—rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o,...

37
'(X((((n —, |" ' ' j ((li\l PREÇOS: No Rio $500 ftos Estados. . . . $600 ANNO XXVÍ RIO DE JANEIRO 23 DE ABRIL DE 1930 \ ~Ç? C(~" ~~~~\ C *——ri r—¦-=***. —"rWi tólf7~—^S%fPT Lamparina, com certeza W^^-^^T^?A\ 6\c^ | ¦ balde dágua e'ella dor- foi picada pela mosca que f=^==^7^XjV\ G) I N r* C o o ® v. 1 mu, como se estivesse na ca- produz a moléstia do somno. ,~^-s.^-^\< V $¦L^_^/ ma- Dormiu e dormiu tan- Outro dia Carrapicho man- \ ?X \X,/7v^^ MM? to que chegou a sonhar com dou a negr.nha encher um... 9?^^L/_^~~^\ ""¦ naufrágio e ella. a se.. , '/"""'^° I o/©M>--.debater, entre vagalhões «==ÍL o ¦ ° °_J_Óa/ lyk/ V 5""r-- 'O r—-- o ,°|,? _r m ir^,e Pfixcs r°ra do commum-^^.M L^_r_\^ I__wfà\> l/T _l> *\_- '_. v>v'sem soecorro. a gritar, ten-^^r-—-^_ ^^Jjl^ii4^^Brl1 ^-~""_______^/*?tando calar o ruido aterra-IZ^-^^^lBÍI^ ' Depois appareceu Carrapicho t viu a bica aberta e o tanque » transbordar e lá... .. dentro, ainda meio «ómnolema. Lamparina com a cabeça dentro do balde.

Transcript of —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o,...

Page 1: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

'( (( (( n — —, |" ' '

j (( li \l

PREÇOS:

No Rio $500ftos Estados. . . . $600

ANNO XXVÍ RIO DE JANEIRO 23 DE ABRIL DE 1930

\

~Ç? C(~"

~~~~\ C *——ri r—¦ -=***.—"rWi tólf7~—^S%fPT

Lamparina, com certeza W^^-^^T^ A\ \c ^ | • ¦ balde dágua e'ella dor-foi picada pela mosca que f=^==^7 ^XjV \ G) I N

r* C o o ® v. 1 mu, como se estivesse na ca-produz a moléstia do somno. ~^-s. ^-^\ < V ¦L^_^/ ma- Dormiu e dormiu tan-Outro dia Carrapicho man- \ X \X,/ v^^ MM? to que chegou a sonhar comdou a negr.nha encher um... ^^L/_ ^~~^\

""¦ naufrágio e ella. a se.. ,

'/""" '^° V° I o/© M>-- .debater, entre vagalhões «==ÍL o ¦

° °_J_Óa/ lyk/ V 5""r--'O r—-- o ,°|,? _r m ir^, e Pfixcs r°ra do commum- ^^.M L^_r_\^ I__wfà\ > l/T_l> *\_- '_.

v>v 'sem soecorro. a gritar, ten- ^^r-—-^_ ^^Jjl^ii4^^Brl 1^-~"" _______^/* tando calar o ruido aterra- IZ^-^^^lBÍI^ '

Depois appareceu Carrapicho t viu a bica aberta eo tanque » transbordar e lá...

.. dentro, ainda meio «ómnolema. Lamparina com acabeça dentro do balde.

Page 2: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

O TICO-TICO r-2 — 2ÍÍ — Abril — l!.;i(l

GRANDE CONCURSO DE SÃO JOÃOMAPPA PARA SEREM COLLADOS

D'"0 TICO-TICO"OS COUPONS

COLLE AQUI COLLE AQUI COLLE AQUI COLLE AQUI < >LLE AQUI

rt o o o .COUPON COUPON COUPON COUPON* COUPON

NUMERO NUMERO NUMERO NUMERO KUMERO 5

COLLE AQUI COLLE AQUI COLLE AQUI COLLE AQUI COLLE AQUI

o o o o

COUPON COUPON COUPON COÜP COUPON

NUMERO NUMERO NÚMEROS MERO NUMERO 10

CASA GUIOMARCALÇADO "DADO" — A MAIS BARATEIRA DO BRASIL

E" O EXPOENTE MÁXIMO DOS PREÇOS MÍNIMOS

ULTIMAS NOVIDADES '¦39 C Fina Pe,Iica envernlzada, preta.OZo guarnições do cour. de cobra aa-tampado. Luiz XV, cubano rnrC Km naco branco lavavel comJJy vlstaa de bezerro amarelío, Lul»XV, cubano r_e_Jo.

X

oaC Linda pellica envernlzada preta,OHO com fina combinação de pelllcabranca, serrllha-la. Lula XV, cubano alto.

ooC ° mcímo modelo em fino nacoOoo beije lavavel e çuarnlcõe» de cou-ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, LuliXV, cubano alto.

ooÇ Fina peliica envernlzada. iO — O cnm fivella de metal. Salto Lula

XV, cubano mCdio.

42f Cm fina camurça preta.

li^BL \. ^*^^

-tfiC ^m «5*rnurr;a ou naco branco,"Uy Buarnlçoe» de chromo cor de tI-nlin. talto Cavallcr mexicano. Hljror da

OflSt O mesmo ícttlo em naco L.ije, Ia-OVO v.ivel, fuarnlçõea marron tam-hera i

-CC l;'n r'l!Ic.i envernlzada preta,J-V i- arnicOea da couro de cobra cs-tampado, l.uiz XV. cubano alto.ALTA NOVIDADE

Linda» alpercata» de cliUSo florido cmdiversa» cores, toda forrada de couro.De n». 17 a -G S.OOODe n». 27 a II 9*000De n«. IS a 4o 10JS00Torte: aapato» .1500, alpercatas 1Í500 em par. — RemcUetn-M catalogo» r

35| j modelo em pelllca en-;a, RuarnloV-!» de

lia XV, cubano alto.

Pedidos a Julio de Souza — Avenida Passos. 120 — Rio. — Telephone 4-4424-^v_V"_"^-"vrvru. _ _--.v.-.-_-.-.-.--^.-.-.-.-.../---VVV,_-.-.

*fc CINEARTE II

A maior, mais luxuosa e mais completa revista cinematographica do Brasil, man-í

tendo em Hollywood correspondente especial e exclusivo.

Page 3: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

23 — Abril — 1930 O TICO-TICO

«"-•---__¦ -.-.-_.-_.-_.-_.-_.-_.-.

iVOCES,*.V.-.".-_T«-.-.-.-.".V-.-.".--T. -I

5

jj queremji aprender

a lêr semmestreI

i

PEÇAM A PAPAE QUELHES COMPRE O

pato | '

g, IjPiijjlo

P. «ésè?

" pà pipa pe

papai púpapia púa pão

poáia piau

LOTO INSTRUCT1VO>

por meo do qual aprenderão não só a !êr e escrever. N; ..'tmbcm outras cousas muito interessantes.

PREÇO: 8$00q

.

Pedido-* 5

D» Maria Ríibeiro 'de Almei.-i.si '<

26 — RUA RIBEIRO DE ALMEIDA — 26 í

_-..-_.-_.-,-_.-_,-_.-_.-_•"-.-.

Rio de Janeiro,-_.-_.-_.--.-.--.--.--.•-.--.-.-_----.-.¦.-."_-.^--"•"-'¦-¦-v,-"^

MIE_í\í^ttO#Mfi_

Em todas as Fnarinacias do Brasil - Lab.» CAMARGO

MENDES S/A - Caixa 3413 - São Pauta

EspagueffeAY Ai. ORE

VfennialkA Y A_. O R Ê

PcrriaídkA Y A. O R %0^^mkW

ÉJffy/ arasatisfação*Ho seupaladar

e certeza dc um>om produeto, exija

do seu armazem,asvariedades de massasde semoliuaAYMORÉ:

MASSAS ALIMENTÍCIAS

jjmuimà

Some. u« Eslaüo :""„-_I»'¦^S^ws****5-*

Page 4: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

O T I C O - 1 1 C ti

JESUS E AS CREAN-CUNHAS

Para que Christo os tocasseda sua Graça divinae a todos abençoasse,traz-lhe, um dia,uma judia,linda mãe samaritana,seis bebes- e uma meninaque delles ses era a manamars velha mais pequenina,

Certohebrtu, que estava perto,ouvindo o verbo inspiradodo seu Mestre,volve, então, num tom agreste,afastando os pequeninos:— "Para

que vindes aquicom vossos sete meninosimportunar o Rabi?!"

Entanto. Jesus, ouvindodesse hebreu a impertinencia,e em face do rancho lindo,todo candura e innocencia,brada-lhe logo: — "De:xaevir a m:m os pequeninospois que, no Céo, o meu Paetem por anjos os meninos IE desde já vos aviso,quem me avisa amigo éque, para entrar no Paraso,unicamente é precisoeer puro como um bébé !

Augusto de Santa Rita

(|)arauní)a5ÍJníras

— 4 — 23 — Abril — mZ

A MORTC-AMvossosFILHOS?

'OAEIHSS

£M OCMOJfA

m S~\}..¦momílliria'?UnlC0

RíMCDlO puE EVITA icura «s doençasí.ointiVaôeoaio, CASTRO-ÍNTERirt.pjeíillosomnia,D(arTlíiia.Collcij *

\VU PkS^ -rfik llll.™ ir'*»;íiÇ \\- 1

B /s/s^ \^y-""a rry=: - S 3^ \J —^ mm | • w *¥ f^

WRIGLEYSDEPOIS DAS REFEIÇÕES.

Distribuidores: SCHILLING, H1LLI ER & CIA. LTDA.

tal. 564 — R:o de Janeiro.

— Caixa PosA

A' venda em todas as pharmacias

Page 5: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

O TICO -TICO

(PROPRIEDADE DA SOCIEDADE ANONYMA "O MALHO")<edactor-Cbefe: Cario» Manhâes — Dir ector-Gerente: Antônio A. de Souza e SilvaAssinatura _ Brasil: 1 anno. 2SJ000; 6 mezes, 13*000 - Estrangeiro: 1 Tnno, 60$W; 6 me_e.. 3S$000A* assignaturas começam sempre no dia 1 do mez em Que forem tomadas e serSí- _~._if._ _, . „..__.. _COIUtESPONDENCIA, como toda a remessa de dinheiro, (ano p6de ser fç.ta p.rva.H,„?r_l"T*!.11 8«mefcimente. TODA Aclarado). devo aer dirigida & Sociedade Anonyma O MALHO — Travessa do* Ouvidor2. &£Í F.U, res"*rada £°™ va,°' da'

RIO. Telephones: Gerencia: 2-0518. Escrlptorlo: 2-1037. Redacção•'l-Mif Of ft__J^T_-..~' ° MAX*H° "~Sticcursal em São Paulo, dirieida pelo Dr. Plinio Cavalcanti - Rua Senador FeiiA 278.'_„.i_r __1_. Rfi ,» 87,wt~w~~w v-~~~~~~v^ww.~v~-k~.v„_... * ocnaQor íenô, .7, 8» andar, salas 66 e 87.

ZíçoôjtíBKjLtàôINSECTOS E PA SSARINHOS

Meus netinhos:

iVovò não se cança de recommen-ciar a vocês uma assistência cari-nliosa e protectora a todos os pas-saros c um respeito religioso pelosninhos. Os pássaros não são di-gnos dessa assistência, unicamenteptlo prazer que dão aos nossosolhos com a sua linda plumagcmc aos nossos ouvidos com os seustrinados Quasi todos os passa-rinhos, meus meninos, são pre-ciosos au.xiliarcs dos agricultores,pois são elles que matam os in-sectos damninhos que atacam eaniquilam as plantações. São enor-mes os damnos que os insectoscausam ás plantações, ás arvores,aos bosques, emfim.

Nos Estados Unidos os insectosdamninhos causam mais prejui-sos ás florestas do que as ''quei-madas", cm os incêndios. Até hapouco tempo, acreditava-se que amaioria das arvores morria de ve-lliice. .Mas as analy.es posterior-mente feifas em algumas dessas

representantes vegetaes revelaramterem ellas sido atacadas de umaenfermidade decorrente da acçãodos insectos "e dos carunchos. No

.Brasil, de norte a sul, quantos po-mares, quantas hortas não têmdesapparecido pelo trabalho morti-fero dus insectos e de certos ver-mes!

O combate a esses inimigos,meus netinhos, não pôde ser fei-to com mais efficiencia do que ofaz a multidão do mundo alado.jOs pássaros são os amigos das ar-vores. Defendem estas, matandoos insectos e os vermes que as ata-cam. Protejam, assim, meus neti-nhos, os pássaros, emprehendam atarefa de livrar os passarinhos dequalquer mal. Caçar passarinhos,matál-os a tiro ou a pedra é acçãotão feia e reprovável como a dosinsectos e dos vermes, inimigos daagricultura. O mundo dos passa-rinhos é o da bondade, do traba-

Ilm, da dedicação ao homem. Ma-tar. ou mesmo prender um passa-rirrho na gaiola, c furtal-o.á tare-fa bemdita de auxiliar o agricul-tor, de proteger as arvores, de de-fender as hortas.

Vovô vae propor a vocês um ju-ramento dc defesa dos passarinhos.Façam-no, prometlendo jamaisatacar os lindos e úteis viventes.

VOVÔ

Page 6: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

O TICO-TICO — 6 23 — Abril — 19:i0

%íc=J f-C_Ü^>a l_!ÍI__âju4b____lA-^^i• w«AVÍW?S,5'*___—.

•OTICOTICOUND&NO

rl4HW

"^ ® Chama-se Ceorge o galante menino que veiu en-cher de justa alegria o lar do Sr. Antônio Pacheco Garciae de sua esposa D. Olga Medeiros Garcia.

<$> ? Nasceu a 12 deste mez o menino Álvaro, filhinhodo Sr. Arnaldo Vieira Cruz e de sua esposa D. Mariade Lourdes Cruz.

A N N I V E R S A R I O S

? • Festejou o seu anniversaro natalicio DO dia 11do corrente a nossa amiguinha senhorita Juba da Silva, qpor esse motivo offercceu uma encan-tadora festa a suas amiguinhas.

<j> <§> Transcorreu no dia 13 docorrente o anniversaroi natalicio donosso amiguinho La's de Hollan Ia,diiecto filhinho do nosso auxiliar Ma-noel Aquino de Hollanda.

•¦' ^ Faz annos hoje o mennoAry, filhinho do Sr. Mauro Veiloso.'¦' Marilucia, dilecta filhinha doSr. Juvenal Garcia, festejou hontem apassagem de sua data natalicia.

EM LEILÃO..;.

® * Estão tratados para o leilãoda Bocea do Matto as seguii.tes mo-ças e rapazes: Quanto dão pelosdentes da Eloisa? pelo lindo andar daLourdes? pela bondade da Edméa?pela boa pelle da Carmen Bayão?pela elegância da Yolanda S. ? pelabondade do Jeronymo? pelos olhos daMaria Zani? pela gordura do Carlos?pela linda bocea da Cecilia? pelo sor-riso da Cocota? pelas calças largasdo Alberto Zani? pela sympathia doDavidi pela ,-inceridade do Geraldo? pelo porte do Anto-nio? pelo lindo olhar da Juracy Paranhos? pelos dentes daBernardina? pelo macacão do João Nocctti? pela plidade de Georginho? e pela m nha franqueza?

