trabalhador%3A+um+olhar+sobre+as+pequenas+obras%E2%80%9D

>. Acesso em 02 jun. 2013.

HENRIQUE. Introdução a segurança do

Trabalho. Disponível em:<

http://www.colegiometropole.com.br/downloads/apostila_henrique/seguranca_trabalho/introducao.pdf>. Acesso em 28 set. 2013.

NETO, E. M. Apostila de ergonomia.

Disponível em:

<http://www.ergonomianotrabalho.com.br/a

rtigos/Apostila_de_Ergonomia_2.pdf>.

Acesso em 15 mai. 2013.

SANTOS, Z. Segurança no trabalho e

meio ambiente, NR 9 – Riscos Ambientais

Page 13: artigo pontes

13

(Atual Programa de controle médico de

saúde ambientais – PPRA). Disponível em:

<http://www.if.ufrgs.br/~mittmann/NR-

9_BLOG.pdf>. Acesso em 15 mai. 2013.

SAURIM, T. A. Segurança no trabalho em

um canteiro de obras: Percepção dos

operários e da gerência. Porto Alegre –

RS. Disponível em: <

http://www.scielo.br/pdf/prod/v10n1/v10n1a

01.pdf>. Acesso em 04 jun. 2013.

SINDUSCON – GO. Manual de pequenas

construções. Disponível em: <

http://www.crea-

go.org.br/site/arquivos/uploads/Manual_de_

Pequenas_Obras.pdf>. Acesso em 07 mai.

2013.

TECNOLASS. Check Lists. Disponível em

<http://www.tecnolass.com.br/Check_Lists.

php>. Acesso em 28 set. 2013.

.

Page 14: artigo pontes

14

Anexos

Anexo 1 - Figura 1 – PIB Brasil x PIB Construção Civil (Variação %) – 2004/2012.

Anexo 2 - Figura 16 – Arranjo Físico proposto

Page 15: artigo pontes

15

Anexo 3 - Figura 14 – Modelo de Check-list de pá carregadeira

Page 16: artigo pontes

16

Anexo 4 - Figura 15 – Modelo de Check-list de betoneira

Page 17: artigo pontes

17

Anexo 5 – Modelo Ordem de Serviço Pedreiro

Data de

Emissão:

___/___/____

ORDEM DE SERVIÇO

SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO

Responsável pela apresentação da Ordem de

Serviço:

Função:

Pela presente Ordem de serviço, objetivamos informar os trabalhadores que executam suas atividades laborais

nesse setor, conforme estabelece a NR-1, item 1.7, sobre as condições de segurança e saúde às quais estão

expostos, como medida preventiva e ,tendo como parâmetro os agentes físicos, químicos, e biológicos citados na

NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (Lei n.º 6514 de 22/12/1977,Portaria n.º 3214 de

08/06/1978), bem como os procedimentos de aplicação da NR-6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI ,

NR-17 – Ergonomia , de forma a padronizar comportamentos para prevenir acidentes e/ou doenças ocupacionais.

Nome: Código:

Setor: Função: Pedreiro

Page 18: artigo pontes

18

Atividades

Constrói e repara fundações e paredes das obras, utilizando tijolos, ladrilhos e pedras, reveste as paredes, tetos e

pisos dos edifícios com argamassa de reboco e chapisco. Assenta tijolos de vários tipos utilizando argamassa de

cal, cimento e areia e ou saibro, obedecendo o prumo e nivelamento das mesmas.

Fixa marcos e contra marcos nos batentes das aberturas, desempena contra pisos e verifica o esquadramento das

peças.

Equipamentos de Proteção Individual(EPI)Necessários

a) Capacete;

b) Bota de segurança;

c) Bota de segurança de PVC em locais alagadiços ou execução de concretagem;

d) Uniforme Completo;

e) Protetor Auricular em ambientes ruidosos

f) Luvas de Borracha ou PVC (contato com cimento );

g) Luvas de Vaqueta, raspa ou malha pigmentada (apicoamento, superfícies ásperas, transporte e manuseio de

materiais);

h) Óculos de Segurança;

i) Respirador purificador de ar contra poeiras;

j) Cinto de segurança tipo paraquedista equipado com trava - quedas em conjunto de corda de poliamida

preso a estrutura fixa da edificação (trabalho em altura).

Medidas Preventivas para os Riscos

a) Não transite pela obra sem capacete e calçado de segurança;

b) Use seus EPIs apenas para a finalidade a que se destinam e mantenha-os sob sua guarda e conservação;

c) Observe atentamente o meio ambiente do trabalho ao circular na obra, e corrija as condições, inseguras

encontradas, imediatamente;

d) Não ultrapasse a barreira (cancela) de segurança sem o elevador esteja no seu pavimento.

e) Treinamento para execução das tarefas;

f) Respeite o guarda corpo de proteção nas periferias das lajes e nos vãos das lajes e escadas;

g) Não execute nenhum tipo de tarefa ou exerça atividade para a qual não foi treinado, autorizado e não está

habilitado.

