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Revista Brasileira de Sementes, vol. 23, nº 2, p.136-143, 2001 136 TRATAMENTOS PRÉ-GERMINATIVOS PARA SUPERAR A DORMÊNCIA DE SEMENTES DE Mimosa caesalpiniaefolia Benth. 1 1 Aceito para publicação em 24.11.2001. 2 Profes. Adjuntos do Depto. de Fitotecnia do CCA/UFPB, Cx. Postal 02, 58397-000, Areia-PB; e-mail: [email protected]; [email protected] RISELANE LUCENA ALCÂNTARA BRUNO 2 , EDNA URSULINO ALVES 3 , ADEMAR PEREIRA OLIVEIRA 2 E RINALDO CESAR PAULA 4 RESUMO - O presente trabalho teve por objetivo, avaliar a influência de tratamentos pré- germinativos para superar a dormência, temperatura e coloração das sementes na germinação de sementes de sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia Benth.). Para tanto, realizou-se um experimento no Laboratório de Análise de Sementes do CCA-UFPB, em Areia-PB, em delineamento inteiramente casualizado com os tratamentos distribuídos em esquema fatorial 7x2, com os fatores tratamentos pré-germinativos (químicos e mecânicos) e classes de sementes (sementes claras e sementes escuras) em duas temperaturas (25 e 30 o C constantes), com quatro repetições de 25 sementes. Os tratamentos pré-germinativos consistiram na imersão das sementes em ácido sulfúrico (95%) por sete, 10 e 13 minutos; imersão em água fervente por um e dois minutos; desponte na região oposta ao eixo embrionário; além do controle (sem tratamento pré-germinativo). As características analisadas foram: porcentagem de sementes germinadas, porcentagem de germinação, primeira contagem da germinação, índice de velocidade de germinação e massa seca das plântulas. Diante dos resultados, observou-se que os tratamentos de imersão em ácido sulfúrico por 10 ou 13 minutos e o desponte mostraram-se os mais eficientes para superação da dormência das sementes, enquanto que, a imersão em água quente foi o tratamento menos eficiente. As sementes claras e escuras apresentaram comportamento semelhante, porém, com melhor desempenho na temperatura de 25 o C. Termos para indexação: Mimosa caesalpiniaefolia, germinação, dormência, coloração do tegumento. PRE-GERMINATIVE TREATMENTS TO OVERCOME DORMANCY OF Mimosa caesalpiniaefolia Benth. SEEDS ABSTRACT - In order to obtain a process to accelerate the germination of Mimosa caesalpiniaefolia Benth. seeds, it took place an experiment at Laboratório de Análise de Sementes do CCA-UFPB, in Areia-PB, in completely randomized design with the treatments distributed in outline factorial 7x2, with the factors treatments for pre-germination (chemical and mechanics) and classes of seeds (clear seeds and dark seeds) in temperatures (constant of 25, 30 o C), in four replications of 25 seeds. The chemical scarification consisted either in the immersion of the seeds in sulfuric acid, with 95% of concentration for seven, 10 and 13 minutes or in boiling water for one and two minutes. The mechanical scarification was applied by means of a cutting in the tegument in the opposite side of the embryonic axis and the control (the control was represented by intact seeds). Germination and vigor tests were used, where it were analyzed the following parameters: percentage of seeds germinated (%), percentage of germination, first germination count, germination speed index (IVG) and dry weight matter of the seedlings. By considering the results, it was observed that the immersion treatments in sulfuric acid for 10 or 13 minutes and the cutting in the tegument were the most efficient for the break of seeds dormancy, while the immersion in hot water was the 3 Aluna do Curso de Pós-graduação em Agronomia, FCAV/UNESP; Prof. do Depto. de Fitotecnia do CCA/UFPB; e-mail: [email protected] 4 Prof. Dr. do Depto. de Produção Vegetal da FCAV/UNESP, Jaboticabal- SP; e-mail: [email protected]