? Leilão de meninas e meninos de diversos bairros:Quanto dão pela vivacidade da Eneisa? pelas graças doDarly? pela sympathia da E<evanaghi? pela bondade doPaulo? pelas graças da Déa? pela intelligencia do Maelmo?pelo sorriso da Lenyra? pe' do Dirceu? pelos olhosda Editli? pela correcção do Walter? pela fala da Jacy?pelo sorriso da Regina? pela delicadeza do Octavio? péiacabclleira da Glorinha? pelos paseios do Joel? pela gen-tileza da Marina? pelas travessuras do Geraldo? pelos azuesda Nilcéa? pela amabilidade da Ely? pelos óculos do Nelson?pela elegância da Djanira? pelos tangos do Augusto? pelasmãos bonitas da Alzira? e pelos cabellos pretos do Ivo?

O r A R D I M

® * Querendo offerecer á boa amiguinha 1Sampaio uma "corbeille* escolhi as flore? nos seguintesamiguinhos de Petropolis: Gilberto, um gracioso myosotis;José Carlos, ura bello botão de ouro; Heloisa. uma tristesaudade; Cecilinha, uma bella margarida; Oswaldo, uniencantador principe negro; Odette. uma delicada rosa;Marilia, uma mimosa violeta; Regina, uma sempre-viva;Maria Elydia, uma linda magnolia; Fernando, um delicadojasmin; Ricardo, um amor-perfeito; Hélio, um simples

beijo de frade; Affonso Luiz, umlindo cravo de Petropolis, c eu, alinda cesta.5 s t r a c ã o

Collar este desenho numa cartolinafurar com alfinete o logar dos ponti-

nhos e alinhavar com linha de côr.

NO C I N E M A . . .¦ • Querendo organizar um film

c< ;ji o nome "Cansa da Vida", es-colhi os seguintes artistas da Praça1.1 de Junho: Henrique Rica, o sym-pathico Thomas Meighan; Cacilda, aloura Josephinc Dunn; Francisco Ri-ca, o engraçado Buster Keaton; LydiaBotelho, a seduetora Dolores Costelio;Nelson Tavares, o elegante CharlesFarrelI; Yolanda Botelho, a lindaRaquel Torres; Homero Leal, o ir-

tivel Ramon Novarro; Lucy, ameiga Vilma Banky; Luiz Costa, oformidável Lon Chaney; Isaura, a in-genua Norma Shearer; Joaquim Mo-reira, o afainado John Barrymore;Zilda, a insinuante Greta Garbo; Lu-dovico, o trágico Er.iit Jannings; Ne-nem, a trave . Bow; Bezerra,o distineto Adolphe Menjou; Jarde-lina. a esbelta Dolores dei Rio e

Casa Nova, o nosso Olympio Guilherme. — Micarênu.? ? Foram contractados para um film falado o. me»

ninos e meninas seguintes: Juracy Gomes, a Joan Crawford;0<-tavio, o Richard Dix; Conceição Cerqueira, a JanetGaynor; Carlos, o Jonh Gflb men Gomes, a BebbDaniels; Heroiso Aguiar, o Hoot Gibso.-i; Scniiramis L.,Joanna D'Arc, a Mary Duncan; Octavio o Nils:.er; Maria de Lourdes. a Annita Page; Joel, o CollierJr.; Dora, a Marion Davi.-; Luiz. o Ramon Novarro;Bcrtha, a Bessic Love; Fábio, o Uoyd; Oli via, aLupe Velez; Roberto, o Conrad Nagel; Wanda, a BillieDove; Milton, o Don Alvarado; Annita. a Gloria Swanson;Manoel, o Ricardo Cortez; Sophia, a Ouve Borden; Er-nesto, o Douglas Faibanks; Mathilde, a Lia Tora; Geraldo,o Tom Mix; Percilia, a Constance Talmadge; Evaldo, o.Milton Sills; Orminda, a Pola Negri; 0:'.j, o .. ;o.

Page 7: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

_K. — Abril — i_;_o 7 — O TICO-TICO

(í) n 7 essí_rQ&®^_^_C>< -_s> _> ;?-_

_^_^_____L

istorietas

__K Wm\i ÍPtm\ r^\

t___?^ •^___r

1

* * Era uma vez um rei, joven ainda, muito rico, masnão era feliz...:

* * Na velha China, houve, ha muitos annos, um pode-roso mandarim* que era, além disso, um sábio. A sciencia nãolhe apresentava segredos e sua vontade, uma vez expressa, eralogo satisfeita. Todos invejavam a sorte do mandarim que. com-tudo, não era feliz...

* * No tempo das Cruzadas, formou-se uma legião debravos que partiu, pelos paizes afora, em busca do ideal da per-feição humana. Os bravos lutaram, morreram e não attingi-ram o ideal sonhado, que era a felicidade.

* * Ha muitos annos, nas terras da Judéa, um rabbmo

piedoso e amado semeou a palavra do Bem e da Bondade.;

Crucificaram o rabbino e a felicidade que elle prometteu bem

pouca gente auiz ver..

* • Diz uma historia que a felicidade é a camisa de um

tor bem pobre que canta nas montanhas emquanto pasce o

gado. Mas o pastor da montanha não usa camisa. Cobre o

corpo com um gib"'!?.

? * Era uma vez uma fada chamada Felicidade. Nin-

guem sabia onde ella morava...

A L O MANHÃ S

Page 8: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

O TICO-TICO — S — 23 Abril — 1930

O Homem da Mascara NegraRomance de Aventuras — (Capitulo VI)

*, A porta 'fechou se sobre elle. com

ruido m '.illico que fez estrfoecerLi'ii'i t:ci< Mas. venao que o homem...

da mascara continuava oceulto pordetraz do pila:. Lourenço deu voita e.de repente, saltou para alli.

Mas o homem tmha dcsapparçcidoe só então o lacaio notou que havia naexpessura do pilar uma porta de ferro.

O homem entrara por ella. — E meupobre amo está ahi doente! — excla-'roou Lourenço!'— Ah! Se eu não...

. .conseguir salval-o, serei o mais mi-seravel dos lacaios.

Entretanto, o conde Raymundo, ...

. . entrando na casa, encontrara umasala vazia e sem mobília. Mas logo a

<gemido E rííirmou que o rumor

vinha de uma porta ao lado. Ra.mun-So nada ouvia, mas, para fazer-lne.. .

. . a vontade, abriu a porta. Immediata-mente a velha empurrou-o com tal força,que Raymundo atravessou um corredor...

¦

. .e foi cahir em um outro quarto,uja porta, presa por uma mola muitongenhosa. fechou-se por si mesma.

Rjvmi.fiJii tentou arrombal-a.porta era muito soüj.. e rr vj. Oquarto não tinha outra sahida c eratodo tcoichoado com couro...

O que~rr.aià o inquietava era aredes: mas. vendo que nada conseguia, poza espad.- na b a i ri íi a c começou 4 ic<llecur.

O que mais o enquictava era aidéa de que já não podia defender apobre rr.o,.

iConlináa)

Page 9: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

OSSOS AMIGUINHOS

agpr ^K^|^4k Jf ^J ^^fBfar^ àm\*5r ^

.--* ¦Ba! W^Ww aaaaak ^aai

Quatro instantâneos do galante Wladimir Wei-ner, filhinho doSr. Zacharias Kanffmann.

aaaaaaaaaaaâV flC Laavi__

Edreard Ribeiro. ^W ^B

¦tt J v

ai li á] il

y fl v

Maria do Carmo Leal da Rosa,sobrinha do nosso companheiro

Cícero Valladares.

Olguita, filha do Sr.Lauro Loureiro.

José Carlos Penha.

n Adão V. Cabral.

Page 10: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

-^^— - ¦ ¦ .... , ¦

¦-_.¦_..,¦¦ , —I

4_____k .JÜ.ffl "-T-_-

'«_- v' _^L i __fl _L';_>_. !_*- _fl m _fl ___-fl Ln__v H

¦» __l fc_«f ' 11 ¦ _i n _____f> 4Í __ ' r%Vi _l _F __.>^ ? "*3_i -.d_f* áfl r _r^^

_M*___i HV' J'

^^^^*^^^ -_-^_— —^¦¦^—______________ i

// ^^«»»^ \\

• _f / c "^ W •_________'* ** e~

\v_j_*______£__¦_wfl iL\|kk* #* i ^jc^yóy//

/i/ha do

casa/ Plinio Britto

São Paulo

(Plioto M Ro-

senfeld).

FERNANDO AUGUSTO.

filho do casal

Fernando Cruz

de Carvalho.

Rio.

(Photo M Ro

senfeld).

tf/S0_.Er7/<

////ia do casa/ Edgard Bar roso

Page 11: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

23 — Abril — 1ÍI30 11 O TICO-TICO

AS AVENTURAS DO RATINHO CURIOSO[IK:<i,:hoi: dc Wall Disney c U. B lwçrks>. Exclusividade Vara o "O Tico-Tico" em todo o Braml)

•— Lá vêm os selvagens! Vou correra mais não poder! Desta vez as con-sas estão pretas.

Mas eu tenhosalvação! Aquiestá o rei Leão.

- i\'ão tenho medo de vocês, seus babões' Venhamaté aqui cumprimentar o meu amigo Uão. Elle gostamuito de carne de selvagem!

.. ,' W l-l w- -||| ll ¦Mas os selvagens nao eram tão bobos como pensava o Rati-nho e fugiram á toda brida. O Leão abriu a bocca e o Ratinho,para evitar duvidas, abriu o chambre —-pa

E correu, correu, já Mas un: páo sobreagora perseguido por uma pedra serviu-lhe de__,"• selvagem salvação.

...selvagem se approximou. Ratinho ...atordoou Ratinhho fugiuTDe um salto, Ratinho prendvipse á dei.xou-se cahir na ponta do páo O sei- mas uma onça o perseguiu. Es-: dc um coqueiro e quando o. . . \agem recebeu forte pancada e... tava o nosso Ratinho em pen>o

__^|^M[^__Í^^11 '¦'^F~í-A*

Ivou-o um pHa- Ratinho npa* .. .bem contadas e alvejou a fera que, ••-quantas também deu o Ratinho,Ço de ferro que esta- nhou o ferro, de bocca aberta, recebeu forte pança- mais uma vez salvo doperi-no chão. i coitas... da e deu tantas cambaiKotas... go.

Page 12: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

O TICO-TICO 2.J — Abril — 1930

INTELLIGENCIA

DO BURRO

Todos os animaes ali na fazen-da zombavam do burro, dizendoque lhe faltava, de todo, a intel-licencia.

Elle, como um verdadeiro philo-sobpo, não se zangava c ni isso,lamentava, apenas, mentalmente,a falta de comprehensão dos de-mais companheiros.

O macaco, porque era um gran-de imitador do que via o dono dafazenda fazer, — julgava-se o maisintelligente de todos, e era o quemais zombava do burro. O papa-gaio lhe gritava:

— Burro! Burro! O' Burro íElle não replicava, abanando,

apenas, pacientemente, as longas epelludas orelhas com que distin-j^uia de longe os mais leves ruidos,interpretando-os.

Certa manhã chuvosa, antes deper arreiado para conduzir o donoda fazenda a um novo campo deplantação que ficava bem distante,rio outro lado do rio, o burro er-gueu as orelhas, percebendo um ex-tranho ruído longínquo.

Comprchendcndo, pouco depois,ò que sc tratava, foi á cocheira ecom um coice bem applicado arre-bentou os supportes da pesada tran-ca da porta. Foi ao gallinheiro efez a mesma cousa na porta queera frágil, repetindo ainda a f«ça-nha na porta do chiqueiro dos poi-cos e no redil das ovelhas, carnei-ros e cabras.

Os animaes estavam admiradosdaquella violência do burro, sem-

pre tão socegado c pacato. Oucseria?!...

Depois de arreiado foi ellc levaro dono da fazenda ao novo sitio,que ficava no alto de .um outeiro ede onde voltava á tardinha, che-gando á fazenda sempre ao anoi-tecer.

A chuva continuava a cahir,agora, mais forte, e as águas dorio se foram avolumando com rapidez. Depois do meio dia, já seouvia francamente o ruído surdode uma tr aiba dágua que v'nha,rio-abaixo, com grande violência.

Antes das cinco horas chegou aenchente, terrivel, avassalando tudo.

Cavallos fugiam da cocheira,gallinaceos dos gallinheiros, osporcos dos chiqueiros, cabras, ove-lhas, carneiros corriam dos redisprocurando alcangar os lugajes maisaltos.

Os empregados da fazenda cuida-vam tambem de por a salvo das«'tguas a famiüa do fazendeiro.

A água cada vez mais se avolu-mava, não tardando alcançar o lei-to da velha ponte de madeiranão resistindo á conenteza, foi ar-raptada pela enchente, num verda-deiro destroçar de taboas arranoi-das violentamente, balaustres parti-dos, etc.

Estavam todos receiosos da sor-te do fazendeiro, que estando do ou-tro lado do rio, nao poderia voltar,pelo menos, naquelle dia, por lhe fal-tar a ponte que a água carregara,

e já ia agora, aos poucos decresxten-:do.Foi, portam*,, geral a admiração

quando viram chegar o bom velho-te, calmamente, montado no burro.

For onde o senhor passou pa-ra vir do outro lado do rio paracá?! — perguntaram-lhe, surpre-Z')S.

Por onde passei] Pela ponte,c claro — respondeu o fazendeiro.

Xão c po—iecl, ri- a encheu-te a levou — explicaram !li'.\

Chegou, então, a vez do Velhose admirar:

\ oces U-ni certeza dlsio- . ...— perguntou ellc assustado.

- Certeza cij-uluta, pois, antesdo escurecer, vimos as águas carre-garem com o lastro c Ulaustrada dapont.*.

Então, por onde passei eu?!...Vamos ver — disseram ai-

guns mais animados e foram, comlanternas e ardiotcs, até perto dologar onde existira a ponte.

Realmente, não havia o menorsignal de balaustrc, mm do lastroda me.-ma. Apenas uma das tra-

(jue iam de i,m lado ao outrodo rio, sustentando as lalioas dolastro, havia resistido, e ali estavacomo uma "pinguella" de um pai-mo de largura, descançando sobreas estacas que a wpportavam!

— Então, foi por ali que eu pas-sei?!.— perguntou o fazendeiro,não querendo crer no que viam ÉCUSolhos.

'c***,r " **—y~ - _*¦ Ara. hv - ^—«y X-.-»^- -*¦ ^-rV»>^—í-»p.

Page 13: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

'.. _ Abril _ 1930 13 — O TICO-TICO

UMA CARTA DE PARABÉNS*.!/'v esfã scalada junlo a cs-

críianinlta, perto delia tem umace la 'de

papel que já está quasicheia).

ry — Será que não consigorever uma cartinha para Neu-

sa: lá gastei a caixa de papel eainda nem comecei. (Depois deuma pausa levanta-se e c: meça aandar pelo qtnrto). Ha dias em(pie se está mesmo nem sei como,que p<ir mais que se pense, não setem a menor idéa. Logo hoje que aminha intelligencia achou de pas-seiar, só parece isso! (senta-se).vamos ver se agora, depois dessasvoltas, poss | escrever,, (pega nopapel). O que hei de' dizer-lhe?"Felicito-a

pelo seu anniversario,ou. pelo dia em que colhe mais umaflor no jardim dc sua existência?"!--•• já está mais que batido... e

cu como sou uma menina intelli-gente não posso c :-.ver cousasbanaesr. Vou começar a fazer ararta. talvez assim venha a idéa.(começa a escrever) Minha...

querida... Ncusa... E agora?(deixa a caneta cahir sobre o pa-

Oh! Sôu uma grande desas-trada! Mais uma folha de papelinutilizada. (Tira outra folha).