Page 19: artigo pontes

19

Orientações de Segurança do Trabalho

a) Use corretamente o cinto de segurança o cinto de segurança ligado a um cabo de segurança, para trabalhos

realizados em andaimes suspensos mecânicos, para trabalhos em altura superior a 2,00 metros ou na

periferia da obra;

b) Use roupa completa (calça e camisa), bota de borracha, luvas de borracha e óculos de segurança, nos

trabalhos de lançamento e vibração do concreto quando for o caso;

c) Verifique as condições gerais das ferramentas manuais e elétricas antes de usá-las;

d) Não improvise extensões elétricas, e nem conserte equipamentos elétricos defeituosos. Chame o eletricista;

e) Não “fabrique” andaimes de madeira e masseiras e nem trabalhe em andaimes sem guarda- corpo, rodapé e

estrado com no mínimo 0,60 centímetros de largura. Avise o carpinteiro ou mestre de obras;

f) Use corretamente o cinto de segurança, ligado a um cabo de segurança, para os trabalhos realizados em

altura superior a 2,00 m ou na periferia da obra;

g) Use óculos de segurança contra impactos e respingos para trabalhos em esmeril, apicoamento, lixamento,

pintura, fabricação e lançamentos de concreto;

h) De acordo com a CLT artigo 198 é terminantemente proibido o transporte manual de cargas acima de 60

Kg;

i) Use protetor auricular, quando estiver auxiliando o carpinteiro nos trabalhos de serra circular ou em outros

trabalhos que exijam (martelete, compressor etc) ;

j) Use luvas de raspa de couro para transporte de madeira, cimento, tubos e materiais abrasivos;

k) Use máscara contra poeiras em trabalhos que provoquem seu desprendimento.

Recebi treinamento de segurança e saúde no trabalho, bem com todos os equipamentos de proteção

individual para neutralizar a ação dos agentes nocivos presentes no meu ambiente de trabalho.

Serei cobrado, pelo não cumprimento ao disposto nesta ordem de serviço, estando sujeito às penas de lei, que

vão desde a advertência e suspensão até demissão por justa causa.

Cidade , ____ de _______________ de ______

____________________________

Assinatura do Empregado

Page 20: artigo pontes

20

Anexo 6 – Modelo Ordem de Servente

Data de

Emissão:

___/___/____

ORDEM DE SERVIÇO

SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO

Responsável pela apresentação da Ordem de

Serviço:

Função:

Pela presente Ordem de serviço, objetivamos informar os trabalhadores que executam suas atividades laborais

nesse setor, conforme estabelece a NR-1, item 1.7, sobre as condições de segurança e saúde às quais estão

expostos, como medida preventiva e ,tendo como parâmetro os agentes físicos, químicos, e biológicos citados na

NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (Lei n.º 6514 de 22/12/1977,Portaria n.º 3214 de

08/06/1978), bem como os procedimentos de aplicação da NR-6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI ,

NR-17 – Ergonomia , de forma a padronizar comportamentos para prevenir acidentes e/ou doenças ocupacionais.

Nome: Código:

Setor: Função: Servente/Ajudante de Pedreiro

Atividades

Executar tarefas auxiliares no canteiro de obras: escavar valas, transportar e / ou misturar materiais, arrumar,

limpar obras, montar e desmontar armações, e observando as ordens de serviço, para auxiliar a construção ou

reforma de prédios. Pode auxiliar pedreiro, carpinteiro, armadores, eletricistas, na montagem e desmontagem da

obra.

Manter as instalações do canteiro limpas. Prepara mistura para argamassa, transporta carrinho com massa, faz

transporte manual de materiais. Corta alvenaria utilizando ponteira e marreta.

Equipamentos de Proteção Individual(EPI)Necessários

a) Capacete;

b) Bota de segurança;

c) Bota de segurança de PVC em locais alagadiços ou execução de concretagem;

d) Uniforme Completo;

e) Protetor Auricular em ambientes ruidosos

f) Luvas de Borracha ou PVC (contato com cimento );

g) Luvas de Vaqueta, raspa ou malha pigmentada (apicoamento, superfícies ásperas, transporte e

manuseio de materiais);

h) Óculos de Segurança;

Page 21: artigo pontes

21

k) Respirador purificador de ar contra poeiras;

l) Cinto de segurança tipo paraquedista equipado com trava - quedas em conjunto de corda de poliamida

preso a estrutura fixa da edificação (trabalho em altura).

Medidas Preventivas para os Riscos

a) Não transite pela obra sem capacete e calçado de segurança;

b) Use seus EPIs apenas para a finalidade a que se destinam e mantenha-os sob sua guarda e conservação;

c) Observe atentamente o meio ambiente do trabalho ao circular na obra, e corrija as condições, inseguras

encontradas, imediatamente;

d) Não ultrapasse a barreira (cancela) de segurança sem o elevador esteja no seu pavimento.

e) Treinamento para execução das tarefas;

f) Respeite o guarda corpo de proteção nas periferias das lajes e nos vãos das lajes e escadas;

g) Não execute nenhum tipo de tarefa ou exerça atividade para a qual não foi treinado, autorizado e não está

habilitado.