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TRATAMENTOS PRÉ-GERMINATIVOS PARA SUPERAR A DORMÊNCIA DESEMENTES DE Mimosa caesalpiniaefolia Benth.1

1 Aceito para publicação em 24.11.2001.2 Profes. Adjuntos do Depto. de Fitotecnia do CCA/UFPB, Cx. Postal 02,

58397-000, Areia-PB; e-mail: [email protected]; [email protected]

RISELANE LUCENA ALCÂNTARA BRUNO2, EDNA URSULINO ALVES3, ADEMAR PEREIRA OLIVEIRA2

E RINALDO CESAR PAULA4

RESUMO - O presente trabalho teve por objetivo, avaliar a influência de tratamentos pré-germinativos para superar a dormência, temperatura e coloração das sementes na germinação desementes de sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia Benth.). Para tanto, realizou-se um experimento noLaboratório de Análise de Sementes do CCA-UFPB, em Areia-PB, em delineamento inteiramentecasualizado com os tratamentos distribuídos em esquema fatorial 7x2, com os fatores tratamentospré-germinativos (químicos e mecânicos) e classes de sementes (sementes claras e sementes escuras)em duas temperaturas (25 e 30oC constantes), com quatro repetições de 25 sementes. Os tratamentospré-germinativos consistiram na imersão das sementes em ácido sulfúrico (95%) por sete, 10 e 13minutos; imersão em água fervente por um e dois minutos; desponte na região oposta ao eixoembrionário; além do controle (sem tratamento pré-germinativo). As características analisadasforam: porcentagem de sementes germinadas, porcentagem de germinação, primeira contagem dagerminação, índice de velocidade de germinação e massa seca das plântulas. Diante dos resultados,observou-se que os tratamentos de imersão em ácido sulfúrico por 10 ou 13 minutos e o despontemostraram-se os mais eficientes para superação da dormência das sementes, enquanto que, aimersão em água quente foi o tratamento menos eficiente. As sementes claras e escuras apresentaramcomportamento semelhante, porém, com melhor desempenho na temperatura de 25oC.Termos para indexação: Mimosa caesalpiniaefolia, germinação, dormência, coloração do

tegumento.

PRE-GERMINATIVE TREATMENTS TO OVERCOME DORMANCYOF Mimosa caesalpiniaefolia Benth. SEEDS

ABSTRACT - In order to obtain a process to accelerate the germination of Mimosa caesalpiniaefoliaBenth. seeds, it took place an experiment at Laboratório de Análise de Sementes do CCA-UFPB,in Areia-PB, in completely randomized design with the treatments distributed in outline factorial7x2, with the factors treatments for pre-germination (chemical and mechanics) and classes ofseeds (clear seeds and dark seeds) in temperatures (constant of 25, 30oC), in four replications of25 seeds. The chemical scarification consisted either in the immersion of the seeds in sulfuricacid, with 95% of concentration for seven, 10 and 13 minutes or in boiling water for one and twominutes. The mechanical scarification was applied by means of a cutting in the tegument in theopposite side of the embryonic axis and the control (the control was represented by intact seeds).Germination and vigor tests were used, where it were analyzed the following parameters: percentageof seeds germinated (%), percentage of germination, first germination count, germination speedindex (IVG) and dry weight matter of the seedlings. By considering the results, it was observedthat the immersion treatments in sulfuric acid for 10 or 13 minutes and the cutting in the tegumentwere the most efficient for the break of seeds dormancy, while the immersion in hot water was the

3 Aluna do Curso de Pós-graduação em Agronomia, FCAV/UNESP; Prof.do Depto. de Fitotecnia do CCA/UFPB; e-mail: [email protected]

4 Prof. Dr. do Depto. de Produção Vegetal da FCAV/UNESP, Jaboticabal-SP; e-mail: [email protected]

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less efficient treatment and the clear and dark seeds presented similar performance, with betteracting under the temperature of 25oC.Index terms: Mimosa caesalpiniaefolia, germination, dormancy, coat coloration.