(MONÓLOGO)

Só tem mais duas folhas! Agora(bate com a mão na cabeça). Jui-7.0, e vou puxar pelo meu bestun-to. Vamos ao cabeçario. Minha...cara... Neusa... quero só ver se

a minha pobre cachola não é ca-paz de inventar alguma cousa.(pausa). Oh! Já me lembro, voudizer-lhe: Levantei-me hoje pen-sando que para a bôa amiguinhaabria-se mais uma pagina da suaexistência. Oh! Isso Lúcia escre-veu-me no meu anniversario e,modéstia á parte, eu devo ter pen-samentos melhores que ella...-.(olhando para O papel) Minha ca-ra... Pois não é que escrevi Milhaem vez de Minha! Isso é demais!(joga o papel na co$\* e tira ou-tra folha) Uma cai>:a de papel quepapae comprou hontem! Elle nãovae gostar muito disso (escreve)'M.. i... n... h... a... N...e... u... s... a... Escrevereiqualquer cousa- (Diz. á medidaque escreve) Desejava muito...querida... amiguinha... ir...hoje... pessoalmente (interrom-pe) pessoalmente tem dois ss? Maisesta duvida! Aonde está o diecio-nano? (procura) Achei, p... e...-

s... m... n... o... p... par.,<parede!.o... pes... pesadelo... pe-saoo. . . pescoço..'. péssimo. .. Ve-jam só, a palavra que eu quero nãoha meio de encontral-a. Estou co-mo vulgarmente se diz: no mattosem cachorro. Não tenho mais pa-pel, já comecei a escrever essa pa-iavra, a carta tem que ir hoje.. .Passar borracha fica muito feio(Pausa) Oh! (dá um pulo) Eu-reka! Uma idéa luminosa! O te-legrapho! Benidito seja esse gran-

de homem que o inventou! Comoé o nome delle? Esqueci-me, masisso não vem ao caso. Vou man-dar telegraphar... Preciso escre-ver, aqui nesse papel serve. Neu-sa — parabéns. May. Até dessasimples cousa eu havia me esque-cido! Perdi uma manhã inteira pa-ra fazer uma carta e em dois se-gundos fiz um telegramma. (Olhapara o relógio) São ii horas, voumandar já para que chegue em ca-sa delia hoje mesmo. Custou, mas,finalmente. minha intelligenciaacordou. Depois as más linguasvão dizer que não sou um talen-to... (sae).

MARIA M. MAGALHÃES

So r sido por ali —

ndcram-lhe.Nâo sabendo que a enchente ha-

via a ponte o velho fa-zendeiro fizera, naqudla noite, o

que costumava fazer nas anterio-res: aband mara aa rédeasr. .ço do burrico e deixara-se levar

por elle. na certeza de que o ani-mal sabia o caminho de casa.

Cautellosamentc, sentindo quelhe faltava o lastro da ponte, o bur-

rico foi procurar alguma passageme encontrou aquella trave. Assim,pé ante pé, sondando o terreno an-tes de adiantar um passo, foi elleatravessando, com cuidado, de umamargem para outra.

Reparando nas portas cujos fe-chos elle havia partido a coices, namanhã daquelle dia, lembraram-seos empregados de que talvez fossepara os animaes poderem fugir atempo, quando chegasse a encheu-

te. que elle havia presentido de lon-ge.

Desde esse dia que ninguém maisdisse lhe faltar intelligencia.

Até o próprio macaco, imitadorJ cr feito do que via o homem fa-2er. não mais zombou delle, nem opapagaio — que só dizia o que ou-via dizer — lhe gritava ao vel-o

ir:— Burro! Burro! O' Burro!

TRANCOSO

Page 14: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

O TICO-TICO — 14 — 23 — Abril _ 1930

O CÃO DE GUARDAEm uma das aldeias vizinhas de

Paris que soffreram mais devasta-

ções do cholera-morbus, só um po-bre guarda-caça sobrevivera a toda

sua familia. Sua mãe, enferma,

fora arrebatada em primeiro logar.depois, sua mulher e seus dois fi-lhos.

Com que terno cuidado trataratodos até o ultimo momento! Com

que coragem elle velara ao pé desua cama, com o risco de respirar

o seu hálito envenenado!

Foi elle que, dominando sua"dôr, os sepultou com as suas pro-

prias mãos. Elle não os deixousenão quando a terra cobriu seusdespojos, e, elle voltou a sua ca-bana vasia a occupar seu Ingar no

leito de dor. O mal, que uma for-

ça sobrenatural detivera nelle até

então se manifestou com tal violen-

cia, que eram necessários os mais

promptos soccorros para cural-o;

o guarda não quiz receber nenhum.— Para que viver — dizia elle

•— quando não se tem mais nem

mulher, nem mãe, nem filhos, quan-do se está só| no mundo?

V. elle rcpelliu obstinadamente"©!?

que queriam tratal-o. Fechou-se em

uma cabana e morreu com as mais

horríveis dores, sem outra testemu-

nha senão seu cão, seu fiel compa-

nheiro, o único amigo que lhe res-

tava.

Desde e.-ta época, o pobre aui-mal não deixa de vagar da flores-ta á cabana e da cabana á floresta.

Após haver vagado todo o dia,farejando cada arvore e cada arbus-to, ora correndo para á frente, co-mo para ir ao encontro do seu se-nhor, ora retrocedendo como sc otivesse perdido, elle jcgrc;.r,a, esgo-

tado <h fadiga, á porta de sua ca-bana e o chama com gritos iamen-

JOAQUIM VICTORIXO

taveis que enternecem toda a vizi-nliança. A' noite, elle enche o ce-miterio com os seus uivos.

Estranhos, emocionados com asua dor, procuraram leval-o comelles; mas sempre elle voltou..'

Para elle seu dono está apenasausente c, deitado sobre sua tum-ba ou sobre a soleira da perta, ellemorrerá esperando o seu regressoe ns suas cariehs.

PORTELLA F. ALVES

PARA SALVAR O M I M I

Germana e Nelson tinrrm u.n mi, trepou em uma arvore e tevegatinho muito peralta e desobedien- medo de descer. Mas Germana ete. Um dia, o gatinho, o lindo Mi- Nelson foram buscar uma toalha

^^^tMm^ammmm\t I bbíbbbb^ fl fl 'fl

W

abriram-na e o Mimi, que é um rou-«e da arvore, sem soffrer dam-gat;nho muito intelligente, ati- no algum.

Page 15: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

23 — Abril ji!):;o — 15 O TICO-TICO

CAIXA MYSTERIOSAO MEDO DA JOANNA

Uma noite, na chácara do Sr.-Almeida, ouviu-se o pio triste eameaçador dc unia coruja.

A Joanna, uma empregadinhab ;al e supersticiosa, como cm ge-ral o são todas de sua classe, co-meçou a benzer-se e a rezar muitodepressa:

Deus nos acuda! VirgemNossa Senhora! Credo! Vae acon-tecer alguma desgraça.

Cale-se, interrompeu severa-mente D. Alzira, não admitto queesteja a metter medo ás creanças.

Mas, patroa, dizem que quan-do a coruja dá essas garga-lhadas. •.

Eu não quero saber dessesmexericos! interrompeu novamen-tc a si a. Almeida. Um nobre bicliinho que nunca fez mal a nin-guem ; até pelo contrario, continuoumais calma, é muito útil, pois sealimenta quasi só de bichos damninhos, principalmente roedores.

Então não é verdade, per-guntou a Joanna, que essas garga-ihadas annunciam a morte?

Xáo, absolutamente! Isso éapenas uma invenção muito tola.-Rcfüctam um pouco e vejam se

corcordam: Que relação pôdehaver entre o grito de uma ave ea saúde e vida dc uma pessoa?

Sr assim fosse, accrcscentouCelso, seria justo que os cantos egritos das outras aves também an-nunciasscm qualquer cousa bôa oumá!

Isso não é propriamente umargumento, atalhou Edgar com arde riso, dou-lhe já uma prova con-tia <> que di-

— Diga, se és capaz, retrucouCelso, que não esperava brinca-deira.

0 mocho orelhud,

— E' um optimo presagio, re-bateu Edgar, quando a gallinha cacafeja...

:7ê^>7^-. ¦.

Coruja do campo

Ora, que tolice, resmungouCelso, desafwntado.

Você, que gosta de ovos co-mo um lagarto, é que o nega!

D. Alzira, qae durante esse tem-po procurava uma gravura da co-ruja, encontrando-a, exclamou:

Coitada! Essa má fama, co«.certeza, lhe veiu de choro pelafeiúra.

E não são só os homens i ueantipathizam com ella: os pre pri spássaros, quando encontram unracoruja de dia, aproveitando-se covardemente da diíficuldade que temella de ver cotn a luz do sol, fa-zem uma algazarra para cha arseus companheiios. Então > ban-do todo cae de bicadas sobre a vi-ctima que mal se pôde defender.

O Jtistino, tratador dos ca-vallos, contou-me que existe umacoruja de vida diurna, chama-secoruja-do-campo: esta que nos as-sustou, provavelmente, é uma "su-indára". porque é bastante confia-ria. tanto que procura o telhado dascasas para construir seu ninho, aopasso que os "caburés" se nidifi-cam na matta, nos paus ocos.

Têm uma particularidade in-teressante: comem a presa sem dei-xar resto e o estômago que seencarregue de aproveitar o quepuder.

Des ossos, dos pellos e pennasque restará, forma-se um bolo quea ave icgorgita.

O jacaré também fai assim.Tem razão! Não me Unha

lembrado.-Mas, voltando ás corujas, faço

questão que vocês acabem com essepreconceito tolo e protejam sem-pie essa ave tão útil.

TIO NOUCUI

rHJIMIfffHilM'—9mmWBBm» ¦» ^m\mv* A.

Page 16: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

O TICO-TICO 1G 23 — Abril — 1938

OS DONOS DA TERRAAttençâo, meninos meus, para

uma coiisu triste quc lhes vou co::-tar...

Quando os navegadores portu-gttezes aportaram na maravilhosaterra, que hoje é o npsso grandiosoBrasil, aqui encontraram povos queviviani de unia vida miserável, po-Lies, paupérrimos, entre riquezassem medida!

Selvagens bárbaros, mas não detodo ignorantes, revelando a cadapasso a existência dc uma civilisa-ção antiquissima e opulenta, que seperdeu na vorageni do tempo.

E desde então, ha mais de qua-tro vezes cem annos, chegam cons-tantemente a estas plagas explora-dures de toda casta, que vêm es-tudar o homem e a terra, neste con-tinente perdido, cujo nome "ame-righa", em lingua tupy diz, clara-mente o que ninguém descobriu:terra separada... isto é, terraque, em tempos idos, formavamcom a África um só continente!

Mas hoje, que o Brasil é dosbrasileiros, só aos brasileiros com-pete o direito, e ao mesmo tempoo dever, de explorar a nossa terra,de estudar a raça a que pertencemos nossos antepassados, de aceudirá miséria e degradação em que vi-vem esses patrícios nossos, quemuito soffreram e lutaram para avictoria daquelles que fundaram anossa nacionalidade.

Entretanto, salvo raríssimoa ai-guns, como no Império de PedroII o Comt. Couto Magaihãcs, eagora o Ceneral Rondou, que rc-ceberam do Governo missão espe-ciai para a civilisação dos homensdó sertão, ninguém se oecupa, em

a terra, das gentes que foramcs seus legítimos donos!

Centenas dc visitantes, vindosdc toda parte do mundo, afrontamas agruras tia falta de communica-

, e delia se aproveitam paracarregar preciosidades de inesti-mavel valor, que só deveriam per-ttnar ao patrimônio nacional.

im, ii'>s museus da AHema-

nlia, du Suécia o da França existemmantos reaes de una riqueza e for-mosura sem igml, o. de pequeninaspennas de pacrr,s, ruir idas du-rante annos c annos, simulam osbordados a oure e pedrarias finas,que adornavam, lia frél mil annosatraz, cs mantos dps reis e dossummcs sacerdotes!...

De quantas crueldades semelhan-tes acquisições não foram o fruto,póde-se imaginar lendv a descri"pção feita pelo americano \V. Cook,de um prestito cm que os índios Oacompanharam chor-udo e gntan-do, na exteneão dc mais de umamilha, por causa de uma forniisima arara, fie quc 03 havia despo-jado!. ..

Entretanto, ba outros explorado*res, que são os missionários calho-licos, anntinciados por Anchieta cmseu leito de morte...

Sábio entre os sábios, elies es-tudam cem intelligencia a rara c alingua, os costumes e o modo dcvida do habitante da terra; bondo*sos, meigos, pacientes, só elles con-seguem do indio a amizade e a cen-fiança.

Aqui arribam silenciosos e hu-mildes, tiazendo apenas a roupa docorpo, o seu livro de rezas e umcoração cheio de IxJa vontade, stmcalcular, siquer, a immcnsidão dasdiffiVuldades e perigos que vãoencontrar, e os sacrifícios immen-sos, em que muitas e muitas ve-

terão de immolar á própriavida.

De vez em quando, lahera domatto, e chegam aqui desfeito*, ex-gotados, emmagrecidos pelas pri-vações, e andam de porta em por-ta, implorando a caridade dos bons,

^jjrj^/SBfoi

lainándo aquelle supérfluo dos¦rumados, que, pelas leis divinas

e humanas, pertence ao pobrezinho,ao miserável, ao infeliz abando-nado...

E se me veiu ao espirito falar,hoje, deste assumpto com os meuspequenos leitores, essa idéa foitrazida por um facto commoven-

te que mostra quanto são os pe-quèiiinos e humildes, as criancinhasinnocintes e puras, sempre atten-tos e solícitos, quando se trata dossofírimentos alheios:

Ha poucos dias, em uma de-as mais bella? egrejas, um Pa-

dre hollandez, que voltava para asua missão no extremo norte doPará, pedia aos crentes que en-chiam o templo, um soccorro, umaesmola, uma dádiva, desse quinhãochamado dizimo, que Dciis Nos-so Senhor mandou que se guardas-se para o thesouro dos necessitardos.

Choveram nickçfs, na sacolado missionário! — nem todos de-ram... e os que deram, derammuito pouco.

Viu-se, então, chegar uma mu-lher do povo, pobre operaria queacompanhava uma meninazinha

alça. A mulher chorava. Via-se quanto lhe custava o quc ia fa-zer. Re ferio, então, ao Padre que,a custo, economtsara 5.000 réis.afim de comprar um par de meiaspara sua filhinha de oito annos.-\ menina, porém, tendo ouvido orelato da vida miserável quc pas-sam aquelles nossos irmãos selví-colas, exigia, com roj 15 e lagri-ma«, que ella enti para os in-

leprosos do Pará aquelles cin-mil réis destinados a agasalhareus pcquenii '. . .

B a mãe chorava, porque lhecustava o sacrifício. . . . meninachorava, temendo que 1! re-

<la a dita de tão bella offeren-• '• 0 Padi \-."i de ad-"...

CEMMA D*ALBA

Page 17: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

Abril 1ÍJ.J0 — IV O TICO-TICO

, , - r-,„ M| .^^K-» .7X1

""V"" ^F^*_|ae***l K!

O fíianati

Havia na floresta um passai i-nho que tinha o máu costume «ledizer (pie via e ouvia cousas quenunca, tinha visto nem ouvido.

Quem mais se aborrecia cemisto era o macaco, porque diversasvezes fora victima do tal passa-rinho.

Certa vez, tinha o rnacaco en-contrado um grande bar.aneiral nachácara do homem e se preparavaafim ile colher algumas das sabo-

13 frutas de que tanto gostavaquando, justamente DO momentoem que estendia uma das suasquatro mãos para tirar uma Lana-na madurinha, o tal passarinho gri-tou: — Bem-quc-vi!... "

O macaco, assustado, abando-nou seu intento e se foi emboramuito pesaroso.