Orientações de Segurança do Trabalho

a) Use corretamente o cinto de segurança o cinto de segurança ligado a um cabo de segurança, para trabalhos

realizados em andaimes suspensos mecânicos, para trabalhos em altura superior a 2,00 metros ou na

periferia da obra;

b) Use roupa completa (calça e camisa), bota de borracha, luvas de borracha e óculos de segurança, nos

trabalhos de lançamento e vibração do concreto quando for o caso;

c) Verifique as condições gerais das ferramentas manuais e elétricas antes de usá-las;

d) Não improvise extensões elétricas, e nem conserte equipamentos elétricos defeituosos. Chame o eletricista;

e) Não “fabrique” andaimes de madeira e masseiras e nem trabalhe em andaimes sem guarda- corpo, rodapé e

estrado com no mínimo 0,60 centímetros de largura. Avise o carpinteiro ou mestre de obras;

f) Use corretamente o cinto de segurança, ligado a um cabo de segurança, para os trabalhos realizados em

altura superior a 2,00 m ou na periferia da obra;

g) Use óculos de segurança contra impactos e respingos para trabalhos em esmeril, apicoamento, lixamento,

pintura, fabricação e lançamentos de concreto;

h) De acordo com a CLT artigo 198 é terminantemente proibido o transporte manual de cargas acima de 60

Kg;

i) Use protetor auricular, quando estiver auxiliando o carpinteiro nos trabalhos de serra circular ou em outros

trabalhos que exijam (martelete, compressor etc) ;

j) Use luvas de raspa de couro para transporte de madeira, cimento, tubos e materiais abrasivos;

k) Use máscara contra poeiras em trabalhos que provoquem seu desprendimento.

Page 22: artigo pontes

22

Recebi treinamento de segurança e saúde no trabalho, bem com todos os equipamentos de proteção

individual para neutralizar a ação dos agentes nocivos presentes no meu ambiente de trabalho.

Serei cobrado, pelo não cumprimento ao disposto nesta ordem de serviço, estando sujeito às penas de lei, que

vão desde a advertência e suspensão até demissão por justa causa.

Cidade , ____ de _______________ de ______

____________________________

Assinatura do Empregado

Anexo 7 – Modelo Ordem de Operador de Pá Carregadeira

Data de

Emissão:

___/___/____

ORDEM DE SERVIÇO

SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO

Responsável pela apresentação da Ordem de

Serviço:

Função:

Pela presente Ordem de serviço, objetivamos informar os trabalhadores que executam suas atividades laborais

nesse setor, conforme estabelece a NR-1, item 1.7, sobre as condições de segurança e saúde às quais estão

expostos, como medida preventiva e ,tendo como parâmetro os agentes físicos, químicos, e biológicos citados na

NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (Lei n.º 6514 de 22/12/1977,Portaria n.º 3214 de

08/06/1978), bem como os procedimentos de aplicação da NR-6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI ,

NR-17 – Ergonomia , de forma a padronizar comportamentos para prevenir acidentes e/ou doenças ocupacionais.

Nome: Código:

Setor: Função: Operador de Pá Carregadeira

Atividades

Opera veículo automotor tipo pá carregadeira, acionando os comandos de marcha e direção, conduzindo-o em

trajeto indicado, para movimentação, escavação e extração de materiais, aterro e bota fora, a curta e longa distância.

Page 23: artigo pontes

23

Equipamentos de Proteção Individual(EPI)Necessários

a) Capacete;

b) Bota de segurança;

c) Uniforme Completo;

d) Protetor Auricular.

Medidas Preventivas para os Riscos

a) Uso correto de EPI`S.

b) Treinamento para execução das tarefas,

c) Manutenção preventiva do sistema hidráulico da máquina

d) Inspeção periódica dos sinais luminosos e sonoros do veículo

Orientações de Segurança do Trabalho

a) Não transite pela obra sem capacete e sapatão;

b) Sempre use o sinto de segurança do veiculo.

c) Use seus EPIs apenas para a finalidade a que se destinam e mantenha-os sob sua guarda e

conservação;

d) Observe atentamente o meio ambiente do trabalho ao circular na obra, e corrija as condições, inseguras

encontradas, imediatamente;

e) Não permita que outras pessoas operem a máquina para a qual foi designado.

f) Realize a manutenção preventiva recomendada pelo fabricante e a registo no livro de inspeção.

g) Vistorie a máquina ou equipamento, diariamente, antes de iniciar seu trabalho, fazendo uso do check-

list.

h) Não ultrapasse os limites estabelecidos pelo fabricante.

i) Obedeça a sinalização existente na obra.

j) Não fume quando estiver operando máquina.

k) Use o protetor auricular quando estiver operando a máquina

l) Verifique mensalmente a documentação do veículo

Recebi treinamento de segurança e saúde no trabalho, bem com todos os equipamentos de proteção

individual para neutralizar a ação dos agentes nocivos presentes no meu ambiente de trabalho.

Serei cobrado, pelo não cumprimento ao disposto nesta ordem de serviço, estando sujeito às penas de lei, que

vão desde a advertência e suspensão até demissão por justa causa.

Page 24: artigo pontes

24

Cidade , ____ de _______________ de ______

____________________________

Assinatura do Empregado