INTRODUÇÃO

Mimosa caesalpiniaefolia Benth. conhecido como sabiáou sansão-do-campo, é uma árvore de pequeno porte, nativada região Nordeste do Brasil, que vem sendo progressiva-mente cultivada e difundida do Maranhão ao Rio de Janeiro(Rizzini, 1971 e Ribeiro, 1984).

Por sua madeira ser pesada, dura, compacta e altamentedurável, é empregada na confecção de estacas, mourões, pos-tes e dormentes. A folhagem pode ser utilizada como forra-gem fresca ou fenada, especialmente na época seca, e a plan-ta apresenta ainda grande potencial na arborização de ruas(Rizzini, 1971).

Suas sementes apresentam problemas de dormência, pro-vavelmente, por impermeabilidade do tegumento à água, queé a causa mais comum de dormência nas sementes de espéci-es leguminosas (Kramer & Kozlowski, 1972).

Em um grande número de espécies florestais a dormênciade sementes é um fato comum, sendo esta, em condições na-turais, de grande valor por ser um mecanismo de sobrevivên-cia da espécie. No entanto, passa a ser um transtorno quandoas sementes são utilizadas para produção de mudas, em razãodo longo tempo necessário para que ocorra a germinação,ficando as mesmas sujeitas a condições adversas, com gran-des possibilidades de ataques de fungos, o que acarreta gran-des perdas (Borges et al., 1982). Estima-se que 2/3 das espé-cies florestais apresentem sementes com problemas dedormência (Ledo, 1979). Entretanto, existem vários tratamen-tos que podem superá-la, tais como imersão em ácidos, basesfortes, água quente ou fria, álcool, água oxigenada ou o des-ponte e impactos sobre superfície sólida, entre outros. Aaplicabilidade e eficiência desses tratamentos depende do tipoe da intensidade da dormência, que varia entre as espécies.

A impermeabilidade do tegumento à água é um tipo dedormência bastante comum, que têm sido constatado comfrequência em sementes das famílias Leguminosa, Malvácea,Geraniácea, Chenopodiácea, Convolvulácea, Solanácea eLiliácea (Kramer & Kozlowski, 1972; Popinigis, 1985 eCícero, 1986). Carvalho & Nakagawa (2000) comentam quea mesma é encontrada com maior frequência na famíliaLeguminosa.

A ruptura do tegumento através dos métodos de escari-ficação, além de aumentar a permeabilidade à água, pode in-duzir a um aumento da sensibilidade à luz e temperatura, dapermeabilidade aos gases, da remoção de inibidores e pro-motores e da possibilidade de injúrias aos tecidos, possuindoassim, significante influência no metabolismo das sementese, consequentemente, na dormência (Mayer & Poljakoff-Mayber, 1989).

A água quente ou fervente é bastante utilizada e tem semostrado efetiva na superação de dormência de sementes devárias espécies florestais como Mimosa scabrella Benth.(Bianchetti, 1981), Acacia mearnsii de Willd. (Bianchetti &Ramos, 1982a), Acacia spp. (Willan, 1990 e Brasil, 1992),Parkinsonia aculeata (DC.) O.Kuntze (Torres & Santos, 1994).

Comprovando a eficiência dos tratamentos com águaquente, Reis & Salomão (1999) obtiveram 80 e 95% de ger-minação em sementes de Helicteres cf. sacarrolha St.Hill.tratadas com água à 100oC por um tempo de imersão por qua-tro e oito minutos, respectivamente. Também, Mundim &Salomão (1999), com sementes de Apeiba tibourbou Aubl.constataram 97% de germinação após imersão em água a100oC durante 15 minutos.

Apesar de ser um método vantajoso, de baixo custo eeficiente para superar a dormência de sementes de legumi-nosas, a água fervente tem apresentado resultados inferiores(Rodrigues et al., 1990). Em sementes de Senna macranthera(Colladon) Irwin & Barneby, os tratamentos com água quen-te foram menos eficientes do que aqueles com ácido sulfúri-co (Santarém & Áquila, 1995). Também foi constatada inibi-ção da germinação em sementes de Copaifera langsdorfiiDesf. (Perez & Prado, 1993), Enterolobium contortisiliquum(Vell.) Morong. (Candido et al., 1982), Mimosa caesalpiniaefoliaBenth. (Martins et al., 1992), Stryphnodendron pulcherrimum(Willd.) Hochr. (Varela et al., 1991).