Xo dia .seguinte suecedeu a mes-ma cousa, de sorte que o macacosempre que ia tirar uma banani-nha ouvia o grito «Jo passarinho,avisando-o:

— "Bem que vi!''

OS SERES CURIOSOSDO OCEANO

O mar tem habitantes cttrique a sciencia. «lin a dia. vae c» -nhecendo. Entre esses está, sem du-vida, o mctnali, peixe cunosissitnoque existe nos mares da Florida,desde tempos remotos. O uianc.ti éum mammiíero aquático, herUvo-ro, que se suppõe tenha dado cri-gem á lenda da sereia, que vem átona dágua seduzir os viajantes. O

-- ******* ^**->s\s******>***

ÍLZ&Sz?§^.^..

*- .

A sereia

inamti quando ammamenta o filhoabraça-o com as nadadeiras e emer-ge a cabeça fora dagiiá.

O MACACO O BEM-TE-VINão se sabe se o tal passarinho

teria ido dar aviso ao homem, do-no da chácara, de que o macacolhe queria comer as bananas. Ocerto, é que ao terceiro «Tia vieramuns cbacareiros que cortaram to-dos os cachos de bananas, levàn-do-os para logar seguro, longe dasunhas do macaco;

Este ficou desapontado quandoao chegar á chácara não encontrounem mais uma banana.

Pensou, então, em se vingar dopassarinho mexeriqueiio; e, vendono chão uma "arapuca"

armada,póz em baixo da mesma uns etãi -sinl-os de arroz de que o passari-nho gostava bastante.

Feito isto, ficou aguardando achegada delle.

O passarinho veio voando e, aopassar perto da arapuca, o maelhe perguntou:

Não viste, ali, aquelle arr zde que tanto gostas?

"Bem que vi"; respondeu oesperto passarinho, mas estou semfome*

— Come, ao menos, um grão-sinho.—••Pois bem. YaC buscar um

grãosinho para eu comer, e, se mtagradar, irei comer os outros.

O macaco não percebeu a arti-manha do passarinho e, apressaria-mente, metteu a mão em baixo da"arapuca". Tocou na armadilhaque tinha um laço forte, fiean*Vpreso pela munheca.

O passarinho, então, lhe gritou:— Bem que vi!... Bem que vilE por isso não fui comer arrozahi. ..

O macaco por mais esforços qv.efizesse não se poude desvencilb irda armadilha em que cahira.

Foi apanhado pelo homem, donoda chácara, e, quando ia ser mctti-do na gaiola de arame que lhe ar-ranjaram, ainda ouviu, de loiv.-c,o passarinho esperto a lhe gritar:— "Bem

que vi!... Bem quevi!..."

M. .AI AI A

Page 18: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

TIRO AO ALVO D ' ' 0 TICO-TICO"- (Pagina n. 2)'l

(O I \ NO PRÓXIMO NUMERO)

Page 19: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

O TICO-TICO 23 _ Abril — 1930

O PALÁCIO DOS GOLFINHOS ENCANTADOS. Tara <„. tOUTOtas que visitam a peqpehn aldeia de

Elack-Rucles, na costa do Irlanda, é obrigatóriotini passeio de barco, a ura togar que os - chamamc "palácio dos golfinhos

Nesse lugar, atara fimpidas. v_-se no fun-do do mar um estranho am le rochas, que dão real-mente idea ele minas de algitt»castello medieval.

O pescador nio espera que vi; interrogue; pa-!o de remar e deixando ob ' nçar-se docementeao embalo das ondas, começa logo a cantar a hi..,>ria daquel-Jas suppostas ruinas."Um

pescador destas paragens tinha trc= filhas moças..O seu desejo, porém, havia sido sempre de ter ao menosura filho homem, que o ajudasse oo seu penoso trabalho.

Quando estava só na sua pequena canoa, perdido navastidão do mar á espera de qu_ o peixe iin.rdi-.-e a i-ca,o pescador conversava comsig. mesmo em voz alta, cos-fume cominuni ás pessoas que passam muito tempo sú-sinhas."Se eu tivesse uni filho da idade da Maria, a BanhaCaçula, teria um companheiro e auxilio no meu arristrabalho. Com doze annos eu já acompanhava o meu velho

nesta mesma canoa".E o pobre homem continuava a monologar, "tres me-

. que será dellas se algum dia eu fôr tragado pelasondas? Maridos, dificilmente, pobt somos, pode-r3o encontrar; se ellas tivessem um irmão, ao menos, elleti maria conta delLis, como. eu fiz com minha irmã".

Certa vez em que o rripre se lastima-va e se queixava do destino, por não ter um filho homem,uma vaga mais forte varreu a canoa de ponta a ponta;quando passou elle viu um grande golfinho, que saltavano fundo do barco. O pescador lançou mão do arpão parai o peixe, mas, com grande espanto seu, este lhe disse:

Não me mates pescador, pois vira para prestar-tcv.m grande serviço. Tens tres filhas que queres casar; nósfomos tres irmãos, poderosos príncipes do mar, concede-no. tuas filhas em casamento, e para o resto de tua vidaserás rico e feliz.

Mas como, diz ' r, você ca«ar as minhasfilha s com peixes«?»

Nós somos peixes durante o dia, á noite DOS trans-formamos em homens e podemos viver nos nno fundo do mar ou em terra.

O pescador não sabia o que responder, mas o golfi-nlio, saltando nagua, disse:Com essas pérolas edificarál um grande paláciomoraram juntos. Dtaqui a ,ei« mezes realizarem

casamento.. Guarda segred i que não te arrependeiMas escuta golfinho, quiz ainda dizer o pescador.O golpliinii,,, porém, já ia longe e quando o bompara o fundo do birco, viu um monte de pérolas das maisraras e preci<<

° I,)c>ca,: um lindo palácio á beira do marfe disse as filhas, .,„e ,!a]i a z]güm tci havfam de d

príncipes, que com .1' , ariam.Terminado o jalacio. o pescador d. u uma grande festa.

A meia noite um „ nn-ra,]);i qoe

dava para o mar c delle saltaram tres jovens ricair:-ntc ves-tidos. O pescador reconheceu-os Iugo e apresentou-o ;issuas filhas, como os noivos que lhes promettera.

Os casamentos realizafam-se !< go, mas pela madno- tres jovem despedirar_f»se das espo_a_ e embarcaramno navio

"Ha assim disseraçi elles; pe!gada pari âevoltaá noitiima.

Durante muito ttmpo viveram asaes psmente feliz, .Pela madrugada os golfi:.hos-h< ' ;pediam-se e

partiam para o alto mar, onde se trari . nm cm peixe-.Quando chegava a noite, elles voltavam à serem li

ressavam ao palácio, onde ficavam até ò amauhecer.Maria, a filha mais moça do pescador, que adorava omando conformava--c com aquella situação c nunca pro-curava saber o que levava a ter uma vida tão estranha.

O mesmo não acontecia com as dua< mais velhas Joanna eLucia. Continuainenti _i:.v interrogavam os maridos, parasaberem o que faziam, todos os dias, naquellas mysteriosasausências. Elles :.. m e a curiosidade delia- t ir-nava-se uma verdadeira bbsessão.

Muita ..(¦.. ellas mand uil-os por pescadores,mas este- quando voltavam diziam sempre, (pie, quandoelles chegavam em alto mar, uma grande vaga cercava acanoa dos Ire-, nn personagens, que iião era maisavistada.

]'- assim/o de ;,as curiosas nâo fazia senãoaugmentar.

No fim de alguns annos o pescador morreu, satisfeitoe feliz em ver as filhas casadas c ricas. Mas antes de mor-rcr o velho chamou-as, recommeiidaiido-Ilies muito que nãoprocurassem dc-vem lar o ,,,,- cercava a vida dflímaridos^ disso depqgfa tcxja a felicidade dellas.— "Socega meu pae, respondeu a mais moça, estimemuito o meu marido, c somos felizes; nada quero saber".As duas mais velhas nada disseram. 'videempregar um meio para desvendar o mysterio.

Certa noite, ns durv. ctíríbsaj misturaram um narco-tico fortíssimo nos alimentos dos tres ir da irmã.

Pela madrugada elles não partiram c..nr_ de costume.pois não acordaram, maj .pando o mi cv aposentos,ellas viram no leito, no lugar dos tmripeixes, Correram ao quarto da irmã. que dominada jx..onarcótico dormia, e viram, que seu marido se transformaratamlicm em peixe.

Nesse momento, ouviu-se um estrondo (remeles começaram a cobrir o pelado. As duas

irmãs fugiram lrrrorizadas c úc longe puderam ver que0 mar enfurecido, cobrira completamente o palácio, semdelle deixar \e-stigin algum.

Da irmã mais moça _ dos tres homens-peixes, nio-gucin mais ouviu falar, mas com certeza continuaram aviver no \o do mar.

As duas irmãs mais velhas alandonadas de t,.do<, mor-rcrani na miséria,

I\. Ronoele.

Page 20: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

23 — Abril — iíWO — 21 — O TICO-TICO

Ü '77jjp^i^^ffi^AF1UAL ,ê>d ME FAUZWA

£>er Mcrroo/cuôTANINGUÉM MEVENCE NAS?

•CORRlOAjzj

VOU ENCHEU BEM E^Te.PNEUMATICO PARAFACILI-

iTA-R aí5 t)UBl"DA^ ATE.

I( v*V ÔER wcrroo/cüôTA (~~&

I A-RODA ESTA' CH£1A £=^ ""! J,ÍEW/W& TODE DAR. j^f) \, ^

/<la M\«-Ç.eiCORDlA .ESTOU J—V ¦Ky cOR^cNro ma.6 Q^ej - K_L v

/%s5Q> O "reLE^RAPHOj )¦/ V X^> VlvA

i/\ ^V/V^í^n pulo veMy 1 • \ \ \ \Vvf UV jC/Àp ^'^i-e

Page 21: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

O TICO-TICO 3 — Abril — l'J_0

CÍlfe.y> J-%. \ç

^KM^rtxM __l__®____v^---

__

R-B.O_3.I_:_3._F_.___.ÇAoRaymundo era uni bom homem,

rabalhador e honesto. Empregadona Secção de Engenharia da "l.i-

ght", era muito estimado por seuscollegas e superiores.

Casado co:n uma excellente mu-lher, tinha dois filhos: Heiena d-cinco annos, a mais velha e Mariode tres annos apenas.

Embora pobres, eram felizes.Nesse iar reinavam a paz e a ale-gria.

Mas como não ha felicidade com-pleta no mundo, aconteceu, paradesgraça do lar, outrora tão feliz,adoecer gravemente o filho menordo casal, — Mario. E, apesar detodos os esforços, numa linda tar-de, a almazinha de Mario partiu nosbraços de um anjo, para a mansãoceleste.

Toda a felicidade e alegria docasal desfizeram-se. Raymundo,num acío de covardia mora!, aba-tido pela desgraça que attingiraseu lar, procurava dissipar sua gran-de dor no álcool.

Desde então, devido a esse vicio,tornou-se vadio e descuidado de sipróprio.

No primeiro mez, após esseacontecimento, o seu ordenado pas-sou directamciite para o dono do

quim. Depois, o chefe da sec-Ção, informado do que lhe aconte-cera e da vida que levava, emboramuito condoído, despedio-o.

im, caminhou, não só para1 ruina do seu lar, como tambem desua saúde. Se alguém lhe queriafalar, {.ara não desperdiçar tempo

em ir á sua mísera casa, deveria dl-rigir-se immediatamente ao bote-quim.

Eíisabeth, sua mulher, cm vãoprocurava livral-o de tão horrível cprejudicial vicio. Quando o proctt-rava para aconselhar-lhe, era aco-Iluda com palavras grosseiras.

Em sua casa residiam a misériac a doença.

Helena definhava. Os aicollcgas de Raymundo, quando oviam, a muito' custo o reconheciam— magro, envelhecido e envenena-do pelo álcool.

Eii-abelh e Helena que apesarde seus poucos annos comprchendiaa desgraça (pie cahira sobre seuspães, pediam nas suas orações aoOmnipotcnte, que o transformassee livrasse do terrível vicio que ti-nha.

Eíisabeth trabalhava muito.A tuberculose começava lenta-

mente a se revelar em ambas; Eli-sabeth pelo excesso de trabalho eRaymundo pelo abuso do álcool.

Mas, Deus, o Omnipotente, nãose esquece dos .eus filhos e as sup-plicas de Eíisabeth e Helena foramouvidas,

Numa noite chuvosa.. Eíisabethachava-se velando, quando ouviuque batiam. Correu a abri- a por-ta. Um grito abafado __cap< u-se-lhe dos lábios. Um grupo dc ho-

ruens trazia um corpo inerte, que1 <go reconheceu . er o de seu ma-rido.

Havia cabido numa espécie dclethai

Nesse estado, viu seu filho Ma-rio que, ajoelhando-se a seus pés,depois (ic beijar-lhe as suas midisse:

— ''Meu pae. Abandonae o vi-

1. Tende compaixão tieminha mãe. Pensae no futuro quee_tá reservado á Helena, se conti-nuardes assim. Minha mãe estádoente como vós e não resistirá,decerto, por muito tempo. O vos-so organismo está envenenado, e,se não r.bandonardcs esse vicio, es-tareis condemnado á morte. Pen-sae bem. caro pae. O que será fei-to de minha irmã, só no mundo,sem ter um parente ou pessoa ami-ga? Regenerae-vos pae; e tende co-ragem para vencer na luta. Adeus",viu-e cercado por Eíisabeth, Hele-

Nessi oceasião, abriu os olhviu-se cercado por Eíisabeth, Hcie-na e alguns vizinhos,

Quando se restabeleceu, proctt-rou um emprego e evitou o álcoolde tal maneira que chegou a odial-o.

ados uns mezes, mudaram-se para o campo e a vida ao ar livreacabou dc os restabelecer c fortifi-car.

A feKcidade tornara ao seu lar.

Conto organizado pela ahimnado 5o anno — r turno da F.scolaDeodoro: — Maria Aidxl /•',,;»«•/-redo.

'essora: — D. Oiga Doria.

Page 22: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

23 — Abril — ií':;:) 23 O TICO-TICO

^'J'Ty'^<'s'¦¦?>'¦ I ''.'. ( ,-.»<• «.. ¦

i-^-vCíi-WÉíi váà«j5s5níf ^üí^^-NJür^

AS PIRANHAS. PEIXES VORAZESminutos pelosno São Francisco e cm outros eran-o

Um caboclo amazonense, na suacanoa, no rio Amazonas.

Vocês já ouviram, sem duvida,falar nas piranhas, uns peixes mui-to vorazes que vivem no Amazonas,

des rios do Brasil. Essesmedem, geralmente, 12 a18" centímetros de com-primento e são dotadosde incrível voracidade.

Acompanham, em gran-des cardumes, os naviospara devorar tudo quede bordo cahe ás águas.

Os pescadores e cabo-cios, que navegam cons-tantemente nos rios acimacitados, dizem que, se umapessoa cahir num rio on-de existem piranhas, é de-

peixe:vorado em poucosterríveis alarves.;

A T E M PPaulino era o uníco rebento que restava á velba Jo-

sepha, que vira suecessivamente a morte cruel lhe ceifartoda a sua prole.

De gemo irrequieto, e traquinas, o garoto trazia emconstante sobresalto sua velba mãe, que temia sempre quelhe acontecesse algum desastre. Dava-lhe innumeros con-selhos, mil vezes repetidos, sem que o peralta fizesse conta,ao contrario, mais pcraltices praticava, divertindo-se com odesassocego em que ficava a velha mãe. Subia como ummacaquinho, numa mangueira que crescia junto á porta, es-tendendo para o céo seus ramos folhttdos, e de lá de cimaatirava-se para o chão, mim salto verdadeiramente magis-trai, digno de figurar numa prova esportiva, ou dava cam-

balhotas ou saltos, na macia relva das margens da estrada,

e muitas outras pcraltices que não mencionamos para nao

prolongar a narrativa, e que causavam verdadeiras tortu-

ras á pobre mãe que receava vel-o partir a cabeça ou um

braço a cada momento. Paulino era o demoniozinho queviera ao mundo somente para causar desgostos a sua boa

mãe, que tudo supportava com paciência.Moravam ambos em uma cabana á beira da estrada,

que ligava a cidade á capital. A cabana, apesar de ser so-

lidamente construída de sapé fortemente entrelaçado, ha

muito que denunciava mina, as continuas chuvas haviam-

na apodrecido, de modo que era de temer um desastre, e

ambos ficariam sem tecto, ao rclento. E-es symptomas de

ruina da cabana, ainda que visíveis a quem a examinasse, de

relance, passavam desapercebidamente aos seus mora-

ido:'aodesH'1- ra, de.x.

• no outro extremo do horizonte grtíssàs nuvens que !

formavam, e cada vez mais escuras, vinham velozmente

a cobrir todo o céo, que. de azul que era. tornou-se ptam-

bco. Vários relâmpagos ii*uminavam-no, pois o sol ja

t* S T A D Edesapparecera, como a fugir da tempestade immmente. Osrelâmpagos eram seguidos de perto pelo fragor dos tro-voes.-Eram indícios precursores de uma tempestade for-midavel.

Dentro da mísera cabana a velha Josepha, de joelhosz.nte um crucifixo suspenso na parede, endereçava umaprece ao que tudo pôde, para que protegesse seu filhinhoda tempestade prestes a cahir.

Pauhno, indifferente, apreciava os clarões violaceos,que penetravam intermittentes pelos interstícios de que a ca-bana estava cheia.

Um forte vento começou a soprar lá fora, varrendo ochão e levantando nuvens de poeira. E a vela que alumia-va o interior da cabana, alongou-se, curvou-se e dími-num como a apagar-se, mas logo depois ergueu-se vi-ctoriosa das rajadas, continuando a reluzir tranquillamente.

fi que a velha Josepha apressara-se a tapar os buracospor onde penetrava o vento, com trapos velhos.

As. primeiras gottas de chuva principiaram a cahirruidosas, sobre o tecto da cabana. E depois foi só oruido do vento a zunir desesperadamente, da chuva a cahirtorrencia'men'e. dos trovões a rugirem sem descanço noespaço immenso e negro, e a enxurrada volumosa a escor-rer pelos dois cantos da estrada.

A cabana tremia toda como se fosse cahir e despeda-çar-sc, feita migalhas, a um arranco mais forte da tempes-tade.

Mãe e filho abraçados, temiam que tal suecedesse. e<!e vetxm-se de súbito á mercê dos elementos desencatlea-

to-que os protegesse.— .Déús meu! Murmurava a pobre mãe, abraçando

fervorosamente o filho, — Deus*, protegei-nos, fazendo

que esta tempestade cesse c seu furor!

Page 23: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

O TICO-TICO — 24 — 23 — Abril — l!i.!0

Em cada parte do mundo liasempre uma eousa curiosa a ad-

l |

0 Kca ao Nova Zeclandut"

mirar. Na Novn Zeelandía, porexemplo, existe o Kca. papagaio de

UM PAPAGAIOQUE ATACA OSREBANHOS

pennas escuras e bico maisadunco do que os da espécieque todos nós conhecemos.

Desde que appareceram osprimeiros rebanhos na NovaZeelandia, os Keas, até então ra-ros, progrediram espàntosamen-te, transformando-se mima ver-dadeira praga, porque começa-ram a atacar os carneiros, cujacarne lhes é particularmente que-rida.

Os Keas atacam os carneiros,cm bandos, pelas partes gordasdos rins, ferindo-os c mataivl -os

em poucos momentos e seus ata-(pies são sempre acompa-nbados de gritos es-

tridentes._____¦ _tt____i»-Y^í

* l__.OS___________K__^________V:

^3_9__**_fct £Jv> ) ¦«-• ?* *______s_^__v

V^**^V_l_____L

t j)fl^________Sh __KhV^' vV

'4m\y&í&,+n<Zí£F ^_V

^*mmwj£*Á

Êariü / '

O Kca da Nova Zeclatidii

O pequeno Paulino ajuiitou vcheiueutenicntc unia pre-ce á dc sua mãe. Estava deveras aterrorizado com o fragoridos trovões c o? clarGes rápidos dos raios, com que a prin-:ipio se havia entretido. A água penetrava pela cabana adentro; o chão estava alagado; c Paulino, poz-se a con-tcmplar, aterrorizado, o ricochetar das gottas dágua que es-corriam do tecto sobre o chão inntindado.

E-tava cheio de medo, e com as mãos, a cada relam-

pago vendava os olhos, e quando o trovão roncava, tapavads ouvidos.

Pra um milagre manter-se ainda de pé a cabana. c queainda não tiv< ' i dc>pcdaçada e arrastada pela enxur-t. v . que augmchtava cada vez mais, ameaçando submer-gü-a. e afogar os dois moradores,

Paulino, de súbito, transfigurado, fez a seguinte pro-nic^-a ao Christo crucificado, que pendia da pa;

— Salvar. SenhorI A minha mãezinha, que, doravanteni tudo, a não mais inqui.í.l-a com

a* minha, tolas travessuras, e ir a unia escola, onde mepreparará para que futuramente esteja preparado pata daruma vida melhor á minha mãe, e que não sejamos |D a pobre/a, constrangidos a habitar esta cabani.

Elle disse isto num fôlego, como que impulsionadopor uma força interior, que era a bondade que lhe desper-tava no intimo, onde estivera até aquelle momento, em es-tado latente. Com banhados cm lagrimas, abra-çon-se á sua querida mãe, que dc futuro não sof íreria mais

l-\

'"-*-*-"-"-"-¦-"-%•--^.•-•.-.•.".--•.".•--^.-.-.-.-.^_-^.•^J¦.•.^.".•'.-.-.•.•.,V•

com o ultimo filho que restava, qu.; acabava do abjurarsuas maldades.

A mãe. commovida. beijou-c ternaménte na fn ntc.A teni]>estade amai; mente ora co-

meçara. como sóe acontecer coin as tempestades em ipaiz.

Os relâmpagos espaçaram-se mais e mais, e os trovõescomeçaram a rclioar ao longe. Agorn caiu.", do eco rómcntc

uma chuva fina que I( go cessou. O céo limpou-s., pondoa descoberto as estrellas brilhantes, a lua cm qitarto crês-cente, sob o fundo escuro do eco. Soprava uma leve briza

que arripiava os charco: formados petas águas da chuva.A enxurrada diminuiu consideravelmente, dc tal maneira,

que já se não ouvia o marulhar que produzia.No interior da cabana. a mãe c o filho, acabaram por

tecer, abraçados, na velha cadeira dc braços, com afelicidade estampada DOS rostos cmpallidccidos pelo tmr que acabavam dc passar.

A vela a extinguir.c. alumiava frouxamente c-tacommovedora M-cna. Jesus, da cruz suspensa á parede, pa-

contemplar, sorridente, a serenidade daqticllcs entes

que Delle haviam tão accrtadamcntc confiado.Ne«-e m>>mcnto. a chamma dà vela tornou-se tremula,

incerta, indecisa, e não tardou a apagar-se.Mas a aurcola que encimava a divina fronte dc J<

derramava uma luz resplandecente, que alumiou de re-leste luz o interior da cabana até o amanhecer.

RouCO Aeinzl„

.-fl*

r' límmmmmmm&' ^Á ^^_______________Kt. i •^^•rM ' ^ .Ai 1 r_ i,l. ," s v,U 'Y% ._«^-*^ m _•) W/. ^^r^l^mm^tlmK^^^^mm—fm^^^^^^^J^^M .M^XAÃtt^^^AJjLmJÊMtJ^^A ^ ^ __- ¦______. i________f^i. ___# l

Page 24: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

23 — Abril — 1930 — ?; O TICO-TICO

___a

A C A S T E LLÂ ORGULHOSANos longínquos tempos da Eda-

dc Media vivia, solitária, em umgrande e forte castello roqueiro,uma fidalga por demais orgulhosa.

Todos os seus servos a temiampela sua excessiva severidade, nãoperdoando a menor falta de quaes-quer delles, ao contrario, mandan-_o punil-os cruelmente pela maisligeira falta.

Por e.se motivo, havia perdidoa filha única, raptada por um ser-vo que fora desapiedadamente cas-tigado e que, para se vingar, ati-rou, tambem, perversamente, a po-bre menina á voracidade dos lobostía floresta.

Só se lhe encontraram, depois,os vestidinhos rasgados e tintos desangue, no meio de uma clareira,muitos dias após o rapto da cri-ánça.

Já so haviam passadoá 15 an*. depois triste Facto c ca-

da vez mais a castcllã se mostravasombria, cruel e irascivel.

Seu marido, que havia ido com-bater os mouros no Oriente, porlá se dei* P°'s a,é Iiara

1 elle era severa, fria,

jnsupport.-r. I.Uma tal inverno e tem-

peítuosa, appareceu junto á pesa-da porta do castello uma pequenaesfarrapada, pedindo agasalho, poishavia pordid 1 0 pae, que era lenha-dor, na floresta, e ha dois dias naote alimentava.

Os servo., com receio de desgos-tarem a severa castcllã, não que-riam permittir que cila entrasse.

Antes, porém, que pudessem mi-

redil-a. a pequena embaraflistou

pelos longos corredores do castel-! . galgando as escadas c >tü a >g!«

lidadc de uma gazella, e, em bre-ve, se viu em frente da castcllã,attrãbida pelo alarido dos criadosem perseguição á audaciosa in-trusa.

Que vieste fazer aqui? per-guinou a castellã, carregando ossobr'olhos, signal evidente de gran-de coleta.

Vim comer! respondeu fran-camente, a mocinha.

Meu castello será, porventu-tura, alguma estalagem de ínfimaclasse para te acolher?...

X:.o sei. Eu sei é que tenhefome; e quando meu pae era vivoeu repartia do meu pão com 03 quetinham fome como cu tenho ago-ra.

E's uma atrevida, e voumandar castigar severamente todosestes imbecis dos meus lacaios quete deixaram entrar até aqui.

Não farás isto! disse-lheenergicamente a pequena, tratandotambem por tu a orgulhosa fidal-

/%èi

• •";' .- i

ga. Todos os presentes ficaramsurprezos deante de tanta audáciada garota.

A própria castellã, moideu oílábios, sorriu ' ironicamente, e per*guntou, assustadoramente calma,articulando bem cada palavra deper si:

E por que não o farei; podesme dizer?...

Porque si o fizeres, serás iri-justa e cruel. Elles não queriamque eu entrasse; mas eu, mais li-geira do que todos, corri á suafrente e vim parar aqui. Se que-res, manda-me castigar a mim sã-mente: e, se não me matarem dcpancadas, quando eu daqui sahir,direi a todos que 110 poderoso cas-tello da collina a quem pede pão,dá-se-lhe de bordão!

A castellã estava estupefacta,deante da coragem, energia e fran-queza daquella garota franzinadc olhar vivo e imperioso e qu«*não parecia estar cahindo de fra-queza pCt não comer ha dois dias

Ouem és tu, afinal, para vi-res do pó da estrada me dar ordens, a mim, dentro do meu cas-te!)*)? perguntou a castellã curió-sa, fitando a mocinha.

Sou filha da floresta, poisnão conheci minha mãe. Quandoperguntava por ella a meu pae, elleme respondia que mais tarde, quan-do eu crescesse mais, me diriatudo.

Ante-hontem, morreu elle,sem me haver dito nada, quandoeu lhe perguntei, pela ultima vez:

E minha mãe?Reparei, pore'm, que seu olhar

pousava numa velha arca que haem nossa cabana.

Page 25: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

O TICO-TICO 20 "23 Vinil — 1930

Enterrti-o com as minhas pro-prias mãos, e voltando á cabana,muito triste, abri a arca onde en-contrei este livro...

Assim dizendo, tirou do seio umcaderno de notas com as folhasamarelladas pelo tempo, mostran-do-o á castellã ,

E que diz elle, perguntou a fi-dalga interessada já pela narração•ia inesperada visitante.

Não sei. Nunca quiz apren-der a ler o que os livros dizem.

Não sabes ler ...Não! Já não te disse? Ou

precisas que te repitam as cousasduas vezes para as comprehende-res?!... Respondeu dcsabridamcn-te a pequena selvagem

Dá-me o teu livro.Com a condição de me da-

res de comer e m'o restituires de-pois. E' única lembrança de meupae. Toma! E lhe entregou o li-vro. i

Tragam alimentos para ella,ordenou a castellã aos servos quecorreram presurosos a cumprir aordem recebida.

Quando voltaram, minutos de-pois, com bandejas carregadas dosmais finos manjares, doces e fru-tas, deparou-se-lhes o espectaculomais inacreditável que fosse dadoaos seus olhos apreciar: a orgulho-sa fidalga ajoelhada aos pés damocinha lhe beijava, chorando, cscabellos desgrenhados e lhe acari-ciava as faces maceradas.

Que se passara?...Simplesmente isto: a castellã

lera no caderninbo de notas estaspalavras: "Dia 13 de Agosto deM-5 — Disputei aos lobos umacriança que ia ser devorada porelles e que estava abandonada nafloresta".

Preso á mesma folha por um«gudo espinha estava um íragmen-to de panno.que a fidalga reconhe-ceu como sendo das roupinhaa dafilha que lhe fora raptada.

Dahi por deante não houve crea-

MI MI ASXU CIOSO

Mimi o Kifi foram comprar roscas, mas acaminho de casa, viram o ruIoro do.Dr. Lúlú

lh ! elle vai cU-scjar nossas bolachas* mascu tenho uma idéa: prosarei as roscas ness-tas varinhas...

— Mas. por que voe" vai fazer isso, MUml? disse Wfl.

Mas Kifi ficou sabendo quando viu que.¦> Intelligente Mimi iransfomara as bola-chás num bouquet d< :as.

&L mâTít^iW^^^^^^mmmm'"V*-*^*"^-•'• '-*3»*-• fcpXJ,)

E quando o guloso dr. Lulú ve!u, teve a triste dosillusao de vcr em lojrar das p-•n«tosas bolachas — flores! E com uma cara desapontada, disse: Ah! pensei que erambolacha»:, ..

tura mais compassiva, generosa ebôa do que a castellã, outróra or-gulhosa e má.

Por uma feliz coincidência, qumze dias depois desse extranho ca-

chegou do Oriente seu marido,o verdadeiro pae da mocinha, queia sendo educada aos poucos, semdeixar, de todo, seu genio altivo eindependente.

B a r.-wcüã dizia, durante oslongos serões <lo inverno, nas gran-des salas do castello, onde se reu-nia agora a fina flor da aristocra-cia medieval.

¦— Senti qualquer cousa extra-

nha dominando meu ser quando viaquella garota maltrapilha erguera cabeça c a voz na minha presen-ça, retrucando com altivez ás mi-nhas perguntas e faiando mais ai-to do que eu falava. " Só pôde sero c-pirito da minha filba morta,falando pela bocca dessa menina",pensei cu.

Imaginem, agora, minha surpre-ra, meu prazer, meu deslumbra-mento, quando tive a certeza deque era minha própria filha (piemme falava!...