O tratamento com ácido sulfúrico tem sido citado porvários autores como um dos mais promissores para superar adormência em sementes de diversas espécies (Alcalay &Amaral, 1982; Eira et al., 1993; Torres & Santos, 1994; Ribaset al., 1996 e Jeller & Perez, 1999). A sua eficiência foi cons-tatada para sementes de Leucaena leucocephala (Lam.) deWit (Áquila & Fett-Neto, 1988; Duguma et al., 1988; Passos

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et al., 1988 e Cavalcante & Perez, 1996), Enterolobiumcontortisiliquum (Vell.) Morong. (Candido et al., 1982;Alcalay & Amaral, 1982 e Eira et al., 1993), Mimosa scabrellaBenth. (Bianchetti, 1981), Schizolobium parahybum (Vell.)Blake, Acacia meanrsii de Willd. e Peltophorum dubium(Sprengel) Taubert. (Bianchetti & Ramos, 1981 e 1982a-b),Cassia bicapsularis L., Cassia speciosa Ried. e Cassiajavanica Schrad. (Rodrigues et al., 1990), Prosopis juliflora(Sw.) DC. (Bakke & Gonçalves, 1984 e Bastos et al., 1992),Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr. (Varela et al.,1991), Mimosa caesalpiniaefolia Benth. (Martins et al., 1992),Trema micrantha (L.) Blum. (Davide et al., 1993), Copaiferalangsdorfii Desf. (Perez & Prado, 1993), Cassia javanicaRied. (Grus et al., 1984), Acacia senegal (L.) Willd. (Torres& Santos, 1994), Apuleia leiocarpa (Vog.) Mascbr. (Bianchettiet al., 1995), Bowdichia virgilioides H.B.K. (Loureiro et al.,1995), Mimosa bimucronata (DC.) O.Kuntze (Ribas et al.,1996), Guazuma ulmifolia Lam. (Araújo Neto, 1997), Parkiamultijuga Benth. (Bianchetti et al., 1998), Caesalpinia ferreaMart.ex Tul var. leiostachya Benth. (Lopes et al., 1998),Leucaena diversifolia (Schlecht) Benth. (Bertalot &Nakagawa, 1998), Bauhinia forticata Link. (Lopes et al.,1999), Bowdichia virgiloides Kunth (Rangel et al., 1999),entre outras espécies.

Apesar da eficiência dos tratamentos com ácido sulfúri-co, sua utilização apresenta uma série de desvantagens, entreas quais o perigo de queimaduras ao técnico ou operário queexecuta a escarificação, pelo seu alto poder corrosivo e porsua violenta reação com a água, causando elevação na tem-peratura e respingos ao redor (Popinigis, 1985), além disso,dificilmente poderia ser empregado em larga escala, devidoaos cuidados necessário á sua aplicação, custo e dificuldadede aquisição.

Pelo exposto, o presente trabalho teve como objetivo veri-ficar a germinação de sementes de Mimosa caesalpiniaefoliaBenth., pertencentes a duas classes de coloração e submeti-das a diferentes tratamentos pré-germinativos para superar adormência, em duas temperaturas.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no Centro de CiênciasAgrárias da Universidade Federal da Paraíba, localizado emAreia - PB, entre junho e julho de 2001, com sementes deMimosa caesalpiniaefolia Benth., colhidas de inflorescênciasde dez árvores em novembro de 2000 no mesmo municípioonde foi realizado o trabalho.