]-. WANDERLEY

Page 26: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

1— -1~A s|H Galeria dos nossos _______|J^^^^J (amiguinhos Qr,1

i '* r ^^ -__¦__. '¦ ^___________i ___FP^^*^__M __it ^97 a jí i__u-__i *n_iiBi_r ^h Rj -—--------_________-______«_ ^^-w i_r^ ^___l r______r«-______ _/ ê

K I ^^h^^^m^^^k^^w ' !____7 ____¦_¦ f \ i_________ **>^ r--*_B2 v i » > ¦âHQFYPttH

^ fU^ MK if^ _____ ¦ __-l¦ |&-> _-_J| |f 3rf. a? * _[ í'jmr Mjà Ére| --$* 1 I i I S

_v _(fS ____¦__¦ I

HUGO E THEREZINHA, ISA MARIA, LÚCIA efilhos do Sr. Ramiro Torres IVETTE MARIZ.

Seixas. I

ESTHER,

filha do Sr. Arthur de SouzaCampos. ^^^^H

**'***'***'**********¦**¦— ^Lw -»*"* «4JW ^^^|

WM í^___( "')__l ^^- ^WK Ja

¦ -

^^^^^•~*~^*~^ - *

JOELSIO E JUVILDO.filhos do Sr. Juvildo Ferrei

ra Vianna.

MAURÍCIO e HUMBERTO,nossos amiguinhos, pergun-tando um ao outro: — Você

me conhece?

Um amiguinho "d' O Tico-

Tico" em Caxambu'

Page 27: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

DO CARNAVAL"

KW* _&1 '1 ^bi^ Tm\Á__RNy?!r __ -_r*____V__P "^ ' y| ____k_____HM___P^^ ________________

_L ' «19 ¦ b_______

*><__!<«___T ' —*____V - ira_____f ** * ^_n ___ * .

• . ií '__! ™ *T^í Jm______ __£__. __•_*

Bf/_V "" f___

EUSILA NOBRE. NO BAILE AFANTASIA DO HARMONIA, EM

S. PAULO

STELLA PACHECO FARIA, NOBAILE A' FANTASIA DO HAR-

MONIA EM S PAULO

5-i ==========

_''_.! __¦. ______ r i » % ^YJl O. ».". •- • __ ^_f-^_P"_T ¦ y— iir*nH

__R _£y ^.' __ffwk_______i

mmukYw* ¦ ___* ""Tim^f**4jr*4m* V? glorinha. filha do sr salimNEDER

m_/_->P __

HELIO.FILHODOSR HEITOR SANER-BROWN SANTOS LUIZA E MARIO. FILHOS DO SR

LUIZ AMARAL

Page 28: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

1>3 — Abril — 1D*>(! — 29 — O TICO-TICO

As Aventuras do Gato Maluco(Desenho dc lhrrimau. exclusividade do "0 TICO-TICO" para o Iiranü)

S*" v*CL ÍA ofi§?> S

|l '

Pf W 1^4—tf'*^~^3Í AA . Èíí */

I>~V^ »^^£ £¦- j] BsWs^bÉsB

. ÀAA^r'^ *g -^

Que gritos serão esses'.' Alguém — Vamos ver quem .. morrendo?

que pede soccorro? Essa vida de po- grita assim! Será ai- Aqui não é. Ali de perto Era "Gato Maluco" quelieial é das mais -pesadas":

De.onde virão esses gritos? Vinhamde perto Era "Gato Maluco" c

rt que esteja... também não é. fazia a sua serenata. Mas um" ¦ \ 1—"— 'I ^^ ' ¦ ¦" I ¦l^jyjiss» l

I IsB.*-*^'***- I km, \ , - -~*"~- ^ m

A.ratinho atir,ou-lhe uma pe- -. "Cão-de-fila". — ...foi que o aggre-dra na cabeça E o "Gato Ma- Aggrediram-me agora diu? Diga já que vouluco" foi se queixar ao... mesmo! j- E quem.. - prendel-o!—Venha...

. . .commigo, seu guarda. Vou mos-trar-lhe o aggressor. — Eil-o ali, novarandim, fingindo que está.

1^^^^^^

iggressor pas->'A. dormindo "Câo-de-fila" ni ' c:1-

poude premi,-, o ratinho Mas de novo. *•« policia seando calmamentevenha ver o meu. na rua Cüode-fila...

foi e deu serena lição no ratinhoaggressor, que perdeu os sentidos efoi arrastado para a hpira da

-)0 \ ri aí7] i

21 V "" ^ ^ ^Mr'1 ^^- CS~ - , — —— »~^ -*T

lrave-i;,-Qik;'cheirar

C

com a cabea eirar

dormir....um bocado! E "Cão-de-fila" co-meçou a resonar :

Page 29: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

D O CARNAVAL'

_V_?* fl H________ ^7*_ ____<__rSN_?_5F __ /*v''%0

_____¦- «_k; ^-^ *, 4T _____ _^^^^_H_I

_¦_*'' ¦ __lHk^9dHl^______________F

l_ I^rTl 'KI _£*!__ 4_t _¥_____ f^T7JÍJ_F ' _ 'Jlwi^tmmm L * __l K^' _E-___fi_______l

____________

EUSILA NOBRE. NO BAILE AFANTASIA DO HARMONIA. EM

S PAULO

STELLA PACHECO FARIA, NOBAILE A' FANTASIA DO HAR-

MONIA EM S PAULO

Hr -. * j«j

___l__i _H

HÉLIO, FILHO DO SR HEITOR SANER-BROWN SANTOS

ím \\ \

________Éfe_______W

gr «*-_A_.

_è H+ 4a *

GL0R1NHA, FILHA DO SR SALIMNEDER

LUIZA E MARIO. FILHOS DO SRLUIZ AMARAL

Page 30: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

Abril — 19:51! 29 — O TICO-TICO

As Aventuras do Gato Maluco{Desenha dc llcrrimau. Exclusividade do "0 TICO-TICO" para o Hrasü)

jgr# f. y

., yy o. -^^y |gf

' — Que gritos serão esses? Alguém — Vamos ver quem .. morrendo? —

que pede soccorro? Essa vida de po- grita assim! Será ai- Aqui não é. Ali

lidai é das mais "pesadas"! íruem que esteja... também não é.

De.onde virão esses gritos? Vinhamde perto Era "Gato Maluco" quefazia a sua serenata. Mas um

csK ^

t i tm «jmi . _ii .u i ¦

t^^r— l Im * — t ii i - • " §'' ratinho atir/ni-lhe uma pe-

•Cãode-fila". — ...foi que o aggve-

dra na cabeça E o "Gato Ma- Aggrediram-me agora diu? Diga já que vou trar-lhe o aggressorli,™-' foi <». nnpivar ao... mesmo! o- E quem... prendel-o!—Venha... varandim, fingindluco" foi se queixar ao

.commigo, seu guarda. Vou mos-Eil-o ali, no

ndo que está.

j> ^-y^ «

. aggressor pas- foi e deu serena lição no ratinhof , ... fip n0vo km policia seanclo calmamente aggressor, que perdeu os sentidos e•J™*

v,!:h:l . ,u na rua Cu» dc-fila... foi arrastado para a W. da .. i II P TH^J^IJ——1¦

te j-frrjitil —— _^~-— .

"————¦"¦****"—*""—"" I. e 1 i com a cal

-V «» girardormir.

.um bocado! E "Cáo-de-fila" co-meçou a resonar.l

Page 31: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

O TICO-TICO — 30 — 23 Abril — li }0

GRANDE CONCURSO DE SÃO JOÃO D'0 TICO-TICO"50 mm» RIQUISSDMOS PRF.MIOS

O INICIO DO CONCURSO

Coníorn temos, iniciamos ho-je a publicação do

GRANDE CONCURSO DE SÃO JOÃO

um -es e de mais fácil so'dos que "O Tico-Tico" tem apprescn-

-Toda. a. creança», assignantes ou

ac

ORANDE CONCURSO DE SÃO JOÃOl

bastando para isso que adquiriram oir.arpa que publicamos nesta edição eos números subsequentes onde serãocoüadcs os coupons, numerados de1 a 10. Este concurso será de soluçãobem íacil, pois consiste, apenas, em col-lar cada coupon, inclusive o que é publi-tado no annuncio dc hoje. no locar domappa que lhe _ designado.

Ás letras que existem em cada couponformarão, por si mesmas, uma saúda-ção ao glorioso são João

Acs meninos do interior do paiz re-ccrr.mcndamos, dada a diíficuldade emque ás vezes se encontram para adqui-

O Tico-Tico'\ tomar uma assigna-l_ra. ou semestral deste jorn.l.Só assim ficarão certos dc que terãotodos cs numeres d' "O Tici-Tico" que«c relacionarem com o

ORANDE CONCURSO DE SÃO JOÃO

:anto o recido de suas assignaturaseqüivalerá á inscripção no concurso. Ao

urso poderão concorrer os leitorcuma, duas, tres, quantas inscripçõe*

desejarem, bastando para tal que apre-sentem um, dois, tres ou quantos map-pes e coupons.

O concurso será encerrado no dia 25áe Junho próximo quando será publicado

ultimo coupon, n. 10. O» concurrentesentão, enviar á redacção

d' "O Tico-Tico" os seus tnappas, comos coupons coitados, acompanhados d:

¦natura e declarações de idade eresidência.

As soluções (mappas e coupons) se-rio recebidos ati o dia 5 de Agosto, indouro.

Apuradas as soluções e publicados oscomes dos ccr.currtntes e seus respe-ttivos números, proceder-se-4, em datague será previamente annunciada, aolOrteio doa 50 RIQUÍSSIMOS PREMI-OS cuja. relação é a seguinte:

_• PREMIO — Um luxuosíssimo au-i creança, no valor de

.XX), com pnem, buzina, para-i e todo o equipamento de um carro

moderno. Este valiosissimo prêmio foi. na Allemanha pelo "O Tko-

Tico" para prêmio do Grande Concursode São João. O comprimento do auto-

movei c de mais de 1 metro, e. scinmedo de errar, afíiriiiamos não haverno mercado do Rio outro semelhante cmluxo c conforto.

2" PREMIO — Uma carteira escolar— E* este ura prêmio, do valor dc .dos mail úteis ate então offerecido pelo"O Tico-Tico". E' o movei necessárioI ara o menino ou paVa a menina estu-dar. Mesa, banco, descanso para os pés,tinteirOí tu.o com graduação, variável,para a altura da creança. A carteirarolar c um movei, digno de figurar

quer sala e, dada como prêmio ao.nossos leitores, representa a preoecupa-rão que temos em cuidar do conforto ebem estar dos pequeninos estudantes.

3 PREMIO — Um tricycle — Prêmiode grande valor, brinquedo moderno eresistente, onde a creança se diverte ccultiva o physico. O tricycle será. cs-tamos certos, o brinde cobiçado pelosmilhares de concorrentes do GrandeConcurso de São João.

4* PREMIO — Uma palinette — Ri-quíssímo brinquedo de grande utilidadepara o desenvolvimento physico da cre-rnça. Este valioso brinde, adquirido esp$-«almente para prêmio do Grande (

0 de São João d' "O Tico-Tico".r a ultima palavra no gênero, luxo e se-

nça, para as creanças.5» PREMIO — Uma rica boneca, se

o premiado fôr menina. A boneca qu.constitue o 5» prêmio é do tamanho de60 centimetros e está ricamente vestida,dentro de uma artística caixa. E' umprêmio que encherá de justo orgulho aíeli. ra.

5» PREMIO—Um guindaste, se omiado fõr menino. Este brinquedo, der< 1 valor, _ todo movimentado e o me-nino que o tiver, por sorte, terá ensejode, ((fincando, adquirir ensinamentos deir.achinarin.

6" PREMIO — Um rico piano, ma-rrvilhosa creação da engenharia aücmina arte de distrahir a infância. No pia-no. que é o lindo prêmio do Grande Con-curso de São João, qualquer menina- a tocar.

0* PREMIO — Um saxoplione, se opremiado fôr menino. Este prêmio é dereal valor, porqaa proporcionará ao seu

A HOMOEQPATfi FA EASTHMA

despertando grande interesseno mundo scientifico o produeto. ul-tiniamentc lançado p-.l.» homo-opathia

dcbellar a actl:;;:i e denotninadjfc"CURAS! UMA" iK.c-.e este grandeleneficio á Humanidade a essa excel-

Vação Iiomiropatliic: dos> La., com la-

torio e pharmacia á rua dos Ou-38 e 40, no Ko de Janeiro.

medicamento poderos oj grande n.al que tão crucis

aborrecimentos oo

- Sipossuidor ensejo at_ a tocarum instrumento do i-.cciados.

7° PREMIO — Uui au debombeiros com escada movei, se o

. íõr menino, rico prêmio de gi¦naiilio e primorosa confecção.7> PREMIO — Um fogão com bate-

ria de cozinha completa, se o sortifôr menina. Este prêmio, pelo seu \e primorosa confecção, será ummais cobiçados pela pcti.ada.

8' IMÍEMK) — Umtríplice helice, lâmpadas, etc. se o sor-teado fôr menino..O acroplano que cons-titue o 8o prêmio, é um brinquedo mo-demo, e qualquer menino nelle enetrará encanto.

8» PREMIO — Um armário de cozi-nha, com bateria completa, se o sortea-

r menina. Este prêmio dc lindo as-i c real valor, c diyno dc ser adiai-

rado.9* TREM IO — Uma machina dc cos-

tura, se o sorteado fôr menina. A ma-china dc costura cose de verdade, e éum brinde que encherá de viva alegriaa sua feliz possuidor ..

9* PREMIO — L':n rico automóvel,se o sorteado fõr menino. O lindo brin-quedo, que é.o automóvel d-> 9° prêmio.é de grande valor.

10> PREMIO — Um x*aapparelho dc café para menina. Alémde ser de grande valbr, este prêmio éde real utilidade.

10" — PREMIO — Um side-car, se osorteado fôr menino. Este prêmio é debrilhante effcito e de grnnde eng<"tida .c.

11" a 15' PRÊMIOS — Uma assi:tura aiinna' ú' "O I ico-Tico.

lo a 20" PRÊMIOS — Uma assigna-tura semcstül d' "O Tico-Tico".

21* a 30» PRÊMIOS — Ura Cinearte-Álbum, o ...a:s completo annuario de re-tratos de artistas do cinema e reposito-

ie preciosos ensinamentos sobre aart" cincmatographica. •

e 33* PRÊMIOS - üml colle. idc 12 livros — "Galeria dc Homens Ce-lebres", dc Álvaro Gu-rra, comprchen-dendo os seguintes volumes: I — Josáde Anchicta, IL — Gregorio de Mattos.III — Basilio da Gama, IV — T.iomaz

.iga, V — Gonçalves Dias. VI Joséde Alencar, Vil — Casimiro de Abreu,VIII — Castro Alves. IX — Alvares dcAzevedo, X — 1 agundes Varei!-, XI —Machado de Assis, XII — Olavo Bilac.Esses volumes constituem primo:livros de caprichosa confecção materiale foram editados pela Companhia Me-

•os de São Pauta, que os ofíe-recea para pre unos d' "O"' Tico-Tico",demonstrando, desse mod.>. o zelo c de-dicação que, de ha COU eus aa todas as manifestações cm benda i: | ovo.

34» e 35* PRÊMIOS — Um livro decentos infantis, arti -do

yr a 50» PRÊMIOS — Um exer:dc beüo Theatro d' uO lico", de

Wanderley.