Em termos de características físicas, as sementes de sabiáapresentam uma grande variedade de tamanho, forma e colo-ração. Por isso, inicialmente, as mesmas após homogenei-zação, foram separadas visualmente em duas classes de colo-ração (sementes claras e sementes escuras), sendo, posterior-mente, submetidas aos seguintes tratamentos pré-germina-tivos: imersão em ácido sulfúrico concentrado por sete, 10 e13 minutos; imersão em água fervente durante um e dois mi-nutos, e desponte na região oposta à micrópila. O controle(sementes intactas), correspondeu às sementes que não rece-beram qualquer tratamento pré-germinativo. Após a escari-ficação ácida, as sementes foram lavadas em água correntepara eliminar os resíduos do ácido. As sementes que recebe-ram ou não os tratamentos pré-germinativos foram colocadaspara germinar nas temperaturas constantes de 25 e 30oC. Oteste de germinação foi instalado sobre duas folhas de papelumedecidas com água destilada, na quantidade equivalente a2,5 vezes o seu peso seco, em caixa plástica transparente de11x11x3cm, com tampa, em quatro repetições de 25 semen-tes e fotoperíodo de oito horas.

O número de sementes germinadas foi avaliado diaria-mente, adotando-se como critério de germinação a protrusãoda radícula, com cerca de 2cm de comprimento, de todas asplântulas emersas, inclusive as anormais. De posse do núme-ro de sementes germinadas diariamente, avaliou-se as seguin-tes características: primeira contagem da germinação - cor-respondente a porcentagem acumulada de sementes germi-nadas até o terceiro dia após o início do teste; índice de velo-cidade de germinação (IVG) - determinado de acordo coma fórmula apresentada por Maguire (1962); porcentagem desementes germinadas - correspondente ao porcentagem to-tal de sementes germinadas até o oitavo dia após a instalaçãodo teste, incluindo as plântulas anormais; porcentagem degerminação - realizado de acordo com a porcentagem totalde plântulas normais (aquelas que apresentavam as estrutu-ras essenciais perfeitas), após oito dias da instalação do teste;massa seca das plântulas - submeteu-se as plântulas nor-mais, a secagem em estufa regulada a 80oC por 24horas, se-gundo Vieira & Carvalho (1994), sendo os resultados expres-sos em massa seca (g) por plântula.

A análise estatística dos dados foi realizada, separada-mente para cada temperatura, segundo o delineamento intei-ramente casualizado, em arranjo fatorial 7x2 (sete trata-mentos pré-germinativos e duas classes de coloração dassementes). As médias foram comparadas pelo teste deTukey a 5,0% de probabilidade. Os dados não foram trans-formados.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados referentes a porcentagem de sementes germi-nadas e de germinação encontram-se nas Tabelas 1 e 2. Veri-ficou-se na temperatura de 25oC, que os tratamentos de esca-rificação ácida por sete, 10 e 13 minutos e o desponte, para assementes claras, e a imersão em ácido sulfúrico por 13 minu-tos e desponte para as sementes escuras, proporcionaram asmaiores porcentagens de sementes germinadas. Na tempera-tura de 30oC, os melhores resultados foram obtidos com ostratamentos em ácido sulfúrico por 10 e 13 minutos e des-ponte, para as sementes claras, e ainda a escarificação ácidapor sete, 10 e 13 minutos e despontepara as sementes escuras (Tabela 1).

Para a porcentagem de germina-ção, constatou-se na temperatura de25oC, que os maiores resultados fo-ram obtidos com as sementes claras,submetidas aos tratamentos de imer-são em ácido sulfúrico por 10 e 13minutos e o desponte, enquanto quena temperatura de 30oC os maioresvalores, também, foram obtidos parasementes claras, imersas em ácido sul-fúrico por 10 minutos e desponte (Ta-bela 2). As menores porcentagens desementes germinadas e de germina-ção foram proporcionados com o tra-tamento de imersão em água ferventepor dois minutos, juntamente com ocontrole, independentemente da tem-peratura e coloração das sementes.