Page 32: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

23 — Aln-il — 19:30 — 31 — O TICO-TICO

1« PREMIO — fimautomóvel da bombel-tos com escada move],Ee o sorteado for me-nino, rico premio dagrande tamanho e pri-morosa confecção.;

GRANDE CON-• CURSO DE SÃO

JOÃO D'"0TICO-TICO"

B'd riquLBBgsSmos'preinmíos

LEIAM AS BASES DOCONCURSO N'»0 TICO*

IICO"A começar de 25 de Abril.

tv,. w vAVdwyi

mi ''A^yjm COUPON N. 1

8» TREMIO — Um aero-plano, com tríplice hellce,lâmpadas, etc, ee o sorteadoíor menino. O aeroplano queConBtltue o 8» premio, é umbrinquedo moderno, e qual-quer menino nelle enenn-trará ti-canto.

BIy li.""""!!

mm)

10» PREMIO -— Um rico es-toip com apparelho de cafó paramenina. Além de ser do grandeTalor, esto premio o de real utl-lidado .

7e — PREMIO — Um fo-gao com bateria de cozinhacompleta, se o sorteado formenina. Este premio, pe'osen valor e primorosa cen-fecçâo, será um dos maiacobiçados pela petizada.

It^JsH-XJaSEjR

9o PREMIO --* Umamachina de costura, seo sorteado for menina.A machina de costuracoze, de verdade, e éum brinde que encheráde viva alegria a suafeliz possuidora.

9« PREMIO — Um rico auto-movei, se o sorteado fôr menino.-O lindo brinquedo, que é o au-tomovel do 9° premio, é de gran-de valor..

Èè

10° PREMIO — Um sld-car, seo sorteado for menino. Estepremio é de brilhante effeito e degrande engenhosidade.:

{ , nj

o o

8» PREMIO — Um armário decozinha, com bateria completa,se o sorteado fôr menina. Estopremio, de lindo aspecto e real•valor, é digno de ser admirado.;

Page 33: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

O TICO-TICO Abril — 1

_-_--%#-. vH W\W íswmutiM

RESULTADO DO CONCURSOMERO 3.427

NU-

Solução exacta Jo cuncurso

Solucionistas: — Álvaro QuiutauiihaFilho, José Lorenzo Martins, MariaSalles, Odette Salles, Virgínia Salles.Carolina de Mtndonça, Walter Cí.arFilho. Antônio César Filho, AntônioPedro de Souza e Silva, Corina Lemos.Pedrinho Varella, Mario de Paula Las-tosi Maria José Ferreira da Cruz, Odet-te Guimarães Rodrigues, Ivan Salvato-re, Aida de Medeiros, Álvaro do Nasci-mento, Celeste do Nascimento, MariaLúcia Mattos, Maria do Carmo C. \\ cr-neck, Antônio de Arruda Pereira, YeddaIglcsias de Souza Leite, Solanda de Al-buquerque Mello, Maria de Lourdes Rit-tes. Pedro de Moraes Sarmento, Helenade Araujo Franco, Francisco de AssisNogueira, Ângelo Machado Joel, Cario.

OE/HTE !O C_24TU_rLt<2,sente, coasldn.-ten__níè dòrd.d_nl_'cbrT^uc?Borque¦"uio usa aCERA (DR.LU>T01Ã

E/^_Xr''_-i__i<B____f^w-_. A

Belfort, Jordma du Silva Santos. Juliada Silva, Lyda dc Hollanda, MariliaDias Leal, Rubem Dias Leal, Apariciodos Santos Anjos, Sylvauo da Camino,Antônio Pereira da Silva. José Fernan-des da Silva. Joaquim de Almeida Uuc-des, Thomaz de Aquino e Albuquerque,

Leopoldo Brasiliano Goz. Aracy dc Al-unida. ArisxOto Ferreira Gomes, Apri-gio da Silva Netto, Manoel dos Santos.Annathilde de Azevedo Bastos, Jacyu-tho Sebastião dos Santos Juracy daSüva Santos, Eunice dc Amorim Gomes.

GRANDE CONCURSO DEBRASILEIROS

CONTOS

"O MAUIO" — que I uma das maisantigas revistas naciopaea — coruudetan.do o enorme suecesso que vem despei-tando entre o» novos contistas Iras,lei-ros o o publico en geral, a literatura II-Reira, de ficção ou realidade, clvInteressa o emoção, resolveu abrir emsuas paginai um GRANDE CONCURSO1.1_ C0NTO8 URA_I_El-t08, só poden-do a elle concorrer contistas nacíonae» erecompensando com prêmios cm dlnhei-ro os melhores trabalhos classificados.

Os originaes para este certamen, queão ser de qualquer dos gêneros —

trágico, humorístico, dramático, ou sen-tlmental preencher uma con-dlção i.: serem absolutamenteinéd.i do autor.

i. prou-Ucndo, "O _IA_.HO" tem accrttiu tle poder ainda mais oonyOfTerpar_ a d.Ilusão dos trabalhos literáriosde todos os csoriptOTM da nova _eraç4o,como ainda ;nccnllval-os a maiores ex-

s para o futuro, oíforecenáo aosleitores, com a putilcaC—o desses contos,em suas paginas, o melhor passatemponus horas de lazer.

CONÜiÇõESsO presente concurso se rc_era nas se-

guintes condições:i l) I'od»r_o concorrer ao grande concur-

ao de contos brasileiros de "O Ma-lho" todo • quaesquer trabalhos Hte-

.es, de qualquer estylo ou quao ia.

nhum tr. " maisda 10 liras de papel ai—lago dactyU.ci -.pha_as.

1 ligado* unicamente os traba-lho» escrlptos num sõ lado de papel e

letra legível ou A machina em dois';.».4) rrer a este cerlamen

contistas brasileiros, e os enredos, dc¦ i-m sobre factos ecoisas naclonaes, podendo, no emtanto,de.pas... .--se factos estran-

râo excluídos e Inutilizado- todoe equ os que contenham

texto offensa A moral ou aqualquer pessoa do nosso melo politl-co ou social.

S) Todos os originaes deverão v!r as»!-gnadns com pscidonymo, acompanha-«lo» d» outro enveloppe fechadoa Identidade do autor, tendo este se.

gundo. escriptu por fora, o titulo cotrabalho,

T) Todos os originaes literários con-currentes a este concurso, premiadasou nao, serão de exclusiva proprie-dade desta empresa, para publicaçãoem primeira mão. durante o prazo dodois annos.

t) E' ponto essencial deste concurso,que o» trabalhes Bejam .r.editos e orl-ginaes do autor.

PRÊMIOS:Serão distribuídos os seguintes prêmiostrabalhos cla..si(ieaoos:

V :°_ar Rs. 300J00G2* " Ils. -U0IO0O*• " Ba. íoujooo4". 5» e 6* collocados lis. .0)000 cr.Ja

T ao 15« collocados — (MençioHonrosa) — L*ma assignatura seroastiaide qualquer das publicações: "O Ma-11.o", "Para Todos...", "Cinearte" ou-O Tico-Tico".Serão ainda publicados todos os outro»trabalho» que a redacção Jul_ar meie-CeJures.

NC_Ri.AM_.NTO:

O presente GRANDE CONCURSO DECONTOS RKASILEIROS serã, encerradono dia 2t de Junho de 1930, para todo olirasll, recebendo-se, no emtanto, ate 1depois dessa data, todos os originaesv.tidos do interior do paiz, pelo correio.

ILIJAMCNTO:

rramento deste certamen.f¦ r.i nomeada uma Imparcial commissãode intellectuaes, critico» e escriptores pa*ra o Julgamento dos trabalhos recebido»,commisalo <-. sa quo annun.iareraos an-.aumente.

IMPORTANTE.« originaes re-•e» a este concurso deverão vir cominte endereço:

Para o "Orande Concurso deContos Brasileiro»".

I.rdaceao de "O Malho". Tra-• do Ouvidor, 21 — Rio de Ja-n tiro.

¦ Leiam CINEARTE, a melhor revista cincniatogi..

" "-"-"----.-.-.-•^.'VV.-.-.-.-A-....^./--.-•.-J-.-.-.-.-.-J VVWINSCREVEI-VOS NA

-------.-.-.-.-.---.-.-.-.•--^.-.-^J1.

CRUZADA PELA EDUCAÇÃO«5S2?Z2JíJ£Z£ZBVa * T0D0S °UE C0MVOSC° VIVEU E TRABALHAM

Page 34: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

2ÍÍ — \í»i ü — 1830 33 — O TICO-TICO

Uoi o séguiníc o rèsíiTtado final doconcurso:

1° PREMIO: — Uni lindo brinquedo,automóvel dc corda, com passageiros

Pedrinho Varella

de 8 annos de idade e residente á ruiSanta Maria n. 32, nesta capilal.

2° PREMIO: — Um rico livro de his-torias

Syívano do Caminode 10 annos d: idade c residente á runGeneral João Manoel, cm São Gabriel,Estado do Rio Grande do Sul-

RESULTADO DO CONCURSO NU»MERO 3.432

Respostas certas.1* — Amalia ou Anulia.2* — Pmtó ou Falcão.3* — Fadü — Fado.5" — Milho — Müha.5' — Rio — Ria

" -' o Varella, Corinade A.::ieida Santos, Edithe RodriguesMcni.es Pauio Vieira da Costa, Mariadas avaicante, Odette Simões,MaiK-ei Simões, udaléa Carvalho, Alme-rinda u? Queiroz \'ciga, Celuta MendesManoel uu.dido Lopes, Antônio Pedrode Souza c iilva, Roberto Droux, Fer-nando Octavio Gonçalves, Amalia dosSantos, Aguinaldo Varella, Heüo dcCastro Lobo, Luiz Costa, Duclelia Gui-marães, Felicio Ribeiro Brsndi, Adhc-mar Guimarães, Cândido Carvalho,Redda Regai Possollo, Anna Maria dasDeres, Anauias Santos Souza, Wladimirdos Santos Mello, Theopompo Johoson.Dina Maria das Neves, Maria Améliade A. P. Massariol, Ayrton Sá dosSantos, Ncstor Lyra, Gracictte SilveiraPorto, Pazli:rda Affonso Fragoso, Ame-ly Pedroso de Lima, Angela MachadoJoel, Pedro Siqueira Leite, AntônioBentcs Barbosa, Justino de AzevedoBastos, Maria José das Neves, JoséMaria das Neves, Octavio da Silva eSouza, d cai Celestino de Almeida, Ms-noel de Oliveira, Jupyra de Al-buquernue, Julia da Silva, Agenor Joa-quim da Silva, Jx lim da Silva,

pílulas

I_t1_íI5__(PÍLULAS DE PAPAINA E PODO-

PHVLINA)

Empregadas com successo nas moles-tias do estômago, figado ou intestinos.Essas pílulas além de tônicas, são mdi-tadas nas dyspepsias, dores de cabeça,moléstias do figado e prisão de ventre,SSo um poderoso digestivo e regulan-tador das funcçôes gastro-intestinaes.

A' venda em todas as pharmacias.Depositários: João Baptista da Fonseca.Rua Acre. 38-Vidro 2}500, P<*lo corre.o3$000 — Rio de Janeira

TENDES FERIDAS, ESPINHAS,MANCIÍAS, ULCERAS. ECZEMAS,emfiru qualquer moléstia de origem

SYPHILITICAínsa« O poderoso

Elixir de Nogueira

do Pharmc».

Joio 4a

_ír£l Chlmlit

Silva Silveira

GRANDEDEPURATIVO DO SANGUE

^~nnrinnrw^nrMiiViíWV-'a'in*i '-V_Mifw>iwmm

Vinho CreosotadoM PHASM. CHIlí.

Joio da Silva Silveira;PODEROSO FORTIPI-CANTE PARA OS ANE-

3 MICOS E DEPAUPE-RADOS.

\ i Empregado com «uccesio nasTosses, BniocrJtet a Fra-

oueza Geral

Hcrmogenes da Câmara Chagas, Adalyde Assumpção Netio, Oswaldo D.Rainho, Paulo Ribeiro de Almeida, Dyl-son Drummond, Nadyr Moreira, Anto-t..io Cabral de Medeiros Filho, Yedda1-lcsias de Souza Leite, Maria Helenados Santos, Antônio Tavares PereiraLima, José Carlos Louvino, Arlette da

IPara.~È5cLof...revista

deElegância

eEspirito.

Asphotographias

mais artísticas.A

melhorcollaboraçãoLiterária,.

S:lveira 'Duarte, Leny Carneiro de SáMana de Lourdes Dias, Helena AraújoFranco, Kleber Rocha, João de Barros.Leopoldina Lopes, João Luiz Carvalho.Leda Pagani, Felicio dos Santos, Alonsode Assis Nogueira, Walter Cardoso,Carlindo Aerona. Ignez Oliveira da Sil-va, Juarez Gaivão Ferreira, Guilmar deMello Mattos, Sylvio Ney de Assis Ri-beiro, Rubem Dias Leal, Ruth D. Elisa,Waldemar Ludovig, Edmo Costa deSouza Aguiar, José da Silva Mangualde,Carlos R. Ladeira, Maria José Barreto,Amélia Wilches, S. G. Teixeira, AlmirRierueira, Maria Rebello.

Foi premiada, com um lindo livro decentos infantis, a concurrente

Ruth D'EHsade 11 annos de idade e residente em SãoJosé dos Campos, Estado de São Paulo.

CONCURSO N«. 3.442I

Para os leitores desta Capital e dos Estado»próximos

Perguntas:

1» — Qual é o amphibio cujo nome come»ça na fruta e acaba na parte do navio?

(3 syllabas). ^Oüette Salles

I2" — O que é, o que é que ê grande no'asil e é pequeno em Lisboa?

Carlinhos Souto

3* — Qual a bebida que sem uma letrafruta gostosa?

.(3 syllabas). ,Laurinha Freitas

i4' — Qual a cidade da Itália que ê fru'.a

lhe trocarmos uma letra?. (2 syllatas).

jose Fiúzat

5' — Qual o Comera que tem um ar bo-<iito?

(3 syllabas).Mario Lucena

As soluçucs devem ser enviadas a esta re-dacçâo, devidamente assiffnadas e acompa-nhadas do vale n. 3.442 e separadas dasde outros quaesquer concursos.

Para este concurso, que será encerrado nodia 15 do próximo mez, daremos como pre-rio, por sorte, entre as soluções certas, umjoso de fôrmas para areia.

mm_>>_ll_V OCO*CTP§0

m 3. 442 ^fS'***^^**

mwmmmCONSELHOS E SUGGESTOES

PARA FUTURAS MÃES(Premio Mme. Durocher, da

Academia Nacional de Medicina) Do Prof.

DR. ARNALDO DE MCRAESPreço: 10?000

LIVRARIA PIMENTA DEMELLO & C

Roa Sachet, 34 *—. „io.

Page 35: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

O TICO-TICO — 34 — 23 — Abril — 1930

CONCURSO N ÚMERO 3.441

PARA OS LEITORES DESTA CAPITAL E DOS ESTADOS

0 U 0 N .1

porção da i* °* meninos es-,-endo no cliclii- acima formam, dispostas¦rto modo, tres*nomes bem conhee

slgnam tres herOes do inundo dascreanças.

formem esses tres romes e t--rlo ,:clia.olição do concursa.

As soluções devem ser enviadas S. redao-VO Tico-Tico", «paradas das de en-

r concursos e acompanhada?i vale n. 3.411, que vae publicado

a seguir, como das íes d» Idade, rc-icia e assignatura (.o ccncurren'.e

.- ido no23 de Maio vindouro, diremos, coiro

prêmios, por Forte entre te roii çCe» ce.'t <<••.,i

N H 0 M B

Io l*remIot «ssi 1 m;i eoileeffta clr novevolume* il<» livro **1 liii-runo «¦ Y«*rd:ido**,da rrsffsr Tkales ds \ndr:iiir. s s:ii»criA fllhn iln floresta — Bl-srt Daa *:ipu

Itriti-tr-vi f«-ltl<-c-ir<i — I». Içn rnlnlia IKMii, :i \i-rcliir«-ir.-i — TAtfi Judeu —

Arrorca ¦llaj.i—s — *' íx-iiin-i,,, ssasle*Fim do mundo.