Um dos fatores limitantes à pro-pagação da Mimosa caesalpiniaefoliaé a dormência profunda das semen-tes, o que resulta em germinação len-ta e desuniforme. À impermeabilidadedo tegumento à água é o fenômenoconsiderado por Popinigis (1985),como uma das causas mais comunsde dormência nas leguminosas. Istopode ser comprovado através da bai-xa porcentagem de sementes germi-nadas observada nas sementes intactas(controle) independente da coloraçãoe da temperatura utilizadas. Com amesma espécie, Martins et al. (1992)

também constataram as menores porcentagens de germina-ção no controle e as maiores com os tratamentos de imersãoem ácido sulfúrico por sete, 10 e 13 minutos.

As baixas porcentagens de sementes germinadas obti-das com as sementes imersas em água fervente por um e doisminutos indicam provável ocorrência de algum tipo de danofisiológico na estrutura interna das sementes, uma vez quefoi observado o extravasamento de exudatos. A alta tempera-tura possivelmente atingiu o embrião das sementes, causan-do a morte das mesmas. De acordo com Mayer & Poljakoff-Mayber (1989) a água fervente pode desnaturar as proteínasdo tegumento e aumentar a capacidade de absorção de água.

TABELA 1. Porcentagem de sementes germinadas obtida de sementesclaras e escuras de Mimosa caesalpiniaefolia, submetidas adiferentes tratamentos pré-germinativos e a duas tempe-raturas.

Sementes germinadas (%)Tratamentos 25oC 30oC

Claras Escuras Claras Escuras

Controle 8 c B 21 d A 12 b B 19 c AH2SO4 conc. 7' 96aA 90 b B 89 b B 97aAH2SO4 conc. 10' 100aA 94ab B 100aA 97aAH2SO4 conc. 13' 100aA 99aA 98aA 97aAÁgua 100oC/1' 53 b A 37 c B 61 c A 50 b BÁgua 100oC/2' 12 c B 24 d A 22 d A 22 c ADesponte 100aA 100aA 100aA 97aACV (%) 4,44 4,86

Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si, peloteste de Tukey, a 5%.

TABELA 2. Porcentagem de germinação obtida de sementes claras e escuras deMimosa caesalpiniaefolia, submetidas a diferentes tratamentos pré-germinativos e a duas temperaturas.

Germinação (%)Tratamentos 25oC 30oC

Claras Escuras Claras Escuras

Controle 6 d B 18 e A 10 d B 14 d e BH2SO4 conc. 7' 81 b A 77 c A 76 b A 73 b BH2SO4 conc. 10' 100aA 85ab B 93aA 88aBH2SO4 conc. 13' 100aA 92aB 79 b B 89aAÁgua 100oC/1' 42 c A 30 d B 30 c A 16 d BÁgua 100oC/2' 10 d A 13 e A 6 d A 8 e ADesponte 98aA 81 b c B 96aA 52 c BCV (%) 6,10 5,31

Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si, pelo teste deTukey, a 5%.

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Resultados positivos com os tratamentos de imersão emágua quente foram obtidos por Bianchetti (1981) em semen-tes de Mimosa scabrella (70 e 90oC, seguido de esfriamentona mesma água por 18 horas), Bianchetti & Ramos (1982a)em sementes de Acacia mearnsii (90oC, seguido de esfriamen-to na mesma água por 24 horas), Bakke & Gonçalves (1984)em sementes de Prosopis juliflora (água fervente por seis se-gundos), Passos et al. (1988) com de sementes de Leucaenaleucocephala (100oC por quatro segundos), Varela et al. (1991)com sementes de Stryphnodendron pulcherrimum (90oC porcinco, 10 e 15 minutos), Torres & Santos (1994) em semen-tes de Acacia senegal e Parkinsonia aculleata (entre 80-90oC)e Ribas et al. (1996) em sementes de Mimosa bimucronata(80oC, seguido de esfriamento na mesma água por 24 horas).