ISvcm volumes* *<hinI i I ii«*in rrimonisixlivrim, d<- raPrtekoaa «-nnfcri.-fio m.-ilrrlnlr furam rdltndcu pela Comiiaiihla Mell.o-r.-iinrnt"* de SHo 1'alil». <|in- ns oi frrri impiirn prrmloM d*"0 Tiro Tiro'*, flemonx-tr:im1o. «I *»*»*» r modo. o BClo r drdimçAo«lllr, <lr li i limito :iti:i- aJsaeaaá a tudnxii» BtOBtfefttacAea rm lii-iu-fl<lii d:i laatrM-<-<;fto do |im\i..

A N C ü ,G H M

i! Prmtoi ¦— Vm wIumc d:i *¦ >i i teeJ -l.mr.i Recrratlra", l,rll>, llvn, para a la-laneis*

V*L£RVI5AOCONCORDO

w* 3.4JL

000<X>C>0<>00000<X5<>0<>0<>00000<>0<>0<>OC>OOlmmw|^|M m |

Vcreanças magras, com nado, osbraços, o pescoço c ão tristesolijcclos que se apresentam á vi-la, mesmo nascidades mais prosperas e ricas. Oue pena deixarsoífrer assim os pequenos, quando o Dr. B

1 o menino que tomar as PASTI-LHAS BA< Al.AOL engordará, pelo menos 2 kiloscm 30 PASTILHABACALAÕL contém vitaminas concentradas, cujo

r nutritivo eqüivale ao duma colhcradinlude figado de bacalhau c meio pão de

mprchende-se assim, que¦

AMA I.A.MKL - RIO QÕOOOOOOCO<XX>00000<X>OOCK>C>0<XX>0<X><>0 o

LEIAM

ESPELHO DE LOJA DE

Alba de MelloNAS LIVRARIAS

-Tftt-irtr mi—tr»i —tpr

verdadeira felicidadeAntoníco era um menino muito pobre. Sua

tüf.e era lavadeira. Quando elle ia entregar a roupaem casa de freguezes ricos para os quaes sua mãelavava, via o3 filhos do dono da casa, vestidos de

los c rendas, olhava tristemente para osj t.-inhos nús, pari suas vestes rasgadas mas nada di-;..:: com receio de incommodar sua l>oa rn

¦ia elle de uma casa muito rica quviu cm frente a uma das licllas casas daqudla rua depalacetes, um menino ricamente vestido, mis pálido' efranzino sentado em mna cadeira de roúa4. A;ximou-se do menino, que sentindo a presença de umc. tranho, poz-se a chorar, agarrado á criada.

Então, o menino pensou: Se eu fosse ri.aleijado que desgostos não causaria á minha iPara ser feliz não sc precisa ser rico.

A*iiíV Rego Barros (10 annos)

AQUINTESSENCIA 00S SABONETESJ

POESIA DA ESCOLA 1 DE

Theophilo E ^a

UM Í.IVRO Ql'E TODOS DEVEM LE?.!

Page 36: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

2ã — Abril 1930 _>-5 — O TICO-TICO

i

wvyywrtw^wf.^JVJV-W-%.--^

PIMENTti^f MELLO & C.TRAVESSA DO OUVIDOR (RUA SACHET), 34

Próximo á Rua 3o Ouvidor RIO DE JANEIRO. .ELBLIOTHECA BCIENTOTTOA BKA8_7_I._-._-.

(dirigida pelo prof. Dí. Pontes úe Miranda) ™*

ÍNTRODUCÇAO A' 60CIOLOQIA GERAL. 1* pi*.mio au Academia B?__t!eiia, pelo p_t>fc Cr.Pontes de Miranda, broch. 16}, eno

TRATADO DE ANATOMIA PA THOLOGIO A, 1*1*proí. Dr. RaoI I_ol(»c ¦... diaba, CotfcííMMoode Anatomia P&tholosico n« L_lvers'lad« 4cKlo de Janeiro, broch. t\%, ene

TRATADO DE OPHTALMOLOOIA, pelo piei. IV.Abreu Fialho, C-tbediati_o <_• CBatos Oph_,Vciologlea na Universidade dc Rio de Janeiro,lo 6 2« tomo do 1" irol. broch. 251 oafla to_,0leno., cada tomo ...•.

THERAPEUTICA CLINICA OU __ANDAI_ DHMEDICINA PRATICA, D".** rvoi. t*-, YUt«*Romeira, 1» e _• volumei, 1» rol. bvcc_. 10.003,eno. 35); 2* vol. broch. 25|, ene

CURSO DE SIDERURGIA ».!© »n>f. _>T. jVüt-nando Labourlao, hrcc-. *Pf> ««•....,.">'

FONTES __ EVOIT" . DO D-Ri**"TO. C_7___BRASILEIRO . WOÍ. IV. Po_l'J 1» MUTânia (é art» c ....-o «d th» o auto? _ntía_do. orro» e liouiuw io Codtro 0MI)_ brocb.moco, ene. ..¦¦y..... ,....

IPÊAS FUNDA MÍINTAE9 D.4 MATUi.MATIC.___pelo prof. D;. Amoroso Costa, broch. ISfOCíi

TRATADO DE CHJMrCA ORGÂNICA, polo prolDr. Otto HotU. hrp.r. -..on..

MANUAL PRATICO Di _-__-IOI_0O!A, STO*Dr. F. Monra Campo-, broch. 201, *no.......

TRATADO-COMMENTARIO I'0 CODICC CIVILBRASILEIRO, SUCCESSAO TESTAMENTA-RIA. pelo T)r. Ponte» de Miranda, .rcol-,269000i •nc. m-,*:,»#•«•¦_•»••*•• ••»•••«¦"-*__¦€•*•

LTTEItATnRAi

CRUZADA SANITÁRIA, dltctirsc. de A-iAiry MMedeiros (Dr.) broch

ANNEL DAS MARAVILHAS, oontot P*rs OTJWHC-í, te_to e . i_rura» de João do Norte (da Ac»-demla Brasil»"..»), brocli ..•«..

COCAÍNA, novella de Álvaro -toreyra, broch.......PERFUMH. versos de Onestaldo de Penafort. broçh.BOTÕES DOURADOS, chrt.nloa* sobre a Tida lati-

ma da Marinha Brasileira, de GastUo Penalvi.

LEVIANA, 'nôvMla do _Mr.tt-r'põrtu*-e» Antônio

Ferro, broch. ••• •• •• ;•,:,•,,_,"ALMA BARBARA, oontoe S-.Chr-», d' Aloldee

PRoU-SíA-t *.:ê"FeirV:ra'de

caderno M co« ' ^«nicÂsde Maria L-ra d. ¦¦¦¦ •!¦,¦

nm\<tOA GERAL. Nccfle», obm Indicada no coi-C u£.Pedro II. d* Padre Leonel da Frarca8 J . I* edição, cvt •"

UM ANNO DD CIRURGIA NO SBUTAO. de RO-berto Freire (Dr), broch. -.........•.•.•¦•

LIÇÕES CÍVICAS, de Heitor Pereira. » c-llçao,

covc ' boa ' BS-Oài.' dV nè-

rafo Keh! (Dr.), broch ,• _!___mnioRISVOS JNNOCENTES. do Arelmor, broch•TODA A AMERICA, verso» de Ronald de Car-

jL.*"^.','. .TIÓÀS'DE' aY.-THMKtYcÁ.'obra_Uda no Co"e_lo Pedro II. de Cccll Thlrí,

(Dr.), avU ••^iiíV__v»'ll>*c_BOW>«t*«. f*r-THEATRO ^ 'O TICO-TICO -«^

.-.anca».caa, nionoloí-í. duetto». «,'°-» »"-por Euitorrlo

"Wanderlex

Ql"!

ií-_____^*^__v-_v-,-^-,w--Va_yl

IPtM**

SOS.M

aW-W

.3)0-B

-_.._•

_5í3-3

t:.i)Cí

tf»i<

JfOOO

i.ooc

.to»c6I-0C

1.000

WOO

11-00

5J000

^81000

51000

4IO0G_*00_

81000

10.000

20.000

10J00»

6100»

í.30F'?n^:ív_C__".p0r AROnor de R™"' broch-broch BRASILEIROS, «a Ro!» Carvalho,

V^£ÍÍJl/^S^'T '«• •:'J»'1^»"dY Marta ¦_-'Rer.lft Celso, brochCIRCO, <1_ Álvaro Mwyra. broch. ."*_»'" «toanC4HTO DA MINHA TERTJA. «• edljê-ò;.. mÜ * °

18.000

18.000

51000

HUNAX_..A3 QUO 80PJí*_Í_SM,''8jV"__a«ó." ..aj-h'*'*A BONECA VESTIDA D» ARLEQUTM, A."_li-fejra, brooh «*»•.CARTILHA, prot CJodoinlrg VaocoaôeHÓs JI_"PIÍ0BI.EMA3 DD DIREITO PENAL. Hv_.i_._o diMoraes, broch. Kl, eno. .-.,..,,PR0HT_E;.TA3 B FORMULÁRIO' D2 OBOili"!RlXj

Prot Cc_:i Th!r. __ Mello • ScuraAD.\0, BVAi fle Álvaro Mcroyra, brocb ,.fK-AJ-MATICA LATU.A. Padre Auinsí.o Ms_n«

B. j, «• siifoRc ,,.-.... ienooPR-MBIRAS NOCOICS DE LATIM, de Padre An*SUto Masaa 3. J., cart. no prelo............

BIQXORXA. DA PI.Cy.-30.-n.__ d* Padrt Lícusl-ji Franca S. J., *' e.!.lo, «no .,..

CJURSO DE UNfltTA OTlfri .. M.irpliolcgta, _. P*.d.-a Ac»n»to K^enf H. J._ cs.n...(SRAUMATICA DA' LINOUA HESPAí.KüJ-A,

ot/w ad.ota.tp. np CoüfRio Pcfiro II, de __te-«¦)? Na»flentf>. profííaj,' J» cadeira do n;c»mtíoollcgle, 3» o-llçio, üjrrc:! ._

V0CA.JUI_A1.10 VIMTAi;. CandUo Borcos Cas-t_io E«nn '.Ce'.), ecrí

CHIMICA INTAR, pioUoinas práticos rir.ocCoa srw-8.0». pslo prtlosaor C. A. Barbos»de Oliveira, tol. 1*, cart.

PROBLEMAS PRÁTICOS DE PH.SICA ELE-MENTAR, paio professor Heitor Lyra 3a Silva,caderno 2«. bruch.

PROBLEMAS PRÁTICOS DP PHY3ÍCA BIJB-MENTAR. pelo professor Uciror Lyra da ?liva,caderno !*, broch . ..LABORATÓRIO DE CHIMICA. polo"'pretussei

"Ó,

A. Barbosn de Oliveira — i catia». cada ...CAIXAS COM APPA-IEDHOS 1'aRA O ENSINODE GJCOMETRIA. pelo professor Heitor Lyrada Sil/*, caixa 1 e caixa 2, cada

PRIMEIROS PASSOS NA AI.fiEUÍtA. pelo Profe».•or Othelo de So'!7_ R^». cart.

íEOMETRIA. observa'.-."kg e ex.p«rionc!as, livropraf^o, ;>f>!o professor Hütor Lyra da Silva,

ACCIDENTES*NO"TRABÀÍ'.HÓ. pelo Dr. AnárádéBezerra, brochura

ESPERANÇA — Poema dldactlco da Geographlae Historia do Brasil pelo Prof. LIndo'pho Xa-vier (!)r.), broch

PRGPKDUr.lTICA OBSTRETICA, por Arnaldo deMoraes (Dr.), 2« edlçAo, broch. 2E$, ene.

EXB1 DE AI-QEBRA pelo Prof. CecllThlré, broch

PRIMEIRA SELECTA DE PROSA E POSSIAI.ATINA, pelo Padre Aug-sto Magne S. J„broch

EVOLUÇÃO DA ESCRIPTA MERCANTIL, de Joãod- Mirai,da Valverde. preço

SA MATKP.NIDADE, pelo prof. Dr. Arnaldo deMoraes

ÁLBUM INFATIL — coücctar.oa de monólogos,poesias, lições de historia do Era3ll em vr-¦os e ca moral e civismo illustradas com pho-tograviiraa de creanças, original de Augii3toWanderley Filho, 1 vol. de 126 paginar, cart. *Sr'11"

BÍBLIA DA SAÚDE, ene 16J0Ü.MELHOREMOS E PROLONGUEMOS A VIDA,broch. «1000

EUGENIA E MEDICINA SOCIAL, brooh , 6J00OA FADA HVGIA. ene 4Í000COMO ESCOLHER UM ROM MARIDO, ene 6100»

IO.000«;oo<)

.$000IJ50S

30(000

6Í0O08.000

12.009

íc;.co

TiOOO

2J..0

11000

í}500

st soa

•ojooo

281009

t.0.0

6.000

11500

-.000

lOtOOf

(.000

12.000

15.*..

101000

/V FORMULÁRIO DA BELLE7A, ene 1.Í000

Page 37: —rWi tólf7~—^S%fPTCmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01281.pdf · ro cobra. 6orri;h_.o, estampado, Luli XV, cubano alto. ooÇ Fina peliica envernlzada. i O — cnm fivella

AS AVENTURAS DO CHIQUINHO; Chiquinho, Ien-

do o "Almanachd'0 Tico-Tico",viu uma historiade bichos e dissea Benjamim: —Vou caçar!

— Não_ faça...

O susto do caçador- _i_i__^

*-"* ^ o ./JMS fíÚ ÈAmJLmmmmW

, ' ^v^. /-O' ian^.'^yvV--C?\L--a». Jfri-í. > ' li 0^í*^C\b>íH ^s^3*5*" *" ...espingarda. Benjamim arranjou o tapete dp sala ¦

n ^^«sí^i^^^^^w^y jpT BroCv i&«^-- JH^-^^^~"^ 5cCl-~ pôl-o sobre Jagunço e escondeu-se no matto por onde de- ja\^C-~^*^^^^^^^ljS^^^^^^^»rj^^" J NSa^^fes^í *' I ~ - --~~~^~ via passar o "caçador". E poz-se a roncar imitafado...\*y^^^^^^Zj^:^^^^ír ¦ jf^~ ...isso seu Chiquinho, caçar é matar e ninguém *~~ ^L " *^

\ _^grf5^~T^=^Íp^^_éS^a' , ' " '-,^ tem o direito de o fazer! — Não seja bôho seu con- ^v.>^" "

jmJÈr~*~ ^e yr^-, ~j^*~ selheiro, eu faço o que quero!-E sahiu armado de... >v

^V -*Sm*=^==' ''S*' ••-uin 1,icl10- Chiquinho deu muitas voltas sem encon- ^S.

~ t. y/**" V \>v _^^^^5r~ ~~s' trar um tic°-tico ou pardal c já aborrecido veiu passar ! ç~*V

'» ^Mmr% ' \\\TOtvy'-s. A

.. .assustou-se. O que será? Em dado momento viu,sahindo das pedras uma onça.. Deixou cahir a es-pingarda • futfu para casa aterrado..

Benjamim guar-dou segredo e atéhoje Chiquinho atodos, conta ocaso, como se fo»se verdadeiro.