Embora seja um método vantajoso para superar adormência de sementes de leguminosas pelo baixo custo, aágua fervente tem proporcionado resultados contraditórios(Rodrigues et al., 1990). Em sementes de Stryphnodendronpulcherrimum (Varela et al., 1991) e de Mimosa cae-salpiniaefolia (Martins et al., 1992) a água fervente foi letal.Com sementes de Senna macranthera (Colladon) Irwin &Barneby, os tratamentos com água quente foram menos efici-entes do que aqueles com ácido sulfúrico (Santarém & Áquila,1995). Nas sementes de Copaifera langsdorffii (Perez & Pra-do, 1993) os tratamentos de imersão em água quente por cin-co, 10 e 15 minutos inibiram a germinação e não foram efici-entes para superar a dormência das espécies de Cassia estu-dadas por Rodrigues et al. (1990). Já Grus et al. (1984) tes-tando alguns tratamentos de superação da dormência em se-mentes de Caesalpinia leiostachya (Benth.)Ducke (pau-ferro) e Cassia javanica Ried.(cássia-javanesa) também constataram queos tratamentos de imersão em água ferventepor um, dois, três e cinco minutos foramprejudiciais às sementes, matando ou dani-ficando o embrião.

Os valores médios da primeira conta-gem da germinação e IVG encontram-se nasTabelas 3 e 4. Para as sementes claras, ostratamentos de imersão em ácido sulfúricopor 10 e 13 minutos e o desponte, nas duastemperaturas utilizadas, proporcionarammaiores porcentagens de germinação na pri-meira contagem. Já para as sementes escu-ras, os tratamentos de imersão em ácido sul-fúrico por sete, 10 e 13 minutos e o despon-te, independentemente da temperatura em-

pregada, foram os responsáveis pelos maiores valores da pri-meira contagem da germinação (Tabela 3).

Com relação ao IVG, verificou-se que os maiores valo-res foram obtidos com a imersão das sementes em ácido sul-fúrico por 13 minutos, independente da coloração das semen-tes e da temperatura de germinação. Os menores valores daprimeira contagem da germinação e IVG foram observadospara o tratamento de imersão em água fervente por dois mi-nutos, juntamente com o controle, independentemente da tem-peratura de germinação e coloração da semente.

Os dados de escarificação ácida e desponte na regiãooposta ao eixo embrionário proporcionaram elevadas porcen-tagens de sementes germinadas, de germinação e de primeiracontagem da germinação, entretanto, o desponte exige umtrabalho delicado, devendo ser feito cuidadosamente para nãodanificar o embrião (Souza et al., 1980). Segundo os autores,esse método somente é viável para pequenos lotes de semen-tes de alto valor genético porque propicia maior segurança nagerminação.

A análise dos resultados para sementes intactas estão deacordo com Ferreira & Jacques (1980), mostrando a lentidãoe a baixa germinação, comuns em sementes de tegumentoduro. A escarificação ácida e o desponte demonstram-se efe-tivos na promoção da germinação, propiciando redução notempo, uniformização e aumento na germinação.

Resultados superiores para o IVG foram obtidos com ostratamentos de imersão em ácido sulfúrico em sementes deEnterolobium contortisiliquum (Candido et al., 1982),Bertholletia excelsa H.B.K. (Frazão et al., 1984), Leucaena

TABELA 3. Porcentagem de vigor (primeira contagem da germinação) desementes claras e escuras de Mimosa caesalpiniaefolia, subme-tidas a diferentes tratamentos pré-germinativos e a duastemperaturas.

Primeira contagem da germinação (%)Tratamentos 25oC 30oC

Claras Escuras Claras Escuras

Controle 4 e B 18 c A 8 d B 18 b AH2SO4 conc. 7' 80 b B 93a A 80 b B 93a AH2SO4 conc. 10' 96aA 95a A 96aA 95a AH2SO4 conc. 13' 99aA 98a A 99aA 98a AÁgua 100oC/1' 53 c A 37 b B 44 c A 24 b BÁgua 100oC/2' 13 d B 24 c A 9 d A 14 b ADesponte 100aA 100a A 100aA 97a ACV (%) 5,41 7,00

Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si, pelo testede Tukey, a 5%.

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leucocephala (Passos et al., 1988), Mimosa caesalpiniaefoliaBenth. (Martins et al., 1992), Prosopis juliflora (Bastos etal., 1992), Copaifera langsdorffii (Perez & Prado, 1993),Mimosa bimucronata (Ribas et al., 1996) e Peltophorumdubium Taub. (Perez et al., 1999).

Na Tabela 5 encontram-se os resultados referentes a mas-sa seca das plântulas. Constatou-se na temperatura de 25oC,que os tratamentos de imersão em ácido sulfúrico por sete,10 e 13 minutos, para as sementes claras, e imersão em ácidosulfúrico por 10 minutos e o desponte, para as sementes es-curas, proporcionaram os maiores valores de massa seca. Natemperatura de 30oC, os melhores resultados foram obtidos,para as sementes claras, com a imersão em ácido sulfúricopor sete e 10 minutos, desponte e controle, e, para as semen-

CONCLUSÕES

! Os tratamentos de imersão em ácido sulfúrico por 10 ou 13minutos e o desponte mostraram-se os mais eficientes parasuperação da dormência das sementes de Mimosacaesalpiniaefolia Benth. e a imersão em água fervente foio tratamento menos eficiente;

TABELA 4. Índice de velocidade de germinação (IVG) de sementes claras e escuras de Mimosacaesalpiniaefolia, submetidas a diferentes tratamentos pré-germinativos e a duastemperaturas.

IVGTratamentos 25oC 30oC

Claras Escuras Claras Escuras

Controle 0,39 e B 1,86 e A 0,83 f A 1,45 e BH2SO4 conc. 7' 15,53 b A 13,50 c B 14,14 c A 13,64 b AH2SO4 conc. 10' 15,96 b A 16,23 b A 15,82 b A 14,80 b BH2SO4 conc. 13' 19,19aA 18,45a B 17,72aA 18,19aAÁgua 100oC/1' 4,81 d A 3,87 d B 5,17 e A 5,14 d AÁgua 100oC/2' 1,17 e B 2,25 e B 1,88 f A 2,02 e ADesponte 12,44 c A 12,85 c A 12,14 d A 10,77 c BCV (%) 6,35 7,29

Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5 %.

tes escuras, os maiores valores de matéria seca foram obtidosnos tratamentos com ácido sulfúrico e no controle. Os meno-res conteúdos de massa seca foram observados no tratamentode imersão em água fervente por dois minutos, independen-temente da temperatura de germinação e coloração das se-mentes.

TABELA 5. Massa seca (g) de plântulas obtida de sementes claras e escuras de Mimosacaesalpiniaefolia, submetidas a diferentes tratamentos pré-germinativos e aduas temperaturas.

Massa seca (g)Tratamentos 25oC 30oC

Claras Escuras Claras Escuras

Controle 0,0040 c A 0,0040 b c A 0,0045aA 0,0038ab BH2SO4 conc. 7' 0,0053a A 0,0051aA 0,0044ab A 0,0043aAH2SO4 conc. 10' 0,0057a A 0,0051aB 0,0048aA 0,0042aBH2SO4 conc. 13' 0,0057a A 0,0051aB 0,0039 b A 0,0039ab AÁgua 100oC/1' 0,0045 b A 0,0038 c B 0,0033 c A 0,0032 c AÁgua 100oC/2' 0,0025 d B 0,0037 c A 0,0030 c A 0,0026 d BDesponte 0,0056a A 0,0044 b B 0,0046aA 0,0034 b c BCV (%) 4,16 6,68

Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5%.

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R.L.A. BRUNO et al.

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AGRADECIMENTOS

Os autores expressam seus agradecimentos ao Engo Agro

Antônio Alves de Lima e aos Laboratoristas Pedro Franciscoda Silva, Rui Barbosa da Silva e Severino Francisco dos San-tos que viabilizaram e execução deste trabalho.

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BIANCHETTI, A.; RAMOS, A.; MARTINS, E.G.; FOWLER, J.A.P.

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